projeto de leitura urashima taro lúcia hiratsuka parte

Transcrição

projeto de leitura urashima taro lúcia hiratsuka parte
PROJETO DE LEITURA
URASHIMA TARO
LÚCIA HIRATSUKA
PARTE 1
PRÉ-LEITURA
ATIVIDADES ANTERIORES À LEITURA
INTENÇÃO: ATIVAÇÃO DO CONHECIMENTO PRÉVIO
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Atividade 1
Cada povo tem suas narrativas populares – contos, lendas, mitos... Apesar das
diferenças entre as histórias de cada país, elas trazem elementos comuns no
mundo inteiro – a fantasia, o imaginário, o fascínio pelo desconhecido, o
mistério...
Você vai conhecer uma história da cultura japonesa, recontada e
ilustrada por Lúcia Hiratsuka. A história começa assim Há muitos anos, numa
aldeia junto ao mar, vivia um jovem pescador chamado Urashima Taro. Todas as
manhãs ele saía em seu pequeno barco para pescar.
E naquele dia...
Atividade 2
O que será que aconteceu com o pescador naquele dia?
Nessa história, recontada por Lúcia Hiratsuka, além do pescador há
um animal, também personagem importante. Em sua opinião, que animal é
esse?
Atividade 3
Liste cinco palavras que você acha que a autora usou ao escrever a
história.
Obs: Depois das atividades de pré-leitura pode-se iniciar a leitura integral da
história. Ver atividades da PARTE 2- LEITURA-DESCOBERTA
Atividade 4
CONHECENDO UM POUCO SOBRE A AUTORA
Lúcia Hiratsuka nasceu em 1960, na cidade de
Duartina, interior do estado de São Paulo. Um
pouco antes de fazer 16 anos, foi para a capital.
Sobre sua trajetória, ela comenta: Na Faculdade
de Belas Artes, tive o primeiro contato com o
ensino da arte. Depois que me formei, descobri a
possibilidade de ir para a área de ilustração.
Participei de Salões de Pintura, conquistei alguns
prêmios, mas gostava mesmo de narrativas, do
objeto livro, das cenas em seqüência, do universo
que se abre a partir desse espaço.
Em 1988, recebi uma bolsa de estudos para a
Universidade de Educação de Fukuoka no Japão.
Escolhi como tema de pesquisa, o ehon, ou seja,
o livro ilustrado. Lá, fiz uma exposição de
desenhos com cenas de feira, festa junina,
personagens do folclore e paisagens brasileiras, que fez bastante sucesso.
Retornei depois de um ano e comecei a recontar e ilustrar os contos e as lendas
japonesas que eu ouvia quando criança... Busquei inspiração nas composições
japonesas e estudei a técnica do sumiê que tento introduzir nos meus trabalhos.
(...) O quintal onde brinquei e tive os meus primeiros bichos, tanto verdadeiros,
quanto imaginários, ficou na memória como furusato. Aprendi com minha avó que
furusato é onde a gente nasce, mas também é o lugar aonde vamos, em
pensamento, quando estamos tristes ou felizes. Hoje tento recriá-lo, com
desenhos e palavras.
(...) Quando estive no país onde nasceram os meus avôs, percebi que conhecia
mais histórias do que os próprios japoneses em geral. Isso porque tive o privilégio
de ter uma excelente contadora de histórias na minha infância, a minha avó, e
depois, por gosto pessoal, pesquisei sobre esses mitos e lendas. Com certeza, a
minha avó, ao me contar essas narrativas da tradição oral, me passou uma grande
sabedoria vinda dos povos antigos. E ela contava porque também adorava ouvir
quando era criança.
www.luciahiratsuka.com.br
Para o professor saber mais
Histórias Antigas do Japão
Lúcia Hiratsuka
Apesar de pouco divulgados fora do país, os contos e as lendas, que se
desenvolveram em cada região do Japão, perpetuados e transmitidos através de
gerações, são muito ricos e cheios de mistério, magia e, principalmente, de
pessoas simples.
O xintoísmo, a religião que está na origem de toda a mitologia japonesa,
marca sua presença nos contos mais antigos. Daí vem a crença de que tudo o que
existe na natureza possui um Kami -- que não é exatamente o que os ocidentais
entendem por Deus, mas sim o Supremo, a Divindade, a Alma... A montanha, a
água, as árvores, os animais podem ter um kami. Então, são freqüentes as
narrativas onde um ser da natureza toma a forma humana e também alguns
personagens que surgem dentro de um elemento da natureza, como o bambu,
algumas frutas e até conchas do mar.
No xintoísmo, apesar de aceitar a vida do espírito após a morte, não existe
uma doutrina moral, como recompensas ou castigos que foram introduzidos,
nestas histórias, com a chegada do budismo. E assim podemos perceber a
influência dessas duas religiões, na maioria dos contos, que tem sido uma
referência para o povo japonês.
Podemos classificar as narrativas de diversas formas, como contos de
animais, contos engraçados, de medo, etc. Existem histórias onde percebemos
uma semelhança muito estreita com alguns contos ocidentais, como é o caso de
Issum Boshi (O Pequeno Samurai) e outros que apresentam personagens em
busca do crescimento interior e de sua própria identidade.
Muitas figuras mitológicas também aparecem nestas antigas histórias. O
Oni representa o Mal, mas pode ser também a Consciência de cada um. O Tengu,
de cara vermelha e nariz comprido, com asas nas costas, vive em árvores das
regiões montanhosas, sempre guardando consigo um objeto mágico. E o
grandioso Ryu é semelhante ao dragão, uma divindade das águas. Não há fadas
no Japão, pois estas são de origem européia, mas sua figura é substituída por
alguns seres sobrenaturais que aparecem trazendo mensagens ou objetos como
recompensa por um bom ato. Há a figura da Tennin, seres que vivem no céu, o
Sennin, parecido com um mago, ambos provavelmente oriundos da cultura
chinesa. Também existem personagens que podemos comparar com as bruxas,
como a Yama-Uba ou Yamambá, espíritos femininos das montanhas; geralmente,
criaturas horríveis e pavorosas.
Foi em períodos de muita necessidade quando surgiram essas histórias e é
possível perceber, em seus enredos, toda a esperança e a busca de uma vida
melhor. Ao mesmo tempo, os temores e o fascínio frente ao Desconhecido, e isso
é comum em todos os povos, de todas as épocas, fazendo com que os velhos
contos de lendas do Japão sejam universais. São contos e lendas que atendem a
magia que existe dentro de cada um de nós, de qualquer idade, em qualquer país.
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PARTE 2
LEITURA-DESCOBERTA
ATIVIDADES DURANTE A LEITURA
INTENÇÕES: CONHECER A HISTÓRIA
COMPREENDER A HISTÓRIA
TRABALHAR OUTRAS LINGUAGENS
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
1. Reconte a lenda oralmente ou por escrito, tendo como narrador Urashima
Taro.
2. Reconstrua, com materiais diversos, o espaço da narrativa e os
personagens.
3. Destaque da história elementos da cultura japonesa. (a tartaruga, o Grande
Rei Dragão entre outros)
4. Tartaruga, kame em japonês, é um dos animais que simboliza a
longevidade. Explique como esse animal aparece na lenda do jovem
pescador.
5. Selecione alguns trechos da história e, também, algumas ilustrações e
confeccione marcadores de livro.
6. Selecione as palavras pouco usadas e crie desenhos para elas
7. Discuta sobre a atitude de Urashima Taro em querer voltar para sua casa.
8. Descubra o que significa em japonês “Urashima Taro ni naru" ( quer dizer
"virar Urashima Taro". Isto significa passar muito tempo longe de casa, e ao
voltar, estranhar tudo ao redor)
9. Decore uma caixa e coloque dentro mensagens de esperança, de amor
para a cidade, para o país , para planeta etc
PARTE 3
PÓS-LEITURA
ATIVIDADES APÓS A LEITURA
INTENÇÕES: AMPLIAR O REPERTÓRIO CULTURAL DO ALUNO
TRABALHAR A INTERDISCIPLINARIDADE
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
1. Visite o site www.nihonsite.com/muse para conhecer o museu Histórico da
Imigração Japonesa no Brasil
2. Pesquise sobre a chegada, no porto de Santos, em 18/06/1908, das primeiras
165 famílias japonesas que vislumbraram o sonho de uma vida melhor no Brasil.
3. Entreviste imigrantes japoneses
4. Conheça o jingle Urashima Taro de Archimedes Messina feito em 1968 quando
a Varig começou a fazer a rota para o Japão
5. Conheça outros animais sagrados da cultura japonesa ( e também de outras
culturas) e a sua simbologia
7. Conheça lendas do folclore brasileiro, entre elas a da Mãe D'Água
8. Conheça a origem das Tartarugas Ninja, nascidas em quadrinhos, em 1984
9. Pesquise sobre a fauna e flora japonesa. Crie um jogo da memória
10. Pesquise sobre a presença da cultura japonesa no Brasil
11. Descubra o que aconteceu na cidade de Hiroshima em 6 de agosto de 1945
12. Conheça o poema Rosa de Hiroshima de Vinicius de Moraes, musicado por
Gerson Conrado
Regina Maria Braga
Assessora Pedagógica
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