Vestígios do passado

Transcrição

Vestígios do passado
região solidária, imagens da minha terra, perspectiva s do meu futuro
Índice
1. AD ELO
2. ADAE
3. ADD
4. ADDLAP
5. ADIBER
6. ADICES
7. DUECEIRA
. Apresentação sumária da DUECEIRA
Breve historial
Objecto
. Apresentação sumária do território
Programas, projectos e actividades
Parcerias e acções em cooperação
. O território
As Terras de Entre LOusã e Zêzere
O verde e o azul – atributos geográficos identitários
Significado da marca e do logótipo
. Castanheira de Pera, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Personagens ilustres
Vestígios do passado
Usos e costumes
. Figueiró dos Vinhos, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Personagens ilustres
Vestígios do passado
Usos e costumes
. Lousã, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Personagens ilustres
Vestígios do passado
Usos e costumes
. Miranda do Corvo, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Personagens ilustres
Vestígios do passado
Usos e costumes
. Pampilhosa da Serra, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Personagens ilustres
Vestígios do passado
Usos e costumes
. Pedrógão Grande, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Personagens ilustres
Vestígios do passado
Usos e costumes
. Vila Nova de Poiares, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Personagens ilustres
Vestígios do passado
Usos e costumes
. Natureza em azul
As albufeiras e barragens
As praias do interior
As ribeiras da serra
. Natureza em verde
As paisagens da serra
As aldeias serranas
A natureza nas margens de Alge
Conquistar a paisagem de Santa Luzia
Descobrir o verde do Cabeço do Peão
Descobrir a arte da pedra no Gondramaz
No trilho dos romanos
O Santo António da Neve
O verde da Ribeira das Quelhas
Descoberta da flora e da fauna locais
no Parque das Medas
A rede das aldeias de xisto
A Rede Natura 2000
. Netgrafia
. Bibliografia
1
1
2
3
5
9
12
12
15
17
19
19
22
25
29
34
34
37
39
43
48
48
51
53
56
63
63
66
69
72
82
82
85
88
90
98
98
101
102
106
112
112
114
115
118
123
123
128
145
148
148
155
158
160
162
163
165
169
174
178
180
182
188
196
8. TERRAS DE SICÓ
Para cada área de intervenção foi preparado um Manual Electrónico de Apoio similar ao presente manual.
Projecto Co-financiado por:
Entidades parceiras:
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
1. Apresentação sumária da DUECEIRA
Breve historial
A Dueceira – Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça – é uma das várias associações de direito
privado, sem fins lucrativos, que foram criadas na Região Centro, no decorrer da última década e meia,
cujo principal objectivo se baseia na promoção do desenvolvimento integrado e auto-sustentado da sua
zona de intervenção.
Esta Associação conta com 18 associados, que englobam diversas instituições, públicas e privadas, de
grande representatividade dentro de cada concelho, e que de seguida mencionamos:
• Câmaras Municipais dos concelhos abrangidos (Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares);
• ARCIL · Associação para a Recuperação dos Cidadãos Inadaptados da Lousã;
• EPL · Escola Profissional da Lousã;
• ADFP · Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo;
• CBE · Centro da Biomassa para a Energia;
• Cooperativa Agrícola de Miranda do Corvo, CRL;
• Associação de Apicultores SerraMel;
• Associação Humanitária de Bombeiros de Penela;
• CERCI · Penela;
• APPACDM · Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental;
• Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Nova de Poiares;
• Escola C + S Dr. Daniel de Matos;
• ADIP · Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares;
• ACIC · Associação Comercial e Industrial de Coimbra.
• Santa Casa da Misericórdia de Semide
Desde a sua génese, em 1994, com o contributo do trabalho especializado de técnicos superiores em
várias áreas de desenvolvimento foi possível, conjuntamente com o apoio da CCDRCentro - Comissão
de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e do IDARC - Instituto para o Desenvolvimento
Agrário da Região Centro, que todo o processo de constituição fosse levado a cabo.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Objecto
A Associação procura dar resposta às necessidades de informação, formação, mediação, apoio técnico e
consultoria manifestados por sectores específicos, assim como, pela população em geral.
Como principal método de actuação recorre à mediação interpessoal e entre instituições, garantindo o
acompanhamento dos projectos que promove. A Dueceira procura valorizar os recursos locais, promovendo o desenvolvimento de uma forma global, não compartimentada, dinamizando iniciativas culturais,
sociais e económicas. Esta associação tem ainda como objectivo a preparação, a planificação e a execução
de estudos e de projectos, actuando no âmbito do desenvolvimento local e regional em cooperação com
outras entidades públicas e privadas que prossigam o mesmo fim.
Numa primeira fase, com o seu arranque e, posteriormente, já numa fase de consolidação, a Dueceira tem
vindo a planear, preparar e executar projectos próprios, nomeadamente nas áreas:
1. da Informação (divulgação de iniciativas comunitárias, programas e projectos nacionais de índole
diversa e, ainda, outra informação de interesse geral ou sectorial)
2. da Floresta (preservação e combate a incêndios)
3. do Desenvolvimento Endógeno
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Apresentação sumária do território
A zona de abrangência da Dueceira engloba os concelhos de:
1. Lousã
2. Miranda do Corvo
3. Penela
4. Vila Nova de Poiares
fonte: Dueceira
Trata-se de uma zona com aproximadamente 484 Km2, nos quais se distribuem os 4 concelhos e as suas
21 freguesias, tendo uma população total residente de 42.477 habitantes, números que evidenciam uma
densidade populacional de cerce de 88 habitantes por Km2.
dados gerais dos concelhos da zona de intervenção
unidade territorial
área
total
km2
número
freguesias
densidade
populacional
hab./km2
população
residente
hm, em 2001
população
residente
h, em 2001
lousã
138,4
6
113,8
15 753
7 609
miranda do corvo
126,4
5
103,4
13 069
6 379
penela
134,8
6
48,9
6 594
3 197
vila nova de poiares
84,5
4
83,6
7 061
3 402
total
484,1
21
± 87,7
42 477
20 587
fonte: INE Instituto Nacional de Estatística, Census 2001
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região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
distribuição das freguesias por concelho
concelhos
freguesias
lousã
casal de ermio
foz de arouce
gândaras
lousã
serpins
vilarinho
miranda do corvo
lamas
miranda do corvo
rio de vide
semide
vila nova
penela
cumeeira
espinhal
podentes
rabaçal
são miguel
santa eufémia
vila nova de poiares
arrifana
lavegadas
santo andré
são miguel
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região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Programas, projectos e actividades
Programa LEADER II
Para a concretização deste Programa, esta Entidade encetou, em 1994, um processo de cooperação com
outra Associação de Desenvolvimento - a Pinhais do Zêzere – , concretizando assim uma acção inovadora
e demonstrativa de parceria activa, através de uma acção articulada para um território mais vasto e com
características idênticas. Foi credenciada, no dia 02 de Maio de 1995, como Entidade Local gestora do
Programa LEADER II, apresentando e desenvolvendo nesse âmbito um Plano de Acção Local (PAL), para
a Zona de Intervenção que compreendia as vertentes Norte e Sul do Maciço da Serra da Lousã, nomeadamente os concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Lousã, Miranda do Corvo, Pedrógão
Grande e Vila Nova de Poiares.
Este Programa, no âmbito do QCA II, possibilitou um montante total de investimento que ultrapassou os
3.500.000€ (Três milhões e quinhentos mil Euros).
Programa LEADER+
Dando continuidade à estratégia preconizada por esse Plano de Acção Local, apresentou a Dueceira, em
Agosto de 2001, e ainda em parceria com a Pinhais do Zêzere, uma candidatura à terceira fase desta
Iniciativa Comunitária, designada, no âmbito do QCA III como LEADER+ e concretizada num Plano de
Desenvolvimento Local (P.D.L.) para uma Zona de Intervenção que, para além dos seis concelhos anteriormente mencionados, passou a incluir o concelho de Pampilhosa da Serra. No âmbito deste PIC propôs-se a gerar, entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2008, um investimento a ultrapassar os 5.000.000€
(Cinco milhões de Euros).
mapa do território de entre lousã e zêzere
fonte: Dueceira
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região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Na sequência da aprovação dessa candidatura, foi a Dueceira credenciada, em 2002, como entidade
gestora do Programa LEADER+ELOZ. Entre LOusã e Zêzere – Plano de Desenvolvimento Estratégico de
Novas Ruralidades – tendo vindo, desde então, a trabalhar na aplicação e execução deste plano no seio
do território, conforme se pode compreender da leitura do Modelo e Estratégia de Desenvolvimento.
modelo e estratégia de desenvolvimento leader+eloz
entre lousã e zêzere
designação
dimensão local
do pdl
desafio para
a região
abordagens
ao território
leader+eloz. entre lousã e zêzere
plano de desenvolvimento estratégico de novas ruralidades
a(s) originalidades do território como factor de afirmação
e fortalecimento da auto-estima das comunidades locais visando
a sua fixação e valorização
promoção da originalidade do território valorizando,
qualificando e reinventando a imagem e unidade serrana.
competitividade
competitividade
ambiental
competitividade
económica
competitividade
global
objectivos gerais
promover
agitação
sócio-cultural
promover acções
de compreensão
e valorização
do meio ambiente
afirmar
e qualificar
as economias
locais
adaptar
mentalidades
e processos
locais às
transformações
globais
promoção de novas
ruralidades
para uma
sociedade
renovada
para um
ambiente
preservado
para uma
economia
sustentável
para uma
postura
de abertura
estratégia geral
construção de uma imagem positiva, renovada
e atractiva do mundo rural
uma região solidária...
tema federador
objectivo específico
melhoria da qualidade de vida nas zonas rurais
leader+
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região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
suporte referencial
Região Solidária é uma ideia, uma estratégia, um acção pluridisciplinar que tem como suporte referencial a mensagem «solidariedade=responsabilidade recíproca, a qual objectiva concretizar uma série
de actividades que permitam a evolução da região e das suas comunidades, possibilitando a melhoria
da qualidade de vida das populações a diferentes níveis de intervenção.
Neste sentido, preconiza a realização de um conjunto de acções, as quais têm por base a definição de
novas abordagens ao conceito de solidariedade, cidadania, participação activa e educação cívica das
populações, quer seja a nível social, económico, ambiental e patrimonial, sendo identificados interesses e concebidas abordagens as quais se constituam como exercícios práticos do conceito.
Projecto 4 CEFF’s
Na área da floresta, a Dueceira é igualmente a entidade gestora do projecto-piloto “Preservação da Floresta Contra Incêndios no Âmbito de 4 C.E.F.F.´s”, conjugando os recursos das C.E.F.F – Comissões Especializadas de Fogos Florestais municipais de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares para
a preservação da floresta existente no seu espaço geográfico. Tratou-se de um projecto aprovado no montante total de cerca de 1.500.000€ (Um milhão e quinhentos mil Euros), para a aquisição de um parque de
máquinas destinado a servir os associados na prevenção e combate a fogos florestais, ao nível de:
• Abertura de caminhos florestais;
• Reparação e regularização de estradas florestais;
• Limpeza de bermas e valetas;
• Limpeza de matos e de aceiros;
• Combate a incêndios.
No âmbito deste projecto foi efectuada a contratação e formação de pessoal, consoante as necessidades
detectadas e face à própria dinâmica do projecto. Por forma a efectuar um adequado aproveitamento e
escoamento de estilha e com vista à sua rentabilização como meio de diminuir custos com a manutenção
e reparação do equipamento, foi estabelecido um Protocolo de Cooperação com a EDP - Electricidade
de Portugal, SA - lavrado a 18 de Março de 1999 e através do qual a Dueceira previa o fornecimento de
resíduos de origem florestal à Central Térmica de Resíduos Florestais de Mortágua (CTRF).
Estágios curriculares e profissionais
Esta entidade tem assumido sempre ser uma possibilidade na integração de jovens no mercado de trabalho, promovendo estágios curriculares e/ou profissionais para recém licenciados, tanto no âmbito do
Programa AGIR, promovido pelo Instituto Português da Juventude, como no âmbito da medida Estágios
Profissionais, promovida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.
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Formação profissional
No âmbito do POCentro - Programa Operacional para a Região Centro - e do AIBT- Acção Integrada de
Base Territorial para o Pinhal Interior – relativamente à componente de formação profissional, a Dueceira
protocolou com outras associações de desenvolvimento congéneres para a realização de formação profissional em sectores como o Turismo (com a Adiber), a Apicultura (com a Pinhais do Zêzere), e o Vinho
e Gastronomia (com a Terras de Sicó), formação esta que tem vindo a ser realizada desde 2004.
Plano de desenvolvimento rural do Vale do Ceira
O Projecto de Desenvolvimento Rural do Vale do Ceira surgiu por proposta do IDARC - Instituto de
Desenvolvimento Agrário da Região Centro - que se assumiu igualmente como o seu promotor, com
suporte financeiro da DRABL - Direcção Regional da Agricultura da Beira Litoral - e em parceria com
as Associações de Desenvolvimento Dueceira e Adiber e as Câmaras Municipais de Góis, Lousã, Arganil,
Miranda do Corvo e Pampilhosa da Serra. Trata-se de um projecto apoiado financeiramente no âmbito
da Acção 8 do Programa AGRIS, o qual tem como objectivo definir uma intervenção estratégica centrada
no Rio Ceira e na sua área de influência.
Urbcom
Sistema de incentivos a projectos de urbanismo comercial
Apoio ao comércio tradicional
O Projecto Urbcom – Sistema de Incentivos a Projectos de Urbanismo Comercial – Apoio ao Comércio
Tradicional, visou, numa primeira fase a constituição de uma UAC- Unidade de Acompanhamento e Controlo para a implementação desta iniciativa, a qual visa a promoção e dinamização do comércio tradicional, o apoio e divulgação das potencialidades turísticas e económicas dos concelhos de Lousã, Miranda
do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares.
Compete a esta UAC a criação e divulgação de uma imagem de marca, o apoio e divulgação das potencialidades turísticas e económicas dos concelhos, a promoção e dinamização do comércio tradicional, a
criação de uma página web, a criação de parcerias e protocolos de cooperação, a angariação de associados e de patrocínios e a prestação de serviços.
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região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Parcerias e acções em cooperação
Com o objectivo de dinamizar a rede local de intervenção socio-económica, perspectivando o intercâmbio
de experiências, articulação de estratégias e responsabilização conjunta nas metodologias a adoptar em
prol do desenvolvimento local, foram estabelecidas ou mantidas parcerias efectivas com diversos organismos locais:
pinhais do zêzere · associação de desenvolvimento
“Programa LEADER+ELOZ. Entre Lousã e Zêzere” (1996-2008).
pinhais do zêzere · associação de desenvolvimento
Para a execução de formação profissional na vertente apícola no âmbito AIBT · Acção Integrada de Base
Territorial do Pinhal Interior.
adices · associação de desenvolvimento
Projecto de Cooperação Transnacional “Artesanato em Rede”
montañas del teleno · associación de desarrollo
(astorga, león, espanha)
Projecto de Cooperação Transnacional “Artesanato em Rede”
cbe · centro da biomassa para a energia
"Projecto-Piloto: Preservação da Floresta Contra Incêndios no âmbito de 4 CEFF's"
edp · electricidade de portugal, sa.
"Projecto-Piloto: Preservação da Floresta Contra Incêndios no âmbito de 4 CEFF's".
adip · associação de desenvolvimento integrado de poiares
Para a execução de todo e qualquer projecto de desenvolvimento que venha a ser delineado em parceria, bem
como e, especificamente, para o projecto "Assistência às empresas de artesanato e às pequenas empresas".
associações e câmaras municipais localizadas no vale do ceira
adiber / drabl · direcção regional da agricultura da beira litoral / idarc · instituto
para o desenvolvimento agrário da região centro
Para a execução do Plano de Desenvolvimento Rural do Vale do Ceira.
adiber · associação de desenvolvimento de góis e da beira serra
Para a execução de formação profissional na vertente turística, no âmbito da AIBT · Acção Integrada de
Base Territorial do Pinhal Interior
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região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
adl da beira litoral
adae / add / addlap / adices / adelo / adiber / terras de sicó
Para a execução de todo e qualquer projecto de parceria no seio do grupo das 8 associações de desenvolvimento local da Beira Litoral, e mais particularmente dos projectos de cooperação interterritorial Região
Solidária e Marketing Institucional e de cooperação transnacional Cooperar em Português.
outras adl nacionais
pinhal maior / adl / leader sor
Para a execução de todo e qualquer projecto de parceria e mais particularmente o projecto de cooperação
transnacional Cooperar em Português.
outras entidades internacionais
rits · rede de informação para o terceiro sector
dlis · rede de desenvolvimento local, integrado, sustentável do brasil
(entidades com protocolos já formalizados)
Para a execução de todo e qualquer projecto de parceria e mais particularmente do projecto de cooperação transnacional Cooperar em Português.
outras entidades internacionais
união geral das cooperativas agro-pecuárias de maputo · moçambique
programa de luta contra a pobreza rural de cabo verde
iepe · instituto de estudos e planeamento estratégico da guiné-bissau
consórcio do jiquiriçá, bahia, brasil
rts · rede de tecnologia social do brasil
sebrae do brasil
(entidades com parcerias em fase de formalização)
Para a execução de todo e qualquer projecto de parceria e mais particularmente do projecto de cooperação transnacional Cooperar em Português.
outras adl nacionais
atahca / monte-ace / vicentina / leader sor
Para a execução do projecto de cooperação transnacional Eco-Rede de Museus Vivos.
adl espanholas
centro de desarollo rural valle del esse-entrecabos (astúrias)
asociación de desarrollo rural saja–nansa (cantábria)
asdecomor · asociación de desenvolvemento comarca de ordes (galícia)
Para a execução do projecto de cooperação transnacional Eco-Rede de Museus Vivos
adl do pinhal interior
pinhal maior e adiber
Formalização de parceria a desenvolver no âmbito do Programa LEADER MED · Mediterrâneo
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terras de sicó · associação de desenvolvimento
Para a execução de formação profissional na vertente vitivinícola e gastronómica no âmbito AIBT · Acção
Integrada de Base Territorial do Pinhal Interior
minha terra · federação portuguesa de associações de desenvolvimento
gestoras do pic leader+ [48 entidades a nível nacional]
Para a execução do projecto de cooperação interterritorial Sementes de Futuro
pinhais do zêzere / adiber / pinhal maior / ccam · caixas de crédito
agrícola mútuo da beira centro, pinhal e de coimbra
Para a execução do projecto GLOCAL, implementação da metodologia SIM- Sistema de Micro-Crédito
para o Auto-Emprego e Criação de Micro-Empresas, no âmbito do PIC EQUAL.
andc · associação nacional de direito ao crédito
Colaboração informal (não protocolada) com a ANDC para assunção do papel de informador/mediador
junto de potenciais promotores locais de micro projectos de investimento, interessados neste tipo de
instrumento financeiro.
carvalho e henriques, lda.
Para a prossecução do projecto CAIE · Centro de Apoio a Iniciativas Empresariais, no que concerne ao
incentivo e inserção de jovens estagiários e licenciados no mundo do trabalho, nomeadamente ao nível
do seu encaminhamento enquanto potenciais investidores.
rede social do concelho de vila nova de poiares
Para integração e participação nos Órgão Plenário e Núcleo Executivo do CLAS · Conselho Local de Acção
Social de Vila Nova de Poiares
rede social do concelho da lousã
Para integração e participação nos Órgãos da Rede Social:
Órgão Plenário, Núcleo Executivo e Núcleo Técnico.
reapn · rede europeia anti-pobreza / portugal
Para a execução de todo e qualquer projecto que venha a ser delineado em parceria.
rede regional para o emprego do pinhal interior norte
Para a execução de todo e qualquer projecto no combate ao desemprego que venha a ser delineado
em parceria.
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região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
2. O território
As Terras de Entre LOusã e Zêzere
O território da Zona de Intervenção do Programa Leader+ELOZ. Entre LOusã e Zêzere localiza-se em Portugal Continental, mais propriamente na Região Centro, na NUT II do Pinhal Interior Norte e abrange os
concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra,
Pedrógão Grande e Vila Nova de Poiares, num total de 34 freguesias. Possui uma área total aproximada
de 1.114 km2, uma população total residente de 54.176 habitantes e uma densidade populacional de
48,6 habitantes por km2.
mapa da zona de intervenção leader+eloz. entre lousã e zêzere
fonte: Dueceira
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
distribuição dos concelhos e freguesias abrangidos
concelhos
freguesias
castanheira de pera
castanheira de pera
coentral
figueiró dos vinhos
aguda
arega
bairradas
campelo
figueiró dos vinhos
lousã
casal de ermio
foz de arouce
gândaras
lousã
serpins
vilarinho
miranda do corvo
lamas
miranda do corvo
rio de vide
semide
vila nova
pampilhosa da serra
cabril
dornelas do zêzere
fajão
janeiro de baixo
machio
pampilhosa da serra
pessegueiro
portela do fojo
unhais-o-velho
vidual
pedrógão grande
graça
pedrógão grande
vila facaia
vila nova de poiares
arrifana
lavegadas
santo andré
são miguel
caracterização do território através dos principais indicadores
socio-económicos
designação
descrição
fontes
ano
valor
população
residente
população residente no território
rgp-census 2001
2001
54.176
superfície
superfície do território em km2
anuário
estatístico da
região centro
1999
1114km2
superfície
desfavorecida
zona montanha
superfície do território classificada
como desfavorecida, em km2
directiva
75/268/ cee,
nº 3 · artigo 3º
1999
100%
densidade
demográfica
número de habitantes por km2
census 2001
2001
48,6
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
índice
de evolução
da população
residente
relação entre a população residente
em 2001 e a população residente
em 1991, em %
rgp-census 2001
e rgp-census 91
2001
1991
(+)5,8%
população
empregada
na agricultura
% da população empregada
na agricultura em relação
à população empregada total
ruralidade
e agricultura
dgdr
e rgp-census 91
1991
12,4%
grau
de ruralidade
% da população residente dispersa
ou residente em lugares com 2.000
ou menos habitantes
rgp-census 91
1991
85,8%
grau de
urbanização
% da população residente
em lugares com 5.000 ou mais hab.
rgp-census 91
1991
0%
relação de
feminilidade
relação entre o nº de mulheres
e o nº de homens, expressa em %
anuário
estatístico da
região centro
1999
52%
índice
de dependência
total
relação entre a população com 0-14
e com 65 e mais anos e a população
com 15-64 anos, em %
anuário
estatístico da
região centro
1999
57,3%
índice de
envelhecimento
relação entre a população com 65
e mais anos e a população com 0-14
anos, medida em %
anuário
estatístico da
região centro
1999
148%
índice de
desenvolvimento
social
índice composto, expresso em %
que integra a esperança de vida à
nascença, o nível educacional e o
conforto e saneamento
lei 42/98 de 06
de agosto
e portaria
995/98, 25
de novembro
1998
0,836
nacional
= 0,878
fonte: INE · Instituto Nacional de Estatística, Census 2001
• percentagem de superfície agrícola: 14,1%
• percentagem de superfície florestal: 72,6%
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O verde e o azul · atributos geográficos identitários
Atendendo aos seus atributos geográficos: a Hidrografia (os Rios) – o Azul e a Orografia (as Serras e a
Floresta) – o Verde, a Zona de Intervenção, encontra-se espacialmente localizada e encaixada entre os
dois maiores cursos de água nacionais – os Rios Mondego e o Zêzere.
Surge como um território que beneficia e usufrui directamente dos inúmeros recursos hídricos que dispõe. Particularmente rica em água, banhada por inúmeras nascentes, regatos, ribeiras e rios e, ainda,
com a existência de algumas Albufeiras e Barragens, a região surge como um espaço privilegiado, em
que a quantidade e a qualidade da água se assumem como factores preponderantes na caracterização e
identificação do território. Finalmente, e pela sua importância do ponto de vista histórico, patrimonial,
turístico e naturalmente ecológico e ambiental, surgem como recursos de maior expressão:
• os rios mondego, zêzere, ceira, unhais, alva, alheda, dueça, arouce
(também designada por ribeira de são joão)...
• as ribeiras de pera e de alge...
• as barragens e albufeiras do cabril, de santa luzia, do alto ceira e da bouçã.
As montanhas são características geo-morfológicas que definem e condicionam os territórios. Ocupadas na sua quase totalidade por grandes manchas florestais, constituem-se como áreas particularmente
sensíveis, uma vez que qualquer intervenção surge com maior dificuldade de operacionalização e o seu
equilíbrio ecológico-ambiental facilmente perturbável.
Ao longo dos tempos, a Serra da Lousã surgiu como uma barreira à comunicação, ao crescimento económico e ao desenvolvimento generalizado das comunidades.
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A Serra reflectia-se na vida árdua e de permanente labuta (quase confronto) dos povos serranos, na dificuldade diária de tirar da terra o seu sustento, nas invernias cinzentas e gélidas, nos acessos e percursos
sinuosos contrários à fluente deslocação.
Mas... a Serra surgia também e porventura preponderantemente como a própria identidade da região, o
seu ex-libris, confundindo-se com a própria identidade dos seus naturais, permanentemente o elemento
de referência e, actualmente, numa época em que o mundo avançou para conceitos como o de “aldeia
global”, para a utilização (quase banal) dos novos meios de comunicação e inovadoras tecnologias trespassam, à velocidade de segundos, as mais rochosas e inatingíveis escarpas, a Serra da Lousã definese como factor agregador de vontades e anseios, como uma característica de eleição que estabelece a
própria originalidade da região, que une os povos serranos do Norte e do Sul e que cria pistas de e para
o desenvolvimento.
E é este o território da nossa intervenção, para o qual trabalhamos e para cuja população surgiu a iniciativa Região Solidária – Imagens da Minha Terra, Perspectivas do meu Futuro.
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Significado da marca e do logotipo
Imagem da adl e do território enquanto suporte de uma estratégia
Uma imagem de uma entidade, de um território, de uma intervenção não se suporta apenas num logotipo. Afinal este surge como uma compilação e resumo das ideias. Contextualizando a questão, quando
se fala de imagem pensa-se e fala-se de verde e de azul, das serras e dos rios, da riqueza orográfica e
hídrica dos territórios, ou seja, de um todo que se pretende coeso e uno no imaginário das comunidades.
Aliás, elementos de identidade devidamente apoiados pelas opiniões da população que foi chamada a
participar nestas questões em 1996 e em 2000, através dos Inquéritos à Comunidade que efectuámos.
A imagem do Programa LEADER-ELOZ.Entre LOusã e Zêzere surgiu em 1995 e para conhecimento de
quem se interessa sobre estes assuntos, fazemos de seguida uma pequena súmula para uma total compreensão do conteúdo e histórico:
“marca“ · eloz. entre lousã e zêzere
eloz. entre lousã e zêzere
sigla de entre lousã e zêzere.
identificação do território,
forma abreviada de designar o programa,
com referência às fronteiras
o território, a intervenção.
geo-morfológicas
simultaneamente trocadilho verbal
a norte e a sul do mesmo.
com a expressão elos, de ligações, de parceria
de cooperação entre 02 associações.
entre lousã e zêzere
espaço de compreensão
maciço montanhoso da lousã
elo de ligação
rio zêzere
Esta designação é completa com a alusão introdutória à Iniciativa Comunitária co-financiadora, concretamente “Programa LEADER+” e ainda completa com a designação identificadora da acção interventora
concretizada pela Entidade, ou seja, “Plano de Desenvolvimento Estratégico de Novas Ruralidades”
Esta “marca” surgiu em 1995 -resultado do trabalho encetado pelas duas Direcções e respectivas equipas
técnicas- quando se tornou fundamental identificar o processo de parceria entre duas associações de
desenvolvimento que então começava a despontar, identificando simultaneamente o território e a zona
de intervenção do Programa. Como é do conhecimento geral, o “território” de Entre LOusã e Zêzere é o
resultado de um processo de cooperação entre a Dueceira - Associação de Desenvolvimento do Ceira e
Dueça e a Pinhais do Zêzere – Associação para o Desenvolvimento.
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Pretendeu-se que a “marca” representasse -para além da identificação geo-espacial- um símbolo de
identidade das comunidades locais e igualmente conotasse esta relação de “cumplicidade” desenvolvida
entre as 2 entidades parceiras. Por tal pretendeu-se uma designação algo figurativa, com uma certa
poesia até, quase estética.
logotipo da “marca“
Na sequência natural da concepção da “marca”, surgiu desde logo a iniciativa de a relacionar a uma
representação visual. Para tal e tendo por base o mesmo objectivo estratégico, objectivou-se que este
logotipo fosse esteticamente distinto das representações mais usuais no mercado e recriasse uma imagem
da realidade o mais aproximada possível. Concebida por um artista plástico local, João Viola -a título
gracioso e sem quaisquer expensas para as entidades na altura nascentes- o logotipo da ELOZ. Entre
LOusã e Zêzere surge como um quadro muito realista que capta a essência dos elementos de identidade
local e os confunde e une.
1. a presença (opcional) da marca:
eloz – entre lousã e zêzere.
5.
1.
2. a mó, símbolo da presença e intervenção humanas.
assim como os caminhos de montanha, que com a sua
sinuosidade acabam por formar os elos (z).
3.
3. o verde... floresta, montanhas, a serra da lousã.
4. o azul... água, rios, o zêzere.
2.
6.
4.
5. discretamente a presença de um símbolo representando a iniciativa leader.
6. composição de cor em torno do verde e azul, com o
amarelo a criar luminosidade e contraste.
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Castanheira de Pera
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3. O território, concelho a concelho
3.1. Castanheira de Pera, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
A neve do rei…
O Alto do Trevim (a 1.204m de altitude) e o Santo António da Neve são os pontos mais elevados da Serra
da Lousã, constituindo-se como uns imensos planaltos, locais privilegiados para desfrutar da imensidão
da paisagem e inspirar um ar de qualidade invejável. Daqui saía o gelo que iria refrescar o paço real em
Lisboa, num trajecto que reflectia a vida difícil dos povos serranos em épocas passadas.
Situando-se na vertente mais soalheira da Serra, as povoações do concelho surgem altivas espalhadas
pelo vale, acompanhando o percurso sinuoso da Ribeira de Pera que, aqui e ali, se despenha em pequenas
cascatas. Desde tempos imemoriais, o concelho desenvolveu-se com base nas artes e ofícios relacionados
com a pastorícia, sendo este um dos factores determinantes para o surgimento de grandes fábricas de
lanifícios que, em finais do século XIX, fizeram das terras de Castanheira de Pera o terceiro pólo industrial do país. No decurso dos últimos cinco anos, tem-se porém o Turismo destacado como actividade
económica preponderante na evolução do concelho, assumindo o complexo turístico da Praia das Rocas
como o ponto fulcral numa política de viragem e combate ao profundo problema de envelhecimento e
desertificação humana do concelho. Este espaço, construído em torno da Ribeira de Pera e do seu aproveitamento hídrico, surge como uma zona fluvial de lazer inovadora, que recorre a tecnologia de ponta
para a simulação de ondas e a criação de um ambiente de praia de mar a 500 metros de altitude, situação
per si utilizada estrategicamente enquanto marketing da zona e do próprio local.
Geografia e demografia
O concelho de Castanheira de Pera localiza-se na Região Centro, na sub-região do Pinhal Interior Norte,
no distrito de Leiria. Situado numa das vertentes da Serra da Lousã, é atravessado pela ribeira de Pera,
sendo limitado a nordeste pelo município de Góis, a sueste por Pedrógão Grande, a oeste por Figueiró
dos Vinhos e a noroeste pela Lousã. O município foi criado em 1914, tendo anteriormente pertencido a
terras de Pedrógão Grande. No total o concelho abrange uma área de 66,86 km2 e é constituído por duas
freguesias: Castanheira de Pera e Coentral. Em 2001, o concelho apresentava 3733 habitantes.
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Castanheira de Pera
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mapa do concelho
fonte: Castanheira de Pera · in Diciopédia 2005 [dvd-rom] · Porto · Porto Editora · 2004
evolução da população do concelho de castanheira de pera (1920 – 2004)
ano
1920
1930
1960
1981
1991
2001
2004
habitantes
5839
6116
5739
5137
4442
3733
3464
outras informações relevantes
características gerais do concelho
gentílico
perense
área
66,86 km²
população
3 733 habitantes (2001)
densidade populacional (habitantes/km²)
59,5
número de freguesias
2
região
centro
subregião
pinhal interior norte
distrito
leiria
antiga província
beira litoral
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Castanheira de Pera
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Economia local
O principal sector de actividade é o secundário, nomeadamente com as indústrias têxteis e de lanifícios,
embora se tenha registado nos últimos anos uma tercialização da população activa relacionada com o
Turismo. O sector primário está relacionado com uma agricultura de subsistência, de onde se destacam
o olival, o milho, a batata, o centeio, o feijão e os produtos hortícolas.
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Personagens ilustres
Fernando Baeta Bissaya Barreto Rosa
Fernando Baeta Bissaya Barreto Rosa, nasceu em Castanheira de Pera a 29 de Outubro de 1886.
Fez os seus estudos primários em Coimbra, em regime de pensionato, e depois entra para o liceu. Matricula-se, como que era normal na época, em três faculdades - a de medicina, e em Filosofia e Matemáticas Superiores. Na Faculdade de Medicina acaba a licenciatura em 1913, formando-se, anos antes,
em Filosofia e Matemática, com excelentes notas. Lecciona, ainda sendo aluno, no Colégio de Coimbra,
a disciplina de Ciências Físicas e Biológicas, colaborando na altura com o professor Sidónio Pais, que
decerto muito o influenciou.
Em Coimbra, enquanto estudante, foi convicto republicano. Pertenceu, quando frequentava o 4º ano
de medicina, ao Comité civil da organização carbonária autónoma de Coimbra, “Carbonária Portugália”,
em Janeiro de 1910. Ao mesmo tempo, faz parte, em Coimbra, da Loja Revolta (aliás, como todos os do
comité de estudantes da Carbonária Portugália) com o nome simbólico Saint Just, tendo atingido o grau
5º do Rito Francês. Fez parte da geração de estudantes da Greve Académica de 1907. Frequentava, na
altura, o 1º ano da Faculdade de Medicina e foi um dos 160 alunos (chamados Intransigentes) que não
renovaram a matrícula para fazer exame.
Colega de Oliveira Salazar na Universidade, acompanhou-o depois na tertúlia do CADC, e pode dizer-se,
tal era a admiração pessoal que tinha por ele, que foi Salazarista antes do Salazarismo. O ditador, mais
tarde, agradeceu-lhe a atenção dedicada.
Concluída a licenciatura em Medicina, Bissaya Barreto opta pela vida política, sendo eleito para o círculo
eleitoral da Figueira da Foz, para a Constituinte de 1911. Em Lisboa, frequenta a Escola Médica e as aulas
do professor e cirurgião cabeça, ao mesmo tempo que o ocupa o seu lugar no parlamento. Após 3 anos
regressa a Coimbra, onde faz provas para professor agregado da Faculdade de Medicina, regendo depois
a cadeira de “Técnica Cirúrgica” e exerce clínica. Como cirurgião, percorre a província, operando em Vila
Real, Guarda, Santa Comba Dão, Mealhada, Castanheira de Pera, Figueira da Foz.
Bissaya Barreto que fez parte (1932) da Comissão Central da União Nacional, juntamente com Manuel
Rodrigues, Armindo Monteiro, Lopes Mateus, e sob chefia de Salazar, foi, ainda, Presidente da Junta da
Província da Beira Litoral, procurador à Câmara Corporativa e, ao longo do tempo, teve uma acção no
campo social e da saúde pública muito importante.
Impulsionou sanatórios, leprosarias, casas da criança, refúgios para idosos, institutos maternais, bairros
económicos, campos de férias, colónias balneares, estando à frente da campanha de luta contra a tuberculose, a lepra e a loucura. Mandou fazer a Escola Normal Social e o Portugal dos Pequenitos. Em 26 de
Novembro de 1958, criou uma Fundação, em Coimbra, que tem o seu nome, justamente na casa onde
viveu. Após o 25 de Abril foi exonerado de todos os seus cargos, morrendo em Lisboa a 16 de Setembro
de 1974.
fonte: Fernando Baeta Bissaya Barreto Rosa
in wikipédia · http://pt.wikipedia.org/wiki/bissaya_barreto
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portugal dos pequenitos
Obra do Professor Dr. Bissaya Barreto, projectado pelo arquitecto Cassiano Branco, o Portugal dos Pequenitos (e não Portugal do Pequeninos), implantado na cidade de Coimbra desde 1940, é talvez o parque
temático dedicado à criança mais visitado e interessante do país.
O Portugal dos Pequenitos fica no Largo do Rossio, Santa Clara. O parque tem monumentos e outros
elementos sobre a arquitectura e a História de Portugal, distribuídos por três zonas:A primeira parte da
construção, efectuada entre 1938 e 1940, é constituída pelo conjunto de casas regionais portuguesas.
Solares de Trás-os-Montes e Minho, casas típicas de cada região com pomares, hortas e jardins, capelas,
azenhas e pelourinhos. A este núcleo, pertence também o conjunto de Coimbra, espaço onde se encontram representados os monumentos mais importantes da cidade.A segunda fase integra a “área monumental”, espaço ilustrativo dos monumentos nacionais de Norte a Sul do País. De realçar a cópia da janela
do Convento de Cristo em Tomar, obra em cantaria da autoria de Valentim de Azevedo.Terminada em finais
dos anos 50, a terceira fase engloba a representação etnográfica e monumental dos países africanos de
língua oficial portuguesa, do Brasil, de Macau, da Índia e de Timor, rodeados por vegetação própria destas regiões. Esta fase integra também monumentos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
fonte: Portugal dos Pequenitos · in wikipédia · http://pt.wikipedia.org/wiki/portugal_dos_pequenitos
portugal dos pequenitos em coimbra
casa da criança em castanheira de pera
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Outros personagens
antónio alves bebiano (1831·1911)
Visconde de Castanheira de Pera, grande dinamizador da indústria têxtil local.
professor doutor fernando baeta byssaia barreto rosa (1886·1974)
Ilustre médico fundador de uma obra com grande alcance social na Beira Litoral, nomeadamente a Casa
da Criança, o Portugal dos Pequenitos, entre outras.
dom manuel agostinho barreto (1835·1911)
Sagrado Bispo do Funchal, grande inovador do ensino do seminário.
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Castanheira de Pera
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Vestígios do passado
chaminé da fábrica dos esconhais
As origens da vila remontam a 1135 e em 1206 D. Pedro Afonso, filho bastardo de D. Afonso Henriques, concedeu-lhe o foral, que foi renovado por D.
Sancho I em 1217.
Concelho arrebatado às terras de Pedrógão, Castanheira de Pera surge como
consequência directa da Revolução Industrial, na época em que o Visconde de
Castanheira de Pera dá trabalho e casa ao povo da vila.
A região teve, desde sempre, tradição na indústria de lanifícios, tendo sido
construída uma fábrica no século XIX, em 1860, movida por roda hidráulica, que se destacou pela qualidade dos seus produtos. Mais tarde, transformou-se no terceiro centro da indústria de lanifícios do país.
Este desenvolvimento industrial foi complementado pelo desenvolvimento das vias de comunicação, por
intermédio do visconde de Castanheira de Pera, António Alves Bebiano. Das grandes fábricas do fim do
século XIX restam hoje apenas paredes e máquinas que formam um núcleo importante de arqueologia
industrial, bem como a chaminé da Fábrica dos esconhais. Mais bem conservadas estão as inúmeras casas
solarengas existentes na vila e nos arredores.
Castanheira de Pera foi elevado a concelho a 04 de Julho de 1914.
Na vila, apresentando muitos traços setecentistas, a Igreja Matriz (dedicada ao padroeiro São Domingos) eleva-se sobre uma ampla escadaria encimada por um antigo cruzeiro. No seu interior, uma peça do
século XVI, talhada em pedra e representando a Santíssima Trindade, faz as honras do templo.
igreja matriz
fonte: site institucional do Município de Castanheira de Pera
A caminho da serra é possível visitar aldeias com sabor a passado, descobrindo pelos seus recantos o
modo de vida próprio das gentes do mundo rural. No Coentral Grande a Igreja Matriz encanta pela sua
traça simples e enquadramento airoso face ao povoado.
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coentral grande
Mas, o que identifica e traduz a História de Castanheira de Pera é o Alto do Santo António da Neve, pico
da serra onde se situa a Capela (com o mesmo nome) e mandada edificar em 1787 pelo Neveiro-Mor
da Casa Real, Julião Pereira de Castro. Junto à Capela situam-se os poços do antigo Real Neveiro, local
onde o gelo era conservado para depois ser transportado por ronceiros carros de bois até Constância e
em barco, rio Tejo abaixo, até Lisboa num trajecto cheio de pesares e dificuldades.
alto do santo antónio da neve · poços do antigo real neveiro
alto do santo antónio da neve · poços do antigo real neveiro
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O gelo viria depois a ser utilizado na copa e adega do Rei e em cafés reputados da capital. Dos sete poços
iniciais (construídos na pedra de xisto, típica da região), resistiram ao tempo somente três, herança presente de uma época árdua para os povos serranos.
alto do santo antónio da neve · poços do antigo real neveiro
De entre outros vários monumentos destacam-se: as Ermidas de Nossa Senhora da Guia, São Sebastião
e Nossa Senhora da Nazaré; o jardim da Casa da Criança Rainha D. Leonor; as esculturas que povoam
os largos e rotundas com especial relevo para o monumento ao Vento e a estátua da Princesa Peralta; o
Museu do Lagar, localizado na Praia Fluvial do poço Corga e ainda a Casa do Tempo.
estátua da princesa peralta
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Castanheira de Pera
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museu do lagar
As aldeias de Coentral Grande, Pera, Pisões, Gestosas, Carregal, Cimeiro, Moita e Sarzedas de S. Pedro,
entre outras, constituem por si locais de interesse e que conservam a traça arquitectónica original.
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Castanheira de Pera
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Usos e costumes
Artesanato e ofícios tradicionais
artefactos têxteis • barretes das sarnadas
Os barretes são fabricados na única fábrica existente a nível mundial, localizada no Parque Industrial do
Safrujo, em Castanheira de Pera. Nesta fábrica são ainda produzidos os barretes dos campinos ribatejanos (verdes e vermelhos) e dos pesacadores da Nazaré (de cor preta). Os barretes originais constituíam
parte integrante do vestuário tradicional dos Neveiros do Coentral, subsistindo actualmente enquanto
ex-libris do concelho. Tradicionalmente são oferecidos e “enfiados” nas cabeças das personalidades que
visitam estas paragens.
artes decorativas • tapeçarias artísticas e peças diversas
cordoaria e carpintaria • cadeiras, bancos mesas em madeira e corda
azulejaria e cerâmica • peças diversas
a nível dos ofícios tradicionais sobressaem, os associados à apicultura
Principais especialidades gastronómicas
pratos típicos do concelho de castanheira de pera
cabrito assado e arroz de cabidela de cabrito
A pastorícia constitui, ainda hoje, uma actividade económica importante nestas paragens.
mel de urze da serra da lousã
Produto D.O.P. • Denominação de Origem Protegida
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Castanheira de Pera
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Feiras, festas e romarias
feriado municipal · 04 de julho
significado do dia: data da fundação do concelho (04.07.1914)
Castanheira de Pera pertenceu à freguesia de Santa Maria de Pedrógão. Em 1502, foi fundada a freguesia
de Castanheira de Pera. Mais tarde, em 1691, a freguesia do Coentral.
De 1895 a 1899, Castanheira e Coentral pertenceram ao concelho de Figueiró dos Vinhos, quando o
concelho de Pedrógão Grande foi extinto. Em 1899, um decreto restaurou o concelho de Pedrógão e
Castanheira e Coentral voltaram a pertencer a este concelho.
A importância social e económica de Castanheira, decorrente do desenvolvimento da indústria de lanifícios, impunha-se ao concelho que, radicado em Pedrógão, era acusado de “administração desligada
dos interesses das povoações do nordeste”. Castanheira pretendia, assim, desanexar-se de Pedrógão.
Porém, as lutas políticas e as rivalidades eram muitas. Numa terrível campanha eleitoral, em 1913, a lista
da Castanheira conseguiu a vitória para a Câmara de Pedrógão, por escassos três votos. Conquistada a
Câmara, estavam abertas as portas para a autonomia municipal. Foi elaborado o projecto de lei n.º 47-A,
da autoria de Victorino Godinho, que justificava a criação do concelho de Castanheira de Pera: “Castanheira de Pera é uma das mais florescentes povoações do país (…) atestam-no bem a pujança industrial
e comercial, o número relativamente elevado dos seus habitantes (5.684) e as suas contribuições para a
Fazenda Nacional e para o município. (…) Ao norte da Castanheira existe outra freguesia do concelho de
Pedrógão, Coentral (839) habitantes, que com aquela se encontra em fáceis comunicações e que naturalmente deverá fazer parte de novo concelho, que assim ficará com 6523 habitantes (…)”.
A lei n.º 203, que aprovava a criação do concelho, foi publicada no Diário do Governo, I ª série, n.º 99,
de 17 de Junho de 1914. Em 4 de Julho de 1914, é fundado o concelho de Castanheira de Pera.
Um dos períodos mais complicados, mas também dos mais pitorescos do concelho de Castanheira de Pera
foi o que decorreu de 1923 a 1927 - período em que houve dois executivos camarários antagónicos que
se auto-consideravam legítimos e que, em nome da lei, cobravam impostos e aplicavam multas.
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índice
Castanheira de Pera
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festa de inauguração do concelho
paços do concelho na casa pimentel
fonte: site oficial do Município de Castanheira de Pera · http://www.cm-castanheiradepera.pt/
mercado semanal
sábado
romaria
santo antónio da neve · coentral
13 de junho
feira anual
castanheira de pera
3ª semana de julho
festa em honra de são domingos
castanheira de pera
3º domingo de agosto
encontro dos povos serranos
santo antónio da neve · coentral
evento móvel, realizado no verão, habitualmente em julho
Reúne comunidades de vários concelhos, entre eles: Castanheira de Pera, Lousã, Miranda do Corvo, Góis.
fonte: site oficial do Município de Castanheira de Pera · http://www.cm-castanheiradepera.pt/
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Castanheira de Pera
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Curiosidades locais
a lenda da princesa peralta
As origens de Castanheira de Pera remontam, certamente, a muitos séculos antes do primeiro documento histórico comprovativo. O primeiro documento conhecido, referindo nomes de povoações do
actual concelho, tem a data de 1467 – é uma sentença de Afonso V sobre os baldios do Coentral. Porém,
existe uma lenda que nos fala da princesa Peralta, filha de el-rei Arunce. Esta lenda foi escrita, em 1629,
por Miguel Leitão de Andrada. Segundo a lenda, em 72 a.C., fugida de Colimbria, em consequência da
invasão do reino, Peralta refugiou-se com seu séquito no Castelo de Arouce (Lousã). Por influência de
Sertório (guerreiro romano que por ela se apaixonou), decidiu ir para Sertago. No caminho, morreu sua
aia, Antígona, que ali mesmo foi enterrada. Sobre a sepultura foi colocada uma lápide com a seguinte
inscrição: “ANTÍGONA DE PERALTA AQUI FOI DA VIDA FALTA”. A deusa Vénus, que perseguia a princesa,
enviou um poderoso raio, que transformou os acompanhantes em montanhas e a bela Peralta numa formosa sereia, que ficou vivendo nas águas que brotavam da serra. Esse raio desfez, igualmente, a lápide,
onde, para a posteridade, apenas ficava da primitiva inscrição: ANTIG...A DE PERA... Desta lenda maravilhosa nasceu Castanheira de Pera.
fonte: site oficial do município de castanheira de pera em http://www.cm-castanheiradepera.pt/
o laínte-dialecto local
“Áques larfamos Laínte” – Aqui falamos Laínte No século XIX, o espírito inventivo dos Castanheirenses levou à criação do Laínte da Casconha. Laínte
é uma modificação da palavra latim. Falar latim significa, em linguagem coloquial, “expressar-se de um
modo que ninguém entende” – tem este significado devido ao latim em que eram, antigamente, celebradas as missas e que ninguém entendia. Assim, Laínte significa linguagem que só os iniciados entendem
e Casconha uma palavra inventada que significa Castanheira de Pera. O Laínte tem por base a língua
portuguesa, utilizando as mesmas regras gramaticais (tempos verbais, substantivos,…). Os vocábulos
são, na sua maioria, formados a partir da transformação das palavras em português. Trata-se de uma linguagem exclusivamente oral que era utilizada pelos vendedores ambulantes de tecidos de Castanheira
de Pera. Esta linguagem terá surgido aquando da expansão das indústrias de lanifícios, cujos tecidos
aí fabricados era necessário vender fora da região. Homens de trouxas às costas, de burro ou de mula,
percorriam o país vendendo os tecidos oriundos das indústrias de Castanheira de Pera. Esta situação de
“andarilhos solitários” incutia-lhes um espírito de entreajuda e solidariedade. Mas também a necessidade
de estarem em permanente alerta, devido à cobiça suscitada pelos tecidos que tinham para vender, assim
como pelo dinheiro que transportavam, fruto da venda dos mesmos, obrigando-os a adoptar atitudes
defensivas. É neste contexto de entreajuda e necessidade de defesa que surge o Laínte. Esta linguagem
permitia, assim, aos vendedores comunicarem entre si sem que os clientes entendessem e, em caso de
assalto, combinarem uma estratégia para se defenderem. Em meados do séc. XX, devido às alterações
da forma de comercializar os tecidos (confecções, …), os vendedores deixam de andar de terra em terra
e fixam-se. Com esta fixação do comércio, deixa de existir a necessidade de uma autodefesa e de um
espírito de entreajuda e, como tal, também de uma linguagem própria – o Laínte – começa, assim, a
deixar de ser falado.
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Castanheira de Pera
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exemplos de palavras em laínte
laínte
português
alcatrefo
alfaiate
alçomo
almoço
almodovo
algodão
artife
pão
batora
barato
broca
casa
caloio
caloteiro
carmar
comprar
coideia
bêbado
dronha
dinheiro
garpar
pagar
ladrilho
ladrão
larfar
falar
loreta
água
maneza
mulher
monas
batatas
nampo
pano
obridoga
obrigado
paontra
patrão pedêça
peça
pissalta
rapariga
razopa
rapaz
rodélos
tostões
verdunhar
vender
exemplo de diálogo em laínte
– Choina codêpia, hoidêje a rêfa verse cópia. – Boa noite, hoje a feira foi boa.
– Insara amidêgo, o cames verdunhou timum de faiarra
– É verdade amigo, eu vendi muita fazenda.
– Taêmes o cames, jordamos atilém ao cadéfe bercher um moiteira copio? – Também eu, vamos além ao café beber um copo de vinho?
– Insara, o cames taêmes jorda carmar cidorras pra cachinar.
– Sim, eu também vou comprar cigarros para fumar.
fonte: site oficial do Município de Castanheira de Pera · http://www.cm-castanheiradepera.pt/
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Figueiró dos Vinhos
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3.2. Figueiró dos Vinhos, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
A Sintra do norte…
Embora a origem de Figueiró dos Vinhos remonte ao período anterior à nacionalidade, é em 1204 que
D. Pedro Afonso, filho natural do primeiro rei, lhe concede o seu primeiro foral. Recebe de D. Manuel I
novo foral em 1514.
Fazendo parte da região beirã, foi sempre sua fama as belezas naturais, o seu ar puro e a sua luminosidade. Apelidada de “Sintra do Norte” e nomeada estância turística na década de 30, tem cultivado ao
longo do tempo a promoção das suas belezas naturais e ambientais.
Os seus jardins são hoje um património que orgulha as suas gentes, reconhecidos internacionalmente, em
1998, com a Medalha de Prata no “Concurso Europeu Cidades e Vilas Floridas”. Entra hoje nos hábitos
dos figueiroenses, a realização anual, por altura das Festas de S. João, padroeiro do concelho, o concurso
“Figueiró mais Florido”, momento que se premeiam as varandas, as janelas e os jardins do concelho.
As suas variadas Festas e Romarias, de que a Feira Anual de S. Pantaleão é uma referência, cultivam as
ancestrais tradições das populações, de que a doçaria surge como elemento marcante. O Pão-de-Ló e as
castanhas de ovos são hoje uma marca constante para todos os que visitam estas paragens.
A Foz de Alge, onde as águas da Ribeira de Alge se encontram com o rio Zêzere, é um lugar paradisíaco
e uma referência turística fundamental da região.
Geografia e demografia
O concelho de Figueiró dos Vinhos localiza-se na Região Centro, na Sub-Região do Pinhal Interior Norte,
no distrito de Leiria,. Situado entre as Serras da Lousã e dos Alvelos e as barragens do Cabril e da Bouçã,
é limitado a norte pela Lousã e a noroeste por Miranda do Corvo (distrito de Coimbra), a sul por Ferreira
do Zêzere (distrito de Santarém), a leste por Pedrógão e Castanheira de Pera, a sueste pela Sertã (distrito
de Castelo Branco), e a oeste por Ansião, Penela e Alvaiázere. No total, abrange uma área de 171,95km2
e é constituído por 5 freguesias: Aguda, Arega, Campelo, Figueiró dos Vinhos e Bairradas.
Em 2001, o concelho apresentava 7352 habitantes.
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Figueiró dos Vinhos
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mapa do concelho
fonte: Figueiró dos Vinhos. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004
evolução da população do concelho de figueiró dos vinhos (1801 – 2004)
ano
1801
1849
1900
1930
1960
1981
1991
2001
2004
habitantes
2430
5068
9702
10699
11545
8754
8012
7352
7080
outras informações relevantes
características gerais do concelho
gentílico
figueiroense
área
171,95 km²
população
7 352 habitantes (2001)
densidade populacional (habitantes/km )
44,1
superfície (km2)
172,0
número de freguesias
5
região
centro
subregião
pinhal interior norte
distrito
leiria
antiga província
beira litoral
2
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Figueiró dos Vinhos
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Economia local
O principal sector de actividade é o terciário relacionado com o pequeno comércio.
O sector secundário está relacionado com a indústria florestal, indústria de madeiras, de confecções, de
recauchutagem, de construção civil, metalúrgica e oficinas auto. O sector primário está relacionado com
a agricultura, a silvicultura e a apicultura.
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Figueiró dos Vinhos
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Personagens ilustres
José Malhoa
Nasceu em 1855, nas Caldas da Rainha e morreu em 1933.
Autor dos quadros, “O Emigrante”; “Seara Invadida”; “Descobrimento do Brasil”; “A Sesta”, entre inúmeros outros. A sua mais conhecida obra intitula-se “O Fado”.
É de sua autoria, o retábulo no altar-mor da Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos, dedicado a São João
Baptista e que retrata o baptismo de Cristo. Digna de visita é também a sua casa-atelier “O Casulo” onde
o pintor viveu até à sua morte. Trata-se de um edifício construído nos finais do século XIX, segundo projecto do arquitecto Ernest Reynaud.
Outras personagens
dom diogo de sousa (1461-1532)
Bispo do Porto e mais tarde Arcebispo de Braga. Foi Embaixador de El-Rei Dom Manuel em Roma.
simões de almeida, tio (1844-1926)
Escultor neoclássico português. Da sua obra destacam-se “Puberdade”, “A Estátua do Duque da Terceira”,
“O Génio da Vitória”- monumento aos Restauradores e Luís de Camões (esta no Clube Figueiroense/Casa
Municipal da Cultura).
josé malhoa (1855-1933)
Pintor de projecção nacional e internacional.
Radicou-se em Figueiró no final do séc. XIX, onde criou grande parte da sua obra artística.
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Mandou construir nesta vila o seu atelier, o qual baptizou de “Casulo”. É de sua autoria, o retábulo do
Altar-mor da Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos, o qual representa o bapttismo de Jesus Cristo.
simões de almeida, sobrinho (1880-1950)
Escultor. É da sua autoria o busto oficial da república Portuguesa, tendo recebido importantes prémios
pela sua vasta obra.
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Figueiró dos Vinhos
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Vestígios do passado
Em 1204, D. Pedro Afonso, filho natural de D. Afonso Henriques, concedeu o primeiro foral a Figueiró
dos Vinhos, sendo este sucessivamente renovado, primeiro por D. Sancho I, depois por D. Afonso II e
mais tarde por D. Manuel, em 1514.
No coração da Vila localiza-se a Igreja Matriz, classificada como Monumento Nacional. Neste espaço,
de profundo cariz religioso, poderemos encontrar obras de grande valor artístico, como a imagem de S.
João Baptista (padroeiro do Concelho) e o túmulo de Ruy Mendes Vasques e a sua esposa D. ª Violante
de Sousa. No altar-mor, o belo retábulo representando o Baptismo de Cristo, pintado por José Malhoa
deixa-nos profundamente encantados.
igreja matriz
No Centro Histórico da Vila, deparamo-nos com outros valores patrimoniais, como são dignos exemplos
a Capela de S. Sebastião, a Cruz de Ferro, e a Torre da Cadeia, tendo este monumento sido mandado
construir em 1506 pelo homens bons do concelho para fazer face às pretensões senhoriais relativamente
ao exercício da justiça, existindo ainda hoje placa alusiva ao acto.
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centro histórico da vila
torre da cadeia
O Convento do Carmo, que data do século XVII, esteve ligado à ordem dos Carmelitas Descalças. Classificado como património de interesse público, nele se destacam os azulejos joaninos da Capela de Francisca
Evangelha. O seu Colégio das Artes teve na época larga importância.
convento do carmo
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Figueiró dos Vinhos
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O Casulo de Mestre Malhoa, foi construído no final do século XIX segundo projecto do Arquitecto Ernest
Reynaud. Nesta casa, realizou o pintor algumas das suas mais importantes obras e, no seu exterior, poderemos contemplar azulejos de Rafael Bordalo Pinheiro.
casulo de mestre malhoa
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Figueiró dos Vinhos
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As Ruínas das Antigas Ferrarias de Foz de Alge ,Figura 6 e 7, localizam-se na foz desta linha de água e
são visíveis, apenas em tempos de maior seca. O mais antigo alvará de que se tem conhecimento desta
fábrica, data de 1655 pelo Conde de Cantanhede. Na altura era supervisor Francisco Dufour e aqui se
fabricavam balas, bombas e peças de artilharia. Laborou até 1759, ano em que foi suspensa a sua actividade pelo Ministro de D. José I, Sebastião de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal. Mais tarde, no
início do séc. XIX com o grande impulso que teve a exploração do ferro, foram reactivados em 1802 os
trabalhos desta ferraria sob a administração de José Bonifácio de Andrade e Silva, dedicando-se a novos
produtos, artigos de ferro em bruto e manufacturado. Hoje apenas se podem apreciar as suas ruínas,
junto à foz da Ribeira de Alge.
fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
ruínas das antigas ferrarias de foz de alge
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Figueiró dos Vinhos
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Usos e costumes
Artesanato e ofícios tradicionais
tecelagem · tapeçaria, peças diversas
cestaria · cestos em vime de diversos formatos
artes decorativas · peças diversas
cerâmica · peças humorísticas
madeira e cordoaria · cadeiras e mesas em madeira e corda, peças diversas
tanoaria · pipos
o centro permanente de artesanato
A preocupação com a preservação da Arte Tradicional, fez com que se criasse um espaço dedicado à
divulgação e promoção dos trabalhos realizados pelos artesãos do concelho. O Centro de Artesanato de
Figueiró dos Vinhos, situado junto ao Terminal Rodoviário, é o local onde se pode encontrar uma concentração de trabalhos tão variados como cestaria, olaria, pintura, entre outros, e conhecer um pouco
mais da Arte Tradicional deste concelho.
fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
Principais especialidades gastronómicas
pratos típicos do concelho de figueiró dos vinhos
trutas
da ribeira de alge e do viveiro de campelo
pescado do rio: achigã, boga, carpa, …
As águas límpidas da Ribeira de Alge e do Rio
Zêzere, que correm em todo o concelho proporcionam a existência de algumas espécies de peixe
como o Achigã, Boga, Carpa, Barbo e as Trutas,
que permitem variadas confecções gastronómicas,
para além de cada restaurante apresentar nas suas
ementas pratos tradicionais de borrego e cabrito.
fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos
Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
leitão assado
Na freguesia de arega o leitão é um prato tradicional.
pão-de-ló de figueiró
confeccionado segundo receita secular
Figueiró dos Vinhos orgulha-se de ter grande tradição na doçaria conventual. Os doces ricos em ovos
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Figueiró dos Vinhos
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e amêndoa, como as castanhas doces, pingos de tocha e queijinhos do céu, nunca esquecidos, biscoitos de manteiga, broinhas de casamento complementam a fama do Pão-de-Ló de características muito
próprias, doçaria que conserva ainda hoje as receitas originais deixadas pelas freiras que permaneceram
neste concelho até ao séc. XIX.
fonte: site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
doçaria diversa
castanhas doces • pingos de tocha • queijinhos do céu
mel de urze da serra da lousã
Produto D.O.P. • Denominação de Origem Protegida
Feiras, festas e romarias
feriado municipal
festas do concelho · são joão baptista
junho / 24 de junho
Dia de festa em honra de S. João Batista, Santo Padroeiro do concelho. As Festas do Concelho decorrem
durante todo o mês de Junho, culminando com o dia do Padroeiro, S. João Baptista, em 24 de Junho.
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Figueiró dos Vinhos
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Neste período decorrem várias actividades de grande dimensão, integrando a
FIGEXPO – Feira de Artesanato, Mostra das Actividades Económicas e Mostra
Gastronómica – muito participadas pelas colectividades e populares. Realizamse exposições, espectáculos musicais, actividades desportivas e manifestações
de cariz popular. É a altura ideal para visitar e conhecer o concelho.
fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos
http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
retábulo do altar-mor de mestre josé malhoa · igreja matriz
mercado semanal
quarta-feira e sábado
festas do são joão
figueiró dos vinhos
última semana de junho
feira de são pantaleão
figueiró dos vinhos
26, 27 e 28 de julho
feira anual que se estende pela Vila num diversificado e popular conjunto de feirantes e tendeiros que
mantêm viva a tradição de há longos anos.
festa em honra de nª. senhora da conceição
arega
2º domingo de agosto
festa em honra de nª. senhora do livramento
bairradas
no domingo seguinte a 15 de agosto
festa da nª. senhora penha de frança
aldeia de ana de aviz
2º domingo de agosto
festa de nª. senhora da saúde
fontão-fundeiro campelo
18 a 21 de junho
feira das nozes
fragas de são simão-aguda
28 de outubro
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Curiosidades locais
o passeio no jardim
No centro da Vila, o Parque Municipal é orgulho de todos os figueiroenses. A sua construção teve início
em 1930. Ao descer as suas escadarias, é com gosto que se apreciam os vários canteiros primorosamente
traçados e cuidados ao longo de todo o ano. Aqui as crianças têm o seu espaço, gozando de equipamentos lúdicos onde podem brincar e encantar. Existem ainda instalações desportivas e um bar-esplanada.
Uma avenida de Plátanos majestosos separa este Parque Municipal do Jardim situado na parte superior
deste espaço verde. Dominado por um grande lago, concilia as mais variadas plantas com a sua arquitectura geométrica. A beleza deste Jardim e todo o encanto da vila permitiram que em 1998 Figueiró dos
Vinhos fosse premiado com a Medalha de Prata no “Concurso Europeu Cidades e Vilas Floridas”. Desde
esta altura a autarquia promove todos os anos o concurso “Figueiró Mais Florido”, incentivando o colorido das flores em cada janela e jardim.
as alminhas
Pequenos e singelos monumentos de piedade religiosa, erguidos nos montes e vales, nos povoados e
caminhos, nas encruzilhadas e solidões. Dos homens solicitam “Pai-Nossos” e “Avé-Marias” para auxílio
da salvação das almas que penam no Purgatório; suscitam o dever da virtude, pelo exemplo das penas
do Purgatório, assim como o precário e vão da vida terrena. De madeira, lata, azulejos, e até na pedra
fundeira dos nichos, se pintam as alminhas. Estas humildes memórias de piedade têm um considerável
valor etnográfico porque nelas actua o ingénuo sentido artístico do povo. Muitas já se perderam por
motivo de abandono, de fúrias modernizadoras e destruidoras. No Concelho de Figueiró dos Vinhos
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Figueiró dos Vinhos
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podemos encontrar 56 alminhas. A mais antiga datada é de 1852 em Abrunheira, freguesia de Aguda, e
a mais recente é de 2004, no Penedo da Mina, freguesia de Campelo. Temos pois um registo de mais de
um século e meio de alminhas erguidas no Concelho de Figueiró dos Vinhos. Provavelmente houve outras
mais anteriores, mas que se encontram irremediavelmente perdidas. Há pois que dar valor a estes pequenos monumentos que fazem parte do nosso património cultural, para que também eles não desapareçam
e para que permaneçam no futuro para continuar a contar histórias às gerações vindouras.
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Lousã
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3.3. Lousã, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Ao encontro da serra…
A Lousã, situada numa das vertentes da Serra, brilha sobretudo pela sua paisagem viçosa, serena e
repousante. Porém, é o seu estilo arquitectónico que num primeiro olhar nos encanta, em que as casas
brasonadas dos séculos XVIII e XIX se impõem pelo seu interesse histórico e estético ajudando a manter
uma certa nostalgia bucólica, apesar do crescimento urbanístico dos últimos anos.
Nas cercanias da vila situa-se o Castelo de Arouce e as Ermidas de Nossa Senhora da Piedade, num
enquadramento harmonioso de património edificado, rio e floresta.
A paisagem da região é expressiva, traduzindo-se numa luxuriante vegetação que comporta uma flora
diversificada e em que as Aldeias Serranas, construídas em xisto e espalhadas pelo entrecortado da Serra,
constituem a imagem de marca da região pela sua simplicidade e rusticidade, típicas de gentes do mundo
rural de outrora.
Geografia e demografia
O concelho de Lousã localiza-se na Região Centro, na sub-região do Pinhal Interior Norte, no distrito de
Coimbra. O município é limitado a norte pelo município de Vila Nova de Poiares, a leste por Góis, a sueste
por Castanheira de Pera, a sul por Figueiró dos Vinhos e a oeste por Miranda do Corvo. Localiza-se a
uma altitude média de 170 metros, no vale do rio Arouce, próximo da margem esquerda do rio Ceira, no
sopé ocidental da Serra da Lousã. Esta serra, como a própria toponímia do concelho indica, é a sua marca
natural, tem cerca de 30km de comprimento, com sentido nordeste/sudoeste e uma largura aproximada
de 20km, a sua altitude máxima é de cerca de 1204 metros no Monte designado por Alto ou Altar do
Trevim. Na serra é possível ter contacto com algumas espécies como o javali e o milhafre e ainda outras
recentemente reintroduzidas como o corso e o veado.
O concelho ocupa uma área de cerca 139,16km², subdividida em 6 freguesias: Casal de Ermio, Foz de
Arouce, Gândaras, Lousã, Serpins e Vilarinho.
Em 2001, o concelho apresentava 15 753 habitantes.
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Lousã
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mapa do concelho
fonte: Lousã. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004
evolução da população do concelho da lousã (1801–2004)
ano
1801
1849
1900
1930
1960
1981
1991
2001
2004
habitantes
6574
10275
11685
12905
13900
13020
13447
15753
17252
outras informações relevantes
dados gerais do concelho da lousã
gentílico
lousanense
área
139,16 km²
população
15 753 hab. (2001)
densidade populacional (habitantes/ km²)
100,6
superfície (km )
138,4
número de freguesias
6
região
centro
subregião
pinhal interior norte
distrito
coimbra
antiga província
beira litoral
2
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Economia local
Neste concelho, a agricultura é pouco significativa, ocupando cerca de 4,7% da população activa. A
existente é pouco mecanizada e a tempo parcial, sendo no entanto uma predominante no vale do Ceira
e margens do rio Arouce, partes mais planas do concelho e com maiores recursos hídricos, as quais são
propícias à instalação de viveiros, fenómeno agrícola em crescimento. Como culturas predominantes,
destacam-se o feijão, a batata, alguns cereais e produtos hortícolas. Não sendo uma região produtora
de vinho, é contudo imprescindível referir o vinho da Quinta de Foz do Arouce, preciosidade por paladar
e reduzida produção nos meios enólogos. A apicultura é uma das actividades tradicionais, característica
deste concelho (bem como de todos os restantes concelhos localizados na Serra da Lousã) constituindo
o Mel da serra da Lousã um produto certificado e com Denominação de Origem Protegida.
A indústria é um sector importante, empregando cerca de 48% da população activa, nomeadamente a
do papel, artes gráficas, edições e publicações, da madeira, têxtil e alimentar. As indústrias localizam-se
em duas áreas industriais fundamentais, que são a de Matinhos e a de Alto do Padrão.
Ao nível do comércio e serviços, teve um grande desenvolvimento no início do século XX, estando actualmente apetrechada de vários estabelecimentos comerciais, modernos que acompanham a evolução
tecnológica de gestão e acesso à informação.
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Personagens ilustres
José Carranca Redondo
a empresa e o licor
A empresa J. Carranca Redondo, Lda, produtora do Licor Beirão, nasceu em 1940, mas a história deste
licor é bastante mais antiga. Ainda sem o apelido de Beirão, o licor já se fabricava, na vila da Lousã, numa
farmácia, há mais de um século.
A história conta-se assim: em finais do século XIX, um caixeiro-viajante de vinhos do Porto, de passagem
pela Lousã, apaixonou-se pela filha de um farmacêutico, acabando o namoro em casamento. Na farmácia,
para além dos medicamentos habituais, eram comercializados “licores naturais” segundo fórmulas antigas
mantidas em segredo. Entretanto, entra em vigor uma lei que proíbe a atribuição de propriedades medicinais às bebidas alcoólicas. Aproveitando a oportunidade, o jovem vindo do norte leva a cabo a autonomização da produção dos néctares, pelos mesmos processos artesanais, numa pequena fabriqueta.
Mas o nome do Licor Beirão não aparece por acaso. Em 1929 realizou-se um Congresso Beirão em Castelo
Branco e o licor foi assim baptizado em homenagem ao encontro. São as dificuldades trazidas pela 2ª
Guerra Mundial que fazem com que a fábrica seja vendida, em 1940, a um jovem, natural da Lousã, José
Carranca Redondo que ali trabalhou durante algum tempo. Com pouco mais de vinte anos e entretanto
casado, decide investir as suas poupanças comprando a casa e o segredo, dedicando-se de corpo e alma
ao licor que passou a ser fabricado pela mulher.
Desde então as vendas não pararam de crescer, tornando-se, na actualidade, num licor de grande sucesso.
o fundador
José Carranca Redondo nasceu na Lousã em 1916 e começou a trabalhar em 1929, na altura da primeira
crise mundial, numa fábrica de papel. Depois de passar por outra empresa local ingressa na empresa de
Luís de Pinho, produtora então do Licor Beirão. Mais tarde, para não ficar sem emprego, José Carranca
Redondo compra a fábrica de licor e começa a árdua tarefa de vender licor numa altura em que não havia
sequer dinheiro para a alimentação.
Mas este empreendedor, por vocação, não se cingiu a este negócio. Teve empresas de sinalização (com
ideias trazidas dos Estados Unidos da América), de brinquedos e uma de especial importância, de publicidade. O sucesso das campanhas publicitárias do Licor Beirão através de “outdoors”, fez com que outras
empresas o contratassem para fazer publicidade. Assim, aproveitando as viagens feitas para colocação da
publicidade de outras empresas, José Carranca Redondo aproveitou também para fazer publicidade ao
seu licor, permitindo que este viesse a ter a notoriedade que possui hoje em dia.
a publicidade
Foi a partir dos anos cinquenta que uma vasta campanha publicitária nas estradas e cafés de todo Portugal fez com que a marca Licor Beirão fosse sendo reconhecida pela maioria do público.
O cartaz mais famoso é sem dúvida aquele que apresenta uma tabuleta em ripas de madeira com a inscrição Licor Beirão, com um pássaro pousado e a Serra da Lousã de fundo. A sua distribuição em massa faz
com que seja um símbolo do licor e da publicidade da época. Mas outros cartazes não tiveram a mesma
aceitação e foram mesmo retirados, como aquele que apresentava uma majorete americana, desenhada
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ao jeito das ilustrações de Rockwell, com “t-shirt” vermelha a mostrar a barriga e calções muito curtos a
assegurar que “é de bom gosto servi-lo... é de bom gosto bebê-lo...”, mal aceite na época, pela escassez
de roupa...
Outra publicidade atrevida foi o autocolante colocado nas casas de banho com a inscrição “Não se
esqueça de apertar as calças”, que teve continuidade cinquenta anos depois. Actualmente é a publicidade
mais em voga nos restaurantes Nova-iorquinos. Também na televisão o Licor Beirão deixou a sua marca,
primeiro com a frase – “Licor Beirão, o Licor de Portugal” acompanhada por um fado de Coimbra, depois
com Tony de Matos, um cantor romântico muito em voga na época, num quadro de revista. Actualmente
anda na boca de toda a gente com o slogan - “O que é que se bebe aqui?”.
o local de produção
O Licor Beirão é fabricado na Quinta do Meiral na Lousã (distrito de Coimbra). Com mais de 12 hectares,
parte das plantas e sementes aromáticas utilizadas no seu fabrico são aqui produzidas, permitindo desta
forma um maior controlo da qualidade. Os restantes ingredientes são importados de locais tão distantes
como a Índia, Sri Lanka, Brasil e Turquia, entre outros.
A partir das mais de 1500 pereiras existentes é produzida a Aguardente de Pêras que contudo tem uma
produção anual muito limitada.
Outras personagens
joão luso (1875-1950)
Escritor e jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras.
dr. josé cardoso (1885-1959)
Republicano e advogado, regionalista convicto e beirão assumido. Impulsionador da construção da
estrada da serra ligando aos concelhos de Lousã e Castanheira de Pera.
dr. alcino simões lopes (1894-1980)
Médico benemérito das gentes da Lousã, considerado o médico dos pobres.
josé carranca redondo (1917-2005)
Industrial da Lousã, fabricante do célebre Licor Beirão, o Licor de Portugal e seu principal publicitário.
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Vestígios do passado
A vila da Lousã, situada na base de um dos ramos da serra do mesmo nome,
no distrito de Coimbra, é uma povoação antiga, mas de passado pouco conhecido, pelos escassos documentos que chegaram até nós.
Sabe-se, por documento directo e autentico (foral de D. Afonso Henriques,
dado ao Castelo de Arouce) que já existia, e tinha uma certa importância, nos
princípios da primeira dinastia portuguesa.
foral de d. afonso henriques
Não era no lugar onde hoje assenta, mas escondida no interior das serras a 2 quilómetros da actual vila,
edificada no alto duma pequena colina, espécie de península, circundada pelo Arouce ou Arunce, ribeiro
que nasce na mesma serra e agora é vulgarmente conhecido pelo nome de Ribeira de S. João. Neste lugar,
onde existiu a antiga povoação até ao século XIII ou XIV, encontra-se ainda uma parte do castelo e a sua
torre de menagem com ameias, muito bem conservada. Em vários pontos próximos vêem-se ainda ruínas
de numerosas habitações. Sobre a origem e fundação desta terra há versões diversas, sendo algumas mais
ou menos lendárias. Miguel Leitão de Andrade, historiador do século XVII, na sua “Miscelânea”, diz que
reinando em Colimbria (Condeixa-a-Velha) nos tempos de Sertório, Arunce, este, sendo derrotado em
guerras e procurando lugar seguro para guardar sua filha, a Princesa Peralta e os seus tesouros, construíra
ou encontrara abandonado o castelo a que deu o seu nome e mais ao ribeiro, que ainda hoje o conserva
(Quadro de Carlos Reis , intitulado Lenda da Fundação da Lousã, Salão Nobre dos Paços do Concelho).
De Arunce faz derivar o moderno nome da Lousã pelas modificações sucessivas que julga se deviam ter
dado em razão do modo de pronunciar dos povos que a habituaram; assim, de Arunce ou Arouce passou a
Alunce ou Alouce, depois a Aloçan, em seguida a Alouçam ou Louzam e finalmente a Louzaa, Louzaã e Louzan, ou Louzã, como agora se diz, tendo contudo o seu grafismo sido definitivamente fixado em Lousã.
quadro de carlos reis , intitulado lenda da fundação da lousã
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A Lousã prosperou no século XVIII, época em que grandes famílias nobres edificaram as suas moradias
no sopé ensolarado da Serra. No núcleo histórico desta vila e nos seus arredores imperam belos edifícios com fachadas longas, janelas emolduradas de cantaria e portal nobre encimado com o brasão dos
seus proprietários.
São exemplos dignos destes solares o Palácio dos Salazares, que pertenceu à Viscondessa do Espinhal, as
Casas de Cima e de Baixo dos Almeida Serra, a Casa Furtado Mesquita, a Casa do Fundo da Vila, a Casa
do Comendador Montenegro, a Casa da Quinta de Santa Rita, o Palácio do Conde de Foz de Arouce e,
ainda, os solares em Fiscal, de que constitui exemplo o Solar dos Quaresmas.
palácio dos salazares
casa do comendador montenegro
casa da quinta de santa rita solar dos quaresmas
No centro da Lousã, junto ao Edifício da Câmara Municipal (cujo interior se encontra recheado de azulejaria tipo barroco), destaca-se o Pelourinho, existente nos Paços do Concelho, que fica na área fronteiriça
entre a parte antiga e o novo aglomerado urbano, sendo este um monumento nacional que apresenta a
gravação de rostos humanos unidos entre si.
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pelourinho
Ex-Libris destas paragens, o Castelo de Arouce, também este monumento nacional, surge altaneiro sobre
as Ermidas e a Piscina fluvial da Nossa Senhora da Piedade, encaixado no vale do rio que lhe dá o nome e
apresentando preservada a sua muralha e torre de menagem construídas em pedra de xisto no século XI.
Dedicada a São Silvestre, padroeiro da vila, a Igreja Matriz, é um edifício que embora recente nos
encanta, tanto pela sua arquitectura como pelo aprazível largo que a ladeia.
A Misericórdia, composta por Capela e Casa de Despacho, constitui o edifício mais antigo do núcleo histórico remontando à era quinhentista a sua edificação (século XVI).
castelo de arouce
igreja matriz
capela e casa de despacho
Nos arredores também são inúmeros os motivos de interesse. Em Foz de Arouce, junto à confluência deste rio
com o Ceira, um padrão comemora a retirada de Massena em 1811, aquando das invasões napoleónicas.
No início do século XIX, com a retirada da terceira Invasão Francesa, após a derrota, várias casas e igrejas
foram saqueadas. Contudo, em 1906, com a inauguração do caminho-de-ferro e posterior inauguração
da energia eléctrica, o concelho teve um desenvolvimento crescente. Em Serpins, a obra de Gustave Eiffel
encontra-se retratada na ponte do caminho-de-ferro.
O séc. XVIII foi marcante para Lousã, principalmente pela instalação da indústria, nomeadamente a de
papel de grande qualidade, fornecido à Tipografia da Companhia de Jesus de Coimbra e, posteriormente,
à Tipografia Académica e Casa da Moeda. Nas proximidades da Lousã, o Engenho de Papel do Penedo
(sendo actualmente a Fábrica de Papel do Prado) apresenta-se como sinónimo da época próspera do mercantilismo. Este engenho, fundado em 1715 por um italiano chamado Ottone, mereceu a atenção e auxílio
do Rei através do seu Ministro Conde de Ericeira e, mais tarde, através do próprio Marquês de Pombal.
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Usos e costumes
Artesanato e ofícios tradicionais
artefactos de madeira: crivos e peneiras
artefactos em madeira: calendários perpétuos, marionetas, miniaturas de presépios
carpintaria: mobiliário tradicional
bordados e rendas: peças diversas
artefactos em pedra de xisto: miniaturas de casas serranas
cerâmica e azulejaria: peças diversas
ferro forjado: peças diversas
Principais especialidades gastronómicas
pratos típicos do concelho da lousã
chanfana de cabra
Ou “carne de casamento” por ser um prato muito usado nas bodas locais.
pataniscas, migas serranas, cabrito
tijelada lousanense
serranitos e talasniscos
À base de castanhas e mel
vinho da quinta de foz de arouce
licor beirão e aguardente de pêra
mel de urze da serra da lousã
Produto D.O.P. – Denominação de Origem Protegida
tijelada lousanense
serranitos
licor beirão
mel da serra da lousã
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Feiras, festas e romarias
feriado municipal
festa em honra de são joão
24 de junho
Dia de festa em honra de S. João, Santo Padroeiro do concelho
“Aos dezanove de Janeiro de mil novecentos e onze, nesta Vila da Lousã e sala das sessões municipais,
onde se achava o Presidente da Comissão Administrativa Municipal, o cidadão Francisco José de Figueiredo Júnior e os vogais, Manuel Dias Anastácio, Abel Batista e Pompeu Coelho Henriques, sendo onze
horas da manhã o Presidente declarou aberta a sessão, estando presente o administrador do concelho,
José Pereira da Cruz.
....Determinando o artigo 2º. do decreto de 12 de Outubro de 1910, que as Câmaras Municipais, dentro
da área do seu concelho, possam considerar um dia feriado por ano, deliberou a Câmara que esse dia
seja o dia 24 de Junho...
Não havendo mais assunto algum a tratar foi encerrada a sessão. Eu, António Cortês da Fonseca, secretário do da Câmara a escrevi. [Livro de Actas das sessões da Câmara Municipal da Lousã, 14 Ago.1909-16
Mar.1911, f. 133]”
fonte: site oficial da Biblioteca Municipal de Lousã
http://www.cm-lousa.pt/biblioteca/feriadmunicip.htm
mercado semanal
terça-feira e sábado
romaria de nossa senhora da piedade
lousã
durante o mês de maio
festas e feira anual do são joão
lousã
24 junho
Realiza-se na Lousã, e é a Festa do Concelho, congregando diversões, música e feira comercial e industrial.
Tem por referência o dia 24 de Junho - S. João e Feriado Municipal. A sua duração é de vários dias, tendo
por referência não só o dia da semana do Feriado Municipal como o fim-de-semana que se lhe segue.
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festa em honra de são silvestre
lousã
1º. fim-de-semana de julho
festa da senhora da pégada
foz de arouce
setembro
Realiza-se em Foz de Arouce, sede de Freguesia do Concelho da Lousã, em Setembro, normalmente no
2º fim-de-semana. É uma festividade de características populares, com romaria e arraial popular com
divertimentos, música e uma pequena vertente comercial.
outros eventos na sede de concelho
Mostra Nacional de Artesanato; Feira da Castanha e do Mel; Mostra de Caça e Pesca; Semana da Juventude; Festa do Idoso, etc.
outros eventos nas freguesias
Durante todo o ano são vários os festejos realizados nas diferentes freguesias do concelho, em honra dos
Santos Padroeiros das diferentes localidaddes. O seu calendário é móvel e estabelecido anualmente.
Curiosidades locais
lenda e história da princesa peralta
Era Conímbriga naqueles tempos uma Corte muito florescente, assim pela potência, e prosperidades, e
riqueza do Reino, como por ser porto do mar onde ancoravam e aportavam muitas naus, e baixéis de
diversas partes do mundo, de que ainda hoje aparece o cais, com as argolas em que as ditas embarcações se amarravam, e muitos sinais, e vestígios disso, que todavia não deviam ser de grande porte que
demandassem muito fundo, pois vemos hoje o que nesse tempo eram mares, serem hoje campos contíguos com a mesma cidade, e o mar coisa de três léguas distante dela. A qual ainda hoje se vê com quase
todos os seus muros, que o tempo gastador de tudo não pode extinguir, e neles se vê bem a grandeza,
e opulência que a dita cidade devia de ter sendo porto de mar, e com um Rei poderoso, e rico, e por isso
respeitado, e temido, porque também tinha em sua Corte muitos, e mui valorosos cavaleiros, e muitas
damas formosíssimas de muito preço, de que algumas andavam no Paço em serviço da Princesa Peralta
sua única filha, e herdeira do seu reino, riquezas, e estado. A qual, além deste dote, era dotada de outros
mais excelentes, que são os pessoais, além de sua estremada formosura, que era um milagre de natureza,
e no extremo engraçada, e com certos sinais em seu rosto que lhe acrescentavam mais a sua formosura.
E porque el-Rei seu pai era entrado em anos, e viúvo, a amava de tal maneira, que uma hora não podia
sofrer-se sem ver a filha.
Havia na Corte, de ordinário, muitas festas e jogos, galantarias de trovas, motes e invenções, tudo para
alegrar a Princesa e dar gosto a el-Rei, e por serviço e regalo das damas; porque andavam naquela Corte
muitos Embaixadores, de Reis, e Príncipes de toda Espanha, que pretendiam casar com a Princesa, os
quais com o fim de lhe agradar, e granjear, cada dia saíam com novas maneiras de festas. E entre os muitos Príncipes que a pretendiam, era um muito principal da mesma Lusitânia chamado Zaçor valentíssimo
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cavaleiro, e de muito grandes forças, mas tão soberbo por também ser poderoso, que por todo o mundo
era temido, quanto o diabo de todos, e o mesmo de toda a Corte d’el-Rei Arunce, especialmente da
Princesa Peralta sua filha, que de nenhuma maneira podia ouvir falar nele, nem em suas cousas (efeitos
ordinários que pare a soberba, e arrogância). Outros muitos Príncipes tinham a mesma pretenção como
os Petronios, e Sertorio, dos quais vos irei contando.
(a admiração pela beleza da Princesa, segundo Miguel Leitão de Andrada leva a que se tenham produzido
inúmeras odes, por parte de Petrónio e de Sertório exaltando-a, e de que transcrevemos alguns)
soneto de petronio em louvor da princesa peralta
Se a casa do Sultão é celebrada
Per alta, e de si resplandecente
Sobre colunas alvas excelente
Lisas, duras, e grossas, sublimada:
Onde as graças três fazem morada
Com ele, e habita o ser contente
Com grande admiração comum da gente
De divinos raios adornada:
Com quanta mais justiça, ó bela dama,
Sois sol, e do sol palácio e casa
Per alta em perfeições, e em tudo alta:
Pois dela ao sol vai a vossa fama,
Que deste nosso hemisfério nos abrasa
E das graças os dons nenhum vos falta.
Soube Petronio como a Princesa lera este soneto sorrindo-se, e disso tomou atrevimento a que pela
mesma via lhe fosse este outro:
Crescei desejo meu, pois que a ventura
Em seus braços vos leva levantado;
Que o principio de que sois gerado
O mais ditoso fim vos assegura.
Se subis por ousado á maior altura
Não vos espante ver ao sol chegado,
Porque é de águia real vosso cuidado
Que quanto ao sol se achega mais se apura.
Animo, coração; que o pensamento
Te pode inda fazer mui mais ditoso
Sem que respeite teu merecimento.
Cresceres ainda mais é já forçoso;
Porque se foi de ousado teu intento
Já hoje de atrevido é venturoso.
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Conta pois a historia, que ainda que a Princesa, nem os de sua casa, puderam nunca saber quem esta boa
velha era, contudo se soube depois ser uma das três fadas chamada Vénus; a qual, enfadada das grandes
revoltas que via na sua Roma, onde principalmente era venerada por Deusa da formosura, e amores entre
os seus Romanos, e por não ver tantos males, e desventuras como se aparelhavam, e haviam de suceder
entre a Sila e Mário, e depois César e Pompeu, e logo Augusto César e Marco António, e outros, se viera
de lá, como já outras vezes o fizera saindo-se de uma ilha, e outras partes onde muito estimada era, e
tida por Deusa, se viera agora a estas da Lusitânia, por ser gente dela, assim na linguagem do falar, como
no esforço dos seus ânimos com que cometiam grandes feitos lhes parecerem ainda os mesmos Romanos
com os quais cuidava estar, amando e favorecendo estes quanto pudesse: e vendo-se nestas partes mui
venerada só Peralta e suas damas, a não acatavam, antes a tinham em grande desprezo, e a si mesmas por
mais divinas e formosas: pelo que esta fada Vénus lhe concebera grande e mortal ódio e aborrecimento,
e se determinara empecer-lhes em quanto pudesse. Porém que antes disso as quisera ir ver disfarçada
em forma de velha como vistes e a ouvistes, ameaçando-as, ainda que entre dentes, que ela abaixaria a
soberba e altiveza destas doidas, como aconteceu, e por culpa delas destruição da casa, e reino d’el-Rei
Arunce, que é o fim ordinário da soberba.
Porquanto a poucos dias passados depois disto, apareceram lá no mar grande, e espantoso numero de
velas, e naus que turvaram grandemente el-Rei Arunce, e revolveram toda a sua Corte, por não saberem
quem fossem, nem a que fim se vinham chegando á cidade de Conímbriga, que já vos disse era nesses
tempos porto de mar.
Achava-se el-Rei Arunce desprevenido de gente de guerra (porque de multidão de povo não há que
fazer caso) sem armas, sem munições, e sem todas as mais cousas necessárias á sua defesa; por onde
tudo era confusão e medo, sem nenhuma ordem, nem conselho em tão repentino perigo, como era, e
tanto para temer o em que se viam, expostos a uma total perdição, como ordinariamente acontece aos
Reis, e com só o intento de esfolar os vassalos, e quebrar-lhes as forças, e as armas, que quando menos
cuidam vem sobre si sua destruição: como aconteceu a el-Rei Rodrigo na sua perdição de Espanha e
mil outras ocasiões, e agora veremos neste descuidado Rei, e é isto mais ordinário nos Reinos e lugares
marítimos, onde os casos são mais repentinos, e eles mesmo mais sujeitos a calamidades e desventuras,
que os da terra dentro, e por isso mais obrigados a estar mais prevenidos, e viver mais recatados, como
o costumavam estar os Reis deste Reino, que tinham dentro, no paço, um armazém de todas as armas
onde em uma hora ou em um dia se podiam armar vinte mil homens, porque havia nele doze mil corpos
de armas, muitos milhares de mosquetes, e arcabuzes, e todo o género de armas e muita artilharia, tudo
muito bem aparelhado e a postos. Por se não verem em alguma desventura, sem terem tempo de se valer
e remediar, como temos visto muitos, assim antigos como modernos, e como digo veremos neste pobre
Rei Arunce. O qual com toda a urgência, e de toda a cidade, como podeis cuidar, não deixou de acudir
com a mais gente que pôde a estorvar a desembarcação destas gentes, o que não podendo, com morte da
maior parte dos seus, foi ocupada a cidade de Conímbriga tão populosa e insigne, saqueada e assolada,
e ele desbaratado quando menos o cuidou, estando na maior prosperidade, e a seu parecer segurança, e
potência de seu reinado. Que tais são as felicidades, e coisas deste mundo, caducas e perecedoiras, sem
ter firmeza alguma mais, que em a não ter em nada.
Porém el-Rei Arunce enquanto durou o desbarato de sua gente, vendo a grande potencia dos inimigos,
os quais se não sabe em certeza quem fossem, nem a historia o declara, mais que dizer serem almozudes
de Grécia ou almonides de Alemanha.
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E desconfiando de se lhes poder defender na cidade, com a maior pressa que pôde, metendo-se nela, e
tomando sua filha e toda sua família, e com alguns outros que o puderam seguir, e com quanto pode levar
de seus tesouros, se meteu por dentro dessas brenhas, e arvoredos, embrenhando-se, e escondendo-se
por eles, o melhor que pôde: a quem os inimigos deixaram de seguir, nem isso lhes lembrou intentos, e
ensopados, no grande e rico saque que deram á cidade, que durou muitos dias, em que se encheram, e
fartaram sua grande cobiça, que deveu ser a que ali os trouxera.
E tal foi o estrago que fizeram naquela insigne e populosa cidade metrópole daquele Reino, não perdoando a coisa viva, nem ainda aos mesmos edifícios (e dizem os havia nela admiráveis, que o fogo consumiu) e de tal feição ficou destruída, que nunca mais até ao dia de hoje tornou, não tão somente a seu
antigo ser, e prosperidade, mas nem ainda a ser povoada, nem habitada.
Dizem que el-Rei Arunce determinado em ir pessoalmente, e passar em África a pedir socorro (ou fosse
a Carthago com quem teria aliança, e amizade ou outro reino) contra os seus inimigos, que via estar instalados, e recuperar seu reino, que fortificou e proveu o melhor que pôde o castelo que tinha edificado
(como vos disse) quase nas entranhas, e coração de umas serras, entre bastíssimos e cerrados arvoredos,
e que com muito segredo meteu nele a Princesa Peralta sua filha com outra gente escolhida de sua casa,
e com muita parte de seus tesouros, lançando fama de seu caminho, fingindo levar consigo sua filha,
parecendo-lhe ficava nele bem segura, visto que os inimigos não procuravam entrar pela terra dentro, e
contentarem-se com o do mar, assim por o castelo ser forte, respeito daqueles tempos, e metido no mais
escondido da serra, e fechado com tantos bosques, como também por estar quase feito ilha cercado de
uma ribeira muito fresca, a qual também como o dito castelo do nome do dito Rei se chamou depois a
ribeira de Arunce, e agora de Arouce. E querem dizer que, para maior segurança de seus receios e temores de deixar assim ali sua filha, e tesouros, e com eles o coração, fez encantar o dito castelo com todos
os tesouros que nele deixou, fora do que deixou á Princesa sua filha para seu gasto, e dos que devia de
levar, os quais algum dia os achará quem tiver essa dita. E com isso se partiu el-Rei Arunce em demanda
de sua pretensão; e bem se pode cuidar qual iria. Mas dele vos não tratarei por ora, para vos contar da
Princesa sua filha, a qual ficou com tantas saudades, e com tantas lagrimas pela ausência, e apartamento
de seu amado pai, e de se ver em tal estado que não havia como pode-la consolar, vendo-se apartar dela
seu pai todo banhado em lagrimas, e com muitos roncos com o ímpeto de sua desconsolação.
(Na obra que serve de base a este texto Miguel Leitão de Andrada discorre longamente acerca das venturas e desventuras da Princesa e das suas deambulações, de onde se extrai apenas o pequeno trecho
que se segue por nos parecer mais exemplificativo deste drama).
Mas, porque assim como a Princesa depois da partida deste castello, a ele não tornou mais, nem eu haverei de tornar-vos a falar nele, quero antes que vá acompanhando esta Princesa, como é razão, acabar de
vos dizer dele, segundo a informação que achei.
Onde assentando-se a Princesa por descansar, e sentido ali alguma viração do mar, e podendo dali bem
alargar a vista, que até aquela hora tivera como fechada, e estendendo os olhos até onde divisava bem o
mar, e assim sentada desabafando um pouco o coração, e aliviando do grande cansaço, sem tirar os olhos
daquela parte onde lhe parecia, e se lhe figurava estar, sua amada pátria Conímbriga, e arrasando-se-lhe
os mesmos olhos em água, e dando um profundo e grande suspiro disse:
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Lousã
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Saudade minha,
Quando vos veria.
Alegre lugar
Donde o mar diviso,
Sejais paraíso,
A quem por vós passar,
E a mi em pesar,
E em triste vida,
Sem minha Conímbriga.
Neste apartamento,
De tão grave dor,
Se conhece o amor
Ter merecimento,
Que em ti o pensamento
Terei toda a vida,
Conímbriga minha.
Dizem que depois que este castelo de Arouce foi deixado desta Princesa, e sua gente, veio passadas muitas idades a poder de bárbaros estrangeiros Arábios que o possuiram muitos anos, ou centos de anos, até
que o invicto Rei Dom Afonso Henriques primeiro deste Reino de Portugal, lho tirou de poder.
In Miscellanea de Miguel Leitão de Andrada (texto adaptado)
fonte: site oficial da Biblioteca Municipal de Lousã
http://www.cm-lousa.pt/biblioteca/lenda_da-lousar.htm
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Miranda do Corvo
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3.4. Miranda do Corvo, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Em terras de romarias…
Com uma importância estratégica histórica, a fundação do concelho remonta ao século XII através de
foral de D. Afonso Henriques. No entanto, já anteriormente os romanos e as tropas sarracenas tinham
cruzado estas paragens.
Atravessado pelos rios Alheda, Dueça e Ceira - factor de fixação das populações através dos tempos - o
concelho é predominantemente montanhoso, sendo inúmeros os locais de onde se pode desfrutar de
paisagens deslumbrantes a espraiar de vista.
Região de feiras e romarias de grande significado religioso e popular, as Solenidades da Senhora da Piedade e do Senhor da Serra são acontecimentos aos quais afluem milhares de peregrinos e veraneantes,
atraídos pela sua fama milagrosa, numa veneração sentida e profundamente enraizada.
Rendida ao crescimento urbano, a vila de Miranda do Corvo mantém inalteradas as características do seu
centro histórico, sendo a Fonte dos Amores um local animado e agradável em dias de Verão.
Geografia e demografia
O concelho de Miranda do Corvo localiza-se na Região Centro, Sub-Região do Pinhal Interior Norte e
pertence ao distrito de Coimbra. O município é limitado a nordeste pelo município de Vila Nova de Poiares, a leste pela Lousã, a sueste por Figueiró dos Vinhos, a sudoeste por Penela, a oeste por Condeixa-aNova e a noroeste por Coimbra. A área que abrange as freguesias de Miranda do Corvo e Vila Nova está
situada, quase na globalidade, na extensa baixa fértil da vila até ao sopé das Serras de Lousã e Espinhal.
As outras freguesias situam-se numa área de encosta, mais ou menos a 130 metros de altitude, na margem direita da ribeira de um afluente do rio Ceira. Este concelho é envolvido a sul e a este por serras que
oscilam entre os 661 metros e os 927 metros de altitude.
O concelho tem uma área de 126,98km2, subdividida em 5 freguesias: Lamas, Miranda do Corvo, Rio
Vide, Semide e Vila Nova.
Em 2001, o concelho apresentava 13 077 habitantes.
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Miranda do Corvo
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mapa do concelho
fonte: Miranda do Corvo. In Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004
evolução da população do concelho de miranda do corvo (1801–2004)
ano
1801
1849
1900
1930
1960
1981
1991
2001
2004
habitantes
6412
5891
12751
12608
12810
12231
11674
13077
13400
outras informações relevantes
características gerais do concelho de miranda do corvo
gentílico
mirandense, corvense
área
126,98 km²
população
13 077 habitantes (2001)
densidade populacional (habitantes/km²)
89,3
número de freguesias
127,0
região
5
subregião
centro
distrito
pinhal interior norte
antiga província
coimbra
beira litoral
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Miranda do Corvo
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Economia local
O sector de actividade mais importante é o terciário, que ocupa mais de 50% da população activa do
concelho. A nível industrial, a percentagem de população activa é também significativa atingindo valores
próximos de 40%. Apesar da superfície fértil da vila no sopé das serras, a actividade agrícola tem vindo
a perder importância, como actividade receptora de população activa, correspondendo a cerca de 10%
na estrutura produtiva do concelho. No entanto, de referir a importância crescente dos viveiristas, sector
que predomina nas zonas férteis das margens do Rio Ceira, essencialmente na freguesia de Semide.
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Miranda do Corvo
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Personagens ilustres
José Falcão
José Joaquim Pereira Falcão nasceu a 1 de Junho de 1841, no lugar de Pereira,
concelho de Miranda do Corvo.
Viveu e estudou em Coimbra. Matriculou-se pela primeira vez nas Faculdades de Matemática e Filosofia no dia 7 de Outubro de 1857 e concluiu a sua
licenciatura em Matemática em 21 de Junho de 1864.
Recebeu o grau de Doutor em 31 de Julho de 1869.
Em 3 de Agosto de 1870, foi nomeado lente substituto da Faculdade de Matemática e, no dia 8 de Maio do ano seguinte, passou a Professor Catedrático.
Regeu as cadeiras de Mecânica Celeste e Astronomia.
Trabalhou também no Observatório Astronómico, tendo sido nomeado Director a 28 de Julho de 1890.
Político republicano, lutou pela mudança do regime e defendeu alterações
profundas no campo social. Colaborou em diversos jornais, tendo fundado,
em 1878, o semanário republicano “A Justiça”.
Publicou vários livros: uns sobre assuntos da sua especialidade, outros de
propaganda republicana, como por exemplo, a “Cartilha do Povo”, escrito
em 1884 e que é a sua obra mais divulgada (até 1891 foram editados 55 mil
exemplares).
Depois da malograda revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891, dedicouse à reorganização do partido republicano, no Porto, tendo escrito vários
artigos políticos no “Voz Pública” e ali reuniu uma assembleia da qual saiu o
Manifesto, que redigiu.
Foi proposto para deputado em 23 de Outubro de 1892.
Faleceu em Coimbra a 14 de Janeiro de 1893, com 51 anos de idade.
Homenagens póstumas: em 1894, lançamento da obra “Memória a José Falcão”, com prefácio do poeta Guerra Junqueiro; placa da sua residência, em
Coimbra; placa na sua casa de Pereira, terra onde nasceu; a data do seu nascimento celebra o Feriado Municipal de Miranda do Corvo (1 de Junho); o seu
nome foi dado à mais destacada praça da vila e à escola; é também o patrono
do antigo Liceu D. João III, hoje “Escola José Falcão” de Coimbra.
É Patrono da Escola Básica dos 2º. e 3º. ciclos com Secundária, dr. José Falcão
de Miranda do Corvo.
fonte: “Os 25 Anos da Nossa Escola”, 1999 (Adaptado) · http://www.eps-josefalcao.rcts.pt/escola.html
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Outras personagens
josé falcão (1841-1893)
Político, republicano, professor universitário, autor da “Cartilha do Povo” e de notáveis escritos de propaganda política
dr. francisco fernandes rosa falcão (1879-1931)
Nascido na locoalidade de Lamas. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Além de advogado, foi secretário da Presidência do Tribunal da Relação de Coimbra, Governador Civil dos distritos
de Coimbra e de Leiria e chefe do Gabinete do Ministério da Justiça, Dr. Manuel Rodrigues, de 1926 a
1928. A ele se deve um enorme e excelente trabalho na elaboração do Estatuto Judicial e do Código
do Processo Penal. Faleceu em Lisboa em 14 de Junho de 1931 e jaz no cemitério de Lamas, em campa
rasa, por sua expressa vontade
professor antónio arruda ferrer correia (1912-2003)
Personalidade que se distinguiu pela sua actividade universitária. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra onde foi professor catedrático e exerceu as funções de reitor de 1976 a 1982 sendo
nomeado reitor Honorário, distinção conferida pela primeira vez.
Foi agraciado com o grau da Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e com a Grã-Cruz com estrela e banda
da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha e condecorado, em Junho de 1982, com a GrãCruz da Ordem Militar de Santiago de Espanha.
Possui também a mais alta condecoração italiana, a Grã-Cruz da Ordem de Mérito Italiana.
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Foi associado e dirigente de inúmeras organizações internacionais especializadas no campo do Direito e
presidente do concelho de Administração da Fundação Gulbenkian.
Foi inaugurado um monumento em sua homenagem pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio em
14 de Setembro de 2003. Faleceu em 17 de Outubro de 2003.
professor lídio alves gomes (1936-2006)
Natural da localidade de Vila Flor, onde sempre residiu exerceu vários cargos na autarquia de Miranda do
Corvo. Foi eleito Presidente à mesa para a eleição da Comissão Administrativa da Câmara Municipal, após
o 25 de Abril. Foi eleito em 1976 como vereador e reeleito em 1979 e 1982. De 1982 a 1985 foi Vice-Presidente da Câmara e no mandato de 1985 a 1989 exerceu o cargo de presidente da Assembleia Municipal.
Exerceu vários cargos associativos, nomeadamente na Associação para o Desenvolvimento e Formação
Profissional, Bombeiros Voluntários, Clube Atlético Mirandense e Centro Hípico, tendo sido Vice-Presidente da ADFP, da qual era sócio fundador. Fez também parte da direcção do jornal Mirante, da Dueceira- Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça, sendo Conselheiro do Programa LEADER+ELOZ.
Entre LOusã e Zêzere e foi confrade fundador da Real Confraria da Cabra Velha. Foi professor na Escola
Secundária de Avelar Brotero, em coimbra, de 1960 até à sua aposentação em 1997.
fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo
http://mirandadocorvo.com/index.php?pagina=mirandensesilustres
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Vestígios do passado
A fundação do Município remonta ao século XII, quando em Novembro de 1136, D. Afonso Henriques
lhe concedeu carta de Foral. O concelho tinha porém importância estratégica, tanta que o monarca
mandou reconstruir o castelo arrasado, em 1116, pelos mouros. Em 1217, D. Afonso II confirmou a carta
anterior, autenticando-a com um selo de chumbo. Em 1513-14, D. Manuel I concedeu-lhe uma nova
carta de Foral.
castelo de miranda do corvo • igreja matriz
Do castelo de Miranda do Corvo, o qual sofreu as inúmeras investidas das tropas sarracenas, apenas resta
a sua torre do lado nascente, a cisterna e um duplo portal, no sítio do Buraco. Ao longo dos tempos o
Castelo, tendo perdido o seu cariz e significado estratégico, foi votado ao abandono e as suas pedras
foram edificando o casario da vila e a própria Igreja Matriz, segundo despacho real de 1700.
A Igreja Matriz, dedicada a São Salvador, data dos finais do século XIV, é um templo espaçoso, com
fachada neoclássica e com retábulos em talha dourada do estilo Rocócó Coimbrão.
torre do castelo · igreja matriz
casa-mãe do gaiato pobre
Ainda nas cercanias da vila pode-se admirar a Casa-Mãe do Gaiato Pobre, fundação criada em 1940
pelas mãos do Padre Américo, o qual se dedicou por inteiro aos meninos sem abrigo na reconhecida
“Obra da Rua”.
santuário • povoação de tábuas
O Santuário erigido em louvor da Senhora da Piedade ergue-se junto à povoação de Tábuas, e é um
exemplo da simplicidade da devoção dos povos serranos.
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santuário · povoação de tábuas
convento de semide
A história de Semide, povoação que foi sede de concelho até 1853, enreda-se na própria história do seu
convento, fundado no século XII. Tragicamente este convento foi ao longo dos tempos alvo de diversos incêndios, no entanto, pela sua antiguidade e grandiosidade permanece como o monumento mais
importante do concelho, e aonde ainda nos podemos admirar com a Capela-Mor, o Coro Alto, o Orgão
e o Cadeiral.
convento de semide
coro alto, orgão, cadeiral
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santuário do senhor da serra
A localidade do Senhor da Serra cresceu em redor do seu Santuário, erigido e devotado ao Santo Cristo,
local de romaria desde os tempos mais remotos. A construção da primeira capela remonta a 1653 aquando
da reforma do Convento de Semide, tendo a devoção começado inicialmente, num cruzeiro de caminho. O
actual edifício (de uma só nave) é um notável exemplo da arte Revivalista Portuguesa, segundo o estilo
Neo-Romântico, sendo o retábulo principal em madeira, inspirado no da Sé Velha em Coimbra.
santuário do senhor da serra
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Usos e costumes
Artesanato e ofícios tradicionais
trapologia · peças diversas confeccionadas de retalhos de tecido
tecelagem · bordados de almalaguês
cestaria · cestos em vime de diversos formatos
estatuária · esculturas em pedra
rendas · peças diversas
No séc. XII foi fundado em Semide o Mosteiro das Religiosas Beneditenses, onde segundo a tradição se
executaram rendas mais tarde usadas nas festas religiosas, não só para ornamentar os altares mas também
para as vestes e paramentos. Nesta povoação existem ainda rendeiras que trabalham em suas próprias
casas havendo um ajuntadeira que recolhe os trabalhos para posterior venda. Esta tradição da ajuntadeira tem passado de mães para filhas, assim como os desenhos que de geração em geração vão sendo
doados como herança. As rendas são hoje executadas em fio de algodão muito fino, preso ao ombro num
pequeno búzio, que mais tarde ganham o nome de “rendas engomadas“, já que, depois de prontas, levam
um banho de goma, que não só lhes dá maior durabilidade mas também as torna mais abertas.
fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo: http://www.mirandadocorvo.com/
olaria · cântaros, caçoilas e peças diversas em barro vermelho
A indústria da olaria de barro vermelho, de remota origem, teve largo incremento nos sécs. XVI e XVII.
Na segunda metade do séc. XVII, verifica-se que os núcleos residuais dos oleiros na vila eram principalmente no Relego (a poente); nos Linhares (a noroeste); no Outeiro e Carvalhal (a norte), locais na
periferia da povoação como era natural.
A partir do séc. XVIII, a «indústria» começou então a decair; os oleiros deixaram a vila onde de início a
indústria floresceu para se abrigarem nos arrabaldes – Bujos, Espinho e Carapinhal.
Quem exercia esta indústria que naqueles séculos a documentação dá como elementos de alguma proeminência social, decaíram até à modesta condição que gozam hoje. E, como Coimbra era o principal
centro de venda dos artefactos e como eles tinham – e ainda têm – um certo cunho artístico, a olaria
ficou conhecida como sendo da cidade. Daí vem que o asado – atributo indispensável da imagem corrente da Tricana – o cântaro, o púcaro de Coimbra, celebrados pelos artistas e etnógrafos, perderam a
sua verdadeira origem.
Os moringues, bilhas, talhas, cabaças são os principais exemplares desta arte.
fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo · http://www.mirandadocorvo.com/
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Miranda do Corvo
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estatuária
olaria
Principais especialidades gastronómicas
pratos típicos de miranda do corvo
sopas de pão
Também denominadas “sopas de casamento”
chanfana
Para alguns, a chanfana teria surgido no Mosteiro de Semide. Até finais do séc. XIX, todos os agricultores
e rendeiros eram obrigados ao pagamento dos foros. Assim, o Mosteiro recebia dos moradores do seu
couto os foros a que estavam obrigados. Galinhas, vinho, azeite, dias de trabalho, cabras e ovelhas, eram
formas de pagamento. Durante o mês de Agosto e até ao dia de S. Mateus, as freiras de Semide recebiam
as suas «rendas». Muitos dos moradores, porque eram pastores, pagavam com cabras e ovelhas. Ora,
como as freiras não tinham disponibilidade nem meios para manter tão grande rebanho, descobriram uma
fórmula para cozinhar e conservar a respectiva carne, aproveitando o vinho que lhes era entregue pelos
rendeiros, o louro que tinham na sua quinta, bem como os alhos e demais ingredientes. Surge, assim, a
chanfana que era religiosamente guardada ao longo do ano nas caves frescas do mosteiro. A carne assada
no vinho mantinha-se no molho gorduroso solidificado, durante largos meses.
Segundo outros, terá sido durante a terceira invasão francesa que as freiras inventaram esta fórmula gastronómica para evitar que os soldados franceses roubassem as cabras e as ovelhas da região.
Finalmente, há quem diga que a receita da chanfana nada tem a ver com o Mosteiro de Semide, mas apenas com as invasões francesas, ou seja, que quando as tropas francesas andaram pela região da Lousã e
de Miranda do Corvo, a população envenenou as águas para matar os franceses. Mas era preciso cozinhar
a carne habitualmente consumida (de cabra e de carneiro) e, como a água estava envenenada, utilizouse o vinho da região. A chanfana é um prato típico, não só no concelho de Miranda do Corvo como de
praticamente toda a região centro. É muito apreciada e servida em bastantes restaurantes da zona. De
salientar que constitui o prato «obrigatório» quando decorrem as festas religiosas anuais, nomeadamente
na vila, pelo S. Sebastião.
fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo · http://www.mirandadocorvo.com/
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negalhos
enchido típico
Consta que a origem dos negalhos também remonta à época da terceira invasão francesa. Estando a
rarear a carne porque os franceses roubavam os rebanhos, a população teve de aproveitar tudo, inclusivamente as tripas dos animais cuja carne utilizava habitualmente na sua alimentação. Experimentaram,
então, cozinhar as tripas segundo a receita da chanfana e deu resultado. Ainda hoje se confeccionam os
negalhos nas casas particulares de Miranda do Corvo e são servidos em alguns restaurantes locais. É um
prato típico bastante apreciado.
fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo · http://www.mirandadocorvo.com/
nabada de semide
Doçaria conventual cuja base da massa são nabos cozidos.
súplicas
mel de urze da serra da lousã
Produto D.O.P. – Denominação de Origem Protegida
Confrarias gastronómicas
real confraria da cabra velha
confraria gastronómica · membro da fed. nac. das confrarias gastronómicas desde 2004
Os pratos gastronómicos defendidos pela Real Confraria da Cabra Velha
incluem-se numa herança etnográfica que não surge por acaso, nem de um
dia para o outro. Há uma lógica inerente ao seu aparecimento e à sua perpetuação no tempo, nem sempre fácil de deslindar nos difíceis rumos da História. À
justificação de base histórica, etnográfica e cultural tendente a justificar porque apareceram tais pratos no nosso concelho e região, poderíamos chamar,
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fundamentadamente “o ciclo da carne de cabra”, isto é, o aproveitamento quase integral de um produto,
valioso em todos os tempos, mais ainda em épocas de crise, por uma população que sempre viveu com
grandes dificuldades, mas que soube tirar partido daquilo que a Natureza colocou à sua disposição.
confraria dos amigos da geropiga de moinhos e arredores
confraria báquica
Moinhos é uma aldeia situada no concelho de Miranda do Corvo, distrito de
Coimbra, localizada a 13 Km desta cidade, pertencente à freguesia de Miranda
do Corvo e com cerca de 500 habitantes. Diariamente as suas gentes deslocam-se para os empregos, duma maneira geral para a sede do distrito, Coimbra. Região montanhosa, onde em tempos as suas actividades principais eram
a agricultura, pastorícia, extracção de madeira e resina, sempre a nível familiar.
confraria do vinho de lamas
confraria báquica
A Confraria do Vinho de Lamas resulta da vontade dum grupo de 30 produtores vinícolas da freguesia de Lamas que resolveram associar-se com o
objectivo da produção, promoção e defesa do vinho da terra. Sendo a região
de Lamas uma região tradicionalmente agrícola, o cultivo da vinha assume um
carácter dominante desde os tempos antigos surgindo como um complemento
económico para a maioria das famílias da freguesia. Nos tempos modernos
debatem-se com novos desafios, quer produtivos quer de mercado, o que os levou a associar-se para em
conjunto defenderem um produto muito característico e que merece ser preservado e promovido.
fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo · http://www.mirandadocorvo.com/
Feiras, festas e romarias
feriado municipal
01 de junho
Dia em que se comemora o nascimento de José Falcão, figura ilustre nascida no concelho.
mercado semanal
quarta-feira
feira mensal
semide
segundo domingo de cada mês
romaria ao divino senhor da serra
santuário do senhor da serra, freguesia de semide
15 a 22 de agosto
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romaria de nossa senhora da piedade de tábuas
tábuas, freguesia de vila nova
segundo domingo de setembro
santuário do senhor da serra
tábuas
outros eventos
expomiranda • feira do mel • feira de artesanato
Curiosidades locais
padroeiro local
São Sebastião
origem do nome da vila sede de concelho
A origem do nome da freguesia, será latina: advirá de mirandus - atalaia ou miradouro -, que corresponde
à primitiva função do cabeço onde foi construído o castelo e onde hoje se vê a igreja matriz.
jogos tradicionais
Levantamento efectuado pelo Município de Miranda do Corvo
Estes jogos usavam-se nas festas e romarias, aos domingos, e os miúdos da escola nos momentos livres;
reportam-se aos séculos XVII, XVIII, XIX e XX ou até antes. Os jogos poderão não ser exclusivos do nosso
concelho. Existiriam, certamente, noutros locais com este ou outro nome e, eventualmente, com algumas variantes.
fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo
http://www.mirandadocorvo.com/index.php?pagina=etnografia
jogo do pião
O pião era um dos brinquedos preferidos da pequenada. Dentro de um circulo encontravam-se os piões
dos adversários que nós, através do lançamento do nosso, pretendíamos afastar daquele espaço, tentando
acertar-lhes. Acontecia muitas vezes, com tal acto, rachar os piões dos colegas. O hábil manejamento do
pião também era algo de que nos orgulhávamos de mostrar tentando evidenciar a nossa destreza manual.
Um dos pontos fortes consistia em conseguir pô-lo a rodar com bastante força para seguidamente, na
continuação do seu movimento, pegá-lo e «adormecê-lo» na palma da mão.
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jogo do prego
Delineava-se uma área, normalmente um grande círculo, em terreno relativamente mole. Depois, cada
jogador, na sua vez, munido do seu prego (altos, de barrote) começava por conquistar um «território».
Podia ir avançando lançando o prego e criando uma linha imaginária.
A distância entre cada lançamento nunca podia ser superior ao tamanho do pé do jogador. Sempre que
o prego não espetasse no terreno, o jogador perdia a sua vez e dava-a a um dos adversários. Ganhava
quem conquistasse a totalidade do círculo previamente definido.
jogo do mata
Definiam-se três linhas onde estavam, respectivamente, um indivíduo da equipa A (o morto), vários jogadores da equipa B, jogadores da equipa A e o «morto» da equipa B. Circulando uma pequena bola de lona
entre os dois campos com a mesma letra, tentava-se lançar a bola contra a equipa adversária e «matar»,
isto é, acertar em um dos jogadores adversários que iria, após isso, fazer companhia ao «morto».
jogo da macaca
O jogo consistia em atirar a malha (objecto de forma achatada, utilizado para jogar) para dentro dos
quadrados, seguindo-se sempre uma ordem: cabeça (pescoço), braços, barriga e pernas. Sempre que se
falhava, dava-se a vez a outro jogador. Isto ia-se fazendo até chegar às «pernas». O jogo continuava
atirando-se a malha de costas e finalmente com ela em cima do pé.
jogo da corda (1)
Jogo, sobretudo do agrado das raparigas, que consistia em saltar sobre uma corda em movimento,
evitando tocar-lhe. À medida que o jogo ia decorrendo aumentava o grau de dificuldade dos jogadores, elaborando manobras mais difíceis e aumentando a velocidade de circulação da própria corda.
jogo da corda (2)
Estabelecida uma linha limite, duas equipas, compostas por vários elementos, agarram uma corda. O
objectivo do jogo é tentar «puxar» para o seu «território» a equipa adversária.
pau de sebo
Erguia-se um pau com uma certa espessura num espaço aberto, colocando-lhe sebo (gordura animal,
normalmente de porco) que o tornava extremamente escorregadio. Quem o conseguisse subir ganharia
o prémio que estivesse na sua ponta.
jogo da porca
Para jogar é necessário uma pinha e cada elemento munir-se de um pau. Era jogado por rapazes, geralmente durante a Quaresma. No chão fazia-se uma poça – o nicho da porca – à volta do nicho cada elemento do jogo fazia um buraco. Para iniciar-se o jogo punha-se a pinha no nicho da porca, o objectivo
do jogo seria tirar a pinha com o pau. Aquele que fosse mais habilidoso e conseguisse, tinha que correr
para o seu buraco e pôr lá o pau, sob pena de um adversário ser mais rápido e ocupar o seu buraco, se
isto sucedesse o que tirou a pinha do nicho perdia.
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Miranda do Corvo
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jogo do frade
Começa-se o jogo colocando três paus ao alto que podem ser ramos de uma árvore. Os paus são colocados formando uma pirâmide que se assemelha ao capuz de um frade e daí o seu nome. Podem jogar
dois jogadores. Um é colocado ao pé do frade e o outro a uma distância a determinar. O jogador que
está a uma certa distância tem uma malha (pedra do rio e de forma achatada e redonda) que deverá
atirar para derrubar o frade, mas antes diz: Quem derruba o frade? O outro responde: Está cá gente! O
primeiro pergunta novamente: Quem o derrubou? E o outro responde: Ficou todo contente. Dito isto
atira a malha. Se derrubar o frade, foge e o outro vai atrás dele tendo que o agarrar e trazer às costas até
ao pé do frade. Depois trocam e começa novo jogo.
jogo do bicho
Material necessário – botões ou moedas de tostão, um taco de madeira ou um carrinho de linhas vazio,
um pataco (moeda antiga de pouco valor), na ausência do pataco um botão. Jogado geralmente por
rapazes na época da Quaresma, altura em que havia poucas distracções. Cada elemento do jogo munia-se
de um pataco e botões ou tostões. Colocava-se o bicho (taco de madeira) a uma distância considerável
dependendo da idade dos elementos do jogo, cada um atirava o seu pataco ao bicho para se apurar o rei
(o primeiro elemento a jogar, aquele que conseguisse ficar mais perto do bicho seria o rei). Cada jogador
punha um botão em cima do bicho e na sua vez atirava-se o pataco de forma a atingir o bicho para que
os botões caíssem. Aquele que conseguisse iria medir a distância entre o pataco e os botões e entre o
bicho e os botões. Aqueles botões que estivessem mais perto do pataco pertenciam ao jogador (dono do
pataco), os que estivessem mais perto do bicho eram deste e o jogador continuava até não haver botões.
Ganhava o elemento que obtivesse maior número de botões.
jogo do rico, rico chaco
Uma criança sentada e outra de joelhos com a cara escondida no colo da primeira. A que está sentada,
batendo com a mão nas costas da outra, diz:
Rico rico, rico chaco,
Quantos dedos estão no ar
Se disseres dois ou três Não perdias nem ganhavas
Rico rico, rico chaco
Quantos dedos estão no ar?
A criança que tem a cara escondida no colo tem de adivinhar quantos dedos a outra pôs no ar. Quando
adivinhar, trocam de posição. Jogava-se na escola.
jogo da bichinha
Todos em pé a andar de volta e um a apanhar. O que anda a apanhar tenta agarrar os outros que para se
livrarem têm de se baixar. A criança que anda a apanhar não se pode baixar.
corridas de sacos
Cada jogador, com a parte inferior do corpo dentro de um saco, tenta alcançar primeiro que os outros
uma meta predefinida.
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Miranda do Corvo
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jogo do botão
Ara jogar ao botão era necessário um fito (pedra pontiaguda em forma de triângulo), uma malha para
cada jogador e botões. Primeiro determinava-se a ordem de jogada. Depois colocava-se o fito a certa
distância e cada jogador colocava o botão em cima do fito. Pela ordem estabelecida, cada jogador tentava derrubar o fito. Os botões pertenceriam ao jogador cuja malha ficasse mais próxima do botão, desde
que o fito não estivesse mais próximo do botão. Neste caso jogaria outro jogador, tentando aproximar a
malha do botão ou botões ainda não apanhados e assim sucessivamente.
jogo do arranca-te nabo
As crianças colocam-se em filas aninhadas e com as mãos na cinta formando «asas» com os braços.
Vem uma criança por detrás e tenta «arrancar» puxando pelos braços uma-a-uma as crianças aninhadas
que cada uma por sua vez faz força para não ser arrancada. A criança que tenta arrancar os nabos diz:
– «Arranca-te nabo que já estás criado».
jogo do divino machucar
Jogam dois jogadores. Um está agachado. O outro coloca a mão atrás das costas deste e levanta por
exemplo três dedos e pergunta-lhe: - Quantos dedos estão no ar? Ele responde e se não adivinhar ele
diz: - Se dissesses quatro não perdias nem ganhavas, ao divino machucar quantos dedos estão no ar? E
repete-se a jogada até adivinhar.
o arraiado
Tira-se à sorte a ver quem é que vai «dormir», depois todos se vão esconder. Enquanto a criança vai
«dormir» ao arraiado conta até 10. No final vai procurar os outros e diz: «Rôrô, carrapeta já aqui vou!»
Sai e vai a correr procurar as outras crianças. A criança que for vista primeiro vai dormir. Os que baterem
com a palma da mão no arraiado safam-se.
cabra-cega
Um grupo de crianças formava uma roda. No meio e com os olhos tapados com um lenço e com um pau
na mão estava outra criança que era a cabra-cega. Colocava-se um ovo choco no meio. A cabra-cega
tinha de com o auxílio do pau partir o ovo choco.
jogo das pedrinhas
Com um pau de giz faziam um circulo no chão e aí dispunham as cinco pedrinhas. Apanhavam a primeira
pedra e as seguintes eram apanhadas enquanto se atirava ao ar a que se tinha na mão. Primeiro era apanhada na palma da mão, depois com as costas da mão.
jogo da péla
Jogo juvenil jogado por rapazes e raparigas com uma bola de farrapos que se chamava péla. O jogo consistia em atirar a péla a um caixote que se encontrava a uma distância aproximada de 50 metros. Quem
acertava no caixote ganhava e saia do grupo. O último a ficar perdia.
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chincas
Era com cinco pedrinhas. Com uma mão deitávamos a pedrinha ao ar e tentávamos apanhar as que estavam
no chão a tempo de apanhar a que tínhamos deitado ao ar. Andávamos sempre à procura das pedrinhas mais
redondinhas. Guardávamos as pedrinhas no bolso da bata e quando perdíamos alguma ficávamos muito tristes.
jogo da pitorra
Joga-se com uma espécie de peão feito em madeira. Em cada face do pião estão inscritas iniciais:
R-rapa; T-tira; D-deixa; P-põe. Era jogado com botões que muitas vezes se arrancava do vestuário ou
então com feijões. Os botões eram em número igual para todos e previamente combinavam quantos
punham e jogava-se consoante a letra que saía. O jogo terminava quando um jogador ficava com os
botões todos.
jogo da condessa
De um lado está uma menina (a Condessa) com as filhas, que lhe seguram o vestido, formando roda, do
outro lado está o cavaleiro que era uma menina.
O cavaleiro vai pedir uma filha à condessa e diz:
Ó Condessa, ó condessa
Ó Condessa de Aragão
Venho pedir-te uma filha
Das mais lindas que aqui estão
A Condessa responde:
Minha filha não a dou
Nem por ouro nem por prata
Nem por sangue do dragão
Nem por rabo de lagarto
O cavaleiro vai-se embora muito triste e diz:
Ai que tão contente eu vinha
Tão triste me vou achar
Pedi a filha à Condessa
Condessa não ma quis dar
A Condessa fica com pena e chama:
Tornai atrás cavaleiro
Entrai por esses portais
Escolhei a mais bonita
Essa que gostardes mais
O cavaleiro canta alegre, escolhendo uma da roda:
Não te quero por seres rosa
Nem a ti por açucena
Quero-te por seres formosa
E por seres a mais morena
Jogava-se na Escola Primária.
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Miranda do Corvo
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jogo do lenço
Duas equipas atribuíam a cada elemento um número que permanecia em segredo. Definia-se um espaço
e, ao centro deste, um elemento alheio às equipas segurava um lenço com o braço esticado. Quando
este anunciava um número, o elemento referente de cada equipa corria para o lenço e tentava alcançá-lo
primeiro que o adversário.
jogo da malha
Com uma malha (caco, pedra achatada) tentava-se avançar por «casas» (quadrados desenhados a giz no
chão), lançando-a para dentro dessas «casas» sem «pisar o risco» (os seus limites). Após isto saltávamos
ao pé cochinho de casa em casa, excepto na que continha a malha e, na volta, sempre ao pé cochinho,
recolhíamos a malha e acabávamos o percurso. Em seguida passávamos à próxima «casa».
jogo do «pónei»
Havia duas equipas e um indivíduo isolado – a «travesseira». Este colocava-se encostado a uma parede.
A primeira equipa, encostada a ele, agachava-se formando a montada. A equipa adversária, em corrida,
saltava para cima deles. Ao saltar cada indivíduo anunciava, obrigatoriamente, a seguinte frase: «Pónei,
catrapónei, aqui vai o pónei!». Se a montada «arrear», esta equipa perde. Se aguentarem o peso dos
adversários, trocam com estes e são eles agora que saltam. Era um jogo, sobretudo, para os rapazes.
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Pampilhosa da Serra
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3.5. Pampilhosa da Serra, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Por entre serras e vales...
Trata-se este do maior concelho das terras de Entre LOusã e Zêzere e um primeiro olhar perde-se na
imensidão da paisagem, onde predomina o verde profundo das serras da Estrela, Açor, Lousã e o azul
límpido dos rios Ceira, Unhais e Zêzere.
Situado na Cordilheira Central, este concelho possui cenários naturais majestosos: desde vales profundos
rasgados pelos três rios que o atravessam aos grandes picos, ora abruptos e rochosos, ora de vegetação
rasteira. As Barragens do Alto Ceira e de Santa Luzia são locais de beleza ímpar nos quais é possível desfrutar do sossego que caracteriza estas paragens.
A Vila de Pampilhosa da Serra é a sede de imenso concelho cujas origens remontam ao período medieval.
A sua designação Pampilhosa deriva etimologicamente do termo Pampilho, pequena e singela flor dos
campos, em tudo idêntica a pequeno malmequer silvestre.
Além das magníficas paisagens proporcionadas pela generosidade da natureza deste concelho, este tem
ainda para oferecer a quem o visita, uma panóplia de sabores genuínos e tipicamente serranos.
Geografia e demografia
O concelho de Pampilhosa da Serra localiza-se na Região Centro, na Sub-Região do Pinhal Interior Norte,
pertencendo ao distrito de Coimbra. É limitado a norte por Arganil, a oeste por Góis, a nordeste pela Covilhã, a leste pelo Fundão, a sul por Oleiros e Sertã e a sudoeste por Pedrógão Grande. Localiza-se numa
área de duas cordilheiras de destaque, a de Estrela-Lousã, que vai do Picoto de Meãs, na serra do Açor
(com 1340 metros de altitude), até à da Malhada (com 1000 metros). Paralela a esta cordilheira, existe
uma cadeia de serras de menor dimensão, que vão desde o Cabeço do Chiqueiro (com 1086 metros) até
Padrões (com 439 metros). A nível hidrográfico, os principais rios que passam pelo concelho são o Ceira
a norte, o Unhais no centro e o Zêzere a sul.
O concelho tem uma área de com 396,49km² de área, subdividido em 10 freguesias: Cabril, Dornelas do
Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Pessegueiro, Portela do Fojo, Unhais-oVelho e Vidual.
Em 2001, o concelho apresentava 5220 habitantes.
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Pampilhosa da Serra
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mapa do concelho
fonte: Pampilhosa da Serra. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004
evolução da população do concelho de (1920 – 2004)
ano
1801
1849
1900
1930
1960
1981
1991
2001
2004
habitantes
3260
4163
12426
13459
13372
7493
5797
5220
4756
outras informações relevantes
características gerais do concelho
gentílico
pampilhosense
área
396,49 km²
população
5 220 habitantes (2001)
densidade populacional (habitantes/ km²)
12,3
número de freguesias
10
região
centro
subregião
pinhal interior norte
distrito
coimbra
antiga província
beira baixa
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Economia local
A nível económico sobressai o sector terciário ligado ao comércio a retalho e ao turismo relacionado com
a exploração da Serra da Lousã e aos recursos hídricos - barragens e albufeiras, piscinas fluviais, pesca
e desportos náuticos.
O sector secundário está relacionado com a exploração florestal, com os têxteis, nomeadamente com o
fabrico de pasta para colchões, sofás e derivados, e com a construção civil e obras públicas.
A actividade agrícola reveste-se de um carácter de subsistência, com solos pobres e pequenas parcelas
(minufúndios). Destaca-se a produção de leite, queijo de cabra e de ovelha e azeite, constituindo a apicultura um ofício tradicional com grande peso na economia doméstica.
As aguardentes de mel e medronho são uma das potencialidades locais, as quais carecem ainda de uma
visão e intervenção estratégicas.
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Personagens ilustres
Monsenhor Nunes Pereira
Nasceu a 9 de Dezembro de 1906 na Mata de
Fajão, Pampilhosa da Serra, tendo sido o segundo
de quatro filhos. Seu Pai, escultor santeiro, faleceu
quando tinha, apenas, 9 anos.
“Dele herdei este jeito para as artes e um razoável conjunto de ferramentas, com as quais iniciei a
minha aprendizagem manual: plainas, serras, formões, goivas e o mais da arte”.
Em 1919, entrou no Seminário de Coimbra, tendo
sido ordenado sacerdote, em 28 de Julho de 1929.
Na diocese de Coimbra, foi Vigário Geral, cerca de 4 anos, com o Bispo D. João Saraiva e D. João Alves.
De 1952 a 1974 foi redactor do “Correio de Coimbra”, tendo realizado “muitas dezenas” de gravuras para
este jornal. A partir de 1958, dedicou-se à aguarela, após viagens a Paris, Itália, Alemanha e Holanda.
Desenhava, com rapidez, à pena, esculpia, pintava e, dados os seus conhecimentos na área da madeira,
aprendeu, numa tarde, a técnica da gravura em metal com José Contente.
“Na base de todos os meus trabalhos está, sem dúvida, o desenho. Desenho em casa, na rua, nos cafés,
nas reuniões, nos almoços. O meu desenho, salvo o que faço no gabinete, é um desenho de viagem,
aproveitando ocasiões e às vezes escassos minutos”.
Dominava igualmente a técnica do vitral. Preferiu, contudo, os trabalhos de xilogravura, desenhos artísticos a buril, água forte, ponta seca e lápis. Executou gravuras em madeira, cobre, lousa, marfim, calhau
rolado. São conhecidos os seus painéis de madeira da Igreja da Tocha, de Bustos, de Coja, do Seminário
Maior de Coimbra e outros, bem como as Vias-Sacras de Colmeias (Leiria), Igreja de Nossa Senhora de
Lurdes (Coimbra), Colégio de São Teotónio (Coimbra) e Ansião. São ainda conhecidos trabalhos em ferro
forjado nas Igrejas do Cardal (Pombal), Ponte Sotão (Góis) e Arganil.Para os Museus de Fajão, do Seminário Maior e da Capela das Minas da Panasqueira, executou gravuras em lousa.
As xilogravuras dos Contos de Fajão, a par de gravuras de Jesus, de Santos e do culto mariano, constituem um valioso espólio etnográfico e de Arte Sacra do Museu do Seminário Maior de Coimbra.
A Câmara Municipal de Coimbra atribuiu-lhe, em 1986, a medalha de Ouro da Cidade.
Morreu a 01 de Junho de 2001, mas a sua obra permanecerá viva para sempre, podendo ser apreciada
no Fajão.
fonte: texto (adaptado) e foto · Paulino M. Tavares · http://fajao.no.sapo.pt/monsenhor.htm
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fonte (imagens): Paula Almeida · http:// passearporcoimbra.blogspot.com
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Outras personagens
d. eurico dias nogueira (1923…)
Nasce em Dornelas do Zêzere, Pampilhosa da Serra. Licencia-se em Direito Civil na Universidade de Coimbra. Em 1977 é nomeado Arcebispo de Braga. Resignou em 1999, vivendo desde essa altura no Seminário
Conciliar de S. Pedro e S. Paulo em Braga.
monsenhor nunes pereira (1906-2001)
Nasce a 1906 na Mata de Fajão, Pampilhosa da Serra,. É ordenado sacerdote, em 1929, tendo sido Vigário
Geral Na diocese de Coimbra.
A partir de 1958, dedicou-se à aguarela. Dominava igualmente a técnica do vitral. Preferiu, contudo, os
trabalhos de xilogravura, desenhos artísticos a buril, água forte, ponta seca e lápis. Executou gravuras
em madeira, cobre, lousa, marfim, calhau rolado.
As xilogravuras dos Contos de Fajão, a par de gravuras de Jesus, de Santos e do culto mariano, constituem um valioso espólio etnográfico e de Arte Sacra do Museu do Seminário Maior de Coimbra.
A sua Obra pode ser apreciada no Museu com o seu nome, na aldeia do Fajão, em Pampilhosa da Serra.
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Vestígios do passado
De acordo com os registos históricos do período medieval, foi D. Dinis quem concedeu o título de Vila
à Pampilhosa da Serra, embora subsista a ideia na história local de que já recebera foral anteriormente
concedido por pessoa particular. Posteriormente, D. Fernando anexou a vila ao julgado da Covilhã e só
43 anos depois, ao cabo de várias demandas, D. João I lhe confirma o estatuto de vila isenta. Em 1499,
estas terras adquiriram autonomia judicial, e a 20 de Outubro de 1513, D. Manuel concedeu-lhes novo
foral. Em Outubro de 1855, o concelho foi alargado com a anexação das freguesias de Dornelas, Fajão,
Janeiro de Baixo, Unhais-o-Velho, Vidual e Portela do Fojo.
capela da portela do fojo • capela do pessegueiro
O património arquitectónico deste concelho é constituído essencialmente por edifícios de cariz religioso,
sendo incontáveis, o número de igrejas e capelas distribuídas pelas 10 freguesias, como constitui exemplo
a Capela da Portela do fojo, ou a Capela do Pessegueiro.
capela da portela do fojo capela do pessegueiro,
igreja matriz
Do património local, ênfase para a Igreja Matriz da
vila, que em 1907, foi praticamente destruída por
um grande incêndio, tendo sido reconstruída posteriormente, sendo que das suas origens, restam
apenas um retábulo em pedra estilo renascentista
e a imagem de Nossa Senhora do Rosário.
igreja matriz da vila de pampilhosa da serra
cristo rei
Também, ainda na vila, realce para o Cristo Rei, estátua de cariz religioso, o qual de uma alta penedia
se encontra virado para a vila como símbolo da sua protecção divina. Desse ponto é igualmente possível
apreciar-se todo o panorama envolvente.
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património arquitectónico
No que se refere ao património arquitectónico são, também, de destacar achados arqueológicos do
período do bronze, como fragmentos de cerâmica e monumentos funerários, sobre os quais existe
bibliografia especializada.
arquitectura civil
Ao nível da arquitectura civil, são dignas de realce algumas casas de boa traça como a Casa do Arco (séculos XVI/XVII), a Casa dos Melos (séc. XVIII), o Solar das Baratas (séc. XVIII) e a Casa da Câmara e Cadeia
(finais séc. XVIII) – actuais instalações do Museu Municipal e do Posto de Turismo. Os Mouros, que fazem
parte da história e do imaginário dos pampilhosenses, dão fundamento à Lenda da Gruta da Ponte da
Covilhã – uma história entre os inúmeros contos de raiz popular que vale a pena descobrir localmente.
património paisagístico
Em relação ao património paisagístico, o concelho tem para oferecer a quem o visita magníficas paisagens
naturais que podem ser contempladas a partir dos seus diversos miradouros. Contudo, a intervenção do
homem na paisagem também pode ser encontrada nas imponentes barragens hidroeléctricas de Santa
Luzia e Alto Ceira, as quais proporcionam com as suas allbufeiras aprazíveis contornos e belos espelhos
de água, muito para além da sua importância económica no sector da produção de energia eléctrica.
aldeia de fajão
A aldeia de Fajão, recentemente integrada na Rede de Aldeias de Xisto, é uma jóia da arquitectura tradicional,
constituindo um importante núcleo rural construído na negra pedra de xisto e, por si, um espaço a percorrer
e visitar. Aqui, destaque para a Lenda do Juiz de Fajão e para o Museu de Monsenhor Nunes Pereira.
aldeia de fajão
janeiro de baixo
Também integrado a Rede de Aldeias de Xisto, a localidade de Janeiro de Baixo constituiu um espaço
aprazível, delimitado pelo Rio Zêzere.
fonte (algumas imagens): site ‘Pampilhosa em Imagens’ · http://pampilhosaimagens.no.sapo.pt/
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Usos e costumes
Artesanato e ofícios tradicionais
rendas e bordados · peças diversas
madeira
Miniaturas de Santos e de figuras a retratar profissões tradicionais, peças diversas.
miniaturas de casas tradicionais em pedra de xisto
fonte: site net pampilhosense · http://pampilhosaimagens9.no.sapo.pt/artefactos.htm
artefactos em raiz de torga
Vulgarmente conhecida como urze.
fonte: site net pampilhosense · http://pampilhosaimagens9.no.sapo.pt/artefactos.htm
pintura
Trabalhos em diversos suportes
arte sacra · registos e ex-votos
tecelagem · tapetes e mantas e trabalhos diversos em linho
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trapologia · rodilhas
fonte: site oficial Município Pampilhosa da Serra
www.cm-pampilhosadaserra.pt/cultura/eventos.asp
materiais orgânicos
Ainda a referência para trabalhos artísticos efectuados com materiais recolhidos na natureza, tais como,
folhas, bolotas, galhos, etc.
Principais especialidades gastronómicas
pratos típicos do concelho de pampilhosa da serra
Habituadas a uma vida árdua e difícil, as gentes
da serra diferenciavam, noutros tempos, a alimentação quotidiana da alimentação dos dias de
festa. Por isso, os pratos variavam de acordo com
as ocasiões.
Na quadra do Natal imperam Couvada, a Chanfana, as Filhós, os Sonhos de Abóbora, as Fatias, o
Arroz Doce e as Castanhas com leite. Na Páscoa, as
iguarias são outras: reinam os Maranhos, o Cabrito
Assado, a Truta de Escabeche, o Pão Leve e o Bolo
de Mel. Por altura das Festas Religiosas saboreiam-se novos pratos, a começar pelo Caldo Verde ou não
fosse ele encorpado com a couve serrana, o Cozido à Portuguesa, o Bucho, a Tigelada e o Bolo de Azeite.
Durante o ano, os pratos típicos mais usuais são a Sopa de Feijão Verde, a Sopa de Couve Serrana, a Sopa
de Botelha, os Carolos, a Tiborna, a Guleima e o Caldo de Castanhas.
fonte: site net pampilhosense · http://pampilhosaturismo.no.sapo.pt/especialidades.htm
Feiras, festas e romarias
feriado municipal
10 de abril
O Feriado Municipal de Pampilhosa da Serra é celebrado a 10 de Abril. Esta data está relacionada com
um facto histórico muito importante para o concelho, pois prende-se com uma questão de autonomia.
Em 1380, D. Fernando anexou a Pampilhosa ao julgado da Covilhã. Desta decisão real surgiu grande
descontentamento entre os Homens Bons da Pampilhosa, que não hesitaram em enviar uma petição ao
Rei, no sentido deste concelho continuar a gozar de autonomia. D. João I, dando razão aos protestos dos
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Pampilhosa da Serra
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habitantes da Pampilhosa, confirma-lhe os seus títulos de vila isenta, a 10 de Abril de 1423.
fonte: em Boletim Municipal de Pampilhosa da Serra
http://www.cm-pampilhosadaserra.pt/utilidades/boletim9.pdf
mercado semanal
quarta-feira
feira quinzenal
pampilhosa da serra
feira mensal
dornelas do zêzere e amoreira
festa em honra de senhora do pranto
pampilhosa da serra
15 de agosto
festa da senhora do bom parto
dornelas do zêzere
3º domingo de agosto
festa em honra da senhora dos altos céus · padroeira dos mineiros
meãs
15 de agosto
festa de s. sebastião “bodo"
unhais-o-velho
20 de janeiro
festa de nª senhora da guia
julho em fajão
3º domingo
Curiosidades locais
o significado do nome do concelho
O nome Pampilhosa tem, de acordo com alguns autores, origem etimológica
no vocábulo pampilho (planta idêntica ao malmequer). Pampilhosa passa a
designar-se Pampilhosa da Serra apenas no Século XIX, por forma a distinguila de Pampilhosa do Botão.
fonte: Cristina Antunes, Roteiro do Concelho, CMPS 1998 no site oficial do
Município · http://www.cm-pampilhosadaserra.pt/concelho/historia.asp
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Pampilhosa da Serra
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Histórias e lendas locais
os contos do fajão: “o juiz de fajão na relação do porto”
Um dia mataram um homem na serra da Rocha, e o Juiz de Fajão, que andava por ali à caça, viu quem o
matou. Mas como esse homem andava de mal com certo indivíduo, puseram as culpas a esse com quem
ele andava mal.
No tribunal, as testemunhas juraram que tinha sido esse fulano o assassino. O Juiz de Fajão tinha visto,
mas não podia ser ao mesmo tempo testemunha e juiz. Tinha de julgar conforme a prova testemunhal,
mas também não queria condenar um inocente e deixar em liberdade o assassino.
Então lavrou a seguinte sentença:
Julgo que bem julgo,
posto que bem mal julgado está!
Vi que não vi, morra que não morra!
dêem o nó na corda que não corra.
Chés-bés; Maria põe palha.
E, lida a sentença, aconselhou o réu a recorrer para a Relação. Foi o processo para a Relação do Porto,
e de lá devolveram-no alegando que não entendiam os dizeres daquela sentença, especialmente aquele
«chés-bés, Maria põe palha». Que era melhor lá ir.
O Juiz de Fajão marcha para o Porto, mas levou consigo um rapazito dos seus oito anos. Explicou-lhe o
que queria dizer «chés-bés, Maria põe palha», e chegado ao tribunal da Relação, disse ao rapazito que
esperasse à porta, e se o chamassem para lhe perguntarem o que queria dizer «chés-bés, Maria põe
palha», que dissesse. Depois entrou, mas ninguém lhe deu cadeira para se sentar. Então ele não se desmanchou; pegou no capote, dobrou-o muito bem dobrado e sentou-se em cima dele.
Perguntaram-lhe então o que queria dizer a sentença, e ele explicou:
«Julgo que bem julgo,» porque julguei conforme a prova testemunhal.» «Posto que bem mal julgado
está», porque eu vi que o réu está inocente». «Vi, que não vi», porque vi quem matou mas não posso
ser Juiz e testemunha.» Morra que não morra, dêem o nó na corda que não corra», porque ele não deve
morrer visto que está inocente.
E pergunta o presidente da Relação:
– Então e que é isto que aqui está: «chés-bés, Maria põe palha?»
– Pois os senhores não sabem o que é chés-bés? Até um rapazito sabe o que isso é. Olhe, quando eu
entrei estava ali um à porta; se o mandarem chamar, ele diz o que isso é.
Foram chamar o rapazito, e perguntaram-lhe o que quer dizer «chés-bés». Ele respondeu logo:
– Quer dizer etc, etc.
O Juiz da Relação não se deu por vencido, e perguntou ao Juiz de Fajão:
– Então e isto que aqui está: «Maria põe palha?»
– Sabe, Sr. Dr. Juiz, é que nós lá em Fajão temos falta de azeite para nos alumiarmos, e então deitamos
palhas na fogueira para podermos escrever. Quando a chama vai a apagar-se tem de se dizer: Maria,
põe palha!
O Juiz da Relação disse então:
– Pois se lá não têm azeite, mande cá uma almotolia que eu dou-lhe o azeite.
Terminada assim a audiência, o Juiz de Fajão levantou-se, despediu-se com todo o respeito e já ia a sair,
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Pampilhosa da Serra
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quando o oficial de diligências lhe gritou lá do cimo da escada:
Então o senhor Juiz de Fajão não leva o capote?
– O Juiz de Fajão nunca levantou cadeira donde se assentou.
fonte: http://www.chaosobral.org/literatura/juiz.htm
Os contos de Fajão · http://pontefajao.no.sapo.pt/contos/contos.htm
a lenda da ponte da covilhã
A lenda conta-nos que homens do concelho da Covilhã quiseram reclamar a Pampilhosa pela lei da força, para tal
foi necessário tentar apanhar a população desprevenida, não podiam portanto alcançar os Paços do Concelho
pela ponte no centro da vila, porque seriam vistos. decidiram durante a noite construir uma ponte, e foi o
que fizeram. No entanto existem dois finais felizes para a população da Pampilhosa: Após atravessarem a
ponte e no caminho para a vila tiveram que passar pelo cemitério e foram detidos pela intervenção divina
de S. Sebastião, no local onde foi construída uma capela como forma de agradecimento.
A outra (e tendo em conta a mentalidade actual) diz que houve um habitante que ao voltar da horta
avistou as movimentações e, como acontece ainda nos nossos dias, contou a toda a gente da vila e todos
se puseram em guarda á espera dos invasores, que foram corridos...
Ficção ou realidade a ponte está lá dissimulada no meio da vegetação, ligando duas margens do rio num
local aparentemente desnecessário, guardando consigo o mistério da sua construção e puxando pela
imaginação dos que ouvem a sua lenda.
Nota: A história com o final por intervenção divina foi-me contado pela minha tia avó Maria José da Eira
já falecida, a história com o final épico foi-me contada pelos meus pais.
fonte: Emília Olivença Simões · http://unhaisovelho.no.sapo.pt
a lenda da ponte da covilhã · uma outra versão
Conta-se que antigamente, na Pampilhosa da Serra, existiam Mouros. Essa comunidade de Mouros
morava numa gruta num sítio chamado “Ponte da Covilhã”. Certo dia, uma mulher Moura que estava para
ter bebé encontrou-se em grandes dificuldades no trabalho de parto. O marido muito aflito foi procurar
auxílio à povoação. Soube então de uma senhora que fazia partos e foi-lhe pedir ajuda. Algumas pessoas
não confiavam nos Mouros e aconselharam-na a não ir porque eles podiam mata-la. A senhora encheuse de coragem e foi fazer o parto que por sinal correu muito bem. Em troca da sua bondade o Mouro
deu-lhe quatro pedras de carvão. A senhora pelo caminho olhou fixamente para as pedras e disse: - Para
que quero eu isto? - E atirou-as de seguida para o chão. Pensou melhor e levou duas para casa. Quando
chegou a casa, atirou as pedras de carvão para trás da lareira. de manhã quando olhou para a lareira e
viu duas pedras de oiro, vestiu-se rapidamente e foi a correr para o local onde tinha deixado as outras
duas, mas estas tinham desaparecido...
Essa Gruta ainda existe na Pampilhosa da Serra...
fonte: http://patrimoniopampilhosa.com.sapo.pt/pampilhosa_pesquisa.htm#A%20Lenda
a lenda das bruxas das fontes
Conta-se que para os lados do Lugar das Fontes (Aldeia do Trinhão – Freguesia de Portela do Fojo)
existiam algumas bruxas.
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Pampilhosa da Serra
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As bruxas eram mulheres comuns, simplesmente tinham um condão: em certas noites juntavam-se nos
terreiros ou barrocas das Fontes ou até no Cabeço Murado, sobranceiro ao Trinhão, e bailavam toda a
noite. Tinham ainda uma característica muito especial que era o facto de terem uma luz no rabo.
Para que elas pudessem abandonar o lar nessas ocasiões sem serem descobertas tinham de enfeitiçar os
seus maridos. Para tanto, passavam com as luzes dos seus rabos por cima da cara dos esposos, benzendoos e dizendo a seguinte reza:
Eu te benzo benzaú
Com as barbas do meu cu,
Tu durmas e acordes
E não tenhas mal nenhum!
Ou então:
Eu te benzo belaú
Com as barbas do meu cu,
Que eu vá e volte
E não tenha mal nenhum!
Posto isto, podiam entrar e sair pelas fechaduras de suas casas sem que acordassem os seus maridos.
E conta-se também que numa dessas noites, quando uma bruxa se preparava para enfeitiçar o seu marido,
este ter-se-á apercebido das intenções da esposa, tendo prontamente respondido:
Eu te benzo minha porca
Com a tranca da porta!
E deu-lhe uma valente mocada.
fonte: história recolhida por António Amaro Rosa a D. Maria de la Salette, no Lugar de Felgueiras (Aldeia
de Ribeiro do Soutelinho – Freguesia de Portela do Fojo) · http://unhaisovelho.no.sapo.pt
a lenda de unhais-o-velho
Em tempos que já lá vão há muito, havia na aldeia um homem já idoso e temente a Deus que, para
cumprir os seus deveres de cristão, se via obrigado a percorrer todos os domingos longas distâncias até
chegar a uma igreja onde pudesse ouvir missa. Era uma figura austera, conhecida em toda a região, que
dava mostras duma fé profunda mas ao mesmo tempo eivada de tristeza por não lhe ser possível cumprir os preceitos religiosos na sua terra por nela não existir qualquer igreja ou capela onde pudessem ser
celebrados. Nas suas andanças pela Serra, calhou num domingo assistir à missa na igreja de Santa Maria
Maior da cidade da Covilhã, distante da sua aldeia, por caminhos e atalhos, algumas dezenas de quilómetros. Cumprido o preceito dominical, encheu-se de coragem e dirigiu-se à sacristia para falar com o
celebrante, a quem se lamentou do esforço e do sacrifício que fazia todos os domingos para cumprir as
suas obrigações de fervoroso católico.
Comovido com tanta fé, mas não avaliando porventura, em toda a sua dimensão, a tenacidade do velho
unhaisense, o prior de Santa Maria prometeu-lhe a construção duma igreja na sua aldeia, na condição
de durante um ano inteiro não faltar ali, na Covilhã, um só domingo para assistir à missa. O velho ainda
hesitou em aceitar o repto, pensando na distância que teria de calcorrear todos os domingos do ano, mas
confiante na força da sua fé acabou por aceitar o desafio.
E passou a ser uma presença domingueira naquela igreja, constituindo um exemplo de fé e de perseve-
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Pampilhosa da Serra
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rança a suscitar admiração generalizada, até que, no derradeiro domingo do ano, um dia particularmente
agreste e marcado por grande nevada, o prior, ao notar a ausência do unhaisense, esfregava as mãos
de contente, pensando que se libertaria do compromisso assumido e dizendo para os paroquianos que
“é hoje que o velho de Unhais falta à missa e assim não vai ganhar a igreja”. Mas não contava com a
tenacidade do velho. Com o povo já cansado de esperar pelo início da cerimónia e quando o sacerdote,
já paramentado, se aprestava para subir ao altar, eis que entra na igreja o “velho de Unhais”, encharcado
até aos ossos e cansado da longa e fatigante viagem em condições climatéricas tão adversas.
Sacudindo com gestos largos o albornoz que o defendera da neve e do frio e acomodado a um canto, ao
fundo da igreja, como era seu hábito, o velho unhaisense, com voz rouca e cansada de serrano calejado
na dureza da sua faina quotidiana, ainda teve forças para gritar bem alto “cá está ele, o velho de Unhais,
ganhei a igreja para a minha terra”.
fonte: Aníbal Pacheco · http://unhaisovelho.no.sapo.pt
lenga-lengas
I
Pico, pico sardanico
Quem te pôs a mão no bico?
Foi uma velha chocalheira
Que anda à borda da ribeira
Varre bem, varre mal
Vai-se pôr no seu real
Ou esta, para aprender a contar até 10…
II
Una
Duna
Tena
Catena
Cigarra
Migarra
Carrapi
Carrapau
Conta bem
Que já são dez
III
Pico, pico, sardanico
Quem te deu tamanho bico?
Foi a vaca chocalheira
Que põe ovos em manteiga
Para a filha do juiz
Que está presa na cadeira
Pela ponta do nariz
Ou uma outra forma de aprender a contar...
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Pampilhosa da Serra
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IV
Una
Duna
Tena
Catena
Forreca
Chirreca
Vira
Virão
Conta bem
Que dez são!...
V
Surrebico, pico, pico, quem te pôs a mão no bico, foi a gata chocalheira que anda à roda da fogueira,
salta pulga da balança bai morrer a Vila França ,os cavalos a correr as meninas a aprender qual será a
mais bonita que se bai esconder.
fonte: Aníbal Pacheco · http://tradicao.com.sapo.pt/lengalengas.htm
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Pedrógrão Grande
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3.6. Pedrógão Grande, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Ao encontro do rio…
Nota dominante no recorte do concelho a Sul, o Rio Zêzere é o símbolo por excelência do concelho de
Pedrógão Grande.
O seu intenso azul domina a paisagem verde que o rodeia e a Albufeira da Barragem do Cabril – marca
do domínio do homem sobre a natureza - é ponto de atracção para os visitantes que se deleitam com a
vista ou com a pesca de achigã, com a prática de desportos naúticos ou, tão somente, com a frescura da
água corrente da sua piscina flutuante.
A vila de Pedrógão Grande, cuja origem remonta à Idade do Bronze, situa-se num amplo planalto sobre
o rio, mantendo um traçado sóbrio com características medievais.
Também peculiar o contraste entre obras de construção civil que marcam duas épocas distintas e distantes entre si: a Ponte Filipina e a recente construção da ponte sobre o Rio Zêzere que integra uma das
principais vias rodoviárias da Região Centro e cujo vão é dos mais altos da Europa.
Geografia e demografia
O concelho de Pedrógão Grande localiza-se na Região Centro, na Sub-Região do Pinhal Interior Norte,
pertencendo ao distrito de Leiria. Situado na margem direita do rio Zêzere e nas proximidades da Barragem do Cabril e da Serra da Lousã, é limitado a noroeste pelo município de Castanheira de Pera, a leste
por Góis e Pampilhosa da Serra, a sueste pela Sertã e a oeste por Figueiró dos Vinhos.
No total abrange uma área de 128,59km2 e é constituído por 3 freguesias: Graça, Pedrógão Grande e
Vila Facaia.
Em 2001, o concelho apresentava 4398 habitantes.
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Pedrógrão Grande
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mapa do concelho
fonte: Pedrógão Grande. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004
evolução da população do concelho de pedrógão grande (1801–2004)
ano
1801
1849
1900
1930
1960
1981
1991
2001
2004
habitantes
6691
9132
14157
8877
8239
5842
4643
4398
4262
outras informações relevantes
características gerais do concelho
gentílico
pedroguense
área
128,59 km²
população
4 398 habitantes (2001)
densidade populacional (habitantes/km²)
32,1
superfície (km²)
129.0
número de freguesias
3
região
centro
subregião
pinhal interior norte
distrito
leiria
antiga província
beira litoral
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Pedrógrão Grande
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Economia local
A nível económico sobressai o sector terciário ligado ao comércio a retalho e ao turismo no que se relaciona com os recursos hídricos locais - barragens e albufeiras, piscinas fluviais, pesca e desportos náuticos. O sector secundário está relacionado com a exploração florestal, com os têxteis, nomeadamente com
o fabrico de pasta para colchões, sofás e derivados, e com a construção civil e obras públicas.
A actividade agrícola reveste-se de um carácter de subsistência, com solos pobres e pequenas parcelas
(minifúndios). Destaca-se a produção de leite, queijo de cabra e de ovelha e, como em todos os restantes
concelhos da nossa zona de intervenção, com o mel.
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Pedrógrão Grande
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Personagens ilustres
Miguel Leitão de Andrada
Historiador do século XVII, na sua “Miscelânea”,
diz que reinando Arunce em Colimbria (Condeixaa-Velha) nos tempos de Sertório, este, sendo derrotado em guerras e procurando lugar seguro para
guardar sua filha Peralta e seus tesouros, construíra ou encontrara abandonado o castelo a que deu
o seu nome e mais ao ribeiro, que ainda hoje o
conserva. Definida pelo escritor como “um jardim
florido em rudes montanhas plantado”, a vila de
Pedrógão Grande surge a nossos olhos como uma
povoação simultaneamente agreste e airosa e em
que em cada pedra há uma história dos povos que
a cruzaram. Dizem deste cronista que foi companheiro de armas de El-Rei Dom Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir.
É patrono da Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos, com
secundária de Pedrógão Grande.
Outras personagens
miguel leitão de andrada (1553-1630)
Escritor e historiógrafo notável do século XVII. Dizem deste cronista que foi companheiro de armas de
El-Rei Dom Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir.
dr. josé jacinto nunes (1839-1931)
Nasceu em Pedrógão Grande e faleceu em Grândola. Exerceu advocacia em Grândola sem nunca ter cobrado
honorários a qualquer cliente. Em 1866 foi nomeado Administrador do Concelho de Grândola. Desempenhou
a presidência das Câmaras Municipais de Torres Vedras e de Abrantes. Colaborou activamente nos jornais O
Século, para cuja fundação contribuiu, e A Luta, entre outros jornais da época. Publicou várias obras, entre
as quais Reivindicações Democráticas, Descentralização de Lisboa e Projecto do Código Administrativo.
Assumiu-se como profundo defensor da democracia e regionalização.
Roberto Barreto Pedroso das Neves, nasceu em 1907, jornalista de extraordinário talento, fundou e dirigiu o Instituto Brasileiro de Esperanto.
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Pedrógrão Grande
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Vestígios do passado
rua do eirado e na rua rica
Quem chega a Pedrógão Grande encanta-se com
o aspecto austero do seu núcleo urbano, o qual
conserva ainda algumas características medievais,
reveladas pela sinuosidade e reduzida largura das
suas ruas. Ainda em profusão, o casario primitivo
no qual imperam as portas e janelas em granito
trabalhado. Na Rua do Eirado e na Rua Rica, as
antigas residências da fidalguia provinciana, sobressaem pelas suas janelas e sacadas decoradas
com granito. A vila de Pedrógão Grande surge a nossos olhos como uma povoação simultaneamente
agreste e airosa e em que em cada pedra há uma história dos povos que a cruzaram.
estação arqueológica do calvário
A origem da vila remonta à era do Bronze, no entanto os primeiros testemunhos foram deixados durante
a ocupação romana, de que constitui exemplo o Forno Romano no Monte da Cotovia e a recentemente
inaugurada Estação arqueológica do Calvário.
estação arqueológica do calvário
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Pedrógrão Grande
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a vila
Durante a Reconquista Cristã, a vila ficou despovoada, até que em 1135, D. Afonso Henriques a entregou
a D. Pedro Afonso, seu filho bastardo, para que este a repovoasse. No entanto, este doa Pedrógão Grande
a três fidalgos e, em 1206, concede-lhe o primeiro foral. Em 1513, D. Manuel I concede-lhe novo foral.
Até à implantação do regime constitucional foram donatários de Pedrógão Grande o Conde Redondo e
o Marquês de Castelo Melhor, que tinham sobre esta vila poderes jurisdicionais. Subordinado à Corregedoria de Tomar, foi posteriormente em 1875 criada a Comarca de Pedrógão Grande, mas logo em 1895
um decreto-lei extingue o concelho e a Comarca de Pedrógão Grande, integrando-os nos de Figueiró dos
Vinhos. Um novo decreto de 13 de Janeiro de 1898 restitui a Pedrógão Grande o Concelho continuando
porém a Comarca em Figueiró dos Vinhos.
igreja matriz
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Pedrógrão Grande
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De incomparável beleza a Igreja Matriz (reconhecida como Monumento Nacional), situa-se no centro da
vila de Pedrógrão Grande, destacando-se pela sua torre com 25 metros de altura. Construída em 1470,
é um templo grandioso de estilo românico mas onde as sucessivas remodelações conferiram um cariz
renascentista. No largo fronteiro um Pelourinho granítico, considerado monumento de interesse público,
ajuda a formar um quadro harmonioso do espaço.
igraja da misericórdia
Na Igreja da Misericórdia, templo sóbrio do século XV, funciona o Museu de Arte Sacra (tendo anteriormente funcionado como o hospital da vila) o qual encerra raro exemplar de um retábulo sobre “O
Milagre dos Santos”.
museu pedro cruz
Também o Museu Pedro Cruz, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande, apresenta
ao público o acervo de toda a obra deste artista plástico, constituindo o Museu do Comendador Manuel
Nunes Correia, outro espaço que agrega um conjunto diversificado de obras de grande valor, doadas por
este benemérito local.
museu pedro cruz
ponte filipina
A caminho do Cabril, a Ponte Filipina (edificada
durante a dominação espanhola e, também, esta
monumento nacional), apresenta-se como uma
construção em granito encaixada sobre o Rio
Zêzere e perfeitamente enquadrada no ambiente
envolvente.
ponte filipina
outros monumentos
A nível de outros monumentos podem-se ainda destacar: os Paços do Concelho (1860); as Capelas de
Nossa Senhora dos Milagres e de São Sebastião (século XVI) e a Capela do Calvário; a Santa Casa da
Misericórdia e os monumentos ao Comendador Manuel Nunes Corrêa e Marcelino Nunes Corrêa.
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Pedrógrão Grande
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capela do calvário
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Pedrógrão Grande
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Usos e costumes
Artesanato e ofícios tradicionais
artefactos de cortiça · bancos, tropeços, tripeças, malgas, peças diversas
artefactos de madeira · peças diversas
estanhagem · peças diversas
pedra de xisto · miniaturas de casas tradicionais
cestaria · cestos em vime de diversos formatos
rendas, bordados e tecelagem · peças diversas
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índice
Pedrógrão Grande
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Principais especialidades gastronomia
pratos típicos do concelho de pedrógrão grande
sopa de peixe
Confeccionada com peixes do rio como o achigã, carpa e barbo
bucho recheado
Um prato típico de carnes envolvidas em pão, ovos e limão
maranhos
achigã grelhado com molho verde
Peixe proveniente das barragens do Cabril e da Bouçã
feijoada de javali
açorda de carne de porco
Feiras, festas e romarias
feriado municipal e feira anual
dia do concelho
24 de julho
mercado semanal
às segundas-feiras no mercado municipal de pedrógão grandeo
todos os domingos nas freguesias da graça e vila facaia
feira mensal
todas as primeiras segundas-feiras de cada mês, excepto no mês de agosto
feira de santa catarina
sede da freguesia de vila facaia
25 de novembro
É uma feira típica, muito concorrida por pessoas da região e onde tradicionalmente se come sardinha
assada e se prova o primeiro vinho novo.
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Pedrógrão Grande
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mostra de produtos regionais
ocorre, normalmente, no último fim-de-semana de abril
Compõe-se de mostra de artesanato, produtos regionais e feira de gastronomia, com actividades recreativas, música ao vivo, folclore e actividades diversas.
festas de verão
festas do concelho
ocorrem por altura do feriado municipal (24 de julho)
Englobam diversas actividades recreativas, música ao vivo, folclore, bailes e actividades desportivas
semana santa
páscoa
romaria do senhor dos aflitos
senhor dos aflitos
primeiro fim-de-semana a seguir ao dia 25 de abril
romaria de santa catarina
sede da freguesia de vila facaia
fim-de-semana de 11 de agosto
romaria da senhora da graça
sede da freguesia da graça
dia 15 de agosto
romaria da senhora da consolação
escalos do meio
segundo domingo de agosto
romaria da senhora dos milagres
miradouro da srª. dos milagres – pedrógão grande
primeiro domingo de setembro
romaria da senhora da piedade
senhora da piedade · vila facaia
segundo fim-de-semana de setembro
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Pedrógrão Grande
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Curiosidades locais
jogos tradicionais
jogo do pião
O jogo do pião era normalmente praticado pelos rapazes da escola, nos intervalos das aulas.
Para fazer girar o pião, era necessário um baraço ou cordão, que ia enrolando desde o bico até ao bôjo,
prendendo-se depois ao dedo indicador do jogador. Segurando o pião na mão, com o bico voltado para
cima lançava-se este com um forte impulso, recolhendo o cordão.
Esta guita era muitas vezes feita pelos próprios jogadores, utilizando-se um carrinho de linhas vazio,
ao qual se pregavam quatro preguinhos a igual distância de uma das aberturas. Com este material procedia-se ao entrançamento do fio, que saía pela abertura oposta, até se fechar em nó, depois de se ter
atingido o comprimento ideal.
Um dos jogos mais conhecidos, consistia no seguinte: traçava-se no chão uma circunferência, para dentro
da qual os jogadores lançavam os piões. Quando um não saísse do traçado, ficava prisioneiro, suportando
os efeitos dos golpes desferidos pelos piões dos outros jogadores até que, obrigado por estas pancadas,
acabava por sair do círculo. Usualmente procedia-se à substituição do bico original, por outro, maior e
mais afiado, com dois objectivos: primeiro, para não “adormecer” dentro da circunferência; segundo, para
infligir aos adversários as marcas dos fortes impactos.
jogo do fito
O jogo do fito constitui um dos poucos jogos tradicionais, que continua a ser praticado com alguma
regularidade no concelho.
É disputado por dois jogadores, ou então pelo sistema de pares.
O material necessário é dois fitos e quatro malhas (pedras escolhidas para o efeito, ou discos de ferro
com marcas para se distinguirem).
Antes de iniciarem o jogo, colocam os fitos à distância convencionada e definem as regras, que consistem
basicamente em determinar se estes, vão ter um ponto fixo, ou se, pelo contrário, a equipa ou jogador
que estiver em inferioridade num dado momento do jogo, pode proceder à sua mudança dentro de uma
área predeterminada.
Se o jogo vai ser disputado pelo sistema de pares, ficam junto de cada fito, dois ou mais jogadores adversários, que jogam sempre do mesmo lado até atingirem os doze pontos, mudando para o lado oposto
nesta altura.
Por cada derrube, são contados dois pontos; lançadas as malhas, aquela que ficar mais perto do
fito, conta um ponto, acabando o jogo, quando o jogador ou a equipa atingir vinte e quatro pontos.
Como já se referiu, este jogo continua a ter entre nós bastantes adeptos e praticantes, existindo ainda
uma variante que se poderá considerar de salão. É vulgar a sua prática nas tabernas e difere do anterior,
apenas nos materiais. Em vez das malhas, utilizam-se moedas, sendo os fitos de menores dimensões.
jogo da macaca
Jogo praticado nas escolas, mas típico das raparigas.
Consistia em riscar no chão oito rectângulos, que na sua configuração geral se assemelhava a um aero-
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Pedrógrão Grande
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plano. Depois, com um caco, ou pedra lisa, a jogadora ia procurando arremessá-lo para cada um dos
rectângulos, começando pelo mais distante. Em seguida dirigia-se a essa “casa”, trazendo-o ao “pé-coxinho”, só podendo saltar com ambos os pés, os rectângulos horizontais.
Numa segunda fase do jogo, a jogadora teria de fazer andar o caco com o bico do sapato apoiado no
chão, arrastando-o pelas diversas “casas”. Se colocasse ambos os pés no chão, se o caco ficasse em cima
de algum risco (queimado), ou ainda se fosse tocado mais do que uma vez, perdia e voltava ao início do
jogo. Se tal não se verificasse, tinha o direito de riscar cada um dos rectângulos que lhe iriam servir de
descanso, ao mesmo tempo que não podiam ser utilizados pela adversária.
jogo das escondidas
Outro jogo praticado nas escolas, consistindo no seguinte:
Um dos jogadores ficava de olhos vendados, geralmente virado para uma parede ou muro, contando em
voz alta até atingir certo número, antes determinado e acordado por todos os participantes.
Durante esta contagem, todos os outros intervenientes se iam esconder.
Existiam duas variantes para completar o jogo. Uma consistia em chegarem sem terem sido vistos ao
ponto combinado “mãe” ao mesmo tempo que proferiam:
– “Um, dois, três, estou livre!”
Na outra, para o logo se tornar mais rápido, a chegada era feita de forma a não serem apanhados pelo
elemento que havia ficado a fazer a contagem.
Aquele que fosse visto, ou agarrado, consoante os casos, seria o que iria ficar da próxima vez a efectuar
a contagem.
jogo da sardinha
Jogo disputado apenas por dois elementos.
Um estendia os braços, virando as palmas das mãos para cima, enquanto o segundo se colocava em
frente, com as palmas das mãos sobre as do adversário. Nesta posição, aquele que tinha as mãos para
baixo, procurava, com a maior rapidez possível, bater na mão do adversário que, como é evidente, procurava não ser atingido.
Quando o primeiro não o conseguisse, perdia, invertendo-se as posições.
jogo da bilharda
Outro dos jogos praticado nas escolas.
Traçava-se no chão uma circunferência, ficando no centro desta, um dos intervenientes, munido com dois
paus: um maior e o outro mais pequeno e afiado em ambas as extremidades. O jogador empunhando
o maior, procurava, depois de lançar o mais pequeno ao ar com uma pancada certeira e arremessar o
segundo o mais distante possível. Neste instante o adversário corria a apanhá-lo, tentando em seguida
introduzi-lo na circunferência, no que era impedido pelo antagonista. Se tal se verificasse, os jogadores
trocavam de posição e o jogo recomeçava.
jogo do berlinde
Utilizavam-se neste passatempo os berlindes ou esferas de vidro, que outrora serviam de cápsulas aos
populares “pirolitos”.
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Pedrógrão Grande
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Faziam-se no chão três covas equidistantes, começando o jogo quando um dos intervenientes conseguia
introduzir o berlinde na mais distante. De imediato, procurava de uma forma sequencial efectuar a introdução nas restantes covas; quando tal não acontecesse, era a vez do adversário iniciar, ou reiniciar o jogo.
Quando um dos participantes introduzisse o berlinde nas três covas, estava em condições de carambolar
o do adversário, afastando-o para longe e dificultando-lhe desse modo as jogadas futuras.
pico-pico sarrubico
Outro jogo, muito do agrado da rapaziada em idade escolar.
Um dos intervenientes colocava as mãos fechadas, com as costas destas voltadas para cima, enquanto o
outro, ia beliscando a mão do adversário e dizendo a seguinte cantilena:
“Pico-pico, sarrubico
vai ao mar buscar sardinha,
para o pobre do Luís.
O Luís, não a quis,
deu-lhe um murro no nariz,
salta a pulga da balança,
dá um pulo, até à França.
Os cavalos a correr,
as meninas a aprender
qual será a mais bonita.
Que se vai esconder?”
Aquele, em cuja mão terminasse esta lengalenga, ia esconder-se, pondo logo nomes de flores, cores, ou
outros, aos restantes, perguntando em seguida:
“Real senhor!
Em que cavalo, quer vir?”
Se, aquele que estivesse escondido, indicasse o nome certo, este teria de ir buscá-lo, às cavalitas.
Não acertando, a “mãe” dizia-lhe:
“Então venha pelo seu pé!”
fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/
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Vila Nova de Poiares
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3.7. Vila Nova de Poiares, um primeiro olhar
Breve apresentação do concelho
Em terras de artesãos… com vista no futuro
Vila Nova de Poiares situa-se nas cercanias do Maciço Montanhoso da Lousã, possui áreas com grandes
manchas florestais e locais de uma grande beleza paisagística onde as escarpas agrestes predominam.
O artesanato é o ex-libris destas terras e gentes, mas para além deste património cultural bem enraizado,
o concelho tem outras riquezas traduzidas na grande implantação de empresas comerciais e industriais.
No centro da sede de concelho, a Igreja Matriz e o agradável jardim público imperam sobre o casario que
cresceu em seu redor. No Alto de São Pedro Dias sente-se o murmúrio do vento enquanto observamos
a paisagem deslumbrante que daí se avista e na Fraga um banho na piscina refresca em dias de Verão.
Nas Medas, perfeitamente enquadrado no meio envolvente, uma zona de lazer convida a piqueniques e
a um contacto com a natureza.
Geografia e demografia
O concelho de Vila Nova de Poiares localiza-se na Região Centro, na Sub-Região do Pinhal Interior Norte,
pertencendo ao distrito de Coimbra. O município é limitado a norte por Penacova, a leste por Arganil, a
sueste por Góis, a sul pela Lousã, a sudoeste por Miranda do Corvo e a oeste por Coimbra. Localiza-se
numa altitude média de 184 metros, numa vasta concha entre as Serras do Carvalho e do Bidueiro e as
colinas de Serpins. No concelho confluem os rios Mondego e Alva.
O concelho ocupa uma área de cerca de 83,82km2, subdividida em 4 freguesias: Arrifana, Lavegadas, Vila
Nova de Poiares (Sto. André) e S. Miguel.
Em 2001, o concelho apresentava 7061 habitantes.
evolução da população do concelho de vila nova de poiares (1849–2004)
ano
1849
1900
1930
1960
1981
1991
2001
2004
habitantes
6848
7900
7763
7518
6649
6161
7061
7291
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Vila Nova de Poiares
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mapa do concelho
fonte: Vila Nova de Poiares. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004
outras informações relevantes
características gerais do concelho de vila nova de poiares
gentílico
poiarense
área
83,82 km²
população
7 061 habitantes (2001)
densidade populacional (habitantes/km 2)
70,5
superfície (km 2)
84,0
número de freguesias
4
região
centro
subregião
pinhal interior norte
distrito
coimbra
antiga província
beira litoral
Economia local
A indústria e o pequeno comércio ocupam parte da população activa total do concelho, sendo de referir
a existência de um parque industrial que, embora relativamente recente, tem apresentado uma crescente
ocupação e expansão. A actividade agrícola, não tem tanto peso como teve outrora, contudo é ainda
significativa na ocupação da população activa. Para além disso, pratica-se a exploração florestal.
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Vila Nova de Poiares
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Personagens ilustres
Dr. Daniel de Matos
Nasceu no lugar da Ferreira, na freguesia de S.
Miguel de Poiares, em 1850. Foi bacharel em 1874, licenciando-se em Medicina
em 1876. Foi um dos médicos mais activos na luta
contra a tuberculose, tendo sido pioneiro na utilização do Raio X, em 1896.
Em 1899, teve um desempenho notável aquando
da epidemia de peste no Porto e de novo em 1918
quando surgiu a febre pneumónica.
Autor de mérito, a ele se deve uma vasta obra de
carácter técnico. Foi notável lente e reitor da Universidade de Coimbra. Foi, ainda, médico particular
da Rainha D. Maria Pia, de Sidónio Pais, de Afonso
Costa e de António José de Almeida.
O seu nome foi atribuído à maternidade dos HUCHospitais da Universidade de Coimbra e a uma artéria da cidade de Coimbra, onde viveu na época. Faleceu no ano de 1921.
É patrono da Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos, com
secundária de Vila Nova de Poiares.
Outras personagens
comendador josé joaquim ferreira (1942)
Nasceu em 1842 na Aldeia Nova. Emigrou ainda criança para o Brasil, país onde se dedicou ao comércio,
tendo feito fortuna. Benemérito do concelho a quem se deve a angariação de fundos para a construção
do hospital local.
d. maria júlia ferrão castelo-branco
Benemérita do concelho. Fundou em 1959 a obra da “Casa de Trabalho da Nossa Senhora das Necessidades”. Tratava-se de uma ‘escola de virtudes’ destinada a raparigas do meio rural, na qual aprendiam
costura, rendas e bordados, decoração, cozinha, enfermagem, economia doméstica, bom gosto e moral.
Fundou, ainda, a Obra da Sopa Infantil, uma instituição destinada a criar e manter uma cantina que, para
além de alimentos, fornecia vestuário, livros, assistência médica e medicamentosa às crianças desfavorecidas de Vila Nova de Poiares.
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Vila Nova de Poiares
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Vestígios do passado
As terras do concelho são povoadas desde meados do século IX. Terá sido em Vimieiro de Poiares que D.
Afonso Henriques terá detido o enviado do Papa Honório II, obrigando-o a levantar a Bula de interdição
lançada sobre o Reino.
Reza a história que a 13 de Janeiro de 1898, El-Rei D. Carlos assinou o decreto régio que elevou Santo
André de Poiares à categoria de concelho. No entanto, já muito antes Poiares era uma terra de passagem,
cruzamento de grandes estradas romanas.
O nome tradicional destas terras era de Santo André de Poiares, até 1905, modificado para Vila Nova de
Poiares na altura da elevação à categoria de Vila.
albergaria • igreja matriz
A Albergaria de Poiares constituía, então, ponto de encontro dos que seguiam para Braga ou Lisboa,
Coimbra ou Roma. Desta antiquíssima Albergaria existe ainda uma pedra com inscrições e que, desde
1817, encabeça a porta da sacristia da Igreja Matriz de Santa Maria, em Arrifana.
Esta igreja, construída no séc. XVII, encerra uma verdadeira preciosidade, um retábulo de talha dourada
do início do séc. XVIII.
igreja paroquial
No concelho, outros templos são dignos de registo. No centro da vila a Igreja Paroquial, cujo patrono
é Santo André, ostenta um edifício simples mas proporcionado, com uma fachada austera, datado de
1742. O seu interior é rico, apresentando peças do século XV, sendo de realce as esculturas em calcário
de Santo André e a Senhora com o Menino, e em pedra de São Sebastião.
igreja paroquial
ponte da mucela
A ponte da Mucela sobre o Rio Alva, constitui outra das referências históricas de Vila Nova de Poiares.
Esta ponte, de origem romana, foi atravessada por diversas ocasiões por D. Afonso Henriques, tendo sido
reedificada, no século XIII, durante o reinado de D. Dinis.
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ponte da Mucela
dólmen · monumento megalítico
Vale a pena subir ao alto de S. Pedro Dias na Serra
da Mucela e, junto ao dólmen (monumento megalítico) onde se conserva ainda a Mamoa, tentar compreender o mistério que encerram as suas pedras,
ao mesmo tempo que o murmúrio do vento nos
traz as vozes dos nossos bravos que, em Setembro
de 1810, se debateram contra as tropas napoleónicas sob o comando do General Wellington.
dólmen (imagem reconstituída)
capela de nossa senhora das necessidades
Do património arquitectónico fazem também parte: a Igreja de Santa Marta de Poiares do século XVI; a
Capela de Nossa Senhora das Necessidades.
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capela de nossa senhora das necessidades
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Vila Nova de Poiares
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Usos e costumes
Artesanato e ofícios tradicionais
artefactos de madeira de salgueiro branco e de choupo
Palitos em flor e em pestana; moinhos de vento; fusos; rocas; etc.
olaria em barro preto
Caçoilos; cantarinhas de segredo; etc.
artefactos de pedra
Mós para moagem
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Vila Nova de Poiares
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cestaria e canastraria
Cestos em vime de diversos formatos
tecelagem
Tapetes e outros artigos tecidos
cordoaria
Capachos para moagem da azeitona
Principais especialidades gastronómicas
pratos típicos de vila nova de poiares
arroz de bucho
Temperado com serpão, erva aromática existente na região
chanfana de cabra ou carneiro
Cozinhada num caçoilo de barro preto.
A Chanfana de Vila Nova de Poiares é defendida pela Confraria da Chanfana.
fonte: site oficial da Confraria da Chanfana · http://www.confrariadachanfana.pt/
folar da páscoa
pão de poia
Reza a história que as arrufadas de Coimbra têm a sua origem neste Pão.
poiaritos
Pastéis originários de Poiares, à base de produtos tradicionais locais tais como a castanha, o mel e o
Licor Beirão.
fonte: site oficial da Confraria da Chanfana · http://www.confrariadachanfana.pt/
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Confraria da chanfana · confraria gastronómica
A Confraria da Chanfana é uma Associação Cultural sem fins lucrativos com
personalidade Jurídica constituída por associados os quais são designados por
“Confrades”, tendo a sua sede em Vila Nova de Poiares.
Tem por fim específico o levantamento, defesa e divulgação do Património
Gastronómico da Região das Beiras em geral, e em especial da Chanfana.
São elementos simbólicos fundamentais desta Confraria o forno de lenha onde
se assa a chanfana; os caçoilos de barro preto verdadeiros ex-libris do artesanato do concelho e a cabra velha, símbolo de uma pastorícia que outrora se
traduzia na actividade dominante.
vestes
A Confraria adoptou como veste um manto preto com uma sobrecapa grená, de acordo com a simbologia
que estas cores representam e num tecido confortável e leve que se adapta às várias estações do ano. O
chapéu com os mesmos tons é uma réplica dos utilizados pelas gentes simples do campo. O grená, cor
das labaredas que crepitam nos fornos de lenha e do vinho carrascão utilizado no tempero; O preto, a
cor da fuligem e dos caçoilos onde se confecciona a Chanfana.
receita
A Chanfana é um dos pratos tradicionais mais famosos da região, cozinhada nos caçoilos de barro preto
do Olho Marinho.
ingredientes
carne de cabra • vinho tinto • banha de porco • colorau • louro • cabeças de alho • sal • piri-piri
preparação
1. Coloca-se a carne de cabra num caçoilo de barro preto e tempera-se com os ingredientes.
2. No final, rega-se com vinho tinto que deve ser de boa qualidade.
3. Vai ao forno de lenha, cerca de duas a três horas e deixa-se lá ficar até apurar muito bem.
fonte: site oficial da Confraria da Chanfana · http://www.confrariadachanfana.pt/breve.htm
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Feiras, festas e romarias
feriado municipal
13 de janeiro
Dia em que El-Rei Dom Carlos I, em 1898, assinou o Decreto Régio e a elevou à categoria de concelho.
mercado semanal
segundas-feiras
romaria da nossa senhora das necessidades
poiares (stº andré)
2º domingo de agosto
romaria danossa senhora das necessidades
lavegadas, no alto de são pedro dias
29 de junho
festa de são miguel
1º domingo de setembro
festa de arrifana
4º domingo de agosto
feira nacional de artesanato
poiares
2ª semana de setembro
fonte: site oficial do Município de Vila Nova de Poiares · www.cm-vilanovadepoiares.pt/frameset.htm
Curiosidades locais
cantiga local
(evocada pelas raparigas em honra da padroeira Nossa Senhora das Necessidades).
Virgem das Necessidades
Dizei-me, onde morais?
Moro ao pé da risca Silva
No meio dos pinheirais
Senhora das Necessidades
Mandai tirá-la da areia
Que lhe entra pelos sapatos
Pelos buracos das meias
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o barro de poiares
O barro da região é bastante arenoso e por tal designado por “barro solto”. Para adquirir a consistência
ideal é misturado com um barro mais fino, o chamado “barro forte”.
Esta composição permite o fabrico de objectos de todo o tipo, tanto utilitários como decorativos, com
predominância para os tradicionais caçoilos pretos, utilizados para a confecção da chanfana. Este barro
adquire a cor negra graças a um processo especial de cozedura que faz com que o fumo penetre nos seus
poros e lhe dê a tonalidade escura.
A cantarinha de segredo é uma peça em forma de jarro que, encerra em si, um truque que permite surpreender quem desconhece o estratagema. O jarro contendo água é virado ao contrário não vertendo o
líquido que encerra. Tal é possível quando se tapa um furinho que existe junto ao gargalo, ao pé da asa,
e por onde circula o ar.
o fabrico da cal parda
Actividade tradicional caída em desuso no concelho.
Nas penedias, era feito um orifício na pedra que era cheio com pólvora. Os homens abrigavam-se,
enquanto a faziam explodir. Posteriormente, a pedra, em pedaços, era transportada em carros de bois
até aos fornos, dentro dos quais estes eram empilhados. às mulheres competia a apanha do mato e a
manutenção dos fornos. A pedra era cozida durante dois dias a altas temperaturas. Os trabalhadores
rendiam-se em turnos para esta tarefa.
Depois de cozida a pedra era retirada dos fornos –por vezes ainda em brasa- e desfeita em água, acabando por se tornar em pó. Novamente colocada em carros de bois, era vendida porta-a-porta. Para a
sua utilização no reboco das fachadas das casas, era previamente misturada com areia e água.
a romaria de são pedro dias
O local de São Pedro Dias e a sua pequena capela, outrora chamada Alminhas da Serra, é local de romaria
anual, sempre no dia 29 de Junho, dia de louvor a São Pedro. Neste dia, a oferta ao Santo de pequenos
ramos de cravos perfumados é uma tradição perdida nos tempos.
Reza a tradição que em troca destes singelos ramos de flores, o Santo protege o povo durante todo o
ano de cravos e verrugas e de outras maleitas de pele.
fonte: textos adaptados do livro “Vila Nova de Poiares – 100 anos de história” de Teresa Mascarenhas
e Ana Macedo e Sousa.
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4. Natureza em azul
As albufeiras e barragens
Percorrendo os caminhos que delimitam a Sul as terras de Entre LOusã e Zêzere, poderemos traçar um
percurso de albufeiras e barragens em que a água - em anos de maior invernia - impera sobre todos os
outros elementos. Iniciando o passeio pela Foz de Alge observaremos o desaguar das águas desta Ribeira
no Rio Zêzere, apreciando as suas margens verdejantes e as ruínas das antigas Ferrarias que em época
de maior secura estão acima do nível do rio. Para um fim-de-semana mais longo, o Parque de Campismo
oferece óptimas condições.
fonte (imagens): site oficial do Município Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
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Seguindo de Figueiró dos Vinhos em direcção à localidade das Bairradas, ainda neste concelho, encontraremos a Barragem da Bouçã, local bastante aprazível para um piquenique e na Barca do Bispo para a
pesca dos deliciosos peixes do rio como o achigã, a boga ou o barbo.
fonte (imagens): site oficial do Município Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
Percorrendo o sinuoso traçado viário até Pedrogão Grande, deparamos com a Albufeira e Barragem do
Cabril. Esta, pela sua dimensão exige uma maior permanência e permite desfrutar de outros encantos.
Nas suas águas deparamo-nos com uma piscina flutuante que para além da frescura de um banho, permite um encontro fortuito com os peixes que aí habitam. Para os amantes da pesca os locais para lançar
o isco são infindáveis e, é também possível a prática de desportos náuticos. O parque de campismo e o
restaurante -mesmo ao lado- possibilitam uma estadia mais longa.
fonte (imagens): AS/Dueceira
Os caminhos que calcorreiam as margens levam-nos por entre o pinhal de encontro à “ilha” - local mágico
aonde podemos ouvir o som do rio, numa cadência que nos embala.
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Outros caminhos levam-nos também à ponte filipina, às ermidas da Senhora dos Milagres ou, para os mais
corajosos, ao santuário da Nossa Senhora da Confiança. Outros locais estarão ao sabor da nossa vontade
de descoberta. Em qualquer destes lugares a paisagem é deslumbrante. A própria Barragem, estrutura
imensa em betão, suscita a curiosidade e com um pouco de sorte observaremos uma descarga de água
podendo constatar assim a força e energia que provêem do rio.
Um pouco mais a norte, no concelho de Pampilhosa da Serra, as águas do Rio Unhais encontram um
sumptuoso obstáculo ao seu livre curso: a Barragem de Santa Luzia. Trata-se de um local paisagisticamente bastante aprazível e, a sua Albufeira, convida à prática de desportos náuticos ou simplesmente a
um refrescante mergulho na piscina flutuante, junto ao casal da Lapa.
fonte (imagens): site Pampilhosa em Imagens · http://www.pampilhosaemimagens.com/
Ainda a norte deste concelho flui um outro rio - o Rio Ceira - também ele represado pela Barragem do Alto
Ceira, que após a queda da represa de betão, segue o seu curso escavando cerros profundos e agrestes.
fonte: site “Pampilhosa da Serra – Século XXI – os Desafios da Água”
http://desafiosdaagua.com.sapo.pt/
Delinear um roteiro das barragens nas Terras entre Lousã e Zêzere é percorrer o perímetro do território,
num circuito repleto de emoções.
fonte (texto): “Entre a Serra e o Rio… Os trilhos ELOZ” – Dueceira, 2000
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Especificidades Técnicas
barragem da bouçã
A albufeira da Bouçã está implantada no rio Zêzere, compreendida entre as albufeiras do Cabril, a montante, e de Castelo de Bode a jusante. Possui uma área superficial de 500ha com uma profundidade
média de 20 metros.
Trata-se de uma albufeira destinada essencialmente à produção de energia eléctrica. No entanto começa
a ser procurada para diversas actividades de cariz desportivo como é o caso da pesca, canoagem, percursos pedestres, BTT e TT.
Também nesta albufeira serão implementados, ainda durante esta época balnear, parques de merendas
que privilegiam o contacto com a natureza, o descanso e lazer.
barragem do cabril
A albufeira da Barragem do Cabril, é a maior reserva de água dos concelhos de Pampilhosa da Serra e
Pedrógão Grande.
Barragem construída em 1954, tem um formato em abóbada com 136 metros de altura e possui uma
albufeira com 55Km de comprimento. Nas margens dos seus 2023 ha, crescem tipicamente pinheiros e
folhosas, sendo que a sua principal característica é a uniformidade do coberto vegetal das margens.
Esta albufeira apresenta dois braços, correspondentes aos rios Unhais e Zêzere, bem como alguns afluentes de pequena dimensão.
No que respeita ao uso, serve essencialmente abastecimento doméstico, produção de energia eléctrica
e recreio.
barragem de santa luzia
A Barragem de Santa Luzia é nitidamente uma barragem de montanha. Com os seus 76 metros de altura
e uma coroa de 178, configura na perfeição o tipo de barragem em zona de alto desnível.
Segundo a EDP na sua “História da Electricidade”, a Barragem de Santa Luzia construída em 1942,
serviu, na época, de verdadeiro ensaio geral ao futuro programa de electrificação nacional. Foi também
sobre a Barragem de Santa Luzia que foi feito o primeiro estudo em Portugal do modelo reduzido de
uma barragem.
Construída entre dois rochedos de dimensões ciclópicas, é alimentada pelo Rio Unhais e pelo Rio Ceira,
através do túnel da Malhada do Rei.
barragem do alto ceira
É talvez a barragem menos conhecida das Terras de Entre LOusã e Zêzere, mas nem por isso menos rica
em termos ambientais. É rodeada de frondosos arvoredos e só de longe se aprecia a rara beleza do local.
Era, até meados dos anos 90 do século XX, um dos reservatórios de águas mais puras de Portugal. A
montante todos os ribeiros se apresentam sem qualquer tipo de poluição e nem as aldeias que os rodeiam
causam qualquer tipo de dano na sua bacia.
A Barragem do Alto Ceira é constituída por um dique de abóbada delgada com 36 m de altura. A bacia
hidrográfica tem 38 Km 2 e a albufeira recebe água vinda da Barragem da Castanheira (Arganil), conduzida através de 3257 m de túnel. Por sua vez, da Albufeira do Alto Ceira parte um túnel de derivação com
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um comprimento total de 6945 m, que permite a transferência de água para a albufeira de Santa Luzia,
no rio Unhais. Desse ponto, é desviada água para a mini-central do Esteiro, de onde a água é de novo
lançada no rio Zêzere, que por sua vez, a conduz até à Barragem do Cabril.
rio zêzere
O Rio Zêzere é um rio tipicamente português. Nasce na Serra da Estrela, a cerca de 1900 metros de
altitude junto ao Cântaro Magro, indo desaguar a Oeste de Constância, após cerca de 200 quilómetros.
É um afluente da margem direita do Rio Tejo e é, logo depois do Rio Mondego, o maior rio que nasce
em Portugal. Os seus principais afluentes pelo volume de água na margem direita são: o Rio Alge, o Rio
Cabril, o Rio Unhais, o Rio Nabão, o Rio Paul e o Rio Pêra.
Na margem esquerda encontramos os seguintes rios: o rio Bogas, o Rio Caria, o Rio Isna, o Rio Meimoa,
o Rio Sertã e o Rio Teixeira.
Da sua bacia hidrográfica com 5043 Km2, 1056 Km2 pertencem ao Nabão. Os grandes desníveis, aliados
ao volume de água (por vezes superior a 10.000 m3/s.), representam notável riqueza hidroeléctrica,
aproveitada em quatro barragens (Bouçã, Cabril, Castelo de Bode e Constância), que produzem anualmente 700 milhões de quilovátios/hora.
rio ceira
O Rio Ceira é um afluente do Rio Mondego que nasce numa região denominada Alto Ceira, a norte do
concelho de Pampilhosa da Serra e do concelho de Arganil, próximo da localidade de Malhada Chã.
Nesta região, o Rio Ceira foi até à alguns anos atrás um local sem poluição, onde abundavam espécies
como a Truta, o Bordalo e a Enguia, e as águas límpidas eram sinónimo de pureza.
Mais a sul na zona do “Poço da Cesta” na fronteira entre Arganil e a Pampilhosa da Serra, o Ceira mostra
a sua grande beleza e com níveis de preservação já pouco comuns em Portugal.
Rio onde ainda habitam algumas trutas, tem nos últimos tempos sofrido importantes danos devido ao
facto de a Barragem do Alto Ceira condicionar a quantidade de água no seu leito. O motivo desta alteração centra-se pois na barragem, sendo que esta infra-estrutura está inserida no complexo hidroeléctrico
da Barragem de Stª. Luzia, localizada no Rio Unhais, para onde é canalizada água através de túneis, e
assim o rio a jusante dos mesmos sofre alterações.
fonte: site “Pampilhosa da Serra – Século XXI – os Desafios da Água”
http://desafiosdaagua.com.sapo.pt/
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As praias do interior
praia fluvial
praia fluvial inserida na rede de praias fluviais
Castanheira de Pera
praia fluvial do poço corga • ribeira de pera
Praia Fluvial com galardão de “Praia Acessível”.
Situada no leito da Ribeira de Pera, de águas límpidas e cristalinas, a Praia Fluvial do Poço Corga proporciona ao visitante a tranquilidade e serenidade necessárias para renovar forças e deliciar o corpo e o espírito.
As paisagens bucólicas, que misturam o verde da Serra da Lousã com o azul do céu, o colorido das flores
e o chilrear dos pássaros, propiciam um contacto pleno com a natureza.
Nos terrenos anexos à praia, um esplêndido carvalhal centenário oferece as indispensáveis sombras a um
parque de merendas e o Museu “Lagar do Corga”, antigo lagar movido a energia hidráulica, recorda aos
visitantes como os nossos antepassados produziam o azeite.
A qualidade da água, o acesso pedonal, as rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, as
instalações sanitárias adaptadas e com acesso facilitado, o serviço de primeiros socorros com nadadorsalvador, durante a época balnear, são algumas das mais-valias oferecidas por esta Praia.
infra-estruturas da praia
restaurante/bar com esplanada
wc público/balneários
wc para pessoas com mobilidade reduzida
posto de primeiros socorros
praia infantil
parque de merendas
parque de estacionamento
museu “lagar do corga – da azeitona ao azeite”
parque de campismo
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praia fluvial das rocas • ribeira de pera
A Praia Fluvial das Rocas é um complexo de lazer, animação e divertimento situado num lago com quase
1 km de extensão, bem no coração da vila de Castanheira de Pera.
Uma ilha no centro da Praia, uma piscina de ondas com 2.100 m2 (a maior do país), uma albufeira e uma
ponte secular, constituem um ambiente onde o sonho e a realidade se confundem.
As águas límpidas da Ribeira de Pera espraiam-se, formando um local de encanto onde palmeiras tropicais
convivem harmoniosamente com a Serra da Lousã que espreita lá do alto.
Pode ainda desfrutar de um passeio em barco a remos ou em gaivota e pernoitar num dos veleiros atracados na marina, deixando-se embalar pelo suave balouçar da corrente fluvial, ou num dos 6 bungalows
perfilados na margem da albufeira, com vista privilegiada sobre o enorme espelho de água.
Praia das Rocas...Ondas a 80 Km do mar…
mais informação em www.praiadasrocas.com
infra-estruturas da praia
recepção/bilheteira
restaurante/bar com esplanada
wc público, chuveiros/balneários
wc e rampas de acesso p/ pessoas com mobilidade reduzida
piscina infantil
piscina de ondas
posto primeiros socorros
parque de estacionamento
gaivotas e barcos a remos (p/ aluguer)
chapéus-de-sol e espreguiçadeiras (p/ aluguer)
quiosques e máquinas de vending (época balnear)
nadadores-salvadores (época balnear)
vigilantes (época balnear)
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Figueiró dos Vinhos
praia fluvial da aldeia de ana de aviz • ribeira da aldeia
Praia fluvial com relvado, acesso a pessoas com mobilidade reduzida e bar comesplanada.
Bons acessos, zona de estacionamento e parque de merendas com churrasqueira.
Praia galardoada com as Bandeiras Azul e de Praia Acessível.
Praia Vigiada.
infra-estruturas da praia
wc− chuveiro
bar com esplanada
zona relvada
parque de merendas
parque de estacionamento
estacionamento para bicicletas
posto de primeiros-socorros
praia fluvial das fragas de são simão • ribeira de alge
Nas Fragas de S. Simão, encontrará uma praia de construção recente, rodeada das imensas fragas, que
possibilitam a realização de desportos radicais (rappel, slide, escalada), num local de uma beleza ímpar,
que poderá percorrer e assim desfrutar de toda a sua excelência.
Encontrará no local um bar de apoio, instalações sanitárias e balneários.
Apesar do acesso íngreme, valerá a pena o esforço.
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infra-estruturas da praia
wc
bar com esplanada
zona de merendas
zona de estacionamento
praia fluvial de alge • ribeira de alge
Situada mais ao norte do concelho, ali se encontra uma represa que sustém a água da ribeira e forma um
local de ambiente aprazível para tomar banho e desfrutar do sol.
infra-estruturas da praia
parque de merendas
instalações desportivas
balneários
Lousã
praia fluvial da bogueira, casal de ermio • rio ceira
Praia fluvial localizada em Casal de Ermio, Lousã. Possui bar de apoio, co esplanada e relvado com acesso
por passadiço de madeira sobre o rio. Local tranquilo e ambiente familiar. Praia com Bandeira Acessível.
infra-estruturas da praia
bar com esplanada
balneário com duche
rampas de acesso e wc para pessoas com mobilidade reduzida
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parque de merendas do pisco
piscina infantil
praia fluvial da senhora da graça, serpins • rio ceira
Praia fluvial com boas instalações de apoio: bar e parque de campismo. O local ideal para as suas férias.
Excelentes acessos rodoviárioa e ferroviários (estação de comboios de Serpins a 2 km.).
infra-estruturas da praia
zona de recreio com piscina para crianças
acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida (rampas e zona de banhos)
bar
wc e balneário
barcos
canoas
zona de lazer de foz de arouce • rio ceira
Zona de Lazer, junto ao Rio Ceira, na povoação de Foz de Arouce. Possui sombras densas, sendo um
espaço ideal para piqueniques.
infra-estruturas do local
parque infantil
parque de merendas
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praia fluvial da nossa senhora da piedade, lousã • ribeira de s. joão
Praia fluvial natural na ribeira de São João, num local deslumbrante encimado pelas Ermidas da Nossa
senhora da Piedade e o Castelo da Lousã, antigo burgo medieval. A praia e a envolvente tem inúmeros
recantos propícios para descansar, merendar ou sonhar.
infra-estruturas da praia
zona de merendas
wc
bar com esplanada e restaurante
balneários
restaurante nas proximidades
Miranda do Corvo
praia fluvial de segade • rio ceira
Praia fluvial em segade, freguesia de Semide, banhada pelo Rio Ceira, Com bons acessos rodoviários.
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zona de lazer da quinta da paiva • rio alheda
Zona de Lazer, junto ao Rio Alheda, em pleno complexo turístico da Quinta da Paiva. Possui óptimas
infra-estruturas de apoio e actividades turísticas diversificadas, nas proximidades.
infra-estruturas do local
wc e balneários
condições adequadas para pessoas com mobilidade reduzida
parque infantil
parque de merendas
circuito de manutenção
quinta pedagógica, centro hípico e museus nas proximidades
Pampilhosa da Serra
zona fluvial de dornelas do zêzere • rio zêzere
Zona fluvial, junto ao Rio Zêzere, na povoação de Dornelas do Zêzere. Possui sombras densas, sendo um
espaço ideal para piqueniques. Também possui zonas adequadas à prática de desportos radicais.
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zona fluvial de janeiro de baixo • rio zêzere
Zona fluvial, junto ao Rio Zêzere, na povoação de Janeiro de Baixo. Possui sombras densas, sendo um
espaço ideal para piqueniques.
infra-estruturas do local
parque de campismo, com bungalows
restaurante e bar nas proximidades
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zona fluvial da pampilhosa da serra • rio unhais
Zona fluvial em pleno centro da vila de Pampilhosa da Serra, banhada pelo Rio Unhais.
infra-estruturas do local
restaurante e bar nas proximidades
piscina flutuante do casal da lapa • albufeira sta. luzia • rio unhais
Piscina Flutuante em plena albufeira da Barragem de Santa Luzia, banhada pelo Rio Unhais.
Tem-se acesso pelo Casal da Lapa, zona densamente arborizada, com espaços para fruição da natureza.
infra-estruturas do local
parque de merendas
churrasqueiras
zona de estacionamento
casas-de-banho
restaurante nas proximidades
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praia fluvial de pessegueiro • ribeira de pessegueiro
Praia fluvial harmoniosamente localizada no centro da povoação do Pessegueiro e banhada pela Ribeira
com o mesmo nome. Neste local e em época estival, é possível encontrar um conjunto de serviços disponíveis para proporcionar ao visitante verdadeiros momentos de descontracção, num espaço longe do
bulício mas muito próximo da natureza e da tranquilidade dos dias. É um espaço densamente arborizado,
proporcionando sombras convidativas ao descanso.
infra-estruturas da praia
relvado
parque de merendas
churrasqueira
zona de estacionamento
casas-de-banho
bar com esplanada (de dia)
bungalows (para alugar, durante todo o ano)
bar o lagar (à noite e fins-de-semana)
parque e piscina infantil
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piscina flutuante do vilar • rio zêzere
Piscina Flutuante em plena albufeira da Barragem do Cabril, banhada pelo Rio Zêzere. Tem-se acesso
pela zona de lazer do Vilar de Amoreira. Trata-se de uma zona densamente arborizada, com espaços para
fruição da natureza, constituindo, igualmente, um espaço privilegiado para a prática de pesca.
infra-estruturas do local
parque de merendas
churraqueiras
Pedrógão Grande
piscina flutuante da barragem do cabril • rio zêzere
Piscina Flutuante em plena albufeira da Barragem do Cabril, banhada pelo Rio Zêzere. Tem-se acesso junto
ao açude da barragem, em Pedrógão Grande. Trata-se de uma zona densamente arborizada, com espaços
para fruição da natureza, constituindo, igualmente, um espaço privilegiado para a prática de pesca.
infra-estruturas do local
piscina infantil
prancha de saltos
nadador-salvador (em época balnear)
bar de recurso
parque de campismo
restaurante nas proximidades
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praia fluvial do mosteiro • ribeira de pera
Praia com excelentes acessos inserida no centro da povoação de Mosteiro.
Possui óptimos relvados, solário, restaurante com esplanada inserido num antigo lagar de azeite.
Espaço que permite momentos de lazer e relaxe no seio de um mundo ainda rural.
O piso da praia fluvial é todo forrado a xisto.
Nas proximidades encontram-se dois Percursos Pedestres demarcados PG-5 “Na Senda da Ribeira de
Pera”(7Km) e inseridose PG- 6 “Rumando Contra a Corrente em Direcção ao Açude” (3Km). Ambos permitem conhecer as margens da Ribeira de Pera, a sua vegetação luxuriante e a agricultura típica da região.
No PG-5 tem também oportunidade de fazer um lanche no parque de merendas do Rabigordo.
infra-estruturas da praia
wc e balneário
acessos e wc adaptados para pessoas com mobilidade reduzida
relvado
bar
zona de estacionamento
restaurante com esplanada
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zona fluvial da mega fundeira • ribeira de mega
Zona fluvial que se localiza no concelho de Pedrógão Grande, na povoação de Mega Fundeira. Espaço
aprazível e acolhedor, com sombras aprazíveis. No local pode ser visitado um pequeno núcleo museológico e uma pequena azenha.
infra-estruturas da praia
wc
zona de estacionamento
relvado
bar com esplanada
núcleo moseológico
azenha
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Vila Nova de Poiares
complexo de piscinas da fraga (em manutenção)
praia fluvial dos lanteiros (em construção) • rio mondego
Praia fluvial projectada para o rio Alva, na sua foz com o Rio Mondego, já no concelho de Vila Nova
de Poiares. A zona é propícia a actividades de pesca fluvial., constituindo o achigã e o barbo, duas das
espécies piscícolas que se podem encontrar nestas águas.
A rede de praias fluviais
o que é?
Trata-se de uma inventariação de praias fluviais localizadas no Pinhal Interior Norte, que reúnem um
conjunto de condições que permitem a sua fruição com qualidade e em segurança. Deste modo, chamase a atenção de toda a população e dos visitantes para as águas límpidas que ainda existem nas praias
fluviais. A Rede é constituída por 21 praias fluviais distribuídas por 11 Concelhos.
quais os objectivos desta iniciativa?
Criar uma rede integrada de acções abrangendo as praias fluviais de forma a valorizar, promover e divulgar este património;
Criar uma forte imagem global da região;
Criar uma nova via para a região: natureza / aldeias do xisto / praias fluviais.
quem dinamiza esta rede?
A Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã, associação sem fins lucrativos, que tem como missão
a defesa do turismo ambiental como uma forma de desenvolvimento sustentável e integrado, através do
Projecto: “Rede de Praias Fluviais do Pinhal Interior”, financiado pelo FEDER/Eixo Prioritário II do Programa Operacional do Centro e apoiado pelos Municípios de Arganil, Castanheira de Pera, Góis, Figueiródos-Vinhos, Lousã, Mação, Oleiros, Pedrógão Grande, Penela, Proença a Nova e Sertã.
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quem é o lontrinhas?
A Lontra (lutra lutra) foi escolhida para Mascote do projecto porque é um mamífero que habita os rios
desta região. A Lontra é, por natureza, um animal simpático, brincalhão e exigente com a qualidade das
águas onde se banha, e por tal a mascote ideal para reconhecer e diferenciar as praias desta Rede.
a mensagem do lontrinhas para todos os meninos:
“Gosto muito de Portugal, porque ainda tenho muitos rios com água limpa e rodeados de vegetação
luxuriante para poder dormir a minha sesta durante o dia.
A minha casa são buracos que faço nas margens e que estão escondidos pela vegetação. Aprendi a nadar
aos três meses e sou um grande nadador. Aqueles peixinhos saborosos do rio são o meu petisco preferido.
A minha barriguinha fica satisfeita e os meus bigodes reluzentes.
Gosto muito de brincar sozinho durante a noite. De vez em quando encontro-me com os meus amigos
para fazermos campeonatos de mergulho ou de natação, sempre em águas limpas. Já experimentas-te
nadar de costas e coçares a barriga??
Quando encontro uma margem enlameada adoro fazer dela um escorrega. Também jogo pólo aquático
com os meus amigos. Como não temos bolas, jogamos com um fruto ou um objecto mais arredondado.
O teu amigo, Lontrinhas “
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mapa da rede de praias fluviais do pinhal interior
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fontes · textos e imagens
Site da Rede de Praias Fluviais do Pinhal Interior http://www.praiasfluviais.com/
Site Pampilhosa em Imagens http://www.pampilhosaemimagens.com/
Site oficial do Município de Castanheira de Pera http://www.cm-castanheiradepera.pt/
Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
Site oficial do Município de Lousã http://www.cm-lousa.pt/
Site oficial do Município de Miranda do Corvo http://www.mirandadocorvo.com/
Site oficial do Município de Pampilhosa da Serra http://www.cm-pampilhosadaserra.pt/
Site oficial do Município de Pedrógão Grande http://www.cm-pedrogaogrande.pt/
Site oficial do Município de Vila Nova de Poiares http://www.cm-vilanovadepoiares.pt/frameset.htm
Site ofical da Lousitânea · Liga de Amigos da Serra da Lousã http://lousitanea.no.sapo.pt/
Site oficial da Dueceira
Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça / Programa LEADER+ELOZ- Entre LOusã e Zêzere
www.dueceira.pt
“Entre a Serra e o Rio… Os trilhos Eloz”, Dueceira, 2000
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As ribeiras da serra
Para quem aprecia a frescura de águas límpidas e cristalinas, encontra nas Terras de Entre LOusã e Zêzere,
inúmeros cursos de água de menor ou maior dimensão que possibilitam um contacto quase íntimo com
a natureza em toda a sua plenitude.
Escavando o seu leito na encosta da Serra, os regatos e ribeiras acabam por serpentear ao longo dos
planaltos e vales de encontro ao rio sedento que as acolhe.
Assim sucede a Norte com as Ribeiras de São João e com o Rio Dueça que desaguam no rio Ceira, no
Alva que desagua no Mondego e a Sul com as Ribeiras de Pera e de Alge e o rio Unhais que têm a sua
foz no Rio Zêzere.
Seguir o curso destas águas é ir ao encontro de uma natureza pintada em tons de azul sempre emoldurada
numa paleta infindável dos verdes da floresta...
É encontrar pequenos açudes e albufeiras, construídos pelo homem, que servem de local para um banho
refrescante...
É deleitar-se com as surpresas do caminho...
É entrar na história dos antigos moinhos e azenhas que existem em profusão nas sua margens...
É apreciar uma ou outra cascata e o brilho dos peixes que saltitam!
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fonte
(texto) “Entre a Serra e o Rio… os trilhos ELOZ” – Dueceira, 2000
(imagens) AS/Dueceira, João Viola/Dueceira e do site Site Pampilhosa em Imagens
http://www.pampilhosaemimagens.com
(consulta) Trilhos delimitados no Guia “Como percorrer as margens das nossas ribeiras” e inseridos o
projecto “O circuito da água: das nascentes até ao Zêzere”.
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5. Natureza em verde
As paisagens da serra
As maravilhosas paisagens abrangidas dos Miradouros das Terras de Entre LOusã e Zêzere…
alto do soutelo
paisagem abrangida
Em dias de boa luminosidade abrange toda a costa litoral, as Serras do Caramulo, Estrela e Lousã.
localização: Moinhos de Vento - Alto do Soutelo - Estrada Camarária - direcção Carvalho – Coimbra.
alto de são pedro dias
paisagem abrangida
Vista geral sobre a vila e concelho de Vila Nova de Poiares.
localização: Vidoeiro - Estrada Nacional 17 - Vila Nova de Poiares.
nossa senhora da piedade
paisagem abrangida
Vista geral do Castelo de Arouce, da piscina natural e Ermidas de Nossa Senhora da Piedade.
localização: Estrada Nacional 236, direcção Lousã - Castanheira de Pera.
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varanda do gevim
paisagem abrangida
Vista geral sobre a vila da Lousã e arredores.
localização: Estrada Nacional 236, direcção Lousã - Castanheira de Pera.
alto do trevim
altitude 1.204 metros
paisagem abrangida
A poente toda a costa litoral; a Sul as planícies do Ribatejo; a Nascente a Serra da Gardunha e a Norte o
relevo das Serras do Açor e da Estrela.
localização: Alto do Trevim, Serra da Lousã
tarrasteira
paisagem abrangida
Vista geral sobre a vila da Lousã e arredores.
localização: Caminho Municipal entre Cacilhas - Lousã e Casal Novo ao Km 4,5.
cabeço do peão (em castanheira de pera)
paisagem abrangida
O vale da Ribeira de Pera, entre a localidade do Coentral e a vila de Castanheira de Pera.
localização: Estrada Nacional 236, direcção Lousã - Castanheira de Pera.
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nossa senhora dos milagres
paisagem abrangida
Vista geral sobre a Barragem do Cabril, Ponte Filipina e Ponte do IC8 sobre o Rio Zêzere.
localização: Nossa Senhora dos Milagres - Estrada Nacional 2 - direcção Sertã.
cotovia
paisagem abrangida
Vale do Zêzere, Ponte Filipina e Ponte do IC8 sobre o Rio Zêzere.
localização: Cotovia - Pedrogão Grande.
nossa senhora da confiança
paisagem abrangida
Vista geral sobre a vila de Pedrogão Grande, Albufeira e barragem do Cabril e Rio Zêzere.
localização: Nossa Senhora da Confiança - Pedrogão Pequeno - Estrada Nacional 2 - direcção Sertã.
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cabeço do pião ou peão (em figueiró dos vinhos)
paisagem abrangida
O planalto entre a vila de Figueiró dos Vinhos e o Rio Zêzere.
localização: Cabeço do Pião - Cimo da Vila - Figueiró dos Vinhos.
foz de alge
paisagem abrangida
Foz da Ribeira de Alge com o Rio Zêzere.
localização: Foz de Alge, junto ao parque de Campismo - Figueiró dos Vinhos.
fragas de são simão
paisagem abrangida
Os penhascos por onde serpenteia a Ribeira de Alge e a aldeia de xisto do Casal de São Simão.
localização: Estrada Nacional 237, direcção Ribeira de Alge - Figueiró dos Vinhos.
ermida de nossa senhora da penha de frança
paisagem abrangida
Todo o casario e o extenso vale que dá forma à Aldeia Ana de Aviz.
localização: Estrada Nacional 237, Ermida de Nossa senhora de Penha de França · Aldeia de Ana de
Aviz · Figueiró dos Vinhos.
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calvário
paisagem abrangida
Vista geral sobre a vila de Miranda do Corvo.
localização: Castelo · Cimo da Vila · Miranda do Corvo.
senhor da serra
paisagem abrangida
Vista geral sobre o vale até à Serra da Lousã e da cidade de Coimbra.
localização: Senhor da Serra · Semide · Miranda do Corvo.
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dornelas do zêzere
paisagem abrangida
Deste ponto avista-se o rio Zêzere e a povoação de Dornelas.
localização: Dornelas do Zêzere · Pampilhosa da Serra.
portela de unhais
paisagem abrangida
Unhais-O-Velho, Malhada do Rei, Meãs, Casal da Lapa, Santa Luzia, Póvoa da Raposeira, Adorão, Pisão,
Carregal e Portas do Souto.
localização: Portela de Unhais · Pampilhosa da Serra.
cabeço da urra
paisagem abrangida
Local mais alto da Pampilhosa da Serra, de onde se avista, ao longe, o cume da Serra da estrela e uma
imensidão de paisagem verde luxuriante que envolve a vila.
localização: Pampilhosa da Serra.
penedos de santa luzia
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Barragem e Albufeira de Santa Luzia.
localização: Vidual · Pampilhosa da Serra.
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cristo rei
paisagem abrangida
Todo o panorama envolvente da Vila.
localização: Cimo da vila de Pampilhosa da Serra.
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As aldeias serranas
As aldeias da serra da Lousã constituem a herança da vida árdua dos povos que teimosamente combateram contra a escassez de recursos numa terra que subsistia apenas da agricultura e da pastorícia.
Símbolo da rudeza das gentes que aqui habitavam, as aldeias, hoje desertificadas, surgem edificadas numa
arquitectura simples aonde impera o xisto, pedra de cor escura existente em profusão nestas paragens.
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Camufladas entre a cobertura vegetal, as aldeias espantosamente enquadradas no meio-ambiente que as
envolve, merecem ser redescobertas pelo seu tipicismo e simplicidade natural.
Inúmeros percursos pedestres devidamente delimitados percorrem as aldeias serranas dos concelhos da
Lousã, Miranda do Corvo e Figueiró dos Vinhos, de que constituem exemplos o Candal, o Casal Novo, o
Catarredor, o Chiqueiro, a Cerdeira, o Talasnal, o Vaqueirinho, o Gondramaz, o Casal de São Simão e já no
concelho de Pampilhosa da Serra, as aldeias de Fajão, Janeiro de Baixo e Machio.
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Na serra o tempo perde o seu valor e apenas o espaço impera. Todos os elementos se ligam permitindo
uma descoberta do clima, da geologia, da fauna e da flora locais. A descoberta da serra permite um envolvimento profundo com o meio, possibilitando disfrutar paisagens abertas e majestosas em contraposição
com espaços estreitos e acanhados, de quando em quando vislumbrar um javali ou um veado, sentir a
brisa sob a ramagem de um castanheiro, de um carvalho ou de um sobreiro e ainda ouvir o murmúrio dos
ribeiros que saltitam e serpenteiam por entre as pedras.
javali
veado
Vale a pena passar uma noite na serra... para tal porque não pernoitar numa Casa-Abrigo ou numa casinha
em xisto entretanto recuperada? Na manhã seguinte e depois de uma noite repousante - em que apenas
os sons da natureza nos relaxaram - é possível partir pelos trilhos da serra descobrindo em cada ponto
do caminho sensações novas que nos descansam o corpo e acalmam o espírito.
fonte
Entre A Serra e o Rio… Os trilhos ELOZ, edição Dueceira- Leader II ELOZ
(imagens) AS/Dueceira; Gravuras: João Viola
(para consulta) Guia da Rede de Percursos da Serra da Lousã da QUERCUS
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A natureza nas margens de Alge
Nascida a norte do concelho, na Freguesia de Campelo, na zona d localidade de Alge, A Ribeira de Alge
percorre de forma sinuosa a paisagem das penedias e matas verdejantes, terminando o seu percurso nas
águas calmas do Zêzere, já na área da albufeira da Barragem do Castelo do Bode.
Ao percorre-la, alguns pontos merecem referência pela beleza natural que envolve as suas águas cristalinas. A pouca distância da sua nascente, surge-nos um renovado Viveiro de Trutas, paragem obrigatória
para saborear a gastronomia típica da truta e outros pescados do rio.
Mais abaixo, já na freguesia de Aguda, deparamos com a imponência magestosa das Fragas de S. Simão,
cujos recantos são um convite ao lazer e à fruição da natureza. Desde o seu miradouro, aos percursos
pedestres, às praias fluviais, à ldeia de xisto do Casal de São Simão, aos moinhos de água em Além da
Ribeira e ao sem número de actividades, como a pesca desportiva, montanhismo, escalada e canoagem,
podemos deliciar-nos com a natureza em estado puro.
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Finalmente, no lugar de Foz de Alge, onde as águas da ribeira encontram o caudal manso do rio Zêzere,
podemos apreciar vestígios da antiga fabrica de ferro, importante obra de referência da Arqueologia
Industrial, de cuja fundição saíram as armas com que Portugal enfrentou as Invasões Francesas do início
do séc. XIX.
Completamos assim um breve mas idílico percurso que nos retempera as forças, pela sua natureza agreste
mas também calma, para enfrentar de forma renovada a agitação do dia-a-dia.
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Conquistar a paisagem de Santa Luzia
No concelho da Pampilhosa da Serra, numa zona de grande beleza embora ainda pouco conhecida, situase a barragem de Santa Luzia.
A água e a floresta, o verde e o azul, constituem uma companhia constante para quem se aventurar a
desbravar a natureza.
O percurso não é completamente tranquilo, nem para os sentidos – que estarão em alerta permanente
- nem para o físico – ao qual será exigido dose sumplementar de energia -. Trata-se, porém, de uma
actividade acessível em caminho de serra, mas com subidas e descidas acentuadas. Por tal, o cuidado em
utilizar calçado adequado. Um bastão, aproveitado de qualquer ramo encontrado à beira do caminho,
pode constituir-se uma ajuda preciosa.
Trata-se de uma região onde impera o xisto, marcada por relevos extremamente acidentados, com grandes declives e vales muito profundos, onde se instalam linhas de água que, na sua maioria, desaguam no
Rio Zêzere. Refazemos, pois, antigas rotas do pastoreio local.
Poderemos iniciar o nosso passeio em Cabril. Seguindo por um caminho rural, a meia encosta, teremos
uma vista espectacular sobre o vale do rio Unhais e da garganta rochosa quartzítica que rodeia o dique
da barragem de Santa Luzia, em direcção a Vale Grande. Atravessaremos o rio na ponte e subiremos até
ao cimo do imenso rochedo localizado a 930 metros de altitude.
Desse ponto, contemplaremos a impressionante paisagem sobre toda a região. Aí, sentados num rochedo,
poderemos saborear a merenda, sentir a envolvente em toda a sua amplitude, fotografar a flora local e
deliciar com os sons simples da natureza que nos cerca. A paisagem é ampla, esmagadora e bela, abrangendo os horizontes das Serras da Estrela, da Gardunha, do Açor e da Lousã.
Quando saciados, desceremos em direcção à albufeira da Barragem de Santa Luzia, passando por uma
gruta, a Buraca dos Mouros. Já na albufeira, com a devida precaução, refresquemo-nos com um banho
na piscina flutuante ou então, simplesmente, um molhar de pés, fontes e mãos numa água límpida e
convidativa que a mesma nos apresenta.
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fonte (imagens): site Imagens da Pampilhosa · http://imagenspampilhosa3.no.sapo.pt/
site Pampilhosa em Imagens · http://www.pampilhosaemimagens.com
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Descobrir o verde do Cabeço do Peão
“(…) A Mata Municipal do Cabeço do peão com uma área aproximada de 33,6 hectares é uma área de
propriedade municipal de dimensão significativa, atendendo à sua localização adjacente à zona urbana
da Vila, assumindo-se como o pulmão da vila de Figueiró dos Vinhos e vocacionada para zona de recreio
e lazer. O seu ponto mais alto ronda os 500 metros, no local onde se situa a Capela de St.º António.
Em toda a sua área abundam espécies florestais, em que domina o eucalipto e o pinheiro bravo, mas
onde ainda se podem referenciar carvalhos, azinheiras, loureiros, medronheiros, para além de espécies arbustivas como a urze branca, a giesta amarela e a carqueja, conjunto que empresta à paisagem
belas tonalidades.
A zona dispõe de parque de merendas, circuito de manutenção, parque infantil, campos de ténis e de uma
rede de caminhos pedestres, aspectos que configuram excelentes momentos de descontracção e repouso
à sombra do frondoso arvoredo que a protege do Sol em dias de Verão (…)”.
Vale a pena perdemo-nos por aqui e descobrir, num espaço sobranceiro ao casco urbano, o verde de uma
floresta preservada.
fonte: texto e imagens site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos
http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
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Descobrindo a arte da pedra no Gondramaz
Subindo a Serra da Lousã, a partir da vila de Miranda do Corvo, encontra-se o Gondramaz, uma aldeia de
xisto onde o tempo parece ter parado. Chegados perto do cimo da montanha, ergue-se do solo a aldeia
que, de uma forma envergonhada, se vai mostrando através da vegetação. A sensação é esmagadora.
Todos os sentidos são estimulados. A visão é imaginária. Parece que estamos a caminhar sobre os telhados. A sinalética indica-nos os pontos de referência da aldeia e dá-nos a conhecer os seus segredos.
A audição é envolta de um som forte, de uma música, de uma pauta escrita pelo som emitido pelas asas
das abelhas. O cheiro extasia-nos, um odor forte, intenso, ao verde da natureza. O sabor envolve-se no
gosto delicioso das castanhas que poisam no chão.
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Ao fundo da aldeia um som ríspido de um matraquear cadenciado… alguém trabalha pedra, uma arte
feita da sua dureza, talhada, porém, com o amor que sai das mãos do artesão… As estátuas do Gondramaz já são uma referência, um ex-libris local. Evocando Santos ou figuras populares mais brejeiras, têm
em si a sabedoria dos tempos, da natureza, da vida.
Vale a pena ficar à conversa e perceber o sentido da forma que nasce, entender o processo de criação da
obra, compreender os materiais e a alma do artesão.
Visitada a aldeia, subsiste um novo convite, o de percorrer a pé os caminhos da serra. Durante a subida,
vamo-nos apercebendo de vários pontos de miragem sobre a vila e das encostas das montanhas, de
uma beleza rara, de vegetação que vai escorrendo e envolvendo a íngreme depressão até ao sopé, terminando numa euforia de verde. A fauna, esconde-se no embrenhado da flora, mostrando-se aqui e ali
timidamente. Veados e javalis dividirão com o aventureiro os caminhos pedonais que se abrem diante dos
nossos olhos e que nos guiam neste passeio pedestre. Chegados à cumeeira, abre-se aos nossos olhos,
uma pintura dos deuses. As elevações e as depressões, as várias tonalidades de verde, toda a paisagem
parece não ter fim e os olhos ficam cheios de tanta beleza. O percurso continua, sobre caminhos de terra
batida, encaminhando-nos, em descida, à aldeia abandonada do Cadaval. Mais um exemplo magíifico da
típica aldeia serrana.Embora abandonada e vítima de um grande incêndio que a devorou, a aldeia ainda
guarda o testemunho de ruelas e de paredes em xisto que encerravam as inúmeras casas. A paisagem
convida ao descanso e à contemplação.
Caminhando mais um pouco, regressamos ao ponto de partida.
fonte: site Oficial do Município de Miranda do Corvo
http://www.mirandadocorvo.com/index.php?pagina=roteiro [texto adaptado]
(imagens) AS/Dueceira
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No trilho dos romanos
“(…)A origem do Concelho de Pedrógão Grande não é ainda objecto de consenso entre os historiadores.
Para alguns a história do concelho remontará ao período pré-histórico sendo, no entanto, difícil determinar a época exacta.
A Idade do Ferro é apontada como um dos prováveis períodos em que se terá iniciado a ocupação humana
desta área. Tratava-se de uma zona propícia à fixação humana visto a morfologia do terreno constituir
uma boa defesa natural, para além da existência de uma flora e fauna ricas e abundantes. I
Inicialmente a população ter-se-ia concentrado no Monte da Sra. Dos Milagres no Cabeço da Cotovia
pela sua condição de quase fortaleza natural. Mas se alguns vestígios parecem sustentar esta hipótese a
verdade é que outras são sustentáveis. As opiniões dividem-se entre as hipóteses de fundação pré-histórica, romana ou mesmo posterior ao estabelecimento dos romanos na Península Ibérica.
Escavações arqueológicas efectuadas e consequentes vestígios e achados encontrados parecem confirmar
a ideia de uma ocupação romana. Foram descobertos fornos de cerâmica para cozimento de telha, telhas
de rebordo e pedaços de potes decorados, o que associado ao facto de alguns historiadores atribuírem a
fundação de Pedrógão Pequeno, em 150 d.C., aos romanos, reforça a ideia de que ambas as localidades
tenham a mesma origem. (…)”
fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/
É na senda desses vestígios, aliando-se a riqueza dos patrimónios arqueológico, histórico e ambiental,
que vos propomos um percurso pelo concelho…
Trata-se de um percurso fechado, ora paisagístico, ora panorâmico que permite contactar com este
valores históricos e naturais. Tem uma extensão de 18 quilómetros e uma duração média de 06 horas.
A sua dificuldade é mínima, embora tenha uma aproximação ao rio Zêzere em declive acentuado. No
decurso deste percurso, é possível sentirmos a história em alguns monumentos que teremos oportunidade contemplar.
Finalmente, no posto de turismo local é possível observarmos alguns achados arqueológicos com predominância para as peças cerâmicas.
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forno romano
Monumento arqueológico, o forno é um testemunho da ocupação romana em Pedrógão Grande.
fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/
via romana
via romana ponte filipina
ponte filipina
Situa-se a jusante da barragem do Cabril e acredita-se que tenha sido construída durante a dominação
Filipina. Trata-se pois de uma obra que merece ser admirada; com os seus três arcos, o maior dos quais
com vinte e dois metros de vão e vinte e seis de altura foi construída com enormes blocos de granito.
Esta ponte, classificada como Monumento Nacional, foi até ao ano de 1954, data da inauguração da
barragem do Cabril, o único elo de ligação com a povoação de vizinha de Pedrógão Pequeno e consequentemente com o Distrito de Castelo Branco.
fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/
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estação arqueológica do calvário
“(…) As escavações arqueológicas encetadas aquando das obras de remodelação do Largo da Devesa
permitiram colocar a decoberto uma pequena área de uma casa romana (Domus) do Século II d.C. e
diversas edificações do século IV d.C.
A localização da Domus, a meia encosta, apresenta uma exposição privilegiada entre o cume a pequena
elevação, denominado torre e um pequeno riacho que corria na Devesa. Ao redor da casa encontravamse as explorações agrícolas; hortas irrigadas, olivais, vinhas, prados, campos de trigo e florestas. A via
romana identificada a nascente (Valada), assegurava o escoamento das produções agrícolas aqui produzidas. Não é de excluir a hipótese de ter existido por volta do século IV d.C um estabelecimento comercial,
Taberna, para apoio aos viajantes (…)”.
Com esta imagem, seria possível construir todo um cenário histórico e inventar personagens dessas épocas perdidas no tempo. É só fazer um esforço e assim tentar compreender um pouco melhor a história
deste concelho.
fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/
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O Santo António da Neve
Para uma romagem ao Santo António da Neve é possível escolhermos entre o percurso pedestre já delimitado ou seguir de automóvel pela sinuosa estrada do Coentral.
Por ser mais apetecível, optamos por caminhar por um trilho que combina floresta de espécies exóticas
com as matas das cumeadas. Com início na Casa de Guarda Florestal de Porto Espinho (970 metros de
altitude), nas proximidade do Coentral, tem uma extensão de aproximadamente 20 Km (percurso de idae-volta) e por tal uma duração média de oito horas. Trata-se de um passeio pleno de encantos uma vez
que, e tomando o caminho à direita da Casa de Guarda, depois de uma ligeira subida é possível observar o
Vale da Ribeira de Pera, destacando-se a aldeia do Coentral e o vale escarpado da Ribeira de Quelhas.
Na Primavera, época em que este trilho assume a sua plenitude, é um espectáculo deslumbrante a profusão multicolor dos matos, entre estes o tojo, a urze, a giesta e a carqueija, num contraste ímpar com o
tom verde-escuro dos pinheiros-negros.
Continuando a caminhada podemos contemplar o Vale da Ribeira de São João, vislumbrando por aqui
e por ali os contornos de algumas aldeias serranas, enquanto nos aproximamos da Ribeira de Cavalete,
zona com vegetação luxuriante que constitui um pequeno paraíso para a fauna local. Com um pouco de
sorte é possível ficarmos frente-a-frente com um veado altivo.
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região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Neste ponto, o planalto do Santo António da Neve já se encontra próximo... Chegados estamos ao nosso
destino e a 1157 metros de altitude podemos observar a paisagem e alcançar a vastidão escarpada da
Cordilheira Central.
fonte: site Pampilhosa da Serra em Imagens · http://www.pampilhosaemimagens.com/
Local de romaria e festa dos povos serranos, a capela e os poços de neve fazem-nos sonhar com tempos
remotos em que o povo arduamente recolhia e armazenava a neve, transformando-a no gelo que na
época estival seguia em ronceiros carros de bois até ao Rio Zêzere e daí em barcos até às adegas e copas
régias em Lisboa (ler caixa , em anexo). Na placa colocada na Capela, pode-se ler:
Esta capela do glorioso santo antonio de lisboa
A mandou fazer julião pereira de castro reposteiro
Do nosso reino da câmara de sua majestade e neveiro
De sua real casa em terra sua ano 1786
Neste planalto sentimo-nos envoltos pela natureza e em plena sintonia com esta. O chão, atapetado por
uma erva rasteira e de quando em vez por morangueiros silvestres e um ou outro pilriteiro, convidam a
um repouso e lanche merecidos sob os frondosos carvalhos-alvarinho, pseudotsugas, larícios, azevinhos e
outras espécies, tornando este espaço um dos mais aprazíveis da Serra da Lousã. A urze -arbusto rasteiro
cuja coloração consoante a época do ano raia desde
o rosa suave e o roxo intenso- é uma constante na
paisagem e as abelhas, em constante labuta, rondam-nas em busca do pólen precioso que se transformará no escuro Mel da Serra da Lousã *.
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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De regresso, passamos pelo ponto mais alto da Serra da Lousã, o Castelo, Alto ou Altar do Trevim a 1.204
metros de altitude. Neste local, a vista espraia-se pelas Beiras... em dias aprazíveis avista-se a Poente, a
Serra do Buçaco e a Serra da Boa Viagem até ao Oceano; do lado Sul, a Serra do Espinhal e o Maciço de
Porto de Mós; a Nascente, a Serra da Gardunha e, a Norte, os Penedos de Fajão, as Serras do Caramulo
e da Gralheira e os Cântaros da Estrela.
Fonte: site Pampilhosa da Serra em Imagens · www.cm-lousa.pt/fotos.htm
* produto d.o.p · denominação de origem protegida. todos os concelhos das terras de entre lousã e zêzere.
fonte: Entre A Serra e o Rio… Os trilhos ELOZ, edição Dueceira- Leader II ELOZ
(imagens) AS/Dueceira; Gravuras: João Viola; Imagem em detalhe da Urze: Dueceira/Ecce Design
(para consulta) Guia da Rede de Percursos da Serra da Lousã da QUERCUS
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Júlião Pereira de Castro, neveiro real, e sua mulher Policarma receberam ontem, ao final da tarde, um
carregamento de gelo no botequim Casa da Neve, em Lisboa, proveniente da Serra da Lousã. Esta bem
poderia ser uma notícia dada a 8 de Janeiro de 1782, pois na véspera tinha sido inaugurado o actual
Martinho da Arcada, fundado por este neveiro.
O que se passou ontem, de facto, foi uma recriação do transporte de neve desde o Poço do Alto de Santo
António da Neve, no Coentral, concelho de Castanheira de Pera, no alto da serra da Lousã, até Lisboa,
realizada pela Lousitânea - Liga de Amigos da Serra da Lousã. O evento coincidiu com a festa que anualmente se realiza no local onde em tempos existiram sete poços de neve e está edificada uma capela
em homenagem a Santo António, mandada construir pelo neveiro.
Pela manhã já uma junta de bois estava parada ao lado de um dos três poços, recentemente reconstruídos,
para transportar os blocos de gelo retirados por neveiros de dentro do poço onde tinham sido colocados
em sacos de serapilheira e depois envoltos em fetos, palha e colocados dentro de caixas de madeira.
Dezenas de pessoas assistiram no local ao início da viagem das carroças pelas calçadas centenárias do
Coentral, recriada com a ajuda do Rancho da União Recreativa Sapateirense e da junta de bois, o amarelo e a cabana. A festa de homenagem a Santo António continuou e a viagem também, mas por outros
meios, pois havia que fazer 127 quilómetros até chegar a Constância.
Nesta vila banhada pelo Tejo foi, então, recriado, com a colaboração do Grupo de Teatro PUGNA, o
momento em que era feita a transferência das caixas que transportavam o gelo para um barco tradicional, do século XVIII, que fazia chegar à capital o tão desejado produto cobiçado pela corte e pela alta
sociedade lisboeta.
Por fim, já em Lisboa, na Praça do Comércio, os figurantes, elementos da própria Lousitânea e do Rancho
Folclórico Neveiros do Coentral, deram vida ao momento em que o gelo era entregue à Casa da Neve,
que há época detinha o estatuto de fornecedor da casa real e, em caso de o gelo ser abundante, estava
autorizada a vende-lo para cafés e hotéis da cidade a oitenta reis o quilo.
“Existem poucos estudos sobre o assunto”, refere José Pais, um dos responsáveis pela iniciativa, reconhecendo não ser ainda possível afirmar com certeza quanto tempo levavam os neveiros a fazer o percurso.
Há quem fale em pelo menos três dias. Ao que se sabe, o negócio era rentável, pois em média chegava a
Lisboa entre um terço a metade da carga inicial. A riqueza do neveiro era tal que quando foi distribuída
pelos filhos as moedas tiveram de ser colocadas em alqueires.
fonte: Jornal de Notícias, Reportagem de Licínia Girão, 18 de Junho de 2007
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O verde da Ribeira das Quelhas
O trilho das Ribeiras de Quelhas e de Pera constitui um convite à sintonia com a natureza, acompanhando
parte do percurso destas águas cristalinas e gélidas.
Começando o passeio na aldeia do Coentral sabemos que ao adensarmo-nos na Serra, um trilho de apenas 5 Kms mas de extrema dureza nos aguarda. Não menos de 4 horas serão necessárias para cobrir a
sua extensão circular.
No início do trajecto caminhamos ao longo da margem direita... neste lugar não se ouvem ruídos da civilização, apenas os sons dos pássaros e a água saltitando no leito da ribeira nos acompanham.
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Olhando em redor verificamos que impera a pedra, existindo apenas pequenos fios de solo para as espécies que teimam em crescer. Debaixo dos nossos pés as pedras rolam e todo o cuidado é pouco. Nas
margens da Ribeira a vegetação cresce exuberante num contraste abrupto com as encostas escarpadas
aonde apenas sobrevivem, mais afoitos, tufos de gilbardeira.
A partir de determinado ponto começam a predominar os xistos. O terreno é bastante pedregoso, próprio
para as cabras e ovelhas que por aqui apascentam. Depois de ultrapassarmos alguns obstáculos rochosos
deparamo-nos com uma pequena lagoa que convida a um banho muito refrescante. Nesta zona, subsistem, ainda assim, carvalhos, pilriteiros, azevinhos e azinheiras. O tempo parou... a natureza domina o
espaço por completo impondo uma atitude de serenidade e relaxamento.
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Continuamos a subida até ao topo escarpado. A fraga é imponente e se estivermos numa época húmida
veremos a Ribeira despenhar-se em longas cascatas.
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Olhando para cima vemos um penhasco que se ergue a pique ...
Sabemos que com alguma coragem e uma boa dose de determinação o conseguiremos subir e alcançar
o planalto do Santo António da Neve... no entanto, optamos por regressar por um carreiro que sob a
frescura de carvalhos, salgueiros e imponentes castanheiros, nos conduz aos tapetes das pastagens de
Vale Silveira e calmamente nos encaminha de regresso ao Coentral.
fonte: Entre A Serra e o Rio… Os trilhos ELOZ, edição Dueceira- Leader II ELOZ
(imagens) AS/Dueceira e João Viola/Dueceira
(para consulta) Guia da Rede de Percursos da Serra da Lousã da QUERCUS
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À descoberta da flora e da fauna no Parque das Medas
O concelho de Vila Nova de Poiares situa-se numa bacia rodeada de serras. É um concelho com paisagens
de largos horizontes, com recantos pitorescos e aprazíveis. A Serra do Carvalho, a Serra do Bidueiro, a
Fraga e as margens do rio Mondego e rio Alva constituem exemplos de espaços naturais onde se desfrutam belas paisagens e se pode observar o património natural local.
No Parque das medas, local onde se instalará a futura Escola do Ambiente, é possível partir à descoberta
da natureza em percursos descobertos ao acaso da nossa vontade e dos nossos passos…
Na natureza, ainda em estado selvagem, predominam algumas espécies arbóreas tais como os Pinheiros
bravo e manso, o Eucalipto, o Sobreiro, o Carvalho cerquinho, o Carvalho negral e a mimosa. Existem,
também, inúmeras espécies de arbustos rasteiros das quais reconhecemos, em maior profusão, a Esteva,
o Tojo e a Carqueja.
É possível perdermo-nos por aqui, em busca de flores campestres que sulcam os caminhos, à espera do
nosso olhar. Ou, ainda, colhermos folhas e ervas para a construção de um herbário escolar.
A fauna local é constituída, sobretudo, por coelhitos bravos, uma ou outra lebre fugidia, algumas perdizes e uma amálgama de passaritos – melros, toutinegras, pardais, corvos - que nos deliciam com o seu
chilreio e que entre voos ondulantes, ora pousam num ramo de árvore, ora saltitam em campo aberto
para, de novo, se lançarem na liberdade do espaço.
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A rede das aldeias de xisto
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fonte: site Oificial da Rede de Aldeias do Xisto · http://aldeiasdoxisto.pt/index2.html
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A rede natura 2000
O que significa?
A Rede Natura 2000 é um instrumento de relevo para a conservação da natureza e consiste num conjunto
de áreas criadas por imposição comunitária, surgidas a partir do contributo individual (e obrigatório) de
todos os países membros da União Europeia para uma listagem de áreas que contribuíssem para a preservação de habitats naturais, da fauna e flora, tendo em consideração as exigências económicas, sociais
e culturais. Foi assim criada a nível europeu uma rede ecológica denominada Natura 2000, constituída
por Zonas Especiais de Protecção e que pretende a conservação de habitats de grande valor ecológico,
bem como a determinação de Zonas de Protecção Específica (Sítios de Interesse Comunitário) relativas
à conservação de aves selvagens.
No caso português, a Rede Natura 2000 ocupa cerca de 20% do território continental, valor que é bastante superior ao da Rede Nacional de Áreas Protegidas, 8%, mas que ainda pode ser considerado insuficiente para a correcta manutenção da biodiversidade e conservação de habitats.
No caso do Continente, esta Rede inclui 59 sítios, em muitos casos com sobreposição das duas categorias.
As áreas húmidas são alvo de particulares atenções, nomeadamente estuários de rios – Minho, Coura e
Sabor – e faixa litoral; incluídas em grande extensão na Rede Natura 2000. Também são merecedoras de
destaque algumas áreas de montanha como a Serra de Arga, Monchique e Lousã.
Na Madeira existem 16 áreas pertencentes à Rede Natura 2000, que ocupam praticamente 80% do território do Arquipélago. Ao contrário do que acontece nas Áreas Protegidas, Porto Santo está representado
com duas áreas com mais de 370ha, consideradas como Sítios de Interesse Comunitário – Ilhéus de Porto
Santo e Pico Branco. As Ilhas Desertas e os seus mais de 11 000ha reforçam ainda o seu papel vital na
conservação da natureza. Nos Açores, as 38 áreas pertencentes à Rede Natura 2000 distribuem-se por
todas as ilhas, ocupando 16% da área do arquipélago.
Em termos de objectivos visam salvaguardar não só uma significativa parte da faixa litoral, como também
áreas mais elevadas, mais acidentadas e, por isso mesmo, determinantes para a conservação de habitats
específicos. Face à acelerada degradação dos recursos naturais a que actualmente se assiste, a criação e
preservação de áreas protegidas onde se deve incluir a Rede Natura 2000 é não só o método mais expedito para a salvaguarda dos valores naturais, mas também a estratégia mais importante para a execução
de uma política de conservação da natureza. Para isso, é fundamental definir critérios claros de gestão e
ordenamento para estas áreas, bem como dotá-las de meios financeiros e humanos que permitam a real
implementação de políticas de conservação da natureza, integradas numa filosofia de desenvolvimento
sustentável, sem o qual não será possível manter o património natural existente.
fonte: site do Atlas de Portugal – um país de área repartida
http://www.igeo.pt/atlas/Cap1/Cap1e_4.html
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Sítios de interesse comunitário
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legenda
1. rio minho
4554
33. azabuxo / leiria
2. côrno do bico
5139
34. serra de aire e candeeiros
3. litoral norte
740
35. arquipélago berlenga
136
44226
96
4. serra d’arga
4426
36. nisa / laje da prata
12658
5. peneda-gerês
88845
37. s. mamede
116114
6. montesinho-nogueira
107719
38. peniche / santa cruz
8285
91
39. serra de montejunto
3830
68
40. cabeção
7. samil
8. serra d’arga
48606
9. rio lima
5361
41. caia
10. litoral norte
2056
42. sintra / cascais
16632
33482
43. estuário do tejo
44608
11. rios sabor e maçãs
12. minas de sto. adrião
44. guadiana / juromenha
2498
13. morais
12878
45. fernão ferro / lagoa de albufeira
4318
14. romeu
4768
46. monfurado
23878
47. arrábida / espichel
20661
15. alvão / marão
16. valongo
3495
31115
58788
48. estuário do sado
30967
17. douro internacional
36186
49. cabrela
36554
18. montemuro
38762
50. comporta / galé
32050
19. barrinha de esmoriz
2552
396
51. alvito / cuba
20. rio paiva
14562
52. alvito / cuba
21. serra da freita e arada
28658
53. moura / barrancos
43309
54. costa sudoeste
118266
55. guadiana
38463
22. rio vouga
2769
23. cambarinho
24. dunas de mira,gândara e gafanhas
23
786
137
498
56. monchique
76008
25. carregal do sal
9553
57. caldeirão
47286
26. serra da estrela
88291
58. barrocal
20864
27. malcata
79079
59. arade / odelouca
28. complexo do açor
1363
60. ribeira de quarteira
29. paul de arzila
666
61. ria de alvor
30. gardunha
5891
31. serra da lousã
15158
32. sicó / alvaiázere
31678
62. cerro da cabeça
63. ria formosa / castro marim
2111
582
1454
574
17519
fonte: site do Atlas de Portugal – um país de área repartida
http://www.igeo.pt/atlas/Cap1/Cap1e_4.html
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A classificação da Serra da Lousã
ficha do sítio nº ptcon0060
descrição
Devido à acentuada orografia e variantes climáticas, a vegetação é muito diversificada, desde
as azinheiras nas zonas mais secas e ensolaradas
até aos castanheiros e carvalhos (Quercus robur e
Q. pyrenaica) nas zonas mais húmidas e frias. As
linhas de água, com a vegetação associada, constituem os habitats mais bem conservados.
Sítio com grande valor paisagístico, importante
para a manutenção de ecótipos de alto valor genético. As galerias ripícolas assumem grande importância para certas espécies da fauna e também
devido à presença de comunidades de Prunus lusitanica com Ilex aquifolium, de carácter reliquial. Inclui
áreas importantes para a conservação da Chioglossa lusitanica.
área 15 158 ha.
redes de conservação
Sítio da Lista Nacional de Sítios ao abrigo da Directiva Habitats (92/43/CEE) publicado em Resolução
do Conselho de Ministros n.º 76/2000 de 5 de Julho.
factores de ameaça
Incêndios; Corte da vegetação ribeirinha; Empreendimentos hidroeléctricos.
instrumentos de ordenamento e gestão

Planos de
Ordenamento do
Território
PDM de Lousã (RCM n.º
37/93 de 4 de Maio com a
redacção actual)
PDM de Góis (RCM n.º
Planos de Recursos
Hídricos
Plano de Bacia Hidrográfica
do
Mondego
(Decreto
Regulamentar n.º 9/2002 de 1
de Março)
41/2003 de 26 de Março)
PDM de Castanheira de
Pêra (RCM n.º 84/94 de 20 de
Setembro
actual)
com
a
redacção
PDM de Figueiró dos
Vinhos (RCM n.º 11/95 de 10
de Fevereiro)
PDM de Miranda do Corvo
Planos Especiais de
Ordenamento do
Território
Condicionantes e
Servidões de âmbito
ambiental
REN de Lousã (Portaria n.º
249/93 de 4 de Março)
REN de Góis (RCM n.º 79/97
de 14 de Maio)
REN de Castanheira de
Pêra (RCM n.º 58/96 de 26 de
Abril)
REN de Figueiró dos Vinhos
(RCM n.º 182/95 de 29 de
Dezembro)
REN de Miranda do Corvo
(Portaria n.º 261/93 de 8 de
Março)
(RCM n.º 41/93 de 17 de Maio
com a redacção actual)

Lousã, Góis, ·Castanheira
Pêra, Figueiró
dosapartado
Vinhos e20,
Miranda
do Corvo.
dueceira.eloz
rua generalde
humberto
delgado,
3200-909
lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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185
índice
REN de Castanheira de
Pêra (RCM n.º 58/96 de 26 de
PDM de Castanheira de
Pêra (RCM n.º 84/94 de 20 de

Setembro com a redacção
actual)
Planos de
Ordenamento do
Figueiró Território
dos
de Fevereiro)
PDM de Lousã (RCM n.º
Plano de Bacia Hidrográfica
região
do
Mondego solidária
(Decreto
37/93 de 4 de Maio com a
redacção actual)
Regulamentar n.º 9/2002 de 1
de Março)
PDM de Miranda do Corvo
(RCM n.º 41/93 de
17 de
de Maio
PDM
Góis (RCM
41/2003 de 26 de Março)
com a redacção actual)
REN de Figueiró dos Vinhos
Planos Especiais de
Ordenamento do
Território
Planos de Recursos
Hídricos
PDM de
Vinhos (RCM n.º 11/95 de 10
Abril)
Condicionantes e
(RCM n.º 182/95 de 29 de
Servidões de âmbito
Dezembro)
ambiental
REN(Portaria
de Miranda
do Corvo
REN de Lousã
n.º
· leader + · projecto cooperação
· dueceira
249/93 de 4 (Portaria
de Março)
n.º 261/93 de 8 de
Março)
REN de Góis (RCM n.º 79/97
n.º
de 14 de Maio)
REN de Castanheira de
Pêra (RCM n.º 58/96 de 26 de
PDM de Castanheira de
Pêra (RCM n.º 84/94 de 20 de
Setembro
actual)
com
a
Abril)
redacção

concelhos da região centro abrangidas
PDM
de
Figueiró
REN de Figueiró dos Vinhos
(RCM n.º 182/95 de 29 de
Dezembro)
dos
Lousã,
Góis, Castanheira
de Pêra,
Figueiródos
dos Vinhos
Vinhos e e
Miranda
do Corvo.
Lousã, Góis,
Castanheira
dedePêra,
Figueiró
Miranda
do Corvo.
Vinhos (RCM n.º 11/95
10
REN de Miranda do Corvo
de Fevereiro)
(Portaria n.º 261/93 de 8 de
Março)
PDM de Miranda do Corvo
(RCM n.º 41/93 de 17 de Maio
com a redacção actual)
N

ARGANIL
VILA NOVA DE POIARES
COIMBRA
Lousã, Góis, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Miranda do Corvo.
GÓIS
LOUSÃ
N
CONDEIXA-A-NOVA
ARGANIL
PAMPILHOSA
DA SERRA
VILA NOVA DE POIARES
COIMBRA
MIRANDA DO CORVO
GÓIS
LOUSÃ
PENELA
SOURE
CASTANHEIRA DE PERA
CONDEIXA-A-NOVA
PAMPILHOSA DA SERRA
MIRANDA DO CORVO
OLEIROS
PENELA
SOURE
ANSIÃO
PEDROGÃO GRANDE
FIGUEIRÓ DOS VINHOS
CASTANHEIRA DE PERA
PEDROGÃO GRANDE
ANSIÃO
OLEIROS
SERTÃ
FIGUEIRÓ DOS VINHOS
SERTÃ
anfíbios e répteis do anexo ii (directiva 92/43/cee)


Nome Científico
Nome Científico
Nome Vulgar
Nome Vulgar
salamandra-lusitânica
Chioglossa lusitanica
C.Berna
C.Berna
Lacerta schreiberi salamandra-lusitânica
lagarto-de-água
Chioglossa lusitanica
lagarto-de-água
Lacerta schreiberi
DL
C.Bona
DL CITES
B-II/IV140/99___
CITES
___
B-II/IV
___
___
___
B-II/IV
___
___
C.Bona140/99
II
___
IIII
___
II
___
B-II/IV
___
UICN
UICN
___
Adaptado do Sistema de Informação do Património Natural (SPINAT). [consult. 02/04/2002]. Disponível em http://www.icn.pt/sipnat/sipnat1.html
peixes do anexo ii (directiva 92/43/cee)
2

Adaptado do Sistema de Informação do Património
Natural (SPINAT). [consult. 02/04/2002]. Disponível em http://www.icn.pt/sipnat/sipnat1.html
Nome Científico
Nome Vulgar
Rutilus macrolepidotus
ruivaco
Nome Científico
Nome Vulgar
Rutilus macrolepidotus
ruivaco
C.Berna
C.Bona
DL 140/99
CITES
UICN
III
___
B-II
___
___
C.Berna
C.Bona
DL 140/99
CITES
UICN
III
___
B-II
___
___


invertebrados
do anexo
ii Vulgar
(directiva
92/43/cee)
Nome Científico
Nome
C.Berna
C.Bona
Euphydryas aurinia
DL 140/99
CITES
___
___
B-II
___
___
___
C.Berna
___
C.Bona
B-II
DL 140/99
___
CITES
___
UICN

___
Callimorpha
quadripunctaria
Nome
Científico
Nome___
Vulgar
UICN
Euphydryas aurinia
___
___
___
B-II
___
___
Callimorpha quadripunctaria
___
___
___
B-II
___
___

Código
3170
Designação

Charcos temporários mediterrânicos
3260
Código
Cursos de água dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion
Designação
4020
3170
4030
3260
Charnecas
húmidas atlânticas
temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix
Charcos
temporários
mediterrânicos
Charnecas
secasdos
europeias
Cursos
de água
pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion
5230
4020
6230
4030
2
Matagais arborescentes
de Laurus
nobilis de Erica ciliaris e Erica tetralix
Charnecas
húmidas atlânticas
temperadas
Formações
herbáceas
de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos das zonas montanas (e das
Charnecas secas
europeias
zonas submontanas da Europa continental)
5230
Matagais
arborescentes
de Laurus
nobilisapartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
dueceira.eloz
· rua general
humberto
delgado,
7110
Turfeiras altas activas
6230
Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos das zonas montanas (e das
8220
Vertentes
rochosas siliciosas
comcontinental)
vegetação casmofítica
zonas submontanas
da Europa
Freixiais termófilos
de Fraxinus angustifolia
91B0
7110
Turfeiras
altas activas
.
186
índice

Nome Científico
Nome Vulgar
Rutilus macrolepidotus
ruivaco
C.Berna
C.Bona
DL 140/99
CITES
UICN
III
___
B-II
___
___
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira

Nome Científico
C.Berna
C.Bona
DL 140/99
CITES
UICN
Euphydryas aurinia
Nome Vulgar
___
___
___
B-II
___
___
Callimorpha quadripunctaria
___
___
___
B-II
___
___
habitats do anexo i (directiva 92/43/cee)

Código
Designação
3170
Charcos temporários mediterrânicos
3260
Cursos de água dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion
4020
Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix
4030
Charnecas secas europeias
5230
Matagais arborescentes de Laurus nobilis
6230
Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos das zonas montanas (e das
zonas submontanas da Europa continental)
7110
Turfeiras altas activas
8220
Vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica
91B0
Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia
91E0
Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae)
9230
Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica
9260
Florestas de Castanea sativa
9330
Florestas de Quercus suber
fonte: site da CCDRC- Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro
http://www.ccdrc.pt/ambiente/folder.2006-03-31.5164733365/folder.2006-09-26.6945782371/
ficha-serra-da-lousa-0060.pdf
Adaptado do Sistema de Informação do Património Natural (SPINAT). [consult. 02/04/2002]. Disponível em http://www.icn.pt/sipnat/sipnat1.html
3
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
6. Netgrafia
Observações prévias
Todos os sítios web indicados foram previamente verificados, tendo sido possível em Novembro de 2007
aceder a todas as páginas e comprovado da idoneidade do seu conteúdo. Por tal, a DUECEIRA · Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça, gestora do Programa LEADER+ELOZ.Entre LOusã e Zêzere
não se responsabiliza por quaisquer alterações que venham a ocorrer nas páginas referenciadas ou pela
sua eventual desactivação.
Estas Páginas WEB são indicadas a título exemplificativo. Tal, não significa a oportunidade e pertinência
de outras que não sejam referenciadas nesta resenha. A sua ordenação não obedece a qualquer critério,
sendo esta listagem apresentada de forma aleatória.
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Do território
Dueceira · Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça
Programa LEADER+ELOZ. Entre LOusã e Zêzere
http://www.dueceira.pt
Pinhais do Zêzere · Associação para o desenvolvimento
http://www.pinhaisdozezere.pt
Lousitânea · Liga de Amigos da Serra da Lousã
http://lousitanea.no.sapo.pt Associação dos Municípios de Montanha
http://www.anmp.pt/anmp/secmun/mon/index.php
Rede de Aldeias do Xisto
http://www.aldeiasdoxisto.pt/
Rede de Praias Fluviais
http://www.praiasfluviais.com/
CCDRC · Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro
http://www.ccdrc.pt/regiao
RTC · Região de Turismo do Centro
http://www.turismo-centro.pt/
ANMP · Associação Nacional de Municípios Portugueses
http://www.anmp.pt
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
De projectos locais
Artesanato em Rede
http://www.artesanatorede.com
Os trilhos da Serra
http://www.dueceira.pt/wwwtrse/indextrse.htm
Cooperar em Português
http://www.cooperaremportugues.org
Região Solidária – A Hora da Controvérsia
http://ahoradacontroversia.blogspot.com/
Entre LOusã e Zêzere Acessível
http://www.elozacessivel.org
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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190
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Por concelho
Castanheira de Pera
Município de Castanheira de Pera
http://www.cm-castanheiradepera.pt/
Página não oficial do Concelho de Castanheira de Pera
http://castanheira.no.sapo.pt/
Blog Castanheira de Pera em Notícia
http://castanheiraemnoticia.blogs.sapo.pt/
A Aldeia do Coentral
http://coentral.com.sapo.pt/
Praia das Rocas
http://www.praiadasrocas.com/
Rancho Folclórico Os Neveiros do Coentral
http://www.oneveiro.web.pt/
Jornal O castanheirense
http://www.ocastanheirense.com
Escola Básica dos 2º. e 3º. ciclos Bissaya Barreto de Castanheira de Pera
http://agcpera.ccems.pt/
Junta de Freguesia de Castanheira de Pera
http://www.freg-castanheiradepera.pt
Junta de Freguesia de Coentral
http://www.freg-coentral.pt
Figueiró dos Vinhos
Município de Figueiró dos Vinhos
http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/
Biblioteca Municipal Simões de Almeida (Tio) de Figueiró dos Vinhos
http://www.bmfigueirodosvinhos.com.pt/
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Refúgios de Pedra · Associação de Moradores do Casal de São Simão · Aldeias do Xisto
http://refugiosdepedra.blogspot.com/
Blog não oficial das Aldeias do Xisto
http://aldeiasdoxisto.blogspot.com/
Agrupamento de Escola de Figueiró dos Vinhos
http://agfigueiro.ccems.pt/
Centro de Emprego de Figueiró dos Vinhos
http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=117,105223&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP
Lousã
Município da lousã
http://www.cm-lousa.pt/index.php
Biblioteca Municipal da Lousã
http://www.cm-lousa.pt/biblioteca/
Jornal O trevim
http://www.trevim.pt/zona.asp?edcid=275&area=QUEMSOMOS
ARCIL · Associação para a Recuperação dos Cidadãos Inadaptados da Lousã
http://www.arcil.org/
Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã
http://www.cm-lousa.pt/provedoria/index.php
Lousãmel · Cooperativa Agrícola de Apicultores da Lousã e Concelhos Limítrofes, CRL
http://www.lousamel.com/
EPL · Escola Profissional da Lousã
http://www.epl-lousa.pt/
Escola Secundária da Lousã
http://www.esec-lousa.rcts.pt/
A Lenda da lousã
http://www.cantodaterra.net/ct/site/lendas/lenda.asp?id=107
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Escolas Básicas do 1º. Ciclo de Lousã
http://eb1s.esec.pt/escolas_concelho.php?concelho=6
Agrupamento de escolas da Lousã
http://www.eb23-lousa.rcts.pt/
Agrupamento de Escolas álvaro Viana de Lemos
http://agavlemos-m.ccems.pt/
Blog Acessibilidades
http://acessibilidades.blogspot.com/
Centro de Emprego da Lousã
http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=117,105242&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP
Miranda do Corvo
Município de Miranda do Corvo
http://www.mirandadocorvo.com/
ADFP · Associação de Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo
http://www.adfp.pt/
Agrupamento de Escolas Ferrer Correia do Senhor da Serra de Miranda do Corvo
http://www.eb23-senhor-serra.rcts.pt/
Escola Básica dos 2º. e 3º. ciclos com Secundária José Falcão de Miranda do Corvo
http://www.eps-jose-falcao.rcts.pt/
Escolas Básicas do 1º. ciclo de Miranda do Corvo
http://eb1s.esec.pt/escolas_concelho.php?concelho=10
Rádio Dueça
http://radiodueca.no.sapo.pt/noticias.htm
Cooperativa Agrícola de Miranda do Corvo
http://coopmcorvo.no.sapo.pt/
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
Pampilhosa da Serra
Município de Pampilhosa da Serra
http://www.cm-pampilhosadaserra.pt/default.asp
Fotolinks · O Portal das aldeias Pampilhosenses
http://fotolinks.no.sapo.pt/
Pampilhosa em Imagens · O concelho em imagens para o futuro
http://pampilhosaimagens.no.sapo.pt/
Pampilhosa Turismo · Os aspectos turísticos das Serras da Pampilhosa
http://pampilhosaturismo.no.sapo.pt/
Net_Pampilhosense · O Portal do Concelho de Pampilhosa da Serra
http://portalpampilhosense.com.sapo.pt/
Fajão
http://www.branco.org/casadamoita/html/fajao.html
Escolas Básicas da Pampilhosa da Serra
http://eb1s.esec.pt/escolas_concelho.php?concelho=14
Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra
http://www.casadapampilhosa.org/
Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra
http://www.sc-pampilhosadaserra.org/
Pedrógão Grande
Município de Pedrógão Grande
http://www.cm-pedrogaogrande.pt/
Página não oficial do concelho de Pedrógão Grande
http://www.geocities.com/TheTropics/1650/
Página Não Oficial do concelho de Pedrógão Grande
http://pedrogaogrande.no.sapo.pt/
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
ETPZP · Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal
http://www.etpzp.pt
Jornal O Intervalo da Escola Básica dos 2º. E 3º. Ciclos com secundária
Miguel Leitão de Andrada de Pedrógão Grande
http://www.agpedrogao.ccems.pt/jornalonline/
Agrupamento de Escolas de Pedrógão Grande
http://www.agpedrogao.ccems.pt/
Praia do Mosteiro
http://praiadomosteiro.no.sapo.pt/
Blog Pensar Pedrógão Grande
http://pensarpedrogaogrande.blogs.sapo.pt/
Vila Nova de Poiares
Município de Vila Nova de Poiares
http://www.cm-vilanovadepoiares.pt
Confraria da Chanfana
http://www.confrariadachanfana.pt/
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
http://www.ecs-dr-daniel-matos.rcts.pt/
Escolas Básicas do 1º. Ciclo de Vila Nova de Poiares
http://eb1s.esec.pt/escolas_concelho.php?concelho=18
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
7. Bibliografia
Observações prévias
Todos os Livros, Estudos, Monografias, Guias, Cd-Rom e DVD de seguida indicados foram apoiados pela
DUECEIRA- Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça, gestora do Programa LEADER+ELOZ.Entre
LOusã e Zêzere ou foram cedidos pelas entidades responsáveis pela sua edição ou pelos próprios autores,
existindo, pelo menos um exemplar para consulta na sede da Associação.
Esta Bibliografia é indicada a título exemplificativo e tal não significa a oportunidade e pertinência da
consulta de outros documentos que não sejam referenciados nesta resenha.
A sua ordenação obedece aos seguintes critérios: em primeiro lugar as referências mais genéricas ao
território enquanto um todo; em segundo lugar as referências bibliográficas dispostas por concelho,
apresentados por ordem alfabética.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
entre a serra e o rio…
sub-título
os trilhos eloz
autor
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
programa leader+eloz. entre lousã e zêzere
local e data de edição
lousã, setembro de 2000
número de edição
depósito legal nº. 152338/00
entidade responsável edição
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
número de páginas
82
formato
altura: 20,9cm · largura: 15,3cm
tipo de publicação
livro (encadernação com argola de arame)
oferta
sim
distribuição limitada
sim
esgotado
sim
local para consulta
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e
dueça, câmaras e bibliotecas municipais de castanheira
de pera, figueiró dos vinhos, lousã, miranda do corvo,
pedrógão grande e vila nova de poiares e através do site
www.dueceira.pt (versão electrónica)
outras informações
edição de 15.000 ex. apoiada pelo programa leader ii
dueceira-eloz. inclui mapa artístico do território
resumo
convite à descoberta do verde e azul das terras de entre
lousã e zêzere
índice
primeiro olhar; registos do passado; usos e costumes;
natureza em verde; natureza em azul; utilidades.
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
dueceira · programa leader+eloz · entre lousã e zêzere
autor
televita
local e data de edição
coimbra, setembro de 2005
entidade responsável edição
dueceira - programa leader+eloz- entre lousã e zêzere
formato
filme em vídeo
tipo de publicação
dvd
preço de venda
não
oferta
sim
distribuição limitada
sim
esgotado
não
outro
edição: 500 exemplares
local para consulta
bibliotecas e municípios dos concelhos de castanheira
de pera, figueiró dos vinhos, lousã, miranda do corvo,
pampilhosa da serra, pedrógão grande e vila nov
de poiares; dueceira
outras informações
edição apoiada pelo programa leader+ · dueceira+elozeste
dvd resultou da síntese e reorganização dos programas
televisivos “portugal à vista”, contratados pela dueceira
à contarcom/televita e emitidos em 1ª. instância pela
rtp-n em 2005
resumo
filme-síntese promocional do território (5 minutos);
filme promocional do território - paisagem, cultura,
actividades, pessoas (30 minutos);
entrevistas a promotores de projectos leader apoiados.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
guia da rede de percursos pedestres
da serra da lousã
sub-título
autor
armando ferrão de carvalho e pedro nuno abrantes amaro
local e data de edição
coimbra, 1996
número de edição
depósito legal nº. 101283/96
isbn: 972-8002-09-2
entidade responsável edição
quercus- associação nacional de conservação da natureza
número de páginas
160
formato
altura:20,7 cm; largura:14,8 cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
sim
esgotado
sim
local para consulta
dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça,
câmaras e bibliotecas municipais de castanheira de pera e
lousã; quercus (entre outros locais)
outras informações
edição de 5.000 exemplares apoiada no âmbito do projecto
life da união europeia “do litoral para o interior”
resumo
instrumentos e meios para a descoberta da serra da lousã
numa perspectiva ambiental, etnográfica e cultural
índice
dedicatórias e introdução; índice; parte i – a serra
da lousã; localização e delimitação da serra da lousã;
a serra da lousã através dos tempos;
parte ii – os percursos; regras elementares e conselhos
prévios; a rede de percursos da serra da lousã;
parte iii – anexos; glossário; mapas; bibliografia utilizada
e de apoio ao visitante; inventários
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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199
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
revista turismo & desenvolvimento
sub-título
turismo de montanha
autor
diversos
local e data de edição
aveiro, 2006
número de edição
6
entidade responsável edição
universidade de aveiro
número de páginas
180
formato
altura: 26 cm; largura:18 cm
tipo de publicação
revista (em formato de livro brochado)
preço de venda
12,50 euros
oferta
não
distribuição limitada
sim
esgotado
sim
outro
1ª. edição: 1.500 exemplares
local para consulta
bibliotecas e municípios dos concelhos de castanheira
de pera, figueiró dos vinhos, lousã, miranda do corvo,
pampilhosa da serra, pedrógão grande e vila nova
de poiares; dueceira
outras informações
contributo do programa leader+ - dueceira+eloz com o
artigo intitulado “eloz de serra e de rio e de elos que se
querem laços! apresentação de uma abordagem à serra
da lousã, na perspectiva de quem a sente e a assume como
projecto de vida”, da autoria da técnica da etl, drª. ana
souto (páginas 149-154)
resumo
abordagens ao tema do turismo efectuadas no decorrer
do congresso turismo de montanha, realizado na lousã
a 17 e 18 de junho de 2005
índice
editorial; notas de abertura; turismo de natureza;
turismo activo e desportivo; turismo sustentável;
declaração da lousã
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200
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
património cultural e trajectórias
de desenvolvimento em áreas de montanha
sub-título
o exemplo da serra da lousã
autor
paulo manuel de carvalho tomás
local e data de edição
coimbra, 2005
entidade responsável edição
obra ainda não editada oficialmente
número de páginas
658
formato
altura:23,9 cm; largura:16,9cm
tipo de publicação
livro. apresentação provisória.
outro
apenas disponível para consulta sob pedido ao autor e sua
autorização expressa
local para consulta
dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
apoio da fundação para a ciência e tecnologia:
pocti/geo/13038/1998
“portugal e as contradições da modernidade
território, desenvolvimento e marginalidade”
resumo
dissertação de douturamento na área de geografia,
especialidade de geografia, apresentada à faculdade
de letras da universidade de coimbra, sob a orientação
da professora doutora fernanda cravidão
índice
agradecimentos; resumo e abstract; introdução;
território; ordenamento e desenvolvimento sustentável;
património cultural; a(s) montanha(s); serra da lousã;
questionando as trajectórias territoriais recentes
e as (des)preocupações patrimoniais e paisagísticas;
a construção e os construtores das paisagens culturais;
o regresso à montanha e a patrimonialização das aldeias
serranas da lousã; a requalificação das aldeias serranas
da lousã, segundo os actores institucionais; conclusões;
bibliografia e fontes; anexos; índices.
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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201
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
capas dos volumes 1 e 2 do relatório (suporte papel) e capa do cd-rom (suporte digital)
título
região solidária
sub-título
a hora da controvérsia
autor
dueceira- associação de desenvolvimento do ceira
e dueça programa leader+eloz. entre lousã e zêzere
equipa de projecto
local e data de edição
lousã, julho de 2006
entidade responsável edição
dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça
formato
a4 (papel); cd-rom
tipo de publicação
relatório
oferta
sim
distribuição limitada
sim
outro
o documento pode ser facultado em formato electrónico
(cd-rom) se solicitado, por escrito, à dueceira
local para consulta
dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
projecto apoiado no âmbito do programa
leader+dueceira-eloz. entre lousã e zêzere
resumo
relatório da acção-piloto concretizada nas escolas
dos 2º. e 3º. ciclos, secundárias e profissionais
dos concelhos da zona de intervenção da dueceira
(entidade gestora do programa leader+eloz),
concretamente castanheira de pera, figueiró dos vinhos,
lousã, miranda do corvo, pampilhosa da serra,
pedrógão grande e vila nova de poiares,
no ano lectivo de 2005/2006
índice
introdução; primeira parte: caracterização da entidade
e do território; a entidade; o território de intervenção;
segunda parte: projecto região solidária; a proposta
de exercício prático para a comunidade escolar; as escolas
e as turmas e os alunos; o inquérito à comunidade jovem;
«a hora da controvérsia»: a acção; os indicadores
de realização física e financeira; conclusão; bibliografia.
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202
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
capas da monografia de castanheira de pera – edições de 1989 e de 2004
título
monografia do concelho de castanheira de pera
autor
kalidás barreto
local e data edição e reedição
castanheira de pera, 1989; castanheira de pera, 2004
entidade responsável edição
câmara municipal de castanheira de pera
número de páginas
408
formato
altura:29,5 cm; largura:20,6cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
câmara municipal de castanheira de pera; biblioteca
municipal de castanheira de pera; dueceira · associação
de desenvolvimento do ceira e dueça;
pinhais do zêzere – associação para o desenvolvimento
outras informações
edição comemorativa do 75º. aniversário da elevação
de castanheira de pera a concelho (reedição especial
e limitada, com manutenção do aspecto e concepção
gráfica original, apoiada pelo programa
leader ii – dueceira-eloz).
resumo
estudo descritivo do concelho de castanheira de pera
através da sua história, das suas personalidades, das suas
tradições, usos e costumes, das suas particularidades
culturais e patrimoniais, da sua economia .
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203
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
índice
capítulo i – o concelho; introdução; castanheira de pera
de ontem e de hoje; armas; localização; topónimo;
as povoações; coentral; capítulo ii – a história; mapa
cronológico; lenda de peralta; forais antigos; bispo
de coimbra/ ermida de s. domingos; sentença de afonso v;
fundação da freguesia; foral de d. manuel; castanheira
século xvi e xvii · regiolosidade; terramoto; a industria
de lanifícios; os homens; a luz eléctrica; as vésperas
da emancipação municipal; projecto de lei; a fundação
do concelho; duas câmaras; 28 de maio; a questão da luz
eléctrica; encerramento do centro escolar coentralense;
os anos trinta; os anos quarenta; os anos cinquenta;
os anos sessenta; os anos setenta e o 25 de abril; os anos
oitenta; capítulo iii – etnografia; algos dados biográficos;
capítulo iv – as instituições; em actividade; desactivadas;
capítulo v – etnografia; lenda; bruxarias; curas;
alminhas; o laínte da casconha; romanzas e ladaínhas;
jogos; receitas; deputados vereadores e ministros; curas
de coentral; curas de s. domingos; capítulo vi – dados
finais; autarcas; eleições; alguns dados estatísticos;
indústria de lanifícios; outras actividades; um plano
de desenvolvimento.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
figueiró dos vinhos
autor
gadel - gabinete de apoio ao desenvolvimento
de figueiró dos vinhos
local e data de edição
figueiró dos vinhos; 2000
número de edição
registo 7065/2000 classificação: maiores de 8 anos
entidade responsável edição
câmara municipal de figueiró dos vinhos
formato
filme em vídeo
tipo de publicação
cassete vídeo
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
biblioteca municipalde figueiró dos vinhos;
centro permanente de artesanato de figueiró dos vinhos;
município de figueiró dos vinhos; dueceira
outras informações
edição apoiada pelo programa leader ii - dueceira+eloz
resumo
filme promocional do concelho de figueiró dos vinhos
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205
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
monografia do concelho de figueiró dos vinhos
autor
jorge gaspar; heitor gomes; ana cláudia vicente;
sónia vieira
local e data de edição
figueiró dos vinhos; 2004
número de edição
isbn: 972-798-110-0
depósito legal: 213218/04
entidade responsável edição
imprensa de coimbra, lda.
número de páginas
265 formato
altura: 24 cm; largura: 17cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
biblioteca municipal de figueiró dos vinhos;
município de figueiró dos vinhos; dueceira
resumo
matriz referencial para um conhecimento profundo
do concelho de figueiró dos vinhos
índice
nota de abertura; apresentação; enquadramento
regional; território; história da ocupação e da vida
no espaço concelhio; população; economia; condições
de vida e desenvolvimento social; património e tradições;
horizontes de futuro; bibliografia; índice de figuras,
de quadros e fotográfico.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
lousã - terra de emoções
sub-título
convida naturalmente
autor
câmara municipal da lousã
local e data de edição
lousã,
entidade responsável edição
câmara municipal da lousã
tipo de publicação
cd-rom
preço de venda
não
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
outro
edição: 3000 exemplares
local para consulta
viodeca da biblioteca do município da lousã; município
da lousã
outras informações
edição apoiada pelo programa leader+ - dueceira+eloz
resumo
viagem digital pelo concelho da lousã
índice
história e geografia da lousã; serra da lousã; cultura animação e desporto; economia e sociedade; fim-de-semana na
lousã; informações úteis
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
a vila da lousã
sub-título
contributo para um estudo da geografia humana
autor
paulo manuel de carvalho tomás
local e data de edição
lousã, julho de 1999
número de edição
isbn 972-95811-8-5
entidade responsável edição
biblioteca e câmara municipal da lousã
número de páginas
422
formato
altura:23,9 cm; largura:16,9cm
tipo de publicação
livro
distribuição limitada
edição de 1.000 exemplares
esgotado
não
outro
distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal
da lousã, através dos correios electrónicos:
[email protected] ou [email protected]
local para consulta
câmara e biblioteca municipal de lousã;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça;
centro de estudos geográficos da universidade de coimbra
outras informações
a edição não foi apoiada financeiramente pelo programa
leader, porém a dueceira foi alvo de estudo de caso,
constando esse trabalho da presente publicação
resumo
dissertação de mestrado em geografia humana
subordinado à temática da história do desenvolvimento
do concelho da lousã
índice
apresentação; agradecimentos; nota prévia; à guisa
de introdução; o quadro essencial dos traços geográficos;
a organização do espaço: população, povoamento e «evolução urbana»; da origem até meados de século xix; época
moderna; mutações na organização do espaço: população,
povoamento, evolução urbana e planeamento urbanístico,
do meado de oitocentos até aos nossos dias; notas finais;
anexos; figuras “hors-texte”; fotografias; índices
de figuras de quadros de figuras “hors-texte”,
de fotografias e geral.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
roteiro de gastronomia
autor
recolha efectuada pela escola secundária da lousã
(grupo de biologia e projecto viva a escola)
local e data de edição
lousã, 1992
número de edição
depósito legal: 56461/92
isbn 972-95811-0-x
entidade responsável edição
biblioteca municipal e câmara municipal da lousã
número de páginas
64
formato
altura:23 cm; largura:16cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
esgotado
sim
outro
distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal
da lousã
local para consulta
câmara e biblioteca municipal de lousã;
escola secundária da lousã;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
colaboração do instituto da juventude
resumo
recolha da gastronomia típica da serra da lousã;
receituário
índice
prefácio; entradas e enchidos; sopas; carnes e aves;
peixes; doces; licores e bebidas; diversos
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
a lousã
sub-título
e o seu concelho
autor
álvaro viana de lemos
local e data de edição
lousã, junho de 1988
número de edição
depósito legal: 16659/88
entidade responsável edição
biblioteca municipal da lousã e câmara municipal da lousã
tipografia lousanense, lda
número de páginas
172
formato
altura:21 cm; largura:14,5cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
esgotado
sim
outro
distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal
da lousã
local para consulta
câmara e biblioteca municipal de lousã;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça;
resumo
trabalho litografado do original de 1950. primeiro esboço
para uma monografia da vila e concelho da lousã
índice
notas prévias e correcções; sumário; considerações gerais
e características naturais do actual concelho da lousã;
a lousã através dos tempos; aspectos de arte
e de natureza; vida e interesses modernos da lousã;
etnografia e folclore; aspectos de carácter turístico
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
lousã
sub-título
a terra e as gentes
autor
pedro dias e fernando rebelo
local e data de edição
lousã, outubro de 1985
número de edição
depósito legal 7658/85
entidade responsável edição
câmara municipal da lousã
tipografia lousanense, lda.
número de páginas
96
formato
altura: 24 cm; largura:17 cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
edição de 1.000 exemplares
esgotado
sim
outro
distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal
da lousã
local para consulta
câmara e biblioteca municipal de lousã;
dueceira· associação de desenvolvimento do ceira e dueça;
resumo
organização dos elementos geográficos, históricos
e turísticos da vila e concelho da lousã
índice
apresentação; introdução geográfica; um pouco
de história: os primeiros tempos; o século xviii e a industrialização; a lousã e as invasões francesas; a evolução
urbana da lousã; a lousã e os artistas; notas para uma
visita: lousã; o castelo de arouce e as ermidas; a serra;
foz de arouce; casal de ermio; serpins; soutelo; vilarinho;
covão; fiscal; principal bibliografia
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211
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
primeiros forais das vilas da lousã e de arouca
sub-título
confusões e seu esclarecimento
autor
maria do rosário castiço de campos
local e data de edição
lousã, 1987
número de edição
depósito legal 16642/88
entidade responsável edição
biblioteca municipal da lousã e câmara municipal da lousã
número de páginas
24
formato
altura:23,9 cm; largura:16,9cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
esgotado
sim
outro
distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal
da lousã
local para consulta
câmara e biblioteca municipal de lousã;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
resumo
estudo sobre o foral da lousã e sua atribuição
índice
dedicatória; original do foral dado a arouzi (lousã)
em abril de 1151 por d. afonso henriques e rainha dona
mafalda; confirmação do foral de arouzi (lousã) dado
em novembro de 1217 por d. afonso ii e rainha dona
urraca; foral dado a arouca em maio de 1229 pela rainha
dona mafalda.
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212
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
foz de arouce no século xviii
sub-título
economia agrária e reconversão agrícola
autor
maria do rosário castiço de campos
local e data de edição
lousã, julho de 1989
número de edição
isbn 972-95141-6-x
depósito legal 26291/89
entidade responsável edição
biblioteca municipal da lousã e câmara municipal da lousã
tipografia lousanense, lda.
número de páginas
218
formato
altura:23 cm; largura:16 cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
edição de 1.000 exemplares
esgotado
sim
outro
distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal
da lousã
local para consulta
câmara e biblioteca municipal de lousã;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
resumo
tese de mestrado em história moderna, defendida em 11
de julho de 1989 na faculdade de letras da universidade de
coimbra, subordinada ao tema da economia agrária
da freguesia de foz de arouce
índice
preâmbulo; situação geográfica da freguesia de foz
de arouce; caracterização do solo e rede hidrográfica;
senhorios: senhorio jurisdicional; senhorio dominial;
economia agrária: formas de exploração da terra
no antigo regime; morgadios e capelas; reconversão
agrícola: incidência em foz de arouce – euforia e declínio;
conclusão; apêndices; fontes e bibliografia; índice geral.
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213
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
um moinho de água na freguesia de foz de arouce
autor
maria do carmo carvalho sequeira
local e data de edição
lousã, dezembro de 1989
número de edição
isbn 972-95141-9-4
entidade responsável edição
biblioteca e câmara municipal da lousã
tipografia lousanense, lda.
número de páginas
28
formato
altura:23,9 cm; largura:16,9cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
edição de 1.000 exemplares
esgotado
sim
outro
distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal
da lousã
local para consulta
câmara e biblioteca municipal de lousã;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
trabalho efectuado em 1984 para o instituto
de antropologia da universidade de coimbra e publicado
na revista antropologia portuguesa, volume 6/1988
resumo
estudo antropológico
índice
nota; introdução; moinhos de água; o moinho
de alçaperna no espaço e no tempo; composição
e funcionamento do moinho; relacionamento do moinho
com o próprio homem; o moleiro no contexto social
e económico; referências bibliográficas.
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214
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
da arte de miranda
sub-título
subsídio para uma monografia artística dos principais
monumentos do concelho de miranda do corvo
autor
antónio manuel carvalho rodrigues
local e data de edição
miranda do corvo, 2003
número de edição
depósito legal nº. 197170/03
entidade responsável edição
câmara municipal de miranda do corvo
número de páginas
48
formato
altura:22,2 cm; largura:18,6cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
câmara e biblioteca municipal de miranda do corvo;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
edição apoiada pelo programa leader+ - dueceira+eloz
resumo
trabalho de investigação subordinado ao tema “a arte de
coimbra e a sua influência na região”, no qual é efectuada
a abordagem ao desenvolvimento do concelho de miranda
do corvo através das suas riquezas históricas e artísticas
índice
uma apresentação; introdução geográfica; enquadramento
histórico; evolução urbanística da vila; roteiro
pela arquitectura religiosa; roteiro urbanístico
pela arquitectura civil; a freguesia de lamas; a freguesia
de rio de vide; a freguesia de semide; a freguesia de vila
nova; notas; bibliografia
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215
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
“da arte de miranda”
sub-título
para uma monografia de miranda do corvo
autor
antónio manuel carvalho rodrigues
local e data de edição
miranda do corvo, setembro de 2006
número de edição
depósito legal nº. 248295/06
entidade responsável edição
câmara municipal de miranda do corvo
número de páginas
134
formato
altura: 21 cm; largura:15 cm
tipo de publicação
livro
preço de venda
não
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
biblioteca e municípios de miranda do corvo; dueceira
outras informações
edição apoiada pelo programa leader+ - dueceira+eloz
resumo
edição revista e aumentada da 1ª. monografia artística
com o mesmo título.
índice
apresentação; introdução geográfica; geologia
e paisagem; enqudramento histórico; evolução urbanística
da vila; roteiro pela arquitectura religiosa; roteiro
urbanístico pela arquitectura civil
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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216
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
provérbios e lengalengas
autor
turma a do 6º. ano de 1992/1993; turmas a, c, d e e
do 6º. ano de 1993/1994 sob a orientação da professora
maria arlete ralha
local e data de edição
miranda do corvo, maio de 1994
entidade responsável edição
câmara municipal de miranda do corvo e escola c+s josé
falcão de miranda do corvo; gráfica da lousã
número de páginas
24
formato
altura: 20,8 cm; largura:15 cm
tipo de publicação
livro
preço de venda
não
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
biblioteca municipal e município de miranda do corvo;
escola básica do 2º. e 3º. ciclos josé falcão de miranda
do corvo; dueceira - associação de desenvolvimento
do ceira e dueça
outras informações
apoio: pept e conselho directivo da escola c+s josé falcão
de miranda do corvo
resumo
estudo da cultura popular: recolha de provérbios
e lengalengas locais
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
do velho falamos…
sub-título
tradições orais, usos e costumes
autor
isabel maria braga; lúcia branco baptista; maria emília
taborda; maria helena bispo
local e data de edição
miranda do corvo, abril de 1996
número de edição
depósito legal 75875/95
entidade responsável edição
câmara municipal de miranda do corvo
tipografia lousanense
número de páginas
132
formato
altura: 23 cm; largura:16,2 cm
tipo de publicação
livro
preço de venda
não
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
biblioteca municipal e município de miranda do corvo;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
resumo
estudo da cultura popular: recolha de tradições, usos
e costumes locais, no âmbito de projecto educativo para
o 1º. ciclo (ano lectivo de 1992/1993) intitulado
“os brinquedos dos nossos avós”
índice
prefácio; nota prévia; “do velho falamos”; jogos;
canções de roda; ranchos; artesanato; gastronomia;
tradições religiosas; carnaval; quadras populares;
provérbios e lengalengas; histórias; lendas; rezas
e benzeduras; casamentos.
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218
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
reconstituição das famílias da freguesia
do salvador de miranda do corvo
sub-título
domiciliadas na vila (no casco velho e primitivos aros)
1850-1950
autor
edgar panão
local e data de edição
coimbra, 2002
número de edição
isnb: 97295416-1-2
entidade responsável edição
“mirante” – cooperativa de informação e cultura, crl
número de páginas
630
formato
altura: 24 cm; largura:16,9 cm
tipo de publicação
livro
local para consulta
“mirante” · cooperativa de informação e cultura, crl;
biblioteca municipal miranda do corvo;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
resumo
ensaio sobre genealogia dos vizinhos
de uma comunidade antiga
índice
introdução; a vila de miranda do corvo; as famílias
reconstituídas; anexos; o autor; posfácio; agradecimentos;
bibliografia; índice
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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219
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
foral manuelino de pedrógão grande 1513
autor
josé costa dos santos
local e data de edição
pedrógão grande, 2003
número de edição
isbn: 972-96928-5-8
depósito legal: 199024/03
entidade responsável edição
câmara municipal de pedrógão grande
número de páginas
144
formato
altura: 23,5 cm; largura: 17cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
município de pedrógão grande; biblioteca municipal
de pedrógão grande;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
1ª. edição tiragem: 500 exemplares
resumo
estudo sobre o foral manuelino de pedrógão grande
índice
apresentação pelo presidente do município de pedrógão
grande; introdução; pedrógão grande: breves
apontamentos da sua história; penedo do granada;
povoado fortificado de nossa senhora dos milagres /
castelo velho; forno romano do cabeço da cotovia; ruínas
romanas do calvário / devesa; documentos anteriores
ao foral de dom manuel i; a reforma manuelina
dos forais; o foral manuelino de pedrógão grande;
tributação: agricultura; comércio; privilegiados;
tabelionado; pena do foral: reprodução; leitura
diplomática; critérios utilizados na publicação
do documento; glossário; bibliografia; índice geral
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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220
índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
guia como percorrer as margens
das nossas ribeiras
autor
coordenação científica: ana paula mendes
local e data de edição
castanheira de pera, 1998
entidade responsável edição
pinhais do zêzere – associação para o desenvolvimento
oficinas gráficas de ribeira de pera
número de páginas
12
formato
altura: 19 cm; largura: 13cm
tipo de publicação
brochura (encadernação com argola de arame)
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à pinhais do zêzere)
esgotado
sim
local para consulta
município de pedrógão grande;
pinhais do zêzere · associação para o desenvolvimento;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
projecto apoiado no âmbito do programa life
união europeia
resumo
guia para descoberta dos percursos pedestres junto aos
ecossistemas ribeirinhos das ribeiras de alge e pera
índice
roteiro de castanheira de pera; roteiro da ribeira de alge;
roteiro da ribeira de pera.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
moinhos da ribeira de pera
sub-título
espaços de harmonia e liberdade
autor
josé costa dos santos
local e data de edição
pedrógão grande, julho de 2002
número de edição
depósito legal: 182924/02
isbn: 972-96928-4-x
entidade responsável edição
câmara municipal de pedrógão grande
quilate
número de páginas
100
formato
altura: 22,8 cm; largura: 15,8 cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
município de pedrógão grande; biblioteca municipal
de pedrógão grande;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
resumo
levantamento e história dos moinhos da ribeira de pera,
enquanto testemunhos do património cultural local
índice
dedicatórias; apresentação; abertura e introdução;
evolução dos processos de moagem; moinhos da ribeira
de pera – nota histórica; moinhos da ribeira de pera:
tecnologia do sistema tdicional de moagem; utensílios
complementares; moinhos da ribeira de pera – espaços
de harmonia e liberdade; nota final; glossário de termos
e expressões; bibliografia
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
vila nova de poiares
sub-título
cem anos de história
autor
teresa mascarenhas e ana macedo e sousa
local e data de edição
cruz quebrada, janeiro de 1999
número de edição
isbn: 972-97345-3-4
depósito legal: 130839/99
entidade responsável edição
edições golfinho
número de páginas
192
formato
altura:21 cm; largura:14,8cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
câmara municipal de vila nova de poiares;
biblioteca municipal de vila nova de poiares;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
resumo
testemunhos populares da história do concelho
de vila nova de poiares
índice
introdução; breve apontamento sobre a história de vila
nova de poiares; freguesia de poiares (santo andré);
a festa da nossa senhora das necessidades; freguesia
de arrifana; freguesia de são miguel de poiares; freguesia
de lavegadas; outras actividades tradicionais do concelho
de poiares; testemunhos pessoais de naturais
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
poiares: um passado com futuro
autor
coordenação geral: jaime soares; teresa carvalho
e deolinda gonçalves
local e data de edição
vila nova de poiares, 2001
número de edição
isbn: 972-98733-0-5
depósito legal: 164179/01
entidade responsável edição
zerozero
número de páginas
160
formato
altura:32,6 cm; largura:23, 2cm
tipo de publicação
livro (encadernação de luxo)
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
câmara municipal de vila nova de poiares;
biblioteca municipal de vila nova de poiares;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
edição apoiada pelo programa leader ii - dueceira+eloz
resumo
a história do concelho de vila nova de poiares em imagens
índice
introdução; um passeio pela história de poiares;
personalidades da história de vila nova de poiares;
algumas instituições que fazem a história
de vila nova de poiares; iconografia
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
poiares: um passado com futuro (ii)
autor
jaime soares (coordenador); mª. madalena carrito
e pedro santos (textos)
local e data de edição
vila nova de poiares, fevereiro de 2002
número de edição
isbn: 972-98395-7-3
depósito legal: 173457/01
entidade responsável edição
edições época de ouro
número de páginas
304
formato
altura:32,8 cm; largura:23cm
tipo de publicação
livro (encadernação de luxo)
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à câmara municipal)
esgotado
não
local para consulta
câmara municipal de vila nova de poiares;
biblioteca municipal de vila nova de poiares;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
edição apoiada pelo programa leader+ - dueceira+eloz
resumo
a história do concelho de vila nova de poiares em imagens
índice
texto de apresentação; carta de foral; memórias;
personalidades; igrejas e capelas; a arte popular...
e outras no município de poiares; as alminhas;
os cata-ventos; relógios de sol; cultura popular;
bombeiros; habitação de ontem e de hoje; obras
de referência; colectividades; poiares em desenvolvimento;
parque industrial - pólo i; restaurantes; projectos;
bibliografia
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
vila nova de poiares – a capital do artesanato
autor
adip- associação de desenvolvimento integrado de poiares
local e data de edição
vila nova de poiares, sem data identificada
entidade responsável edição
adip- associação de desenvolvimento integrado de poiares
número de páginas
7 fichas distribuídas por 28 páginas
formato
altura: 22 cm; largura: 16,4 cm
tipo de publicação
capa rígida / encarte
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à adip)
esgotado
não
local para consulta
câmara municipal de vila nova de poiares;
biblioteca municipal de vila nova de poiares; adip;
posto de turismo local;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
projecto apoiado pelo fse- fundo social europeu;
iefp · instituto de emprego e formação profissional
e ministério da segurança social e do trabalho
resumo
levantamento do artesanato local
índice
palitos e artefactos de madeira; ceiras e capachos;
cestaria e canastraria; tecelagem; olaria / barros pretos;
mós; latoaria
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
vila nova de poiares
sub-título
capital universal da chanfana
autor
direcção geral: marques da silva
jornalista: joana boavida
local e data de edição
vila nova de poiares, 2005
entidade responsável edição
duvideo
formato
altura:32,6 cm; largura:23, 2cm
tipo de publicação
dvd
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à confraria da chanfana)
esgotado
não
local para consulta
câmara municipal de vila nova de poiares;
biblioteca municipal de vila nova de poiares;
confraria da chanfana; adip · associação para
o desenvolvimento integrado de poiares;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
resumo
apresentação de vila nova de poiares enquanto capital
da chanfana. promoção da gastronomia local.
índice
emissão do programa sabores na rtp 2 em 19 de março
de 2005; presidente da câmara de vila nova de poiares;
mordomo-mor da confraria da chanfana; o concelho
de vila nova de poiares; concurso a semana da chanfana
2005; os 2º. e 3º. capítulos da confraria da chanfana;
restaurantes do concelho.
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índice
região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira
título
a chanfana
sub-título
ex-libris da gastronomia regional
autor
maria madalena ribeiro carrito
e pedro miguel carvalho dos santos
local e data de edição
vila nova de poiares, 2003
número de edição
isbn: 972-9051-54-2
depósito legal: 199932/03
entidade responsável edição
confraria da chanfana
grafinal- artes gráficas, lda.
número de páginas
72
formato
altura: 23 cm; largura: 22cm
tipo de publicação
livro
oferta
sim
distribuição limitada
sim (a entidades ou instituições através de pedido
formalizado à confraria da chanfana)
esgotado
não
local para consulta
câmara municipal de vila nova de poiares;
biblioteca municipal de vila nova de poiares;
confraria da chanfana;
adip · associação de desenvolvimento integrado de poiares;
dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça
outras informações
edição apoiada pela câmara municipal
de vila nova de poiares
resumo
a história da chanfana enquanto símbolo da gastronomia
local da região e em particular do seu significado para
o concelho de vila nova de poiares
índice
prefácio; testemunhos; introdução; a chanfana ao longo
do tempo; elementos endógenos da chanfana, em vila nova
de poiares; confecção da chanfana; a confraria
da chanfana; recortes de imprensa; conclusão; fontes
e bibliografia.
dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18
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índice

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