Biografia Maria de Medeiros nasceu em Lisboa numa família de
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Biografia Maria de Medeiros nasceu em Lisboa numa família de
Biografia Maria de Medeiros nasceu em Lisboa numa família de intelectuais. A sua mãe é jornalista, o seu pai pianista, compositor, maestro e historiador da música. Viveu toda a sua infância em Viena de Áustria. Após a Revolução dos Cravos em 1974, seguiu os seus pais para Lisboa. Fez toda a sua escolaridade no Liceu Francês. Aos quinze anos, interpreta o seu primeiro papel no cinema em Silvestre de João César Monteiro. Ainda adolescente, começou igualmente a abordar o teatro clássico sob a direcção de Philippe Fridman. Aos dezoito anos, instala-se em França onde começa estudos de filosofia antes de entrar para a Escola Nacional Superior de Artes e Técnicas do Teatro na aula de Brigitte Jaques. Dois anos mais tarde, entra para o Conservatório Nacional Superior de Arte Dramática de Paris onde segue as aulas de Michel Bouquet e de Jean-Pierre Vincent. Ao mesmo tempo, representa no teatro de L’Athénée, Elvire, Jouvet 40, sob a direcção de Brigitte Jaques. Esta peça será retomada durante três anos seguidos em Paris e será apresentada em numerosos países do mundo, nomeadamente no Brasil. Em seguida, Maria alternará peças em Paris e filmes em diversos países. Representa Corneille, Federico Garcia Lorca, Mairet, Calderón, sob a direcção de Brigitte Jaques, Jorge Lavelli, Jean-Marie Villégier, José Luis Gomez, nos teatros nacionais de Chaillot, La Colline, L’Odéon. Paralelamente, filma em França com realizadores como Chantal Ackerman, Christine Laurent, Suzanne Schiffman, Jean-Charles Tacchella, Serge Moati, Didier Le Pêcheur, Bernard Rapp, Christian de Challonges, Gérard Pullicino, John Lvoff, Patrick Braoudé, Richard Berry, Jean-Pierre Améris. Nos Estados Unidos, Maria protagoniza grandes produções como Henry & June, de Philip Kaufman ou Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, mas também representa em filmes independentes. Maria permanece igualmente muito fiel ao cinema português onde filma com Manoel de Oliveira, Teresa Villaverde, Luis Galvão Telles, Joaquim Leitão. Está presente no cinema espanhol em filmes como Huevos de Oro de Bigas Luna, O detective e a morte de Gonzalo Suarez ou Airbag de Juanma Bajo Ulloa. Trabalha igualmente com realizadores ingleses, canadianos, italianos, alemães, austríacos, japoneses, brasileiros... Em França, é também intérprete de alguns filmes de televisão, sob a direcção nomeadamente de Joyce Buñuel, Robert Enrico ou Miguel Courtois. Recentemente, é uma das protagonistas da série Vénus e Apolo de Tonie Marshall para o canal Arte. Para além da sua actividade como actriz, Maria de Medeiros começa por volta dos vinte anos a realizar curtas e médias metragens, entre as quais Fragmento II, a partir da peça de Samuel Beckett, e A morte do príncipe, a partir da peça de Fernando Pessoa. Em 1999, dirige a sua primeira longa-metragem, Capitães de Abril (Selecção oficial Cannes 2000) sobre a Revolução dos Cravos, pela qual obtém o Grande Prémio da Mostra Internacional de São Paulo no Brasil, o prémio “Globo de Ouro” para o melhor filme em Portugal e vários prémios do público em França. Realiza em seguida um documentário de longa metragem Je t’aime, moi non plus – Artistas e críticos e várias curtas-metragens de encomenda, nomeadamente Alguma coisa acontece para um filme comemorando os 450 anos da cidade de São Paulo ao lado de numerosos realizadores internacionais. Enquanto actriz, foi recompensada pelo prémio Gérard Philippe em 1990 e por vários prémios de interpretação em diversos festivais internacionais de cinema. Recebeu assim a “Coppa Volpi” à melhor actriz no festival de Veneza em 1994 pelo filme Três irmãos de Teresa Villaverde. Dois “Globos de Ouro” à melhor interpretação foram-lhe igualmente atribuídos em Portugal por Adão e Eva e Capitães de Abril. Em 2001 foi condecorada “Chevalier des Arts et des Lettres” em França. Maria cantou várias vezes ao longo da sua carreira de actriz em peças de teatro ou filmes, nomeadamente sob a direcção de Jérôme Savary na criação de Zazou no teatro nacional de Chaillot e recentemente no filme de Guy Maddin The saddest music in the world. A little more blue é o seu primeiro trabalho dedicado exclusivamente à interpretação musical.