a historia da caricatura no brasil
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a historia da caricatura no brasil
A HISTORIA DA CARICATURA NO BRASIL Arte – Profº Geder – 1ª Série Ensino Médio (2014) CARICATURA Desenho de personagem da vida real (políticos, artistas). CARICARE: italiano que significa "carregar", "acentuar", no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção. Inicio - considerada mero divertimento. Tornou-se importante atividade artística. Constitui um gênero de cunho satírico, mas não obrigatoriamente cômico. Reprodução gráfica: - uma pessoa / animal / cena ou episódio exagerando-se certos aspectos com intenção satírica ou crítica. Primeiro exemplar Annibale Carracci: um casal de cantores italianos, feito em 1600 (hoje no museu de Estocolmo). Termo Caricatura 1646 - utilizado pela primeira vez para designar desenhos satíricos de Agostino Carracci (focalizava tipos populares de Bolonha). já fazia parte do jargão artístico. arte independente - fruto da Renascença. 1ª CARICATURA: Annibale Carracci CARICATURA NO BRASIL Manuel de Araújo Porto Alegre Publicou primeira caricatura, anonimamente, no Jornal do Comércio (14 – dezembro – 1837) Sátira ao jornalista Justiniano José da Rocha, inimigo do artista. Na primeira caricatura, Porto Alegre apresentou Justiniano José da Rocha, diretor do Jornal Correio Oficial, ligado ao governo, recebendo um saco de dinheiro Lanterna Mágica - primeiro jornal a imprimir caricaturas no Rio de Janeiro (1844 e 1845); Rafael Mendes de Carvalho - mais notável caricaturista da época; Metade do século XIX: Caricaturas (na maior parte POLÍTICAS) – surgem no Rio de Janeiro anonimamente , quase todas litografadas em estabelecimentos como o de Frederico Guilherme Briggs. Escada formada pelo povo e um candidato a subir por ela à cadeira do poder, outra um sujeito já no topo da escada a dar pontapé no que ajudou a subir. Ao lado de tais caricaturas soltas, vendidas separadamente em papelarias, surgem publicações como “O Caricaturista”. Publicações mais importantes: - (1849) Marmota Fluminense - (1862)Charivari Nacional - (1868) Vida Fluminense: Colaboraria desde o primeiro número Ângelo Agostini (um dos maiores caricaturistas brasileiros do século XIX). Ângelo Agostini Ângelo Agostini Ângelo Agostini 1875 - pintor português Rafael Bordalo Pinheiro fixa-se no Rio e passa a colaborar com caricaturas em “O Mosquito” e em outras publicações do gênero. - Pedro Américo - publicou caricaturas na imprensa carioca. 1876 - Ângelo Agostini Agostini publicou o primeiro número da Revista Ilustrada, a que Joaquim Nabuco chamaria, anos depois, "Bíblia da Abolição dos que não sabem ler", tal o empenho com que se lançou em prol da emancipação dos escravos no Brasil. 1900 – Nova fase da história da caricatura – Fundação da Revista da Semana (Álvaro de Tefé) – volta da europa com novos processos técnicos de impressão: fotogravura. – Surgem no Rio de Janeiro três grandes caricaturistas: • Raul Pederneiras (Raul); • Calixto Cordeiro (K. Lixto); • J. Carlos. Os primeiros caricaturistas verdadeiramente brasileiros. – Novos jornais e revistas: Possibilitando o amplo desenvolvimento à caricatura de cunho social e político. Raul Perdeneira Calixto Cordeiro (K. Lixto) J. Carlos mais completo caricaturista brasileiro dessa fase: - portrait-charge - sátira política - ilustração à crítica social. SÃO PAULO: destaca-se Voltolino. 1930 - Surgem na imprensa novos caricaturistas: • Andrés Guevara, paraguaio • Enrique Figueroa, mexicano • Alvarus (Álvaro Cotrim) • Mendez (Mário Mendes). Andrés Guevara Alvaro Cotrin (Alvarus) - Einsten Alvaro Cotrin (Alvarus) – Rubem Braga Mendez (Mário Mendes) AINDA 1930 - alguns dos mais importantes caricaturistas: • Max Yantok, cujo traço era arrojado para a época; • Antônio Gabriel Nássara, de traço bastante sintético; • Gil; • Alfredo Storni; • Vasco Lima; • Seth (Álvaro Marins); • Luís Peixoto; • Emiliano Di Cavalcanti; • Ramos Lobão; • Emílio Cardoso Aires; • Fritz (Anísio Oscar Mota); • Rian (Nair de Teffé), a primeira mulher caricaturista do Brasil. Max Yantok Antônio Gabriel Nássara Alfredo Storni Seth (Álvaro Marins) Emiliano Di Cavalcanti Emilio Cardoso Ayres Fritz (Anísio Oscar Mota) Rian (Nair de Teffé) 1937 A caricatura política declinou - implantação do Estado Novo: instauração da censura prévia. Segunda Guerra Mundial: Deu ensejo a sátiras notáveis contra os regimes totalitários: J. Carlos. Belmonte (Benedito Barreto), criador do Juca Pato. Téo (Djalma Ferreira). Andrès Guevara. Augusto Rodrigues. Final de 1940 e início de 1950 Hilde Weber na charge política. Péricles de Andrade Maranhão, criador da figura do Amigo da Onça, Carlos Estêvão (humor popular). Cidadão da classe média massacrado pelos políticos, pelas autoridades, sofrendo os problemas urbanos e os serviços públicos, principalmente a Ligth (falta de bondes, de iluminação, buracos nas ruas, contas de luz absurdas). Tornou-se um símbolo do homem comum que não se conformava com os que queriam espezinhá-lo. Juca representava o cidadão comum, trabalhador, honesto, pagador de impostos, perplexo, irritado e às vezes pasmo contra os desmandos do custo de vida, da burocracia, da corrupção política e da exploração do povo. JUCA PATO: personagem de Belmonte (Benedito Barreto) Satírico, irônico e crítico de costume. Aparecia desmascarando seus interlocutores ou colocando em situações embaraçosas. AMIGO DA ONÇA: personagem de Péricles de Andrade Maranhão Anos 50: Sobressai humorista Millôr Fernandes, que abriu caminho para o aparecimento, nos anos 60 e 70, de caricaturistas: • Ziraldo (Ziraldo Alves Pinto), • Borjalo (Mauro Borja Lopes), • Fortuna (Reginaldo Azevedo), • Jaguar (Sérgio Jaguaribe), • Claudius (Claudius Ceccon), • Appe (Amilde Pedrosa), • Lan (Franco Vaselli) • Henfil (Henrique Souza Filho). Ziraldo Borjalo Fortuna Jaguar Claudius Appe Lan Henfil Década de 90 Luís Fernando Veríssimo Chico Caruso Miguel Paiva ATUALMENTE Usada como entretenimento - caricatura ao vivo, onde dispõe do profissional realizar na hora a caricatura de determinada pessoa. - Neste tipo de trabalho se destaca, entre outros, o artista Manohead. Caricaturas Digitais - Manohead Caricaturas Tradicionais - Manohead Caricaturas ao vivo - Manohead OUTROS ARTISTAS Renda financeira: lembrança de casamento, convite de casamento, eventos, etc. Homenagens póstumas POLÍTICAS Platão Aristóteles