INTERCORRENCIAS CIRÚRGICAS

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INTERCORRENCIAS CIRÚRGICAS
CENTRO EDUCACIONAL DE NITERÓI - CEN
Disciplina: Intercorrências Cirúrgicas
Docente: Enfermeiro Daniel Pires.
Discente: ___________________________________________________________________
Data das Aulas: _____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Data das Avaliações: _________________________________________________________
___________________________________________________________________________
"Nem olhos virão, nem ouvidos ouviram e nem chegou ao coração do
homem o que Deus tem preparado para você, que o ama." (1 Co 2.9)
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CURSO: Técnico em Enfermagem
DOCENTE: Enfº Daniel Pires
DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
EMENTA:
1. Cirurgia e Enfermagem
 Histórico
 Cirurgias ambulatoriais
 O papel da Enfermagem Cirúrgica
 Finalidade do Centro Cirúrgico
 A Importância do Centro Cirúrgico
2. Unidade de Clínica Cirúrgica
 Estrutura Física
 Recursos Humanos
3. O Centro Cirúrgico
 Estrutura Física
 Equipamentos Básicos
 Áreas: Restrita, Semirrestrita e Não Restrita
 Recursos Humanos
 Unidade de Cirurgia Ambulatorial
4. O Centro de Material e Esterilização
 Estrutura Física
 Recursos Humanos
5. Sala de Recuperação Pós-Anestésica
 Estrutura Física
 Equipamentos Básicos
 Equipamentos de Suporte Respiratório
 Equipamento de Suporte Cardiovascular
 Recursos Humanos
6. Classificação das Cirurgias
 Momento de Realização
 Finalidade
 Potencial de Contaminação
7. Terminologia Médico-Cirúrgica
8. Pré-Operatório
 Pré-Operatório Mediato e Imediato
 Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório
 Acolhimento Humanizado do Paciente
 Orientações no Pré-Operatório
 Preparo do Paciente
 Exigências Legais para o Profissional de Saúde e de Enfermagem
 Biossegurança - Trabalhadores e Pacientes
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
INTRODUÇÃO AO CENTRO CIRÚRGICO:
O Centro Cirúrgico pode ser considerado
uma das unidades mais complexas do hospital
pela sua especialidade, pela presença constante
de estresse e pela grande possibilidade de risco à
saúde que os pacientes são submetidos na
intervenção cirúrgica.
O Centro Cirúrgico é definido como um
conjunto de elementos destinados às atividades
cirúrgicas, bem como a Recuperação Anestésica,
e pode ser considerada uma organização
complexa devido às suas características e
assistência especializada.
Finalidades do Centro Cirúrgico:
 Realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes as suas unidades de origem
nas melhores condições possíveis de integridade.
 Servir de campo de estágio para formação, treinamento e desenvolvimento de recursos
humanos.
 Servir de local para desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o
desenvolvimento científico e especialmente para o aprimoramento de novas técnicas
cirúrgicas e assepsia.
O Papel da Enfermagem Cirúrgica:
Também conhecida como Perioperatória.
A Enfermagem Perioperatória sofreu forte
influência da Association of Perioperative Registered
Nurses (APRN), que unificou os enfermeiros dessa
especialidade e criou padrões para o cuidado com os
pacientes cirúrgicos.
No Brasil, existe a Sociedade Brasileira de
Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação
Anestésica e Centro de Material e Esterilização
(SOBECC).
A Enfermagem Cirúrgica é constituída pelos
cuidados de enfermagem prestados ao paciente nos
períodos:
 Pré-Operatório
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 Trans-Operatório
 Pós-Operatório.
Os cuidados prestados pela Enfermagem Cirúrgica, visam dar maior conforto e
segurança ao cliente / paciente, minimizar os riscos cirúrgicos e contribuir para sua pronta
recuperação, possibilitando assim que ele se reintegre rapidamente a sua família e a
sociedade.
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A UNIDADE DE CLÍNICA CIRÚRGICA:
É o local em que o cliente / paciente fica alojado antes e após a cirurgia.
Estrutura Física:
 Quartos:
Destinados aos clientes / pacientes com indicações cirúrgicas. Os quartos
podem ser: Privativos (quando utilizado possui somente um leito de internação);
Semiprivativos (quando possui dois leitos de internação) e Enfermaria (quando possui
três ou mais leitos de internação).
 Posto ou Área de Enfermagem:
Local onde a Enfermagem realiza suas funções administrativas. O ideal é que
fique no meio (centro) dos quartos para melhor dirigir-se aos clientes / pacientes,
quando necessário.
 Sala de Serviço:
Sala onde ficam armazenados os medicamentos e materiais de uso da
Enfermagem, é fundamental ter um balcão e uma pia para o preparo da medicação, e é
muito comum ser colado ao Posto de Enfermagem.
 Sala de Prescrição Médica:
 Sala de Utilidades:
Usado para guarda de materiais.
 Expurgo:
Sala de limpeza e desinfecção de materiais contaminados.
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 Sala para Material de Limpeza:
Guarda todo material de limpeza e deve ter um tanque grande, para que a
equipe da limpeza pegue água e lave seus materiais.
 Sanitários:
Masculino e Feminino individuais.
 Rouparia:
Local de guardar as roupas limpas, as vezes, guardadas em armários nos
corredores.
Recursos Humanos:

Equipe Médica:
Composta por médicos-cirurgiões de todas as especialidades, anestesiologistas
e médicos clínicos. Eles são responsáveis legais pela internação e pelo tratamento dos
pacientes.
Algumas unidades hospitalares possuem médicos fixos e não permitem que
médicos de fora faça internação de pacientes e também não permite que estes usem o
espaço físico do hospital para atuar particularmente, neste caso dizemos que este é um
hospital que possui seu Corpo Clínico Fechado. Caso o hospital permite que médicos
de fora do seu grupo de trabalho, faça internações e use o espaço físico do hospital,
dizemos que este hospital possui seu Corpo Clínico Aberto.

Equipe de Nutrição e Dietética:
Formado por um ou mais nutricionista (nutrólogo), por copeiros, cozinheiros e
auxiliares de cozinha. Geralmente atuam numa área fora da Unidade de Centro
Cirúrgico.

Fisioterapeutas:
Cuidam da parte respiratória e da mobilização dos pacientes.
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
Equipe de Limpeza:

Equipe de Enfermagem:
Na Unidade de Clínica Cirúrgica os cuidados de enfermagem estão voltados
para os indivíduos e não para a enfermidade ou cirurgia, promovendo a humanização
efetiva do atendimento.
A equipe é composta por:
-- Enfermeiro Chefe da Unidade
-- Enfermeiro Plantonista
-- Técnico em Enfermagem
-- Auxiliar de Enfermagem
-- Secretária de Unidade, sendo que esta não faz parte de uma categoria
de enfermagem, mas está subordinada diretamente ao Enfermeiro
Plantonista, por isso, acaba entrando no quadro.
Enfermeiro Chefe da Unidade:
Responsável pela direção da unidade no ponto de vista da enfermagem. Ele precisa
avaliar as necessidades, elaborar um plano de trabalho em conjunto com a equipe, cumprir e
fazer cumprir o programa planejado, avaliando em conjunto com o grupo os resultados
traçados.
Fica também sob sua responsabilidade, avaliar o desempenho de seus funcionários e
apartir daí promover a educação em serviço.
Em geral, esse profissional é o mais experiente que os enfermeiros de turno, por isso é
seu dever auxiliar os colegas.
Enfermeiros Plantonista:
Presta assistência de enfermagem a clientes / pacientes e trabalha como diarista ou
plantonista. Esse profissional responde pela enfermagem da unidade que trabalha durante o
seu turno de trabalho.
O enfermeiro acompanha a visita médica e também os outros profissionais da equipe
de saúde, fornecendo sempre o necessário, as informações sobre o estado do cliente / paciente.
Técnico em Enfermagem / Auxiliar de Enfermagem:
Em UCC cujos pacientes exijam cuidados intensivos, como pacientes de cirurgia
cardíaca, legalmente, o técnico deve prestar assistência juntamente com um enfermeiro. Esse
profissional recebe o plantão com o restante da equipe, ajuda a levantar as necessidades dos
clientes / pacientes, colaborando com o enfermeiro na elaboração do plano de assistência.
Entre suas atribuições temos:
 Prestar assistência de enfermagem de acordo com o plano estabelecido,
comunicando ao enfermeiro as alterações do estado geral do paciente que tenha
observado.
 Orientar pacientes e familiares, atendendo às solicitações que estiverem ao seu
alcance e encaminhar as demais ao enfermeiro.
 Ajudar na elaboração do pedido semanal do material de consumo e no controle
dos equipamentos.
 Identificar e comunicar ao enfermeiro as possíveis demandas de reparos e
manutenção dos equipamentos.
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 Receber os pacientes admitidos, preparando-os para cirurgia e exames.
 Anotar todos os cuidados realizados e as intercorrências.
Secretário de Unidade:
Responsável por todo o processo burocrático.
 Fazer pedidos de farmácia e almoxarifado.
 Receber, conferir e guardar o material requisitado.
 Nos casos de prontuário não eletrônico, receber os exames, anexando-os no
prontuário.
 Manter o estoque de impressos.
 Registrar dados para fim estatísticos junto com a enfermagem.
 Atender telefonemas e o público, desempenhando a função de recepção.
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O CENTRO CIRÚRGICO:
O Centro Cirúrgico deve ter uma infraestrutura adequada para oferecer maior
segurança e conforto não só ao cliente / paciente, mas também as equipes que aí trabalham, o
que, certamente, contribui para o êxito da cirurgia.
O Centro Cirúrgico deve estar situado em local livre do trânsito de pessoas e de
materiais estranhos ao serviço, pois constitui uma área onde, segundo o Ministério da Saúde:
"Existe risco aumentado de transmissão de infecção, se realizam procedimentos de
risco e onde se encontram pacientes com o sistema imunológico deprimidos."
Ao Centro Cirúrgico chegam clientes / pacientes provenientes das várias unidades:
 Clínica Cirúrgica
 Clínica Médica
 Emergência
 Ambulatório
 Terapia Intensiva
 dentre outros.
E por receber pacientes de várias unidades, é necessário que o acesso seja fácil e que
haja comunicação direta com os setores de apoio, sendo os principais:
 Banco de Sangue
 Anatomia Patológica
 Serviço de Diagnóstico Por Imagem
 Lavanderia
 Almoxarifado
 Centro de Material
 dentre outros.
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Estrutura Física:
Este ambiente precisa possuir canalização de:
 Água Fria
 Água Quente
 Oxigênio (O2)
 Óxido Nitroso
 Ar Comprimido
As dependências Básicas são:
o Vestiário:
Masculino e Feminino, deve localizar-se na entrada do Centro Cirúrgico, de
modo que, os profissionais e as pessoas que venham da circulação externa só
possam entrar na unidade por intermédio deles.
o Secretaria:
Local onde é feito a comunicação interna e externa do Centro Cirúrgico.
o Posto ou Área de Enfermagem
o Área de Recepção e Transferência:
Local onde o paciente é transferido da maca em que
chegou para a maca privativa do Centro Cirúrgico.
o Lavabos:
São tanques, onde a equipe cirúrgica realiza a
degermação das mãos e dos antebraços antes da cirurgia.
o Corredores:
Precisam ser amplos com no mínimo um espaço que
possa passar ao mesmo tempo duas macas.
o Sala de Guarda de Medicamentos e Materiais Estéreis
Descartáveis:
o Sala de Material Esterilizado:
Nesta sala é guardado pacotes de gazes, bandejas com instrumental cirúrgico e
outros.
o Rouparia:
Local de armazenamento de roupa limpa não estéril.
o Área de Apoio:
-- Sala de Guarda de Aparelhos e Equipamentos
-- Sala de guarda do Material Anestésico
-- Sala de Depósito de Cilindros de Gases
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-- Expurgo: Local de desprezo de secreções e sangue e onde lavam-se os
frascos dos aspiradores e outros utensílios.
-- Sala de Estar
-- Sala de Espera para Acompanhantes
o Sala de Recuperação Pós-Anestésica
o Sala de Operação ou de Cirurgia
Área destinada à realização de intervenções cirúrgicas e endoscópicas. O
número de salas cirúrgicas para a unidade de centro cirúrgico é quantificado com
base na capacidade de leitos. Preconiza-se duas salas para cada 50 leitos não
especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos. Ao planejar a sala de cirurgia
alguns requisitos deve ser observados para facilitar a dinâmica de funcionamento
e aumentar a segurança dos pacientes e equipe.
O tamanho da sala varia de acordo a especialidade que ela é destinada, onde é
observado a quantidade de equipamentos e a quantidade de profissionais
necessários para a realização da cirurgia.
As paredes devem ter os cantos arredondados em todas as junções, no intento
de facilitar a limpeza, deve ser revestido de material resistente, mas que seja
resistente e fácil para lavar. Quanto a cor, deve ser neutra, suave e fosca para que
não emita reflexos luminosos.
As janelas deve estar localizada de modo a permitir a entrada de luz natural em
todo o ambiente, ser do tipo basculante, provida de vidro fosco telada.
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Equipamentos Básicos de Uma Sala de Operação - SO:

Itens Fixos:
 Ar Comprimido
 Vácuo
canalizados
 O2
 Óxido Nitroso
 Tomadas de 110 e 220 volts
 Foco Central
 Ar Condicionado
 Negatoscópio

Itens Móveis:
 Mesa Cirúrgica provida de:
o colchonete de espuma
o perneiras
o suporte de ombro
 Mesas Auxiliares, Ex.: Mesa de Mayo.
 Suportes:
o Soro
o Hamper
 Aparelho de Anestesia
 Esfigmomanômetro
 Estetoscópio
 Oxímetro de Pulso
 Monitor Cardíaco
 Carro de Materiais de Consumo
 Baldes para Lixo, preferência, com
rodas.
 Foco Auxiliar
 Aparelho de Eletrocautério
 Aspirador Elétrico
 Bancos Giratórios, mínimo dois.
 Coxins
 Escada de dois degraus.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Áreas Cirúrgicas:
 Área Restrita:
Sala de Operação e Lavabos.
Nesses locais, a circulação de pessoas e materiais deve ser somente o necessário.
 Área Semirrestrita:
Corredores, Sala de Guarda de Materiais e Recepção do Paciente.
 Área Não Restrita ou Irrestrita:
Permitida livre circulação.
Recursos Humanos:
 Equipe de Anestesia
 Equipe Cirúrgica
 Equipe de Limpeza
 Equipe de Enfermagem
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Enfermeiro:
Assume a função de Enfermeiro Assistencial e é o responsável por todos os cuidados
de enfermagem a serem dispensados aos pacientes submetidos a uma interverção cirúrgica.
Técnico em Enfermagem:
Trabalha diretamente com o Enfermeiro Assistencial, ajudando na prevenção e no
controle formal dos riscos físicos que possam ocorrer com os clientes / pacientes.
Atua na manutenção dos aparelhos e equipamentos, no controle do prazo de validade
dos materiais submetidos a esterilização e na identificação e no encaminhamento das peças
cirúrgicas aos laboratórios.
Participar dos programas de treinamento oferecidos pela instituição.
Quando a função de instrumentador cirúrgico for desenvolvida por funcionário da
instituição hospitalar, o ideal é que seja um técnico de enfermagem especializado em
instrumentação cirúrgica.
Tudo isso além de realizar o cuidado direto com o paciente.
Unidade de Cirurgia Ambulatorial:
Deve-se localizar em área de pouca circulação de pessoal e possuir, inclusive, um local
diferente para lavagem, acondicionamento e encaminhamento do material a ser esterilizado.
O paciente ingressa nessa unidade pela área de recepção e secretaria e recebe o
primeiro atendimento na sala de enfermagem. Após o atendimento, é encaminhado ao
vestiário específico para trocar de roupa e colar uma camisola, gorro e propés. Do vestiário o
cliente / paciente é conduzido para a sala de operações. Terminando o procedimento, o cliente
/ paciente e conduzido a sala de recuperação Pós-Anestésica. Uma vez em condições, vai para
a sala de atendimento da enfermagem e volta para a área de recepção e secretaria, para ser
liberado para sua residência.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
A maioria dos hospitais possui um Centro de Material e Esterilização (CME ou
CEMAT) ligados ao Centro Cirúrgico.
O CME é um conjunto de áreas destinadas a:
 Recepção
 Limpeza
 Secagem
 Preparo
 Desinfecção ou Esterilização
 Guarda
 Distribuição
Estrutura Física:
A localização ideal do CME no hospital, deve ser próxima aos centros fornecedores e
consumidores.
Centros Fornecedores: Almoxarifado e Lavanderia.
Centros Consumidores: Centro Cirúrgico (maior consumidor), Centro Obstétrico,
Unidade de Terapia Intensiva, Pronto Socorro, dentre outros.
OBS.: Caso não seja possível contar com a localização ideal, torna-se necessário
providenciar transporte e comunicação fácil com essas unidades.
Independente do seu tamanho, o CME deve ser separado em duas partes:
o Suja: Recepção, Separação e Limpeza de Artigos.
o Limpa: Armazenamento e Distribuição.
O CME também pode ser divididos por áreas, sendo estas:
 Área para Recepção, Separação e Limpeza de Artigos.
 Áreas Fundamentais:
Recepção de Roupas Limpas
Preparo de Artigos e Roupas Limpas
Esterilização e Desinfecção
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Sala de Armazenagem e Distribuição de Artigos
 Ambientes de Apoio
Sala Administrativa
Almoxarifado ou Sala de Reserva
Vestiário Masculino e Feminino
Sala de Estar
Depósito de Material de Limpeza
Recursos Humanos:
O CME é o único setor do hospital onde rotineiramente trabalham apenas os
integrantes da equipe de enfermagem. Embora não faça parte dessa equipe, um profissional
subordinado ao enfermeiro é o auxiliar administrativo.
 Enfermeiro:
É quem exerce a função de chefe do setor. Nessa condição possui uma série de
atribuições e responsabilidades, dentre as quais destaca-se:
o Descrever as atribuições e responsabilidade de cada integrante da
equipe
o Planejar, coordenar e implementar rotinas para a realização dos
processos de limpeza, preparo, esterilização, armazenagem e
distribuição dos artigos.
o Prover o setor de recursos humanos e materiais, de modo a atender as
necessidades do setor.
o Realizar os testes necessários e emitir parecer técnico para a compra de
equipamentos necessários ao bom funcionamento do setor.
o Supervisionar e controlar as atividades realizadas em cada área do setor.
o Fazer parte da CCIH.
o Estabelecer uma rotina de manutenção preventiva dos equipamentos do
setor.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
o Planejar e realizar programas de treinamento e educação continuada.
o Prevenir riscos de acidentes de trabalho.
 Técnico em Enfermagem:
o Realizar limpeza, preparo e a esterilização, o armazenamento e a
distribuição dos artigos.
o Preparar as caixas de instrumental cirúrgico de acordo com a listagem.
o Receber, conferir e preparar artigos que tenham sido consignados.
o Fazer a leitura dos indicativos biológicos conforme a rotina da
instituição.
o Monitorar a qualidade da esterilização da cada carga ou lote.
o Prepara os carros para a cirurgia.
o Limpar, desinfetar e/ ou esterilizar artigos endoscópicos em geral.
o Listar e encaminhar artigos e instrumental cirúrgico para conserto.
o Receber e limpar os artigos.
o Receber roupas limpas e preparar os pacotes de roupa para
esterilização.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA:
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) é o local devidamente projetada e
equipado para receber o paciente que foi submetido a um procedimento anestésico-cirúrgico.
Nesta sala, o cliente / paciente fica em observação até recuperar a consciência e ter os sinais
vitais estabelecidos.
Uma equipe de profissionais presta os cuidados que o estado do paciente exige,
previne complicações e é capaz de realizar pronto atendimento, caso haja necessidade, uma
vez que 1/3 das complicações relacionadas a anestesia desenvolvem-se na SRPA e os outros
2/3 começam na sala de operações e persistem na SRPA.
Estrutura Física:
O ideal é que fique próxima das salas de operação e tenha um leito para cada uma das
salas cirúrgicas, além de um leito extra.
A planta física pode ter formatos variados, mas geralmente é retangular, por ser o que
melhor acomoda os leitos.
As paredes devem ser pintadas com tinta lavável, de cores suaves e agradáveis, o piso
precisa ser revestido de material lavável. As portas devem ser largas para permitir a passagem
fácil de camas, macas e equipamentos. A iluminação recomendada é a luz fria (lâmpada
fluorescente) porque permite avaliar melhor a coloração da pele do cliente / paciente.
A temperatura interna é controlada artificialmente.
Precisa ser dotada de O2, Ar Comprimido e Vácuo canalizado.
A SRPA deve ter um posto de enfermagem, que deve ficar no centro da sala, em frente
aos leitos, para permitir que a equipe visualize todos os clientes / pacientes.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Equipamentos Básicos da SRPA:









O2
Ar Comprimido
Vácuo
Foco de Luz
Tomadas 110 e 220 volts
Monitor Cardíaco
Oxímetro de Pulso
Estetoscópio
Esfigmomanômetro
Equipamentos de Suporte Respiratório:







Ventiladores Mecânicos
Capnógrafo
Máscaras e Cateteres de O2
Sonda de Aspiração
Cilindros de O2 e Ar Comprimido
Aspirador Elétrico
Carrinho de Emergência, com material de:
o Intubação Orotraqueal
o Intubação Nasotraqueal
o Cabos de laringoscópio com lâminas
o Cânulas de Intubação
o Sondas de Aspiração
o Circuito Intermediário
o Fio Guia
o Ambú
o Máscara Facial de Ventilação Não Invasiva
Equipamentos de Suporte Cardiovascular:










Eletrocardiórafo
Desfibrilador Cardíaco
Bomba de Infusão
Equipos de Soro
Equipos de Hemotransfusão
Equipos para Medida de Pressão Venosa Central
Aparelho para Medida de PVC
Cateteres, Seringas e Agulhas
Soluções Venosas
Medicações de Reanimação e Rotineiras.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Outros Materiais:














Bandejas de Cateterismo Vesical
Sondas Vesicais de Demora e o Sistema de Drenagem
Caixa de Pequena Cirurgia
Pacotes de Curativos
Bolsas Coletoras para Drenos e Ostomias
Gazes estéril e não estéril
Algodão bola
Adesivos
Termômetro
Talas para Imobilização de Membros
Medicamentos
Cobertores
Manta Térmica
Travesseiros e Almofadas.
Recursos Humanos:
A assistência ao cliente / paciente na SRPA está sob a responsabilidade da equipe
médica, especialmente de anestesiologistas e da equipe de enfermagem. Considerando que os
pacientes que aí se encontram requerem cuidados de alta complexidade.
 Enfermeiro Coordenador:
A maior parte administrativa é feira por este profissional, onde na maioria das
vezes é o mesmo Enfermeiro Coordenador do Centro Cirúrgico.
 Enfermeiro Assistencial:
É essencial que tenha especialização nesta área.
Este profissional possui atribuições técnicas, como:
o Orientar a equipe durante o preparo da unidade para recebimento do
cliente / paciente pós-operatório.
o Elaborar o plano de cuidado.
o Implementar a execução do plano de cuidado.
o Supervisionar os cuidados de enfermagem prestados pela equipe.
 Técnico em Enfermagem:
o Preparar sob a orientação do enfermeiro a cama ou unidade do paciente
de acordo a cirurgia, a anestesia e o estado do paciente.
o Admitir o cliente / paciente em recuperação em conjunto com o
enfermeiro.
o Prestar os cuidados de enfermagem com o cliente / paciente.
o Avaliar o estado do paciente, utilizando o índice de Aldrete e Kroulik.
o Comunicar ao enfermeiro as condições do cliente / paciente.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
As cirurgias podem ser classificadas de acordo com o momento em que serão
realizadas, conforme sua finalidade e também de acordo com o potencial de contaminação.
Quanto a Urgência:
 Cirurgia Eletiva:
Quando pode ser programada.
 Cirurgia de Urgência:
Precisa ser realizada rapidamente, mas dá tempo de preparar o paciente para a
intercorrência cirúrgica. Pode aguardar de 24 a 48 horas.
 Cirurgia de Emergência:
Precisa ser feita rapidamente, mesmo sem preparo cirúrgico.
OBS.: é interessante salientar que uma mesma cirurgia pode ser eletiva, de urgência e
emergência, dependendo da situação que esteja.
Quanto a Finalidade:
 Cirurgia Curativa:
Objetivo de extirpar ou corrigir a causa da doença, para essa finalidade, as
vezes, é retirado parcial ou total um órgão ou membro.
Ex.: Apendicectomia.
 Cirurgia Paliativa:
Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal, mas
não cura a doença.
Ex.: Gastrostomia.
 Cirurgia Diagnóstica:
Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença.
Ex.: Laparotomia exploradora.
 Cirurgia Reparadora:
Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou
traumatismo.
Ex.: Enxerto de pele em queimados.
 Cirurgia Reconstrutora / Cosmética / Plástica:
Realizada com objetivos estéticos ou reparadores, para fins de embelezamento.
Ex.: Rinoplastia, mamoplastia.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Quanto ao Porte Cirúrgico:

Grande Porte:
Com grande probabilidade de perda de fuido e sangue.
Ex.: Cirurgias de emergência, vasculares arteriais, prótese de quadril.

Médio Porte:
Com média probabilidade de perda de fluido e sangue.
Ex.: Cabeça e pescoço.

Pequeno Porte:
Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue.
Ex.: Mamoplastia e Endoscopia.
Quanto a Duração da Cirurgia:
 Porte I:
Com tempo de duração de até 2 horas. Ex.: Rinoplastia.
 Porte II:
Cirurgias que duram de 2 a 4 horas. Ex.: Colecistectomia, Gastrectomia.
 Porte III:
Cirurgias que duram de 4 a 6 horas de duração. Ex.: Craniotomia.
 Porte IV:
Duração acima de 6 horas. Ex.: Transplante de Fígado.
Quanto ao Potencial de Contaminação:
 Cirurgia Limpa:
É uma cirurgia eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não
traumática.
Realizada em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias que não ocorreram penetrações nos
tratos digestivo, respiratório ou urinário;
Ex.: Mamoplastia.
 Cirurgia Potencialmente Contaminada:
Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em
tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e
com falha técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta
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enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiração ou
urinário sem contaminação significativa.
Ex.: Colecistectomia com colangiografia.
 Cirurgia Contaminada:
Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados,
colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou
impossível, presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda
intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo.
Ex.: Colectomia.
 Cirurgia Infectada:
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer órgão com
presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e
feridas de origem suja.
Ex.: Cirurgia de reto e ânus com secreção purulenta.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
TERMINOLOGIA MÉDICO - CIRÚRGICA
Para que os profissionais de saúde possam se comunicar
entre si, de maneira mais fácil, foi criada uma terminologia
específica.
A Terminologia Médico - Cirúrgica, tem por objetivo
padronizar a utilização de termos que sejam do conhecimento
coletivo, de forma a possibilitar melhor entendimento entre as
pessoas que os utilizam.
PRIMEIRO
ELEMENTO DA
COMPOSIÇÃO
Adeno Angio Arterio Artro Blefaro Cardio Cefalo Cisto Colecisto Colo Colpo Entero Espleno Flebo Gastro Hepato Histero Laparo Laringo Masto Meningo Nefro Neuro Oftalmo Ooforo Orqui Osteo Oto Procto Rino Salpingo Traqueo -
SIGNIFICADO
Glandula
Vaso
Artérias
Articulação
Pálpebra
Coração
Cabeça
Bexiga
Vesícula
Cólon
Vagina
Intestino
Baço
Veia
Estômago
Fígado
Útero
Cavidade Abdominal
Laringe
Mamas
Meninges
Rim
Nervo
Olho
Ovário
Testículo
Osso
Ouvido
Reto
Nariz
Trompa
Traqueal
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
SEGUNDO
SIGNIFICADO
ELEMENTO DA
COMPOSIÇÃO
- algia / algo
- cele
- centese
- ectomia
- oma
- pexia
- plastia
- rafia
- scopia
- stomia
- tomia
Dor
Tumor, hérnia
Punção, orifício
Remoção parcial ou total
Tumor
Fixação de um órgão
Reconstituição de uma parte do corpo
Sutura
Ato de ver, observar.
Comunicação entre dois órgãos ocos ou entre um órgão e a pele
Corte
Procedimentos Cirúrgicos em que o Segundo Elemento é: octomia (remoção):
PROCEDIMENTOS
Adenoamigdalectomia
Apendicectomia
Cistectomia
Colecistectomia
Colectomia
Embolectomia
Esofagectomia
Esplenectomia
Facectomia
Gastrectomia
Hemorroidectomia
Hepatotectomia
Histerectomia
Laminectomia
Lobectomia
Mastectomia
Miomectomia
Nefrectomia
Ooforectomia
Pancreatectomia
Pneumectomia
Postectomia
Prostatectomia
Retossigmoidectomia
Safenectomia
Salpingectomia
Simpatectomia
Tireoidectomia
REMOÇÃO DE:
Adenoides e das amígdalas
Apêndice
Bexiga
Vesícula Biliar
Cólon
Êmbolo
Esôfago
Baço
Cristalino
Estômago
Hemorróidas
Parte do fígado
Útero
Lâmina vertebal
Lobo de um órgão
Mama
Mioma
Rim
Ovário
Pâncreas
Pulmão
Pele do prepúcio para expor a glande
Próstata
Reto e sigmoide
Veia Safena
Trompa
Segmentos selecionados do SN Simpático
Tireóide
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Cirurgias de Fixação, terminadas em pexia.
PROCEDIMENTOS
Cistopexia
Histeropexia
Nefropexia
Retinoplexia
Orquiopexia ou orquidopexia
FIXAÇÃO DE:
Bexiga
Útero
Rim
Retina
Testículo
Cirurgias de Reconstituição, terminadas em plastia.
PROCEDIMENTO
Blefaroplastia
Mamoplastia
Perioplastia
Piloroplastia
Queiloplastia
Rinoplastia
Ritidoplastia
Salpingoplastia
RECOSTITUIÇÃO DE:
Pálpebra
Mama
Períneo
Piloro
Lábio
Nariz
Face
Trompa
Procedimentos de Sutura, terminados em rafia.
PROCEDIMENTO
Blefarorrafia
Colporrafia
Gastrorrafia
Herniorrafia
Osteorrafia
Palatorrafia
Perineorrafia
Tenorrafia
SUTURA DE:
Pálpebra
Vagina
Estômago
Hérnia
Osso
Fenda Palatina
Períneo
Tendão
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Procedimentos de Observação, terminados em scopia.
PROCEDIMENTOS
Artroscopia
Broncoscopia
Cistoscopia
Colonoscopia
Colposcopia
Endoscopia
Esofagoscopia
Gastroscopia
Laringoscopia
Laparoscopia
Retossigmoidoscopia
Ureteroscopia
Uretroscopia
OBSERVAÇÃO DE:
Articulação
Brônquios
Bexiga
Cólon
Vagina
Órgãos Internos
Esôfago
Estômago
Laringe
Cavidade Abdominal
Reto e Sigmóide
Ureter
Uretra
Procedimentos de Comunicação com a Pele, terminados em stomia.
PROCEDIMENTOS
Cistostomia
Colostomia
Gastrostomia
Jejunostomia
Traqueostomia
ÓRGÃO EM
COMUNICAÇÃO
COM A PELE
Bexiga
Cólon
Estômago
Jejuno
Traquéia
Procedimentos Cirúrgicos terminados em tomia (Corte).
PROCEDIMENTOS
Episiotomia
Laparotomia
Toracotomia
Traqueotomia
Ureterotomia
Vasectomia
CORTE DA (O)
Vulva
Abdomen
Tórax
Traquéia
Ureter
Canal deferente
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Termos Cirúrgicos que NÃO seguem as Normas:
TERMO
Amputação
Anastomose
Artrodese
Biópsia
Cauterização
Cesariana
Circuncisão
Cistocele
Curetagem Uterina
Deiscência
Dissecção
Diverticulo
Enxerto
Evisceração
Exérese
Fístula
Hérnia
Incisão
Litíase
Paracentese
Prolapso
Ptose
Ressecção
Retocele
Toracocentese
Varicocele
SIGNIFICADO
Remoção total ou parcial de uma parte do corpo
Conexão de dois órgãos tubulares, geralmente por sutura.
Fixação cirúrgica das articulações.
Remoção de um tecido vivo para exame.
Destruição de tecido por meio de agente cáustico ou de calor, através do
bisturi elétrico, por exemplo.
Retirada do feto através de incisão na parede abdominal do útero.
Ressecção da pele do prepúcio que cobre a glande.
Hérnia de bexiga por defeito da musculatura do períneo.
Raspagem e remoção do conteúdo uterino.
Separação de bordas previamente suturadas de uma ferida.
Corte e separação de tecidos do corpo.
Abertura no formato de bolsa em um órgão com a forma de saco ou de tubo.
Inserção de material autógeno, homólogo, heterólogo ou sintético para
correção de defeito em tecido ou órgão.
Saída de víscera de sua cavidade.
Extirpação cirúrgica total ou parcial de um segmento corpóreo.
Passagem anormal que liga um órgão, uma cavidade ou um abscesso a uma
superfície interna ou externa do corpo.
Saída total ou parcial de um órgão do espaço que normalmente contém.
Corte.
Cálculo.
Denominação genérica de punção para esvaziamento de cavidade.
Queda do órgão, especialmente quando este surge em um orifício natural.
Queda de um órgão.
Remoção cirúrgica de parte de órgão.
Hérnia da parede do reto por defeito na musculatura do períneo.
Punção cirúrgica na cavidade torácica.
Veias dilatadas no escroto.
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PRÉ-OPERATÓRIO
O período Pré-Operatório, vai desde a indicação cirúrgica dada pelo médico cirurgião até a entrada do cliente / paciente no Centro Cirúrgico.
O objetivo desse período é preparar física e psicologicamente o cliente / paciente para
a cirurgia e também cuidar dos aspectos psicológicos que envolvem a família, afinal o sucesso
do ato anestésico e cirúrgico dependem desses fatores e também da redução dos riscos
evitáveis no procedimento a ser realizado.
A preparação deve começar com o médico clínico, que deve fazer uma avaliação geral
do estado de saúde do paciente por meio de exame físico detalhado e da interpretação dos
resultados dos exames: Hemograma Completo, Coagulograma, Glicemia, Urina, Radiografia
de Tórax e Eletrocardiograma, sendo esses os exames comuns a todas as cirurgias.
Uma outra providência muito importante nesta fase é a provisão de sangue. Na maioria
dos hospitais públicos ou privados, os estoques reguladores de sangue dos hemocentros
costumam ser baixos, tornando necessário, e muita das vezes obrigatório, que o paciente
providencie determinado número de doadores de sangue, mesmo que não haja previsão de
transfusão.
PRÉ-REQUISITO PARA DOAÇÃO DE SANGUE:
--> Ser maior de 18 anos e menor de 65.
--> Pesar mais de 50 Kg.
--> Pulso com frequência entre 60 a 100 bpm.
--> Doar no máximo 4 vezes no ano para homens e 3 para mulheres.
--> Não estar em jejum mais de 12 horas.
--> Não ter doença crônica ou degenerativa.
--> OBS: Podem ser adotados outros critérios pela equipe de avaliação na Triagem.
Que tal aproveitarmos e irmos fazer uma doação de sangue?????
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Pré-Operatório Mediato e Imediato:
O Pré-Operatório mediato começa no momento da indicação da cirurgia e termina 24
horas antes do seu início. Em geral, o paciente ainda não está internado e, portanto, essa etapa
pode acontecer em vários locais: no domicílio do paciente, no ambulatório do hospital, no
posto de saúde, etc.
Algumas vezes, quando o paciente é de risco - como um diabético descompensado,
por exemplo -, o pré-operatório mediato é realizado com o cliente / paciente já hospitalizado,
para que seja possível estabilizar seu estado antes da cirurgia.
O Pré-Operatório imediato corresponde as 24 horas que antecedem a cirurgia. Nessa
fase o paciente é admitido no hospital ou na clínica onde vai ser operado para os preparativos
finais, que antecedem o ato cirúrgico. Ao chegar ao hospital ou a clínica, o cliente / paciente é
encaminhado a Unidade de Clínica Cirúrgica, onde ficará alojado antes e depois da cirurgia.
Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório:
A Enfermagem é responsável pelas ações de cuidar: um cuidar comprometido com a
promoção, proteção, recuperação e recuperação da saúde do indivíduo.
As principais atribuições de Enfermagem são:
 Acolhimento e Humanização do Cliente / Paciente:
Todas as pessoas que se submetem a um processo anestésico-cirúrgico
apresentam algum tipo de reação emocional, sendo isto consequência natural, por
medo do desconhecido, da dor, da anestesia, de perder o emprego, de complicações,
de ficar com alguma incapacidade permanente, e até mesmo de morrer.
As reações podem ser claras ou ocultas, dependendo de cada cliente / paciente.
A maneira de cada um expressar seu medo pode ser muito diferente. Enquanto uns
falam muito pedindo várias orientações, outros ficam calados, outros ficam irritados e
outros muito agressivos.
Ciente que o sofrimento psicológico influencia diretamente no funcionamento
corporal, o profissional de enfermagem que recebe o cliente / paciente na unidade
deve fazer o possível para minimizar os medos destes. Recepcioná-lo de modo cordial,
chamando-o pelo nome, conduzindo-o ao leito e indicar onde guardar seus pertences,
essas são atenções básicas que fará com que este se sinta mais à vontade.
 Avaliação Pré-Operatório:
Consiste em uma avaliação, sendo o papel do enfermeiro plantonista junto com
o técnico em enfermagem.
O principal objetivo da avaliação pré-operatória é saber se o paciente está em
condições de ser submetido ao procedimento cirúrgico proposto. É importante lembrar
que a avaliação pré-operatória feito pelo Anestesiologista, não exclui a obrigação de
ser feita a avaliação da enfermagem.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Aspectos da Avaliação Pré-Operatória:
o Alergias;
o Reações a anestesias anteriores;
o Tabagismo, alcoolismo, uso de entorpecentes, uso crônico de
analgésicos;
o Problemas cardiovasculares, tosse seca, fadiga, arritmia, HAS, dor
torácica ou infarto;
o Tosse, secreção, dispnéia e asma brônquica, estado gripal, síndrome de
apneia do sono.
o DM, uso de insulina.
o Hiper ou Hipotireoidismo.
 Preparo do Paciente:
Além dos cuidados específicos de cada cirurgia, existem alguns cuidados
gerais, sendo estes:
o Jejum:
A principal finalidade do jejum é evitar aspiração de alimentos e/ou
líquidos para os pulmões, o que pode causar sérias complicações, como asfixia
e pneumonia.
o Preparação da Pele:
O objetivo é diminuir o número de bactérias que a pele normalmente
contém no local que será realizado a incisão cirúrgica.
Atualmente, de modo geral, somente é feita a tricotomia, no local da
futura incisão, ou ao redor dela, se os pêlos interferir.
o Higiene Geral:
Além do preparo da pele, o banho completo, na véspera e no próprio dia
da cirurgia, ajuda a evitar infecções.
o Preparação do Intestino:
Tem como objetivo deixar o reto vazio, sem fezes. Dessa maneira,
evitar-se que o paciente evacue durante a cirurgia, principalmente naquelas
realizadas com anestesia geral. Esse preparo depende do tipo de cirurgia e pode
variar desde o uso de um laxante até aplicação de um enema.
 O Dia da Operação:
Depois do banho, oferecer ao paciente uma camisola hospitalar limpa, que
ficará desamarrada e aberta nas costas. O profissional de enfermagem deve oferecer-se
para pentear os cabelos do cliente / paciente, será preciso remover grampos e cobrir a
cabeça com um gorro descartável, principalmente se os cabelos forem longos. Deve-se
também: retirar lentes de contato, próteses dentárias móveis, pircings e jóias, solicitar
que urine antes de ir pra sala de cirurgia, se a cirurgia exigir cateter vesical, deve ser
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passado na sala cirúrgica, aferir os sinais vitais, administrar as medicações préanestésicas conforme prescrito.
 Pacientes / Clientes que Exigem Cuidados Especiais:
o Cirurgias Ambulatoriais e/ou Emergencial:
O curto espaço de tempo que o cliente / paciente de cirurgia
ambulatorial e sua família permanecem junto a equipe de enfermagem
representa um desafio, pois mesmo em pouco tempo, é preciso estar atendo a
uma série de aspectos.
Ao receber este cliente / paciente na sala de enfermagem, deve-se
avaliar se os cuidados pré-operatórios realizados no domicílio do paciente
foram feitos e levantar as suas necessidades.
Nos casos de clientes / pacientes de cirurgia de emergência, ainda fica
mais complexa. Além de esta não ter sido preparada e de não se ter tempo para
preparação, o paciente corre risco de morte.
o Pacientes / Clientes Idosos:
São os que correm grande risco durante o período perioperatório. Isso
acontece porque no idoso, seus órgãos tem muita lentidão e dificuldade de
voltar ao equilíbrio.
o Pacientes / Clientes Obesos:
o Crianças:
o Pessoas com Deficiência Física ou Mental:
Exigências Legais para o Profissional de Saúde:
Para que determinados tratamentos possam ser realizados pela equipe de saúde,
é necessário que o paciente / cliente dê o seu consentimento por escrito. Esse
documento legal protege tanto os profissionais quanto o próprio paciente / cliente.
O consentimento livre esclarecido, por escrito, é necessário para realização de
toda e qualquer cirurgia, exceto a de emergência, pois nessa o paciente corre risco de
morte.
Biossegurança:
Sem dúvidas, o paciente é uma das principais fontes de micro-organismos nos
serviços de saúde, especialmente no ambiente hospitalar. Portanto, compete a quem
trata, evitar a infecção cruzada.
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DISCIPLINA: Intercorrências Cirúrgicas I
Com esse objetivo a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e o
Ministério da Saúde criaram um conjunto de medidas que devem ser aplicadas no
atendimento a todos os pacientes / clientes, independente do diagnóstico, sempre que
houver risco de contato do profissional com sangue, secreções e excreções, pele não
íntegra e mucosas do paciente / cliente.
PRECAUÇÕES PADRÕES:
o Lavagem das mãos com sabão líquido comum ou com antisséptico
definido pela CCIH do hospital;
o Uso de luvas;
o Uso de Máscaras e protetor de olhos;
o Uso de avental;
o Artigos não descartáveis usados;
o Controle Ambiental;
o Roupas e resíduos;
o Saúde Ocupacional.
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