Gallagher Girls 01 – I`d tell you I love you, but then I`d have to kill you

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Gallagher Girls 01 – I`d tell you I love you, but then I`d have to kill you
Ally Carter – Gallagher Girls 01 – I’d tell you I love you, but then I’d have to kill you
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Ally Carter – Gallagher Girls 01 – I’d tell you I love you, but then I’d have to kill you
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Letícia Bersot
JÉssica Freitas
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Ally Carter – Gallagher Girls 01 – I’d tell you I love you, but then I’d have to kill you
I’d tell you I Love you, but then I’d have to kill you –
Eu diria que te amo, Mas teria que matar você
Gallagher Girls - Livro 1
Ally Carter
RESUMO
A Academia Gallagher para Jovens Mulheres Excepcionais é uma escola para garotas típica, isso é, se toda escola
ensinar artes marciais em Educação Física, e as últimas novidades da guerra química em ciências; e as estudantes
recebem crédito extra ao quebrarem os códigos da CIA em aula da computação. Então na verdade, a Academia
Gallagher pode dizer que é uma escola para gênios, mas é realmente uma escola para espiãs.
Cammie Morgan é da segunda geração de Garotas Gallagher, e no seu 2º ano ela já é fluente em 14 línguas e capaz
de matar um homem de 7 maneiras diferentes (3 das quais envolvem um pedaço não cozinhado de espaguete). Mas
a única coisa que a Academia Gallagher não a preparou é para se apaixonar por um garoto comum que pensa que
ela é uma garota comum. Claro, ela pode grampear seu telefone, hackear seu computador, e o seguir até um
shopping sem ele ter idéia, mas ela pode ter um relacionamento normal com um garoto normal que nunca poderá
saber a verdade sobre ela? Cammie pode ser uma espiã de elite em treinamento, mas em seu 2º ano, ela está
começando sua missão mais perigosa ao se apaixonar.
CONTEÚDOS
Agradecimentos
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
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Agradecimentos
Esse livro não seria possível sem a ajuda e o encorajamento de muitas pessoas maravilhosas. Agradeço a
tremendamente talentosa Donna Bray e Arianne Lewin por toda sua bondade, profissionalismo e apoio. Eu devo
muito aos meus maravilhosos amigos e família, quem sempre estiveram por mim. Mas em grande parte, por esse
livro, eu agradeço Kristin Nelson, quem enviou o e-mail que começou tudo.
Text copyright © 2006 by Ally Carter
Em memória de Ellen Moore Balarzs, uma verdadeira garota Gallagher
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Capítulo Um
Suponho que muitas garotas adolescentes se sentem invisíveis às vezes, como se
tivessem desaparecido. Bem, essa sou eu — Cammie, a Camaleoa. Mas eu sou mais sortuda
que as outras porque, na minha escola, isso é considerado legal.
Eu estudo em uma escola para espiãs.
Claro, tecnicamente, a Academia Gallagher para Jovens Mulheres Excepcionais é uma
escola para garotas gênios — não espiãs — e nós somos livres para seguir qualquer carreira que
beneficie nossa excepcional educação. Mas quando uma escola te diz isso, e então te ensina
coisas como criptografia avançada e catorze línguas diferentes, é como um grande tabaco
dizendo às crianças para não fumarem. Até minha mãe rola os olhos mas não me corrige quando
eu chamo de escola de espiãs, e ela é a diretora. Claro, ela também é uma aposentada da CIA, e
foi idéia dela eu escrever isso, meu primeiro Relatório de Operações Secretas, para resumir o que
aconteceu no último semestre. Ela está sempre nos dizendo que a pior parte na vida de espiã não
é o perigo — é a papelada. Afinal, quando você está em um avião de volta de Istambul com uma
ogiva nuclear em uma cartola, a última coisa que você quer fazer é escrever um relatório sobre
isso. Então, esse é o porquê de eu estar escrevendo isso — praticamente.
Se você está no Nível 4 de conhecimento ou superior a isso, você provavelmente sabe
sobre nós, Garotas Gallagher, já que estamos por aqui por mais de cem anos (a escola, não eu
— Eu farei dezesseis no mês que vem!). Mas se você não tem esse tipo de conhecimento, então
você provavelmente pense que somos apenas um mito urbano de espiãs — como mochilas a jato
e roupas invisíveis — e você passa por nossas paredes cobertas de trepadeiras, olha para nossa
linda mansão e pisos decorados, e assume, como todo mundo, que a Academia Gallagher para
Jovens Mulheres Excepcionais é apenas um pretensioso internato para herdeiras entediadas com
nenhum outro lugar para ir.
Bem, para falar a verdade, nós estamos totalmente bem com isso — é uma das razões
para que ninguém na cidade de Roseville, Virginia, pense duas vezes sobre a longa fila de
limusines que trouxeram minhas colegas de classes de volta para o campus no último Setembro.
Eu assisti de um assento numa das janelas do terceiro andar da mansão enquanto os carros se
materializaram fora do gramado e saíram pelos altos portões de ferro. O caminho de meio-milha
através das colinas, parecendo inocente como a estrada de tijolos amarelos de Dorothy, não
dando uma pista de estar equipado com raios lasers que detectam marcas de pneus e sensores
explosivos, e uma secção que poderia abrir e engolir um caminhão inteiro. (Se você acha isso
perigoso, nem queira que eu fale sobre o lago!)
Envolvi meus braços em volta dos joelhos e encarei pelo vidro ondulado da janela. As
cortinas de veludo vermelhas estavam desenhadas em torno do pequeno quarto, e eu estava
envolvida por uma estranha sensação de paz, sabendo que em vinte minutos, os corredores
estariam lotados; a música iria ser estrondosa; e eu iria ser apenas uma criança para todas as
cem irmãs, então eu sabia que deveria aproveitar o silêncio enquanto durasse. Então, como que
para provar o que eu pensava, uma forte explosão e o cheiro de cabelo queimando veio flutuando
da sala de História do segundo andar pelas escadas principais, seguido pela distinguida voz
chorosa da Professora Buckingham, ―Meninas! Eu disse para não tocarem naquilo!‖. O cheiro
ficou pior, e uma das alunas da sétima série continuava em chamas, porque a Professora
Buckingham gritou, ―Fique parada. Fique parada, eu disse!‖
Então a Professora Buckingham disse algumas juras que as alunas provavelmente não
entenderiam por três semestres, e eu me lembrei de como todos os anos durante a orientação
para novatas, uma delas quis se mostrar agarrando a espada Gillian Gallagher, usada para matar
o cara que ia assassinar Abraham Lincoln — o primeiro cara, é. O que você nunca ouve falar.
Mas o que as novatas não foram avisadas na sua visita ao campus é que a espada de Gilly
é carregada com eletricidade suficiente para... bem... deixar seu cabelo em chamas.
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Eu simplesmente amo o início das aulas.
Eu acho que nossos quartos costumavam ser um sótão, uma vez. Tinha essas vigas legais
e janelas curiosamente moldadas e vários pequenos cantos e rachaduras, onde uma menina
podia sentar-se de costas para a parede e ouvir pés trovejantes e gritos de ‗olá‘ que
provavelmente são muito comuns em escolas de qualquer lugar no primeiro dia depois das férias
de verão (mas provavelmente deixa de ser normal quando acontecem em Português e Farsi). Lá
fora, no corredor, Kim Lee estava falando de seu verão em Cingapura; e Tina Walters declarava
que ―Cairo era super legal. Johanesburgo — nem tanto,‖ que é exatamente o que minha mãe
disse, quando eu reclamei que os pais de Tina estavam a levando para a África por todo o verão
enquanto eu tinha que visitar meu pai na sua fazenda em Nebraska — uma experiência que, com
toda certeza, nunca irá me ajudar a sair de um interrogatório inimigo ou desarmar uma bomba.
―Ei, onde está Cammie?‖ Tina perguntou, mas eu não estava disposta a deixar meu quarto
antes de poder aparecer com uma história de peixe para poder competir com a exploração
internacional das minhas colegas de classe, setenta por cento das quais são filhas de atuais ou
antigos operários do governo—vulgo espiões. Até Courtney Bauer havia passado uma semana
em Paris, e seus pais ambos são optometristas, assim você pode ver por que eu não estava
particularmente ansiosa para admitir que eu passei três meses agachada no centro da América
do Norte, limpando peixe.
Eu finalmente decidi dizer a elas sobre a hora que eu estava experimentando itens
medianos familiares, que podem ser usados como armas, e decapitando acidentalmente um
espantalho (quem saberia que agulhas de tricô poderiam fazer aquele tipo de dano?), quando
ouvi o distinto baque de bagagens chocando-se com a parede e uma voz suave e sulista, ―Oh,
Cammie... saia, saia, de onde estiver.‖
Espreitei no canto e vi Liz parada em frente à porta, tentando parecer como Miss Alabama,
mas tendo melhor semelhança com um palito de calças capri e chinelos. Um palito muito
vermelho.
Ela sorriu e disse, ―Sentiu minha falta?‖
Bem, eu senti falta dela, mas eu estava completamente com medo de abraçá-la.
―O que aconteceu com você?‖
Liz revirou os olhos e apenas disse, ―Não adormeça em uma piscina no Alabama‖, como se
ela devesse saber antes — o que ela totalmente devia. Quero dizer, nós todas somos
tecnicamente gênios e tudo, mas com nove anos, Liz sempre tinha a maior pontuação nos testes
realizados da terceira série. O governo mantém o registro desse tipo de coisa, então no verão
antes da sétima série, seus pais receberam uma visita de alguns grandalhões em ternos escuros
e três meses mais tarde, Liz era uma Garota Gallagher — mas não a variedade matar-umhomem-com-suas-próprias-mãos. Se eu estiver em uma missão, quero Bex ao meu lado e Liz
bem, bem longe, com cerca de uma dúzia de computadores e um tabuleiro de xadrez — um fato
que eu não podia esquecer quando Liz tentou arremessar sua mala sobre a cama, mas errou e
acabou batendo em uma estante de livros, destruindo meu estéreo e achatando uma réplica de
escala perfeita do DNA que eu tinha feito de papel maché na oitava série.
―Oopsy querida,‖ disse Liz, colocando a mão sobre a boca.
Claro, ela sabia palavras em catorze línguas diferentes, mas em frente a uma catástrofe
menor, Liz disse Oopsy querida. Naquele momento eu não ligava quão bronzeada ela estava—eu
tinha que abraçar minha amiga.
As seis e trinta em ponto, nós estávamos em nossos uniformes, deslizando as mãos sobre
o corrimão de mogno polido, e descendo as graciosas escadas em espiral graciosamente até o
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assoalho do primeiro piso. Todo mundo estava rindo (minha história da agulha de tricô acabou
sendo um grande sucesso), mas Liz e eu continuamos olhando para a porta no centro da sala.
―Talvez houve algum problema com o avião?‖ Liz sussurrou. ―Ou com a roupa? Ou... Eu
tenho certeza que ela está apenas atrasada.‖
Eu assenti e continuei de olhos para baixo, no saguão, como se, de repente, Bex ia
estourar através das portas. Mas elas continuaram fechadas, e a voz de Liz chiou quando ela
perguntou, ―Você soube dela? Eu não soube dela. Por que não soubemos dela?‖
Bem, eu teria ficado surpresa se tivéssemos ouvido falar dela, pra falar a verdade. Assim
que Bex nos disse que tanto a mãe dela quanto seu pai estavam tirando licença do cargo para
passar o verão com ela, eu soube que ela não seria muito amiga de uma caneta. Deixei Liz
chegar a uma conclusão completamente diferente.
―Oh meu Deus, e se ela foi abandonada?‖ Liz dobrou a preocupação em sua voz. ―Ela foi
expulsa?‖
―Por que você acha isso?‖
―Bem...‖ disse ela, tropeçando sobre o óbvio, ―Bex sempre foi o tipo regras são opcionais‖
Liz encolheu os ombros, e, infelizmente, eu não podia discordar. ―E por que ela estaria atrasada?
Garotas Gallagher nunca se atrasam! Cammie, você sabe de algo, não sabe? Você tem que
saber alguma coisa.‖
São horas como essa em que não é divertido ser a filha da diretora, porque A) é totalmente
irritante quando as pessoas pensam que eu estou em um nível que eu não estou, e B) as
pessoas sempre supõem que eu estou em parceira com a equipe, o que eu realmente não estou
— Claro, eu tenho jantares com a minha mãe nas noites de domingo, e as vezes ela me deixa
sozinha em seu escritório por cinco segundos, mas é isso. Sempre que a escola está em aula, eu
sou apenas mais uma Garota Gallagher (exceto por ser a garota a quem se referem e aplicam A
e B).
Olhei para trás para as portas da frente, em seguida, me virei para Liz. ―Eu aposto que ela
está só atrasada‖, disse, orando para que houvesse um teste surpresa durante o jantar (nada
distrai Liz mais rápido que um teste surpresa).
À medida que nos aproximamos das maciças e abertas portas do Grand Hall, onde Gilly
Gallagher supostamente envenenou um homem em seu próprio colo, eu involuntariamente dei
uma olhadela para o telão eletrônico que se lia ―Inglês—Americano‖ mesmo sabendo que nós
sempre falávamos nosso próprio idioma e sotaque para o jantar de boas vindas. Nossas
conversas durante as refeições não teriam lugares no ―Chinês—Mandarim‖ durante pelo menos
uma semana, eu esperava.
Estávamos estabelecidas na nossa mesa habitual no Grand Hall, e eu finalmente me senti
em casa. Claro, eu na verdade tinha voltado há três semanas, mas a minha única companhia
tinha sido novatas e funcionários. A única coisa pior que ser apenas a tutora superior em uma
mansão cheia de alunas da sétima série é sair da sala dos professores assistindo seu professor
de Idiomas Antigos colocar gotas nas orelhas da maior autoridade do mundo em criptografia de
dados, enquanto ele jura que nunca vai mergulhar de novo. (Ew, imagem mental do Sr.
Mosckowitz em uma roupa de mergulho! Nojento!)
Uma vez que uma garota só pode ler alguns problemas de Espionagem Hoje, eu
geralmente gasto os dias pré-semestres vagando pela mansão, descobrindo compartimentos
escondidos e passagens secretas que são, pelo menos, uma centena de anos mais velhas e
ainda não vi uma boa e interessante durante todo esse tempo. Principalmente, eu tentei passar
um tempo com a minha mãe, mas ela esteve super ocupada e totalmente distraída. Lembrando
disso agora, pensei na ausência misteriosa de Bex e de repente comecei a me preocupar que
talvez Liz estivesse certa. Então Anna Fetterman se espremeu no banco ao lado de Liz e
perguntou: ―Você já viu isso? Você viu?‖
Anna estava segurando um papel azul que dissolve instantaneamente quando você o põe
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na sua boca. (Mesmo que ele parecesse como se fosse ter gosto de algodão doce, não tinha –
confie em mim!) Eu não sei por que eles sempre colocam Papel-Evaporador em nossas aulas –
provavelmente para nós podermos consumir nossa idéia do mau-gosto e avançar para boas
coisas, como hortelã com chocolate.
Mas Anna não estava pensando sobre o Papel-Evaporador quando ela gritou: ―Nós temos
Operações Secretas!‖ Ela soou absolutamente assustada, e eu me lembrei que ela
provavelmente era a única Garota Gallagher que Liz poderia socar. Eu olhei para Liz, e até ela
revirou os olhos para a histeria de Anna. Afinal, todos sabem que no segundo ano é a primeira
vez que nós podemos fazer qualquer coisa de campo de abordagem real. É nossa primeira
exposição às verdadeiras coisas de espiãs, mas Anna parecia ter esquecido que a classe em si
era, infelizmente, uma espécie de concurso de passos de dança.
―Tenho certeza que podemos lidar com isso,‖ Liz consolou, erguendo o papel das mãos
frágeis de Anna. ―Tudo o que Buckingham fez foi contar histórias de terror sobre as coisas que ela
viu na Segunda Guerra Mundial e mostrar slides, lembra? Desde que ela quebrou sua perna
ela—‖
―Mas Buckingham está fora!‖ Anna exclamou, e isso chamou minha atenção.
Tenho certeza que a encarei por um segundo ou dois antes de dizer, ―A Professora
Buckingham ainda está aqui, Anna,‖ não adicionando que eu gastei metade da manhã adulando
Onyx, o gato dela, debaixo da prateleira da biblioteca. ―Isso deve ser apenas um boato do início
das aulas.‖ Sempre houve muitos — como uma garota foi sequestrada por terroristas, ou um dos
membros dos funcionários ganhou cem mil da Roda da Fortuna. (Embora, agora que eu penso
nisso, esse foi realmente verdadeiro.)
―Não,‖ disse Anna. ―Você não entende. Buckingham está fazendo algum tipo de semiaposentadoria. Ela vai dar orientação e aclimatação para as novatas — mas é isso. Ela não está
mais dando aulas.‖
Sem palavras, nossas cabeças se viraram, e nós contamos os lugares na mesa dos
funcionários. Claro, havia uma cadeira extra.
―Então quem está ensinando CoveOps?‖ Perguntei.
Só então um forte murmúrio agitou-se através da enorme sala enquanto minha mãe girou
através das portas no fundo do corredor, seguida por todos os suspeitos de costume — os vinte
professores que estive observando e aprendendo nos últimos três anos. Vinte professores. Vinte
e uma cadeiras. Eu sei que eu sou o gênio, mas você faz a conta.
Liz, Anna e eu, todas olhamos entre si e, em seguida, voltamos para a mesa dos
funcionários, enquanto corríamos pelos rostos, tentando compreender aquela cadeira extra.
Um rosto era novo, mas estávamos esperando isso, porque o Professor Smith sempre
retornava das férias de verão com uma nova aparência — literalmente. Seu nariz estava maior,
suas orelhas mais proeminentes, e uma pequena verruga tinha sido adicionada a sua têmpora
esquerda, disfarçando o que ele afirmou ter sido o rosto mais procurado em três continentes. Os
boatos diziam que ele era procurado por contrabandistas de armas do Oriente Médio, ex-KGB
bateu em homens no leste da Europa, e uma ex-esposa muito aborrecida em algum lugar no
Brasil. Claro, toda essa experiência fez dele um grande professor de Países do Mundo (PDM),
mas a melhor coisa que o professor Smith trouxe a Academia Gallagher é a antecipação anual de
adivinhar que rosto ele assumirá para passar suas férias de verão. Ele ainda não voltou como
mulher, mas é provavelmente apenas uma questão de tempo.
Os professores tomaram seus lugares, mas a cadeira continuou vazia enquanto minha
mãe tomou seu lugar no pódio no centro da longa mesa.
―Mulheres da Academia Gallagher, quem vem aqui?‖ ela perguntou.
Só então, cada garota em cada mesa (mesmo as novatas) levantaram-se e disseram em
uníssono, ―Nós somos as irmãs de Gillian.‖
―Por que vocês vieram?‖ minha mãe perguntou.
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―Para aprender suas habilidades. Honrar sua espada. E manter seus segredos.‖
―Para quê vocês trabalham?‖
―Para a causa da justiça e da luz.‖
―Quanto tempo vocês vão lutar?‖
―Por todos os dias de nossas vidas.‖ Nós terminamos, e eu senti um pouco como uma
personagem em uma das telenovelas da minha avó.
Nós nos sentamos, mas minha Mãe se manteve em pé. ―Bem vindas de volta, alunas‖,
disse ela, sorrindo. ―Este vai ser um ano maravilhoso aqui na Academia Gallagher. Para nossas
novas membros‖ —ela virou-se para a mesa da sétima série, que parecia tremer sob seu olhar
intenso— ―bem vindas. Está prestes a começar o mais desafiador ano de nossas jovens vidas.
Tenha certeza que vocês não teriam sido desafiadas se não pudessem fazê-lo. Para nossas
alunas retornantes, este ano irá marcar muitas mudanças.‖ Ela lançou um olhar para seus
colegas e parecia refletir algo antes de voltar a nos encarar. ―Chegamos a um momento que—―
Mas antes que ela pudesse terminar, as portas se abriram, e nem três anos de treinamento na
escola espiã me preparou para o que eu vi.
Antes que eu diga mais algo, devo provavelmente lhe lembrar que EU ESTUDO EM UMA
ESCOLA DE GAROTAS — todas garotas, todo o tempo, com algumas necessitadas de remédio
para orelhas, professores masculinos com cirurgia plástica para boas médias. Mas quando nos
viramos, vimos um homem andando em nosso meio, que teria feito James Bond se sentir
inseguro. Indiana Jones teria parecido um garotinho da mamãe comparado ao homem da jaqueta
de couro com dois dias de barba crescida, que caminhou para onde ficava minha mãe e então —
horror dos horrores— piscou para ela.
―Desculpe-me, estou atrasado‖, ele disse enquanto deslizava para a cadeira vazia.
Sua presença era tão sem precedentes, tão surreal, que eu nem sequer percebi que Bex
tinha se espremido no banco entre Liz e Anna, e eu teria que fazer uma dupla quando visse ela, e
me lembrei que cinco segundos antes ela tinha sido MIA.
―Problemas, senhoritas?‖ ela perguntou.
―Onde você estava?‖ Liz exigiu.
―Esqueça isso,‖ Anna a cortou. ―Quem é ele?‖
Mas Bex era naturalmente nascida espiã. Ela apenas levantou as sobrancelhas e disse,
―Você verá.‖
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Capitulo Dois
Bex tinha passado seis horas em um avião particular, mas seu cappuccino cor de pele
estava incandescente, e ela parecia como se tivesse acabado de sair de um comercial da
Noxzema, então eu realmente queria ser mesquinha e salientar que o sinal na sala de estar dizia
que nós deveríamos estar falando Inglês com sotaque Americano durante o Jantar de Boas
Vindas. Mas como a única Garota Gallagher não cidadã dos Estados Unidos na história, Bex
estava acostumada a ser uma exceção. Minha mãe tinha imposto algumas regras sérias quando
seus velhos amigos do MI6 da Inglaterra ligaram e perguntaram se sua filha poderia ser uma
Garota Gallagher. Admitir Bex foi o primeiro ato de controversa de minha Mãe como diretora (mas
não seu último).
―Você teve um bom feriado, então?‖ Por todo o salão, meninas estavam começando a
comer, mas Bex apenas estourou uma bolha com seu chiclete e sorriu, desafiando-nos a
perguntar-lhe sua história.
―Bex, se você sabe de alguma coisa, você tem que nos contar,‖ Liz exigiu, apesar de ter
sido totalmente inútil. Ninguém consegue fazer Bex fazer qualquer coisa que ela não queira. Eu
posso ser uma camaleoa, e Liz pode ser o próximo Einstein, mas quando se trata de teimosia
geral, Bex é a melhor espiã que já existiu!
Ela sorriu afetada, e eu sabia que ela provavelmente tinha planejado essa cena desde que
estava no meio do Oceano Atlântico (além de ser teimosa, Bex é também bastante teatral). Ela
esperou até que todos os olhares estivessem sobre ela —segurando o silêncio até que Liz estava
prestes à explodir, então ela pegou um pãozinho quente da cesta na mesa e disse indiferente,
―Novo professor.‖ Ela rasgou o pão na metade e amanteigou-o lentamente. ―Nós demos uma
carona a ele de Londres esta manhã. Ele é um velho amigo do meu pai.‖
―Nome?‖ Liz perguntou, provavelmente já planejando como ele iria hackear a sede da CIA
em Langley para detalhes assim que nós fossemos liberadas para voltar para nossos quartos.
―Solomon,‖ Bex disse, olhando-nos. ―Joe Solomon.‖ Ela soou misteriosa como uma
perversa, adolescente, James Bond feminina.
Nós todas nos viramos para olhar para Joe Solomon. Ele tinha a barba mal-feita e mãos
agitadas de um agente fora de uma missão. À minha volta, o corredor cheio de sussurros e
risadinhas —combustível que manteria a fábrica de rumor funcionando até a meia-noite— e eu
me lembrei que, mesmo que a Academia Gallagher seja uma escola para garotas gênios, as
vezes o ênfase deveria ser mantido nas garotas.
A manhã seguinte foi uma tortura. Tortura absoluta! E essa não é uma palavra que eu use
levemente, considerando o negócio da família. Então talvez eu deva reformular: o primeiro dia de
aula foi desafiador.
Nós não fomos exatamente para a cama mais cedo... ou mesmo um pouco tarde... ou
mesmo absolutamente, a menos que você conte mentir no tapete de pele falsa no quarto de
hóspedes com toda a turma do segundo ano espalhadas à minha volta como base para uma boa
noite de sono. Quando Liz nos acordou as sete, nós decidimos que poderíamos ataviar por uma
hora e pular o café-da-manhã, ou vestir nossos uniformes e comer como rainhas, antes da
palestra de PDM do Professor Smith às 8:05h.
A.S. (Antes de Solomon), waffles e bagels teriam vencido com certeza. Mas hoje, o
Professor Smith tinha um monte de meninas delineadas e com lábios brilhantes1 com estômagos
roncando ouvindo ele falar sobre a agitação civil nos Países Bálticos em torno das 8:30h. Eu olhei
para o meu relógio, o último gesto inútil na Academia Gallagher, porque as aulas corriam
1
n/t: lip-glossed – eu não sabia o que colocar em português
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