Escola Goebbels - Sala dos Professores

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Escola Goebbels - Sala dos Professores
Sala dos Professores.
Escola Goebbels
Enviado por Administrator
21-Abr-2004
Os nossos entusiastas bushianos desdobram-se em explicações e contra-argumentos, tentando fugir à imagem de
trapaceiros que lhes ficou colada à pele. Como se os factos que estão à vista pudessem ser apagados com palavreado!
É o próprio director do Público que confessa que houve um plano longamente amadurecido de eliminação do regime
iraquiano, porque este se mostrava teimosamente “não colaborante”. E, uma vez que “estavam esgotados os doze anos de
contenção” (termo elegante para designar o embargo em que perderam a vida centenas de milhares de pessoas!), os
pacifistas ianques não tiveram outro remédio se não passar à acção.
Como na primeira guerra do Golfo perderam a vida 120 mil iraquianos para 137 norte-americanos, pensaram que era
canja. Estão a descobrir que se enganaram.
Os vagões
No tempo da guerra colonial em Angola, um governante esqueceu-se de centenas de pessoas fechadas em vagões de
transporte durante duas semanas, referiu no ISCTE a investigadora Dalila Mateus ao apresentar a sua tese de
doutoramento sobre a “A PIDE/DGS na Guerra Colonial (1961-19174)”.
O sinistro episódio, que nos traz irresistivelmente à memória palavras como Dachau, Mauthausen, Treblinka, e que nos
atira à cara com a ferocidade do colonialismo lusitano, não foi denunciado por nenhum responsável político. Foi preciso
que uma investigadora o revelasse. E não vai ter consequências. Nem mesmo neste 30º aniversário do 25 de Abril. O
Estado de direito democrático tem muito mais com que se ocupar.
O
R perdido
“Querem tirar o R à Revolução de Abril, mas não o conseguirão”, brada destemido Manuel Alegre, contra o Ministro Morais
Sarmento que veio propor, com pezinhos de l?, uma comemoração “desideologizada”, mais virada para os maravilhosos
progressos destes 30 anos de prosperidade geral do que para o “tumulto populista” que rodeou a queda do fascismo.
O Governo, claro, quer fazer esquecer aquilo que lhe dói. Mas a verdade é que, por mais que procure, não encontro o tal
R da Revolução. O romântico Alegre, ao lado dos seus compinchas “socialistas”, abraçou-se então a fascistas e carluccis
para que a revolução não vingasse. Para que nos vem agora com estas cenas de opereta?
A vaca
“Mais uma criança morreu no Iraque, por engano. ‘Um dos obuses caiu por engano junto de uma família, matando a criança
e ferindo a mõe e dois irmãos’, explicou o oficial americano responsável pela tragédia. O mesmo oficial revelou ter
mandado entregar à família 2 500 dólares pela criança morta e 1500 dólares por cada ferido.
Por aqui se comprova que os americanos já dispõem inclusive de uma tabela. A vida de uma criança iraquiana vale 2
500 dólares. Nos Estados Unidos, o exército americano pagaria mais se, por engano, um dos seus obuses matasse uma
vaca. Eu sei, claro, uma vaca americana é uma vaca americana.”
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