Técnica Impacção de Enxerto Ósseo Exeter
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Técnica Impacção de Enxerto Ósseo Exeter
T É C N I C A O P E R A T Ó R I A • Fêmur • Acetábulo • Hastes longas 26 25 DESTAQUES 24 27 23 26 22 25 24 44mm 21 23 20 22 19 21 44mm 18 20 17 19 18 16 17 15 16 14 15 13 14 12 13 44mm No.2 Cat. No: 0580-0-442 44mm No.2 Cat. No: 0580-0-442 12 11 change ® 11 10 change ® REVISION INSTRUMENTS S 10 T E S Y S T E M M 9 EXETER total hip to system 20% oversize allow 8 for X-ray magnification 20% oversize to allow for X-ray magnification 7 Cement Mantle 8 66 55 4 S EXETERREVISION total hip system INSTRUMENTS 9 7 Y Cement Mantle Stem Stem byby Cavity made Cavitymade Proximal ProximalImpactor Impactor 4 3 3 2 2 1 10 12 0 12 Fig. 1 – Uso do template Fig. 2 – Posicionamento firme em decúbito lateral Fig. 11 a 15 – Impactação proximal 2 Fig. 3 & 4 – Oclusão distal do fêmur Fig. 16 e 17 – Conferindo estabilidade do impactador proximal Fig. 18 – Redução de prova DA TÉCNICA OPERATÓRIA Fig. 5 e 6 - Mensuração dos impactadores distais Fig. 19 – Avaliação do comprimento do membro Fig. 7, 8 e 9 – Impactação distal Fig. 20 – Reconexão do martelo deslizante Fig. 24 – Inserção da haste Fig. 10 – Iniciando a impactação proximal Fig. 21 – Remoção das asas do centralizador Fig. 22 e 23 – Pressurização do cimento Fig. 25 – Posicionando o vedador proximal 3 25 24 27 23 26 TÉCNICA OPERATÓRIA PARA REVISÃO DE COMPONENTES DE ARTROPLASTIAS TOTAIS DE QUADRIL COM SOLTURA ASSÉPTICA UTILIZANDO ENXERTO ESPONJOSO IMPACTADO E CIMENTO. 22 25 24 44mm 21 23 20 Por: Mr. Graham A. Gie, Prof. R.S.M. Ling, O.B.E. Mr. A.J. Timperley, Princess Elizabeth Orthopaedic Centre, Exeter, Inglaterra 22 19 21 44mm 18 20 17 19 1. Indicação: 18 16 Pacientes saudáveis com soltura dos componentes resultando na perda de estoque ósseo, dor e incapacidade funcional. 17 15 16 14 15 13 14 12 13 44mm No.2 Cat. No: 0580-0-442 44mm No.2 2. Planejamento pre-operatório: a. Descartar infecção. Isto deve ser realizado da maneira convencional. Muitas vezes não é possível excluir-se infecção no período pre-operatório, apesar de que todos meios devem ser usados para isso. b. Análise da deficiência óssea. O(s) local(s) de maior perda do estoque ósseo no fêmur deve(m) ser determinado(s) pelas radiografias, da melhor maneira possível, antes do início do procedimento. Por exemplo, deficiências femorais anteriores são difíceis de abordar a não ser que a região anterior do fêmur seja totalmente exposta. c. Uso de templates. Radiografias de incidências antero-posterior e de perfil devem incluir todo o componente femoral, estendendo-se distalmente até a região diafisária com aspecto normal abaixo do componente femoral. Cat. No: 0580-0-442 12 11 change ® 11 10 change ® REVISION INSTRUMENTS S 10 T E M S Y S T E M ™ 9 EXETER total hip to system 20% oversize allow 8 for X-ray magnification 20% oversize to allow for X-ray magnification 7 Cement Mantle 8 66 55 4 S EXETERREVISION total hip system INSTRUMENTS 9 7 Y Cement Mantle Stem Stem Cavity byby Cavitymade made Proximal ProximalImpactor Impactor 4 3 3 2 2 1 10 12 0 12 Figura 1 change 4 i. Determina-se a partir das radiografias (figura 1): O tamanho e posição do plug intramedular. O plug deve ser posicionado 2cm distalmente à area lítica mais inferior no fêmur. ii. A distância do plug intramedular em relação a um acidente anatômico, por exemplo a extremidade proximal do trocanter maior. A distância pode ser medida usando-se os templates para o plug intramedular, e depois utilizada na inserção do mesmo no canal com o introdutor e fio guia do plug intramedular para determinar a posição correta. O plug deverá ser inserido a no mínimo 19cm do centro da cabeça femoral, o qual normalmente está situado ao nível da extremidade proximal do trocanter maior. iii. Uma estimativa do tamanho da haste Exeter™ a ser usada. O template X-Change® apropriado é sobreposto no template para o plug intramedular com a haste Exeter na posição adequada. O tamanho definitivo da haste será determinado durante o procedimento. 3. Posicionando o paciente: A técnica de impactação de enxerto esponjoso é geralmente mais eficaz se o trocanter maior for preservado. A retenção do trocanter maior melhora a estabilidade proximal do enxerto e componente femoral. Portanto, geralmente o posicionamento do paciente em decúbito lateral é apropriado (Figura 2). Isto permitirá a exposição da região posterior lateral e anterior do quadril através de modificações adequadas ou extensões das vias posterior e lateral. Figura 2 change 5 Pontos de reparo podem ser fixados a esses tecidos para mantê-los afastados na margem posterior da fascia lata. Em áreas onde haja espessamento ou fibrose extensos da cápsula pode-se ressecar as porções mais profundas, preservando uma camada mais delgada que pode ser muito útil na reinserção ao fêmur no final do procedimento. A tenotomia do psoas deve ser realizada ao nível do trocanter menor. 4. Exposição cirúrgica com uso da via posterior a. Incisão: A incisão deve ser feita sobre a cicatriz pré existente quando possível. Uma incisão longa é preferível, estendendo-se à região lateral do fêmur e também posteriormente à extremidade proximal do trocanter maior. b. Incisão da fascia: Deve ser iniciada em uma área da fascia lata que não tenha sido envolvida previamente em abordagens cirúrgicas. Isto pode ser bem distalmente, mas permite o desenvolvimento de um plano subfascial que será importante no fechamento e reparo da fascia. O uso desta via sempre exige a desinserção da porção tendinosa do glúteo máximo no fêmur. c. Identificação, exposição e proteção do nervo ciático: Esta é uma medida prudente nesta etapa. A identificação do nervo deve iniciar-se mais distalmente, onde o nervo é livre de tecido cicatricial, e dirigir-se proximalmente. Em situações onde a exposição distal não seja possível, a incisura isquiática pode ser identificada proximalmente, e o nervo então poderá ser encontrado na sua saída da incisura e então traçado distalmente. O nervo pode revelar um trajeto tortuoso, e por vezes pode ser encontrado próximo à região trocanteriana. d. Aspiração do quadril: Isto deverá ser repetido neste estágio na tentativa de obter-se fluido articular para bacterioscopia para excluir a presença de organismos ou excesso de neutrófilos. e. Exposição e incisão da cápsula: Geralmente a cápsula e resquícios dos rotadores externos curtos são desinseridos com o bisturi elétrico próximo às suas inserções no trocanter maior. Eles são então afastados em conjunto posteriormente, tendo como margem proximal a borda inferior do glúteo mínimo com a margem posterior do acetábulo, e como margem distal a região postero inferior da cápsula. change 6 f. Luxação: A cabeça do componente femoral é geralmente visível após a mobilização do tecido capsular posterior. Continua-se com dissecção superior, inferior e anterior obtendo-se maior mobilização do fêmur. Um gancho de osso ou uma compressa longa podem ser passados ao redor do colo da prótese para auxiliar na luxação elevando-se a cabeça e colo posteriormente, ao invés de realizar rotação interna manipulando o membro inferior. Nos casos de deficiência de estoque ósseo importante, esta etapa traz risco de fratura do fêmur e portanto a luxação deve ser realizada com cautela e extensa liberação de tecidos moles quando necessária, especialmente na região anterior do colo femoral. 5. Remoção do componente femoral: Pode ser necessária uma liberação extensa dos tecidos moles para completar esta etapa com segurança. A presença de cimento ou osso sobre o "ombro" do componente femoral exige sua remoção previamente à extração do implante. A tentativa de extrair o componente na presença de tais obstruções pode levar à fratura da porção proximal do fêmur. Em certos casos pode ser necessária a realização de uma osteotomia trocanteriana extendida, para permitir uma extração segura do implante. Tais osteotomias requerem reconstrução do canal femoral com fios de cerclagem ou cabos de aço precedendo a impactação de enxerto. satisfatório pois é de baixa consistência e não conferirá estabilidade à estrutura. Fragmentos ainda maiores de até 10mm de tamanho podem ser misturados aos fragmentos menores para a impactação do canal femoral ao redor do impactador proximal. 6. Maior mobilização do fêmur: a. b. Capsulotomia circunferencial: A mobilização da porção proximal do fêmur é essencial para o procedimento, com subsequente restauração do comprimento do membro. Nas regiões superior e inferior a capsulotomia geralmente é realizada sem maiores problemas. Um espessamento do tecido capsular é frequentemente encontrado, requerendo capsulectomia ao invés de simples capsulotomia. Na região anterior pode haver maior dificuldade na liberação capsular, especialmente na presença de abundante tecido cicatricial. Nestes casos é prudente expor a região anterior do fêmur e ressecar a cápsula anterior sob visão direta. c. 8. Preparação do canal femoral: a. Remoção do cimento: A remoção do cimento sempre deve ser total com uma exceção: Quando o plug de cimento distal estiver localizado a mais de 2cm além da área lítica mais distal no fêmur e se estiver firmemente fixado, este poderá então ser preservado, contanto que definitivamente não haja infecção. b. Remoção de todo tecido granulomatoso e membranas fibrosas: Isto deve ser realizado de maneira completa e extensa, seguido de irrigação abundante do canal. Espécimes do tecido membranoso devem ser enviados para estudo microbiológico e anatomopatológico de congelação. c. Reparo dos defeitos femorais: (vide sessão 9 e apêndice 1) O sucesso desta técnica de revisão depende da capacidade de contenção física do enxerto. Portanto, defeitos estruturais da diáfise femoral devem ser restaurados, precedendo a impactação do enxerto. Para detalhes técnicos dos métodos de reparo, ver apêndice 1 (página 18). Via lateral: i. Posiciona-se o membro em rotação externa. ii. A via lateral é realizada da maneira convencional, com cautela na proteção do feixe neurovascular na região proximal. iii. As deficiências femorais anteriores podem ser expostas afastando-se a porção proximal do quadríceps através da liberação de sua origem na região anterior do fêmur ao nível subtrocantérico. c. Exposição da porção proximal do fêmur: A porção proximal do grande trocanter deve ser exposta de maneira a permitir a inserção do fio guia pelo canal medular em seu eixo médio, e subsequentemente a inserção do impactador proximal. Isto significa que "o neo canal medular" que será formado pelo enxerto estará em alinhamento neutro com o fêmur, evitando posições em varo ou valgo. A largura desses instrumentos é tal que requer uma abertura na região proximal do trocanter de aproximadamente 1cm lateral ao eixo médio do canal, quando este é projetado proximalmente pela região do trocanter. É essencial que a porção proximal do fêmur seja reconstruída até o nível que corresponda à osteotomia do colo femoral em uma artroplastia primária do quadril. Como referência, o componente femoral não deve ser posicionado de maneira que a marcação mais inferior nas faces anterior e posterior do colo seja visível acima do nível do enxerto. (ver seção 9). 7. Preparação do enxerto: a. b. O uso de aloenxerto de osso esponjoso congelado (fresh frozen) é recomendável. A compatibilidade A,B,O entre o enxerto doador e o recipiente não é necessário. A compatibilidade Rh é importante quando o paciente for uma mulher ainda fértil com Rh negativo. Fragmentos de osso esponjoso autologo podem ser misturados ao enxerto se o cirurgião preferir. Fragmentos de aloenxerto são obtidos usando-se um moedor de osso. O tamanho dos fragmentos deve ser tal que possa conferir ao enxerto impactado certa estabilidade (por exemplo 4 a 6mm). O material obtido da fresagem não é Ao menos duas cabeças femorais devem estar disponíveis, sendo necessárias mais cabeças quando o estoque ósseo femoral é grave e/ou o acetábulo também necessitar enxerto impactado. d. Fixação profilática do fêmur com fios de cerclagem: Isto é recomendado em situações em que a cortical femoral esteja muito fina. Sob tais circunstâncias, a impactação vigorosa do canal pode levar a uma fratura diafisária longitudinal. Isto é mais facilmente abordado se a diáfise já estiver fixada com fios de cerclagem antes da fratura ocorrer. Os fios não devem ser demasiadamente tensionados, evitando colapso da estrutura nos casos de sério comprometimento ósseo. 7 9. O reparo dos defeitos corticais femorais: a. Defeitos diafisários: Nos casos de defeitos pequenos e totalmente cobertos por tecidos moles em suas margens, pode-se ignorá-los e simplesmente impactá-los com fragmentos de enxerto. Defeitos maiores devem ser expostos cirurgicamente, definindo suas margens claramente, assim como todo material granulomatoso e fibroso associados. Estes defeitos são reparados usando-se uma combinação de uma malha de aço inoxidável (ver apêndice 1) e fios de cerclagem. Uma vez completado o reparo desta maneira, a cirurgia prossegue como se não houvesse tal defeito. Nesta área será esperada a consolidação da cortical. Defeitos maiores localizados na área da extremidade distal da haste devem ser estabilizados com o uso de uma haste longa, placa femoral ou aloenxerto cortical. b. Defeitos metafisários: A reconstrução destes é melhor realizada após a redução de prova, mantendo-se o impactador proximal em posição, garantindo um espaço adequado entre a malha de aço e a prótese. O defeito deve ser reparado de maneira que os fragmentos de enxerto proximal possam ser totalmente contidos, capacitando-os a receber certa carga mecânica. Isto é obtido aplicandose uma malha de aço X-Change® fixada de acordo com a técnica de cerclagem adequada. (ver apêndice 1) 10. Oclusão distal do fêmur: a. Ha três possibilidades: Quando um plug intramedular novo (rosqueável) é utilizado: (Figura 3) O plug intramedular é rosqueado ao fio guia. O introdutor do plug é passado sobre o fio guia e o plug é impactado ao nível desejado. Normalmente este nível é localizado a pelo menos 19cm do centro proposto da cabeça femoral ou a 2cm distalmente à area lítica mais distal, seja qual for o maior valor. A distância mínima do plug é então marcada no fio guia. O plug deve ter fixação firme no canal. 8 Figura 3 Figura 4 b. Quando já existe um plug distal de cimento que será preservado: (ref: 8a) (Figura 4) Um impactador distal com maior diâmetro possível a posicionar-se um pouco acima do plug existente, é usado como centralizador para o perfurador. O perfurador é passado então através do cimento distal. (A broca do perfurador necessitará de troca após uso repetido). Figura 5a O fio guia é então passado através do impactador distal e rosqueado no cimento distal com o uso da chave em "T". O impactador distal é então removido. c. Quando um plug intramedular novo (rosqueável) é necessário distalmente ao ístmo: Um fio de Kirschner de 2mm é passado pelas duas corticais ao nível desejado. A extremidade ponteaguda do plug X-Change® é cortada de modo a formar uma superfície plana. O plug é então inserido no canal e mantido em posição pelo fio de Kirschner. 11. Seleção do impactador proximal: O introdutor do fio guia é retirado e o impactador proximal é introduzido. Inicia-se com o maior impactador proximal, testando-se a sequência de tamanhos menores. O primeiro tamanho a entrar no canal facilmente será o tamanho selecionado. Deve-se ficar atento para qualquer mudança da posição do fio guia para varo quando o impactador proximal é introduzido. Se isto estiver ocorrendo, desenvolve-se uma maior abertura lateral no trocanter maior até que um alinhamento neutro do impactador proximal seja atingido. O alinhamento neutro é melhor avaliado tendose como referência o ponto médio da fossa poplítea (quando a via posterior é utilizada) ou a patela (quando a via lateral é utilizada). 12. Impactação do enxerto: a. Irrigação e sucção da região distal do canal para remover todo e qualquer resquício de tecido membranoso. b. Seleção dos impactadores distais: (Figura 5) Antes de iniciar o uso dos impactadores, é importante estabelecer-se a distância de impactação para cada tamanho de impactador sem que este se prenda no canal. A progressão além desta distância poderá levar a uma fratura longitudinal do fêmur. Cada impactador é introduzido em sequência através do fio guia, notando-se a distância e marcando-se o nível correspondente à extremidade proximal do trocanter maior ou marca equivalente (Figura 5a). Figura 6 Figura 5 9 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Linha de Impactação distal 10 Para as hastes menores de offset 30mm, 33mm e 35.5mm, três anéis de marcação são identificados na área polida dos impactadores distais indicando as respectivas distâncias para estes implantes. É importante não prosseguir com o uso dos impactadores distais além da linha de impactação distal, a não ser manualmente. A impactação vigorosa tornaria impossível a inserção do impactador proximal ao nível correto. Consequentemente, ao impactar o enxerto, não se deve progredir com cada impactador além da distância determinada pela marcação realizada previamente (Figura 6). (Será necessária a reposição dos marcadores após uso repetido). Se for notada migração distal do plug intramedular durante a impactação, conferinda de acordo com as marcações no fio guia, um fio de Kirschner deverá então ser passado via percutânea fixando o plug. c. Os fragmentos de aloenxerto são introduzidos proximalmente ao redor do fio guia. Estes são então pressionados distalmente com os dedos e então os impactadores distais de maior diâmetro são usados manualmente levando o enxerto mais distalmente no canal. Uma camada de aproximadamente 1cm de enxerto deve ser formada acima do plug intramedular usando-se apenas os impactadores distais manualmente, antes que se inicie o uso do martelo deslizante. Isto previne a migração distal do plug intramedular. Neste estágio os impactadores distais devem ser montados para o uso do martelo deslizante (Figura 7). Este processo é continuado pela adição e impactação de mais enxerto, aumentando progressivamente o diâmetro dos impactadores distais em relação ao diâmetro do canal. É prudente checar a distância marcada pelo fio guia após a utilização da cada instrumento para certificar-se de que o plug intramedular não esteja migrando. Este processo é continuado até que não seja mais possível a inserção dos impactadores distais além da "linha de impactação distal". * (Figuras 7 a 9). d. O impactador proximal é então montado ao sistema e passado pelo fio guia (Figura 10). * Nota: Linha de impactação distal Deve-se iniciar o uso do impactador proximal assim que a linha de impactação distal seja atingida. Este ponto é determinado pela transição entre as áreas polida e não polida dos impactadores distais (para hastes de comprimento padrão). A linha de impactação distal é o comprimento que a ponta da haste definitiva atingirá quando implantada. Para a linha padrão de hastes (com offset de 37.5mm, 44mm e 50mm), a linha de impactação distal está situada a 155mm do centro proposto da cabeça femoral. Para a haste longa cuneiforme de 205mm a linha de impactação distal está situada a 205mm e deve ser indicada usando-se a marcação no impactador distal imediatamente acima do algarismo 20. Figura 10 11 Figura 14 Figura 15 Figura 11 12 Figura 12 Figura 13 e. f. g. h. i. Mais enxerto é introduzido na região proximal do fêmur. O impactador proximal é dirigido distalmente com o uso do martelo deslizante, o que forçará os fragmentos do enxerto em direção radial contra a parede cortical. O cabo do sistema de impactação é usado para controlar a rotação do impactador proximal e garantir que o "neocanal medular" seja formado com uma anteversão adequada * . O impactador proximal deve ser vigorosamente dirigido no enxerto (Figura 11). O impactador proximal é retirado do fio guia e mais enxerto é introduzido no canal que pode ser empurrado distalmente com o uso dos impactadores distais manualmente (Figura 12). Os impactadores distais são usados manualmente alternando-se com o impactador proximal montado ao martelo deslizante até que o enxerto na região intermediária do componente femoral esteja adequadamente impactado. À medida que o canal é preenchido de maneira retrógrada com enxerto, o impactador proximal é continuadamente passado pelo fio guia e dirigido contra o enxerto com o uso do martelo deslizante (Figura 13). O impactador proximal deverá estar apresentando maior estabilidade. Caso contrário, deve-se procurar a presença de fratura. O impactador proximal deve ser dirigido até o nível desejado conforme determinado no planejamento pre-operatório. A impactação final do enxerto proximal é obtida com o uso dos impactadores femorais em bloco e meia lua. Fragmentos maiores de enxerto devem ser misturados aos fragmentos menores nesta etapa (Figuras 14 e 15). Se o enxerto estiver impactado de maneira tão firme que o impactador proximal não consiga ser introduzido totalmente, usa-se um tamanho menor para a impactação final. O tamanho da haste definitiva a ser selecionado será aquele do impactador proximal que for utilizado na impactação final. Deve haver absoluta estabilidade axial e torcional do impactador proximal ao final da impactação. Enfatiza-se que deverá ser impossível a retirada do impactador proximal sem o uso do martelo deslizante (Figura 16). Geralmente é possivel realizar uma redução de prova com o fio guia ainda rosqueado ao plug intramedular. Caso contrário o mesmo deverá ser desrosqueado do plug e retirado do fêmur (Figura 17). *Notar que a haste de alinhamento menor usada no introdutor do componente acetabular Exeter™ pode ser inserida no orifício rosqueado na região proximal do cabo do sistema de impactação para facilitar a avaliação da anteversão. (ver item h) Figura 16 Figura 17 13 13. Redução de prova: Isto permite avaliar a estabilidade e o comprimento do membro, além de servir como um meio adicional de corrigir o nível de inserção da haste. a. O quadril é reduzido com a cabeça de prova apropriada acoplada ao impactador proximal (Figura 18). b. Qualquer mudança no nível de inserção da haste no fêmur pode agora ser estimada pelo comprimento relativo do membro. Se o membro estiver curto, a impactação de enxerto pode ser continuada de modo a elevar o nível de reconstrução do fêmur. Figura 19 Figura 18 14 c. O quadril é cuidadosamente luxado e a cabeça de prova é então removida. d. Uma vez que a posição da haste e redução de prova sejam satisfatórias, o fio guia é removido com o cabo em "T" . e. Na presença de defeitos metafisários este é o momento apropriado para a aplicação de uma malha de aço X-Change® (ver sessão 9b e apêndice 1). f. O protetor do encaixe do impactador proximal é acoplado, conectando o introdutor da haste (com o medidor do comprimento do membro) a ele (Figura 19). g. O medidor do comprimento do membro é ajustado de modo que seu marcador esteja convenientemente posicionado em relação à extremidade proximal do fêmur. i. O ponto de identificação no fêmur também auxilia no nível de inserção da haste. j. O introdutor da haste é cuidadosamente removido, evitando-se alterar a posição do medidor de comprimento do membro. k. É importante que a conexão do introdutor no impactador proximal ao nível de seu "ombro" esteja livre de fragmentos de enxerto ou partes moles. O sistema de impactação do martelo deslizante é acoplado ao impactador proximal para sua extração antes da inserção do cimento (Figura 20). Figura 20 h. A posição do marcador do medidor de comprimento do membro é identificada com o uso do bisturi elétrico e azul de metileno. Este ponto de identificação auxilia não apenas no comprimento do membro mas também no alinhamento correto do implante. O marcador do medidor de comprimento do membro não estará no mesmo ponto de identificação no fêmur se o componente estiver em varo ou valgo. change 15 14. Injeção do cimento e introdução da haste: a. O impactador proximal é mantido em posição até imediatamente antes da injeção do cimento. Isto mantém o enxerto impactado e o cateter de sucção pode ser posicionado através do lumen do impactador proximal para manter o neocanal seco. b. As asas do centralizador da haste Exeter™ são removidas e o mesmo é inserido na ponta da haste (Figura 21). c. O cimento Simplex® é injetado de maneira retrógrada com o uso da pistola de cimento com bico de revisão (Figura 22). O momento da injeção dependerá do tipo de cimento utilizado. Para garantir a adequada penetração no enxerto, recomenda-se o uso de cimento com baixa viscosidade. Duas misturas de cimento Simplex de 40 gramas são necessárias para garantir uma pressurização contínua até antes da introdução do componente. d. Uma vez preenchido de maneira retrógrada, o neocanal é pressurizado com o uso da pistola de cimento acoplada ao coxim vedador para revisão após a remoção do bico ao nível do coxim (Figura 23). e. A pressurização é mantida até que a viscosidade do cimento Simplex esteja apropriada para a introdução do componente. Figura 21 16 Figura 22 Figura 23 f. A inserção da haste Exeter™ até a sua posição pré-determinada é feita usando-se o medidor de comprimento do membro. Atenção deve ser tomada em relação ao alinhamento da haste durante a inserção (Figura 24). O cirurgião usa seu polegar para ocluir a saída do canal medular no lado medial da haste, mantendo a pressão do cimento durante a introdução do componente. g. Assim que o nível de inserção do componente é atingido o introdutor da haste é removido. O vedador proximal é posicionado ao redor da porção proximal da haste, auxiliando na manutenção da pressão durante a polimerização do cimento e garantindo que a haste não se mova proximalmente (Figura 25). 15. Redução e sutura por planos: Estas etapas são realizadas como de costume. A sutura por planos, incluindo o tecido subcutâneo, é considerada importante, assim como a aplicação de um dreno adequado. Figura 24 16. Conduta no pós-operatório: Isto deve ser considerado individualmente de acordo com as diferentes ciscunstâncias de cada caso. Revisões femorais com reconstruções complexas do acetábulo podem requerer um período de repouso antes do paciente iniciar com carga mínima e uso de muletas. Similarmente, perdas do estoque ósseo muito graves no lado femoral podem exigir um período de repouso. Reconstruções femorais sem maiores problemas podem iniciar com mobilização com muletas e carga mínima entre o segundo e quarto dias pós-operatórios. Deficiências graves das partes moles algumas vezes requerem 3 semanas de repouso. A carga mínima no membro é mantida por 3 meses, e aumentada gradativamente, evoluindo para uma muleta no lado contralateral, e então duas bengalas e finalmente uma bengala, de acordo com o caso. change Figura 25 17 APÊNDICE 1 O uso da malha de aço X-Change® O objetivo primordial do cirurgião em usar aloenxerto impactado e cimento é o de criar estabilidade do implante. A estabilidade do implante na impactação do enxerto depende do grau de contenção do enxerto, da impactação do enxerto e da injeção do cimento na superfície do enxerto. A contenção é normalmente provida pelo osso circundante, mas quando este é deficiente seja no acetábulo ou no fêmur, é necessário o uso de algum método de contenção artificial antes do início da impactação. A maneira mais eficiente utilizada até o momento é o uso da malha perfurada, fixada de maneira apropriada ao osso para vedar o defeito completamente. O principal objetivo do uso da malha é o de prover contenção do enxerto e não, por exemplo, o de reforçar a estrutura da diáfise femoral. Mecanicamente, a malha é incapaz de exercer o papel de reforço estrutural diafisário por si só e, se usado para estabilizar deficiências circunferenciais diafisárias, a falha do sistema será inevitável. Nesta situação onde um reforço para a diáfise femoral se faz necessário, a malha deverá ser complementada com enxertos corticais, placas diafisárias ou a combinação de ambos. Esses reforços deverão estender-se a uma distância suficiente proximal e distal ao defeito para serem mecanicamente eficazes. Nos casos onde deficiências femorais são situadas próximas à ponta de uma haste de comprimento padrão, o enxerto cortical e/ou a placa diafisária poderão ser reforçados com uma haste longa. change 18 TÉCNICA OPERATÓRIA ACETABUL AR RECONSTRUÇÃO ACETABULAR COM IMPACTAÇÃO DE ENXERTO E CIMENTO Prof. T.J.J.H. Slooff, Dr. J.W.M. Gardeniers, Dr. B.W. Schreurs, Universidade de Nijmegen, Holanda. Introdução: Perda óssea encontrada em artroplastia total do quadril pode ocorrer devido a displasia, trauma pregresso, tumores, infecção, soltura asséptica dos implantes e osteólise periprostética. Em todas estas circunstâncias o maior desafio é a perda óssea. Isto resulta na perda da integridade estrutural e deficiência de suporte mecânico para o implante. Os objetivos do tratamento para perda óssea são: • A restauração da mecânica do quadril através do posicionamento do componente acetabular em localização anatômica. • Restauração das deficiências ósseas através do fechamento de defeitos segmentares para atingir contenção. • A reposição da perda óssea pelo preenchimento de defeitos cavitários com fragmentos de aloenxerto ósseo. • A restauração da estabilidade através da impactação dos fragmentos do enxerto e do uso de cimento ósseo. Estes objetivos podem ser atingidos utilizando-se o sistema de instrumental para revisão acetabular X-Change®. Desta maneira consegue-se prover estabilidade à reconstrução acetabular através da impactação de fragmentos de aloenxerto no acetábulo contido em localização anatômica correta. 20 Posicionamento do paciente: Geralmente o posicionamento do paciente em decúbito lateral é apropriado. Isto permitirá exposição das regiões posterior, lateral e anterior do quadril através de modificações adequadas e extensões das vias usuais posterior ou lateral. change 21 Exposição cirúrgica: A identificação das estruturas anatômicas principais e do nervo ciático pode auxiliar na referência anatômica, já que esta poderá estar alterada por fibrose e distorções. Essas estruturas anatômicas são a extremidade proximal do trocanter maior, o trocanter menor, a porção tendinosa do glúteo máximo e a borda inferior dos glúteos médio e mínimo. A obtenção de fluído através de aspiração articular deve ser realizada neste estágio e enviada para bacterioscopia. A porção proximal do fêmur é exposta e mobilizada extensivamente antes que o quadril seja luxado. Uma exposição bem ampla de todo o acetábulo é essencial para a remoção de todo tecido cicatricial, realizando uma capsulotomia circunferencial e a tenotomia do íliopsoas. Após a remoção dos componentes e do cimento, a interface fibrosa encontrada é extensivamente liberada da parede acetabular irregular com o uso de curetas e dissecção. Um cuidado especial deve ser tomado para localizarse o ligamento transverso na região inferior do acetábulo. Esta é a melhor estrutura anatômica para o posicionamento da borda inferior do componente acetabular. Iniciando-se a partir deste ponto a reconstrução do acetábulo poderá ser feita de maneira anatômica. change 22 Prova do componente acetabular sobre o ligamento transverso Preparação do acetábulo: É importante que não se remova mais osso do que seja absolutamente necessário, já que o osso remanescente servirá de fundação para o acetábulo a ser reconstruído. O uso dos instrumentos e a manipulação do osso é uma operação delicada devido à forma irregular do acetábulo, o qual geralmente é encontrado alargado. A parede acetabular esclerótica é então "revitalizada" com o uso do perfurador formando múltiplos orifícios pequenos para aumentar a superfície de contato e promover a invasão vascular no enxerto. O acetábulo é então irrigado. A reconstrução é precedida do posicionamento de uma prova do componente acetabular sobre o ligamento transverso que equivale na radiografia à imagem da lágrima, isto é, restaurando a posição anatômica do acetábulo. Desta maneira é feita uma estimativa da quantidade de enxerto necessária para o procedimento. Nos casos em que a contenção de enxerto for comprometida pela presença de deficiência óssea segmentar, será necessário o uso de uma malha de aço flexível fixada à parede do ílio com parafusos. As deficiências segmentares mediais e periféricas são avaliadas. A malha de aço inoxidável flexível pode ser cortada e adaptada a estes defeitos. Na periferia a fixação é feita com pequenos parafusos em 3 locais no mínimo, mas preferencialmente, mais pontos de fixação são utilizados para garantir estabilidade (parafusos bicorticais onde possível). O defeito segmentar medial também pode ser coberto com a malha de aço ou, no caso de uma deficiência muito pequena, com o uso de um enxerto ósseo estrutural córtico-esponjoso. Após o fechamento destes defeitos segmentares o acetábulo está restaurado necessitando apenas do preenchimento dos defeitos cavitários formados. Parafuso Malha Defeito medial Parafuso Malha Defeito segmentar periférico Defeitos fechados com malha de aço Em casos de perda óssea extensa incluindo deficiência das colunas anterior e/ou posterior ou ainda casos de discontinuidade pélvica, o uso de "cages" se faz necessário em combinação com aloenxerto impactado. 23 Preparação do enxerto: Reconstrução acetabular: O uso de aloenxerto de cabeças femorais congeladas (fresh frozen) é recomendado. Fragmentos de osso autologo esponjoso podem ser misturados ao aloenxerto se o cirurgião assim preferir. Após a limpeza o acetábulo é impactado firmemente com os fragmentos do enxerto iniciando-se pelas pequenas cavidades, então subsequentemente por camadas em todo o acetábulo. Os impactadores comprimem os fragmentos in situ. Os impactadores acetabulares devem ser usados do menor para o maior diâmetro, adicionando então mais enxerto até que um grau satisfatório de estabilidade tenha sido alcançado, o qual só poderá ser atingido através de vigorosa impactação. O último impactador usado deve ser 2 a 4mm maior em relação ao diâmetro do componente acetabular planejado. Cuidado deve ser tomado na restauração da anatomia do quadril através da impactação da quantidade de enxerto que se faça necessária para que o componente acetabular fique posicionado ao nível do ligamento transverso (restauração da forma acetabular). A camada de enxerto impactado deve ter no mínimo 5mm de espessura. Para a impactação próxima à borda do acetábulo os impactadores menores são então usados em combinação com o impactador maior. Os fragmentos de aloenxerto são preparados usando-se um saca-bocado ou um moedor de osso que produza fragmentos de tamanho substancial. O tamanho mais apropriado para os fragmentos usados no acetábulo (aproximadamente 10mm) é enfatizado em contraste com o tamanho menor dos fragmentos de 4mm usados na reconstrução femoral. O material obtido da fresagem óssea não é satisfatório devido à sua baixa consistência. Ao menos duas cabeças femorais devem estar disponíveis. Desta maneira todo o hemisfério acetabular será finalmente coberto por uma camada de aloenxerto. Enxerto Prova do componente acetabular Ligamento transverso Fragmentos de aloenxerto (tamanho em escala) 24 Pressurização do cimento: A cavidade é seca usando-se uma compressa, que pode ser embebida em uma solução de peróxido de hidrogênio se necessário, para prover uma superfície limpa e seca para o cimento ósseo. A compressa é cuidadosamente removida e o cimento Simplex® é introduzido na cavidade acetabular em um estado relativamente viscoso. Utilizando o cimento Simplex a uma temperatura de 21° C, o cimento deverá ser misturado por no mínimo 1 minuto, aguardando-se por pelo menos mais 1 minuto e inserindo-o na cavidade após 3 a 4 minutos do início da mistura. O pressurizador é coberto com uma compressa e uma camada de látex, e então inflado e aplicado ao cimento, exercendo-se pressão considerável forçando o cimento em direção ao enxerto ósseo. Como anteriormente, cuidado deve ser tomado para evitar o deslocamento de fragmentos de enxerto para fora do acetábulo e consequentemente deformando a borda acetabular. O tamanho apropriado do componente acetabular Exeter™ é então implantado, com o auxílio das hastes de alinhamento para garantir a posição correta do implante. O tamanho apropriado do implante é 2 a 4mm menor que o diâmetro do último impactador utilizado, criando-se o espaço para a camada de cimento. Radiografia de reconstrução acetabular O componente acetabular Exeter é mantido em posição com o uso de uma cabeça de prova de tamanho apropriado conectada ao empurrador acetabular universal durante a polimerização do cimento. Pressurizador acetabular Fixação com parafuso Malha Fragmentos de enxerto Cimento Componente acetabular Exeter de polietileno 25 DESTAQUES 1 2 5 6 9 10 26 DA TÉCNICA OPERATÓRIA 3 4 7 8 11 Radiografia pós-operatória, AP 27 TÉCNICA OPERATÓRIA PAR A HASTES LONGAS Figura 2a 2cm 155mm IMPACTAÇÃO DISTAL Figura 1 Indicação O sistema de instrumental de revisão X-Change® para hastes longas é suprido como uma extensão da técnica X-Change básica a ser usada em conjunto com uma haste longa Exeter™ nos casos de osteólise ou deficiência de estoque ósseo ao nível da ponta de uma haste Exeter de comprimento padrão ou além deste. Há dois tipos de hastes longas Exeter: aquelas baseadas na haste de offset 44mm número 3 com uma extensão cilíndrica a proporcionar comprimentos de 200mm, 220mm, 240mm e 260mm; e a haste de 205mm de geometria totalmente cuneiforme (baseada na haste de offset de 44mm número 2). O sistema de instrumental de revisão X-Change para hastes longas pode ser usado para a linha completa de hastes longas Exeter. Preparação e impactação distal para as hastes longas Exeter™ de 200, 220, 240 e 260mm A técnica operatória é idêntica àquela usada no sistema de instrumental de revisão X-Change básico até e incluindo o estágio de impactação do enxerto à "linha de impactação distal". Entretanto, o fio guia X-Change para hastes longas deve ser usado, pois possui um diâmetro menor do que o fio guia X-Change do instrumental básico para permitir o uso da trefina de enxerto. Este fio guia pode ser identificado pelo seu comprimento e área polida abaixo da primeira marca a 19cm. Assim como para o instrumental de artroplastia primária, o plug intramedular deve ser inserido a uma distância de 2cm distalmente à ponta da haste a ser usada (Figura 1). Com o sistema de instrumental de revisão X-Change para hastes longas, a impactação do enxerto até a linha de impactação distal é realizada para toda a linha de hastes longas. A impactação proximal é então realizada antes da criação do espaço para a porção cilíndrica da haste. Impactação proximal para as hastes longas Exeter™ de 200, 220, 240 e 260mm O impactador proximal X-Change é montado no sistema de impactação com o martelo deslizante e passado pelo fio guia. O impactador proximal é então dirigido em direção ao enxerto, forçando os fragmentos contra as paredes do canal (Figura 2b). Usa-se o cabo do sistema de impactação para controlar a posição rotacional do impactador proximal, garantindo a posição do neocanal medular com anteversão correta. A impactação proximal deve ser dirigida de maneira vigorosa. Se a qualidade óssea no fêmur proximal for ruim, devem ser passados fios de cerclagem profilaticamente ao redor do calcar femoral antes do início da impactação proximal. O impactador proximal é então retirado do fio guia e mais enxerto é introduzido no canal com o auxílio dos impactadores distais usados manualmente. Continua-se usando o impactador proximal acoplado ao martelo deslizante alternando-se com os impactadores distais usados manualmente. O impactador proximal tornar-se-á mais firme e estável. Se isto não ocorrer, o fêmur deverá ser examinado para identificação de fraturas e apropriadamente fixado com fios de cerclagem. A impactação deve ser continuada até que o impactador proximal esteja absolutamente estável no neocanal medular. 29 Figura 2b Figura 2c Figura 2d 260 240 220 O impactador proximal deve ser dirigido até a distância determinada pelo planejamento pre-operatório. Neste estágio é útil a realização de uma redução de prova preliminar. Uso da trefina de enxerto para a inserção de uma haste longa A trefina de enxerto X-Change® deverá então ser montada. Isto é realizado passando-se a trefina pelo fio guia e empurrando-se o pistão interno até que o marcador atinja o cabo. A trefina é então avançada no enxerto manualmente em um movimento oscilante rotatório de cerca de meia volta em cada direção alternadamente. À medida que a trefina é inserida no enxerto, o pistão eleva-se (Figura 2c). Quando a marca na haste do pistão tornar-se visível a trefina deverá então ser desmontada e o enxerto expelido deprimindo-se o pistão (às vezes é necessário o uso de um martelo), tomando-se o cuidado de preservar o enxerto para novo uso caso necessário. A trefina é montada novamente no fio guia e avançada até a distância desejada. Marcas de distância são providas na trefina correspondendo ao comprimento da haste a ser implantada. A marca deverá estar alinhada com a extremidade proximal do trocanter maior, ou local equivalente identificando a posição final da cabeça femoral. As marcas para as hastes longas são identificadas pelo comprimento da haste. Uma única marca à distância de 205mm é provida para ambas as hastes de 200mm (Exeter™ longa) e 205mm (Exeter cuneiforme longa). 30 Uma vez que o enxerto tenha sido removido até a distância correta, a trefina é retirada e o impactador proximal é montado no sistema de impactação e passado pelo fio guia. O impactador proximal é inserido à distância necessária no "neocanal medular" já formado (Figura 2d). Caso necessário, mais enxerto é adicionado ao canal e comprimido com o uso do impactador proximal de modo a dirigí-lo à distância necessária. Os "cilindros" de enxerto obtidos com o uso da trefina podem ser utilizados nesta etapa, caso necessário. Uma vez completada uma impactação firme, o impactador proximal conseguirá ser dirigido à distância planejada apenas se vigorosamente impactado. O impactador é então movido retrogradamente por 1 a 2cm e os impactadores femorais em meia lua são usados. Fragmentos maiores de enxerto são usados ao redor do impactador proximal. Novamente, o impactador proximal é dirigido à sua posição mais firme e o preenchimento proximal do enxerto é continuado. O cirurgião deve garantir estabilidade axial e torcional absoluta para o impactador proximal ao final deste estágio. Deve ser enfatizado que não é possível retirar-se o impactador proximal do enxerto sem o uso do martelo deslizante. Geralmente é possível realizar-se uma redução de prova com o fio guia mantido em posição. Caso isto não seja possível, o conectador é removido e o fio guia é desrosqueado do plug e retirado do fêmur. Para instruções da redução de prova e passos do procedimento subsequentes retornar à técnica operatória para o sistema de instrumental de revisão X-Change básico. Figura 3 Figura 4a Figura 4b Figura 4c 260 240 220 205 155mm IMPACTAÇÃO DISTAL 2cm 200 Técnica de impactação para a haste de 205mm cuneiforme longa A técnica de impactação deve ser seguida como de acordo com a utilizada no instrumental padrão até o estágio da "linha de impactação distal" (Figura 4a). Quando o enxerto tiver sido removido até a distância correta, a trefina é removida. O impactador proximal apropriado é então montado ao sistema de impactação e passado pelo fio guia (Figura 4c). A técnica é continuada de acordo com as instruções descritas na técnica operatória para o sistema de instrumental de revisão X-Change básico. A trefina de enxerto X-Change® é montada. A trefina de enxerto é passada pelo fio guia e o pistão interno é empurrado até que a marcação atinja o cabo. A trefina de enxerto é avançada no enxerto com o uso de uma movimentação oscilante rotatória de cerca de meia volta em cada direção alternadamente. À medida que a trefina de enxerto é avançada e preenchida com enxerto, o pistão eleva-se (Figura 4b). Quando a marca na haste do pistão tornar-se visível, a trefina de enxerto é desmontada e o enxerto é expelido deprimindo-se o pistão, tomando-se o cuidado de preservar o enxerto para novo uso caso necessário. A trefina de enxerto é montada novamente e avançada continuadamente até a distância requerida. Marcas de distância são providas na trefina de enxerto, correspondendo ao comprimento da haste a ser implantada. A marca deverá ser alinhada com a extremidade proximal do trocanter maior, ou local equivalente identificando a posição final da cabeça femoral. As marcas para as hastes longas são identificadas pelo comprimento da haste. Uma única marca a 205mm é dada para ambas as hastes de 200mm (haste longa) e de 205mm (haste cuneiforme longa). Marcas são também providas para hastes curtas mas estas não serão relevantes na técnica presente. Indicações para o uso de hastes longas A haste longa deve ser usada com o objetivo de prover estabilidade em áreas de osteólise, qualidade óssea inferior ou fraturas. A haste Exeter cuneiforme longa de 205mm pode ser usada na indicação de aumentar a estabilidade de áreas enfraquecidas de osso. O uso desta haste em casos de fratura femoral não é apropriado. Além disto, quando houver um risco de que a porção distal da haste possa ficar mais firmemente fixada do que a porção proximal, o uso desta haste será contra-indicado. Esta situação pode ocorrer, por exemplo, onde houver uma diáfise estreita abaixo de uma região expandida do fêmur proximal, decorrente de osteólise endosteal circundando a uma haste mais curta. Nestes casos pode ser apropriada a fresagem da diáfise de modo a permitir uma manta completa do enxerto ao redor da haste de 205mm. Caso haja impactação inadequada na região proximal do fêmur haverá risco aumentado de que a porção distal da haste esteja mais rigidamente fixada do que a porção proximal. Se esta situação for permitida haverá um risco aumentado de fratura do implante. É essencial que a impactação da região proximal do fêmur resulte em 31 estabilidade axial e torcional absolutas. change Técnica Femoral Técnica Acetabular Mr. G.A. Gie, M.B., Ch.B.Ed., F.R.C.S., F.R.C.S.Ed. (Orth.) Consultant Orthopaedic Surgeon, Princess Elizabeth Orthopaedic Centre, Exeter, Devon, Reino Unido Prof. Dr. T.J.J.H. Slooff, M.D. Ph.D. Orthopaedic Surgeon (Retired), Institute of Orthopaedics, University Hospital, St. Radboud, Nijmegen, Holanda Prof. R.S.M. Ling, O.B.E., M.A.,B.M. (Oxon.), Hon.F.R.C.S.Ed., F.R.C.S. Consultant Orthopaedic Surgeon (Retired), Princess Elizabeth Orthopaedic Centre, Exeter, Devon, Reino Unido Dr. J.W.M. Gardeniers, M.D. Ph.D. Orthopaedic Surgeon, Institute of Orthopaedics, University Hospital, St. Radboud, Nijmegen, Holanda Mr. A.J. Timperley, M.B., Ch.B., F.R.C.S.Ed. Consultant Orthopaedic Surgeon, Princess Elizabeth Orthopaedic Centre, Exeter, Devon, Reino Unido Dr. B.W. Schreurs, M.D. Ph.D. Orthopaedic Surgeon, Institute of Orthopaedics, University Hospital, St. Radboud, Nijmegen, Holanda Tradução: Dr. John A. F. Charity Paula A. T. Charity Princess Elizabeth Orthopaedic Centre, Exeter, Devon, Reino Unido © 2001 Stryker Corporation. Stryker®, Simplex®, X-change®, V40™ and Exeter™ são marcas registradas da Stryker Corporation. Todos os direitos reservados. Impresso no Reino Unido BEN 13768 XCHOT01P01 Stryker Europe Stryker House Hambridge Road Newbury Berkshire RG14 5EG Tel: +44 (0)1635 556500 Fax: +44 (0)1635 556551 E-mail: [email protected] Website: www.strykereurope.com