Diretrizes da Quiropraxia - Associação Brasileira de Quiropraxia

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Diretrizes da Quiropraxia - Associação Brasileira de Quiropraxia
WORLD FEDERATION
OF CHIROPRATIC
Organização Mundial
da Saúde
Diretrizes da OMS sobre a
formação básica e a segurança em
Quiropraxia
Organização Mundial
da Saúde
Genebra
2005
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WORLD FEDERATION
OF CHIROPRATIC
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PRESIDENTE DA ASPEUR
Argemi Machado de Oliveira
REITOR DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE
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COORDENAÇÃO EDITORIAL
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REALIZAÇÃO
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EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Maurício Barth
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Centro Universitário Feevale – RS/Brasil
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a
segurança em quiropraxia / Organização Mundial
de Saúde - Novo Hamburgo : Feevale, [2006].
38 p. ; 21 cm.
Inclui bibliografia e anexos.
ISBN 85-7717-029-2
1. Quiropraxia 2. Quiroprática - Estudo e ensino
3. Organização Mundial da Saúde.
CDU 615.827
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IMPRESSÃO
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causar.
Índice
Agradecimentos............................................................................................................................ I
Prefácio........................................................................................................................................ II
Prefácio à edição em português ................................................................................................. III
Introdução ................................................................................................................................... 1
Objetivos ...............................................................................................................................................................2
Como usar este documento ................................................................................................................................. 2
Glossário...................................................................................................................................... 3
Parte 1: Formação básica em Quiropraxia ................................................................................... 5
1. Considerações gerais ............................................................................................................... 5
1.1 Informação histórica....................................................................................................................................... 5
1.2 Filosofia e fundamentos da Quiropraxia....................................................................................................... 5
1.3 Considerações administrativas e acadêmicas................................................................................................ 6
1.4 Acompanhamento e avaliação........................................................................................................................ 6
1.5 Formação adicional e possibilidades profissionais....................................................................................... 7
2. Níveis aceitáveis de educação e capacitação profissional......................................................... 7
2.1 Categoria I - educação plena em Quiropraxia............................................................................................... 7
2.2 Categoria II - educação limitada em Quiropraxia ........................................................................................ 7
3. Modelos de educação em Quiropraxia .................................................................................... 8
3.1 Categoria I (A).................................................................................................................................................. 8
3.2 Categoria I (B).................................................................................................................................................. 8
3.3 Categoria II (A)................................................................................................................................................ 8
3.4 Categoria II (B)................................................................................................................................................ 8
4. Educação plena em Quiropraxia - Categoria I (A).................................................................... 9
4.1 Objetivo ........................................................................................................................................................... 9
4.2 Requisitos para ingresso.................................................................................................................................. 9
4.3 Formação básica............................................................................................................................................. 9
4.4 Currículo nuclear............................................................................................................................................ 9
5. Educação plena em Quiropraxia - Categoria I(B)................................................................. 13
5.1 Objetivo........................................................................................................................................................... 13
5.2 Cursos especiais............................................................................................................................................... 13
5.3 Formação básica.............................................................................................................................................. 13
6. Educação limitada em Quiropraxia - Categoria II (A).............................................................. 13
6.1 Objetivo............................................................................................................................................................ 14
6.2 Cursos especiais............................................................................................................................................... 14
6.3 Formação básica.............................................................................................................................................. 14
7. Educação limitada em Quiropraxia - Categoria II (B).............................................................. 14
7.1 Objetivo............................................................................................................................................................ 14
7.2 Cursos especiais............................................................................................................................................... 15
7.3 Formaçao básica.............................................................................................................................................. 15
8. Avaliação e examinação dos estudantes de Quiropraxia .......................................................... 15
9. A Quiropraxia e os agentes de atenção primária à saúde.......................................................... 15
9.1 Agentes de atenção primária à saude - mioterapeutas.................................................................................. 15
9.2 Objetivo............................................................................................................................................................ 16
9.3 Conteúdo programático................................................................................................................................. 16
9.4 Modalidades e tempo de formação................................................................................................................ 16
Parte 2: Diretrizes sobre segurança em Quiropraxia........................................................ 17
1. Introdução ............................................................................................................................... 17
2. Contra-indicações à terapia manipulativa da coluna vertebral................................................. 17
2.1 Contra-indicações absolutas à terapia manipulativa vertebral............................................................... 18
3. Contra-indicações à manipulação articular por categorias de processos patológicos.............. 19
3.1 Desordens articulares..................................................................................................................................... 19
3.2 Desordens que envolvem enfraquecimento e destruição óssea ................................................................ 20
3.3 Desordens circulatórias e hematológicas...................................................................................................... 20
3.4 Desordens neurológicas................................................................................................................................. 21
3.5 Fatores psicológicos........................................................................................................................................ 21
4. Contra-indicações às terapias adjuvantes e de apoio ............................................................... 21
4.1 Eletroterapias................................................................................................................................................. 21
4.2 Exercícios e medidas de apoio suplementares ............................................................................................. 21
5. Acidentes e reações adversas.................................................................................................... 22
5.1 Causas de complicações e reações adversas.................................................................................................. 22
5.2 Exemplos de procedimentos inapropriados................................................................................................ 22
5.3 Conseqüências adversas graves ..................................................................................................................... 22
5.4 Acidentes vasculares....................................................................................................................................... 23
5.5 Prevenção de complicações resultantes da manipulação............................................................................ 24
6. Treinamento em primeiros socorros........................................................................................ 24
Anexo 1: Lista dos participantes.................................................................................................. 25
Anexo 2: Modelo de programa reconhecido em regimede tempo integral de quatro anos........... 27
Anexo 3: Modelo de programa pleno (conversão)........................................................................ 29
Anexo 4: Modelo de programa limitado (conversão)................................................................... 31
Anexo 5: Modelo de programa limitado (nivelamento) ............................................................... 33
Referências ................................................................................................................................. 35
Agradecimentos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) agradece imensamente o apoio financeiro e técnico
proporcionado pelo Governo Regional da Lombardia, Itália, para elaborar e publicar estas
diretrizes como parte da implementação de projetos de colaboração com a OMS no campo da
Medicina Tradicional. A Região da Lombardia acolheu gentilmente e forneceu apoio financeiro
para a Reunião de Consulta em Quiropraxia da OMS, ocorrida em Milão, Itália, em dezembro de
2004.
Agradecimentos também ao Dr John A. Sweaney de New Lambton, Austrália, o qual preparou o
texto original.
A OMS reconhece sua dívida para com os mais de 160 revisores, incluindo especialistas e
autoridades nacionais, profissionais e organizações não governamentais em mais de 54 países que
forneceram comentários e sugestões ao texto esboço.
Deve-se um agradecimento especial aos participantes da Reunião de Consulta em Quiropraxia da
OMS (ver anexo 1), que contribuíram na revisão e finalização do texto esboço destas diretrizes e
também ao Centro Colaborador da OMS para a Medicina Tradicional da Universidade de Milão,
Itália, em particular ao Professor Umberto Solimene, o Diretor, e a senhorita Elisabetta Minelli,
do Gabinete de Relações Internacionais, por sua assistência à OMS para organizar esta reunião de
consulta.
I
Prefácio
Nesta última década, o uso da Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA)
cresceu consideravelmente não somente nos países em desenvolvimento, onde freqüentemente
representa a única possibilidade para a proteção da saúde, mas também nos países desenvolvidos.
A percentagem da população que utiliza MT/MCA é da ordem de 50% em muitos dos países de
renda elevada tais como Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos da América.
Isto também ocorre na Itália (não menos que 15%) como também em determinadas regiões
italianas, incluindo a região da Lombardia, onde a porcentagem é de cerca de 20% e aumentando
continuamente.
Diante deste desafio, é extremamente importante gerar condições para o uso correto e apropriado
dos métodos que, se utilizados corretamente, podem contribuir para a proteção e a melhoria da
saúde e do bem estar dos cidadãos. O desenvolvimento destas práticas pode somente ser obtido
de acordo com critérios de segurança, eficácia e de qualidade. Tais princípios caracterizam a
prática médica moderna e constituem-se na base essencial para a proteção dos consumidores.
As práticas de MT/MCA conduzidas pelo governo regional da Lombardia foram sempre
norteadas pelos critérios mencionados acima. A MT/MCA foi incluída no Plano de Atenção à
Saúde Comunitária Regional (2002-2004) e uma ampla estrutura para a proteção dos
consumidores e dos praticantes foi desenvolvida de acordo, graças a uma série de medidas
administrativas. O plano de cooperação de quatro anos entre a Organização Mundial da Saúde e o
Governo Regional da Lombardia para o uso e a avaliação da MT/MCA é a pedra angular para tal
processo. A promoção de diversos estudos clínicos e de observação no território regional deve
também ser considerada uma etapa importante para a avaliação da eficácia de procedimentos da
MT/MCA.
A qualidade da prática profissional depende, principalmente, da formação obtida pelo praticante.
Por esta razão, o Governo Regional da Lombardia apoiou o desenvolvimento das Diretrizes da
OMS sobre a Formação Básica e a Segurança em Quiropraxia que visam definir os requisitos para os
praticantes da quiropraxia. O processo de desenvolvimento destas diretrizes incluiu a Reunião de
Consulta da OMS, realizada em Milão em dezembro de 2004, que reuniu peritos, autoridades
nacionais e as organizações profissionais de todo o mundo. Uma das conclusões desta Reunião de
Consulta foi que as Diretrizes eram apropriadas como recursos, não somente para a região da
Lombardia, como também para várias situações em países ao redor do mundo. Tendo isto em
mente, este documento deve ser considerado um ponto de referência importante para aqueles
dentre praticantes, autoridades políticas e administrativas, que desejam que a quiropraxia seja um
recurso seguro e eficaz para a saúde dos cidadãos e para qualquer ato referente à legalização e
regulamentação.
Alessandro Cè
Ministro Regional da Saúde
Governo Regional da Lombardia
Giancarlo Abelli
Ministro Regional da Solidariedade Social e Família
Governo Regional da Lombardia
II
Prefácio à edição em português
A Federação Mundial de Quiropraxia (WFC) representa as associações nacionais de quiropraxia
de 87 países, incluindo a Associação Portuguesa de Quiropraxia (APQ) em Portugal e a
Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ) no Brasil, que tem o privilégio de representar
oficialmente a profissão como uma organização não governamental (ONG), junto a OMS, desde
1997.
Na medida em que a profissão de quiropraxia se torna cada vez mais estabelecida
internacionalmente, como tem ocorrido nestas duas últimas décadas, e com melhores evidências
clínicas de pesquisa que apóiam a segurança e a eficiência do tratamento quiroprático, a
exploração comercial da educação em quiropraxia e sua prática clínica feita por profissionais não
qualificados, tem se tornado um problema difícil, tanto para o público, como para as autoridades
governamentais, em vários países onde a profissão ainda não é regulamentada por lei.
A WFC teve a honra de trabalhar desde o início, com a OMS no desenvolvimento deste projeto
das Diretrizes, o qual a OMS está publicando em três das suas línguas oficiais - Inglês, Francês e
Espanhol. A WFC tomou a iniciativa de incentivar a tradução e publicação destas Diretrizes em
diversas línguas, tendo em vista o valor potencial significativo que estas Diretrizes terão junto às
autoridades governamentais, não só para fornecer um entendimento da profissão de Quiropraxia,
mas como também, para fornecer os requerimentos educacionais mínimos necessários para que
todos os estudantes possam ter uma prática clínica segura e eficiente.
Para realização dessa publicação em português, a WFC trabalhou em colaboração com seus
membros associados do Brasil e de Portugal e com a Associação Pró-ensino Superior (Aspeur) e
Centro Universitário Feevale, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, que tem um dos dois
programas de quiropraxia no Brasil, aprovados pelo Ministério de Educação. A Aspeur - Centro
Universitário Feevale foi quem, generosamente, proporcionou os meios financeiros para a
tradução e publicação em português. Queremos registrar aqui o nosso agradecimento especial ao
Sr. Argemi Machado de Oliveira, presidente da Aspeur, Professor Ramon Fernandes da Cunha,
Reitor da Feevale, Professor Ricardo Fujikawa, Presidente da ABQ e Dr. Antonio Alves,
Presidente da APQ.
Gerard Clum, DC
Presidente da WFC
World Federation of Chiropractic - Federação Mundial de Quiropraxia
III
Introdução
Introdução
A Quiropraxia é uma das modalidades mais popularmente utilizadas de terapia manual.
Atualmente é exercida mundialmente e regulamentada por lei em cerca de 40 jurisdições
nacionais.
Como um serviço de assistência à saúde, a Quiropraxia oferece uma abordagem conservadora e,
embora requeira profissionais habilidosos, ela nem sempre necessita de equipe auxiliar, desta
forma gerando custos adicionais mínimos. Conseqüentemente, um dos benefícios da
Quiropraxia reside principalmente no fato de que ela oferece potencial para uma abordagem
custo-eficaz de desordens músculo-esqueléticas. (1, 2, 3).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva e apoia os países na utilização adequada de
medicamentos, produtos e práticas nos serviços de saúde nacionais que sejam seguros e eficazes.
À luz do que foi exposto acima, há a necessidade de se desenvolver diretrizes para a Quiropraxia
referentes à formação educacional e segurança no exercício, incluindo informações a respeito das
contraindicações para tal serviço.
A regulamentação do exercício da Quiropraxia varia consideravelmente de um país para o outro.
Em alguns países, como por exemplo, nos Estados Unidos da América, Canadá e alguns países
europeus, a quiropraxia goza de reconhecimento legal e possui o estabelecimento de grau
acadêmico no ensino superior. Nestes países, a profissão é regulamentada e as qualificações
educacionais estipuladas são geralmente consistentes, satisfazendo às exigências dos respectivos
orgãos de credenciamento.
Entretanto, muitos países ainda não desenvolveram a formação educacional da Quiropraxia nem
estabeleceram leis que regulamentem o exercício profissional qualificado da Quiropraxia.
Adicionalmente, em alguns países, outros profissionais da saúde qualificados e praticantes leigos
podem se utilizar de técnicas de manipulação da coluna vertebral e reivindicar que fornecem
serviços de quiropraxia, embora não tenham recebido formação quiroprática em um programa
reconhecido oficialmente.
Com o rápido crescimento da demanda por serviços quiropráticos, é possível que outros
profissionais de saúde desejem obter qualificações adicionais nesta área. Os Programas de
Conversão foram desenvolvidos para permitir que indivíduos com formação básica adequada nas
ciências médicas pudessem adquirir o conhecimento e as habilidades necessárias adicionais para
se tornarem quiropraxistas e, para que estes programas, pudessem ser expandidos. Tais
programas devem ser flexíveis com a finalidade de levar em consideração as distintas formações
educacionais e treinamento prévio nas ciências médicas.
Nos países onde atualmente inexiste legislação alguma regulamentando o exercício profissional,
pode não haver uma estrutura educacional, profissional ou legal que controle o exercício da
Quiropraxia. Os requisitos educionais mínimos para o encorajamento dos praticantes para serem
registrados e para a proteção dos pacientes encontra-se delineados neste documento. O
reconhecimento e a implementação destes requisitos mínimos dependerá das situações
individuais do país.
1
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
Em alguns países com limitações educacionais, falta de recursos financeiros ou integração
insatisfatória de comunidades indígenas na sociedade dominante, os agentes de atenção primária à
saúde, especificamente treinados em mioterapia podem contribuir para melhorar os serviços de
saúde. Tal cenário pode também servir de base para a introdução de alguns princípios
quiropráticos no cuidado à saúde e de intervenções terapêuticas dentro dos sistemas nacionais da
saúde que, de outra maneira, seriam indisponíveis no gerenciamento de condições músculoesqueléticas comuns e para a optimização da saúde. Tais programas estão identificados na parte 1,
seção 9 abaixo.
Objetivos
Com a finalidade de facilitar o exercício seguro e qualificado da Quiropraxia, bem como a
proteção de pacientes e do público, os objetivos destas Diretrizes são:
- fornecer as exigências mínimas para a educação quiroprática
- servir como referência para as autoridades nacionais no estabelecimento de um sistema de
regulamentação e avaliação para o exercício qualificado da Quiropraxia
- revisar as contra-indicações com a finalidade de minimizar o risco de acidentes, fazer
recomendações no gerenciamento de complicações advindas do tratamento e para promover o
exercício seguro da Quiropraxia.
Como utilizar este documento
A primeira parte das Diretrizes abrange as exigências básicas para os diferentes programas de
formação, cada um projetado para capacitar os candidatos com antecedentes acadêmicos
diversos, incluindo indivíduos sem formação nas ciências médicas, profissionais médicos que
desejam utilizar técnicas quiropráticas e profissionais de atenção primária à saúde. Esta parte
fornece uma referência para o estabelecimento de vários programas educacionais,
particularmente em situações onde nenhum grau educacional formal foi estabelecido. Se as
autoridades dos serviços nacionais de saúde necessitarem avaliar o programa educacional, podem
consultar o Conselho Internacional de Educação em Quiropraxia (CCEI - www.cceintl.org). Esta
organização não funciona como uma agência que oficialmente reconhece os programas, mas
promove o entendimento da variabilidade entre órgãos oficiais de reconhecimento através do
diálogo e comunicação.
Um sistema de avaliação e regulamentação pode ser estabelecido ou adaptado baseado neste
programa educacional para assegurar a competência dos candidatos e para evitar o exercício da
quiropraxia por indivíduos sem qualificação. Espera-se que isto deterá a exploração comercial da
educação e do exercício profissional da Quiropraxia, que é um problema relevante e que vem
crescendo em alguns países.
A segunda parte das Diretrizes abrange a segurança da terapia manipulativa da coluna vertebral e
das contra-indicações para o uso da mesma.
Dra. Xiaorui Zhang
Coordenadora, Medicina Tradicional
Departamento de Cooperação Técnica
para Medicamentos Essenciais e Medicina Tradicional
Organização Mundial da Saúde
2
Glossário
Glossário
Os termos utilizados nestas Diretrizes estão definidos abaixo:
Ajustamento/ajuste
Qualquer procedimento terapêutico quiroprático que se utiliza de força controlada, alavanca,
direção, amplitude e velocidade, o qual é aplicado em articulações específicas e nos tecidos
adjacentes. Os quiropraxistas usualmente se utilizam tais procedimentos para causar influência
nas funções articulares e neurofisiológicas.
Biomecânica
O estudo dos aspectos estruturais, funcionais e mecânicos do movimento humano. Refere-se,
principalmente, às forças externas de natureza estática ou dinâmica que lidam com tal movimento.
Quiropraxia/Quiroprática ¹
Uma profissão da saúde que lida com o diagnóstico, o tratamento e a prevenção das desordens do
sistema neuro-musculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral. Há uma
ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com um enfoque
particular nas subluxações.
Fixação
O estado no qual uma articulação torna-se inteiramente ou parcialmente imobilizada em uma
determinada posição, restringindo o movimento fisiológico.
Manipulação articular
Um procedimento manual que aplica um impulso dirigido para mover uma articulação além da
sua amplitude fisiológica de movimento, sem ultrapassar o limite anatômico.
Mobilização articular
Um procedimento manual sem impulso, no qual uma articulação normalmente permanece
dentro de sua amplitude fisiológica do movimento.
Neuro-musculo-esquelético
Referente aos sistemas nervoso e músculo-esquelético em relação às desordens que se
manifestam em ambos os sistemas, incluindo desordens de natureza biomecânica ou funcional.
¹ O termo original em inglês é Chiropractic, derivado do grego χειρός (cheiros) = mão e πραξις (práxis) = ato, função. No Brasil,
emprega-se o termo Quiropraxia. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (4ª. edição 2004 - Academia Brasileira de
Letras) inclui tanto o vocábulo Quiropraxia como o vocábulo Quiroprática. Em Portugal, emprega-se o termo Quiroprática.
3
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
Palpação
(1) o ato de sentir com as mãos. (2) Aplicação de pressão manual variável sobre a superfície do
corpo com a finalidade de determinar a forma, o tamanho, a consistência, a posição, o mobilidade
intrínseca e a condição dos tecidos abaixo.
Postura
(1) o posicionamento do corpo. (2) a disposição relativa das partes do corpo. A boa postura é o
estado de equilíbrio esquelético e muscular que protege as estruturas de suporte do corpo contra
lesões ou deformidade progressiva desconsiderando o posicionamento (ortostático, decúbito,
cócoras, inclinado) no qual as estruturas estão em atividade ou repouso.
Terapia manipulativa da coluna vertebral
Inclui todos os procedimentos nos quais as mãos ou instrumentos mecânicos são utilizados para
mobilizar, ajustar, manipular, aplicar tração, massagem, estimular ou influenciar de outra forma os
tecidos paraespinhais e a coluna vertebral com o propósito de influenciar a saúde do paciente.
Subluxação ²
Uma lesão ou disfunção em uma articulação ou unidade motora no qual o alinhamento,
movimento, integridade e/ou função fisiológica estão alterados, embora o contato entre as
superfícies articulares permaneça intacto. Constitue-se numa entidade essencialmente funcional,
a qual pode influenciar a integridade neural e biomecânica.
Complexo de Subluxação (vertebral)
Modelo teórico e descritivo de uma disfunção motora segmentar, o qual incorpora a interação de
alterações patológicas em tecidos nervosos, musculares, ligamentosos, vasculares e conectivos.
“Thrust” ³
A aplicação manual súbita de uma força direcional controlada sobre uma parte apropriada do
corpo, cuja aplicação gera o ajuste/ajustamento.
² Esta definição é diferente da definição médica vigente, na qual a subluxação é um deslocamento estrutural significativo e,
portanto, visualizado em exames de imagem estática.
³ Embora a tradução mais adequada para este vocábulo inglês seja o termo impulso, o termo thrust ainda persiste como um
anglicismo utilizado por muitos falantes da língua portuguesa.
4
Formação básica em Quiropraxia
Parte 1: Formação básica em Quiropraxia
1. Considerações gerais
1.1
Informação histórica
Embora a manipulação da coluna se remonte aos tempos de Hipócrates e médicos da Grécia
antiga (4), a descoberta da Quiropraxia é atribuída a D.D. Palmer em 1895 (5), com a primeira
escola para a formação de quiropraxistas iniciada na cidade de Davenport, estado de Iowa, nos
Estados Unidos da América em 1897 (6).
Palmer desenvolveu a Teoria da Quiropraxia e seu método inspirando-se em diversas fontes,
incluindo a manipulação médica, bonesetting4 e a osteopatia, como também incorporou aspectos
originais desenvolvidos por ele mesmo. O termo "Quiropraxia", derivado de duas raízes gregas
que significam "feito com as mãos", se atribui a Palmer e lhe foi dado por um paciente, o
Reverendo Samuel H. Weed (7).
A Quiropraxia desenvolveu nos Estados Unidos da América durante um período de reformas
significativas na formação médica e no exercício profissional. Nesta época havia uma grande
variedade de opções do tratamento, tanto dentro da medicina convencional, como entre outras
inúmeras abordagens alternativas no cuidado da saúde (8).
1.2
Filosofia e Fundamentos da Quiropraxia
A Quiropraxia é uma profissão da saúde que lida com o diagnóstico, o tratamento e a prevenção
das desordens do sistema neuro-musculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em
geral. Há uma ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com
um enfoque particular nas subluxações.
4
O termo bonestting refere-se à prática de manipulação articular exercida por leigos e cujo aprendizado era empírico e passado de
geração em geração. Nos países de língua espanhola, o termo para estes profissionais é hueseros (osseiros).
5
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
Os conceitos e os princípios que distinguem e diferenciam a filosofia da Quiropraxia de outras
profissões de saúde são de grande importância para a maioria dos quiropraxistas e influenciam
profundamente a atitude e a abordagem destes em relação à atenção à saúde.
As maiorias dos que exercem a profissão sustentam que a filosofia da Quiropraxia inclui conceitos
tais como holismo, vitalismo, naturalismo, conservadorismo, racionalismo crítico, humanismo e
ética, não se limitando a apenas estes. (9).
A relação entre a estrutura, particularmente a coluna vertebral e o sistema músculo-esquelético, e
a função, especialmente coordenadas pelo sistema nervoso, constitue a essência da Quiropraxia e
o seu enfoque para a restauração e preservação da saúde (9, 10:167).
Hipoteticamente, conseqüências neurofisiológicas significativas podem ocorrer como resultado
de distúrbios funcionais mecânicos da coluna vertebral, descritos pelos quiropraxistas através do
termo subluxação ou complexo de subluxação vertebral.
(9, 10:169-170, 11).
O exercício da Quiropraxia enfatiza o tratamento conservador do sistema neuro-músculoesquelético, sem o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. (10:169-170, 11). Causas e
conseqüencias biopsicossociais também são fatores significativos na abordagem do paciente.
1.3
Considerações administrativas e acadêmicas
A formação dos quiropraxistas envolve certas considerações administrativas e acadêmicas tais
como:
 Quem poderia receber a formação?
 Qual seriam o papel e as responsabilidades do profissional?
 Que nível educacional se faria necessário?
 Onde seria fornecida tal formação e por quem ela seria adminstrada?
 Os programas apropriados teriam que começar do zero, ou cursos já existentes e abaixo
do padrão poderiam ser fortalecidos ou apropriadamente modificados?
 Haveria educadores qualificados no ensino da Quiropraxia disponíveis ou estes teriam
que ser capacitados?
 Quais seriam os mecanismos para o reconhecimento oficial dos profissionais, programas,
educadores e instituições de ensino?
1.4
Acompanhamento e avaliação
Para que haja o exercício profissional qualificado e a utilização adequada da Quiropraxia, sistemas
se fazem necessários para monitorizar a profissão, o exercício, e a educação e capacitação dos
profissionais.
A maioria dos países que regulamentam a profissão, o fazem através da utilização de exames de
proficiência de âmbito nacional, regional, estadual ou provincial. Como alterantiva, autoridades
da saúde podem delegar às associações profissionais o direito de se auto-regulamentarem e de
assegurarem a competência dos indivíduos.
Como foi o caso em alguns países ou regiões no passado, antes de efetivar o reconhecimento legal
da Quiropraxia, um governo pode preferir avaliar os impactos positivos e negativos da inclusão da
Quiropraxia no sistema de saúde vigente. (12, 13, 14, 15, 16, 17).
6
Formação básica em Quiropraxia
1.5
Formação adicional e possibilidades profissionais
Reconhece-se que, como uma medida provisória antes do estabelecimento de um programa
educacional pleno de quiropraxia, talvez haja a necessidade do estabelecimento de programas
"limitados" para suplementar a educação nas ciências da saúde já existente, com a finalidade de dar
início ao licenciamento de quiropraxistas nestes países e, assim, garantir o exercício profissional
qualificado da Quiropraxia. A forma como os países irão reconhecer os quiropraxistas de
formação “limitada” irá variar de acordo com a situação individual de cada país.
Os indivíduos que atuam como “quiropraxistas", e que possuam formação limitada ou nenhuma
educação formal em quiropraxia, deverão complementar suas formações para cumprirem com as
exigências estabelecidas pelo seu governo quando da efetivação da regulamentação profissional.
Desta maneira, este grupo pode ser incorporado efetivamente na força de trabalho profissional
do país.
2. Níveis aceitáveis de
educação e capacitação
Fazendo um apanhado de vários programas de formação em diferentes países, estas Diretrizes
fazem referência a dois níveis e quatro modalidades diferentes de educação quiroprática, cada qual
preparando profissionais da saúde a atuarem como quiropraxistas no sistema de saúde. Estas
opções foram disponibilizadas aos países para satisfazer as necessidades individuais de cada país
2.1
Categoria I - educação plena em quiropraxia
 Para estudantes sem nenhuma formação, nem experiência prévia nas ciências da saúde.

2.2
Como formação suplementar exigida para médicos e determinados profissionais da saúde
no intuito de adquirirem qualificação reconhecida como quiropraxista
Categoria II - educação limitada em quiropraxia
 Um programa de capacitação limitada, destinada a médicos e outros profissionais
da saúde adequados, para os países ou regiões onde não existe legislação alguma que
regulamente o exercício da profissão e onde deseja-se introduzir a Quiropraxia; este
programa não qualifica plenamente o indivíduo.
Tal formação deve ser conduzida como uma medida temporária para o estabelecimento da
Quiropraxia e/ou como primeiro estágio para o desenvolvimento de um programa educacional
quiroprático pleno. Esta formação é estabelecida como exigência mínima para licenciamento;
cursos dentro desta modalidade deverão ser substituídos por programas educacionais plenos tão
logo seja possível fazê-los.
 Formação exigida para se obter um nível mínimo aceitável de competência para
candidatos que representam prestadores de atendimento quiroprático em países ou regiões
sem regulamentação, mas com a intenção de se introduzir uma legislação para controle do
exercício da Quiropraxia.
7
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
Esta modalidade não conduz a qualificação plena, mas sim a um padrão para licenciamento
mínimo. Cursos dentro desta modalidade constituem-se numa medida temporária e deverão ser
substituídos por programas educacionais plenos apropriados tão logo seja possível fazê-los.
3. Modelos de
educação em Quiropraxia
3.1
Categoria I (A)
Os seguintes modelos apresentam pequenas variações; entretanto, no geral, há três vias
educacionais principais que envolvem a educação em tempo integral:
 Um programa de quatro anos, tempo integral dentro de faculdades ou universidades
especificamente designadas, após 1-4 anos de conclusão de formação pré-quiroprática
adequada em Ciências Básicas em nível superior. Como exemplo, veja o Anexo 2.
 Um programa de graduação em quiropraxia, de cinco anos de bacharelado integrado,
oferecido por universidade pública ou privada, com o ingresso do candidato baseado no seu
estado de matrícula, requisitos para admissão na universidade e restrição de cotas.
 Um programa de Mestrado Profissionalizante de 2-3 anos após a conclusão satisfatória de
um programa de bacharelado designado específico em quiropraxia ou uma graduação
adequadamente adaptada das ciências da saúde.
3.2
Categoria I(B)
Programas para indivíduos com formação educacional prévia em medicina ou outros
profissionais da área de saúde. Tais cursos podem variar em duração e disciplinas exigidas,
dependendo da formação educacional prévia do candidato. Como exemplo, veja o Anexo 3.
3.3
Categoria II(A)
Os Programas de Conversão, para pessoas com formação prévia em medicina ou outros
profissionais da saúde com o intuito de obter qualificação educacional "limitada" em quiropraxia,
devem ser convenientemente estruturados, em modalidade de tempo não-integral, satisfazendo
todos as exigências mínimas, embora não conduzindo à qualificação plena. Como exemplo, veja o
Anexo 4.
3.4
Categoria II(B)
Nestes programas, a duração e conteúdo do curso podem também variar amplamente
dependendo da formação e da experiência prévia do candidato. Na conclusão destes programas,
os estudantes terão completado as exigências de um primeiro programa ao nível de bacheralado
em quiropraxia, através de um curso de regime de tempo não-integral, e adquirido o
conhecimento e as habilidades necessárias para prestar atendimento quiroprático de forma
segura, mesmo que o atendimento seja básico. Tais cursos não conduzem a uma qualificação plena
em quiropraxia. Como exemplo, veja o Anexo 5.
8
Formação básica em Quiropraxia
4. Educação Plena em
Quiropraxia - Categoria I(A)
Dentro desta categoria estão os programas de formação para indivíduos sem educação prévia em
medicina ou em outras áreas da saúde.
4.1
Objetivo
O objetivo desta categoria é proporcionar uma formação que seja consistente com as exigências
estabelecidas naqueles países onde há regulamentação oficial presente. Uma vez obtida esta
formção, os quiropraxistas atuam como profissionais de atenção primária à saúde, querem seja de
maneira independente ou como parte das equipes de saúde, a nível comunitário dentro de centros
de saúde ou hospitais.
4.2
Requisitos para ingresso
O candidato, para ser aceito, deverá ter concluído o ensino médio, passado o exame de entrada na
universidade ou seu equivalente com formação apropriada em Ciências Básicas, como exigidos
pelo programa em questão.
4.3
Formação básica
Independente do modelo de educação utilizado, para aqueles indivíduos sem formação ou
experiência prévia relacionada à área de saúde, são exigidos um mínimo de 4.200 horas de contato
entre estudante e professor ou o equivalente, distribuídos em quatro anos de formação de tempo
integral. Isto inclui um mínimo de 1.000 horas de estágio clínico supervisionado.
4.4
Currículo Nuclear
4.4.1 Objetivos educacionais
A competência no exercício da quiropraxia requer a obtenção de habilidades psicomotoras,
hábitos, atitudes, compreensão e conhecimento relevantes. O currículo e o processo de avaliação
do acadêmico devem ser criados para assegurar que o egresso da graduação em quiropraxia
demonstre as seguintes competências:
Ele/ela deve possuir entendimento pormenorizado e amplo domínio de suas habilidades
e dos saberes que constituem a base da quiropraxia em seu papel como profissão da saúde,
que compreendem:
 Obter conhecimento básico das ciências da saúde, com uma ênfase especial nas áreas
relacionadas à subluxação vertebral e aos sistemas neuromúsculoesqueléticos;

Obter conhecimento teórico detalhado da biomecânica do sistema locomotor humano
tanto da função normal como patológica e, em especial, possuir a habilidade clínica
necessária para uma avaliação específica da biomecânica da coluna vertebral;

Reconhecer a história da quiropraxia e seu paradigma sui generis na atenção à saúde;
9
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia

Obter um nível da destreza e de perícia nos procedimentos manipulativos enfatizando a
manipulação/ ajuste da coluna vertebral, imprecindível dentro do campo da quiropraxia;

Ter a capacidade de decidir se o paciente possui as condições necessárias para ser tratado
através da quiropraxia, com segurança e apropriadamente, ou deveria ser encaminhado a
um outro profissional ou estabelecimento de saúde para ser atendido de forma
independente ou interdisciplinarmente com sua colaboração.
Ele/ela deve atuar num nível clínico esperado de um profissioanl da saúde de primeiro
contato, que inclui:
 Realizar competentemente os diagnósticos diferenciais das queixas apresentadas pelos
pacientes;

Adquirir habilidade particulamente em diagnóstico por imagens, ortopedia, tratamento
da dor e na reabilitação do sistema neuromúsculoesquelético e/ou no diagnóstico e
tratamento da subluxação vertebral;

Obter competência na interpretação clínica dos exames laboratoriais;

Adquirir a habilidade de avaliar de forma crítica o conhecimento clínico e científico;

Compreender e aplicar na prática as informações médico-científicos fundamentais; ser
capaz de consultar com e/ou encaminhar para outros profissionais da saúde;

Comumente possuir o conhecimento e a habilidade necessária para servir e comunicar-se
com o público de maneira eficiente e segura.
Ele/ela deve ser capaz de:
 aplicar o conhecimento científico fundamental do corpo humano;
10

compreender a natureza normal e patológica da biomecânica e da postura, assim como a
fisiopatologia do sistema neuromúsculoesquelético e de sua relação com outras estruturas
anatômicas;

estabelecer uma relação satisfatória com os pacientes;

obter, registrar e poder comunicar as informações clínicas;

interpretar com precisão os resultados de exames laboratorias e do diagnóstico por
imagens do sistema neuromúsculoesquelético;

estabelecer um diagnóstico clínico correto;

assumir a responsabilidade do bem-estar do paciente;

aplicar julgamento clínico correto na escolha da terapêutica adequada;

proporcionar tratamento adequado;

prestar uma assistência à saúde continuada de forma competente ;

comprender a aplicabilidade de métodos e técnicas atualizadas no cuidado à saúde;

aceitar as responsabilidades próprias do quiropraxista;

prezar a habilidade e o escopo de prática da quiropraxia e das demais profissões da saúde
para a facilitação da cooperação e respeito intra e interdisciplinas;
Formação básica em Quiropraxia

selecionar temas para a pesquisa, criar projetos simples de pesquisa, apreciar de formar
crítica os estudos clínicos e participar de programas de pesquisa multidisciplinares;

comprometer-se à necessidade de aprendizado vitalício e desenvolvimento profissional
contínuo.
4.4.2 Os componentes das Ciências Básicas
Os programas reconhecidos oficialmente tanto requerem disciplinas das Ciências Básicas como
pré-requisitos ou incluem créditos necessários de química, física e biologia no primeiro ano do
currículo.
4.4.3 Os componentes das Ciências Pré-clínicas (Aplicadas)
As disciplinas pré-clínicas inclusas nos cursos de quiropraxia geralmente são:
Anatomia, Fisiologia, Bioquímica, Patologia, Microbiologia, Farmacologia e Toxicologia,
Psicologia, Dietética e Nutrição e Saúde Pública.
4.4.4 Os components de Ciências Clínicas
Os componentes de ciências clínica incluiriam ou cobririam:
Exame clínico (anamnese e exame físico), exames laboratoriais, diagnóstico diferencial,
radiologia, neurologia, reumatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ortopedia, pediatria
básica, geriatria básica, ginecologia e obstetricia básica e dermatologia básica.
4.4.5 Ciências Quiropráticas e disciplinas adicionais
Em geral incluem:
 Neurologia aplicada e Ortopedia aplicada;

Biomecânica clínica, incluindo avaliação específica biomecânica/quiroprática
do paciente incluindo métodos tais como:
o Análise da marcha e da postura;
o Palpação estática e dinâmica das articulações e estruturas ósseas;
o Avaliação do tonus e da função dos tecidos moles;
o Diagnóstico por imagens e análise;

História, princípios e filosofia da saúde, pertinentes à quiropraxia;

Ética e jurisprudência relacionada à prática da quiropraxia;

Estudo dos antecedentes históricos da medicina tradicional e
complementar/alternativa na assistência à saúde.
11
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
4.4.6 Intervenções terapêuticas com relação ao paciente
Incluem:
 Procedimentos manuais, especialmente do ajustamento e manipulação da coluna
vertebral, outros tipos de manipulação e mobilização articular e técnicas reflexas e de
partes moles;

Exercícios, programas de reabilitação e outras formas de cuidado ativo;

Aspectos psicossociais do cuidado ao paciente;

Educação do paciente sobre os cuidados com a sua coluna vertebral, postura, nutrição e
outras mudanças no estilo de vida;

Tratamentos emergenciais e procedimentos de manuseio na dor aguda, conforme
indicação clínica;

Outras medidas de apoio às quais podem incluir o uso de coletes e órteses;

Reconhecimento das contra-indicações e procedimentos de gerenciamento de risco, das
limitações do tratamento quiroprático e da necessidade de protocolos referentes ao
encaminhamento de pacientes a outros profissionais da saúde.
4.4.7 Documentação e arquivamento de informações clínicas
Incluem:
 Registro das queixas principais, antecedentes de saúde, achados do exame físico,
avaliação, diagnóstico e planejamento terapêutico;

Documentação minuciosa de cada encontro com o paciente;

Achados da reavaliação e documentação de qualquer modificação na conduta;

Prezar pelas questões ligadas ao sigilo profissional e privacidade;

Obrigações relacionadas ao consentimento informado;

Informação para fins legais e de seguros de saúde.
4.4.8 Pesquisa
Compreende:
 Metodologia básica de pesquisa e bioestatística;
12

Interpretação dos protocolos e dos procedimentos baseados em evidência e princípios da
melhor prática;

Uma abordagem epidemiológica à documentação clínica, incentivo à documentação de
estudos de casos e participação em projetos de pesquisa de campo;

Desenvolvimento de uma abordagem crítica racional na tomada de decisão clínica e
consideração de artigos publicados e diretrizes clínicas relevantes;

Desenvolvimento de habilidades necessárias para manter-se atualizado dentro da
literatura e pesquisas recentes.
Formação básica em Quiropraxia
5. Educação plena em
Quiropraxia - Categoria I (B)
A educação quiroprática plena, incluindo requesitos de ingresso, geralmente requer de quatro a
sete anos de estudo em ensino superior em período integral. O currículo inclui disciplinas das
ciências básicas e clínicas de duração e conteúdo similar ao encontrado na formação médica.
Médicos e outros profissionais da saúde podem completar as exigências para obtenção de uma
formação acadêmica plena em quiropraxia num período de tempo menor devido ao
aproveitamento de créditos obtidos na formação prévia
5.1
Objetivo
O objetivo de um programa educacional deste tipo é possibilitar que determinados profissionais
da saúde possam se qualificar como quiropraxistas.
5.2
Cursos especiais
Tais programas podem ser de tempo integral ou parcial, dependendo da experiência educacional e
das circunstâncias do grupo de candidatos. Os programas são estabelecidos de modo que possam
cobrir disciplinas não cursadas na formação em saúde prévia. Isto incluiria as disciplinas
específicas da quiropraxia e as disciplinas das ciências médicas cujo conteúdo é inadequado para
as exigências da formação quiroprática.
5.3
Formação básica
A duração da formação depende dos créditos recebidos na formação educacional e experiências
prévias, contudo não deverá ser inferior a 2.200 horas distribuídas em 2 ou três anos em
programas de período integral ou parcial, incluindo não menos que 1.000 horas de experiência
clínica supervisionada.
6. Educação limitada em
Quiropraxia - Categoria II (A)
Em alguns países, não é exeqüível adotar os modelos delineados na Categoria I, especialmente
quando a formação acadêmica quiroprática é introduzida pela primeira vez e onde existe um
significante número de estudantes que possuem experiência e educação médica prévia ou em
outra profissão da saúde. Como já tem sido executado em determinadas jurisdições, tais
candidatos podem obter habilidades clínicas básicas para render serviços quiropráticos através de
um curso suplementar mais limitado, em período integral ou parcial, dependendo da extensão de
suas formações prévias.
Esta abordagem deveria ser utilizada como medida temporária com a finalidade de estabelecer a
disponibilidade de serviços quiropráticos. Um programa educacional pleno em Quiropraxia para
candidatos que escolhem a Quiropraxia como sua profissão primária deve ser implementada tão
logo seja possível fazê-lo.
13
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
6.1
Objetivo
O objetivo deste programa educacional é qualificar profissionais da saúde apropriados e
disponíveis para o exercício da quiropraxia dentro do sistema de saúde.
Este tipo de programa poderia ser desenvolvido para facilitar a introdução antecipada da
quiropraxia num nível eficazmente aceitável e seguro.
Os programas deste tipo devem consistentemente considerar a importância de ter um programa
oficialmente reconhecido de quiropraxia como parceiro colaborador com a finalidade de fornecer
orientação educacional.
6.2
Cursos especiais
O programa é projetado para cobrir as disciplinas que são importantes para a o exercício da
quiropraxia e que não foram abordados de maneira apropriada na formação em saúde prévia.
Os cursos de período de tempo parcial foram projetados para atender as necessidades dos
profissionais que desejam manter seu emprego atual e para conceder os créditos apropriados aos
indivíduos, de acordo com o seu nível de formação de saúde. Como um exemplo, veja o anexo 4.
6.3
Formação básica
Embora dependa dos recursos humanos disponíveis para a atenção à saúde, as exigências de
ingresso seriam normalmente a conclusão da formação como profissional da saúde de nível
superior.
A duração da formação não deve ser inferior a 1.800 horas em dois ou três anos, em programas de
tempo integral ou parcial, incluindo um mínimo de 1.000 horas de experiência clínica
supervisionada.
7. Educação limitada em
Quiropraxia - Categoria II(B)
Esta modalidade aplica-se aos indivíduos com formação limitada, os quais se identificam como
“quiropraxistas”, no intuito de cumprir as exigências mínimas para o exercício profissional
seguro. Em muitos países, não há exigências para o mínimo de educação quiroprática necessária.
Isto leva ao exercício não-habilitado da quiropraxia, que é indesejável do ponto de vista de
segurança para o paciente. Tais programas preparam os candidatos a cumprirem as exigências
mínimas para o exercício profissional seguro da Quiropraxia.
7.1
Objetivo
Ampliar o conhecimento e as habilidades dos profissionais existentes que utilizam alguma forma
de quiropraxia, com a finalidade de garantir a segurança pública e a cessão de serviços
quiropráticos adequados. Esta abordagem deveria ser empregada somente como uma medida
temporária.
14
Formação básica em Quiropraxia
7.2
Cursos especiais
Como a formação pré-existente dos profissionais varia amplamente, assim também variam os
modelos educacionais adotados para abordar situações como esta. A experiência adquirida sugere
que o desenvolvimento dos cursos pode requerer estudos específicos para avaliar as necessidades.
O exemplo demonstrado no anexo 5 é de um programa básico de três anos de duração em tempo
parcial, projetado para cumprir ou até exceder as exigências mínimas. Os candidatos inscritos
recebem os créditos ou as considerações baseados em sua formação prévia ou qualificações
existentes. As exigências para ingresso a tais programas têm sido a conclusão de um programa
qualificado local e um período adequado de experiência clínica, em geral 2-3 anos.
Programas deste tipo deveriam considerar muito o valor de ter um programa reconhecido
oficialmente como parceiro colaborador com a finalidade de fornecer orientação educacional.
7.3
Formação básica
A duração da formação não deve ser inferior a 2.500 horas em um programa de tempo integral ou
parcial, incluindo um mínimo de 1.000 horas da experiência clínica supervisionada. Como
exemplo, veja o anexo 5.
8. Avaliação e examinação
dos estudantes de quiropraxia
Com a finalidade de garantir a segurança do paciente e o exercício profissional qualificado da
quiropraxia, um sistema de avaliação independente e de licenciamento é necessário. Por ocasião
da conclusão final da formação acadêmica, o conhecimento teórico e a competência clínica do
egresso deve ser avaliada de maneira independente através de exames oficiais.
O desenvolvimento profissional continuado deve ser encorajado para fins de manutenção da
licença.
9. A Quiropraxia e os agentes
de atenção primária à saúde
9.1
Agentes de atenção primária à saúde - mioterapeutas
Alguns quiropraxistas, individualmente, desenvolveram cursos de capacitação em situações
multidisciplinares, com programas que satisfazem as exigências nacionais. Estes cursos
apresentam técnicas músculoesqueléticas básicas de tecidos moles, massagens e outras práticas
terapêuticas para enfermeiras nativas, agentes comunitários de saúde, os quais aplicam princípios
de atendimento quiroprático e tratamentos básicos sem o emprego de técnicas de manipulação da
coluna vertebral. Tal formação deve ser sensível para com a cultura local existente e as questões
étnicas, devendo explorar e acolher, onde possível, as práticas tradicionais locais.
Determinadas técnicas para alívio a dor e que lidam com a disfunção músculoesquelética, assim
como o tratamento pertinente dos fatores músculoesqueléticos susceptíveis de modificação,
podem ser ensinadas aos agentes de atenção primária à saúde, principalmente aos agentes de
15
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
saúde comunitários, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nas
áreas rurais ou remotas (18).
Tais agentes podem desempenhar um papel valioso na educação de saúde da comunidade de
muitas maneiras; estas incluem aconselhamento para atitudes saudáveis de vida, prevenção de
desordens músculoesqueléticas e outros tópicos de saúde pública.
9.2
Objetivos
O objetivo de tais cursos é criar uma categoria de agente de atenção primária à saúde para que
proporcione um primeiro nível de tratamento e de educação em um ambiente comunitário como
complemento a outras medidas de assistência à saúde coletiva.
9.3
Composição do curso
Os cursos contêm uma combinação de unidades flexíveis optativas e obrigatórias que abordam
diversas competências para suprir os requisitos existentes in loco. Estes podem incluir:
 massagem terapêutica;

técnicas mioterápicas específicas;

aconselhamento sobre estilo de vida e saúde culturalmente apropriado;

abordagem dos fatores de risco músculoesqueléticos modificáveis, tal como a
manutenção do peso ideal e a prática de atividade física, a eliminação do consumo de
tabaco e a prevenção de lesões;

avaliação músculoesquelética;

técnicas de tratamento de “pontos-gatilho”;

técnicas de liberação miofascial;

técnicas de estimulação de tecido profundo;

técnicas de alongamento;

primeiros socorros para as lesões desportivas (incluindo as técnicas de bandagem e de
imobilização).
Está excluído deste programa de formação tanto o ajustamento quanto à manipulação articular.
As indicações que justificam este tipo de procedimento exigiriam a atenção de um quiropraxista
ou outro profissional devidamente qualificado.
9.4
Métodos e duração da formação
A formação envolve “oficinas”, demonstrações interativas, aplicações clínicas e tarefas.
Os programas de treinamento teriam uma duração (supervisionada) de, no mínimo, 300 horas.
16
Diretrizes sobre segurança em Quiropraxia
Parte 2: Diretrizes sobre
segurança em Quiropraxia
1. Introdução
Quando empregada de forma apropriada e competente, o cuidado de quiropraxia é seguro e
eficaz na prevenção e tratamento de vários problemas de saúde. Não obstante, há riscos e contraindicações sabidos com relação a protocolos manuais e outros tratamentos utilizados na prática
quiroprática.
Sendo que a está além da esfera destas Diretrizes revisar as diversas indicações do cuidado de
quiropraxia e as evidências na pesquisa que amparam tais indicações, esta parte revisará contraindicações aos procedimentos terapêuticos primários utilizados pelos quiropraxistas: técnicas de
ajuste, manipulação e mobilização, geralmente conhecidos como terapia manipulativa vertebral.
Oposto ao conceito que muitos possuem dentro da assistência à saúde, a Quiropraxia não é
sinônimo de aplicação de técnicas manuais manipulativas específicas, nem sendo limitada a isto. O
ajustamento/ajuste e diversas terapias manuais são componentes centrais das opções terapêuticas
dos quiropraxistas. Entretanto, a profissão sendo estabelecida como profissão de primeiro
contato no serviço de saúde, satisfaz as exigências educacionais e respeita as responsabilidades
associadas com tal status.
O exercício profissional da Quiropraxia envolve uma gama geral e específica de métodos
diagnósticos, tais como imaginologia do esqueleto, exames laboratoriais, exames ortopédicos e
neurológicos, assim como avaliações táteis e de inspeção. A conduta terapêutica envolve ajustes na
coluna vertebral e outras terapias manuais, exercícios reabilitativos, medidas de apoio e
complementares, educação do paciente e aconselhamento. O exercício da Quiropraxia enfatiza a
conduta conservadora do sistema neuromúsculoesquelético, sem a utilização de procedimentos
cirúrgicos ou uso de medicamentos.
2. Contra-indicações às terapias
manipulativas da coluna vertebral
A terapia manipulativa articular é o procedimento terapêutico básico utilizado pelos
quiropraxistas e, porque a manipulação articular envolve um movimento passivo vigoroso da
articulação além de seu limite ativo de movimento, os quiropraxistas devem identificar os fatores
de risco que contra-indiquem a manipulação ou a mobilização (19, 20, 21).
As manipulações podem ser classificadas em técnicas de alavanca longa inespecíficas e técnicas
específicas de alavanca curta, baixa amplitude e alta velocidade (a forma mais comum de ajuste
quiroprático) que movem a articulação através de sua amplitude ativa e passiva de movimento até
o espaço parafisiológico(22).
17
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
A mobilização é quando a articulação permanece dentro de uma amplitude passiva de movimento
e nenhum impulso (thrust) ou força repentina é aplicada.
As contra-indicações à terapia manipulativa vertebral vão desde uma não-indicação para tal
procedimento, onde a manipulação ou a mobilização possa não ter efeito benéfico, mas também
não teria um efeito nocivo, até uma contra-indicação absoluta, onde a manipulação ou
mobilização poderia causar risco de morte. Em muitas situações, a manipulação ou a mobilização
é contra-indicada em uma área, porém benéfica em outra (23). Por exemplo, a hipermobilidade
pode ser uma contra-indicação relativa à manipulação em uma área da coluna, embora isto possa
ser uma forma compensatória a uma restrição ao movimento em outra área, onde a manipulação
seria o tratamento da escolha (24, 25). É evidente que o escopo de atuação do quiropraxista
extende-se além da utilização de manipulação ou mobilização e inclui tração manual,
alongamento passivo, massagem, compressão isquêmica de pontos-gatilho e técnicas reflexas
destinadas à redução da dor e do espasmo muscular.
Para que a manipulação ou a mobilização da coluna vertebral sejam bem sucedidas, é necessário
aplicar uma força em áreas da coluna que se apresentam com rigidez ou hipomobilidade, evitando
áreas de instabilidade ou hipermobilidade (26).
Há um número de contra-indicações à manipulação e/ou mobilização articular, especialmente na
coluna vertebral, as quais já foram revisadas em diretrizes desenvolvidas pela profissão
quiroprática (27, 28) e na literatura quiroprática geral. Tais contraindicações podem ser absolutas,
onde qualquer aplicação de mobilização ou manipulação articular é inapropriada por submeter o
paciente a riscos desnecessários, ou relativos, onde o procedimento pode submeter o paciente a
risco desnecessário a menos que a contra-indicação relativa seja compreendida e o procedimento
seja modificado de maneira que o paciente não seja submetido a riscos desnecessários. Entretanto,
a terapia manipulativa vertebral, principalmente as técnicas de partes moles e de força reduzida,
podem ser efetuadas em outras áreas da coluna, dependendo da presença de lesão ou
enfermidade. Evidentemente, nos casos de contra-indicação relativa, as técnicas de partes moles e
de força reduzida constituem-se no tratamento de escolha, pois ambaspodem ser executadas de
maneira segura na maior parte das situações onde há contra-indicação relativa.
Encontram-se listadas, em primeiro lugar, as contra-indicações absolutas à terapia manipulativa
vertebral. As contra-indicações relativas e absolutas à terapia manipulativa vertebral encontramse também destacadas em relação às categorias de enfermidades.
2.1
Contra-indicações absolutas à Terapia Manipulativa
Vertebral
Deve-se ter ciência de que o propósito da Terapia Manipulativa Vertebral Quiroprática é corrigir a
disfunção ou a restrição articular, não necessariamente para influenciar as desordens
identificadas, que podem estar presentes coincidentemente em pacientes submetidos ao
tratamento por uma razão diversa. A maioria dos pacientes que apresentam estas condições,
necessitarão de encaminhamento para atendimento médico e/ou tratamento conjunto (33).
1. anomalias, tais como hiplopasia do processo odontóide, “os odontoideum” instável, etc
2. fratura aguda
3. tumor da medula espinhal
4. infecções agudas como osteomielites, discite séptica e tuberculose da coluna vertebral
5. tumores meníngeos
18
Diretrizes sobre segurança em Quiropraxia
6. hematomas, tanto da medula espinhal como intracanalicular
7. neoplasia malígna da coluna vertebral
8. herniação discal franca com sinais de déficit neurológico progressivo
9. invaginação basilar da coluna cervical alta
10. má-formação de Arnold-Chiari da coluna cervical alta
11. deslocamento vertebral
12. tipos agressivos de neoplasias benignas, como Cisto Ósseo Aneurismático, Tumor de Células
Gigantes, Osteoblastoma e Oteoma Osteóide
13. dispositivos de fixação e estabilização interna
14. neoplasias do tecido muscular ou de outros tecidos moles
15. sinal positivo de Kernig ou de Lhermitt
16. hipermobilidade generalizada congênita
17. sinais ou padrões de instabilidade
18. siringomielia
19. hidrocefalia de etiologia desconhecida
20. diastematomielia
21. Síndrome da Cauda Eqüina
NOTA: Nos casos de dispositivos de fixação ou de estabilização internos, nenhuma manipulação óssea pode ser
executada, embora a manipulação de tecidos moles possa ser feita com segurança. A terapia de manipulação articular
pode também ser absolutamente contra-indicada na região da coluna vertebral em que o processo patológico, a
anormalidade, ou o dispositivo estão situados, ou nas adjacências imediatas desta área.
3. Contra-indicações à manipulação
articular por categoria de transtornos
3.1
Desordens articulares
As condições inflamatórias, tais como a Artrite Reumatóide, as espondiloartropatias
soronegativas, a desmineralização ou lassidão ligamentar acompanhado de subluxação ou
deslocamento anatômico, representam contra-indicações absolutas para a manipulação
articular nas regiões anatômicas afetadas.
A Espondilite Anquilosante, do tipo sub-agudo e crônico, e outras artropatias crônicas em que
não se percebe sinais de lassidão ligamentar, subluxação anatômica ou anquilose, não são contraindicações para a execução de manipulação articular na área do processo patológico.
Nas doenças articulares degenerativas, osteoartrite, espondiloartropatia degenerativa e artrose
facetária, modificação do procedimento terapêutico talvez se faça necessária nas fases
inflamatórias agudas.
Nos pacientes com espondilite e espondilolistese, quando se tuiliza a manipulação articular, a
cautela é necessária. . Tais condições não constituem contra-indicações; contudo, com o
deslizamento progressivo, tais condições podem se tornar contra-indicações relativas.
As fraturas e os deslocamentos ou as fraturas consolidadas que apresentam sinais de rotura ou
instabilidade ligamentar representam contra-indicações absolutas à manipulação articular
aplicada na região anatômica.
19
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
A instabilidade atlantoaxial é uma contra-indicação absoluta à manipulação articular na área do
processo patológico.
A hipermobilidade articular e situações onde a estabilidade de uma articulação é incerta
representam contra-indicações à manipulação articular na área afetada.
As articulações pós-procedimentos cirúrgicos ou segmentos que não apresentam evidências de
instabilidade, não constituem contra-indicações à manipulação articular, mas podem representar
contra-indicações relativas dependendo dos sinais clínicos tais como resposta, tolerância pré-teste
ou grau de reparo.
As lesões agudas da articulação e das partes moles podem requerer modificações nos
procedimentos terapêuticos. Na maioria das vezes, a manipulação articular na área acometida não
é contra-indicada.
Embora os traumatismos não se constituem em contra-indicação absoluta à manipulação, os
pacientes que sofreram eventos traumáticos requerem um exame cuidadoso das áreas de
movimento excessivo, que podem variar desde uma mobilidade acentuada até instabilidade
segmentar.
3.2 Transtornos que envolvem enfraquecimento e destruição
óssea
A necrose avascular juvenil ativa, especificamente das articulações que suportam peso,
constituem uma contra-indicação absoluta para a manipulação articular na área acometida.
A manipulação de osso enfraquecido por distúrbios metabólicos é uma contra-indicação relativa
por causa do risco de fraturas (34, 35). A desmineralização do osso exige cautela. Isso resulta
numa contra-indicação relativa à manipulação articular na área acometida. A coluna vertebral e as
costelas são particularmente vulneráveis às fraturas osteoporóticas, sendo que os pacientes com
antecedentes de tratamento prolongado com corticoesteróides ou com osteoporose, assim como
as mulheres pós-menopáusicas são os mais suscetíveis (19:229, 36). Os tumores benignos ósseos
podem produzir fraturas patológicas e conseqüentemente constituem contra-indicação variável
de relativa à absoluta à manipulação articular na área acometida. As lesões ósseas displásicas e
tumor-símile podem transformar-se em lesões malignas ou enfraquecer o osso a ponto de
produzir fratura patológica; desta forma, constituem contra-indicação de relativa à absoluta à
manipulação articular na área de envolvimento patológico.
As neoplasias malígnas, incluindo os tumores malignos do osso, são situações para as quais a
manipulação articular na área de envolvimento é contra-indicação absoluta.
As infecções ósseas e articulares constituem contra-indicação absoluta à manipulação articular na
área acometida.
Os processos patológicos severos ou dolorosos do disco intervetebral, tais como as discites ou as
hérnias discais, são contra-indicações relativas e técnicas manipulativas de força e velocidade
reduzidas e sem recoil (retrocesso) devem ser empregadas.
3.3
Desordens circultórias e hematológicas
As manifestações clínicas da síndrome de insuficiência vertebrobasilar exigem particular atenção
e constituem contra-indicação de relativa à absoluta à execução de manipulação articular cervical
na área afetada. Isto também inclui os pacientes com antecedentes de acidente vascular cerebral
(37).
Quando há o diagnóstico de aneurisma envolvendo um vaso sanguíneo principal, pode haver
20
Diretrizes sobre segurança em Quiropraxia
contra-indicação de relativa à absoluta à manipulação articular dentro da área de acometimento.
Sangramentos são complicações potenciais da terapia anti-coagulante ou de certas discrasias
sanguíneas. Estas desordens constituem contra-indicação relativa à manipulação articular.
3.4
Desordens neurológicas
Os sinais e os sintomas de mielopatia aguda, de hipertensão intracranial, dos sinais e dos sintomas
de meningite ou da síndrome aguda da cauda eqüina representam contra-indicações absolutas à
manipulação articular.
3.5
Fatores psicológicos
É importante levar em consideração os fatores psicológicos presentes no tratamento como um
todo dos pacientes que buscam o atendimento quiroprático. Determinados padrões aberrantes de
comportamento representam contra-indicações relativas ao tratamento persistente ou contínuo.
Falha em diferenciar pacientes com queixas psicogênicas daqueles com desordens orgânicas
podem resultar em tratamento inapropriado. Isto também pode acarretar em demora ao
encaminhamento apropriado. Pacientes que possam requerer encaminhamento incluem os que
simulam sintomas, histéricos, hipocondríacos e os que possuem personalidades dependentes
(25:162).
4. Contra-indicações às
terapias adjuvantes e de apoio
4.1
Eletroterapias
No exercício da quiropraxia, há terapias adjuvantes que podem incluir eletroterapias tais como
ultrassom, corrente interferencial e estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS). Os
equipamentos para estas modalidades de tratamento necessitam ser mantidas adequadamente e
utilizadas de acordo com as especificações apropriadas e indicações clínicas; contudo, nestas
circunstâncias, tais métodos terapêuticos apresentam apenas um risco bem limitado de causar
danos (38, 39, 40).
4.2
Exercícios e medidas de apoio suplementares
Alguns exercícios de reabilitação e medidas de apoio são utilizadas no exercício da quiropraxia.
Estas devem recomendadas de acordo com as necessidades individuais de cada paciente e a
quantidade ou o nível do exercício devem especificamente ser projetados para acomodar as
limitações e as necessidades do indivíduo, sendo geralmente conservadores no início e então
aumentados com o decorrer do tempo. Nestas circunstâncias, não há contra-indicação alguma
significativa que não poderia ser levada em consideração pelo bom senso e pelo conhecimento do
profissional (41).
21
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
5. Acidentes e reações adversas
5.1
Causas de complicações e reações adversas:
Veja Henderson (42)
falta de conhecimento
falta de habilidade
falta de atitude racional e de técnica
5.2
Exemplos de procedimentos inapropriados
Veja Henderson (42)
procedimentos diagnósticos inadequados
avaliação incorreta do diagnóstico por imagem
demora em encaminhar o paciente para outro profissional
demora na reavaliação
falta de cooperação interprofissional
falha em não levar em consideração as limitações do paciente
seleção ou execução débil de técnicas
uso excessivo ou desnecessario do procedimento manipulativo
5.3
Conseqüencias adversas graves
A manipulação é considerada como um meio relativamente seguro, eficaz e conservador de
promover o alívio da dor e melhorar estrutural dos transtornos biomecânicos da coluna vertebral.
Entretanto, assim como em todas as intervenções terapêuticas, complicações podem surgir.
Complicações neurológicas graves e acidentes vasculares têm sido relatados na literatura, embora
ambos os fenômenos sejam raros (43).
5.3.1 Região cervical
acidentes vertebrobasilares (ver parte 2, seção 3.3 acima)
Síndrome de Horner (44)
paralisia do diafrágma (45)
mielopatia (46)
lesões do disco intervetebral cervical (25:66)
fraturas patológicas (47, 48)
5.3.2 Região torácica
fratura de costela e diástase costocondral (49)
22
Diretrizes sobre segurança em Quiropraxia
5.3.3 Região lombar
aumento dos sintomas neurológicos que originalmente adviram de uma lesão discal (50)
síndrome da cauda eqüina (51, 52)
herniação discal lombar (52)
rotura de aneurisma da aorta abdominal (53)
5.4
Acidentes vasculares
Compreensivelmente, os acidentes vasculares são responsáveis maiores pelo criticismo à terapia
manipulativa vertebral. Contudo, foi apontado que “os críticos à terapia manipulativa enfatizam a
possibilidade de lesão grave, especialmente do tronco encefálico, devido ao traumatismo arterial após a manipulação
cervical. Tudo que foi necessário foram raros relatos de acidentes deste tipo para difamarem um procedimento
terapêutico que, quando realizado por mãos experientes, produz resultados benéficos com poucos efeitos adversos” (43).
Em circunstâncias muito raras, o ajuste manipulativo da coluna cervical de pacientes susceptíveis
tornou-se o ato final intrusivo que, quase que por acaso, resultou em conseqüências muito graves
(54, 55, 56, 57).
5.4.1 Mecanismo
A insuficiência arterial vertebrobasilar é o resultado de uma obstrução passageira, parcial ou
completa de uma ou de ambas as artérias vertebrais ou de seus ramos. Os sinais e os sintomas da
síndrome da artéria vertebral devido a essa compressão incluem, por exemplo, vertigem, tonturas,
sensação de confusão, desorientação, desequilíbro, ataxia, dificuldades na marcha, náusea ou
vômitos, disfasia, parestesias de um lado do rosto ou do corpo, uma dor repentina e severa no
pescoço ou cabeça após a manipulação da coluna (43:579).
A maioria dos casos de trombose e de infartos arteriais ocorrem geralmente em pessoas idosas e
possui caráter espontâneo e não é relacionado a traumas.
5.4.2 Incidência
A síndrome da artéria vertebral, atribuído à manipulação cervical, ocorre em pacientes mais
jovens. A média de idade é inferior aos 40 anos e ocorre com mais freqüência em mulheres do que
nos homens. Em 1980, Jaskoviak estimou que cinco milhões de tratamentos tinham sido
administrados na clínica da Faculdade de Quiropraxia National ao longo de um período de 15
anos, sem que se registrasse um único caso de síndrome da artéria vertebral associado à
manipulação (58).
Ainda que seja compreensível que a incidência de lesão vascular cerebral possa ser maior do que o
número de acidentes relatados, autoridades reconhecidas nesta área de pesquisa estimam que a a
incidência tem variado de um caso fatal em diversos milhões de manipulações (59), um em cada 10
milhões (60) e um em 1 milhão (61) a uma cifra ligeiramente mais significativa de "uma
complicação importante em 400 000 manipulações cervicais" (62).
As complicações de caráter grave são muito raras e seria improvável que as reações adversas
fossem atribuídas unicamente à intervenção terapêutica.
23
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
5.5
Prevenção das complicações resultantes da manipulação
Os incidentes e os acidentes que resultam da terapia manipulativa podem ser prevenidos mediante
a avaliação cuidadosa dos dados encontrados na anamnese e no exame do paciente. Devem-se
buscar informações sobre doenças já existentes e o uso de medicamentos, sobretudo o uso
prolongado de anticoagulantes e de esteróides. Um exame detalhado e meticuloso deve ser
realizado. É essencial o uso de técnicas apropriadas e o quiropraxista deve evitar as técnicas
sabidamente como potencialmente perigosas (19:234-235).
6. Treinamento em primeiros socorros
Todos os programas educacionais reconhecidos de quiropraxia possuem cursos padronizados em
primeiros socorros, quer sejam administrados dentro da instituição ou realizados junto a
autoridades como a Cruz Vermelha. Este é o caso em todos os programas de formação, quer
sejam de tempo integral, de conversão ou de nivelamento. Também, dentro das disciplinas de
gerenciamento de risco, há alocação de tempo para o ensino de procedimentos que minimizem a
possibilidades de lesões e as ações apropriadas a serem seguidas em caso de acidente.
24
Lista dos participantes
Anexo 1:
Lista dos participantes
Consulta em Quiropraxia da OMS
2 - 4 de dezembro de 2004, Milão, Itália
Participantes
Dr. Abdullah Al Bedah, Supervisor, Medicina Complementar e Alternativa,
Ministério da Saúde, Riyadh, Arábia Saudita
Dr. Maurizio Amigoni, Diretor Geral Adjunto, Direção Geral de Saúde,
Região da Lombardia, Milão, Itália
Dr. Sassan Behjat, Coordenador, Escritório de Medicina Complementar e Alternativa,
Ministério da Saúde, Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
Sra. Anna Caizzi, Diretora de Proteção ao Consumidor e Suporte à Estrutura de Sistema
Comercial, Diretora Geral de Mercados, Feiras e Congressos, Região de Lombardia, Milão, Itália.
Dr Martin Camara, Membro do Conselho, Instituto Filipino de Saúde Tradicional e Alternativa
(PITAHC), Cidade de Makati, Filipinas (Co-relator)
Dr Margaret Coats, Secretária Geral e Chefe de Registro, Conselho Geral de Quiropraxia,
Londres, Inglaterra
Dr Alessandro Discalzi, Direção Geral de Solidariedade Familiar e Social, Região da Lombardia,
Milão, Itália
Sr. Igwe Lawrence Eleke, Diretor Assistente, Programa Nacional de Desenvolvimento de
Medicina Tradicional, Ministério Federal de Saúde, Abuja, Nigéria 5
Sr. Michael Fox, Secretário Geral, Fundação Príncipe de Gales de Saúde Integrada, Londres,
Inglaterra.
Dr. Ricardo Fujikawa, Aspeur-Centro Universitário Feevale, Novo Hamburgo, Brasil
Dr Edward Tin-tak Lee, Presidente, Conselho de Quiropraxia, Hong Kong (SAR), China (Copresidente).
Professor Jean-Pierre Meersseman, Quiropraxista, Associação Italiana de Quiropraxia,
Gênova, Itália
Prof. Emilio Minelli, Centro Colaborador da OMS para a Medicina Tradicional, Centro de
Pesquisa em Bioclimatologia, Biotecnologia e Medicina Natural, Universidade Federal
de Milão, Milão, Itália.
Dr. Koichi Nakagaki, Escola de Quiropraxia Kokusai, Osaka, Japão
5
Não pode comparecer.
25
Diretrizes da OMS sobre a formação básica e a segurança em Quiropraxia
Dra. Susanne Nordling, Presidente, Comitê de Cooperação Nórdica para a Medicina Nãoconvencional (NSK), Comitê de Medicina Alternativa, Sollentuna, Suécia
Sra. Lucia Scrabbi, Unidade de Planejamento, Direção Geral de Saúde, Região da Lombardia,
Milão, Itália
Prof. Vladimir S. Shoukhov, Gabinete de Saúde, Federação Internacional das Sociedades Cruz
Vermelha e Crescente Vermelho (IFRCRC), Moscou, Federação Russa
Prof. Umberto Solimene, Diretor, Centro Colaborador da OMS para a Medicina Tradicional,
Centro de Pesquisa em Bioclimatologia, Biotecnologia e Medicina Natural, Universidade Federal
de Milão, Milão, Itália
Dr. John Sweaney, New Lambton, Austrália (Co-Relator)
Dr. U Sein Win, Diretor, Departamento de Medicina Tradicional, Ministério da Saúde,
Yangon, Miamar (Co-Presidente)
Representantes de Organizações Profissionais
World Chiropractic Alliance (WCA)
Dr. Asher Nadler, Membro da Comissão Internacional, Doutores de Quiropraxia de Israel,
Jerusalém, Israel
Dr. Yannick Pauli, Representante da WCA na OMS, Lausanne, Suíça
Federação Mundial de Quiropraxia (WFC)
Dr. David Chapman-Smith, Secretário Executivo, Toronto, Ontário, Canada
Dr. Anthony Metcalfe, Presidente, Teddington, Middlesex, Inglaterra
Secretaria Local
Sra. Elisabetta Minelli, Gabinete de Relações Internacionais, Centro Colaborador da OMS para a
Medicina Tradicional, Universidade Estadual de Milão, Representante junto a Unidade de
Planificação, Direção Geral de Saúde, Região de Lombardia, Milão, Itália
Secretaria da OMS
Dr. Samvel Azatyan, Representante Técnico, Medicina Tradicional, Departamento de
Cooperação Técnica para Medicamentos Essenciais e Medicina Tradicional, Organização
Mundial da Saúde, Genebra, Suíça
Dra. Xiaorui Zhang, Coordenadora, Medicina Tradicional, Departamento de Cooperação
Técnica para Medicamentos Esenciais e Medicina Tradicional, Organização Mundial da Saúde,
Genebra, Suíça
26
Exemplo de um programa reconhecido oficialmente, de quatro anos de duração e de período integral
Anexo 2:
Exemplo de um programa
reconhecido oficialmente, de quatro
anos de duração e de período integral
Disciplinas da Categoria I(A) lecionadas em um programa educacional em quiropraxia de base
semestral, dividida em anos e número de horas.
MÓDULO
PRIMEIRO ANO
(HORAS)
Anatomia
humana(180)
Anatomia
microscópica(140)
Neuroanatomía (72)
Neurologia I (32)
Bioquímica (112)
Fisiologia (36)
SEGUNDO
ANO (HORAS)
Patologia (174)
Diagnóstico
laboratorial(40)
Microbiologia e
Moléstias
Infecciosas (100)
Neurologia II (85)
Nutrição (60)
Imunologia (15)
TERCEIRO ANO
(HORAS)
QUARTO ANO
(HORAS)
Diagnóstico laboratorial(32)
Toxicologia (12)
Nutrição Clínica (26)
Saude Coletiva (40)
Ciências clínicas
Anatomia
Radiológica
Normal(16)
Biofísica e proteção
radiológica (44)
Introd. ao
Diagnóstico(85)
Introd. a patologia
óssea(48)
Variações
radiológicas,
radiologia normal e
Radiometria (40)
Ortopedia e Reumatologia
Clínica(90)
Diag. Neurológico(40)
Propedêutica e
Semiologia(120)
Diagnóstico Diferencial(30)
Técnica Radiológica (40)
Radiologia dos
Traumatologia e Artrites 48)
Psicologia Clínica(46)
Primeiros Socorros (50)
Pediatria (20)
Ginecologia e Obstetrícia
(30)
Geriatria (20)
Estudos radiológicos do
tórax e do abdôme e
procedimientos
radiológicos específicos(40)
Ciências da
Quiropráticas
Princípios da
Quiropraxia I(56)
Biomecânica básica
(96)
Técnicas
Quiropráticas I
(100)
Princípios da
Quiropraxia II (60)
Técnicas
Quiropráticas II
(145)
Biomecânica da
coluna vertebral
(40)
Princípios da Quiropraxia III
(42)
Biomecânica clínica (100)
Técnicas Quiropráticas III
(145)
Terapias Auxiliares na
Quiropraxia (60)
Introdução a Jurisprudência e
Desenvolvimento
Profissional (16)
Prática integrada de
Quiropraxia (90)
Jurisprudência e
Desenvolvimento
Profissional (50)
Ciências biológicas
Prática Clínica
Observação I (30)
Observação II (70)
Pesquisa aplicada e
estatística/biometria(32)
Pesquisa
TOTAL DE HORAS
TOTAL DE
HORAS do
programa de quatro
anos e período
integral:
Observação III (400)
914
962
1207
Internato (750)
Rodízios: Terapias
auxiliares (30); Laboratório
de prática (20)
Radiologia Clínica: Técnica
(70); Interpretação (70)
Observação IV (30)
Projeto de Investigação
(Trabalho de Conclusão de
Curso)
1382
4465
mais o projeto de
pesquisa
27
28
Exemplo de programa (de conversão) pleno
Anexo 3:
Exemplo de programa
(de conversão) pleno
Categoria I (B): Basicamente, os programas de conversão dependem da análise da formação
médica dos candidatos. Eles são estruturados com a finalidade de completar satisfatoriamente as
exigências de um programa pleno em quiropraxia.
MÓDULO
PRIMERO ANO (HORAS)
SEGUNDO ANO
(HORAS)
TERCEIRO
ANO (HORAS)
Ciências Biológicas
Anatomia da Coluna Vertebral
(45)
Diagnóstico Laboratorial (30)
Patologia (60)
Fisiologia (45)
Patologia (120)
Nutrição Clínica
(45)
Ciências Clínicas
Radiologia (90)
Diagnóstico
Neuromúsculoesquelético (30)
Radiologia (90)
Neurologia (45)
Exame Clínico (30)
Diagnóstico
Neuromúsculoesquelético (30)
Ciências Quiropráticas
História da Quiropraxia (30)
Princípios e Filosofía da
Quiropraxia (20)
Biomecânica da Coluna
Vertebral (60)
Palpação Estática e Dinâmica
da Coluna Vertebral (30)
Técnicas Quiropráticas (180)
Princípios e Filosofía da
Quiropraxia (20)
Palpação Estática e Dinâmica
da Coluna vertebral (60)
Técnicas Quiropráticas (120)
Estágio Clínico Supervisionado
(120)
Estágio Clínico
Supervisionado (225)
740
740
Formação Clínica
Pesquisa
SUBTOTAL DE HORAS
TOTAL DE HORAS do
Programa de três anos,
de Tempo Integral ou
Parcial
Pediatria (45)
Geriatria (30)
Princípios e
Filosofía da
Quiropraxia (20)
Técnicas
Quiropráticas (60)
Estágio Clínico
Supervisionado
(500)
Pesquisa (25)
725
2205
29
30
Exemplo de programa (de conversão) limitado
Anexo 4:
Exemplo de programa
(de conversão) limitado
Categoria II (A): adequado para os indivíduos com sólida formação nas ciências médicas com a
finalidade de adquirir as exigências mínimas para obter licença para o exercício seguro e
relativamente eficaz como quiropraxistas.
PRIMEIRO ANO
(HORAS)
MÓDULO
SEGUNDO ANO
(HORAS)
TERCEIRO ANO
(HORAS)
Ciências Biológicas
Anatomia da Coluna
Vertebral(45)
Patologia (60)
Fisiologia (45)
Patologia (60)
Nutrição Clínica (30)
Ciências Clínicas
Diagnóstico por Imagem (45)
Neurologia (45)
Diagnóstico
Neuromúsculoesquelético (30)
Diagnóstico por Imagem (45)
Neurologia (45)
Diagnóstico Clínico (30)
Diagnóstico
Neuromúsculoesquelético (30)
Pediatria (45)
Geriatria (30)
História da Quiropraxia (30)
Princípios e Filosofía da
Quiropraxia (20)
Ciências Quiropráticas
Formação Clínica
TOTAL DE HORAS
TOTAL DE HORAS do
programa de tres anos em
tempo parcial
Biomecânica da Coluna Vertebral
(60)
Palpação Estática e Dinâmica da
Coluna Vertebral (30)
Técnicas Quiropráticas (90)
Princípios e Filosofía da
Quiropraxia (20)
Palpação Estática e Dinâmica da
Coluna Vertebral (60)
Técnicas Quiropráticas (90)
Princípios e Filosofía
da Quiropraxia (20)
Técnicas Quiropráticas
(60)
Estágio Clínico
Supervisionado (100)
Estágio Clínico
Supervisionado (220)
Estágio Clínico
Supervisionado (420)
600
600
605
1805
31
32
Exemplo de programa (de nivelamento) limitado
Anexo 5:
Exemplo de programa
(de nivelamento) limitado
Categoria II (B): aborda as áreas deficitárias indentificadas através da avaliação dos
conhecimentos e habilidades dos candidatos e capacita seus egressos a adquirir padrões mínimos
e seguros de licenciamento para atuarem como quiropraxistas.
PRIMEIRO
ANO
ED
Anatomia
56
24
Bioquímica
56
4
Fisiologia
56
4
Patologia
70
12
Saude Pública
56
4
Nutrição Clínica
56
4
P
ES
Biomecânica
Princípios da
Quiropraxia
56
42
Pesquisa
ED
P
ES
Diagnóstico
Laboratorial
42
8
Exame Físico
56
14
Ortopedia/Neurolo 56
gia
14
Radiologia
56
16
Diagnóstico clínico
56
9
Procedimentos
Terapêuticos em
Pacientes
3
42
Capacitação em
Informática
6
448
2790
TERCEIRO ANO
ED
P
70
20
70
20
70
20
70
20
Assistência em casos
especiais da população
56
24
Registro,
Documentação e
Garantia de
Qualidade
42
16
Tratamento da Coluna
Cervical e da cabeça
Tratamento da Coluna
Torácica, Lombar e da
Pelve
Tratamento dos pés,
tornozelos, joelhos e
do quadril
Tratamento dos
ombros, cotovelos,
pulsos e das mãos
18
400
Subtotal de
horas
Total de horas do
programa de três
anos em tempo
parcial
SEGUNDO ANO
ES
16
Formação
clínica
Ciências
Quiropráticas
Ciências Clínicas
Ciências Biológicas
MÓDULO
71
406
400
Metodologia em
Pesquisa
50
Primeiros Socorros
e Procedimentos de
Emergência
28
24
486
103
400
400
378
100
400
ED = Ensino à Distância (aprendizado auto-direcionado); P = Presencial (Palestras e “Oficinas”); ES = Estágio
Clínico (supervisionado)
33
34
Referências
Referências
Introdução
1.
2.
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