INSTRUÇÕES PARA PUBLICAÇÃO NOS ANAIS DO
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INSTRUÇÕES PARA PUBLICAÇÃO NOS ANAIS DO
8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação 18 a 22 de maio de 2015, Salvador, Bahia, Brasil Copyright © 2015 ABCM INFLUÊNCIA DA FADIGA NA RESISTÊNCIA MÊCANICA DE PONTOS DE SOLDA DE UMA LONGARINA AUTOMOTIVA SUBMETIDA A IMPACTO Thayla Aparecida Rigo Recla, [email protected](1) Diogo Antônio de Sousa, [email protected] (1, 2) Alexandre Queiroz Bracarense, [email protected] (2) 1 Universidade Federal de Ouro Preto, Rua Diogo Vasconcelos, 328, Pilar, Ouro Preto, MG Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Presidente Antônio Carlos, 6627, Pampulha, Belo Horizonte, MG 2 Resumo: O presente trabalho apresenta um estudo acerta da influência que a fadiga provocada por vibrações do motor, vibrações ocasionadas pelo pavimento, alterações de temperatura, entre outras tensões suportadas pelos pontos de solda de uma longarina automotiva, componente estrutural responsável por absorver energia caso o automóvel seja submetido a uma colisão frontal, pode provocar na sua resistência mecânica ao impacto. Para tanto, foi realizada pesquisa bibliográfica acerca dos conceitos de fadiga, impacto, ensaios mecânicos e o processo de soldagem a ponto por resistência elétrica. A metodologia adotada é de natureza quantitativa, sendo classificada como exploratória, bibliográfica e estudo de caso. Para isso, corpos de prova foram devidamente retirados de quatro longarinas automotivas, sendo duas de dois carros modelo Strada fabricados no ano de 2013 e 2005 e outras duas de dois carros modelo Uno Mille fabricado no ano de 2008 e 2000. Com a diferença da idade de fabricação e quilometragem entre os carros foi possível realizar uma comparação efetiva entre a resistência mecânica ao impacto que ambas podem resistir. Os ensaios foram realizados em máquinas de ensaio de impacto, em corpos de prova devidamente fabricados para a operação. Por meio de análise dos resultados obtidos verificou-se, como previsto, que o envelhecimento da estrutura provoca uma perda na resistência mecânica ao impacto das longarinas. Desta forma, este trabalho pode ser de grande valor para as montadoras de automóveis, pois chama a atenção para a importância do melhoramento constante das estruturas veiculares, e consequentemente o melhoramento da segurança veicular. Palavras-chave: Ensaio de Impacto, Fadiga, Soldagem a ponto, Segurança Veicular. 1. INTRODUÇÃO Desde a sua primeira aparição, o automóvel se tornou um bem de consumo cada vez mais comum. Hoje, grande parte do transporte realizado por pessoas e para o carregamento de cargas é efetuado por meio de um veículo automotivo (CEVIS BRASIL, 2013). Porém, segundo Bertocchi (2005) o número de mortes devido a acidentes de trânsito em um século de existência do automóvel superou os 30 milhões. Bertocchi (2005) lembra ainda que, na cidade de São Paulo havia, no final do século XX (1997), 4.680.000 veículos para uma população de 9.878.424 habitantes, ou seja, praticamente um veículo para cada dois habitantes. Nesse mesmo ano ocorreu um acidente registrado a cada 2,6 minutos, sendo que, um ocupante de veículo morto a cada 9,4 horas e um ocupante de veículo ferido a cada 15,7 minutos. Devido aos altos números de acidentes, se fez necessário o estudo da segurança passiva dos veículos automotivos, área esta que estuda equipados com dispositivos e sistemas que, mesmo sem a vontade dos usuários, trabalham de forma a amortizar as implicações ocasionadas pelas colisões (Barnet, Clough, 1999). Os principais componentes da segurança passiva são os cintos de segurança, air-bags, estrutura veicular e componentes de interiores (bancos, painéis e revestimentos). O objeto de estudo que será abordado neste trabalho diz respeito à estrutura veicular a qual é responsável por absorver grande parte da energia quando esta é submetida a uma colisão. A estrutura de um veículo é composta de chapas conformadas são unidas pelo processo de soldagem a ponto por resistência elétrica (Marques, Modenesi, Bracarense, 2007). Uma variável importante que pode influenciar o desempenho da estrutura é a fadiga, pois com o uso do veículo sugerisse que haja uma degradação da estrutura e uma perda de desempenho quando comparado com um veículo novo (Vural, Akkus, Ery¨Urek, 2006). Bosh (2005) e Milliken (1995) concordam que, a longarina, Fig. (1), é um importante componente do chassi de um veículo, e que, tal parte estrutural consiste em uma viga de seção transversal variável, sendo suas partes unidas pelo processo de soldagem a ponto por resistência elétrica, montada de forma longitudinal, com função de proporcionar maior rigidez estrutural ao chassi do automóvel e que esta sujeita aos efeitos da fadiga. 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação 18 a 22 de maio de 2015, Salvador, Bahia, Brasil Copyright © 2015 ABCM Figura 1. Longarinas de uma estrutura veicular. Fonte: http://www.team-bhp.com/forum/indian-carscene/61625-tata-nano-crash-tested-july-10-birmingham-passed-ece-r-12-specification-4.html A proposta deste trabalho é medir se a fadiga, gerada pela vibração do motor e oscilações do pavimento, provocam nas soldas a ponto da longarina uma perda gradual da sua capacidade de absorver energia durante uma colisão. Ou seja, se após alguns anos de uso, os resultados da capacidade de absorver energia de impacto do carro obtidos no crash-tests são alterados, reduzindo assim a segurança proposta pelas leis de segurança veicular. Diante do contexto, deseja-se responder a seguinte problemática: qual a influência da fadiga na resistência mecânica de pontos de solda de uma longarina automotiva submetida a impacto? 2. METODOLOGIA Tendo em vista que a longarina é um importante componente estrutural e que seu desempenho quando submetida a colisão pode ser influenciado pela fadiga, torna-se relevante a investigação da perda de desempenho em números absolutos. Para que seja possível mensurar as perdas, testes de ensaio de impacto foram realizados sobre os pontos de solda de quatro longarinas distintas. A escolha das longarinas se baseou no pré-requisito do tempo de fabricação dos veículos (não se sabe a quilometragem exata dos veículos, mas é sabido que os veículos mais velhos rodaram pelo menos duas vezes mais que os mais novos). Duas longarinas foram retiradas de veículos do modelo Strada, uma de um veículo fabricado no ano de 2013, e outra de um veículo fabricado no ano de 2005. Outras duas longarinas foram obtidas de veículos do modelo Uno Mille, uma de um veículo fabricado no ano de 2008, e outra de um veículo fabricado no ano de 2000. O lado do veículo onde foram retiradas as longarinas foi o mesmo em todos os carros (esquerdo). A diferença entre os anos de fabricação dos veículos consequentemente provocou uma menor (Strada 2013; Uno Mille 2008) e uma maior (Strada 2005; Uno Mille 2000) exposição das peças a fadiga, sendo assim possível a comparação dos resultados entre ambas. 2.1. Preparação dos Corpos de Prova Os procedimentos para a obtensão dos corpos de prova descritos a seguir foram realizados em todas as longarinas. O primeiro corte foi realizado com o auxilio de uma serra fita, as longarinas dos modelos Strada foram divididas em três parte: corte superior, corte superior dois e corte inferior, conforme Fig. (2a) e (2b). As longarinas modelos do Uno Mille foram cortadas em duas partes: corte superior e corte inferior, como pode ser visto na Fig. (3a) e (3b). Tais divisões permitiram que os resultados obtidos em cada corpo de prova fossem comparados com o corpo de prova equivalente da segunda longarina do mesmo modelo. A Figura (4) ilustra as seções que foram cortadas para confecção dos corpos de prova. O uso de uma esmelhiradeira de corte e de uma serra de mão foi necessário para efetuar os cortes que separaram os corpos de prova das longarinas. Durante a preparação dos corpos de prova, amostras de cada longarina foram retiras e preparadas para a analise em um Espectrômetro de Fluorescência de Raios X por Energia Dispersiva, presente no NanoLab, laboratório do Departamento de Metalurgia da Universidade Federal de Ouro Preto. Tal análise da composição química das longarinas constatou que há somente uma diferença no teor de zinco entre os modelos de Strada, sendo que a Strada 2013 apresenta composição de zinco muito superior à composição apresentada no Strada 2005. E tanto a Strada 2013 e o Uno Mille 2000 apresentaram composição de carbono superior a 0,2%. Apesar dessas diferenças, as longarinas apresentaram composição química bastante similar, neste contexto, é provável que os materiais apresentem comportamento semelhante durante os ensaios. 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação 18 a 22 de maio de 2015, Salvador, Bahia, Brasil Copyright © 2015 ABCM Figura 2. (a) Corte longarina modelo Strada 2013 (Lado Esquerdo); (b) Corte longarina modelo Strada 2005 (Lado Esquerdo). Fonte: Pesquisa direta (2014). Figura 3. (a) Corte longarina modelo Uno Mille 2008 (Lado Esquerdo); (b) Corte longarina modelo Uno Mille 2000 (Lado Esquerdo). Fonte: Pesquisa direta (2014). Figura 4. Seções de cortes para confecção dos corpos de prova: (a) longarina da Strada; (b) longarina do Uno Mille; (c) Cortes realizados pela serra. Fonte: Pesquisa direta (2014). 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação 18 a 22 de maio de 2015, Salvador, Bahia, Brasil Copyright © 2015 ABCM Na Figura (5) podemos observar o modelo do corpo de prova adotado para a realização dos ensaios de impacto. Devido à singularidade da realização desde tipo de ensaio em pontos de solda de uma longarina automotiva, não foi possível obedecer a uma norma particular para a fabricação dos mesmos, contudo, alguns cuidados quanto à preparação dos corpos de prova foram tomados, entre eles a observação rigorosa das medidas estabelecidas, exclusão de pontos com oxidação e observação da temperatura durante a fabricação dos mesmos e durante a realização dos ensaios. A geometria escolhida deve-se a funcionalidade da fixação dos mesmos na máquina de ensaio. As dimensões em que foram confeccionados os corpos de prova são de aproximadamente 27 mm para a altura, e 80 mm de largura. Devido à complexidade da geometria das longarinas, as espessuras das chapas (juntas) soldadas a ponto variavam de 1 mm a 5 mm. A posição em que foram retirados da longarina obedece à regra de que cada junção possui um ponto de solda. Figura 5. Corpo de Prova: (a) Seção cortada da longarina e dobramento da chapa; (b) Dimensões e geometria do corpo de prova; (c) Amostras (corpos de prova). Fonte: Pesquisa direta (2014). 2.2. Ensaio de Impacto A máquina de ensaios utilizada para a realização da pesquisa pode ser visualizada na Fig.(6a). Tal máquina se encontra no laboratório de Ensaios Mecânicos do Departamento de Metalurgia na Universidade Federal de Ouro Preto, Campus Morro de Cruzeiro. A máquina de ensaio de impacto é do tipo Charp, e a seção de impacto do martelo possui formato de cunha. Os parâmetros utilizados foram: unidade de escala kgm e massa do martelo de 30 kg. A temperatura de realização do ensaio foi à temperatura ambiente, tal escolha da considerou o fato de que no Brasil dificilmente tem-se grandes variações de temperatura. O local de fixação do corpo de prova na máquina de ensaio pode ser vista na Fig. (6b). A fixação se deu por meio de parafusos, que levemente cingiam o corpo de prova de modo a mantê-lo na posição planejada para a efetivação do ensaio. O posicionamento do corpo de prova permitia que a cunha do martelo de impacto atingisse precisamente a união soldada. Figura 6. (a) Máquina de Ensaio de Impacto; (b) Fixação do corpo de prova e posicionamento. Fonte: Pesquisa direta (2014). 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação 18 a 22 de maio de 2015, Salvador, Bahia, Brasil Copyright © 2015 ABCM 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos pelo ensaio de impacto realizado em cada corpo de prova da parte superior e inferior das longarinas são mostrados nas Figuras 1, 2, 3, 4 e 5. Como a máquina de ensaio de impacto utilizada para realizar os ensaios possuía a escala em kgm (quilograma metro), para melhor interpretação dos resultados, foi necessário à transformação para a unidade J (joule). A equação para a transformação pode ser vista na Eq. (1). J = 9,81m/s² x kgm (1) A análise dos gráficos a seguir permitiu uma comparação efetiva da influência que a fadigas e variáveis de fabricação podem provocar na resistência mecânica de impacto de longarinas automotivas. Na Figura (7), todos os corpos de prova da Strada 2013 tiveram uma resistência mecânica melhor do que os corpos de prova da Strada 2005, em determinado ponto esta diferença chega a 40J. Para a Strada 2013 não foi possível à obtenção de um sétimo corpo de prova, pois tal longarina do veículo, não possuía mais um ponto de solda na posição equivalente da longarina do Strada 2005. Ou seja, para o mesmo comprimento a longarina da Strada 2013 possuía um ponto de solda a mesmo do que a longarina da Strada 2005. Figura 7. Energia Absorvida – Strada (Corte Superior). Fonte: Pesquisa direta, (2014). Na Figura (9), também podemos perceber que a resistência mecânica de impacto dos pontos de solda da longarina da Strada 2013 é maior do que a resistência mecânica de impacto dos pontos de solda da longarina da Strada 2005, com a exceção de um corpo de prova, que absorveu uma energia considerável em relação a todos os outros corpos de prova. A dispersão do resultado pode ser explicada pela variação da área do ponto de solda encontrada. Essa diferença de área foi observada em diversos corpos de prova, como na Fig. (8), da esquerda para a direita, o ponto de solda possuía diâmetro de 2,5 mm, 5 mm e 7 mm. Figura 8. Área de Pontos de Solda. Fonte: Pesquisa direta (2014). 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação 18 a 22 de maio de 2015, Salvador, Bahia, Brasil Copyright © 2015 ABCM Figura 9. Energia Absorvida – Strada (Corte Superior 2). Fonte: Pesquisa direta, (2014). Na Figura (10), além da diferença da resistência mecânica ao impacto observada entre as longarinas, ressaltamos que em dois corpos de prova retirados da longarina do Strada 2005 não foi possível mensurar a sua resistência mecânica ao impacto, pois tais corpos de prova ao serem retirados da longarina tiveram suas chapas separadas, e ao serem retirados da longarina, as chapas que eram unidas pelos mesmos foram desvinculadas. Figura 10. Energia Absorvida – Strada (Corte Inferior). Fonte: Pesquisa direta, (2014). O mesmo comportamento é observação nas longarinas do Uno Mille, a resistência mecânica de impacto da longarina mais nova é maior do que a resistência encontrada na mais velha. Na Figura (11) podemos comparar tais resultados, com exceção de um corpo de prova. Na realização do ensaio nos corpos de prova da parte superior da longarina do Uno Mille 2000 um deles apresentou absorção total da energia de impacto gerada pelo martelo, ou seja, o corpo de prova não rompeu com o impacto. O mesmo comportamento é encontrado em corpos de prova da parte inferior da longarina do Uno Mille 2008 e da parte inferior da longarina do Uno Mille 2000, como pode ser visto na Fig. (12). 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação 18 a 22 de maio de 2015, Salvador, Bahia, Brasil Copyright © 2015 ABCM Figura 11. Energia Absorvida – Uno Mille (Corte Superior). Fonte: Pesquisa direta, (2014). Figura 12. Energia Absorvida – Uno Mille (Corte Inferior). Fonte: Pesquisa direta, (2014). Os resultados encontrados nos ensaios de impacto sugerem que a fadiga (dinâmica e térmica) influência na resistência mecânica ao impacto das soldas por ponto de longarinas automotivas. Mas não somente a fadiga interfere nos dados finais, pode-se percebe também que as variáveis durante a fabricação das longarinas, tais como, espessura de chapas, área do ponto de solda, posicionamento dos pontos de soldas entre outras, alteram os resultados finais. 4. CONCLUSÕES Constatou-se que a fadiga provocada durante a vida da longarina tem influência na sua capacidade de absorver energia quando submetido ao impacto, e por consequência reduz a capacidade da estrutura em absorver energia durante um crash. Outro aspecto importante observado durante a realização do trabalho se refere à falta de padronização encontrada na confecção das longarinas, pois as mesmas apresentaram diversas peculiaridades que visivelmente interferiram no resultado. A partir disso pode ser feito um questionamento de quanto essa redução de resistência interfere na segurança dos ocupantes de um veículo que apresenta as características apresentadas. 5. AGRADECIMENTOS A todos os colegas, colaboradores, funcionários e demais professores do Departamento de Engenharia de Automação e Técnicas Fundamentais, Departamento de Metalurgia da UFOP, pela amizade, e colaboração. E ainda, ao Laboratório de Robótica, Soldagem e Simulação do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG pelo apoio e troca de informações. Em especial, ao Sr. José Alves de Sousa pela doação das amostras para confecção dos corpos de prova. 8º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação 18 a 22 de maio de 2015, Salvador, Bahia, Brasil Copyright © 2015 ABCM 6. REFERÊNCIAS Barnet, J, Clough, P., 1999, “The full social cost of road accidents” Paper present to the Road Safety Research, Policing and Education Conference, Canberra, Australia. Bertocchi, M., 2005, “Segurança Veicular”, São Paulo: Skill Elaboração de Materiais Didáticos Ltda, 221 p. Bosh, R., 2005, “Manual de Tecnologia Automotiva”, Tradução da 25º edição Alemã. Editora Edgard Blucher. CEVIS BRASIL, 2013, “Disponível em: http://portaldotransito.com.br/noticias/estatisticas/cesvi-brasil-lancalevantamento-e-analise-sobre-mortes-em-acidentes-de-transito-no-pais” Acessado em 10 de out de 2013. http://www.team-bhp.com/forum/indian-car-scene/61625-tata-nano-crash-tested-july-10-birmingham-passed-ece-r-12specification-4.html Marques, P. V., Modenesi, P. J., Bracarense, A.Q., 2007, “Soldagem: Fundamentos e Tecnologia”, 2º Edição Revista e Ampliada, Editora UFMG, Belo Horizonte. Milliken, W. F., Milliken, D. L, 1995, “Race Car Vehicle Dynamics”, SAE International. Vural, M, Akkus, A., Ery¨urek, B, 2006, “Effect of welding nugget diameter on the fatigue strength of the resistance spot welded joints of different steel sheets”, Istanbul Technical University, Mechanical Engineering Department, ˙Istanbul, Turkey, Journal of Materials Processing Technology 176. 7. DIREITOS AUTORAIS Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluídos no seu trabalho. INFLUENCE OF FATIGUE IN THE MECHANICAL RESISTANCE OF SPOTS WELDING OF AN AUTOMOTIVE STRINGER SUBMITTED TO IMPACT Thayla Aparecida Rigo Recla, [email protected](1) Diogo Antônio de Sousa, [email protected] (1, 2) Alexandre Queiroz Bracarense, [email protected] (2) 1 Universidade Federal de Ouro Preto, Rua Diogo Vasconcelos, 328, Pilar, Ouro Preto, MG Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Presidente Antônio Carlos, 6627, Pampulha, Belo Horizonte, MG 2 Abstract: This paper study of the influence that fatigue caused by engine vibrations, vibrations caused by pavement, climate change and other stresses supported by the spots welding of an automotive stringer, structural component responsible for absorbing energy if the driving is subjected to a frontal collision may result in their mechanical impact resistance. Therefore, bibliographical research about fatigue concepts, impact, mechanical and welding process about electric resistance. The methodology is quantitative, classified as exploratory, literature and case study. So, specimens have been removed of four automotive stringers, being two of the car model Strada manufactured in 2005 and 2013, and, two of the car model Uno Mille manufactured in 2000 and 2008. Because of the difference of manufacturing age between of the cars and yours mileage is possible to make an effective comparison between the mechanical resistance to impact. The tests were performed in impact testing machine in specimens manufactured to this operate. Analyzing the results it was found, as expected, that the aging structure causes a loss in the mechanical resistance to the impact of the stringers. Thus, this work can be of great value to automakers because it draws attention to the importance of continuous improvement of vehicle structures, and consequently improving vehicle safety. Keywords: Impact test, fatigue, spot welding, Vehicle Safety.