11h20 eduardo vieira da motta e arnaldo urbano
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11h20 eduardo vieira da motta e arnaldo urbano
TRATAMENTO SISÊMICO NEOADJUVANTE SEGUIDO DE CITORREDUÇÃO DE INTERVALO Eduardo Vieira da Motta Sobrevida global por doença residual Fatos Citorredução é efetiva porque há quimioterapia Maior volume tumoral, maior probabilidade de mutação/quimiorresistência Quimiorresistência associa-se a mortalidade Cirurgia – remoção macroscópica Quimiotrapia – remoção macroscópica e microscópica Bristow et al., 2002 (JCO) 1989 – 1998 (53 e) 6885p Centros especializados com melhores resultados Citorredução ótima acima de 75% - SG 33 m Aumento de 10% na citorredução aumenta 5% na sobrevida Citorredução ótima 30 – 60% Restrições a R 0 Volume tumoral Condição clínica Equipe Estrutura idade Covens, 2000; Dauplat et al., 2001 Como melhorar? Melhorar a abordagem cirúrgica Melhor suporte técnico Melhorar a performance Diminuir o volume tumoral QT NEO - PRÓS Reduzir volume tumoral Avaliar sensibilidade à QT Melhorar ressecabilidade Oportunidade de melhorar a performance paciente Rapidez/facilidade início do tratamento VS hospitalização Progressão da doença se ressecção primária não completa QT NEO - contra Atraso na remoção tumoral Fibrose secundária interferindo na ressecabilidade Maior número de ciclos pré operatório, maior quimiorresistência pós cirúrgica Citorredução primária reduziria possibilidade de clones resistentes QT NEO, to be or not to be… 1995 – EORTC – van der Burg et al. Melhor ILD e SG 2004 – GOG 152 – Rose et al. Sem melhora ILD e SG 2010 – EORTC – Vergote et al. QT NEO não é inferior 2019 (?) – GOG Vergote (QT NEO / Cirurgia) Vergote (QT NEO / Cirurgia) Morbidade Cirurgia 1a QT NEO mortalidade 2,5% 0,7% febre 8% 2% fistula 1% 0,3% Tempo cir (R0) 312 min 194 min transfusão 52% 52% hemorragia 7% 4% Vergote et al., 2010 Vergote et al. (2010) residual cirurgia QT NEO R0 19,4% 51,2% <1 41,6% 80,7% Motivação à QT neo Maior frequência de citorredução completa Menor morbidade / complicações Prognóstico semelhante à citorredução primária Status performance Estudos não randomizados Preliminary results of neoadjuvant chemotherapy with paclitaxel and cisplatin in patients with advanced epithelial ovarian cancer who are inadequate for optimum primary surgery. Lee SJ, Kim BG, Lee JW, Park CS, Lee JH, Bae DS. J Obstet Gynaecol Res. 2006 Feb;32(1):99-106. Neoadjuvant chemotherapy versus primary surgery in advanced ovarian carcinoma. Hegazy MA1, Hegazi RA, Elshafei MA, Setit AE, Elshamy MR, Eltatoongy M, Halim AA. World J Surg Oncol. 2005 Aug 31;3:57. Neoadjuvant chemotherapy followed by tumor debulking prolongs survival for patients with poor prognosis in International Federation of Gynecology and Obstetrics Stage IIIC ovarian carcinoma. Kuhn W, Rutke S, Späthe K, Schmalfeldt B, Florack G, von Hundelshausen B, Pachyn D, Ulm K, Graeff H. Cancer. 2001 Nov 15;92(10):2585-91. Metanalise Does neoadjuvant chemotherapy increase optimal cytoreduction rate in advanced ovarian cancer? Metaanalysis of 21 studies. Kang S, Nam BH. Ann Surg Oncol. 2009 Aug;16(8):2315-20. 21 estudos – maior frequência citorredução ótima Platinum-based neoadjuvant chemotherapy and interval surgical cytoreduction for advanced ovarian cancer: a meta-analysis. Bristow RE, Chi DS. Gynecol Oncol. 2006 Dec;103(3):1070-6. 22 coortes – sobrevida semelhante citorredução < 1cm Prospectivo: QT/NEO e citorredução Avaliar Benefício Morbidade Toxicidade Indicação Prospectivo randomizado (fase 3) EORTC – EORTC 55971 – VERGOTE IB CT MRC – CHORUS – KEHOE S JCOG – JCOG 0602 – YOSHIKAWA H SCORPION – FAGOTTI A ALL INDIA INSTITUTE OF MEDICAL SCIENCES - ID 1473 – KUMAR L EORTC 55971 Sem diferença SG e ILD Maior morbidade citorredução primária Citorredução primária opção para doença inicial < 5cm QT/NEO opção para estádio 4 QT/NEO – critérios Leuven – EORTC55971 Tumor > 2cm mesentérica superior Infiltração profunda raíz mesentério delgado Carcinomatose difusa e confluente delgado com necessidade de ressecção extensa (intestino curto) ou estômago total Metástase intra-hepática Condição clínica Corpo pâncreas, duodeno Infiltração tronco celíaco, porta, hepatoduodenal Debulk não exequível CHORUS (UK, NZ) CITORREDUÇÃO ÓTIMA: QT/NEO 35% Cirurgia 15% Sobrevida SG média QT/NEO 24,1 m Cirurgia 22,6 m (HR 0,87, IC 95% 0,72 – 1,05) Kehoe et al., 2015 QT NEO – a considerar Diagnóstico patológico pré QT – como fazer Quantos ciclos até a cirurgia Predição de ressecabilidade Definição mais restritiva de citorredução ótima para QT/NEO Protocolo QT – platina, taxano Novas estratégias – IP, drogas Key points Citorredução primária é o tratamento de escolha para estádios III (A, B) QT/NEO é alternativa para IIIC e IV Considerar condições clínicas, materiais e profissionais Não há evidência que QT/NEO piore o prognóstico Há evidência que QT /NEO proporciona melhor perioperatório