Anais STPE DTPEN 2009 - Setor de Educação

Transcrição

Anais STPE DTPEN 2009 - Setor de Educação
Ministério da Educação
Universidade Federal do Paraná
Setor de Educação
Departamento de Teoria e Prática de Ensino
Anais do VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino
e
XV Seminário de Encerramento da Disciplina de
Prática de Ensino de Educação Física
Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola
18 a 21 de novembro de 2009
Catalogação na publicação
Sirlei do Rocio Gdulla – CRB 9ª/985
Biblioteca de Ciências Humanas e Educação - UFPR
S471
Seminário de Teoria e Prática de Ensino (6.:2009:Curitiba)
Olhares sensíveis na Universidade e na escola / Anais do
VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XV Seminário de
Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação
Física, Curitiba, 2009; organizadores: Nadia Gaiofatto Gonçalves e Crislaine Estevão de Jesus. -- Curitiba, 2009.
1 CD-ROM
ISBN 978-85-89799-38-6
1. Educação – Seminários. 2. Ensino – Meios auxiliares.
3. Professores – Formação. 4. Tecnologia educacional. 5. Professores e alunos. 6. Aprendizagem por atividades. I. Seminário de
Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação
Física (15.:2010:Curitiba). II.Jesus, Crislaine Estevão de. III.
Gonçalves, Nadia Gaiofatto. IV.Titulo.
CDD 370
CDU 370:061.3(81)
2
Direção do Setor de Educação: Ettiène Cordeiros Guérios
Vice diretora: Clara Brener Mindal
Chefe do Departamento de Teoria e Prática de Ensino: Dulce Dirclair Huf Bais
Suplente: Christian Carla Aparecida Volski Cassi
Comissão Organizadora
Prof. Dr. André Pietsch Lima
Prof.ª MSc. Berenice Marie Ballande Romanelli
Prof.ª MSc. Christian Carla Aparecida Volski Cassi
Prof.ª Drª. Deise Cristina de Lima Picanço
Prof.ª Drª. Dulce Dirclair Huf Bais
Prof. Dr. Geraldo Balduíno Horn
Prof. Dr. Guilherme Gabriel Ballande Romanelli
Prof.ª Drª. Kátia Maria Kasper
Prof.ª Dr.ª Liane Maria Vargas Barboza
Prof.ª Dr.ª Maria Auxiliadora Schmidt
Prof.ª Dr.ª. Rosicler Terezinha Goedert
Prof. Dr. Sérgio Camargo
Prof. Dr. Ubirajara Inácio de Araújo
Prof.ª MSc. Wanirley Pedroso Guelfi
Organização dos Anais e revisão
Profª Drª Nadia G. Gonçalves – DTPEN/UFPR
Organização dos Anais e revisão
Crislaine Estevão de Jesus (Discente do curso de Letras da UFPR, bolsista do DTPEN)
Todos os resumos deste livro foram reproduzidos dos textos fornecidos pelos autores,
e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade deles.
A Comissão Organizadora do evento VII Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XVI
Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física não
se responsabiliza por consequências decorrentes do uso de quaisquer dados,
afirmações e/ou opiniões inexatas (ou que conduzam a erro) publicadas nestes Anais.
3
SUMÁRIO
Apresentação dos Anais
10
Programação geral do Evento
11
Oficinas ofertadas no Evento
12
EIXO TEMÁTICO 1 - O PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES NA ESCOLA E NO
CONTEXTO DE AULA
13
Um olhar sensível para o conhecimento etnobotânico presente no cotidiano dos
alunos descendentes de africanos e indígenas - Claudemira Vieira Gusmão
Lopes, Dulce Dirclair Huf Bais
14
A Informática e a Química: Fenolite na composição de um circuito impresso Ehrick Eduardo Martins Melzer, Ingrid Fiedler Machado, Liane Maria Vargas
Barboza, Sonia Maria Chaves Haracemiv
15
Origens do Universo: uma proposta interativo-pedagógica sobre formação,
composição e relação entre os componentes do Universo - Evaldo Victor Lima
Bezerra, Kamilla Louise Schneider, Leandro Siqueira Palcha
16
Uma proposta de ensino integrando conhecimentos físicos e biológicos: Origem
da vida e Evolução - Ingrid Rodriguez Tellez, Nitiananda Falvo Fuganti, Vanessa
Cadan
17
Técnica pela técnica? Uma experiência de Ensino na Educação Física Escolar Jean Carlos Sauer e Mariana Sikora
18
Gripe H1N1. As influências e os problemas que o novo vírus trouxe para o
planejamento e a Prática docente - Paulo Sérgio da Costa Alves, Roberson
Fontoura
19
Projeto de Docência – Jogando Matemática - Cecília Monteiro Leite
20
Poluição da água: riscos as futuras gerações - Ehrick Eduardo Martins Melzer,
Liane Maria Vargas Barboza, Sonia Maria Chaves Haracemiv
21
Aprendendo a ser professor (a)... - Janaína Sant’Anna de Rezende
22
Educação física: uma proposta para além das quadras esportivas - Susy
Nathallie da Silva
23
4
Saberes Docentes X Saberes Dicentes - Taísa Helena Jochinsein; Ticiane F.
Pietro e Yuri Sazanoff
24
Refletindo sobre o uso de listas de exercícios/problemas e questões abertas em
aulas de Física no Ensino Médio - Marlon Labas, Ivanilda Higa
25
A utilização de experimentos demonstrativos no Ensino de Física - Jaqueline
Miriam Cascaes, Sérgio Camargo
26
Intercâmbio - Vanderléia Belarmino
27
Experiência em Prática de Ensino na Educação Física: Possibilidade do
Trabalho com Lutas na escola - Ana Paula Fernandes, Natália Takaki
28
Oficina de desenho e pintura para deficientes visuais - Caroline Caregnato
29
Fatores obstacularizadores na implementação da lei 10.639/03 de história e
cultura afrobrasileira e africana na perspectiva dos/as professores/as das
escolas públicas estaduais do município de Almirante Tamandaré-PR Claudemir Figueiredo Pessoa Onasayo, Tânia Maria Baibich-Faria
30
Diferentes significados para os conteúdos e práticas corporais nas aulas de
educação física: reflexões a partir dos entendimentos dos alunos - Fernanda de
Mattos
31
Aulas de educação física dentro de sala: possibilidades e dificuldades - Louise
Mazza do Nascimento e Adriane Nogueira
32
A resistência ao ensino da ginástica e da dança na educação física escolar na
periferia curitibana - Márcio Tinelli
33
O planejamento como central no processo de trabalho de ser docente na escola
- Milena Nichel
34
O ensino de fundamentos ecológicos numa abordagem lúdica e interdisciplinar Fabiano Rodrigo da Maia, Adriana Vasco, Devânia Patrícia de Jesus, Carlos
Eduardo Pilleggi de Souza
35
Educação Física escolar: desafios do que ensinar - Karin Fabiola Herrmann
36
Avaliação da aprendizagem em Matemática através de jogos didáticos - Kicia
Cristina Kusdra
37
A Física e o Cotidiano do Aluno em Aulas de Física no Ensino Médio - Luiz
Fernando Frecceiro Martins, Ivanilda Higa
38
5
Na escola de EJA as soluções químicas do cotidiano - Swami Maruyama, Karine
Priscila Naidek, Sonia Maria Chaves Haracemiv, Liane Maria Vargas Barboza
39
Socialização nas aulas de educação física: um relato de experiência do
planejamento docente - Thomas Guido Ito
40
Implicações do (re)pensar a prática pedagógica nas aulas de Educação Física:
um relato de experiência - Elaine dos Santos Oliveira, Hildete de Almeida Galvão
da Silva, Tiago Zanlorenzi
41
Dimensão social do conhecimento químico - Aline Garus Saint Clair Colimo,
Sonia Maria Chaves Haracemiv, Liane Maria Vargas Barboza
42
EIXO TEMÁTICO 2: PRODUÇÃO E/OU UTILIZAÇÃO DE LIVROS E OUTROS
SUPORTES DIDÁTICOS
43
Aprendendo a produzir materiais de ensino de História a partir da cultura local:
Projeto “Recriando histórias” - Alexandre Boing, Anne Cacielle Ferreira da Silva,
Janira Feliciano Pohlmann
44
Como a utilização de experimentos didáticos em sala de aula pode contribuir
para a compreensão dos conteúdos de Óptica - Eliane de Campos Moreira,
Sérgio Camargo
45
Re-significação dos conteúdos escolares através da prática educomunicativa: o
jornal em sala de aula - Karen Calonaci Gonçalves
46
Física e a Realidade: Sobre a utilização de Experimentos Didáticos a partir do
Cotidiano - Gustavo Niano Lindolm, Milton da Silva, Sérgio Camargo
47
Concepções prévias dos alunos como subsídio para o desenvolvimento de
habilidades e características desejáveis nos estudantes - Aline Portella Biscaino
48
Reflexões sobre a influência da mídia no processo de construção corporal: uma
experiência na produção de material didático-pedagógico destinado a alunos do
ensino médio - Rosane de Cássia Capilé
49
Proposta de aplicação e resultado de unidade temática no ensino de língua
espanhola, sob o enfoque da abordagem comunicativa - Manoela de Moura
Rosa
50
Abordagem sobre identidade nas aulas de língua espanhola básica - Francinne
de Oliveira Lima - Universidade Federal do Paraná
51
6
O papel das Atividades Experimentais na Formação dos Alunos da Educação
Básica da Rede Pública - Aline Portella Biscaino, Sérgio Camargo
52
Como a utilização de experimentos didáticos em sala de aula pode contribuir
para a compreensão dos conteúdos de Óptica - Eliane de Campos Moreira e
Sérgio Camargo
53
EIXO TEMÁTICO 3: AS TECNOLOGIAS
COMUNICAÇÃO (TIC) NO CONTEXTO DE AULA
54
DE
INFORMAÇÃO
E
Função quadrática no cabri geometry II - Fabiano José Dantas de Oliveira
55
Considerações sobre a utilização das Tecnologias de Comunicação e
Informação no Ensino de Física - Camila Correia Machado, Sérgio Camargo
56
Considerações sobre a utilização das Tecnologias de Comunicação e
Informação no Ensino de Física II - Camila Correia Machado, Sérgio Camargo
57
EIXO TEMÁTICO 4: RELAÇÃO PROFESSORES-ALUNOS E ALUNOSALUNOS
58
A motivação dos alunos de ensino médio para as aulas de Educação Física:
principais aspectos e determinantes - Cauê Cristiano Vieira
59
Aluno: sujeito ativo no processo ensino- aprendizagem - Juliana Beatriz Ferst
Strapasson
60
Corporalidade e a comunicação - Rúbia Zimermann
61
Reconhecimento da educação física como disciplina escolar - Andressa Schmidt
e Rafaela Berté
62
A Educação Física Escolar como possibilidade de intervenção no meio social e
humano - Hélcio Arthur Kricky e Thiago Soneghett Cotta
63
Reflexões sobre os critérios de mediação da aprendizagem de Feuerstein em
aulas de Física no Ensino Médio - Igor Konieczniak
64
Reflexão acerca do descumprimento às regras dos/as alunos/as da escola
municipal herley mehl - Maria Claudia Pykosz de Oliveira , Letícia Queiroz
Mendes
65
7
A possibilidade de os jogos e as brincadeiras atuarem como elementos de
discriminação e exclusão nas aulas de Educação Física - Matheus Antonio Pinto
Bellin
66
EIXO TEMÁTICO 5 : RELAÇÕES UNIVERSIDADE – ESCOLA
67
Falácias sobre a escola pública: uma nova experiência - Ana Paula Reinbold e Willian
68
Hey Alexandre da Silva
Curitiba: a importância dos parques urbanos para a conservação da mata
atlântica - Leonardo Giraldi Damaceno Gustman, Lívia Priori Gonçalves; Rosana
Ribeiro; Vanessa Ribeiro; Vinicius Richardi; Ligia Strey; Juliana Wojciechowski,
Carlos Eduardo Pilleggi de Souza
69
EIXO TEMÁTICO 6: AVALIAÇÃO DO ENSINO
70
Frações: Uma análise dos erros cometidos por alunos de 5ª série - Pauliane
Waifan Garcia Chu, Suellen Rodrigues de Oliveira, Patrícia Stocco, Pamela
Jéssika Balotin
71
Análise de erros: alunos do 2º ano do ensino médio - Simone Venturi
72
EIXO TEMÁTICO7: PESQUISA SOBRE/NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
73
Os jovens escolares no ensino médio e as formas de tratar os saberes escolares
nas aulas de Educação Física: PDE e suas possibilidades de mudança na
formação do professor/a - Francisco Antonio Albano
74
Formação do Professor de Artes: Novas Possibilidades - Luciana Gurgel de
Siqueira, Ana Luiza Suhr Reghelin, Clenice Thomas Maciel
75
A inserção de física moderna no ensino médio: o laser e suas aplicações Vandertone Santos Machado
76
Prática de ensino: como está, fica? - Caroline Francye Rosa de Freitas
77
A contribuição da Educação Física escolar na formação humana - Leilane
Lazarotto
78
8
Utilização Didática da História da Ciência no ensino de Física e a Formação de
Professores: uma análise das provas do ENADE para os cursos de Licenciatura
em Física - Luis Felipe Pikcius Bezerra de Siqueira, Ivanilda Higa
79
EIXO TEMÁTICO 8: ESPAÇOS ALTERNATIVOS DE ENSINO E DE
APRENDIZAGEM
80
Escolarização Hospitalar: Um olhar diferenciado na práxis pedagógica - Luciane
R. Santos Souza
81
Criação de histórias e a confecção dos personagens com uso de materiais
recicláveis - Margarete Schaffer
82
Projeto de educação em saúde sobre pediculose e gastroenterites na infância
aplicado no CEI - Centro Educacional Infantil HC/UFPR Pipa Encantada - Fúlvia
Fernandes Pereira, Isabel Talina F. F. Catraio, Vânia Carvalho de Oliveira, Israel
Esteves Dias
83
EIXO TEMÁTICO 9: EDUCAÇÃO E INVENÇÃO
84
Capitalismo, trabalho e educação: uma tríade inerente - Everton Ribeiro
85
9
Apresentação dos Anais do VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XV
Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação
Física: Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola
Reunimos
nestes
Anais,
os
resumos
dos
trabalhos
aprovados
para
apresentação em nosso Seminário, a fim de registrar as contribuições e discussões
que o permearam, como subsídio para a reflexão sobre a prática docente.
Foram sessenta e três trabalhos, com a participação de discentes das disciplinas
de Prática de Ensino desenvolvidas pelo DTPEN, e também com a participação ou
orientação de docentes do Departamento e de professores PDE.
Esperamos que este registro contribua tanto para a percepção da complexidade
e das múltiplas dimensões que a prática docente envolve, quanto para a reflexão de
que muitas das necessidades, dos desafios e dos dilemas encontrados no âmbito
escolar são comuns a áreas de conhecimento distintas. Dessa forma, o diálogo que o
DTPEN propõe e fomenta, por meio deste evento anual, é absolutamente relevante
para a formação acadêmica de nossos discentes, mas também para a formação
continuada daqueles docentes que já estão em exercício nas escolas.
Curitiba, abril de 2011.
Profª Drª Nadia G. Gonçalves
Organizadora dos Anais do VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XV Seminário
de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física: Olhares
Sensíveis na Universidade e na Escola
10
Programação geral do Evento
18 de novembro de 2009
18h30- Credenciamento
19h00- Abertura
19h45- Apresentação artística
20h- Conferência de abertura: “ Olhares sensíveis na Universidade e na escola “- Prof. ª Dr. ª
Tânia Maria Baibich-Faria
19 de novembro de 2009
8h- Apresentação artística
8h15- Mesa-redonda I:” A ética, as artes e a corporalidade na escola”- Expositores : Prof.
Dr.Geraldo Balduíno Horn, Prof. Dr. Guilherme Gabriel Ballande Romanelli, Prof.ª Dr.ª Luciane
Paiva Alves de Oliveira e Prof.ª Dr.ª Maria Rita de Assis César. Moderadora: Prof.ª Dr.ª Ana
Maria Petraitis Liblik
10h- Apresentação de trabalhos e oficinas
14h- Apresentação de trabalhos e oficinas
16h- Apresentação de trabalhos
18h30- Apresentação artística
18h45- Mesa-redonda II: “Educação e invenção“ - Expositores : Prof.ª Dr.ª Kátia Maria Kasper.
Prof. Dr. André Pietsch Lima e Discente Jonathan Taveira Braga - Moderadora: Prof.ª Dr.ª
Andréia Aparecida Marin
20h30- Apresentação de trabalhos e oficinas
20 de novembro de 2009
8h- Apresentação Artística
8h15- Mesa redonda III: “As boas práticas educativas“ – Expositores : Prof. Dr. Marcus Aurélio
Taborda de Oliveira e participantes do projeto “Boas Práticas Educativas”- Moderadora: Prof.ª
MS. Cristian Carla Aparecida Volski Cassi
10h- Apresentação de trabalhos e oficinas
14h- Apresentação de trabalhos e oficinas
16h- Apresentação de trabalhos
18h30- Apresentação artística
18h45- Mesa – redonda IV: “As metodologias e as práticas de ensino: entre o conceitual e o
real“- Expositores: Prof. Dr. Sérgio Camargo, Prof.ª MS. Wanirley Pedroso Guelfi, Prof.ª MS
Liane Maria Vargas Barboza e representante discente – Moderadora: Prof.ª Dr.ª Ivanilda Higa
20h30- Apresentação de trabalhos e oficinas
21 de novembro de 2009
8h- Apresentação de trabalhos e oficinas
10h- Apresentação artística
10h15- Mesa -redonda V: “A didática do antipreconceito” – Expositores : Prof.ª Dr. ª Tânia
Maria Baibich-Faria e doutorandos Wagner Amaral , Edimara Soares, Jair Santana e Silvia
Andreis - Moderadora: Prof.ª Dr.ª Rosicler Terezinha Goedert
12h- Encerramento
11
Oficinas
Título e Ministrante(s)
 O corpo na educação: contribuições da Psicomotricidade Relacional na formação de
formadores para a primeira infância - Daniel Vieira da Silva

Alfabetização no Ensino Fundamental de 9 anos - Sheila Oliveira Lima

Uso didático de documentos para o ensino de História - Nadia Gaiofatto Gonçalves

Pedagogia de Projetos no Ensino de Química - Liane Maria Vargas Barboza

Identificando Animais Peçonhentos - Carlos Eduardo Pilleggi de Souza

Leitura e produção de sentidos -
Ubirajara Inácio de Araújo
 Atividades Lúdicas na educação infantil - Carolina Moura, Matilde Fernandes dos
Santos e Tania Bruns Zimer
 Ensinando Matemática com o GeoGebra - Francieli Triches e Leandra Karina da
Cruz - Orientadora: Profa. Dra. Tania Teresinha Bruns Zimmer
 Jogos didáticos e a elaboração de regras no processo de ensino e de aprendizagem
da Matemática - Joacida Padilha, Leonora Padilha e Tania Teresinha Bruns Zimer
 Ludicidade, estratégias na aprendizagem - Milene Torres Gonçalves Stall e Darcicly
de Souza Junqueira

Proposições metodológicas em cartografia escolar - Roberto Filizola
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EIXO TEMÁTICO 1
O PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES NA ESCOLA E
NO CONTEXTO DE AULA
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Setor de Educação
Departamento de Teoria e Prática de Ensino
VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino/ XV Seminário de
Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física
Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola
18 a 21 de novembro de 2009
Um olhar sensível para o conhecimento etnobotânico presente no cotidiano dos
alunos descendentes de africanos e indígenas
Claudemira Vieira Gusmão Lopes (SEED)
[email protected]
Dulce Dirclair Huf Bais (UFPR)
[email protected]
O artigo 26-A da Lei 11.645/08 em seu parágrafo primeiro estabelece a obrigatoriedade dos
conteúdos programáticos das escolas públicas e privadas incluírem aspectos da história e da
cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir dos grupos étnicos
negros e indígenas. Entretanto, na disciplina de Ciências o ensino dos vegetais negligencia a
contribuição indígena e africana. Por outro lado, o uso da flora local na confecção de remédios
para cura dos mais diversos males, foi uma das contribuições dadas ao povo brasileiro, tanto
pelos negros oriundos da África quanto pelos povos indígenas que aqui viviam. Culturalmente,
a existência da relação homem/vegetal é de suma importância tanto para o negro (BARROS,
1993), quanto para o índio. No que se refere ao negro, o conhecimento e a ligação com os
vegetais, dizia respeito à própria existência. Um exemplo dessa ligação pode ser vista na
cosmovisão dos grupos de origem jêje-nagô, para quem o conhecimento dos vegetais era
preponderante nas relações que estabeleciam com o mundo em que viviam. Por meio deste
relacionamento, conheciam, organizavam, classificavam e experimentavam os vegetais,
interligando o mundo natural ao social a partir de “uma lógica particular” (BARROS;
NAPOLEÃO, 2007). Embora esse processo tenha sido interrompido com a escravização, a
chegada do negro ao continente americano impôs a ele como condição, para não perder sua
identidade, a necessidade de encontrar aqui espécies que pudessem reproduzir sua flora
original.
Assim, sobreviver física e culturalmente, implicou não só em conhecer a
biodiversidade brasileira, como transplantar o sistema vegetal africano para cá (BARROS;
NAPOLEÃO, 2007). Quanto à contribuição indígena BARBOSA RODRIGUES (1992),
apresenta um trabalho sobre os indígenas da família lingüística Tupi-Guarani, afirmando que
“os indígenas seguiam e seguem um método sintético na classificação das plantas. Designam
as espécies por nomes tirados dos caracteres das folhas, das flores, dos frutos, ou das
propriedades como o cheiro, o sabor, a dureza, a duração, a cor, o emprego, etc”.
HAVERROTH (2007) em seu livro sobre os Kaingang da TI Xapecó mostrou que o
conhecimento vegetal desses índios aponta para três formas de classificação: morfoecológica,
utilitária e simbólica. Apesar de todas as contribuições dadas tanto pelos indígenas, quanto
pelos negros, a forma de classificação do vegetal trabalhada na disciplina de Ciências no
currículo oficial, só apresenta a visão ocidental. Essa forma de trabalhar desvaloriza o
conhecimento do “outro” e não contribui para que os alunos tanto de origem de indígena
quanto africana busquem sua identidade. O conflito se manifesta quando pessoas cujas
capacidades foram adquiridas por “auto-aprendizagem” são excluídas ou desconsideradas,
fazendo com que a ciência se torne inalcançável aos que não conseguiram um lugar na
Academia. Diante disso é que se coloca o seguinte problema de pesquisa: De que forma é
possível resgatar e valorizar, na disciplina de Ciências, o conhecimento tradicional sobre o uso
terapêutico das plantas presente no cotidiano dos alunos descendentes de africanos e
indígenas visando contribuir com seu processo de aprendizagem ?
Palavras-chave: etnobotânica, identidade, aprendizagem de ciências
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Universidade Federal do Paraná
Setor de Educação
Departamento de Teoria e Prática de Ensino
VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino/ XV Seminário de
Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física
Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola
18 a 21 de novembro de 2009
A Informática e a Química: Fenolite na composição de um circuito impresso
Ehrick Eduardo Martins Melzer, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Ingrid Fiedler Machado, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Liane Maria Vargas Barboza, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Sonia Maria Chaves Haracemiv
[email protected]
Este projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Pedro Macedo, localizado no Bairro Portão
na cidade de Curitiba, com a turma do 2º ano de Ensino Médio Técnico Integrado de
Informática, pelos licenciandos, na disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de
Química I e II. O tema abordado, a Química e a Informática, composição do Fenolite, matéria
prima do circuito de impressão, foi desafiador, uma vez que o professor de química ao
desenvolvê-lo teve que articular conhecimentos e habilidades nas áreas de Informática,
Eletrônica e relacioná-los com os da Química. O principal objetivo do projeto foi de possibilitar
aos educandos, futuros profissionais de informática, compreender a importância dos
conhecimentos da referida ciência no cotidiano de suas vidas. Os múltiplos recursos e técnicas
didáticas foram utilizados para o ensino de Química Orgânica, Estrutura do Carbono. O
processo pedagógico contou com a contribuição de um engenheiro elétrico, convidado durante
as aulas de montagem dos circuitos simples, quando foram revistos e construídos conceitos
como óxido redução. Os resultados obtidos foram significativos, o envolvimento dos alunos,
que se mostraram entusiasmados com o assunto e com a diversificação da aplicabilidade da
química. Esse espaço didático para questionar e esclarecer dúvidas possibilitou uma maior
articulação entre a teoria e a prática. O trabalho desenvolvido foi elogiado pelos outros
professores e profissionais presentes no Colégio.
Palavras – chave: Química e Cotidiano Profissional;
didática.
Teia de Conhecimentos; Engenharia
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VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino/ XV Seminário de
Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física
Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola
18 a 21 de novembro de 2009
Origens do Universo: uma proposta interativo-pedagógica sobre formação,
composição e relação entre os componentes do Universo
Evaldo Victor Lima Bezerra - Universidade Federal do Paraná- PROGRAD
Kamilla Louise Schneider – Universidade Federal do Paraná - PROGRAD
Leandro Siqueira Palcha - Universidade Federal do Paraná- PROGRAD
[email protected]
O presente estudo faz parte de uma proposta de ensino desenvolvida no âmbito do Projeto
Licenciar “As pesquisas em ensino e a formação do licenciando: enfoque em ciências físicas e
biológicas”, realizada pelos acadêmicos de licenciatura dos cursos de Ciências Biológicas e
Física da UFPR, sobre o tema “Origens do Universo e da Vida”. Havendo primazia no trabalho
em reunir e discutir os assuntos relacionados à disciplina de ciências com base no referencial
teórico de MORTIMER (2002) e DE LONGH (2000). Para tanto a proposta foi dividida em dois
módulos, tendo como o objetivo principal a análise dos questionamentos, a interação professoraluno em sala de aula e os possíveis erros conceituais que os estudantes apresentem sobre o
tema. Dentro da proposta os enfoques trabalhados foram, primeiramente, “A Origem do
Universo” e posteriormente “A Origem da Vida e Evolução Humana”, entretanto neste estudo
focalizamos as questões relacionadas ao primeiro enfoque da proposta de ensino. Sendo as
atividades aplicadas por graduandos dos cursos de Ciências Biológicas e Física em uma turma
de 3º ano do curso de Pedagogia da UFPR, através de um minicurso em que as aulas foram
vídeogravadas e com duração de aproximadamente 90 minutos. Os conteúdos abordados
foram: as teorias e hipóteses de origem, conceitos, definições e as interações entre os
componentes do Universo. Durante a aula propomos questionamentos sobre o Big-Bang,
Sistema Solar, Sol, astros, satélites, movimentos de rotação e translação, estações do ano,
entre outros. Uma vez que a temática desperta muito interesse nos professores e alunos.
Todavia, este assunto gera especulação e pode levar a interpretações equivocadas
relacionadas ao conteúdo de maneira geral. Seu ensino, por vezes, é marcado por imagens
presentes no livro didático sem escala ou qualquer proporção; informações incompletas
vinculadas à mídia, além de pouco conhecimento e habilidades dos educadores ao lidar com o
tema. Para estimular a participação dos alunos empregamos recursos didáticos como, por
exemplo, vídeos para abordar ou exemplificar questões e conceitos, projeção de imagens,
além do uso da escrita. As análises ainda estão sendo realizadas, mas de uma forma geral,
percebeu-se que houve abordagens discursivas e padrões de interação semelhante a
fundamentação teórica para o estudo. Demonstrando uma possibilidade de implementação
positiva nas praticas docentes.
Palavras-chave: Origens do universo, questionamento; interação professor-aluno.
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Universidade Federal do Paraná
Setor de Educação
Departamento de Teoria e Prática de Ensino
VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino/ XV Seminário de
Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física
Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola
18 a 21 de novembro de 2009
Uma proposta de ensino integrando conhecimentos físicos e biológicos: Origem
da vida e Evolução
Ingrid Rodriguez Tellez - Universidade Federal do Paraná- PROGRAD
Nitiananda Falvo Fuganti – Universidade Federal do Paraná- PROGRAD
Vanessa Cadan – Universidade Federal do Paraná- PROGRAD
[email protected]
Este trabalho faz parte de uma proposta de ensino desenvolvida no âmbito do Projeto Licenciar
“As pesquisas em ensino e a formação do licenciando: enfoque em ciências físicas e
biológicas”, aplicada por graduandos de licenciatura dos cursos de Ciências Biológicas e de
Física da UFPR, sobre o tema “Origens do Universo e da Vida”. O intuito do trabalho é reunir e
discutir, dentro do tema geral, assuntos relacionados à disciplina com base no referencial
teórico de MORTIMER (2002) e DE LONGHI (2000). Esta proposta foi dividida em dois
módulos, tendo como principal objetivo a análise dos questionamentos, a interação professoraluno em sala de aula e os possíveis erros conceituais que os estudantes apresentem sobre o
tema. Dentro da proposta os dois enfoques trabalhados foram: o primeiro “A Origem do
Universo” e o segundo “ A Origem da Vida e Evolução Humana”. Neste trabalho iremos
apresentar e discutir a implementação do segundo bloco da proposta de ensino. Esta proposta
foi aplicada pelas alunas do curso de Ciências Biológicas em uma turma de 3º ano do curso de
Pedagogia da UFPR, através de um minicurso em que as aulas foram vídeogravadas e teve a
duração de aproximadamente 90 minutos. Os conteúdos abordados foram: as condições e as
hipóteses para a origem da vida na Terra, as transformações no ambiente, a evolução dos
seres vivos, as principais teorias evolutivas (Lamarck, Darwin e Wallace), a evolução humana e
a diversidade biológica. Durante a aula direcionamos os questionamentos principalmente sobre
a evolução biológica, uma vez que esse tema para a biologia é de extrema importância. Para
estimular a participação dos alunos, com a finalidade de obtenção de dados para a posterior
análise, utilizamos os seguintes recursos didáticos: discussões em pequenos grupos, vídeos
para abordar ou exemplificar questões e conceitos, projeção de imagens, materiais lúdicos,
além do uso de leitura e escrita. As análises ainda estão sendo realizadas, mas de uma forma
geral, percebeu-se que, com o tempo reduzido para o minicurso os debates esperados não
ocorreram, entretanto foram feitos questionamentos que promoveram a interação professoraluno. Além do mais o tema abordado revelou-se particularmente atraente por todos os
aspectos míticos e religiosos que o envolve, e os alunos mostraram grande interesse acerca do
que diz a ciência.
Palavras-chave: questionamento; interação professor-aluno; formação de professores
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18 a 21 de novembro de 2009
Técnica pela técnica? Uma experiência de Ensino na Educação Física Escolar
Jean Carlos Sauer e Mariana Sikora
Universidade Federal do Paraná
E-mails: [email protected] [email protected]
Não é de hoje que questões educacionais são motivos de grandes discussões: várias são as
preocupações acerca da escola. Neste contexto, um dos assuntos mais debatidos diz respeito
ao conteúdo lecionado nas aulas. O que nossos alunos realmente devem aprender? O que
estamos ensinando dá conta das necessidades educacionais dos alunos? Estas são apenas
algumas das questões que freqüentemente vêm sendo debatidas nos últimos anos,
especialmente na área da Educação Física. O presente estudo foi desenvolvido sobre a
realidade de um colégio estadual, situado no bairro Lindóia, em Curitiba/PR. Os escolares são,
em sua maioria, pertencentes à classe baixa e moradores da região. As discussões levantadas
estão centradas nas relações existentes entre ensino/aprendizagem e, de maneira mais
específica, na relação professor/aluno. Dentre outros assuntos, centramos nossa inquietação
nas questões da aprendizagem de uma aula que aborde apenas aspectos técnicos que
determinados esportes possam oferecer. O objetivo não é a crítica ferrenha à abordagem
tecnicista de ensino, tampouco ao esporte, mas sim apenas ao fato desta prática predominar
durante a maior parte do tempo do semestre observado. Enfim, buscou-se identificar diversos
problemas que dificultam e/ou empobrecem o ensino, bem como discutir possíveis soluções
que contribuam para melhorá-lo. No decorrer do estudo novas questões surgiram e se
somaram às outras já existentes, entre elas o fato do professor não problematizar o conteúdo
dado na aula ou não relacionar o ensino com algumas questões/problemas sociais que
poderiam ser abordados em algum momento da aula. O início deste estudo ocorreu ainda no
primeiro semestre deste ano, quando foram coletados, através de observações, os registros
acerca da realidade observada na escola. Estas informações fundamentaram um estudo
prévio, neste caso um diagnóstico, que embasou todas as ações realizadas no segundo
semestre, ou seja, as aulas, ou intervenções, desenvolvidas por todos nós, alunos da disciplina
de Prática de Ensino. A discussão criada foi confrontada com estudos que de alguma forma
abordaram o tema. Dentre os autores pesquisados pode-se citar Valter Bracht, Marcus Aurélio
Taborda de Oliveira, Alexandre Fernandez Vaz, além de propostas curriculares de ensino.
Concluindo, com as observações e intervenções realizadas na disciplina de Prática de Ensino
no ano de 2009, pudemos perceber o quanto é importante a relação entre o professor, os
alunos e o conteúdo a ser ensinado, pois o professor deve dar significação e sentido para o
conteúdo, a fim de que os alunos possam assimilá-lo de forma mais eficaz. Nem sempre há
respostas para todas as questões que temos, mas com as experiências obtidas e os estudos
analisados será mais fácil superar as dificuldades encontradas e identificar as possibilidades de
ensino do conteúdo aos alunos.
Palavras-chave: Ensino; Conteúdo; Esporte; Técnica.
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Gripe H1n1. As influências e os problemas que o novo vírus trouxe para o
planejamento e a prática docente
Paulo Sérgio Da Costa Alves
Roberson Leonardo Fontoura
Durante a construção de um planejamento escolar, inúmeros fatores podem contribuir positiva
ou negativamente. Especificamente nesse ano ocorreu uma epidemia que assustou e ainda
assusta a população brasileira e que afetou planejamento e aplicação das aulas no país. A
suspensão das aulas, a reestruturação do calendário escolar e do cronograma das aulas bem
como a adoção de novos procedimentos de segurança implicam também uma nova
organização das atividades curriculares. No presente trabalho, pretendemos expor as
dificuldades e os meios utilizados para sanar, ou amenizar, os problemas trazidos para a
prática docente nas aulas de educação física das séries iniciais do ensino fundamental de uma
escola municipal. Nossa experiência na escola foi pautada a partir de uma premissa básica da
escola de que a segurança das crianças e dos professores estava assegurada, ou de certa
forma quase garantida, pelo fato de as crianças não compartilharem materiais e não manterem
contato entre si. Desta maneira, a prática da educação física teve que ser pautada em uma
sistematização fechada e centrada no desenvolvimento de atividades lúdicas, visando apenas
aspectos lúdicos e muito pouco do sócio-educacional do brincar e ser criança.
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Projeto de Docência – Jogando Matemática
Cecília Monteiro Leite
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Este trabalho refere-se ao Projeto de Docência desenvolvido pela disciplina de Prática de
Docência II como atividade de estágio a alunos da 6ª série do ensino fundamental, do Colégio
Paulo Leminski, situado em Curitiba. A proposta estava baseada na realização de uma
revisão do conteúdo de potenciação e multiplicação de números inteiros, seguida da
construção de um jogo de “tabuleiro”, contendo uma trilha com 20 casas. Para jogar, o aluno,
utilizando um dado, andará na trilha com um peão o número de casas correspondente ao
número que sair no dado e, então, responderá uma carta com um fato matemático. Ao
responder o fato matemático, acertando a resposta poderá caminhar novamente na trilha,
porém se errar deve voltar o número de casas presente no fato; passando a vez a outro
jogador (ou equipe de jogadores). Quem faz a pergunta dos fatos é o adversário, pois a
resposta estará presente no fato. Vence o primeiro jogador (ou equipe de jogadores) que
chegar ao final da trilha. Nesta atividade, foram formados grupos de 4 a 5 alunos; cada grupo
construiu 25 questões (expressões matemáticas de potenciação e multiplicação de números
inteiros). Após a construção, os grupos trocaram de questões para a correção destas, em
seguida trocaram novamente para jogarem. Com a troca de questões cada grupo passou por
75 questões, ou seja, tiveram que criar e resolver 25 para colocarem nos fatos, corrigir 25
feitas pelo outro grupo e, depois, jogar outras 25. Assim, puderam perceber os erros
cometidos, a sua causa e como não cometê-los novamente. Para a elaboração das questões
presentes nas cartas com os fatos matemáticos, os alunos pesquisaram no livro de
matemática e/ou inventaram. Este jogo foi proposto com o intuito de sanar as dificuldades dos
alunos em relação aos conteúdos de potenciação e regras de sinais.
Palavras - chave: jogo matemático, dificuldades de aprendizagem, potenciação, multiplicação
de números inteiros.
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Poluição da água: riscos as futuras gerações
Ehrick Eduardo Martins Melzer, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Liane Maria Vargas Barboza, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Sonia Maria Chaves Haracemiv, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Este projeto teve como objetivo desenvolver a temática ambiental da poluição da água e de
suas implicações, econômicas, físicas e químicas no ambiente. Foi desenvolvido com alunos
do 1º ano do Ensino Médio, do Colégio Papa João Paulo I, localizado na cidade de Curitiba. A
sensibilização sobre problemas da poluição foi possível pelo debate sobre o assunto, que se
originou do fato de que muitos alunos desconheciam a verdadeira dimensão da poluição dos
recursos hídricos na vida cotidiana. O conhecimento de química contribuiu na compreensão de
que resíduos domésticos e industriais, solúveis e insolúveis formam misturas homogêneas ou
heterogêneas, exigem da sociedade novas posturas, evitando com isso prejuízos de todas as
ordens, principalmente de qualidade de vida. Também visando atender a Proposta Política
Pedagógica e o Plano de Ensino do professor, que estão embasados nos Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino de Médio de Química. O trabalho foi desenvolvido com a
metodologia de projeto, partindo-se de uma situação problema, instrumentalizando os
educandos com informações necessárias para elucidação do tema, com aulas dialogadas,
seminários e recursos didáticos disponíveis na comunidade e na escola. Como resultado
verificou-se que o ensino da Química a partir de um tema gerador, bem como, o uso de
metodologias apropriadas aos reais interesses dos alunos promove uma maior participação no
processo de aprendizagem e de mudança de postura, esperando-se que a partir desse
trabalho pedagógico tenha-se uma consciência cidadã, com responsabilidade coletiva
ambiental.
Palavras – chave: Prática Pedagógica; Ensino de Química; Educação Ambiental.
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Aprendendo a ser professor (a)...
Janaína Sant’Anna de Rezende
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
O Objetivo deste trabalho parte dos relatos das experiências da disciplina de Prática de Ensino
do curso de Licenciatura em Educação Física. Realizou-se as observações e posteriores
intervenções em uma escola estadual de ensino médio da cidade de Curitiba/ PR. A escola
localiza-se numa região, de fácil acesso e com boa estrutura física, dados que contribui para
um bom desenvolvimento do ensino por parte dos jovens alunos/as. Durante nossas
observações constatamos que as relações professor-aluno e aluno-aluno na disciplina de
Educação Física foram consideradas positivas, o que gerou a possibilidade de pensar que esta
escola poderia ampliar o conhecimento sobre os objetivos atuais da Educação Física Escolar.
Neste sentido buscamos trabalhar com o conhecimento que trata Educação Física Escolar,
com o objetivo de contribuir na sua formação tornando-o um aluno crítico e emancipado
(FREIRE, 1987). Planejamos nossa intervenção em dois blocos de conhecimento, com o
objetivo de motivar a participação dos alunos, demonstrando aos jovens que eles podem fazer
parte do processo de ensino-aprendizagem. Para isto, organizou-se atividades e dinâmicas de
grupo que possibilitassem a aproximação e considerassem as individualidades, buscando
alternativas de superação e trabalhando com a linguagem corporal. Assim, tivemos a
experiência de trabalhar “Jogos e Brincadeiras” como conteúdo estruturante e como conteúdos
básicos os “Jogos Dramáticos e os Jogos e Brincadeiras Populares”, com a finalidade de
apresentar possibilidades de jogos e brincadeiras para o tempo de lazer e fazer com que os
alunos reflitam a apropriação dos jogos pela indústria cultural, priorizando a mediação de uma
concepção de Educação e Educação Física durante a discussão e avaliação de cada aula com
a apresentação de novas propostas e um encaminhamento para o próximo encontro. A
participação dos jovens alunos foi surpreendente, pois suas práticas foram significativas e
motivadoras, demonstraram organização e respeito durante as aulas. Alguns jovens tinham
vergonha de participar, mas foram muito incentivados pelos colegas. O outro conteúdo pautouse nas Danças, sendo que o conteúdo básico contemplava a Dança Criativa. As aulas visam:
apresentar aos jovens novas possibilidades de danças; reconhecer a apropriação das danças
pela indústria cultural; trabalhar com a expressão. Os critérios avaliativos de ambos os blocos
resumiram-se na organização coletiva e individual, no respeito com os colegas e com o
professor, na participação e na cooperação, na criatividade e no interesse, na superação e no
compromisso, na tomada de decisão, na reflexão do conhecimento e na linguagem corporal. A
avaliação foi feita de forma processual, realizada no dia-a-dia das aulas através da observação
de cada momento e diálogo com os alunos. Posso dizer que, com estas vivências no interior da
escola pública e experiências anteriores, ampliaram as possibilidades de compreender esta
“passagem de aluno a professor”, e que foi e é necessário “mergulhar” não só na literatura
específica, mas principalmente na compreensão do que é uma prática pedagógica, lembrando
que nesta relação sempre temos algo a mais para apreender.
Palavras-chave: Educação Física Escolar, Ensino Médio, Significação do Conhecimento,
Emancipação.
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Educação física: uma proposta para além das quadras esportivas.
Susy Nathallie da Silva
Universidade Federal do Paraná
Email: [email protected]
No decorrer deste ano, foram realizadas observações e posteriormente intervenções
pedagógicas com uma turma de 4ª série e uma turma de 5ª série do ensino fundamental de
uma escola estadual, na cidade de Curitiba. A proposta do trabalho foi a de vivenciar a
transição do “ser aluno para o ser professor”, experiência adquirida durante o desenvolvimento
das disciplinas de prática de ensino. A escola encontra-se em região carente, onde a violência
se tornou corriqueira na vida dos alunos e alunas. Através das observações foram levantados
problemas como a indisciplina, a falta de respeito para com os colegas e professores e também
o significado que as aulas de educação física passa aos alunos, os quais acreditam que as
aulas possuem um único sentido: “que é o de jogar bola”. Estes grupos de alunos/as
demonstraram uma grande resistência em aderir a propostas de conteúdos que fogem ao
habitual, no caso, futebol, pois as aulas de educação física de um modo em geral acabaram
sendo reconhecidas como um lugar exclusivo do movimento. Elaboramos um planejamento
para a realização de aulas com propostas de conteúdos diversificados que fossem além da
simples prática de movimentos dos quais estavam acostumados. Com isso era esperado que
ao “trazer” algo novo o interesse dos alunos fosse voltado para além do habitual, o que ainda
não ocorreu. Neste sentido através da experiência adquirida na disciplina de prática de ensino,
pude perceber que a educação física encontra grandes dificuldades em ser reconhecida fora
do ginásio esportivo, mas que as proposta que tem como objetivo romper com esse paradigma
possuem grande força, sendo assim possíveis.
Palavras chaves: Aprendizagem significativa; Ensino de Educação Física; Realidade escolar.
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Saberes Docentes X Saberes Discentes
Taísa Helena Jochinsein; Ticiane F. Pietro e Yuri Sazanoff
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Considerando que todo conhecimento é mediado por alguém ou algo, nós professores
precisamos estar sempre atentos a “o que”, “para que” e “como” vamos ensinar os nossos
alunos, estando cientes do nosso papel dotado de grande responsabilidade pelo seu
desenvolvimento integral. Além disto, devemos contemplar em nossas práticas o fato de que os
mesmos pertencem a realidades diferentes, possuem experiências singulares, sentem,
percebem, conceituam, raciocinam, discursam, criam e transformam de maneira peculiar a si
mesmo e o meio em que vivem como também contribuem para a constituição dos demais
sujeitos, no sentido de reconhecerem-se enquanto indivíduos a partir das diversidades,
garantindo que os mesmos se desenvolvam por meio de situações agradáveis, estimulantes,
espontâneas e criativas. Desta forma, planejar o processo educativo é planejar o indefinido.
Portanto, ainda que planejemos nossas aulas não devemos nos prender a idéia de que os
resultados que pretendemos alcançar possam ser, em sua totalidade, previamente definidos,
identificados como um produto resultante de uma ação puramente mecânica e impensável.
Com freqüência tem-se observado que a educação física vem se legitimando como uma prática
de saberes indefinidos, pois o perfil das aulas não tem apresentado muitas variações, e muito
menos alguma relevância com relação ao que está sendo ensinado – salvo poucas exceções.
Ao contrário disso, devemos pensar que a educação consiste em um processo de formação e
construção dos sujeitos através de uma abordagem histórico-social estabelecendo uma relação
homem-ambiente, que é, de fato, muito significativa para o processo de aprendizagem, pois
permite que haja um contato maior com a realidade além de favorecer as relações
interpessoais, o que possibilita uma troca maior de experiências, ou seja, interação com o meio
(experimentar, vivenciar situações por meio de instrumentos e estímulos diferentes) e com os
sujeitos de forma dinâmica e bidirecional partindo do contexto dos mesmos, o qual representa
suas condições concretas de vida, ampliando-as para outros conhecimentos sobre o mundo,
visto que, quando um conteúdo é dotado de significado para o aluno torna-se mais fácil a sua
assimilação, repercutindo em um melhor aprendizado por levar os alunos a se situarem na
contemporaneidade. Sendo assim, o educador deve interagir com a criança de modo a ser um
facilitador, interventor, problematizador e propositor de novas idéias, espaços e brincadeiras,
levando em conta as reações das mesmas e as encorajando em seus modos de brincar e de
perceber o seu em torno. Assim, o educador e as crianças, juntos, poderão transformar e
descobrir diferentes modos de se relacionar.
Palavras chave: saberes, contexto social, planejamento, alunos, papel dos docentes.
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Refletindo sobre o uso de listas de exercícios/problemas e questões abertas em
aulas de Física no Ensino Médio
Marlon Labas
[email protected]
Universidade Federal do Paraná – Licenciatura em Física
Ivanilda Higa
Universidade Federal do Paraná - DTPEN
O presente trabalho enfoca o ensino-aprendizado de física no Ensino Médio, investigando a
utilização “listas de exercícios/problemas” (LEP), alternativa didática largamente utilizada por
professores dessa disciplina. Muitos trabalhos destacam que o aprendizado de física está
inserida numa sistemática, utilizada pela maioria dos professores que, conforme ressalta
Penna-Firme (2004), consiste em uma extensa fundamentação teórica, seguida da resolução
de exercícios e listas de problemas. Esse ciclo é repetido periodicamente a cada nova unidade
de ensino, na qual prevalece uma geral incompreensão conceitual dos alunos.
Compreendendo que esse ciclo realmente é utilizado nas aulas de física em geral, vimos então
sugerir à indagação de um dos momentos desse ciclo, que é a proposição de LEP’s. Trata-se
de uma das etapas de um ciclo de aprendizagem, instante em que o aluno é confrontado com
uma série de problemas físicos. Daí à importância do estudo das LEP’s nesse processo de
aprendizagem no ensino médio. Durante pesquisa bibliográfica atentou-se para o uso de
questões ditas “problemas abertos” como uma proposta para enfrentar os problemas de ensino
e aprendizagem dos alunos. Segundo Peduzzi (1997), esses Problemas de enunciados abertos
causam um impacto inicial e interesse no estudante, e se isso for devidamente explorado pelo
professor nas tradicionais listas de problemas, podem contribuir para mudar o perfil do
tradicional aluno resolvedor de problemas, origem de tantos insucessos. Nesse sentido, no
projeto aqui descrito será proposto o uso de problemas com ênfase qualitativa nas LEP’s
durante o processo de docência. Ou seja, a lista de exercícios/problemas proposta em sala vai
atentar mais ao aprendizado físico dos conteúdos e não exclusivamente no rigor puramente
matemático e mecânico de se chegar a resultados numéricos esvaziados de sentido físico,
enfoque comumente presente nas aulas de física. A resolução e entrega pelos alunos de uma
lista desse tipo será uma das fontes de dados para esse estudo. O uso da técnica de inquérito
por questionário também auxiliará na coleta de informações, tomando o cuidado de manter a
identidade do aluno no anonimato. Será proposto um questionário composto por perguntas de
múltipla escolha, seguidos de pedidos de justificativas, e por perguntas de resposta aberta,
priorizando a importância dos respondentes apresentarem suas razões e concepções. Um
questionário diferente quanto ao foco das perguntas será aplicado aos professores de física
que se dispuserem a participar desse processo, no qual enfatizar-se-á as concepções dos
docentes quanto ao uso de questões abertas nas suas LEP’s. Pretende-se assim propor
sugestões para elaboração de LEP’s que possuam objetivos claros, sejam possíveis para os
alunos e principalmente maximizem o aprendizado da física.
Palavras-chave: Ensino de Física, questões abertas, resolução de problemas, listas de
exercícios, Ensino Médio.
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A utilização de experimentos demonstrativos no Ensino de Física
Jaqueline Miriam Cascaes
[email protected]
Sérgio Camargo
[email protected]
Este trabalho foi desenvolvido em uma escola da Educação Básica da Rede Pública de Ensino
da Cidade de Curitiba Estado do Paraná. O objetivo central foi desenvolver aulas utilizando
experimentos demonstrativos produzidos com materiais do dia-a-dia para trabalhar conceitos
de Física. Quando os alunos chegam à escola, trazem consigo conhecimentos adquiridos
durante sua vida até aquele instante e que estão relacionados com a sua vivencia e
experiência de vida. Na literatura de Ensino de Ciências esses conhecimentos são intitulados
“conhecimentos prévios”. A maioria dos autores dessa área está de acordo que às explicações
dadas com base nesses conhecimentos nem sempre são aceitas cientificamente. Não
obstante, afirmam também que nem sempre é uma tarefa fácil modificar essas concepções,
mesmo que o aluno apreenda o conceito correto, muitas vezes utiliza o anterior. Assim,
durante as aulas em que foram utilizadas tais experiências, incentivava-se a participação dos
alunos por meio de perguntas. Além de ser uma forma de investigar os conhecimentos dos
alunos, a utilização dos experimentos vem tentar facilitar o ensino-aprendizagem já que,
através dele, fica mais fácil explicar e introduzir determinados conceitos físicos. Além disso, o
aluno pode observar o fenômeno físico. Conhecendo os equipamentos experimentais, o aluno
também terá maior facilidade de reproduzir alguns experimentos no laboratório. Para que os
novos conhecimentos adquiridos em aula fizessem ainda mais sentido para o aluno, foi
incentivado que eles fizessem determinadas pesquisas, relacionadas ao assunto e com
aplicações de seu interesse. Através de um questionário avaliativo produzido pela autora e
respondido pelos alunos, no final do projeto, pode-se avaliar se houve mudanças nas
concepções dos alunos e verificar a opinião dele quanto à utilização dessa metodologia de
ensino.
Palavras-Chave: Ensino de Física, Prática de Ensino de Física, Concepções Espontâneas,
Experimentos Demonstrativos.
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Intercambio
Vanderléia Belarmino
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Este trabalho é resultado de uma das várias atividades desenvolvidas na disciplina de Prática
de Ensino de Língua Estrangeira Moderna Neolatinas, disciplina obrigatória para os
licenciandos do curso de Letras (Francês/Italiano/Espanhol, etc.). Após leitura e discussões
sobre textos teóricos relacionados ao ensino de língua estrangeira, conflitos e possibilidades
encontradas em sala de aula, nos foi proposto a elaboração de uma Unidade Temática que
privilegiasse a abordagem comunicativa, levando em consideração a realidade dos alunos,
graduandos de diferentes cursos, da própria entidade UFPR, para quem as aulas seriam
ministradas, dentro do curso de Formação em Espanhol para Fins Acadêmicos. Após a
aplicação de um questionário foi possível verificar que muitos alunos mostravam interesse em
aprender uma segunda língua para uma posterior situação de intercambio. Devido a ter vivido
esta experiência, o tema por mim desenvolvido, juntamente com a professora da Prática, Deise
Cristina Picanço, foi o Intercâmbio. Para isto a unidade foi elaborada a partir de documentos
autênticos, necessários para a inscrição do aluno na Associação Universidades Montevideo
(AUGM), da qual nossa Universidade (UFPR) faz parte. Inicialmente apresentamos aos alunos
os documentos necessários para a sua inscrição: formulários, carta de intenção e nas etapas
posteriores, quando o intercambio já seria uma realidade: carta de aceitação da universidade
de destino, e recebimento de emails em linguagens formais ou informais. Foram trabalhados
também alguns depoimentos de estudantes que vivenciaram a situação de intercambio. Foi
perceptível que, ao elaborar uma aula que desenvolvesse atividades cujo tema estivesse
presente na realidade do estudante haveria espaço para a integração entre alunos/professor,
aluno/aluno e, maior participação dos mesmos na realização destas atividades. A
aprendizagem aqui obtida seria mais consistente, pois o aluno aprende e apreende
informações pertinentes a uma situação real de intercambio. Isso faz com que o aluno se sinta
integrado, mais motivado a seguir buscando cada vez mais informações sobre o objeto
almejado, ou seja, informações relacionadas à situação de intercambio.
Palavras-chave: Ensino de LEM, intercâmbio, abordagem comunicativa
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Experiência em prática de ensino na educação física: Possibilidade do trabalho
com lutas na escola
Ana Paula Fernandes, Universidade Federal do Paraná
Natália Takaki, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
[email protected]
O presente trabalho é um relato da experiência de duas acadêmicas do curso de Licenciatura
em Educação Física da Universidade Federal do Paraná durante intervenções realizadas em
uma escola pública da cidade de Curitiba - PR como proposta da disciplina de Prática de
Ensino do curso de formação. As experiências tidas no contexto escolar trouxeram relevantes
elementos para se pensar as questões da importância da disciplina de prática de ensino nos
cursos de formação docente, a possibilidade de se realizar boas práticas na Educação Física
Escolar e a possibilidade de construção de sentido formativo e educativo no trabalho com as
lutas nas aulas de Educação Física Escolar. As discussões a respeito da tematização das lutas
como conteúdo relevante ou não relevante para ser trabalhado na escola são controversas,
especialmente ao que se refere à dimensão da violência nas lutas. No entanto, a partir da
concepção de que a violência e as relações sociais precisam ser problematizadas na escola, a
luta foi transformada didático-pedagogicamente durante a elaboração do planejamento das
intervenções para a prática de ensino para ser um caminho de reflexão para as crianças.
Durante a realização das aulas na instituição escolar, evidenciou-se a viabilidade do trabalho
com as lutas na escola para discutir a violência, a competição e as relações interpessoais.
Dessa forma, compartilhando especialmente das idéias dos autores Taborda de Oliveira
(2008), Almeida (2007) e Nascimento (2007), o relato de experiência contribui para o campo da
Educação Física Escolar no sentido das reflexões sobre as metodologias de ensino, o caráter
dos conhecimentos da Educação Física Escolar e sobre a busca pelo reconhecimento da
disciplina para a instituição escolar na evidência da importância dos conhecimentos e saberes
que são tratados por ela.
Palavras-chave: Educação Física Escolar; Lutas; Violência.
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Oficina de desenho e pintura para deficientes visuais
Caroline Caregnato – Universidade Federal do Paraná
[email protected]
O desenho e a pintura são atividades praticadas por todas as crianças com naturalidade,
interesse e por vezes bastante afinco. Eles também trazem à tona os desejos, o imaginário, as
elaborações da realidade que a criança é capaz de realizar. O contato constante dos pequenos
com a produção visual de sua sociedade, ao mesmo tempo em que oferece “parâmetros” para
a produção de imagens, também estimula a comunicação através do uso da visualidade. Mas,
o que dizer das crianças portadoras de deficiência visual e que não tem acesso às obras
visuais de sua cultura? Estariam elas impossibilitadas de compreender o desenho e a pintura e
de produzir discursos através dessas linguagens artísticas, assim como as demais crianças? É
caracterizado como deficiente visual o sujeito que possui, em pelo menos um dos olhos,
acuidade visual para enxergar a 6 metros de distância, ou menos, o que sujeitos sem
comprometimento visual enxergam a 60 metros de distância. Logo, fazem parte deste grupo os
cegos, que não possuem resquício visual suficiente para reconhecer o ambiente, e os sujeitos
com baixa visão, que podem utilizar esses recursos no reconhecimento do seu meio. Este
trabalho apresenta os resultados de uma proposta de ensino de desenho e pintura, aplicada a
grupos de crianças cegas e com baixa visão, que procurou demonstrar que os deficientes
visuais também podem usufruir do desenho e da pintura assim como os sujeitos sem
comprometimento visual. A metodologia de trabalho foi embasada na análise crítica de duas
metodologias já existentes e na observação de aulas de artes ministradas a esse público em
uma escola de educação especial. A proposta metodológica apresentada neste trabalho foi
elaborada de modo a favorecer a formação da identidade e do auto-conhecimento, bem como
promover a valorização das produções plásticas individuais por parte de cada um dos alunos,
tendo como objetivo a construção da autonomia das crianças. Os desenhos e pinturas foram
realizados a partir da leitura de reproduções especiais de obras de arte (que favorecessem o
reconhecimento dos elementos visuais pelos deficientes visuais), visando oferecer aos cegos e
portadores de baixa visão a compreensão da produção visual de sua sociedade e promover o
contato com vários discursos plásticos. As atividades de desenho e pintura também foram
alicerçadas na exploração de sólidos geométricos visando a formação da imagem mental,
necessária à construção de representações plásticas.
Palavras-chave: deficiência visual; ensino de artes visuais; educação especial.
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Fatores obstacularizadores na implementação da Lei 10.639/03 de história e
cultura afrobrasileira e africana na perspectiva dos/as professores/as das escolas
públicas estaduais do município de Almirante Tamandaré-Pr
Claudemir Figueiredo Pessoa Onasayo
Rede Pública de Ensino Estadual do Paraná
Email: [email protected] (41-96103810)
Orientadora: Profa. Dra. Tânia Maria Baibich-Faria
Analisa a Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, e os principais fatores obstacularizadores de
sua implementação nas Escolas Públicas do Município de Almirante Tamandaré na perspectiva
dos/as professores/as. Buscou-se compreender e analisar o pensamento e as práticas dos/as
professores/as das Escolas Públicas do Município de Almirante Tamandaré em relação ao
racismo, à discriminação e aos preconceitos ocorridos no ambiente escolar e o que pensam
sobre a implementação e os obstáculos da Lei 10.639/03. Tinha-se como objetivo encontrar
respostas para as seguintes questões: (a) qual a eficiência da Lei 10.639/2003, que institui a
obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana nas Escolas Públicas e
privadas brasileiras no combate a todo e qualquer tipo de discriminação, racismo e preconceito
no ambiente escolar? (b) Por que a Lei 10.639/03 que já completou cinco (05) anos de sua
publicação, efetivamente não foi implementada? Quais os fatores obstacularizadores que
podem ser destacados nesta ação não-ação dos/as professores/as na visão desses/as
sujeitos? E (c) Quais as causas identificadas pelos/as professores/as como sendo as principais
dificuldades para a implementação da lei? Para encontrar tais respostas buscou-se conhecer a
realidade através de dois questionários semi-estruturados, os quais foram respondidos por
professores/as de dez entre as dezessete Escolas Públicas estaduais de Almirante
Tamandaré. Ao analisar-se a realidade a partir das respostas desses/as sujeitos escolares,
pode-se constar que (i) o pressuposto de que a Lei 10.639/03 é um importante instrumento
para o resgate da História e Cultura Afrobrasileira e Africana, essencial para a construção de
uma sociedade sem racismos, sem discriminações e sem preconceitos que hoje afetam
metade da população brasileira, os/as afrodescendentes; (ii) que a Escola e os/as
educadores/as cumprem um papel protagonista na construção da pluralidade cultural no
processo educacional; (iii) que para cumprir este papel os/as educadores/as precisam romper
com uma prática preconceituosa que, consciente ou inconscientemente, (re) produz o racismo
nos ambientes escolares; (iv) e que o Estado brasileiro deve ser responsável pelo fornecimento
amplo de acesso dos/as educadores/as à formação continuada, teórico-prática, que dê
subsídios a estes/as profissionais para o efetivo trabalho de reconhecimento e valorização da
diversidade cultural peculiar ao ambiente escolar. Reflete-se nesta análise algumas
importantes considerações sobre as noções de raça e etnia.
Palavras chaves: racismo, Lei 10.639/03, afrodescendência, obstáculos à implementação da
Lei, antipreconceito.
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Diferentes significados para os conteúdos e práticas corporais nas aulas de
educação física: reflexões a partir dos entendimentos dos alunos
Fernanda de Mattos
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
O presente trabalho retrata basicamente as impressões e reflexões acerca da Educação Física
escolar durante as ações da disciplina de Prática de Ensino do curso de Licenciatura em
Educação Física realizadas no Colégio Estadual Maria Montessori. As intervenções, que
inicialmente eram realizadas individualmente e tinham seus objetivos voltados para as práticas
esportivas através de diferentes meios, passaram a ser uma tentativa de ressignificação
escolar, dos espaços, das práticas, dos conteúdos e dos valores sociais da disciplina.
Trabalhávamos com o conteúdo estruturante esporte, especificamente com o voleibol, porém
cada um dos acadêmicos planejou suas aulas com metodologias e olhares diferenciados, com
a intenção de realizar uma futura comparação de aprendizado das três turmas em que seriam
feitas as intervenções. O meu trabalho estaria sob a égide do esporte adaptado, e seria feito
através de jogos pré-desportivos e recreativos que colocassem em questão as dificuldades das
pessoas com deficiência. Devido principalmente à frustração resultante dos primeiros trabalhos
com o conteúdo voleibol a escola e, além disso, a falta de interesse e menosprezo da maioria
dos alunos pela Educação Física na escola, optamos por investigar, na forma de uma simples
avaliação subjetiva, o que os alunos da sexta série do Colégio Estadual Maria Montessori
acreditam que é Educação Física. A partir dessas impressões dos alunos sobre a disciplina na
escola, pudemos notar que a grande maioria acredita que apenas o esporte faz parte da
Educação Física escolar, ou, que a disciplina remete à prática de atividades físicas e
manutenção da saúde. Então, modificamos o planejamento das aulas seguintes, voltando os
olhares para valores sociais e questões que acreditamos ser pertinentes à Educação Física
escolar e relevantes na sociedade, com o objetivo de mostrar para aqueles alunos que também
fazem parte das aulas de Educação Física as discussões, debates, a reflexão e a
conscientização, e também que outras práticas corporais podem ser realizadas na escola,
ultrapassando os limites da atividade física e do esporte. As alterações no planejamento
ocorreram também em função das diversas mudanças na grade horária da disciplina durante o
período de intervenções. Passamos a dar aulas para apenas uma turma em um único dia,
dividindo as tarefas entre os três acadêmicos. Essas alterações tinham o objetivo de
conscientizar e dar subsídios para que os alunos reflitam sobre suas práticas, atitudes e
preconceitos, etc. Entretanto, a alteração mais significativa, tanto no planejamento, quanto na
prática docente, foi o novo significado dos conteúdos e das práticas corporais da Educação
Física mostrada aos alunos, que vai muito além da prática esportiva.
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Aulas de educação física dentro de sala: possibilidades e dificuldades
Louise Mazza do Nascimento e Adriane Nogueira
Universidade Federal do Paraná
Email: [email protected] e [email protected]
As quadras e os ginásios esportivos devem ser compreendidos como uma das possibilidades
dos espaços ocupados pelas aulas de Educação Física, e não como os únicos locais em que a
disciplina curricular pode apropriar-se. Para isto, parte-se do pressuposto de que: a sala de
aula é um local que pode promover experiências diferenciadas para alunos e alunas
independentemente de suas idades. Ao vivenciar na Disciplina de Prática de Docência a rotina
e acompanhar a dinâmica pedagógica de uma escola pública de ensino médio em Curitiba/PR,
foi possível observar e problematizar algumas questões presentes nesta realidade escolar o
que resultou nas possibilidades de intervir mediante a realização de algumas aulas de
Educação Física. Nesta trajetória foi possível reconhecer que esta escola possui características
próprias, singulares, conseqüentemente determinada pela cultura escolar e cultura da escola, o
resultou na identificação de uma cultura específica das aulas de Educação Física e suas
relações com os espaços de ensino e aprendizagem. Ocorre que há uma concepção de
Educação Física, apoiada num processo histórico e que prevalece no “senso comum”, em que
reconhece a área somente como uma disciplina “prática”, que se legitima pelo corpo em
movimento e não pelo “Corpo, Pensamento, Movimento e Pensamento” (BRACHT, 2000). Esta
foi a maior dificuldade encontrada neste contexto, dar aula de Educação Física, sem negar sua
especificidade, dentro de uma sala de aula e “convencer” os/as alunos/as de que isto é
possível, apesar das limitações. Percebemos que estas aulas dentro de sala só teriam êxito se
tivessem algum significado, deste modo buscamos através do ensino do conteúdo Jogos, suas
formas de tratar questões de interesse dos/as alunos/as como: o corpo e a sexualidade; assim
como formas de interação que pudessem ser divertidos como: o jogo e a mímica. Esta
experiência nos permitiu dialogar SOUZA JUNIOR (1999) quando nos alerta para a função de
um componente curricular na escola, que justamente é oferecer ao aluno uma reflexão acerca
de um corpo de conhecimentos específico e que venha a integrar-se, no conjunto de todos os
componentes, assumindo responsabilidade com a formação humana. Foi neste sentido que
compreendemos e interpretamos este processo de nossa formação de professores/as ao
adentrarmos numa realidade e nos inquietarmos a ponto de querer mudá-la - seria até certo
ponto utópico pensar nesta possibilidade. Mas, enquanto acadêmicos de curso de licenciatura
acreditamos que podemos instigar e provocar alunos/as e professores/as para uma
possibilidade de mudanças de comportamento em relação às concepções e maneiras de tratar
os conhecimentos escolares e suas disciplinas, o que poderia ampliar por vezes uma
concepção simplista – no caso do Ensino de Educação Física - à que a mesma é reduzida na
maioria das escolas.
Palavras Chaves: Ensino de Educação Física; Espaços de Aprendizagem; Metodologia.
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A resistência ao ensino da ginástica e da dança na educação física escolar na
periferia curitibana
Márcio Tinelli
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Culturalmente a educação física escolar tem se mostrado como instrumento da promoção e
ensino de esportes coletivos privilegiados pelas mídias, tais como o futebol, voleibol, handebol
e basquetebol. Raramente privilegia-se o ensino de outros modalidades na escola. Logo, o
alunado envolvido com estas atividades desde o início de sua formação passa a entender que
a educação física somente se legitimará se tais atividades forem trabalhadas. Assim, surge
uma grande resistência à prática de outras atividades, tidas como novas e até mesmo pela
corporalidade. Nesse campo de resistência pode-se destacar a ginástica e a dança. Quebrar
um tabu de senso comum quanto ao que se deve aprender na educação física escolar,
introduzindo a ginástica e a dança neste ambiente de formação, conforme determina e orienta
as diretrizes curriculares, constitui um processo lento, árduo e desafiador. Nessa busca por
todas as possibilidades de estudo e prática efetiva das diversas expressões corporais,
resolvemos introduzir a ginástica e a dança em uma escola da periferia curitibana na qual
pouco ou quase nada havia sido trabalhado em torno de tais temáticas. De princípio a
resistência nos parecia algo comum e praticamente intransponível, pois o alunado se negava a
realizar as atividades propostas. Por certo não se poderia esperar outra reação, afinal o ser
humano tende a rejeitar o novo, diverso e diferente, ainda mais em uma região pouco
habituada a estas práticas. Essa resistência não permitiu que desistíssemos. Na verdade
tornou-se um desafio e uma dificuldade a ser transposta. No final, surpreendentemente, mais
da metade dos alunos das três turmas envolvidas com a ginástica e a dança passaram a
realizar as atividades propostas. Isso nos leva a crer que ainda é possível uma mudança nessa
cultura massificada onde predomina os esportes nas aulas de educação física.
Palavras-Chave: Educação Física Escolar; Ensino da Ginástica; Ensino da Dança; Resistência
ao Ensino.
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O planejamento como central no processo de trabalho de ser docente na escola
Milena Nichel
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Este presente trabalho pretende expor algumas inquietações e reflexões que venho tendo ao
cursar o curso de Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal do Paraná
(UFPR), especificamente na disciplina Prática de Ensino. O que proponho enquanto
problematização na pesquisa é a importância do trabalho pedagógico e todo o seu processo de
construção, para professoras e professores de uma maneira geral. A importância do
planejamento, dos planos de aula e de ensino, das reflexões, dos registros, dentre outros
aspectos que são essenciais no processo. Tais apontamentos surgiram das intervenções
realizadas na escola estadual João de Oliveira Franco, localizada no bairro Vila Fanny, na
cidade de Curitiba; as relações em todos os seus possíveis âmbitos que coexistiram durante as
aulas realizadas nessa escola, oportunizaram muitas reflexões a respeito da importância do ato
de planejar enquanto instrumento de trabalho e da prática pedagógica diária enquanto critério
de experiência e de amadurecimento do que é ser docente. O planejamento entendido
enquanto sistematizador para a futura socialização do conhecimento na escola é também
organizador e ainda um dos principais instrumentos de trabalho a ser desenvolvido e utilizado.
De acordo com Alessandra Arce “observar, registrar e refletir são três ações que devem ser
incorporadas à prática pedagógica” (Arce, 2007, p.20). Essas considerações colocadas nos
permitem argumentar e defender com maior propriedade sobre a necessidade e importância do
planejamento no processo de ensino aprendizagem. Por fim quero também fazer uma ligação
entre planejamento e prática pedagógica, deixando registrado nesse trabalho, que através das
experiências que vivenciei na escola durante a participação nessa disciplina acadêmica, pude
ter clareza de que a prática realmente é o critério da verdade. Só aprenderemos e saberemos a
compreender e lidar com as diversas situações que permeiam as escolas quando estivermos lá
no dia a dia com as “mãos na massa” mesmo, estudando, intervindo, construindo, refletindo,
avaliando nossas ações enquanto sujeitos que fazem concretamente parte do contexto escolar.
Palavras chave: planejamento; prática pedagógica; contexto escolar.
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O ensino de fundamentos ecológicos numa abordagem lúdica e interdisciplinar
Adriana Vasco – Universidade Federal do Paraná
Devânia Patrícia de Jesus – Universidade Federal do Paraná
Fabiano Rodrigo da Maia – Universidade Federal do Paraná
Prof. Dr. Carlos Eduardo Pilleggi de Souza (Orientador) – Universidade Federal do Paraná
e-mail: [email protected]
O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de uma prática pedagógica de ensino de
ciências que contemplasse o ensino e aprendizagem de fundamentos de ecologia, através do
emprego de atividades lúdicas, buscando despertar na criança e no adolescente valores não
utilitaristas e maniqueístas da natureza. Foram realizadas vivências pedagógicas, visando um
melhor entendimento sobre os conceitos de ecologia, de uma maneira diferenciada da mera
transmissão do conhecimento, resgatando conteúdos provenientes das disciplinas da área de
ciências naturais e das ciências humanas, utilizando os conteúdos de forma integrada para que
o aluno pudesse acompanhar a temática satisfatoriamente, respeitando-se a “bagagem” teórica
de disciplinas do próprio currículo do Ensino Fundamental. A metodologia consistiu em um
primeiro momento, identificar entre os alunos da 8ª. Série do ensino fundamental da Escola
Estadual Prof. João Loyola, o conhecimento prévio sobre os fundamentos ecológicos, mediante
diálogos e reflexões. Posteriormente foi realizada a aplicação de jogos que ilustrassem
fundamentos ecológicos, de forma, a proporcionar uma maior motivação nos alunos para que
estes buscassem relacionar os conceitos ecológicos com diferentes conteúdos de outras
disciplinas. Durante todo o projeto, foram realizadas avaliações para se verificar o
aproveitamento e adequações, levando muitas vezes ao redirecionamento das atividades
inicialmente propostas. Os resultados obtidos até o momento indicam que houve uma
aprendizagem mais significativa por parte dos alunos na apreensão de alguns conceitos sobre
o tema alvo quando do emprego de jogos, uma vez que o aluno passou a ser sujeito ativo no
seu processo de educação. Contudo, em alguns momentos pode-se verificar que embora os
alunos tenham sido motivados para a aprendizagem através do emprego de jogos, houve
pouca eficácia no aprendizado de conteúdos de natureza interdisciplinar. Avaliou-se que para
se obter um melhor resultado dessa proposta pedagógica, há a necessidade de
desenvolvimento de atividades como oficinas e saídas de campo reforçando os conhecimentos
adquiridos com a sua importância ecológica no âmbito local e global, ampliando a discussão
para a formação de um pensamento ecológico crítico.
Palavras – chave: Ensino, Ecologia, Interdisciplinaridade, Lúdico.
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Educação Física escolar: desafios do que ensinar
Karin Fabiola Herrmann
Universidade Federal do Paraná
Email: [email protected]
Vivenciando a experiência de pratica de docência em uma escola pública estadual pudemos
observar e analisar, diversos fatores que de alguma forma afetam a compreensão da Educação
Física neste contexto escolar, reconhecidos nos discursos de professores e alunos, o que nos
leva a pensar como essa pratica tem acontecido, se realmente tem acontecido. Muito ainda se
fala sobre apenas termos os “quatro bols” (vôlei, basquete, handebol, futebol) como conteúdos
estruturantes nas aulas de Educação Física, porém ao observar as aulas nesta escola,
reconhecemos que nem estes têm sido contemplados, que os alunos não detêm os
fundamentos básicos destas modalidades. O conjunto de conhecimento, entre estes as
diversas práticas esportivas, que deveriam estar nos currículos, apenas são citados como
assuntos que devem ser “conhecido”, algo como “curiosidades da Educação Física”, onde o
aluno deve saber que existe, mas não sabe como, porque e para que saber. As minhas
inquietações não se atem em porque os alunos não sabem os fundamentos básicos dessa ou
daquela modalidade, e sim em relatar as possíveis “perdas” que esses alunos estariam tendo
pela falta de uma pratica efetiva do ensino de Educação Física. Neste sentido, verifico que esta
prática poderia ajudar tanto nas “etapas” do seu desenvolvimento motor e cognitivo - como em
todo o seu processo de formação - já que os sujeitos alunos/as observados se encontram em
uma das fases mais importantes do seu desenvolvimento, a puberdade. Acredito que a escola
e os professores/as necessitam “olhar” para seus alunos/as e compreende-los como sujeitos
que buscam alguma resposta e ensinamentos para as suas vidas no processo escolar.
Palavras chave: Ensino; Educação Física; Conhecimento e Compromisso.
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Avaliação da aprendizagem em Matemática através de jogos didáticos
Kicia Cristina Kusdra, UFPR.
[email protected]
Uma das funções da matemática escolar é o desenvolvimento de competências para resolver
problemas cotidianos que as pessoas encontram. Nas últimas décadas, intensificou-se a
necessidade de buscar alternativas que possibilitem uma maior compreensão do conhecimento
matemático, com isso a educação matemática vem buscando formas diferenciadas de ensino,
que propiciam aos alunos aulas mais motivadoras. Dentro desse contexto, está a utilização de
jogos no ensino de matemática, onde a utilização destes propicia um ambiente favorável para a
construção e reconstrução do conhecimento matemático, criando um ambiente motivador e
desafiador. Nessa perspectiva de jogos no ensino de matemática, concentra-se este projeto,
que tem como objetivo, avaliar a aprendizagem dos alunos em matemática, quando da
utilização de jogos. Para fazer a análise de como os jogos contribuem na aprendizagem dos
alunos em matemática, foram desenvolvidas duas atividades, as quais foram aplicadas com
alunos de 5ª série do ensino fundamental, do Colégio Estadual Eleutério Fernandes Andrade,
no município de Quitandinha, região metropolitana de Curitiba. Estas atividades foram
desenvolvidas em duas etapas, na primeira os alunos receberam um jogo pronto, e na outra os
próprios alunos construíram seus jogos. Para avaliar a aprendizagem dos alunos foram
realizados exercícios antes e pós o jogo, no intuito de viabilizar a comparação do conhecimento
matemático dos alunos ao realizarem estas atividades. A análise desta atividade ainda não foi
concluída totalmente, mas neste primeiro momento pode-se observar que os alunos
demonstraram grande interesse pelas aulas de matemática, devido ao uso dos jogos e também
que o número de erros nos exercícios diminuiu, em relação ao proposto antes da atividade do
jogo, para o resolvido após a atividade.
Palavra-Chave: Avaliação da aprendizagem, jogos didáticos, ensino de matemática.
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A Física e o Cotidiano do Aluno em Aulas de Física no Ensino Médio
Luiz Fernando Frecceiro Martins
Universidade Federal do Paraná
Curso de Licenciatura em Física
[email protected]; [email protected]
Ivanilda Higa
Universidade Federal do Paraná – DTPEN
Uma pergunta freqüentemente feita pelos estudantes do Ensino Médio (EM), é o porquê
estudar física, se ele nunca mais usará a utilizará quando concluir seus estudos. Isto reflete
grande parte da insatisfação dos alunos em estudar Física, e talvez a falta de significado que
esta disciplina tem assumido no EM. Durante minha graduação, sempre me perguntei o que
nós (professores de Física) podemos fazer para reverter esse quadro. Das várias opções para
tal feito, o que me chamou mais a atenção foi a utilização do Cotidiano do aluno como forma de
motivação para o ensino de Física. Desta forma, este projeto visa analisar o efeito da utilização
do cotidiano do aluno nas aulas de física do EM. Após a escolha do tema da pesquisa, a
pergunta que procurei responder foi: De que maneira posso abordar o cotidiano do aluno nas
aulas ministradas por mim. Para isto, foi de fundamental importância a leitura do texto de Alice
Pierson, “As diferentes formas de abordagem do cotidiano nas Pesquisas em Ensino de
Física”, parte de sua tese de Doutorado (O Cotidiano e a busca de sentido para o Ensino de
Física). Segundo Pierson (1997), existem 5 maneiras de abordar o cotidiano do aluno numa
aula de física. A primeira é utilizar o cotidiano do aluno na preparação do conteúdo a ser
ministrada. A segunda, utilizar fatos relacionados à Ciência, Tecnologia e Sociedade. O terceiro
é abordar o cotidiano como motivação para o ensino da Física. No quarto, o cotidiano é um
espaço onde surgem concepções espontâneas por parte dos alunos. O quinto e último é a
utilização do cotidiano como exemplificação do conhecimento físico. A abordagem das duas
primeiras maneiras exige uma preparação desde o início do ano. Portanto, optei por utilizar o
terceiro modo de abordagem do cotidiano em minhas aulas. O passo seguinte foi o
planejamento da metodologia utilizada para o desenvolvimento da docência e a coleta dos
dados que seriam analisados para o estudo acerca da abordagem do cotidiano no ensino da
física. Em minha docência e investigação, procuro estudar a possibilidade da utilização do
Cotidiano no aprendizado dos alunos e para isto, elaborei um questionário composto de 6
perguntas referentes à Hidrostática, todas com temas ligados à situações vivenciadas pelos
alunos no dia-a-dia. Tal questionário foi respondido antes das aulas terem sido ministradas e
será aplicada novamente aos alunos em momento oportuno, após o estudo desses conteúdos.
Espera-se poder compreender a apreensão do aluno dos conteúdos estudados em
Hidrostática, e a relação que ele faz desses conteúdos com o seu cotidiano. As análises
realizadas, embora preliminares, indicam que há uma maior utilização dos termos específicos
da física e em contextos do cotidiano.
Palavras chave: ensino de física, cotidiano, ensino médio, hidrostática
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Na escola de Eja as soluções químicas do cotidiano
Swami Maruyama, Universidade Federal do Paraná, (UFPR)
[email protected]
Karine Priscila Naidek, Universidade Federal do Paraná, (UFPR)
[email protected]
Liane Maria Vargas Barboza, Universidade Federal do Paraná, (UFPR)
[email protected]
Sonia Maria Chaves Haracemiv, Universidade Federal do Paraná, (UFPR)
[email protected]
Vários conceitos químicos são ainda abordados no Ensino Médio ligados a uma concepção
empirista e operacional da Química, como misturas e soluções. No laboratório diversas
reações envolvendo solução ocorrem, não havendo exigência de reações apenas com
compostos puros, como é verificado num laboratório de uma indústria química. Porém, nas
práticas pedagógicas observa-se que o ponto de partida para tratar o referido assunto ainda é
a o processo industrial. Talvez a causa das dificuldades encontradas pelos alunos ao procurar
correlacionar conceituação macroscópica com as microscópicas, as que ocorrem na estrutura
da matéria, em especial no caso das soluções, resida neste tipo de abordagem. Esta
abordagem estrutural microscópica é a utilizada para explicar a formação de soluções. O
presente projeto de pesquisa-ação visou intervir no processo de ensino de Química de forma
que o aluno adulto apreenda os conceitos a partir dos conhecimentos prévios, vividos em seu
cotidiano. O projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Leôncio Correia, no primeiro ano da
EJA, período noturno. A metodologia pauta-se num primeiro momento em identificar as
soluções do dia a dia dos alunos. Os conteúdos foram trabalhados de forma problematizada e
contextualizada. A partir dos conhecimentos prévios dos alunos, foi trabalhado o conceito de
soluções. O tema foi abordado com a realização de aulas de laboratório, desenvolvidas de
forma dialógica instigando os alunos para a construção de hipóteses e desenvolver o espírito
crítico e reflexivo. Também foi abordado o conteúdo concentração, densidade e diluição. Podese concluir frente a aprendizagem apresentada pelos alunos nos momentos de avaliação, que
houve um maior interesse e participação na busca da compreensão dos fenômenos químicos
abordados.
Palavras-chave: Prática Pedagógica; Química e o Cotidiano; Conhecimento Prévio; Construção
de Conceitos.
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Socialização nas aulas de educação física: um relato de experiência do
planejamento docente
Thomas Guido Ito
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
[email protected]
O presente trabalho procura, de forma sucinta, contribuir como um relato de experiências do
processo de ensino em Educação Física, desde a sua parte inicial, de diagnóstico e
planejamento, da execução de atividades e dos resultados obtidos com as mesmas, e ainda,
tentando construir uma reflexão sobre estas fases do processo docente que se deram no
decorrer das aulas de Educação Física. Importante ressaltar que este planejamento de
atividades teve início com observações das aulas, para ter a noção do contexto em que
estávamos nos inserindo, as principais necessidades, interesses, possíveis problemáticas e
demais peculiaridades das turmas com que seria feito o trabalho de planejamento docente.
Estas aulas foram realizadas em uma escola da rede municipal de ensino do município de
Curitiba, durante uma disciplina de prática de ensino, do curso de graduação de Licenciatura
em Educação Física. A Escola em questão é uma C.E.I. da região do Pilarzinho, a população
atendida pelo ensino é, em sua maioria, de baixa renda e a série da turma específica, das
quais foram ministradas as aulas é a 4ª série do ensino fundamental. A experiência relatada
tem o intuito de buscar e discutir novas formas no que diz respeito ao planejamento de
atividades, da mesma forma que, visa identificar as principais dificuldades encontradas no
transcorrer do processo, para diagnosticar possíveis causas, ajudando na busca de novos
caminhos e possibilidades para diminuí-las ou até mesmo resolve-las. Esta experiência para
melhor organização foi dividida em três momentos: 1) O planejamento das Atividades, com
seus objetivos, seleção de conteúdos etc. 2) A execução das mesmas, ressaltando as
principais situações nas aulas e por final 3) as principais dificuldades encontradas durante o
processo, como discussão. A problemática central do planejamento e o norte com que os
conteúdos foram trabalhados, diagnosticada por meio de observações anteriores, foi a da
socialização dos alunos nas aulas, estabelecendo uma contribuição de experiências da prática
do ensino e uma reflexão das atividades que compõem a mesma, na tentativa de encontrar e
discutir soluções, possibilidades e novas perspectivas no âmbito da socialização e
cooperativismo nas aulas de Educação Física.
Palavras chave: Educação Física escolar, socialização, Prática de ensino, Jogos cooperativos.
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Implicações do (re)pensar a prática pedagógica nas aulas de Educação Física:
um relato de experiência.
Elaine dos Santos Oliveira
Hildete de Almeida Galvão da Silva
Tiago Zanlorenzi
UFPR
[email protected]
O presente estudo busca relatar a experiência vivenciada por ocasião da Prática de Ensino A e
B, realizada nos dois últimos semestres do curso de Licenciatura em Educação Física. No
primeiro momento, quatro acadêmicos observaram simultaneamente as aulas de Educação
Física ministrada para uma turma de 4ª série, em uma Escola Municipal da Zona Sul de
Curitiba. Essas anotações tinham por objetivo compor considerações relevantes a prática
docente, entretanto, durante a compilação das informações surgiu a seguinte questão: O que é
uma boa aula de Educação Física? A partir de então, cada um dos observadores expôs às
suas experiências na tentativa de buscar elementos que respondessem a essa inquietação.
Contudo, quando pensado no currículo vigente do curso de Licenciatura em Educação Física,
concordou-se que existem lacunas que impossibilitam tal análise. No segundo momento, na
prática B, a exigência era ministrar aulas em turmas distintas, nas manhãs de segunda-feira e
na mesma escola. Considerando a discussão anterior e, na tentativa de realizar boas práticas,
os planejamentos para as aulas pautaram-se em objetivos diversificados e, por conseqüência,
diferentes atividades. Na medida em que as aulas transcorreram surgiu a seguinte situação: O
tempo não era suficiente para o desenvolvimento efetivo da aula conforme planejado, e pela
fala dos alunos, era visto que pareciam não ter se apropriado do conteúdo trabalhado. Tal fato
foi observado pelo professor coordenador da Prática de Ensino, durante suas visitas, o que
levou os acadêmicos a uma mudança de perspectiva e reformulação de seus planejamentos.
Desse modo, buscou-se reduzir o número de atividades a fim de contemplar um único objetivo
por aula. Sendo assim, foi perceptível uma sensível diferença no envolvimento e
comprometimento dos educandos nas aulas de Educação Física, e o processo de
planejamento e administração das aulas tornou-se facilitado. Retomando-se a discussão
acerca da atual conformação do currículo, nota-se ser emergente uma reformulação que
amplie as experiências na escola, contemplando possibilidades efetivas para (re)pensar a
prática pedagógica.
Palavras-chave: escola, currículo, práticas pedagógicas.
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Dimensão social do conhecimento químico
Aline Garus Saint Clair Colimo, Universidade Federal do Paraná, (UFPR)
[email protected]
Liane Maria Vargas Barboza, Universidade Federal do Paraná, (UFPR)
[email protected]
Sonia Maria Chaves Haracemiv, Universidade Federal do Paraná, (UFPR)
[email protected]
A diarréia é uma das maiores causas de mortalidade de crianças abaixo de cinco anos,
principalmente nos países em desenvolvimento. No Brasil, cerca de 50.000 crianças morrem
anualmente em conseqüência dessa enfermidade. Estima-se que 60 a 70% das mortes por
diarréia devam-se à desidratação que atinge, principalmente, as camadas sócio-econômicas
desfavorecidas. A Terapia da Reidratação Oral (TRO) tem sido proposta como uma maneira de
corrigir e evitar a desidratação. Um tratamento simples, eficaz e de baixo custo é o soro
caseiro, uma solução de sal e açúcar que pode ser preparada em casa. Com base na
Pedagogia de Projetos, o tema “Soro Caseiro” foi trabalhado pelos licenciandos, na disciplina
de Prática de Ensino de Química I, com alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual
Professor Guido Straube.
O trabalho objetivou refletir sobre a relevância social do
conhecimento de química a partir da preparação desta solução. As metodologias utilizadas
foram aula expositiva dialogada e experimental. Como complemento das atividades foram
apresentadas situações problemas do cotidiano envolvendo o preparo de soluções, das quais
os alunos participaram ativamente. Foram abordados aspectos químicos envolvidos no preparo
do soro e a importância das concentrações de sal e açúcar para a eficiência e segurança do
tratamento. O projeto despertou o interesse de toda comunidade escolar. Observou-se que ao
trabalhar o conteúdo de soluções a partir de um tema gerador, relacionado com o cotidiano do
aluno, a aprendizagem em química tornou-se mais significativa.
Palavras-chave: Prática Pedagógica; Aprendizagem significativa; Química do cotidiano .
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EIXO TEMÁTICO 2
PRODUÇÃO E/OU UTILIZAÇÃO DE LIVROS E
OUTROS SUPORTES DIDÁTICOS
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Aprendendo a produzir materiais de ensino de História a partir da cultura local:
Projeto “Recriando histórias”
Alexandre Boing (Licenciatura em História /UFPR)
Anne Cacielle Ferreira da Silva (Licenciatura em História /UFPR)
Janira Feliciano Pohlmann (Licenciatura em História /UFPR)
[email protected]
Relata experiência dos alunos de graduação em História na produção de livros e outros
materiais de ensino de História tomando como referência a cultura local. Desenvolvido
desde1997, o Projeto Recriando Histórias busca novas formas de ensinar História para
crianças e jovens. Toma como princípios norteadores: a) a História como estudo da experiência
humana no tempo (Thompson); b) o uso de documentos em estado de arquivo familiar
(Artières); c) a literacia histórica como objetivo do Ensino de História (Lee). Tem como
objetivos contribuir para o desenvolvimento profissional de professores do sistema do sistema
público, para a produção de materiais de ensino de História destinados ao uso com alunos das
séries iniciais do ensino fundamental e desenvolver investigações sobre possibilidades teóricometodológicas para ensinar a ler e a escrever em História. O projeto já foi desenvolvido em
quatro municípios da região metropolitana de Curitiba. Em 2007 e 2008, foi desenvolvido em
Araucária (PR) e resultou na produção de um livro que tem sua estruturação apoiada em
elementos da epistemologia da História, específicos da cognição histórica como a narrativa
histórica, a imaginação histórica e a explicação histórica. Em 2009, o livro está em avaliação o
uso do livro nas escolas municipais e está em planejamento o Projeto para outro Município da
Região Metropolitana. Também estão sendo preparados os documentos do acervo para a
produção de um arquivo virtual. O que se deve destacar é que os materiais são produzidos em
atividades colaborativas entre a Universidade e professores e alunos da terceira série do
ensino Fundamental, a partir dos resultados do trabalho desenvolvido pelos professores comn
seus alunos, nas aulas de História.
Palavras-chave: Didática da História – Educação Histórica – Manuais escolares – Documentos
em estado de arquivo familiar – Formação de professores
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Como a utilização de experimentos didáticos em sala de aula pode contribuir
para a compreensão dos conteúdos de Óptica
Eliane de Campos Moreira (UFPR)
[email protected]
Sérgio Camargo (UFPR)
[email protected]
Este trabalho foi desenvolvido, no âmbito da disciplina Prática de Ensino e Estágio
Supervisionado em Física II e III, em duas turmas diferentes de alunos do 3° ano do Ensino
Médio em uma escola da Educação Básica da Rede Pública do Estado do Paraná. Trata-se
da análise da influência do uso de experimentos didáticos de baixo custo numa aula que
aborda conteúdos de óptica. Em cada aula, adotou-se uma determinada seqüência de
revisão e realização de experimentos. Inicialmente, nas duas turmas, uma rápida revisão foi
feita, buscando-se recordar aos alunos algumas características de fenômenos ópticos. Na
primeira turma, após a revisão e discussão de propagação retilínea da luz e formação de
sombras, um teste abordando tais fenômenos foi aplicado e em seguida foram realizados os
experimentos demonstrativos. Com a segunda turma, os experimentos foram mostrados
logo após a revisão, e somente no fim da aula o teste foi aplicado. Assim, temos também
uma comparação em relação ao momento mais oportuno para a exposição de experimentos
durante a aula. Os resultados mostram que, adotando a seqüência aplicada na segunda
turma, os alunos tornam-se mais participativos e a relação ensino - aprendizagem acontece
de maneira satisfatória.
Palavras - chave: experimentos, óptica, propagação retilínea da luz.
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Re-significação dos conteúdos escolares através da prática educomunicativa: o
jornal em sala de aula
Karen Calonaci Gonçalves
[email protected]
O presente trabalho expõe a necessidade uma abordagem diferenciada com os conteúdos
escolares, de forma que estes sejam relacionados à vida real e tenham maior significação para
o aluno, resultando numa aprendizagem efetiva, pois ainda é notável um distanciamento entre
o que é ensinado na escola e a vida real. É preciso que o processo de ensino/aprendizagem
seja fundamentado numa ideologia dialógica e, principalmente, participativa, lançando mão de
estratégias capazes de ajudar o aluno a tornar-se um cidadão apto a atuar no mundo em que
vive. Para tanto, proponho como estratégia a prática educomunicativa. De acordo com os
princípios da educomunicação - segundo a perspectiva de Ismar Soares – destaca-se a
importância da utilização dos recursos midiáticos na prática educativa como ferramentas para a
criação de “ecossistemas educacionais”, estratégias elaboradas com o fim de levar o discente
a construir seu saber de maneira global, interativa e inclusiva, processo no qual o professor
tem o papel de mediador. Os recursos da mídia podem conferir aos conteúdos escolares uma
maior significação, uma relação direta com a realidade. Evidencio o uso do jornal em sala de
aula, instrumento de incentivo à leitura, de desenvolvimento da criticidade e recurso para
promover a contextualização dos conteúdos escolares de forma a produzirem mais sentido
para os discentes. O jornal, canal informativo e formativo, fornece ao aluno ferramentas de
acesso à informação, instigando-o a interessar-se pela leitura, pelos acontecimentos do
cotidiano de sua comunidade e do mundo e promove uma melhor compreensão desses fatos.
Isso irá estimular o aluno a envolver-se com aula e o assunto abordado e a expressar-se,
possibilitando uma melhor assimilação dos conteúdos curriculares trabalhados na atividade.
Durante uma aula de Produção Textual para uma turma do 1º ano do ensino médio em um
colégio da rede privada em Curitiba, tive a oportunidade fazer esse trabalho. Com o
pressuposto de que conseguiria captar a atenção da turma e obter bons resultados se trabalhasse
com temas que lhes interessasse - segundo a perspectiva de Marcuschi, no que concerne à
influência dos conhecimentos individuais no processo de leitura -, coloquei os alunos em contato
com tipos diferentes de texto - História em Quadrinhos (HQ’s), Texto Informativo, Carta, blog.
Procurei assumir o papel de mediadora, como propõe a teoria educomunicativa, e aproveitei o
conhecimento prévio dos alunos. Utilizei o jornal para trabalhar: gêneros textuais; leitura;
interpretação textual; leitura de imagens; uso da ironia; vocabulário; formas de tratamento.
Observei que a compreensão dos conteúdos trabalhados foi satisfatória. Os alunos se sentiram
mais estimulados, pois os temas e textos trabalhados em aula eram produtos da vida real e
tinham relação com o que conheciam ou lhes interessava.
Palavras-chave: conteúdos escolares, ensino-aprendizagem, mídias e educação, mídia jornal.
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Física e a Realidade: Sobre a utilização de Experimentos Didáticos a partir do
Cotidiano
Gustavo Niano Lindolm - UFPR
Milton da Silva - UFPR
Sérgio Camargo – DTPEN/UFPR
Este trabalho foi desenvolvido em uma escola da Educação Básica da Rede Publica do Estado
do Paraná. O mesmo aborda questões relacionadas ao desenvolvimento de conteúdos de
Física presentes no cotidiano dos alunos por meio de experimentos didáticos. Quando
realizamos o Estágio de Observação e Monitoria, vivenciamos um pouco da realidade do
Ensino de Física numa escola pública de ensino médio e percebemos que existe uma enorme
distância entre a Física vivenciada no cotidiano dos alunos e a metodologia utilizada para
ensinar essa ciência em sala de aula. Pensando em reverter esse quadro, optamos por utilizar
as práticas experimentais com enfoque no cotidiano dos alunos em nossas atividades de
docência. Realizamos vários experimentos demonstrativos conforme o conteúdo de cada
turma, os quais foram estudados detalhadamente com foco nos conceitos físicos envolvidos.
Com essa metodologia procuramos criar condições para que os alunos possam compreender e
relacionar os conceitos físicos estudados ao observarem os inúmeros fenômenos naturais que
ocorrem em seu dia a dia, tendo condições de lançar um olhar mais crítico sobre os mesmos.
Os dados foram constituídos a partir de questionário próprio, registro em diário de bordo e do
preenchimento de roteiros avaliativos. Estamos na fase de tabulação dos dados e construção
dos gráficos comparativos com os estados antes e após as práticas.
Palavras - Chave: Experimento Didático, Conceitos de Física, Física e Realidade.
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Concepções prévias dos alunos como subsídio para o desenvolvimento de
habilidades e características desejáveis nos estudantes
Aline Portella Biscaino – Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Baseando-se em características apresentadas por grande parte dos estudantes, o presente
trabalho buscou investigar as consequências no aprendizado dos alunos sob a perspectiva da
utilização das concepções prévias destes como subsídio para o ensino de Física e verificar o
desenvolvimento de competências do pensar, da autonomia e autoconfiança dos alunos, bem
como de uma postura mais ativa no processo educativo. Com intuito de conhecer essas
concepções prévias foram utilizados experimento demonstrativo, situação-problema, pesquisa
histórica e discussões em grupo. As atividades foram desenvolvidas em uma turma de 1º ano
do Ensino Médio de uma escola pública de Curitiba, entre os meses de agosto e novembro de
2009. Avaliando os resultados foi possível perceber que os alunos, ao final do processo
investigativo, demonstravam maior motivação e participação com relação às atividades
propostas, bem como uma maior autonomia e autoconfiança diante do conhecimento de
ciências.
Palavras-chave: Concepções prévias. Competências do pensar. Autonomia.
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Reflexões sobre a influência da mídia no processo de construção corporal: uma
experiência na produção de material didático-pedagógicodestinado a alunos do
ensino médio
Rosane de Cássia Capilé
Professora Integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE/SEED/UFPR
[email protected]
Esse trabalho visa relatar minha experiência, sob a condição de professora da rede estadual de
ensino do Paraná, na elaboração e implementação de um recurso didático-pedagógico voltado
a alunos do ensino médio, com o intuito de promover a análise da influência dos veículos
midiáticos na construção corporal. Ao longo de meu trabalho com a disciplina de Educação
Física pude notar que meninos e meninas vêm-se envoltos com as mudanças que ocorrem na
fase da adolescência, demonstrando certa insatisfação em relação a si e almejando a
conquista por “corpos perfeitos”. Ao entender que a noção de corpo é construída no seio da
cultura e que, entre seus vários determinantes, destacam-se a mídia e seus múltiplos artefatos,
percebi que, muitas vezes, esses sujeitos atrelam a sua auto-imagem àquelas veiculadas e
reproduzidas pelos personagens de minisséries, novelas, revistas de moda e beleza, filmes e
propagandas. Desse modo, os alunos acabam desenvolvendo um ideal que segue os padrões
de beleza ditados pela indústria cultural. Nesse sentido, preocupei-me em elaborar um material
que pudesse abordar questões importantes tais como: as mudanças que envolveram a noção
de beleza ao longo da história; os interesses comerciais que se escondem em torno dessa
supervalorização do corpo; os valores humanos que estão sendo esquecidos em detrimento da
ditadura da beleza; os reflexos dessa busca desenfreada pelo “corpo perfeito” e que se
traduzem em efeitos nocivos à própria saúde, entre eles distúrbios alimentares como a
anorexia, a bulimia e a vigorexia, bem como o uso indiscriminado de anabolizantes, diuréticos e
outras drogas; etc. Para isso elaborei um Caderno Pedagógico que contém textos, recortes de
artigos e questões para reflexão dirigidas ao professor, bem como sugestões de atividades a
serem desenvolvidas com os alunos; o qual objetiva promover reflexões sobre as contradições
que envolvem o discursos midiáticos em relação à beleza. Nessa pesquisa utilizei o método da
pesquisa-ação, que foi realizada no ano de 2009, no Colégio Estadual Campos Sales, situado
em Campina Grande do Sul/ PR, com um grupo de 50 alunos. No decorrer do projeto tornou-se
visível o grande interesse dos alunos pelos temas abordados e nas atividades desenvolvidas,
ainda que em determinados momentos tenha ficado claro que a maioria deles sente-se atraído
e sugestionado por alguns programas e propagandas, mesmo afirmando o contrário,
evidenciando o fato, que o bombardeio de informações veiculadas pela mídia invade a rotina
dos adolescentes sugestionando-os seja na busca pelo corpo perfeito, seja disseminando a
cultura de consumo voltadas ao embelezamento, o que reforça a necessidade de se
demonstrar ao aluno o sentido das informações oferecidas pela mídia,de tal forma que o
mesmo se torne crítico em relação ao conteúdo midiático, reconstruindo seu significado.
Palavras-chave: Adolescência; Corpo; Mídia; Ensino Médio; Material Didático-Pedagógico.
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Proposta de aplicação e resultado de unidade temática no ensino de língua
espanhola, sob o enfoque da abordagem comunicativa.
Manoela de Moura Rosa
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
O presente texto tem como objetivo apresentar os trabalhos de produção e aplicação de uma
unidade temática, na disciplina de Prática de ensino de línguas estrangeiras modernas
neolatinas, sendo disciplina obrigatória para os alunos que optam por licenciatura. O projeto faz
parte da PRAE através de sua Coordenação de Assistência Estudantil e do Programa Bolsa
Permanência, oportunizar a formação inicial para alunos de graduação com fragilidade
financeira que estejam projetando uma futura participação em Cursos de Pós-Graduação e/ou
programas de mobilidade estudantil através de intercâmbio e outras ações em que o domínio
de uma língua estrangeira, é importante. O curso constitui um conjunto de 4 módulos de 45
horas/aulas que devem totalizar 180 horas de estudos, sendo o módulo básico da aplicação da
unidade temática em questão. O tema abordado é o intercâmbio, acredito ser muito pertinente
no mundo acadêmico, e contemplando os métodos da abordagem comunicativa na elaboração
das atividades com materiais autênticos, na tentativa de aproximar o aluno de algo mais
concreto, para que o aluno reflita sobre a língua, na elaboração e reflexão de hipóteses, para
que ele interaja mais no processo de ensino aprendizagem. Para tanto utilizou-se de filme
como compreensão e expressão oral e de interpretação de diferentes gêneros para produção e
compreensão escrita, e com subsídios de vocabulário e elementos lingüísticos trabalhados em
aulas antecedentes, que sempre são retomados de forma contínua. O tempo utilizado para
este tema foi de 8 horas/aula e foi muito produtivo, pois o aproveitamento dos alunos foi muito
bom, já que esta turma especificamente é bastante participativa, o que motiva ainda mais o
trabalho do professor. A abordagem comunicativa surtiu um efeito positivo para os alunos,
porque em cada momento em que realizavam suas hipóteses em seus momentos de interação
e estas eram valorizadas, porque eles mesmos percebem que estão aprendendo, sua
autoestima foi cada vez mais recuperada.
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Abordagem sobre identidade nas aulas de língua espanhola básica
Francinne de Oliveira Lima - Universidade Federal do Paraná
[email protected]
O presente trabalho foi desenvolvido durante a disciplina de Prática de Ensino de Línguas
Estrangeiras Neolatinas, onde uma das atividades avaliativas consiste na produção de uma
unidade temática para aplicação aos alunos de língua espanhola básica. Esta unidade
Temática foi elaborada e desenvolvida com os alunos do Curso de Espanhol para Fins
Acadêmicos, dentro do Programa Bolsa Instrutor Letras. O tema central da unidade
desenvolvida é a Identidade, pois tem como objetivo expandir a visão dos alunos sobre a
aquisição de uma segunda língua, ampliando também a noção lingüística (para além das
regras formais de um idioma – no caso a língua espanhola), e refletir sobre os aspectos que
corroboram na constituição da identidade (lingüística, cultural e pátria). Para abordar
qualitativamente alguns pontos em específico, esta unidade foi dividida em três partes: 1.
“¿Quién soy yo?” (tratando de aspectos pessoais como: descrição física e psicológica em 1ª e
3ª pessoas). 2. “¿Quién es el otro?” (aspectos de identificação social: variação lingüística e
estereótipos sociais e culturais). 3. “¿Quiénes somos nosotros?” (reflexão sobre a identidade
latino-americana e a diversidade lingüística / cultural que envolvem os países latinos). No
conjunto destas três partes, foram contempladas as quatro práticas sociais de linguagem:
leitura, escrita, audição e prática oral – através de atividades escritas e orais de interpretação
sobre diversos gêneros apresentados. Entre as atividades desenvolvidas foram realizadas:
audição e leitura de letras de músicas, exibição de vídeos, leitura de textos diversos extraídos
de sites de jornal, blogs, sites de enquetes. Ao trabalharmos com os elementos da descrição
pessoal percebemos que os alunos demonstraram um bom domínio de vocabulário relacionado
ao tema, levando em consideração que tal atividade retomou o conteúdo dado nas primeiras
aulas do curso, que foi completado com expressões para demonstrar gostos e opiniões. No
entanto, apresentaram também certa insegurança no uso dos verbos. Os alunos da turma da
manhã se mostraram mais receptivos para as atividades orais – o que inclui uma melhor
fluência nas leituras-, já os alunos da tarde se apresentaram mais confortáveis ao realizar
atividades escritas. Um ponto comum às duas turmas, foi a dificuldade em exteriorizar a
imagem que possuíam sobre determinados países de língua espanhola, apresentados dentro
de uma atividade escrita. A impressão passada foi de que até o momento da atividade os
alunos não haviam parado para refletir a respeito do estereótipo que eles têm a respeito dos
países que têm como língua oficial a mesma que eles pretendem adquirir. A partir desse ponto
destaca-se a importância da temática escolhida, onde além das questões de aquisição
lingüística inicia-se um processo (jogo) de construção e desconstrução de imagens, através de
reflexões a respeito do que envolve a língua e nela está contido.
Palavras-chave: Ensino de língua espanhola, identidade, estereótipos.
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O papel das Atividades Experimentais na Formação dos Alunos da Educação
Básica da Rede Pública
Aline Portella Biscaino
[email protected]
Sérgio Camargo
[email protected]
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito da disciplina Prática de Ensino e Estágio
Supervisionado em Física III, trata-se investigar as potencialidades da utilização de atividades
experimentais como uma ferramenta didática na formação de alunos do primeiro ano do Ensino
Médio da Rede Pública de Ensino. Realizou-se um diagnóstico das concepções prévias dos
alunos para utilizarmos como subsidio para o planejamento das aulas sobre os fenômenos
físicos abordados. Foram utilizados diversos experimentos demonstrativos, focando algumas
situações-problema para discussão, visita ao projeto Fibra (Departamento de Física da UFPR)
e vídeos produzidos pelos próprios alunos. Com o intuito de nos fundamentarmos para a
realização do trabalho consultamos os anais de dois eventos de grande destaque na área de
Ensino de Física, o SNEF e o EPEF, realizando a leitura e seleção de diversos artigos
relacionados ao uso de experimentos didáticos em aulas de Física. Selecionados artigos
publicados entre os anos de 2002 e 2007, por pesquisadores de diferentes universidades do
Brasil e com as mais diversas abordagens. Numa segunda etapa o material selecionado será
analisado e classificado segundo a temática adotada bem como os principais enfoques,
metodologias e estratégias utilizadas. Para a constituição dos dados foram utilizados
procedimentos próprios da pesquisa qualitativa tais como: questionários e registros das aulas
em um diário de bordo.
Palavras - Chave: Atividades Experimentais, Ensino de Física, Prática de Ensino de Física.
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Como a utilização de experimentos didáticos em sala de aula pode contribuir
para a compreensão dos conteúdos de Óptica
Eliane de Campos Moreira e Sérgio Camargo – Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Este trabalho analisa a influência do uso de experimentos de baixo custo e didáticos em uma
aula que aborde conteúdos de óptica, para o qual foram usadas duas aulas dadas em um
colégio da rede pública de ensino, no estado do Paraná. As aulas aconteceram em duas
turmas diferentes de alunos do 3° ano do Ensino Médio, os quais já tinham tido contato com o
conteúdo citado. Em cada aula, adotou-se uma determinada seqüência de revisão e realização
de experimentos. Inicialmente, nas duas turmas, uma rápida revisão foi feita, buscando-se
recordar aos alunos algumas características de fenômenos ópticos. Na primeira turma, após a
revisão e discussão de propagação retilínea da luz e formação de sombras, um teste
abordando tais fenômenos foi aplicado e em seguida foram realizados os experimentos
demonstrativos. Com a segunda turma, os experimentos foram mostrados logo após a revisão,
e somente no fim da aula o teste foi aplicado. Assim, temos também uma comparação em
relação ao momento mais oportuno para a exposição de experimentos durante a aula. Os
resultados mostram que, adotando a seqüência aplicada na segunda turma, os alunos tornamse mais participativos e a aprendizagem acontece de maneira satisfatória, tanto para o docente
quanto para os alunos que percebem que realmente aprenderam.
Palavras chave: experimentos, óptica, propagação retilínea da luz.
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EIXO TEMÁTICO 3
AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (TIC)
NO CONTEXTO DE AULA
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Função quadrática no cabri geometry ii
Fabiano José Dantas de Oliveira – UFPR
[email protected]
O desenvolvimento contínuo de tecnologias de informação e comunicação e de softwares
didáticos possibilita um novo fazer pedagógico matemático, mais dinâmico e contextualizado.
Os softwares didáticos, quando utilizados com objetivos definidos de aprendizagem,
possibilitam ao professor, dispor do uso do computador na elaboração do conhecimento
científico e, conseqüentemente, oportunizam uma formação mais sólida e mais ampla aos seus
alunos. Assim temos como problemática a seguinte questão: “De que maneira estas
ferramentas podem atuar como facilitadoras do processo ensino-aprendizagem na educação
matemática?”. Em busca de uma possível resposta para essa questão, escolhemos o uso do
software Cabri-Geometry II, uma poderosa ferramenta da geometria dinâmica que permite criar
e explorar figuras geométricas, bem como tratar essas construções em coordenadas
cartesianas, o que nos vai permitir estudar, em particular, o conteúdo de função quadrática. A
atividade propõe a resolução do seguinte problema: “Uma região retangular tem perímetro igual
a 40m. Quais devem ser as dimensões do retângulo para que a área seja máxima?”. O
problema consiste em construir, inicialmente, retângulos de mesmo perímetro e observar o que
acontece com a área ao mudar-se a forma do retângulo. Com o Cabri-Geometry II, podemos
modificar as dimensões do retângulo sem alterar seu perímetro, a partir de deslocamento de
vértices, e relacionar a figura com o gráfico da função obtida. Através desses procedimentos,
chegamos a resultados que nos permitem afirmar que é possível desenvolver atividades
matemáticas relacionadas ao conteúdo funções, em particular funções quadráticas, utilizando
softwares didáticos, de forma a contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem,
facilitando sobremaneira o trabalho do professor e sua interação com as atividades do
educando.
Palavras-chave: Educação matemática, processo ensino-aprendizagem, softwares didáticos,
funções quadráticas.
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Considerações sobre a utilização das Tecnologias de Comunicação e Informação
no Ensino de Física
Camila Correia Machado,Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Sérgio Camargo, Universidade Federal do Paraná (DTPEN)
[email protected]
Este trabalho está sendo realizado em uma escola da Educação Básica da Rede Pública
Federal de ensino, trata-se da utilização de recursos relacionados as Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs) no Ensino de Física. A questão central é verificar qual o
impacto da utilização das tecnologias de informação e comunicação para o entendimento dos
conceitos Fisicos no contexto da sala de aula? Como os alunos respondem a utilização desses
recursos didáticos no ensino de Física ? Na tentativa de responder esses problemas,
planejamos as aulas a partir de trechos de desenhos, filmes, séries e programas afins, que
continham conceitos Fisicos de Termodinâmica e Óptica Geométrica. As aulas foram
ministradas utilizando-se um equipamento multimídia. Os dados foram constituidos a partir de
procedimentos da pesquisa qualitativa mais especificamente questionários e registros das
aulas em um diário de bordo. Existe uma crescente utilização de novas tecnologias na
sociedade, porém o uso dessas em sala de aula ainda restringe-se a poucos professores de
algumas instituições. Com a opção por uma metodologia de ensino que incorpora as TICs
como um instrumento didático, acreditamos que possa haver uma mudança significativa na
concepção dos alunos sobre os conceitos de Física.
Palavras-Chave: Tecnologia da Informação e Comunicação, Ensino de Física, Termodinâmica,
Optica Geométrica, Recursos Didáticos.
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Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física
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Considerações sobre a utilização das Tecnologias de Comunicação e Informação
no Ensino de Física II
Camila Correia Machado,Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Prof. Dr. Sérgio Camargo, Universidade Federal do Paraná (DTPEN)
[email protected]
Sabemos que há uma crescente evolução e utilização de novas tecnologias no cotidiano das
pessoas. Porém, o uso de tecnologias dentro da sala de aula fica restrito a alguns professores
de algumas entidades. Durante os meses de março a junho de 2009 foi realizado um estudo a
respeito do ensino de Física em uma Instituição de Ensino Federal de Tecnologia. Por saber
que tal entidade até pouco tempo atrás era vinculada a uma Universidade Pública Federal, e
depois se elevando ao título de Instituto Federal, se imaginou algumas diferenças no ensino de
Física, comparando-a a outras escolas Públicas de Curitiba. Porém, enquanto eram feitas as
primeiras atividades de Observação na Escola, pode-se perceber que o ensino ali proposto era
tão tradicional quanto em qualquer outra escola. Outra coisa a se observar é a de que uma
entidade que recebe status de Instituto Federal não possui um simples laboratório de Física.
Depois de analisar as aulas ministradas, a turma a ser desenvolvido o trabalho e as condições
de infra-estrutura que poderiam ser utilizadas, em conjunto com o professor orientador,
chegamos a conclusão que o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) seria
bastante interessante. alunos já conhecem Como a turma a ser trabalhada é uma turma de
Dependência, ou seja, tais o conteúdo a ser abordado, mas por algum motivo, não
conseguiram assimilar esse conteúdo de acordo com o que o professor avaliou, a idéia é criar
uma motivação para que esses alunos não “odeiem a Física”, simplesmente porque
reprovaram na disciplina. A questão central é verificar qual o impacto da utilização das
tecnologias de informação e comunicação para o entendimento dos conceitos Físicos no
contexto da sala de aula? Como os alunos respondem a utilização desses recursos didáticos
no ensino de Física ? Na tentativa de responder esses problemas, planejamos as aulas a partir
de trechos de desenhos, filmes, séries e programas afins, que continham conceitos Físicos de
Termodinâmica e Óptica Geométrica. Os dados foram constituidos a partir de procedimentos
da pesquisa qualitativa mais especificamente questionários e registros das aulas em um diário
de bordo. Espera-se que tais recursos possam gerar um acréscimo de interesse dos alunos e
também que o entendimento da Física por eles se modifique, passando a vê-la como ciência e
não mais uma disciplina de decorar fórmulas. Outra proposta seria encorajar o professor
orientador, e porque não, outros professores da entidade, a utilizarem esses recursos, como
uma ferramenta a mais na difícil, mas prazerosa, tarefa de ensinar. O importante é que, não
sabemos quem estamos formando. Quem sabe futuros professores? Com uma mudança
significativa na metodologia do ensino e na utilização de outros instrumentos de ensino que
não o giz e o quadro, espero não estar só motivando uma mudança nas aulas e nas
concepções Físicas e sim uma motivação formativa profissional.
Palavras-Chave : Tecnologias de Informação e Comunicação; Metodologia ; Pesquisa
qualitativa.
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EIXO TEMÁTICO 4
RELAÇÃO PROFESSORES-ALUNOS
E ALUNOS-ALUNOS
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Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física
Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola
18 a 21 de novembro de 2009
A motivação dos alunos de ensino médio para as aulas de Educação Física:
principais aspectos e determinantes
Cauê Cristiano Vieira, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
No primeiro bloco de intervenções da disciplina de Prática de Ensino B, a temática por mim
abordada foi a motivação dos alunos de Ensino Médio, ou a falta dela, para as aulas de
Educação Física. Nas aulas que estive com as turmas pude perceber o quão é difícil motivar os
adolescentes para qualquer tipo de atividade, principalmente quando a proposta de aula
contempla conteúdos pouco vivenciados por eles. As aulas, as observações e as conversas
com os alunos foram determinantes para a abordagem da temática neste trabalho, bem como
as conversas com a professora regente. As turmas escolhidas foram duas turmas de 2º ano e
duas turmas de 3º ano do ensino médio. As intervenções ocorreram no turno da manhã e as
atividades propostas foram pensadas de acordo com o planejamento da professora sem
esquecer das diretrizes curriculares, para que todos os conteúdos estruturantes fossem
trabalhados, com o objetivo de fazer com que os jovens percebessem que a Educação Física
escolar não se resume a prática dos esportes. Muitas problemáticas surgiram no decorrer do
estágio e todas seriam passíveis de maior reflexão e gerariam boas discussões, porem para o
grupo de alunos observado, a motivação destes, ou a falta dela, durante as aulas de Educação
Física, foi o que mais me chamou a atenção. É necessário uma atenção especial com alunos
do ensino médio, afinal são jovens que passam por uma fase de transição, seja esta física ou
social. O presente trabalho busca entender como se da o processo de motivação dos
adolescentes e seus determinantes.
Palavras-chave: Educação Física, Motivação, Adolescência.
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Aluno: sujeito ativo no processo ensino- aprendizagem
Juliana Beatriz Ferst Strapasson
Universidade Federal do Paraná
Email:[email protected]
Este trabalho é fruto da prática de ensino, disciplina realizada no último ano do curso de
Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Paraná. No período de um ano,
ocorreu a permanência em uma escola estadual na região sul de Curitiba, onde ocorreram
intervenções a partir de observações e da problemática encontrada naquela realidade escolar.
Neste ano, a escola contou com dois professores de Educação Física e um período sem
professor. O espaço físico externo é pequeno e os materiais são escassos e, por vezes,
inadequados. Por acreditar que a Educação Física é a única disciplina onde os alunos/as têm
liberdade para se movimentar, observei que as aulas de Educação Física, no primeiro
momento, se configuraram, conforme Oliveira (2003) como “um tempo de passar o tempo”. Os
alunos tiveram sempre aulas livres e, ao contrário do que muitos pensam, não estavam
satisfeitos com esta situação, reivindicando sempre por AULAS de Educação Física. No inicio
do segundo semestre os alunos estavam sem professor e solicitavam por “aula” de Educação
Física, e neste contexto, comecei as intervenções. O maior objetivo foi gerar possibilidades aos
alunos aprenderem novos conteúdos e fazer com que estes jovens manifestassem suas vozes
no processo ensino-aprendizagem, chamando-os para a participação e discussão dos temas,
gerando alguma condição de que ocupassem e se posicionassem como sujeitos da sua
aprendizagem. Quando chegou a escola o “outro/novo professor”, os alunos continuaram
participando das minhas aulas, porém com algumas indagações e a procura de referência:
“Afinal, quem é o professor?”. Expliquei a este grupo de alunos que estou na escola como
estudante e ao mesmo tempo como professora, deste modo, eles teriam aula um dia comigo e
outro dia com o professor recém chegado, devendo respeitar e procurar entender o que cada
um tem a ensinar. Durante as minhas intervenções, os alunos não participaram diretamente da
escolha dos conteúdos, mas participaram do processo das aulas dando opiniões, tirando
dúvidas, arriscando respostas, construindo materiais alternativos, inventando novas
possibilidades de jogar e compreender os conteúdos clássicos da Educação Física ( como os
Esportes, as Danças, os jogos, a Ginástica e as Lutas), reclamando do que não gostaram,
elogiando o que gostaram além, é claro, participando da construção das aulas práticas e
experimentando as diversas possibilidades. Assim, posso afirmar a participação do sujeito
aluno/a nas aulas de Educação Física deve ir além da presença na quadra, e que o professor
necessita organizar seu trabalho para gerar a possibilidade da criança e do jovem “falar e ser
ouvido”, fazendo com que ele sinta-se parte da aula e não mero recebedor de um determinado
conhecimento.
Palavras-chave: Educação Física Escolar; Processo Ensino-Aprendizagem; Participação
Efetiva.
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Corporalidade e a comunicação
Rúbia Zimermann
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
O presente artigo pauta-se não somente e exclusivamente em relatar as experiências vividas
por meio de intervenções nas aulas de educação física no Colégio Estadual Cecília Meireles.
Mais que isso, proponho nesse artigo a discutir, ainda que não completamente, a importância
das práticas corporais na idade escolar pensando em alunos do ensino médio. Pensando na
corporalidade como forma de relacionamento, comunicação, e o contato físico propriamente
dito. Segundo Maria Helena Imbassaí (2003) é por intermédio co corpo que recebemos e
emitimos informações, de fora e de dentro de nós. A discussão aprofunda-se ainda com auxílio
de alguns autores do assunto. Para tratar do tema escolhi como formato de trabalho, jogos, de
diversos tipos, abordando o assunto de forma lúdica e ainda que um pouco implícita. Observei
durante as aulas também a participação e o crescente interesse dos alunos a respeito das
aulas ministradas por mim. Apareceram algumas dificuldades ao longo de toda a prática, ainda
que poucas, que relatarei no decorrer do trabalho. Trazer essa discussão e esses
apontamentos durante as aulas hoje em dia, se fazem, na minha tão pessoal opinião, de
extrema significância. Levo essa conclusão tendo como base o crescente aumento tecnológico
na comunicação que nos faz perder um pouco do contato e intimidade com as outras pessoas.
Palavras-chave: Educação Física Escolar, corporalidade e comunicação
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Reconhecimento da educação física como disciplina escolar
Andressa Schmidt e Rafaela Berté
Universidade Federal do Paraná
Email: [email protected] , [email protected]
A educação física como qualquer outra disciplina existente no currículo escolar, deve
proporcionar para a formação do aluno o desenvolvimento da autonomia, proporcionando a
reflexão, o questionamento e a conscientização durante as aulas, permitindo assim a
concepção de valores e atitudes, além de práticas corporais pré-estabelecidas pelo profissional
da área. Neste sentido, reconhecemos que o educador na sua prática, quer queira quer não, é
um veiculador de valores, em que reside a ligação, conforme Bracht (1992) da forma de ensino
com seu conteúdo. Assim, entendemos que os alunos devem reconhecer as aulas de
educação física como também sendo uma disciplina com conteúdos a serem ensinados e que
devem ser cumpridos e não somente um momento de lazer e tempo livre, o que também
depende da forma como o professor ensina. Estas reflexões surgiram a partir da experiência de
prática de docência realizada em uma escola pública municipal de Curitiba, por meio de
observações e do diagnósticos, que nos auxiliaram levantar esta problematização. Assim foi
possível reconhecer que a maioria das aulas ocorreram nestes aspectos levantados, e
posteriormente a nossa intervenção, juntamente com a mudança de professor de educação
física na escola, podemos dizer que houve ênfase na assimilação da educação física como
sendo parte do currículo e importante como qualquer outra disciplina para a formação e
desenvolvimento da criança, o que não deixou de caracterizar em uma grande dificuldade
encontrada em nossa prática. Convencer os alunos a participarem de aulas com conteúdos já
determinados, atividades já estabelecidas e que algumas vezes não eram a que gostariam de
realizar e, portanto todos tendo que participar, foi um obstáculo difícil de ultrapassar. Barreiras
estas, resultado de um tempo na escola em que a educação física era trabalhada de outra
maneira, onde a prática de atividade física acontecia sem um direcionamento formal, a cultura
da educação física era outra. E os obstáculos surgiram a partir da mudança de como fazer a
educação física na metade do ano letivo, atingir objetivos a cada aula, a partir de conteúdos e
reflexões do fazer. Ressaltar que o professor tem o papel de intervir tanto em situações em que
os alunos e alunas não queiram participar das aulas quanto nas situações em que participam,
segundo Guimarães et al (2001) no sentido de integrá-las, discutindo, se necessário, a postura
destas relações possibilitar um fortalecimento daqueles que se sintam criticados e inibidos
pelos colegas. Foi neste caminho que trabalhamos e através do dialogo e da reflexão por parte
dos alunos que foi alcançado o valor da educação física como verdadeira disciplina.
Palavras-chaves: Educação Física, Disciplina escolar, Formação do professor.
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A Educação Física Escolar como possibilidade de intervenção no meio social e
humano.
Hélcio Arthur Kricky e Thiago Soneghett Cotta
Universidade Federal do Paraná
Emails: [email protected]; [email protected]
O presente relato se baseia no trabalho de intervenção realizado em uma escola estadual na
cidade de Curitiba, situada numa realidade conflituosa e violenta. Neste contexto, procurando
situações em que os adolescentes se percebessem em relação às suas limitações e
possibilidades através das aulas de Educação Física, para contribuir na formação de sujeitos
cooperativos e atuantes no meio social. Neste sentido este trabalho foi possível a partir de
práticas embasadas na idéia de Cassimiro (2008), que destaca a importância de realizar uma
análise conjuntural do meio social onde a escola está inserida para então entender ou
identificar as razões de tanta violência no ambiente escolar. Assim, desde a nossa inserção na
escola, observou-se muitos conflitos entre os alunos/as e alunos/as e professores/as,
principalmente manifestados na linguagem corporal como na verbal. A partir destas
observações e análises, foram estruturadas atividades corporais com a finalidade de atender
às necessidades de um grupo de alunos/as da 5 ª série, o qual apresenta “carência” de valores
humanos, sejam eles cooperativos; afetivos; de solidariedade; de respeito a si mesmo, ao outro
e ao ambiente. Neste processo grandes resistências foram apresentadas por parte dos alunos,
justamente pelo fato das dinâmicas se apresentarem diferentes do que os mesmo estão
acostumados. Optamos em desenvolver a proposta metodológica dos jogos cooperativos,
partindo do pressuposto que está contida nos conteúdos estruturais da Educação Física, como
Jogos e Brincadeiras, o qual possibilita maior integração, tanto física quanto sócio-afetiva e por
envolver situações nas quais emoções vem à tona, sejam elas positivas ou negativas, que
facilitem ou dificultem a atividade. Reconhecemos que todas estas manifestações são
relevantes e importantes por aumentar o arcabouço de vivências e/ou experiências dos
alunos/professores, pelo processo de ensino-aprendizagem. Em decorrência das dificuldades
encontradas para a continuidade do processo e pelo fato de nos depararmos com diferentes e
contraditórias concepções de Educação, entendemos que não poderíamos abandonar os
princípios formadores de uma sociedade humana e de uma Educação Física significativa.
Assim, neste processo de intervenção das práticas corporais, lembramos apoiados em Silva
(2004) que a Educação é um processo de construção coletiva, contínua e permanente de
formação do indivíduo, porque trabalha com o conhecimento, valores, atitudes e formação de
hábitos.
Palavras chave: Valores humanos, Formação de Sujeitos, Educação e Educação Física.
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Reflexões sobre os critérios de mediação da aprendizagem de Feuerstein em
aulas de Física no Ensino Médio
Igor Konieczniak
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Ivanilda Higa
Universidade Federal do Paraná – DTPEN
As dificuldades no ensino de física sempre foram mérito de indagações pelos profissionais da
educação. Também se questionam quais as origens e quais propostas de soluções poderiam
auxiliar no enfrentamento da falta de interesse, o baixo desempenho e a aversão
demonstrados pelos alunos com relação à Física no Ensino Médio. Nesse sentido, se propõe
com esse trabalho uma reflexão sobre esses elementos, no âmbito da docência realizada na
disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de Física III, do curso de Licenciatura em
Física. A teoria da aprendizagem mediada de Reuven Feuerstein fornece elementos que
possibilitam compreender as dificuldades de aprendizagem como tendo origem em
experiências de aprendizagem mediada (EAMs) deficientes ou insuficientes. A teoria elenca 13
critérios que podem estar presentes numa EAM, sendo que 4 destes são fundamentais, ou
seja, estes devem estar presentes para que a interação seja considerada uma EAM. São eles:
a) Intencionalidade e Reciprocidade; b) transcendência; c) Mediação do Significado e d)
Mediação da consciência da modificabilidade. Particularmente no que se refere ao aprendizado
de Física, ressaltam-se ainda como importantes, além dos 4 considerados essenciais, os
critérios de: e) mediação do sentimento de competência; f) mediação do planejamento e da
busca por objetivos; g) Mediação da procura pelo novo e da busca pela complexidade e h)
Mediação da escolha pela alternativa positiva. O objetivo do trabalho é então planejar e
executar uma docência com base nesses critérios de mediação, refletindo sobre as
possibilidades e dificuldades de contemplá-las numa situação de docência em Física no Ensino
Médio, e sua importância na aprendizagem e busca de significado ao estudo da Física nesse
nível de ensino. Nesse sentido, aulas de Física para o Ensino Médio foram preparadas e
ministradas procurando considerar estes critérios de mediação. Para se avaliar a presença ou
não desses critérios mediação de Feuerstein nas aulas ministradas, foram utilizados como
instrumentos questionários apresentados aos alunos, esperando se analisar, assim, se tais
aulas se apresentaram como EAMs.
Palavras Chave: Experiência de Aprendizagem Mediada, Ensino de Física, Feuerstein,
Mediação, Ensino Médio.
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Reflexão acerca do descumprimento às regras dos/as alunos/as da escola
municipal Herley Mehl
Maria Claudia Pykosz de Oliveira
Letícia Queiroz Mendes
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
[email protected]
De acordo com as observações e intervenções - motivadas pela disciplina de Prática de Ensino
A e prolongadas na Prática de Ensino B - realizadas nas aulas de Educação Física dos/as
alunos/as do primeiro ano, do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, da Escola Municipal
Professor Herley Mehl, foram levantadas reflexões sobre questões relevantes acerca da
disciplina destes/as alunos/as. Eles/as desobrigam-se de acatar as regras na ausência do/a
professor/a. No entanto se este/a adverte o/a aluno/a sobre uma atitude que não corresponda
às regras preestabelecidas, diante da supervisão da autoridade as crianças se submetem,
temendo uma punição. Foucault ajuda-me a articular á essas questões quando escreve sobre
esse tipo de organização: "A disciplina faz "funcionar" um poder relacional que se auto-sustenta
por seus próprios mecanismos e substitui o brilho das manifestações pelo jogo ininterrupto dos
olhares calculados.” (p.148). Os/as alunos/as não compreendem a significação das regras,
eles/as não tem a consciência social do que ela representa, e sim obedecem a uma figura de
autoridade. Portanto as crianças da escola localizada no bairro do Pilarzinho em Curitiba têm
um conjunto de normas a qual reproduzem e preceitos destinados a elas, e, no entanto nem ao
menos fazem parte do processo da construção dessas normas. Desta maneira não há noção
da responsabilidade que cada um/a tem na construção do processo, e nem mesmo concepção
das conseqüências de seus atos, visto que boicotam o que foi imposto. Para tanto numa
reflexão interminável, constante e mutável, pensaremos sobre o comportamento destas
crianças e outros modos para intervenção docente, no intuito de modificar parte da realidade
no que corresponde a uma construção coletiva para alcançar determinados fins. Incluindo
os/as alunos/as como determinantes para atingir um exímio resultado, para que os
cumprimentos das regras façam sentido.
Palavras-Chave: disciplina, comportamento; primeiro ciclo do ensino fundamental; regras.
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A possibilidade de os jogos e as brincadeiras atuarem como elementos de
discriminação e exclusão nas aulas de Educação Física.
Matheus Antonio Pinto Bellin, Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Os jogos e as brincadeiras são elementos representativos da cultura corporal. Trazem junto de
si uma gama de características e particularidades, as quais colocam o ato de jogar e brincar
como importantes ferramentas pedagógicas a serem abordadas durante as aulas de Educação
Física. Como benefícios, trazem a alegria, a satisfação e a sensação de bem estar daqueles
que nessas atividades se envolvem, fazendo com que sejam vivenciados momentos de
interação e companheirismo com os colegas, sendo que é exatamente essa a situação mais
propícia para estimular a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Contudo, problemas
relacionados à discriminação e à exclusão sempre fizeram parte do cotidiano das escolas,
assim como da rotina das aulas de Educação Física. Inúmeros fatores podem contribuir para
isso, dificultando, dessa maneira, detectar com exatidão qual (ais) é (são) a(s) causa(s) de tais
acontecimentos, assim como impossibilitando apontar com precisão o que poderia ser feito
para evitar que eles acontecessem. E as aulas de Educação Física têm se configurado como
uns dos momentos mais cruciais para que tais acontecimentos tomem lugar, pois é nelas que
os alunos exibem os seus corpos e o que podem ou sabem fazer com eles. Todo esse contexto
pode inibir alguns, assim como estimular a provocação, o xingamento e a humilhação provinda
de outros, o que pode discriminar e até excluir alunos que talvez não tenham o padrão físico
semelhante ao da maioria, ou então não consigam desempenhar com semelhante destreza o
que os outros fazem. Objetiva-se, então, demonstrar alguns resultados de um estudo realizado
com alunos do Ensino Fundamental, que responderam a um questionário e posicionaram-se
frente a estes acontecimentos de discriminação e exclusão analisando, posteriormente, se
realmente os jogos e as brincadeiras podem sugerir brechas para que determinados alunos
sejam vítimas desses comportamentos, englobando-os sob a denominação Bullying, termo
usado contemporaneamente quando se deseja falar de situações como as descritas acima.
Palavras-chave: jogos, brincadeiras, discriminação, exclusão e Bullying.
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EIXO TEMÁTICO 5
RELAÇÕES UNIVERSIDADE – ESCOLA
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Falácias sobre a escola pública: uma nova experiência
Ana Paula Reinbold e Willian Hey Alexandre da Silva
Universidade Federal do Paraná
Emails:[email protected] e [email protected]
As reflexões deste trabalho surgem da experiência de prática de docência ligada à disciplina
de Pratica de Ensino B do curso de Licenciatura em Educação Física. em uma escola pública,
situada nas redondezas da Vila Fanny/Curitiba-PR. O ponto de referência deste estudo baseiase no que nos é apresentado – a partir do senso comum - sobre as repercussões do ensino na
escola pública. De certa forma, ainda é muito presente dentro ou fora da Universidade, que na
escola pública a educação é de baixa qualidade, entre outros itens apresenta carência de
estrutura física e de materiais. Neste sentido, ao remetermos para a especificidade da
educação física, ouvimos ainda nesta relação de “senso comum” que alunos e professores são
desmotivados, os conteúdos trabalhados limitam-se aos quatro esportes (futebol, handebol,
basquetebol e voleibol) e que existe uma cultura da não realização da “aula”. Porém, ao
iniciarmos nossa experiência de docência nesta escola surpreendemos com uma realidade
diferente. Encontramos, entre outras possibilidades, uma escola organizada, com boa estrutura
física e materiais didáticos em boas condições, alunos e professores motivados e engajados.
De início, ficamos intrigados por não encontrarmos nenhum “problema” com as turmas que
estivemos trabalhando. Foi assim, que percebemos problematizar a prática – não significa
necessariamente encontrar “problemas” dificuldades em garantir o trabalho docente e que
naquele momento o maior “problema” seria então a nossa concepção sobre escola pública.
Acreditamos que esta relação presente na nossa formação e na cultura escolar se constituiu
um “abismo” entre a Escola e Universidade. Ficamos motivados em querer preparar nossas
aulas e proporcionar aos alunos situações ainda mais significativas para o seu aprendizado e
consequentemente para as suas vidas. Para isto, baseamos nos registros das observações,
nas conversas com os alunos e com a professora de Educação Física da e nas orientações da
Disciplina de Prática de Ensino. Neste processo, tivemos a oportunidade de trabalhar com
algumas questões abertas onde os alunos deveriam se posicionar sobre: o que significa a
escola e o que significa a educação física e os seus interesses sobre o que aprender durante
as aulas. Mediante este diagnóstico, escolhemos o conteúdo do Ensino de Jogos
Cooperativos, por acreditarmos e apoiados nos estudos de VAGO (2002,2003), teríamos
elementos para despertar e contemplar a relação de que cada sujeito aluno/a é portador de
uma “cultura corporal singular” a qual é constituída mediante suas experiências cotidianas e
sociais. A partir dessa experiência com os alunos/as nesta escola, percebemos que muito do
“senso comum” que tínhamos apreendido sobre a escola pública se dissolveu. Podemos
afirmar que, mesmo neste pouco tempo de prática de docência, ocorreu uma aproximação
efetiva com a realidade escolar, o que nos permitiu querer entender os diferentes sentidos e
significados atribuídos à escola pública, e com isto o processo de formação de nossa
identidade enquanto professores/as.
Palavras-chave: Escola Pública, Aulas de Educação Física, Cultura Escolar, Formação de
professores (as).
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Curitiba: a importância dos parques urbanos para a conservação da mata
atlântica
Leonardo
Giraldi
Damaceno
Gustman
([email protected]); Lívia Priori Gonçalves; Rosana
Ribeiro; Vanessa Ribeiro; Vinicius Richardi; Ligia Strey; Juliana
Wojciechowski, Carlos Eduardo Pilleggi de Souza (Orientador)
Universidade Federal do Paraná, Curso de Ciências Biológicas.
Uma problemática atual no ensino de Ciências e Biologia nas escolas brasileiras é a falta de
propostas pedagógicas com abordagens mais críticas dos temas ambientais locais e regionais.
Muitas vezes a educação ambiental é trabalhada pelos professores de uma forma bastante
superficial, através de aulas expositivas repletas de explicações teóricas descontextualizadas
dos problemas políticos, econômicos e sociais. Esse tipo de abordagem pode vir a ser um
obstáculo na aprendizagem e conscientização ecológica por parte dos alunos. Com o objetivo
de minimizar tal problemática, um projeto de educação ambiental vem sendo desenvolvido
através da disciplina “Atividades complementares (Bio 001)” do currículo de Ciências Biológicas
da UFPR, cujo tema central se baseia na importância de se conservar um dos biomas mais
ameaçados do Brasil, a Mata Atlântica. A cidade de Curitiba está inserida nos domínios da
Floresta com Araucária, um dos principais ecossistemas da Mata Atlântica, cuja distribuição
encontra-se atualmente restrita a pequenos e isolados fragmentos florestais. Na capital, esses
remanescentes são formados principalmente por parques e bosques urbanos, daí a
importância conservacionista dessas áreas verdes. O projeto vem sendo desenvolvido no
Colégio Estadual Santa Gemma Galgani localizado na Barreirinha, próximo a um dos parques
mais bem preservados da cidade, o Parque da Barreirinha. As atividades estão sendo
aplicadas a todos os primeiros anos do ensino médio do colégio e foram divididas nas
seguintes etapas: 1ª) realizada durante os dias 09, 10 e 11 de novembro, onde se abordou os
principais aspectos relacionados à Mata Atlântica em forma de aula expositiva dialogada. 2ª)
programada para o dia 14 de novembro, consistirá em uma atividade de campo no parque da
Barreirinha, para aplicação prática dos conteúdos abordados em sala de aula, principalmente o
reconhecimento de espécies animais e vegetais da Floresta com Araucária. 3ª) agendada para
os dias 18 e 19 de novembro, onde os alunos serão auxiliados no laboratório de informática
pela equipe executora deste projeto para a confecção de cd’s e relatórios de campo com as
experiências por eles relatadas. Os resultados parciais são satisfatórios e a grande maioria dos
alunos demonstrou-se motivados com o desenvolvimento do projeto, principalmente com o
recurso do uso de imagens ilustrativas sobre o bioma estudado. Embora tenha sido pouco
intensa a participação e a interatividade dos alunos até o presente momento, estes têm ficado
atentos as principais informações apresentadas, atendendo em parte a nossa expectativa.
Acredita-se que com a realização das atividades que se sucederão nas próximas etapas, os
conhecimentos a serem apreendidos pelos alunos irão possibilitar o alcance dos objetivos
propostos neste trabalho.
Palavras-chave: Educação ambiental; Mata atlântica; Conservação.
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EIXO TEMÁTICO 6
AVALIAÇÃO DO ENSINO
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Frações: Uma análise dos erros cometidos por alunos de 5ª série
Pauliane Waifan Garcia Chu – Universidade Federal do Paraná
Patrícia Stocco – Universidade Federal do Paraná
Pamela Jéssika Balotin – Universidade Federal do Paraná
Suellen Rodrigues de Oliveira – Universidade Federal do Paraná
Pensando no estágio como uma ação formadora de professores-pesquisadores, fora proposto,
pela Profª Drª Tania Teresinha Bruns Zimer, responsável pela disciplina Prática de Docência
em Matemática II, a investigação sobre a aprendizagem dos alunos na disciplina de
Matemática. Teve-se como campo de estágio, no segundo semestre de 2009, duas escolas da
rede estadual de ensino localizadas em Curitiba e observou-se, no total, nove turmas de 5ª
série do Ensino Fundamental. Estas escolas atendem, em maior parte, alunos da região leste
da cidade e dos municípios de Pinhais e Piraquara. Este estudo tem por objetivo encontrar as
possíveis causas que geraram esses erros através da sistematização e análise dos dados
coletados. A observação foi realizada através da monitoria desses alunos em sala de aula com
a professora da turma. Durante as observações, evidenciou-se a dificuldade apresentada por
alguns alunos nos conteúdos relacionados a frações. Em um segundo momento, sistematizouse as evidências coletadas no campo de estágio e fez-se a separação por categorias, onde
foram incluídos algumas naturezas do erro (erros operacionais, erros devido à falta de atenção,
erros conceituais e erros de interpretação) e um tópico relacionado à ausência do erro
(repetição de exercícios, da contextualização do conteúdo ou da base que o aluno possui).
Percebeu-se que os erros e/ou dificuldades observados possuem diversas causas e que em
cada tópico do conteúdo estudado, por exemplo: leitura e interpretação gráfica de frações,
soma e subtração de frações, frações equivalentes e comparação de frações, surgem
dificuldades diferentes, e que isto varia de aluno para aluno. Também foi observado que os
erros mais freqüentes são pela compreensão errônea de determinado conceito sendo este
atual ou não.
Palavras-chave: avaliação da aprendizagem, frações, análise de erro, educação matemática.
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Análise de erros: alunos do 2º ano do ensino médio
Simone Venturi – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
E-mail: [email protected]
A análise de erros é uma metodologia de pesquisa e ensino que pode auxiliar professores e
alunos a rever conteúdos nos quais surgem dificuldades. Nesta pesquisa são apresentados
resultados de investigações sobre erros cometidos na disciplina de Matemática por alunos do
2º ano do Ensino Médio. A coleta de dados é organizada a partir de blocos de conteúdos
programáticos do 2º ano do Ensino Médio, e em cada bloco há a exposição dos erros mais
comuns encontrados na escola, avaliando trabalhos, exercícios em sala, provas, e ainda
através dos diálogos feitos em sala de aula. Têm-se em seguida algumas ilustrações
exemplificando o erro cometido pelo aluno, seguido do motivo pelo qual o aluno veio a cometer
aquele erro. Os erros mais comuns compreendem um conteúdo anterior, o qual o aluno devia
ter aprendido nas séries anteriores do ensino fundamental. Além disso, a maior parte dos erros
se reflete no domínio de conceitos básicos matemáticos, os quais algumas vezes são
abandonados pelos professores para “facilitar” os cálculos do aluno. Porém, quando o aluno
não tem o domínio dos conceitos, acaba tendo erros básicos, mas não por falta de atenção, e
sim por falta da concretização desses conceitos matemáticos. Por tais motivos, os erros
avaliados se repetem em vários conteúdos do ensino médio, e que muitas vezes passam
despercebidos pelo professor. Tal análise de erros torna-se uma ferramenta para o ensinoaprendizagem, permitindo ao professor planejar intervenções didáticas que revisem os
conteúdos nos quais os alunos mostram dificuldades. Contribui ainda para uma diversificação
da educação matemática baseando-se principalmente nos erros e dificuldades dos alunos,
além de possibilitar uma inovação no ensino-aprendizagem do Ensino Médio.
Palavras-Chave: Análise de erros. Conceitos Matemáticos. Ensino-Aprendizagem.
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EIXO TEMÁTICO7
PESQUISA SOBRE/NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
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Departamento de Teoria e Prática de Ensino
VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino/ XV Seminário de
Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física
Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola
18 a 21 de novembro de 2009
Os jovens escolares no ensino médio e as formas de tratar os saberes escolares
nas aulas de Educação Física: PDE e suas possibilidades de mudança na
formação do professor/a
Francisco Antonio Albano
Secretaria de Educação do Paraná
Email:[email protected]
Quem ainda não ouviu comentários que na aula de Educação Física o professor da uma bola e
pronto?Quem ainda não ouviu comentários sobre as práticas de sala de aula da disciplina de
Educação Física? Questionamentos como esses e outros, sempre me levaram a pensar na
legitimidade da educação física como disciplina - componente da matriz curricular obrigatória com um saber formal a ser utilizado entre tantas outras formas, de construir o conhecimento.
Assim, como professor da rede estadual de Educação, atuante em diversos níveis da
Educação Básica, venho procurando compreender a Educação Física como elemento de
formação do sujeito, com um papel importante na compreensão dos benefícios que muito
deveriam contribuir através de seus conteúdos para a vida do jovem/aluno. Logo, para tratar
dessas questões relativas aos saberes escolares nas aulas de Educação Física entendemos a
necessidade de compreender os jovens escolares do ensino médio, como sujeitos que trazem
de seu dia a dia saberes cotidianos adquiridos dentro e fora da escola, e como esses saberes
tratados nas aulas de Educação Física influenciam na vida desses alunos. As discussões
destas questões ocorrerá em um primeiro momento com a elaboração de um grupo de estudos
com professores de Educação Física da Rede Estadual de Educação, atuantes em sala de
aulas, denominado de GTR (Grupo de Trabalho em Rede). Através desse grupo de estudo
procura-se: a) Gerar um espaço de possibilidades para refletir e se aproximar da realidade
social de jovens escolares, reconhecendo-os como sujeito social e cotidiano. b) Debater com e
entre os sujeitos professores/as de Educação Física sobre as formas/maneiras encontradas
para tratar os conhecimentos específicos e pedagógicos da área no Ensino médio. c) Analisar
as relações do mundo da escola e do mundo juvenil, procurando reconhecer e interpretar
elementos presentes no processo de formação. e) Discutir o Ensino da Educação Física e as
relações construídas social e culturalmente na vida do sujeito escolar mediadas nas relações
professor x aluno – aluno x aluno. Este estudo faz parte de um projeto de políticas publicas do
Governo Federal desenvolvido nas Unidades Federativas sendo diferenciadas de estado para
estado conforme a necessidade local, denominado Plano de desenvolvimento da Educação –
PDE. O PDE é uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da
Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas,
tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar
da escola pública paranaense.
Palavras chave: Ensino Médio; Jovens escolares; Aulas de Educação Física; Formação
continuada.
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Formação do Professor de Artes: Novas Possibilidades
Luciana Gurgel de Siqueira - Universidade Federal do Paraná
Ana Luiza Suhr Reghelin - Universidade Federal do Paraná
Clenice Thomas Maciel - Universidade Federal do Paraná
[email protected]
O ensino de artes visuais demanda tempo e recursos do professor além de uma boa estrutura
escolar, Em meio à tantas mudanças de currículo, como pensar em novas possibilidades que
acrescentem na prática do professor nas aulas de Artes? O seguinte trabalho tem como
objetivo, relatar a experiência do curso “Paleta de Possibilidades: Pensando o ensino de Artes
na escola”, da disciplina Projetos Integrados do terceiro ano de Educação Artística – Artes
Plásticas, da Universidade Federal do Paraná, orientado pela professora doutora Dulce
Osinski. O objetivo deste curso foi trabalhar e discutir juntamente com professores da rede
estadual de educação, a prática do professor de Artes, o cotidiano escolar e as metodologias
na escola, refletindo e criando novas possibilidades para o ensino de Artes. Com duração de
60 horas, foi proposto como curso de extensão do departamento de Artes e foi planejado no
formato de fórum de discussão, aberto a debate de temas atuais e troca de experiências entre
os professores, com propostas teóricas e/ou práticas em cada aula. O curso teve uma
freqüência de 16 alunos , sendo 14 concluintes. O curso teve boa aceitação por parte dos
professores participantes além de ter possibilitado outros dois eventos de formação do
professor. O município de Campina Grande do Sul convidou o curso “Paleta de Possibilidades”
para participar de sua semana pedagógica para auxiliar no processo de formação dos
professores de Artes. Outro resultado importante foi a mesa redonda “A Polivalência do
Professor de Artes” que promoveu um espaço de reflexão e discussão sobre as novas
exigências do currículo. Acredita-se que através desse caminho de mão dupla, onde quem
ensina aprende e quem aprende ensina, foi possível por meio de discussões, relatos de
experiências e atividades práticas, criar novos olhares sobre as aulas de Artes, novas maneiras
de se trabalhar os conteúdos, novos rumos (possibilidades) para o ensino/aprendizagem de
Artes.
Palavras-chave: formação de professores, ensino das artes visuais, reflexão teórico/prática do
ensino.
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A inserção de física moderna no ensino médio: o laser e suas aplicações
Vandertone Santos Machado Universidade Federal do Paraná – UFPR
[email protected]
O ensino tradicional de Física encontra-se totalmente defasado das necessidades atuais.
Nossos alunos deparam-se com novas tecnologias, que simplesmente não podem ser
explicadas pela Física Clássica, pois os conhecimentos científicos e tecnológicos envolvidos
estão muito além da Física tradicional. A Física Moderna que é fundamental na sociedade
atual, deve cada vez mais estar presentes nas salas de aula do ensino médio. Um dos tópico
mais interessantes da Física Moderna refere-se ao Laser. Propomos como atividade de
aprofundamento o estudo do Laser, o princípio Físico de funcionamento e suas aplicações no
cotidiano. Trabalhamos com uma turma do 3º ano do ensino médio de uma escola pública.
Aplicamos ao alunos um questionário sobre a Física Moderna e o Laser, antes do início dos
trabalhos. Após as apresentações, os alunos responderam o mesmo questionário. Assim
pudemos verificar os conhecimentos dos alunos antes e depois dos estudos, verificando a
evolução dos conceitos que os mesmos possuem sobre a Física Moderna e sua inserção no
ensino médio.
Palavras chave: Física Moderna, Ensino Médio, Laser, Cotidiano.
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Prática de ensino: como está, fica?
Caroline Francye Rosa de Freitas
O presente trabalho surge da experiência na disciplina de Prática de Ensino do curso de Licenciatura
em Educação Física da Universidade Federal do Paraná. Por ter como questionamento central a
própria disciplina e a relação dela com o currículo do curso e com a escola em geral, não acho
necessário nominar as escolas em que a Prática de Ensino ocorreu, visto que não será esse o
contexto específico a ser analisado. O que pretendemos problematizar aqui é: o que é a prática de
ensino, para que ela serve e como ela poderia assumir outras formas mais eficazes? Tais
questionamentos surgiram da percepção da defasagem entre Escola e Universidade, defasagem
percebida na falta de comunicação real entre ambas ao não se considerarem mutuamente em seus
contextos. O estagiário não é um elemento pensado na constituição do projeto escolar e as
legalidades e cronogramas escolares são tratados como meros detalhes pela Universidade, que
impõe o seu calendário ao calendário e burocracias da Escola. Além disso, na relação com o
currículo do curso, a disciplina aqui tratada encontra-se desarticulada com as outras, e parece
desenvolver-se tardiamente. Desarticulada no sentido de que não dialoga profundamente com as
disciplinas teóricas relacionadas á educação, como didática e metodologia, talvez justamente por
acontecer muito tempo depois dessas duas. Essa relação temporal tardia não se expressa
unicamente na desarticulação dela com outras disciplinas, mas também ao não permitir que se
desenvolva um trabalho de pesquisa embasado na prática de forma mais elaborada, pois matéria
acontece no último ano quando a maioria dos alunos e das alunas já estão desenvolvendo seus
trabalhos finais de conclusão de curso. Seria de maior relevância as problematizações provenientes
da disciplina se as alunas e os alunos tivessem a oportunidade de dar continuidade ao que se inicia e
se acaba tão brevemente na disciplina. Surgem desses questionamentos dois antigos problemas que
permeiam a educação: a antiga discussão da divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual e a
forma como nosso currículo é construído na lógica formal e linear sem considerar o movimento da
consciência. Nosso currículo explicita não apenas a idéia de progressão pedagógica, ao colocar
algumas disciplinas teóricas que “embasariam a prática” antes da prática, como se essa fosse o
culminante de todo o trabalho, mas também coloca a premissa do teórico sobre o intelectual.
Premissa presente na ordem curricular do curso de Educação Física e na relação com a Escola, ao
não se estabelecer uma relação duradoura e conseqüente, onde a presença do estagiário seria
apenas uma das etapas da relação. A forma como a disciplina de Pratica de Ensino se encontra hoje
no currículo do curso de Educação Física da UFPR constitui-se em um problema sério que influencia
inclusive o tipo de produção e problematização provenientes dessa prática, visto que é seu formato
que embasará a forma como os alunos e as alunas do curso desenvolvem e pensam sua prática de
ensino.
Palavras-Chave: Currículo; Teoria e Prática; Escola e Universidade; Formação Inicial.
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A contribuição da Educação Física escolar na formação humana
Leilane Lazarotto
Universidade Federal do Paraná
[email protected]
Busca-se na experiência prática de docência a possibilidade do acadêmico de licenciatura “aprender
a ser professor”, com o objetivo de que ao final do processo, possa promover o desenvolvimento dos
sujeitos e contribuir na formação de cidadãos, ensinando e ampliando os conhecimentos dos/as
alunos/as. Nossa experiência de prática de ensino, do curso de Licenciatura em Educação Física foi
realizada durante o 1º e 2º semestre de 2009, em uma escola estadual, próxima a região dos bairros
Rebouças e Parolin, Curitiba/PR. Esta realidade escolar conta com um público de ensino médio geral
e profissionalizante – Técnico Secretariado e Técnico Administrativo, com idade média entre 15 e 18
anos. Em primeiro momento, foram realizadas observações quanto ao cotidiano escolar e as aulas de
educação física, gerando questionamentos aos grupos dos alunos/as. Por exemplo: quando
questionados sobre o significado e quais os objetivos da educação física na escola, 5,3% dos alunos
não souberam responder, 35% afirmaram ser uma aula voltada para o esporte, 17% afirmaram ser
uma aula de descontração e 41% afirmaram ser uma aula voltada para atividade física, qualidade de
vida e saúde. Foi possível observar durante as aulas de Educação Física, a fragmentação do
conhecimento, a repetição dos conteúdos em diferentes níveis e séries, e principalmente a tendência
em desenvolver uma prática pedagógica voltada “ao fazer pelo fazer”, o que em parte não permitia
atingir os objetivos propostos numa perspectiva crítica de educação. Com isto, pode-se observar a
projeção de um antagonismo entre a relação teoria – prática, pois o processo fundamenta-se em um
pensamento criativo, em um ambiente aberto a novas experiências e reflexão (PALMA, 2001;
RESENDE, 1994). Neste sentido, em um segundo momento realizamos um planejamento, o qual
através de atividades corporais, buscou–se possibilitar aos jovens um processo reflexivo do seu
desenvolvimento da consciência corporal. Para isto, apoiou-se na concepção “crítico-emancipatória”
(KUNZ, 1996), a qual busca transformar, reproduzir, criar e instrumentalizar conhecimentos e ações,
visando a formação de cidadãos crítico-emancipatórios, que sejam capazes de transcender ao senso
comum”. Neste sentido, os estudos de Soares (1996) fortaleceram nossa prática de docência quando
nos esclarece que, como professores de educação física, podemos atualmente romper com a visão
tecnicista, sendo capazes de ensinar os conteúdos da área, valendo-se criativamente de suas
metodologias, a fim de transmitir e contribuir com a constituição de um patrimônio a ser tratado pela
escola: a cultura corporal, assim como Vago (1995) afirma, que a formação, deve estar aberta às
inúmeras possibilidades de expressão, sendo a educação física um saber passível de ensinar a
história do movimento dos seres humanos, estes como sujeitos sociais. Foi neste caminho, que
situamos a importância de apontar em conjunto com suas adversidades que o Ensino de Educação
Física contribui no processo de formação humana.
Palavras chave: Educação Física Escolar; Ensino; Formação.
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Utilização didática da história da ciência no ensino de física e a formação de
professores: uma análise das provas do ENADE para os cursos de licenciatura em
física
Luis Felipe Pikcius Bezerra de Siqueira-Universidade Federal do Paraná, Apoio : CNPQ – bolsa de
Iniciação Científica - PIBIC
Ivanilda Higa
Neste trabalho temos como objetivo realizar um estudo acerca a História da Ciência nas provas do
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). É indiscutível a necessidade de um bom
professor dominar o conteúdo a ser passado aos seus alunos, porém, acreditar que apenas com esse
conhecimento e com a vivência escolar passada como aluno ele será capaz de ministrar uma aula de
qualidade é um ato que acaba por negligenciar os saberes ligados à pesquisa educacional, à didática
e à pedagogia em geral, caindo assim nas chamadas “idéias de senso comum” (Carvalho e Gil,
1993). O uso da história da ciência no ensino de física tem sido bastante recomendada por
pesquisadores e professores dessa área, os quais dizem que o enfoque histórico pode trazer
contribuições diretas para o ensino de Física e como tal, deve ser também enfatizada na formação de
professores. Também a Portaria Inep nº 128 de 07 de agosto de 2008 recomenda que reconhecer as
relações do desenvolvimento histórico e conceitual da Física com outras áreas do saber, com as
diversas tecnologias e com diferentes instâncias sociais deve ser um atributo privilegiado pela prova.
Além disso, A formação em Física atualmente exige certa flexibilidade de currículo que segundo as
Diretrizes de Formação (MEC) para esses profissionais, deve ser oferecida de modo a ser
complementada com os chamados módulos seqüenciais, referentes à ênfase escolhida pelo
estudante, por isso analisamos também essas Diretrizes com relação a inserção da História da
Ciência na formação de professores. Nesse sentido, para que os professores possam utilizar-se
desse enfoque, é preciso que tenham uma formação que os habilite para tal. È nesse sentido que
realizamos um estudo acerca da presença da história da ciência nas questões do ENADE, por este
ser um instrumento de avaliação do estudante, futuro professor de física, e como parte de uma
avaliação institucional, tal exame pode ser um indutor das práticas na formação desses professores.
Buscamos informações a respeito de como é organizado o ENADE e qual o tipo de avaliação que ele
determina, além de discutirmos algumas visões sobre as influências do uso da História da Ciência na
aprendizagem da física. A partir de uma articulação entre as provas do ENADE para a licenciatura em
física e as diversas visões sobre a inserção de um enfoque histórico em ciências, fizemos uma
seleção de questões das provas de 2005 e 2008 do ENADE para os cursos de Licenciatura em
Física, visando analisar a presença ou não da história da ciência nessas questões, e a compreensão
dos diversos métodos de se utilizar esse tipo de enfoque no ensino de física. Das 50 questões
analisadas em cada prova (2005 e 2008), 6 traziam elementos da História da Física sendo que 2
dessas questões estavam na prova de 2005 e 4 na de 2008. Uma análise mais apurada destas
indicou que nem todas exigem conhecimento específico de História para serem respondidas.
Palavras-chave: história da ciência, formação de professores, ENADE, ensino de física.
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EIXO TEMÁTICO 8
ESPAÇOS ALTERNATIVOS DE ENSINO
E DE APRENDIZAGEM
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Escolarização Hospitalar: Um olhar diferenciado na práxis pedagógica
Luciane R. Santos Souza
[email protected]
O presente texto procura o situar o leitor sobre os caminhos da escolarização hospitalar no que
tange a sua implantação e a práxis pedagógica diária em uma das unidades conveniadas a
Secretaria do Estado da Educação do Paraná, refletindo o trabalho intenso e comprometido da
Equipe SAREH-Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar na unidade conveniada
APACN (Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia), que após período de
implantação do programa, conseguiu definir um plano pedagógico hospitalar, pautado na legislação
vigente e nos inúmeros limites e possibilidades encontradas durante este processo, onde a
perseverança e persistência são as armas deste programa contra o desânimo que se abate sobre
os alunos-pacientes. Será proposto uma viagem pela legislação que embasa a educação hospitalar,
a caminhada da política pública de implantação do programa Sareh até uma das unidades
conveniadas, o perfil do profissional atuante na classe hospitalar e algumas considerações sobre a
escolarização em ambiente hospitalar. Relatar-se-á, referências da prática pedagógica já vivenciada
satisfatoriamente, provocando o desenvolvimento de um novo olhar na compreensão da importância
deste espaço de escolarização, demonstrando a necessidade de sensibilizar-se, apoiar e investir
nesse processo de educação hospitalar diferenciado de grande importância para o resgate da
subjetividade e melhoria da saúde dos alunos-pacientes. Relatar essa realidade prática, suas
dificuldades e avanços, requer ter-se em mente um projeto político pedagógico, um projeto de
escola, um projeto de transformação social, de uma política pública comprometida com o sujeito
histórico, com o processo de inclusão calcada em mudanças sistêmicas, que tenham o alcance de
alternativas de sucesso pedagógico de nosso aluno, lá no chão da escola e que se reflete para o
ambiente hospitalar. Comprometer-se com o processo de inclusão é mais que comprometer-se com
o magistério, mas sim, querer ser o articulador e mediador da consciência social, suas mazelas,
preconceitos e barreiras.
Palavras chave: Política Pública, Escolarização, Hospital.
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Criação de histórias e a confecção dos personagens com uso de materiais recicláveis.
Autora: Margarete Schaffer
Instituição: Colégio Estadual Amâncio Moro - PR
E-mail: [email protected]
O presente trabalho teve a intenção de conscientizar os alunos do ensino fundamental, sobre a
importância da preservação e da recuperação do meio ambiente e dos recursos naturais que o
compõe, sendo estes os minerais, as plantas e os animais. O trabalho foi desenvolvido em duas
fases, uma de pesquisa na educação ambiental e outra de atividade prática e lúdica, onde os alunos
puderam desenvolver a criatividade, primeiro na forma escrita de uma pequena história e depois na
criação dos personagens para contar esta história. Os personagens adquiriram formas de fantoches
ou mesmo fantasias, como num verdadeiro teatro. A temática principal foi a seguinte: os seres
humanos precisam dos recursos naturais para sua sobrevivência, para poderem se alimentar
precisam extrair a energia das plantas; para se abrigar precisam transformar os materiais
encontrados na natureza em construções; para se locomover criam veículos diversos, portanto
devem estabelecer uma convivência harmoniosa com este meio ambiente que lhes dá a subsistência.
O uso inteligente e sustentável dos recursos naturais é o principal agente de preservação, porque os
materiais encontrados no meio ambiente são finitos e, portanto teremos que adotar uma consciência
de reaproveitar, de reduzir e de reciclar. Os humanos precisam cuidar para não poluir e extinguir os
recursos energéticos como a água, plantas, florestas e animais, bem como cuidar do ar e das rochas,
o ar é o oxigênio que respiramos, e as rochas com o passar do tempo se transformam em solos, que
dão suporte para as plantas. A reciclagem foi o tema das histórias, e a reutilização de embalagens
descartadas foi o recurso material utilizado para que as crianças pudessem contar suas histórias
sobre este tema tão pertinente aos dias atuais. Formados em equipes os alunos criaram suas
histórias, e estas aos poucos foram sendo incorporadas com personagens que adquiriram as mais
diversas formas. Com o uso e a transformação criativa de materiais recicláveis como caixas de
papelão, garrafas pet, latinhas, tampas, embalagens de isopor, tecidos, lãs coloridas, linha e cola;
estes materiais simples foram pouco a pouco se transformando em fantoches. A finalização do
trabalho se deu quando cada equipe contou sua história para os colegas, dando voz e vida aos seus
personagens em um palco criado com caixas de papelão e uma cortina de tecido. As histórias
abordaram o tema da motivação principal que foi: por que devemos preservar a natureza e os
recursos naturais? Os alunos ficaram motivados com o tema desde o início da pesquisa. Os
resultados finais foram surpreendentes, pois os alunos apresentaram idéias criativas em suas
histórias ao abordarem o tema proposto. Os objetos e os bonecos de fantoches criados pelos alunos
para demonstrar suas idéias, apresentaram formas interessantes e coloridas, e até mesmo
engraçadas. Alguns alunos optaram por incorporar os personagens de sua história com fantasias
feitas de materiais recicláveis, e se apresentaram no formato de teatro vivo para os colegas,
compondo inclusive com fundo musical. É importante que os professores possam programar e
proporcionar atividades criativas, que permitam aos seus alunos além de apreender conhecimentos,
fantasiar, criar e sonhar com um mundo melhor.
Palavras Chave: Preservação ambiental, histórias, personagens, materiais recicláveis, criatividade.
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Projeto de educação em saúde sobre pediculose e gastroenterites na infância aplicado
no cei - centro educacional infantil HC/UFPR pipa encantada
Fúlvia Fernandes Pereira Universidade Federal do Paraná UFPR
Isabel Talina F. F. Catraio Universidade Federal do Paraná UFPR
Vânia Carvalho de Oliveira Universidade Federal do Paraná UFPR
Israel Esteves Dias Universidade Federal do Paraná UFPR
[email protected];
[email protected];
[email protected];
[email protected];
Este trabalho foi apresentado à disciplina de Prática de ensino II, de licenciatura em enfermagem, e
teve como objetivo atingir o nível básico de educação em saúde para o público alvo crianças na faixa
etária de 0-03 anos (maternal, 29 alunos) e 04-06 anos (pré-38 alunos). Os temas abordados foram
pediculose e gastroenterite, uma vez que são situações cotidianas na faixa etária do público alvo e
causam afastamento das atividades das crianças. O trabalho aliou os significados já conhecidos para
fixar novos conhecimentos, instigando os sentidos da visão, audição, tato e olfato e a percepção
lúdica como reforço para fixação. O objetivo proposto foi relatar os principais aspectos da pediculose
e das gastroenterites na infância, o que é, sintomatologia, transmissão e prevenção e identificar a
mudança de comportamento por parte dos sujeitos, estimular o cuidado, quanto a prevenção das
doenças. Como metodologia, utilizamos diferentes materiais educativos como desenhos para colorir,
cartazes, pentes finos e folders para os pais; material lúdico e dramaturgo como fantoches para
teatro; e recursos audiovisuais como aparelho de som e power point. Para as crianças da faixa etária
citada, acreditamos que a metodologia utilizada foi a mais adequada, pois conseguiu prender a
atenção delas o tempo todo, em quatro atividades de pouca duração, de forma a prender a atenção
sem se tornar enfadonho para elas, e ser um dia diferente do qual vão recordar juntamente com as
instruções. Consideramos que a sequência das atividades foi útil para a fixação do conteúdo evitando
a repetição. O resultado foi satisfatório uma vez que ao final do processo as crianças referiam com
exatidão frases como: “Não pode colocar o dedo na boca”, “ Aprendi a lavar as mãos”, “ Tem que
lavar as frutas antes de comer”, “ os bichos que não dá pra ver são bactérias”. Houve a oportunidade
de esclarecer duvidas, dentre elas verificou-se a dúvida quanto ao nome do desenho que estavam
pintando (confundiram o piolho com o caranguejo). Constatamos então que as crianças são
excelentes em absorver, ótimos em praticar e peritos em multiplicar o conhecimento recebido aos
pais e colegas. A educação em saúde também não se limita quanto ao ambiente físico, ocorrendo
nas ruas, nas praças, no comércio, ou mesmo em instituições públicas ou privadas. Seja como for e
onde ocorrer, o enfermeiro deve ser um veículo eficaz na transmissão do conhecimento em saúde.
Palavras-chave: educação em saúde; enfermagem; educação.
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EIXO TEMÁTICO 9
EDUCAÇÃO E INVENÇÃO
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Capitalismo, trabalho e educação: uma tríade inerente
Everton Ribeiro (Eevee), Faculdade de Artes do Paraná – FAP
[email protected]
Com a concepção teórico-metodológica do materialismo histórico a educação passa a ser um direito,
torna-se um processo intencional com o ideal de fazer do indivíduo um membro da sociedade. Nesta
concepção, ainda, o trabalho era tido como uma atividade digna, contrariando os ideais da antiga
sociedade feudal. As relações sociais de produção são condutoras da sociedade e, sendo assim, a
educação, como esfera social, não pode ser concebida de forma dissociada de todo o processo das
relações sociais, já que o próprio conteúdo ensinado na escola, nos grupos sociais e meios de
comunicação, é conseqüência destas relações. As condições de funcionamento do mercado
capitalista, através das crises econômicas, da autonomia da máquina, do avanço tecnológico como
potência máxima para a exploração da força de trabalho, determinam intrinsecamente o sistema
educacional. Atualmente, a educação tida como um bem de produção transformou o processo de
ensino-aprendizagem num reflexo do plano econômico, numa concepção produtivista. Com o
desemprego estrutural, as perspectivas da educação básica se transformaram na busca da formação
do profissional qualificado, dotado de habilidades inerentes ao mundo do trabalho, pela busca
daquele que produz de forma “perfeita”. Estas habilidades deram o surgimento à chamada
empregabilidade que, segundo Frigotto, por conseqüência da globalização, só não encontra emprego
aquele que é incompetente, que está excluído das exigências do mercado de trabalho. A própria
universalização do ensino fundamental nos princípios da eficiência, eqüidade e qualidade, denota o
quanto a competitividade do mercado de trabalho está instaurada na educação escolar. Para que a
escola pública se transformasse numa instituição competitiva, ela precisaria nivelar o ensino por cima,
o que iria contra o princípio de acesso à educação. Desta forma, isto abriu margem ao bem público
ser considerado um fracasso e permitiu à iniciativa privada, regida pelas leis de mercado, desenvolver
a educação para o progresso, conforme constatado por Libâneo. O trabalhador polivalente é aquele
que deve ser formado na escola. É aquele que acompanha o avanço científico e tecnológico e que se
permite a um contínuo processo de aprendizagem. Estas habilidades, de acordo com a perspectiva
social, não devem ser vistas apenas como parâmetro de uma qualidade economicista, mas de
inclusão daqueles que não tem as mesmas possibilidades de vida digna, de acesso às
transformações contemporâneas. A orientação trazida pelo Banco Mundial de “educar para produzir
mais e melhor” (LIBÂNEO, 2003, p. 95) deve ser tomada como parcial no tocante aos princípios
norteadores da educação na contemporaneidade. É lógico que não há como desvincular a formação
escolar do processo produtivo, porém não se pode ignorar quão é a importância do aluno ter uma
formação cidadã crítica e participativa. A formação de valores é aquela que dará ao aluno o mínimo
de possibilidade de conhecer a si mesmo, de tentar e errar. Afinal, a busca incessante pela qualidade
tem sido tão esmagadora que relega os mais inseguros de seu conhecimento de nem ao menos
tentarem, o que se torna muito insensato num espaço, como a escola, em que se espera do aluno a
disponibilidade para aprender.
Palavras-chave: capitalismo, trabalho, educação, escola.
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