O Batista Mineiro - Convenção Batista Mineira
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O Batista Mineiro - Convenção Batista Mineira
Ordenação pastoral feminina. Certo ou errado? Mais de cem batismos em Juiz de Fora Página 23 Página 7 O Batista Mineiro Convenção Batista Mineira | Rua Plombagina, 250 - Floresta - 31110-090 - Belo Horizonte - MG Ano 89 | Dezembro de 2011 Batistas chegam a outras duas cidades de MG Jubam lança TM Itinerante A Jubam realizou, em novembro, a 1ª edição do Turma de Minas Itinerante. O novo projeto consiste em realizar encontros de impacto para adolescentes em cidades do interior mineiro. O primeiro encontro foi realizado em Carangola. Página 14 Página 13 Um ano da Casa de Amparo a Mães e Filhos O projeto idealizado pelo ministério de capelania prisional Missão Alma Livre nasceu com a proposta de dar apoio às mulheres que saem das penitenciárias e não têm onde se estabelecer. Hoje, contudo, a Casa também abriga prostitutas e esposas de detentos, entre outros casos particulares. Um culto de ação de graças reuniu irmãos e amigos na Igreja Batista do Barro Preto, em Belo Horizonte. Página 17 [email protected] SAM chega a Teófilo Otoni e Salto da Divisa A Sociedade de Apoio a Missões (SAM) promove sua 21ª viagem missionária neste mês de janeiro e chega a Teófilo Otoni e Salto da Divisa. Voluntários de várias denominações evangélicas se unem para levar Cristo ao interior do Estado. Página 18 www.batistas-mg.org.br | (31) 3429.2000 2 EDITORIAL O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Da mesa do diretor Pastor José Renê Toledo* 5. Colocou no orçamento a contribuição para o Fundo Beneficente da Ordem dos Pastores? 9. O pastor tem Fundo de Garantia? Se não, seria bom começar em 2012. 6. Colocou no planejamento alguns sermões sobre mordomia, santidade e vida moral elevada? 10.O pastor tem Plano de Saúde? Se não, a Igreja pode iniciar pagando uma parte do Plano de Saúde. 11.Não se esquecer de registrar em Cartório a ata de eleição e posse da diretoria para 2012. 3. Colocou no orçamento a participação no Programa de Adoção Missionária (PAM)? 7. Colocou no orçamento um reajuste na remuneração do pastor? Uma boa coisa a fazer é estabelecer um salário baseado no salário mínimo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que em dezembro de 2011 equivale a R$ 2.324,00. 4. Colocou no planejamento uma viagem a um dos campos missionários de Minas Gerais? Entre em contato com o Comitê de Evangelismo e Missões e solicite sugestão. 8. O INSS do pastor da Igreja está em dia e é sobre o que ele efetivamente recebe? Se não, é importante aumentar progressivamente até alcançar o teto da Previdência Social. 13.O Estatuto da Igreja foi atualizado para atender o Código Civil? Se não, prepare-se para reformá-lo. Peça à sede da Convenção cópia do modelo existente. Estamos no ocaso de mais um ano e no limiar de outro. É um bom momento para a Igreja refletir e fazer algumas avaliações: 1. Colocou no orçamento de 2012 a fidelidade ao Plano Cooperativo? 2. Colocou no orçamento o aumento de percentual no PC, caso ele ainda não seja equivalente a 10% da receita regular? 12.Verificar na Receita Federal se o nome que consta lá como responsável pela Igreja é o do atual presidente. Se não for, providenciar o acerto. Carta da redação Olá, leitor! Chegamos à última edição de 2011 de O Batista Mineiro. Como todo trabalho que é feito para o crescimento e fortalecimento do reino de Deus, temos muito que comemorar. Quatro edições do nosso jornal foram publicadas este ano e, em cada uma delas, algumas novidades: criamos a coluna Prazer em Ler, no caderno Gerais/azul, com dicas de leitura; a coluna Voluntariado cristão, no caderno Fique por Dentro/verde, com atividades e realizações das igrejas que precisam de doações e/ ou voluntários; retomamos, na edição de outubro, o editorial Palavra do Presidente – um espaço dedicado aos conselhos e alertas ministrados pelo presidente da Convenção Batista Mineira, pastor Sebastião Arsênio da Silva; abrimos espaço, também no caderno Gerais, para apresentar as associações regionais (já falamos das associações Central, Central Riodocense, Centro Norte e Leste Zona da Mata); lançamos a Coluna SBME, que traz notícias sobre as últimas realizações e conquistas do Sistema Batista Mineiro de Educação; e, por fim, inauguramos o BatisKids, em outubro. Esta é uma página dedica aos ‘pequenos batistas’ que aguçam desde criança o gosto pela leitura. Para esta edição de dezembro, o leitor encontra, nas próximas páginas, oito artigos de opinião e reflexão sobre temas que confrontam Eis que chega 2012 14.O imóvel da Igreja está em nome dela? Se não, será bom planejar a mudança colocando, inclusive, as Clausulas de Segurança sugeridas pela Convenção Batista Mineira. Estas são algumas lembranças. Certamente sua Igreja pode ter outras necessidades que valham um planejamento para 2012. No próximo ano teremos várias “operações Trans” espalhadas por todo o Estado. Desafie sua Igreja a enviar participantes. Também estamos planejando chegar às cidades de Urucuia, no norte de Minas; e Fronteira, no Triângulo. Ore e planeje participar no sustendo dos missionários. *Diretor executivo da CBM Letícia Bessa* os batistas ao longo dos anos. Um deles, de autoria do pastor Sandro Ferreira, discute por que não aceitar a ordenação pastoral feminina. Todos eles estão nas páginas azuis de O Batista Mineiro. No mesmo caderno, página 27, o leitor que acompanha as ações da Convenção já podem se antecipar e conferir o calendário da CBM para 2012. O caderno Fique por Dentro também traz algumas novidades! Entre elas os detalhes da comemoração que marca um ano de funcionamento da Casa de Amparo a Mães e Filhos – iniciativa do ministério de capelania prisional Missão Alma Livre (foto). Também é motivo de gratidão a missão cumprida pelo Comitê de Evangelismo e Missões, que implantou o trabalho batista nas cidades de Pedralva e Icaraí. Os detalhes na página 13. Jovens e adolescentes não ficam de fora. É que foi lançado o projeto Turma de Minas Itinerante, que leva um pouco do maior congresso fechado de adolescentes do País a cidades do interior de Minas Gerais (página 14). As notícias sobre as realizações das igrejas e pastores, homenagens e testemunhos podem ser conferidos no caderno Giro Minas/laranja. De fato, são muitos os motivos de gratidão. Convidamos você, leitor, a festejar essas conquistas conosco e celebrar o novo ano: 2012. Boas festas e ótima leitura! *Editora Palavra do presidente Pastor Sebastião Arsênio da Silva* A autonomia das Igrejas E ntre todos os princípios defendidos pelos batistas, o da autonomia da igreja local é um dos mais enfatizados. No governo da igreja, não temos uma hierarquia nem a força de uma autoridade central. Cada igreja batista é autônoma e independente. É o que está expresso na Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira: “As igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pela Palavra de Deus, sob a orientação do Espírito Santo”. Esse tem sido o entendimento dos batistas através dos tempos, não por uma questão aleatória ou, apenas, de preferência, mas, em consonância com o padrão estabelecido na Palavra de Deus. Sabemos que desde a implantação do cristianismo, as igrejas que foram surgindo tinham vida própria e se autogeriam. Por isso, as associações e as convenções não podem legislar sobre as igrejas. No máximo, fazem recomendações que podem ser acatadas ou não. Entretanto, é preciso entender que não existe autonomia no sentido amplo, geral e irrestrito como pretendem alguns. Do ponto de vista doutrinário, por exemplo, a igreja está vinculada aos pressupostos denominacionais. Desde que esteja ligada à denominação, a igreja deixa de ser autônoma dou- 3 EDITORIAL O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 trinariamente. Nesse caso, a autonomia se aplica, apenas, no sentido administrativo. Assim está previsto no Estatuto da Convenção Batista Mineira: “A Convenção reconhece a autonomia administrativa das igrejas” (Artigo 2º, parágrafo 1º). Uma igreja local é autônoma para investir seus recursos, estabelecer seus estatutos e regimentos, convidar seu pastor, estabelecer sua estrutura e filosofia de trabalho, mas não pode usar sua autonomia para criar sua própria configuração doutrinária. Para entender melhor esta questão, vamos tomar, como exemplo, as decisões do concílio de Jerusalém, conforme a narrativa do capítulo 15 de Atos. O texto informa que o surgimento de uma controvérsia doutrinária envolvendo judeus e gentios ensejou a criação de um concílio que, após discutir o assunto, tomou uma decisão que foi comunicada às Igrejas, nestes termos: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês nada além das seguintes exigências necessárias: que se abstenham da comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual. Vocês farão bem em evitar estas coisas. Que tudo lhes vá bem” (Atos 15.28-29). Ninguém pode negar que as decisões daquele concílio foram uma limitação da autonomia das igrejas. O documento elaborado e enviado às mesmas tem um caráter restritivo e impositivo. Nesse caso, fica O Batista Mineiro expediente ANO 89 OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2011 O Batista Mineiro é um órgão informativo da Convenção Batista Mineira, com periodicidade trimestral, que busca divulgar seus projetos, formar opinião, dar visibilidade às ações de suas igrejas filiadas e capacitá-las no exercício de suas funções. Edição e redação Letícia Bessa JP 12.002/MG [email protected] Diagramação Programação Visual do Sistema Batista Mineiro de Educação Colaboração Ester S. Dornelas Rodrigues entendido que nenhuma igreja pode, em nome de sua autonomia, fazer o que bem entender, à revelia do seu compromisso com a Bíblia e com a denominação. Precisamos entender que qualquer liberdade nesse sentido ameaça a identidade denominacional. Nenhuma Igreja é autônoma para estabelecer suas próprias doutrinas, a menos que deixe de ser batista. Como batistas, não podemos ignorar esta verdade. Presidente da Convenção Batista Mineira Diretor Executivo Pr. José Renê Toledo Anúncios (31) 3429-2000 [email protected] Impressão Editora Sempre Tiragem 12 mil exemplares Escritório da Convenção Batista Mineira Rua Plombagina, 250 - Floresta 31110-090 Belo Horizonte/MG E-mail: [email protected] Site: www.batistas-mg.org.br Telefone: (31) 3429-2000 COMPARTILHE Como a Convenção pode ajudar no crescimento de sua igreja? Envie sua resposta para [email protected] ou pelo telefone (31) 3429-2000. Diretoria da Convenção Batista Mineira Pr. Sebastião Arsênio da Silva (presidente), Pr. Gessé de Souza (1º vice-presidente), Pr. Sincero Milton Inácio (2º vice-presidente), Pr. Elizeu Rodrigues da Silva (3º vice-presidente), Ir. Damares de Souza Simões Gomes (1º secretária), Ir. André Luiz da Silva (2º Secretário) Pr. Ozirmar Machado Leite (3º secretário). A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a Denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal. Reprodução permitida. Favor mencionar a fonte. 4 REFLEXÃO O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 A Igreja Batista e seus ensinos Eliane Ramos e Rosangela Rangel* “...portanto ide, fazei discípulos de todas as nações (...) ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado.” Mateus 28.19-20 A Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Igreja Batista é uma denominação pertencente à Convenção Batista Brasileira, que existe no Brasil a mais de 140 anos. Tem como princípios: 1º - A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta. 2º - O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas. 3º - A separação entre Igreja e Estado. 4º - A absoluta liberdade de consciência. 5º - A responsabilidade individual diante de Deus. 6º - A autenticidade e apostolicidade das igrejas Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que possa constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de seu Santo Espírito, os batistas, baseados nesse principio de cooperação voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, de evangelização, de educação teológica, religiosa e secular, de ação social e de beneficência. Para a execução desses fins, organizam associações regionais e convenções estaduais e nacionais. Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta. A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens. A Bíblia é autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas a doutrina e a conduta dos homens. Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo. Deus é o único Deus vivo e verdadeiro, é espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente e onipresente; é perfeito em santidade; justiça, verdade e amor. Ele é criador, sustentador, redentor, juiz e senhor da história e do Universo, que governa pelo seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno propósito e graça. Deus é infinito em santidade e em todas as demais perfeições. Por isso, a Ele devemos todo o amor, culto e obediência. Em sua tri-unidade, o eterno Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas distintas, mas sem divisão em sua essência. Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à sua imagem e conforme a sua semelhança e disso decorrem o seu valor e dignidade. Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de voltar. Seu espírito procede de Deus e para Ele retornará. sua lei. O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Cristo, o Filho de Deus, como Salvador pessoal. Como resultado do pecado, da incredulidade e da desobediência do homem contra Deus, ele está sujeito à morte e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria criação de Deus. Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de salvar-se a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser salvo. Portanto, a Igreja Batista procura ensinar a Bíblia como sendo a Palavra de Deus revelada aos homens, e refutar tudo aquilo que esteja fora dela como base para uma fé genuína. No principio o homem vivia em estado de inocência e mantinha perfeita comunhão com Deus. Mas cedendo à tentação de Satanás, num ato livre de desobediência contra o seu Criador, o homem caiu no pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado. Em consequência da queda de nossos primeiros pais, todos somos, por natureza, pecadores e inclinados à prática do mal. É exatamente nessa visão que a Junta de Missões Nacionais, em parceria com a Convenção Batista Mineira e demais igrejas batistas, procura plantar uma igreja em cada cidade, onde ainda não tem. Foi para esse fim que as missionárias Eliane Ramos e Rosangela Rangel foram enviadas a plantar uma Igreja Batista na cidade de Pedralva, com o propósito de formar novos discípulos de Jesus Cristo, a fim de que se multiplique em toda região. Todo pecado é cometido contra Deus, sua pessoa, sua vontade e *Missionárias da Igreja Batista em Pedralva O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 REFLEXÃO Rainha dos céus Q “uanto à palavra que nos anunciaste em nome do Senhor, não te obedeceremos a ti; antes, certamente, cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à deusa chamada Rainha dos Céus e oferecendo -lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes temos feito, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém; e tivemos então fartura de pão, e andávamos alegres e não vimos mal algum” (Jeremias 44.16,17). O remanescente do povo de Judá estava sendo acossado por Nabucodonosor, rei da Babilônia, uma vez que a maioria do povo já se achava cativo com tal monarca. Tudo isso acontecera por causa da rebeldia contra Deus. A despeito de tal fato, Deus envia seu profeta, seu porta voz, para que esse remanescente se submetesse às ordens do rei da Babilônia. Racionalmente, para o povo judeu, tal coisa seria um absurdo! Mas Deus, muitas vezes, não age de acordo com o nosso raciocínio e entendimento. A despeito de nossos argumentos, devemos obedecer aos mandamentos de Deus, aquilo que Ele tem falado pela Sua Palavra (hoje Ele nos fala pela Bíblia). E aqui vale ressaltar o que nos fala Deus, pela boca de Isaías, quando assevera: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor” (Isaías 55.8). O povo não queria ouvir o que Deus tinha a dizer pela instrumentalidade do profeta Jeremias, queria seguir o caminho da idolatria, dos povos que Deus 5 Carlos Alberto Pereira* tinha dito para que não seguissem as suas práticas religiosas politeístas. Simplesmente aderiram ao sincretismo religioso, coisa que Deus abomina. Elegeram uma “Rainha dos Céus” para os protegerem e dar-lhes prosperidade. O sábio Salomão já registrara em seus provérbios dizendo: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. O povo Judeu encontrou a morte física e espiritual. Jesus nos conclama dizendo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Não nos é autorizado, pela Palavra de Deus, buscarmos intermediários ou mediadores entre Deus e os homens! É exatamente o que nos assevera o apóstolo Paulo, escrevendo ao jovem Timóteo, dizendo: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Não nos é autorizado, pela Palavra de Deus, buscarmos intermediários ou mediadores entre Deus e os homens! Cristo, homem” (I Timóteo 2.5). H o j e , m e u p r e z a d o l e i t o r, você pode ouvir o que Deus diz, pela Sua Palavra, ou o que o ho-mem tem inserido pelo sincre-tismo religioso e contextualizado da pós-modernidade. A decisão é sua! Escute o que Jesus te apresen-ta como proposta: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entra-rei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo” (Apocalipse 3.20). Convide-O para que entre em seu coração. Amém! Pastor da Primeira Igreja Batista em Três Marias/MG 6 OPINIÃO Heresias poéticas O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Aleluias André L. F. Silva* A ntes de ser consagrado ao ministério pastoral, eu era músico. Fazia parte de uma banda evangélica e do Ministério de Louvor e Adoração da Igreja Batista em que era membro. Já naqueles anos, havia em mim a preocupação com a mensagem musical e a expressão das palavras de forma clara através das letras de cada canção, a fim de proclamar uma mensagem coerente e fiel às Escrituras Sagradas. A adoração é um momento especial de intima e total entrega ao Senhor, onde devemos “adorá-lo em espírito e em verdade”, conforme nos diz o Salvador Jesus em seu encontro com a mulher samaritana (João 4.24), ensinando-nos a oferecer algo que lhe seja sincero e agradável através da nossa expressão de louvor e gratidão. Além da adoração, que deve ser diária através da nossa vida e do nosso caráter, temos em nossos cultos momentos em que expressamos a nossa adoração também através das canções, o que é muito agradável, pois a música é envolvente e mexe com os sentimentos do adorador. Muitas vezes queremos de uma forma tão pessoal usar dos cânticos para manifestar a nossa devoção a Deus, que não prestamos atenção nas mensagens que muitas vezes proferimos como sendo verdadeira, mas que, teologicamente, são equívocos poéticos, ou até mesmo heresias. O problema é que temos feito da adoração uma oportunidade para falarmos ao Senhor o que bem entendemos, e não o que realmente deve ser dito como genuína expressão de adoração e, dessa maneira, cometemos uma grande falha: erramos “por não conhecer as escrituras” (Mateus 22.29). Em nome da licença poética, muitos autores de hinos e cânticos têm se utilizado de algumas expressões que transmitem mensagens totalmente desconexas do que nos O problema é que temos feito da adoração uma oportunidade para falarmos ao Senhor o que bem entendemos, e não o que realmente deve ser dito como genuína expressão de adoração. apresenta a Palavra de Deus. Por causa da licença poética, alguns “ministros da música” que dizem ser “sacra” não permitem de forma alguma qualquer tipo de alteração, mesmo que seja para corrigir uma pequena falha teológica. Quando é proposta alguma correção, tentam explicar o que realmente gostariam de dizer com essa ou aquela palavra inserida em suas canções, e tornam inaceitáveis qualquer mudança, alegando que se deve “respeitar a ideia do autor”. Concordo plenamente que se deva respeitar a ideia do autor quando esse, em sua poesia cantada, não fere os princípios bíblicos e doutrinários da Palavra de Deus, gerando uma ideia contrária ao que realmente nos ensinam as Sagradas Escrituras. Fica para a nossa reflexão uma simples pergunta: A letra musical não pode ser alterada, mas a Palavra de Deus pode? A Bíblia nos diz em sua palavra e em seu contexto: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando” (Deuteronômio 4.2) e “nada acrescenteis às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso” (Provérbios 30.6). Ou seja: A Bíblia e a sua mensagem não podem, de maneira alguma, ser alterada, mas, muitas vezes, em forma de canções, e, em nome de uma tal “licença poética”, tem se alterado a sua mensagem através das palavras. (CONTINUA NA PÁGINA 25) Zito Pedro Vieira* Q uem me conhece sabe batistas, inclusive. Como disse, é só que sou Batista. E de fato curiosidade mesmo, nem chega a ou sou, desde fevereiro ser preocupação; pois, como di- de 1956. Nessa ocasião, zia um de meus professores no evangelizado por batistas, seminário: “costume é só costume; converti-me ao Senhor Jesus Cristo. assim como aparece, desaparece”. Dei profissão de fé em junho daque- E esse costume, aliás, bem esquisito, le ano; porém, por causa de critérios é que estou colocando como título estabelecidos por essa Igreja – bem – por isso a interrogação entre antes da minha chegada – e de ou- parênteses. Que quer dizer aleluias? tras circunstâncias, que não vem ao Para que o plural? De onde foi caso, só fui batizado em dezembro. tirado? Quem o inventou? Você Enquanto esperava, durante esses não o acha estranho? Ou você seis meses, poderia ter optado por também já é um dos que falam outra denominação; pois durante aleluias? Se o faz, amado irmão, esse tempo estudei, também, as mesmo respeitando sua escolha – doutrinas básicas de cada uma das você é livre para fazê-la – permita-me outras quatro igrejas evangélicas de sugerir: jogue fora esse mau hábito! minha cidade – Coronel Fabriciano. Pois, segundo me ensinaram – e tive Pelas informações que recebi, na- o cuidado de conferir , a palavra quele tempo, em todo o Brasil, aleluia é uma “Transliteração de não existiam muitas outras. Mas, uma jaculação litúrgica hebraica para que todas essas informações? halleü~yâh = ‘louvai vós Yah’, Para dizer que sou batista por forma abreviada de Yahwet’, que convicção e por opção. Há muitos ocorre 24 vezes no Saltério” e, no anos, tenho dito que escolhi ser final das contas, quer dizer gloria batista por não haver encontrado a Deus! Para que atrapalhar uma em nenhuma outra igreja um corpo expressão tão linda, tão signi- doutrinário mais fiel à Palavra; ficativa, encontrada na Bíblia, porém, se encontrasse uma, sem colocando-a no plural, sem qual- dúvida, optaria por ela. A bem da quer justificativa? Aí, você poderá verdade, ainda penso assim; embora dizer: “deixe ficar, isso passa...” respeite, amorosamente, cada uma Será? Será que convém “brincar” das igrejas com suas respectivas com algo tão sério – a Palavra de doutrinas. Deus? Se é que a respeitamos, Agora, atendendo a curiosi- não! A palavra de Deus é séria! dade do leitor, toda essa minha Não podemos brincar com ela! conversa, que tem a ver com o título Por isso, jogue fora esse estranho deste texto? Estou falando de minha ALELUIAS! estranheza, ao ver a multiplicação de costumes que chegam – e saem – até entre os cristãos históricos, *Pastor batista, coordenador executivo da Associação Batista Médio Piracicaba Giro minas O QUE ACONTECE PELAS IGREJAS 7 O Batista Mineiro Ano 89 | Dezembro 2011 PIB Juiz de Fora batiza 106 novos convertidos A Festa das Águas celebrou 84 anos da igreja entre outras ações que impactaram a cidade mineira A Primeira Igreja Batista do Estado do Espírito Santo; o de Juiz de Fora cele- cantor Davi Saccer e banda; além brou 84 anos de his- da orquestra, o coro e o ministério tória, em outubro, em de Adoração da Igreja. “No dia grande estilo. Cento e seis novos exato de comemoração do aniver- convertidos foram batizados, fruto sário realizamos uma carreata pelas do trabalho realizado nos meses de ruas com faixas, balões, bandeiras, agosto, setembro e outubro – até o distribuição de mais de cinco mil mês de julho outras 96 pessoas já folhetos e três potentes carros de haviam sido batizadas. A deno- som com músicas e mensagens evan- minada Festa das Águas contou gelísticas”, conta o pastor da PIBJF, com presença do diretor executivo Aloizio Penido. No culto realizado da Convenção Batista Brasileira, logo após a movimentação, mais de pastor Sócrates Oliveira. 300 pessoas atenderam ao apelo para As comemorações pelos 84 anos se renderem a Jesus. “Distribuímos 1440 copos d´água nos principais sinais de trânsito com os dizeres: “Jesus, a água da vida. Quem nEle crer jamais terá sede”. dizeres: “Jesus, a água da vida. ajudamos na limpeza das encostas inativos, “que provavelmente estão do Rio Paraibuna e plantação de sendo benção em outros ministé- 1128 mudas de flores ornamentais rios”, avalia o pastor Aloizio Penido. e 20 árvores nas proximidades do A programação semanal da igreja Espaço PIBJF, novo santuário da inclui cultos noturnos de oração Igreja com capacidade para três às quartas-feiras e os dominicais. mil pessoas”, celebra o pastor Ainda em outubro a igreja con- Aloizio. “No mesmo momento em sagrou mais dois pastores e qua- Quem nEle crer jamais terá sede”. Toda a imprensa da cidade cobriu o evento e repercutiu as ações promovidas pela PIBJF. A PIBJF conta hoje com 2060 membros ativos e mais de 2000 da PIBJF ocuparam todo o mês de A programação do aniversário que árvores eram plantadas, o mi- tro missionários para integrarem outubro e recebeu, entre outros, o teve seu desfecho no dia 29, Dia nistério de Circo, Teatro e Dança o colegiado ministerial, com o presidente da Ordem dos Pastores de preservação do meio ambiente. da igreja distribuía 1440 copos propósito de alcançarem a cidade Batistas do Brasil, pastor Éber “Em parceria com a Secretaria d’água gratuitamente nos prin- e alguns outros Estados com a Silva; o pastor Luciano Gomes, de Meio ambiente do Município, cipais sinais de trânsito com os plantação de novas igrejas. 8 GIRO MINAS O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Belo Horizonte Aimorés A Primeira Igreja Batista de BH prossegue com o projeto 1 x 100 – Um ano de celebrações para cem de história – e, uma das ações, foi a doação de cem mudas de árvores ao Parque Municipal Américo Renê Giannetti. “São mudas de árvores de grande porte que, em sua maioria, foram doadas por membros da Igreja”, conta o pastor Jackson Andrade. A entrega simbólica aconteceu no dia 21 de setembro (Dia da Árvore), com o plantio de uma muda de pinheiro. Estiveram presentes responsáveis técnicos, biólogas e jardineiros do Parque, além da equipe ministerial da PIB-BH. A Igreja Batista Sinai encerra 2011 com 21 anos. Irmãos celebraram o aniversário de implantação da igreja em novembro e contaram com participação do pastor Rubens de Souza como orador. A presença do conjunto musical Brilho Celeste e a realização de batismos no Rio Manhuaçu também fizeram parte da programação. Monte Azul Cássia Cachoeira do Vale A Primeira Igreja Batista Monte Azul, liderada pelo evangelista Leonardo Barbosa, completou 19 anos em setembro. As comemorações foram feitas com base no tema “Aviva, oh Senhor, a tua obra”. Medina O pastor José Roberto dos Santos e família despediram-se da cidade de Medina com motivos para comemorar. “Algumas crianças e adolescentes da igreja decidiram ser batizadas. E para completar nossa alegria, um casal se reconciliou. O número de membros aumentou em 11 pessoas no dia da nossa despedida!”, celebra o pastor José. Atualmente a família missionária serve à Junta de Missões Mundiais e está alocada no Rio de Janeiro. A Congregação Batista em Cachoeira do Vale tem superado barreiras por amor a missões. Com apenas 50 membros, irmãos ultrapassaram o alvo de R$ 2 mil e atingiram R$ 3.137,83 para a campanha de Missões Estaduais 2011. Uma das estratégias adotadas foi catar latinhas. O grupo de irmãos tirou pelo menos 73 quilos de latinhas das ruas da ci- dade (foto), o que rendeu R$ 217. “Em 2010 o Comitê de Evangelismo e Missões da CBM nos propôs um alvo de R$ 145. Achamos pouco e estabelecemos o alvo de R$ 700. Conseguimos enviar R$ 1.783 no final da campanha. Ficamos deslumbrados com o poder de Deus”, entusiasma-se o pastor Vilson Cândido Barbosa. Conceição do Mato Dentro O pastor Robsom Martins celebra o batismo de quatro novos convertidos na congregação local. “Estreamos a piscina batizando os irmãos no novo local onde estamos nos reunindo, durante o culto. Louvamos a Deus por todos que contribuíram para que esses irmãos chegassem a este momento”, agradece. A Congregação Batista está em novo endereço, há um mês, e os reflexos são positivos na região. Os irmãos que antes se reuniam no bairro Dr. Gaspar, agora marcam presença no centro da cidade. “Em todos os cultos temos recebido visitantes. Em média são seis visitantes por culto. Temos realizado, além dos cultos aos domingos, encontros às 4ª-feiras e aos sábados, para os jovens”, comenta o pastor responsável, Flávio Chaves. O impacto em toda a cidade também é uma realidade em Cássia. “Participamos do Dia do Evangélico, em uma marcha promovida pelo Conselho de Pastores de Cássia, além do culto na praça, onde tivemos a apresentação do grupo coreográfico de nossa congregação”, comemora o pastor. Passos O pastor Damárcio Gutemberg Pereira agora é cidadão honorário da cidade de Passos. O irmão foi homenageado pela Câmara Municipal em novembro, quando teve seu trabalho reconhecido perante a comunidade civil. O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 9 AÇÃO SOCIAL Projeto de evangelismo itinerante do Paraná leva Jesus a cidades mineiras Pelo menos seis cidades receberam palestras, teatros, shows pirotécnicos e cinema evangelístico nas praças As cidades de Alto Caparaó, Caparaó e Matipó, da Associação Batista Leste da Mata; Matias Barbosa, da Associação do Sul de Minas; Novo Cruzeiro, da Associação Nordeste; e Santa Luiza, da Associação Batista Metropolitana; foram impactadas, de agosto a setembro deste ano, com ações do Projeto Vida Promoção Social, de Curitiba/PR. O missionário da Convenção Batista Mineira em Matipó, pastor Cláudio Marinho de Pontes, foi quem solicitou o apoio do projeto para a evangelização do interior de Minas. “O principal objetivo do Projeto Vida é apresentar o evangelho de forma prática e objetiva”, resume o pastor Cláudio. Entre as atividades realizadas nas seis cidades estiveram palestras nas escolas sobre DSTs, aborto, gravidez precoce, tabagismo, alcoolismo e drogas – contextualizadas de forma lúdica; ação social, por meio do corte de cabelo, artes lúdicas, algodão doce para as crianças, verificação de pressão arterial e aconselhamento familiar e evangelismo; show pirotécnico e teatro nas praças; e cinema, com transmissão de filme evangelístico. “No final, a equipe do Projeto Vida deixa uma enorme quantidade de ficha com o nome de pessoas que aceitaram a Jesus para serem visitadas pela igreja Igreja intercedendo pelas famílias local. Vale a pena o investimento”, garante o missionário de Matipó. O projeto é uma ONG regis- trada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e utilidade pública estadual. Outras informações sobre o trabalho pelo site www.vps.org.br ou pelo telefone (41) 3248-7676. Do Rio de Janeiro a Minas Gerais A missionária Andrea Arcanjo, da Igreja Evangélica Batista do Engenho Novo/RJ, esteve em Matipó, em novembro deste ano, prestando apoio ao trabalho da Congregação Batista em Matipó, liderado pelo pastor Cláudio Marinho de Pontes. Andrea e outras duas irmãs (Glória e Rebeca) conheceram a realidade do campo mineiro, quando visitaram a Associação de Menores Abandonados de Matipó, fizeram visitas de encorajamento e evangelismo, participaram dos cultos e deram treinamento para igrejas locais. “Ela ainda participou da minha posse à frente da Associação de Ministros Evangélicos de Matipó e ficou de retornar à cidade com uma equipe missionária de sua igreja em tempo oportuno”, conta o pastor Cláudio. 10 GIRO MINAS O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Pedralva Pedra Azul As missionárias Eliane Ramos e Rosangela Rangel agradecem as doações em favor da congregação implantada na cidade. Entre as conquistas lista-se a compra de 50 cadeiras; dois microfones; um datashow; gazofilácio; púlpito; pedestal para microfones; filtro de Mais de 40 irmãos voluntários estiveram na cidade para trabalho intenso de evangelização, visitação e oração. Em outubro, o pastor Antônio Albino do Carmo e sua equipe levaram a Pedra Azul 5 mil peças de roupas, 500 pares de sapatos, 75 cestas básicas, 10 mil folhetos com o plano de salvação e 30 Bíblias. “Para realizar os cultos, a rua do templo foi fechada e muitas pessoas ouviram a palavra de Deus. Oitenta pessoas aceitaram Jesus em frente o templo e nas casas”, celebra o pastor Antônio. O trabalho prestou apoio ao pastor Tragildo Silva, responsável pela PIB Pedra Azul. barro; dois biombos para portas da frente e do banheiro; o letreiro da parede, banners; confecção de cartazes; propagandas no rádio e lanche de inauguração. “Ainda há outras prioridades. Contamos com o envolvimento de todos e aguardamos visitas”, declaram as missionárias. Dom Cavati São João do Paraíso A Igreja Batista do Calvário completou 11 anos de implantação em outubro deste ano. Foi realizado culto de gratidão para celebrar a data, que contou com presença de vários amigos e irmãos. “O conferencista foi o pastor Nildo Cândido Rosa, que nos abençoou com maravilhosas mensagens da Palavra de Deus”, recorda o pastor da igreja, Marcelo Oliveira Quadros dos Santos. Salinas A cidade de Salinas sediou, em setembro, o 18° Congresso da União de Homens do Norte de Minas. O evento, realizado na Primeira Igreja Batista da cidade, registrou a participação de cerca de 500 pessoas. Além da programação com celebrações, músicas e palestras, os homens envolvidos no congresso realizaram uma passeata evangelística por Salinas e plantaram mudas cultivadas pelo pastor da igreja anfitriã, Ivan Andrade dos Santos. Jovens e adolescentes de Igrejas Batistas da Região do Vale do Aço uniram forças e promoveram mais uma edição do Projeto Resgate, agora em Dom Cavati, a 280Km da capital mineira. A ação foi realizada em outubro quando 94 pessoas, representando 18 igrejas da região Leste de Minas, impactaram o entorno. “Mais de cem casas foram visitadas, asilo, realizados trabalhos infantil e de ação social, cultos e outros, onde podemos ver o agir de Deus em cada situação”, comenta um dos organizadores, Alexandre Vieira. O trabalho contou com participação ativa da Igreja Batista Peniel, em Dom Cavati. Em março será realizada nova ação. Voluntários já podem entrar em contato pelo (31) 9662-1978 (Alexandre), 8844-2233 (Walder), 8889-9428 (Wilquer) ou pelo email [email protected] . Fique por dentro CEM, CAS, CCC, JUBAM, SBME, UFMBM, UHBM, OPBMG, FIPAM Icaraí de Minas 11 O Batista Mineiro Ano 89 | Dezembro de 2011 Pedralva Batistas avançam em Minas Gerais página 13 Um ano de implantação da Casa de Amparo a Mães e filhos página 17 12 FIQUE POR DENTRO O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Governo de Minas lança campanha contra as drogas Batistas mineiros estão em fase final para inauguração de casa de recuperação para dependentes químicos O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, lançou, neste 2° semestre de 2011, o programa Aliança pela Vida, em parceria com entidades da sociedade civil, para fortalecer a luta contra as drogas. O programa busca assegurar a prevalência da vida sobre essas substâncias tóxicas. Para isso, serão ampliadas ações e implantadas medidas de enfrentamento aos problemas relacionados ao consumo e abuso de álcool e outras drogas, sobretudo o crack. O lançamento foi feito no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. “Todas as áreas do governo, sem exceção, estão agora sob meu acompanhamento direto, vinculadas a esse tema, de tal modo que possamos, ao final desses quatro anos, dizer de maneira orgulhosa que avançamos. Não crio ilusão que vamos reverter, evidentemente, o problema. Mas é fundamental que tenhamos melhorias”, afirmou Anastasia em seu pronunciamento. As ações do programa serão voltadas ao atendimento de usuários, dependentes de drogas e seus familiares, e à capacitação de profissionais de saúde, da área de assistência social e do sistema de defesa, atuando também na repressão ao tráfico de drogas. Apenas para 2011, foram previstos investimentos da ordem de R$ 70 milhões. Aliança pela Vida Na primeira etapa, os recursos serão destinados a algumas ações principais. A “Rua Livre de Drogas” transformará locais de consumo e de venda de drogas em ambientes propícios a atividades culturais, esportivas e de lazer, inibindo o uso de drogas nesses locais. O “SOS Drogas” terá 20 atendentes qualificadas para atender a quem Divulgação procura o serviço, por meio do telefone 155. As “Equipes de Socorro Familiar”, formadas por psicólogo e assistente social, atenderão familiares de usuários de drogas em casa. O “Prevenção em Pauta” vai utilizar a estrutura do Canal Minas Saúde, do Governo de Minas, uma das maiores redes de educação a distância do país. Atualmente com quatro mil pontos de recepção, a rede será ampliada para 15 mil pontos instalados também em escolas esta- duais, Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e presídios. Foi assinado também Edital Público de chamamento para seleção de cem projetos de entidades sociais parceiras em todo o Estado. Para promover a “Mobilização Social”, elas receberão recursos de até R$ 70 mil do Governo de Minas para desenvolver ações de mobilização social voltadas para a prevenção e o combate às drogas. Serão selecionados os projetos Batistas contra as drogas A sociedade está mobilizada pela recuperação de usuários de drogas e não poderia ser diferente entre os batistas mineiros. A Associação Batista Central (ABC) também está em pleno movimento para construção da Casa Esperança, espaço que deve abrigar dependentes químicos para recuperação. A obra começou em abril deste ano e a previsão de entrega é para fevereiro de 2012. Interessados em contribuir poderão fazer doações à ABC: AGÊNCIA: 1203-3 CONTA: 45476 - 1 | Banco Bradesco mais inovadores dirigidos para a área da educação, juventude que queira abandonar o tráfico, para profissionais do sexo, para as famílias, entre outros. As informações estão no decreto 45.666, publicado dia 3/08/11, no Diário Oficial do Estado. Os projetos deverão ser elaborados por pessoas jurídicas, de direito privado, sem fins lucrativos. Fonte: Agência Minas MISSÕES O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 13 Batistas chegam a Pedralva e Icaraí de Minas Alvos para 2012 são as cidades de Urucuia, no Norte, e Fronteira, no Triângulo Pedralva O s batistas chegaram cípios do um total Pedralva Apesar das 489 cidades mineiros já a 489 muniEstado - de de 853 - e, que já registram trabalho em 2011, duas novas cidades fo- cípios ainda precisam ser ram alcançadas pela denominação: Pedralva, na região Sul, batista, outros 364 munialcançados. a 443 Km de Belo Horizonte; e Icaraí de Minas, no norte do dos e dez pessoas frequentes nos Estado, a 583 Km da Capital. cultos dominicais. “Além de realizar Ambas foram alvo do Comitê cultos nas casas, já existe um pro- de Evangelismo e Missões (CEM) grama na rádio local que muito no último ano e, para 2012, a ex- tem ajudado na divulgação da obra pectativa é que os batistas alcan- batista na cidade”, informa o co- cem Urucuia, também no norte, ordenador do CEM, pastor Soliel e Fronteira, no Triângulo. Bernardino da Silva. O missionário Em Icaraí, o trabalho começou oficialmente em 3 de dezembro, Marconi Pereira Barros tem sido o responsável pelo trabalho em Icaraí. com apoio da Associação Norte de Se na região norte o trabalho Minas. A congregação local rece- já começou com resultados po- beu doação de 15 cadeiras e conta, sitivos, Pedralva – no sul, pode em apenas um mês de funciona- considerar as atividades realizadas mento, com três membros arrola- em 2011 como consolidadas. As missionárias Eliane Ramos e Rosângela Rangel já conseguiram doações de todo o mobiliário e equipamentos básicos de som necessários para a realização dos encontros semanais e já registram três membros arrolados e cerca de 25 frequentes. “Em novembro recebemos uma caravana com vários irmãos do Rio de Janeiro, da Missão Resgate, foi uma bênção. Eles realizaram um trabalho social excelente com 50 cortes de cabelo; 36 aferições de pressão arterial e consultas jurídicas. Na área de evangelização, fizeram evangelismo pessoal e visitação nas casas, entre várias outras atividades. Registramos 97 decisões de adultos e 35 de crianças”, contam as missionárias. Eliane e Rosângela reforçam: “Agora estamos com 74 estudos bíblicos agendados e outras visitas, fora o discipulado com as crianças”. Apesar das 489 cidades que já registram trabalho batista, outros 364 municípios ainda precisam ser alcançados. “Planejamos alcançar as cidades de Fronteira, com 14.600 habitantes; e Urucuia, com 13.600 habitantes. Na última década essas cidades tiveram um crescimento populacional de 53% e 41%, respectivamente. Irmãos de todo o Estado podem contribuir com suas vidas, orações e/ou ofertas”, lembra o pastor Soliel. Dia da inauguração do trabalho em Icaraí de Minas. 14 FIQUE POR DENTRO O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Jubam participa de evento estadual e comprova que jovem tem tudo haver com política P ara quem acha que jovem e política não combinam, a Juventude Batista Mineira (Jubam) comprova que a afirmativa não é verdadeira. Através do projeto Geração Compromisso, implantado em 2009, jovens de todo o Estado de Minas Gerais participaram, em agosto e setembro, de pelo menos cinco conferências municipais de política pública de juventude. A Jubam integrou a equipe organizadora da ação. “Nessas conferências foram eleitos oito delegados, sendo que sete deles estiveram presentes na 2º Conferência Estadual de Política Pública de Juventude, representando respectivamente seus municípios e a Jubam”, destaca o diretor executivo da Organização, Vinícius Almeida. A 2º Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude foi realizada em outubro, na cidade de Araxá. “O principal objetivo foi proporcionar aos jovens a possibilidade de construir leis e emendas para o Estatuto Nacional da Juventude”, esclarece Vinícius. Jovem psicólogo e membro da Igreja Batista Bom Retiro, em Ipatinga, Eduardo Varela avaliou a importância do envolvimento da Jubam na organização da Conferência. “O envolvimento da liderança da Jubam foi fundamental nos direcionamentos, incentivos e desafios existentes, tanto para pro- ra, Rosilene Nazar, foi quem nos incentivou e, então, decidimos fazer parte da comissão organizadora da Conferência Estadual, à convite da Associação Batista Bem Viver. Estamos desejosos de colher os frutos e participar ainda mais efetivamente em decisões que definirão dos rumos da juventude em nosso Estado”. Expresso jovem TM Itinerante A Jubam realizou, em novembro, a 1ª edição do Turma de Minas Itinerante. O novo projeto consiste em realizar encontros de impacto para adolescentes em cidades do interior mineiro. O primeiro encontro foi realizado mover as etapas municipais (Ipatinga, Ouro Branco, Nova Serrana, Itabira e João Monlevade) quanto para a participação dos delegados eleitos”. Vinícius Almeida concorda e justifica: “Há alguns anos estamos ensaiando essa participa-ção mais efetiva. A coordenadora de Ação Social da Convenção Batista Minei- em Carangola, na sede da Primeira Igreja Batista, e teve como público alvo adolescentes batistas das igrejas arroladas à Associação Batista do Leste da Mata (Abalema/ Jubacel). Em apenas um fim de semana foram discutidos temas como sexualidade, Geração Y e drogas, além de encenação teatral, celebração com Banda Jubam, testemunhos e mensagens para toda a família. “Com palavras fica difícil descrever tudo o que Deus fez em nossas vidas e através de nós. Podemos louvá-lo dizendo que foi surpreendente!”, enfatiza o diretor executivo da Jubam. A Jubam realizou, em parceria com a Junta de Missões Mundiais Jovem (JMM), a 1ª edição do Expresso Jovem de MG. A atividade, realizada em dezembro, se propôs a abordar, de maneira dinâmica e contextualizada, a vocação do jovem cristão. Cerca de 50 jovens de todo o Estado participaram do encontro, que ocorreu na Igreja Batista do Barreiro, em Belo Horizonte. Cláudio Elivan, um dos coordenadores da JMM Jovem, foi quem conduziu os momentos de dinâmicas, discussão e bate papo. “Nossa gratidão a Deus pela estratégia da JMM Jovem”, registra o diretor executivo da Jubam, Vinícius Almeida. O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Olá, amiguinho! Agora O Batista Mineiro tem uma página todinha dedicada para você. A cada edição teremos novos jogos, histórias e desenhos para colorir. Bom, não é? Mas falta uma coisa: ainda não tenho um nome. Você pode me ajudar? Escolha um dos nomes da lista ao lado e envie para o email [email protected] ou ligue (31) 3429-2004. O mais votado será meu nome oficial, ok. Conto com você! 15 BatisKids Que nome você acha mais legal? * Juca * Nico * Ted * Zeca 16 FIQUE POR DENTRO Congresso unifica missões estaduais, nacionais e mundiais em João Monlevade Zito Pedro Vieira* Mais de 200 congressistas reuniram-se em dois dias de evento E m ocasiões diferentes, já vi congresso de Missões Estaduais; congresso de Missões Nacionais; congresso de Missões Mundiais. Porém, um congresso envolvendo, ao mesmo tempo, essas três áreas convencionais de Missões, jamais vi – pelo menos até os dias 12 e 13 de novembro de 2011. Foi nessa data, na sede da Terceira Igreja Batista em João Monlevade, que se realizou o Primeiro Congresso Missionário da Associação Batista Médio Piracicaba (Abamep). O sonho do coordenador executivo (autor deste relato), ocorrido há cerca de um ano, foi acolhido pelo presidente da Abamep, Marcos Vantine, agendado por seu conselho administrativo e cuidadosamente preparado. Então, para alegria de todos, para expansão do Reino e para a glória de Deus, nos dias 12 e 13/11 veio à realidade o Primeiro Congresso Missionário da Abamep. Os pastores Henrique Davanso Pechoto – Missões Mundiais; Nilton Antônio de Souza e missionária Rosângela Maria das Dores – Missões Nacionais, e Nivalde Teixeira de Abreu – Missões Estaduais, em um sábado e meio domingo de palestras e preleções, trouxeram bênçãos inestimáveis a 211 congressistas, vindos de dez Igrejas e quatro congregações. Esses preletores foram e fizeram os congressistas muito felizes abordando temas como: Evangelização em escolas e fábricas; Crescimento da Igreja; Recuperação feminina de dependentes químicos; e Ministrando a Palavra no Leste Europeu. Com a realização desse sonho, resta-nos agradecer. Muito obrigado à liderança da Abamep; a cada um dos missionários citados acima; ao pastor Arilson e 3ª Igreja Batista em João Monlevade; a cada pastor e líder; a cada congressista. Ao Senhor nosso Deus, por haver-nos abençoado com a realização desse singular evento, do qual carregamos saudades! Minha intenção, ao fazer este relato, não é apenas divulgar o fato; mas também encorajar outros irmãos a realizarem eventos semelhantes. Verdadeiramente, convém fazer esta afirmação: Que congresso! * Pastor, coordenador executivo da Abamep Batistas mineiros na internet entre que a casa é sua www.batistas-mg.org.br O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Missão dada é missão cumprida 5ª Igreja Batista em Governador Valadares supera alvo de Missões Estaduais e PIB Itabirinha compartilha como realizar uma campanha eficiente Quando o assunto é missões, a 5ª Igreja Batista em Governador Valadares fala com tranquilidade. Após mobilizar os membros para arrecadarem oferta expressiva para a campanha de Missões Estaduais de 2011, a igreja contabilizou mais de R$ 5 mil, encaminhados à Convenção Batista Mineira. “A igreja se mobilizou como um todo: cantina missionária, promotor envolvido com a campanha, recolhimento e venda de material reciclável, alvos pessoais desafiadores, classes com seus professores envolvidos, alunos de EBD movidos pela paixão missionária”, lista o pastor André Cláudio. A Igreja superou os alvos anteriores, de R$ 3.400,00 em 2010 e 4.200,00 em 2009, e comprovou que “quando a igreja deixa de ver problema e se apresenta como mecanismo de resolução, as coisas acontecem”, observou o pastor André. Minha oferta missionária de fé Denival Fernando Lopes* Este projeto consiste em desafiar os membros da igreja a contribuirem mensalmente com uma oferta para missões. 1) Programe uma conferência missionária 2) Confeccione envelopes específicos para a oferta de missões 3) Ao término da campanha, desafie os membros da igreja a assumirem o compromisso de contribuírem mensalmente, no período de um ano, com um valor fixo para missões (depois de um ano o compromisso pode ser renovado) 4) Dentro dos envelopes devem conter dois cartões, conforme abaixo: Minha oferta missionária de fé Na dependência de Deus, comprometo-me a participar da obra missionária da Igreja Batista _________________, orando e contribuindo financeiramente durante um ano. Assim, ajudarei a evangelizar o mundo para a glória de Deus. Irei contribuir mensalmente com a quantia de R$ _________________ (Guarde esta parte em sua Bíblia) Minha oferta missionária de fé Contribuirei mensalmente com a quantia de R$ _________________ Nome:_______________________ _____________________________ “Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele” (1 Coríntios 9.23). (Devolva esta parte à igreja) Na Primeira Igreja Batista em Itabirinha temos dividido o ano em três períodos, da seguinte forma: Janeiro a abril = Missões Mundiais Maio a agosto = Missões Estaduais Setembro a dezembro = Missões Nacionais Temos alcançado resultado positivo e com muito mais tranquilidade. Recomendo a leitura do livro “A Igreja: local de missões”, de Edison Queiroz – Edições Vida Nova. Esta e muitas outras ideias podem ser encontradas neste excelente livro. *Pastor da Primeira Igreja Batista de Itabirinha FIQUE POR DENTRO O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 17 Casa de Amparo a Mães e Filhos celebra um ano em BH U m ano de implantação da Casa de Amparo a Mães e Filhos. Esse é um dos motivos que o ministé- rio de capelania prisional Missão Alma Livre, em Belo Horizonte, tem a celebrar em 2011. O projeto, que nasceu com a proposta de dar apoio às mulheres que saem da penitenciária e não têm onde se estabelecer, hoje abriga prostitutas e esposas de detentos, entre outros casos particulares. Um culto de ação de graças reuniu irmãos e amigos na Igreja Batista do Barro Preto, na Capital mineira, quando a missionária Mônica Peixoto compartilhou testemunhos e apontou os desafios do novo projeto. “Além de dar abrigo e condições de alimentação e vestimentas adequadas, fazemos o aconselhamento bíblico individual. Nossa casa não é casa de ‘dar um tempo’. Não temos tempo a perder. Queremos um compromisso de mudança”, enfatiza a missionária, que é vinculada à Junta de Missões Nacionais e à Convenção Batista Mineira. A Casa de Amparo a Mães e Filhos, localizada no bairro Floresta, região Leste de BH, conta com o trabalho voluntário das coordenadoras Aline Pamplona e Pâmela Gomes, que moram na casa em tempo integral. A residência, que é alugada, sobrevive da doação de irmãos e amigos, muitas vezes desconhecidos. “Um irmão, que não se identificou, arcou com um ano de aluguel da casa. Deus tem sido fiel”, enfatiza Mônica. Logo após o testemunho da missionária, na celebração realizada na Igreja do Barro Preto, o pastor Valquimar Machado chamou a atenção da igreja e observou: “Estou alegre por dois motivos: um por saber que os batistas estão envolvidos nesse trabalho, outro por saber que Cristo me encontrou. Fico triste, contudo, por saber que Deus está na periferia da nossa sociedade”. Após a reflexão do pastor Valquimar, o coordenador da Junta de Missões Mundiais em MG, pastor Alexandre Peixoto, proferiu mensagem com base no texto de Lucas 18.35-43 – Jesus cura um O projeto, que nasceu com a proposta de dar apoio às mulheres que saem da penitenciária e não têm onde se estabelecer, hoje abriga prostitutas e esposas de detentos, entre outros casos particulares. mendigo cego. “Se não trouxermos as pessoas a Jesus, ele traz. Mas a honra é trazermos as pessoas a Jesus. Não podemos nos calar diante das lutas. Pelo contrário, quando há lutas precisamos gritar”, refletiu. Sobre a Casa de Amparo a Mães e Filhos “No espaço as famílias são acomodadas em quartos separados e Seleção das famílias A porta de entrada para a Casa, segundo a missionária, é o trabalho realizado pelo serviço social de cada unidade prisional. “A triagem é feita em conjunto entre profissionais da Casa e da unidade prisional em que estiverem”, explica. “As mães são recebidas na Casa e inseridas em um convívio harmonioso e familiar. Durante o período de estadia são abordados temas como: gênero e violência, relações interpessoais, saúde da mulher, sexualidade e prazer, treinamento para negociações de conflitos e interesses, relações profissionais e institucionais; e geração de trabalho e renda”. lizantes. As crianças frequentam Interessados em colaborar e/ou conhecer os detalhes desta iniciativa podem fazer contato (31) 3429-2000 ou [email protected] e creches ou escolas públicas das ime- [email protected]. devem permanecer, em média, por 30 meses. Nesse tempo são prestados apoios psicológico, jurídico, de saúde e ministradas oficinas profissiona- diações”, detalha Mônica Peixoto. 18 SERVIÇO 21ª viagem SAM Sociedade de Apoio a Missões mobiliza voluntários para impactar Teófilo Otoni e Salto da Divisa J aneiro é tradicionalmente um mês de descanso e, para a maioria dos trabalhadores e estudantes, período de descansar a mente e afastar-se da rotina seguida ao longo o ano. Mas o que fazer durante as férias? Para onde ir? Como ocupar o tempo? Amantes da obra missionária já têm uma ótima opção para investir o tempo: fazer missões em Teófilo Otoni e Salto da Divisa. A iniciativa é da Sociedade de Apoio a Missões (SAM) que está em sua 21ª edição de viagens missionárias. Liderada pela irmã Ângela Lopes da Silva, a SAM tem reunido voluntários de todo o Estado de Minas Gerais, de várias denominações, e levantado recursos para impactar cidades do interior mineiro. “Somos construtores por excelência e temos um grande potencial. Todos os crentes devem concentrar-se nesse desejo de servir. É um prazer usarmos nossa energia nesse serviço glorioso”, avalia Ângela. As viagens são realizadas duas vezes por ano, sendo uma em janeiro e outra no mês de julho. A próxima edição deve beneficiar Teófilo Otoni e Salto da Divisa entre os dias 13 e 21 de janeiro de 2012. Como participar: Data da viagem: 13 a 21 de janeiro de 2012 Local: Teófilo Otoni e Salto da Divisa O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Voluntariado Cristão Culto da Vitória Dezenas de jovens e adolescentes das igrejas batistas de MG dedicaram a 2ª quinzena de janeiro/2012 para fazer missões em tempo integral em cidades do interior mineiro. Para celebrar os resultados do trabalho, que é voluntário, familiares, amigos e irmãos em Cristo irão se reunir no Culto da Vitória, em Belo Horizonte. Participe! Investimento: R$ 250,00 + uma cesta básica Casa Missão Alma Livre Pagamento: no dia da viagem A Casa de Amparo a Mães e Filhos, da Missão Alma Livre (detalhes na página 17), depende das doações de irmãos e amigos para manter o espaço, bem como as mulheres e crianças que moram no local. São bem-vindos leite, fraldas, alimentos que compõem a cesta básica, roupas adulto/feminina e infantil, calçados, entre outros. Colabore! Horário de saída: 22h (Rua Umbaratiba, n° 89 ou 67 – casa 02, Bairro Candelária/Venda Nova – BH) Outras informações: (31) 3451-5626 / (31) 8868-1495 (31) 3635-2501 ou www.samissoes.com.br [email protected] Conta para depósito: CC: 4971-9 AG: 3492-4 Conta Corrente Bradesco Data: 30/01 (Seg) Local: Ig. Batista Barro Preto – Av. Augusto de Lima, 1962/ Barro Preto-BH Horário: 19h Telefone: (31) 3429-2000 Convenção Batista Mineira Emails: [email protected] e [email protected] Urucuia e Fronteira Estes são dois dos 364 municípios mineiros que ainda não foram alcançados pelos batistas. Adote Urucuia e Fronteira e contribua com sua oferta! Orientação: Faça a leitura do livro de Neemias. Como? A Convenção Batista Mineira planeja a implantação do trabalho batista, em 2012, nas cidades de Urucuia (mapa), no norte de Minas; e Fronteira, no Triângulo. Entre em contato com o Comitê de Evangelismo e Missões: (31) 3429-2005 e [email protected] ou [email protected] . Se sua igreja, associação ou escola precisa de voluntários para trabalhos sociais, envie informações para nossa coluna pelo [email protected] ou ligue para (31) 3429-2004. O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Partiram para a Glória José Francisco Jorge 21/04/1941 – 29/09/2011 Laurita Ramos dos Reis 23/12/1935 – 18/10/2011 Era esposa do pastor Ernesto José dos Reis, atual líder da Igreja Batista em Oratórios. Exemplo de fé, irmã Laurita faleceu após ficar 20 dias internada no hospital da cidade. “No hospital ela sonhou que estava em um avião branquinho e o piloto era um anjo. Era um lugar brilhoso e muito bonito. Ela disse que havia conversado com Jesus a noite toda e, às 13h30 do mesmo dia, fechou os olhos e foi contemplar a glória de Deus”, descreve a secretária da igreja, Sônia Neiva. Era membro da Primeira Igreja Batista de Baixo Guandu/ES, onde congregou com a esposa Jovina da Conceição Jorge por 23 anos. Desta união nasceram 13 filhos, 42 netos, 21 bisnetos e um trineto. Era natural de Mutum/MG e dedicou sua vida ao trabalho de lavrador. Converteu-se aos 19 anos, quando se tornou membro da Igreja Batista Monte das Oliveiras, em Ação Social/MG, onde cooperou como evangelista, secretário, tesoureiro, diácono e professor da Escola Bíblica Dominical. TESTEMUNHO 19 “Deus me curou e restaurou de toda dor, de toda mágoa do passado” Meu nome é Larissa Lopes, tenho 22 anos, nasci e cresci na cidade de Montes Claros/MG, onde morei com meu pai, minha mãe e minha irmã até os meus seis anos de idade. Foi nessa época que meus pais se separam e fui morar com a minha mãe. Foi um período muito difícil, já que meu pai se afastou de nós, e, com isso, eu e minha irmã sentíamos muita falta dele. Comecei a alimentar uma mágoa muita grande contra ele, pois minha família se desfez e começamos (eu, minha mãe, e minha irmã) a passar por muitas dificuldades, por várias vezes não tínhamos o que comer, e a falta que meu pai fazia só aumentou. Tornei-me uma adolescente rebelde. Aos 15 anos engravidei do meu primeiro namorado. A gestação, apesar de precoce, foi tranquila. Mas ao nascer meu filho apresentava problemas cardíacos, o que obrigou sua permanência no hospital por mais tempo. Nessa ocasião e durante esse tempo ele pegou infecção hospitalar, devido à baixa imunidade de um recémnascido. Meu filho ficou 26 dias no hospital e, eu, amamentando, dando banho, cuidando dele. Foi então que ele sofreu três paradas cardíacas e a terceira foi fatal. Perdi meu primeiro filho e só quem já passou por isso sabe que esse tipo de dor não tem como descrever. É profunda demais e só Jesus, somente Ele, pode curar tamanha ferida. Mas eu ainda não sabia disso. Sofri muito, fiquei perturbada um tempo. Encarei tudo isso sozinha, já que o pai da criança me abandonou, foi embora para São Paulo e me deixou. Se não fosse minha mãe, nem sei o que eu teria feito com minha vida! (...) Perdi meu primeiro filho e só quem já passou por isso sabe que esse tipo de dor não tem como descrever. É profunda demais e só Jesus pode curar tamanha ferida. Mas eu ainda não sabia disso... Depois de um tempo, algumas amigas da escola começaram a falar de Jesus para mim e então comecei a frequentar a Primeira Igreja Batista de Taiobeiras. Lá Deus começou a usar a vida do pastor Eziquiel Bispo para tratar todas as mágoas do meu passado, desde a separação dos meus pais até a perda do meu filho. Deus me curou e restaurou de toda dor, de toda magoa do passado! Transformou-me em uma pessoa de coração livre, sem peso de dor ou de revolta. Agora tudo mudou em minha vida! Eu creio que Deus trouxe o pastor Eziquiel e Clarice, lá de Montes Claros, para abençoar minha vida e toda esta cidade. Após a chegada deles meu marido se converteu e já se batizou no último dia 27/11/2011, graças a Deus. Também a minha sogra, que vivia na idolatria, tinha a casa cheia de imagens, ouviu a palavra do Senhor por intermédio do pastor Eziquiel e, aos poucos, está se quebrantando aos pés do Senhor ao ponto de já ter tirado de casa todas as imagens que possuía. E não eram poucas... Então, hoje, vivo a nova vida que Deus tem para mim na Primeira Igreja Batista de Taiobeiras. Sou feliz, porque sei que apesar de todas as dificuldades que ainda passo, a vitória para mim é certa em Jesus Cristo. 20 HOMENAGEM O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Vinte anos de luta, vinte anos de bênçãos N as duas últimas décadas, a Igreja Batista Nova Jerusalém de Montes Claros, sob a liderança do pastor Arildo Dias, tem colhido frutos abençoados, pois “até aqui tem nos ajudado o Senhor”. Ano de 1991. Uma comissão formada por cinco irmãos foi até o pastor e o convidou, em nome da Igreja, a assumir o novo ministério. Aceito o convite, surgiram os desafios. Primeiro: construção de um templo; segundo: crescimento quantitativo e qualitativo de membros. Com Deus no comando, o pastor Arildo, junto com alguns membros líderes, traçaram metas para inicio da construção. O templo começou a ser erguido. Dificuldades houve e ainda há. Primeiro as paredes. Muitos cultos foram ministrados a céu aberto. Não demorou tanto para se colocar o telhado. Amorosamente os irmãos aceitavam os desafios que Deus impunha através do pastor, e alvos não eram apenas alcançados, mas até mesmo suplantados. À medida que o templo se erguia, homens e mulheres se convertiam. Através das mensagens que Deus colocava no coração do pastor Arildo, almas se achegavam aos pés de Jesus. O trabalho, porém, não podia parar. O desafio continuava. O pastor Arildo, sempre motivado pela colaboração dos irmãos e o mover de Deus, trabalhava incansavelmente. Chamado – Além da graça de ter nascido em um lar evangélico batista, onde, desde pequeno, aprendera sobre Deus, o Senhor colocou no caminho do pastor Arildo uma esposa que não olhou as dificuldades que passaria para acompanhar um homem que tinha, como penhor único, servir a um Deus de desafios, mas, sobretudo, de vitórias. Quando Deus escolheu a companheira que o seguiria pela vida afora, ele os preparava para os campos missionários. E o pastor Arildo, sua esposa Elza, seus filhos Arildo Junior e Elciana, partiram para darem início a uma peregrinação em terras onde o Senhor os queria na sua obra. Passando pelo Estado da Bahia, chegaram a Minas Gerais, pois Deus falara ao coração do seu servo que Ele o queria para missionário sim, mas não necessariamente no campo. E é ai que seu ministério como pastor de Igreja se cumpre; tudo para honra e glória do Senhor. Nesse período, mais uma bênção foi derramada sobre sua família. Nasceu o caçula Arielson. Na Nova Jerusalém – Sem falar no quanto o Senhor usou essa família em outras igrejas, na Nova Jerusalém o pastor viu as promessas do Pai continuarem a se cumprir. Sua esposa, mulher de fibra, assim que chegou à Igreja assumiu a liderança das Mulheres Cristãs em Ação (MCA) e seus filhos cresceram participando de todos os departamentos infantis até, na adolescência, se tornarem levitas. E isso devido à obediência do pastor Arildo e à submissão de sua esposa, quando fizeram como manda as escrituras: “Seu Deus será o meu Deus, seu povo o meu povo...”. Por tudo isso os trabalhos surtiram frutos na Igreja Nova Jerusalém de Montes Claros. O Ministério de Louvor, a MCA e a Escola Bíblica Dominical, que sempre foi e continua sendo prioridade dessa Igreja, e outros ministérios surgiram ao longo dessas duas décadas. Entre tantos, podem ser citados o Ministério de Jovens e Adolescentes, Embaixadores do Rei, Ministério de Ação Social (distribuição de cestas básicas, roupas, agasalhos, cobertores, consultas médica, exames laboratoriais, etc.) e Ministério com surdos; seguidos de trabalhos como Alfabetização de adultos, Departamento infantil (que atua na evangelização de crianças e suas famílias) e o Multiministério (onde se aprende pinturas, bordados, letreiros, cartazes, artesanatos, Libras, inglês e outros). A Igreja tem ainda outros ministérios que cumprem a ordem do Senhor. O de Teatro, com destaque para o Grupo Kumbaiá; o de música, incluindo o Coral; o de Evangelismo... Tudo isso aconteceu e acontece ao longo dos anos por ter Deus tocado o coração do pastor Arildo para trabalhar nessa Igreja em prol de missões, tornando a prioridade da Nova Jerusalém ser uma igreja missionária. Vinte anos de luta, vinte anos frutificadores, mas, sobretudo, vinte anos de manifestação da glória do Deus vivo que se manifesta em um simples detalhe que só é visto e sentido pelos puros de coração. Hoje, 28 anos se completam da existência dessa Igreja. Vinte desses, Deus usou e continua a usar um líder que acreditou que venceria e continuará a vencer os desafios, porque o Senhor dos Exércitos está no comando. Parabéns, pastor Arildo, e que Deus continue o abençoando juntamente com sua família. São os desejos sinceros de toda a igreja. Maria Estelita Gonzaga / José Gonçalves Filho O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Do diretor Decisões tomadas pelo Conselho Diretor da Convenção Batista Mineira durante o ano de 2011 (reunião realizada dia 22/11/2011): 1. Incentivou a realização do Culto dos Dez ou Culto do Amigo. 2. Aprovou os relatórios do diretor executivo da CBM e da Junta de Educação. 3. Tomou conhecimento da nomeação de Thais de Abreu Lacerda para dirigir a Faculdade Batista, em substituição à doutora Selma Cristina Rocha. 4. Tomou conhecimento da nomeação de Sandra Maria Simões Beconha Pereira para dirigir a nova unidade do Colégio Batista Mineiro, recém-criada no Bairro Buritis, em Belo Horizonte, pela Junta de Educação. 5. Decidiu que a diretoria da CBM fará a avaliação do diretor executivo, tendo em vista a deter- minação regimental de avaliação obrigatória a cada cinco anos. 6. Aprovou o parecer da Câmara de Finanças e Pessoal referente a empréstimos para várias Igrejas. 7. Aprovou o parecer da Comissão de Avaliação de Executivos. 8. Aprovou ajuda financeira a dezenas de Igrejas do Estado, para o ano de 2012. cooperação’. No período em que a igreja esteve sem pastor, o trabalho foi administrado pelo 1° vice-presidente, irmão Evandro da Silva. Pastor Tamar Arcanjo toma posse em Santinho Manoel esteve à frente da PIB Santinho por três anos e, agora, passa a ser membro da PIB Veneza. “Desejo ao pastor Tamar e sua esposa, juntamente com a igreja, um feliz ministério na graça de Deus”, registrou. Igreja Batista Turmalina Posse: pastor Caio Barbosa A Igreja Batista Nova Jerusalém, em Juiz de Fora, está com nova liderança. Após um ano sem condução pastoral, o pastor Caio Lúcio dos Anjos Barbosa assumiu o ministério em um culto repleto de irmãos, familiares e amigos. Os dois últimos pastores da igreja, Elbe Araújo Pinto (1989-1996) e Luiz Carlos dos Santos Gonzalez (1997-2009), também estiveram presentes. O culto de posse foi conduzido pelo pastor da 2ª Igreja de Juiz de Fora, José Ignácio da Conceição Filho, que pregou ‘O segredo do bom ministério está na 21 INFORMES O pastor Tamar Arcanjo tomou posse, neste 2° semestre, como pastor da Primeira Igreja Batista Santinho, em Ribeirão das Neves. O irmão assume o posto até então ocupado pelo pastor Manoel Vieira da Silva, que deixa a igreja para assumir outras áreas ministeriais, em virtude de sua aposentadoria. O pastor A Congregação Batista de Turmalina, em Governador Valadares, foi emancipada e agora integra a lista das 1102 igrejas filiadas à Convenção Batista Mineira. O concílio que determinou a emancipação foi deliberado pela Primeira Igreja Batista da cidade e realizado no dia 5 de novembro. A nova igreja está sob liderança do pastor Oswaldo Caldeira e registra 62 membros arrolados. Errata O Encontro de Músicos Batistas de MG foi realizado na Igreja Batista do Barro Preto/BH, e não no Colégio Batista Mineiro, como foi informado na página 19 da edição de outubro/2011. 22 PASTOR DESTAQUE O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 José Franco de Sousa A Um passado com álcool e drogas e o presente com Cristo e a igreja os 39 anos, o pastor José Franco de Sousa pode dizer que já experimentou muita coisa nesta vida. Nascido na cidade do Bugre/MG, Região do Vale do Rio Doce, e considerado um bom filho pelos pais, não deixou de sentir na pele as dificuldades e consequências daqueles que vivem longe do Caminho da Vida: do álcool às drogas, do sucesso profissional à renúncia de status. Mas como todo aquele que obedece ao chamado do Pai, o jovem Franco experimenta hoje a alegria de servir a Deus como pastor, ministério que exerce há dez anos. O prazer de trabalhar na igreja vem antes mesmo de sua conversão. “Sou de criação católica e, dentro da tradição familiar, participei de todos os estágios da Igreja chamados de Sacramentos”, recorda. Ainda criança, foi coroinha do padre, além de professor e líder de vários departamentos da Igreja – inclusive líder da juventude da Paróquia e da cidade a que pertencia. “Fui também um dos primeiros a iniciar na renovação carismática em Governador Valadares na década de 1980 para 1990”, completa. Mas o jovem que dedicava boa parte de seu tempo à igreja, naquela época, afirma que “experimentou praticamente de ‘tudo’ que uma vida longe de Cristo pode oferecer”. E conta: “As amizades influenciaram muito. Sempre fui bom filho e nunca dei trabalho em casa e nem tão pouco fora, mas minha vida pessoal, ao lado das amizades, era diferente daquilo que apresentava quando estava próximo dos meus familiares. (...) Naquele tempo, por duas vezes, quase tive minha vida ceifada por causa do uso e mistura de bebidas e ‘outras coisas’. Conheci bebidas e drogas, mas graças a Deus em nenhuma viciei, tornando-me dependente”. “O Espírito Santo a cada dia aumentava o seu ‘tom de voz’ comigo, até que não resisti e obedeci”. Sua vida longe dos caminhos de Cristo, contudo, tinha data para terminar. No dia 22 de maio de 1994 José Franco entregou sua vida a Jesus, após ouvir a mensagem do pastor Sérgio Araújo na Igreja Batista Central de Governador Valadares. “Confesso que foi uma luta muito grande. Em meio a lágrimas e sem perceber, já estava lá na frente, bem perto do pastor, e pude observar que muitos irmãos também choravam de alegria pela minha decisão”, celebra o pastor. A partir daí José Franco envolveu-se nas Campanhas de Missões, Juventude, Música, entre outros ministérios, até entender que seu chamado era para uma missão especial. “O Espírito Santo a cada dia aumentava o seu ‘tom de voz’ comigo, até que não resisti e obedeci”. Foi nessa época, em 1998, que Franco renunciou o alto cargo e salário da empresa onde atuava há dez anos para iniciar os estudos no seminário, aos 25 anos. Formou-se no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, em 2000, e chegou a concluir especialização na Faculdade Batista de Minas Gerais, em 2006. Para chegar à presidência da Igreja Batista Morada do Vale – onde pastoreia atualmente ao lado da esposa Lourimar de Sousa e os filhos Samuel, 7, e Ana Laura, 4 –, o pastor José Franco passou por outras igrejas, também em Minas Gerais. “Iniciei como evangelista na PIB de São José do Acácio (1999-2000). Em 2001, fui para a PIB de Governador Valadares e ordenado ao ministério pastoral. Trabalhei como pastor auxiliar do pastor Sérgio Macharet, na frente missionária do Bairro Carapina, e posteriormente como pastor de Jovens também na PIB-GV, com o pastor José Marcelo. Isso foi de 2001 a 2007, e desde outubro de 2007 sou pastor da IB Morada do Vale”. Se a falta de experiência e a imaturidade foram os principais desafios no início de seu ministério, hoje o pastor José Franco une sua experiência ao prazer de servir. Sobre o que mais o encanta no ministério pastoral, José responde e é Franco: “É o prazer de sentir-se útil. Poder ajudar as pessoas, chorar com elas, sorrir com elas. Também mostrar a elas que Deus é um Deus que ainda hoje opera maravilhas em nossas vidas”. O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 23 OPINIÃO Porque não devo aceitar a ordenação pastoral feminina U m dos assuntos que cada vez mais tem aparecido nas pautas de reuniões denominacionais nestes últimos 15 anos diz respeito à ordenação pastoral feminina. O que era assunto apenas de algumas denominações criadas por pastoras a partir da década de 1950, agora tem se tornado o foco de debates nas denominações históricas centenárias como Metodistas, Batistas, Presbiterianas e, mais recentemente, Assembleianas. Que parâmetro deve ser considerado para aceitar ou não esta questão? Existe um desajuste comportamental que procura julgar as convergências, tendo por base a questão da rivalidade entre o machismo e feminismo. Outros utilizam argumentos culturais da época não mais consideradas neste século. Ainda outros defendem bases teológicas com argumentações do silêncio apologético, ou seja, não há textos claros a favor nem contra. E, infelizmente, alguns possuem ambições escusas, que almejam o poder, o holofote e o favorecimento salarial para família. Interessantemente, existem duas argumentações que trago a baila com intuito de criar um corpo expositivo dentro do assunto. “Entre os evangélicos existem, de forma geral, duas posições básicas quanto ao assunto: os igualitaristas e os diferencialistas. Os igualitaristas afirmam que Deus, originalmente, criou o homem e a mulher iguais; a subordinação feminina foi parte do castigo divino por causa da queda, com consequentes reflexos sócioculturais. Em Cristo, essa punição foi removida; assim, com o advento do Evangelho, as mulheres têm direitos iguais aos dos homens de ocupar cargos de oficialato na Igreja. Os diferencialistas, por sua vez, entendem que desde a criação e, portanto, antes da queda, Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. A argumentação igualitarista, em Sandro Ferreira* particular, frequentemente emprega argumentos baseados no avanço da civilização, na modernização dos tempos, no progresso humano, na crescente participação da mulher em outras áreas da sociedade, e nem sempre dá a necessária atenção aos textos bíblicos relevantes” (Extraído: Ordenação de Pastora – o que a Bíblia diz?) É preciso considerar que esta questão não se trata de capacidade, inteligência, oportunidade e muito menos direitos iguais entre homens e mulheres. Não há rivalidades no “mercado” do Reino de Deus, trata-se única e exclusivamente de obediência aos princípios estabelecidos por Deus em Sua Palavra. Esta deve ser a preocupação de todos os filhos de Deus. Porque NÃO devo aceitar a ordenação pastoral feminina. A falta de sustentação bíblica deve sempre pesar em nossas escolhas, principalmente quando estas ameaçam dividir o corpo e satisfazem mais os interesses pessoais do que os coletivos. Por uma análise geral das Escrituras é possível concluir, com toda honestidade e de forma imparcial, que não há brechas textuais que fundamentem a ordenação feminina. Contrapor com a mesma argumentação que também não há argumentação textual que a proíba é negligenciar toda exposição hermenêutica neotestamentária. Nos evangelhos é possível perceber que Jesus quebrou muitos paradigmas quanto à possível cultura de desvalorização da mulher (MT 15.21-28; LC 10.3842; JO 2.4; JO 4.7ss). Por que então não as incluiu na liderança da Igreja? Paulo, apóstolo dos gentios, conhecendo outras culturas fora dos arraiais judaicos que permitia liderança e sacerdócio feminino, por que também não instituiu liderança feminina nas Igrejas? (At 18.19; 1 Cor 16.19). Obviamente, tanto Jesus quanto Paulo e os demais apóstolos, conheciam os padrões quanto à autoridade estabelecida por Deus confiada ao homem. Porque NÃO devo aceitar a ordenação pastoral feminina. As argumentações usadas por qualquer cristão devem respeitar as formas de interpretação sadias e não escusas. Qual o interesse por traz deste assunto? Quais benefícios o Reino terá com esta ordenação? Veja o versículo a seguir: “Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva” (1Tm 2:12,13). Quão machista ele parece ser, no entanto, o que Paulo salienta nestas palavras é a não inversão de autoridade. Seria esta posição cultural ou determinação de Deus? Em se tratando de preservação espiritual dos filhos de Deus, a autoridade sacerdotal masculina tanto em casa quanto na Igreja permanece, pois isto honra e glorifica a Deus. É questão de obediência e não preferência. O desejo de muitos da ordenação pastoral feminina aparentemente não possui motivações primárias para promover glória a Deus e cooperar com o crescimento do Reino. O pleito demonstrado expressa mais o desejo por posição e poder. Foi assim que tudo começou – “Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também”(Gn 3.6). Porque NÃO devo aceitar a ordenação pastoral feminina. Devo considerar que este assunto não pode ter suas motivações advindas dos modismos e da possível luta por valorização ou direitos da mulher, mas sim, pela autoridade delegada por Deus à sua criação. “Quero, porém, que entendam que o cabeça de todo homem é Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus” (1 Cor 11.3). É preciso lembrar que esta autoridade estabelecida não foi É preciso considerar que esta questão não se trata de capacidade, inteligência, oportunidade e muito menos direitos iguais entre homens e mulheres. Não há rivalidades no “mercado” do Reino de Deus. Trata-se única e exclusivamente de obediência aos princípios estabelecidos por Deus. consequência da queda, mas uma ordem divina estabelecida para que os papeis na humanidade andassem em submissão aos padrões de Deus – “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda” (Gn 2.18). Paulo, entendendo esta questão da autoridade determinada por Deus diz - “o homem é imagem e glória de Deus; mas a mulher é glória do homem” (1 Cor 11.7-9). A possível ordenação ao pastoreio feminino desobedece o padrão de Deus e desonra a autoridade na família e na Igreja. Por fim, NÃO devo aceitar a ordenação pastoral feminina, porque não é o título que impõe respeito sobre a missão maior dada a todos que nasceram em Cristo Jesus. A missão de testemunhar da graça de Deus por meio do evangelho que conduz o pecador ao arrependimento e a fé na obra redentora da cruz. Tanto homens e mulheres de Deus devem se concentrar na missão comum a todos nós, pois o ofício pastoral não é uma franquia de autoridade que se disputa por direito. O ofício pastoral é a responsabilidade dispensada por Deus desde o princípio ao homem frente à família e a Igreja como testemunho diante da sociedade. (*) Pastor da PIB Coronel Fabriciano. Bacharel em Teologia, mestrando em Teologia Bíblica N.T., membro da Junta de Educação da Convenção Batista Mineira, professor de Novo Testamento, hermenêutica e grego do Seminário Bíblico Batista do Vale do Aço. 24 REFLEXÃO Vivendo a comunhão em Cristo na evangelização O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 IB em Manhumirim é salva de desvios doutrinários Pollyana Gonçalves Ferreira* O que é comunhão? De acordo com alguns argumentos, e especificamente para determinadas igrejas, um membro quando está em uma situação de pecado não está em “Comunhão” com o corpo de Cristo e, deste modo, é impedido de exercer alguma função na igreja, até que ele retorne à comunhão com os irmãos. Mas comunhão vai muito além de cargos ou funções desenvolvidas na igreja. Comunhão é união. A igreja que anda em união e está em comunhão real é descrita pelo salmista Davi em Salmos 133.1 – “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”. Suave se refere a agradável, algo prazeroso. A união real, quando Cristo está presente, não acontece somente em reuniões ou momentos de confraternização. A comunhão precisa acontecer em casa, no trabalho. Ela faz parte de nossa vida, onde quer que estivermos. Quando os cultos são finalizados, cada família vai para sua casa, mas a verdadeira comunhão permanece, porque Cristo Jesus é o centro da nossa comunhão. A igreja unida anda com Cristo. Isso acontecia na Igreja primitiva, conforme relatado em Atos 2.42: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos”. A comunhão é tão essencial que Paulo intercede pela comunhão dos irmãos em Romanos. “Rogovos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. (Romanos 12.1). Entendemos a unidade de Cristo quando somos guiados pelo Espírito Santo. Jesus intercede para que a “A união real, quando Cristo está presente, não acontece somente em reuniões ou momentos de confraternização” Igreja seja unida como Ele é com o Pai. “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17:21), a fim de que possamos andar na luz como ele andou. A comunhão na igreja está ligada a evangelização, da comunhão depende a evangelização, se não temos comunhão não podemos evangelizar. Em Hebreus 11.1 diz: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falounos nestes últimos dias pelo Filho”. Não há mais segredos, Deus fala através de Cristo Jesus e nos envia o Espírito Santo para ser o nosso intercessor junto ao Pai. Deus fala de muitas maneiras, mas agora ele fala através de Jesus e nos envia o Espírito Santo para ter acesso ao Pai e demonstrar a verdadeira comunhão em Cristo Jesus. Evangelização leva à comunhão com Deus, isso é missão: Marcos 16.15. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. Anunciar o evangelho a todas as pessoas inclui exigências e atitudes, testemunho da comunhão, serviço e anúncio. Dediquemos mais união, comunhão e mais amor. Isso é ser cristão. *Baseado no sermão proferido pelo pastor Benjamim Soares Cruz em 12 de setembro de 2011, na Igreja Batista Monte Sinai, Montes Claros, MG, durante a série de conferências evangelísticas, em comemoração aos 26 anos de existência desta igreja. Hélio Cordeiro Volotão* Acredito que um dos grandes problemas dos batistas na atualidade é a falta de compreensão do termo “Autonomia da Igreja local”. O Estatuto da Convenção Batista Mineira (CBM) diz textualmente: “A Convenção reconhece a autonomia administrativa das igrejas” (Art. 2º, § único). As igrejas associadas à Convenção Batista Brasileira, à CBM e às associações regionais têm autonomia administrativa, porém não tem autonomia doutrinária; pois quando uma igreja pede filiação à CBM, a mesma declara “que reconhece as Escrituras Sagradas – Bíblia – como única regra de fé e prática, e que reconhece como fiel a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, a qual se obriga a atender”. Já vi os representantes legais da Convenção Batista Mineira serem acusados de arbitrariedade quando intervém nas igrejas, quando há indícios de desvios doutrinários. Pois bem, leia com atenção este parágrafo do estatuto da CBM: “A igreja associada cooperante, por este estatuto, autoriza a Convenção a interagir em seu ministério pastoral e/ou doutrinário, por si ou por solicitação de qualquer membro, quando ocorrerem indícios de desvios dos princípios doutrinários batistas praticados na igreja” (Art. 18, § único). É bom que fique claro que são as igrejas, através de seus representantes, que aprovam os estatutos nas assembleias convencionais. A Primeira Igreja Batista em Manhumirim enfrentou problemas de ordem doutrinária encabeçada pelo pastor, tais como oração no monte, unção com óleo, ceia universal distribuída para criança a partir de um ano e adultos não crentes e outros. Cerca de 30 membros da igreja supracitada, ao perceberem tais desvios, confeccionaram e assinaram um documento relatando o que estava acontecendo e endereçou o mesmo ao Conselho Doutrinário da CBM, solicitando ajuda e interferência. Com este documento em mãos, os representantes legais da CBM entraram em ação imediatamente: primeiramente se reunindo com o pastor da igreja – como ele se mostrou irredutível, o presidente da CBM, pastor Sebastião Arsênio da Silva, nomeou o Concilio Decisório composto por 15 pastores, como preceitua o Estatuto da própria igreja, no capítulo que trata das Divergências Doutrinárias. Nomeado o concílio, este começou seus trabalhos imediatamente. Primeiro se reuniu com o pastor e depois com a igreja, ouvindo os membros: os que não assinaram o documento e os que assinaram o respectivo documento. Posteriormente, os componentes do Concílio Decisório se reuniram e deram seu parecer; que entre outras, fez a seguinte recomendação: Que o pastor Carlos Roberto de Sousa, por não estar pastoreando conforme as práticas bíblicas adotadas pelos Batistas e princípios fundamentais das Convenções Batista Brasileira e Mineira, não continue como pastor da Igreja. Ao ser notificado da decisão do concílio, o pastor supracitado se exonerou; contudo fez o que é de praxe nessas circunstâncias: dividiu a igreja, saindo com outros 50 membros, e organizou sua própria igreja. Amados irmãos, se vocês são membros de igrejas cooperantes com a CBM, e é perceptível que há indícios de desvios de ordem doutrinária no seio das mesmas, vocês deverão seguir o exemplo dos membros da Primeira Igreja Batista em Manhumirim. Eu disse “indícios de desvios de ordem doutrinária”; portanto, não se deve pedir intervenção da CBM por qualquer “picuinha”. Este pedido não se faz mediante carta ou e-mail anônimos. É preciso assinar o documento, pois o endereço de documento sem assinatura é o lixo. Não é verdade o que se falam por aí, de que a CBM nada faz em prol das igrejas que enfrentam problema desta natureza. Ficou comprovado que a CBM age em parceria com as igrejas, ou seja, com os membros das igrejas que solicitarem ajuda. Tenho dito. Coordenador da Associação das Igrejas Batistas Leste da Mata (Abalema) Email: [email protected] Heresias poéticas continuação da página 6 André L. F. Silva* Questiono, então, não apenas a composição dos hinos, mas de igual modo os compositores, pois, justificam que foram “inspirados por Deus” para realizarem suas composições, por isso, não devem ser “corrigidos”. Se essa é a justificativa de muitos, há um problema. Querem dar aos hinos e cânticos a mesma condição de imutabilidade das Sagradas Escrituras, essas sim, divinamente inspiradas e inalteráveis. Ou será que devemos concordar que as músicas possuem mensagens maiores que a Palavra de Deus, e, por isso, também devem ser imutáveis? Em breve, possivelmente, há quem defenderá que tais “inspirações” também façam parte do Canon Bíblico... Há também os que defendem que, se não concordamos com as ideias expostas nas músicas, não deveríamos cantar o referido cântico, ou seja, é melhor manter o erro e não entoar a canção, do que corrigi-lo biblicamente e poder cantá-lo com a mensagem correta, afinal, o “dono” da música é o compositor, detentor dos “direitos autorais”, e não a palavra de Deus que serviu – ou deveria servir – de base para a composição da música. A licença poética e os tais “direitos autorais” – digo eu, não é censo comum – só devem existir para as músicas seculares e profanas, pois o objetivo de seus compositores é essencialmente comercial, e a mensagem por eles cantada não tem qualquer compromisso com as verdades bíblicas, ao contrário, disseminam cada vez mais o pecado hedonista entre seus ouvintes. A música secular, essa sim, é de propriedade exclusiva de quem a compõem, pois sua criação e sua mensagem pessoal é que foram expressas em suas músicas com propósitos explicitamente lucrativos. Todavia, a música que tem como propósito expressar de forma cantada a adoração que deve ser dirigida ao Senhor só tem um dono: o próprio Deus! A ideia de licença poética e direito autoral cai diante do propósito da adoração, pois o objetivo da música para o adorador é a adoração a Deus e a proclamação da mensagem divina através das canções, e não a autorização para distorções da Palavra. Se concordarmos que as músicas cantadas em nossas igrejas, em seus momentos de louvor e comunhão, têm como objetivo a adoração, então precisamos também concordar que elas são baseadas na mensagem da palavra de Deus, e não o inverso. Dessa maneira, qualquer equívoco poético pode transformase em uma mensagem incorreta ou em uma grande heresia. Portanto, é correto afirmar que a mensagem cantada a Deus é maior que a ideia de quem a compôs, e canção composta com o fim de adoração torna-se de domínio público, sendo perfeitamente possível a correção bíblica em qualquer erro teológico que, porventura, possa existir, para cumprimento de um propósito muito maior: proclamar clara e coerentemente as verdades da Palavra de Deus, mesmo em forma de poesia musical. Cito alguns exemplos: cantamos “Eu sei que foi pago um alto preço para que contigo eu fosse um meu irmão...” e depois, em outra canção, dizemos: “Eu nunca saberei o preço dos meus pecados lá na cruz...”. Há incoerência de nossa parte, pois afirmamos saber que houve um preço pago por nós declarado em uma canção, depois afirmamos não saber o quanto custou meus pecados na cruz, em outro hino. Compreendemos biblicamente que o alto preço por nossos pecados fora o sangue de Jesus derramado na cruz do calvário em nosso lugar, como redenção por nossos pecados. Sem o derramamento de sangue, não há a remissão dos pecados. O autor não fala de sofrimento vicário, como muitos alegam ser a verdadeira intenção do compositor. É apresentada então, nessa canção, uma inverdade, pois nós sabemos que o preço pago por nós foi o sangue de Jesus derramado na cruz. 25 REFLEXÃO O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 A ideia de licença poética e direito autoral cai diante do propósito da adoração, pois o objetivo da música para o adorador é a adoração a Deus e a proclamação da mensagem divina através das canções, e não a autorização para distorções da Palavra. Outro erro flagrante, agora em forma de heresia, é cantar que “Uma nova terra aqui será, onde a paz nunca se findará...”. Essa é a afirmação de algumas seitas religiosas, que declaram ser aqui o céu, onde a terra será transformada em um novo paraíso, contrário ao que a Bíblia diz: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21.1). A Bíblia nos fala de uma morada celestial, e não de uma moradia terrena: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3.20). Outros tantos exemplos poderiam ser citados, pois, infelizmente, os mesmos existem, mas o propósito aqui descrito é exclusivamente alertar aos crentes, pastores e músicos a que sejamos mais criteriosos com as mensagens por nós cantadas, afim de que a mensagem de Deus seja proclamada sem erros ou desvios, sem equívocos ou heresias. Se quisermos agradar os pseudo-autores das canções, respeitando suas composições sem corrigi-las quando necessário, correremos um risco muito maior em desrespeitar a Deus e a Sua Palavra, cantando em verso e prosa o que a Bíblia não diz. *Pastor da Segunda Igreja Batista em Nova Serrana/MG. Bacharel em Teologia pelo Sistema Teológico Batista Mineiro; graduado em Teologia pela Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil, graduando em Pedagogia e pós-graduando em Psicopedagogia. Prazer em ler Quando a liderança e o discipulado entram em conflito Autor: Bill Hybels Páginas: 55 Formato: 10.5x18cm Editora: Vida O que fazer quando as leis da liderança entram em conflito com os ensinamentos de Cristo? Utilizando ilustrações de sua vida e ministério, Bill Hybels mostra que esse conflito existe e explica como as decisões que tomamos afetam nossa vida e também o destino de nossa equipe. E se Jesus não tivesse nascido? Autor: James Kennedy Páginas: 312 Formato: 14x21cm Editora: Vida James Kennedy e Jerry Newcombe afirmam que, se Cristo não tivesse nascido, nosso mundo seria diferente. Para sustentar essa tese, apresentam fatos históricos instigantes, mostrando que uma série de conquistas da humanidade jamais teriam ocorrido se Jesus não tivesse vivido entre nós. A música dentro e fora da igreja Autor: Atilano Muradas Páginas: 224 Formato: 14x21cm Para alguns líderes, o ministério de música é frequentemente repleto de problemas. Atilano Muradas conhece essas questões e as múltiplas formas de louvor da igreja brasileira e aborda: música profana e música; ministrar X conduzir o povo na adoração; onde e como empregar a música instrumental; o coro da igreja; e roteiro para produção de um CD. 26 REFLEXÃO O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 O alimento que permanece Tatiane Silva Ferreira Santos* O evangelho de Jesus é o do caminho estreito, apertado e espinhoso. É através deste caminho que fazemos morrer nossos desejos carnais. Mesmo com toda a misericórdia, graça e provisão de Deus em nossa vida, ainda assim, às vezes não confiamos Nele totalmente e agimos conforme nossos interesses e vontades. Não tendo tempo para Deus, como seremos dependentes Dele? D eus sempre cuidou do seu povo. Quando Israel saiu do Egito, e em todo o percurso rumo à Terra Prometida, Ele tomou providências a fim de que não tivessem fome nem sede. Uma coluna de fogo os acompanhava durante a noite, e durante o dia uma nuvem os protegia do sol intenso. Israel teve inúmeras experiências com Deus. Foram testemunhas de seus feitos gloriosos e de suas maravilhas, entre elas, a de serem alimentados por Ele. Durante 40 anos eles aprenderam que a provisão do Senhor acontecia diariamente. Neste período nunca lhes faltaram água que produz vida, e o pão, alimento perecível que os sustentou diariamente, apontando para Jesus, o alimento que permanece. “Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram” (João 6:49). A provisão dada por Deus no deserto foi de um alimento perecível. O maná que vinha do céu não podia ser guardado, porque estragava. Precisavam então confiar que Deus iria suprir suas necessidades no dia seguinte e em todos os outros dias também. “Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram o maná para a manhã seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles (Êxodo 16:20). Deus quis ensinar ao seu povo que Dele vinha o alimento que perecia, mas também, a provisão diariamente. O relacionamento com Deus dever ser construído diariamente. No deserto o povo era tão dependente que não sabia nem para onde ir. Eles seguiam a nuvem que se deslocava sempre na direção que Deus determinava. Viver na dependência de Deus nos garante provisão para nós, nossos filhos, e para os filhos de nossos filhos. Ele tanto nos amou que, além de prover o alimento que perece, também providenciou o “alimento que permanece”, que é Jesus. João 6.4753 – Jesus é o Pão Vivo que desceu do céu, para que todo aquele que Dele comer não pereça, mas tenha a vida eterna. Sem Jesus não há vida eterna. Ele nos fornece provisão diária. O alimento que permanece aponta-nos o caminho da inteira dependência do Criador. Viver na inteira dependência do criador é reconhecer que tudo o que temos, tudo o que somos, tudo o que acontece em nossa vida provém do Senhor. Isso não significa que não passaremos por tribulações, pois todos os seres humanos vivem, sofrem, adoecem e morrem. Jesus disse: “No mundo tereis aflições, mas, tende bom ânimo, Eu venci o mundo”. O alimento que permanece exige uma vida de absoluta obediência aos seus ensinamentos. Mas será que estamos sendo fieis em tudo? Nos nossos dízimos e ofertas, amando o próximo, até mesmo inimigos? A obediência absoluta produz um relacionamento de intimidade com o Criador. “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não” (Deuteronômio 8:2). A obediência absoluta produz a presença constante do Senhor em todo o nosso viver. O Povo no deserto dependia do alimento que perecia todos os dias. Nós também precisamos diariamente do alimento que perece, mas principalmente do que Permanece, Jesus, o Pão da Vida. O maná era um alimento que atendia as necessidades temporárias. Matava a fome naquele momento. Jesus é o alimento que transforma e vivifica eternamente. Ele deseja ser o Senhor de nossa vida e que sejamos dependentes Dele sempre. *Lider do ministério de música da igreja Batista Monte Sinai, MG. (Baseado no sermão do Pr. Evanildo Ferreira da Silva, Montes Claros, MG) O Batista Mineiro | Dezembro de 2011 Calendário da Convenção Batista Mineira - 2012 MÊs DIA 01 Fevereiro Acampamento estadual Embaixadores do Rei - ER – CBTL 12 a 15 Acampamento estadual Embaixadores do Rei - ER – CBTL 16 a 20 ANVER- Sítio do Sossego 18 a 19 Encontro de Esposas de Pastores do Brasil – Foz do Iguaçu Congresso de Pastores – Foz do Iguaçu 19 89ª Assembleia Inspirativa da UFMBB – Foz do Iguaçu 19 Encontro Convencional do Homem Batista do Brasil 21 Aniversário da UFMBMineira – 89 Anos 20 a 24 Assembleia da Convenção Batista Brasileira – Foz do Iguaçu 19 a 29 Pescador Jovem e Operação Invasão - JUBAM 25 -28 Teen Brasil Sudeste em Rio Bonito, RJ 31 Culto da Vitória - JUBAM 01 Oração pela UMHBM 07 Aula Magna de Teologia – Faculdade Batista 12 Capacitação e Culto de Aniversário – IB do Fama - UFMBM 12 Hoje é Dia de Missões – IB Salgado Filho/BH - JMN 19 Assembleia da Associação Jequitinhonha – Mata Verde 26 Congresso de Capelania – IB Central – Uberlândia - JMN 28 a 29 Centro de Formação em Missões - Retiro de Vocacionados - Ravena 01 Oração pela UMHBM 01 Centro de Formação em Missões - Retiro de Vocacionados - Ravena - JMN 02 Centro de Formação em Missões – Aula Inaugural – Colégio Batista Mineiro - JMN 03 Conexão Missionária JMM - Igreja Novo Riacho em Contagem - JMM 03 Transformação Integral Regional 03 Culto de Aniversário do Sistema Batista Mineiro de Educação 04 Primeiro domingo - Dia da Esposa de Pastor - UFMBM 08 Dia Internacional da Mulher - UFMBM 09 Culto de formatura curso Direito – Faculdade Batista 09 e 10 Março Oração pela UMHBM 07 a 10 18 Janeiro atividade 10 Congresso Missionário ABAME - PIB Água Branca Colação de Grau Curso de Direito – Faculdade Batista 10 a 11 Congresso de Oração – IB Nova Vista/BH - JMN 10 e 11 Acampamento Promotores de Missões JMM Campanha 12 de 16 e 17 Conexão Missionária JMM – PIB Coronel Fabriciano - JMM Missões 16 a 18 CICER – Muriaé ER Mundiais 16 a 18 Congresso de Oração – PIB Sete Lagoas - JMN 19 a 24 Congresso de Oração – PIB Tupi/BH - JMN 20 a 22 Semana de Oração pro Missões Mundiais - UFMBM 23 a 25 Reunião Conselho Geral da CBB 24 Reunião do Conselho Geral da UFMBMineira - UFMBM Conexão Missionária JMM - Igreja Ágape Santa Luzia - JMM 24 a 25 Viagem Missionária – UH 24 a 25 Congresso de Oração – IB Durval de Barros – Contagem - JMN 30 a 31 2º Fórum Eclesiástico ABC 30 a 31 Congresso de Oração – IB Palmares - JMN 31 Capacitação de Líderes ER – ABANORD 31 Olimpíada Sul de Minas ER 31 Reunião do conselho executivo da UMHBM 31 Conexão Missionária JMM - Igreja Nova Canaã MOC - JMM 27 GERAIS Sistema Batista Mineiro de Educação Alunos do Batista conquistam primeiros lugares na PUC Minas Os resultados dos processos seletivos para 2012 já começaram a ser divulgados e os alunos do Colégio Batista Mineiro estão se destacando pelo excelente desempenho nas provas. No vestibular da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), um dos mais disputados do Estado, o aluno de BH Christiano Araújo ficou com o primeiro lu- gar no curso de Ciências Econômicas. Já os primeiros lugares dos cursos de Engenharia de Controle e Automação e Administração ficaram, respectivamente, com os alunos Gabriela de Oliveira e Gustavo Vaz, também da unidade Belo Horizonte. Já na unidade CBM Betim, o Batista atingiu 100% de aprovação no processo seletivo da PUC. Colégio Batista fecha o ano com ouro nos Esportes Após ficar em 3º lugar no Campeonato Metropolitano Escolar, a equipe sub 17 de futsal masculino do Colégio Batista Mineiro fechou o ano com medalha de ouro ao conquistar o título da Liga Independente de Futsal. A vitória de 5 a 3 sobre o time do Colégio Sesi Comar aconteceu em novembro, no ginásio do adversário. Já no dia 8 de dezembro foi a vez da equipe de futsal masculina sub 12 levar a vitória na Copa Integração ao vencer por 5 a 0 o time do Recreativo-ICA. Sem dúvidas, o ano de 2011 foi marcado por muitas conquistas do Batista no esporte. Ao todo, o CBM conquistou 27 títulos em campeonatos esportivos de Futsal, Futebol e Natação. Diálogo aberto com a direção-geral do SBME Para ouvir, aprender e debater assuntos relevantes para o crescimento e sucesso do Sistema Batista Mineiro de Educação, a direção-geral da Instituição se reuniu com equipes de todos os setores no ano de 2011 para um diálogo aberto. Além desta iniciativa, foi criada também a Ouvidoria Interna, um canal de comu- nicação direto entre direção-geral, colaboradores e professores do Sistema. Segundo o diretor-geral, professor Valseni Braga, o objetivo é receber ideias, elogios e sugestões para aprimoramento de estratégias, solucionar conflitos e contribuir na melhoria do clima organizacional. 28 O Batista Mineiro | Dezembro de 2011