Menos despesa mais disciplina

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Menos despesa mais disciplina
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Portel
Câmara
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igreja de
Vera Cruz
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REGUENGOS DE MONSARAZ
€1
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Ano I Nº 7 Novembro 2006
Montemor-o-Novo
João Marques, vereador da Cultura:
«Estamos a falar de
cortes orçamentais
gravíssimos, de limitações e condicionamentos muito grandes às autarquias»
~ página 8
José Calixto,
vice-presidente CM
Reguengos de Monsaraz:
«Em matéria de autonomia
do Poder Local esta lei não é
uma verdadeira reforma:
penso mesmo que não se
reconheceu a maioridade
que as Autarquias deverão
ter no quadro da
Democracia Portuguesa»
Ensino Superior
Crédito bonificado
para estudantes
só no papel
~ página 3
Redondo
Azal promove
«Azeites com Alma»
~ página 9
Opinião
que marca
diferença
~ páginas 14 e 15
~ página 5
OE 2007
Menos despesa
mais disciplina
informação sempre actual ~ www.noticiasalentejo.pt ~ sempre em linha
2
entrada~
Carlos Trigo
Notícias Alentejo
online desde 9 de Junho de 2003
www.noticias alentejo.pt
~@
E depois do défice?
[email protected]
Ano após ano, sempre que
políticos e economistas discutem o Orçamento, conhecemos novas tentativas de
emagrecimento do Estado.
Os políticos repetem-se, os
comentadores utilizam o
«copiar/colar» nos ficheiros
«Word» para argumentar a
favor, ou contra, a proposta
do ministro das Finanças e
os contribuintes fazem contas à vida. O mês seguinte
encarrega-se, normalmente, de retirar esta carga dramática ao dia-a-dia dos portugueses. Os políticos vão
esquecer o défice, os
comentadores ficam entretidos com cenários de uma
qualquer remodelação no
executivo governamental e
os contribuintes, para
esquecer os impostos, vão
preparar-se para corrida
consumista de Natal.
O ministro das Finanças,
Teixeira dos Santos, já
explicou, de forma sintética, como pretende assegurar a consolidação orçamental: «medidas de redução de despesas de funcionamentos da administração
central, medidas de contenção e sustentabilidade
das despesas de saúde e
medidas de disciplina orçamental das administrações
regionais e locais».
Mas, num país que concentra a riqueza no Litoral,
o Interior vai servindo apenas para tema de discurso
de campanha. Em tempo
de «vacas gordas» recebe
migalhas, em período de
«vacas magras» até as migalhas lhe tiram. Será, por
isso, justo reclamar que o
esforço a fazer na contenção da despesa pública seja
devidamente compensado
com investimento dirigido
a equipamentos públicos
em áreas tão sensíveis
como a educação e a saúde.
Curiosamente, a dramatização em torno do OE
2007 tem sido de tal modo
forte que quase «matou»
outro tema - O Tribunal
Constitucional detectou
irregularidades nas contas
apresentadas pelos 11 partidos políticos que concorreram às eleições legislativas de 2005.
A obsessão pelo défice
poderá ter, contudo, os dias
contados. Não pela via da
sua correcção contabilística, mas pela mudança de
tendência.
E o exemplo vem de
Inglaterra e do líder do
Partido Conservador, David
Cameron, para quem chegou o momento «de os políticos admitirem que há coisas mais importantes na
vida do que o dinheiro».
Preocupado com o «défice
de felicidade» (é certo que
na oposição estas coisas
são mais fáceis...), Cameron
assume um discurso de
defesa da Escola Pública e
do Serviço Nacional de
Saúde, o que poderá significar o início de uma nova
tendência europeia que,
mais tarde ou mais cedo,
contagiará até os burocratas mais economicistas de
Bruxelas.
E depois do défice?
11.2006 Sumário
Ficha Técnica
Universidade distingue cultura científica
Página 7
Azal lança «Azeites com Alma» em Redondo
Página 9
Na capa: José Calixto
Vice-Presidente da Câmara Municipal
de Reguengos de Monsaraz
Ciência & Tecnologia, por Afonso de Almeida
Páginas 12 e 13
Opinião que marca a diferença
Páginas 14 e 15
A crónica de Luís Carmelo
Página 20
Letra & Música, por José A. Ferreira
Página 21
A edição do "Notícias Alentejo"
é da responsabilidade da sociedade "Notícias Alentejo Produção
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A Folha Cultural, CRL
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Colaboradores: Benjamim
Formigo, José Frota, Jorge Reis
(www.lusomotores.com),
Mara Alves e Rute Marques
Opinião: Afonso de Almeida,
Alberto Magalhães, Antonio Sáez
Delgado, Manuel Ferreira Patrício,
João Espinho, Joaquina Margalha,
José Gabriel Calixto, Luís
Carmelo e Rui Namorado Rosa
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7200-376 Reguengos de Monsaraz
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notíciasalentejo~ Novembro 2006
3
~destaque
Bonificado
na gaveta
[email protected]
A legislação prevê que os
estudantes universitários
recorram a crédito bonificado para suportar despesas
relacionadas com o curso,
mas poucos conhecem a existência do Sistema de
Empréstimos aos Estudantes
do Ensino Superior, previsto
no decreto-lei nº 512/99. Em
sete anos, os executivos
governamentais não se preocuparam em regulamentar os
passos seguintes. Ou seja, na
prática, o crédito bonificado
ficou na gaveta.
Frequentar o Ensino
Superior é sinónimo de
encargos financeiros acrescidos. Propinas, alojamento,
deslocações e outras despesas atrapalham o orçamento
de quem ambiciona um curso. Um sonho que exige, cada
vez mais, um investimento
superior àquilo que a maioria
dos estudantes pode suportar.
Em Portugal, muitas dessas despesas são suportadas
pelos pais ou por bolsas de
estudo, que nem sempre são
suficientes. No entanto, a par
disso, existe (ou deveria existir) o Sistema de
Empréstimos aos Estudantes
do Ensino Superior estipulado no decreto-lei nº 512/99,
com o objectivo de dar a possibilidade aos estudantes de
concluírem os seus estudos.
No preâmbulo do referido
decreto-lei pode ler-se: "(...)
tendo em conta a relevância
social desta medida, o legislador da Lei n.º 113/97 teve
ainda o cuidado de referir
que o empréstimo deve privilegiar os estudantes economicamente carenciados e
com aproveitamento escolar
satisfatório, estendendo
mesmo a matéria aos estudantes do ensino superior
particular e cooperativo e de
direito concordatário, nos termos do seu artigo 34.º".
Este regime de crédito bonificado aos estudantes do
Ensino Superior destina-se a
alunos portugueses que estejam no último ano de curso,
no caso de bacharelato, e nos
dois últimos anos, no caso de
licenciatura. Requerido o crédito, só um ano após terminado o curso, o aluno começa,
então, a amortizar a dívida.
Este crédito deveria ser obtido nas instituições bancárias
que, na altura, aderiram :
Caixa Geral de Depósitos;
Caixa Económica Montepio
Ge ra l; Ca ix a Ce nt ra l de
Condições
de Acesso ao
Crédito Bonificado
(DL 512/99)
Estudantes do Ensino
Superior que sejam
Cidadãos da união
Europeia, ou oriundos
de países cuja
língua oficial
seja o Português;
Frequentem
o penúltimo ano ou o
último ano curricular;
Provar que tem um
rendimento mensal
bruto inferior a duas
vezes o salário mínimo;
Ter aproveitamento
académico satisfatório;
Não sejam titulares de
outro em préstimo
bonificado contraído
ao abrigo do presente
regime.
Crédito Agrícola Mútuo.
Contudo, apesar, deste sistema de crédito bonificado
constar em Diário da
República, a informação
sobre o processo sempre foi
escassa. Muitos dos estudantes que frequentam, actualmente, a Universidade não
sabem da existência deste sistema nem da sua inexistente
regulamentação.
Isabel Vieira, provedora do
estudante da Universidade de
Évora, salienta este seria um
sistema a ter em conta: «É o
sistema que funciona noutros
países europeus, o aluno endivida-se para estudar e paga
esse empréstimo quando
começar a trabalhar. Aqui em
Portugal, que eu tenha
conhecimento, ninguém faz
isto».
O serviço da Provedoria do
Estudante, cujo objectivo
principal é encaminhar os alunos, encontrando soluções
para os diversos problemas
que surgem a nível académico, tem tentado divulgar sistemas de empréstimos: «O
crédito bonificado seria uma
boa alternativa a muitos problemas financeiros que surgem, quando ainda estão a
DP
Mara Alves
tempo de ser resolvidos».
Não são só os estudantes
que desconhecem a existência deste sistema.
Contactadas pelo Notícias
Alentejo, instituições como a
Caixa Económica Montepio
Geral e a Caixa Central de
Crédito Agrícola Mútuo remeteram-nos para as filiais de
Évora, onde se manteve a
relutância em disponibilizar
a informação. A jornalista foi
remetida para procedimentos
burocráticos, necessariamente morosos e incompatíveis com os «timings» de
fecho desta edição.
O Noticias Alentejo contactou, ainda, o Ministério da
Ciência Tecnologia e Ensino
Superior, no passado dia 13
de Outubro, via telefone e email, mas fomos remetidos
para a Direcção-Geral do
Ensino Superior, onde foi possível obter uma única informação - falta regulamentar
os passos seguintes.
As condições da Caixa
O NA contactou a CGD
para obter informações
sobre o crédito a estudantes universitários.
Sobre o Sistema de Empréstimos aos Estudantes
do Ensino Superior estipulado no decreto-lei
nº 512/99 não foi possível
obter qualquer esclarecimento e fomos remetidos
para a solução possível,
o CREDIFORMAÇÃO.
Dados de base
Período de Utilização: 6 anos
Finalidade: Financiamento de
despesas relacionadas com cursos superiores, de especialização, pós-graduações, mestrados, doutoramentos, etc.
e de aquisição de material
ligado à formação.
Taxa: Desde Euribor + 0,5 p.p.
Destinatários: Estudantes do
Ensino Superior ou politécnico, candidatos a cursos de formação, de especialização ou
a programas para executivos
e MBA, docentes e funcionários.
Montante do Empréstimo:
€ 1.000 a € 50.000
Prazo: 11 anos
Período de diferimento:
Até 12 meses (após o período
de utilização)
Período de reembolso:
Desde 1 até 132 meses.
Condições de Reembolso:
Prestações mensais de juros nos
períodos de utilização e diferimento; Prestações mensais constantes (de capital e de juros) no
período de reembolso.
fonte: www.cgd.pt/
credito_pessoal/
crediformacao.htm
4
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notíciasalentejo~ Novembro 2006
notíciasalentejo~ Novembro 2006
5
~reguengos de monsaraz
‘Governo não reconheceu
estatuto de «maioridade» às autarquias’
Na versão governamental, os
critérios ditados pela nova Lei
das Finanças Locais ainda dão
aos municípios um estatuto de
«excepção» mas a as razões
invocadas pelo executivo não
contam com a simpatia dos
autarcas. José Gabriel Calixto,
vice-presidente da Câmara
Municipal de Reguengos de
Monsaraz, admite que
discussão pública da nova
tenha tido «'condimentos' de razão, mas também de
emoção», mas alerta: «Aquilo
que a Lei chama de 'reforço da
autonomia local' não passa de
um conjunto de normas cujo
impacto - nomeadamente em
matérias fiscais - apenas poderá
vir a ter algum relevo em fases
mais expansionistas da
economia».
A nova Lei das Finanças Locais provocou protestos por parte da ANMP. Os
Municípios ficam realmente prejudicados? Como se reflecte a nova Lei no dia
a dia das Autarquias?
Tal como já anteriormente o afirmei, a
esmagadora maioria dos Autarcas
Portugueses cumpriram globalmente a
sua missão, ao longo dos trinta anos de
Democracia. Por isso reclamam para si muito justamente - um contributo decisivo na enorme melhoria das condições concretas de vida das populações.
Esta grande autoridade moral da maioria dos Autarcas vem levando a que o processo de discussão pública da nova Lei das
Finanças Locais tenha 'condimentos' de
razão, mas também de emoção.
Não posso afirmar que a Lei venha deliberadamente prejudicar os Municípios;
vem, de facto, estabelecer novos princípios de gestão para as Autarquias, com
maior rigor na afectação dos recursos
municipais, pelos simples factos de que
estes são escassos e de que o País está a tentar sustentar, de forma credível, uma retoma económica.
De facto, são definidos alguns princípios fundamentais, para mim quase inquestionáveis, como por exemplo, o facto das
Autarquias só se poderem endividar até ao
limite da sua capacidade de geração de
receitas em cada ano; ou a variação directa
do valor das transferências do Orçamento
do Estado de acordo com a evolução dos
ciclos macroeconómicos.
Todos estamos certamente de acordo de
que não podemos hipotecar a autonomia
de gestão das gerações futuras com níveis
desadequados de endividamento. Veja-se,
o exemplo de um conjunto de Câmaras que
resolveram recentemente tentar vender (titularizar) a Instituições Bancárias receitas
que irão receber ao longo dos próximos 5
ou 10 anos. Esta não me parece ser uma
decisão credível e justa.
Por isso, um dos reflexos directos para
as Autarquias será o de que, a partir de agora, os Autarcas continuarão a trabalhar
muito e bem a favor das populações que
representam, embora com uma diferença:
terão que o fazer tendo ainda mais cuidado
e contenção nos recursos financeiros e
humanos que afectam aos seus projectos.
No entanto, penso igualmente que existem capítulos da nova Lei mais discutíveis
os quais, poderão eventualmente, ser mais
penalizadores para alguns Municípios
Por um lado, penso que os problemas
consequência deste período de transição
para novas regras estão claramente subavaliados relativamente a um conjunto de
Autarquias financeiramente menos autónomas.
Por outro lado, em matéria de autonomia do Poder Local esta lei não é uma verdadeira reforma: penso mesmo que não se
reconheceu a maioridade que as Autarquias deverão ter no quadro da Democracia Portuguesa. Aquilo que a Lei chama
de 'reforço da autonomia local' não passa
de um conjunto de normas cujo impacto
- nomeadamente em matérias fiscais apenas poderá vir a ter algum relevo em
fases mais expansionistas da economia.
Num período de contenção orçamental,
a nova Lei reflecte proporcionalmente
o esforço de contenção ou trata-se,
como dizem alguns Autarcas, de pedir
às Autarquias restrições desproporcionadas e lesivas do bem-estar das populações?
Este é igualmente um ponto menos positivo desta nova Lei. Também já o afirmei: o
Poder Central não deverá cair no erro de
pedir aos 308 Municípios um esforço desproporcionado relativamente àquele que
ele próprio vier a conseguir demonstrar.
Não tenho dúvidas que, num reduzido
número de Autarquias, esta nova Lei irá
impedir os seus Autarcas de resolver
alguns problemas básicos das suas populações ou investimentos já projectados.
No entanto, a esmagadora maioria dos
Municípios (cerca de 86%) irão receber, em
termos nominais, o mesmo valor (150
Municípios) ou um valor superior (114
Municípios), quando comparamos com
2006.
Dos 44 Municípios que irão receber um
valor inferior, essa quebra nunca será superior a 5%. Deve ainda ficar claro que, nestes casos, temos Municípios a cobrar
impostos municipais que chegam a atingir
os 790 Euros por habitante/ano, enquanto
que as 10 Câmaras mais 'pobres' do país
não conseguem sequer chegar aos 40
Euros por habitante.
Em honra da verdade, deve igualmente
ser dito que a proposta de Orçamento do
Estado para 2007 prevê um ambicioso
corte nas despesas dos Ministérios (digo
'ambicioso' porque as metas agora definidas nunca foram cumpridas em anteriores
Governos).
Por isso, a responsabilidade do Poder
Central nesta conjuntura torna-se ainda maior. Parece-me que os 308 'Governos
Municipais' e os dois Autónomos irão a partir
de agora estar ainda mais atentos aos exemplos vindos do Governo Central em matéria
de boa gestão dos recursos públicos.
De acordo com as contas do Governo,
70 das 308 Autarquias ultrapassam o
limite de endividamento, face à nova
Lei, o que os impede de contrair
empréstimos. No caso de Reguengos de
Monsaraz, afecta o funcionamento da
Autarquia? E em termos de investimento?
Estamos num Concelho que aposta muito
forte no seu futuro e na sua capacidade de
atracção de novos investimentos, promotores de desenvolvimento sustentado.
O funcionamento da Autarquia não está
minimamente posto em causa: estamos a
modernizar-nos, a racionalizar os custos
de funcionamento e a prestar os serviços
aos Munícipes de forma ainda mais eficaz.
Temos que ter elevada capacidade de gestão mas isso não nos preocupa de forma
relevante.
No entanto, este novo quadro legislativo poderá ter algum impacto negativo ao
nível do ritmo de alguns investimentos previstos para o nosso Concelho. Temos uma
rede viária em acentuada renovação;
temos um novo arquivo municipal a terminar e uma biblioteca para iniciar; temos
uma nova creche aprovada, um novo jardim de infância para construir e um parque de Escolas para requalificar; temos a
rede de águas da Cidade de Reguengos
para renovar; temos uma zona industrial
em continuada expansão; para só falar dos
investimentos previstos para um espaço
temporal mais imediato...
A este nível o caminho será certamente
continuar a apostar na criação de um
clima favorável ao investimento e á promoção do nosso Concelho, gerando assim
novos recursos, emprego e desenvolvimento.
Centro Hípico Municipal
sobe ao pódio a nível nacional
O cavaleiro João Gonçalves, da equipa
do Centro Hípico Municipal de Reguengos de Monsaraz, conquistou o segundo
lugar na prova São Jorge do Concurso
de Dressage Especial, organizado pela
Sociedade Hípica Portuguesa, no Hipódromo do Campo Grande, em Lisboa.
Nas últimas competições realizadas,
a equipa do Centro Hípico Municipal
alcançou o terceiro lugar no Concurso
de Dressage Nacional de Alter do Chão.
Nesta prova, João Gonçalves participou
em Intermediária 1 e Intermediária Kur,
com o cavalo "Amulet". No CSN - B de
Azeitão, em saltos de obstáculos, o cavaleiro de Reguengos de Monsaraz obteve
a 14ª posição, com o cavalo "Ramsey
Diamond", no primeiro dia de provas
e ficou no 15º lugar com "Blackhood II",
no segundo dia, posicionando-se na primeira metade da classificação geral.
A equipa do Centro Hípico Municipal
de Reguengos de Monsaraz, a única de
um Município a apresentar-se nas competições nacionais, é constituída pelos
cavaleiros João Gonçalves e Filipe
Palma. Na próxima época vão juntar-se
DP
Orçamento de Estado de 2007
está condicionado pela
consolidação das contas
públicas, o que, segundo o
Governo, obriga à redução de
«toda a despesa». A meta de
redução do défice orçamental
para 3,7% do Produto Interno
Bruto (PIB) obriga a cortes até
nas transferências para as
autarquias.
três alunos ao grupo para participarem
nas primeiras provas de nível preliminar na modalidade de Ensino.
O Centro Hípico Municipal de
Reguengos de Monsaraz abriu ao público há quatro meses, tem 32 alunos de
ambos os sexos, está credenciado pela
Federação Equestre Portuguesa e é recomendado pela Associação Portuguesa de
Criadores do Cavalo Puro-sangue Lusitano. Localizado no Parque de Feiras
e Exposições, o centro dispõe de dois
picadeiros e um campo de guias,
23 boxes de alojamento, e tem em fase
de conclusão um picadeiro coberto para
permitir a continuação das aulas durante o Inverno.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
6
portel~
SÍTIO DAS LETRAS LIVRARIA
LER
PARA
SER
Câmara edita livro sobre
Igreja de Vera Cruz de Marmelar
Ana Pagará, Nuno Vassalo e
Silva e Vítor Serrão são os autores. O livro «Igreja de Vera
Cruz de Marmelar», editado
pela Câmara Municipal de
Portel, mostra a importância
de um dos mais significativos
monumentos da arquitectura
religiosa do Alentejo, cuja origem remonta ao período visigótico.
No livro, Ana Pagará refere
que «as circunstâncias da fundação do Mosteiro da Ordem
de São João de Jerusalém ou
do Hospital de Marmelar, do
qual subsiste o conjunto arquitectónico formado pela igreja,
dedicada a São Pedro e
Paroquial da aldeia de Vera
Cruz, e ruínas do paço dos
comendadores desta importante comenda hospitalária,
encontram-se documentadas
numa inscrição de grande
importância histórica...».
A iniciativa de construção
do mosteiro é atribuída a
Afonso Pires Farinha (12031282), da Ordem do Hospital
vale
15%
desconto em livros
SÍTIO DAS LETRAS
Rua S. João de Deus, 18
[email protected]
Tel. 266 508 010
REGUENGOS DE MONSARAZ
de S. João de Jerusalém. Contudo, muitos historiadores,
incluindo os autores deste
livro, apontam para o período
visigótico a origem do conjunto arquitectónico de Vera Cruz.
Imóvel de Interesse Público
desde 1939, a Igreja de Vera
Cruz de Marmelar ficou ainda
na história por guardar uma
importante relíquia - uma parcela da cruz na qual Jesus
Cristo foi crucificado.
Segundo a tradição, conforme salientam os autores do
livro agora editado pela CM
Portel, a relíquia do Santo
Lenho terá sido trazida da
Palestina por Afonso Pires
Farinha, depois de uma viagem
à Terra Santa. Os historiadores
admitem que Afonso Pires
Farinha terá participado em
várias cruzadas antes de
entrar na Ordem de São João
de Jerusalém, mais tarde
designada por Ordem de
Malta.
MaisPORTEL
com... CREMILDE!
Pintura no Circuito
Transfronteiriço
Cremilde, o Centro de
Recursos Educativos Móvel de
Informação Lazer e Desporto,
foi inaugurado em Outubro na
freguesia de Alqueva. Trata-se
de um autocarro transformado em espaço polivalente e de
intercâmbio de projectos e
experiências inovadoras no
concelho de Portel.
Integrado no Programa
PROGRIDE, o Projecto
MaisPortel iniciou mais uma
das suas sete grandes acções.
No terreno e em execução
encontram-se já a Unidade
Móvel de Atendimento, a
Linha Verde, a Equipa de
Emergência Social e as
Campanhas de Informação,
Sensibilização e Formação.
O CREMILDE que fez a sua
primeira apresentação em
público na freguesia de
Alqueva. Consiste num autocarro, propriedade da autarquia de Portel, que contava já
com muitos anos e que foi, por
esta, transformado de forma a
poder acolher no seu interior
um conjunto de recursos que o
tornassem numa sala de
aprendizagem diferente,
capaz de motivar públicos tão
distintos como as crianças e os
idosos, até à generalidade dos
elementos da comunidade.
Desde a Matemática, as
Ciências, as Tecnologias de
Informação e Comunicação, a
Animação de Leitura, uma
Biblioteca Multimédia, tudo
Projecto cultural promovido pela Associação de
Universidades Populares
da Estremadura e que
apresenta quatro exposições com uma grande variedade de artistas e técnicas, que mostram a
riqueza que existe em
ambas os lados da raia
(Estremadura e Alentejo),
o Circuito Cultural
Transfronteiriço envolve
os municípios de Portel,
Elvas, Campo Maior e
Nisa do Alentejo e Jerez
de los Caballeros,
Olivenza, Lograsón e
Guadalupe da
Estremadura. Em Portel,
neste mês de Novembro,
é possível visitar as exposições "Pintado e Escrito",
de Verónica Bueno, até
dia 5, e a Colectiva de
Pintura dos Municípios de
Elvas e Portel, de 13 a 19.
"Pintado e Escrito" apresenta um conjunto de trabalhos em estampagem e
pintura, uma mistura de
objectos com imagens
e leituras que a pintora
conheceu casualmente,
que apesar de apresentar
uma aparência tétrica,
macabra ou inquietante,
quer mostrar uma ideia
isto é possível explorar no
CREMILDE.
Beneficiando da mobilidade
inerente a este recurso, o autocarro CREMILDE fará percursos por todas as aldeias do concelho de Portel com uma equipa multidisciplinar que, além
dos técnicos da Câmara
Municipal e do Projecto
MaisPortel, conta também
com uma Professora do 1º
Ciclo e uma Educadora de
Infância, que apresentarão
esta nova abordagem de dinamização educativa experimental.
O CREMILDE preparou um
conjunto de actividades que
durante a manhã é dedicado ás
escolas, de tarde é a população
idosa a contemplada, sendo o
final do dia reservado à população em geral, incluindo uma
sessão de cinema.
descontraída e irónica,
cheia de humor. "Se o
espectador encontrar alguma coisa deve gozar com
este pequeno jogo. Desta
maneira alegrar-me-ei.
Se não for assim não faz
mal". (Verónica Bueno).
O grupo de ar tistas plásticos de ELVAS/ PORTEL,
embora afastados na distância têm o mesmo
objectivo, o amor pelo seu
Alentejo. Esta união mostra a riqueza destas duas
terras. Os oito ar tistas de
Elvas participam neste circuito cultural com maturidade e mestria, através
de vários estilos e técnicas, mostram diferentes
paisagens do Alentejo.
O grupo de ar tistas do
município de Portel apresenta diversos temas e técnicas, dos quais se destacam os retratos de Carlos
Tapiço, a Ceifa de Maria
Albertina Malhadas,
o urbano e monumental
de Gilberto Canejo, a pintura de vanguarda de
Isidro Paiva e as ruas da
vila de Jorge Roque.
Todas as obras têm a ver
com o melhor do Alentejo,
com as suas cores, luz
e expressão.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
7
~évora
Universidade distingue cultura científica
A autarquia eborense realizou no passado mês de
Outubro um inquérito de
rua, numa acção integrada
no projecto "Cidades de
Qualidade". Este projecto
consiste «num estudo que
pretende avaliar, através de
uma auscultação dos habitantes, a qualidade de vida
dentro das cidades que
incorporam a Rede
Mecine». Integram a rede
das cidades de média
dimensão da Europa, localidades com um número de
habitantes situado entre os
50 e os 250 mil. A Rede
Mecine é composta por oito
cidades europeias, sendo
que cinco delas - Évora (Portugal), Joensuu (Finlândia),
Linköping (Suécia), Roskilde
(Dinamarca), Speyer (Alemanha) e Tønsberg (Noruega) - aderiram ao estudo. O
resultado dos inquéritos
será enviado e apurados
pela Universidade de
Linköping. Em Abril do próximo ano prevê-se a apresentação dos resultados conclusivos do estudo.
convidados, professores de
universidades portuguesas.
O Pré mio (cinco mil
euros) será entregue em sessão solene na Universidade
de Évora, no dia 24 de
Novembro, dia da Ciência e
aniversário do nascimento
de Rómulo de Carvalho.
Ró mu lo de Ca rva lh o
(1906-1997) foi professor,
pedagogo e autor de manuais escolares, historiador da
ciê nci a e da edu caç ão,
divulgador científico e poeta. Em 1995, a Universidade
de Évora distinguiu-o com o
grau de Doutor 'Honoris
Causa'.
Rómulo Vasco da Gama
de Carvalho nasceu em 24
de Novembro de 1906, em
Lisboa. Em 1931 concluiu o
curso de Ciências FísicoQuímicas, na Faculdade de
Ciências da Universidade do
Porto. Em 1956 publicou,
com o pseudónimo de
António Gedeão, o primeiro
livro de poesia, Movimento
Perpétuo (Coimbra).
Câmara celebra Cuba reclama Colón português
«mês do idoso»
A Câmara de Évora volta este
ano a assinalar o mês do idoso.
As comemorações foram iniciadas no dia 20 de Outubro e prolongam-se pelo mês de Novembro. A programação é subordinada ao título "Viver Évora" e,
segundo a autarquia, «foi delineada para estimular e promover a participação dos munícipes idosos na vida da comunidade, canalizando e optimizando as suas capacidades produtivas e culturais, e fomentando o
espírito de solidariedade».
A abertura das comemorações aconteceu no dia 20 de
Outubro, na Freguesia da
Hortas das Figueiras, com uma
noite de fados acompanhada de
ceia no Monte Alentejano.
Igualmente na Freguesia de
S. Sebastião da Giesteira, no
mesmo dia, realizou-se um jantar/convívio seguido de um baile, destinado aos idosos da respectiva freguesia.
Segundo a Câmara, a programação de 2006 será «descentralizada por todas as freguesias
do concelho, rurais e urbanas».
A Câmara contou com a colaboração das respectivas juntas de
freguesia e das associações de
idosos locais.
Cuba descerrou, o mês passado,
uma estátua de Cristóvão Colón,
descobridor das Américas.
Exactamente 514 anos depois do
dia em que o navegador descobriu a ilha à qual deu o nome de
Cuba, no Alentejo, mercê de uma
iniciativa conjunta da Câmara
Municipal de Cuba, da Fundação
Alentejo-Terra Mãe e do Núcleo
de Amigos da Cuba, reclama-se
uma origem portuguesa para o
descobridor que navegou às
ordens de Castela. «Trata-se de
uma homenagem a tão ilustre
naveg ador c ujas o rigen s e ver da-
Plano Nacional
de Leitura
deira identidade têm permanecido envoltas em mistério e que
recentemente notáveis historiadores e pesquisadores concluíram ser português, nascido no
Alentejo em Cuba, filho de D.
Fernando então Duque de Beja e
de Dona Isabel Gonçalves Zarco,
e chamar-se Salvador Fernandes
Zarco», explica um comunicado
da Fundação Alentejo Terra-Mãe.
As teses que apontam para a
nacionalidade portuguesa de
Colón (ou Colombo) são polémicas e, de acordo com a maioria
dos historiadores, são infundadas.
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95.5fm104.7fm
Antena Sul
ALENTEJO
Évora aderiu ao Plano
Nacional de Leitura (PNL)
em cerimónia que contou
com as presenças da vereadora do pelouro da
Educação da Câmara,
Filomena Araújo, e da escritora Isabel Alçada, comissária do PNL. A integração no
PNL, por parte da autarquia, surge na sequência do
desenvolvimento do projecto educativo "A Fada
Palavrinha e o Gigante das
Bibliotecas". Este é um projecto municipal, a decorrer
de 2005 a 2008, que pretende divulgar o livro e a leitura entre as crianças e
jovens do concelho de Évora, mas também entre os
seus pais e a comunidade
em geral.
O PNL tem como objectivo "elevar os níveis de literacia dos portugueses, através da promoção da leitura,
assumida como factor de
desenvolvimento individual
e de progresso colectivo".
David Prazeres
A Universidade de Évora
instituiu o Prémio Rómulo
de Carvalho, galardão que
pretende distinguir, bienalmente, um autor de língua
portuguesa relevante no
domínio da História das
Ciências, da Didáctica das
Ciências ou da divulgação
da cultura científica. De
acordo com o regulamento,
as candidaturas ao prémio
de 2006 devem dar entrada
na Reitoria da Universidade
de Évora até ao dia 10 de
Novembro.
As propostas deverão ser
oriundas de Universidades
ou Institutos Científicos de
países de língua portuguesa
e cada candidatura deverá
ser fundamentada com a
apresentação do autor e da
respectiva obra científica.
O júri será constituído
pelo vice-reitor para a
Ciência, pelos directores do
Centro de História e
Filosofia das Ciências e do
Centro de Investigação em
Educação e por três vogais
«Cidades
de Qualidade»
notíciasalentejo~ Novembro 2006
8
montemor-o-novo~
’Estamos a caminhar
para centralização
do Estado’
O vereador da Cultura de
Montemor-o-Novo,
João Marques, alerta para
as consequências dos cortes
orçamentais. «As restrições
serão cada vez mais difíceis»,
diz, acrescentando que o País
caminha para a «centralização
do Estado». Sobre a remodelação do Curvo Semedo, refere que
esta sala de espectáculos
aguarda por financiamento após
cinco anos de negociação e
depois do projecto ter já sofrido
alterações que lhe reduziram o
orçamento para
2 milhões de euros.
Quais as restrições orçamentais sentidas na Câmara de Montemor-o-Novo?
Este ano, a Câmara de Montemor-o-Novo
(M-o-N) teve um corte orçamental de
1 milhão e 300 mil euros. Para o próximo
ano, prevê-se mais 5% de corte orçamental. De restrições à contratação e despesa
com pessoal, tendo em conta que as próprias despesas em si aumentaram, houve
aumento de salários da caixa nacional de
aposentações, mas o dinheiro que temos
para gastar é o mesmo. Temos mais transporte escolar para fazer, porque encerraram escolas e significa que há crianças
que precisam de ser transportadas para as
escolas de recepção. Estamos a falar de
equipamentos novos como escolas, piscinas cobertas, pavilhões, cine-teatros e
estes equipamentos têm de ter pessoal
para funcionar. Nesta intervenção muito
directa é uma falta de respeito à autonomia do poder local.
Quais as consequências das actuais restrições orçamentais às autarquias?
Estamos a falar de cortes orçamentais gravíssimos, de limitações e condicionamentos muito grandes às autarquias que constituem um ataque grave ao poder local na
lógica em que o tivemos nos últimos 30
anos até agora. Nos próximos anos vamos
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Há 20 anos uma referência
porque o Alentejo merece
ter um poder local menos interventivo no
que respeita ao desenvolvimento das suas
populações e territórios. Passa a ser apenas um sector administrativo como tínhamos antes do 25 de Abril. Isso é claro, estamos a caminhar para centralização do
Estado, com os poderes concentrados no
governo e a questão da descentralização a
deixar de ter significado.
Como fica o projecto do cine-teatro
Curvo Semedo ?
A necessidade de financiamento do projecto do Curvo Semedo é muito elevada,
de 3 milhões e 500 mil euros. Para dar resposta ao Programa Operacional da Cultura
(POC), já sofreu várias alterações, de modo
a cortar o âmbito do projecto, daí algumas
valências que estavam previstas para o
Curvo Semedo terem de ser cortadas para
tentarmos baixar os orçamentos. Neste
momento, estamos a prever avançar com
um orçamento de dois milhões de euros,
para dar alguma dignidade ao Curvo
Semedo e conforto para quem vai assistir
aos espectáculos e também permitir
aumentar o palco de modo a que seja de
nível nacional.
Este teatro, de segunda linha foi considerado uma "prioridade". Como se justificam os adiamentos ao seu financiamento?
O conceito dos cine-teatros de "segunda
linha" foi um conceito criado ainda pelo
ministro da Cultura Carrilho e que numa
primeira fase se dirigia só para teatros distritais de sedes de distrito e os de segunda
seriam os outros cine-teatros que tivessem alguma dimensão, mas no âmbito concelhio. Foi um critério da altura, tivemos
que o aceitar mas o facto é que muitos teatros de sede de distrito foram recuperados
sem haver a programação necessária.
Gastou-se muito dinheiro mas por vezes a
programação existente não justificava
aquele investimento. Ao contrário, temos
muitos concelhos em Portugal que têm teatros para recuperar, actividade e programação, como é o caso de M-o-N. Neste
momento estamos com uma média de 280
espectáculos.
Nas negociações com o governo é considerada a centralidade deste equipamento, numa cidade - satélite de
Lisboa ?
Com o anterior governo, com o secretário
de Estado deram-se passos muito importantes, mas com a entrada do governo do
PS, as coisas andam mais devagar. O facto
é que a gestora do programa POC cada vez
que há uma negociação refere que não há
dinheiro agora mas talvez haja num futuro próximo. No entanto, estamos há cinco
anos a negociar esta questão do futuro próximo. Nesta cidade, sendo um satélite de
Lisboa, com a programação que tem, com
o passo importante que deu com o Rui
Horta, o facto de ter um teatro com esta
dimensão justifica que a lógica da descentralização cultural já acontece em M-o-N.
São argumentos que nós utilizamos e que
são compreendidos pela gestora do programa, e pelos ministérios, mas o facto é
que não há dinheiro. Há uma reprogramação sistemática e há cinco anos que andamos com este tipo de argumentos e a alterar e cortar o projecto. Neste momento,
estamos a metade da intenção.
Como fica o projecto?
Estamos numa fase de já só recuperar o
existente, dar dignidade ao espaço, melhorar as condições físicas do edifício e de
pôr as coisas a funcionar, com o palco, sistema de aquecimento e a recuperação da
teia e do telhado.
Dada a actual conjuntura económica
do país houve restrições orçamentais
na área sócio-cultural?
Uma crítica feita a este orçamento foi o de
que a Câmara iria aumentar o orçamento
para investir na área socio-cultural e de
facto assim foi. Mas significa que investimos na cultura e mais nas escolas e mais
no desporto. Na programação cultural, as
orientações que demos é de que tem de
haver uma redução no mínimo de 15%,
sem diminuir na qualidade. Mas reduzindo custos. Temos conseguido de alguma
forma mas investimos mais noutras áreas,
como o desporto e acção social.
Houve assim um reforço no Desporto e
Educação?
A obra da Piscina Coberta, com um custo
global de 2 milhões de euros, está concluída. Estamos a ultimar a questão técnica
de ensaios dos equipamentos.
As obras no Centro Juvenil estão a correr. Que projecto irá trazer?
Está em 70% da obra. O Centro Juvenil
vai ter a lógica de um espaço feito pelos
jovens, nós apenas damos as condições
para desenvolverem os projectos. Existirá
um conjunto de técnicos para darem resposta aos projectos, além de ateliers onde
se procura que se desenvolvam dinâmicas
próprias.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
9
~notícias
Azeites com alma
Uma sociedade anónima comprou o património da Cooperativa
de Olivicultores do Redondo, que
estava à beira da falência, e produz «Azeites com Alma», que projecta vender "à la carte", como o
vinho. Com um ano de actividade
e à beira da campanha, que começa em Novembro, a AZAL, S.A.,
propõe-se mais do que duplicar a
produção de azeite, este ano, passando de 100 mil litros, em 2005,
para cerca de 250 mil litros.
Até ao final do ano, projecta
ainda passar, a nível nacional, de
300 para 450 postos de distribuição, aumentar o capital social de
50 mil para um milhão de euros e
passar à segunda fase do projecto
de investimento, orçado em 3
milhões de euros, e que prevê,
além da transformação do lagar, a
liquidação total das dívidas da
Cooperativa de Olivicultores de
Redondo, no valor de 750 mil
euros, das quais 120 mil euros são
créditos dos cooperantes e as restantes dívidas à banca, já liquidadas.
Em declarações ao NA, Luís
Silva Pinto, engenheiro naval, exdirector de operações da cadeia
Mestre Mako, administrador e
um dos dois rostos visíveis da
AZAL, revelou que o acordo com
os cooperantes contempla a possibilidade de, neste aumento de
capital social, estes comprarem
acções, até ao limite de 10 por cento, como uma das formas de liquidação dos seus créditos.
Quanto aos cooperantes que
não pretendam converter-se em
accionistas, a empresa recebelhes a azeitona e paga-lhes 50 cêntimos acima do preço, por cada
quilo, até perfazer o montante dos
créditos respectivos.
O projecto de investimento já
aprovado pelo IFAPAD, que o
financia em cerca de 10 a 15 por
cento, vai permitir, além da liquidação das dívidas da Cooperativa,
cujo património foi comprado
pela AZAL, em Setembro de 2005,
a transformação do lagar, ao nível
do equipamento de produção, por
forma a criar as condições necessárias para garantir a qualidade
alimentar do azeite e prosseguir a
responsabilidade social que a sociedade faz questão de preservar.
Numa primeira fase, o projecto
contemplou a alteração do lagar
para permitir aumentar a capacidade de recepção e a separação
das variedades de azeitona, por
grau de acidez e variedade, permitindo a criação das cinco marcas da família AZAL. Numa
segunda fase, será alterado o equipamento de produção ao nível da
linha de extracção.
No final deste ano, as cinco
marcas lançadas no mercado (Terra, Memória, Origem, DOP e
Tempero) estarão em 450 postos
de distribuição, entre eles a cadeias de supermercados do Corte
Inglês, restaurantes, lojas "Gourmet", talhos e charcutarias. Nos
restaurantes, o azeite será servido "à la carte", como os vinhos,
mas contrariamente a estes, como
o mesmo preço da venda a retalho.
Em 2009, ano que atingirá a
velocidade cruzeiro, a AZAL projecta produzir 500 mil litros de
azeite, dos quais 60 % se destinarão a exportação, e atingirá um
volume de negócios de 4 milhões
de euros.
Há um ano atrás, refere Silva
Badajoz recebe
cimeira ibérica
Portugal e Espanha vão aproveitar a próxima cimeira bilateral para dar «projecção
externa ao problema da estabilidade no mundo e unir
esforços para defrontar os
grandes desafios», tendo em
conta problemas tão actuais
como a imigração. Depois de
Évora, Badajoz é a cidade escolhida para acolher (24 e 25 de
Novembro) a cimeira
Portugal-Espanha, que terá
ainda como temas fortes o
desenvolvimento, a ciência e
as comunicações. Citados
pelos Jornal de Negócios, os
ministros que tutelam as relações externas em Lisboa e
Madrid admitem «juntar
esforços e usar coordenadamente a influência que detêm
nos fóruns internacionais para
lutar contra a imigração ilegal». Ainda segundo o mesmo
jornal, Miguel Moratinos,
chefe da diplomacia espanhola, Portugal e Espanha vão
aproveitar a próxima cimeira
bilateral para «dar uma projecção externa ao problema da
estabilidade no mundo, e unir
esforços para defrontar os
grandes desafios». A Espanha
tem sido, nos últimos meses,
assolada por uma vaga inédita
de imigrantes ilegais proveniente do Norte de África e tem
repetido os apelos de ajuda
aos parceiros da União
Europeia. «A cooperação na
UE para consolidar uma política de imigração mais convergente é absolutamente fundamental, e valorizamos igualmente a vertente securitária e
a dimensão social, de ajuda ao
desenvolvimento e à integração», precisou, segundo o
Jornal de Negócios, o ministro
português, Luís Amado. Em
Badajoz, espera-se que tanto
José Sócrates como Zapatero
surjam com quase todos os
membros dos respectivos executivos governamentais,
tendo em conta a importância
das questões em debate.
Pinto, grande parte dos 400 olivicultores da região nem sequer apanhava a azeitona e, enquanto os
olivicultores espanhóis investiam
no olival, o nosso olival estava
abandonado.
Simultaneamente, os números
divulgados pelo Comité Olivícola
Internacional, revelavam que, em
contraponto aos quatro países
europeus com um maior consumo
anual per capita de azeite, entre
os quais Portugal ocupa o quarto
lugar, com 7,8 litros, atrás da
Espanha e Itália, com 15 ou 16
litros e da Grécia, com 25 ou 26
litros, nos Estados Unidos da
América, o consumo médio anual
per capita é ainda de apenas 0,3
litros, o que revela a existência de
um potencial mercado para os azeites de origem alentejanos. Por
outro lado, o Canadá, o Brasil, a
China e o Japão perfilam-se igualmente como mercados emergentes e aos quais a AZAL projecta
levar o azeite alentejano.
Tendo em conta a situação da
cooperativa e que o sector do azeite de origem é um sector deficitário, um grupo de accionistas das
áreas agrícola e financeira, cujos
representantes são Luís Silva
Pinto, com ascendência familiar
na região, e João Morais e Castro,
ex-director da Nestlé e do
Santander, decidiu capitalizar do
know How local, e surgiu a AZAL,
sociedade anónima, que aposta na
cultura do olival, no clube do olival e na academia do olival.
Através desta vertente clubista, pretende-se prestar aos produtores, com os quais a AZAL já celebrou cerca de 200 contratos, serviços de apoio técnico, que vão
desde a poda, ao tratamento e à
apanha, e fornecimento de produtos, em condições preferenciais,
através da celebração de protocolos com outra entidades, e ainda o
acesso a uma base de dados que
permita dispor de registos inerentes a variedades, acidez, grau e
quantidade. Na área da formação,
a AZAl promove acções de formação e na área da comunicação lançou um Boletim Informativo, a
"Voz do Olival".
Ao todo, a AZAL emprega seis
pessoas, duas das quais já trabalhavam na Cooperativa de
Olivicultores do Redondo.
Garvão: Montaraz com
abertura em Janeiro
Exportação no horizonte
A AZAL tem sede no
Redondo e escritório em S.
Pedro do Estoril. Com accionistas das áreas agrícola e
financeira, a sociedade anónima foi constituída em 28
de Setembro de 2005.
A imagem de marca «Azeites com Alma» - faz
apelo aos valores Memória, Terra,
Temperamento, Origem e
DOP - que dão corpo à estirpe da "família de azeites". A
aposta é na produção e
exportação de azeites de origem e biológico e, ao nível
interno, na colocação dos
mesmos em locais seleccionados, nomeadamente res-
taurantes, onde é feita a
venda "à la carte", como os
vinhos, mas a preços de
venda a retalho. O repto, lançado em todo o mundo, é
«Conheça os Alentejanos».
O biológico Terra, um azeite com «alma verde», arrebatou já, entre 230 concorrentes, o prémio internacional melhor conjunto "Biol" "Cittá di Andria", em Itália.
O Memória e o DOP ganharam, respectivamente, as
medalhas de Prata e Bronze
no concurso nacional de azeites virgens da Feira
Nacional de Olivicultura "Olivomoura 2006". O
Temperamento foi o azeite
da Selecção Nacional da
Alemanha.
Como representantes dos
accionistas, a sociedade tem
como rostos João Morais e
Castro (ex-director da Nestlé
e ex-director do Santander)
e Luís Silva Pinto (exdirector de operações da
cadeia Mestre Mako). Como
"Amigos do projecto", Silva
Pinto indica José Gouveia,
enólogo e professor catedrático do Instituto Superior de
Agronomia, o ex-Ministro da
Agricultura Sevinate Pinto e
Élio Guerreiro, cozinheiro
da Selecção Nacional.
A fábrica de Transformação
Artesanal de Porco Alentejano
- Montaraz, que vai situar-se
na Vila de Garvão, concelho de
Ourique, tem abertura prevista para o início do mês de
Janeiro. As obras estão, praticamente concluídas, apesar da
polémica gerada em torno do
projecto, devido ao processo
de licenciamento e emissão do
alvará de construção. De acordo com os responsáveis da
empresa, os futuros funcionários já começaram a formação
e a unidade vai empregar 10
pessoas. Pedro do Carmo, presidente da Câmara de Ourique,
disse ao Notícias Alentejo que
a autarquia demonstrou disponibilidade total para um projecto que será concretizado
depois de seis anos de indefinição.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
10
agenda~
ÉVORA
Exposição
"A Fotografia Revolucionária"
até 31 Dezembro
Fórum Eugénio de Almeida
Rua Vasco da Gama, 13
Horário: Diariamente das 9h30 às
18h30 | Visitas Guiadas: 2ª a 6ª
das 9h30 às 18h30, para adultos
Ateliers Didácticos: 2ª a 6ª feira
das 9h30 às 18h30, para alunos do
Ensino Pré-Primário, 1º, 2º e 3º
Ciclos e Secundário | Programas
para as famílias: Sábados
Informações: Tel. 266 748 350
Email: [email protected]
Org.: Fundação Eugénio de
Almeida
Pintura | Mónica Capucho
até 10 de Novembro
Rua Manuel do Olival, 22
Inauguração: 17h30
Horário: 2ª a 6ª feira das 15 às
19h00 | Sábados das 15h às 18h00
Informações: Tel. 266 701 898
Email: [email protected]
Org.: Galeria Évora-Arte
Exposição
Ilustrações de Gémeo Luís
Até 10 de Novembro
Sala de Exposições da Biblioteca
Pública de Évora
Largo Conde de Vila Flor
Inauguração: 18h30
Horário: 2ª feira das 11h00 às
13h00 e das 14h00 às 17h30
3ª a 6ª feira das 9h30 às 13h00
e 14h00 às 17h30
Informações: Tel. 266 769 330
Email: [email protected]
| www.evora.net/bpe/
Org.: Biblioteca Pública de Évora |
Escrita na Paisagem
Exposição de Pintura
Filomena Coquenão
11 de Novembro
Palácio de D. Manuel
Horário: Diariamente das 10h00
às 12h00 e das 14h00 às 18h00
Sábado: 14h00 às 18h00 | Encerra
aos Domingos
Informações: Tel. 266 777 100
Org.: Câmara Municipal de Évora
Escultura Naturalista do Museu
de Évora | Colecção Barahona
Até Maio de 2007
Reunida por Francisco Eduardo
Barahona Fragoso (1845-1905),
a Colecção Barahona de escultura
deve ser entendida no âmbito de
uma prática mas alargada e diversificada de aquisição e encomenda
de objectos artístico.
Delegação Regional da Cultura do
Alentejo | Rua de Burgos, 1
Horário: 9h30 às 12h30 e das
14h00 às 18h00
Informações: Tel. 266 702 604
Email: [email protected]
Org.: Museu de Évora
Apoios: Direcção Regional do
Ministério da Cultura | IPPAR
EXPOSIÇÕES PERMANENTES
Espólio do Museu de Évora
A exposição conta com uma selecção das principais peças de pintura, escultura e mobiliário. Em destaque, são apresentadas pela primeira vez ao público as obras
recentemente adquiridos para
o Museu.
Igreja do Convento de Santa Clara
| Rua Serpa Pinto
Horários: 3ª feira das 14h00 às
18h00 | 4ª feira a Domingo das
10h00 às 18h00
Gratuito aos Domingos até às
14h00 | Informações através do
Tel.: 266 702 604 | 266 708 095
Email: [email protected] |
Site: www.ipmuseus.pt
Loja/Livraria: 3ª feira das 14h00
às 17h50 | 4ª feira a Domingo das
10h00 às 17h50
Org.: Museu de Évora
Galeria 21
Exposição Permanente de Pintura,
Escultura, Cerâmica, Fotografia
e ourivesaria.
Rua de Santa Maria, 21
Horário: Diariamente das 18h00
às 20h00
Informações: Tel. 266 743 616
Email: [email protected]
Org.: Galeria 21
Galeria - Oficina da Terra
Artesanato Contemporâneo de
Tiago Cabeça e Magda Ventura.
Rua do Raimundo, 51 A
Horário: 10h00 às 19h00 |
Informações: Tel. 266 746 049
Email: oficinadaterra
@oficinadaterra.com
Site: www.oficinadaterra.com
Org.: Oficina da Terra
Termas Romanas
A área descoberta das Thermae ou
Balnea á até ao momento de
200m2, sendo constituída por uma
sala circular de 9m de diâmetro
destinada a banhos quentes e de
vapor - Laconicum e de uma fornalha - Praefurnium. A sua atribuição cronológica é dos finais do
séc. I d.C.
Subsolo do Edifício dos Paços do
Concelho | Praça de Sertório
Horários: Dias úteis das 9h00 às
18h00 | Sábados das 10h00 às
12h00 e das 14h30 às 17h00
Informações: Tel. 266 777 100
Org.: Câmara Municipal de Évora /
DCHPC
O Mundo do Trabalho
e a Oficina de Aferição
Núcleo Museológico Metrologia |
Largo do Chão das Covas, 15
Projecto no Campo da História da
Metrologia em Portugal - Casa da
Balança.
Horário: 2ª a 6ª feira das 9h30 às
13h00 | Encerrado aos Sábados,
Domingos e Feriados
Informações: Tel. 266 777 192
Email: casadabalanca
@mail.evora.net
| www.cm-evora.pt/casadabalanca
Org.: Câmara Municipal de Évora
| Núcleo Museológico de
Metrologia
Nota: O horário poderá sofrer alterações.
Atelier Aberto | Artes Plásticas
Escola André de Resende
| Atelier da AGE
Horário: 2ª feira das 16h00 às
20h00 | Informações através do
Tel.: 266 739 560
Email: [email protected]
Site: agevora.no.sapo.pt
Org.: AGE - Associação de
Gravadores de Évora
Departamento de Escultura
em Pedra
A principal actividade do
Departamento é receber artistas,
escultores, ou provenientes de
outras áreas, arquitectos, designers, etc. para aí desenvolverem
projectos em pedra.
Rua de Machede, 58
Informações: Tel. 266 708 339
[email protected]
| www.esculturapedra.org
Org.: Departamento de Escultura
de Pedra
Museu de Carruagens
do Século XVIII e XIX
Largo Dr. Mário Chicó, 4/6
Horário: 2ª a 6ª feira das 10h00 às
12h30 e das 14h30 às 18h00
Sábado das 10h00 às 12h30 e das
14h30 às 18h00 | Encerrado aos
Domingos e Feriados
Informações:
Tel. 266 741 080 | 266 743 712
Email: [email protected]
| www.icvv.no.sapo.pt
Org.: Instituto de Cultura
Vasco Vill'Alva
Unidade Museológica CEA
Antiga Central Elevatória de
Águas da Cidade de Évora
Itinerário Expositivo
- Arqueologia Industrial
e Património Hidráulico.
Unidade Museológica CEA
Rua do Menino Jesus
Horário: 2ª a 6ª feira das 14h00 às
17h30 | Encerrado aos Sábados,
Domingos e Feriados
Informações: Tel. 266 752 954
Email: [email protected]
Site: www.cm-evora.pt/piphe
Marcações prévias para Escolas
e Jardins de Infância
Org.: Câmara Municipal de Évora
Apoio: Instituto de Turismo de
Portugal
Nota: O horário poderá sofrer alterações.
Ártifantasia Galeria / Atelier
Trabalhos de Pintura, Escultura,
Cerâmica, Azulejaria
e Artesanato Contemporâneo
de Carlos Almeida.
Rua dos Mercadores, 48
Horário: Diariamente das 11h00
às 19h00 | Informações através do
Tm.: 919 993 985
Org.: Ártifantasia
Teatro | "Um Inimigo do Povo”
de Henrik Ibsen"
Até 4 de Novembro
Teatro Municipal Garcia de Resende
Praça Joaquim António de Aguiar
Assinala-se o centésimo aniversário da morte do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906).
Dirigida pelo pedagogo e encenador brasileiro António Mercado,
a peça trata de um tema da "maior
importância na sociedade dos nossos dias", as questões ambientais
envoltas em complicados esquemas de corrupção, política e económica.
Elenco: Ana Meira | Álvaro Corte
Real | Figueira Cid | Jorge Baião |
Maria Marques | Rui Nuno | José
Russo | Rosário Gonzaga | Victor
Zambujo
Horário: 3ª feira a Sábado às
21h30
Informações e marcações prévias
através do Tel.: 266 703 112
Email: [email protected]
Site: www.evora.net/cendrev
Org.: Centro Dramático de Évora
Dança | Aulas de Dança
Contemporânea e Criativa
Até 30 Dezembro
Disciplinas: Barra de Chão,
Pilates. Ballet, Dança
Contemporânea (nível aberto)
e Dança Criativa. São destinadas
a um público diversificado a partir
dos 4 anos de idade.
Escola de Formação da CDCE |
Zona Industrial do Almeirim
Rua Aníbal Tavares - Talhão 12 C
| Antiga Fábrica da Música
Horário: 2ª a 5º feira das 17h00
às 21h00
Informações e reservas através do
Tel.: 266 743 492
Email: companhiadancaevora
@sapo.pt
Org.: Companhia de Dança
Contemporânea de Évora
Apoios: Ministério da Cultura,
Instituto das Artes
e Câmara Municipal de Évora
Livros | Serviço de Empréstimo
Domiciliário
Até Dezembro
A Biblioteca Pública de Évora disponibiliza, cerca de 40.000 livros
para empréstimo domiciliário para
pessoas de todas as idades.
Largo Conde de Vila Flor
Biblioteca Pública de Évora
Horário: 2ª feira das 11h00 às
13h00 e das 14h00 às 17h30
3ª a 6ª feira das 9h30 às 13h00
e 14h00 às 17h30
Informações: Tel. 266 769 330
Email : jsi mas.b pe@pt netbi z.pt
Site: www.evora.net/bpe/
Org.: Biblioteca Pública de Évora
Visitas Guiadas à Biblioteca
"Prazer em Conhecer"
Até Dezembro
Visitas guiadas à Biblioteca, mediante marcação, destinadas a instituições ou grupos organizados.
Largo Conde de Vila Flor |
Biblioteca Pública de Évora
Horário: Todas as 4ªs feiras das
10h00 e às 14h30
Informações: Tel. 266 769 330
Email: [email protected]
Site: www.evora.net/bpe/
Org.: Biblioteca Pública de Évora
câmbio cultural, através da realização de um circuito de exposições itinerantes. Na edição deste
ano participam nesta iniciativa
os municípios de Portel, Campo
Maior, Elvas, Nisa, Olivença,
Jerez de los Caballeros, Lograsán
e Guadalupe.
MERCADOS E FEIRAS
Largo 1.º de Maio
VII Feira do Montado
29 de Novembro / 03 de Dezembro
Organização: CM de Portel
Feira de Velharias
2º Domingo de cada mês
Feira do Livro Usado e do
Coleccionismo
3º Domingo de cada mês
Mostra de Arte
1ºs e 3ºs Sábados de cada mês
Mostra de Artesanato
2 dias, trimestralmente
(6ª feira e Sábado)
Feira do Verde
e Agricultura Biológica
1ºs e 4ºs Sábados de cada mês
Cinema
em Portel
Auditório Municipal | Novembro
Horário: A partir das 8h00
Tel.: 266 777 100
Org.: Câmara Municipal de Évora
MONTEMOR-O-NOVO
Conferências
"Conversa à Volta das Margens"
11 de Novembro
10:15h - 1º painel
Programar nas Margens
Virgínia Fróis
(Oficinas do Convento, FBAUL)
Luís Firmo
(Transforma Ac-Torres Vedras)
Isabel Corte Real
(Docente no Mestrado de Curadoria)
Moderação: Miguel Honrado
(Escola Superior de Teatro e Cinema)
12:00h - Debate
14:30h - 2º painel
Corpo nas Margens
José Gil (Univ. Nova de Lisboa)
Ruth Rosengarthen ( Artista,
Historiadora de Arte)
Jacinto Lageira (Crítico de Arte,
Professor na Sorbonne)
Moderação: Dulce Neves
(Socióloga)
16:15h - Debate com o público
17: 15- horas - Inauguração da
exposição "Guardar Águas"
Galeria Municipal
12 de Novembro
10:00h - 3º painel
Experiência das Margens
Ricardo Nicolau (Curador, Adj. do
Director do Museu de Serralves)
Maria Teresa Cruz (Univ. Nova de
Lisboa)
Maria João Gamito (FBAUL)
Moderador: Rita Fabiana
(FCG - Serviço de Belas Artes)
11:45h - debate com o público
14:30h - 4º painel
Fazer nas Margens
Gabriela Vaz Pinheiro
(Artista, FBAUP)
Liliana Coutinho (Curadora)
Rui Horta (O espaço do tempo)
Moderador: José António
Fernandes Dias (Antropólogo,
FBAUL)
16:15h - Debate com o público
17: 15- horas - Inauguração da
Exposição sobre "Processos:
Desenhar Paisagem/Intervir na
Paisagem" - Oficinas do Convento
AS CORRIDAS LOUCAS
DE RICKY BOBBY
Talladega Nights: The Ballad of
Ricky Bobby
Dia: 06/11/2006 | Horário: 21:30h
Sinopse: Ricky Bobby e Cal formam a equipe Thunder e Lightning, a dupla de pilotos mais temida na competição da NASCAR.
O reinado de vitórias deles sofre
ameaças quando o jovem piloto
francês Jean Girard aparece para
desafiá-los... [ www.7arte.net ]
Realizador: Adam McKay,
Actores:Will Ferrell; John C.
Reilly; Michael Clarke Duncan;
Leslie Bibb; Sacha Baron Cohen,
Ano: 2006, Idade: M/12,
Duração: 108 minutos, Género:
Acção / Comédia, Distribuidora:
Columbia, País de Origem: EUA
Página Oficial:
http://www.sonypictures.com/
movies/talladeganights/
PORTEL
Circuito Cultural
Transfronteiriço
Até 5 de Novembro
Projecto cultural promovido pelo
Gabinete de Iniciativas
Transfronteiriças da Junta da
Estremadura, que tem como
objectivo a promoção dos artistas
plásticos de municípios portugueses e espanhóis transfronteiriços,
contribuindo assim para o inter-
O SENTINELA
The Sentinel
Dia: 13/11/2006 | Horário: 21:30h
Sinopse: O Agente Especial dos
Serviços Secretos, Pete Garrison,
está convencido que um Neo-Nazi
Discípulo Ariano arranjou maneira
de se infiltrar na Casa Branca,
com o fim de matar o Presidente
dos Estados Unidos da América.
Quando um colega é assassinado,
notíciasalentejo~ Novembro 2006
11
~cultura&espectáculos
Garrison inicia uma investigação,
para logo ser ameaçado e chantageado por alguém que sabe do seu
"affair"com a Primeira Dama,
Sarah Ballentine. Considerado
o suspeito nº1 e destituído dos
seus deveres, Garrison torna-se
um fugitivo e entra numa corrida
de vida ou morte para provar
a sua inocência e salvar a vida do
Presidente, enquanto tenta descobrir a pessoa que está por detrás
de tudo... [ www.7arte.net ]
Realizador: Clark Johnson,
Actores: Michael Douglas; Kiefer
Sutherland; Eva Longoria; Martin
Donovan; Kim Basinger, Ano:
2006, Idade: M/12, Duração: 108
minutos, Género: Crime / Drama /
Thriller, Distribuidora: Castello
Lopes, País de Origem: EUA
Página Oficial:
http://www.sentinelthemovie.com/
EU, TU E O EMPLASTRO
You, Me and Dupree
Dia: 20/11/2006 | Horário: 21:30h
Sinopse: Carl e Molly Peterson
estão prestes a iniciar uma vida
a dois têm uma bela casa, vizinhos chatos, trabalhos estáveis
e as confortáveis rotinas de
recém-casados. Mas há um senão
no seu novo mundo perfeito...
[ www.7arte.net ]
Realizadores: Anthony Russo
e Joe Russo, Actores: Owen
Wilson; Kate Hudson; Matt Dillon;
Michael Douglas,Ano: 2006,Idade: M/12, Duração: 108 minutos,
Género: Comédia, Distribuidora:
Lusomundo, País de Origem: EUA
Página Oficial:
http://www.youmeanddupree.com
Fundação Alentejo-Terra Mãe
mostra meio século de arte
O trabalho do Mestre alentejano,
escultor e pintor, ESPIGA, está
patente no Salão de Exposições da
Fundação Alentejo-Terra Mãe, em
Évora, até Janeiro, numa mostra
que assinala 50 Anos de exposições individuais do autor e em que
uma percentagem das vendas reverte a favor de crianças em risco.
A mostra reúne um conjunto
diversificado de obras, numa variedade de materiais: pintura (acrílico sobre tela, madeira e papel),
escultura (em bronze e pedra),
desenho (em vários suportes), serigrafias e gravuras, medalhas, moedas e troféus, e ainda fotografias
de escultura e pintura integradas
em arquitectura e espaço urbano.
Trabalhos através dos quais
ESPIGA tem demonstrado a sua criatividade ao longo de uma carreira
brilhante de cinco décadas.
Natural de Vila Viçosa, professor (de Desenho no IADE Instituto de Artes Visuais, Design
e Marketing entre 1979 e 1987) e
artista polifacetado (designer,
escultor, pintor), Espiga possui um
curriculum ímpar, tendo realizado,
desde 1955, 74 exposições individuais, e participado em grandes
exposições colectivas, no país e no
estrangeiro, e estando representado em diversas colecções públicas
e particulares em Portugal (nomeadamente no Centro de Arte
Moderna da Fundação Calouste
Gulbenkian, Museu de Arte
Contemporânea em Lisboa, Caixa
Geral de Depósitos), Espanha,
Inglaterra, França e E.U.A.
O trabalho de ESPIGA tem merecido o reconhecimento nacional e
internacional, sendo citado em
livros e revistas de referência
artística, e tendo sido premiado
várias vezes. Recebeu, entre
outros, o prémio brasileiro da
Bienal de São Paulo em 1973, o prémio de pintura da Academia de
Belas Artes de Lisboa em 1987, o
prémio internacional "Coty" "Coin of the Year" - A Melhor
Moeda (Comemorativa do Planeta
Terra), nos Estados Unidos da
América em 2000.
Na sua vasta obra, destacamse, por exemplo, os Pavimentos em
pedra (Calçada à Portuguesa), na
Praça e Embaixada de Portugal em
Brasília, criados em 1973; a medalha Brisa Auto-Estrada da Costa do
Estoril/A5 e Auto-Estrada A1, em
1991; e a pintura mural da CasaMemória de Camões em
Constância, realizada no ano de
1999. Recentemente, ganhou, em
Antuérpia, o 1º prémio para criar
o troféu do "50º Aniversário da
Regata Internacional dos Grandes
Veleiros" - "Tall Ships' Races" - o
mais importante evento mundial
para grandes veleiros, cuja primeira fase da Regata decorreu no passado mês de Julho em Lisboa, e a
segunda na cidade de Antuérpia
em Agosto.
Detentor de uma carreira exemplar, ESPIGA, como sublinha
Manuela do Rosário, em a Terra e
o Universo (2000), "ainda era menino quando chegou à pintura" (expôs pela primeira vez aos quinze
anos de idade), tratando-se por
isso de uma componente muito
especial na sua vasta obra: "a
espantosa força lírica e formal da
sua pintura exponencia um potencial absoluto de ritmo, cor, rigor,
encantamento". Sendo "revelador
de uma intuição e sensibilidade
apuradíssimas, vem afirmando a
solidez e singularidade de um percurso que começa e termina na
busca e apreensão dos possíveis
sentidos da existência (...) ".
ESPIGA "fascina-nos com toda a
sua sublime grandeza. A chave de
toda esta maravilha move-se na
cupão de assinatura
CLICK
Click
Dia: 27/11/2006 | Horário: 21:30h
Sinopse: Michael Newman é um
arquitecto workaholic que descobre um controlo remoto universal.
Em vez de controlar objectos eletrónicos, o objecto é capaz de controlar as situações da sua vida. Os
problemas acontecem quando o
objecto começa a controlar também as escolhas de Michael...
[ www.7arte.net ]
Realizador: Frank Coraci,
Actores: Adam Sandler; Kate
Beckinsale; Christopher Walken;
David Hasselhoff; Sean Astin,Ano:
2006, Idade: M/12, Duração: 107
minutos, Género: Comédia /
Drama / Fantasia, Distribuidora:
Columbia, País de Origem: EUA
Página Oficial:
http://clickbr.virtualnet.com.br/
index.php
rigorosa e complexa teia geométrica do pintor...".
O próprio ESPIGA realça a
importância determinante do factor geométrico na sua obra: "A geometria... está em nós, nos nossos
gestos, na nossa mente, na arquitectura do universo, a geometria é
a estrutura do universo, tanto no
microcosmos como no macrocosmos, e também a estrutura da
minha obra".
O escritor David Mourão
Ferreira escreveu a propósito do
artista (1980): " (...) "O OSTINATO
RIGORE" visível nas suas composições procede com veemência
exemplar de uma complexa "AR
COMBINATÓRIA", que de força instintiva lhe serve de substrato.
Essa força lhe fornece os valores
substantivos da sua pintura,
enquanto o modo de os combinar
através de esquemas da mais aturada reflexão, desvela toda uma
sintaxe claramente volitiva".
A exposição, promovida pela
Fundação Alentejo-Terra Mãe no
âmbito do seu Plano de
Actividades Culturais, integra a
comemoração do cinquentenário
de exposições individuais do
Escultor/Pintor (no contexto da
qual o autor já expôs em várias
cidades nacionais, nomeadamente
no Porto e em Coimbra), e estará
patente ao público até ao dia 5 de
Janeiro de 2007, no Salão de
Exposições da Fundação, na Rua
dos Penedos, 13-B, em Évora,
podendo ser visitada de terça-feira
a sábado, entre as 10h e as 13h e
entre as 15h e as 18h, e aos
domingos, das 10h às 13h.
Uma percentagem das receitas
resultantes da venda das obras de
arte em exposição, destinar-se-á a
financiar iniciativas e instituições
de apoio a crianças em risco ou
abandonadas, nomeadamente a
que for entregue à Fundação
Alentejo-Terra Mãe - instituição
organizadora da mostra, que para
além de ter como objectivos a preservação e divulgação da História
e da Cultura do Alentejo, também
se dedica à promoção de acções de
solidariedade social na Região.
venha
uma
dúzia
1 ano, 12 números, 12 €
Nome
Morada
Cód. Postal
Localidade
Tel.
E-mail
Envie para: Rua S. João de Deus, 18 7200-376 Reguengos de Monsaraz ou para o Fax: 266 508 019
informações: Telefone: 266 508 012 Telemóvel: 967 032 441 E-mail: [email protected]
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vai até aí.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
12
emdia
Afonso de Almeida
[email protected]
dito&citado
‘Apoie as bactérias.
Elas são a única cultura
que algumas pessoas
têm'
Anónimo
~
‘Eu não me envergonho
de corrigir os meus
erros nem de mudar as
minhas opiniões. Porque
não me envergonho de
raciocinar e aprender'
Alexandre Herculano
Escritor e Historiador
Português (1810-1877)
~
Computação distribuída
ou a ciência do futuro
Em 1999 o meu amigo
Professor Salvador Abreu instalou no meu computador o
programa SETI@Home, passando a ser um dos milhares
de computadores que trabalhavam nas "horas vagas" para
tentar "descobrir" inteligência
extra-terrestre. Hoje, este princípio de utilização de meios
computacionais distribuídos
(Grid Computing) constitui
uma poderosa ferramenta de
investigação. Por exemplo,
somente capacidades colossais
As sementes
da discórdia
'Não há factos eternos,
como não há
verdades absolutas’
'Não há melhor
soporífero e sedativo
do que o cepticismo'
Friedrich Nietzsche
Filósofo alemão, naturalizado Suíço (1844-1900)
~
'Duvide de tudo ou acredite em tudo: são duas
estratégias igualmente
convenientes. Com qualquer delas não terá
necessidade de reflectir'
Jules Henri Poincaré
Matemático, Físico e Filósofo
da Ciência Francês (1854-1912)
~
'Todas as verdades são
fáceis de compreender
uma vez descobertas;
o difícil é descobri-las'
Galileo Galilei
Físico, matemático e astrónomo italiano (1564-1642)
Os agricultores correm o risco
de ficarem reféns de biotecnologias controversas e de grandes
empresas detentoras das respectivas patentes. A tecnologia
"Terminator" produzia sementes
estéreis a partir da 2ª geração.
Foi oficialmente abandonada
pela Monsanto na sequência da
revolta dos agricultores.
Recentemente surgiu a tecnologia "Traitor", ainda em fase laboratorial, mas já patenteada, em
que as sementes são férteis,
mas certas características precisam ser "activadas" ou "desactivadas" através de produtos
químicos. Sociedades como a
AstraZeneca patentearam também outros processos inquietantes, nomeadamente os que
obrigam à exposição das plantas a agentes químicos para
assegurar a germinação e crescimento. Os agricultores correm
o risco de virem a ficar à mercê
de biotecnologias controversas
e de grandes empresas que
detêm as respectivas patentes.
Tais empresas poderão por esta
via ter encontrado um "método
garantido" de "fidelização da clientela".
de cálculo torna possível passar em revista o número
astronómico de combinações
possíveis de formas das proteínas (Folding@Home). Antes do
SETI@Home, simular o clima
para os próximos 45 anos através de 21 parâmetros teria
sido impensável, mesmo com
os mais poderosos super computadores. Desde há dois anos,
100 000 computadores pessoais em 150 países fazem esse
trabalho no quadro de um projecto coordenado pela
Física e Football
Universidade de Oxford.
Muitos outros projectos aderiram a esta "ferramenta" de cálculo, por exemplo nos domínios do cancro, sida, ondas gravitacionais (uma das previsões
de Einstein), etc. Trata-se de
uma forma inesperada de
democratizar a ciência. Tal
como afirmado pelos promotores do SETI, "que melhor
forma de democratizar a ciência que ter um grupo de
investigação composto por
milhões de pessoas"?
Wikipédia vs. Britânica
Tecendo a teia
Uma investigação da "Nature" revela que a enciclopédia
interactiva Wikipedia sai melhor classificada do que
a venerável enciclopédia Britânica. Comparando
42 definições relativas à ciência foram encontrados
4 "erros sérios" em cada uma. Quanto a erros factuais
foram encontrados 162 na Wikipedia e 123 na Britânica!
O ponto fraco da Wikipedia é a escrita: artigos
"pobremente estruturados". A vantagem da Wikipedia
é que os seus erros podem ser corrigidos quase em tempo
real, enquanto que os da Britânica precisam esperar pela
próxima edição. Sendo uma enciclopédia "on-line"
e "aberta", nela eram adicionados diariamente, em 2005,
1500 artigos em inglês.
Bom casamento entre
Religião e Medicina
A recusa das Testemunhas de
Jeová em receber transfusões
sanguíneas " forçou" os médicos
a desenvolverem novas abordagens, já que "operar sem transfusão é como voar no trapézio
sem rede": é preciso ser muito
mais prudente, disse o Dr.
Nicolas Jabbour, que dirige o
Instituto de transplantes do
Integris Baptist Medical Center
em Oklaoma (EUA). Há 6 anos,
a Universidade da Califórnia
lançou um programa de enxerto
do fígado sem transfusão (operação que implica normalmente
forte hemorragia). Para reduzir
o recurso a transfusões, os pacientes começam por "criar"
reservas de glóbulos vermelhos
tomado ferro e eritropoietina (a
hormona "dopante" dos despor-
Investigadores britânicos
calcularam o ângulo ideal de
lançamento da bola com as
mãos quando pretendem
fazê-la chegar o mais longe
possível (por exemplo à grande área...). A fim de determinar este ângulo óptimo de lançamento, relativamente à
horizontal, utilizaram uma
câmara vídeo e pediram a um
jogador para "lançar" bolas
variando grosseiramente o
ângulo de 10 a 60 graus.
Seguidamente utilizaram um
"software" de biomecânica
para medir as velocidades
atingidas durante cada ensaio. Combinado os resultados
com a teoria do voo parabólico de um objecto esférico verificaram que o "ângulo bom"
era de 30 graus (e não 45,
como a teoria previa).
tos de resistência...) semanas
antes da operação, o que dá
mais margem de manobra aos
médicos em caso de hemorragia. Durante a cirurgia dois técnicos médicos podem diluir o
sangue do paciente com outro
líquido, o que permite manter a
pressão e a circulação no corpo.
Podem assim reinjectar, uma
vez filtrado, o sangue perdido
pelo paciente. Inicialmente destinado às Testemunhas de
Jeová, o programa teve tanto
sucesso que foi alargado a todos
os outros doentes, com vantagens: diminuição dos riscos ligados à transfusão (reacção do sistema imunitário, transmissão
de doenças...) e menor "pressão"
sobre os bancos de sangue.
Tim Berners-Lee, o inventor
da "World Wide Web" foi
nomeado pela revista "Time"
como uma das 100 maiores
mentes do século. A sua criação já alterou a forma como
as pessoas negoceiam, se distraem, permutam ideias, se
socializam...e o impacto total
do grande esquema de
Berners-Lee está longe de ser
conhecido. Nunca tirou proveito pessoal da Web mas tem
dedicado a sua vida ao desenvolvimento contínuo da Rede.
É actualmente director do
"World Wide Web Consortium"
e ocupa a presidência da
"3Com Founders" no Laboratório para as ciências da
computação do célebre
Massachusetts Institute of
Technology (MIT - o tão
falado EMAITI).
O que está "na forja"
da física
O físico alemão Michael
Banks resolveu investigar
o que está "na forja" da física:
tendo em conta o número de
artigos que foram citados
pelo menos 50 vezes, num
determinado intervalo de tempo, chegou aos seguintes
resultados: 1ª - Nano tubos
de carbono; 2º- Nano cabos;
3º - Pontos quânticos;
4º - Fularenos; 5º - Magneto
resistência. Eis, caro leitor,
uma boa oportunidade para
inquirir os nossos investigadores sobre o que são, para
que poderão servir, etc.
Abertos das 12h00 às 15h30
e das 18h00 às 22h00
Encerram à Segunda-Feira
www.aloendroeadegadocachete.com
Restaurante Aloendro
Estrada de Évora, 3 B
Reguengos de Monsaraz
E-mail: [email protected]
Telef. 266 502 109
Fax. 266 519 896
Tlm. 969 067 073
Restaurante Adega do Cachete
Rua do Grave, 9
S. Pedro do Corval
E-mail: [email protected]
Telef. 266 549 568
Fax. 266 519 896
Tlm. 969 067 073
notíciasalentejo~ Novembro 2006
13
~ciência&tecnologia
Ciência
e Público
A ciência é um poderoso meio
de criação de conhecimento, de
busca de explicações sobre o
mundo em que vivemos e sobre
nós mesmos, de desenvolvimento económico e social. Mas é,
sobretudo, essencial para construção de uma sociedade justa e
democrática. Actualmente convivem, pelo menos, dois modos
de aprendizagem: a escola e os
media; o ensino tradicional, gradativo de ciclo para ciclo, e à
sua volta, sempre omnipresente, a "escola paralela", os media,
cujos meios de comunicação,
técnicas, apresentação e conteúdos podem ser radicalmente
diferentes dos da escola, e que
exercem um influência considerável na inteligência, afectividade, personalidade moral e nas
escalas de valores. O valor pedagógico dos media e as suas possibilidades como instrumentos
educativos potenciais de grande
escala tem sido largamente discutido. No mundo universitário
europeu as fragmentações das
ofertas formativas levou a que
aos estudantes nos domínios
das ciências ditas "duras" e das
tecnologias praticamente não
sejam dadas oportunidades de
aprendizagem no domínio das
ciências humanas e sociais ou
das artes, como aos estudantes
nas áreas das humanidades não
são sejam dadas oportunidades
para se iniciarem nas ciências
mais experimentais. Não é
assim paradoxal constatar que
cada vez mais públicos careçam
dramaticamente da aquisição
de uma verdadeira cultura científica. Todos nós somos público
para a maior parte das áreas
das ciências fora daquelas em
que nos especializámos. Não
existe nenhuma unidade na cultura científica. Não existe "uma
ciência" nem "um método científico". Existem muitas ciência e
muitos métodos. O mundo com
percebido por um biólogo é bastante diferente do percebido por
um cosmólogo ou por um sociólogo. A "compreensão" das ciências é uma via com dois sentidos, que exige que os investigadores compreendam "o público"
bem como o reverso. Importa
fazer esforços para "abrir" as
ciências ao escrutínio do público. O sistema educativo deverá
mudar os seus hábitos de apresentação da ciência. Não se
trata de formar enciclopedistas,
mas sim de oferecer a crianças
e jovens ferramentas para que
possam adquirir por si mesmos
o conhecimento que muda a
cada dia. O fosso entre ciência,
tecnologia e sociedade representa sérios riscos para o futuro. A comunicação pública da
ciência tem um conteúdo político e estratégico e não só educativo e cultural. Não basta o ensino das novas tecnologias. São
sem dúvida ferramentas de
enorme utilidade cujo manejo
deve ser do conhecimento dos
estudantes, mas a sua utilização
ficará restringida se não for
acompanhada, ou melhor, precedida, de uma verdadeira "alfabetização" científica em que a
história e epistemologia das
ciências constitui o fulcro.
O custo social da "imortalidade”
Craig Mello, da Universidade de
Massachusetts e Andrew Fire da
Universidade de Stanford (EUA)
descobrem, em 1998, que é possível "bloquear" um gene e
ganham o Nobel de Medicina em
2006 pela descoberta do mecanismo fundamental para o controlo dos fluxos de informações
genéticas. Roger D. Kornberg
(EUA) ganha o Nobel 2006 da
Química por ter descoberto a
maquinaria que "dá voz" ao DNA
(o seu pai, Ar thur Kornberg
tinha ganho o prémio Nobel da
Medicina em 1959 ! (não, não
está nos genes, é do sistema... )
pela descoberta da enzima que
"fabrica" os ácidos nucleicos. A
investigação sobre o genoma
humano já identificou mais de 20
000 genes no DNA e vai determinando a sequência dos 3 mil
milhões de pares das bases químicas que constituem o DNA
humano. Acumulam-se provas
de que a restrição calórica age
sobre os processos genéticos e
moleculares que "governam" o
envelhecimento e as doenças que
lhes estão associadas. Técnicas
associadas a este conhecimento
já funcionam com moscas e ratinhos e são actualmente testadas
em macacos. Perante o acelerado
domínio dos conhecimentos relativos ao funcionamento da "máquina animal", muitos investiga-
dores acreditam que será possível, a curto prazo, viver tranquilamente até aos 140 anos ou
mais. Mesmo para as mais
jovens gerações de hoje, será frequente viver 100 ou mais anos.
Enquanto os investigadores das
ciências biológicas trabalham
com afã neste domínio, os cientistas sociais interrogam-se
sobre se tal será coisa boa. No
plano individual, ninguém rejeitaria duplicar a sua esperança de
vida não sofrendo de enfermidades graves, mas à escala social?
Numa conferência recente
Gre gor y Sto ck, Dir ect or do
Pr og ra ma so br e Me di ci na ,
Tecnologia e Sociedade da Escola
de Saúde Pública da
Universidade da Califórnia, um
dos principais intervenientes,
Perguntámos ao químico
Idade e trabalho
São lentos, esquecem-se das
coisas e são inflexíveis. Não
fazem trabalho de equipa e não
se adaptam às novas tecnologidisse que sim: uma "segunda as. Assim se descrevem frevida" permitiria analisar os erros quentemente os trabalhadores
cometidos e pensar a mais longo mais velhos e são dadas estas
prazo, reduzir os cuidados de razões para os gestores de
saúde e aumentar a produtivida- recursos humanos contratarem
de. Já para o especialista em bioé- preferencialmente trabalhadotica, Daniel Callahan, do res mais novos. Mas, se sim, em
Hastings Center em Nova York, que tarefas? Neuro-cientistas
duplicar a nossa esperança de e psicólogos que investigam na
vida não resolverá nenhum dos área da "gerontologia cognitiva"
problemas sociais actuais. têm trabalhado este tema.
Muitos outros salientaram que a O que descobriram até ao
duplicação da esperança de vida momento é surpreendente:
afectará a sociedade a todos os embora os mais idosos possam
níveis: casamento (um casal de ser mais lentos em algumas
60 anos que se vai casar para tarefas, são de facto mais rápimais 60 a 80 anos de vida dos noutras e, em muitos casos,
comum!), família, trabalho e são menos propensos a cometecomportamentos relativos aos rem erros. A investigação revejovens e aos idosos. Haverá a la também que apenas certas
generalização de múltiplos casa- funções cerebrais são afectadas
mentos durante uma vida longa, por possíveis "deficits relaciocoexistirão múltiplas gerações nados com a idade" e que
(avós mais "jovens" que os pais alterações muito simples nos
actuais!), as reformas serão locais de trabalho podem
retardadas com consequências compensá-las...
sobre os primeiros empregos dos
jovens (sobre a introdução de
Calendas Gregas
novos talentos)... .
É necessário que a sociedade
esteja a par dos avanços das ciên- As calendas, no antigo calencias biológicas e que, desde já, dário romano, era o primeiro
debata com a ajuda dos cientis- dia de cada mês quando ocorria
tas sociais o problema. É que a a Lua Nova. É desta palavra
ciência não pára e as tecnologias que se originou a palavra calenir-se-ão desenvolvendo e dispo- dário e a expressão "calendas
gregas": adiar alguma coisa
nibilizando soluções.
para as calendas gregas é manifestar a intenção de a não realizar. Ao contrário dos romanos,
os gregos não tinham calendas...
As lâmpadas incandescentes são eficientes?
Tais lâmpadas transformam em luz o calor que a corrente eléctrica produz ao passar pelos
filamentos. Apenas 6% desse calor é transformado em luz visível. 75% da energia dispendida
perde-se sob a forma de calor (radiação infravermelha)
Marcas famosas
Tábua rasa
Do latim, tabula rasa.
Expressão muito utilizada em
linguagem filosófica de origem
aristotélica. Aristóteles admitia
que o espírito humano era,
antes de ter tido qualquer experiência, inteiramente vazio,
como as tabuinhas cobertas de
cera em que nada fora ainda
escrito.
Alguns dos Prémios
Ig Nobel 2006
Ornitologia: Ivan R. Schwab
e Philip R.A. May (EUA), por
explorarem e explicarem
por que os pica-paus não têm
dores de cabeça.
Kellogg's
Donuts
Em 1946, os "donuts" do americano William Rosenberg faziam
muito sucesso na região da
Nova Inglaterra (EUA). Para
facilitar o consumo, o donut
vinha envolto no açúcar e o
café simples, sem açúcar, era
servido numa caneca. Todos os
clientes mergulhavam o doce
no café antes de saboreá-lo.
Os clientes satisfeitos insistiram para que ele abrisse uma
loja. E assim formou-se a grande rede. As rosquinhas foram
criadas no século XVI por padeiros holandeses, mas ainda não
tinham o tradicional furo no
meio. Isso só apareceu em 1847,
criado pelo marinheiro americano Hanson Gregory. Essa criação valeu-lhe uma placa de
bronze na sua cidade natal,
Rockport.
Em 1860, os Adventistas do
Sétimo Dia que foram para
Battle Creek (Michigan, EUA),
formaram uma comunidade que
ficou famosa pelo seu estilo de
vida e alimentação saudáveis.
John H. Kellogg, depois de estudar medicina, voltou a Battle
Creek e tornou-se director do
centro de saúde. Kellogg e o seu
irmão, Will Keith, começaram a
criar novas e saborosas formas
de alimentos. Tratavam, com
vapor sob pressão, vários tipos
de grãos e, assim, criaram uma
variado menu vegetariano. No
entanto, ainda faltava um pão
de grãos integrais com pouco
amido. Após muitas experiências, chegaram acidentalmente
aos flocos de trigo. Depois surgiram os flocos de arroz e os de
milho (corn flakes). O tigre Tony,
símbolo dos Kellogg's, foi criado
em 1952 pela agência de publicidade americana Leo Burnett.
Creme Nívea
Foi criado em 1911 pela farmácia de manipulação do doutor
Oskar Troplowitz, que descobriu como "unir" água e óleo
para hidratar a pele. O Eucerit,
retirado da lanolina, e combinado com óleos, água, compostos
de glicerina, ácido cítrico
e essências de rosas e lírios,
formava o creme. "Branco como
a neve", foi baptizado de Nívea
e era comercializado numa latinha amarela. A embalagem
ganhou a cor azul com letras
brancas em 1925. Depois da
Segunda Guerra Mundial, a
marca Nívea foi expropriada.
A partir de 1952, a empresa
Beiersdorf iniciou uma longa
jornada por diferentes países
para readquirir os direitos
sobre a marca.
Matemática: Nic Svenson
e Piers Barnes (Austrália) por
terem calculado o número de
fotografias que é necessário
tirar para (quase) assegurar que
ninguém numa fotografia de
grupo tenha os olhos fechados.
Física: Basile Audoly
e Sebastien Neukirch (França),
por terem elucidado por que,
quando se torce spaghetti seco
ele se parte em mais do que
dois pedaços.
Um clássico da cerimónia anual
dos Ig Nobel: os investigadores
devem resumir a sua disciplina
em 7 palavras. As palavras de
Frank Wilczek do MIT (sim, do
EMAITI), especialista em buracos negros: what you see isn't
what you get.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
14
José Calixto
PNAI 2006-2008: Um instrumento
de Desenvolvimento Social
[email protected]
Desenvolver socialmente
é incluir todos aqueles
que se sentem rejeitados
pela sociedade.
Esse processo também
deverá ser auto-gerador
de responsabilidades
sociais para todos
aqueles que são
justamente apoiados
pelas suas comunidades.
Foi recentemente apresentado,
em sessão pública, pelo Primeiro
Ministro, Ministro do Trabalho e
da Solidariedade Social e respec-
Carlos Luna
tivo Secretário de Estado da
Segurança Social o Plano
Nacional de Acção para a
Inclusão (PNAI) 2006-2008.
Foi assim dado um claro sinal
do forte empenhamento deste
Governo na construção de uma
sociedade socialmente mais justa, em perfeita sintonia com as
ideias defendidas pelo Senhor
Presidente da República, nomeadamente no seu recente 'Roteiro
para a Inclusão', como sabemos,
com uma significativa passagem
por Reguengos de Monsaraz,
dando o destaque merecido ao
trabalho desenvolvido neste
Concelho em termos de inclusão
social.
Este documento apresenta-se
assim como a materialização de
mais um 'pacto de regime' da
sociedade portuguesa.
Tal como foi apresentado, pretende-se que constitua um instrumento capaz de contribuir
para que a pobreza e a exclusão
social, fenómenos do passado e
ainda do presente possam, com
maior eficácia, reverter-se no
futuro, a caminho de um sociedade mais justa, socialmente
mais coesa e com maior desenvolvimento sustentável.
De facto, o desenvolvimento
social do nosso País ainda revela
um conjunto de indicadores
preocupantes, indiciadores das
enormes tarefas que temos pela
frente nestas áreas da inclusão
social.
Desenvolver socialmente é
incluir todos aqueles que se sentem rejeitados pela sociedade.
Esse processo também deverá
ser auto-gerador de responsabi-
lidades sociais para todos aqueles que são justamente apoiados
palas suas comunidades.
O PNAI 2006-2008 é um
plano socialmente pragmático,
que aborda e assume prioridades
sociais de forma clara e interdisciplinar, optimizando e tornando
eficientes os recursos disponíveis ao nível da protecção social,
da educação e formação, da habitação, das estratégias de apoio
de grupos vulneráveis,...
O Governo vem assumir neste
documento como grandes prioridades políticas:
1. Combater a pobreza das crianças e dos idosos, através de
medidas que assegurem os seu
direitos básicos de cidadania;
2. Corrigir as desvantagens
na educação e formação / qualificação;
3. Ultrapassar as discriminações, reforçando a integração
das pessoas com deficiências e
dos imigrantes.
As metas definidas para estas
três grandes prioridades são
ambiciosas e estão perfeitamente quantificadas.
Para a implementação do
vasto conjunto de medidas de
politica descritas é obviamente
privilegiado o trabalho em rede no âmbito da Rede Social de
cada Concelho.
Torna-se agora necessário
que, nesta missão, a efectiva e
sincera complementaridade
dos parceiros sociais seja um
factor decisivo para que o ritmo
de resolução dos problemas sociais mais graves torne Portugal
num bom exemplo em contexto
europeu.
Discutir o Iberismo
[email protected]
Voltou a estar na moda apontar
uma eventual união PortugalEspanha para resolver os grandes
problemas do povo português.
Tudo isto partindo de um estudo
em que quase 28% dos inquiridos
manifestava tal opinião, e que foi
referido quase até à exaustão...
esquecendo-se que no mesmo
estudo quase 70% dos inquiridos
acreditava ser Portugal um país
viável.
Desgosta-me ver pessoas tratar destes temas de Unificação
Ibérica em termos tão ligeiros
e irresponsáveis. Deveria ser já
tempo de se falar de assuntos
polémicos com profundidade.
Pessoalmente, não sou a favor
duma União Ibérica. Parece-me
ridículo pôr em causa uma independência de 850 anos, que
nunca se teria mantido se não
fosse sólida e justificada.
Já é suficiente, sem discutir se
terá sido o caminho correcto, a
"dissolução" (relativa...) na União
Europeia, onde, como Estado
Soberano, temos voz igual aos
outros membros. Numa União
Ibérica, até essa igualdade se
perderia.
Todavia, penso que os que a
defendem como uma solução para
Portugal no quadro de uma
Confederação o fazem convictos
de que querem conservar uma cultura portuguesa distinta, e merecem ser respeitados, mesmo discordando da ideia! Enfim, igualmente aqueles que, ao defender
uma Unificação Ibérica, defendem o aniquilamento puro e simples de Portugal, e a sua "castelhanização", também têm o direito de o afirmar sem receio de
represálias. Contudo, na minha
opinião, merecem-me menos respeito.
Na verdade, aniquilar um País
só porque atravessa um momento
de crise parece-me ilógico e revelador de falta de confiança... e
mesmo de imaginação. Defender
que outros vão fazer o que a nós
compete fazer é muita ingenuidade. E, já agora, porque defender a
opção espanhola? Revelaria mais
imaginação (e MUITO maior proveito económico) uma federação
marítima ("talassocrática") com a
Holanda ou com a Dinamarca,
por exemplo...
O facto de partilharmos uma
Península com um Estado não
nos obriga a unir-nos por motivos
"geográficos"...assim como a
Suécia e a Noruega não se unem
só porque partilham a península
escandinava. O facto de se dizer
que "Portugal saiu da Espanha",
para além de errado (Portugal
"saiu" do Reino de Leão, a
Espanha não existia), a nada nos
obriga também. Os holandeses e
os suíços saíram da Alemanha...
e não me consta que se defenda
a sua reunificação com a pátria
original.
Todos estes argumentos escondem uma profunda incapacidade
de pensar assuntos sérios com
profundidade e num espírito construtivo, e revelam a preguiça de
pensar Portugal a partir do que
ele é. Melhor, revelam a preguiça
de pensar. É muito mais cómodo
(e parece ser moda) desistir e
dizer que não vale a pena porque
não se vai chegar a lado nenhum.
Presume-se que os outros serão
tão incapazes como quem o proclama.
Talvez o mais preocupante seja
verificar que a razão principal,
quando não a única, dos que
defendem a União Portugal-
Espanha, é de natureza económica... ou interesseira. "Se fôssemos
espanhóis, ganharíamos mais, já
que eles ganham mais". Esta frase
aparece em quase todos os inquéritos.
O erro é evidente: quase sempre ao longo da História, Portugal
repetiu um erro: esperar que a
riqueza viesse ter ao seu encontro. Tal sucedeu na Época da
Expansão, e noutras épocas mais
ou menos favoráveis. As elites
preferiam viver de rendimentos,
pouco arriscando em busca de
novas fontes de enriquecimento...principalmente se passavam
por produzir algo de novo no seu
próprio país...
O povo em geral ia vivendo
mal, e verificava que quem prosperava era quem menos riqueza
produzia... quando não lançava
mão de métodos menos honestos.
Ser "esperto", "desenrascar-se",
era muito mais rentável do que
matar-se a trabalhar. Trabalho
que, aliás, era visto como algo de
pouco dignificante. O trabalho
não era apanágio das classes
dominantes. Uma mentalidade
que ainda não foi de todo ultrapassada.
O que se espera, muitas vezes,
de uma União Ibérica é que
estrangeiros façam por nós aquilo
que nós próprios não conseguimos fazer. Uma ilusão.
Imaginemos Madrid a subir o
nível de vida em Portugal de um
momento para o outro. Como iria
buscar recursos para tal? Só
tirando-os a regiões espanholas,
que não o iriam aceitar nunca.
Não se deve esquecer também
que a tendência geral seria tirar
Centros de Decisão de Portugal
(por exemplo, sedes de empresas)
para os aproximar de Madrid.
Aliás, isso já sucede. E se hoje o
Poder político de Lisboa pode tentar contrariar livremente essa
dita tendência, muito mais dificilmente o faria não sendo um
Poder Independente.
Há quem argumente que o
Poder Central em Portugal poucas
decisões acertadas toma para
desenvolver Portugal e o nível de
vida das suas populações. Mas...
porque existe uma "coisa" chamada Independência Nacional, os
portugueses podem, livremente,
decidir votar em políticos mais
eficazes. Usando uma expressão
comum, podem até "derrubar o
governo". Ninguém poderá interferir. Mas... imagine-se que
Portugal não era um Estado
Soberano. Em caso de descontentamento com o Poder Central...
como derrubá-lo...situando-se ele
fora do território nacional... e
sendo compartido com outras
regiões? Já se meditou seriamente sobre isso?
E... como se faria caso, após
uma união ibérica, os interesses
portugueses chocassem com os
interesses de Madrid?
Proclamava-se nova separação?
E como reagiriam a isso as autoridades espanholas?
Não se pretende com estes
exemplos dizer que se "desconfia
das intenções da Espanha", ou
que "a Espanha é a bruxa má
desta questão". Não. O que se pretende é que se medite seriamente
nos riscos que se corre ao abdicar-se de uma Soberania Plena.
As lições de 1580-1640, e as da
Guerra que se seguiu, deveriam
ser muito bem estudadas. Não
porque a História se repita, mas
porque, por vezes, os exemplos do
passado nos podem ajudar a projectar o futuro com mais sabedoria.
Não creio, também, que o Povo
Espanhol esteja "preparado" para
tal tipo de União. Infelizmente,
muitos encaram-na, ainda que
inconscientemente, como uma "reunificação", ou "absorção". Na verdade, 44% dos espanhóis, contra
38%, declarou num estudo recente que Espanha deveria ser o
nome de um eventual Estado
Ibérico Unificado. E, nesse
mesmo estudo, 80% dos inquiridos do País vizinho considerou
que a Capital deveria ser Madrid,
só 3% opinando por Lisboa.
Parece, pois, que uma União
Ibérica levaria, quase seguramente, a uma centralização, directa
ou indirecta, de poderes no
Centro da Península...e, com o
tempo, a uma despersonalização
de Portugal. O exemplo da despersonalização efectuada, e ainda
existente, em Olivença, dá que
pensar. Quase me atreveria a perguntar a iberistas de vários quadrantes, quando vêem Portugal
enquanto província ou Estado
integrado numa "Ibéria", se deveria incluir Olivença (e Táliga) dentro do seu espaço, ou se deveria
continuar em espaço alheio.
Em termos históricos, e para
concluir (e muito mais haveria a
dizer), direi que nunca um povo
ou um país prosperaram abdicando da sua existência. Nenhum
estrangeiro (Espanhol, Francês,
Alemão) nos virá "ajudar" sem
pedir nada em troca. E sem ter
tendência a monopolizar os cargos superiores e mais bem
pagos...
notíciasalentejo~ Novembro 2006
15
~opinião
notasdaaldeia
Alberto Magalhães
emoutrapátria
Perplexidades
de Outono
A. Sáez Delgado
[email protected]
[email protected]
Objecções
de consciência
A perplexidade tem-se espalhado pela aldeia nestes últimos dias. Primeiro, foi a notícia de que, na Inglaterra, um
polícia muçulmano pedira aos
superiores que o dispensassem de fazer guarda à embaixada israelita. Bom, que ele
se atrevesse a pedi-lo, vá que
não vá. Mas o que realmente
emudece de espanto a rapaziada é que lhe fizeram a vontade e mudaram-no de serviço. Se a moda dos polícias
objectores de consciência
pega, vai ser um pandemónio.
luio com o governo sudanês.
Bizarra porque, quando se
esperaria que a França exigisse da Turquia liberdade de
expressão para os que queiram denunciar o genocídio
arménio, esta trata de dar aos
turcos um péssimo exemplo
de lei da rolha.
Um ovo é um galo, mas...
Mas foi o bastonário da
Ordem dos Médicos que pôs
toda a malta de cara à banda
cá na aldeia. Disse ele, na televisão do café, que a Ordem ia
promover um encontro de
sumidades para concluir, de
uma vez por todas, quando
começa a vida.
Leis à francesa
Quando começa a vida?
Essa agora, que raio de perLogo a seguir soube-se que
gunta para se fazer - exclaos deputados franceses decimou a Ti Maria, sem perceber
diram mandar prender quem
a que propósito a questão era
negar que os turcos cometeram contra os arménios, entre posta assim. Tentei explicarlhe que se tratava de um pro1915 e 1917, um autêntico
blema bizarro, próprio de um
genocídio. Esta decisão é surpaís bizarro. Que há uma lei
preendente e bizarra.
Surpreendente, porque os polí- geral que regula a
ticos franceses deveriam preo- Interrupção voluntária da gravidez e a permite dentro de
cupar-se muito mais com o
genocídio em curso no Darfur certas condições e, em simultâneo, existe o código deonto- já morreram 300 mil pessológico da Ordem dos Médicos,
as - levado a cabo por autênque estabelece outros preceiticas milícias talibãs, de con-
Joaquina Margalha
tos, mais restritivos, que proíbem os médicos de fazer o
que a lei permite e até exige.
Sim, mas que tem isso a
ver com o começo da vida? teimou a Ti Maria, ainda sem
perceber.
- Ó Ti Maria, o homem quer
dizer que vai finalmente
saber-se quando já existe uma
pessoa, com alma e tudo, e já
não se pode abortar sem cometer um crime de morte,
meteu-se o senhor João na
conversa, tentando clarificar
as palavras do doutor.
- Pois é! É que há quem
defenda que a partir do
momento em que a célula
masculina se junta com a
feminina e formam um ovo,
já temos ali uma vida humana
que se vai formar e já será criminoso matá-la, explicou
ainda melhor a D. Isabel.
Olhem meninos - tornou a
Ti Maria, peremptória - não
tenho estudos, mas uma coisa
percebo eu: um ovo, se for
chocado até ao fim dá em
pinto e o pinto dá em galo.
Mas lá por isso, não é a
mesma coisa atirar um ovo
para dentro de uma panela de
água a ferver ou dar o mesmo
tratamento a um galo vivo.
Ficámos a pensar.
Esforço,
empenho e trabalho...
[email protected]
Soube há dias, através da
Comunicação Social, que já é
possível aceder ao Ensino
Superior sem possuir o 12º ano
e, até, sem o 9º ano de escolaridade. De início, considerei a
notícia curiosa. É que, durante
largos anos, desenvolvi a minha
actividade profissional na área
da formação ao longo da vida e,
já então, era permitido o ingresso num determinado nível de
escolaridade sem ter frequentado, ou concluído, o anterior.
Para o efeito, os candidatos submetiam-se a testes que comprovassem que a formação científica que possuíam era compatível
com a preparação exigida para
o nível de ensino que pretendiam frequentar. No caso da notícia que li, referia-se que esta
medida foi lançada este ano e
que, nesta nova modalidade de
acesso, o candidato, com idade
superior a 23 anos, se devia
sujeitar a uma prova, seguida
de entrevista. Até aqui, salvo o
limite de idade, nada de novo.
No entanto, o repórter continuava o seu relato referindo que
se tinham verificado casos em
que estabelecimentos de ensino
superior tinham aplicado testes
idênticos a cursos variados,
independentemente do seu
domínio científico; indicava,
mesmo, que num deles a prova
tinha sido comum a mais de
uma dezena de cursos.
A ser exacta, esta notícia é
preocupante. Em primeiro
lugar, porque se corre o risco de
banalizar uma forma de acesso
à formação que correspondia a
um prémio justo para aqueles
que reformulavam os seus projectos de vida com base numa
atitude meritória de esforço,
empenho e trabalho. Em segun-
do lugar, porque, quando os
resultados dos relatórios internacionais apontam, repetidamente, para níveis demasiado
baixos de literacia e de resultados escolares no nosso país, o
caminho será o de aumentar o
grau de exigência no ensino e
não o contrário.
Fazendo fé nas palavras do
repórter, temos aqui um exemplo de como se podem subverter medidas que, podendo ser
bem intencionadas, carecem de
processos de regulação e fiscalização rigorosos que melhorem,
de facto, a qualidade do nosso
sistema de ensino. Para o efeito,
não será, também, urgente
difundir a noção de que
o sucesso decorre, em grande
parte, do investimento sério
e honesto na formação que cada
um de nós estiver disposto
a realizar?
Leio em Mediterrâneo
Báltico, de Ana Maria
Speckel, a sensação que
tive, durante muito tempo,
ao chegar a Portugal atravessando a fronteira de
Caia ou de Valencia de
Alcántara. Para isso servem
os livros velhos e viajantes,
para descubrir ideias e sentimentos de outros que viveram a nossa mesma experiência tempo antes, fazendo um caminho semelhante
ao nosso sen importar a
direcção, pois também sabiam que todas as viagens
acabam no mesmo sítio.
Lêem-se essas páginas e
tem-se a tentação de pensar
que aqueles que miraram o
mundo como hoje queremos
vê-lo, talvez não fossem
outros que nós mesmos.
Ana María Speckel, num
périplo mais ambicioso,
viaja da Itália aos países
escandinavos, mas sabe que
importa pouco o itinerário
quando a alma viaja com o
seu próprio olhar, entrando
e saindo da sua morada
nesse estranho jogo de chegar e partir, de saudações e
despedidas que é qualquer
viagem. Escrevo-o para que
não se me olvide, para que
a rotina não acabe de sufocar o fogo dessa sensação
de plenitude que se amarrava ao meu peito, sendo criança, as primeiras vezes
que atravesava a fronteira,
quando esperava ver fisicamente o traço contínuo do
mapa sobre o asfalto e a
terra que se perde ao alcance da vista:
Há um momento [...] no
qual parece que se muda de
mundo. Não se trata só do
clima ou do aspecto de coisas cuja variação se vai percebendo por graus e insensivelmente, senão de uma
diferença, de salto tão vivo
e imprevisto, que os olhos e
o espírito se surpreendem
pela sua absoluta novidade.
Atravessamos a fronteira
[...] e subitamente se verifica transição repentina e
misteriosa a completa tranformação da cena, dando nos a impressão, ao olhar
atrás, de que se vai cer rando uma grande penumbra
nas nossas costas enquanto
outra se vai descortinando
em frente.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
16
no fecho~
Contas irregulares
O Tribunal Constitucional
detectou irregularidades nas
contas de todos os partidos e
coligações que concorreram às
eleições legislativas de
Fevereiro de 2005. A lei em
vigor aponta para coimas entre
os quatro e os 150 mil euros. De
acordo com a TSF, entre o rol de
irregularidades detectadas
estão, por exemplo, a não entrega de dados sobre financiamento das campanhas eleitorais
através da angariação de fundos por parte do PS e do CDSPP. O acórdão do TC dá conta de
um depósito de 381 mil euros
nas contas do PS, já depois de
se conhecer que os socialistas
tinham conquistado a primeira
maioria absoluta da sua história. O PSD recebeu 57 mil euros
em numerário sem que tenha
identificado a identidade dos
doadores, enquanto que o CDSPP, a CDU, o PCTP-MRPP, o
Partido Humanista e o PND
receberam donativos por meios
que não permitem a identificação do montante e da origem.
Investigadores
premiados
Uma equipa de investigação da
Universidade de Évora foi distinguida com uma menção honrosa no âmbito do Prémio
Lusinov'06, pelo projecto «Estudo de soluções integradas de
bem-estar animal e protecção
ambiental». O prémio foi instituído pela empresa Lusiaves,
com o objectivo de promover a
inovação agrotecnológica e o
desenvolvimento sustentável da
produção animal, distinguindo
assim, projectos inovadores nas
áreas de qualidade de processamento e conservação da carne
de aves, produção avícola, bem
estar animal, marketing e novos
produtos. A equipa de investigação distinguida é constituída
por Bruno Filipe Pedrosa, aluno
finalista da licenciatura em
Engenharia Zootécnica, Carla
Alexandra Mendes, Engenheira
Zootécnica recém-licenciada
pela Universidade de Évora, bolseira de investigação desta instituição, e Vasco Fitas da Cruz,
Professor Associado do
Departamento de Engenharia
Rural e investigador do ICAM.
Reguengos com nova imagem
A Câmara de Reguengos de
Monsaraz vai lançar a nova
imagem corporativa para promover o turismo no Concelho.
A imagem, segundo a autarquia, «baseia-se nos valores
fundamentais que podem
impulsionar o concelho como
um destino turístico atractivo
e de elevada qualidade,
padrões que tem procurado
atingir e que são demonstrados pelo nível de desenvolvimento alcançado nas últimas
décadas, nomeadamente através da pequena e média hotelaria tradicional e dos empreendimentos turísticos em espaço rural».
O design dos quatro elementos que compõem o símbolo
obedeceu a critérios «coerentes
que podem potenciar a expansão turística: Monsaraz e toda
a sua envolvente, a água do
Grande Lago de Alqueva, a paisagem alentejana e Reguengos
de Monsaraz, que se posiciona
também a este nível no rumo
da modernidade».
A nova imagem do turismo
vai servir de suporte promocional e identificativo para um
conjunto de actividades que a
autarquia quer realizar junto
de operadores turísticos em
vários locais do país e estrangeiro.
Évora prepara candidatura ao WMF
Representantes da WMF
(World Monuments Fund),
uma das principais organizações mundiais nãolucrativas dedicadas às causas da preservação do património arquitectónico de relevância cultural em risco, estiveram em Évora para conhecer o projecto de intervenção
para a conservação e restauro das Fontes Henriquinas
da cidade.
Desde 1965 que o WMF
trabalha para impedir a
perda de monumentos histó-
ricos em mais de 450 locais,
espalhados por mais de 80
países. A amplitude do trabalho do WMF expande-se
por locais como o complexo
do Templo de Angkor, no
Camboja, ou o Centro
Histórico da Cidade do
México. A partir da sua sede
em Nova Iorque, e através
dos escritórios em Paris,
Londres, Madrid e Lisboa, o
WMF trabalha com os parceiros locais e comunidades
para identificar e salvar
importantes patrimónios cul-
turais, através de inovadores
programas de planeamento,
trabalho de campo, apoio,
educação e transmissão de
conhecimentos.
Em cada dois anos, a
WMF elabora a lista "World
Monuments Watch", onde
constam os 100 sítios em
perigo de perda, no sentido
de lançar o alarme global
sobre a necessidade de uma
acção de intervenção urgente sobre esses locais.
pub
Rodriguez Ibarra defende cooperação
O presidente da Junta da Extremadura, Juan Carlos Rodriguez Ibarra, quer que a região
se assuma como «leme» na articulação das relações Portugal-Espanha. Na inauguração
do «Agora - Debate Peninsular», Ibarra recordou que o Português é a segunda língua mais
estudada na Extremadura. Foto: www.juntaex.es
LER
PARA
SER
Évora em Lugano
A cidade de Évora foi reconhecida, novamente, a nível internacional. Desta vez, pelo Salão
Internacional de Turismo da
Suíça, decorreu em Lugano. O
certame, com mais de 10 mil
metros quadrados deexposição,
atribuiu à cidade de Évora o prémio «O Melhor Exemplo da
Idade de Ouro de Portugal,
enquanto lugar com grande
vocação para o turismo». Na
sua quarta edição, o Salão
Internacional de Turismo da
Suíça conta com a presença de
meio milhar de expositores e de
1500 operadores turísticos.
LIVRARIA
SÍTIO DAS LETRAS
REGUENGOS DE MONSARAZ
Livros Escolares
telefone
266 508 010
fax
266 508 017
morada
Rua S. João de Deus, 18
pub
A Região
em Debate
na página 19
notíciasalentejo~ Novembro 2006
17
~figuras&factos
Relações literárias
entre”aspas”
Susana Rodrigues
faça chuva
ou faça sol
Hotspots
em funcionamento
Castro Guerra, secretário de
Estado Adjunto da Indústria e
da Inovação, na TSF, quando
«culpou» (18 Out.) os consumidores sobre o défice energético
e quando o aumento da electricidade proposto pela entidade
reguladora apontava para os de
15,7%
O projecto Évora Distrito Digital
assinalou, em Outubro, a entrada
em funcionamento da Rede
Regional de Hotspots. Trata-se
de uma rede de acesso à internet
sem fios composta por uma zona
de acesso livre em cada sede de
município do distrito. Os hotspots são locais públicos onde se
encontra disponível um serviço
sem fios que permite a ligação à
internet de banda larga. Nestes
locais, com um computador equipado com placa de rede wi-fi,
poderá consultar-se o e-mail, conversar no messenger, aceder às
aplicações da empresa, ou simplesmente navegar na internet a
alta velocidade fora de casa.
... Se a PT deixar
Também em Outubro, este jornal voltou a ter problemas com a
actualização do noticiário online,
em www.noticiasalentejo.pt,
devido a mais uma avaria na
linha RDIS. Os cinco dias sem
comunicações telefónicas quase
colocaram em risco o cumprimento de prazos da versão
impressa, mas, com esforço, sempre se conseguiu fazer chegar
esta edição à gráfica no dia previsto.
Património destruído
A Câmara de Beja alertou,
recentemente, em comunicado
para mais um acto de destruição
de património arqueológico na
necrópole do Cerro Furado,
Baleizão. O local, que a autarquia considera de «elevado interesse patrimonial e científico»
tem vindo a ser, há largos anos,
sistematicamente pilhado e destruído por acções de vandalização e uso ilegal de detectores de
metais para venda e tráfico de
bens arqueológicos. Acrescenta a
CM Beja que em Outubro o local
«foi alvo de violenta destruição
tendo o Município sido alertado
no dia 19 de Outubro, procedendo de imediato à notificação do
Instituto Português de
Arqueologia, e à instauração de
uma queixa crime por destruição
de património arqueológico (artigo 103, lei 107/2001 de 8 de
Setembro, D.R. Iª série A) e profanação de cadáver (art. 254º do
Código Penal)». Refere ainda a
autarquia que foi assinado em
Abril um protocolo com o
Instituto Português de
Arqueologia para apoio logístico
e financeiro a uma intervenção
de emergência mas que aguarda
ainda da direcção do IPA uma
«agenda dos trabalhos». Tempos
estes, em que nem os protocolos
são suficientes para proteger o
património.
«Este défice tem de ser
pago por quem o gerou
(…) os custos são
os custos e nós
não podemos fugir
aos custos»
«A vida das pessoas
é feita de bons e maus
momentos e ontem
não foi seguramente
um bom momento
para mim»
Castro Guerra, na RR,
no dia seguinte
As relações literárias
entre Portugal e Espanha
serviram de tema a um colóquio internacional organizado pela Universidade de
Évora no âmbito do projecto RELIPES (Relações Linguísticas e Literárias entre
Portugal e Espanha).
Organizado pelo Departamento de Linguística e
Literaturas, o colóquio pretende analisar as relações
linguísticas e literárias
entre Portugal e Espanha
do século XIX à actualidade, pela primeira vez, de
uma forma homogénea e
rigorosa. O projecto contempla três congressos, um
em cada uma das universidades envolvidas - Évora,
Beira Interior e Salamanca
- de cada um desses congressos irá sair um livro de
actas. No final do projecto,
será publicado um volume
com os textos de todos os
investigadores que estão a
trabalhar no projecto.
Participaram especialistas espanhóis e portugueses no período em estudo.
O encontro de Évora
ficou subordinado às relações literárias no século
XX, que é a área de investigação da equipa da UE,
constituída por Antonio
Sáez Delgado (responsável
do projecto) e Susana Gil
Llinás. Sáez Delgado é
docente da U.E. e integra o
painel de «opinião» deste
jornal.
Também em Outubro,
mas em Cáceres, realizouse em finais de Outubro
mais uma edição dos
Encontros Agora, O Debate
Peninsular, iniciativa do
Gabinete de Iniciativas
Transfronteiriças da Junta
da Extremadura.
As duas iniciativas parecem demonstrar o bom
momento no relacionamento institucional entre
Alentejo e Extremadura.
Opinião que marca diferença.
~ páginas 14 e 15
«O preço da electricidade
para os consumidores
domésticos vai aumentar
seis por cento no próximo
ano, anunciou o ministro
da Economia, contrariando a proposta de 15,7 por
cento da Entidade Reguladora do Sector da
Energia (ERSE)»
Notícia publicada em 20 Out em
www.publico.pt
«O jogo de Sócrates é de
risco. Como o do rapaz do
trapézio voador que tem
o público conquistado até
ao dia em que cai. Se tiver
rede, retoma o número.
Quando não a tem, acabase-lhe o circo»
Mário Ramires,
em www.sol.pt
«Ora, era o mesmo
Cavaco Silva, então
primeiro-ministro em
exercício, quem há 15
anos desdramatizava
o problema e garantia
com veemência que
'Portugal não é um país
de corruptos!'»
José António Lima,
em www.sol.pt
pub
Assine o jornal
na página 11
«A mais longa ditadura
do Ocidente, o mais
velho império colonial,
a anacrónica extravagância do PREC e o
Estado corporativo e
parasitário que a democracia produziu deviam ter educado uma
geração. Não educaram.»
Vasco Pulido Valente,
no Público
notíciasalentejo~ Novembro 2006
18
SÍTIO
DAS
LETRAS
COMPRE LIVROS E GANHE
UMA ASSINATURA ANUAL
DO NOTÍCIAS ALENTEJO
RUA S. JOÃO DE DEUS, 18
266 508 010 * 266 508 017 (fax)
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REGUENGOS DE MONSARAZ
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notíciasalentejo~ Novembro 2006
19
~debate
DP
Évora celebra
'Património Mundial'.
A cidade, em 20 anos,
conseguiu aproveitar
o «estatuto» concedido
pela UNESCO?
Norberto Patinho
PS
Diamantino Dias
PCP
Palma Rita
PSD
‘Para que não seja
uma oportunidade perdida’
'Próximos 20 anos
serão bem melhores’
'Quando se perde uma oportunidade,
alguém a agarra por nós'
Quando em 1986 Évora foi classificada como
Património da Humanidade, assistiu-se nos anos a
seguir a um conjunto de medidas e regras que contribuíram em muito para a preservação do património,
para uma intensa actividade cultural, bem como para
um aumento do fluxo turístico de qualidade. Esta distinção da UNESCO contribuiu muito para que a
Autarquia desenvolvesse todo um trabalho de cidadania, que teve momentos muito interessantes com a própria população a interessar-se pela requalificação da
imagem da cidade. Houve ainda os cuidados impostos
na publicidade e noutros elementos urbanísticos que
não ferissem a dignidade monumental da cidade.
Recordo que a Autarquia eborense foi pioneira em
impulsionar uma estrutura associativa a nível mundial
das cidades com esta classificação pela UNESCO, bem
como no País foi por iniciativa de Évora que as cidades
classificadas se reuniram por diversas vezes e tomaram resoluções interessantes na altura. Foi, de facto,
um momento muito interessante no aproveitamento
para a população, para a cidade e Região do estatuto
concedido pela UNESCO. Neste breve apontamento, é
justo salientar o empenhamento que a Autarquia, há
época, teve em manter o CHE vivo e com pessoas a
viver.
No entanto, a partir do princípio de 2000, com a
mudança política verificada na Câmara Municipal, deixaram-se de fazer esses investimentos, perdeu-se o trabalho de cidadania que vinha sendo feito pelo
Município e, de facto, temos assistido a um retrocesso
muito acentuado do CHE. Hoje, o Centro Histórico de
Évora, está triste, pouco cuidado e tem visto partir
muita população. Deixou-se de fazer investimento na
sua continuada requalificação. É, um facto, que este
desinvestimento é político e, como tal, devem ser os
políticos a serem responsabilizados por esta grave situação. É pois, claro, que estes vinte anos tiveram, por
razões políticas, duas partes distintas - uma que aproveitou as potencialidades concedidas com o estatuto da
UNESCO e, uma outra, que podemos classificar dos
últimos anos em que, na prática, quase tudo foi abandonado e a Autarquia aparece hoje aos olhos da população como uma entidade sem rumo nem orientação
para o CHE. Cada um de nós tem de reflectir sobre as
consequências que esta atitude pode vir a ter a médio
prazo para a nossa cidade.
A classificação de Évora como património mundial é
um forte tributo à nossa história e aos nossos antepassados, constituindo uma honra e um valor seguro que
deve orgulhar todos os eborenses, os alentejanos e os
portugueses.
O aproveitamento do "estatuto" concedido foi muito
frágil nos primeiros anos, em consequência duma gestão autárquica sem dinâmica, vivendo da fachada e da
propaganda, mas sem rasgo para desenvolver a base
infraestrutural necessária para tirar partido económico
e social da classificação. Só assim se justifica que não
obstante o factor de atracção que essa classificação significa, durante anos pouco se tenha desenvolvido o parque hoteleiro, não se tenham promovido actividades
culturais estruturantes e não se tenham construído
novos espaços culturais e de eventos à altura duma
cidade património mundial.
Nos últimos anos, com a nova gestão autárquica,
esta situação começa a inverter-se. Surgiram novos projectos quer no domínio da hotelaria, quer no domínio
do lazer e das estruturas para eventos e espectáculos.
A melhoria do abastecimento de água e do saneamento
básico, da iluminação e dos pavimentos, vieram reforçar uma imagem urbana de qualidade.
Os fluxos turísticos subiram muito e Évora tem sido
sucessivamente classificada nos mais elevados postos
dos rankings de qualidade. Depois de classificada como
a cidade portuguesa onde melhor se vive e se trabalha,
depois do prémio da API, foi recentemente considerada
como a cidade mais competitiva e vai agora receber na
Suiça o prémio para a cidade que melhor utilizou o
património no âmbito da promoção turística.
Neste cenário, mais se lamenta que a Região de
Turismo de Évora, estrutura fundamental na promoção
da cidade e do Distrito esteja paralisada e ferida na sua
legitimidade, tornando-se evidente que através de acordos contra natura, CDU e PSD estão mais interessados
na guerrilha ao poder maioritário sufragado pelos eleitores, do que no desenvolvimento da cidade e da
região.
Se os eborenses e os alentejanos se unirem no essencial, se a sociedade civil se mobilizar em cooperação
com a autarquia e com a sua nova dinâmica, estou
certo que os próximos vinte anos serão bem melhores
que os anteriores no aproveitamento do "estatuto" de
património mundial como factor de desenvolvimento.
Sem o estatuto de património da humanidade da
UNESCO, Évora seria hoje uma cidade bem pior
do que aquela que hoje temos, pelos efeitos que
foram induzidos sobre o turismo (hotelaria, restauração, comércio e transportes), com benefícios
na dinâmica económica e empresarial local, fundamental numa cidade do interior do país sem
qualquer vocação económica competitiva (agrícola, industrial ou comercial), que cresceu e ainda
hoje se mantém (infelizmente) dependente dos serviços desconcentrados da Administração Pública.
O estatuto de "Cidade Museu" alcançado em
1986, quando o "cluster" do turismo (urbano e cultural) ainda era incipiente em Portugal, deveria
ter tido um efeito de trampolim para que Évora
ocupasse a dianteira entre as cidades portuguesas, que tal oportunidade procuraram secundar.
No entanto, 20 anos depois, vemos que várias
outras cidades, partindo de condições menos vantajosas, ultrapassaram Évora, imprimindo maior
dinâmica à condição (mundial) que lhe foi reconhecida e daí tirando maiores dividendos:
1. Não adormeceram à sombra de um estatuto
passivo de "cidade-museu";
2. Não se limitaram a garantir aquilo a que a
UNESCO obrigou: aceitáveis níveis de conservação e recuperação dos seus monumentos classificados;
3. Aproveitaram o estatuto da UNESCO
enquanto vantagem para aumentar a atracção e a
fixação turística, através de iniciativa própria
que falta em Évora: condições de acolhimento,
informação e sinalização turística, animação.
Está por preencher uma condição essencial
para que Évora possa efectivamente fertilizar
um estatuto que lhe foi atribuído: a implicação
dos eborenses em geral e dos seus agentes económicos em particular, de forma a ampliarem tal
estatuto pela sua acção quotidiana motivadora.
Tal não aconteceu em 1986 nem foi conseguido
em 20 anos, deixando aos eborenses apenas um
legado, que herdaram, sem mais.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
20
crónica~
tópicos
Luís Carmelo
O exílio das mulheres
portuguesas*
[email protected]
É verdade que, na antiga
tragédia, Édipo matou o pai
e casou com a mãe que tinha
o lindo e promissor nome de
Jocasta. O deleite, a presença
e o mistério da primeira das
mulheres alimentaram o destino singular de Édipo e acabariam, séculos mais tarde,
por dar corpo ao mais célebre
ditame da psicanálise.
O caso português é em tudo
oposto ao que Freud enalteceu
quando interpelou os desvarios do Édipo Rei de Sófocles, já
que, logo no início da saga, D.
Afonso Henriques transformou a possível atracção edipiana em destemida ira e conquista. O 'Complexo de
Henriques' mais não é do que
a conquista de um espaço de
eleição a que os deleites, a presença e os mistérios da mulher
são rigorosamente alheios.
Esta postura teve os seus
continuadores de excelência,
sobretudo através dos protagonistas dos chamados "mitos
portugueses". Pedro jamais
partilhou à luz do dia a viva
plenitude da sua Inês, a não
ser, ressentido e vingado, no
bilhete postal
bilhete postal
lúgubre beija mão de Alcobaça
e depois no variadíssimo
corpo de lendas que foi frutificando em peças de teatro e em
óperas pelo mundo fora. Ao
lado deste mito do "amor eterno", como lhe chamou Natália
Correia,
o nosso mito messiânico despertou na desventura de
Sebastião, esse rapaz tão aventureiro e misantropo quanto
temente de uma bela e exaltada roda de sete saias. Mais tarde, os cultores do "império
espiritual lusitano", ou se dedicaram feericamente à panóplia profética e às grandes e
arriscadas viagens, caso de
Vieira, ou se iniciaram com
timidez ao som da "chuva oblíqua" sempre recheada pelo
pudor e pelo "ridículo" das cartas amorosas, caso de Pessoa.
Já no século XX, o culto mariano - que fez contracampo
cinematográfico ao "bolchevismo" de então - reatou a saga
henriquina original, desta
feita espiritualizando a
mulher e convertendo-a numa
divindade intocável, tal como
já havia feito D. João IV quan-
La Torada, por Pablo Picasso
do doou a coroa dos reis de
Portugal a Nossa Senhora da
Conceição nos idos da
Restauração.
Tudo bate certo, como se
vê: de uma maneira ou de
outra, o geniceu fica sempre
de fora da narração: por
pudor, por medo, por ira ou
até por mística deslumbrada.
Eu que sou um céptico visceral face a tudo o que, na
"Academia", seja da ordem do
"gender" ou da "filosofia portuguesa" (sempre que vejo
uma universidade a investir
nessas epistemologias, desconfio) não posso, no entanto,
deixar de constatar como é
que o primeiro - no caso do
feminino - é, entre nós, historicamente prisioneiro da
segunda.
Toda esta prosa encantada
mas verdadeira tem uma finalidade, caro leitor. A crónica
nunca é inocente nem desprevenida, para mais quando se
ocupa de blogues.
Deixo por isso a pergunta
final: para além das excepções
da praxe, não será por causa
de todo este pesado enredo his-
tórico que são da autoria de
mulheres os blogues portugueses em que mais se funde o
humor, a paródia, a têmpera,
o desconcerto, a provocação
e a vitalidade? Querem confirmar? Ora passem, entre
outras, pela Zazie (http://
cocanha.blogspot.com), pela
Carla Quevedo (http://bombainteligente.blogspot.com), pela
Rititi (http://www.rititi.com),
pela Lolita (http://www.
chumo.blogspot.com/), pela
Fernanda Câncio (http://
gloriafacill.blogspot.com),
pela Cláudia Vicente
(http://www.quatrocaminhos.
blogspot.com), pela Isabel
Goulão http://misspearls.
blogspot.com), ou pela
Catarina (http://100nada.
weblog.com.pt/) e digam lá se
não é assim mesmo!? (e tenho
a certeza de que o material de
prova fica ainda no adro, tal
como ficou para sempre nos
meus ouvidos a procissão de
Lopes Ribeiro e Villaret).
* Crónica regular BLOGUES
E METEOROS do EXPRESSO
Liga Portuguesa Contra o Cancro
UM DIA PELA VIDA
Têm sido desenvolvidos esforços a nível internacional e nacional, no sentido da sensibilização para a prevenção e diagnóstico do cancro bem como para o apoio ao doente e angariação de
fundos, que possam contribuir para a evolução no conhecimento ao combate a esta doença.
Um Dia Pela Vida, promovido pela Liga Portuguesa Contra o
Cancro, representa sobretudo a criação de laços renovados
entre a Comunidade e a Liga, permitindo que esta realize outro
dos seus objectivos supremos: mobilizar a sociedade civil em
torno da luta contra o cancro e fazê-lo com base num projecto
baseado no trabalho em equipa da própria comunidade e com
potencial de longa duração.
Existindo um projecto a nível nacional, com os objectivos
acima mencionados, um grupo de residentes de Reguengos de
Monsaraz, quis contribuir de forma voluntária para o sucesso
deste projecto. Contudo, o apoio e a ajuda de todos os que consideram estas causas uma forma de sentir a solidariedade, de
"estar com", é fundamental neste tipo de iniciativas.
Neste sentido, vimos por este meio apresentar-nos como um
grupo de trabalho voluntário, de carácter humanitário, que tem
como objectivo o desenvolvimento de actividades de sensibilização e angariação de Fundos para a causa acima referida e
simultaneamente requerer o Vosso apoio, se necessário for
para a concretização dessas mesmas actividades.
O Grupo,
"REGUENGOS SORRI P'RA VIDA"
Foto: David Prazeres
www.ligacontracancro.pt
[email protected]
notíciasalentejo~ Novembro 2006
21
~música&letra
A investigação
como problema
J. Alberto Ferreira
[email protected]
Os Jardins da Memória
de Orhan Pamuk
O Diabo Veste Prada
de Lauren Weisberger
Preço:22,50 €
Editor: Editorial Presença
Colecção: Grandes Narrativas
Ano de Edição: 2004
Preço: 14,96 €
Editor: Editorial Presença
Colecção: Champanhe e
Morangos
Ano de Edição: 2004
A Academia Sueca distinguiu o
escritor turco Orhan Pamuk
com o prémio Nobel da
Literatura. Pamuk, de 54 anos,
estudou jornalismo e arquitectura mas dedica-se à escrita a
tempo inteiro. Em Portugal,
tem dois livros traduzidos e editados pela Editorial Presença
(www.presenca.pt) Cidadela
Branca e Os Jardins da
Memória. A biografia oficial
aponta-o como amante das
artes plásticas durante a juventude. Pamuk começou por estudar Arquitectura, mas acabou
por se licenciar em Jornalismo
pela Universidade de Istambul.
Nunca chegou a exercer a profissão de jornalista, pois aos 23
anos decidiu dedicar-se a tempo
inteiro à escrita. O primeiro
romance Cevdet Bey and His
Sons - foi publicado em 1982 e
foi distinguido com dois prémios literários da Turquia. De
seguida publicou The Silent
House, que conquistou em
França o Prix de la Découverte
Européene. A obra que assinalou a sua ascensão no mercado
literário internacional foi A
Cidadela Branca, publicada em
1985 na Turquia e no ano 2000
pela Presença em Portugal.
Seguiram-se os títulos Os
Jardins da Memória (Presença,
2004) e The New Life, que a editora portuguesa publicará em
breve. Entre 1985 e 1988,
Pamuk foi professor convidado
da Universidade de Columbia,
em Nova Iorque.
Assine o jornal
na página 11
Performance Research
Volume 11, nº 2, 2006
Londres e Nova Iorque,
Routledge
Acaba de me chegar às mãos
o tomo 2 do 11º volume da
Lauren Weisberger é licenciada Performance Research, revispela universidade de Cornell.
ta dedicada à investigação
O Diabo Veste Prada é o seu pri- nas artes perfor mativas edimeiro romance, um enorme
tada pelo Center for the
sucesso de vendas, já adaptado
Performance Research, da
para cinema.
Universidade de Gales
(Aberystwyth), Reino Unido.
A revista tem, desde o início,
em 1996, pautado os seus
objectivos editoriais e científicos por uma rigorosa afirmação: a de que é necessário
reinventar conceitos, referências e instrumentos de reflexão sobre o campo performativo, muito para lá do simples
aggiornamento face aos tempos que correm. Cada número
da revista privilegia, nessa
medida, um tema. Tempo foi,
precisamente o conceito central do número de abertura
da Performance Research,
que depois abordou temáticas
como risco, ilusão, lugar, refúgio, turismo, animais, memóLavrar o Mar
ria, silêncio, cozinha, arquide Daniel Sampaio
vo, mapa, numa lista não exaustiva que bem evidencia a
Preço: 14,70
deslocação analítica a que a
Editor: Editorial Caminho
revista procede: reinstala a
Ano de Edição: 2006
incerteza disciplinar, abrindo
o campo de estudos ao pensamento e aos fazeres contemUm novo olhar sobre o relacionaporâneos, refaz o léxico dismento entre pais e filhos. Doze
ponível e multiplica os objecanos depois da publicação do livro
tos de pesquisa renovandoInventem-se Novos Pais, Daniel
lhes os suportes e contrasta a
Sampaio actualiza as questões de
sua legitimação canónica.
relacionamento entre pais e filhos
O volume mais recente
adolescentes. Lavrar o Mar propõe
ostenta e instala um orgulhoum novo olhar sobre o quotidiano
das famílias: é tempo de responsa- so indexes no temário da
bilizar os jovens pelos seus comrevista, que mantém o
portamentos, é o momento para
mesmo formato A4 desde semdeixarmos de os considerar seres
pre (apenas alterou a periodiimaturos a quem não podemos
cidade, passando a quadripedir contas. Nesta obra, salientamestral em 2002). Indexes /
se a decisiva importância de uma
Índices (usarei a partir daqui
infância organizada à volta do
a versão portuguesa) é um
amor e da disciplina, como garante
de uma adolescência saudável; esti- tema que evidencia, desde
mulam-se novas formas de diálogo logo, o território de reinvenção a que já me referi, e de
entre pais e filhos, sem esquecer
mais do que uma maneira.
que a decisiva palavra tem de
Conceito nuclear no mundo
caber aos mais velhos; e são dados
da organização da informação
numerosos exemplos de possíveis
conflitos quotidianos como os horá- (bibliográfica, por exemplo),
rios, os dinheiros, os prémios e os
onde genericamente funciona
castigos, a Internet, o sexo, o álcool como repertório organizado
e as drogas.
de elementos informacionais,
o que coloca o estudo da performance sob a alçada de dicionários, enciclopédias e dos
respectivos formatos de
orquestração de léxico. Mas o
índice tem também um valor
semiótico: na tipologia de signos, índices ou indícios são
aqueles que não resultam de
uma intenção mas cuja leitura é produtora de sentidos.
São, por exemplo, as pistas da
cena policial, involuntariamente deixados pelos criminosos mas capazes de garantir a solução do caso. São, portanto, como que o gesto de
apontar para o que se não
via, sejam acções, ou as suas
causas ou consequências.
Ora, este gesto aparece,
assim, como constitutivo da
própria arte, lendo-a como
indício de questões sociais (o
que também é dizer que a
arte pode ser um revelador
dessas questões). Nas artes
performativas esse gesto parece deter uma muito decisiva
importância, não apenas por
fazer ver o invisível, como disse, mas sobretudo porque inscreve permanentemente
estruturas indiciais: a escrita,
o desenho, o movimento, a
documentação, as instruções,
a improvisação, a tradução,
numa lista incompleta e sem
rigores de ordenação. Seja na
perspectiva arquivística (os
indexadores da performance
como organizadores e classificadores), seja na perspectiva
generativa (estruturas indiciais como elementos dos processos de criação), os índices
aparecem assim como inequívoco instrumento de aproximação à criação performativa
contemporânea, renovando o
léxico crítico e as operações
de investigação.
A revista garante a colaboração de teóricos consagrados
(Meiling Cheng, Susan
Melrose, Ric Allsopp (que dirige a revista) ou Una Bauer,
por exemplo) ao mesmo
tempo que concede a jovens
investigadores espaço de afirmação de pesquisa de ponta
(e frequentemente irreverente face ao campo disciplinar
canónico), em conjugação
com trabalhos da esfera artística (há sempre um ou mais
cadernos dedicados à criação,
protagonizados pelos criadores, que assim se confrontam
também com a pesquisa, o
registo e a reflexão teórica).
Performance Research é uma
revista única no perfil e na
relevância para a investigação e para a criação performativa. É também um exemplo a seguir entre nós, onde
tanta falta fazem as publicações da especialidade (quase
inexistentes) e a
(in)disciplinada e programática reformulação das práticas
e instrumentos da investigação.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
22
...damúsica
...dapoesia
A Brigada
da música
tradicional
portuguesa
A Brigada 14 de Janeiro, grupo
de música tradicional portuguesa, promete manter o rumo de
divulgação da música portuguesa. As referências deste grupo
focam-se em Fausto Bordalo
Dias, Pedro Barroso, Amália
Rodrigues, Zeca Afonso e temas
populares alentejanos.
A digressão 2006 levou
o grupo a percor rer uma boa
parte do Sul do País, com espectáculos em Beringel, Elvas,
Arruda dos Vinhos, Amareleja,
Sobral de Monte Agraço e Aldeia
da Luz, entre outras localidades.
O grupo de Elvas renovou
a sua webpage que pode ser
consultada em www.brigada14
janeiro.com.sapo.pt.
...vinhos
Outubro trouxe novidades vinícolas. A Universidade de Évora
colocou no mercado os primeiros
vinhos produzidos na herdade
experimental da Mitra - o tinto,
produzido a partir das castas
regionais, trincadeira e aragonez, e o branco, baseado nas castas antão vaz e arinto. Ambos
foram produzidos e engarrafados
pela adega experimental da
Herdade da Mitra, com o apoio
técnico do Laboratório de
Enologia. A comercialização
(2,50 euros no caso do tinto e
2,00 no branco) é feita na adega
e nas lojas Molina, em Évora e
Monsaraz.
Gottlieb Basch, pró-reitor da
Universidade de Évora, explica
que o vinho produzido por aquela instituição "não satisfaz apenas as necessidades do ensino e
da investigação na área da viticultura no âmbito do curso de
Engenharia Agrícola, como também serve de campo experimental e de ensino do actual conceito
da Agricultura de Conservação
que se baseia na protecção de
recursos naturais como o solo e a
água".
A cobertura permanente do
solo, através do "enrelvamento"
«Herdade da Mitra» entra no mercado
da entrelinha das videiras, e a
realização de estudos para o seu
melhor maneio fazem parte
deste novo conceito da exploração agrícola sustentável, explica
o docente. A Universidade de
Évora tem-se destacado como
instituição pioneira em Portugal
neste novo conceito agrícola.
Adega de Redondo com novo
recorde. Em termos de produção regional, a Adega
Cooperativa de Redondo anunciou que fechou a campanha das
vindimas com um novo recorde
de produção - cerca de 17
milhões e meio de quilos de uva
deram entrada nas instalações,
superando o anterior máximo
datado de 2003.
«Estamos muito satisfeitos
com a qualidade da matériaprima. Não só conseguimos evitar os efeitos negativos causados
pelas várias vagas de calor da
segunda quinzena de Agosto e
Setembro, protegendo assim as
castas mais sensíveis como a trincadeira e outras, como também
não fomos muito afectados pelas
chuvas de finais de Setembro,
daí que tenhamos conseguido evitar eventuais deteriorações do
estado das uvas», explicou o enólogo Pedro Hipólito. No Redondo,
garante-se que a vindima deste
ano «produziu excelentes resultados» e fala-se em «surpresas
para os consumidores».
CARMIM com recorde de vendas. Também em Outubro, a
CARMIM anunciou que atingiu
no mês anterior vendas recorde
de 2,5 milhões de garrafas, correspondendo a 4,3 milhões de
euros. Uma subida face ao mês
homólogo de 2005 de 139 por
cento no volume de vendas e de
mais 2,5 milhões de euros na facturação.
De acordo com a informação
fornecida pela Cooperativa de
Reguengos de Monsaraz, nos
meses de Verão a média mensal
de vendas foi 180 por cento
acima do ano anterior. As razões
para o acréscimo de negócio
advêm, segundo a CARMIM, «de
uma maior agressividade comercial com um ajuste do preço de
venda ao público a par com uma
maior penetração nos canais de
distribuição».
Em termos acumulados, de
Janeiro a Setembro de 2006, a
CARMIM atingiu uma facturação de 21,2 milhões de euros,
mais 50 por cento que o ano anterior, correspondendo a 18, 4
milhões de garrafas, contra 11,4
milhões em 2005, um acréscimo
de 62 por cento em volume. Para
os valores muito contribuem as
vendas de cerca de 70 por cento
nas grandes superfícies.
Queixa das almas
jovens censuradas
Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser
assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
conosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte
(Natália Correia nasceu a 13 de
Setembro de 1923 na Ilha de São
Miguel, nos Açores. Veio estudar
para Lisboa ainda criança
e cedo iniciou a sua actividade
literária. Poetisa, ficcionista,
ensaísta, tradutora, dividiu
a sua criatividade pelo teatro
e pela investigação literária.
Empenhada politicamente,
viu vários dos seus livros serem
apreendidos pela censura.
Morreu em Lisboa a 16 de
Março de 1993)
notíciasalentejo~ Novembro 2006
23
~prazeres
Jorge Reis
Novo Ford Mondeo
chega no segundo semestre de 2007
[email protected]
Enquanto nos bastidores do
Salão de Paris se discutiam
eventuais fusões e alianças dos
principais construtores automóveis mundiais, as estrelas
continuavam a ser os novos
modelos de cada marca, como a
versão Station Wagon da terceira geração do Ford Mondeo, um
modelo que, pelo menos no dia
da abertura do Salão, competiu
na forma como despertou o interesse e a atenções de todos no
espaço da Ford com outros dois
modelos, o concept car Iosis X,
e o novo Focus Coupé Cabriolet,
ou Focus CC.
No espaço da Ford Europa,
ao lado de todas estas novidades, o Lusomotores encontrou
Anabela Correia, responsável
pelo Departamento de Relações
Públicas e Governamentais da
Ford Lusitana, que nos deu
conta da sua visão pessoal
sobre o certame parisiense, que
classificou como "de particular
importância para a Ford", algo
evidente até pela "presença em
força da marca no certame".
No diálogo mantido com esta
responsável, começámos por
querer conhecer o principal destaque da marca no Salão, o
novo Ford Mondeo, um modelo
que a nossa interlocutora classificou como "extremamente
importante para a Ford na
Europa, isto apesar de não ter
ainda conseguido em Portugal
uma grande carreira, também
por estar inserido num segmento mais complicado - o mercado
em Portugal é complicado em
termos gerais, mas neste segmento é particularmente complicado".
"Apesar de tudo o que nos diz
respeito a nós, em Portugal, a
verdade é que, em termos globais, o lançamento deste novo
Mondeo é, para a Ford Europa,
algo muito importante, e a primeira versão station wagon do
novo Mondeo aqui lançada é
exactamente o primeiro produto daquela que será a terceira
geração deste modelo. Por outro
lado, mostramos por onde queremos ir no que diz respeito à
produção de um crossover para
o segmento C, algo que aqui ilustramos ao revelarmos o 'Iosis
X'", explicou Anabela Correia.
As novidades da Ford no
Salão de Paris, todavia, não se
resumiram à terceira geração
do Mondeo ou ao concept car
Iosis X, isto porque o Focus CC
ou a nova Ranger surgiram na
capital francesa sob as luzes da
ribalta. "Ainda no que diz respeito a novidades, mostramos
aqui pela primeira vez, após o
início da sua produção em série,
o Ford Focus Coupé Cabriolet,
mas também a nova geração da
Ford Ranger, que vai estar em
Portugal a partir de Janeiro do
próximo ano".
E porque todas as atenções
no espaço da Ford estavam concentradas no novo Mondeo,
naturalmente regressámos ao
tema, com esta responsável da
Ford Lusitana a dar-nos conta
dos planos de introdução da terceira geração do modelo no mercado nacional: "A comercialização em Portugal deverá come-
çar no final do segundo trimestre de 2007 ou durante todo o
segundo semestre desse mesmo
ano para sermos porventura
mais correctos".
"No início do próximo ano,
aquando do Salão de Genebra,
já deveremos ter ali presente a
gama de produção toda em exposição, embora ainda existam
algumas dúvidas quanto à disponibilidade, para essa altura,
da versão de quatro portas. A
ser assim, o lançamento poderá
acontecer no segundo semestre
do próximo ano, até para que
possamos, por essa altura, ter
toda a gama disponível, desde a
carroçaria de quatro portas até
à versão SW e de cinco portas",
acrescentou Anabela Correia
ainda sobre o Mondeo.
Faltava sabermos um pouco
mais sobre o Ford Focus CC,
isto porque em relação ao Iosis
X, por se tratar para já de um
concept, haverá tempo para analisar a evolução que este modelo irá sofrer até chegar à versão
de produção. Quisemos por isso
Quercus quer aumentar o IA para automóveis poluidores
Quem comprar um veículo a gasóleo sem filtro de
partículas poderá vir a ter
que pagar um valor de
Imposto Automóvel agravado em mais 500 euros.
Esta é, pelo menos, uma
ideia lançada para a discussão em redor deste
tema lançada pela associação ambientalista "Quercus", segundo a qual os
motores diesel sem filtro
de partículas são os principais responsáveis pela má
qualidade do ar.
A Quercus pretende
ainda que os compradores
de viaturas a gasóleo com
filtros de partículas, ou um
dispositivo equivalente,
tenham uma redução de
500 euros no Imposto
Automóvel, o que corresponde a um diferencial de
1.000 euros entre quem
compra um carro com ou
sem filtro de emissões. Ao
mesmo tempo, esta medida
iria permitir que o Estado
pudesse manter os mesmos
níveis nas quantias financeiras referentes ao imposto recolhido.
"Em Portugal, em 2000,
só devido às partículas
mais finas de origem
antropogénica (causadas
pelo Homem), a esperança
de vida é em média cinco
meses menor do que se
não existissem as concentrações elevadas que
temos", afirma a Quercus,
a partir dos trabalhos do
Programa "Ar mais limpo
para a Europa", realizados
pelo instituto austríaco
IIASA.
Por isso a Associação
considera que uma "diferença de mil euros no
Imposto Automóvel (IA) no
próximo Orçamento de
Estado seria sinal de que o
Governo quer começar a
resolver o problema". Um
veículo com filtro de partículas ou um catalizador
especial equivalente "consegue reduzir em pelo
menos 10 vezes as emissões de partículas para
atmosfera em comparação
com um veículo equivalente sem este sistema", salienta a Quercus.
Curiosamente, esta associação já em 2004 dialogou
com os grupos parlamentares para que esta medida
fosse contemplada no
Orçamento de Estado para
2005, mas desse diálogo
não saiu qualquer reacção
por parte do poder político, pelo que tudo continuou na mesma.
saber junto da responsável pelo
Departamento de Relações
Públicas e Governamentais da
Ford Lusitana quais os planos
imediatos da empresa para este
novo cabriolet no que diz respeito à sua chegada ao mercado
nacional. A resposta veio de
pronto: "A nossa intenção era
fazer o lançamento ainda este
ano, no mês de Novembro, mas
se não forem produzidas as unidades suficientes para termos a
rede toda fornecida com capacidade de resposta à procura
aquando do lançamento, o que
irá acontecer nesse caso é que,
provavelmente, teremos que
empurrar um pouco mais para
a frente a chegada oficial do
carro ao nosso mercado".
"De qualquer modo, estamos
a falar de um modelo direccionado para um nicho de mercado, e a prioridade não é tê-lo à
porta rapidamente mas sim têlo em número suficiente de unidades para respondermos às
solicitações no momento do seu
lançamento", concluiu.
notíciasalentejo~ Novembro 2006
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