xiv - cartas para a solitude de lourdes

Transcrição

xiv - cartas para a solitude de lourdes
XIV - CARTAS PARA A SOLITUDE DE LOURDES
(1951-1952)
Em 10 de outubro de 1951, quatro irmãs deixaram a Solitude de Grandbourg para uma
fundação em Lourdes. A Superiora é S. Anne Josèphe. As quatro juntas
ultrapassavam apenas os 100 anos, a mais velha tinha 30 ! Mère Marie as acompanhou
e ficou com elas algumas semanas.
Para M. Anne Josèphe (11 de outubro de 1951) :
Querida Madrezinha, que Deus a assista, fiquemos
bem unidas e reze por mim. Espero que todo o pequeno
grupo esteja na alegria e no entusiasmo de Lourdes ?
Que o “perpétuo sorriso” de Nossa Senhora as ilumine,
as quatro , para a alegria de Nossa Madre. Esperamos
cartas e detalhes a respeito de tudo, tudo nos interessa
tanto. Beijos de avó
de sua Sr M. Christine de Sion.
Querida M. M. Anne Josèphe
O quanto penso em vocês, vocês o advinham sem
dificuldade, visto que conheço esses dias em que se
estaria mais á vontade no fim da fila do que à
frente dela ! Fiquei muito consolada e feliz ao ver
com que amor e entusiasmo Mère Marie fala
dessa pequena Sion contemplativa que está
nascendo [...] Ah! sabe, chamam-me de “irmã”
e não mais de madre (decisão do Capítulo Geral
de 1951: o título de “Madre” só será dado às superioras)
Estou jubilando !
(15 de novembro de 1951)
Na mesma época, em dezembro de 1951, ela escreveu esse
bilhete a M. Marie:
Madre, preciso lhe explicar porque é necessário acabar com
esse título de primeira Assistente. É contrário à verdade, a
senhora sabe que sempre procuramos estabelecer aqui o
espírito de verdade; imagine que todas as irmãs advinham
facilmente que não posso mais lhe servir em nada, sobretudo
quando acontece que haja algo para fazer. Elas são muito
gentís para não dizer nada, mas acredite que o que é falso
falseia o julgamento...
Da direita para a esquerda :
Mère Marie,
Mère Christine,
Ir. Anne Josèphe
Muito amada Madre Anne Josèphe e todas,
Cessei a correspondência, vocês devem ter sabido porque. Agora estou
bem mas sempre acamada: é a festa do Padre Teodoro, quero ao menos
datar deste dia esta retomada de minhas pobres linhas; não podendo
lhes contar nada de novo, vou falar do antigo, pois estou em ‘plenitude
de solidão’, o que favorece as lembranças. Eu tinha 14 anos quando
conheci o Padre Teodoro; a festa dele era todo um acontecimento que
se passava no locutório São Francisco de Sales, as meninas no meio, as
irmãs dos dois lados, os Padre de Sion com as costas para o locutório
São Luis e o Padre Teodoro no meio deles. Naquele ano Mère Emilie
era a diretora das crianças e tinha composto a saudação no qual
falava das últimas fundações: São José e Bel Air, a mais distante e a
mais próxima ! ao ouvir a narrativa dessa casa da América Central, um pais de macacos e de
serpentes, pensei “deve ser divertido ir para lá!” Eu nada sabia sobre o meu futuro ! Mas eu
tinha uma vocação ainda velada .
O Padre Teodoro contava em seguida a vida de São Teodoro, de soldado a mártir, suas
atribuições eram mutáveis; cada ano havia algo de novo, uma vez ele era o carteiro e trazia
para o Padre Teodoro todas as cartas de suas filhas; uma outra vez ele era general, etc.; e seus
restos foram recolhidos por três irmãs de Sion, M. Théodore, M. Nathanaël e M Théodorine:
imaginem nossos risos e como ficávamos maravilhadas.
E eis que me anunciam : Sr. Peter é suspeita de estar com varicela, isso pode pegar ! Rezemos.
Estou feliz que meus 87 anos não peguem mais.
Afetuosamente.
Sr. Marie Christine de Sion
(9 de Novembro de 1952)
Silence of Our Lady :
she is in the world for the Word alone,
for the Word of the Father.
And she is silent, she listens ;
truly, she lives on the Word which comes from the mouth of God …

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