PARTE III

Transcrição

PARTE III
O RIO DE JANEIRO
Visto pelos artistas franceses (1551-1886)
Pintores, Litógrafos e Gravadores.
PARTE III
Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil
que se festeja em 2009.
Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de
Janeiro e aos estudantes das belas-artes.
Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro
Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata – 08.07.2009.
Alphonse
1836
Boilly
Chafariz
Na facedo
voltada
Mestrepara
Valentim,
o Largono
antigo
(praça),
Largo
uma do
elipse
Paço,
dehoje
mármore,
Praça
Vemos,
eminscrição,
asem
imagens,
com uma
XV
deambas
Novembro.
versos
uma
porta,
uma
janela
e
um do
Construído
latinos, queem
se 1789,
traduz:por
“Enquanto
ordem
terraço,
seignífero
oVasconcelos.
chafariz
fosse
Na
facecomo
voltada
para
o mar,
uma
vice-rei
Phebo
com
Luisode
carro
osA
uma
pequena
casa.
cartela
de mármore,
uma
povos
base
queima,
é quadrangular
Vasconcellos
ecom
as faces
com as
inscrição,
em
latim,
traduzida
onduladas.
águas
expele
Noque
da
alto,
cidade
um
guardaa sede.
E por
não?
como:
“Sendo
rainhadepressa,
de
Portugal
corpo
Retrocede,
com
balaustres
Phebo,
envolve
um
e,
Na
face
voltada
para
ode
mar
Maria
I,prismático,
pia,
augusta,
feita
corpo
deixando
aótima,
estação
base
do
céu,
alta
(imagem
direita)
há
uma oporta
e,
uma obraàantes
para
odedesembarque
dos
esforça-te
pirâmide.
ajudar
homem
nas duas
menores,
voltadas
navios
emfaces
terra,
quebrado
com um
ilustre.”
para
a
praça,
existem
janelas.
ingente cais o ímpeto do
ésto,
construídos
Noreciprocante
interior, após
transpor
a porta
bancos
para
o
público,
Fontaine
Largo do Paço
de acesso,
encontramos
escadas
transformada
a
praça
e
o
que nos levam até as duaschafariz,
janelas
dando-se-lhes
uma
disposição
e, na janela da face esquerdamais
ampla àe direita),
mais cômoda,
comlance
os
(imagem
sai outro
maiores
do erário
régio, a
de
escadagastos
que conduz
ao terraço,
Luis
Vasconcellos
de Souza,
IV,
de
onde
se podia admirar
a bela
vice-rei
do da
Brasil,
cujo xgoverno
Litografia
colorida
17,4
paisagem
baía em
de (14,2
Guanabara,
obras
concluídas
cm),
delado,
Alphonse
Boilly,
gravador
de estas
um
e oforam
todo
do Largo
do
ergueu
este
monumento
o
povo
francês.
Gilberto
Ferrez
aponta
Paço (Praça XV), do outro. de
Sebastianópolis,
grato
aos(1796seus
como
sendo de Jules
Boilly
Talvez
fosse
interessante,
nos dias
tantos
e tão
consideráveis
1874),
o que
difere
do Catálogo
da
Desenhos esquemáticos do interior do
de hoje,Raymundo
fazer
esta
benefícios,
apoder-se
27 de março
de
1789.
Fundação
Castro
Maya.
Chafariz da Praça XV, com suas escadas de
visitação,
prejuízo
aoescalae faleceu a 06.12.1867,
uma
grandesem
distorção
Alphonse Boilly nasceuHá
a 03.05.1801,
em
Paris ,na
França,
acesso às janelas e ao terraço. (Arq. Marcos
monumento
histórico.
do
desenho
com
relação
ao
Sá, 1983)
em Petit-Montrouge, França.
tamanho das pessoas (ver ao lado).
Guillaume F.
1836
Ronmy
Fotografia
feita do
Uma
belapanorama
tomadaLargo
dodoMorro
Castelo,
local
escolhido
III––Morro
Início
do
da Castelo
Várzea
Grande
Rio
dedoJaneiro.
Temos
aqui
uma
proliferação artística Parte
desta imagem:
o primeiro
panorama foi
da Misericórdia,
Ladeira
da
portão
do
Forte
de
para
fundação
da
Cidade
do
Rio
de
Janeiro,
no
ano
de
e ínício
da rua
da Misericórdia
desenhado pelo Misericórdia,
artista francês
Félix
Emile
Taunay
(ver quadro 1828); baseado neste trabalho, o artista francês Guillaume
São
Sebastião,
(1845).
1567,
logo
após
a
conquista
da
terra,
depois
de
ferrenha
Fréderic Ronmy (aqui homenageado), fez
o mesma
panorama
e, calcado no trabalho de Ronmy, o artista suíço Friederic
olhando
para
a
batalha
contra
os
franceses.
Nela
saiu
ferido
o
principal
Salathé (1793-1858) repetiu este panorama.
O
mesmo
trabalho foi desenhado pelo artista suíço Eduard de Kretschmar
ladeira
ouque
travessa
comandante
da
ação,
o
Capitão
Estácio
de
Sá,
veio
a pelo litógrafo suíço Johann Jacob Steinmann (1800-1844).
(1807-1858), executado pelo citado Salathé,
e editado
do
Castelo,
por
falecer a 20.02.1567, um mês depois da batalha final.
onde subiu aquela
cavalaria, vinte e
quatro anos antes
(Foto de 1860).
Voltando a Parte I, da gravura, após o largo defronte ao Forte
Denominava-se
Várzea
a grande
de terra,militar
entre ossubindo
Morros do
1711
No
canto
esquerdo,
temos
umafaixa
cavalaria
a
Mais
abaixo,
no
princípio
da
travessa
do
Castelo,
de
São
Sebastião,
tem
começo
a
longa
rua
de
São
Sebastião,
Museu
Histórico
–
Foto:
Cau
Barata.
Castelo
e
de
São
Bento,
correndo
à
beira-mar.
Vemos,
na
base
da
travessa
do
Castelo,da
que
nasce
defrontedeà Igreja
dos
vemos
o torreão
Igreja
dequase
que
segue
em
direção
àdireito,
outra
ponta
doInácio
morro
doLoiola,
Castelo,
gravura,
mais
para
o canto
aSanto
ruaa da
Misericórdia,
uma onde
das
No
lado
direito,
quase
à
beira-mar,
fica
Ponta
do
Calabouço,
Jesuítas,
onde
se
encontravam
as
ladeiras
do
Colégio
e
da
anexa
aoCidade,
Colégio
dos
Jesuítas,
cuja
construção
teve
terminando
no
Largo
da
onde
ergue-se
afoi
Igreja
de
São
primeiras
da
que
nascia
no
largo
do
nome,
e 355
findava
Pelo
Decreto
Legislativo
deMatriz,
18 de
janeiro
demesmo
1922,
autorizada
a
estava
o
antigo
Forte
de
Santiago,
depois
Casa
do
Trem,
hoje
Museu
O
dramático
fim
da
Igreja
dos
Jesuítas,
depois
de
Por ocasiãoque
da Exposição
Internacional
do
Centenário
Misericórdia,
conduziam
à
parte
baixa
da
Cidade.
Um
quase com
defronte
dada
Igreja
deCasa
São
José,
princípio
ado as
criação,
nouma
prédio
antiga
do II),
Trem,
natinha
extinta
ponta
Sebastião,
homenagem
ao
Rei
D.onde
e1922,
aoindica
santo
princípio
no
ano
de
1567,
e foi
demolida
em
Histórico.
No
centro
da
gravura
(Parte
oSebastião,
próprio
autor
anos,
a retirada
Morro
do
Castelo
em
1922.
Vista
geral
da
Ponta
dodo
Calabouço,
com
as dependências
da Independência
do
Brasil,
odeeRio
velho
Arsenal
sofreu
Arrasada,
depois
de
355
anos
história,
juntamente
grupo
espera
a
chegada
do
cortejo
militar,
no
largo
tradicional
rua
Direita
(hoje
rua
Primeiro
de
Março),
continuidade
Calabouço,
o
Museu
Histórico
Nacional,
fundado
e
regulamentado
denominações
“Praya
dos
Mineiros”,
“Bateau
à
Vapour”,
barco
a
padroeiro
da
Cidade
do
de
Janeiro.
quando
deixou
deTrem
existir
oArsenal
Morro –do1918.
Castelo.
da
Casa
do
e
do
reformas,
tornando-se
em
estilo
«neo-colonial».
com
o
Morro
do
Castelo.
formado
defronte
do portão
do
de São
Sebastião.
da citada
rua
por
dafumaça),
Misericórdia,
outro
Decreto
até
deForte
oao
2 Mosteiro
de
agosto.
São Bento.
vapor
(com
próximo
Arsenal
de Guerra.
1836
Guillaume F.
Torre da Igreja da Lapa dos
Pináculo do chafariz
Mercadores
Igreja Terceira do Carmo
do Mestre Valentim
Igreja do Carmo
Casarão do Arco do Teles
Detalhe do trecho
III da
Passadiço
quemesma
liga o gravura.
Convento do Carmo
Paço ao Convento do
Carmo
Paço Imperial
Cadeia Velha
Visto
pelo Cais
Vemos a área principal
da antiga
Várzea, que se estende do
Morro
do Castelo até o Morro de São Bento (quase no centro da
Algumas casas depois da Igreja de São José, vemos um espaço
imagem,
o seu Mosteiro),
ligados
Direita
vazio, o com
que representa
o antigoeLargo
do pela
Paço,rua
hoje
Praça (hoje
XV
Primeiro
de Março).
À concentra
direita, noo mar
daconjunto
baía de histórico
Guanabara,
de Novembro,
onde se
maior
e
fervilham
as
embarcações
que
aportam
no
principal
porto
da
arquitetônio da Cidade, com prédios, monumentos e
Cidade: a Praça
XVdos
deséculos
Novembro
diasXIX
atuais.
equipamentos
urbanos,
XVII,dos
XVIII,
e XX.
Ronmy
Parte III – Várzea (Praça XV, Candelária, São Bento)
Guillaume F.
1836
Ronmy
A
Igreja daaàIgreja
Candelária em 1897.na gravura de 1836,
Destacam-se,
nestas
imagens,
Quatro logradouros se destacam
na gravura,
paralelos
Palácio
da Conceição, da Candelária:
Parte III – Várzea (Praça XV, Candelária, São Bento)
sem a sua cúpula;
e, no
na Morro
fotografia
de 1889, com sua monumental cúpula.
da
praia: à direita, as ruas da Misericórdia
e Direita
(hoje
Conceição, que ainda
Primeiro de Março); no centro, a Rua Detrás
do (gravura
Carmode
existe
1840). e da
(hoje Rua do Carmo), que corre por trás do Convento
Igreja do Carmo; e, à esquerda, a longa Rua da Quitanda,
que atravessa toda a Várzea, passando por trás da Igreja
da Candelária.
Finalmente, vemos, na mesma
Fotografia
1889,da
quase
do mesmo ângulo da gravura de 1836.
gravura, osde
Morros
Conceição
(acima e na gravura maior, à
esquerda) e de São Bento (abaixo e
na gravura maior, à direita). Na esquerda, ainda sem a cúpula, em 1840; e, à direita, em 1922, com a
cúpula. A construção da igreja levou cerca de 123 anos (1775-1898).
A cúpula foi colocada entre 1870 e 1873, e totalmente finalizada cerca de
1878.
Morro de São Bento,
com seu Mosteiro
Benedtino, que ainda
existe (gravura de
Candelária
em 1964
Cúpula da Candelária
– 2009.
(Foto: Cau Barata)
1870).
Guillaume F.
1836
Ronmy
Parte IV – Largos da Carioca e São Francisco de Paula; Praça Tiradentes;
Convento de Santo Antonio e Hospital da Ordem Terceira.
Campo de Santana em 1825 (acima) e em 1889 (abaixo)
O segundo chafariz da Carioca,
O Convento,
duas
Igrejasdos
e o Hospital
ambasasas
imagens
anos 30,em 1845.
do século XIX.
Nopara
primeiro
plano,
vemos o destaca-se
conjunto do
antigode
Campo
de Santo de
Mais
o centro
da gravura,
a Igreja
São Francisco
Antonio
(hoje
Largo
da
Carioca):
o
Hospital
da
Ordem
Terceira
da
Paula (sobre a qual se falará no quadro de 1854, do artista francês
Penitência,
construído
partiradiante,
de 1748*;
o Convento
e a Igreja(hoje
dos
Michel
Charles
Fichot);a mais
a praça
da Constituição
frades
de
Santo
Antonio,
ali
estabelecidos
desde
1606;
a
Igreja
Praça Tiradentes), onde se destaca o Imperial Teatro de São Pedrodade
Ordem Terceira
da Penitência,
edificada
1653
Alcântara
- hoje,de
emSão
seuFrancisco
lugar, o teatro
João Caetano
(sobreentre
a qual
se
e
1740;
e
o
segundo
Chafariz
do
Largo
da
Carioca*.
falou no quadro de 1822, do artista francês Jean-Nicolas Le Rouge);
(*)
sobreao
o Hospital
o Chafariz
ver trabalho
emoPower
e, mais
longe, ume grande
descampado,
queanterior,
representa
atual
Point “Excursão
ao Largo
da Carioca, 1898”.
Campo
de Santana.
Guillaume F.
1836
Com a demolição da velha ermida do Desterro, em seu lugar
Guillaume Frederique Ronmy
nasceu em
Rouen,muito
Uma imagem
clássica,
Gomes Freire de Andrada fundou o Convento de Santa Teresa,
1786,
faleceu
Pintorfoidelançada
pintada
e fotografada
pelos
cujaFrança,
primeiraem
pedra,
que edeu
início
aem
sua1854.
construção,
paisagens,
de Vincent
e de
Taunay,
na
artistas:
o Convento
em 24.06.1750
. Oaluno
Aqueduto
da antigos
Carioca,
monumento
atualmente
França.
Santaáguas
Teresa
o
mais conhecido como Arcos
da Lapa,de
recebia
que evinham
dasObteve
nascentes
Rio Carioca.
donos
início
doda
século
XVIII, e,
trêsdomedalhas
deObra
ouroAqueduto
salões
deCarioca.
1812,
caindo
em
ruinas,
foi
reconstruído
a
partir
de
1744.
Ambos
1817 e 1827, da Escola de Artes da França. O os
patrimônios ainda existem na Cidade.
nome deste artista ficou gravado por sua
cooperaçãodanos
panoramas
de Prévost,
e na
O Convento
Ajuda
representa,
hoje, a famosa
execução
de trabalhos
o Rio de
Janeiro
Cinelândia,
no centrosobre
da Cidade.
Vemos,
àe
Convento
da Ajuda
– as duas
imagens
de1911
1911:
antes
da demolição.
Constantinopla.
Convento
da
e Cinelandia:
(acima)
e depois
1930aba
(abaixo).
esquerda,
a Ajuda
grande
casa
conventual
e euma
do
_____________________
Morro do Castelo, que se debruçava para cima da
Cinelândia,
onde
estáJaneiro
o prédioTomado
da Biblioteca
Panorama
do hoje
Rio de
do
Nacional. Os jardins
dodo
Convento
Morro
Castelose estendem até
a antiga rua dos Barbonos (hoje rua Evaristo da
água-tinta colorida s/Veiga).
papel, realizada a partir de
a óleo
Guillaume
Frederica Ronmy,
Opintura
Convento
da de
Ajuda
foi construído
partir de
baseado
em
desenho
de
Felix
Émile
Taunay
1745, em terras do antigo Campo da Ajuda, pordeali
1821
(impressa
nas oficinas
de Rittner
et Goupil,
ter
existido
uma capela,
dedicada
à Nossa
Senhora
Boulevard
Montmartre
15,
Paris).
da Ajuda, construída em fins do século XVI.
Ronmy
Parte V – Aqueduto, Convento de Santa Teresa, Convento da Ajuda e
Igreja da Glória do Outeiro (ver Nicolas Maurin, quadro de 1820).
Jules
1836
Boilly
Couvent de San-José à Rio-de-Janeiro
Parece haver um erro
na legenda desta
gravura, de autoria de
Jules Boilly. Esclarece
Gilberto Ferrez a
possibilidade de ser o
convento dos
capuchinhos, no alto do
Morro do Castelo, e
não o seminário de São
José, na ladeira do
mesmo nome, no
mesmo morro. Vê-se o
Pão de Açúcar ao fundo.
Jules foi autor de outros três desenhos do
Rio de Janeiro.
Jules Boilly nasceu em
Paris, em 1796, onde
faleceu em 1874. Em
1834 residia à rue
Meslay, 26.
Obteve uma medalha
na Escola de Artes de
França. Em 1827 expôs
interessantes trabalhos,
entre os quais: Une
Processión sous l´arc
de Titus, à Rome; e Vue
prise dans l´intérieur
de l´église St.-Laurent,
hors les murs, à Rome.
A fachada do Convento dos Capuchinhos
em 1921.
Noél-Aimé
1836
Pissis
No referido estudo fez-se
uma animação com a
fachada do antigo Palacete,
e suas transformações, do
Neoclássico ao Eclético.
Segue, abaixo, o resultado
final da primeira animação,
que corresponde ao
edifício que vemos na
gravura de Pissis.
Sobre a história do
Palacete da Rainha Carlota
Joaquina e suas
transformações estéticas,
apresentei um longo
estudo no power point “O
Rio de Janeiro e sua
Arquitetura Neoclássica”,
que foi enviado a
25.03.2009.
Botafogo - 1836
Uma imagem pouco conhecida da
praia de Botafogo, datada de 1836,
com o Palacete da Carlota
Joaquina, na esquina do antigo
Caminho Novo de Botafogo (hoje
rua Marquês de Abrantes).
Desenho de Noel-Aimé Pissis, naturalista francês, nascido em 1810,
na França, e falecido em 1850. Chegou ao Brasil por volta de 1836.
Viajou pela Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nicolas
Vue d'une rue de Rio-Janeiro, Brésil
1836
Chapuy
Trabalho realizado por três franceses: Theodore Auguste Fisquet, autor do
desenho (ver quadro de Fisquet - 1844), Adolphe Jean Baptiste Bayot, autor
das figuras (ver quadro de Bayot - 1844), e Nicolas Marie Joseph Chapuy,
litógrafo, e o nosso homenageado neste slide.
O desenho retrata a rua da Lapa e a Igreja de Nossa Senhora da Lapa do
Desterro, fundada por provisão de 2 de Fevereiro de 1751, que autorizou a
construção do Seminário da Lapa pelo Padre Ângelo de Siqueira.
O logradouro onde se encontra erguido este templo foi aberto no período
colonial, ainda no século XVI. Com a construção da Igreja, a partir de 1751,
pouco depois passou este logradouro a denominar-se Rua da Lapa do
Desterro.
Nicolas-Marie Joseph Chapuy, arquiteto e desenhista, nasceu em Paris, em
1790, e faleceu em 1858. Em 1835, residia na rue de Seine-St.Germain, n.
56, Paris. Como arquiteto foi encarregado da restauração dos monumentos
góticos. Como desenhista, publicou diversos cadernos, tais como
Cathédrales françaises, com numerosas pranchas que foram expostas no
salão de 1824.
Foi, no início de sua carreira, oficial da marinha. Embora fosse arquiteto e
um pintor realizado, acabou ficando melhor conhecido como litógrafo, arte
na qual foi premiado com medalha no Salão de Artes de Paris, em 1833.
A Igreja em 1875, vista de Santa Teresa.
Anônimo
“Umase
grande
baciaa
Pouco
sabe sobre
octogonal,
de
data
em que cercada
se construiu
gradil
de ferro
batido,
este
enorme
chafariz,
e de
nos ângulos
quetinha
maneira
ou quando
suportes
chamados
postes
foi retirado,
podendo
ter
de cegonha,
comna
acontecido,
talvez,
Chafariz
desligado.
pendentes
para
reforma
efetuada
ema1910,
1871
óleo. Ao
noiluminação
governo doa Presidente
centro
Niloelevava-se
Peçanha. um
corpo dividido em dois, o
primeiro formado de oito
colunatas dóricas,
assentes sobre patamar
com três degraus.
1837
Médico Francês
Chafariz do Palácio da Imperial Quinta da Boa Vista – 1836.
O chafariz, no pátio, entre o Palácio e o pórtico – cerca de 1840.
Desenho em bico de pena feito por um dos médicos
franceses da fragata Vênus, cujo nome não se conhece. A
fragata iniciou sua viagem em 8 de novembro de 1836 e
aportou no Rio de Janeiro em 4 de fevereiro de 1837, onde
permaneceu até o dia 16 do mesmo mês.
“Na
Esse
parte
desenho,
superior
nos(ainda
dá a
do
certeza
primeiro
de o corpo),
chafarizuma
ser
cornija
anteriorcircular,
ao ano deda1837.
qual
Mais
se decorativo
elevavam oito
do que
útil,
colunatas
ficava no
menores;
pátio, entre
o
o Palácio
segundo
e ocorpo
Pórtico
eraque
Chafariz ligado.
arrematado
dava entradapor
à Casa
umaReal,
taça,
1871
depois
da qual,
Imperial,
em forma
e que
de
hoje
repuxo,
dá entrada
jorravaaoa Jardim
água,
que,Zoológico.
em sua queda,
formava uma verdadeira
cascata, de
extraordinário efeito.”
(Magalhães Corrêa)
Edmond Bigot
1837
La Touanne
Edmond era tenente na
expedição da fragata
Thétis, aos mares do sul,
em 1824-1826, sob o
comando do explorador
francês Hyacinthe de
Bougainville (citado no
quadro de 1837,
adiante). Estiveram no
Rio de Janeiro em 1824.
Vue
Vueprise
priseau
ausommet
sommetdu
duCorcovado
Corcovado(Brésil)
(Brésil)
La Touanne publicou
seu Album Pittoresque
de la Frégate La Thétis
et de la Corveta
L'Espérance, um fólio
de 35 pranchas
litografadas, que
relacionam-se à viagem,
em 1828, nove anos
antes da publicação do
Journal de la
navigation autour du
globe (1837).
Outro trabalho com a
participação de dois
franceses: desenho de
Edmond-Pierre-Marie
Bigot de La Touanne,
aqui homenageado; e
litografia de Leon Jean
Baptiste Sabatier (citado
no quadro de 1837,
adiante).
A entrada da baía de Guanabara, em um
dia nublado de 1837, sob a guarda
imponente do Pão de Açúcar;
alguns barcos se aventuram
a atravessar a barra, próximos da fortaleza de
Santa Cruz.
O visconde Edmond
Bigot de La Touanne,
artista topográfico e
oficial naval, nasceu a
03.05.1796, em
Huisseau-surMauves,45,Loiret,
França, château de
Prélefort (45), e faleceu
a 27.10.1863.
Do alto do Corcovado, um marinheiro preocupa-se com o
alambrado quebrado e, alheio a tudo, um casal
conversa mais abaixo.
1837
Louis
Estes são alguns detalhes de uma bela gravura, da qual
participaram três franceses: Edmond-Pierre-Marie Bigot de La
Touanne, autor do desenho original (ver quadro anterior,
1837); Louis Philippe Alphonse Bichebois que, baseado no
desenho de Touanne, foi o autor desse que ora apreciamos; e
Adolphe Jean Baptiste Bayot, autor das figuras (ver quadro de
1844).
Bichebois
A casa do cônsul inglês Henry Chamberlain (17731829) ficava no Catete, esquina com a rua do
Infante (atual rua Dois de Dezembro), de onde se
descortinava uma bela vista do Rio de Janeiro.
Da fachada principal apreciava-se o mar da baía de
Guanabara e o imponente Pão de Açúcar e, da
varanda dos fundos, vima-se casas da rua do Catete,
o sobrado da rainha Carlota Joaquina, e a citada
capela, voltada para o Largo do Machado. Mais
adiante, o morro da Graça, com o então palacete da
Alheio a tudo, um
Roso, grandes proprietários nas
nobreFamília
homemAraújo
de
casaca, noLaranjeiras
parapeito, e, ao fundo, a grande serra do
Corvovado.
atento, olha os
transeuntes que se
aproximam do
Desenho
artista francês
Philippe o
Alphonse
Bichebois,
nascido
a arredores,
Finalmente,
para
a paisagem
tinha
Entre osdofranceses
queLouis
eternizaram
Largo do
Machado
e seus
deentender
Edmond
Bigot deque
LaChambelain
Touanne e(pai)
Louis
Largo
doalém
Machado.
14-04-1801, em Paris, França, e falecido em 1850, na França. O original
dos fundos
do seu palacete, segue uma bela aquarela feita por seu
Bichebois, temos Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), citado na Parte I (1816), desta série “O Rio de Janeiro visto
de Touanne, data da época em que por aqui servia o Cônsul Chamberlain,
filho, do mesmo nome – Henry Chamberlain (1796-1844), da
pelos
Franceses
–
1551-1886”.
No
quadro
de
Nicolas
Taunay
destacamos
da Glória
e,por
na trás
finalização
do
em 1829. O trabalho de Bichebois é posterior, impresso em 1837, no
fachada dauma
casa, vista
vendo-se
ao longe,
dela, as mesmas
quadro,
apresentam-se
outros
trabalhos
autor, entre eles,
uma vista
do Largo
do Machado.
“Journal
de la navigation
autour du
globediversos
de la fregate
la Thetisdo
et mesmo
de la
montanhas
- Serra
do Corcovado.
Recentemente, em um
estudol'Esperance”.
sobre o Morro da Graça e Laranjeiras, chamei a atenção do “cliente” sobre este trabalho do
corvette
Taunay, esclarecendo que - sem que se saiba explicar a razão - vem sendo publicado de forma invertida.
Capela e Casa da Rainha
Largo do Machado
Palacete Roso
Acima, o Largo do Machado de Nicolas Antoine Taunay, na
forma que vem sendo estampado em diversos trabalhos, ainda
hoje.
comparando
com
a gravura
de Chamberlain,
Da Percebam,
varanda
da casa
do
cônsul
Chamberlain
avistava-se,
lá nodona
Grupo
de pessoas
que
conversam
no terraço
da casa
coluna
da Machado,
direita,
que
o Corcovado
está
invertido.
O mesmo
Largoinglês
do
aChamberlain
Capela
da Rainha
Carlota
Joaquina,
por no
cônsul
Henry
(1773-1829),
que
viveu
acontece com outro
desteem
autor,
do Outeiro da Glória.
elaquadro
reconstruída
1818.
Rio de Janeiro entre 1815-1829.
Chácara Carvalho de Sá
Finalmente, corrigindo a insistência de alguns, em publicar
esta pintura, na forma invertida, sem no entanto chamar a
atenção para o fato, segue a mesma, acima, “desinvertida”
(se é que se pode dizer assim), para então se apreciar a
verdadeira vista das Laranjeiras.
1837
León Jean
Sabatier
Anse deGaleria
la Gloria
dasdans
obras
la baie
de Sabatier
de Rio Janeiro
A Igreja da Glória
Praia da Glória
Praia da Lapa
Convento St. Tereza
A
primitiva
Igreja com
de Santa
León Jean Baptiste Sabatier,
Mais
umGrande
trabalho
a- 1837
Cascata
da
Tijuca
Luzia,
também
denominada
de
nascido em Paris e falecido em
participação de três franceses:
Igreja
da
Virgem
Mártir
de
1887. Desenhista, litógrafo e
Visconde Edmond Bigot de La
Santa
Luzia,
foi
erguida
no
pintor de paisagens, residente na
Touanne, responsável pelo
século
XVI.
rue de Cimetière St. André-desdesenho (citado nesta Parte III
Ficou
destruída
pelos
anos,
até
Arts, número 13, em 1835. Foi
– 1837); Victor-Jean Adam,
queresponsável
resolveu-sepelas
construir
a
nova
aluno de Bertin. Expôs no
figuras
por
provisão
episcopal
de
Museu Real da França em 1827.
(citado nesta Parte II – 1835); e
12.01.1752,
junto
à
praia
Fez trabalhos para diversos
Sabatier, o litógrafo e o
conhecida
pelo
nome
da
mesma
álbuns.
homenageado neste quadro.
Santa. Tinha a frente para a
entrada da barra.
A construção do século XVIII
Uma embarcação, na baía de
foi restaurada em 1872,
Guanabara, aproxima-se da
encarregando-se
o
artista
Dois observadores, um sentado e outro de pé,
à de Santa Luzia. Ao
Sabatier foi autor das litografias da obra Voyage
praia
fundo,
brasileiro
Antonio
de
Pádua
e
sobre
o
outeiro,
a
porta da Igreja de Santa Luzia, apreciam a
autour du monde de la frégate la Thétis, citada
silhueta
da
Igreja
de
Castro de
levantar eque
aumentar
a
embarcação
se aproxima.
no quadro de Bigot de La Touanne (1837).
Nossa
S.
da
Glória.
capela-mor e corredores.
Charles
Acima, e nos detalhes, o
desenho original de
Lalaisse, em 1838.
1838
Negres Cangueiros
Desenho de Charles Lalaisse,
francês, nascido em 1811.
Lalaisse
No centro, abaixo, uma
gravura do trabalho de
Lalaisse, em 1846.
Jean Baptiste
1838
Dürand-Brager
Vista da Baía do Rio de Janeiro
“Paisagem romântica e com
muita fantasia das montanhas do
estado do Rio de Janeiro, vistas
da baía. Nos primeiros planos,
veleiros e a ilha de Villegaignon.
Este quadro fez parte de uma
coleção de três telas sobre o Rio
de Janeiro e que pertenceram ao
príncipe de Joinville, com quem
veio o autor na sua primeira
viagem.” (Gilberto Ferrez,
Iconografia).
Óleo sobre tela, do artista francês Jean-Baptiste Henri Dürand-Brager, nascido a 21.05.1814, em Dol-de-Bretagne, na França,
e falecido em 1879, em Paris. Estudou na École des Beaux-Arts de Paris e freqüentou os ateliers de Théodore Gudin e de
Eugène Isabey. Em 1839, passou ao Brasil, como desenhista do Estado Maior do príncipe de Joinville, filho do rei LouisPhilippe. Toujours, com quem retornou, em 1840. Passou grande parte de sua vida viajando. Deixou numerosos trabalhos
que se encontram no château de Versailles.
1838
Fleury
BRÉSIL
BRÉSIL
Uma prancha franco-germânica
Uma prancha
franco-germânica
Francês
BRASILIEN
BRASILIEN
Estas gravuras, desenhadas e gravadas pelos franceses, têm por
base um outro desenho, um pouco mais antigo, de autoria do
alemão Johann Moritz Rugendas (1802, Augsburg - 1858,
Weilheim) que, por sua vez, foi redesenhada pelo francês Victor
Adam (citado no quadro de 1835) e litografada pelo francês
Godefroy Engelmann (citado no quadro de 1835).
Enquanto isso, ao longe, a cidade em sombra, quase
soturna,
ficaacrescentou
à espera deoutros
que um
artista lhe
dê cor. porém
Victor Adam
diversos
personagens,
manteve as duas mulheres sentadas sobre uma esteira, vendendo
frutas.
Mais um trabalho com a atuação de dois franceses: Fleury, autor do
desenho, que homenageio neste quadro, e sobre quem nada se sabe,
a não ser o nome; e Pierre Eugène Aubert, gravador (citado no
quadro de 1822).
Aubert Sc
Fleury del
Vue de Rio Janeiro, prise devant l´Eglise
de San Bento
Ansicht von Rio Janeiro, vor
der Kirche San Bento
O desenho original, à esquerda, e uma cópia, à
direita.
Este foi mais um dos desenhos que, ao longo do
tempo, foi bastante reproduzido, sofrendo muitas
alterações.
Aubert Sc
Fleury del
Vue
Rio Janeiro,
priseolha
devant
de Sanque,
Bento
Ansicht
vondáRio
Janeiro,
vor der Kirche
SanBento.
Bento
Umde
indivíduo,
atento,
paral´Eglise
a escadaria
da cidade
baixa,
acesso
ao Mosteiro
de São
Jules
1839
Arnout
Foi gravada, inicialmente, em
francês e, pouco tempo depois,
em alemão. Trabalho
parecidíssimo com um outro,
datado de 1828, do irlandês
Robert Walsh.
Gravura que se repetiu em
outras mãos, aqui desenhada
pelo artista francês Jules
Arnout, del. (12,5 x 9,2 cm), e
gravada pelo também francês
Traversier, sc.
Carro
Louis
deJules
boi passando
Arnout, sob
nasceu
os arcos
em 1814
do Aqueduto
e faleceu da
emCarioca.
1868.
BRÉSIL
BRASILIEN
Aqueduc à Rio
Janeiro
Wasserleitung
bei Rio de
Janeiro
Francês
Alemão
Na imagem seguinte, a versão
original, do irlandês Robert Walsh,
datada de 1828, da qual Arnout
teria copiado.
Arnout, del
Traversier, sc
Sem identificação
Thierry
1839
Vue de L´Exterieur de la Galerie de L´Acclamation du Roi D. Jean VI (à Rio de Janeiro)
Com o falecimento da Rainha D. Maria I, no
1. Projeto da varanda
Há uma série de estampas ano
elaboradas
Thierry
Fréres
junto com Godefroy Engelmann
de 1816, por
no Rio
de Janeiro,
iniciaram-se
(acima, à direita);(citado
2.
no quadro de 1835,aos
napreparativos
parte II), para
e foram,
ambos,doexecutores
de muitos trabalhos
a solenidade
Ato de
gravura do francês
Aclamação
do novo
Rei D.
João VI,
o que
se 1816, Parte I), e do
ao Rio de Janeiro,
do artista
francês
Debret
(ver
quadro
Hippolyte Taunay, referentes
ao
realizou
a 06.02.1818.
Para isso,Esta
ergueu-se
artista alemão Johann Moritz
Rugendas
(1802-1858).
aproximação entre estes dois
lado (citado no quadro
uma
grande
varanda
(balcão),
à
frente
do
1817); 3. detalhe do
litógrafos franceses, não se deu apenas pela paixão por suas atividades, mas pelas suas
Convento
do
Carmo.
desenho de Debret,
genealogias: Godefroy Engelmann (1788-1839), de Muhlouse, casou em 1809, com Anneabaixo (litografado por
Catherine Thierry, filha de Jean Thierry, de Muhlouse. Em 1813, Engelmann elaborou uns
Thierry Frères); e 4. O
desenhos para a fábrica de seu
sogro (Kattunfabrik);
e, da
em junho de 1816, fundou uma
Detalhes
do projeto original
desenho de Debret,
varanda Pierre
construída
na frente
Thierry,
um dos irmãos da Thierry Fréres.
colorido. litografia em Paris, com seu cunhado,
do Convento do Carmo:
fachada e planta.
Projeto original da varanda a ser construída
na frente do Convento do Carmo (acima).
Na extremidade direita, há uma escada de
No dia da Aclamação,
o artista
francês
Debret
15 lances, para
conduzir
a Família
Real(ver
e quadro de
1816, Parte I), seus
elabourou
um desenho
da festa,à um magnífico
convidados,
ao páteo fronteiro
documento visual.
Estedotrabalho
foi litografado,
Catedral
Rio de Janeiro
(Igreja do em 1839, por
CapelaoReal),
se
Thierry Frères Carmo,
(irmãosentão
Thierry),
nossoonde
homenageado
neste
realizaria
o
Te
Deum.
quadro.
Frères
Adolphe
1840
Lile des Couleuvres (Ilha das Cobras)
Litografia de Adolfo D'Hastrel de Rivedoux, nascido na Alsácia, em
1805, e falecido na França, em 1875. Filho de um general do exército
napoleônico. Incorporou-se à marinha francesa e com o grau de oficial
atuou em águas da América do Sul. Veio embarcado para participar do
bloqueio ao Rio da Prata (1839). Desenhista e pintor aficionado,
dedicou-se a tomar apontamentos dos distintos países visitados em
cerca de quarenta anos de viagem. Em 1840 ficou no Rio de Janeiro
realizando desenhos e aquarelas que, logo litografadas, formaram um
álbum editado em 1847 - Rio de Janeiro ou Souvenirs du Brésil, com
um grande panorama da cidade e dez estampas em preto e branco .
d'Hastrel
ILHA DAS COBRAS
Situada na Baia de Guanabara, com 154
mil m2, está ligada por
por uma alta ponte
metálica ao continente,
mandada construir pelo
Almirante Alexandrino.
Terreno bem acidentado e
tem a altitude máxima de
30 metros. É separada do
Arsenal de Marinha (no
por um
canal
Planta da Ilha dascontinente)
Cobras e o Forte
- 1769
pouco
de
Vista da Ilha dasde
Cobras
e ometros
Forte - 1822
largura, na parte fronteira
ao cais, e 110 metros de
profundidade máxima.
Antigamente chamou-se
Ilha de Paranepecu ou da
Madeira, segundo Gabriel
Soares, em seu Roteiro do
Brasil, e das Cabras, no
dizer de outros. Pertenceu
aos religiosos da Ordem de
Vista da IlhaSão
das Bento
Cobras e- 1775
a um oleiro,
João Guterres, e foi
arrendada
de 1589 pela
Fotoem
da 11
Ilhade
dassetembro
Cobras - 1885
quantia de 15$300 rs.
Jean Baptiste
Mais um trabalho com a participação de dois
Morro do Castelo
artistas franceses: litografia colorida de A.
Lepetit, segundo desenho de Jean Baptiste
Arnout, o nosso
homenageado neste quadro.
Pintor de paisagens à
aquarela e à sépia, e
litógrafo,Aqueduto
Arnout nasceu em
Dijon (Côte-d´Or), a
24.06.1788. Autor de
numerosas paisagens e
desenhos de arquitetura.
Expôs, em 1824, dez
litografias de vistas de Paris,
para o trabalho de l´Anné
Sainte, dedicado ao duque
de Bordeaux. Medalha de
2.ªBairro
Classe,dacom
uma
Ajuda
litografia
em 1831.
(Cinelândia)
Participou dos Salões de
1819, 1824, 1831, 1834,
1835, 1836, 1837 e, quase
trinta anos depois, dos
salões de 1864 e 1865, já
em avançada idade.
Pai do pintor e litógrafo Louis-Jules
Lapa e Arnout,
Igreja;
nascido em Paris, a 01.06.1814.
Passeio Público
1840
Arnout
Vue de Rio de Janeiro prise du Convent de Ste Therése
Cabe
queJaneiro
o gravador
A. Lepetit
participou
dos salões
Vistaregistrar
do Rio de
tomada
do Convento
de Sta.
Teresade
belas artes, em 1837 e 1841.
Ferdinand
1840
Perrot
Renée invertidas,
Duguay-Trouin
Mais uma curiosa gravura, como tantas outras, que aparece estampada em formas
09.06.1711
como a(1673-1736)
do Largo do Machado,
de Taunay, citada no quadro de Louis Bichebois,
Impressiona
em 1837,
o grau
nesta
deParte
detalhes
III. desta belíssima nau de
guerra francesa, talvez a capitânea, que trouxe o corsário
francês Renée Duguay-Troin, que saiu da França a 9 de
Outro trabalho, para
o qual
junho
de 1711, à frente de uma esquadra de 17 navios e
podemos apontar a participação de,5.000 homens de desembarque.
pelo menos, cinco franceses:
1. Desenho original, de Nicolas12.09.1711
Marie Ozanne (1728-1811), artista
Após três meses de viagem, no dia 12 de setembro, a
francês, do século XVIII, que,
esquadra francesa entrou pela barra do Rio de Janeiro, ou
infelizmente, esqueci de mencionar
seja, pela boca da baía de Guanabara, conforme foi
na Parte I;
2.
retratada nesta litografia de Perrot.
Gravura de Drouet (à esquerda),
baseado no desenho de Ozanne; 3.
14.09.1711
Litografado por Ferdinand Perrot,
dias depois, aos 14 de setembro, desembarcam na
Recentemente, em casa de uma amiga,
o homenageado desteDois
quadro;
Cidade
do na
Rio de Janeiro os quase 5.000 invasores sob o
deparei-me com esta bela gravura de 4. A litografia de Perrot
foi feita
comando de Duguay-Troin.
Ferdinand Perrot, curiosamente retratada de
oficina de Turgis;
forma invertida, com o Pão de Açucar à 5.Foi impressa por Lemercier de
esquerda, como se as embarcações
Paris.
21.09.1711
estivessem saindo da Baía de Guanabara, e
Após sete dias de terror, saques, roubos e crimes, a Cidade
não entrando. Apresenta outra coloração.
do Rio de Janeiro é abandonada pelos invasores.
Mais um caso, como muitos outros, de
Duguay-Trouin forçant l´entrée
inversão da imagem (ver ao lado).
10.10.1711
de Rio-Janeiro (1711)
Data da assinatura do resgate da Cidade do Rio de Janeiro:
Ferdinand
Perrot
a 23.04.1808,
em Paimboeuf
(Loire-Inférieure),
28.09.1841,oem
Levando em
contanasceu
o título
da obra: Duguay-Trouin
forçando
a entrada dae faleceu
baía de aGuanabara,
PãoSaint-Pétersbourg.
de Açúcar deve ser
616.251 cruzados (avaliados no ano de 1960, em 3 bilhôes
Um dos
maisque
famosos
corsários
de sua
época,
TenentePintor, aluno
de Gudin.
Participou
dee,diversos
salões
de belas-artes,
aCruz,
partir
de
1833,
com destaque
para
o salão
1840,ao
mostrado
à esquerda
da boca
da baía
à direita,
a Fortaleza
de Santa
representa
a franceses
parte mais
clara
quede
vemos,
de
cruzeiros);
100
caixas
de
açúcar
e
200
bois.
GeneraldedaDuguay-Trouin
Esquadra
Naval e na
Comandante
da Real Ordem Militar de
apresentou oito litografias,
entreentre
elasas
esta
da embarcações
entrada
baía de Guanabara.
fundo,
duas
à direita.
A bela nauonde
e a fera...
São Luiz. Invadiu o Rio de Janeiro em 1711.
Jules M. V.
1841
de Sinety
O Porto do Rio de Janeiro
Detalhe da aquarela do
artista francês Jules-Marie
Vincent de Sinety, nascido
em 1812.
1890
O Porto do Rio de Janeiro,
com destaque para a Igreja
e Mosteiro de São Bento
(detalhe).
1888
A 25 de março de 1590, ao tempo do governo de(Mosteiro
Salvador de
Corrêa
de Sá, cederam Manuel de Brito e seu filho, aos frades
São Bento)
beneditinos, a sesmaria que lhes fôra dada em 1573, compreendendo, não só o próprio outeiro, mas toda a terra que o cercava
até o morro da Conceição. A partir de 1617, iniciaram a construção da Igreja - dedicada a Nossa Senhora de Montserrat - e
do Mosteiro de São Bento, segundo o projeto de Francisco de Frias de Mesquita, engenheiro-mor do Brasil.
Ph.
1841
Noir de Rio-Janeiro - Esclave de Rio-Janeiro
Duas imagens litografadas por
Ph. Blanchard, que fazem
parte do Atlas pittoresque
(prancha 4), da Voyage autour
du monde sur la fregate Venus,
de Abel du Petit-Thouars.
Pouco se sabe sobre o
litógrafo Blanchard. Além
desta prancha, que se refere ao
Rio de Janeiro, foi autor de
outras cinquenta pranchas,
que fazem parte do Atlas
pittoresque, Voyage au pole
sud et dans l'Oceanie, de J.
Dumont d'Urville, 1846.
Blanchard
Theodore
1841
Trabalho com a participação
de quatro franceses: 1.
Desenho de Theodore
Ménard, o homenageado
neste quadro;
2. as figuras são do artista
francês Adolphe Bayot,
citado adiante (1844);
3. a litografia é de Louis
Bichebois, citado nesta Parte
III (1837);
4. e foi impressa na oficina de
Thierry Frères, também
citada nesta Parte III (1839).
Menard
Fontaine de la place du
Palais à Rio-Janeiro,
litografia do francês
Theodore-Romuald Georges
Menard, que também ocorre
no Atlas pittoresque, do
Voyage autour du monde sur
la fregate Venus, pendant les
annèes 1836-1839, de Abel du
Petit-Thouars, Paris, 1841.
No mesmo Atlas, conforme
vimos, estão os desenhos de
Blanchard (quadro anterior).
Mais uma imagem de pessoas
conversando ao redor do famoso
Chafariz do Mestre Valentim, erguido
em 1789, conforme se escreveu no
quadro de Alphonse Boilly (1836),
desta Parte III.
Bela litografia baseada em desenho errôneo do chafariz do mestre Valentim, na atual praça Quinze de Novembro (G. Ferrez).
Jean Joseph
Retrato do diplomata
francês, barão Achille
Jean Marie ROUEN,
nascido a 21 de novembro
de 1785 e falecido a 22 de
abril de.1855. Enviado
Extraordinário e Ministro
Plenipotenciário na Corte
de Dom Pedro II,
estabelecido no Rio de
Janeiro,
30 dede
Uma
arara,entre
na janela
setembro
de 1837
e 1.º de
uma residência,
aprecia
o
dezembro
de
1842.
Pão de Açúcar.
1841 (c)
Detalhes de um quadro do artista francês Jean-Joseph
Bilfeldt, nascido em 1793, em Avignon (Vauciuse), e
falecido cerca de 1849, em Paris.
Pintor de retratos e miniaturista, aluno de Raspay e de
Mansion. Participou dos salões de 1822, 1824, 1827, 1831,
1834, 1835, 1836, 1841 e 1844. Há trabalhos de sua autoria
no Museu de Avignon e nas galerias de Versailles. Manteve
um atelier com alunos, e residia no Palais-Royal, n. 99, Paris,
em 1834. Residiu, por algum tempo, nos Estados Unidos e,
retornando a Versailles, de lá saiu para o Rio de Janeiro, onde
chegou a 26 de maio de 1841.
Outro detalhe do mesmo quadro, de múltiplas
informações pois, sendo um retrato, constam da
mesma tela a paisagem do Pão de Açúcar, a arara e o
busto de D. Pedro II.
Bilfeldt
O barão de Rouen é
retratado em traje de gala
e porta a ordem da Legião
de Honra em grau de
comendador, assim como
a placa e banda da ordem
brasileiro do Cruzeiro. Há
notícias de que a
baronesa de Rouen
vivia em área próxima à
Fazenda do conde de
Sobre
a mesa,
um busto
Gestas
(citado
no do
jovem
imperador,
Pedro
quadro
de 1822,D.Parte
II, à época
da maioridade.
II), acima
da
Cascatinha, Alto da
Boa Vista.
Théodore
Detalhes do grafite do
artista francês
Théodore Alphonse
Galot, que representa
uma “Paisagem de
Santa Teresa”, com
vista para a baía de
Guanabara.
1842
Foto Cau Barata - 2003
Galot
No primeiro plano,
homem e criança
caminhando próximo
de uma casa, à beira
do caminho, vendo-se,
ao fundo, a baía de
Guanabara e a ilha da
Boa Viagem.
Théodore Alphonse Galot nasceu a 16.04.1806, em Chartres (Eure-et-Loir), e faleceu em 1866, no Rio de
Janeiro. Pintor e desenhista. Era filho de um professor de desenho no colégio de Chartres. Participou dos
salões de 1833, 1835, 1838, 1839, 1840, 1841 e 1842, em Paris, com paisagens que representavam cenas dos
arredores de Chartres. Radicou-se no Rio de Janeiro, entre 1842 e 1845, e aí permaneceu até seus últimos dias.
Em 1845, participou da exposição da Academia Imperial de Belas Artes, do Rio de Janeiro.
Aumont
1843
Gravura de Aumont, sobre quem
pouco se sabe, e que fez parte da
viagem ao redor do mundo, com o
comandante Auguste Nicholas
Vaillant (1793-1858), a bordo da
corveta Bonite, durante os anos de
1836 e 1837.
Passeio ao Corcovado
Promenade au Corcovado
Francês
Ambroise L.
1843
Ambroise Louis Garneray, pintor de marinhas,
O Príncipe de Joinville, François Ferdinand
gravador e escrivão, nascido em Paris (Rue SaintPhilippe d'Orléans, filho do Rei de França Luís
Andre-des-arts,
Quartier
19.02.1783,
e
Felipe I, esteve no
Rio de Latin),
Janeiro,a em
1843, com
falecido
empara
Paris,
a
sua
fragata,
se casar
com a Princesa Imperial
11.09.1857.
Filho
do
Dona Francisca Carolina Joana Carlota
pintor
Jean-François
Leopoldina
Romana Xavier de Paula Micaela
Garneray
(1755–1837).
Gabriela
Rafaela Gonzaga de Bragança e
Estudou com
seude
paiD.e Pedro I e de D. Leopoldina.
Habsburgo,
filha
com
Debucourt.aconteceu
Foi
O casamento
a 1 de maio de 1843.
conservador do museu de
Rouen e pintor do Duque
de Angouleme, nomeado
a 27,01,1857. Expôs nos
Salões de Belas Artes de
Paris, de 1817, 1819,
1822, 1824, 1827, 1831,
1833 a 1840, 1844, 1846
a 1850, 1852, 1853, 1855
e 1857. Os museus de
Versailles, de Cherbourg
e do Havre possuem
marinhas deste artista.
Desenhou e gravou 64
vistas dos principais
portos da França e 40
Príncipe de Joinville (de barba), com parte de sua
vistas de portos
comitiva, deixando o Rio de Janeiro.
estrangeiros.
Garneray
LL.
AA. RR.
Lecobre,
princeaquarelada
et la princesse
de Joinville
quittent
Gravura
sobre
posteriormente,
pintada
por Rio
Janeiro dans unGarneray,
canot pour
se rendre
à bordneste
de la quadro,
frégate ela
Ambroise-Louis
nosso
homenageado
belle
Poule,Jean
MaiMarie
1843.Chavane (1797-).
gravada pelo também
francês
“No primeiro plano, balleeira levando para bordo da fragata
La Belle Poule os príncipes de Joinville, vendo-se ao fundo, a
esquadra francesa e a igreja do outeiro da Glória.” (Gilberto
Ferrez, Iconografia, I)
O barco que conduzia o Príncipe
e sua comitiva navegou próximo
à Igreja de Nossa Senhora da
Glória do Outeiro.
Príncipe de Joinville
Gravura
sobre cobre
Aquarelada
François Philippe
1843
d'Orleans Joinville
quadro
dePrincesa
Ambroise
O Príncipe deNo
Joinville,
noanterior,
ano
A
de Joinville, um ano
Garneray,
a partida
do seu casamento,
em 1843, vimos
em
depois dodo
seu casamento, em
uma desenho dePríncipe
José Joaquim
1844,que
em se
um óleo sobre tela do
de Joinville,
Lopes (1790c-1863),
litografado
alemão
Franz Xaver
encontrava
no Rio de Janeiro,
para
em Lisboa.
Winterhalter (1806-1873 ).
realizar o seu casamento com a
filha de D. Pedro I, a Princesa D.
Francisca Carolina de Bragança e
Habsburgo. Aproveitando seus
dotes artísticos, o mesmo Príncipe
fez alguns desenhos do Rio de
O casamento Janeiro,
aconteceuentre
a 1 deeles,
maiouma
de 1843.
A Princesa Francisca
aquarela,
recebeu por dote
um
milhão
de
francos
e
mais
no Palácio de São Cristóvão.terras em Santa
Catarina.
Aproveitando este histórico da vinda do Príncipe de Joinville, Francisco Armando Felipe Luiz Maria d’Orleans, nos dois
últimos quadros,
achei
seria de
interessante,
para fechar
esta suaPhilippe
passagem
pelo Riorepresentando
de Janeiro, anexar
a pinturaD.acima
Detalhes
da aquarela
do que
Príncipe
Joinville, François
Ferdinand
d'Orléans,
o Imperador
Pedro(no
Ie
centro), de autoria
Edouard
Auguste Nousveaux
(1811-1867).
Representa
o Príncipe
Joinville,
deVista.
viagem para o Brasil,
suade
escolta,
atravessando
o portão do
palácio de São
Cristóvão,
na Real de
Quinta
da Boa
assistindo uma dança indígena, em dezembro de 1842, na Praça do Governo, à ilha de Gorée, localizada ao largo da costa do
Senegal, em frente a Dacar, na África Ocidental.
O Imperador D. Pedro I, saindo do Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista – 1843 (Joinville)
Adolphe
1844 (c)
Bayot
Outra gravura com a participação de
três franceses: 1. Théodore Auguste
Fisquet, o autor do desenho original
(citado no próximo quadro); 2. Alexis
Victor Joly, um dos autores desta
litografia, elaborada junto com Bayot,
baseada no desenho de Fisquet (Joly é
citado na Parte II – 1836); e 3.
Adolphe Jean Baptiste Bayot, o
homenageado neste quadro.
Cascata da Tijuca, no Alto da Boa
Vista. À esquerda, residência do
pintor Nicolau Antoine Taunay
(citado na Parte I – 1816) e no
terreiro, uma cobertura sob a qual
descansam negros e brancos.
Cascade de Tijouka a Rio-Janeiro
Adolphe Jean Baptiste Bayot nasceu a 8.01.1810, em Alexandria, filho de pais
franceses, e faleceu em 1866. Pintor, estabelecido em Paris, na rua Vintimille, 11.
Participou dos salões de 1863 a 1866, de Paris.
Theodore
1844 (c)
Fisquet
Théodore Auguste Fisquet nasceu em
1813, na França, e faleceu em 1890.
Pintor e oficial da marinha francesa.
Nomeado Comandante a 12.08.1862.
Major geral da Marinha em Toulon.
Nomeado Contra-Almirante a
03.08.1867. Comandante em chefe da
divisão naval do Brasil e de La Plata.
Grande Oficial a 10.12.1874.
Litografia realçada com aquarela (papier
collé) sobre papel, com a participação de
três franceses: 1. Théodore Auguste
Fisquet, autor do desenho e o
homenageado neste quadro; 2. Louis
Philippe Alphonse Bichebois, autor da
litografia (citado nesta Parte III – 1837); e
3. Jean-Victor Victor Adam, autor das
figuras (citado nesta Parte II – 1835).
Église de la Glória à Rio Janeiro
François
1845
Moreaux
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Pretos
Grafite de François-René Moreaux, intitulada Largo do Rozario – Rio de Janeiro 1845.
Representação do Mercado do largo do Rosário, à direita da Igreja. Moreaux está ao
lado da igreja, olhando para as ruas Uruguaiana e Rosário.
Na imagem, a primitiva torre da Igreja do Rosário, com sua dupla sineira na parte de
trás. Era uma torre meio atarracada, e única, por muito tempo, pela inexistência da
outra, cuja construção havia sido paralisada. Em 1860 já estavam erguidas as duas
torres, porém, no século XX, a igreja pegou fogo, e foram novamente reconstruídas,
perdendo esta característica da dupla sineira.
François Moreaux nasceu em 03.01.1807, em Rocroy, no Departamento de Ardenas,
França, e faleceu em 25.10.1860, no Rio de Janeiro. Pintor, fotógrafo e professor de
francês. Foi aluno, em Paris, do célebre pintor Barão de Gross, e do pintor aluno de
Jean-Baptiste Couvelet. Veio para o Brasil em companhia de seu irmão mais novo,
Louis Auguste Moreaux, em 1838, aportando em Pernambuco, de onde passou a Bahia
e, depois, para o Rio Grande do Sul. Em 1841 fixou residência no Rio de Janeiro,
tendo instalado estúdio na Rua do Rosário. Em 1842, foi premiado na Exposição Geral
de Belas Artes, no Rio de Janeiro, com a grande composição histórica Sagração de
Dom Pedro II, recebendo o Hábito da Ordem de Cristo. Em 1857, fundou com Heaton
e Regensburg, a famosa Galeria Contemporânea Brasileira.
Louis A.
1845
Moreaux
MercadoDA
daPRAIA
Praia doDO
Peixe
MERCADO
PEIXE
Detalhes 1
“À esquerda da estampa, vemos parte da Praça do Mercado da
Praia do Peixe que fazia ângulo com o princípio da rua do
Ouvidor e do Mercado. Este mercado, construído segundo
projeto de Grandjean de Montigny, era um quadrilátero cuja
face principal olhava para o largo do Paço e as outras para a
praia do Peixe e as duas ruas citadas
O artista acima. O movimento desta
praça era grande e extravasava
fora de seus muros como vemos
austríaco
Thomas
aqui. Buvelot e Moreau transmitiram
nesta litografia não só a
Ender,
cerca
cena viva do mercado com seus tipos curiosos de pretos de
de 28 anos
ganho e a azáfama peculiarantes
destas
de feiras ao ar livre, como,
também, deixaram um documento
Louisrelevante do casario e igrejas
Moreaux,
do princípio da rua do Ouvidor.
No foi
centro do desenho, cúpula e
autor de uma
torre da igreja de N. Sra. Da Lapa
dos Mercadores e, à direita, a
aquarela,
torre da igreja da
Cruzdodos Militares.”
retratada
mesmo
(Gilberto
Ferrez)
Detalhes 2
ângulo.
Litografia com figuras de Louis Auguste Moreaux, irmão caçula de François Moreaux, citado no quadro anterior. Traz no alto a legenda Rio
de Janeiro Pitoresco, e na parte inferior: Paisagens de L. Buvelot, figuras de Aug. Moreau à esquerda e Lith. De Heaton e Rensburg, Rio de
Jan.º à direita.
O “burburinho”
O “burburinho”
no mercado da
no mercado da
Louis Moreaux, como seu irmão François, nasceu em Rocroy, no Departamento de Ardenas, França, em 1818, e faleceu no Rio de Janeiro,
praia do Peixe,
praia
do Peixe,
em 1877. Pintor de história, de retratos e figuras. Acompanhou François, ao Brasil, em fins da década de 1830, fixando-se no Rio de Janeiro
emGerais
1845.de
emvolta
1845.
por
de 1840 após residir por algum tempo em Pernambuco, na Bahia e no Rio Grande do Sul. Participou das Exposições
Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1841, 1843, 1845, 1846 e 1850. Foi agraciado com a Ordem Imperial da Rosa no grau de Cavaleiro.
1845
Le
Breton
Baie de Botafogo
Litografia colorida de Le Breton, mostrando toda a praia de Botafogo com seu casario. Em primeiro plano parte do Morro da Viúva.
Trinta anos depois - 1875
Setenta depois - 1915
Existiram, pelo menos, três artistas com o sobrenome Lebreton. Gilberto Ferrez o identificou como sendo J. Le Breton. Foi
impressa por Auguste Bry (citado na Parte IV – 1854), e publicada por J. Touds..
FIM DA TERCEIRA PARTE
Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro – Parte III (de VI)
O RIO DE JANEIRO
Visto pelos artistas franceses (1546-1886)
Pintores, Litógrafos e Gravadores.
Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil
que se festeja em 2009.
Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de
Janeiro e aos estudantes das belas-artes.
Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata
08.07.2009 – 28.08.2009.
Agradecimentos as amigas: Eliane Brandão e Regina Cascão
Relação dos dezenove artistas franceses citados na Parte I
Jean Cousin – 1551
Nasceu, na França, em 1522, e
faleceu em 1594. Gravura,
representando índios em festa
na França.
François Froger – 1695
Nasceu, em 1676, na França, e
faleceu cerca de 1715. Planta
que aparece em sua Relation
d´um Voyage (Paris, 1698).
André Thevet –1556
Nasceu, na França, em 1502, e
faleceu em 1592. Esteve no Rio
de Janeiro, em 1556, na
expedição de Villegaignon.
Jean Massé – 1713
Engenheiro militar, de origem
francesa, a serviço de Portugal.
Em 1712, passou ao Brasil.
Jean de Lery – 1557
Nasceu, em 1534, em La
Margellee, e faleceu em 1611,
em Berna. Participou da
expedição de Villegaignon.
Anônimo – 1717 (c)
Desenho anônimo, com um
extenso índice remissivo, em
francês.
Jacques de Vau de Claye – 1579
Cartógrafo normando, que esteve,
no Rio de Janeiro, em missão
secreta do governo francês em
1578 ou 1579.
Anônimo – 1731
Outra planta da Cidade do Rio
de Janeiro, de autoria anônima.
Original da Bibliothèque
Nationale, Paris.
Anônimo – 1602
Vista do Rio de Janeiro –
original manuscrito da
Bibliothèque Nationale, Paris,
França.
François Moyen – 1744 Vista
da Cidade do Rio de Janeiro,
com índice remissivo, em
francês.
Leveux – 1757
Teria feito parte da esquadra
francesa comandada pelo conde
de Aché, que arribou, no Rio de
Janeiro, em 15.07.1757.
Conde de Clarac – 1816
Charles Othon Fréderic JeanBaptiste de Clarac, nascido, em
1777, em Paris, França, onde
faleceu em 1847.
Jean-Joseph Maillet –1807
Nasceu em 1751, em Paris,
França, e faleceu em 1811.
Gravura (água-forte).
Nicolas A. Taunay – 1816
Nasceu, a 11.02.1755, em Paris,
França, onde faleceu a
29.03.1830. Membro da Missão
Artística Francesa de 1816.
Louis de La Rochette – 1810
Nascido no século XVIII, na
França. Coronel Louis Estanislas
D´Arcy de La Rochette.
Jean-Baptiste Debret – 1816
Nascido, a 18.04.1768, em
Paris, França, onde faleceu a
28.06.1848. Membro da Missão
Artística Francesa de 1816.
Baron de Coubertin – 1816
Julien Bonaventure de Coubertin,
nascido, em 1788, na França, e
falecido em 1871. Esteve no Rio
de Janeiro em 1816.
Grandjean Montigny – 1816
Nasceu, a 15.06.1776, em Paris,
e fal. a 02.03.1850, no Rio de
Janeiro. Membro da Missão
Artística Francesa de 1816.
Charles Cochelet – 1816
Nascido do século XVIII, na
França. Teria estado no Brasil,
em 1816 e 1817, publicando sua
viagem em 1819.
O RIO DE JANEIRO
Fim da Primeira Parte
1551 – 1817
Visto pelos
artistas franceses
(1551-1886).
Pintores, Litógrafos e Gravadores.
Relação dos trinta e um artistas franceses citados na Parte II
Charles Laborde – 1817
Nasceu, na França. Oficial da
embarcação Uranie. Desenho
das montanhas, com destaque
para o Corcovado.
Arnaud Julien Pallière – 1819
Nasceu, em 1783, em Bordeaux,
França, e faleceu em 1862, na
mesma cidade. Aquarela –
Chafariz das Marrecas.
Jules A. Vautier –1817
Nasceu em 1774, e faleceu em
1832. Desenho da Imperatriz
Leopoldina, gravado pelo francês
por Jean-François Badoureau.
Nicolas E. Maurin - 1820-1821
Nasceu em 1779, em Perpignan,
e faleceu em 1850, em Paris.
Litografia de Maurin - Igreja de
N.S. da Glória.
J. Alphonse Pellion – 1817
Também esteve embarcado na
corveta Uranie. Aquarela.
Embarcações próximas à ilha
das Cobras
Aymar M. J. Gestas – 1822.
Conde de Gestas. Nasceu em
1786, na França, e faleceu em
1835, no Rio de Janeiro. Desenho
de um Moinho de Vento.
Hippolyte Taunay – 1817
Nasceu em 1793, na França, e
faleceu em 1864. Família Real
passando por baixo do arco, na rua
Direita.
Jean Dessaulx – 1822
Nasceu c. de 1800, e faleceu em
1850. Gravador. Vista da Ilha
da Boa Viagem, segundo
desenho de Arago.
Adrien Taunay – 1819
Nasceu em 1803, em Paris, e
faleceu em 1828, em Mato
Grosso. Malhando judas em
uma rua do Rio de Janeiro.
Bovinet & Reville – 1822 (c)
Edme Bovinet (1767-1832) e
Jean Baptiste Reville (17671825), ambos franceses.
Gravura colorida do Aqueduto.
E. Aubert – 1822 (c)
Nasceu na França. Vista da
Praia Grande, atual Niterói.
Desenho de Arago e gravura de
Aubert.
Eugene La Michellerie – 1826
Nasceu em 1802, na França, e
faleceu em 1875. Pintor em
miniatura e desenhador. Vista
da Glória tomada do Passeio.
Jean-Nicolas Rouge – 1822
Gravador. Nasceu cerca de
1776, em Paris, França, e
falecido depois de 1824. Real
Teatro de São João.
Félix Taunay – 1828
Nasceu em 1795, em
Montmorency, Paris, e faleceu
em 1881, no Rio de Janeiro.
Cais do Rio de Janeiro.
Jacques Arago – 1825
Langlumé – 1828
Impressor e litógrafo
estabelecido em Paris, em 1822.
Ilha da Boa Viagem.
Nasceu em 1790, em Estagel, e
faleceu em 1854, no Rio de
Janeiro. Desenhista e explorador.
Cascata do alto da Boa Vista.
August Berard – 1825 (c)
Nasceu cerca de 1799, e faleceu
depois de 1825. Cadete da corveta
Uranie. Vista da Cidade do Rio de
Janeiro.
Jean Julien Deltil – 1829
Nasceu em 1791, em Paris,
França, e falecido em 1853, em
Fontainebleau. Panorâmica.
Edouard P. Riviére – 1826
Pintor e litógrafo francês, que
atuou, no Rio de Janeiro, a
partir de 1826. Floresta.
Jean B. Aubry-Lecomte – 1831
Nasceu em 1787, em Nice, e
faleceu em 1858, em Paris.
Litógrafo. Retrato da Imperatriz
Amélia de Beauharnais
François Meuret – 1832
Nasceu em 1800, em Nantes, e
faleceu em 1887. Retratista e
litógrafo. Retrato do Imperador
D. Pedro I.
Isidore Deroy – 1835
Litógrafo e aquarelista. Nasceu
em 1797, em Paris, França, e
faleceu em 1885. Desembarque
de Escravos.
Paul Tassaert – 1833 (c)
Gravador, membro de uma família
de artistas. Faleceu em 1855.
Retrato do Rei D. João VI.
Jules Alex. Monthelier – 1835
Nasceu em 1804, em Paris,
França, e faleceu em 1883.
Pintor e desenhista litógrafo.
Dança Lundu.
Barthelemy Lauvergne – 1835
Nasceu em 1805, em Toulon,
França, e faleceu, em 1875, em
Carcés, Provence, França. Vista
do Rio de Janeiro.
Louis J. Villeneuve – 1835
Nasceu em 1796, em Paris, e
faleceu em 1842. Praya
Rodrigues (Copacabana).
Charles Étienne Motte – 1835
Nasceu em 1785, na França, e
faleceu em 1836. Gravador dos
desenhos de Debret. A Banana.
Victor Adam – 1835
Nasceu,
em 1801, na França, e faleceu
em 1866. Pintor de gêneros.
Praia dos Mineiros.
Gabriel Duperré – 1835
Nasceu cerca de 1800, e faleceu
cerca de 1855. Vista da Lagoa
Rodrigo de Freitas.
Alexis Victor Joly – 1836 (c)
Nasceu em 1798, na França, e
faleceu em 1874. Arredores do
Rio de Janeiro.
Godefroy Engelmann – 1835
Nasceu em 1788, em Mulhouse
(Mühlhausen), onde faleceu em
1839. Rua Direita.
O RIO DE JANEIRO
Fim da Segunda Parte
1817 – 1836
Visto pelos
artistas franceses
(1551-1886).
Pintores, Litógrafos e Gravadores.
CATÁLOGO DOS TRABALHOS EM POWER POINT
De Carlos Eduardo de Almeida Barata (Cau Barata)
1. 2003 – O Rio de Janeiro de 1903 - A "Batalha de Flores“
(de 2003)
- Reenviado em 27.11.2008.
2. 2005 – E fez-se a Luz - a iluminação da Cidade do Rio de Janeiro
- Enviado em 09.12.2005.
3. 2005 – A Festa de Natal no Rio de Janeiro, 1588-2005
- Reenviado em 02.12.2008.
(de 2005)
4. 2006 – Incêndio Destrói o Teatro João Caetano (26.01.1856)
- Enviado em 26.01.2006.
5. 2006 – Boulevar Carceler (Rua Primeiro de Março)
- Enviado em 26.07.2006.
6. 2007 - 100 anos de Rio de Janeiro 1907-2007
- Enviado em 30.10.2007.
7. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE I
- Enviado em 18.11.2008.
8. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE II
- Enviado em 20.11.2008.
9. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE III
- Enviado em 08.12.2008.
10. 2008 – Os Prefeitos e suas Ruas - PARTE I
- Enviado em 28.10.2008.
11. 2008 – Os Prefeitos e suas Ruas - PARTE II
- Enviado em 10.11.2008.
12. 2008 – Tipos da Cidade do Rio de Janeiro, 1840-1928 - Parte I (1840-1905)
- Enviado em 20.12.2008.
13. 2009 – Passeios pelo Rio de Janeiro, I - Largo da Carioca (1898)
- Enviado em 12.02.2009.
14. 2009 – O Rio de Janeiro e sua arquitetura Neoclássica
- Enviado em 25.03.2009.
15. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte I)
- Enviado em 14.06.2009.
16. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte II)
- Enviado em 08.07.2009.
17. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte III)
- Enviado em 29.09.2009.

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