Presidente Lula entrega Prêmio .INEP

Transcrição

Presidente Lula entrega Prêmio .INEP
2º Clichê
Edição Especial do
Prêmio FINEP de Inovação
Tecnológica 2005
Nº 23 • Dezembro • 2005
Informativo da FINEP
Presidente
entrega
Lula
Prêmio
FINEP
Em 2005, o Prêmio FINEP de Inova-
ção Tecnológica bateu o recorde de inscrições pela terceira vez consecutiva. Ao
todo, 679 projetos disputaram os seis primeiros lugares das categorias Média/
Grande Empresa, Pequena Empresa, Instituição de C&T, Produto, Processo e a estreante Inovação Social. Outra novidade
da edição foi a inclusão da categoria Inventor Inovador, que não recebe propostas e tem os candidatos de cada região
indicados por uma Comissão Julgadora.
Confira nas próximas páginas quais os
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrega o troféu de Inventor Inovador
a Kentaro Takaoka, representante da Região Sudeste
grandes vencedores das etapas regionais
e nacional do Prêmio. 
PRÊMIO FINEP • NACIONAL
Fotos: João Luiz Ribeiro
Jaime Ferreira, da UFSC, recebe do presidente Lula o prêmio de melhor
Inovação Social
O troféu da categoria Processo
é da Braskem, representada por
Manoel Lisboa
Afrânio Aragão Craveiro, superintendente do Parque de Desenvolvimento
Tecnológico do Ceará (Padetec), recebe troféu de melhor Instituição de C&T
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, cumprimenta Besaliel
Botelho, vice-presidente da Robert Bosch, vencedora da categoria Produto
Jardel Massari, diretor da Ouro Fino,
recebe o troféu da categoria
Média/Grande Empresa do ministro da
Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende
PRÊMIO FINEP • NACIONAL
Finalíssima
movimenta
Em cerimônia no Salão Nobre do
Palácio do Planalto, no dia 6 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva participou da entrega dos troféus
aos seis grandes vencedores do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica
2005. Participaram da disputa pela etapa nacional, em Brasília, 29 empresas
e instituições de pesquisa premiadas
nas cinco etapas regionais.
As instituições vencedoras foram:
a Ouro Fino (SP) na categoria Média/
Grande Empresa; a Pctel (GO), como
Pequena Empresa, o Padetec (CE), em
Instituição de C&T, a Bosch (SP), em
Produto, a Braskem (RS), em Processo, e a Universidade Federal de Santa
Catarina, em Inovação Social. Na categoria Inventor Inovador, o vencedor
foi o médico anestesista Kentaro Takaoka, dono da indústria de equipamentos hospitalares que leva seu nome.
Para a categoria, incluída no Prêmio a
pedido do presidente Lula, o Instituto
Nacional de Propriedade Intelectual
(INPI) definiu critérios de premiação,
levantou o números de patentes obtidas por cada inventor e selecionou as
inovações mais relevantes.
Também foram concedidas menções honrosas à Nexxera (SC), na categoria Média/Grande Empresa; à Auto-
o
Planalto
mat (PR), em Pequena Empresa; à Pele
Nova Biotecnologia (MS), em Produto;
à Biocampo (RN), em Processo; à Fundação CERTI (SC), em Instituição de
C&T, e ao Centro de Tecnologia Mineral
(RJ), na categoria Inovação Social. “As
29 empresas vencedoras regionais do
Prêmio FINEP 2005 são líderes em tecnologias e processos inovadores em
suas áreas de atuação. Somaram valor
aos seus produtos a partir da cultura
que estamos consolidando, em iniciativas que integram empresários, cientistas, pesquisadores e diversas instâncias do governo”, explicou o ministro da
Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.
Juntamente com o presidente da
Financiadora de Estudos e Projetos –
FINEP, Odilon Antonio Marcuzzo do Canto, o ministro entregou os troféus a
cada um dos vencedores. Odilon elogiou o sucesso da estreante categoria
Inventor Inovador, criada por sugestão
do presidente Lula. “Essa justa homenagem ao inovador independente não
é simplesmente um ato de reconhecimento transitório, vem acompanhada
de medidas legais de suporte à atividade inovativa individual”, afirmou
Odilon. Na edição de 2005, também foi
instituída uma outra nova categoria,
que premia a Inovação Social. 
Alexandre Luís Costa Rodrigues, da Pctel, cumprimenta o presidente Lula.
Nas mãos, o troféu da categoria Pequena Empresa
Etapas e categorias
O Prêmio FINEP de Inovação Tecnológia possui seis etapas: cinco regionais - Centro-Oeste, Nordeste, Norte,
Sudeste e Sul - e uma nacional. As regionais premiam os três melhores projetos de cada categoria, mas apenas os
primeiros lugares se classificam para a
Etapa Nacional. Além dos troféus para
as categorias Média/Grande Empresa,
Pequena Empresa, Instituição de C&T,
Produto, Processo e Inovação Social, há
premiação para o melhor Inventor Inovador do País, única categoria que não
recebe inscrições. Os inventores que representam cada região são indicados
por uma comissão julgadora e concorrem apenas na Etapa Nacional. 
O presidente da FINEP, Odilon Marcuzzo,
entrega a menção honrosa a Carlos
Alberto Schneider, da Fundação CERTI
!
PRÊMIO FINEP • NACIONAL
"
Premiação
Troféu
Além dos troféus, os vencedores receberam prêmios que servem como incentivo para que todos continuem a se aprimorar e investir continuamente em inovação. A vencedora da categoria Pequena Empresa ganhou um notebook do
Sebrae Nacional e uma bolsa de estudo
integral do Instituto COPPEAD de Administração, da UFRJ, para um dos seus cursos (MBA Marketing, MBA Finanças, MBA
Saúde ou MBA Logística). Todos os demais
vencedores ganharam bolsas de desenvolvimento científico e tecnológico do
CNPq. Eles também foram convidados pelo
British Council a participarem do Workshop de Inovação Tecnológica com consultores do Reino Unido.
Outra patrocinadora do Prêmio, a Petrobras, concedeu às empresas e instituições vencedoras bolsa de estudo integral
para curso MBA, que será realizado no Rio
de Janeiro, além de visita às instalações
operacionais na Unidade de Negócio da
Bacia de Solimões, na Amazônia. Por fim,
a Tavares Propriedade Intelectual ofereceu
subsídio para depósito de pedido de patente
ou registro de marca. Ao Inventor Inovador Kentaro Takaoka, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) ofereceu uma medalha e US$ 1 mil. 
Outra novidade foi a instituição do Troféu José Pelúcio Ferreira,
concedido a personalidades de uma
área estratégica do setor de ciência
e tecnologia, a ser indicada em comissão formada por representantes
do Ministério da Ciência e Tecnologia e da FINEP. Receberam o troféu
três especialistas que se destacaram
na área de Biodiesel. Foram eles:
Expedito José de Sá Parente, professor da Universidade Federal do
Ceará, Donato Alexandre Gomes
Aranda, professor da Escola de Química da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, e Artur Augusto Alves,
da Soyminas.
José Pelúcio Ferreira foi o segundo presidente da FINEP, transformando-a no principal órgão de financiamento à Ciência e Tecnologia do
País, setor no qual foi um líder. O troféu que leva seu nome é um mapa
do Brasil que tem encravada no centro uma lente de aumento, simbolizando os microscópios, telescópios
e outras lentes usadas por pesquisadores e o olhar do inovador que vê
mais claro e além, nos seus esforços
de estudo e descoberta. 
O presidente Lula entrega o Troféu José
Pelúcio a Expedito José de Sá Parente
PRÊMIO FINEP • CENTRO-OESTE
Mato Grosso do Sul lidera
Região Centro-Oeste
Em cerimônia de entrega de troféus ocorrida em Goiânia, na Federação das
Indústrias do Estado de Goiás, foram conhecidos os vencedores do Prêmio
FINEP de Inovação Tecnológica 2005 - Região Centro-Oeste. Ao todo, 14
empresas e instituições de ciência e tecnologia, das quais sete de Mato
Grosso do Sul, cinco de Goiás, uma de Mato Grosso e uma do Distrito
Federal, disputaram o primeiro lugar de cada uma das seis categorias do
Prêmio. Confira a ordem de classificação no quadro abaixo:
Composição do Júri
Roberto Wolf
Instituto Euvaldo Lodi/MS
Nelson Anibal Lesme Orué
Federação das Indústrias do Estado
de Goiás
Sônia Milagres Teixeira
Secretaria de Ciência e Tecnologia do
Estado de Goiás
Rodrigo Weber
Instituto Euvaldo Lodi Nacional
Vencedores
Produto
1º lugar – Pele Nova Biotecnologia (MS)
2º lugar – HT Print (GO)
3º lugar – ATP Máquinas Agrícolas (GO)
Processo
1º lugar – Equiplex (GO)
2º lugar – Associação MOR (MS)
Média/Grande Empresa
1º lugar – Real H (MS)
2º lugar – Equiplex (GO)
Inventor Inovador
Edison Coca
Pequena Empresa
1º lugar – Pctel (GO)
2º lugar – Aeronet (DF)
Instituição de C&T
1º lugar – Neac-UNIDERP (MS)
2º lugar – Gpec-UCDB (MS)
Inovação Social
1º lugar – Universidade Católica
Dom Bosco - UCDB (MS)
2º lugar – Cavalo de Carroça UNIDERP (MS)
3º lugar – Dom e Arte (MT)
Adnauer Tarquínio Daltro
SECITEC - Secretaria de Estado de
Ciência e Tecnologia do Mato Grosso
Maurício França
FINEP - Financiadora de Estudos e
Projetos
Sérgio Rodovalho Pereira
Caixa Econômica Federal
Miguel Ivan Lacerda de Oliveira
SEBRAE/GO
Laércio de Sequeira
FINEP – Financiadora de Estudos e
Projetos
Coordenação do Prêmio FINEP
Região Centro-Oeste
Deuci Elber de Castro e Souza –
[email protected]
#
PRÊMIO FINEP • CENTRO-OESTE
MÉDIA/GRANDE EMPRESA
PEQUENA
Aparelho que
grava conversas
telefônicas é
destaque da linha
de produtos
Pctel
Equiplex
Há 19 anos no mercado, com sede
em Goiânia (GO), a Equiplex Indústria Farmacêutica Ltda. é fabricante
de soluções parenterais, como soro hospitalar. Sua capacidade de produção é
de 150 milhões de unidades/ano, sendo 60% de sua linha destinada ao mercado de grandes volumes, acima de 100
ml. Os demais produtos são ampolas
menores, em material plástico e em vidro, contendo analgésicos, como a dipirona, antiinflamatórios, glicose e diluentes para injeção.
Com laboratório de pesquisa pró-
Real H
$
Empresa familiar com 20 anos de
atuação no mercado de nutrição e saúde animal, a Real e Cia Ltda. é pioneira na utilização da homeopatia em rações para cavalos e gados de leite e de
corte. Hoje, 15% do rebanho brasileiro,
estimado em 150 milhões de cabeças de
gado, já consomem esse tipo de alimento, também destinado a melhorar a produtividade dos rebanhos.
Com doutorado na França e 50 anos
de experiência como veterinário, Cláudio
Martins Real, diretor presidente da empresa, desenvolveu a técnica da homeopatia
populacional, que é extensiva a todo o rebanho. O foco da Real H são os animais de
grande porte, mas a meta até o fim do
ano, é adicionar aos seus produtos uma
linha específica para animais de estimação - gatos e cachorros. Com 180 representações em todo o País, a Real H prevê
faturar R$ 60 milhões em 2005. Desses,
cerca de 3% serão aplicados em P&D. 
Empresa tem aumentado a cada
ano os investimentos em P&D
prio e 500 funcionários, sendo um PHD e
12 pós-graduados, a Equiplex tem, a cada
ano, ampliado os seus investimentos em
P&D. Com faturamento anual em torno
de R$ 30 milhões, destinou, em 2005,
R$ 1,5 milhão para a área de P&D, contra R$ 1 milhão em 2004. Atualmente,
está engajada numa parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas Biológicas da
Universidade Católica do Estado de Goiás, para a fabricação de novos medicamentos, como antiinflamatórios e anestésicos, obtidos a partir de veneno extraído de animais peçonhentos. 
Incubada no Centro Federal de
Tecnologia de Goiás (Cefet/GO), a
Pctel atua há 18 anos no segmento da
indústria eletrônica de hardware. O
carro-chefe da empresa, que se chamava Megatécnica, é um aparelho capaz de gravar conversas telefônicas
quando acoplado ao computador. O
produto é utilizado principalmente por
empresas que operam com serviços de
teleatendimento, como comprovante
nas negociações de vendas. Também
serve a setores de segurança e imprensa, para registro de entrevistas.
Apesar de ter à sua disposição a
infra-estrutura de pesquisa do Cefet, a
Pctel conta com laboratório próprio de
pesquisa. Com 18 funcionários, dos
quais um mestre e um pós-graduado,
fatura por ano cerca de R$ 60 mil. Desses, 40% são destinados à pesquisa de
novos produtos. Até o final do ano, a
Pctel prevê lançar no mercado um sistema de interligação de estações de
rádio comunicação via internet. Hoje,
isso só é possível com a utilização de
redes de computadores, praticamente
inviável pelo alto custo da operação. 
Ração que mistura homeopatia também será usada para gatos e cachorros
PRÊMIO FINEP • CENTRO-OESTE
INSTITUIÇÃO DE PESQUISA
EMPRESA
Neac-UNIDERP
A empresa tem 14 empregados, dos
quais cinco pesquisadores e 10% do
faturamento é direcionado para P&D
Aeronet
Empresa de informática com
soluções na área de tecnologia da
informação, a Aeronet Informática e Representações Ltda. está
para lançar no mercado um serviço
inédito no Brasil. Trata-se do Securitycam, ferramenta que permite o
monitoramento, através da internet,
de imagens registradas por câmeras de segurança, instaladas em ambientes externos, como residências
e prédios comerciais.
A FINEP financiou a primeira
etapa da pesquisa desenvolvida pela
Aeronet em parceria com o Centro de
Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília. Hoje, a empresa dispõe de laboratório próprio, e
está trabalhando sozinha na conclusão do projeto. O Securitycam poderá ser adquirido mediante pagamento de uma mensalidade. O serviço inclui a instalação das câmeras e a disponibilização de uma senha de acesso ao site de monitoramento.
Há 11 anos no mercado e com
sede em Brasília (DF), a Aeronet atua
na área de rede local e remota, provedor de internet de alta velocidade
(cabonet), intranet, venda, configuração e instalação de máquinas plataforma INTEL, cabeamento estruturado e soluções corporativas tanto em
hardware como em software. Com 14
empregados, dos quais cinco pesquisadores, a empresa fatura em média
R$ 2 milhões por ano. Desses, 10%
são direcionados para P&D. 
A Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da
Região do Pantanal concorreu ao
Prêmio FINEP através de seu Núcleo de Energia, Automação e
Controle – Neac, um centro de
excelência no desenvolvimento de
tecnologia de ponta.
Criado em 2000 e com uma
equipe de 12 pessoas, dos quais
quatro doutores e três mestres, o
Neac desenvolve pesquisas básica
e aplicada com recursos da Universidade e de empresas parceiras,
como a Petrobras, Concessionária
de Energia do Mato Grosso do Sul (Enersul) e Transportadora TBG.
Recentemente, o Núcleo foi premiado na Argentina, pela
Society of Petroleum Engeneers com um sistema inteligente
para controle à distância das redes de distribuição de gás natural. Composto por hardware e software, o sistema será instalado na MS Gás, distribuidora da Petrobras na região. 
Núcleo já foi
premiado com um
sistema inteligente
para controle à
distância das redes
de distribuição de
gás natural
Gpec-UCDB
Os mestres e
doutores do Gpec
são responsáveis
por projetos
inéditos na área
de inclusão digital
Formado por
16 mestres e doutores, o Grupo de
Pesquisa em Engenharia de Computação (Gpec)
foi criado, em
2002, por uma
equipe de professores do curso de engenharia de computação da Universidade
Católica
Dom Bosco. Eles
desenvolvem pesquisas nas áreas de
Visão Computacional, Inteligência Artificial, Engenharia de Software e Sistemas Microprocessados e Sistemas Distribuídos.
Seus principais projetos, alguns inéditos, são na área de
inclusão digital, para atender pessoas com necessidades especiais. Entre os que se destacam, está o Sigus, ferramenta que
simplificará o desenvolvimento e os testes de programas capazes, por exemplo, de seguir o movimento do olhar de um tetraplégico e utilizar essa informação na interação com a máquina.
Também está sendo desenvolvida uma cadeira de rodas
para tetraplégicos que se movimenta através do balanço da cabeça, para à esquerda ou direita. Outro sistema, o Tato Remoto,
foi desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP) e tem o
objetivo de auxiliar deficientes visuais na familiarização de um
ambiente desconhecido. Nesse caso, está sendo proposta a substituição sensorial da visão pelo tato, fazendo com que imagens
sejam capturadas, tratadas digitalmente para detectar seus contornos e reduzir resolução, e posteriormente passadas ao usuário através de eletro-estimulação cutânea no abdômen. 
%
PRÊMIO FINEP • CENTRO-OESTE
PRODUTO
O curativo ajuda na
cicatrização de feridas
crônicas provocadas
por doenças, como
úlceras de perna
Trator adaptado protege operador das
ações nocivas dos produtos químicos
ATP
Empresa de Jataí, em Goiás, a ATP
Máquinas Agrícolas desenvolveu uma
plataforma para pulverização agrícola
adaptável em tratores. Antes, o pulverizador era rebocado pelo trator, deixando
o operador exposto às ações dos produtos químicos utilizados nas lavouras. Com
a plataforma, desenvolvida e patenteada
em 1996, todo o comando da operação
foi transferido para a cabina do trator, que
recebeu, ainda, climatização especial, com
filtros de carvão aditivado para reter a
entrada de produtos químicos. Com isso,
o operador ficou protegido.
A mudança não só agilizou o trabalho, aumentando em até 30% a área
pulverizada, antes em torno de 60 hectares/dia, como tornou a aplicação mais
homogênea. A plataforma também facilitou as manobras nas fazendas, já que
o novo trator passou a operar com quatro pneus ao invés de
seis. Hoje, a ATP atende principalmente os
pequenos produtores da região. 
Equipamento
evita falhas de
impressão em
cartuchos que são
reaproveitados
&
Pele Nova Biotecnologia
A inovação apresentada pela Pele Nova Biotecnologia
S/A foi o biocure - biomembrana natural para regeneração de
tecidos. Com quatro patentes em 60 países, o curativo é indicado no tratamento de feridas crônicas, como úlceras de perna,
dos tipos venosa e arterial, e em pé diabético.
Aplicado diretamente sobre a superfície da lesão, o Biocure acelera a regeneração tecidual de feridas que podem durar meses e até anos para cicatrizar. Isso é possível devido à
preservação de uma proteína que está presente no látex, matéria-prima utilizada na fabricação do curativo. Essa proteína
estimula a formação de novos vasos ajudando a recuperar a
circulação sanguínea necessária ao fechamento da ferida. Dependendo da gravidade, esse tipo de doença pode levar, inclusive, à amputação da perna ou do dedo.
O Biocure consumiu 10 anos de pesquisa e está sendo
comercializado no Brasil desde 2002. Hoje, ele é fornecido diretamente para os hospitais e pode, ainda, ser encontrado em
algumas redes de farmácias do País. 
HT Print
A HT Print do Brasil Ltda. desenvolveu e patenteou uma
câmara de vácuo para ser utilizada por empresas que trabalham com recarga ou reciclagem de cartuchos para impressoras jato de tinta. Com o novo equipamento, foi possível eliminar a formação de bolhas durante o processo de enchimento. O
problema atingia cerca de 20% dos cartuchos, que depois de
vendidos apresentavam falhas de impressão na primeira semana de uso.
A única alternativa para reduzir o percentual de perda
era a utilização de uma máquina americana, que custa R$ 15
mil e emprega tecnologia a vácuo durante o enchimento. Apesar de eficiente, a máquina não resolveu o problema. Ao contrário, com a câmara brasileira, que custa R$ 1 mil, as empresas conseguiram praticamente acabar com o problema utilizando o mesmo sistema a vácuo, só que antes e depois do
processo de enchimento. 
PRÊMIO FINEP • CENTRO-OESTE
PROCESSO
INVENTOR INOVADOR
Equiplex
A Equiplex
Indústria Farmacêutica Ltda. desenvolveu um detector de resistência de embalagens
para soluções parenterais de pequeno volume.
Único no País, o
equipamento, em
material inox, próprio para a indústria farmacêutica,
permitiu a automatização do processo de inspeção das ampolas. Antes, esse
trabalho era executado de forma manual por uma equipe de
20 funcionários. Eles pegavam as ampolas, espremiam na
mão e, através de verificação visual, faziam a separação das
embalagens defeituosas, com microfuros.
Com o tempo, esses funcionários passaram a apresentar problemas de Lesão por Esforço Repetitivo e esse foi um
dos motivos que levou a Equiplex a buscar uma alternativa
para automatizar o processo. Com o novo equipamento, custeado e desenvolvido na própria empresa, a Equiplex conseguiu, a partir de 2004, aumentar de 4,8 para 6 milhões a
produção mensal de ampolas. Também reduziu de sete para
cinco dias, no máximo, o tempo gasto no processo de revisão
das embalagens. 
Edison Coca
Único no País,
detector permitiu
a automatização
do processo de
inspeção de
embalagens de
soro hospitalar
MOR
Formada por 11 artesãos, que
produzem peças a partir do aproveitamento de restos de madeira
e ossos bovinos, a Associação
MOR – Madeira e Ossos Reciclados – tem como objetivo a capacitação desses profissionais, a
preservação do meio ambiente e a
geração de emprego e renda para
comunidades do município de Jardins, no Mato Grosso. Na confecção, são utilizadas as madeiras de leiras, derrubadas por fazendeiros, em desmatamentos autorizados, para abertura de novos pastos e desenvolvimento da agropecuária da região. Também são empregadas
madeiras de cruzeta, usadas por concessionárias de energia
nos postes de iluminação pública. Os ossos são comprados
diretamente dos frigoríficos.
Atualmente, constam do catálogo de produção 24 itens,
entre bandejas, móveis, bijuterias, sous plat, caixas para baralhos e aparelhos de chá. Todas as peças são acompanhadas
de uma etiqueta com a procedência da matéria-prima utilizada
e uma cartilha com informações sobre as árvores da região. Os
produtos MOR já estão sendo comercializados nos mercados
de São Paulo e Rio de Janeiro e diretamente na loja da Associação em Jardins. 
Associação utiliza
restos de madeira
e ossos bovinos
na confecção de
peças artesanais
Edison Morelis Coca, 43 anos,
foi o candidato da Região Centro-Oeste para concorrer ao Prêmio FINEP de
Inovação Tecnológica 2005, na categoria Inventor Inovador. Nascido em
São Paulo, Coca é o criador da primeira colheitadeira de semente de
gramíneas e leguminosas do mundo.
O equipamento agrícola é o principal
produto fabricado por sua empresa, a
Prata 1000. A conquista desse sonho
lhe custou, em 1983, a perda de todos os seus bens - telefone, carro,
casa e um carrinho de churros que
usava para complementar a renda familiar. Também ficou desempregado.
Construído a partir de peças de
turbina de avião adaptadas a um trator para aspirar as sementes do chão,
o primeiro protótipo do equipamento
não deu certo. Depois de várias tentativas frustadas que resultaram em
17 protótipos, Coca, como é conhecido na Região, foi em busca de informações e de cursos específicos. Ao fim
de 12 anos, finalmente conseguiu fazer o equipamento funcionar como
queria. Em 1995, já como empresário, produziu a primeira colheitadeira
de sementes de capim no chão.
Coca recebeu o prêmio de Qualidade e Produtividade da Federação da
Indústria do Estado do Mato Grosso do
Sul (FIEMS), em 1995, menção honrosa no prêmio CNPq 50 Anos e primeiro
lugar em inovação tecnológica pela FINEP, em 2001. Em 2004, ganhou o prêmio Empreendedor do Ano na categoria Indústria, concedido pela Ernest &
Young, entidade que presta consultoria mundial em diversas áreas. Hoje,
Coca desenvolve um trabalho social
com adolescentes dentro da empresa.
Dá oportunidade para meninos de rua,
através de um programa implantado
na Prata 1000, que oferece educação
escolar e ensino profissionalizante. 
'
PRÊMIO FINEP • CENTRO-OESTE
INOVAÇÃO SOCIAL
Cavalo de Carroça - UNIDERP
A Central de
Processamento
onde é feita a
separação
das frutas e
legumes
descartados
pelos
supermercados
UCDB
Em parceria com o Sebrae e a Secretaria Municipal de Assistência Social
de Campo Grande, a Universidade Católica Dom Bosco – UCDB – está ajudando no desenvolvimento e implantação de pequenas comunidades industriais para processar e comercializar frutas
e verduras descartadas pelos supermercados de Campo Grande.
Hoje, já existe uma comunidade
sendo operada por moradores de um bairro pobre da cidade. Diariamente, a Prefeitura recolhe cerca de duas toneladas
desses alimentos. Na comunidade, é feita a seleção e a limpeza das frutas e verduras que estão em condições de serem
distribuídas para a população, cerca de
450 pessoas carentes da região.
Já as frutas que não são usadas para
consumo estão sendo reaproveitadas na
fabricação de doces em compota ou, ainda, como produto desidratado. A idéia
agora é aproveitar as verduras para fazer
conservas e molhos, caso do tomate. 
O que não serve para consumo é usado
na fabricação de doces ou conservas
Implementado em outubro de 1999, o projeto Cavalo de Carroça tem como
objetivo prestar atendimento médico-veterinário a cavalos de trabalho utilizados
em carroças de proprietários carentes da periferia de
Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Esses animais são
a única fonte de sustento de
moradores que hoje ganham
a vida com o transporte de Veterinários
materiais.
Coordenado por professores com a
participação de alunos do curso de veterinária, o serviço é gratuito e inclui desde um simples exame de sangue e administração de medicamentos até uma cirurgia com internação. No caso de o cavalo estar doente e não poder se deslo-
prestam atendimento gratuito
car, a equipe da universidade vai até o
local. Segundo o professor Fernando Arévalo Batista, um dos coordenadores do
Projeto, o dia certo para o atendimento
à comunidade é quinta-feira, mas a equipe atende os casos de emergência mesmo em outros dias da semana. 
Dom e Arte
Produto artesanal ajuda a divulgar a cultura pantaneira
Criado há dois anos por iniciativa
do Sebrae em uma parceria com a prefeitura de Dom Aquino e a empresa local
Água Puríssima, o projeto Dom e Arte –
Núcleo Cooperativo de Artesãos de
Dom Aquino – começou com a confecção de bonecas de pano. Alternativa para
a geração de emprego e renda na região,
o Núcleo também é uma forma de expressão da cultura e matéria-prima regionais, uma vez que o estado é um dos
maiores produtores de algodão do País.
De cor negra, as bonecas representam a história e a cultura local. Existem
casais de danças típicas – siriri e congo
– e um exemplar de uma dançarina de
chorado. No momento, as 20 mulheres
que formam o Núcleo estão trabalhando
em uma nova coleção - bichos do pantanal – que já conta com quatro tipos de
aves (arara, tuiuiu, garças e tucano).
Também estão em teste mais três tipos
de peixes do pantanal (pacu, pintado e
dourado) e o jacaré. 
PRÊMIO FINEP • NORDESTE
Disputa
equilibrada na
Região
Nordeste
Composição do Júri
A decisão da Etapa Nordeste do Prêmio FINEP de Inovação Tecnógica 2005
foi marcada pela disputa acirrada entre os estados. A ordem de classifica-
Simone Assis
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial/RN
ção dos vencedores da Região foi divulgada no dia 11 de novembro, em
Maria Bernadete Cordeiro de Sousa
Universidade Federal do Rio Grande
do Norte
categorias Pequena Empresa, Produto, Processo, Instituição de C&T e Ino-
José Vitorino de Souza
Fundação Cearense de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico
Pedro Alem
FINEP – Financiadora de Estudos e
Projetos
Natal. Do total de 79 inscritos, 17 disputaram os três primeiros lugares das
vação Social. A categoria Grande Empresa teve dois finalistas.
O equilíbrio se reflete na lista de vencedores, que teve seis projetos
do Ceará, cinco do Rio Grande do Norte e quatro da Bahia entre os escolhidos. Uma proposta da Paraíba e outra de Pernambuco completam a lista. 
Vencedores
Vera Ilka Meireles Sales
Instituto Euvaldo Lodi/CE
Celia Maria da Rocha Ribeiro
Instituto Euvaldo Lodi/RN
Anderson Stevens Leônidas Gomes
Universidade Federal de Pernambuco
Armando Alberto da Costa Neto
Instituto Euvaldo Lodi/BA
Carlos Sartor
FINEP – Financiadora de Estudos e
Projetos
Maria Gricélia Pinheiro de Melo
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial/PB
José Henrique Patriota Soares
Petrobras
Coordenação do Prêmio FINEP
Região Nordeste
Marco Antonio Motta Nunes –
[email protected]
Média/Grande Empresa
1º lugar – Unitech (BA)
2º lugar – Simas (RN)
Pequena Empresa
1º lugar – ZCR (BA)
2º lugar – Fuji (PB)
3º lugar – MidiaVox (PE)
Instituição de C&T
1º lugar – Padetec (CE)
2º lugar – CT-GÁS (RN)
3º lugar – Fundação Edson
Queiroz (CE)
Inovação Social
1º lugar – Organização Potiguar (RN)
2º lugar – Instituto Sertão Vivo (CE)
3º lugar – UFBA (BA)
Produto
1º lugar – Armtec (CE)
2º lugar – Impacto Protensão (CE)
3º lugar – Engepetrol (RN)
Processo
1º lugar – BioCampo (RN)
2º lugar – Beraca Sabará (CE)
3º lugar – ZCR (BA)
Inventor Inovador – Murilo Pessoa de Oliveira
PRÊMIO FINEP • NORDESTE
MÉDIA/GRANDE EMPRESA
Simas
A Simas Industrial de Alimentos, que detém 55% do mercado de pirulitos do Brasil, desenvolve produtos
e processos para o setor de doces, balas, gomas de mascar e afins. O carrochefe do portfólio da empresa é o Cherry Pop, um pirulito recheado com chiclete responsável por um terço do faturamento de R$ 130 milhões, alcançado
em 2004. Desse total, 46% são fruto
de inovações lançadas no mercado há
menos de três anos.
No exterior, o sucesso da Simas é
a venda de balas. O produto foi responsável por cerca 50% da arrecadação de
R$ 45,5 milhões registrada no ano passado em exportações. Presente em mais
de 60 países, a empresa possui 30 patentes obtidas junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. 
Empresa tem aumentado a cada
ano os investimentos em P&D
Unidade de produção da Simas, no Rio Grande do Norte
Unitech
Laboratório de informática da Unitech, na Bahia
Criada em julho de 1995 para desenvolver soluções em
tecnologia da informação, a Unitech tornou-se a principal
empresa do setor em atuação no Norte e Nordeste. Com uma
média anual de crescimento de 82%, faturou R$ 51 milhões
em 2003 e R$ 69,5 milhões em 2004. Em 2005, a Unitech
apresentou faturamento recorde, de cerca de R$ 90 milhões.
Entre os softwares criados pela equipe de cerca de 1300
profissionais, estão o UniMail, o UniSAT e o UniSGE, soluções para envio de e-mails personalizados, administração
tributária e gestão empresarial, respectivamente. A empresa, que atua nos segmentos de telecomunicações, indústria
e administração pública, tem como clientes os governos de
São Paulo, Bahia e Minas Gerais, o Ministério da Cultura, a
Agência Nacional do Petróleo, a Petrobras, a Brasil Telecom,
a Telemar, a Vivo, a Claro e a Nestlé. 
INVENTOR INOVADOR
Murilo Pessoa de Oliveira
Especializado no desenvolvimento
de soluções para isolamento térmico de
tubulações de altas temperaturas, o engenheiro mecânico Murilo Pessoa de
Oliveira é autor de 42 patentes registradas no Brasil e no exterior.
Entre os produtos criados, destacam-se os Dispositivos Metálicos de Estratificação de Convecção Térmica. Trata-se de estruturas mecânicas que, aplicadas em tubulações, não liberam pós ou
fibras para o ambiente. Assim, o manuseio do material não irrita a pele e olhos
dos trabalhadores.
Formado na Universidade de Fortaleza, Murilo foi funcionário da Petrobras por 16 anos, onde atuou diretamente na área de projetos de refinarias e plataformas de petróleo. Hoje, a
empresa utiliza inovações patenteadas
pelo inventor em cerca de 110 km de
tubulações. 
PRÊMIO FINEP • NORDESTE
PEQUENA EMPRESA
Piso construído
com pedras
ornamentais
fabricadas pela Fuji
MidiaVox
Fuji
A aposta da F u j i
Mármores e Granitos na
pesquisa de novos tipos de
rochas ornamentais representou 62% do
faturamento da empresa nos últimos três
anos. Somente nesse período, foram inseridas no mercado nove pedras inéditas, que renderam cerca de R$ 12 milhões. A idéia é garimpar jazidas que
possuam materiais diferenciados, capazes de possibilitar mais opções para o
consumidor.
O produto final – geralmente blocos, chapas e ladrilhos – é negociado interna e externamente, sendo que 83%
da mercadoria é exportada. Dos 54 empregados da Fuji, dez estão envolvidos
em pesquisa e desenvolvimento de inovações, como os granitos Bordeaux, Exotic, Fortune, Gold, Macambira, Marrom
Madeira, Mororó, Pereiro e Umburana.
Especializada em telefonia computadorizada, a MidiaVox desenvolve
softwares para Contact Center, setor
que engloba todas as ações e ferramentas destinadas a estreitar relações entre empresas e consumidores,
como call centers, Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) e telemarketing. Atualmente, o Brasil arrecada 52% da receita total da indústria
latino-americana do ramo.
Nos últimos três anos, a MidiaVox lançou quatro novos produtos: um
que permite a realização de videoconferências pela web, um de envio, recebimento e organização de fax pela
internet, um sistema de gravação e
monitoramento de chamadas baseado em regras de negócios e um hardware específico para sistemas de
telefonia que, integrado ao computador, automatiza as operações de centrais telefônicas.
O faturamento em 2004 chegou
a R$ 3 milhões, sendo 20% deste valor fruto de exportações. 
Equipe da ZCR
trabalha na
criação e
atualização de
softwares
ZCR
O Portal do Esporte Clube Bahia
(www.eusoubahia.com) foi um dos 10 finalistas na categoria esportes do Prêmio iBest2002, oferecido anualmente
aos melhores sites do País. Em 2005,
ficou entre os cinco mais votados. O que
poucos sabem é que, por trás desse sucesso, está a terceira maior empresa baiana do ramo de tecnologia da informação, a ZCR Informática.
Fundada em 1991, investiu em
2004 R$ 235 mil em pesquisa e desenvolvimento de soluções para softwares,
sites e celulares, entre outros. O resultado do esforço tecnológico reflete-se no
faturamento, que passou de R$ 2,2 milhões, em 2002, para R$ 4,4 milhões,
em 2004. Com 100 empregados, sendo
90 de nível superior, a ZCR também presta serviços para o Grupo Tim/Maxitel, a
Companhia Vale do Rio Doce e o governo da Bahia. 
Tela de um dos
programas
desenvolvidos
pela MidiaVox
!
PRÊMIO FINEP • NORDESTE
INSTITUIÇÃO DE C&T
CT-GÁS
Principal unidade de desenvolvimento de soluções para uso de gás natural no Brasil, o Centro de Tecnologias
do Gás – CT-GÁS, é um consórcio criado em parceria entre a Petrobras e o Senai. A instituição atende ao mercado interno através da Rede Nacional de Núcleos de Tecnologias do Gás (REGÁS), que
possui 17 elos: o CT-GÁS, coordenador,
e mais 16 núcleos distribuídos pelo País.
Afinado com a meta do governo de
elevar a participação do gás natural na
matriz energética brasileira – dos atuais
7,7% para 12% até 2010 – a instituição
aposta na pesquisa aplicada e capacitação profissional. Nesse sentido, já criou
341 produtos, 38 processos e 19 softwares, além de promover cerca de 18 cursos relacionados ao gás natural, desde o
nível básico até a pós-graduação.
O Centro conta com 11 laboratórios de serviços, sete laboratórios de ensino, sete oficinas didáticas, 20 salas de
aula, dois auditórios, duas salas de videoconferência e biblioteca especializada.
CT-Gás coordena
pesquisas sobre
gás natural em
todo o País
Simas
Centro de Pesquisas do
Padetec é referência em
incubação de empresas
Fundação Edson Queiroz
A Fundação Edson Queiroz – FEQ,
de apoio à Universidade de Fortaleza (UNIFOR) é uma instituição privada e sem fins
lucrativos. Fundada em 1971, tem a missão de investir em capacitação profissional e financiar pesquisas e projetos.
Com 70% da equipe de 1.200 funcionários formada por mestres e doutores, a
Fundação apoiou, por exemplo, o projeto
SACI (Sistema de Apoio ao Combate de
Incidentes). Trata-se de um robô utilizado em missões do Corpo de Bombeiros
que possui um canhão de água 21 vezes
mais potente e é até 40% mais barato do
que os similares existentes no mercado
mundial. Desenvolvido pela Armtec Tecnologia e Robótica, a novidade figura entre os finalistas da categoria Produto.
Outras inovações criadas com incen-
Laboratório de testes da FEQ
tivo da FEQ são o Rightdry, equipamento
controlado eletronicamente responsável
pela secagem de grãos, e a Válvula Edson Queiroz, sistema de conexão segura
para botijões de gás. 
Padetec
O Centro de Pesquisas do Parque de Desenvolvimento Tecnológico do Ceará – Padetec, investe, há 15
anos, na incubação de empresas de base
tecnológica. Até hoje, 17 empreendimentos já foram orientados pelo Centro, que atualmente abriga dez empresas incubadas e dez associadas.
Um exemplo de sucesso é a Polymar Ciência e Nutrição. Incubada em
1997, criou cápsulas de óleos essenciais
que, ingeridas, aromatizam todo o corpo.
"
O produto, lançado no mercado no início deste ano, tem como princípio ativo
elementos extraídos de plantas nativas
da região. Uma delas é o coentro, que
possui essência similar à da lavanda.
Fundado em 1991, o Padetec possui
seis laboratórios de pesquisa e ocupa uma
área de 1.500m2. Apenas nos últimos três
anos, desenvolveu 35 novos produtos e
26 processos. Destes, nove foram patenteados junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). 
PRÊMIO FINEP • NORDESTE
PRODUTO
Armtec
O Corpo de Bombeiros ganhou um
aliado e tanto no combate a incêndios.
Desenvolvido pela Armtec Tecnologia
em Robótica, o Robô SACI possui inúmeras vantagens em relação aos similares existentes no mercado mundial.
Três exemplos: lança jatos com até
4.200 litros de água por minuto, o que
representa potência 21 vezes maior;
suporta 100ºC a mais nos circuitos e
pode girar em 360º.
No quesito economia, a superioridade continua. Para se ter uma idéia,
o custo total de um robô do gênero fabricado na Inglaterra é de R$ 300 mil.
Já o preço do SACI, de tecnologia 100%
nacional, varia entre R$ 205 mil e
Robô mais potente do
mundo entra em ação
durante teste de
resistência
R$ 220 mil. O produto é responsável por
todo o faturamento da Armtec, que pretende lançar a versão 2.0 do Robô SACI
em 2006. Atualmente, existem as versões 1.0 e 1.5. 
Engepetrol
Laje pré-fabricada
com tecnologia
desenvolvida
pela Impacto
Protensão
Impacto Protensão
A utilização das caixas removíveis
desenvolvidas pela Impacto Protensão
reduz em até 40% os custos de fabricação
de lajes pré-moldadas. Aplicadas entre as
treliças, estrutura reticulada resultante do
cruzamento de vigas, o produto plástico
dispensa o uso de isopor ou tijolo para moldar a estrutura. Em relação ao tempo gasto, o material também é vantajoso. Um serviço que demoraria cinco dias para ser entregue fica pronto em 48 horas.
Além disso, como têm funcionamento semelhante ao de formas de bolo, as
caixas podem ser reaproveitadas. Carrochefe da empresa, o produto foi patenteado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e representou 30%
do faturamento registrado entre abril e
agosto de 2004. 
Cobertos por um dispositivo protetor, os cabos de transmissão de dados
de poços de petróleo não correm mais o
risco de amassamento. O novo produto,
que envolve integralmente os tubos de
produção, permite que as informações
sejam transportadas com perfeição do
fundo da estrutura até a superfície. Criada pela Engepetrol, a novidade gera
economia de US$ 20 mil por cada mil
metros de extensão. Isso porque não é
mais necessário enviar o cabo para ser
revestido no exterior, o que elevava os
custos de US$ 6 para US$ 26 o metro.
Patenteada, a inovação é responsável pelo aumento de 200% das vendas da empresa, sendo 146% para o
mercado interno e 54% para exportação. A previsão é que o retorno anual
seja de R$ 3,7 milhões em vendas para
a indústria nacional e R$ 1,2 milhão para
a internacional. 
Técnicos da
Engepetrol fazem
uso do novo
produto
#
PRÊMIO FINEP • NORDESTE
PROCESSO
Beraca Sabará
Única fabricante nacional de dióxido de cloro para desinfecção de águas,
a Beraca Sabará reduz em até 40% os
gastos com a importação do produto. A
substância possui duas vantagens fundamentais em relação ao cloro, normalmente utilizado: é 2,4 vezes mais eficiente e desaparece da água em menos
de uma hora, enquanto o cloro pode permanecer dias na mistura.
Como dilui rapidamente, o dióxido
deve ser produzido no local de aplicação, problema solucionado através da
utilização de quatro reatores que, abastecidos com clorato de sódio e ácido clorídrico, geram o produto.
Fábrica da Beraca Sabará
é a única unidade
produtora de dióxido de
cloro para desinfecção de
águas do País
A inovação, patenteada junto ao
Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), já está sendo aplicada
pela Companhia de Água e Esgoto do
Ceará (Cagece), que atende a toda Grande Fortaleza. 
Biocampo
Desenvolvido pela Biocampo, o
processo de padronização genética de
mudas de helicônias aumenta a produtividade em 30%. Flores tropicais largamente utilizadas na ornamentação de
ambientes, as helicônias reproduzidas in
vitro mantêm as características estéticas e são livres de pragas.
Segundo o agrônomo Paulo Hercílio
Viegas, responsável pelo projeto, infelizPlantação de
helicônias
geneticamente
padronizadas
$
mente o destino das plantas é geralmente o mercado externo. A estratégia se justifica, pois enquanto o consumo anual per
capita nos Estados Unidos, Europa, Japão
e Argentina é de US$ 80, US$ 120, US$
130 e US$ 25, respectivamente, um brasileiro gasta em média US$ 8 com flores
a cada ano. “Os dados explicam nossa
intenção. Fica claro que a exportação é o
melhor caminho a ser seguido”, afirma. 
ZCR
Para atender às especificações do
Capability Maturity Model Integration
(CMMI), laudo internacional de controle
de qualidade de softwares, a ZCR Informática criou um processo que irá nortear
toda a produção da empresa. O CMMI é
emitido pela Integrated System Diagnostics Brasil (ISD Brasil), única empresa do
País reconhecida pelo Software Engineering Institute (SEI), criador do modelo.
Além de oferecer credibilidade, o
parecer técnico é fundamental para o
sucesso da política de exportações da
ZCR, que pretende entrar no mercado
externo com força total este ano.
Uma das exigências atendidas é a
integração entre as gerências de medição e análise; monitoração e controle;
garantia de qualidade; requisitos; confi-
guração e projetos. O sistema permite
que os profissionais envolvidos acompanhem todas as etapas de produção de um
programa, desde a concepção até a conclusão do serviço. 
Padronização exige
reciclagem dos
funcionários
PRÊMIO FINEP • NORDESTE
INOVAÇÃO SOCIAL
Organização Potiguar
Graças ao projeto Carnaúba Viva,
realizado pela Organização Potiguar de
Arte, Cultura, Desporto e Meio Ambiente, 130 trabalhadores do Rio Grande
do Norte e Ceará, que não tinham fonte
de renda, passaram a receber em média
R$ 200 por mês.
A novidade é a utilização de esteiras de palha de carnaúba, em substituição ao alumínio, para a proteção dos dutos de vapor fabricados pela Petrobras,
cujas temperaturas chegam a 260ºC. Palmeira nativa da região, a carnaúba agrega valor ao produto que, devido à procura, teve o preço reajustado em 300%.
A iniciativa formou oito grupos produtivos de artesanato em quatro municí-
pios do Rio Grande do Norte – Upanema,
São Rafael, Carnaubais e Caraúbas – e um
do Ceará – Aracati. Outros estão sendo
capacitados e a expectativa é de que mais
70 pessoas sejam beneficiadas. 
Substituição de
alumínio por
palha de carnaúba
gera renda para
130 trabalhadores
UFBA
Aulas de gestão social são diferencial da UFBA
O Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e
Gestão Social da Universidade Federal da Bahia já capacitou cerca de 350 alunos de graduação e pós-graduação em
gestão social. O curso, criado em 2002, aproxima a comunidade acadêmica das estratégias de cooperação e administração
de negócios voltados para comunidades carentes.
Este ano, o Programa de Desenvolvimento e Gestão Social, elaborado pela Universidade, abre a primeira turma de
mestrado sobre o tema. Na grade curricular da carreira estão
disciplinas voltadas para o ensino de economia solidária, cooperativas populares, responsabilidade social e ONGs.
Outra atividade realizada durante o curso é a residência
social. Em contato direto com as comunidades locais, o estudante aprende na prática as características e atribuições de
um profissional do ramo. 
Sertão Vivo
A construção de 3.600 poços artesianos tubulares e rasos, com profundidade média de dez metros, abriu novos
horizontes para a população de 87 municípios do Ceará. A inovação, desenvolvida pelo Instituto Sertão Vivo, já proporcionou o plantio de um hectare de frutas e hortaliças irrigadas no sertão do estado onde, devido à escassez de água,
tal prática era impossível.
Em comparação com os poços existentes antes do projeto, que têm cerca
de 60 metros de profundidade, há ainda
mais uma vantagem fundamental: enquanto a vazão média dos antigos é de
dois mil litros de água por hora, a dos
novos varia entre três mil e 92 mil.
Os poços-modelo foram construídos
às margens dos rios Banabuiú e Quixera-
mobim e dos riachos Forquilha, Manituba, São José, Caraúna e Valentim, todos
localizados no município de Quixeramobim, que possui aproximadamente 60 mil
habitantes, sendo a metade moradores
da área rural. 
Poços artesianos
permitem cultura
de tomate no
sertão nordestino
%
PRÊMIO FINEP • NORTE
Região
Norte
14
vencedores
tem
A Etapa Norte do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005 conheceu,
no dia 26 de outubro, a ordem de classificação dos vencedores da Região.
Do total de 53 inscritos, 14 disputaram os três primeiros lugares das categorias Produto, Processo, Instituto de Pesquisa e Inovação Social. A categoria Pequena Empresa teve dois finalistas.
&
O Amazonas, com oito projetos escolhidos, é o destaque da Etapa. Logo
em seguida, aparece o Pará, com seis, e Tocantins, com um.

Vencedores
Pequena Empresa
1º lugar – Ornatos (PA)
2º lugar – Pharmakos (AM)
Instituição de C&T
1º lugar – Embrapa Oriental (PA)
2º lugar – Fucapi (AM)
3º lugar – Fundação Desembargador
Paulo dos Anjos Feitoza (AM)
Inovação Social
1º lugar – Alunorte (PA)
2º lugar – Inpa (AM)
3º lugar – ACDA (PA)
Processo
1º lugar – CVRD (PA)
2º lugar – Ceteli – UFAM (AM)
3º lugar – Inpa (AM)
Produto
1º lugar – Fundação Desembargador
Paulo dos Anjos Feitoza (AM)
2º lugar – Embrapa Oriental (PA)
3º lugar – Pronatus (AM)
Menção Honrosa – Isoltech (TO)
Inventor Inovador
Eduardo Bretas
PRÊMIO FINEP • NORTE
INOVAÇÃO SOCIAL
ACDA
Graças a um software que avalia e
estimula o potencial cognitivo, duas crianças com paralisia cerebral já começaram o processo de alfabetização. Outras
três estão em fase inicial de aprendizado. A Associação de Assistência à Criança Deficiente da Amazônia - ACDA,
que criou o programa em parceria com o
Centro de Desenvolvimento Infantil
(CEDI), espera disponibilizá-lo para escolas estaduais e utilizá-lo também em
casos de Síndrome de Down.
A primeira das 127 telas do software
apresenta a figura de uma banana e um
boneco (smile) que diz “o que
é isto?” e apresenta quatro alternativas. Como as crianças
são incapazes de falar, teclar
ou escrever, balançam a cabeça, piscam, sopram, enfim,
emitem algum sinal quando
o personagem fala a respos-
ta que consideram correta. Após essa primeira etapa, desenvolvem-se conhecimentos de cores, letras, sílabas e frases. 
Software estimula
potencial de
crianças deficientes
INPA
Índios extraem
mel em uma das
comunidades
atendidas
A inovação social do
Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia - INPA consiste em
estimular a cultura de criação de abelhas sem ferrão para a extração do
mel em três comunidades
indígenas do Amazonas:
Ticuna, Cocama e Mura.
Inicialmente, foram construídas
300 colméias, sendo 100 em cada comunidade. Para que as aldeias passem
a ser auto-suficientes, os índios rece-
beram treinamento, equipamentos e terão minioficinas de marcenaria, o que
garantirá a independência na confecção
de colméias.
No Amazonas, o preço do litro de
mel varia de acordo
com a qualidade do
produto e vai de R$ 5
a R$ 50. A produção
total, de até 900 litros
por ano, atende o consumo nas tribos e gera
comércio entre as comunidades vizinhas. 
Alunorte
Os tubos de aço utilizados pela Alunorte na fabricação
de alumínio ganharam uma nova função que já beneficia mais
de dez famílias paraenses. O material sucateado cai como
uma luva na construção de estufas, pois, além de cumprir o
papel de sustentar a estrutura, ainda reduz o custo total do
metro quadrado de R$ 80 para R$ 4.
Para possuir uma estufa, o agricultor local interessado
em plantar hortaliças, por exemplo, deve estar inscrito na Cooperativa de Extrativismo e Desenvolvimento Agrícola de Barcarena (CEDAB) e desembolsar cerca de R$ 1,2 mil, valor 20
vezes inferior ao de mercado. Há ainda a opção de fazer o
pagamento por meio da produção obtida, que, nesse caso, é
revendida pela CEDAB.
Hoje, existem 15 estufas prontas, 12 em construção e 15
já projetadas. Cada uma possui 315m e cerca de 60 tubos, de
7,5m. Como as estruturas resistem à chuva, os agricultores podem plantar o ano inteiro. O faturamento atual bruto alcançado
pelas famílias, juntas, é de R$ 16 mil por mês em média. 
Estufa construída com
tubos de aço da Alunorte
é 20 vezes mais barata
'
PRÊMIO FINEP • NORTE
PROCESSO
Ceteli
A Philips MDS Manaus comemora a
redução de 3% no custo de embalagem
e transporte de telas de cristal líquido
para celulares. O mérito, porém, é dos
pesquisadores do Centro de Tecnologia Eletrônica e da Informação –
Ceteli da Universidade Federal do Amazonas. Terceirizados pela empresa, criaram o push car, miniveículo sobre quatro
rodas capaz de armazenar com segurança 5.400 unidades do produto.
O “carrinho”, transportado em caminhões-baú, possui sistema de amortecimento, travas de segurança e pesa
60 quilos. Com 1,5m de altura, 1,18m de
comprimento e 52cm de largura, dispensa a utilização de madeira e caixas de
papelão. Além disso, permite o reapro-
Pesquisador do
Ceteli conduz o
push car
veitamento das cartelas plásticas de proteção das telas, que geralmente chegavam amassadas ao destino. 
Nova plataforma
oferece segurança e
economiza tempo
CVRD
A manutenção de tratores com esteiras não é mais uma dor de cabeça para
a Companhia Vale do Rio Doce - CVRD.
Antes, a manipulação do truck, peça envolvida pela esteira, era feita por
pontes rolantes
com cabo de aço e
gancho. O sistema
girava o componente em duas etapas, primeiro em
180º e depois em
360º. O problema era o risco de acidentes, pois a estrutura não é 100% confiável para suportar trucks com
mais de cinco toneladas e cerca de seis
metros de comprimento.
Há casos em que o cabo arrebenta ou a peça não fica na posição ideal. Mesmo o impacto causado pelos giros já acarreta danos ao patrimônio e perigo aos
Pesquisadores
tranformam pele
de peixe em
artigos de couro
INPA
O aproveitamento de pele de peixes nativos para fabricação de artigos de couro abre uma nova perspectiva para o comércio da Região Amazônica. A técnica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA une o
útil ao agradável. Ao mesmo tempo em que explora um componente subtilizado e abundante na região, cria uma alternativa ao couro de animais silvestres como a cobra e o jacaré.
O produto, já apresentado em mostras e feiras, está em
vias de ser comercializado, o que deve ocorrer ainda este ano.
No âmbito do estudo, foram fabricados sapatos, cintos, jaquetas, saias, coletes e pulseiras com pele de surubim, pirarucu,
tucunaré e tambaqui, entre outros. 
empregados envolvidos.
A solução encontrada foi
a construção de uma plataforma que fixa o truck
nas extremidades e,
através de um motor hidráulico, é capaz de girála em até 360º. O novo
processo, além de seguro, reduz o tempo gasto com a manutenção em até 48
horas. Os tratores com esteiras da CVRD
são o DR9 e o DR11, de 50 e 105 toneladas, respectivamente. 
PRÊMIO FINEP • NORTE
PRODUTO
Fundação Paulo Feitoza
Através de um sistema de captura e detecção do movimento ocular, a Fundação Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza insere portadores de deficiência motora no mundo digital. Trata-se do Mouse Ocular, produto que transmite
informações do usuário para o computador por meio de eletrodos instalados na face. Em resumo, os olhos guiam o cursor e as piscadas dos olhos direito e esquerdo assumem as
funções dos botões do mouse.
O módulo possui programas que permitem a edição de textos e a navegação na Internet, entre outros. Há, por exemplo, um
software que simula um teclado padrão. Para escrever, basta levar o cursor até a tecla desejada e selecionar. A novidade já foi
patenteada pela Fundação. 
Mouse Ocular promove inclusão digital
Embrapa
Além de tolerantes à vassoura-debruxa, os clones de cupuaçuzeiro desenvolvidos pela Embrapa Amazônia
Oriental apresentam produção de frutos 40% superior à média e reduzem
os custos em 50%. A variedade não tem
similar no mercado e é a única imune
ao fungo Crinipellis perniciosa, causador da doença que é responsável pela
má formação de 65% da plantação de
cupuaçu do Amazonas.
A fruta, rica em fósforo e vitamina
C, é largamente utilizada em sucos, sorvetes, doces, geléias e licores, por exemplo. Entre os 46 clones de cupuaçuzeiro
criados, os pesquisadores recomendam
um kit composto por apenas quatro:
Codajás, Manacapuru, Coari e Belém. 
Pronatus
A Pronatus da Amazônia se inspirou na lenda indígena
da árvore mulateiro e desenvolveu um produto rejuvenescedor
que agradou em cheio aos consumidores. Trata-se do Creme
Revitalizador Mulateiro Anti-Aging, que foi aprovado por 37 dos
40 participantes do teste de qualidade encomendado pela empresa. Ao contrário dos similares hoje no mercado, o novo creme pode ser usado a qualquer hora do dia ou da noite e permite o uso de filtros solares.
O diferencial da planta é a
presença de fenóis, um tipo de
molécula orgânica com forte potencial antioxidante que impede o envelhecimento das
células ao deter a ação dos
radicais livres de oxigênio.
Segundo a lenda, as índias
guerreiras da Amazônia se
mantinham jovens e belas
porque faziam uso de
banhos das cascas do
mulateiro. 
Clones de
cupuaçuzeiro:
maior proteção e
menor custo
MENÇÃO HONROSA
Mulateiro pode
ser utilizado a
qualquer hora do
dia ou da noite
A Isoltech Tecnologia Ecoisolantes criou um inédito conjunto de polímeros isolantes para sistemas de cabeamento de redes de distribuição de
energia elétrica que poderá atender
30% do mercado interno até o final de
2006. São vários os diferenciais do produto: reduz em 33% o custo por quilômetro; tem capacidade de isolamento 62% maior; diminui em
40% o tempo de
instalação; possui
metade do peso,
apenas 12 kg; é
100% reciclável e
não agride o meio
ambiente. 
PRÊMIO FINEP • NORTE
INSTITUIÇÃO DE C&T
Embrapa
O Núcleo Temático de Biologia
Aplicada da Embrapa Amazônia Oriental, que tem como objetivo viabilizar
soluções para o desenvolvimento sustentável da região, possui 13 produtos e 14
processos criados apenas nos últimos
três anos. As principais cadeias produtivas atendidas são as do açaí, cupuaçu,
pimenta-do-reino, milho, mandioca, tomate e jambu.
No caso do cupuaçu, foram desenvolvidos clones de cupuaçuzeiro tolerantes à vassoura-de-bruxa. O resultado alcançado é animador: aumento de 40% da produção de frutos e
economia de cerca de 50% com gastos relativos ao combate à
doença. Outro exemplo é a criação de híbridos de banana resistentes ao mal-do-Panamá e às sigatokas amarela e negra, doenças que reduzem a produção em até 50%. 
Fachada da
Embrapa
Amazônia
Oriental
Fucapi
Fucapi já atendeu
30 micro e
pequenas empresas
Fundação Paulo Feitoza
Os softwares A Voz do Mudo, que
decodifica a linguagem de sinais para
sons digitalizados, e Mouse Ocular, que
permite o controle do cursor do mouse
padrão através de piscadas e movimentos dos olhos, são algumas das inovações
tecnológicas desenvolvidas pelos pesquisadores da Fundação Desembargador
Paulo dos Anjos Feitoza.
Na área de inclusão social, a Fundação assinou recentemente convênio
com a Suframa e a Prefeitura de Manaus
para instalação de 14 Centros de Treinamento em Informática. Em um ano, pretende-se atender 25 mil alunos, mas a
idéia é expandir o benefício para toda a
rede municipal de ensino, que possui cerca de 255 mil estudantes. 
Instituição privada e sem fins lucrativos, a Fundação Centro de Análise,
Pesquisa e Inovação Tecnológica Fucapi tem como missão o desenvolvimento de pesquisas e prestação de serviços tecnológicos e educacionais voltados para empresas e organizações da Região Amazônica.
Somente por meio do Programa Nacional de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex), a Fundação já atendeu 30
micro e pequenas empresas amazonenses, que foram orientadas a adequar um
total de 49 produtos para aceitação no
mercado internacional. Graças ao apoio,
12 dessas instituições exportaram, juntas, o montante de US$ 395 mil em 2004.
A Fucapi nasceu em 1982 e possui
39 patentes registradas. 
Mouse Ocular
sendo utilizado
por um dos
pacientes
PRÊMIO FINEP • NORTE
PEQUENA EMPRESA
Ornatos
A Ornatos Embalagens atua, há
três anos, no ramo de embalagens artesanais. O pouco tempo, porém, não esconde a vocação empreendedora da empresa, que já possui uma linha de 100
produtos e apresentou faturamento de
R$ 86 mil em 2004.
Entre os itens desenvolvidos estão
caixas para jóias, sacolas de papel, blocos de anotações, pastas para eventos e sachês, tudo produzido com matérias-primas naturais da Amazônia. Um dos destaques é a embalagem Sachê Folha, fabricada com folha desidratada e fibra de açaí. O governo do Amazonas, secretarias
estaduais e municipais, hotéis, empresas de cosméticos e perfumarias são alguns dos clientes da Ornatos. 
Composição do Júri
Claudio Ribeiro Cavalcanti
Universidade Federal do Pará –
UFPA
Sachê Folha,
produzida com
fibra de açaí
Pharmakos
Sabonete de crajiru, um dos 30 itens
da linha de produtos da Pharmakos
A Pharmakos d’Amazônia é
uma empresa familiar que fabrica fitoterápicos e fitocosméticos somente com insumos encontrados na floresta amazônica. Desde a fundação,
em 2001, o faturamento da Pharmakos só cresce. Para se ter uma
idéia, os números foram R$ 500 mil,
em 2002, e R$ 1,15 milhão, em 2004.
Incubada no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial
(CIDE), a empresa produz mensalmente 60 mil unidades de uma linha
de 30 produtos, como o antiinflamatório reumatigel, a parafina bronzeadora com óleo de urucum, a pomada
de copaíba e o óvulo de crajiru, produto inédito usado no tratamento de
cervicites e vaginites. 
Fernando Teruó Yamada
Conselho Deliberativo do SEBRAE/PA
Gualter Parente Leitão
Instituto Euvaldo Lodi/FIEPA/PA
Henrique Adolpho Oliveira de Mattos
Petrobras/UN-BSOL
João César Dotto
Fundação de Tecnologia do Estado
do Acre – FUNTAC
Júlio César Imenes
Financiadora de Estudos e Projetos
FINEP
Manoel Henrique Reis Nascimento
Instituto Euvaldo Lodi/FIEAM/AM
Maria Luiza de A. Picanço Meleiro
Caixa Econômica Federal – CEF
Marly Guimarães
Secretaria de Ciência e Tecnologia
do Estado do Amazonas
Paulo Roberto Tosta da Silva
Financiadora de Estudos e Projetos
FINEP
Simone de Araújo Góes Assis
Instituto Euvaldo Lodi
IEL Nacional
Coordenação do Prêmio FINEP
Região Norte
Palmira Moriconi – [email protected]
INVENTOR INOVADOR
Eduardo Bretas
O representante da Região Norte na categoria Inventor Inovador
é o engenheiro mecânico Eduardo Bretas. Entre outras invenções, criou
e patenteou, em parceria com Maria Lelia Lisboa Belo, o Sistema de
Extração e Refrigeração Instantânea para Água de Coco, conhecido
como Coco Express. O produto é encontrado em mais de mil pontos
de venda distribuídos pelo Brasil e está presente em 17 países.
A idéia, conta Bretas, surgiu há dez anos em uma fila de
banco em Manaus. Na ocasião, percebeu o sucesso de um
ambulante que aproveitava o dia ensolarado para vender coco,
guardado em isopor e gelo. Os clientes faziam as mesmas
perguntas: “Está gelado? Tem bastante água?”. Resultado: em apenas
dois anos, o Coco Express gerou um lucro bruto de R$ 5 milhões. “Hoje, nossos
licenciados chegam a vender 500 cocos por dia”, comemora. 
!
PRÊMIO FINEP • SUDESTE
Disputa acirrada marca
Os seis representantes da Região Sudeste na disputa pelo Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica –
Etapa Nacional foram: Ouro Fino (Grande Empresa), Apilani (Pequena Empresa), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Instituição de Pesquisa), Centro de Tecnologia Mineral (Inovação Social), Companhia Siderúrgica de Tubarão (Processo)
e Robert Bosch (Produto).
A disputa por estados foi acirrada entre São
Paulo e Rio de Janeiro. As empresas paulistas lideraram com sete vencedoras, enquanto os cariocas tiveram seis. O Espírito Santo com três e Minas Gerais com duas completam a lista. Ao todo,
a região teve 273 candidatos. Na categoria Inven"
tor Inovador, o representante do sudeste foi Kentaro Takaoka, vencedor da Etapa Nacional. 
Região Sudeste
Vencedores
Produto
1º lugar – Robert Bosch (SP)
2º lugar – Caliman (ES)
3º lugar – Trilha (RJ)
Pequena Empresa
1º lugar – Apilani Máquinas (RJ)
2º lugar – Adespec (SP)
3º lugar – Griaule (SP)
Processo
1º lugar – CST (ES)
2º lugar – Carboderivados (ES)
3º lugar – Siemens (SP)
Instituição de Pesquisa
1º lugar – INPE (SP)
2º lugar – Bio-Manguinhos (RJ)
3º lugar – UFMG (MG)
Média/Grande Empresa
1º lugar – Ouro Fino (SP)
2º lugar – Nortec (RJ)
3º lugar – V&M do Brasil (MG)
Inovação Social
1º lugar – CETEM (RJ)
2º lugar – CDI (RJ)
3º lugar – CEAT (SP)
Inventor Inovador – Kentaro Takaoka
PRÊMIO FINEP • SUDESTE
PEQUENA EMPRESA
Apilani
Adespec
Colas especiais que não fazem
mal à saúde e podem ser usadas tanto em processos pesados da construção civil e do setor industrial,
quanto em pequenos reparos em
domicílios. É o que oferece a
Adespec, primeira empresa no Brasil a desenvolver uma linha de adesivos de alto desempenho feitos à
base de água e livres de solventes.
Um dos destaques é o prego líquido. Trata-se de uma cola que substitui pregos e martelos na hora de
construir, reformar e decorar ambientes. O adesivo especial é indicado
para unir os mais diversos materiais,
como madeira, cerâmica, azulejo,
concreto, fórmica, gesso, espelho,
isopor, pedra, vidro e metais. Produtos semelhantes já são utilizados na
Europa e nos EUA, por apresentarem
as vantagens de não agredirem o
meio ambiente, não serem inflamáveis e não apresentarem riscos à saúde dos usuários.
O último lançamento da Adespec é um adesivo à base de poliéster
siloxano, que substitui com vantagens
os silicones e poliuretanos na construção civil. Em comparação ao silicone, é cinco vezes mais forte e pode
ser pintado. Quanto ao poliuretano,
as vantagens estão em poder ser aplicado em lugares úmidos, colar metais e plásticos, além de ser duas
vezes mais forte. O adesivo inovador
é aplicado, por exemplo, na instalação de pisos e cerâmica.
Em 2004, a Adespec investiu
85% do faturamento de R$ 310 mil
em pesquisa e desenvolvimento. Já no
ano passado, os números foram 56%
e R$ 760 mil, respectivamente. 
Pesquisadora da
Adespec trabalha no
desenvolvimento de
colas especiais
O segundo lugar alcançado pela Apilani em 2004
não foi por acaso. Nascida em
1983, a empresa venceu a
categoria Pequena Empresa Etapa Sudeste e se consolida como importante aliado da
indústria nacional de mel,
que está entre as dez maiores exportadoras do mundo.
A linha de produtos,
que possui seis patentes obtidas junto ao INPI, conta, por
Centrífuga conserva as
exemplo, com uma centrífu- propriedades originais do mel
ga para extração de mel. “As
máquinas convencionais alteram o sabor, a espessura e o
aroma do alimento. Já a nossa, evita o choque e conserva as
propriedades originais do mel”, explica José Vilani, presidente da empresa. A máquina foi apresentada na Feira Internacional de Apicultura, ocorrida em agosto de 2005 em
Dublin, na Irlanda. Na ocasião, a Apilani foi a única brasileira do ramo a se apresentar.
Segundo José, o diferencial da empresa é a vocação
tecnológica. “Não copiamos soluções prontas. Observamos
as demandas e desenvolvemos inovações apropriadas para
cada realidade”, afirma. A média de faturamento anual da
empresa é de R$ 170 mil e 33% deste valor é aplicado em
pesquisa e desenvolvimento. 
Griaule
As tecnologias desenvolvidas pela
Griaule podem pôr fim, em curto prazo,
ao pesadelo de termos que memorizar senhas e mais senhas em nosso cotidiano.
Focada na produção de softwares para reconhecimento de pessoas através de impressões digitais, a empresa já disponibiliza um sistema de banco de dados automático, no qual o usuário apenas encosta o dedo cadastrado em um scanner
digital e é reconhecido em no máximo
três segundos. Trata-se do GrFinger, que
é comercializado no site da empresa
(www.griaule.com) e foi considerado pelo
FBI (Federal Bureau of Investigation –
EUA) como um dos oito programas do gênero mais eficientes do mundo. Cada licença custa cerca de U$ 50, preço que
inclui a biblioteca do programa, ou seja,
quem compra pode escolher quais os dados e comandos considera necessários.
Em similares estrangeiros, essa biblioteca custa entre U$ 1 mil e U$ 1,5 mil.
O serviço já é utilizado pelas secretarias de segurança pública dos estados
de São Paulo, Tocantins, Goiás e Rondônia
para emissão de identidades e carteiras de
habilitação, por exemplo. Com o software,
Scanner digital reconhece usuário em
até três segundos
a ficha pessoal dos identificados é armazenada e facilmente encontrada através da
impressão digital. O Detran de Pernambuco e Mato Grosso do Sul, as universidades
de Campinas e São Lucas (RO) e academias, clubes, locadoras e empresas também
usam o sistema, que é vendido para os
EUA e também países da Europa, América
do Sul e Ásia. Com dez anos de idade e há
três incubada na Unicamp, a empresa aloca dez dos 18 empregados diretamente no
setor de pesquisa e desenvolvimento. 
#
PRÊMIO FINEP • SUDESTE
MÉDIA/GRANDE EMPRESA
V&M Brasil
Fundada em 1952 para atender às
necessidades da emergente indústria petrolífera nacional, a V&M do Brasil detém 95% do mercado brasileiro de tubos
de aço. Subsidiária da Vallourec & Mannesmann Tubes na América do Sul, a empresa faturou R$ 1,8 bilhão em 2004, sendo que 25% desse valor são resultado de
exportações.
Uma das prioridades da V&M do Brasil é a preocupação ambiental. Graças à
manutenção de 106 mil hectares de florestas de eucalipto, posteriormente transformado em carvão vegetal, a empresa é
a única fabricante de tubos de aço no
mundo a utilizar energia 100% renovável
no processo produtivo. Vale ressaltar que
cada tonelada de aço produzida com carvão vegetal evita o acúmulo de 1,8 tonelada de CO2 na atmosfera, o que contribui para redução do aquecimento global.
Com capacidade para produzir 500
Fábrica da V&M produz até 500 mil toneladas de aço sem costura por ano
mil toneladas de tubos de aço sem costura por ano, a Usina Barreiro, localizada
em Belo Horizonte (MG), é o principal
complexo industrial da V&M do Brasil e
ocupa uma área de 3 milhões m2. A produção atende às demandas dos setores
de óleo e gás, automobilístico e indústria de base, entre outros. 
Nortec
Especializada na produção de princípios ativos farmacêuticos, a Nortec
Química possui cerca de 200 clientes no
Brasil e no exterior. Na lista, estão os laboratórios Pfizer, Merck, Roche, Aventis,
Cristália, Medley e Eurofarma, que têm
à disposição a maior linha de produtos
do gênero do País. “Além dos 43 princípios ativos já no mercado, há mais 31 sendo desenvolvidos”, afirma Marcus Soalheiro Cruz, diretor de pesquisa e desenvolvimento da empresa.
Princípio ativo, explica Marcus, é
uma substância fundamental para a efi-
princípios ativos é a xilocaína.
“Fomos pioneiros na síntese de
xilocaína no Brasil. Hoje, nossos laboratórios não precisam
mais importar o produto”, comemora.
Criada em 1985, a Nortec também desenvolve princípios ativos para medicamentos cardiovasculares, anti-HIV,
Equipe da Nortec produziu a maior linha de
descongestinantes e antivirais,
príncípios ativos do País
entre outros. Empresa 100%
cácia de determinado remédio. No caso
nacional, registrou faturamento de R$ 40
de anestésicos, por exemplo, um dos
milhões em 2004. 
Ouro Fino
$
Sediado em Ribeirão Preto (SP), o Grupo Ouro Fino é
líder do mercado nacional de produção e comercialização de
produtos farmacêuticos para saúde animal. Criada em 1987, a
empresa alcançou, em 2005, faturamento de cerca de R$ 120
milhões. Para 2006, a expectativa é de que o faturamento chegue a R$ 160 milhões. “No mínimo 5% do que arrecadamos é
investido em pesquisa e desenvolvimento (P&D)”, afirma Fábio
Lopes Júnior, diretor financeiro.
Entre os produtos desenvolvidos estão o Colosso, carrapaticida bovino 40% mais eficiente do que os similares. O segmento de medicamentos para pequenos animais, como cães e
gatos, é responsável por 13% das vendas, enquanto as exportações representam 15%.
Atualmente, a empresa, que possui cinco patentes registradas no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI),
conta com cinco laboratórios de P&D, onde estão alocados 40
dos 450 empregados. 
5% do faturamento da Ouro Fino é investido no
desenvolvimento de novos produtos
PRÊMIO FINEP • SUDESTE
PROCESSO
Carboderivados
CST
Ao transformar piche líquido
em piche esferoidal, a Carboderivados criou um
produto inédito
que, além de reduzir os riscos de acidentes ocupacionais, facilita o processo de fabricação de materiais
refratários, como
cerâmica, vidro e
tijolo. Por definição, materiais refratários são aqueles que não acumulam calor e resistem a temperaturas elevadas.
NormalmenFábrica da Carboderivados, no
te, o manuseio não
município de Serra, Espírito Santo
cuidadoso do piche
moído, largamente
utilizado pela indústria do setor, provoca queimaduras de intensidades variadas. Por ser esférico e medir até 0,7mm de
diâmetro, o esferoidal apresenta uma superfície de contato praticamente desprezível, o que reduz em aproximadamente 100%
os acidentes de trabalho.
Outra vantagem gerada pelo tamanho e formato do produto é a capacidade de homogeneização dos grãos, que se agregam facilmente aos elementos que compõem os materiais refratários. O processo de obtenção do piche esferoidal possui três
fases. Na primeira, o piche líquido é submetido a uma temperatura de cerca de 350ºC. Em seguida, é pressurizado e, por fim,
pulverizado. Responsável por 2,61% do faturamento da empresa, de aproximadamente R$ 90 milhões, o piche esferoidal atende
integralmente a demanda do mercado interno. 
A Companhia Siderúrgica de Tubarão – CST, em parceria com a KAEME Consultoria, tornou a escória de aciaria
apta para substituir a brita na construção de rodovias. Nocy
Oliveira da Silveira, executivo de vendas da empresa, explica
que a escória é um dos subprodutos da fabricação de aço. "O
que fazemos é transformá-la em acerita, como é conhecido o
resíduo tratado". O novo produto já foi utilizado com sucesso
na pista do Aeroporto de Vitória e nas vias internas do Terminal Industrial Multimodal da Serra Capixaba.
Mensalmente, a CST produz 40 mil toneladas de escória
de aciaria, que antes era utilizada na regularização de vias e
pátios. "Não podíamos usar o material em rodovias asfaltadas,
pois, em contado com a chuva e a umidade do ar ou do solo, a
escória cresce aproximadamente 7% em volume, o que tornaria os asfaltos irregulares", afirma Nocy. A solução encontrada
foi desenvolver um processo industrial capaz de acelerar a hidratação dos resíduos, para que ocorra antes da aplicação em
pavimentos. Após tratado, a porcentagem de crescimento é
de, no máximo, 3%, valor que está de acordo com as exigências das normas rodoviárias brasileiras.
A CST é responsável por 15% da produção de aço do Brasil
e apresenta receita líquida anual de US$ 1,8 bilhão. 
Siemens
Padronização de processos é
responsável por aumento da produção
Visão aérea do complexo industrial da CST, no Espírito Santo
Após a implantação de uma nova
metodologia de trabalho, chamada Standard Design Platform (SDP), tanto a capacidade de produção quanto as vendas
da Área de Transformadores da Siemens
do Brasil duplicaram. Iniciada em 2001,
a padronização de processos fez o faturamento anual subir de R$ 130 milhões
para R$ 300 milhões.
Responsável pela fabricação de
transformadores, o setor, que antes produzia sete mil megavolts-ampères (MVA),
hoje produz 18 mil MVA. "Nosso trabalho
se divide em antes e depois da SDP.
Para se ter uma idéia, o tempo médio gasto com a engenharia de um produto era de
2400 horas e agora, de 800", afirma Paulo
Avelino, gerente de projetos da unidade
de produção de Jundiaí, em São Paulo.
O novo modelo de trabalho, conta
Paulo, mudou o conceito de especialização e a estrutura organizacional de
cada projeto. "Com o esquema piramidal, não havia integração entre os envolvidos na fabricação de determinado
produto. Cada profissional era responsável por uma parte do processo. Após
a SDP, o sistema passou a ser matricial, que possibilita a troca de recursos e
soluções entre todos e em qualquer etapa de produção." O sucesso alcançado
no Brasil fez a Siemens expandir a tecnologia de gestão para todas as unidades do mundo. 
%
PRÊMIO FINEP • SUDESTE
PRODUTO
Caliman
Criado pela Caliman Agrícola
em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF),
o primeiro híbrido nacional do mamão
pode tornar o País auto-suficiente na
produção da fruta e gerar uma economia de US$ 2 milhões com importações de sementes.
Até hoje, o Brasil produzia apenas o mamão papaya, facilmente encontrado nos mercados. Batizado
como UENF/Caliman 01, o híbrido concorre principalmente com o mamão
tainung, da classe formosa, trazido de
Taiwan. Resultado de cruzamentos genéticos entre diversos tipos de mamão, a nova fruta é 20% mais doce
do que a importada e pesa 1,1kg em
média, contra os cerca de 2,5kg do
tainung. A tendência é que o consuPlantação do UENF/Caliman 01, primeiro híbrido nacional do mamão
midor brasileiro, acostumado com o
papaya, de aproximadamente 500g e sabor similar ao UENF/
sil. Desses, 22 mil são da classe papaya e oito mil da formosa,
Caliman 01, aprove a novidade.
importada. Para alcançar a auto-suficiência, basta que os proLançado em junho deste ano, o híbrido já está sendo codutores brasileiros substituam as sementes estrangeiras pelas
mercializado e tem custo equivalente ao papaya. “Observamos o
nacionais. “Potencial nós temos. A Caliman já possui quantidanicho no mercado. Era inadmissível termos apenas uma variedades suficientes de sementes para suprir a demanda desses oito
de de mamão”, explica Messias Gonzaga Pereira, pesquisador da
mil hectares”, afirma Messias. O UENF/Caliman 01 está plantaUENF e coordenador do projeto, denominado Frutimamão.
do em 250 hectares, distribuídos pelo Rio Grande do Norte,
Atualmente, há 30 mil hectares da fruta plantados no BraBahia e Espírito Santo. 
Trilha
Capazes de se adaptarem aos modelos produtivos de cada empresa, os simuladores Trilha representam 70% do faturamento anual da Trilha Desenvolvimento de Projetos, de aproximadamente R$ 1,8 milhão. O software, desenvolvido com a tecnologia see the future, do
Instituto Nacional de Tecnologia (INT), é
capaz de simular situações e indicar o
caminho mais confiável para a realização de determinada tarefa.
&
Por exemplo, se uma fábrica precisa entregar um projeto daqui a 15 dias
e insere no programa informações como
número de empregados envolvidos,
quais máquinas serão utilizadas e quantidade de material disponível, saberá,
com antecedência, se o prazo será cumprido, qual será o gasto e o que é recomendável alterar no processo de produSimuladores Trilha representam 70%
ção. Além disso, o programa possui a
do faturamento da empresa
vantagem competitiva de levar em consideração as particularidades de cada empresa. “Os simuladores desenvolvidos por nós são abertos a novas diretrizes de programação.
Podemos alterá-los de acordo com as necessidades do cliente”, afirma Ricardo
Sarmento, autor da tese de doutorado
que originou a criação do produto e coordenador técnico da empresa.
A licença mais o serviço de implantação e aprimoramento de um simulador
Trilha custa cerca de R$ 90 mil reais. O
preço de similares importados é semelhante, mas esses softwares não são
adaptáveis a todos os processos produtivos. “Apesar de possuírem uma extensa
PRÊMIO FINEP • SUDESTE
PRODUTO
Bosch
A Robert Bosch vence a caModelos com injeção
tegoria Produto com um sistema
eletrônica Flex Fuel da
de injeção eletrônica Flex Fuel
Robert Bosch –
para automóveis. Graças à inovaVolkswagen: Fox, Polo e
ção, inserida no mercado há dois
Crossfox;
anos, os usuários não precisam
Chevrolet (GM): Astra
escolher entre veículos a álcool ou
e Zafira;
a gasolina, pois a estrutura suPeugeout: 206;
porta ambos os combustíveis e
Fiat: Idea
qualquer mistura entre eles, tudo
no mesmo tanque.
O primeiro carro em série
equipado com o sistema da empresa foi desenvolvido para a Wolkswagen. Trata-se de um Fox 1.6, lançado em
2003. “Hoje, há sete modelos disponíveis
no mercado com nossa tecnologia e mais dez
estão em fase final de produção”, afirma Marcelo
Brandão, chefe de engenharia da Robert Bosch. Assim, a
empresa entra definitivamente na disputa pelo setor.
Para os usuários, resta avaliar qual combustível deve utilizar
em determinada situação. Se quiser economizar, deve optar pelo
álcool quando o preço estiver no mínimo 70% mais baixo. Os que
não gostam de parar no posto com freqüência, devem optar pela
gasolina, que possui 30% a mais de energia por litro e por isso
consome menos. A durabilidade do veículo é garantida pelos fabricantes seja qual for o combustível ou mistura escolhida.
Há 50 anos no Brasil, a Robert Bosch América Latina
integra um dos maiores grupos industriais do mundo, que em
biblioteca de informações, um detalhe específico pode não estar previsto. Como
os programas são fechados, não há como
solucionar o problema e, no fim das contas, quem precisa se rearrumar é a fábrica”, explica Ricardo.
Criada em 1998, a Trilha é a primeira empresa incubada pelo Instituto
Nacional de Tecnologia (INT) e tem como
clientes as multinacionais Nokia, Sony,
Siemens e Honda, entre outros. 
2004 registrou faturamento de € 40 bilhões. Presente nos
cinco continentes, o Grupo Bosch investe 7% desse valor
em pesquisa e desenvolvimento, setor responsável pela
aprovação de aproximadamente 2.800 novas patentes. No
Brasil, a empresa emprega cerca de 11.700 pessoas e mantém unidades fabris em São Paulo, Paraná e Bahia. Faturou R$ 3,6 bilhões em 2004. 
Composição do Júri
Heloísa Regina Guimarães de Menezes
Instituto Euvaldo Lodi/MG
Armando Augusto Clemente
Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro
Osvaldo Luiz Guimarães Fernandes
FIRJAN – Federação das Indústrias
do Estado do Rio de Janeiro
Guilherme Henrique Pereira
Secretaria de Ciência e Tecnologia do
Espírito Santo
Hugo Borelli Resende
Embraer
Augusto Henrique Brunow Barbosa
Chronus
André Nunes
FINEP – Financiadora de Estudos e
Projetos
Yvanna Miriam Pimentel Moreira
FIEES – Federação das Indústrias do
Estado do Espírito Santo
Eduardo da Mota Jardim
Petrobras
Prof. José Aurélio Bergmann
UFMG – Universidade Federal de
Minas Gerais
Jacqueline Marie W. Nascimento
CEF – Caixa Econômica Federal
João Luiz Hanriot Selasco
INT – Instituto Nacional de
Tecnologia
Guilherme Ary Plonski
IPT – Instituto de Pesquisas
Tecnológicas
Vittoria Cerbino
FINEP – Financiadora de Estudos e
Projetos
José Antonio Bof Buffon
Banco de Desenvolvimento do
Espírito Santo S/A
Marcelo Dini Oliveira
SEBRAE/SP
Álvaro Antônio Saldanha Machado
Fundação Belgo Mineira - Grupo
Arcelor
Coordenação do Prêmio FINEP – Região Sudeste
Mário Cumeira – [email protected]
'
PRÊMIO FINEP • SUDESTE
INSTITUIÇÃO DE PESQUISA
Bio-Manguinhos
Responsável pela fabricação de 93
milhões de doses de vacinas em 2004,
cerca de 45% do total produzido no País,
o Instituto Bio-Manguinhos é o principal fornecedor do Ministério da Saúde.
Entre as doenças combatidas estão a difteria, o tétano, a coqueluche, a meningite, a poliomielite, a febre amarela, o sarampo, a rubéola e a caxumba.
Um dos estudos em andamento no
Instituto é a criação de uma nova vacina
contra a Neisseria meninigitidis sorogrupo
C, uma bactéria que causa meningite principalmente em crianças com menos de dois
anos. Para isso, o Bio-Manguinhos, em parceria com pesquisadores do Food and Drug
Administration (FDA), dos EUA, desenvolvem uma inovadora metodologia baseada
em tecnologia de conjugação. A novidade
permite a ligação química estável entre
duas moléculas, o polissacarídeo da bactéria e uma proteína, levando à obtenção
de um conjugado capaz de imunizar as crianças e induzir memória imunológica.
UFMG
!
Bio-Manguinhos é responsável por 45% da produção de vacinas do País
Apenas com a exportação de vacinas contra a febre amarela, o Bio-Manguinhos vendeu mais de 26 mil doses em
2004, o equivalente a cerca de R$ 56 mi-
A Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG é a
segunda instituição de ensino superior do Brasil em número de
patentes, com 159 registros obtidos, dos quais 24 internacionais. O resultado, afirma o pró-reitor de pesquisa, José Aurélio
Bergmann, é um dos frutos da criação da Coordenadoria de
Transferência e Inovação Tecnológica (CT&IT), em 1997. Idealizada para fomentar o desenvolvimento de inovações tecnológicas na UFMG, a CT&IT atua como um escritório de patentes,
responsável pela disseminação da cultura de propriedade intelectual, pela proteção do conhecimento e pela comercialização
das inovações geradas na Universidade.
Como resultado do esforço tecnológico, a UFMG possui 587
grupos de pesquisa que atuam nas três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida
(36,5%), Ciências da Natureza e
Engenharias (30,3%) e Humanidades (33,1%). Os setores congregam 2.362 pesquisadores,
sendo 1.512 doutores. Juntos, desenvolvem 3.044 projetos em 911
linhas de pesquisa. Em relação a
produção bibliográfica, a Universidade é a quarta instituição brasileira em textos científicos indexados pelo Institute of Scientific
Pesquisa é uma das
Information (ISI), com 5,5% do
prioridades da UFMG
total produzido no País.
Outra característica marcante da UFMG é o incentivo ao
processo de transferência de tecnologias, que levou 13 das patentes obtidas para o setor empresarial. Atualmente, a incubadora de empresas INOVA-UFMG possui 11 incubadas. 
lhões. Em relação a importações, o número é menor a cada ano. Em 2003, foram importadas 85 milhões de doses e,
ano passado, 15 milhões. 
INPE
Dados
ambientais
disponíveis no
Portal do INPE
(www.inpe.br)
Única instituição da América Latina capaz de fazer previsões meteorológicas com até sete dias de antecedência, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE possui mais
de 600 plataformas de coleta de dados ambientais distribuídas
pelo território nacional. As imagens e informações obtidas estão disponíveis no site www.inpe.br.
Desde 1993, o Instituto colocou em órbita quatro satélites, sendo dois de coleta de dados, o SCD-1 e o SCD-2, e dois
de sensoriamento remoto, lançados em parceria com a China,
o CBERS-1 e CBERS-2. “Lançaremos mais um em 2006, o
CBERS-2B, e em 2008 e 2011, respectivamente, os CBERS-3 e
4”, afirma Nélia Ferreira Leite, coordenadora de Relações Institucionais do INPE.
O potencial instalado promove a realização de 29 programas e projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em coleta de dados. Entre eles, estão o monitoramento em tempo real
de queimadas, registro do desflorestamento da Amazônia e
previsão oficial do tempo e clima do Brasil. O INPE ainda possui unidades no exterior, como a estação instalada na Antártida, para estudos atmosféricos. 
PRÊMIO FINEP • SUDESTE
INOVAÇÃO
SOCIAL
CETEM
CEAT
O projeto Produção Limpa e Geração de Empregos
no Setor de Rochas
Ornamentais, desenvolvido pelo
Centro de Tecnologia Mineral –
CETEM, é responsável pelo retomada de crescimento
de 82 pequenas
serrarias de rocha
ornamental do noroeste do Rio de Ja- Unidade de produção
neiro. Ameaçadas
de falência, hoje as empresas, juntas,
apresentam faturamento médio de R$ 3,5
milhões por mês. Além disso, a iniciativa
gerou cerca de 600 empregos diretos.
Idealizado para alavancar a indústria do setor, o projeto capacita o corpo
funcional das serrarias e, assim, torna os
empreendimentos auto-sustentáveis.
Um novo modelo de assistência a desempregados, adotado em
2003 pelo Centro de Atendimento
ao Trabalhador – CEAT, já inseriu
16 mil paulistanos no mercado de trabalho. “Não apenas intermediamos o
contato entre as empresas e os candidatos. Além de cursos de capacitação, oferecemos programas de desenvolvimento pessoal e observamos
qual perfil é mais indicado para cada
vaga oferecida”, explica Paula von
Kostrisch, gerente de tecnologias
para inclusão social.
Com seis unidades instaladas
na periferia de São Paulo, o CEAT,
em parceria com igrejas católicas
locais, ajuda pessoas em qualquer
nível de instrução. “Quando alguém
nos procura, é entrevistado por um
orientador, que avalia o candidato
em todos os níveis, da capacitação
profissional à condição psicológica”,
afirma Paula. Até hoje, mais de 265
mil pessoas já passaram pelo Centro.
Um dos programas promovidos
pelo CEAT é o Sala de Talentos. Se
uma empresa disponibiliza 20 vagas, por exemplo, forma-se uma
turma com 60 candidatos, que recebem orientações sobre as tarefas
relacionadas ao emprego oferecido,
como devem ser o visual e o comportamento durante a entrevista
com o empregador. Após avaliação
dos orientados, os 20 mais aptos são
encaminhados para preencherem as
vagas.
A Oficina de Negócios, por sua
vez, estimula o espírito empreendedor nos inscritos, que aprendem como
gerenciar seu próprio negócio. Há ainda o Time do Emprego, no qual cerca
de 30 participantes ficam atentos às
vagas para a profissão de cada integrante da equipe. 
CDI
de uma das serrarias apoiadas
“Nosso objetivo é colaborar com as micro e pequenas empresas do setor mineral. Para isso, oferecemos apoio tecnológico para o desenvolvimento de melhorias nos processos e orientações de como
lidar com o mercado e aliviar impactos
ambientais”, afirma Carlos Peiter, coordenador do projeto. 
O
Comitê
para Democratização da Informática – CDI é a
primeira Organização Não-Governamental (ONG) da
América Latina focada na inclusão digital. Sem fins lucrativos, a instituição criou 965 Escolas de Informática e
Cidadania (EIC) em
19 estados brasilei- CDI promove inclusão digital em 19 estados brasileiros
ros e no México,
Colômbia, Chile, Uruguai e Argentina.
Baseados em conceitos do educaPossui ainda escritórios na África do Sul,
dor brasileiro Paulo Freire, a proposta
Japão e Estados Unidos.
político-pedagógica do CDI estimula os
O trabalho é realizado em parceria
alunos a refletirem sobre a realidade da
com as organizações comunitárias ou mocomunidade e transformar o cotidiano
vimentos associativos, como entidades de
com as ferramentas da tecnologia. Um
classe, grupos religiosos, centros comuniexemplo, conta Rodrigo, é da comunitários e associações de moradores. “Todas
dade de Novo Horizonte, no Rio Grande
as escolas são auto-sustentáveis e autodo Norte. “Lá, os estudantes percebegeridas”, afirma Rodrigo Baggio, diretor
ram que a poluição de um rio causava
executivo do CDI. Segundo ele, o papel do
inúmeros transtornos e, através do comComitê é ceder computadores e capacitar
putador, fizeram panfletos pedindo que
membros da comunidade, que passam a
a população não jogasse mais lixo no lolecionar nos cursos. Até hoje, cerca de 600
cal. Resultado: em quatro meses o promil pessoas já se formaram em uma EIC.
blema foi resolvido.” 
!
Bom atendimento é marca do CEAT
PRÊMIO FINEP • SUL
Recorde de participações
na Região Sul
A ordem de classificação dos concorren-
Vencedores
tes ao Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2005, Etapa Região Sul, foi divulgada no dia 7 de novembro, em Curitiba.
Com 206 inscritos, contra os 160 do ano
passado, a edição 2005 bateu o recorde
de participantes da Região. A cerimônia
de entrega dos troféus foi realizada no
Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores das Indústrias do Estado do
Paraná – CIETEP. Santa Catarina e Para!
ná, com sete finalistas cada, foram os
destaques da Região. 
Média / Grande Empresa
1º Lugar – Nexxera (SC)
2º Lugar – Dígitro (SC)
3º Lugar – Coester (RS)
Inovação Social
1º Lugar – UFSC (SC)
2º Lugar – Itai (PR)
3º Lugar – Apesc (RS)
Pequena Empresa
1º Lugar – Automat (PR)
2º Lugar – Identech (PR)
3º Lugar – Seccional (PR)
Processo
1º Lugar – Braskem (RS)
2º Lugar – Klabin (PR)
3º Lugar – DataProm (PR)
Instituição de C&T
1º Lugar – Fundação Certi (SC)
2º Lugar – Embrapa Uva e Vinho (RS)
3º Lugar – UFSC (SC)
Produto
1º Lugar – Bematech (PR)
2º Lugar – Cianet (SC)
3º Lugar – Audaces (SC)
Inventor Inovador – José Carlos Bornancini
PRÊMIO FINEP • SUL
PRODUTO
Bematech
A impressora fiscal térmica MP-2000
TH FI é capaz de emitir documentos fiscais - cupons e relatórios, entre outros através de um mecanismo térmico de
impressão que prevê o uso da Memória
Fita Detalhe (MFD). Essa tecnologia foi
desenvolvida pela Bematech e permite
que a segunda via do documento fiscal
seja eliminada, pois os dados ficam armazenados em uma memória eletrônica.
De acordo com a lei, os documentos fiscais impressos a cada venda ao
consumidor devem ficar armazenados e
Impressora Fiscal Térmica MP-200
disponíveis ao fisco durante cinco anos,
gerando uma enorme quantidade de papel. Essa memória proporciona ao fiscal
os meios de recuperar qualquer documento emitido pelo equipamento sem a
necessidade de procurar a segunda via
em rolos de papel armazenados pelo
proprietário lojista. O contribuinte tem
também as vantagens de diminuir as
despesas com papel, pois serão compradas bobinas de apenas uma via, eliminando, também, as despesas com armazenamento de papel.
O desenvolvimento deste
produto totalmente nacional exigiu o uso de modernas técnicas e
ferramentas de desenvolvimento
compartilhado junto a universidades e centros de pesquisa. A substituição de importação foi levada
em consideração e o mecanismo
térmico (único desenvolvido no
Brasil para esta aplicação) gera independência tecnológica. O produto traz ganhos e vantagens a
todos os agentes envolvidos: clientes, fisco, funcionários e acionistas da empresa. 
Cianet
O produto Switch HPNA traduz um
importante passo para a tecnologia nacional que a empresa vem dando, possibilitando que a conectividade chegue a custos acessíveis às classes C e D da população, contribuindo para o processo de inclusão digital do Brasil e diminuindo a
importação de produtos acabados. O objetivo é facilitar a popularização da
internet. É um sistema para internet banda larga de baixo custo utilizando a tecnologia HPN, ou seja, permitindo a criação de uma rede local privativa utilizando
o cabeamento telefônico, sem interferir
no serviço de voz. Atualmente as aplicações deste tipo de produto são destinados a internet banda larga em condomínios horizontais e verticais e hotéis.
De acordo com Norberto Dias, presidente da Cianet, "é possível desenvolver tecnologia de ponta e principalmente
competitiva. Esperamos que, cada vez
mais, as políticas governamentais contemplem projetos inovadores criando ins-
O Switch HPNA – oferece internet
banda larga a baixo custo
trumentos plenos para o perfeito desenvolvimento de tecnologia no Brasil".
Fundada em 1994, hoje são mais de
70 mil usuários de internet atendidos no
Brasil com a tecnologia da Cianet. Seus
produtos são destinados principalmente
para o mercado de internet banda larga,
mas poderiam ser aplicados em qualquer
sistema de conexão de dados. 
Funcionário tira foto
digital para uso do
software Digiflash
Audaces
O Digiflash é a última solução
lançada pela Audaces, uma tecnologia exclusiva e patenteada pela
empresa. O software digitaliza moldes através de fotografias digitais.
Não é preciso se preocupar com distância, enquadramento ou perspectiva exata. Através da inteligência
artificial, o sistema é capaz de eliminar a distorção, corrigir a perspectiva e gerar uma reprodução digital por meio da detecção dos contornos dos moldes. A principal vantagem do DigiFlash está na economia de tempo, já que é possível fotografar um conjunto de moldes em
uma única vez.
"O Digiflash, usando recursos
de processamento de imagens e matemática, resolve de forma distinta
e eficiente um problema que existe
há décadas na indústria do vestuário: a digitalização de moldes. Acreditamos que produtos de tecnologia
como o Digiflash devam ter características como simplicidade, inteligência e elegância, aliadas à eficiência.
Essas são linhas básicas nas quais
procuramos enquadrar nossos empreendimentos e que normalmente
nos elevam a posição de destaque
nos mercados em que atuamos." afirma Ricardo Luiz Delfino Cunha, diretor tecnológico da Audaces.
A Audaces Automação é uma
empresa 100% brasileira que há treze anos desenvolve softwares e
hardwares para a indústria de confecções, calçados, móveis e transporte de cargas. Nos últimos anos, a empresa concentrou seus produtos na
indústria de confecção. 
!!
PRÊMIO FINEP • SUL
MÉDIA/GRANDE EMPRESA
Nexxera
Coester Automação
Atuadores elétricos que permitem monitorização de válvulas e comportas
Com mais de 40 anos de experiência na área de automação e controle, a
Coester Automação S.A. é a única detentora da tecnologia da fabricação de
atuadores elétricos inteligentes na América Latina, que são equipamentos que
permitem motorização de válvulas e comportas. A principal função do atuador elétrico é o controle do movimento da haste
da válvula.
Em 2002 foi celebrado com a FINEP
um novo plano de negócios 2002/2009,
que tem como principal objetivo a internacionalização da empresa.
Em 1975, a Coester desenvolveu os
primeiros atuadores elétricos fabricados
no Brasil e, a partir de 1995, foi adotado
um novo posicionamento, onde a organização foi totalmente focada para o segmento de automação de válvulas. Atualmente é o único fabricante nacional que
compete, em termos de tecnologia, qualidade e preço, com os principais fabricantes internacionais. Em 1998, a empresa certificou seu sistema de Garantia
da Qualidade pela norma ISO 9000.
Os atuadores elétricos projetados
pela Coester proporcionam a operação
precisa e confiável de válvulas, dampers
e equipamentos do gênero. O conceito
dos produtos combina robustez mecânica com o estado da arte em eletrônica,
sensores, software e comunicação
de dados. 
Dígitro
!"
Atuante no segmento dos fornecedores de soluções para as telecomunicações, a Dígitro é uma empresa genuinamente brasileira, sediada em Florianópolis, com escritórios em Fortaleza,
Recife, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba,
Rio de Janeiro, São Paulo, Ribeirão Preto
e Porto Alegre. Movimentou cerca de
R$ 74 milhões em negócios no ano de
2004 e teve um crescimento em suas
vendas 30% maior que em 2003, com 108
representantes comerciais e 84 credenciadas técnicas distribuídos em todo o País.
A empresa, que hoje conta com
mais de 2000 clientes, se destaca pela
inovação e pelo diferencial tecnológico:
possui plataformas e ferramentas para
teste, simulação e supervisão de centrais
telefônicas.
Além disso, atua no desenvolvimento próprio de sistemas de reconhecimento de fala, síntese de fala e voz so-
Equipe garante o sucesso do trabalho
bre IP e é líder no mercado, competindo
com multinacionais do setor.
De acordo com Djan de Almeida do
Rosário, supervisor de marketing,"a
Dígitro tem buscado, ao longo dos anos,
lançar produtos nacionais com tecnologia de ponta e alto valor agregado,
resultando na geração de riquezas e conhecimentos que retornam à sociedade
brasileira, colaborando assim para o desenvolvimento econômico e social do
nosso País." 
Fundada em 1992, na cidade de
Florianópolis, a Nexxera é uma companhia brasileira focada no fornecimento de infra-estrutura tecnológica
para integração de empresas, oferecendo ferramentas de gestão de processos financeiros e gerenciamento de
dados. Entre as soluções desenvolvidas pela Nexxera estão a integração
financeira e mercantil, o sistema de
pagamento e cobrança eletrônica, as
soluções cash management, o portal
eletrônico de compras, os portais de
compras públicas e privadas e as ferramentas mobile.
A Nexxera iniciou suas atividades com o objetivo de entrar no mercado para fornecer tecnologia de alta
qualidade a custos compatíveis à realidade das empresas brasileiras. Buscando avaliar as necessidades das
empresas e instituições financeiras,
adquiriu know how e conseqüente
crescimento no mercado de tecnologia da informação, reduzindo a praticamente zero a necessidade de investimentos em tecnologia por parte de
seus clientes que precisam conectarse a parceiros de negócios, como bancos e fornecedores. A empresa, hoje,
conecta em sua rede 30 mil pontos,
englobando instituições financeiras,
governamentais e corporativas.
Em 2004, o faturamento bruto da
empresa foi de R$ 16,9 milhões e seu
lucro bruto atingiu cerca de R$ 14 milhões. Já em P&D, investiu cerca de
28% do seu faturamento, com um total de 31 funcionários alocados na área,
representando cerca de 17% das despesas com pessoal. Além disso, em
menos de três anos, a empresa faturou 35% em novos produtos lançados
no mercado e é responsável por três
patentes nos últimos 10 anos. 
A sede da
Nexxera em
Florianópolis
PRÊMIO FINEP • SUL
PEQUENA EMPRESA
Automat
Focada no desenvolvimento de soluções inovadoras
em automação, controle e proteção, a Automat se capacitou
em fornecer produtos que vão
de consultorias à concepção e
projeto de sistemas de controle de alto desempenho, fornecimento de equipamentos e softwares, adequação e integração
de equipamentos e outros sistemas, sempre buscando novas
abordagens e menor custo para
seus clientes.
Com 25 produtos lançados
no mercado nos últimos três Técnico da Automat faz simulações do produto
anos, a Automat possui hoje
mais de 400 sistemas implantados e
do faturamento total da empresa em
cerca de 2.500 equipamentos de sua
2004, 93,73% foram de novos produtos
concepção operando em 30 clientes, no
lançados nos últimos 3 anos, permitindo
Brasil e exterior.
também um crescimento na sua particiPara viabilizar isto, ampliou percenpação no mercado. Também como contualmente o volume de recursos investiseqüência direta, 16 novas solicitações
dos em P&D. Como resultado desta ação,
de registros deram entrada no INPI. 
Funcionários da Identech trabalham na
área de produção
Identech
Seccional
Há 13 anos no mercado, a Identech é uma empresa de desenvolvimento, industrialização e comercialização de
produtos eletrônicos de tecnologia embarcada, para as áreas de telecomunicações, segurança e de agricultura de
precisão.
Em 1994, a empresa lançou o primeiro identificador de chamadas telefônicas compatível com a sinalização de
Centrais Telefônicas Digitais.
Atualmente a Identech já comercializou mais de 800 mil unidades de produtos desenvolvidos, tem 19 pedidos de
patente, 15 marcas, vários prêmios de
expressão nacional e a consolidação de
parcerias de desenvolvimento com empresas multinacionais de expressão. Ninguém consolida parcerias de desenvolvimento com multinacionais se não comprova sua competência técnica e a capacidade de desenvolver produtos inovadores. O foco de atuação da Identech é a
pesquisa e o desenvolvimento de produtos diferenciados que possam agregar
valor à vida das pessoas. 
A Seccional Tecnologia e Engenharia Ltda. - STE - foi criada em
1988 com o objetivo de desenvolver
projetos e soluções para o mercado de
telecomunicações, iluminação e transmissão de energia. A empresa investe, em média, 28% do seu faturamento anual em P&D, cujos resultados representam mais de 50% do faturamento durante sua vida.
A STE possui 5 patentes depositadas no INPI, das quais 3 já se encontram concedidas. Além disso, a empresa tem firmado parcerias com outras
com o objetivo de desenvolver em seus
laboratórios produtos na área de energia, que já resultaram em patentes concedidas em dezenas de países, além de
dois pedidos internacionais perante a
World Intellectual Property Organization - WIPO.
A STE tem como principais produtos as Torres Autoportantes, os Postes
Metálicos, a ECO Antena e a Torre Delta.
Para o diretor da STE, Paulo Emmanuel
de Abreu Jr., "a importância da inovação
tecnológica para STE é tudo, pois o lucro preponderante é obtido através dos
As torres são um dos principais
produtos da empresa
royalties gerados pela incansável atividade inventiva. Os clientes são beneficiados pelas estruturas verticais metálicas desenvolvidas através das patentes de invenção, que geram substancial
economia de material, ao mesmo tempo que apresentam um grau de segurança e precisão mais elevados que os
existentes no mercado até então". 
!#
PRÊMIO FINEP • SUL
INSTITUIÇÃO DE C&T
Embrapa Uva e Vinho
Sede da Certi no Campus da UFSC
Certi
!$
A Fundação CERTI – Centros
de Referência em Tecnologias Inovadoras foi criada em 1984 por iniciativa de algumas empresas brasileiras, da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e dos governos Federal e Estadual. A CERTI é uma organização privada de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, conhecida
no País e no exterior por sua atuação
em prol do desenvolvimento tecnológico. A Fundação cresceu dentro do
Labmetro, o Laboratório de Metrologia do Departamento de Engenharia
Mecânica da UFSC, e seis anos depois
passou a funcionar em prédio próprio
no campus da Universidade.
Na vertente de Metrologia, a
CERTI é referência nacional e atende mais de 500 empresas em todo o
País, desenvolvendo projetos para
garantia da qualidade dos processos
produtivos, em particular para a exportação. A Fundação também é conhecida pela atividade de incubação
de empresas de base tecnológica, na
qual foi pioneira no País, através do
CELTA – Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas.
Este processo mudou o perfil econômico de Florianópolis, que hoje tem
mais de 150 empresas do setor de
telecomunicações, informação e comunicação.
A Fundação consolidou sua competência em Sistemas Mecatrônicos."Nesses 21 anos, a CERTI foi responsável por alguns projetos importantes que envolvem soluções de convergência digital, como a urna eletrônica brasileira, os terminais de automação bancária e terminais públicos
de acesso à internet", lembra Carlos
Alberto Schneider, superintendente
geral da CERTI. 
O Centro Nacional de Pesquisa
de Uva e Vinho – Embrapa Uva e
Vinho, criado em 1975, é uma das 37
Unidades Descentralizadas de Pesquisa
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com foco no agronegócio da vitivinicultura e da fruticultura de clima temperado.
Atualmente, o Centro atua como referência nacional na cadeia produtiva da
uva e do vinho e como referência regional na cadeia das frutas de clima temperado no sul do Brasil. A
principal resultante deste esforço de agregação
de novas áreas de atuação foi a intensa e efetiva inserção, reconhecimento e contribuição
desta Unidade junto ao
setor produtivo, como
componente do agronegócio brasileiro. Ela teve
ampliadas suas fronteiras, atuando em todo o
território nacional, com
ações em andamento em
13 unidades da federação e executando 47
projetos de pesquisa, que incluem um
elenco crescente de culturas, das quais
sobressaem-se a maçã, morango, pêssego, ameixa, caqui, mirtilo, amora-preta, framboesa e pêra. Tomando-se por
base o Balanço Social 2004 da Embrapa,
lançado em agosto de 2005, o resultado
econômico foi de aproximadamente R$
142 milhões em 2004, na forma de aumento de produtividade, agregação de
valor e redução de custos, gerando 883
empregos diretos. 
Plantação de uvas da Embrapa
Engenharia Mecânica – UFSC
Ao longo dos seus mais de quarenta anos de existência, o Departamento
de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina tem
sido reconhecido no País tanto como um
centro de excelência para formação e
qualificação profissional, como pela qualidade de suas pesquisas. Uma das maiores contribuições do Departamento é a
incubação de empresas de base tecnológica. Dentre várias, pode-se citar a Engineering Simulation and Scientific Software Ltda. - ESSS - que é hoje uma
empresa líder no país na área de desenvolvimento de softwares avançados para
engenharia e em consultoria na área de
simulação de escoamentos.
Sua atuação integrada com diversos setores da indústria, tais como metalurgia, eletroeletrônica, semicondutores, produtos têxteis, automotivos, petróleo, aeronáutica e metal-mecânica,
tem contribuído significativamente para
o desenvolvimento tecnológico nacional.
O Departamento foi oficialmente instalado em 1962 e possui uma área total de
12.000 m2, com 69 professores, dos
quais 64 são doutores e 5 são mestres, 20 funcionários técnicos e 15
funcionários administrativos. Estão
envolvidos nas atividades de pesquisa e desenvolvimento seus 345 alunos de mestrado e doutorado e seus
195 alunos de iniciação científica. 
Vista áerea do Departamento de
Engenharia Mecânica da UFSC
PRÊMIO FINEP • SUL
INOVAÇÃO SOCIAL
UFSC
todo o estado. "O nosso trabalho mostra que a UFSC põe em prática o tripé
ensino-pesquisa-extensão, transferindo
rapidamente à sociedade as tecnologias desenvolvidas por seus funcionários", afirma o Professor Jaime.
Há 15 anos, o LMM produz comercialmente sementes da ostra japonesa (Crassostrea gigas), que são subsidiadas pela UFSC e vendidas aos maricultores pelo preço menor que o de
custo. Mil sementes pequenas - de cerca de 3 mm - custam 10 reais e mil
sementes grandes - maiores que 3 mm
- custam 20 reais. Em 2005, o laboratório vendeu 35 milhões de sementes
e obteve uma receita que foi revertida
para a manutenção do LMM e melhoria
da própria produção. 
O trabalho de pesquisa e de transferência de tecnologia de cultivo de ostras desenvolvido pelo Laboratório de
Moluscos Marinhos - LMM, da Universidade Federal de Santa Catarina–UFSC é que dá suporte à atividade
de cultivo desse molusco no estado. As
ações desenvolvidas pela Universidade
e o repasse desse conhecimento para
pescadores artesanais possibilitaram o
restabelecimento das atividades marítimas tradicionais, que passavam por
um período de estagnação econômica
devido ao declínio da pesca artesanal.
O projeto foi o responsável pelo crescimento da aqüicultura no estado, hoje
considerado um dos principais
produtores de ostras do País.
O professor Jaime Fernando Ferreira, supervisor do LMM,
lembra que muitos pescadores
deixavam de trabalhar no mar,
por causa da baixa lucratividade, para se dedicar a outras atividades. Depois da valorização
da produção de moluscos, essa
situação foi revertida. Hoje já
são mais de mil maricultores,
Cultivo de molusco cresceu em Santa Catarina
reunidos em 20 associações em
ITAI
A técnica do design, a criatividade
e o artesanato unem-se num projeto realizado na Região Trinacional do Iguaçu: o Ñandeva. Desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia Aplicada e Automação – ITAI, por meio do Parque
Tecnológico Itaipu – PTI, com apoio do
Sebrae, o Ñandeva vem se consolidando como um importante mecanismo de
desenvolvimento do artesanato da região. O objetivo do projeto é resgatar a
identidade cultural local e também buscar a afirmação do Ñandeva como uma
marca regional, estabelecendo padrões
de qualidade e abrindo canais de comercialização para o artesanato.
Iniciado em dezembro de 2004, o
Ñandeva trouxe designers renomados
de diversos países para conviverem por
uma semana com quase 100 artesãos
do Brasil, Paraguai e Argentina. Os designers indicaram tendências de cores,
formas e consumo, adequando o trabalho feito em sete materiais diferentes:
Artesanato tornou-se importante
atividade na região
madeira, couro, fio, tecido, palha, cerâmica e prata. O resultado foi a criação de 140 protótipos, dos quais 60 foram selecionados para compor uma exposição itinerante. A exposição passou
pela cidade de Foz do Iguaçu, no Brasil, Assunção e Hernandarias, no Paraguai, e Posadas e Eldorado, na Argentina. Algumas peças do Projeto Ñandeva também foram expostas em Copenhague, na Dinamarca. 
Técnica mostra facilidade na instalação
APESC/UNISC
Desde a década de 80, a Universidade de Santa Cruz do Sul–UNISC
vem desenvolvendo estudos de monitoramento ambiental na região dos Vales
do Rio Pardo e Rio Taquari, no Rio Grande do Sul, visando à avaliação da qualidade das águas doces superficiais e subterrâneas. Particularmente no interior do
estado, muitos municípios não dispõem
de um sistema público de abastecimento de água, sendo que os que o possuem limitam-se apenas à área urbana.
Segundo Adilson Ben da Costa,
Prof. Dr. do Departamento de Biologia e
Farmácia da UNISC, o laboratório de Limnologia da UNISC pesquisou diferentes sistemas de desfluoretação da água,
buscando o desenvolvimento de um sistema eficiente e de baixo custo, capaz
de diminuir a concentração de flúor da
água a níveis adequados ao consumo humano, e desta forma erradicar a ocorrência da fluorose dental - excesso de
flúor na água que prejudica a formação
dentária - nesta região do Brasil.
Dentre os diferentes sistemas testados, filtros confeccionados com tubos
de PVC e carvão ativado de osso foram
os que apresentaram os melhores resultados. Este sistema, utilizando uma massa de 3,5 kg de carvão, garante o fornecimento de água de excelente qualidade
a uma família de 5 pessoas por um período de até 4 meses, utilizando água de
poços (água bruta) com concentração de
flúor de 4 mg L-1. Os procedimentos de
produção, instalação e manutenção do
filtro são simples, podendo ser executados pelo próprio usuário, constituindo-se
portanto num sistema de tratamento de
água que independe da contratação de
empresas externas. 
!%
PRÊMIO FINEP • SUL
PROCESSO
Klabin
O processo de retenção de
fibras em máquina de papel com
micropartícula criado pela Klabin
trouxe benefícios diretos na fabricação de papel, atuando como
uma ferramenta para aumento de
produtividade e melhoria de propriedades físicas do material, gerando ganhos nas propriedades
de colagem do papel cartão para
embalagem de alimentos líquidos. De acordo com Osvaldo Vieira, Coordenador de Pesquisa e Interior da fábrica de papéis da Klabin
Desenvolvimento da empresa,
não existem similares no país e esta sopesquisa e desenvolvimento".
lução é um diferencial competitivo:
Maior produtora de papéis para
"como líder de mercado, a Klabin é uma
embalagens e embalagens de papel do
empresa comprometida com inovação,
País (são 1,6 milhão de toneladas/ano),
a Klabin, fundada em 1899, é uma
empresa de capital 100% brasileiro. São 18 plantas industriais,
sendo 17 no Brasil e uma na Argentina, que produzem papéis e
cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, e sacos multifolhados.
A Klabin também é a maior
exportadora brasileira de papéis
para embalagens, com 75% dos
embarques nacionais que, em
2004, somaram 554 mil toneladas para 54 países em todo o
mundo. A empresa tem a capacidade de
reciclar 400 mil toneladas de papel por
ano. Sua receita bruta, em 2004, atingiu R$ 3,2 bilhões. 
Braskem
A produção de copos de melhor
qualidade, com transparência, maior
resistência e a possibilidade de levar ao
microondas sempre esteve limitada ao
desenvolvimento de uma resina especial
e equipamentos. A Braskem, como
produtora de resina, foi pioneira na
América Latina a desen volver um
produto - polipropileno de alta rigidez adequado a esta aplicação. Paralelamente desenvolveu, em parceria com a
Descartáveis Zanatta, um equipamento
altamente produtivo com qualidade
excelente dos copos. Com o objetivo de
acelerar a utilização dos equipamentos,
a Braskem investiu, também, na construção das máquinas e as está disponibilizando no sistema de comodato para
seus principais clientes.
Líder no mercado latino-americano de petroquímica, com foco nas resinas termoplásticas polietileno, polipropileno e PVC, a Braskem figura entre as
três maiores companhias industriais privadas brasileiras de capital nacional.
A empresa registrou, em 2004, um fatu-
Os novos copos criados pela Braskem pode ser levados ao forno de microondas
!&
ramento de R$ 14,3 bilhões e produziu
5,8 milhões de toneladas de produtos,
entre resinas termoplásticas, petroquímicos básicos e intermediários químicos.
Com mais de 3 mil colaboradores
diretos, a companhia possui 13 unidades industriais, localizadas nos pólos
petroquímicos da Bahia e do Rio Grande do Sul, pólo cloro-químico de Alagoas e em São Paulo. A empresa mantém
uma presença estratégica no mercado
internacional por meio de exportações,
que respondem em média por cerca de
20% da sua receita total e a posicionam entre as 10 maiores exportadoras
brasileiras. Em 2004, registrou vendas
de US$ 710 milhões, fornecendo resinas e outros produtos petroquímicos
para mais de 40 países na América do
Sul, América do Norte, Europa, Ásia e
África.
A empresa dispõe do Centro de
Tecnologia e Inovação Braskem, localizado no pólo de Triunfo (RS), o mais
completo e bem equipado da indústria
petroquímica da América Latina. O Centro coloca à disposição dos clientes da
empresa uma equipe altamente especializada, com cerca de 160 pesquisadores e técnicos, apta a fornecer todo apoio
no desenvolvimento de processos, produtos e aplicações, bem como na prospecção de novos mercados e oportunidades de negócio. Anualmente, a
Braskem investe cerca de R$ 50 milhões
em inovação e tecnologia. 
PRÊMIO FINEP • SUL
INVENTOR INOVADOR
José Carlos Bornancini
O sistema de bilhetagem eletrônica
é sucesso em centenas de municípios
Dataprom
O sistema de bilhetagem eletrônica, desenvolvido pela Dataprom, é um
gerenciador de créditos de viagem utilizados pelos usuários de transporte urbano coletivo, com as mais modernas tecnologias de software e hardware e desenvolvimento próprio, implementado
através de pesquisas contínuas por uma
equipe altamente especializada. As empresas e usuários se cadastram uma única vez, executam suas compras e pagamentos por processo de débito com utilização de cartões de créditos, débito automático ou pagamento de boletos emitidos no momento da compra.
Além disso, o sistema oferece centrais de atendimento, com estrutura do
próprio sistema de transporte, que realizam comercializações e carga de créditos aos usuários; postos autorizados online, com estruturas de terceiros conectados ao servidor; e a carga embarcada,
na qual o usuário faz a carga diretamente no interior dos ônibus.
O processo traz como vantagens o
aumento da velocidade de embarque; a
redução de fluxo de dinheiro embarcado; a redução da evasão de receita (fraude, transporte clandestino, entre outros); o controle real do fluxo de passageiros por categoria ou usuário; a antecipação da receita pelo pagamento prévio de créditos e a recuperação de passageiros no sistema com aumento da
mobilidade urbana.
A Dataprom foi fundada em 1988,
em Curitiba, com 12 funcionários e, naquele ano, teve um faturamento de R$ 300
mil. Hoje, a empresa conta com mais de
400 funcionários, tem uma filial em Manaus e dois escritórios em São Paulo, atendendo a mais de 1000 municípios em 19
estados do País, com um faturamento que
chegou a R$ 100 milhões em 2004. 
Em sociedade com o arquiteto
Nelson Ivan Petzold, o engenheiro
José Carlos Bornancini criou a Bornancini Petzold & Müller Ltda. e, há
mais de 40 anos trabalhando juntos,
são considerados ícones do design
contemporâneo. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Bornancini e
seu sócio já desenvolveram mais de
200 produtos em variados segmentos
da indústria: de computadores a tratores, de utilidades domésticas a móveis e eletrodomésticos, passando por
elevadores e brinquedos.
José Bornancini é titular de uma
patente referente a uma tesoura de
costura cujos cabos plásticos têm forma anatômica, adequada à mão do usuário,
para proporcionar máximo conforto e controle
de corte. Merecem destaque a famosa Tesoura
Mundial Multiuse, a Plastificadora Plastimaq, as
Facas Mundial Laser e os
Talheres Campig, que
desde 1976 integram o
seleto grupo de produtos
da loja do MOMA - Museu de Arte Moderna de
Nova York. 
Composição do Júri
Antônio Rogério Souza
Coordenador da Unidade de Inovação
e Transferência Tecnológica do Instituto
Euvaldo Lodi/SC
Antônio Odilon Macedo
Consultor da Editora Expressão/SC
Francisco de Assis Souza
Gerente da Área de Desenvolvimento
Tecnológico do Lactec/PR
Eduardo Alves Fayet
Coordenador de Novos Talentos
Instituto Euvaldo Lodi/PR
Jorge Bounassar Filho
Presidente da Fundação Araucária/PR
Carlos Sartor
Chefe de Departamento de Tecnologias
Sociais–DTS2 FINEP/RJ
Ricardo de Paula Romeiro
Coordenador de Projetos Instituto
Euvaldo Lodi/Nacional
Edgard Augusto Lanzer
Diretor Técnico-Científico da
Fundação de Apoio à Pesquisa
Científica e Tecnológica de
Santa Catarina – FAPESC/SC
Luiz Antônio Antoniazzi
Engenheiro da CIENTEC/RS
Victor Hugo de Lazzar
Consultor Ambiental - CIC
Caxias do Sul – FIERGS/RS
Walmick Aparecido Souza Grassi
Supervisor I F1
Caixa Econômica Federal
Rodrigo Bellingroodt M. Coelho
Representante da FINEP Regional de
Santa Catarina e Paraná – FINEP
João Adolfo Oderich
Gerente Geral - REPAR – Petrobras
Coordenação do Prêmio FINEP Região Sul
Rodrigo Coelho – [email protected]
!'
PRÊMIO FINEP • NACIONAL
Julgamento
Renato Cislaghi, coordenador nacional do
Prêmio, abre os trabalhos do julgamento
Os vencedores da Etapa Nacional do Prêmio FINEP deste ano só
foram conhecidos no dia 6 de dezembro, na cerimônia de premiação ocorrida no Palácio do Planalto. Porém,
foi um dia antes, no Hotel Parthenon,
em Brasília, que aconteceu a verdadeira decisão. Os primeiros lugares
das etapas regionais e os indicados
ao troféu de Inventor Inovador apresentaram, através de palestras de
cerca de 10 minutos, os motivos pelo
qual mereciam a vitória. Coube a
Comissão Julgadora do Prêmio a missão de escolher os melhores. "Apesar de termos que optar por apenas
um em cada categoria, ficamos satisfeitos em saber que todos nos
mostraram inovações de alto nível",
afirma Renato Cislaghi, coordenador
nacional do Prêmio. 
Produto
Vencedor: PCTEL (GO)
Vencedor: Robert Bosch (SP)
Menção Honrosa: Automat (PR)
Ornatos (PA)
Menção Honrosa: Pele Nova
Biotecnologia (MS)
Apilani (RJ)
Fundação Paulo Feitoza (AM)
Média/Grande Empresa
Luis Fumio Iwata
Fundação Banco do Brasil
Manoel Sérgio Aragão Carneiro
CEF
Menção Honrosa: Nexxera (SC)
Vencedor: Padetec (CE)
Real & Cia (MS)
Menção Honrosa: Fundação CERTI (SC)
Núcleo Temático de Biologia Aplicada
da Embrapa Oriental (PA)
Vencedor: UFSC (SC)
Menção Honrosa: CETEM (RJ)
UCDB (MS)
Organização Potiguar (RN)
Processo
Vencedor: Braskem (RS)
Menção Honrosa: Biocampo (RN)
Marcos Augusto Salles Teles
FINEP
Maria Beatriz Amorim
INPI
Olívio Manoel Ávila
ANPEI
Inpe (SP)
Humberto Siqueira Brandi
Inmetro
Inventor Inovador
Vencedor: Kentaro Takaoka (Sudeste)
Alunorte (PA)
Cláudio Ribeiro Cavalcanti
UFPA
Jorge Boussanar Filho
Fórum das FAPs
Instituição de C&T
Inovação Social
Carlos Tadeu da Costa Fraga
CENPES/Petrobrás
Francisco Canindé Pegado Nascimento
CGT
Vencedor: Ouro Fino (SP)
UNIDERP/CESUP (MS)
Carlos Roberto Rocha Cavalcante
Instituto Euvaldo Lodi Nacional
Flavio Cavalcanti
Oxiteno
Bematech (PR)
Unitech (BA)
Carlos Alberto Pitaluga Niederaur
CNPq
Evandro Luiz de Xerez
Fucapi
Armtec (CE)
ZCR (BA)
Presidente: Carlos Ganen
FINEP
Cynthia Cannady
Organização Mundial da Propriedade
Intelectual (OMPI)
Finalistas
Pequena Empresa
Composição do Júri
Rafael Esmeraldo Lucchesi
Secretário de C,T&I da Bahia
Roberto Campos
Embraco
Edison Coca (Centro-Oeste)
Murilo Pessoa de Oliveira (Nordeste)
Sebastião Lauro Nau
WEG
Eduardo Bretas (Norte)
José Carlos Bornancini (Sul)
Sílvio Meira
C.E.S.A.R
Equiplex (GO)
Coordenação do Prêmio FINEP
Nacional
CVRD (PA)
CST (ES)
Renato Cislaghi – [email protected]
Presidente
Coordenação e Edição
Diretoria de Inovação para o
Desenvolvimento Econômico e Social
Redação
Eliane de Britto Bahruth
Jorge Ramos, Márcia Telles e
Renato Pelot
Telefone
Diretoria de Administração e Finanças
Revisão
e-mail
Programação Visual e diagramação
Fax
Odilon Marcuzzo do Canto
Ministério da
Ciência e Tecnologia
Fernando de Nielander Ribeiro
"
Praia do Flamengo, 200 – 1o, 2o, 3o, 4o, 5o, 7o, 9o, 13o e 24o andares
Rio de Janeiro - RJ - CEP 22210-030
www.finep.gov.br
Diretoria de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico
Carlos Alberto Aragão de Carvalho
Vera Marina da Cruz e Silva
Helder Castro
Ali Celestino e Frederico Maia
Fotos
João Luiz Ribeiro e
cedidas pelas empresas
(21) 2555-0716
[email protected]
(21) 2555-0719

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