Alessandra Oliveira

Transcrição

Alessandra Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Polo UAB – Sete Lagoas
Curso de Formação Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça /GPP-GeR
ALESSANDRA APARECIDA DE OLIVEIRA
CULTURA NEGRA E ARTESANATO AFRICANO NO AMBIENTE
ESCOLAR: UM PROJETO DE INTERVENÇÃO COM ALUNOS DO ENSINO
MÉDIO.
Sete Lagoas / MG
2012
ALESSANDRA APARECIDA DE OLIVEIRA
CULTURA NEGRA E ARTESANATO AFRICANO NO AMBIENTE
ESCOLAR: UM PROJETO DE INTERVENÇÃO COM ALUNOS DO ENSINO
MÉDIO.
Monografia apresentada ao Programa de PósGraduação em Educação para a Diversidade da
Universidade Federal de Ouro Preto, como
requisito parcial à obtenção do grau de
Especialista em Gestão de Políticas Públicas.
Área de Concentração: Gênero e Raça
Orientadora: Alessandra Rios de Faria
Sete Lagoas / MG
2012
AGRADECIMENTOS
É um momento único... Agradeço à Deus pelas oportunidades,
conquistas e a todos que contribuíram para a conclusão deste trabalho.
Em especial agradeço a orientadora Alessandra Rios Faria, pela forma
de como este trabalho foi conduzido e por acreditar nesta conquista.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor
sua pele, ou por sua origem, ou sua religião.
Para
odiar,
as
pessoas precisam aprender, e se elas podem
aprender odiar, podem ser ensinadas a amar,
pois o amor chega mais naturalmente ao
coração
humano
do
que
o
oposto. A bondade humana é uma chama que
pode ser oculta, jamais extinta ”.
Nelson Mandela
RESUMO
Vivemos um processo intenso de culturalização do país, já que cada
vez mais a cultura se fortalece como cenário de afirmação da cidadania e do
desenvolvimento humano. A diversidade étnica e cultural anseia pela construção
de novos paradigmas civilizatórios. Nesse sentido, o ambiente escolar é
considerado um espaço de socialização para identificar os diversos contextos
socioculturais que compõem a sociedade brasileira.
Este Trabalho de Conclusão de Curso baseia-se na literatura de vários
autores na área, conforme referência bibliográfica, e apresenta um projeto de
intervenção para alunos (as) do ensino médio, com o seguinte tema: Cultura
Negra e Artesanato Africano no ambiente escolar. A proposta é desenvolver
estratégias a serem adotadas junto à instituição escolar no sentido de promover a
cultura resgatando um bem específico de origem africana: o artesanato.
Para atingir o objetivo geral do projeto é proposto uma abordagem
metodológica que envolve a pesquisa e o estudo sobre o tema. O resultado do
mesmo visa contribuir na construção de uma educação mais igualitária,
proporcionando reflexões voltadas ao pluralismo e a diversidade étnica e cultural.
Palavras chaves: artesanato africano, diversidade étnica e cultural, pluralidade
cultural.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................06
2 OBJETIVO DA AÇÃO ...................................................................................11
3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................12
4 DESCRIÇÃO DA AÇÃO................................................................................13
5 CRONOGRAMA.............................................................................................14
6 POPULAÇÃO BENEFICIADA.....................................................................16
7 MONITORAMENTO......................................................................................17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................18
1. INTRODUÇÃO
A sociedade brasileira reflete, por sua própria formação histórica o
pluralismo. Somos nacionalmente, hoje, uma síntese intercultural, não apenas um
mosaico de culturas. Este é o verdadeiro perfil brasileiro.
De acordo com Oliveira (2000, p.141),“a cultura é um sistema, um
conjunto de elementos ligados estreitamente uns aos outros”. É válido repensar
que os sujeitos são constituídos por múltiplas identidades - classe, raça, etnia,
gênero - e que essas se inter-relacionam posicionando nos diversos contextos
socioculturais.
A escola não deve ser vista como um lugar onde ocorre somente a
transmissão de conhecimento. Ela também é um grande espaço de socialização,
onde os educandos poderão conhecer outras culturas, outras formas de se viver.
De forma que os educadores são considerados peça chave para modificar o
ambiente escolar a fim de torná-lo menos opressor e mais democrático sem
esquecer que o próprio educador faz parte desse processo.
Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e
racial, empreender reeducação das relações étnico-raciais não são tarefas
exclusivas da escola. As formas de discriminação de qualquer natureza não têm o
seu nascedouro na escola, porém o racismo, as desigualdades e discriminações
correntes na sociedade perpassam por ali. Para que as instituições de ensino
desempenhem a contento o papel de educar, é necessário que se constituam em
espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que
visam a uma sociedade justa (BRASIL, 2004).
No Brasil, a Lei 10.639/03, que trata da obrigatoriedade do Ensino da
História e Cultura da África e dos Afro-brasileiros no ambiente escolar, propõe
alterar os conteúdos programáticos, os livros didáticos e a mentalidade de muitos
professores em relação a essa temática, mesmo que de forma imperativa. Para
Gomes (2008, p. 71):
Se entendermos que conhecer a nossa história e herança
africana faz parte do processo de formação dos sujeitos sociais
e
8
se reconhecermos que uma parte significativa da nossa
formação histórica e cultural referente a África e à cultura afrobrasileira não tem sido trabalhada a contento 'e/ou negado' pela
escola, só poderemos confirmar a importância da inclusão dessa
discussão no currículo escolar, mesmo que seja por força da lei.
1
Ainda segundo Gomes (2008), as práticas educativas privilegiavam os
brancos nos currículos escolares, fato esse que reforçava a discriminação racial.
Historicamente o Brasil, no aspecto legal, teve uma postura permissiva diante da
discriminação e do racismo que atinge a população afro-descendente brasileira até
hoje, sendo o mesmo visto como um país imerso num tipo de racismo específico,
o “ racismo cordial ”, cuja manifestação se dá em espaços privados, mas que tem
impacto no público e na (re) produção de desigualdades entre negros/as e
brancos/as.
Ao falarmos em Políticas Públicas e Raça, é de suma importância
termos em mente o conceito de ações afirmativas, que segundo Rocha (2006, p.49
) “é o conjunto de ações que visam promover a igualdade de oportunidades,
contemplando os grupos que foram historicamente discriminados. São políticas e
mecanismos de inclusão, implementados em diversas áreas”, como na educação e
no trabalho dirigidas à correção de desigualdades raciais e sociais, criadas e
mantidas por estrutura social excludente e discriminatória. Necessitamos que a
sociedade através das políticas públicas (re) conheça, conscientize, defenda os
direitos de todos os cidadãos e valorize a formação histórica do nosso país,
garantindo o pluralismo e os direitos constitucionais da raça negra.
Quebrar o silêncio que impera nas relações raciais no cotidiano
escolar é nosso desafio. Acreditamos em Martin Luther King, quando afirmou:
“Houve uma raça de pessoas, de pessoas negras, de pessoas que tiveram a
coragem de lutar por seus direitos e assim injetaram um novo significado nas
veias da história e da civilização.”2
1
GOMES, Nilma Lino. A questão racial na escola: desafios colocados pela
implementação da Lei 10.639/03. In: CANDAU, V. e MOREIRA, A. F. (orgs.). Multiculturalismo:
diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 71.
A construção da idéia de raça mostra que ao longo da história as
concepções sobre o tema foram ressignificadas em função das mudanças quanto
ao conceito de cultura na sociedade. Assim, não pode haver dúvidas que o uso da
expressão “ raça ” continua representando uma concepção social, política ou
cultural. O Estatuto da Igualdade Racial votado em 16/06/2010, após mais de dez
anos de tramitação no Congresso, confirma entre outros, a obrigatoriedade do
Ensino da História e Cultura da África e dos Afro-brasileiros; afirma que a prática
de cultos religiosos de origem africana é livre; propõe a criação de ouvidorias em
defesa da igualdade racial.
No campo educacional, presenciamos as dificuldades que as
instituições escolares convivem ao promover uma educação ética, voltada para o
respeito e convívio harmônico com a diversidade étnica e cultural. Sabe-se das
dificuldades enfrentadas ao propor a erradicação das práticas escolares e dos
rituais pedagógicos impregnados de racismo que dificultam a construção positiva
da autoestima e comprometem o sucesso escolar do aluno negro.
De acordo com o Programa Nacional em Direitos Humanos (2010), é
necessário que a escola contribua para a realização de ações educativas com o
objetivo de estimular, promover a cultura, visando erradicar com as atitudes de
preconceito, discriminação e racismo, dentro da instituição escolar.
Sabemos que o patrimônio cultural herdado da cultura afro-brasileira é
diverso e com a diversificação dos grupos que integram a sociedade, podemos ver
que os patrimônios também incentivam o diálogo entre diferentes culturas. Para
Gonçalves (2002, p.22)
A história, assim como a antropologia, sem falar no folclore,
desempenha papel importante na articulação das narrativas
nacionais sobre patrimônio cultural. No entanto, enquanto
antropólogos, historiadores, ou folcloristas, escrevem textos de
descrição e análise de sociedades, culturas, instituições, rituais
etc., aqueles que lidam pragmaticamente com o chamado
“patrimônio cultural” dedicam-se às práticas de colecionar,
restaurar e preservar objetos com o propósito de expô-los para
2
Texto de Martin Luther King retirado do Almanaque
Pedagógico Afro-Brasileiro. (ROCHA, 2006, p.08).
que possam ser vistos e preencham as funções pedagógicas e
políticas que lhe são atribuídas.
Nesse trabalho focalizaremos a arte africana, que é um conjunto de
manifestações artísticas produzidas pelos povos da África subsaariana ao longo da
história, reflexo das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste
enorme continente. Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando
diversos elementos da natureza. A arte africana chegou ao Brasil através dos
escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos
colonial e imperial. (SILVA e CALAÇA, 2006).
É riquíssima a técnica do trabalho manual não industrializado criado
pelo povo negro e que encontra-se presente em nossa sociedade. Pode-se observar,
por exemplo, os vários objetos que são expostos como decorativos nos ambientes
residenciais, nos consultórios, museus, galerias de arte, exposições culturais, entre
outros. Além disso, o artesanato para muitas das famílias brasileiras é uma fonte
de renda, melhoria na qualidade de vida e redução da criminalidade.
É nesse sentido que se constitui esse Trabalho de Conclusão de Curso.
A proposta é, através do ambiente escolar, promover a diversidade étnica e
cultural resgatando um bem específico da cultura afro-brasileira: o artesanato.
Para isso, atenderemos os alunos (as) do Ensino Médio da E.E. “ Júlio César Reis
Oliveira ”, localizada em Sete Lagoas – MG, com o objetivo de sensibilizar
educadores e educandos sobre a importância da valorização da diversidade étnica
e cultural e as contribuições do povo negro à nação brasileira, estimulando-os a
fazer uma exposição com os objetos de arte de origem africana.
Atualmente existe nesta escola parcerias com outros órgãos públicos,
como a Polícia Militar da região, Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS), Estratégia Saúde da Família (ESF), que desenvolvem projetos, que
inclui palestras, dinâmicas, debates, oficinas, atividades esportivas, no sentido de
diminuir a criminalidade e o uso de drogas. Também os educadores desenvolvem
projetos com objetivo de minimizar a discriminação racial, posturas etnocêntricas,
dentre eles “ O Dia da Consciência Negra”, amparado pela Lei 10.639/03. Nesse
contexto, este projeto de intervenção apresenta mais uma proposta de trabalho que
vem fortalecer os já existentes na escola, em parceria com os demais.
2. OBJETIVO DA AÇÃO
O objetivo geral do projeto tem como foco valorizar a diversidade
étnica e cultural resgatando um bem específico, da cultura afro-brasileira: o
artesanato, através da exposição dos diversos objetos de arte produzidos pelo povo
africano que encontram-se presentes em nossa sociedade.
2. 1 Objetivos específicos:
1. Sensibilizar os educadores e educandos sobre a importância da valorização da
diversidade étnica e cultural e as contribuições do povo negro à nação brasileira.
2. Conhecer a arte e a técnica do trabalho manual não industrializado criado pelo
povo africano presente em nossa sociedade.
3. Combater posturas etnocêntricas para a desconstrução de estereótipos e
preconceitos atribuídos ao povo negro e sua cultura.
4. Contribuir com temáticas significativas do ponto de vista ético, propiciando
condições ao corpo docente e discente para que os mesmos desenvolvam sua
capacidade dialógica, tomem consciência de nossas próprias raízes.
5. Promover uma exposição dos objetos de arte de origem africana.
3. JUSTIFICATIVA
.
A escolha deste tema se justifica pela importância de sensibilizar os
educadores e educandos sobre a valorização do pluralismo e da diversidade étnica
e cultural. O projeto também se constitui a partir da ideia de ressignificação do
termo raça como um valor positivo de nossa própria formação, desmitificando a
condição de inferioridade atribuída a raça negra. Tem-se como foco os valores
fundamentais da dignidade humana, da justiça, da igualdade social e da defesa da
cidadania, valores esses presentes na nossa Constituição.
Simultaneamente um novo tempo se delineia no contexto escolar, uma
nova postura contra a exclusão e o insucesso escolar da criança negra vem sendo
tecida de forma mais objetiva. O pensar crítico sobre o etnocentrismo do
currículo, a formação do professor sobre questões essenciais relativas ao
conhecimento, valorização e respeito à cultura negra e a viabilização de projetos
pedagógicos, propostas alternativas e produção de material didático e
paradidático, contemplando os afro-brasileiros, são algumas das estratégias que
têm sido empreendidas pelo governo, através da implementação das Políticas
Públicas de Igualdade Racial.
A luta pela superação do racismo e da discriminação racial é tarefa de
todo e qualquer educador, independentemente do seu pertencimento étnico-racial,
crença religiosa ou posição política. Pesquisas constatam que a população negra é
o segmento mais pobre da sociedade, a menos escolarizada e a que ocupa postos
inferiores no mercado de trabalho que induzem as mencionadas políticas
governamentais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) traz-nos dados elucidativos
acerca das desigualdades entre negros e brancos no Brasil, do ponto de vista da
educação.
Portanto, dada a importância do tema, este projeto de intervenção busca, a
partir do ambiente escolar, a valorização da diversidade étnica e cultural, tendo
como principal objeto de intervenção o artesanato de origem africana, que é bem
diversificado e representa uma riqueza cultural na nossa sociedade.
4. DESCRIÇÃO DA AÇÃO
Por meio das estratégicas apresentadas a seguir, viso contribuir na
construção de uma educação mais igualitária, proporcionando reflexões voltadas
ao pluralismo e a diversidade étnica e cultural.
•
Reunir com a direção e equipe pedagógica da instituição escolar em uma
sala adequada, para discutir estratégias, adquirir informações e sugestões
que enriquecem os objetivos propostos deste Trabalho de Conclusão de
Curso.
•
Reunir o corpo docente e discente para abertura do projeto no pátio da
escola, informando os alunos (as) as etapas do mesmo, conscientizando-os
que eles fazem parte do processo.
•
Montar grupos de estudos entre professores (as) e alunos (as) embasados na
proposta do projeto para coletar dados históricos, geográficos e culturais do
povo negro, utilizando o acervo bibliotecário da escola e pesquisas
realizadas pelos alunos (as).
•
Realizar oficinas com alunos (as) e professores (as) que envolvem
técnicas do artesanato africano, para confecção dos objetos de arte, usando
recursos tais como: barro, madeira, bambu, tecido, tinta, etc.
•
Desenvolver no pátio da escola palestras, dinâmicas e oficinas que
propiciem aos educandos a refletirem sobre a nossa formação histórica,
através de parcerias já existentes na escola.
•
Apresentar no pátio da escola, uma exposição dos objetos de arte
produzidos pelos povos africanos que encontram-se presentes na nossa
sociedade ( residências, galerias de arte, etc), além dos objetos produzidos
nas oficinas pelos alunos (as).
5. CRONOGRAMA (PLANO DE AÇÃO)
AÇÃO
RESPONSÁVE
Reunir com a
L
Autora do projeto
direção e a equipe
CUSTO
RECURSO
DATA
PRAZO DE
EXECUÇÃO
1 semana
Lanche
Data-show,
Final de
compartilhado
notebook,
Junho
pedagógica
microfone,
máquina
fotográfica,
caneta,
papel,
cadeiras e
Realizar a
Autora do projeto
R$ 200, 00
mesas.
Data-show,
abertura do
e Especialista
(folder sobre
notebook,
projeto ao corpo
o tema do
microfone,
docente e discente
projeto)
caixa de
Agosto
2 horas
2 meses
som, DVD,
máquina
fotográfica,
Implementar
Professores (as) e
e folder.
Livros,
Agosto e
grupos de estudos
alunos (as)
jornais,
Setembro
fotos,
internet,
vídeos,
filmes,
revistas,
máquina
fotográfica,
Realizar oficinas
Professores (as) e
Estimativa de
etc.
Barro,
alunos (as)
R$300,00
madeira,
bambu,
tinta, pincel,
Outubro
1 mês
tecido,
máquina
fotográfica,
etc.
Promover palestra Autora do projeto
voluntário
e Palestrante
Data-show,
Novembro
1 dia
Novembro
1 semana
notebook,
microfone,
caixa de
som,
máquina
fotográfica,
Realizar uma
Professores (as) e
cadeira, etc.
Objetos de
exposição
alunos (as)
arte de
origem
africana e os
produzidos
nas oficinas
pelos alunos
(as),
máquina
fotográfica,
etc.
6. POPULAÇÃO BENEFICIADA
Escola Estadual “ Júlio César Reis Oliveira ” – Sete Lagoas/MG
Alunos e Professores do Ensino Médio.
Aproximadamente: 260 alunos
15 professores
7. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
A avaliação será processual, pois ocorrerá no decorrer do projeto, e
para que o mesmo obtenha sucesso é de suma importância a interação entre
alunos (as) e professores (as). Será necessário que haja por parte do responsável
do projeto uma orientação e monitoramento em todas as etapas do mesmo,
buscando favorecer um ambiente escolar mais saudável, democrático e de
socialização.
É importante que faça registros fotográficos em todas as etapas do
projeto, além dos registros escritos das ações realizadas, como no grupo de
estudos, das oficinas, para que seja analisado o desenvolvimento das atividades
do projeto ao longo tempo, além da participação e o empenho dos envolvidos.
Além disso será atribuída uma pontuação bimestral aos alunos (as) na
finalização do projeto, que será analisada pelos professores (as), pois os mesmos
estarão observando a participação e o empenho dos discentes. Após a finalização
do projeto confeccionar um mural com ajuda de alguns professores (as) e de
alunos (as) com os registros fotográficos feitos no decorrer do projeto, que ficará
em exposição na escola.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL.
Parâmetros
Curriculares
Fundamental. Brasília – MEC/SEF,1997.
Nacionais.
Secretaria
de
Educação
_____. Constituição da República Federativa do Brasil. 18 ed. ver. ampl. São
Paulo, 1998.
_____. Lei n° 10.639, de 09/01/03. Altera a Lei 9394/96 para incluir no currículo
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_____. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações ÉtnicoRaciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Brasília. MEC/SEPPIR, 2004.
_____. Programa Nacional de Direitos Humanos. Presidência da República – rev
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GOMES, Nilma Lino.
A questão racial na escola: desafios colocados pela
implementação da Lei 10.639/03. In: CANDAU, V. e MOREIRA, A. F. (orgs.).
Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes,
2008, p. 71.
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2012.Similares
IBGE.
Censo
demográfico
de
2010.
....
Disponível
www.ipea.gov.br/sites/000/2/.../2009. Acesso 18 de maio de 2012.
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