Tempo: seu aspecto expressivo como recurso na

Transcrição

Tempo: seu aspecto expressivo como recurso na
ÁREA – MUSICOLOGIA
LINHA – HISTÓRIA E DOCUMENTAÇÃO
DA MÚSICA BRASILEIRA E IBERO-AMERICANA
PROJETO DE PESQUISA
Tempo: seu aspecto expressivo como recurso na performance
Responsável: Midori Maeshiro
Apresentação
O projeto propõe explorar amplamente a música ocidental tradicional, passando pela música
vocal e instrumental, desde o canto gregoriano até a música de nossos dias.
A leitura e análise de textos históricos e teóricos visará à identificação da diversidade de
pensamento acerca do conceito de tempo em música, nos vários períodos históricos da
música ocidental. Pretende-se:
1) compreender os processos que levaram os compositores e performers a se utilizarem dos
vários recursos temporais, com ênfase na prática do tempo rubato;
2) aplicar tais procedimentos na performance, buscando soluções através das reflexões e
considerações elaboradas, relacionadas aos aspectos expressivos da interpretação,
tematizando uma prática de ensino-aprendizagem com base na lógica e coerência;
3) realizar registro fonográfico para debates e para relacionar diferentes formas de uso do
rubato, partindo da premissa de que as peças musicais admitem práticas interpretativas ideais
múltiplas.
Parte-se da bibliografia referente a autores que marcaram mudanças de concepção em
relação ao tempo rubato tais como, MARPURG (1755), MOZART (1787), HUMMEL (1828),
PADEREWSKI (1909) entre outros.
Inclui-se ainda a utilização da literatura sobre performance de autores como ROSEMBLUM
(1988), BROWN (1989), LEVINSON (1993), EPSTEIN (1995), entre outros.
A leitura e análise de textos, decorre pela existência da confusão semântica em torno do
termo tempo rubato e identificará os pensamentos de teóricos, compositores e intérpretes de
cada época da história da música.
A análise crítica de diferentes performers interpretando a mesma obra, com ênfase no tempo,
avaliará como essas ideias estão sendo compreendidas e aplicadas na performance.
Referências
BROWN, Howard Mayer, and Sadie, Stanley (eds.). Performance practice: music before
1600. New York: W.W. Norton, 1989.
______ Performance practice: music after 1600. New York: W.W. Norton, 1989.
CONE, Edward. Musical form and musical performance. New York: W.W. Norton, 1998.
CONE, Edward. Musical form and musical performance reconsidered. Music Theory
Spectrum, 7, 1985, pp.149-58.
DOLMETSCH, Arnold. The interpretation of the music of the XVII and XVIII Centuries, 2nd ed.
Oxford University Press, 1946.
EPSTEIN, David. Shaping time: music, brain and performance. New York: Schirmer Books,
1995.
ERICSSON, K.A./KRAMPE, R.Th./TESCH-RÖMER, C. The role of deliberate practice in the
acquisition of expert performance. Psycological Review 100/3, 1993, pp.363-406.
FINCK, Henry. Success in music. New York: Charles Scribner’s Sons, 1927.
FINSON, Jon W. Performing practice in the nineteenth Century. Musical Quarterly, 1984, pp.
457-75.
HILLER, Johann Adam. Johann Adam Hiller’s ‘Anweisungnzum musikalisch-zieerlichen
Gesange’, 1780. Suzanne Julia Beicken (trans.). Stanford Univ., 1980.
HUMMEL, Johann Nepomuk. A complete theoretical and practical course of instructions on
the art of playing the pianoforte. London, 1828.
KRAUSZ, Michael. Rightness and reasons in musical interpretation. Oxford University Press,
1993.
LEVINSON, Jerrold. Performative vs. critical interpretation in music. Oxford University Press,
1993.
2
MATTHAY, Tobias. Musical interpretation. Boston Music Co., 1980.
MARPURG, Friedrich Wilhelm. F. W. Marpurg’s ‘Anleitung zum Clavierspielen (Berlin, 1755)
e Principes du clavecin (Berlin, 1756). Elizabeth Loretta Hays (trans.). Stanford Univ., 1977.
MOZART, Leopold. A treatise on the fundamental principles of violin playing (Augsburg, 1787).
Editha Knocker (trans.). London: Oxford University Press, 1951.
PADEREWSKI, Ignace J. Succcess in music and how it is won. London: Adam and Charles
Black, 1909.
QUANTZ, Johann Joachim. On playing the flute. 2nd ed. New York: Schirmer Books, 1985.
ROSEN, Charles. The classical style. New York: W.W.Norton, 1988.
ROSEN, Charles. The romantic generation. Harvard University Press, 1995.
ROSENBLUM, Sandra P. Performance practices in classic piano music. Indiana University
Press, 1988.
SALZER, Felix. Structural hearing. New York: Dover, 1982.
SACHS, Curt. Rhythm and tempo: a study in music history. Norton, 1953.
SCHAPE, R.A. Type, Token Interpretation and Performance. Mind, 1979.
TODD, Neil. Towards a cognitive theory of expression: the performance and perception of
rubato. Contemporary Music Review, 1989, pp.405-16.
TOSI, Pier Francesco. Opinioni de cantori antichi e moderni, o siero osservazioni sopra il
canto figurato. Bologna, 1723.
TÜRK, Daniel Gottlob. School of clavier playing or instructions in playing the clavier for
teachers and students. (Leipzig and Halle, 1789). University of Nebrasca Press, 1982.
3

Documentos relacionados

HM1 - plano de curso

HM1 - plano de curso Stravinsky, Igor. Petrushka: An Authoritative Score of the Original Version; Backgrounds; Analysis; Essays, Views, and Comments. Organizado por Charles Hamm. 1º ed. Norton Critical Scores. New York...

Leia mais