Um pouco de Um pouco de História História História
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Um pouco de Um pouco de História História História
Um pouco de História A origem da Igreja Metodista em Portugal resultou do testemunho de dois leigos ingleses, Thomas Chegwin, em 1854, e James Cassels, dez anos mais tarde. Ambos foram responsáveis pela iniciação de pequenos grupos no estudo bíblico e na oração. A Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, estabelecida oficialmente em Portugal desde 1871, tem sido fiel aos princípios do Evangelho e aos ideais do Metodismo que emanaram de João Wesley. Em 1868 foi construída a primeira capela Metodista em Vila Nova de Gaia, onde se celebraram os primeiros baptismos infantis e cultos de Sagrada Comunhão. O crescimento do Metodismo, sob a liderança de Cassels, tornou-se evidente e sucessivos apelos foram dirigidos à Sociedade Missionária Metodista, de Londres, solicitando o envio de um missionário para orientar este trabalho. O pedido acabou por ser atendido e um jovem ministro, Robert Hawkey Moreton, foi enviado em 1871. R obert Moreton era um homem prudente, que só recebia membros após um período de prova prolongada. Em poucos anos a Igreja Metodista edificava a 2 Igreja Metodista do Mirante, o seu primeiro lugar de culto na cidade do Porto, e lançava a sua grande cruzada educacional contra a grande taxa de analfabetismo através da abertura das Escolas Primárias. Entretanto, foram-se afirmando os futuros líderes espirituais da Igreja, sendo o Dr. Alfredo Henriques da Silva, que sucedeu a Moreton, o mais destacado, tendo expandido a obra da Igreja ao longo dos anos mais favoráveis da I República. Entre 1920 e 1940, a Igreja Evangélica Metodista Portuguesa atravessou o seu período de expansão mais frutífero, recrutando membros de todas as classes sociais, aumentando o número das suas Escolas e confirmando-se como uma das mais dinâmicas e prestigiadas Igrejas Evangélicas do País. Durante esta era a Igreja editou várias publicações de boa qualidade espiritual e intelectual, a mais notável das quais foi o mensário «Portugal Evangélico», que é, ainda, a mais antiga publicação evangélica portuguesa em circulação. O isolamento criado pela Segunda Guerra Mundial, uma ditadura prolongada, a falta de continuidade de liderança quando Alfredo da Silva começou a envelhecer e o pequeno número de pastores, originaram uma crise de liderança, que o Sínodo procurou resolver pedindo uma vez mais, à Sociedade Missionária Metodista, apoio pastoral. Isto resultou no envio do Rev. Stanley G. Wood e, em 1954, do Rev. Albert Aspey, que durante 29 anos assumiu a liderança da Igreja. Ao longo deste tempo floresceram 3 novas áreas de trabalho, o número de ministros aumentou, a Igreja envolveu-se no movimento ecuménico e, embora forçada a fechar as suas Escolas Primárias, reorientou os seus programas sociais, concentrando-os noutras áreas e tipos de serviço à comunidade, tais como projectos de apoio às crianças e aos idosos. Em 1984 a Igreja retornou à liderança nacional, quando o Rev. Ireneu da Silva Cunha foi eleito Superintendente-Geral e Presidente do Sínodo. No ano seguinte o Sínodo, numa reunião em Aveiro, tomou a decisão de que a Igreja devia preparar-se para a sua autonomia. Com a aproximação do 125º. aniversário da chegada do Reverendo Moreton ao Porto, e após uma consulta com a Sociedade Missionária Metodista, o Sínodo de 1994 deliberou redigir os necessários Estatutos e Regulamentos, e abordar a Conferência da Igreja Metodista da Grã-Bretanha com vista a assumir a autonomia como Igreja Evangélica Metodista em 1996. O que veio a verificar-se, tendo sido esse ano marcante na vida da Igreja Metodista Portuguesa. Em 18 de Fevereiro, no Fórum da Maia, celebraram-se os 125 Anos da Igreja Metodista com metodistas de todo o País, em 16 de Março, no Sínodo realizado em Braga, foi aprovada a «Constituição e Disciplina da I.E.M.P.» (novos Estatutos e Regulamentos) e foi eleito o 1º. Bispo. Com esses novos Estatutos a Igreja passou a reger-se com uma nova Estrutura Administrativa − os Circuitos que, no nosso país, foram definidos nos distritos de Aveiro, Braga e Porto. A região de Lisboa, onde ainda não existia um número de comunidades que justificasse a constituição de um Circuito, foi denominada Área Missionária. Na Casa Diocesana de Vilar, em 26 de Outubro, procedeu-se ao acto solene da Autonomia da Igreja Metodista Portuguesa com assinatura de representantes da Igreja Metodista da Grã-Bretanha e de Portugal. Ainda nesse dia em Culto Solene na igreja do Mirante 4 foi consagrado o primeiro Bispo Metodista, Rev. Ireneu da Silva Cunha, com a presença de Bispos de Angola, Brasil e Suíça, do Presidente da Igreja Metodista da Grã-Bretanha e de um representante do Conselho Metodista Europeu. No Sínodo de 2000, realizado em Braga, chegava novamente o tempo da eleição de um novo Bispo para os próximos cinco anos, que assumiria esta função, somente, em 1 de Setembro de 2001. Desta feita, foi eleito o Reverendo José Sifredo Oliveira Linhares Teixeira, consagrado Bispo, na igreja do Mirante, no dia 30 de Setembro desse mesmo ano, tendo estado presentes, entre outros, Bispos do Brasil, Estados Unidos, Portugal e o representante da Igreja Metodista de Inglaterra, que também representou o Conselho Europeu Metodista. D esde sempre tem sido uma igreja viva, pronta a ir ao encontro das necessidades que a rodeiam, tanto a nível espiritual como social. Foi e é uma igreja aberta, pensando e deixando pensar, mas tendo uma directriz certa da sua missão. A sua obra educacional foi marcante pelas Escolas Primárias no Porto, por onde passaram muitos milhares de crianças a quem foi dada não só instrução elementar mas também educação cívica e moral, o que foi decisivo para que a nossa Igreja não só fosse o núcleo que frequentava os serviços religiosos mas um grupo alargado representativo de todos os sectores da sociedade. Sempre aparece como uma Igreja aberta às mulheres, às crianças, aos mais desfavorecidos. No seu seio vamos encontrar um vasto grupo de pioneiras dos direitos e necessidades destes. Mulheres preparadas intelectual e espiritualmente tiveram sempre uma postura natural, sem arroubos de personalização, mas bem conscientes da sua missão de proporcionar auxílio e 5 concorrer para o bem-estar das suas concidadãs e filhos. Porque não recordar Helena D. Wright, Patrocínia Fernandes, Diamantina da Conceição, Arnaldina Santos Pinto, Haidée Maria Judite e Ester Andrade Melo, Maria Sofia Araújo, Elisa Amaral, Berta Anes de Almeida, Marta Gonçalves, Maria Helena Ribeiro, Arminda Rosa Gonçalves e tantas e tantas outras, que alegremente se deram ao ensino, à educação, à promoção da dignidade e direitos dos seus semelhantes. Outra vertente fiel aos princípios metodistas tem sido a actuação dos leigos na Igreja. A Igreja Metodista Portuguesa tem uma grande dívida de gratidão a um grupo muito vasto de homens que com o seu talento, o seu saber, a sua experiência e o seu entusiasmo puseram à disposição da Igreja, dons e bens. Recordamos Henrique Maxwell Wright, J. P. da Conceição, Aurélio de Araújo, Abel Mário Lehmann, Herbert Cassels, Bernardino de Sousa Pereira, Luís Henriques da Silva, Albino Andrade Melo e tantos e tantos outros. Outra linha tem sido o espírito de colaboração interdenominacional. Encontramos na nossa história como metodistas um trabalho de rede em que os braços se estendem aos obreiros e crentes não importando qual a denominação, mas sim se os princípios que os norteiam são idênticos aos nossos. No nosso contexto interno a pregação itinerante e, portanto, os pregadores leigos tiveram lugar muito destacado que tem servido de elo de ligação entre as diferentes comunidades metodistas. Eles têm sido o suporte do trabalho pastoral e aqui, também, porque não mencionar Avelino Evangelista de Lima, José Coelho Júnior, Augusto de Freitas, Fernando Castro Maia, Adelino de Almeida, Samuel da Cunha Matos e quantos mais poderíamos nomear… Sempre nas lides ecuménicas a nossa Igreja foi pioneira pelo seu espírito no passado e participação no presente, a nível nacional e internacional tomando parte num grande número de actividades e instituições pela instrumentalidade dos seus Pastores e leigos. 6 Em anos mais recentes a I.E.M.P. tem tido a preocupação de se abrir à comunidade através do seu serviço de apoio social às crianças, em creches, infantários, ATL’s e também no apoio aos idosos em Lares e Centros de Dia. Também aí a sua acção tem sido muito meritória. Tudo isto tem feito da Igreja Metodista Portuguesa, uma Igreja personalizada, com força, com acção, com missão, onde se prega o puro Evangelho de Jesus Cristo, não só nas igrejas mas nas suas múltiplas e públicas manifestações de actividade cristã. 7 COMUNIDADES LOCAIS Em Portugal existem 13 igrejas e algumas missões. O espaço geográfico é constituído por 3 Circuitos e uma Área Missionária. CIRCUITO DO PORTO IGREJA E DO MIRANTE foi e ainda é o motor do Metodismo em Portugal. Foi estabelecida por um Pastor Metodista que a Igreja-mãe da Grã-Bretanha enviou ao nosso País no ano de 1871. Robert Moreton foi uma figura marcante do pastorado em terras portuguesas. Teve esta igreja a inauguração do seu templo em 1877 e desde então tem pregado o Evangelho de Cristo do seu púlpito, tem instruído, ensinando nas suas Escolas tanto Públicas como Bíblicas, tem educado o seu povo promovendo palestras e conferências nos seus vários Departamentos. A sua acção tem sido notória na inserção na vida da cidade do Porto, e até no plano nacional. O Senhor tem abençoado grandemente esta comunidade com a presença e a direcção dos responsáveis máximos da I.E.M.P., sucessores de Robert Moreton, com Pastores como Alfredo Henriques da Silva, Albert Aspey, Ireneu da Silva Cunha, e presentemente Sifredo Teixeira. STA IGREJA IGREJA DO MONTE PEDRAL O utra importante igreja no Porto. O início do trabalho deu-se em 1893 e a inauguração do templo em 1908. Esta igreja inseriu-se desde o início na comunidade pelo seu trabalho com crianças e jovens, devido à dinâmica da notável família Conceição, e do seu patriarca J. P. da Conceição. As suas Escolas Primárias começaram a funcionar para ambos os sexos em 1893, sempre 8 pautando a instrução pelos programas oficiais, sendo das primeiras a dar uma feição prática e a introduzir tudo aquilo que a pedagogia aconselhava. Também o ensino religioso foi marcante na acção da Escola Dominical (Escola Bíblica) que chegou a ser uma escola modelo para todo o País. Como exemplo, podemos dizer que em 1923 esta escola funcionava com 13 classes bíblicas, com uma frequência de 250 alunos. Foi destacado Pastor desta igreja durante muitos anos o Rev. José António Fernandes, um dos fundadores e primeiro redactor do «Portugal Evangélico». O primeiro templo foi demolido na década de 70. O novo lugar de Culto foi inaugurado, em 5 de Julho de 1998. IGREJA DE LORDELO E sta igreja fundada em 1907, situada na altura na periferia do Porto, teve uma acção muito meritória através das suas Escolas Primárias para ambos os sexos. Teve também numa família metodista inglesa o suporte para a sua actividade, no carinho que Herbert Cassels deu a esta Igreja durante 44 anos, carinho que foi continuado por seu filhos, Mary e Cristóvão Cassels. Foi seu Pastor e professor durante muitos anos o Rev. António Tavares, coadjuvado por sua esposa, também notável professora, D. Zulmira Tavares. 9 Funciona com um grupo de crentes fiéis e tem uma linda igreja construída por iniciativa do Rev. Ireneu Cunha, e inaugurada a 7 de Junho do ano de 1964. IGREJA DE P ÁGUAS SANTAS rincipiou por ser uma Missão da igreja do Mirante. Em 1910 já há informação de um trabalho regular. Em 1925 regista-se a inauguração de uma Casa de Oração como trabalho metodista. Na altura tinha a média de presenças de 28 pessoas, funcionando também já uma classe de Escola Dominical com a frequência de 15 crianças. Até ao momento esta igreja permanece entusiasta na proclamação do Evangelho e continua fiel, apesar do número dos seus membros não ser muito grande. CIRCUITO DE BRAGA IGREJA S DE VALDOZENDE itua-se no noroeste do País, na Província do Minho. Pertence ao Distrito de Braga e dista desta cerca de 33 quilómetros. É uma das comunidades mais recentes da I.E.M.P. Situa-se numa aldeia, onde o catolicismo-romano impera em todas as regiões envolventes. Esta comunidade foi constituída em 1971, quando os habitantes da aldeia deixaram de receber assistência religiosa por parte da Igreja Católica, que decidiu encerrar a Igreja-matriz do lugar, e foram por conhecimento de alguns emigrantes da terra procurar apoio junto da Igreja 10 Metodista de Braga. É então implantada, em 28 de Fevereiro de 1971, a Igreja Metodista Portuguesa em Valdozende. Foram Pastores desta igreja, o Rev. Francisco Abel Lopes, fundador da comunidade e Pastor até 1989, tendo sido substituído pelo Rev. Sifredo Teixeira, que acompanhou este trabalho durante 9 anos. No ano de 1998, foi colocado em Valdozende o Rev. Eduardo Hermenegildo de Castro Meixieira, que permaneceu até 2001. Actualmente, esta comunidade que tem aproximadamente 170 membros é dirigida pelo Rev. Emanuel Gonçalves Dinis. Esta igreja através da sua acção educativa e social, tem contribuído significativamente para o desenvolvimento da aldeia. IGREJA DE BRAGA E sta comunidade está instalada, como o próprio nome indica na cidade de Braga. A sua sede actual é na Travessa Dr. Francisco Owen, número 45, no Bairro Social de Santa Tecla, mas o trabalho evangélico existe nesta cidade há mais de 90 anos, precisamente desde o dia 21 de Julho de 1912, quando se realizou ali uma campanha de evangelização promovida por crentes da Igreja Metodista da cidade do Porto. Esta campanha decorreu num salão do edifício número 127, do antigo Campo da Vinha, hoje denominada Praça Conde de Agrolongo, e foi nesse mesmo espaço que durante vários anos funcionou a Igreja Evangélica Bracarense, que viria a estar inteiramente ligada à Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, a partir de 25 de Julho de 1926. Esta igreja funcionou ao longo dos anos, em diversos espaços, e só em 1991, após muitos anos de esforço e dedicação, os metodistas de Braga viram construído o seu primeiro templo, na actual localização e inaugurado em 1 de Novembro do mesmo ano. 11 Vários foram os Pastores responsáveis por este trabalho, mas muito poucos foram residentes. Só a partir de 1984, com a vinda para Braga do Obreiro Fraterno, Rev. Filipe Mesquita, esta igreja beneficiou da presença permanente de um Pastor. Em 1992, foi ali colocado pelo Sínodo o Rev. Emanuel Gonçalves Dinis que dirigiu esta comunidade até 2000, quando foi substituído pelo Pastor, também Obreiro Fraterno brasileiro, o Rev. Ayres Teixeira da Silva, que mais tarde foi substituído pelo Rev. Eduardo Meixieira. Actualmente esta igreja está a ser acompanhada pastoralmente pela Revª. Eunice Alves. É interessante notar que as nossas várias comunidades, tendo todas um denominador comum, o espaço em que se têm movido é bastante diversificado. A igreja de Braga tem uma forte componente de resistência, de auto-afirmação como Igreja Evangélica. Na terra chamada dos Arcebispos ela sempre se afirmou pelas suas posições radicalmente protestantes. Esta igreja tem-se mantido fiel há quase um século. CIRCUITO DE AVEIRO IGREJA E DE AVEIRO m 10 de Junho de 1935 teve lugar a Reunião Inaugural de uma Sala de Culto à responsabilidade da Igreja Metodista e pela acção generosa do Sr. Álvaro Dias de Melo e esposa. O Evangelho já vinha sendo anunciado anos antes nesta cidade pelo Sr. Eric Barker, da Igreja dos Irmãos, e seus colaboradores. No Sínodo de 1946 foi exposta a grande aspiração de ser erigido um templo próprio na cidade de Aveiro, tendo o Sr. Álvaro de Melo oferecido o dinheiro necessário para a 12 compra do terreno, que foi adquirido na Rua Engº. Oudinot. Foi o grande dinamizador da construção do templo o Sr. Aurélio de Araújo, membro do Mirante e na altura Tesoureiro do Sínodo. A sua inauguração solene deu-se no dia 18 de Junho de 1950 e foi um momento alto na vida da Igreja Metodista. No ano de 1955 a igreja recebeu como seu primeiro Pastor residente o Rev. Francisco Abel Lopes que pôde contar com a colaboração dedicada e profícua de sua esposa Arminda Rosa Gonçalves. Teve como seus Pastores também o Rev. Ireneu da Silva Cunha e Rev. Diamantino Lemos, que desenvolveu nos arredores de Aveiro, desde a década de 70, notável Projecto Social de Apoio à 3ª. Idade. Hoje esta igreja é uma congregação madura, experimentada, que pode contar no seu activo com a dinâmica do pastorado actual do Rev. Eduardo Conde e com muitos membros com vivências cristãs reveladoras da acção do Espírito Santo. IGREJA DE AGUADA DE CIMA E m 1904, é pela primeira vez anunciado o Evangelho nesta vila, pensa-se que por instrumentalidade do Sr. Albano J. de Oliveira, convertido no Brasil. Em 1905, o Rev. Alfredo Henriques da Silva prega aí o Evangelho pela primeira vez, e em 1914, a 6 de Janeiro, foi celebrada pela primeira vez a Sagrada Comunhão. É uma igreja com fortes tradições que tem tido a bênção de contar no seu seio com servos do Senhor de têmpera e acção evangelística. Por lá têm passado muitas gerações que a seu modo têm deixado marcas indeléveis não só na igreja como na vila onde a igreja é bem conhecida e aceite. Hoje alegra-se no novo templo inaugurado em 17 de Julho de 1990, construído pela acção do Rev. Diamantino Lemos. Teve como seus Pastores o Rev. Francisco Abel Lopes, Rev. Ireneu da Silva 13 Cunha e Rev. Eduardo Conde. Presentemente é seu responsável o Rev. Carlos Jaime Nunes Bueno. IGREJA DE FROSSOS pregado o Evangelho pela primeira vez no ano de 1905, É numa sala alugada e adaptada pelo Sr. João Nunes Pinheiro, tendo sido pregador o Sr. J. P. da Conceição, do Porto, da Igreja Metodista do Monte Pedral. Em 1920 já consta da Tabela de Cultos da I.E.M.P. e em 1923 há notícia de 15 membros em plena comunhão e 8 à prova. Hoje conta com um grupo de membros experimentado, conscientes da sua missão naquele lugar. Anos atrás pôs mãos à obra e construiu edifício próprio que foi inaugurado no dia 10 de Abril de 1988, quando era o seu Pastor, o Rev. Diamantino Lemos, onde podem cultuar ao Senhor com mais dignidade. IGREJA DA MOURISCA DO E VOUGA m 26 de Dezembro de 1929, foram os crentes desta igreja de Aguada de Cima visitados por um grupo de pessoas da vila de Mourisca do Vouga, para que ali fosse pregado o Evangelho. Assim se fez logo no dia 1 de Janeiro de 1930, em que Mourisca do Vouga foi visitada pela Igreja Metodista, tendo sido calorosamente recebida por larga assistência, ávida da Palavra. O trabalho de evangelização no início foi promissor, muito abençoado, e o povo recebeu o Evangelho com muita alegria, que era expressa na sua vivência diária, pois o cantar dos hinos se ouvia durante as suas lides agrícolas. Em Abril desse ano já se realizavam cultos todos os Domingos e a Missão de Mourisca do Vouga entra na Tabela de Cultos no terceiro trimestre de 1931. Em Outubro, 14 ainda do mesmo ano, um grupo entusiasta de 54 pessoas visita a igreja no Porto. Em 1 de Janeiro de 1932 é oficialmente instituído o trabalho: fizeram profissão de fé 25 pessoas que ficaram a constituir a igreja naquela vila. Dirigiu o serviço o Rev. Alfredo Henriques da Silva. Em 1945, no dia 24 de Julho, tiveram a alegria de inaugurar templo próprio, que há poucos anos atrás viram beneficiado pela acção do Pastor local actual, Rev. Carlos Bueno. É uma igreja que até aos nossos dias mostra alegria na sua forma de cultuar e amor na simplicidade da sua conduta cristã. IGREJA DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS O trabalho evangélico nesta vila é bastante antigo. Em Dezembro de 1925 a igreja do Monte Pedral, por instrumentalidade do Sr. J. P. da Conceição e do Pastor Eduardo Moreira, começa a fazer trabalho de evangelização com um pequeno grupo existente neste lugar e anima-se vivamente com o interesse que encontra. No entanto já antes destes obreiros, o Pastor José Ilídio Freire, da Igreja dos Irmãos, tinha aí feito trabalho de evangelização, tendo igualmente sido muito bem recebido. No decorrer dos anos a congregação foi passando por várias fases e durante algum tempo ficou à responsabilidade da Igreja Presbiteriana. Em 1932, a pedido desta Igreja, a Igreja Metodista ficou definitivamente responsável pelo grupo de crentes existente na altura, um grupo pequeno mas muito zeloso. Esta comunidade entra na Tabela de Cultos da I.E.M.P. no primeiro trimestre desse ano, e logo em Abril, pelos Srs. Abílio de Sousa e Adelino de Almeida, foi organizada a Escola Dominical para crianças e adultos. 15 Esta congregação tem edifício próprio projectado pela arquitecta D. Maria Júlia Soares e inaugurado no dia 19 de Maio de 1968, quando era o seu Pastor, o Rev. Francisco Abel Lopes. MISSÃO DE RAMILOS D esde o seu início em 1939 foi apoiada pela igreja de Oliveira de Azeméis e visitada regularmente pelos Pastores do Porto. Reuniu durante muitos anos num modesto edifício à margem da estrada, mas desde a década de 60, dispõe de um bom Salão de Cultos legado pela família Aguiar. ÁREA MISSIONÁRIA DE LISBOA IGREJA R DE LISBOA eúne na Alameda das Linhas de Torres, 122, nas instalações da Liga Evangélica Missionária, em Lisboa, mas o trabalho missionário desta igreja foi iniciado nos fins da década de 80. É a comunidade mais recente da Igreja Evangélica Metodista Portuguesa. É na sua maioria, senão totalidade, constituída por crentes angolanos radicados na região de Lisboa. Vários dos seus membros são jovens, com muito dinamismo e espiritualidade. Esta igreja foi dirigida pela Pastora, Revª. Miriam Priscila Lopes Agostinho, a primeira mulher metodista ordenada ao Presbiterato no nosso País. Actualmente é acompanhada pastoralmente pelas Pastoras Presbiterianas, Revªs. Idalina Sitanela e Eva Michel ao abrigo da cooperação existente entre as 16 Igrejas Metodista e Presbiteriana. É grande o anseio desta comunidade por um espaço próprio, para o que estão a ser desenvolvidos esforços e contactos. IGREJA DA MOITA E sta igreja foi iniciada por um Pastor angolano, Rev. António Fernandes Carlos, que em 1987 integrou o grupo de crentes na sua maioria angolanos na Igreja Metodista Portuguesa. O trabalho auspicioso no seu início, passou por diversas vicissitudes, mas no núcleo de crentes mantém-se fiel. É pastoreada em lugar propriedade da Igreja pelas Revªs. Miriam Priscila Lopes Agostinho e pela Pastora Presbiteriana Rute Salvador. 17 A OBRAS SOCIAIS I.E.M.P. traz de herança de João Wesley a solidariedade, um serviço em prol de todos, que desenvolve nalgumas regiões do nosso país. A obra social tem sido sempre um pilar de afirmação da Igreja Metodista e, em rigor, um “viveiro” de evangelização. A Fundação Centro de Solidariedade Social de Valdozende (CSSV), tem dois pólos muito activos, um em Braga, denominado “Arca de Noé” e outro em Valdozende que é a sede. A Fundação CESDA em Aveiro desenvolve também um trabalho de solidariedade que consideramos muito significativo essencialmente para quem dele beneficia. PARTICIPAÇÃO NOUTRAS ORGANIZAÇÕES A I.E.M.P. tem mantido ao longo da sua existência relações com várias organizações nacionais e internacionais, nas quais tem uma participação directa: CONSELHO MUNDIAL METODISTA Como a sigla assim o define é a reunião de todas as Igrejas Metodistas do Mundo, do qual a I.E.M.P. faz parte. O Bispo Ireneu Cunha fez parte durante alguns anos do Comité Executivo. CONSELHO METODISTA EUROPEU Esta organização reúne todas as igrejas metodistas da Europa, incluindo a portuguesa. Divide-se em várias Comissões de trabalho. 18 CONFERÊNCIA DAS IGREJAS EUROPEIAS Deriva do Conselho Mundial de Igrejas. É uma organização ecuménica, onde a Igreja Evangélica Metodista Portuguesa tem assento. A DOS PAÍSES sigla desta organização quer dizer, CONSELHO DAS IGREJAS PROTESTANTES LATINOS DA EUROPA. A Igreja Metodista, através do Conselho Português de Igrejas Cristãs, é um dos seus membros. Para um relacionamento mais aprofundado, especialmente na área da Teologia, este Conselho vai-se reunindo, para de alguma forma tornar mais Una a Igreja Universal. CONSELHO PORTUGUÊS DE IGREJAS CRISTÃS Os membros fundadores desta organização são a Igreja Lusitana, Metodista e Presbiteriana. Tendo assento, como observadores, outras igrejas. Todas as presenças ecuménicas da Igreja Metodista acontecem em representação deste organismo e também as verbas oriundas de organizações internacionais não Metodistas, são canalizadas para a I.E.M.P., através do COPIC. Esta organização tem um Conselho Executivo, cuja presidência é assumida rotativamente por cada uma das igrejas-membro. SOCIEDADE BÍBLICA DE PORTUGAL Esta instituição tem como finalidade a elaboração e difusão de todo o tipo de material teológico para as Igrejas. 19 RELAÇÕES COM OUTRAS IGREJAS IGREJA METODISTA DO REINO UNIDO O relacionamento entre esta igreja e a I.E.M.P. é muito mais profundo do que qualquer outra organização, visto que a Igreja Metodista Portuguesa foi, ao longo de mais de cem anos, um distrito da Conferência da Igreja Metodista da Grã-Bretanha. Com a nossa autonomia, oficialmente, declarada em 1996, deixámos de pertencer a esta “Igreja-mãe”, mas relações existentes não se quebraram. A nossa Igreja continua, ainda hoje, a depender financeiramente desta grande organização pois, cerca de 23,50% do total das nossas receitas (dados do Sínodo 2002), provém da Sociedade Missionária Metodista deste país. I G R E J A M E T OD I S T A D O B R A S I L As relações entre este país e a I.E.M.P. surgiram com o envio de Obreiros Fraternos do Brasil para trabalhar em Portugal. Este processo iniciou-se com a vinda do Reverendo Filipe Mesquita, em 1984, para dirigir, ao longo de 8 anos, a comunidade de Braga. Também vindo do Brasil, chegou ao nosso país, o Reverendo Oswaldo Sousa que, apesar de cá ter estado pouco tempo, liderou o trabalho na igreja do Monte Pedral durante alguns anos. Ainda hoje, a I.E.M.P. beneficia desta cooperação com a permanência em Portugal do Reverendo Carlos Jaime Nunes Bueno, desde 1993, tendo a seu cargo, as igrejas de Mourisca do Vouga e Aguada de Cima e, já tendo servido, durante algum tempo, a comunidade de Frossos. 20 IGREJA METODISTA DOS ESTADOS UNIDOS A I.E.M.P. também tem mantido relações com esta Igreja, nomeadamente através do “Global Board of Ministries”, apresentando projectos para apoio financeiro. I G R E J A M E T O D I S T A D A A L EM A N H A Várias organizações deste país têm dado um contributo muito importante à Igreja Metodista Portuguesa. Entre outras destacamos a Diakonisches Werk e a Gustav-Adolf-Werk. A Igreja Evangélica Metodista Portuguesa continua, nesta nova era, empenhada em ser responsável pelo seu próprio futuro, honrando sempre os valores do Evangelho e a influência da visão dos seus prévios dirigentes. Partilhar Cristo na Palavra e na acção continua a ser o grande objectivo a atingir. Assim nos continue Deus a abençoar, inspirar e guiar pelo poder do seu Santo Espírito. Praça Coronel Pacheco, 23 4050-453 PORTO