3º Lugar

Transcrição

3º Lugar
Um sonho diferente
Numa casa,…Sim, eu sei que estavam à espera do “era uma vez,…”, mas isso é um clássico, e, para
além disso, ouve-se no início de quase todas as histórias infantis, por isso, eu decidi fazer uma coisa
diferente. Bem, vamos mas é continuar, senão, daqui a um bocado, a minha lâmpada de ideias apaga-se e
poof… Não acabo a história. Adiante. Lápis à mão, e, continuar!
Numa casa, vivia uma mãe solteira que tinha um filho. Um filho um pouco gordo e preguiçoso, o Joca.
Mas o Joca tem um “ciclo” para ficar gordo. É como o ciclo da água, só que mais pequeno. E esse ciclo é
assim:
A mãe cozinha, e ele come. A mãe torna a cozinhar, e ele come, come, come,… É guloso e comilão!
E é aqui que tudo começa: num dia lindo, de sol, e sem nuvens, ou seja, de céu limpo.
A mãe ficou farta de cozinhar, que adormeceu e teve um sonho fantástico… Oh, mas eu não vou
contar o sonho da mãe. Vou contar o sonho do Joca. “Mas o Joca não adormeceu?”-perguntam vocês.
Adormeceu pois. Como a mãe adormeceu e não cozinhava, o Joca não comia, e, como não tinha mais nada
para fazer, ficou cansado, e adormeceu.
Então, lá começa ele a sonhar,…
O Joca estava na mesma a ver televisão, desta vez, sem comer, quando, pensou para si mesmo:
“ Será que eu consigo cozinhar?”.
Tentou e tentou, mas não conseguiu sair do sofá! Desistiu.
Logo que ele desistiu, saiu da televisão um boneco da série que ele estava a ver, o Jardas.
O Jardas disse que ele tinha que aproveitar a vida ao máximo, pois só a temos uma vez, e se ele ficasse
a vida toda no sofá, daqui a um bocado casava-se lá. Quer dizer, se não saía de lá, não conseguiria
encontrar o amor da sua vida. Nem sequer amigos faria. Nem à escola assiste.
Mas o Jardas não saiu da televisão para dar um sermão ao Joca. Muito pelo contrário. Saiu da televisão
para lhe mostrar o “paraíso”, que, supostamente, era a sua vida, a vida do Joca, se ele não fosse gordo. Na
verdade, seria bem magro, e bonito.
Então, passada uma hora, o Jardas conseguiu tirar o Joca do sofá. Na verdade, foi em cinquenta e nove
minutos. Um novo recorde. Mas isso não interessa.
Logo depois do Joca sair do sofá, foram lá para fora.
O Jardas disse as palavras mágicas, mas não resultou. Então, pegou no Joca, o que demorou,
disse as palavras mágicas e resultou.
Lá partiram, Jardas e Joca, para o paraíso, que, já agora, era nas nuvens,… De algodão doce.
Mas tiveram que ir para outro, pois o Joca comeu-o!
Desta vez, foram para um paraíso, nas nuvens, mas de brócolos. Assim o Joca já não o comia!
O Jardas decidiu mostrar-lhe todo o paraíso, que era dividido em várias partes: a dos livros, a das
fontes, a dos bancos (de sentar), a das casas, a das camas, a das piscinas e a dos “filmes”.
“Começou” pela parte dos livros, mas não chegaram a lá ir, pois o Joca não gostava de livros.
No caminho, Joca sente-se cansado. Por isso, tiveram que passar pela parte dos bancos.
Experimentou de todos os tipos: duros, moles, almofadados, insufláveis e de comida, mas os últimos
comeu-os!
Logo de seguida, foram à das fontes. Joca viu-as, e decidiu mergulhar nelas, pois eram de queijo.
Novamente, foram devoradas.
Entretanto, foram às casas, do paraíso, mas saíram logo de lá, pois o que queriam era uma cama.
Para isso, tinham a parte das camas.
Foram até lá, escolheram uma cama e dormiram. Melhor, escolheram um beliche.
A meio de noite, tiveram que trocar de beliche, pois o Joca partiu-o, devido ao seu peso.
De manhã, todos dormiram mal menos o Joca, pois o seu ressonar é muito, muito barulhento!
Logo de seguida, foram para a parte das piscinas, mas esvaziaram-se todas pois o Joca atirou-se
de “bomba” para elas,… menos uma, pois era bastante funda. Joca e Jardas foram para lá.
Ficaram na brincadeira, até o dono das piscinas dizer: “Chega, saiam daqui!”. E saíram. Vou
dizer-vos porquê.
Começou tudo com uma simples pedra.
Antes de entrarem na piscina, Joca encontrou uma pedra. Foi até lá, decidiu atirar a Jardas e ele
também atirou. Foi aí que começou uma “guerra” nojenta.
As pedras esgotaram-se e não tinham mais nada para atirar, senão comida.
Sujaram tudo. Joca até podia comer aquilo, mas já estava cheio.
O dono das piscinas chegou e expulsou-os, pronto.
Divertiram-se mais um pouco, e foram dormir.
De manhã, foram dar um passeio pelo campo das flores. Ficava na parte dos livros, pois fazia
parte de uma história. Não sei qual, mas fazia.
Foram para lá. Havia letras, palavras, frases, páginas, folhas,…
Decidiram mergulhar na palavra “almoço”, pois estava na hora de almoçar.
Viram uma mesa com as seguintes palavras para almoçar: peru, sumo, esparguete e mostarda.
Comeram que se fartaram.
Saíram da palavra “almoço” e mergulharam na palavra “relógio”. Havia de todos os tipos: de
pulso, de parede, de bolso, o chamado “cuco”… Até havia o Big Ben.
Deitaram-se num de pulso, por duas razões: Eram insufláveis e tinha espaço suficiente para que
coubessem os dois.
Tentaram ver a forma que as palavras “nuvens” tinham. Viram coelhinhos, bicicletas, gatos,…
Ouviram o sino tocar. Neste caso, os relógios. Eram seis da tarde e estava na hora de ir para a
parte dos “filmes”.
Foram para lá, e meteram o vídeo do Joca a dar, mas, subitamente, e vindo do nada, o Joca
começou a cair. Era o paraíso, ou seja, as nuvens. Mesmo sendo fortes, por serem de brócolos, não
conseguiram suportar o seu peso.
Já se via a sua casa, quando de repente, o Joca abriu os olhos.
Olhou em seu redor, e viu que não estava a cair.
Foi contar a toda a gente o sonho que teve. Todos acharam estúpido.
Foi até ao telhado, pegou num megafone, e disse, que apesar do seu sonho ser estúpido, ridículo,
enfadonho… adiante. Disse que, apesar de tudo, aprendeu uma lição com ele, que, à primeira,
pensava que era outra coisa qualquer, sem ser o que ele vai dizer, mas, depois, ouviu na sua
imaginação o grito da seguinte lição:
“Se comer demais, fico muito gordo!”
MeM