Aceleradoras apoiam o desenvolvimento de
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Aceleradoras apoiam o desenvolvimento de
empreendedor | Agosto 2014 C A PA 24 Pé na tábua Aceleradoras apoiam o desenvolvimento de empresas de crescimento rápido em busca de capitalização Semelhante ao processo de incubação, a aceleração de negócios é uma opção para que empresas dedicadas a tecnologias de curto ciclo de desenvolvimento encontrem seu lugar no mercado. Geralmente contando com a parceria de grandes marcas e grupos investidores, as aceleradoras fornecem às empresas iniciantes treinamento, networking e aporte financeiro, em contrapartida a uma participação acionária no negócio. Todo o processo acontece em ciclos que duram, no máximo, um ano. Neste período, são trabalhados simultaneamente projetos diversos em busca da ideia mais promissora, cujo sucesso deve bancar o capital investido nas demais. O modelo, desenvolvido nos Estados Unidos em 2000, nos últimos três anos começou a crescer no Brasil, onde as startups em atividade são estimadas em 3,5 mil. Pelo menos, 45 aceleradoras atuam no País que, desde o ano passado, conta também com programas do governo federal na área. empreendedor | Agosto 2014 por Mariana Rosa [email protected] 25 C A PA O aplicativo venceu também aquela edição do ciclo de aceleração da Farm e, em seguida, nas premiações Startup Weekend Rio (2011), TNW Awards Brazil (2012) e Spark Awards (2013). Segundo Gomes, a participação no programa também foi essencial para conquistar os aportes que viabilizaram a operação do serviço. “A Farm teve papel importante porque ensinou a prática de negociação, de bill. A ajuda foi primordial para uma primeira rodada tão bem feita”. O aplicativo, que já somava R$ 55 milhões em investimentos, fechou no final do mês passado sua quarta rodada de R$ 90 milhões aplicados pelos fundos Phenomen Ventures e Tengelmann – parceiros do grupo alemão Rocket Internet, o primeiro a investir no negócio, com R$ 10 milhões. O aporte será utilizado para expandir o serviço na Ásia e na América Latina. O foco na educação empreendedora é mantido até hoje pela Farm, que se diferencia das demais aceleradoras no mercado por não cobrar participação acionária, nem realizar aportes financeiros às startups. “Uma vez que seja um bom negócio, é empreendedor | Agosto 2014 “O que a Farm fez é muito mais valioso do que dinheiro”, afirma o CEO do Worldpackers.com, Ricardo Lima 26 natural que o mercado vá atrás”, explica o CEO da aceleradora, Alan Leite. A condição atraiu os fundadores do world packers.com, que ficou em primeiro lugar na 10ª edição do programa, realizado em junho deste ano. A plataforma, lançada em fevereiro deste ano, reúne vagas de trabalho voluntário em hostels ofertadas em troca de hospedagem gratuita nos estabelecimentos. Segundo o CEO, Ricardo Lima, que elaborou a proposta após três anos viajando pelo mundo desta forma, a troca é uma oportunidade de viajar de forma econômica e fazer amizades. Lima e seu sócio procuraram o programa de aceleração para aprimorar o site que, após uma sobrecarga de acessos, precisou sair do ar. “A gente entendia de viagem, mas não de internet. Lá, encontramos um profissional da área”. Para Lima, o trabalho intenso formulando soluções para o negócio é importante para testar seu produto antes do mercado, onde correria o risco de perder tempo e dinheiro. “O que a Farm fez é muito mais valioso do que dinheiro”, afirma. O serviço é usado atualmente em 92 países e conta com 7 mil usuários, número que dobrou após Mauro Talhaferri Um dos maiores casos de sucesso acelerado no Brasil é o Easy Taxi, serviço mobile que permite a localização de táxis via smartphones, lançado em 2012 e atualmente baixado por 10 milhões de usuários em 32 países. O aplicativo foi desenvolvido em 2011 pelo jovem empreendedor Tallis Gomes durante o torneio IBM Smartcamp Brazil, fruto de uma inspiração que surgiu às vésperas do último dia do evento, quando Gomes teve dificuldade para encontrar um táxi. A ideia venceu a competição, mas ainda precisava ser formatada em um produto rentável, trabalho feito com auxílio da Startup Farm, aceleradora itinerante que, na época, atuava como escola de empreendedorismo. “Ainda não tinha achado o modelo de negócio. Montei a partir do conhecimento adquirido no programa”, conta Gomes. nononononono Programação do lançamento Avaliar como e quando se lançar no mercado é uma das prioridades da metodologia da Farm, que começa o ciclo de cinco semanas com um workshop para identificar a missão e o propósito dos participantes. Segundo Alan Leite, o objetivo é fazer com que descubram se possuem ou não perfil empreendedor para seguir adiante. A metodologia tem feito com que alguns participantes desistam em tempo ao perceber que não estão no lugar certo, e revelado também turmas engajadas. “Das 46 pessoas que participaram da última edição, pelo menos 40 traziam questões sobre tornar o mundo melhor”, avalia Leite. Oferecidos desde 2011, os programas de aceleração são de participação gratuita e já passaram por seis cidades brasileiras, totalizando 131 startups aceleradas. A última edição contou com o patrocínio da IBM e SendGrid e apoio da Plug, Imagem Corporativa, Baptista Luz Advogados Associados, Blanko Digital Makers e Kailo Consultoria. A aceleradora conta também com uma rede de empreendedores, técnicos, executivos, investidores e outros especialistas, que atuam voluntariamente como mentores dos programas. Novos modelos de investimento financeiro nas startups têm sido experimentados pelas aceleradoras que cobram participação acionária, visando aumentar o foco na preparação dos empreendedores e, assim, garantir a matu- empreendedor | Agosto 2014 o processo de aceleração. Os empreendedores tiveram contato com investidores durante o demo day do programa, quando apresentam seus negócios, mas vão aguardar até que o produto se torne mais escalável para fechar as primeiras rodadas de investimento. “A Farm teve papel importante porque ensinou a prática de negociação, de bill. A ajuda foi primordial”, afirma Tallis Gomes, da Easy Taxi 27 C A PA ridade dos negócios acelerados. A aceleradora gaúcha Estarte.Me, por exemplo, fundada ano passado, com foco em startups digitais, trabalha com um dos menores valores de aporAceleradoras e te inicial na área, R$ 30 mil, acelerados no Brasil: que é fornecido apenas para as startups que chegam a fase final de aceleração. Conforme startups o feedback do produto é liberada uma segunda rodada (estimativa de de R$ 300 mil a R$ 500 mil, coin3.500 no total) vestidos em parceria com fundos e investidores anjos. O formato começou a ser adotado este ano e o objetivo principal, segundo o fundador, Maurício Centeno, é diminuir o risco da operação. O empreendedor avalia que o ambiente para aceleração de negócios no Brasil tem ótimas condições para se desenvolver, mas que é necessário estar atento à questão do risco. “Em minha opinião, as aceleradoras assumem um pouco mais de risco do que deveriam pela ânsia de ter mais projetos”, alerta. Além desta preocupação, os aportes financeiros diminuídos visam priorizar empreendedores que estejam de fato interessados em se dedicar a sua proposta de negócio, independentemente do retorno financeiro imediato. “Nosso objetivo em todas as etapas é execução, trabalho. Focamos em quem está de fato disposto a trabalhar”, afirma Centeno. A Estarte.Me não trabalha com datas fixas para os ciclos e aceleração, recebendo startups ao longo de todo o ano. O ciclo de pré-aceleração tem duração de dois meses, com atividades semanais para validação do modelo de negócio. As startups que passam para a fase de aceleração, período de 5 a 6 meses para receber o feedback do mercado e fazer ajustes no produto, recebem o investimento inicial. Os serviços não são cobrados, em contrapartida, a aceleradora pede participação acionária de 15% a 25%. Atualmente a Estarte.Me tem três startups em pré-aceleração e cinco em fase de aceleração. Uma delas é a CodeFreelas, plataforma de gestão para pro- ano a Aceleradora Municipal de Campinas, primeira do tipo no País. O edital de estreia recebeu 56 inscrições para o programa que tem duração de cerca de 11 meses. Dez startups foram selecionadas para atividades semanais na área de co-working do Núcleo Softex Campinas e uma banca de investidores do programa durante o pitch day, previsto para setembro. O programa foi viabilizado por um investimento de R$ 400 mil da prefeitura e pelo fornecimento de estrutura e treinamento por parte da Softex. Por se tratar de uma iniciativa de caráter público, não há aporte financeiro direto às startups. “É uma depuração. A ideia é aprimorar o foco destas empresas nos negócios e mostrar aos investidores que elas podem crescer exponencialmente”, explica o diretor-executivo da Softex Campinas, Edvar Pera Jr. Um dos negócios acelerados chamou a atenção dos investidores antes mesmo da apresentação formal e já recebeu o primeiro investimento, fornecido pelo fundo GAG, especializado em investimentos em tecnologias de impacto social. Trata-se do software de telemedicina GlicOnline, desenvolvido a partir do método de controle de diabetes tipo 1 implementado pela especialista em endocrinologia Karla Melo no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp). O projeto vinha sendo desenvolvido pela médica e os pesquisadores Floro Dória e Ricardo Pessoa há 10 anos na Quasar Medicina, empresa incubada pelo Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia da Universidade de São Paulo (Cietec/ USP). O sistema calcula precisamente 2.728* 45* aceleradoras FONTE: ABSTARTUPS *ABSTARTUPS Iniciativa municipal empreendedor | Agosto 2014 Prefeitura de Campinas (SP) em parceria com a Softex lançaram, neste ano, uma aceleradora que já apoia 10 startups da cidade 28 Os programas nacionais de aceleração contemplam participantes de todas as regiões brasileiras, mas não há uma política específica em âmbito municipal. A fim de atender à demanda de Campinas (SP), cidade com forte vocação tecnológica, o núcleo Softex local e a prefeitura fundaram no início deste Ambiente propício “A experiência foi importante para percebermos quem era o nosso cliente e mudarmos de estratégia e posicionamento”, afirma Thiago Braga, da Screencorp, acelerada pela WOW Catedral Metropolitana de Campinas com seis meses de trabalho intensivo nas propostas de negócio e seis meses de acompanhamento dos resultados com mentoria. Na fase de pré-aceleração, os projetos recebem aporte de R$ 50 mil e, na fase seguinte, de aceleração, o valor é complementado com investimento de R$ 150 mil. A participação acionária começa com 20% e pode cair até 10% de acordo com a performance do negócio. Das quatro startups selecionadas no primeiro ciclo, duas estão na fase de aceleração atualmente. Ghignatti destaca que, apesar de a aceleradora não visar um segmento específico, tem seguido a tendência de apoiar os negócios busines to busines. O executivo avalia que embora não seja ca- empreendedor | Agosto 2014 as doses de insulina necessárias para cada paciente, melhorando o controle de açúcar no sangue. O estudo também apontou um aumento na qualidade de vida de 96% dos pacientes. Desde 2009, o serviço está formatado para uso via internet em smartphones, mas todas as tentativas de parcerias para viabilizar o uso em grande escala para os pacientes do SUS, que são 75% do público dos afetados pela doença, foram fracassadas. “O processo de aceleração depende centralmente das pessoas envolvidas. Na Aceleradora de Campinas, encontramos um ambiente que nunca tivemos antes”, afirma Ricardo Pessoa, que destaca a dedicação exclusiva da Quasar a negócios de impacto social positivo. “Ter um investidor que queira isso é coisa de conto de fada.” principais vantagens da aceleração foram contar com o auxílio da mentoria para a gestão do negócio e com o networking da Estarte.Me. Outra aceleradora gaúcha, a WOW, mantém desde sua concepção, em 2013, a divisão entre as funções de aceleração e investimento. Segundo o cofundador e CEO, André Ghignatti, a aceleradora não deve ser um negócio em si, mas um canal para que a startup seja bem-sucedida. “Nossa única métrica de sucesso é o sucesso da startup”, afirma. Outra razão para a segmentação é facilitar a transação entre o processo de aceleração do negócio em si e o ciclo de investimento, que dura, em média, cinco anos. O programa da WOW tem duração total de um ano, Rubens Chiri fissionais freelancers desenvolvida pelos analistas de sistemas Rosana Waszak e Relsi Maron. Inicialmente, os empreendedores planejavam focar nos profissionais que buscam oportunidades, oferecendo a ferramenta por assinatura SAS (software as service). Após o período de testes, no entanto, perceberam a necessidade de alterar o foco para os contratantes de serviços freelancers e, no momento, negociam parcerias com sites de divulgação de vagas de emprego. Desde o segundo semestre de 2013 até fevereiro, quando a plataforma entrou no ar, o negócio foi mantido com o recurso da aceleradora e agora os sócios tocam com recursos próprios até fecharem com investidores. Para Rosana, as 29 empreendedor | Agosto 2014 C A PA 30 paz de gerar casos de sucesso tão massivo como o busines to consumer (caso do aplicativo Easy Táxi), o B2B é um nicho com mais espaço a ser explorado. “O B2B é muito mais horizontal, consegue atender demandas variadas”, afirma. Dois projetos deste modelo se destacaram no ciclo de aceleração da WOW e começam no próximo mês a negociar suas primeiras rodadas de investimento: o software para gestão de conteúdo em TV Screencorp e o sistema de gestão para pequenos negócios Simbio. “A experiência foi importante para percebermos quem era o nosso cliente e mudarmos de estratégia e posicionamento”, afirma Thiago Braga, CEO da Screencorp, que já tinha o produto lançado e alguns clientes grandes quando procurou a aceleradora com o intuito de fortalecer as vendas. Após o ciclo, decidiu focar na comunicação corporativa e no atendimento dos setores de varejo e franquia. A proposta da Simbio, que foi desenvolvida durante o programa da aceleradora carioca Pipa, foi levada a WOW em busca de mentoria para que a startup se colocasse melhor no mercado. “Queríamos avaliar como ter acesso ao mercado, como adquirir dinheiro e saber utilizar”, afirma o CEO Vinícius Dittge. Além do controle de fluxo de caixa, o sistema permite troca de informações entre os Para Rosana, da CodeFreelas, as principais vantagens são o auxílio da mentoria para a gestão do negócio e o networking da Estarte.Me microempreendedores, facilitando a troca de serviços entre eles. A grande vantagem da aceleração para as startups é a oportunidade de aprender e ter suporte para o desenvolvimento do negócio, na avaliação de Vinicius Machado, community manager da ABStartups (Associação Brasileira de Startups). Segundo Machado, um dos motivos para o aumento da oferta de aceleradoras no País hoje é que não havia antes um lugar de preparação para os empreendedores. “Muitas vezes, o problema não está na ideia do negócio, mas na equipe que não está bem preparada”, aponta. O gerente entende que um dos riscos do processo é que as aceleradoras não conheçam as equipes a fundo para fazer uma boa avaliação do projeto. Ciclo curto O diretor da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Tony Chierighini, explica que o ciclo dos produtos desenvolvidos é a principal diferença entre incubadoras e aceleradoras, que é mais curto neste caso. Chierighini explica que a tecnologia bill, por exemplo, leva cerca de 10 anos para ser elaborada. Enquanto na área de games e internet, o desenvolvimento deve acontecer o mais rápido possível para acompanhar o ritmo deste mercado cada vez mais aquecido. O diretor, que atua à frente do Celta (Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas), incubadora administrada pela Fundação CERTI, não vê nenhuma desvantagem no processo de aceleração e ressalta que, em essência, o trabalho realizado é o mesmo. “Toda incubadora é aceleradora e vice-versa, só que com ciclos diferentes”. Representando majoritariamente incubadoras e parques tecnológicos, a entidade possui atualmente três aceleradoras associadas. Dependendo do estágio em que o negócio se encontra, no entanto, a aceleração pode não ser a opção mais vantajosa. O gerente do Sebrae Santa Catarina, Alexandre Souza, pondera que se a startup já está madura, com modelo de negócio e clientes estabelecidos, pode ser mais vantajoso esperar pelo contato di- Ghignatti, CEO da WOW, a participação no Startup Brasil, além do financiamento de R$ 200 mil, é importante para dar um selo de qualidade à startup. André considera que o programa é uma boa oportunidade, apesar de precisar melhorar em alguns pontos. “A seleção das startups pelo governo, por exemplo, não é tão refinada. A iniciativa é bem intencionada mas pode ser melhorada, como todo programa”, avalia. Outra iniciativa para obter auxílio do governo para o crescimento de negócios, articulada pelas lideranças empresariais do País, é o programa Brasil Mais Competitivo. A proposta é contemplada pelo projeto de lei 6558/2013, que obteve relatório favorável da comissão de comércio do Senado e é agora avaliado pela comissão de justiça. O objetivo é destravar o mercado de ações, facilitando o acesso de empreendedores ao capital de crescimento via bolsa de valores. Para isso, o projeto pleiteia junto isenção fiscal para investidores e empresários que adotarem a modalidade. “Isso não acontece hoje no Brasil porque o perfil do investidor é buscar alta liquidez e o empresário, por outro lado, também não tem a cultura de captar recursos desta forma”, afirma o coordenador do programa, Rodolfo Zabisky. Até que o projeto passe pela votação final, as ações estão voltadas à realização de eventos e educação empreendedora através da plataforma Brasil Mais Competitivo, onde estão disponíveis materiais com orientações para como acessar fundos de investimento. Programa Startup Brasil*: 1,6mil startups inscritas 87 startups apoiadas 9 aceleradoras selecionadas FONTE: ABSTARTUPS *1ª EDIÇÃO “Nosso objetivo em todas as etapas é execução, trabalho. Focamos em quem está de fato disposto a trabalhar”, afirma Maurício Centeno, fundador da Estarte.Me empreendedor | Agosto 2014 reto com um investidor anjo. Neste caso, o empreendedor abre mão de recursos próprios por um tempo para não ter que perder uma fatia da empresa para a aceleradora. Souza reforça que o percentual acionário cobrado no Brasil, de até 25%, é alto em relação aos Estados Unidos, país onde o modelo de aceleração de negócios se popularizou e é seguida a média de 10%. Fora isso, Souza também vê como vantagens o rápido ciclo de validação do produto e o networking com investidores. “O principal é a rede de contatos. É interessante, antes de ingressar em um programa, pesquisar quem são os sócios da aceleradora”, sugere. Vinicius Machado, da ABStartups, avalia que o ambiente para aceleração no País é bom, embora ainda falte aos empreendedores brasileiros experiência prática. O gerente destaca que o lançamento do programa Startup Brasil pelo governo federal, no ano passado, aqueceu este mercado fazendo inclusive com que algumas aceleradoras mudem seu foco de atuação. A edição piloto do programa recebeu inscrições de 1,6 mil startups, 87 delas foram apoiadas pelas nove aceleradoras selecionadas pelo edital – 21212, Acelera MGTI, Acelera Partners, Aceleratech, Outsource, Papaya, Pipa, Start You Up e Wayra. O investimento do governo e das aceleradoras somaram R$ 19,6 milhões. As aceleradoras gaúchas WOW e Ventiur, por exemplo, mudaram recentemente as datas dos seus ciclos para se alinhar ao calendário da próxima edição do programa. A Estarte.Me planeja fazer o mesmo a partir de 2015. Para André 31 C A PA empreendedor | Agosto 2014 SUDESTE 32 Wplanet Aceleração & Desenvolvimento www.wplanet.com.br Geral - SP Nelson Araujo de Melo Alimento - SP Instituto Quintessa www.quintessa.org.br Negócios sociais - SP Aceleratech www.aceleratech.com.br Digital, B2B, saúde, educação, finanças, automação de processos - SP Aceleradora Municipal de Campinas http://accpmc.herokuapp.com TIC - SP Planet Startup http://www.planetstartup.com.br Geral - SP Germinadora http://www.germinadora.com Pré-Ideia, B2B, B2Pro, SAAS, Mobile & Web Apps, Corporate VC - SP Criabiz Aceleradora de Inovação http://www.criabiz.com.br Saúde, educação, ambiental e techMobile - SP Viking Aceleradora http://www.viking.ac TIC, software, digital - SP Aceleradora d.E. Geral - MG Outsource Brazil http://outsourcebrazil.com.br Soluções educacionais e soluções corporativas (enterprise software e mobile) - RJ Fumsoft http://www.fumsoft.org.br Tecnologia da informação - MG Pense Startup http://pensestartup.com.br Internet Startup Farm http://www.startupfarm.com.br Startups digitais - RJ, SP e MG Experimental Adventure http://www.experimental.cc Economia criativa - RJ Pipa Accelerator http://www.pipa.vc Negócios com impacto social e ambiental - RJ Papaya Ventures http://www.papayaventures.com TIC, web, user experience - RJ Tree Labs http://www.treelabs.com.br Web e mobile - SP FONTE: ABSTARTUPS, JULHO DE 2014. *ASSOCIADAS À ABSTARTUPS Wayra http://br.wayra.org Startups digitais, inovação - SP Aceleradora de Impacto Saúde, educação, serviços financeiros, habitação e tecnologia - SP Project-A http://project-1.net E-commerce, TIC, mobile - SP 21212 http://www.amazonstartups.com TI, internet, e-commerce, entertainment, e-payment, social - RJ Intentio SA http://www.intentio.com.br Social commerce, marketing - SP Aceleradora http://aceleradora.net Tecnologia, e-commerce, mobile, web - MG NIDUS Business Accelerator http://www.startupnasajon.com TIC- RJ NORDESTE 85 Labs www.85labs.com Empresas B2B - CE PolivalenTi - Acelera Startups http://www.polivalenti.com.br TIC - CE Aceleradora de Impacto http://artemisia.org.br/ Saúde, educação, serviços financeiros, habitação e tecnologia - SP e PE Oxy Aceleradora http://oxy.vc/pt/ E-commerce, fidelidade & recorrência, mobilidade urbana, entretenimento, educação, saúde, aplicativos, pet shop, varejo, mídia on e off-line - BA Start You Up Accelerator http://www.startyouup.com.br Mobile, web, games, e-commerce - ES APStartups http://www.apstartups.com.br Empreendedorismo tecnológico - PB Cesar.Labs http://www.cesar.org.br/site TIC- PE NORTE FabriQ Aceleradora http://fabriq.com.br TIC - AM Startup RN http://www.startuprn.com.br TIC - RN Lista de Aceleradoras* Confira abaixo as áreas de atuação e locais de sede dos principais programas de aceleração de negócios Amazon Startups http://www.amazonstartups.com TIC - AM SUL Devellop Web Solutions www.devellop.com.br Geral - SC Estarte.Me http://www.estarte.me Digital (web, apps, games) - RS Redlandtech http://www.redlandtech.com.br E-commerce, games, saúde, mobilidade, mobile, cloud, SAAS, mídias sociais, agregadores - PR Hatch Startups http://hatchstartups.com.br/ TI, e-commerce, entretenimento, mobile - PR Ideias Inovadoras http://www.ideiasinovadoras.com.br Startups digitais de internet - RS Novos Negócios http://www.novosnegocios.com.br TIC, web, serviços tradicionais - SC Supernova Aceleradora de Startups http://www.supernovabr.com E-commerce, mídias sociais, tecnologia, B2B, B2C, mobile, web - PR CENTRO-OESTE Ninho Desenvolvimento Empresarial http://ninho.biz Startups, MPE, inovação - GO INTERNACIONAL 500Startups http://500.co Geral - Estados Unidos J&P Emerging Enterprises http://www.jpemergingenterprises.com.br Tecnologia, serviços - Brasil e Estados Unidos