introdução à transmissão jatco de seis velocidades jf
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introdução à transmissão jatco de seis velocidades jf
MATÉRIA TÉCNICA APTTA BRASIL – FEVEREIRO DE 2012 INTRODUÇÃO À TRANSMISSÃO JATCO DE SEIS VELOCIDADES JF 613-E A transmissão automática Jatco de 6 velocidades JF 613-E, para veículos com tração dianteira, começou a ser produzida em 2006. Ainda não vimos muitos veículos equipados com ela em nossa oficina – pois na maioria dos casos, os automóveis equipados com ela ainda estão na garantia. Mas, após 6 anos de exposição nas ruas, muitos veículos já saíram da garantia, portanto, não deverá demorar muito até que elas comecem a aparecer nos centros de reparação. A designação da JATCO para esta transmissão é NISSAN, a RENAULT e a MITSUBISHI utilizam transmissão em seus veículos, e cada fabricante nome diferente. A NISSAN e a RENAULT somente a JF 613-E. A muito esta dá a ela um utilizam em veículos europeus, porém a MITSUBISHI é o único fabricante a oferecer esta transmissão em veículos americanos e brasileiros, por enquanto... Utilizada primeiramente em veículos NISSAN, com motor 2.0 litros e quatro cilindros, sendo chamada de RE6F01A. A RENAULT, por sua vez, utiliza esta transmissão no veículo LAGUNA 2007 em diante com motor 2.0 litros e quatro cilindros, e 3.0 litros e seis cilindros V6. Também a utiliza nos SCNIC e GRAND SCENIC equipados com motor 2.0 litros e quatro cilindros. Para esta transmissão automática, a RENAULT usa a designação AJO. A MITSUBISHI utiliza a mesma transmissão na OUTLANDER equipada com motor 4 cilindros e 2.4 litros ou motor 6 cilindros V6 de cilindrada 3.0 litros. Para a MITSUBISHI, esta transmissão é a F6AJA. Os scanners atualizados oferecem já informações sobre ela bem como já existem manuais de serviço a disposição na APTTA Brasil – Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática, bem como já existem kits de reparo para ela no mercado aberto. FIGURA 1 – IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES INTERNOS JF613-E Componentes Internos A identificação dos componentes está delineada na figura 1. O conjunto de engrenagens é baseado no sistema planetário Lepelletier, utilizando um conjunto planetário simples e um duplo. Existem três elementos acionadores: 1- Embreagem de baixa – aplicada na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª marchas. A embreagem de baixa transfere o torque de entrada do tambor da embreagem de ré, 3ª e 5ª marchas até a engrenagem anelar de entrada (movida). 2- Embreagem de ré, 3ª e 5ª marchas - Aplicada em ré, 3ª e 5ª marchas. Esta embreagem transfere o torque de entrada da engrenagem anelar de redução à engrenagem solar dianteira (movida). 3- Embreagem de alta - Aplicada em 4ª, 5ª e 6ª marchas. A embreagem de alta transfere o torque do eixo de entrada ao conjunto planetário traseiro (movido). Existem três elementos de freio: 1- Freio de baixa e ré – Aplicado em 1ª e ré, mantém travado o conjunto carregador planetário de saída para maior torque de saída (travado). 2- Freio de 2ª e 6ª marchas – Aplicado em 2ª e 6ª marchas, mantém a engrenagem solar de saída travada para aumentar a rotação de saída do conjunto traseiro. 3- Embreagem de uma via – Travada em 1ª marcha durante as acelerações. A embreagem de uma via (roda livre) mantém travado o conjunto do carregador planetário traseiro. A função de cada componente e sua aplicação estão mostradas na figura 2. A marcha aplicada em modo de emergência é a 3ª, dependendo da falha apresentada. O módulo de controle da transmissão (TCM) mantém a marcha aplicada no momento em que a falha ocorre, vamos dizer, uma quinta marcha na estrada. Após a chave de ignição ser desligada e motor acionado novamente, o TCM comandará a 3ª marcha pelo resto do percurso. P/N RÉ DRIVE 1ª 1ª Freio motor 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Embr. Baixa O O X X Embr. Ré/3/5 O X O O Embr. Alta O O O O Freio Baixa/Ré X X O X Freio 2/6 O O O O Embr. Uma Via O O X O X X X O O O X O X O O O X X X O O O O O X O O O X O O O O O O ‐ DESAPLICADO X ‐ APLICADO FIGURA 2 – TABELA DE APLICAÇÃO DOS COMPONENTES INTERNOS JF613-E OITO SOLENÓIDES A transmissão JATCO JF613-E é controlada por oito solenóides. Todos eles são alimentados positivamente, quer dizer, sua carcaça é aterrada pelo corpo de válvulas e o TCM fornece alimentação positiva a cada um deles (figura 3). FIGURA 3 – IDENTIFICAÇÃO DE INTERRUPTORES E SOLENÓIDES JF613-E Seis destes solenóides são lineares; três normalmente altos e três normalmente baixos. Os outros dois solenóides são solenóides básicos ON-OFF (ligado-desligado). Solenóides lineares normalmente altos: Solenóide da embreagem de ré Solenóide da embreagem de alta Solenóide de controle de pressão de linha Solenóides normalmente altos: Solenóide do lock-up e freio de baixa e ré Solenóide do freio de 2ª e 6ª marchas Solenóide da embreagem de baixa Solenóides ON-OFF Solenóide de mudança da embreagem de baixa Solenóide de mudança do freio de baixa e ré Solenóide Tipo Pressão Linha Linear N/Alto Freio Bx/Ré Linear N/Baixo Freio Bx/Ré ON/ OFF Embr. Baixa ON/ OFF Embr. Baixa Linear N/Baixo Freio 2-6 Linear N/Baixo Embr. Ré/3/5 Linear N/Alto Embr. Alta Linear N/Alto Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Desl. Pulsos Pulsos Desl. Desl. Desl. Pulsos Pulsos Pulsos ON ON ON ON OFF OFF OFF OFF OFF OFF OFF OFF OFF OFF OFF OFF ON ON OFF OFF Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos OFF OFF OFF OFF OFF OFF Pulsos OFF OFF OFF Pulsos Pulsos OFF Pulsos Pulsos Pulsos OFF Pulsos OFF Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos Pulsos OFF OFF OFF Marcha P/N Ré 1ª manual 1ª Drive 2ª Drive 3ª Drive 4ª Drive 5ª Drive 6ª Drive FIGURA 4 – TABELA DE APLICAÇÃO DOS SOLENÓIDES – JATCO JF613-E Veja a tabela de aplicação dos solenóides na figura 4. Os seis solenóides lineares possuem uma resistência de 5,0-5,6 ohms a 20ºC. São controlados por um sinal de ciclo de trabalho variável trabalhando em freqüência fixa de 300 Hz. Os dois solenóides ON-OFF deverão possuir resistência de 28-30 ohms a 20ºC. São controlados pelo módulo, sendo aplicada neles a tensão total de 12 V. Quando os solenóides normalmente altos estão desligados, a pressão de sinal move a válvula de controle contra a mola de retorno, permitindo que a pressão de linha aplique a embreagem ou o freio correspondente. Quando estão energizados, a pressão de sinal é descarregada através dele e a mola de retorno move a válvula de volta, que bloqueia a pressão de linha e libera a embreagem ou o freio. Neste caso, quanto maior o sinal de ciclo de trabalho(pulsos), menor a pressão (figura 5). Quando os solenóides normalmente baixos estão desligados, a pressão de sinal está bloqueada pela válvula solenóide. Quando estão energizados, a pressão de sinal move a válvula de controle contra a força da mola de retorno, permitindo que a pressão de linha aplique o freio ou a embreagem (figura 6). Os dois solenóides ON-OFF são energizados pela alimentação do módulo. Eles bloqueiam a pressão de sinal no solenóide, cortando a pressão da válvula de controle (figura 7). Também, nesta transmissão, existem 5 pressão normalmente abertos (figura 3). interruptores de Embreagem de baixa Freio de baixa e ré Freio de 2ª e 6ª marchas Embreagem de alta O TCM utiliza os sinais destes interruptores para monitorar a pressão de aplicação das respectivas embreagens. Por ora, é tudo o que temos a informar. Aguarde futuros artigos sobre esta transmissão, bem como informações do manual de serviço. Redação APTTA Brasil – Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática. Artigo extraído da revista GEARS de Fev/2012 www.gearsmagazine.com Autor: Mike Souza Tradução e adaptação: Carlos Napoletano Neto www.apttabrasil.com