Escola Secundária de Odivelas Professor: João

Transcrição

Escola Secundária de Odivelas Professor: João
Escola Secundária de Odivelas
Professor: João Santos
Ano lectivo 2007/2008
Área de Projecto 12º Ano
Grupo constituído por:
12º C
Diogo Costa nº 5
Raquel Marques nº 18
Rita Spínola nº 19
Rita Henriques nº 20
Teresa Rodrigues nº 24
Edifícios Sustentáveis
Índice
Página
Introdução geral
2
Objectivos
3
Calendarização
4
Descrição das tarefas realizadas
No Blogue
5
Secretaria
6
E-mails
7
Posts (do blogue)
11
Mural de Comentários
25
Construção Sustentável
Introdução
28
Energia
29
Água e Reciclagem
40
Sistemas de Climatização
47
Ordenamento do território
58
Materiais de construção
60
Balanço do 1º Período
Grupo Ide Vê-la Criativa
67
1
Edifícios Sustentáveis
Introdução
Antes de chegarmos à escolha deste tema, Sustentabilidade dos Edifícios,
pensámos em vários outros, como Robótica, Acção social no IPO, Ciência na nossa Vida
e Solidariedade. No entanto, com o surgimento dos concursos ‚Cidades Criativas‛ e
‚CriArte‛, reflectimos melhor sobre o tema pretendido para o projecto e concluímos
que o que mais nos interessava era a Sustentabilidade dos Edifícios.
Mas porquê este tema?
Com a modernização da sociedade humana temos melhorado bastante a nossa
qualidade de vida, descurando muitas vezes os efeitos secundários a nível ambiental
que isso traz. Assim, e como nos preocupamos com o futuro do nosso planeta, achamos
que é preciso começar por intervir a nível local. Para tal vamos propor não só a
construção de um parque/jardim que incluirá um edifício sustentável, mas também a
alteração de alguns elementos da cidade como os semáforos e a iluminação de modo a
torná-los mais amigos do ambiente e eficazes. A pergunta-chave deste projecto é:
‚Como podemos tornar a cidade de Odivelas mais sustentável melhorando, ao mesmo
tempo, a qualidade de vida da sua população?‛
Grupo Ide Vê-la Criativa
2
Edifícios Sustentáveis
Objectivos
Gerais:
- Compreender a importância da utilização de recursos sustentáveis na cidade de
Odivelas.
- Identificar elementos da cidade de Odivelas que queremos ver melhorados e
apresentar propostas para essas melhorias.
- Envolver a comunidade local no nosso projecto, de modo a melhorar a sua qualidade
de vida.
Específicos:
- Adquirirmos conhecimentos em relação à sustentabilidade e desenvolver a nossa
consciência de modo a que possamos estar por dentro do assunto do trabalho.
- Elaborar um modelo de um parque/jardim, que incluirá um edifício sustentável
multifacetado destinado aos jovens, com funcionamento diurno e nocturno.
- Interagir com a comunidade local, procurando divulgar o nosso projecto de maneira a
que as pessoas apliquem os conceitos de sustentabilidade no seu dia-a-dia.
Grupo Ide Vê-la Criativa
3
Edifícios Sustentáveis
Calendarização
1º Período
- Criação e divulgação do blogue (http://ide_ve-la_criativa.blogs.sapo.pt);
- Escolha e observação directa do local a estudar;
- Pesquisa e recolha de informação e posterior análise e tratamento da mesma;
- Estabelecimento de contactos com entidades locais.
2º Período
- Realização de inquéritos à população e posterior análise;
- Conclusão da análise e do tratamento de toda a informação recolhida;
- Reflexão sobre o local em estudo;
- Início da produção dos diversos produtos finais.
3º Período
- Conclusão dos produtos finais;
- Redacção do relatório;
- Elaboração do poster do projecto;
- Apresentação pública do Projecto com propostas de acção futura;
- Divulgação dos resultados do Projecto junto da população, da Escola, do Município e
de outras instituições públicas.
Grupo Ide Vê-la Criativa
4
Edifícios Sustentáveis
Descrição das tarefas realizadas
Blogue
Descrição das acções
Responsável
Data
Elaboração do blogue
Raquel, Rita H. e
11/10
Teresa
Atribuição do nome do blogue
Rita H.
11/10
Post: ‚Apresentação do Grupo‛
Raquel e Teresa
12/10
Post: ‚Uma Lenda, Um Nome‛ e ‚Início da Pesquisa do
Rita S.
15/10
Filme turístico de Odivelas
Diogo
17/10
Descrição do filme
Raquel
22/10
Elaboração da lista de links
Teresa, Rita S.
22/10
Continuação da lista de links
Raquel, Diogo e
26/10
Suporte Teórico‛
Rita S.
Post: ‚Sapa Portugal participa no projecto eHco‛
Raquel
29/10
Post: ‚LiderA atribui primeiras certificações ambientais a
Raquel
29/10
Post: ‚Halloween: trick or dirt?‛
Diogo, Rita S.
31/10
Post: ‚Parkour, um desporto radical e amigo do
Diogo, Rita S.
31/10
Post: ‚Papel de pedra: o papel do futuro‛
Teresa
6/11
Elaboração do inquérito sobra a pegada ecológica (no
Rita H.
5/11
Post: ‚Visita à Exposição Ambiurbe na FIL‛
Rita S.
12/11
Post: ‚Casa da Juventude de Odivelas já Abriu!!‛
Rita S.
21/11
cinco edifícios‛
ambiente‛
blogue)
Grupo Ide Vê-la Criativa
5
Edifícios Sustentáveis
Secretaria
Descrição das acções
Responsável
Data
Elaboração da folha de planificação
Diogo
17/10
Inscrição no concurso ‚Rock in Rio Escola Solar‛
Teresa
26/10
Pesquisa para o suporte teórico
Rita S.
26/10
Envio de e-mail para a câmara de Odivelas, em relação à
Teresa, Rita S.
2/11
Teresa, Rita S.,
29/10,
Rita H.
31/10,
visita à Quinta da Memória
Continuação da pesquisa para o suporte teórico
2/11
Pesquisa sobre materiais de construção
Raquel
5/11 –
9/11
Pesquisa sobre água e reciclagem
Rita S.
5/11 –
9/11
Pesquisa sobre ordenamento do território
Diogo
5/11 –
9/11
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
E-mails
De: [email protected] [mail to: [email protected]]
Enviada: sexta-feira, 19 de Outubro de 2007 11:26
Para: Maria da Graça Serra/DPEDE
Assunto: Concurso Criarte
Nós somos alunos da escola secundária de odivelas e estamos a
participar no concurso Cidades Criativas, promovido pela Universidade
de Aveiro. Gostaríamos também de concorrer ao concurso Criarte da
Câmara de Odivelas mas não sabemos onde e como se realiza a inscrição.
Agradecíamos que nos pudesse esclarecer sobre este assunto.
Atenciosamente
Teresa
Diogo
Raquel
Rita R.
Rita H.
Assunto: RE: Concurso Criarte
Data:
Segunda, 22 Outubro 2007 11:44:54 +0100 [22-10-2007 11:44:54 WET]
De:
Maria da Graça Serra/DPEDE <[email protected]>
Para:
[email protected]
Caros Teresa, Diogo, Rita H., Raquel e Rita S.,
Começo por vos felicitar pela decisão de concorrerem ao Concurso de ideias das
Cidades Criativas.
Com efeito e em resposta à vossa solicitação, venho informar que o regulamento do
Concurso Criate se encontra em processo de apreciação e aprovação interna, pelo que
ainda não nos foi possível proceder à sua divulgação.
Esperamos brevemente poder disponibiliza-lo no portal câmara. Efectuaremos a
necessária divulgação logo que o mesmo esteja internamente aprovado. Posso, contudo,
adiantar-vos que se prevê que as inscrições se venham a efectuar até finais de
Novembro.
Grupo Ide Vê-la Criativa
7
Edifícios Sustentáveis
Aproveito, também para sugerir a consulta de algumas áreas no portal da Câmara, que
me parecem poderem ter interesse para a prossecução do vossos trabalho.
- "Mapas Interactivos", disponível em http://www.cmodivelas.pt/MapasInteractivos/index.htm
- Elaboração do PDM, disponível em http://www.cmodivelas.pt/Extras/PDM/index.htm
Com os melhores cumprimentos,
Graça Serra
DPEDE/DPDM
De: [email protected] [mailto:[email protected]]
Enviada: sexta-feira, 2 de Novembro de 2007 11:08
Para: Maria da Graça Serra/DPEDE
Assunto: Concurso Criarte
Bom dia,
No âmbito do nosso projecto da disciplina de Área de Projecto,
gostaríamos de visitar a Quinta da Memória e colocar algumas questões
sobre o edifício a um responsável, pois o nosso trabalho é sobre
Edifícios Sustentáveis. Isto porque gostaríamos de usar a Quinta da
Memória como objecto de estudo, e talvez, se for necessário, até mudar
algumas coisas de modo a tornar o edifício mais sustentável e cumprir
o nosso objectivo. Gostaríamos de saber se é possível realizar essa
visita, em data ainda a combinar.
Atenciosamente
O grupo Ide Vê-la Criativa
(Diogo, Raquel, Rita S., Rita H. e Teresa)
Assunto: RE: Concurso Criarte
Data: Terça, 8 Novembro 2007 17:14:38 -0000 [08-11-2007 17:14:38 WET]
De: Maria da Graça Serra/DPEDE <[email protected]>
Para: [email protected]
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
Caros Diogo, Raquel, Rita S., Rita H. e Teresa,
De acordo com as orientações do Gabinete da Senhora Presidente da Câmara Municipal
de Odivelas, venho solicitar-vos a indicação de 3 a 4 datas que mais vos convenham,
para que possa prosseguir com o encaminhamento interno deste assunto.
A selecção da data será efectuada em função da disponibilidade dos serviços e
calendarização das iniciativas previstas para terem lugar no edifício Quinta da
Memória.
Aproveito, ainda, para vos solicitar um contacto telefónico para onde os serviços
possam entrar em contacto caso haja a necessidade de uma alternativa ao e-mail.
Com os melhores cumprimentos,
Graça Serra
DPEDE/DPDM
Assunto: A minha ajuda;)
Data: Sexta, 09 Novembro 2007 15:40:17 +0000 [09-11-2007 15:40:17 WET]
De: David Martins <[email protected]>
Para: [email protected]
Aqui vos envio o trabalho prometido.
Já agora deixem que me apresente. O meu nome é David Martins, também fui aluno da
ESO entre 2001-2004 e neste momento estou a acabar o meu curso no ISCTE.
Actualmente sou presidente da Juventude Popular (JP) de Odivelas (juventude
partidária do Partido Popular – CDS/PP) e foi nessa qualidade que, juntamente com
muitos mais jovens do concelho, criei o documento que agora vos envio. São propostas
que a JP faz para Odivelas no sentido de melhorarmos a qualidade de vida dos
cidadãos e que tocam em dois temas que para o vosso projecto terá especial interesse: 1)
urbanismo e ordenamento do território e 2) ambiente.
O nosso estudo, tal como as nossas propostas, baseia-se em estudos científicos do
concelho e não em suposições, assim podem usar toda a informação contida nele para o
vosso projecto.
Resta despedir-me e desejar-vos boa sorte. E, se algum dia quiserem intervir mais a
sério no concelho saibam que a JP, enquanto plataforma de juventude, tem sempre as
portas abertas para vocês. Vamos mudar este concelho, conto convosco!
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
Um abraço.
Assunto: FW: Convite Conferência BCSD Portugal | Construção Sustentável | 29
Novembro
Data: Terça, 20 Novemvro 2007 10:09:58 -0000 [20-11-2007 10:09:58 WET]
De: Maria da Graça Serra/DPEDE <[email protected]>
Para: [email protected]
Caros Diogo, Raquel, Rita S., Rita H. e Teresa,
O Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável está a organizar uma
conferência sobre construção sustentável (programa em baixo), que julgo poderá ter
interesse para a reflexão teórica que estão a fazer neste domínio.
A entrada é
gratuita, o que é realmente de aproveitar, pois o programa conta a participação de
especialistas muito interessantes.
Se tiverem
oportunidade passem por lá. Não se esqueçam de fazer previamente a vossa inscrição.
Um abraço,
Graça Serra
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
Posts (do Blogue)
QUINTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2007
Apresentação do Grupo
Olá !!!! Nós somos 5 alunos do 12ºC do curso de Ciências e
Tecnologias da Escola Secundária de Odivelas e decidimos aceitar o
desafio do concurso Cidades Criativas.
Constituição do grupo:
Diogo Costa, 20 anos
Raquel Marques, 17 anos
Rita Spínola, 17 anos
Rita Henriques, 17 anos
Teresa Rodrigues, 16 anos
Porque somos criativos e temos espírito de iniciativa, queremos
abanar a sociedade e os dirigentes governamentais, propondo
alternativas que nos permitam viver numa cidade melhor e mais
futurista.
Assim, o nosso projecto é centrado na sustentabilidade ecológica
dos edifícios, isto é, vamos procurar alternativas que diminuam os
gastos energéticos dos edifícios, tornando-os mais amigos do
Ambiente.
Numa altura em que as questões ambientais fazem diariamente a
manchete dos jornais pois são um motivo de preocupação crescente,
acreditamos que o nosso projecto pode ser a gota de água que irá
ajudar a fazer a diferença na luta por um mundo melhor.
Contamos com o apoio de todos vocês! Vão-nos dando sugestões
para podermos melhorar o nosso trabalho!
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO DE 2007
Uma lenda, um nome
Muitos dos visitantes do nosso blogue já se devem ter perguntado
sobre qual a origem do nosso nome: “ Ide Vê-La? Mas que nome… De
que cidade serão?”. O nosso nome tem origem na lenda que consta
que também deu o nome à nossa cidade.
Parece que D. Dinis costumava passear por Odivelas à noite,
encontrando-se com raparigas que considerava do seu agrado. Tudo
bem até aqui, não há mal nenhum nisto. O problema foi quando a
rainha descobriu... Uma noite, a rainha decidiu fazer uma espera ao
rei, e quando ele apareceu, a rainha só lhe disse:
"- Ide vê-las senhor..."
Foneticamente, “Ide vê-las” é muito parecido a Odivelas e por isso
pensa-se que a expressão terá evoluído para o nome da nossa
cidade. Decidimos então nomear o nosso blogue de “Ide Vê-la (ide
ver a cidade de Odivelas) Criativa” uma vez que é uma maneira
divertida de dizer Odivelas!
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO DE 2007
Início da pesquisa do suporte teórico
Foi hoje que começámos o trabalho a sério. Iniciámos a nossa
pesquisa para a elaboração do suporte teórico, que vai consistir na
explicitação daquilo que consideramos um edifício sustentável, o que
pretendemos modificar num edifício que não está de acordo com as
“regras” da sustentabilidade, soluções ou ideias que possam fazer
com que não só as casas como outros edifícios se tornem locais
sustentáveis, e finalmente a definição e exemplos de energias
renováveis e não renováveis.
Fiquem à espera dos resultados e não deixem de visitar o nosso
blogue!!
Comentários:
doutrolado disse sobre Início da pesquisa do suporte teórico na Terça-feira, 16 de
Outubro de 2007 às 21:12:
doutrolado disse sobre Início da pesquisa do suporte teórico na Terça-feira, 16 de
Outubro de 2007 às 21:14:
eu faço parte do grupo "doutrolado" e andei na ESO o ano passado :D um beijinho
para todos *
filipa *
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
QUINTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2007
Locais de Interesse da Cidade de Odivelas
Venham fazer uma visita virtual aos locais de interesse da cidade de
Odivelas, e fiquem a conhecer mais sobre a nossa cidade!!
Este vídeo proporciona a todos, 6 minutos de pura visita turística à
cidade de Odivelas, dando a conhecer marcos históricos que
simbolizam o nosso concelho!!
Esperamos que este pequeno vídeo seja o despoletar de muitas
visitas à nossa cidade!!!
Comentários:
CatitZ disse sobre Início da pesquisa do suporte teórico na Quinta-feira, 18 de
Outubro de 2007 às 22:39:
ta niceee! espero que ganhem! =) FORÇA!
http://catitz-art.blogspot.com/ dps visitem! x)
CatitZ disse sobre Locais de Interesse da Cidade de Odivelas na Quinta-feira, 18 de
Outubro de 2007 às 23:03:
ADOREI! =) vou por o blog nos favoritos !
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
SEXTA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2007
Adeus Google! Olá Blackle!
Ao pesquisarmos sobre o nosso tema, deparámo-nos com este
excelente post, do blog Non Poluter:
“ Energy Saving
A utilização de fundos pretos em web-sites e blogs reduz em grande
parte o consumo de energia gasta pelo computador.
Por causa desta razão os criadores do google criaram outro motor de
busca o Blackle, que é tão eficaz como o google, apenas é mais
amigo do ambiente.
http://pt.blackle.com/”
In http://non-poluter.blogs.sapo.pt/
Sendo assim, resolvemos também mudar o nosso fundo, que era
branco, para preto. Só este facto já está a contribuir para que muitos
Watts/hora sejam poupados!! Uma vez que o nosso tema tem a ver
com a sustentabilidade, nós tomámos esta iniciativa, para que outras
pessoas sigam o nosso exemplo e assim ajudem a poupar energia.
Por isso deixamos um apelo aos utilizadores do Google: usem o
Blackle! É um motor de busca do Google, com uma única, mas
importante diferença, é amigo do ambiente.
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
SEXTA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2007
2.ª sessão de esclarecimento é em Odivelas
É com muita alegria que recebemos a notícia de que a 2ª sessão de
esclarecimento do CCC vai ser no Concelho de Odivelas, no dia 16 de Novembro,
pelas 14 horas no auditório CAELO (Parque Maria Lamas, Rua da Memória, n.º 2
A, 2675-409 Odivelas).
O programa é o seguinte:
14:00 – Recepção dos participantes
14:15 – Sessão de abertura Presidente da Câmara Municipal de Odivelas
- Ministério da Educação
- Presidente da APPLA (Dr.ª Angela Fernandes)
- Universidade de Aveiro (Professora Doutora Maria Luís Pinto)
14:30 – Conceitos
“Cidades Criativas, abordagem conceptual (ciência/tecnologia)”
Dr. Jaime Quesado (Director do Programa Cidades e Regiões Digitais)
“Cidades Criativas, abordagem conceptual (dimensão artística)”
Leonel Moura
(artista plástico)
15:30 – Discussão
16:00 – Coffee break
16:30 – Mesa Redonda /Debate
Objectivos – Dr. José Carlos Mota – Comissão Organizadora
Enquadramento formativo no âmbito da Área de Projecto - Dr.ª Rosália Silva Ministério da Educação (DGIDC)
As cidades criativas como oportunidade pedagógica – Dr.ª Emília Sande
Lemos (APG)
Ordenar a “Cidade Criativa” – Professor Doutor Jorge Carvalho (UA)
18:00 – Discussão Final
18:30 – Sessão Encerramento
Nós vamos estar presentes! E tu vais?
As inscrições podem ser feitas para [email protected]
In http://cidadescriativas.blogs.sapo.pt/
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
SEGUNDA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2007
LiderA atribui primeiras certificações ambientais a cinco edifícios
"Os edifícios Torre Verde (Lisboa), Ponte da Pedra Fase II (Matosinhos), Casa
Oásis (Faro), Parque Oriente (Lisboa) e Hotel Jardim Atlântico (Madeira) são os
cinco primeiros a receber as certificações ambientais do LiderA. Este é um
sistema próprio de avaliação e certificação da sustentabilidade nos edifícios.
Depois de uma investigação que estudou os instrumentos que são utilizados a
nível internacional para este tipo de certificação, Manuel Duarte Pinheiro, do
departamento de engenharia civil e arquitectura do Instituto Superior Técnico
(IST) desenvolveu o LiderA.
O sistema, que neste momento se encontra na sua fase piloto, assenta num
conjunto de seis princípios de bom desempenho ambiental ( ambiente interior,
localização e integração, cargas ambientais, consumo de recursos , gestão
ambiental e inovação e durabilidade e acessibilidade), traduzidos em 22 áreas e
50 critérios, com os quais se avalia o edificado em função do seu desempenho
no caminho para a sustentabilidade.
A cerimónia de atribuição das primeiras certificações tem lugar no auditório do
Padrão dos Descobrimentos, em Belém, no próximo dia 29 de Outubro de 2007,
pelas 14h30. No evento marcará presença o director-geral da Agência Portuguesa
de Ambiente, António Gonçalves, que vai iniciar o painel de oradores,
introduzindo o papel do ambiente no desempenho do edificado. As linhas gerais
do desempenho ambiental de cada um dos edifícios contemplados com esta
certificação serão caracterizadas por especialistas na área da construção
sustentável, nomeadamente, Livia Tirone, Cândido de Sousa, Guilherme
Vilaverde, Daniel Lucas e Ken Nunes."
Projecto Parque Oriente (Lisboa)
In: http://www.ambienteonline.pt/noticias
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
SEGUNDA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2007
Sapa Portugal participa no projecto eHco
"A Quercus – Associação Nacional de Conservação Natureza – já tem mais uma
empresa participante no projecto eHco, campanha de incentivo à construção
sustentável de edifícios. A Sapa Portugal aproveitou o arranque da Concreta 2007
para anunciar a sua participação no projecto enquanto comercializadora
internacional de soluções em alumínio, através do sistema Arkial Bxi."
In: http://www.ambienteonline.pt/noticias
QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2007
Halloween: trick or dirt? (doçura ou sujidade?)
É verdade, hoje celebra-se o Dia das Bruxas ou Halloween. É a
ocasião ideal para pregar e receber alguns sustos, comer doces e
usarmos disfarces assustadores. É tudo muito giro, o pior é quando
Grupo Ide Vê-la Criativa
18
Edifícios Sustentáveis
se deixa lixo espalhado na rua, ou quando não se usa materiais
amigos do ambiente para criar as máscaras. Portanto hoje à noite,
certifica-te que recebes doçuras e fazes muitas travessuras, mas de
uma maneira ecológica! (Para mais informações sobre o
Halloween vai a http://www.prof2000.pt/users/bejml/bruxas.htm ). E
porque também gostamos do Dia das Bruxas, deixamos um pequeno
presente...
Comentários:
Projecto Pesqueira em Movimento 12ºA disse sobre Apresentação do Grupo na
Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007 às 18:41:
Parabéns pelo vosso blog...
não deixem de visitar o nosso em http://pesqueira_em_movimento.blogs.sapo.pt
BOA SORTE!!
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2007
Parkour, um desporto radical e amigo do ambiente
Este desporto radical, só necessita de pés e mãos para ser praticado, e as suas
consequências são só o risco de dar um valente trambolhão e, à medida que
respiramos, emitirmos dióxido de carbono para a atmosfera. Consiste em
ultrapassar obstáculos normais (muros, grades, etc.) a saltar… Parece fácil não
é? Na verdade não é assim tão simples. Os traceurs (praticantes de Parkour)
fazem muitas manobras perigosas, que nem toda a gente consegue fazer e além
disso não se trata só de saltar. Trata-se de o fazer de um modo fluído, natural e
bonito… O objectivo não é chegar a um sítio em concreto, e sim mover-se com
estilo e naturalidade. Ainda acham que conseguem? Então vejam só o que estes
traceurs conseguem fazer!
Comentários:
Baam disse sobre Parkour, um desporto radical e amigo do ambiente na Sextafeira, 2 de Novembro de 2007 às 16:29:
Olá bom trabalho! Boa sorte para o concurso cidades criativas! passem pelo nosso
blog e deixem sugestões. www.baam.blogs.sapo.pt
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
DOMINGO, 4 DE NOVEMBRO DE 2007
2008, Ano Internacional do Planeta Terra
“O Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, acolhe a cerimónia de lançamento em
Portugal do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT) no próximo dia 10 de
Novembro, Dia Mundial da Ciência ao Serviço da Paz e do Desenvolvimento.
Proclamado pelas Nações Unidas, o Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT)
está centrado em 2008, mas abarca o triénio 2007-2009, e insere-se na Década da
Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), actualmente a
decorrer.
(…) A cerimónia oficial está agendada para as 15 horas e conta com a presença
de vários ministros e de diversas personalidades da sociedade portuguesa e de
países da CPLP, para além de Eduardo de Mulder, Director Executivo do AIPT
junto da UNESCO-IUGS, Corporação responsável pela implementação do AIPT a
nível mundial. Será o ponto alto de um programa a decorrer ao longo de todo o
dia no Pavilhão do Conhecimento, das 11h às 20h, particularmente desenhado
para o grande público, que inclui seminários, workshops, exposições, música e
actividades radicais, e conta com a participação de estudantes de todo o país e
de todos os níveis de ensino.”
In:
http://www.bcsdportugal.org/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=769
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
TERÇA-FEIRA, 6 DE NOVEMBRO DE 2007
Papel de Pedra: o papel do futuro
Todos nós utilizamos, ao longo da nossa vida, milhares de folhas de papel: na escola,
em casa, no trabalho... enfim, em todo o lado! E quando pensamos que todo aquele
papel teve que ser feito à custa do abate de árvores! É realmente assustador pensar na
quantidade de árvores destruídas!
Mas agora, existe um tipo de papel revolucionário que não utiliza nem uma única árvore
ao longo do seu processo de fabrico, pois ele é feito à base de: PEDRA! É o chamado
RMP (Rich Mineral Paper). É verdade; este novo tipo de papel é fabricado com um pó
mineral derivado da pedra e uma pequena infusão de resina não-tóxica. Além disso a sua
produção não implica poluição da água nem desperdícios gasosos prejudiciais. Claro
que, produzido em grande escala, pode ter algum impacte ambiental pois é necessário o
recurso a pedreiras para extrair a matéria-prima, mas nem se compara este impacte ao
provocado pela destruição de milhares de árvores todos os anos para fabricar papel.
O RMP serve todas as funções do papel convencional: pode ser usado para
impressões, para embalar produtos, como saco das compras ou qualquer outra coisa!
É impermeável, gasta menos tinta quando se quer imprimir nele e, não só é 100%
reciclável, como ainda o seu processo de reciclagem é mais simples do que o do papel
convencional.
Tem um pequeno problemazinho: se ficar exposto à luz do sol durante seis meses
começa-se a degradar. Mas se o guardares em casa protegido, não há crise ;)
Claro que este ainda não é um produto muito divulgado e pode ser difícil de encontrar,
mas vai estando atento: quem sabe se no futuro não iremos todos usar papel de pedra...
In: http://www.developtechnology.co.za/web/content/view/20470/54/
http://www.treehugger.com/files/2006/08/viastone_biodeg_2.php
Comentários:
David Martins disse sobre Papel de Pedra: o papel do futuro na Sexta-feira, 9 de
Novembro de 2007 às 02:39:
Ésta é uma excelente iniciativa.
Recentemente fiz um trabalho sobre o estado do ambiente no concelho de Odivelas.
Este poderá ser-vos útil e gostava de partilhar convosco alguma da informação que
desenvolvi nesta área. Como vos posso enviar?
ide_ve-la_criativa disse sobre Papel de Pedra: o papel do futuro na Sexta-feira, 9
de Novembro de 2007 às 10:14:
Obrigada pela sua atenção. Pode enviar-nos a informação para o e-mail:
[email protected]
Mais uma vez obrigada e continue a visitar o nosso blogue!
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
SEGUNDA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2007
Visita à exposição Ambiurbe na FIL
Na passada sexta-feira, dia 9 de Novembro, fomos com a nossa turma à
exposição Ambiurbe na FIL. O tema desta exposição era a mostra de inovações
tecnológicas com o objectivo de diminuir os problemas ambientais, "melhorar a
qualidade de vida e valorizar o nosso espaço envolvente" ( in:
http://www.ambiurbe.fil.pt/ ). Foi uma visita muito educativa e também divertida!
Entre outras coisas vimos vários robôs industriais, painéis solares, métodos e
materiais de reciclagem, métodos de aproveitamento de energias renováveis e
propostas de processos mais rentáveis e eficientes para a indústria alimentar.
Deixamo-vos algumas fotos da visita!!
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
QUARTA-FEIRA, 21 DE NOVEMBRO DE 2007
Casa da Juventude de Odivelas já abriu!!
Foi no passado dia 18 de Novembro que se deu a cerimónia de inauguração de
um espaço, que Odivelas há muito que precisava!
A Casa da Juventude, situada ao lado da Quinta da Memória, surgiu da
recuperação de um edifício ligado à História que se encontrava bastante
degradado. Este espaço destina-se a todos jovens dos 13 aos 35 anos, e é um
espaço onde estes podem “estudar, assistir a debates, ver exposições, participar
em workshops e ateliers, adquirir o cartão-jovem ou de alberguista, reservar
pousadas de juventude e obter informações sobre as mais diversas áreas” (in:
http://www.cm-odivelas.pt/Noticias/index.htm#casajuv ).
Este novo espaço dedicado à juventude, funcionará de Segunda a Sexta-feira das
09h00 às 21h00 e aos Sábados entre as 10h00 e as 16h00.
Com este post o Grupo Ide Vê-la Criativa pretende não só informar os restantes
jovens do município, mas também dar uma grande salva de palmas a este
projecto (e claro às pessoas que o desenvolveram) que vem estancar uma das
grandes necessidades que nós, jovens, sentíamos: necessidade de um espaço
de convívio, estudo, aconselhamento, entre outros.
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
Mural de Comentários
Marlene <[email protected]>
ta muito bom o vosso blog...=)
Tiago
Tá muito fixe o vosso blog, com ideias muito práticas e bem estruturadas. Continuem
liliana bomtempo
Rita,como tua ex-professora, fico orgulhosa deste teu trabalho. Espero que no 7.º ano te tenha
plantado a sede de aprender. Bjs e boa sorte para o vossos trabalho, virei cá mais vezes para
aprender!
Liliana <[email protected]>
Ola =) Nao sei ao certo quem está a fazer este trabalho mas o que é certo é que este blog está
muito bom =) Já respondi ao vosso inquérito e os resultados até não foram maus ;) Continuem
assim* bj =D
joao <non-poluter.blogs.sapo.pt>
muito giro sim sr. :P
kajoL
ta mt fixe ! 'de verdade' eheheheh bjs e continuem!! :quizzical:
03 Dec 07 21:44
29 Nov 07 11:08
21 Nov 07 13:29
20 Nov 07 23:34
12 Nov 07 12:19
05 Nov 07 21:18
Shéliza <desenvolvimentosustentvel.blogspot.com>
já agora visitem http://desenvolvimentosustentvel.blogspot.com e dêem ideias bla bla bla... tb estou
a fazer um trabalho nessa área em AP! Mas na sec da ramada!!!
Shéliza <desenvolvimentosustentvel.blogspot.vom>
simplesmente 5 estrelinhas a brilhar intensamente!
*di*
muito bom sim senhores =) desconhecia por completo o "Blackle"... interessante... força nisso =)
Diogo
hihihi
Dina
De facto mto bom, original! Continuem a surpreender!!!
naj
ola
naj
ola
Ritinha
Obrigada pessoal a sério! :D
Jota
Mt bom blog sim senhora sem duvida taum a trabalhar bem :P exa do fundo preto n sabia
kontinuem.estaum no bom kaminho
01 Nov 07 01:05
01 Nov 07 01:04
01 Nov 07 00:52
30 Oct 07 14:20
29 Oct 07 21:57
27 Oct 07 20:30
27 Oct 07 20:30
27 Oct 07 00:05
raquel
:)
Diogo
:biggrin:
diana
gostei dexa informcao sobre a utilixacao de fundos pretos... continuem a informar e mt bom
trabalho tao no bom caminhu :P;P
Diogo
hihihihi bigado :glad:
diana
a ideia de porem nos links as coisas de odivelas ta mt bacano... e a parte da musica....axo k faxem
mt bem :P
26 Oct 07 22:58
26 Oct 07 22:15
26 Oct 07 21:50
26 Oct 07 21:49
26 Oct 07 21:48
26 Oct 07 21:47
diana
mt fixe mxm... como vox tinha ditu...
Jorge
Sou um pai atento, e não poderia deixar de deixar o meu agrado por este magnifico blog.
Grupo Ide Vê-la Criativa
26 Oct 07 21:46
26 Oct 07 21:24
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Edifícios Sustentáveis
Bombarral
E bem, continuem :D e boa sorte
Fábio Luis
Bastante atractivo o blog, não era de esperar outra coisa vinda de vcs... força ai e qe tejam smp no
top, são os votos deste nao so rival mas amigo :P
Fábio Luis
Bastante atractivo o Blog, não era de esperar outra coisa vinda de vcs ...
guida
;)
guida
tá mt fixe o blog,
Diogo
hihihihihihi :lol:
diana
bem o voxo blog ta mt mt giru e apelativo.. continuem cm ideia giras e engraxadas ... tao a faxer
um excelente trabalho.. mt parabens
jUaninha =)
Epaaa =) LindO a xeriO memO =) hihihi =D fOrxa meninaaaz i meninO =) cOntinuem axim qe vaO
lOnge i O pre'miO vai xer vOxO =D tOu aqi para vOz dar fOrxaz =) BjinhOOO * :biggrin:
CatitZ
Força para VocÊS! Bjo enorme!
catarina
bom trabalho!!
catarina
eu ca tb axo k vau ganhar :P é preciso é confiança e determinaçao!
Diogo
Muita bom...
Bruninha <[email protected]>
Bem eu acho que o vosso blog esta mesmo muito fixe a serio...! E se ganharem o premio foi muito
bem merecido mesmo...Parabens!
Jota
Ta muita fixe o blog.. :D
Tânia
Gostei.. e claro que vao ganhar =D
raquel
Brigada!! continuem a visitar... :)
Cata
esta bastante organizado e bem conseguido. Parabens.
Ritinha
O nosso blog está um espectáculo!=P Deixem sugestões pessoal e obrigado por virem visitar o
nosso blog!=)
Teresa <[email protected]>
Brigadão, Gonçalo! Continua a passar por cá. :)
Gonçalo
muito á frente continuem e ganhem esse concurso!!! ;)
raquel
:)
Joana
:P
Joana
Eu cá gosto!
raquel
eu axo q tamos no caminho certo pessoal!!max podem nos ir dando sugestoes..a grencia agradece
:biggrin:
Grupo Ide Vê-la Criativa
25 Oct 07 16:27
25 Oct 07 11:58
25 Oct 07 11:56
24 Oct 07 20:43
24 Oct 07 20:41
24 Oct 07 00:43
19 Oct 07 21:30
19 Oct 07 00:03
18 Oct 07 23:46
18 Oct 07 23:34
18 Oct 07 23:34
18 Oct 07 22:39
18 Oct 07 21:29
17 Oct 07 23:21
16 Oct 07 16:56
16 Oct 07 12:10
15 Oct 07 23:46
14 Oct 07 19:32
14 Oct 07 00:42
14 Oct 07 00:36
13 Oct 07 23:42
13 Oct 07 22:25
13 Oct 07 22:16
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13 Oct 07 19:53
Edifícios Sustentáveis
Nass
boa sorte!*
Nass
ate se empenharam pessoal!
Nass
Ate se empenharam!*
JCM <[email protected]>
um prémio para a orginalidade do nome do blogue
Rituxa
Oh teresa!?mas já agora, com qual das ritas é que estás a falar?!Loool Mas tens razão!!!O nosso
blogue tá mesmo excelente!!!!Comentem!! :P
13 Oct 07 14:59
13 Oct 07 14:58
13 Oct 07 14:58
13 Oct 07 00:41
12 Oct 07 21:44
Sofia
Boa Sorte para o trabalho :D
Teresa <[email protected]>
Pesoal, o nosso blogue tá excelente!! 5 estrelas! Decidi deixar 1 coment como exemplo pa mais
pessoas virem fazer o mesmo! Vamos BRILHAR, n é ritinha? ;) ****
Grupo Ide Vê-la Criativa
12 Oct 07 13:23
12 Oct 07 12:58
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Edifícios Sustentáveis
Edifícios Sustentáveis
A energia consumida em edifícios representa já mais de um terço do consumo
global (cerca de 40%) e a sua quota está a aumentar substancialmente. Este aumento
deve-se sobretudo ao crescimento económico e ao desenvolvimento humano. Todo este
consumo coloca uma pressão adicional no equilíbrio das emissões que necessita ser
contrariado alcançando melhorias de eficiência energética.
O progresso pode começar imediatamente, pois existe actualmente o
conhecimento e a tecnologia para reduzir a utilização de energia nos edifícios, enquanto
ao mesmo tempo se melhora os níveis de conforto. As barreiras de comportamento,
organizacionais e financeiras colocam-se no caminho da acção imediata e três
abordagens podem ajudar a ultrapassá-las: apoio à interdependência, valorização da
energia e a transformação de comportamentos.
É também essencial, quando se fala de construção sustentável, focar as acções a
tomar no ciclo de vida do edifício (desde o seu planeamento, passando pela construção,
até à demolição) e não centrar os esforços num único momento específico desse ciclo.
A construção de edifícios assenta sobre três grandes pilares: Ambiente,
Sociedade e Economia. Infelizmente, a maioria das vezes não existe cooperação entre
eles, sendo fulcral fomentar essa cooperação.
Além desta falta de integração, os outros dois grandes problemas que fazem
atrasar a sustentabilidade são a ignorância e o tempo de reacção político e social ser
demasiado lento face ao avanço tecnológico.
Torna-se, portanto, urgente procurar soluções para a construção de edifícios, que
os tornem mais sustentáveis, integrados no ambiente em que se encontram e
proporcionando bem-estar e qualidade de vida às populações.
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
ENERGIA
Introdução
A palavra ‚energia‛ foi incorporada na linguagem científica no século XIX para
descrever certos fenómenos naturais: havia «qualquer coisa» que se conservava nas
transformações observadas. A essa grandeza deu-se o nome de energia.
A energia está presente em todas as actividades do nosso dia-a-dia e reveste-se
de uma importância fundamental para o desenvolvimento de qualquer sociedade.
No entanto, a maioria da energia utilizada provém de combustíveis fósseis, que
um dia acabarão por se esgotar. Além disso, a utilização intensiva destes combustíveis
fósseis contribui para o aquecimento global, devido à grande emissão de dióxido de
carbono para a atmosfera, que cria um efeito de estufa. Por exemplo, só devido à
iluminação artificial, todos os anos são emitidos cerca de 450 milhões de quilogramas de
dióxido de carbono por habitação.
É, pois, urgente encontrar novas soluções que permitam poupar energia e utilizar
fontes de energia renovável.
Formas de Energia
Na Natureza, a energia encontra-se sob diversas formas e para poder ser
utilizada por nós precisa de sofrer algumas transformações. Eis algumas das formas de
energia disponíveis:
♦ Energia térmica: manifesta-se sob a forma de calor
♦ Energia nuclear: manifesta-se sob a forma de radioactividade
♦ Energia química: manifesta-se de várias maneiras; a mais conhecida é a dos seres
vivos
♦ Energia radiante: manifesta-se de diversas maneiras; uma delas é sob a forma de luz
♦ Energia eléctrica: manifesta-se sob a forma de uma corrente de electrões
♦ Energia mecânica: manifesta-se sob a forma de movimento1
1
Guia prático da eficiência energética - EDP
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Edifícios Sustentáveis
Fontes de Energia
A energia provém de dois tipos de fontes: fontes renováveis ou alternativas e
fontes não renováveis ou fósseis.
As fontes renováveis são fontes de energia inesgotáveis ou com reposição a curto ou
médio prazo. São elas:
♦ Hídrica: é obtida a partir dos cursos de água e pode ser aproveitada
por meio de um desnível ou de uma queda de água.
♦ Eólica: provém do vento. Tem sido aproveitada desde a antiguidade
para navegar ou para fazer movimentar os moinhos. É uma das grandes
apostas para a expansaão da produção da energia eléctrica.
♦ Solar: provém da luz do sol, que depois de captada pode ser
transformada em energia eléctrica ou térmica.
♦ Geotérmica: provém do aproveitamento do calor do interior da
Terra, permitindo gerar electricidade e calor.
♦ Marés: é obtida através do movimento de subida e descida do nível da
água do mar.
♦ Ondas: consiste no movimento ondulatório das massas de água, por
efeito do vento e da atracção lunar. Pode aproveitar-se para produção
de energia eléctrica.
♦ Biomassa: trata-se do aproveitamento energético da floresta e
dos seus resíduos, bem como dos resíduos da agro-pecuária, da
indústria alimentar ou dos resultantes do tratamento de efluentes
domésticos e industriais. A partir da biomassa pode produzir-se
biogás e biodiesel.
Grupo Ide Vê-la Criativa
30
Edifícios Sustentáveis
As fontes não renováveis são as que se encontram na Natureza em quantidades
limitadas e que se esgotam com a sua utilização. São elas:
♦ Carvão: é um combustível fóssil extraído de explorações mineiras e foi o
primeiro a ser utilizado em larga escala, é o que se estima ter maiores
reservas (200 anos) e o que acarreta mais impactes ambientais, em termos
de poluição e alterações climáticas.
♦ Petróleo: constituído por uma mistura de compostos orgânicos, é
sobretudo utilizado nos transportes. É uma das maiores fontes de poluição
atmosférica e motivo de disputas económicas e de conflitos armados.
Estima-se que as suas reservas se esgotem nos próximos 40 anos.
♦ Gás natural:embora menos poluente que o carvão ou o petróleo, também
contribui para as alterações climáticas. É utilizado como combustível, tanto
na indústria, como em nossas casas. Prevê-se que as suas reservas se
esgotem nos próximos 60 anos.
♦ Urânio: é um elemento químico existente na Terra, constituindo a base
do combustível nuclear utilizado na indústria de defesa e civil. Tem um
poder calorífico muito superior a qualquer outra fonte de energia fóssil 1.
O Consumo de Energia em Portugal e no Mundo
Hoje em dia, a maioria da energia utilizada provém de combustíveis fósseis, o
que coloca um grave problema: as necessidades energéticas têm vindo a aumentar, ao
passo que as reservas se começam a esgotar rapidamente.
Os países que consomem mais energia no mundo são os EUA e o Canadá. Mas
países em ascendência económica como a China, o Brasil e a Índia, também têm visto o
seu consumo energético a aumentar bastante.
Por outro lado, a instabilidade dos preços do gás e do petróleo levou alguns
países a apostarem novamente no carvão, que é a mais poluente das tecnologias de
aproveitamento energético.
E em Portugal a situação também não é boa. Cerca de 85% da energia consumida
é importada e de origem fóssil e só entre 2003 e 2004, o consumo de electricidade
aumentou 6%.
Isto significa que a utilização energética tem sido pouco eficiente, o que se traduz
em ameaças preocupantes para o país do ponto de vista económio, social e ambiental 1.
Grupo Ide Vê-la Criativa
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Edifícios Sustentáveis
A Eficiência Energética nas Habitações
Como já foi visto anteriormente, a ameaça de esgotamento dos combustíveis
fósseis, a pressão dos resultados económicos e as preocupações ambientais, levam-nos a
encarar a eficiência energética (optimização do consumo de energia) como uma das
soluções para equilibrar o modelo de consumo existente e para combater as alterações
climáticas.
É preciso pois começar já a utilizar a energia de que dispomos de uma forma
responsável!
Iluminação
O modo como o nosso local de trabalho ou a nossa casa estão iluminados
influencia bastante o modo como nos sentimos, ou seja, contribui para o nosso conforto.
Assim, para cada divisão, deve-se ter em conta o tipo de iluminação correcta, de acordo
com o tipo de actividades que aí se realizam.
O ideal seria utilizarmos exclusivamente a luz do sol mas, embora isso não seja
possível, podemos ainda assim tentar aproveitá-la ao máximo. Para tal, as divisões
devem dispor de janelas grandes que deixem passar a luz natural e a sua orientação em
relação ao sol deve ser estudada de modo a aproveitar o maior número de horas de sol
possível. As casas localizadas no hemisfério norte devem ter as janelas orientadas para
sul e as casas localizadas no hemisfério sul devem ter as janelas orientadas para norte.
Há ainda maneiras de conduzir a luz solar para o interior da habitação através de fibras
ópticas2.
Quando escurece e a luz natural se torna insuficiente, é preciso recorrer às
lâmpadas. São quatro os principais tipos de lâmpadas para uso doméstico, mas existem
mais.
Lâmpadas incandescentes
São as lâmpadas mais baratas e as mais utilizadas na iluminação interior, mas
são também as menos eficientes (apenas 5% a 10% da energia consumida é convertida
em luz; o resto dissipa-se sob a forma de calor) e as que duram menos (cerca de 1000
horas).
Por isso, estas lâmpadas são indicadas apenas para locais em que a iluminação é
necessária por curtos períodos de tempo.
2
http://www.treehugger.com
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32
Edifícios Sustentáveis
Lâmpadas de halogénio
Estas lâmpadas funcionam como as incandescentes, mas têm uma vantagem:
conseguem reaproveitar o calor que libertam, convertendo-o em energia luminosa, o
que significa que consomem menos electricidade e duram mais tempo (cerca de 2500
horas).
Lâmpadas fluorescentes
Estas são as lâmpadas mais económicas, pois para produzir exactamente a
mesma luz que uma lâmpada incandescente convencional, gastam menos 80% de
energia.
• Normais
Ao contrário das incandescentes, as lâmpadas fluorescentes precisam de um
arrancador para funcionar e, em vez de a corrente eléctrica passar através de um
filamento, passa através de um gás. São as mais adequadas para locais com necessidade
de luz por longos períodos de tempo. Duram cerca de 12000 horas e podem poupar até
85% de energia quando comparadas com uma lâmpada incandescente.
•Compactas
Ao contrário das lâmpadas fluorescentes normais, estas lâmpadas têm uma
instalação compatível com os casquilhos tradicionais usados para as lâmpadas
incandescentes, o que constitui uma vantagem. Mas, tal como as anteriores, são também
recomendadas para iluminar locais durante um longo período de tempo.
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33
Edifícios Sustentáveis
Apresenta-se de seguida um quadro de comparação entre o uso de uma lâmpada
incandescente e uma lâmpada fluorescente compacta durante cinco anos.
Incandescente
Fluorescente compacta
Potência
100 W
18 W
Fluxo Luminoso
1360 lm
1 200 lm
Tempo de vida
1 000 h
10 000 h
Horas de utilização diária
4
4
Preço da lâmpada
0.72 €
6.48 €
Consumo de electricidade em 5
anos
730 Kwh
131.4 Kwh
70.44 €
12.68 €
Numero
de
lâmpadas
necessárias nos 5 anos
8
1
(com mais 700 horas de uso)
(ainda com mais 2 700 horas de uso)
Custo com preço das lâmpadas
76.2 €
19.16 €
Custo
(Kwh a 0.0965 €)
Como se pode ver, apesar de cada lâmpada fluorescente compacta ser mais cara,
ao fim de algum tempo sai muito mais barata pois consome muito menos energia do
que a incandescente3.
Como vimos, estes são os tipos de lâmpadas ditos ‚normais‛ e os mais
vulgarmente comercializados, mas existe um tipo de lâmpadas mais recente que é ainda
mais eficiente: são as lâmpadas de LED’s. A tecnologia dos LED’s é já conhecida há
algum tempo e é utilizada para alguns aparelhos electrónicos, como por exemplo as
televisões e os telemóveis, mas só recentemente foi aplicada às lâmpadas. As lâmpadas
de LED’s são uma óptima solução pois têm uma instalação compatível com os
casquilhos tradicionais usados para as lâmpadas incandescentes, duram muito mais
(podem ir até às 60 000 horas de vida) e consomem muito menos (de 0,3 a 2,5W por
lâmpada). O único problema é que podem ser ainda um pouco difíceis de encontrar à
venda4.
3
4
http://www.ecocasa.org/index2.php
http://www.digitaldrops.com.br/drops/2006/09/nova_lampada_de_leds_mais_econ.html
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34
Edifícios Sustentáveis
O comportamento
Mesmo com todos os equipamentos já existentes que permitem gastar muito
menos energia do que há uns anos atrás, eles de nada servem se não forem
simultaneamente adoptados comportamentos ‚ecológicos‛. Assim, aqui estão alguns
comportamentos que se podem e devem adoptar de modo a poupar o máximo possível
de energia:
→ Desligar as luzes nas divisões da casa que não estão a ser utilizadas. Em
média, se a lâmpada for incandescente deve-se desligá-la nem que se saia da divisão
apenas por uns segundos; se a lâmpada for fluorescente compacta deve-se desligá-la se
se abandonar a divisão por mais de 3 minutos e se for uma lâmpada fluorescente
normal se se ausentar por mais de 15 minutos.
→ Os sensores de movimento são uma óptima maneira de manter as luzes
desligadas quando não são precisas. É também boa ideia instalar reguladores de
luminosidade para que esta possa ser ajustada da maneira mais conveniente em cada
circunstância2.
Electrodomésticos
A disponibilidade de cada vez mais electrodomésticos para a realização das
tarefas domésticas tem levado a um crescimento do consumo energético nas habitações.
Numa sociedade em que se compram cada vez mais electrodomésticos utilitários e de
lazer, cabe ao cidadão comum fazer um uso racional da energia sem pôr em causa o seu
bem-estar e qualidade de vida.
Segundo estudos de 2002 o consumo de energia do lar médio português é de
3268 kWh/ano estando repartido, no seu uso final de acordo com o seguinte gráfico:
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35
Edifícios Sustentáveis
Equipamentos de frio
Por estarem ligados 24 horas por dia, os equipamentos de
frio (frigorífico, congelador, combinados...) têm um importante
papel no consumo energético de uma habitação. São,
efectivamente, o electrodoméstico com maior consumo.
O consumo da electricidade destes equipamentos depende
da regulação da temperatura, da capacidade de idolamento e do
desempenho do compressor.
• A temperatura ideal de conservação dos alimentos é entre
3ºC e 5ºC, devendo ser restringida a este intervalo.
• Deve-se verificar regularmente se as borrachas do
frigorífico estão a vedar bem
• Deve existir um espaço vazio entre a parte de trás do frigorífico e a parede.
• O frigorífico deve estar afastado de fontes de calor, como o fogão ou as janelas.
• Deve-se reduzir ao máximo o número de vezes que se abre a porta do
frigorífico e o tempo que esta está aberta, pois 20% do consumo global dos
equipamentos de frio são devidos à abertura das portas.
•Deve-se evitar a formação de gelo nas paredes do congelador e removê-lo
quando for necessário.
•A grelha exterior do frigorífico deve ser limpa pelo menos uma vez por ano.
•Não se deve colocar alimentos muito quentes dentro do
frigorífico.
Máquina de lavar roupa
A máquina de lavar roupa precisa de energia eléctrica para as
acções mecânicas e para o aquecimento da água através de uma
resistência elétrica, que é o que gasta mais energia. Por esse motivo,
existem à venda máquinas que têm a possibilidade de serem alimentadas com água
quente proveniente de outros sistemas de aquecimento (termoacumuladorres a gás,
caldeiras murais, painéis solares, etc...). Existem também máquinas que pesam a roupa
que vão lavar, aquecendo somente a água necessária para essa lavagem.
Deve-se:
• ajustar a carga da máquina à sua capacidade.
• limpar os filtros regularmente.
• utilizar programas a frio ou, pelo menos, a baixas temperaturas.
• centrifugar a roupa em vez de a secar na máquina de secar roupa.
• adequar o programa à quantidade de roupa a lavar.
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Edifícios Sustentáveis
Máquina de secar roupa
É sempre preferível secar a roupa ao ar livre em vez de na máquina,
mas optando por esta hipótese ainda assim é melhor comprar uma das que
secam a roupa por evacuação do ar húmido para o exterior em vez das que
o condensam, pois o gasto energético das primeiras é inferior. Deve-se
além disso utilizar um dispositivo de medição da humidade pois este
desliga a máquina automaticamente quando as roupas estão secas.
Máquina de lavar louça
Tal como nas máquinas de lavar roupa, também o principal
consumo de energia destas máquinas se deve ao aquecimento da
água, havendo igualmente disponíveis máquinas com alimentação
directa de água já quente.
Deve-se:
•ajustar a carga da louça à capacidade útil da máquina.
•limpar os filtros regularmente.
•adequar o programa à quantidade de louça a lavar.
Forno eléctrico
Na aquisição de um destes aparelhos, é preferível optar por um
a gás, com ventilação, luz e temporizador, de modo a poupar energia.
Alé disso deve-se:
•verificar se a porta do forno veda bem
•utilizar recipientes de cerâmica ou vidro, pois retêm melhor o calor
•manter o forno limpo
•deixar espaço entre os tabuleiros no forno 3
Consumos em stand-by
O stand-by é o estado em que um aparelho fica quando não está a ser usado e
continua a consumir energia, o que lhe permite activar as suas funções quase
imediatamente quando solicitado e permite o funcionamento dos relógios, por exemplo.
Embora à primeira vista isto não pareça relevante, a verdade é que há aparelhos que
consomem mais energia em stand-by durante a sua vida útil do que em operação.
É por isso aconselhável que se desligue todo o equipamento (televisão, leitor de
DVD, computador, etc.) da tomada quando não está a ser utilizado pois só assim irá
deixar de consumir energia. Em alternativa, pode-se também ligar os aparelhos a uma
tomada eléctrica com interruptor (power strip), que consome 1W a 3W mas que é
preferível ao consumo total dos aparelhos que se ligarem a estas tomadas, que pode
atingir os 75W.
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37
Edifícios Sustentáveis
Estima-se que o consumo anual médio em stand-by para cada lar português seja
de 377 kWh/ano.
Apresentam-se em seguida alguns exemplos de consumo em stand-by de alguns
aparelhos3:
Tipo do Aparelho
Consumo em Stand-by
DVD
Micro aparelhagens
Até 17W
Até 25W
Microondas
Radio Relógio
Até 7W
Até 8W
Televisão
Telefone Sem Fios
Vídeo
Até 30W
Até 7W
Até 18W
Etiqueta de eficiência energética
Sempre que se compra um electrodoméstico, é preciso ter em atenção a sua
etiqueta de eficiência energética, que foi precisamente criada para informar o
consumidor sobre a eficiência no consumo de energia do equipamento, bem como de
outras características técnicas. Assim, a classificação da eficiência energética vai de A
(mais eficiente) a G (menos eficiente) devendo-se, sempre que possível, optar por um
produto de eficiência A3.
Produção da sua Própria Energia
Depois de termos visto vários ‚comportamentos ecológicos‛ e atitudes a adoptar
para optimizar o consumo de energia, não podia deixar de ser referida a alternativa de
nós próprios produzirmos a energia que precisamos a partir de fontes renováveis.
Actualmente, estão disponíveis no mercado várias soluções que podem ser facilmente
instaladas nas nossas casas:
♦ Colectores solares térmicos: É um dos sistemas mais acessíveis
para aquecer água. Captam a energia do sol e transformam-na em calor.
Estes sistemas permitem poupar até 70% da energia necessária para o
aquecimento de água.
♦ Micro-turbinas eólicas: A energia do vento acciona estes sistemas
para produzir electricidade. Embora as micro-turbinas eólicas mais comuns
sejam colocadas no terreno, têm vindo a ser desenvolvidos equipamentos
de menor dimensão, que podem ser colocados no topo das habitações,
evitando a perda de espaço útil. Estes sistemas podem ser uma boa opção
de investimento, podendo reduzir o consumo de electricidade de 50 a 90%.
Grupo Ide Vê-la Criativa
38
Edifícios Sustentáveis
♦ Painéis solares fotovoltaicos: São uma das promissoras formas de
aproveitamento de energia solar. Por meio do efeito fotovoltaico, a energia
contida na luz do sol pode ser convertida diresctamente em energia
eléctrica. Estes sistemas podem ser utilizados em locais isolados, sem rede
eléctrica, ou como sistemas ligados à rede.
♦ Bombas de calor geotérmico: Estes sistemas aproveitam o calor do
interior da terra para o aquecimento ambiente. Ao contrário das caldeiras
convencionais, as bombas de calor geotérmico actuam como máquinas de
transferência de calor. No Inverno, absorvem o calor da terra e levam-no
para a casa. No verão, funcionam como o ar condicionado, retirando o
calor da casa para refrigerá-la, no solo.
♦ Sistemas de aquecimento a biomassa: A biomassa pressupõe o
aproveitamento da matéria orgânica (resíduos provenientes da limpeza
das florestas, da agricultura e outros). Em casa, este tipo de matéria pode
ser utilizada, por exemplo, em sistemas de aquecimento, representando
importantes vantagens económicas e ambientais1.
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39
Edifícios Sustentáveis
Água e Reciclagem
 Água
Como todos sabemos, a água potável é um recurso indispensável à vida, que
pode vir a esgotar-se dentro de pouco tempo, uma vez que a Natureza não consegue
‚reciclar/limpar‛ a água tão rápido quanto nós a consumimos. No planeta Terra existe
muita água é certo, mas só uma pequeníssima parte dessa água, mais concretamente
0,1%, é adequada para beber/utilizar, sendo que os restantes 99,9% estão congelados ou
são salgados5. Para além disto, a água não é igualmente repartida pelo Globo, ou seja,
existem milhares de pessoas que não têm acesso nem a água potável, nem a sistemas de
saneamento6. Por isso é que é tão importante sabermos como poupar este bem tão
precioso, bem como utilizarmos construções que nos ajudem a fazer isto mesmo.
Figura 1 – ‚Exemplo de consumo de água nas residências‛ 7
A importância da construção sustentável em relação à água
Em termos de poluição das águas residuais, temos que nos consciencializar de
dois termos importantes: água negra e água cinzenta.
A água negra consiste na água utilizada para as descargas da sanita, e por isso
misturada com os dejectos. Esta água não pode ser reutilizada, uma vez que primeiro
tem que ser submetida a tratamento biológico/químico, bem como à sua desinfecção. 8
A água cinzenta é aquela que provém de locais como os lavatórios e as banheiras,
entre outros. Esta água requer menos tratamentos que a água negra, os quais podem ser
realizados em casa (os tratamentos dependem do tipo de utilização que a água vai ter).
Depois de tratada, a água pode ser utilizada nas descargas sanitárias, na lavagem de
roupa e na rega do jardim.9
5
Fonte: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/index_cat.php?cat=11
Fonte: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/index_cat.php?cat=11
7
Fonte: http://www.uniagua.org.br/website/images/dicas/casa_economia.jpg
8
Fonte: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/i_glossario.php
9
Fonte: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/i_glossario.php
6
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40
Edifícios Sustentáveis
A sustentabilidade dos edifícios em relação à água, é cada vez mais importante,
uma vez que se nota cada vez mais, que gestos como verificar se as torneiras não
gotejam, tornam-se cada vez mais pequenos (embora indispensáveis) ao lado de
desperdícios diários de milhões de litros de água. Torna-se cada vez mais urgente
actuar a outro nível, o nível das construções sustentáveis.
Estas medidas que tanto ajudariam a poupar água, parecem muito complicadas
quando na realidade não o são. Um dos métodos, por exemplo, consiste na captação da
água da chuva, que escorre do telhado para um sistema de tubulação. Esta água é
conduzida para uma cisterna através desses tubos, mas antes de ser armazenada é
submetida a uma filtração, para que pequenas folhas e terra não entrem na cisterna.
Dentro do contentor, a água da chuva pode chegar tanto à canalização interior, como à
exterior, sendo utilizada deste modo em descargas de autoclismo, lavagem de espaços,
rega de jardins e até lavagens de carros. 10
Figura 2 – ‚Exemplo de cisterna de armazenamento de água das chuvas‛11
Outro exemplo é o inovador urinol sem alimentação de água. Estes urinóis foram
concebidos para acabar com problemas como o desperdício de água, o mau cheiro e
todo o género de problemas relacionados com os canos e a sua manutenção.
Este processo consiste em colocar um líquido menos denso que a urina e que não se
mistura com ela, prendendo-a, deste modo, num sistema de armazenamento, que está
directamente ligado aos canos. Quando houver muita urina, esta sai para o cano, até o
nível médio estar reposto.12
10
Fontes: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=25
http://projetandonomundo.blogspot.com/2007/07/dicas-para-construo-sustentvel_31.html
11
Figura e legendas retiradas da página
http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=25
12
Fontes:
http://www.aecops.pt/pls/daecops2/!aecops_web.show_page?action=show_news&p_sessao=&xcode=11058566
http://www.waterless.com/how.php
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41
Edifícios Sustentáveis
Figura 3 – Esquema de funcionamento de um urinol sem alimentação de água 13
As medidas anteriormente vistas (aproveitamento da água da chuva e urinóis
sem alimentação de água) visam simplesmente à poupança de água. No entanto existe
formas de reutilizarmos a água, que nos permitem racionalizar o seu consumo.14
Infelizmente estas medidas não são exequíveis em edifícios que estejam ligados a
sistemas de esgotos centrais, isto porque, sendo assim, a água vai directamente para os
esgotos. Se as habitações tiverem um jardim ou outro espaço parecido, podem então
instalar as estações de tratamento, para mais tarde se poder reutilizar a água. 15 Por um
lado, actualmente esta instalação ainda tem um custo muito elevado, por outro lado,
esta instalação contribui primeiro para a redução da poluição e depois para a redução
da conta da água. 16
Figura 4 – Esquema de recolha, tratamento e reutilização da água cinzenta 17
O tratamento da água cinzenta consiste em pôr um filtro grosseiro (meia de
nylon presa com elásticos) no final do cano que leva a água ao primeiro tanque. Este
filtro deverá ser substituído quando estiver cheio.18
13
Figura retirada da página: http://www.wired.com/science/discoveries/news/2006/03/70329
Fonte: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=24
15
Fonte: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=24
16
Fonte: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=24
17
Figura retirada da página: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=24
18
Fonte: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=24
14
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42
Edifícios Sustentáveis
Figura 5 – Filtragem grosseira de águas cinzentas 19
Seguidamente a água pode ser reutilizada para regar o jardim ou então pode ir
para a estação de tratamento. Nesta estação (constituída por uma caixa impermeável
com areia e cascalho) a água entra por cima, é filtrada e sai limpa e pronta para ser
reutilizada em fins não potáveis.
Figura 6 – Esquema de tratamento de água cinzenta filtrada 20
19
20
Figura retirada da página: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=24
Figura retirada da pagina: http://www.quercus-construcaosustentavel.com/other.php?main=11&sub=24
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43
Edifícios Sustentáveis
Reciclagem
Esta expressão provém do inglês recycle (re = repetir e cycle = ciclo)21 e hoje em dia
é muito conhecida, especialmente por causa da campanha televisiva por parte da
Sociedade Ponto Verde. Este processo tão importante actualmente, consiste processar
materiais utilizados para que possamos reutilizá-los, ou seja, é ‚retorno da matériaprima ao ciclo de produção‛22. A reciclagem tem inúmeras vantagens, entre elas, a
redução não só da utilização de energias não renováveis como fontes de matériasprimas, para o fabrico dos mais diversos materiais, mas também da quantidade de
resíduos que necessitam de tratamento.23 Existe reciclagem de vários tipos de materiais,
principalmente papel/cartão, vidro, embalagens/plástico, pilhas, entre outros.
Figura 7 – ‚Símbolo internacional da reciclagem‛24
A reciclagem do papel é muito importante, uma vez que não é preciso cortar
mais árvores para fabricar o papel reciclado. Este processo consiste na recuperação das
fibras celulósicas do papel velho, para as incorporar no papel novo. 25 O melhor é que a
reciclagem do papel também pode ser feita manualmente e em casa, basta ter os
materiais adequados.
Figura 8 – Processo de reciclagem do papel26
21
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem
Fonte: http://www.condominiovillagecenter.com.br/pastas/recicla/define.html
23
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem
24
Figura e legenda retiradas da página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem
25
Fonte: http://www.rudzerhost.com/papel/recipapel.htm
26
Figura retirada da página: http://ciencias3c.cvg.com.pt/reciclagem.htm~
22
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Edifícios Sustentáveis
Figura 9 – Reciclagem manual do papel
A reciclagem de plásticos e/ou embalagens é constituída por três tipos: a
reciclagem primária, a secundária e a terciária. Na reciclagem primária, os materiais
usados são transformados em produtos com características muito semelhantes aos
fabricados por matéria-prima.27 A reciclagem secundária consiste na reutilização de
produtos vindos de aterros, sucatas, entre outros. Finalmente a reciclagem terciária
permite a transformação de produtos plásticos em químicos e combustíveis por acção
de processos termoquímicos.28
Figura 10 – Pilhas de plástico/embalagens para a reciclagem 29
A reciclagem de vidro é muito mais simples que qualquer outra das reciclagens.
Basicamente, o vidro é derretido e reproduzido para a sua reutilização. Também este
processo é extremamente importante uma vez que ajuda a conservação da matériaprima, reduz a energia necessária ao seu fabrico e reduz a quantidade de lixo
depositado em aterros.
Figura 11 – Garrafas de vidro ‚à espera‛ de serem recicladas 30
27
Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem_de_pl%C3%A1stico
http://www.bahiapet.com.br/recpro.html
28
Fonte: http://www.bahiapet.com.br/recpro.html
29
Figura retirada da página: http://www.eb1-mealhada.rcts.pt/trabalhos.htm
29
Figura retirada da página:
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclagem/vidro.html
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45
Edifícios Sustentáveis
Por cada tonelada de papel reciclado, evita-se o abate de aproximadamente 20
árvores, economiza-se 70% de energia eléctrica e 90% de água e também se reduz a
emissão de poluentes do ar em 74%.31
Sendo a matéria-prima do plástico, o petróleo (energia não renovável), a
reciclagem deste material vai reduzir o consumo da sua matéria-prima.32
Por cada tonelada de vidro reciclado são economizados 1300 kg de areia, para
além da redução das emissões de poluentes não só do ar mas também da água. 33
É exactamente por estas, e por muitas outras razões que é tão importante reciclar
os nossos resíduos!
30
Fonte: http://www.cm-mirandela.pt/index.php?oid=716&id=
Fonte: http://www.cm-mirandela.pt/index.php?oid=716&id=
32
Fonte: http://www.cm-mirandela.pt/index.php?oid=716&id=
33
Fonte: http://www.cm-mirandela.pt/index.php?oid=716&id=
31
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46
Edifícios Sustentáveis
Sistemas de Climatização
O conforto térmico nos nossos lares é muito importante para o nosso bem-estar e
qualidade de vida. E para que consigamos ter essas regalias, a climatização tem que ser
pensada desde o planeamento da habitação.
A qualidade na construção é o primeiro passo para se ter uma casa confortável,
do ponto de vista térmico. Incluir sistemas de climatização passivos no desenho da
habitação, considerar o espaço envolvente, e escolher a melhor orientação, são etapas
fundamentais para se ter um espaço mais confortável, e reduzir a necessidade de
utilização de aparelhos de aquecimento e arrefecimento, reduzindo a factura de energia,
e, consequentemente, a ambiental.
Assim, a utilização de aparelhos/sistemas de aquecimento deve ser considerada
somente quando não se consegue actuar em termos do edifício. Nestes casos, sempre
que possível, deve-se optar pela utilização de sistemas de energias renováveis que já
actuam na climatização da habitação. A análise global da distribuição dos consumos
energéticos do sector doméstico em termos de energia final revela que é consumido:
- 50% na confecção de alimentos e nos aquecimentos das águas sanitárias
- 25% em iluminação e electrodomésticos.
- 25% em aquecimento e arrefecimento.34
Sistemas de Climatização Passivos
Com o aumento das populações e a realidade energética que vivemos, os
sistemas de climatização passivos devem ser cada vez mais uma realidade.
Infelizmente tem-se em consideração formas de obtenção de conforto térmico
apenas através de equipamentos de climatização que consomem muita energia sem se
considerar a hipótese da construção integrada de sistemas de climatização passivos, que
usam técnicas simples de captação de energia renovável, para promover o conforto
térmico em edifícios.
Estes sistemas, quando bem dimensionados, são muito mais económicos do que
qualquer outro sistema que recorra a energia eléctrica ou combustíveis convencionais.
Existem várias formas de captação de energia renovável através de equipamentos, a
diferença é que estes sistemas são integrados no edifício, fazendo parte da sua
arquitectura. E tem como principais vantagens:
Serem elementos de valor arquitectónico, uma vez que são parte integrante da
arquitectura do próprio edifício;
Apresentarem uma solução económica, tendo em conta a utilização posterior do
edifício, poupando em equipamentos de climatização;
Possuírem um maior ciclo de vida, por serem integrados na própria construção.
No entanto, só serão eficazes se forem considerados ainda na fase de projecto, pois o
seu dimensionamento depende directamente da localização e das condições climáticas
Fontes: http://www.eficiencia-energetica.com/html/eee/eee.htm e
http://www.ecocasa.org/projecto1.php
34
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47
Edifícios Sustentáveis
da envolvente. Pelo que, não existem fórmulas nem cálculos generalizados, e as
necessidades de aquecimento/arrefecimento são influenciadas também pelo contexto
cultural e pelos materiais disponíveis localmente.
O Homem já beneficia do clima para obter conforto no interior das suas habitações
desde épocas remotas. Por exemplo, em climas quentes, casas eram construídas junto a
zonas arborizadas, para que beneficiassem de brisas, ou construídas em material de
grande inércia térmica 35 com poucas aberturas para o exterior, para que o calor nunca
chegasse a atravessar as paredes, conservando-se frescas. As chaminés térmicas, por
exemplo, eram muito usadas para arrefecer edifícios: construíam-se altas com o
objectivo de serem aquecidas pelo Sol, formando o ciclo de convecção do ar36. O
conceito moderno de arrefecimento passivo é baseado neste método, mas com mais
conhecimento e materiais mais adequados.
Estes sistemas são dimensionados para aquecimento, arrefecimento ou ambos em
simultâneo e haverá sempre a preocupação de, depois de ser atingida a temperatura de
conforto, esta ser mantida, sendo imprescindíveis regras de boa prática na construção.
No que respeita ao aquecimento passivo, estes sistemas tiram partido na maioria
dos casos da maior fonte de energia, que temos ainda gratuita, o sol, embora haja
técnicas de aquecimento passivo por outras vias.
No arrefecimento passivo, os sistemas são mais diversificados, recorrendo a
maior parte das vezes à água, vento ou ar. Contudo o maior segredo em técnicas de
arrefecimento ainda é o de impedir o aquecimento através do sol.
Assim, o dimensionamento destes sistemas, está directamente dependente de:
Local:
Orientação;
Vegetação existente.
Características arquitectónicas:
Exposição solar;
Relação massa/volume;
Protecções exteriores ao vão (janela);
Sombras;
Palas de sombreamento.
Características da construção:
Isolamento de caixilharias;
Tipo de vidro nas janelas;
Massa térmica do material de construção;
Textura dos acabamentos.37
A inércia térmica de um material é a sua capacidade em conservar a temperatura apesar das variações
da temperatura-ambiente. Quanto maior for a massa do material maior a inércia térmica.
36 No ciclo de convecção, o ar quente ascende e arrasta o ar morno que se encontra no interior do edifício,
35
e assim o ar mais fresco que entra para o edifício por aberturas junto ao chão do lado Norte, vai
circulando, permanecendo a habitação fresca.
37
Fonte: http://www.ecocasa.org/projecto1.php
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48
Edifícios Sustentáveis
1. AQUECIMENTO PASSIVO
1.1 Sistemas de ganho directo
O sistema de ganho directo baseia-se simplesmente
na captação da radiação solar para o interior do espaço
habitado através dos vãos envidraçados (janelas).38
Dado que a propriedade do ar em absorver a Figura 1 – Esquema de sistema de
energia solar é praticamente nula, a envolvente do espaço ganho directo
interior (paredes e pavimento) deve ser constituída por materiais compactos (betão,
tijolo maciço) com grande capacidade de armazenamento térmico e cujas superfícies
devem ter um elevado poder de absorção de radiação solar (tons escuros e mate,
principalmente para o pavimento). Só assim se consegue que depois do pôr-do-sol a
matéria comece a emanar o calor armazenado e que se faça principalmente por
convecção natural. Esta energia libertada é de onda larga e frente à qual o vidro se
comporta como um corpo opaco. Desta forma, o vidro comporta-se como a comporta de
uma trama de calor, pois permite a entrada da energia mas não a sua saída.
A janela é um elemento fundamental no contributo da energia solar para o
aquecimento do ambiente de conforto, sendo a sua orientação a Sul e o seu correcto
dimensionamento factores decisivos para a sua eficácia, principalmente no Inverno.
Um sistema de ganho directo, só é coerente quando dele fazem parte integrante o
isolamento térmico nocturno pelo lado exterior do vão (portadas ou estores), os
sombreadores de uso sazonal e os mecanismos de ventilação natural, sem os quais não
poderá ser garantido o controlo sobre o seu balanço térmico.
O dimensionamento das janelas de um compartimento deve considerar também
o factor da iluminação natural, de forma a se evitarem altos custos de iluminação
artificial, que muitas vezes são francamente desnecessários.
Este sistema ter um custo relativamente baixo, visto que, de uma forma geral, se
limita simplesmente a um adequado dimensionamento dos vãos envidraçados, sendo
os ganhos conseguidos, na maior parte dos casos, largamente compensadores.
1.2 Sistemas de ganho indirecto
A captação directa de energia tem como principal inconveniente a dependência
absoluta das horas do sol, pelo que houve necessidade de criar um sistema acumulador
de energia, desenvolvendo-se assim o sistema de ganho indirecto.
Neste tipo de sistema, a captação realiza-se através de um elemento que actua
como acumulador de calor. A partir deste elemento o calor é cedido ao interior por
convecção e condução, pelo que gera, devido à inércia térmica, um retardo na
transmissão e uma amortização na oscilação das temperaturas.
Assim, contrariamente ao que se verifica nos sistemas de ganho directo, as
propriedades de armazenamento e de inércia térmica das paredes solares não só
impedem sobreaquecimento em dias de forte insolação, como possibilitam
temperaturas amenas em eventuais dias de fraca radiação. Estas paredes são, pois,
38
Fonte e figura retirada de: http://www.ecocasa.org/projecto1.php
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49
Edifícios Sustentáveis
particularmente aconselháveis em climas e zonas com elevada percentagem da radiação
directa na estação fria.
Há vários tipos de paredes acumuladoras térmicas, embora a mais conhecida seja
a parede de Trombe39, que é basicamente uma pequena ‚estufa‛ constituída por um
vidro exterior orientado a Sul, uma caixa-de-ar e um muro de grande espessura e
densidade, frequentemente de betão, embora também se fabrique em tijolo. A função do
conjunto é a captação e acumulação da energia captada pela irradiação solar.
O seu funcionamento é o seguinte: A radiação solar de onda curta atravessa o
vidro e aquece o muro, produzindo-se o chamado ‚efeito de estufa‛ quando a radiação
de onda larga emitida pelo muro não pode voltar a atravessar o vidro, aquece assim o
ar que há na zona intermédia entre o vidro e a parede. Este espaço suporta grandes
amplitudes térmicas e contribui assim para um ambiente mais ameno no interior do
compartimento. No muro existem dois conjuntos de orifícios, um na parte superior e
outro na parte inferior, de forma que quando o ar aquece, ascende por convecção
natural e, atravessa o muro pelos orifícios. O vazio que se forma na caixa-de-ar aspira,
através dos orifícios inferiores do muro, o ar frio que se encontra no interior do edifício.
A fim de aumentar a sua capacidade de absorção da
radiação solar, a superfície de parede exposta ao sol deve ser
pintada de cor escura ou mate, a sua espessura varia
consoante o material escolhido: 30 a 40 cm para betão e 25 a 35
cm para tijolo maciço, por exemplo. O painel de vidro deve
situar-se entre 10cm e 15cm da parede. 40
Desta forma cria-se o ciclo de convecção que faz entrar
o ar frio do interior do edifício na caixa-de-ar, aquece-o, e volta Figura 2 – Exemplo de ciclo de
convenção
a entrar no interior do edifício, e assim consecutivamente. Mas
parte da energia absorvida pela parede é novamente transmitida por radiação e
convecção para o vidro e deste para o exterior. Contra este efeito, pode-se aplicar do
lado exterior do vidro um estore, que além de prevenir estas perdas térmicas, devendo
para isso ser fechado logo que termine a radiação solar, desactiva a parede de Trombe
no Verão, (conservando-se fechado durante este período).
No entanto, há vários tipos possíveis de parede de acumulação térmica, uma vez
que o objectivo é a acumulação de energia, este elemento acumulador pode ser em
qualquer material que possua massa térmica:
Figura 3 – diferentes tipos de paredes de acumulação térmica
39
40
A Parede de Trombe é assim designada por ter sido desenvolvida em França por Felix Trombe
Fonte e figuras de: http://www.ecocasa.org/projecto1.php
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50
Edifícios Sustentáveis
1.3. Sistemas de ganho isolado
Estes sistemas, cujos princípios térmicos são
uma combinação dos que se verificam nos sistemas de
ganho directo e indirecto, compõem-se de um espaço
fechado coberto de vidro (uma estufa) e de uma massa
acumuladora térmica, geralmente constituída pelo
Figura 4 – Exemplo de sistema de
pavimento e parede adjacente ao compartimento que se
ganho isolado
pretende aquecer. 41
A estufa não só proporciona o ganho de energia proveniente da radiação solar
directa, como também, sobretudo nos dias de céu encoberto, possibilita ganhos
consideráveis provenientes da radiação difusa.
Nos dias frios e de fraca insolação, ou ainda durante a noite, a estufa exerce, em relação
ao compartimento adjacente, a função de zona térmica intermediária, contribuindo
assim para a redução das suas perdas energéticas nestas situações. No entanto é
imprescindível, para se reduzirem as perdas da estufa directamente para o exterior, a
instalação de mecanismos móveis de isolamento nocturno, pelo lado exterior.
A energia solar é transmitida ao espaço adjacente à estufa por condução através
da parede de armazenamento que os separa e ainda por convecção, no caso de existirem
orifícios que permitem a circulação de ar. 42
O calor captado no espaço da estufa pode ser:
Transmitido para o interior do compartimento ou compartimentos
adjacentes; - através da circulação do ar (ganho directo);
Conservado pela massa térmica da parede junta aos compartimentos que
se deseja aquecer, para posterior aquecimento por radiação (ganho
directo).
Esta área de envidraçado a Sul (estufa) deve ser 30% a 90% da área de pavimento
do espaço a aquecer, exigindo sobretudo equilíbrio, sem o qual excessos de temperatura
ou elevadas amplitudes térmicas terão facilmente lugar. A espessura da parede deve ser
semelhante à da parede de Trombe.
O posicionamento correcto da estufa deve ser feito na fachada Sul do edifício,
podendo segundo os casos e conveniências da arquitectura interior, variar do canto
nascente para o canto poente.
Importa frisar que independentemente dos dispositivos de ventilação e
sombreamento para arrefecimento nos dias quentes, deve poder isolar-se a estufa do
resto do edifício sempre que se considere necessário, da mesma forma que esta deve ser
concebida de maneira a ser ‚desactivada‛ na estação quente, para que não se
verifiquem temperaturas excessivas, com todos os inconvenientes daí resultantes.
41
42
Fonte: http://www.ecocasa.org/projecto1.php
Fonte: http://www.eficiencia-energetica.com/html/eee/eee_estrategias.htm
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51
Edifícios Sustentáveis
2. ARREFECIMENTO PASSIVO
A técnica de arrefecimento passiva mais simples e mais eficaz é impedir a
radiação solar de entrar no edifício. O que se consegue através de:
O próprio edifício, projectado prevendo este impedimento;
Construções próximas que possam proporcionar sombreamento;
Vegetação, plantada para o efeito ou existente, como técnicas de sombreamento;
Toldos, palas e estores colocados do lado exterior do vidro. 43
Podem ser usados vários métodos para arrefecer uma habitação, isolados ou
combinados conforme a situação. Tudo depende do local, clima disponível, materiais,
soluções construtivas e custos. É importante considerar estas questões ainda na fase de
projecto, pois num edifício existente, os benefícios destes sistemas são facilmente
constrangidos pelo desenho do próprio edifício, que pode não ser compatível, sem falar
dos custos que estão associados a obras de adaptação.
Apresentam-se de seguida os diferentes sistemas de arrefecimento:
2.1. Sombreamento
Uma das técnicas de arrefecimento passivo mais
eficaz é a de não deixar que o sol penetre nos espaços e os
aqueça, o que se consegue através de palas de
sombreamento, estores pelo lado exterior do edifício,
desenho da própria construção ou ainda através da
vegetação.
Figura 5 – Esquema de
sombreamento
A colocação de palas e estores exteriores deve ser
considerado como um suplemento, quando a vegetação é uma impossibilidade. A
vegetação, por vezes desprezada, é um elemento de extrema importância na
regularização e equilíbrio das condições climáticas extremas, assim como no
estabelecimento de relações de microclima que tendem a uma melhor integração do
homem no meio geográfico.
As árvores sempre que possível devem ser mantidas, proporcionando, não só um
ambiente saudável como também contribuem para o sombreamento e arrefecimento do
ambiente.
2.2. Reflexão solar
As cores utilizadas em fachadas e coberturas têm um papel determinante no que
respeita ao conforto térmico: as cores claras e matizadas têm a vantagem de não
absorver o calor como acontece com cores mais escuras. Mas com a evolução
tecnológica já existem no mercado tintas absorventes e reflectoras independentemente
da sua cor, embora o princípio seja este. Uma fachada de cor branca pode absorver só
25% do calor do sol, enquanto a de cor preta absorve 90%. Com este exemplo pode-se
verificar como uma simples opção de cor pode influenciar muito a quantidade de calor
que entra no edifício. Um outro material determinante na reflexão solar, é o alumínio
colocado com a parte reflectora para o exterior, de modo a reduzir a entrada de calor na
construção. O mesmo se aplica a vidros com corte térmico, tendo como princípio básico
a reflexão de calor solar.
43
Fonte: http://www.ecocasa.org/projecto1.php
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52
Edifícios Sustentáveis
2.3. Isolamento
A função do isolamento é a de manter o conforto térmico no interior de uma
construção. Por um lado não deixa escapar a temperatura atingida no interior do
edifício, por outro lado impede que a temperatura exterior penetre no interior
protegendo o edifício.
Para se conseguir este objectivo, o isolamento deve ser colocado no interior de
uma parede dupla (sempre junto ao pano interior caso exista caixa de ar ou de forma
continuada pelo exterior de todo o edifício).
2.4. Conforto térmico através do pavimento
Existem ainda técnicas de
aquecimento/arrefecimento
passivos através do chão. Sendo a
temperatura à superfície quente nos
dias de Verão, ela permanece a uma
temperaturas
constante
de
aproximadamente 14ºC a uma Figura 6 – Esquema de arrefecimento através do solo, que a uma
profundidade de dois metros, se encontra a 14ºC
profundidade de 2 metros, sendo
mais baixa no Verão que a do exterior e por sua vez mais quente do que a temperatura
exterior no Inverno. Assim é usada para arrefecer no Verão, e para aquecer no Inverno.
No entanto a temperatura da terra varia consoante a profundidade e sofre
algumas oscilações nas estações do ano. Embora o princípio se mantenha, pois será
sempre mais fresca que a do exterior no Verão e mais quente que a do exterior no
Inverno.
2.5. Brisas Refrescantes
Outra das técnicas passivas para arrefecimento é o tirar
partido das brisas do vento.
Provocar correntes de ar entre janelas abertas é uma
óptima forma de arrefecer e renovar o ar interior. Contudo não
vale de nada promover esta circulação de ar se as janelas não
forem protegidas pelo seu exterior, para que não se verifiquem
ganhos solares que ao contrário, aquecem. Até mesmo se Figura 7 – Esquema de uma
corrente de ar
houver pouco ou nenhum vento, o facto de abrir janelas e
deixar entrar o ar já é uma boa técnica de arrefecimento pois promove a circulação de
ar. Aberturas junto ao chão e no alto, provocam o ciclo de convecção, o ar morno sobe
deixando entrar o ar fresco.44
Figura 8 – Ciclo de convecção em que o ar quente sobe e o ar frio entra
44
Fonte e figuras de: http://www.ecocasa.org/projecto1.php
http://www.eficiencia-energetica.com/html/eee/eee_estrategias.htm
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53
Edifícios Sustentáveis
2.6. Arrefecimento através da água
A água é também muito utilizada em
sistemas de arrefecimento passivos. A água pode
ser transportada ou bombeada por radiadores
para proporcionar aquecimento/arrefecimento.
De qualquer modo, qualquer construção
Figura 9 – Esquema de arrefecimento
próxima da água beneficia de brisas frescas
por evaporação
através do processo evaporativo da água e pode
daí tirar partido. Em climas áridos onde a água está disponível, o método evaporativo é
o método indicado para promover conforto em temperaturas muito elevadas.
Sistemas de Climatização Activos
Existe uma grande variedade na oferta de sistemas de climatização,
nomeadamente na área do aquecimento, onde existem muitas opções, desde sistemas
individuais móveis, a sistemas fixos, de aquecimento centralizado ou não.
Em baixo apresentam-se os sistemas que servem para o Aquecimento e/ou
Arrefecimento, bem como as medidas e acções que se deve ter para reduzir a
necessidade destes equipamentos.
A escolha do sistema de aquecimento a ter numa casa, é uma escolha que requer
muita consideração pois vai depender não só das necessidades de aquecimento mas
também muito da real utilização que dele se irá fazer, quer no que se refere em termos
de tempo e das divisões da casa.
O correcto isolamento da casa é fundamental para um rendimento eficiente dos
sistemas de aquecimento. Numa casa cujas paredes e tecto não estejam isolados, ou este
seja deficiente, qualquer que seja o sistema de aquecimento que se tenha, este nunca vai
dar o rendimento nem a poupança desejados.
Dado que existem equipamentos com as
funcionalidades de aquecimento e arrefecimento, coloca-se
a questão das necessidades de aquecimento/arrefecimento
que se tem nas respectivas épocas do ano de forma a
verificar se um sistema com estas duas funcionalidades
será o mais vantajoso ou não. Actualmente o Ar
Condicionado45 já não é o único sistema que tem esta
dupla funcionalidade existindo Pisos Radiantes que têm a
Figura 10 – Exemplo de um sistema
mesma capacidade, com a vantagem de poderem de ar condicionado
funcionar, parcialmente ou totalmente, através de painéis
solares. Existem também outros sistemas que a par de aquecerem a casa também
produzem água quente.
Um factor que condiciona a escolha dos equipamentos é a fonte de energia que
cada consumidor tem à disposição na sua casa. Sendo que praticamente toda a
população tem acesso à electricidade, nem todos têm acesso a uma das formas de
energia mais barata: o gás natural.
45
Figura retirada de: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/ar-condicionado/ar-condicionado.php
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Edifícios Sustentáveis
1. Sistemas Móveis
Estes sistemas são indicados para necessidades de aquecimento localizadas. São
sistemas de fácil mobilidade. 46
Irradiadores a Óleo
São dos equipamentos localizados mais utilizados no aquecimento. A sua
capacidade de aquecimento depende do seu tamanho e potência. Os radiadores de
maior dimensão podem ter até 11 barras, enquanto que os mais pequenos têm somente
5 barras. Normalmente estes equipamentos oferecem pelo menos três níveis de potência
(pela combinação de 2 interruptores), para adequar às necessidades energéticas de cada
altura, sendo normalmente necessária maior potência para uma elevada necessidade de
aquecimento, e depois uma potência mais baixa para manter a temperatura. A
existência de um termostáto no equipamento é muito importante para manter a
temperatura ambiente constante depois de atingir a temperatura seleccionada, fazendo
com que o aparelho desligue quando atinge a temperatura desejada e volte a ligar
quando esta baixa, poupando energia.
Mais recentemente estes equipamentos começam a ter outras funcionalidades, que
contribuem para um maior conforto (a presença de um programador para ligar o
aparelho a uma hora desejada, por exemplo), e permitem funções adicionais (toalheiros
adaptáveis, que permitem secar toalhas sem por em risco o funcionamento do
equipamento).
Irradiadores de Infravermelhos
Este equipamento produz calor intenso muito rapidamente, mas muito localizado.
Assim, o seu uso não é indicado para grandes áreas.
Aquecedores a Gás
A existência de um sistema de segurança é um factor muito importante a
considerar, pois permite que o aparelho se desligue automaticamente se existir uma
concentração excessiva de gases e/ou se a chama se apagar acidentalmente.
A necessidade da botija de gás no seu interior, que torna este equipamento
extremamente pesado, faz com que seja muito importante ter também em atenção a
existência de rodas que permitam uma boa mobilidade, e de pegas.
Convectores
Existem convectores com as funções de fluxo de ar quente e de ar fresco, consoante
as necessidades de climatização. Alguns possuem uma ventoinha que permite espalhar
melhor o ar à saída. A análise do nível de ruído produzido por estes equipamentos é
muito importante. Estes aquecedores podem ser utilizados por longos períodos.
Termoventiladores
Estes aparelhos também possuem a função de fluxo de ar quente e de ar frio.
Aquecem rapidamente o ambiente. É importante que estes aparelhos tenham um
termóstato de segurança para evitar o sobreaquecimento, sendo por isso recomendados
para curtos períodos de tempo. É importante ter ainda em atenção o nível de ruído do
equipamento.
46
Fontes: http://www.ecocasa.org/projecto1.php
http://www.eficiencia-energetica.com/html/eee/eee_estrategias.htm
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Edifícios Sustentáveis
Aquecimento de halogéneo
Estes equipamentos são verticais e possuem um movimento oscilatório para
distribuir o calor. Estes equipamentos têm um consumo relativamente elevado de
energia. Estão equipados com um sistema automático de corte de energia em caso de
acidente.
Braseiras e Escalfetas
Estes equipamentos, devido à sua reduzida potência, são indicados para aquecer
espaços pequenos. Costumam ser utilizados para aquecer os pés.
2. Sistemas Estáticos (podem constituir Sistemas de Aquecimento Central)
A necessidade de depósito do combustível é um factor que é preciso ter em conta
se se escolher um sistema de aquecimento central que funcione a gás, caso não se tenha
acesso a Gás Natural na sua área de residência, ou se o equipamento funcione com
outro gás. Muitas das caldeiras que proporcionam o aquecimento central, também
permitem o aquecimento das águas sanitárias, possibilitando ter duas funções de
conforto num único equipamento, e com um único investimento.
As águas sanitárias podem ser aquecidas directamente47 ou indirectamente48.
2.1 Radiadores
Estes sistemas devem ser montados nas paredes exteriores, normalmente debaixo
das janelas, ou ao seu lado, quando estas são até abaixo, no interior do qual circula água
que é aquecida numa caldeira. Assim, o aquecimento central é constituído basicamente
pelo gerador de calor (a caldeira), os emissores de calor para o ambiente (os radiadores),
o sistema de transporte da energia para os radiadores (que foi transformada na caldeira)
e o sistema de controlo. Estes sistemas, nomeadamente os de alumínio apresentam uma
baixa inércia térmica, comparado com outros sistemas, o que permite ter uma boa
capacidade de regulação.
2.2 Acumulador de calor
Este sistema de aquecimento está projectado para tirar proveito do tarifário bi-horário, em que acumula calor durante o período de vazio, tornando-se mais económico
para o utilizador e retirando necessidades de energia às horas de maior consumo de
electricidade. Não precisa de pré-instalação, ligando-se a uma tomada de uso geral.
Existem acumuladores estáticos e dinâmicos:
- Os acumuladores estáticos são mais adequados para habitações com necessidades
permanentes de aquecimento, mas sem importantes perdas de calor. Em divisões
em que o controlo exacto da temperatura não é importante (corredor, hall, cozinha,
zonas de passagem) este é o tipo recomendado.
- Os acumuladores dinâmicos possuem uma melhor regulação que os estáticos,
recomendando-se assim este tipo de acumuladores quando se pretende um controlo
mais preciso e rigoroso da temperatura. É recomendado para salas e escritórios.
Estes acumuladores possuem um pequeno ventilador que provoca a movimentação
do ar. Possuem ainda uma resistência auxiliar no caso de necessidade extrema.
directamente, se a água vem directamente da rede de abastecimento para a caldeira
Indirectamente, se a água entra no acumulador, onde é aquecida em contacto com o permutador do acumulador,
nunca entrando em contacto com a água aquecida pela caldeira que se encontra dentro do permutador
47
48
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56
Edifícios Sustentáveis
2.3 Ar Condicionado49
Estes sistemas começaram por ser concebidos para
gerar ar frio, mas actualmente existem muitos modelos que
produzem tanto ar frio como ar quente. Presentemente a
função de desumidificar também está presente na
generalidade dos equipamentos. Na função de aquecimento
é preciso ter em atenção a energia eléctrica consumida para a
quantidade de calor produzido. Os que têm função de
aquecimento são baseados em bombas de calor 50, que têm
por base a transferência de energia calorífica de um meio
Figura 11 – Exemplo de um
sistema de ar condicionado
para outro, arrefecendo-o ou aquecendo-o, visto serem
reversíveis. 51
Estes equipamentos nem sempre fazem uma renovação do ar, apenas o ventilam,
por isso, é essencial a presença de um bom sistema de filtragem para que não se
verifique uma deterioração do ar.
A capacidade calorífica é sempre superior à capacidade frigorífica, esta indica o
coeficiente de rendimento (COP) e traduz a relação entre a energia (térmica) produzida
pelo aparelho e a energia eléctrica absorvida (consumida) para o efeito. Quanto maior
for este valor, mais eficiente será o aparelho, por conseguinte menores custos
operacionais. A grande maioria dos aparelhos tem um valor de COP superior a 3.
No caso de se optar por este tipo de equipamento deve-se ponderar as opções
que se apresentam: um sistema com duas componentes ou só uma, e se se quer um
equipamento móvel (em que é preciso dar atenção ao peso do equipamento) ou não.
2.4 Lareiras
Na escolha de uma lareira 52 os primeiros
pontos a considerar é se pretende uma lareira aberta
ou fechada, e com recuperador de calor ou não.
A presença de um recuperador de calor torna
o uso da lareira mais racional, pois permitem uma
queima controlada da madeira, economizando
matéria-prima e tendo uma irradiação de calor
superior às de queima aberta.
A escolha do material da lareira e do
instalador é de extrema importância.
Figura 12 – Exemplo de lareira com
recuperador de calor
Figura retirada de: http://compremax.net/category/ar-condicionado/
A bomba de calor é um equipamento que transfere o triplo da energia térmica relativamente à energia
eléctrica consumida, tendo, portanto, um rendimento bastante elevado.
51 Fontes: http://www.ecocasa.org/projecto1.php
http://www.edp.pt/EDPI/Internet/PT/Group/Peers/Professionals/Designer_guide/Climatization.htm
52 Figura retirada de: http://www.anunciosgratis.pt/adpics/46f97d656caabd53a40a0e438.jpg
49
50
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Edifícios Sustentáveis
Ordenamento do Território
O conceito de ordenamento do território é muito variado, tendo várias
interpretações. ‚Uma primeira definição, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa
On-line (2005), o ordenamento é o ‘acto de ordenar; ordenação; de um território: estudo
profundo e detalhado de um território (país, região, etc.) para conhecer todas as suas
características e que constituirá a base para a elaboração de um plano cuja finalidade é a
utilização racional desse território, ou seja, o aproveitamento das potencialidades, a
maximização da produção a par com a protecção do ambiente, visando o
desenvolvimento sócio-económico e a melhoria da qualidade de vida.’ 53
Segundo um dicionário de geografia ‘corresponde, na maior parte dos casos à
vontade de corrigir os desequilíbrios de um espaço nacional ou regional e constitui um
dos principais campos de intervenção da Geografia aplicada. Pressupõe por um lado,
uma percepção e uma concepção de conjunto de um território e, por outro lado, uma
análise prospectiva.’ 54
Mais especificamente o Dictionaire de l’urbanisme et de l’aménagement
(Dicionário do urbanismo e do ordenamento), define que o ordenamento do território ‘é
a acção e a prática (mais do que a ciência, a técnica ou a arte) de dispor com ordem,
através do espaço de um país e com uma visão prospectiva, os homens e as suas
actividades, os equipamentos e os meios de comunicação que eles podem utilizar, tendo
em conta os constrangimentos naturais, humanos e económicos, ou mesmo estratégicos.
(...) Todas as definições insistem no carácter voluntarista, mas também na sua dimensão
prospectiva: será perigoso separar a planificação no espaço da planificação do tempo
que será estritamente económica.’ 55
Um dos vários documentos oficias sobre este tema, a carta europeia sobre o
ordenamento do território, diz o seguinte, o ordenamento do território ‘é a tradução
espacial das políticas económica, social, cultural e ecológica da sociedade. (...) É,
simultaneamente, uma disciplina científica, uma técnica administrativa e uma política
que se desenvolve numa perspectiva interdisciplinar e integrada tendente ao
desenvolvimento equilibrado das regiões e à organização física do espaço segundo uma
estratégia de conjunto. (...)
Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa 0n-Line (2005)
Fonte: Baud, Bourgeat e Bras, 1999, p.262
55 Fonte: Merlin e Choay, 2000, p.38
53
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Edifícios Sustentáveis
O ordenamento do território deve ter em consideração a existência de múltiplos
poderes de decisão, individuais e institucionais que influenciam a organização do
espaço, o carácter aleatório de todo o estudo prospectivo, os constrangimentos do
mercado, as particularidades dos sistemas administrativos, a diversidade das condições
socioeconómicas e ambientais. Deve, no entanto, procurar conciliar estes factores da
forma mais harmoniosa possível.’56‛57
Pois bem, estas várias definições fazem uma boa abordagem do tema, mas todas
elas têm em comum alguns pontos, entre eles, o facto de o ordenamento do território
visa ordenar um território seja ele um país ou uma região, o aproveitamento das
potencialidades com uma visão prospectiva dos equipamentos e meios de comunicação
e actividades humanas, tendo em conta os constrangimentos naturais, económicos ou
estratégicos.
É importante perceber então que ordenamento do território é,
‚fundamentalmente, a gestão da interacção homem/espaço natural.‛58
E quem faz essa gestão?
Essa gestão é feita por políticas internas do país. No caso de Portugal, essa gestão
é tutelada pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do
Desenvolvimento Regional.
Então ordenamento do território é uma ferramenta essencial para uma boa
conduta urbanista, que tende reordenar e requalificar zonas urbanas degradadas, bem
como assegurar os recursos históricos ainda presentes, sem que estes sejam dissolvidos
pelas crescentes metrópoles. É importante não esquecer que os estudos feitos e os
planos municipais de ordenamento do território tem que ser prospectivos e ‚assegurar
uma melhoria das árias urbanas já existentes e ao estabelecimento da perspectiva
funcional, técnica, estética e ambiental, integrando todas as componentes - espaços
verdes, acessibilidades e equipamentos sociais‛59. Pequenos factores, como por exemplo
as urbanizações terem em conta a posição do sol, para estarem mais expostas a luz
natural, já são um grande avanço para gasto energético mais reduzido.
Estes são claramente pontos chaves para um bom ordenamento territorial.
Fonte: Conselho da Europa, 1988, p.9 e 10
Fonte: http://panda.igeo.pt/beot/html/indicadores/estado_arte_ot.pdf p. 1 e 2
58 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordenamento_do_Territ%C3%B3rio
59 Fonte: http://www.cmodivelas.pt/CamaraMunicipal/ServicosEquipamentos/GestaoUrbanistica/PlaneamentoUrbanistico.htm
56
57
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Edifícios Sustentáveis
Soluções Construtivas / Materiais de construção
A eficiência energética dos edifícios começa no seu planeamento e construção.
As soluções construtivas e materiais utilizados em cada caso são responsáveis
pela eficiência energética dos edifícios. 60 Se o projecto do edifício for criado de modo a
tirar proveito das condições climáticas, da orientação solar, dos ventos dominantes e se
forem utilizadas técnicas de construção e materiais adequados, é possível diminuir os
gastos energéticos com a iluminação ou os sistemas de climatização. 61
PAREDE EXTERIOR DUPLA
Trata-se de um sistema construtivo tradicional e muito divulgado, possibilitando
a utilização de vários materiais na alvenaria que compõem os acabamentos interior e
exterior. Neste sistema, entre os panos deverá existir uma caixa-de-ar, podendo esta
estar desimpedida ou parcialmente preenchida com um isolante térmico. No caso de
existir isolamento térmico este deverá ficar sempre junto ao acabamento interior da
parede, para melhor a proteger do ambiente interior da habitação. As regras de boa arte
impõem que a caixa-de-ar deve possuir na sua base uma caleira com declive suficiente
para encaminhar a água para um sistema de drenagem assim como aberturas para
arejamento. Em relação aos revestimentos, o exterior deverá ser impermeável mas
bastante permeável ao vapor de água, para evitar a condensações no interior da parede.
É de referir o especial cuidado a ter nos pontos onde a transmissão térmica é
facilitada (pontes térmicas), pontos esses que, principalmente no Inverno ficam mais
frios e onde surgem condensações e as complicações associadas. Para tal, deverá ser
previsto ainda na fase de projecto um isolamento pelo exterior dos pilares, vigas e lajes.
A este isolamento dá-se geralmente o nome de "forra térmica".
60
61
Fonte: http://www.ecocasa.org/projecto2.php
Fonte: Guia Prático da Eficiência Energética, EDP
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60
Edifícios Sustentáveis
PAREDE EXTERIOR SIMPLES
De um modo geral, os sistemas de parede exterior simples (de um só pano) são
constituídos por uma camada de isolamento térmico aplicada sobre o suporte e um
revestimento exterior armado para protecção do isolamento das solicitações climáticas e
mecânicas.
Para fazer face às crescentes exigências de conforto higrotérmico, que estão
intimamente associadas às preocupações com o consumo de energia e protecção
ambiental, é necessário isolar termicamente a envolvente dos edifícios, de modo a
minimizar as trocas de calor com o exterior. Um sistema de parede exterior simples com
isolamento pelo exterior diminui o risco de ocorrência de condensações, tratando de
modo definitivo a questão das pontes térmicas. Estes sistemas constituem uma
excelente solução, tanto do ponto de vista energético como do ponto de vista
construtivo e poderão constituir uma opção preferencial nos casos de edifícios que
tenham uma ocupação permanente, uma vez que a grande inércia térmica destas
paredes contribui para um melhor equilíbrio térmico interior.
COBERTURA INCLINADA
As exigências de desempenho mais correntes das coberturas referem-se
basicamente ao conforto térmico e à estanquidade. De forma a preservar as coberturas a
longo prazo a solução terá de ser eficiente perante as acções mecânicas, da temperatura,
radiação solar e da água. No caso das coberturas inclinadas a estanquidade é garantida
pelo revestimento e pela própria inclinação.
Para se garantir o isolamento térmico pode usar-se uma vasta gama de materiais,
sendo também várias as posições onde estes elementos podem ser colocados: sob o
revestimento (telhas, placas, etc.), sob a estrutura de suporte (asnas de madeira,
estruturas metálicas) ou mesmo sobre a laje de esteira (laje do topo de um edifício) se
esta existir. São várias as escolhas que o mercado presentemente apresenta para cada
elemento que compõe uma cobertura inclinada, sendo igualmente uma área em
constante evolução.
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Edifícios Sustentáveis
TERRAÇO (COBERTURA VISITÁVEL)
Os terraços caracterizam-se por serem normalmente coberturas visitáveis e devem
ser constituídas no mínimo por 5 elementos: laje estrutural, camada de forma, isolamento
térmico, impermeabilização e camada de protecção. A solução de cobertura é normalmente
definida pela sequência de posicionamento da camada de isolamento térmico que pode ser
disposta ou executada, relativamente às restantes camadas da cobertura em terraço, em três
zonas distintas. A solução mais comum consiste na aplicação do isolamento térmico em
camada intermédia como suporte de impermeabilização, ou ainda, embora menos usual,
como suporte de uma camada de forma.
Outra solução, resulta da aplicação do isolamento térmico pela face inferior da
estrutura resistente, quer em tectos falsos, quer como camada ou revestimento aderente a
essa estrutura.
A camada de protecção deverá ser escolhida em função da acessibilidade prevista
para a cobertura.
TERRAÇO AJARDINADO
É uma cobertura especial, podendo ser considerado um caso específico de
coberturas em terraços, a necessidade de utilizar técnicas e materiais específicos obriga a
uma abordagem separada. Devido à molhagem frequente da terra vegetal colocada no
topo, especial atenção deverá ser dada à impermeabilização deste tipo de terraços. A
camada drenante deverá ser coberta por uma camada filtrante que retenha os finos da
terra vegetal mas que seja permeável à água.
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Edifícios Sustentáveis
LAJE DE PAVIMENTO EM PAREDE SIMPLES
A laje de um pavimento, para além de ter a função óbvia de dividir em altura o
espaço ocupado, tem de suportar as cargas inerentes à utilização diária do edifício e
permitir a sua utilização com conforto. A função de suporte está unicamente entregue à
estrutura de suporte, podendo ser desempenhada por uma grande variedade de soluções
construtivas. Indispensável é a existência de um revestimento, para proteger o suporte e
atribuir a cor e textura pretendidas.
Para complementar uma laje de pavimento pode-se incorporar isolamentos
térmicos e acústicos, sistemas de aquecimento pelo solo e revestimentos inferiores da laje.
Em paredes simples, com isolamento pelo exterior o risco de pontes térmicas na
ligação entre a laje e a parede é nulo, se o isolamento for aplicado de forma contínua ao
longo de toda a parede exterior do edifício.
LAJE DE PAVIMENTO EM PAREDE DUPLA
A laje de um pavimento, para além de ter a função de dividir em altura o espaço
ocupado, tem de suportar as cargas subjacentes à utilização diária do edifício e permitir a
sua utilização com conforto. A função de suporte está unicamente entregue à estrutura de
suporte, podendo ser desempenhada por uma grande variedade de soluções construtivas.
Indispensável é a existência de um revestimento, para proteger o suporte e atribuir a cor e
textura pretendidas.
Para complementar uma laje de pavimento pode-se incorporar isolamentos
térmicos e acústicos, sistemas de aquecimento pelo solo e revestimentos inferiores da laje.
No caso da laje de pavimento ser incorporada em parede dupla, deve ter-se em
consideração o isolamento da mesma através das chamadas forras térmicas, para prevenir
as pontes térmicas na ligação entre a laje e a parede.
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Edifícios Sustentáveis
LAJE DE COBERTURA (COBERTURA NÃO VISITÁVEL)
As coberturas não visitáveis enquadram-se nas classes das coberturas em terraço. As
coberturas não visitáveis ou, preferencialmente, de acessibilidade limitada são aquelas em
que, pela sua dificuldade de acesso, natural ou propositadamente criada, apenas é
permitida a circulação ou permanência de pessoas para a realização de trabalhos de
manutenção ou de reparação. As zonas de circulação temporária devem no entanto
merecer cuidados especiais, nomeadamente através da criação de caminhos de circulação,
que protejam o revestimento de impermeabilização das acções não previstas na
generalidade da sua superfície corrente.
Este tipo de coberturas, como caso especifico de coberturas em terraço, são em tudo
semelhantes às mesmas. São caracterizadas por se desenvolverem num plano horizontal
constituído no mínimo por 5 elementos: laje estrutural, camada de forma, isolamento
térmico, impermeabilização e camada de protecção. A camada de protecção deverá ser
pesada, uma vez que se trata de uma cobertura não visitável. Terá de ser revestida por
elementos de impermeabilização e drenagem. Estes elementos são importantes para que
sejam garantidos níveis adequados de durabilidade, assim como exigências de segurança,
aptidão ao uso, entre outras.
O isolamento térmico é imprescindível para que se consiga reduzir as perdas de
calor do edifício pela cobertura.
LAJE AO NÍVEL DO SOLO
Contrapondo com uma laje de pavimento, uma laje ao nível do solo tem a
particularidade de estar na sua totalidade em contacto com o terreno, tendo por isso de ser
incorporados na sua composição, elementos impermeabilizantes e drenantes.
Por estar toda ela assente sobre o solo, as solicitações estruturais são menores que as
requeridas numa laje de pavimento, uma vez que as cargas são directamente transmitidas
para solo e não para a estrutura. Em termos térmicos, há que ter especial cuidado, já que o
isolamento térmico do piso é imprescindível para que se consiga uma utilização
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Edifícios Sustentáveis
confortável dos espaços e reduzir as perdas de calor do edifício pelo solo.
CAIXA DE ESTORE EM PAREDE SIMPLES
A caixa é o espaço horizontal ou vertical destinado a conter os elementos de
manobra, de suspensão ou movimento das janelas, ou dos seus equipamentos
complementares, neste caso os estores.
No caso da caixa de estore ser instalada numa parede de um só pano, com
isolamento pelo exterior, este deve ser contínuo, isolando também a caixa de estore pelo
se lado exterior e rematado por uma cantoneira. Estes pormenores de isolamento serão
tanto mais eficazes quanto mais de início forem tidos em consideração, isto é, ainda na
fase de projecto.
CAIXA DE ESTORE EM PAREDE DUPLA
A caixa é o espaço horizontal ou vertical destinado a conter os elementos de
manobra, de suspensão ou movimento das janelas, ou dos seus equipamentos
complementares, neste caso os estores.
Para obter o máximo efeito de isolamento térmico é necessário eliminar as pontes
térmicas, ou seja, deve se isolar térmicamente também as vigas, pilares e caixas de estore.
Tal torna-se mais fácil, se estes pormenores do isolamento forem previstos desde a altura
do projecto do edifício. No caso de paredes duplas deve existir a chamada forra térmica e
impermeabilização junto da caixa de estore.
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Edifícios Sustentáveis
PAREDE DE TROMBE
Um dos sistemas solares de captação passiva mais utilizado é a chamada "Parede
de Trombe", desenvolvida em França por Félix Trombe. Esta parede, que é basicamente
uma diminuta "estufa", é constituída por um vidro exterior orientado a Sul, uma caixade-ar e um muro de grande inércia térmica, (normalmente em betão, pedra, ou tijolo
maciço). A função do conjunto é a captação e acumulação da energia captada pela
irradiação solar. O seu funcionamento é o seguinte:
A radiação solar de onda curta atravessa o vidro e aquece o muro, produzindo-se
o chamado "efeito de estufa". Quando a radiação de onda larga emitida pelo muro não
pode voltar a atravessar o vidro, aquece o ar que há na caixa-de-ar e assim o muro vai
acumulando calor que, sem outra alternativa, liberta-o para o interior da habitação.
Melhor dizendo:
O efeito directo da parede de Trombe coincide com os momentos de incidência da
radiação solar, que acaba no momento em que a radiação deixa de aquecer o ar da dita
caixa-de-ar. É nesta fase que importa frisar a necessidade da inércia térmica do muro.
Quando recebe radiação solar o muro vai acumulando energia que, ao fim de um certo
tempo, acaba por atravessar o muro e aflorar no interior do edifício, aquecendo-o por
convecção e transmissão, pelo que gera, devida à inércia térmica, um retardo na
transmissão e uma amortização na oscilação das temperaturas. Para optimizar este
duplo funcionamento da parede de Trombe, convém dimensionar o muro para que este
segundo fenómeno se inicie precisamente ao findar o primeiro, isto é ao cair da noite:
assim, dado que a energia começa a atravessar o muro no momento em que começa a
receber radiação solar, o desfazer da onda térmica é calculado segundo o número de
horas que demora o calor a atravessar o muro, que deve coincidir com o número de
horas de exposição ao sol da parede.
A parede de trombe não dispensa uma protecção solar pelo exterior, para que este
sistema só produza calor quando é necessário. Uma pala de protecção sobre o vidro e
correctamente dimensionada resolve esta questão: no Inverno produz-se uma grande
captação de energia porque o sol incide muito horizontalmente (aprox. 26º). No Verão, o
sol incide muito verticalmente (aprox. 73º), pelo que a pala impede a radiação solar de
atingir o vidro, ficando a parede inactiva.
Pode também ser colocado um estore, que permanece aberto no Inverno e
fechado no Verão, sempre colocado pelo lado exterior do vidro.
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Edifícios Sustentáveis
Balanço do 1º Período
Ao longo deste período houve aspectos positivos e negativos na realização do
nosso trabalho.
Em relação aos aspectos negativos, achamos que demos demasiada importância
ao blogue, negligenciando o projecto em si. Mesmo assim, o blogue não cumpriu os
objectivos pretendidos de irmos descrevendo o nosso trabalho ao longo das semanas;
utilizámos mais o blogue para colocar posts de curiosidades relacionadas com o nosso
tema.
Não fizemos uma boa planificação e calendarização logo no início, o que se
deveu também, em parte, ao facto de termos demorado um certo tempo até decidir em
concreto o espaço em que íamos intervir.
Por outro lado, houve também bastantes aspectos positivos. Estamos muito
satisfeitos com a escolha do tema final e conseguimos cumprir a maioria dos objectivos
delineados.
O blogue ficou bastante bom a nível gráfico e teve uma grande popularidade,
devido à sua estrutura/organização e aos seus posts interessantes.
Comparecemos, também, a várias conferências e exposições que nos auxiliaram no
desenvolvimento teórico do projecto e nos deram uma melhor visão do contexto actual
em que o nosso tema se enquadra.
Por tudo isto, consideramos que o balanço final do 1º período é positivo e
estamos bastante empenhados em continuar o projecto e melhorar os pontos negativos,
para que nos próximos períodos o nosso trabalho fique ainda melhor.
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