kny - Universidade de Lisboa

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ÍNDICE
Apresentação.........................................................................................................................1
I.
Introdução....................................................................................................................3
II.
Sistemas de Informação Geográfica ..........................................................................5
II.1 Introdução ...............................................................................................................5
II.2 A Aplicação HidroGest ...........................................................................................5
II.2.1 Bases de dados ............................................................................................... 6
II.2.1.1 Base de dados georeferenciada...............................................................7
II.2.1.2 Base de dados dos Aproveitamentos Hidroagrícolas .............................8
II.2.1.3 Base de dados Agronómica ....................................................................9
II.2.1.4 Base de dados de consultas.....................................................................9
II.3 Desenvolvimento de software e interfaces..............................................................9
II.3.1 Software de gestão de bases de dados – Gestor ...........................................10
II.3.2 Integração de modelos no SIG .....................................................................13
II.3.2.1 Modelo de conversão de dotações (DOT mm/h)..................................13
II.3.2.2 Modelos de avaliação de sistemas de rega ...........................................14
II.3.2.3 Ferramentas de apoio ..........................................................................15
II.4 Conclusões ............................................................................................................16
III. Base de dados das propriedades hidráulicas do solo .............................................17
III.1 Introdução .............................................................................................................17
III.2 Materiais e métodos ..............................................................................................17
III.2.1 Recolha de amostra de solo..........................................................................17
III.2.2 Determinações laboratoriais.........................................................................19
III.2.3 Obtenção das PTFs.......................................................................................20
III.3 Calibração e validação das funções de pedotransferência (PTFs) ........................24
III.3.1 Calibraçãodas PTFs......................................................................................24
III.3.2 Validação das PTFs......................................................................................26
III.4 Aplicação das funções de pedotransferência aos mapas de solo e incorporação
dos resultados na base de dados ............................................................................29
Referências Bibliográficas .............................................................................................33
ANEXOS........................................................................................................................34
IV. Estratégias para a condução da rega.......................................................................49
IV.1 Introdução .............................................................................................................49
IV.2 Avaliações de campo da condução da rega...........................................................49
IV.3 Desenvolvimento de modelos de cálculo dos coeficientes culturais ...................50
IV.3.1 KcISA...........................................................................................................50
IV.3.1.1 Funcionamento do modelo KcISA em DOS ........................................51
IV.3.1.2 Integração do modelo KcISA no modelo WinISAREG .......................53
IV.3.2 SIMDualKc ..................................................................................................56
IV.3.2.1 Estrutura do modelo..............................................................................57
i
IV.3.2.2 Utilização do modelo............................................................................58
IV.3.2.3 Validação do modelo ............................................................................61
IV.4 Necessidades hídricas vs Necessidades de rega ...................................................62
IV.4.1 Cálculo das necessidades de água das culturas e das necessidades totais de
rega ...............................................................................................................63
IV.4.1.1 Clima ....................................................................................................63
IV.4.1.2 Solos .....................................................................................................64
IV.4.1.3 Culturas.................................................................................................64
IV.4.1.3.1 Parâmetros culturais fornecidos pelo modelo KcISA ....................65
IV.4.1.4 Determinação das necessidades líquidas de rega .................................66
IV.5 Calendarização da rega recorrendo ao modelo WINISAREG .............................68
IV.6 Estratégias de rega e seu impacto económico ......................................................78
IV.6.1 Determinação da Produção Potencial de uma Cultura. ................................78
IV.6.2 Produtividade da água ..................................................................................79
IV.6.3 Estimativa dos preços da água para rega......................................................81
IV.6.4 Estimativas das produtividades físicas e económicas da água.....................82
IV.6.4.1 Aplicação ao Aproveitamento Hidroagrícola da Vígia ........................83
Referências Bibliográficas .............................................................................................92
ANEXOS........................................................................................................................94
V.
Avaliação de sistemas de rega por aspersão nos Aproveitamentos
Hidroagrícolas da Vigia e Lucefécit ......................................................................105
V.1 Introdução ...........................................................................................................105
V.2 Metodologia ........................................................................................................105
V.2.1 Metodologia de avaliação de campo ..........................................................105
V.2.1.1 Sistemas estacionários ........................................................................106
V.2.1.1.1 Equipamentos e materiais utilziados ............................................106
V.2.1.1.2 Procedimentos de campo..............................................................106
V.2.1.2 Sistemas de canhão com enrolador.....................................................109
V.2.1.2.1 Equipamentos e materiais utilziados ............................................109
V.2.1.2.2 Procedimentos de campo..............................................................109
V.2.1.3 Sistemas de rampa pivotante ..............................................................110
V.2.1.3.1 Equipamentos e materiais utilziados ............................................110
V.2.1.3.2 Procedimentos de campo..............................................................110
V.2.1.4 Sistema de microrrega ........................................................................112
V.2.2 Metodologia de cálculo dos indicadores ....................................................113
V.2.2.1 Sistemas estacionários ........................................................................114
V.2.2.2 Sistemas de canhão com enrolador.....................................................115
V.2.2.3 Sistemas de rampas pivotantes ...........................................................115
V.2.2.4 Sistemas de microrrega.......................................................................116
V.3 Análise dos resultados dos ensaios .....................................................................118
V.3.1 Sistemas estacionários................................................................................119
V.3.2 Canhões com enrolador..............................................................................122
V.3.3 Rampas pivotantes......................................................................................124
V.3.4 Microrrega..................................................................................................128
V.4 Comentários ........................................................................................................130
ii
V.5 Principais recomendações relativas aos casos estudados....................................131
Referências Bibliográficas ...........................................................................................133
ANEXOS ....................................................................................................................134
VI. Modelação dos Sistemas de Rega...........................................................................201
VI.1 Introdução ...........................................................................................................201
VI.2 Modelo AVASPER .............................................................................................202
VI.2.1 Estrutura do modelo ...................................................................................202
VI.2.1.1 Módulos de cálculo.............................................................................204
VI.2.2 Aplicação do modelo..................................................................................205
VI.3 Modelo TRAVGUN ............................................................................................206
VI.3.1 Estrutura do modelo ...................................................................................207
VI.3.1.1 Módulos de cálculo.............................................................................207
VI.3.1.2 Base de dados .....................................................................................209
VI.3.2 Aplicação do modelo..................................................................................211
VI.4 Modelo DEPIVOT ..............................................................................................213
VI.4.1 Estrutura do modelo ...................................................................................213
VI.4.2 Aplicação do modelo..................................................................................218
VI.5 Modelo DOTmm/horas .......................................................................................218
VI.5.1 Estrutura do modelo ...................................................................................219
VI.5.1.1 Aspersão fixa ......................................................................................220
VI.5.1.2 Canhão com enrolador........................................................................221
VI.5.1.3 Rampa pivotante .................................................................................222
VI.5.2 Aplicaçãodo modelo...................................................................................222
VI.6 Modelo MIRRIG .................................................................................................223
VI.6.1 Estrutura do modelo ...................................................................................223
VI.6.1.1 Base de dados .....................................................................................224
VI.6.1.2 Base de modelos .................................................................................225
VI.6.2 Aplicação do modelo..................................................................................230
Referências Bibliográficas ...........................................................................................231
VII. Condução da Rega na WEB - Sistema WEBISAREG.........................................233
VII.1 Desenvolvimento da interface WEB...................................................................233
VII.1.1 Introdução...................................................................................................233
VII.1.2 Vista geral do sistema ................................................................................233
VII.1.3 Arquitectura do sistema WebISAREG.......................................................234
VII.1.3.1Nível de inputs e bases de dados do sistema ......................................236
VII.1.3.2Nível lógico ou de procedimento........................................................239
VII.1.3.3Nível de output ...................................................................................239
VII.1.4 Conclusões .................................................................................................240
Referências Bibliográficas ...........................................................................................241
VIII. Divulgação ................................................................................................................243
ANEXOS ....................................................................................................................245
ANEXO A Flyers das Acções de Divulgação
iii
APRESENTAÇÃO
O projecto PEDIZA II – “Aspersão e microrrega:avaliação. modelação, projecto e
condução da rega na WEB” surgiu da necessidade de dar continuidade ao trabalho
desenvolvido no âmbito do projecto PEDIZA nº 1999.64.006326 intitulado
“Diagnóstico dos Sistemas de rega em pressão” a fim de colmatar as deficiências
verificadas com este projecto.
O projecto PEDIZA II visava o desenvolvimento de um conjunto de tecnologias e
ferrramentas para a gestão da rega por aspersão e microrrega, tanto ao nível do projecto
e avaliação dos sistemas de rega como na programação e condução da rega, tendo como
zona de estudo os Aproveitamentos Hidroagrícolas do Lucefecit e da Vigia.
As tecnologias em questão visavam a avaliação dos sistemas de rega a operar no campo,
tanto quanto à condução da rega praticada pelos agricultores, como ao funcionamento e
desempenho dos sistemas de rega por aspersão (estacionários, canhões com enrolador e
rampas pivotantes) e microrrega (gotejamento e micro-aspersão) com recurso a modelos
de simulação e avaliação do desempenho.
A condução da rega teve como objectivo permitir aos agricultores utilizarem a água de
uma forma mais racional, atingindo maiores e melhores produções e rendimentos, assim
como contrariar os impactos negativas da rega, tais como a contaminação por nitratos e
agroquímicos e as perdas de solo por escoamento e erosão. A condução da rega foi feita
recorrendo a modelos de programação da rega, nomeadamente ao WinISAREG e ao
SIMDual-Kc, tendo por base a definição de estratégias de rega deficitária em condições
de seca. Além do mais, procedeu-se à análise económica das diferentes estratégias de
rega simuladas.
O projecto teve também como tarefa a integração dum conjunto de bases de dados e de
diversos modelos de programação e condução da rega num SIG (Sistema de Informação
Geográfic) de forma a constituir uma ferramenta de apoio aos utilizadores na gestão da
rega, podendo esta ser acedida através da WEB. A WEB permite pois o fácil acesso por
todos, mesmo aqueles que se encontram à distância, elevando o número de potenciais
utilizadores.
Os grupos alvo destas tecnologias e ferramentas foram sobretudo os agricultores, os
gestores das associações de regantes e outros técnicos agrícolas e comerciais. Contudo,
houve também a preocupação de envolver projectistas e consultores, assim como outros
especialistas da matéria.
Algumas das tecnologias e ferramentas em questão estão a ser desenvolvidas em
paralelo com o projecto POCTI e este trabalho nunca se dá por concluído. O uso de
novas linguagens de programação é um desafio constante na forma de relacionamento
entre os modelos e os utilizadores e a actualização das bases de dados é uma constante
com o aparecimento de novos equipamentos.
Este projecto resulta da colaboração de várias instituições e de muitos coelgas, na sua
maioria jovens bolseiros, que vêm adquirindo formação pelo seu envolvimento neste e
noutros projectos. As instituições que colaboraram neste estudo e os respectivos
colaboradores descriminam-se abaixo.
•
ISA – além do signatário, colaboraram a Prof. I. M. Alves e os bolseiros B.
Sequeira, G. Rodrigues, J. Rolim, M. Gabriel, P. Paredes, P. Godinho, P. Mateus,
P. Teodoro, R. Branco, T. Brito e V. Fernandes.
•
COTR colaborou o Eng. Isaurindo Oliveira, Eng. Fernando Nunes, Engª Marta
Fabião, Eng João Mendes, Engª Paula Brás e Engª Cristina Soeiro Guerreiro.
•
Associação de Beneficiários da Obra da Vigia colaborou o Eng. António Russel e
Engª Sandra Rosa.
•
Junta de Agricultores do Lucefecit colaborou o Eng. Bulhão Martins, Domingos
Joaquim Cardoso e José Oliveira Códices.
•
Estação Agronómica Nacional colaborou a Drª Maria da Conceição Gonçalves.
•
Universidade do Algarve colaborou a Drª Celestina Pedras.
•
Escola Superior Agrária de Coimbra colaborou o Prof. José Manuel Gonçalves,
Eng. Manuel Nunes e Francisco Pires.
A todos se agradece a dedicação a este estudo, a preocupação em fazer bem e em
divulgar junto dos destinatários, e a todos se manifesta o muito agrado pelo bom
ambiente de trabalho, de colaboração e de amizade que foi sendo frutuosamente criado.
O coordenador
Luis Santos Pereira
Capítulo I
I.
Introdução
A água é um recurso indispensável à grande maioria das actividades económicas,
nomeadamente agricultura e indústria, e com una influência decisiva na qualidade de vida das
populações. O Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água lançou um conjunto de
medidas apliáveis aos vários sectores, em que a “Condução da Rega” é uma das 23 medidas
aplicáveis ao sector agrícola.
No sentido de melhorar o uso da água em regadio, é necessário realizar uma gestão correcta
da mesma, nomeadamente ao nível da condução da rega. Assim, de forma a promover uma
gestão eficiente e a se retirar pleno proveito desta é imprescindível que o projecto de sistemas
de rega seja efectuado de uma forma rigorosa e o mais adequada possível. Tal só é viável
recorrendo a sólidas ferramentas de apoio à decisão e pela transferência para o campo de um
conjunto de tecnologias de gestão de rega sob pressão, tanto no que se refere à rega na parcela
como aos sistemas de condução e distribuição.
Para uma boa gestão da água em regadio é fundamental a determinação correcta do balanço
hídrico do solo na zona explorada pelas raízes, sendo para tal necessário conhecer algumas
das propriedades hidráulicas do solo. Por outro lado, o uso correcto da água depende não
apenas da aplicação de dotações e da duração de rega adequadas mas também do desempenho
dos sistemas de rega instalados.
Efectuaram-se, deste modo, recolha de amostras de solo não perturbadas nos dois
Aproveitamentos Hidroagrícolas em estudo, o da Vigia e o do Lucefecit, que permitiram
construir uma base de dados valiosa. Foram realizadas avaliações aos diferentes sistemas de
rega sob pressão (aspesão fixa, canhão com enrolador, rampa pivotante e microrrega)
instalados nestes Aproveitamentos. A análise dos dados recolhidos no campo foi efectuada
recorrendo a modelos, os quais constituem ferramentas simples e úteis, desenvolvidas com o
intuito de auxiliar os agricultores, técnicos de campo e comerciais na planificação do uso da
água, sobretudo em condições de carência hídrica, minimizando os seus impactos económicosociais e também na escolha do equipamento a adoptar.
Os modelos desenvolvidos permitem, para além da avaliação do desempenho dos sistemas a
operar no campo, o dimensionamento de novos projectos. Os modelos AVASPER,
TRAVGUN, DEPIVOT são exemplos de modelos com estas carcterísticas/aptidões,
respectivamente para o caso da rega por aspersão fixa, canhão com enrolador e rampa
pivotante. O modelo MIRRIG (microrrega) apresenta ainda a vertente de um SAD (Sistema
de Apoio à Decisão).
Devido à constante inovação nas tecnologias de informação e de forma a tornar estas
ferramentas de fácil acesso aos diversos utilizadores, os referidos modelos foram integrados
num SIG, através da aplicação HidroGest. Esta aplicação permite registar, actualizar, tratar e
validar a informação e visualizá-la sob a forma de tabelas ou mapas.
Actualmente é prática corrente que a transferência de tecnologia e de conhecimento se
processe com recurso à Internet, como veículo de transmissão. Contudo, muitas vezes não
existe um suporte efectivo aos agricultores na adopção e operação destas novas tecnologias.
Assim, de forma a ultrapassar estas dificuldades, foi desenvolvido o Sistema WebISAREG, o
qual visa a condução da rega através de uma página WEB, com a finalidade de dotar o
agricultor de uma ferramenta que lhe permita a sua participação na gestão e optimização da
rega. A determinação do calendário de rega mais correcto fornece ao agricultor dados que lhe
permitem reposnder a questões como “quando, quanto e como regar” e tornar mais eficiente o
uso da água.
3
Capítulo I
O relatório está dividido em 8 capítulos, sendo o último referente às acções de divulgação e
seminários efectuados no âmbito deste projecto. No capítulo II é feita uma abordagem aos
Sistemas de Informação Geográfica e à aplicação desenvolvida para integração dos modelos.
A elaboração da base de dados das propriedades hidráulicas do solo é descrita no capitulo III..
No capitulo IV são apresentadas diversas estratégias de rega das culturas mais representativas
da zona alvo de estudo, tais como trigo, milho, girassol e olival. No capítulo V é feita uma
descrição dos sistemas de rega a operar nos dois Aproveitamentos Hidroagrícolas, focando a
sua avaliação e os aconselhamentos possíveis para melhorar o funcionamento e desempenho
dos mesmos e consequentemente as eficiências de aplicação da água de rega. A apresentação
dos diversos modelos desenvolvidos (AVASPER; TRAVGUN, DEPIVOT e MIRRIG) para
avaliação e dimensisonamentode novos projectos é apresentada no capítulo VI. O sistema de
condução da rega na WEB – WEBISAREG é apresentado no capítulo VII, onde se refere a
sua arquitectura, os dados de entrada necessários e os outputs deste modelo. No Anexo A
apresentam-se os flyers de divulgação do projecto.
4
Capítulo II
II. Sistemas de Informação Geográfica
II.1. Introdução
As tecnologias de informação estão em constante desenvolvimento e são cada vez mais
indispensáveis no apoio ao planeamento e gestão agrícola, nomeadamente ao nível do
projecto, modernização e reabilitação de Aproveitamentos Hidroagrícolas. Os Sistemas de
Informação Geográfica (SIG) são uma das tecnologias mais utilizadas, permitindo ao
utilizador registar, actualizar, tratar e validar informação numa base de dados georeferenciada.
Contudo, não se pode descurar o facto de grande parte dos Aproveitamentos Hidroagrícolas
estarem bastante desactualizados no que se refere a ferramentas de gestão e de os gestores e
técnicos que neles trabalham terem poucos conhecimentos de novos softwares. A geral
ausência de utilização de modelos agronómicos deve-se também à inexistência de dados
credíveis, à complexidade na obtenção e percepção de alguns destes dados e à falta de
acompanhamento e formação aos utilizadores na fase de implementação dos modelos.
De forma a ultrapassar os obstáculos acima referidos foi desenvolvida a aplicação HidroGest.
Esta aplicação permite estabelecer uma ponte entre o utilizador final e as novas tecnologias,
sem necessidade de grandes conhecimentos por parte deste. A aplicação está totalmente
desenvolvida para os Aproveitamentos Hidroagrícolas da Vigia e do Lucefecit, podendo ser
aplicada a outros, desde que construídas ou adaptadas as respectivas bases de dados.
II.2. A Aplicação HidroGest
A aplicação HidroGest é constituída por bases de dados (geográficas e não geográficas),
software de gestão das bases de dados - GESTOR (SGBD – Sistema de Gestão de Base de
Dados) e interfaces para utilização de diversos modelos. As bases de dados são a plataforma
base de funcionamento de toda a aplicação. É sobre estas que os modelos, os diversos SGBD
(GESTOR, Access, ArcGIS) e as interfaces vão funcionar, efectuando todas as transações de
dados.
O software GESTOR tem como objectivo facilitar algumas tarefas mais comuns na gestão de
dados de um Aproveitamento Hidroagrícola. Deste modo, inclui quer tarefas básicas de um
SGBD como também consultas pré-definidas com visualização em mapa, no SIG.
As interfaces efectuam a ligação entre os modelos e as bases de dados, facilitando a sua
utilização e permitindo que os modelos utilizem os mesmos dados. Tal garante coerência
entre os diversos resultados obtidos. Estas interfaces estabelecem interactividade entre o
utilizador e o mapa, quer ao nível dos inputs para os modelos como também dos outputs
destes.
Não obstante, pelas limitações que o software SIG apresenta (conhecimentos específicos por
parte do utilizador e o facto de a sua licença ser cara), optou-se por desenvolver uma estrutura
dinâmica que permite a utilização com interface SIG e com interface Windows (Figura II.1).
Naturalmente, as funcionalidades especificas para o software SIG (interacção com o mapa)
não estão disponíveis na interface Windows.
5
Capítulo IV
Utilizador
GIS ou Windows
HidroGest
Interface
Base de Dados
Interface
Modelos
MAPA
(apenas GIS)
Modelos
Bases de
Dados
Fig. II.1. Esquema conceptual da aplicação HidroGest
II.2.1. Bases de dados
Em termos conceptuais, a aplicação é constituída por uma base de dados que responde às
necessidades de informação por parte do utilizador e do funcionamento dos modelos. No
entanto, em termos funcionais, esta encontra-se dividida em quatro sub-bases de dados: base
de dados georeferenciada (geodatabase), base de dados do Aproveitamento Hidroagrícola
(AH), base de dados Agronómica e base de dados de Consultas (Figura II.2).
Base de Dados
HidroGest
Aproveitamento
Hidroagrícola
GeoRef
Agronómica
Consultas
Fig. II.2. Esquema da base de dados da aplicação HidroGest
A base de dados georeferenciada foi desenvolvida no software ArcGIS da ESRI, a qual
guarda os dados no formato do Microsoft Access. As bases de dados dos Aproveitamentos
(Vigia e Lucefecit) foram desenvolvidas directamente no Access. Por sua vez, a base de dados
de consultas é desenvolvida com a utilização da aplicação onde são guardadas as consultas e
análises feitas pelo utilizador, bem como os dados de saída dos modelos.
6
Capítulo II
II.2.1.1. Base de dados georeferenciada
As bases de dados georeferenciadas (geodatabase) podem ser elaboradas com informação
geo-referenciada obtida através de GPS, digitalização e georeferenciação através de pontos
conhecidos (por exemplo, marcos geodésicos). Neste projecto, a informação geo-referenciada
foi obtida de três formas:
• aquisição de cartas georeferenciadas (digitalização) - convertidas do formato
Interchange (.E00) para uma cobertura e posteriormente exportadas para a geodatabase;
• colecta de dados no campo através de GPS;
• por transformação de informação obtida por outras entidades/empresas (conversão de
formatos) - ficheiros CAD (condutas, tomadas de água, rede viária, rede de drenagem
natural, limites de parcelas, rampas pivotantes e outras infra-estruturas) convertidos para
temas de pontos, linhas e polígonos, consoante a tipologia.
No ArcGIS os temas (shapefile, layer, personal geodatabase, etc.) têm uma base de dados
interna que está associada às suas entidades (cada linha da tabela é uma entidade,
representando os campos os seus atributos - número de identificação, forma, comprimento,
etc). No entanto, existe a possibilidade de introduzir e estabelecer relações com bases de
dados externas ao ArcGIS através do esquema relacional (Figura II.3).
Fig. II.3. Esquema relacional geo-referenciado
Para que haja compatibilidade entre os diversos ficheiros é necessário garantir que os mesmos
estão geo-referenciados com o mesmo sistema de projecção de coordenadas. O software
ArcGIS contém ficheiros com sistemas de coordenadas elipsoidais e coordenadas projectadas
pré-definidos, incluindo o sistema utilizado pelo Instituto Geográfico do Exército (IGeoE),
tendo sido este o utilizado para a georeferenciação, tanto das cartas de solos como do ficheiro
CAD.
No ArcGis os formatos – feature classes, podem estar associados em feature datasets, desde
que possuam a mesma referência espacial (sistema de coordenadas e extensão do domínio
espacial), podendo assim estabelecer relações topológicas umas com as outras. Na Figura II.4
está representada a relação entre geodatabase, feature dataset e feature class. A geodatabase
denomina-se DadosGEOREF e é constituída por 2 feature dataset.
7
Capítulo IV
Geodatabase
Feature dataset
Feature class (linhas)
Feature class (polígonos)
Feature class (pontos)
Rede de condutas
(Geometric Network)
Fig. II.4. Esquema da geodatabase
A informação contida nos temas ou feature classes pode ser tratada individualmente ou em
conjunto com outras camadas de informação, ou seja, com outros temas. Essa possibilidade
confere ao SIG uma variedade enorme de possibilidades, tanto no desenvolvimento de novos
temas com nova informação, como na análise espacial da informação já existente (Figura
II.5).
A sobreposição dos temas (classes) referidos dão origem a mapas. No anexo B encontram-se
os mapas dos Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia e do Lucefecit respectivamente.
Fig. II.5. Tratamento de informação entre vários temas
II.2.1.2. Base de dados dos Aproveitamentos Hidroagrícolas
A base de dados do Aproveitamento Hidroagrícola é constituída por informação cadastral e de
infra-estruturas. Esta armazena dados necessários ao funcionamento dos modelos, tais como
dados sobre condutas, parcelas, beneficiários, sistemas de rega, culturas, solos, aspersores,
canhões de rega, etc. A base de dados deve ser actualizada pelos gestores dos
Aproveitamentos de forma a que os resultados obtidos sejam fiáveis.
8
Capítulo II
II.2.1.3. Base de dados Agronómica
A base de dados Agronómica armazena informação comum aos Aproveitamentos
Hidroagrícolas. Engloba dados culturais, edáficos, meteorológicos e outro tipo de dados
considerados relevantes para os modelos de simulação. Esta base de dados tem como
objectivo a concentração de dados análogos aos Aproveitamenos Hidroagrícolas e aos
modelos de simulação de modo a evitar duplicação de informação e manter a integridades dos
dados.
II.2.1.4. Base de dados de Consultas
A base de dados de consultas é desenvolvida com a utilização da aplicação, sendo guardadas
as consultas e análises feitas pelo utilizador, bem como os dados de saída dos modelos.
II.3. Desenvolvimento de software e interfaces
A informação existente numa base de dados por si só revela pouco interesse. Para obter
informação complementar e útil é necessário efectuar o cruzamento de dados entre várias
tabelas, fazer consultas, entre outras operações. No caso dos dados estarem georeferenciados,
tanto é possível fazer análises espaciais como visualizar os resultados de consultas com base
em critérios definidos pelo utilizador.
O ArcGIS fornece um extenso leque de ferramentas de consulta e análise espacial que dão um
elevado apoio a utilizadores mais capacitados. No entanto, como referido anteriormente, para
utilizadores menos capacitados foi desenvolvido o software GESTOR.
As interfaces estabelecem uma ponte entre os modelos integrados e a base de dados de forma
automatizada (Figura II.6). Cada modelo necessita de informação especifica para o seu
funcionamento e é através da interface que a informação é recolhida da base de dados e a
fornece ao modelo no formato indicado. O utilizador apenas precisa de seleccionar, por
exemplo, uma parcela e todo o processo de manusear os dados e carregar o modelo é
executado pela aplicação de forma automática, à margem do utilizador.
Fig. II.6. Janela de entrada da aplicação HidroGest
9
Capítulo IV
II.3.1. Software de gestão de bases de dados - GESTOR
Na Figura. II.7 apresenta-se o esquema genérico de funcionamento do algoritmo do Sistema
de Gestão de Base de Dados (SGBD) – GESTOR - da aplicação HidroGest.
GESTOR
Operações
Reparações
condutas
Consultas
Reparações
tomadas
Consulta de tabelas
Alteração de tabelas
Consulta avançada
Introdução
de dados
Alteração
de dados
Representação gráfica
Fig.II.7. Esquema genérico do funcionamento do programa GESTOR (SGDB)
A gestão dos dados, como a realização de consultas simples de tabelas ou a introdução e
alteração de dados, é feita pela mesma rotina. No entanto, quando se trata de consultas
avançadas com visualização no mapa, então é despoletada uma outra rotina que gera essa
visualização no ArcMap. Nas Figuras II.8 e II.9 está representado o funcionamento das
rotinas.
A rotina da SGBD (Figura II.8) estabelece a ligação entre o programa e a base de dados,
permitindo visualizar no programa os dados existentes nas tabelas, com ou sem um filtro de
selecção de dados. As diversas funções possíveis de realizar com esta rotina são: consulta,
actualização e introdução de novos dados.
Nas consultas simples, alteração de dados ou introdução de novos dados o software gera a
expressão SQL à base de dados e apresenta a resposta sob a forma de tabela.
Nas consultas avançadas (Figura II.9), o utilizador escolhe uma das consultas pré-definidas e
fornece os parâmetros requeridos para a mesma. A expressão SQL é gerada automaticamente
e os dados são apresentados também numa tabela e num layer (pela criação de uma tabela
temporária apenas com as entidades que fazem parte da consulta requerida).
10
Capítulo II
Utilizador
Consulta
Simples?
N
S
Alteração
Dados?
N
S
Introdução
Dados?
Consulta
Avançada?
N
S
S
Decisão de consulta
Expressão consulta
(Query)
Conexão ADODC
Resultado da
consulta
N
Base de
Dados
N
Nova
Consulta
Avançada?
Necessita
parâmetros?
S
Definição de
Parâmetros:
área, diâmetro,
nome, troço,
pressão
Expressão consulta
(Query)
S
Fig. II.8. Fluxograma do Sistema de Gestão de Base de Dados – GESTOR
Nas Figuras II.10 e II.11 estão demonstrados os resultados de uma consulta, os quais estão
ligados interactivamente ao SIG.
11
Capítulo IV
Consulta
N
Consulta
Avançada?
S
Expressão consulta
(Query) temporária
Decisão de consulta
Necessita
parâmetros?
N
Conexão ADODB
Expressão consulta
(Query)
N
Conexão ADODC
S
Definição de
Parâmetros:
área, diâmetro,
nome, troço,
pressão
Cria tabela
temporária
Base de
Dados
Cria nova
layer
Representação
gráfica
Representação
tabela
Cria nova
tabela
Definir nome
da nova layer
S
Criar nova
layer?
N
Fig. II.9. Fluxograma da visualização das consultas avançadas
Fig. II.10. Janela das consultas avançadas (Interface SIG)
12
Capítulo II
Fig. II.11. Resultado de uma consulta em tabela (esquerda) e no mapa (direita) (Interface SIG)
II.3.2. Integração de modelos no SIG
Os diversos modelos são integrados nesta tecnologia por intermédio de uma barra de
ferramentas, variando a interface consoante o modelo. As interfaces foram desenvolvidas,
tanto para o Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia como para o do Lucefecit.
II.3.2.1. Modelo de conversão de dotações (DOTmm/h)
No modelo WINISAREG, os resultados das dotações líquidas são expressas em mm. Esta
unidade não é de apreensão fácil por parte do agricultor, pelo que foi desenvolvido um
conversor que transforma as referidas dotações líquidas em mm para dotações brutas em
horas. Esta conversão é feita em função das características do equipamento (eficiência do
sistema). Para o modelo ser executado novamente é necessário seleccionar a parcela e a
interface vai consultar os dados e enviá-los para o modelo. Desta forma é garantido que as
características do sistema de rega se referem à parcela pretendida e são as que foram
parametrizadas anteriormente para essa mesma parcela. Nas Figuras II.12 e II.13 estão
representadas as interfaces gráficas deste modelo.
Fig. II.12. Interface de ligação entre o SIG e os modelos
13
Capítulo IV
Fig. II.13. Interface do conversor de alturas de água (mm) para tempo de rega (horas) para rampas pivotantes
II.3.2.2. Modelos de avaliação de sistemas de rega
Os modelos de avaliação de sistemas de rega foram desenvolvidos como modelos para ser
utilizados isoladamente (stand-alone). Tal facto suscita difculdades de integração a vários
níveis, principalmente nas interfaces gráficas e esquema funcional. A correcção deste facto
implica a reprogramação quase integral da estrutura dos modelos, que é inviável nesta fase.
Por este facto, optou-se por executar apenas uma integração de base de dados que permite
igualmente manter a integridade dos dados utilizados e cruzar informação entre os diversos
modelos. Na Figura. II.14 está esquemetizada a estrutura da integração dos modelos no
HidroGest.
Funcionamento dos Modelos
Isolados
Através do HidroGest
Utilizador
Utilizador
Modelo 1
Modelo 2
Modelo 3
BD 1
BD 2
BD 3
Comunicação predefinida pelo modelo
Modelo 1
Modelo 2
Modelo 3
HidroGest
BD
Comunicação estabelecida pelo HidroGest
Fig. II.14. Estrutura de funcionamento dos modelos integrados no HidroGest
Está desenvolvida a interface para o modelo de avaliação de canhões com enrolador
(TRAVGUN) estão em conclusão as interfaces para os modelos AVASPER e MIRRIG. Estas
interfaces permitem a introdução dos valores obtidos em avaliações de campo nas bases de
dados georeferenciada e dos modelos, indexando-os às respectivas parcelas no SIG. A base de
dados para o modelo MIRRIG já está construída e possui informação sobre gotejadores, tubos
14
Capítulo II
com gotejadores inseridos de fábrica, fitas, microaspersores e miniaspersores. A base de
dados do modelo AVASPER está igualmente construída e em actualização devido à
necessidade de considerar equipamentos entretanto disponíveis no mercado.
II.3.2.3. Ferramentas de apoio
Os dados armazenados nas bases de dados são a base de informação dos modelos. No entanto,
para que alguns destes dados possam ser utilizados pelos modelos têm de ser processados em
nova informação. Por exemplo, a base de dados de solos contém informação sobre as
manchas de solo, no entanto, o modelo de balanço hídrico WINISAREG precisa de
informação relativa ao TAW na parcela. Neste caso, é necessário determinar os solos que
compõem a parcela em causa e com base nas suas propriedades hidráulicas determinar o
TAW (Figura II.15). Estes e outros processamentos (na Figura II.16), determinação da
mancha dominante em cada parcela) de dados foram automatizados de forma a simplificar o
uso dos modelos por parte do utilizador.
Fig. II.15. Mapa da Vigia com carta de solos como base e tema de pivots classificados segundo a água disponível
total do solo (TAW)
15
Capítulo IV
Fig. II.16. Mapa com carta de solos no fundo e tema de pivots identificados pela mancha de solo dominante
II.4. Conclusões
No sentido de facilitar a gestão dos Aproveitamentos Hidroagrícolas foi desenvolvida, a título
de exemplo, para os Aproveitamentos de Rega do Lucefecit e da Vigia, a aplicação Hidrogest.
Esta é uma estrutura dinâmica que permite a utilização com uma interface SIG, possibilitando
a visualização dos resultados em mapa, assim como a utilização com uma interface Windows
(menor conhecimento informático e ausência de softwares SIG). Desta forma, a aplicação
Hidrogest permite estabelecer uma ponte entre o utilizador final e as novas tecnologias, sem
necessidade de grandes conhecimentos por parte deste. Existem já interfaces para o software
GESTOR (gestão de bases de dados), para o conversor DOTmm/h e para o modelo AKLA.
No âmbito do projecto CIRMAN-ARAL, também foram integrados na aplicação HidroGest
os modelos de apoio à decisão SADREGA e SEDAM para rega de superfície.
16
Capítulo III
III. Base de dados das propriedades hidráulicas do solo
III.1. Introdução
O conhecimento do balanço hídrico do solo na zona explorada pelas raízes é fundamental para
uma boa gestão da água em regadio (Pereira, 2004).
Sendo o solo o meio onde se efectua o armazenamento e transporte de água até às raízes das
plantas, conhecer as suas características torna-se bastante importante. As características
físicas do solo determinam a dimensão e volume dos poros do solo em que a água é retida e se
move. Tais características, porém, variam geralmente de camada para camada ao longo do
perfil (Pereira, 2004).
A determinação das propriedades hidráulicas do solo, que são a curva de condutividade
hidráulica (K(h)) e a curva característica de humidade do solo (θ(h)), também designada curva
de pF, é fundamental para a quantificação das transferências hídricas na zona não saturada,
como sejam a infiltração, evaporação e percolação da água. Assim, a partir das relações K(h)
e θ(h) torna-se possível avaliar a evolução do balanço hídrico do solo e a quantidade de água
armazenada na zona radicular (Gonçalves, 1994). Contudo, a caracterização hidrodinâmica
“in situ” é muito trabalhosa, dispendiosa e demorada. Como tal, têm-se vindo a aplicar
métodos alternativos que determinam as propriedades hidráulicas de forma indirecta, através
de propriedades do solo mais fáceis de medir, as chamadas propriedades básicas do solo,
como sejam a textura, a massa volúmica aparente e o teor em matéria orgânica (Paz, 2004).
Com o objectivo de caracterizar em termos hidráulicos os solos dos Aproveitamentos
Hidroagrícolas do Lucefecit e da Vigia, concebeu-se uma base de dados das propriedades
hidráulicas medidas nas principais famílias de solos de cada um daqueles perímetros de rega.
Utilizaram-se ainda funções de pedotransferência (PTFs) como método alternativo de
determinação daquelas propriedades. Os resultados obtidos com as PTFs foram validadas com
os valores medidos experimentalmente.
III.2. Materiais e métodos
III.2.1. Recolha de amostras de solo
A escolha dos solos estudados assentou na sua maior representatividade nos Aproveitamentos
Hidroagrícolas em estudo, conjugada com uma diversidade de texturas necessária à obtenção
de funções de pedotransferência.
A recolha de amostras foi efectuada num total de 55 horizontes/camadas pertencentes a 29
perfis de solo abertos no Lucefecit e 51 horizontes/camadas pertencentes a 32 perfis de solo
na Vigia, de diversas famílias de solos segundo a terminologia definida por Cardoso (1965).
Nas Tabelas III.1 e III.2 encontram-se as famílias de solos estudados no Aproveitamento
Hidroagrícola do Lucefecit e da Vigia, respectivamente.
Nos perfis observados colheram-se amostras de solo não perturbadas utilizadas nas
determinações laboratoriais da massa volúmica aparente, da curva característica de humidade
do solo e da condutividade hidráulica. Colheram-se, ainda, amostras de solo perturbadas para
a determinação laboratorial da composição granulométrica do solo e do seu teor em matéria
orgânica.
17
Capítulo III
As amostras de solo não perturbadas são colhidas em cilindros de Kopecki de 100 cm3,
segundo uma orientação vertical, em patamares ou covas abertas em níveis representativos
das camadas do perfil de solo ou segundo um critério geométrico, colhendo-se amostras a
intervalos sucessivos de determinada distância.
Tabela III.1. Famílias de solos estudados no Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit
Sr
Solos Mediterrâneos Vermelhos ou Amarelos, de Materiais Não Calcários, Normais, de “Rañas”
ou depósitos afins
Px
Solos Mediterrâneos, Pardos, de Materiais Não Calcários, Normais, de xistos ou grauvaques
Vcm
Solos Mediterrâneos; Vermelhos ou Amarelos, de Materiais Calcários, Para-Barros, de margas
ou calcários margosos
Sb
Coluviossolos, Não Calcários, Noramis, de textura mediana
Cb
Barros Castanho-Avermelhados, Não Calcários, de basaltos ou doleritos ou outras rochas
eruptivas ou cristalofílicas básicas
Ex
Litossolos dos Climas de Regime Xérico, de xistos ou grauvaques
Os cilindros são enterrados através de um colhedor de punho, de forma a que o bordo superior
de cada cilindro fique enterrado, no mínimo 0.5 cm e que possa ser deixado um excesso de
solo no topo do cilindro para que, após preparação das amostras estes fiquem completamente
cheios. Para cada camada amostrada foram recolhidos 2 cilindros, correspondentes a
repetições a partir das quais se calcula o valor médio dos parâmetros da amostra em causa. Na
Figura III.1 é possível visualizar alguns dos passos efectuados na recolha de amostras de solo
não perturbadas.
Tabela III.2. Famílias de solos estudados no Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia
18
Pac
Solos Argiluviados Pouco Insaturados - Solos Mediterrâneos, Pardos de Materiais Calcários,
Para-Barros, de margas ou calcários margosos ou de calcários não compactos associados com
xistos, grés argilosos, argilitos ou argilas ou de grés argilosos calcários (de textura franca a
franco-argilosa)
Pag
Solos Argiluviados Pouco Insaturados - Solos Mediterrâneos, Pardos, de Materiais Não
Calcários, Para-Solos Hidromórficos, de arenitos ou conglomerados argilosos ou argilas (de
textura arenosa ou franco-arenosa)
Pmg
Solos Argiluviados Pouco Insaturados - Solos Mediterrâneos, Pardos, de Materiais Não
Calcários, Normais, de quartzodioritos
Pmn
Solos Argiluviados Pouco Insaturados - Solos Mediterrâneos, Pardos, de Materiais Não
Calcários, Normais, de rochas cristalofílicas
Vcm
Solos Argiluviados Pouco Insaturados - Solos Mediterrâneos, Vermelhos ou Amarelos, de
Materiais Calcários, Para-Barros, de margas ou calcários margosos
Sr
Solos Argiluviados Pouco Insaturados - Solos Mediterrâneos, Vermelhos ou Amarelos, de
Materiais Não Calcários, Normais, de "rañas" ou depósitos afins
Vc
Solos Calcários, Vermelhos dos Climas de Regime Xérico, Normais, de calcários
Cb
Barros Castanho-Avermelhados, Não Calcários, de basaltos ou doleritos ou outras rochas
eruptivas ou cristalofílicas básicas
Bvc
Barros Castanho-Avermelhados, Calcários, Muito Descarbonatados, de dioritos ou gabros ou
rochas cristalofílicas básicas associados a calcário friável
Bpc
Barros Pretos, Calcários, Muito Descarbonatados, de dioritos ou gabros ou outras rochas
eruptivas ou cristalofílicas básicas, associados a calcário friável
Par
Solos Litólicos, Não Húmicos Pouco Insaturados, Normais, de materiais arenáceos pouco
consolidados (de textura arenosa a franco-arenosa)
Capítulo III
Fig. III.1. Recolha de amostras de solo não perturbadas
III.2.2. Determinações laboratoriais
O solo é um sistema heterogéneo e disperso, sendo constituído por 3 fases distintas: sólida,
líquida e gasosa. A fase sólida é composta por partículas minerais de diferentes tamanhos,
desde as areias às argilas. A proporção relativa dos lotes de partículas minerais,
compreendidas entre determinados limites (inferiores a 2 mm) constitui aquilo a que se
designa por composição granulométrica ou textura de um solo. Para estabelecer os lotes
texturais (AG, AF, L, A) recorreu-se à escala de Atterberg (Tabela III.3), recomendada pela
Sociedade Internacional da Ciência do Solo e a percentagem relativa de cada um foi
determinada, em laboratório, utilizando o método clássico da Pipeta.
Tabela III.3. Escala da Atterberg
Designação dos lotes
Diâmetro das partículas em mm
Areia grossa (AG)
2 - 0.2
Areia Fina (AF)
0.2 – 0.02
Limo (L)
0.02 – 0.002
Argila (A)
<0.002
A classificação textural das amostras a partir das fracções de areia fina, areia grossa, argila e
limo, foi efectuada recorrendo aos diagramas triangulares de Gomes e Silva (1962) e de
Shirazi e Boersma (1984). Segundo estes últimos, e partindo da hipótese de que a
representação gráfica do número de partículas de um dado diâmetro pelo logaritmo desse
diâmetro corresponde aproximadamente a uma distribuição normal, a composição
granulométrica do solo pode ser caracterizada através de duas propriedades estatísticas: a
média geométrica do diâmetro das partículas (GPD) e o seu desvio padrão geométrico (GSD).
Estas são calculadas de acordo com as seguintes fórmulas:
⎡
⎛ n
⎞⎤
GPD = exp ⎢0.01⎜ ∑ f i ln d i ⎟⎥
⎝ i =1
⎠⎦
⎣
(III.1)
1
2 2
⎡
⎡
⎛n
⎛n
⎞⎤ ⎤
2 ⎞
GSD = exp ⎢0.01⎜⎜ ∑ mi (ln d i ) ⎟⎟ − ⎢0.01⎜⎜ ∑ f i ln d i ⎟⎟⎥ ⎥
⎢
⎝ i =1
⎠ ⎢⎣
⎝ i =1
⎠⎥⎦ ⎥⎦
⎣
(III.2)
19
Capítulo III
onde fi é a percentagem do lote i, di é o diâmetro médio aritmético do lote i e n é o número de
lotes granulométricos.
A matéria orgânica, parâmetro com papel preponderante na formação da estrutura e
consequentemente com influência na absorção e retenção de água no solo, foi determinada
através da relação MO = 1.724C, em que C é o teor em carbono orgânico, tendo este sido
obtido pelo método de Walkley-Black modificado, descrito por Balsa (1993).
A massa volúmica aparente (ρb) foi determinada por secagem do solo a 105º C em amostras
(100 cm3) de solo não perturbadas.
Nos Anexos III.1 e III.2 apresentam-se os valores das propriedades básicas referentes às
amostras de solos recolhidas nos Aproveitamentos Hidroagrícolas do Lucefecit e da Vigia,
respectivamente.
A curva característica de humidade do solo relaciona o potencial mátrico ou a pressão efectiva
da água do solo com o teor de água volúmico (θ) da fase líquida do solo, submetido a essa
pressão. A pressão é medida directamente e o teor de água é obtido por pesagens sucessivas
da amostra. Esta curva depende não só da textura como também da estrutura do solo
Para a determinação da curva característica da humidade do solo foram medidos em
laboratório nove pontos, recorrendo-se às amostras de solos não perturbadas (Anexos III.3 e
III.4). Foram utilizados 3 métodos, todos baseados no princípio do meio poroso. Para os
pontos de pF ≤ 2.0, ou seja sucções inferiores a 100 cm de altura de água, utilizou-se o
dispositivo da caixa de areia. No caso de valores de pF compreendidos entre 2.0 e 2.7
utilizou-se o dispositivo da caixa de areia+caulino e para a determinação de pontos da curva
com pF >3.0 utilizou-se o aparelho de membrana de pressão.
Além da Capacidade de Campo e do Coeficiente de Emurchecimento considera-se também de
elevada importância o conceito de Capacidade Máxima para a Água. A diferença entre os 2
primeiros corresponde à Capacidade Utilizável do Solo, ou seja, a fracção da água que pode
ser utilizada pelas plantas, sendo uma variável de extrema importância para a gestão da rega.
Capacidade máxima para a água - é a percentagem máxima de água que um solo pode
conter e que corresponde ao preenchimento total do seu espaço intersticial. Quando expresso
em volume, o seu valor corresponde aproximadamente ao da porosidade total. Para a
determinação laboratorial do teor de água utilizou-se um pF de 0.4.
Capacidade de campo – representa a quantidade de água que um solo pode reter quando,
depois de saturado, se deixa a drenagem operar livremente A sua determinação em laboratório
corresponde aos teores de água retida para pF entre 2,0 e 2.5, variando consoante os solos.
Coeficiente de emurchecimento – representa o limite fisiológico de extracção da água por
parte da maioria das plantas cultivadas, em ausência de salinidade. Em laboratório admitiu-se
um teor de água retida a uma sucção de 15 atmosferas ou seja um pF de 4.2.
III.2.3. Obtenção das PTFs
As funções de pedotransferência permitem obter as propriedades hidráulicas do solo a partir
das suas propriedades básicas, sendo estas de mais fácil determinação e estando geralmente
disponíveis na bibliografia.
Estas funções podem ser determinadas recorrendo a duas técnicas: a de estimação por pontos
ou a de estimação por parâmetros. A primeira permite relacionar alguns pontos da curva
característica de humidade do solo ou da curva de condutividade hidráulica com as
20
Capítulo III
propriedades básicas do solo, enquanto a segunda permite obter parâmetros de modelos que
descrevem as propriedades hidráulicas do solo, pressupondo a existência de uma descrição
matemática do comportamento destas propriedades, de que é exemplo o modelo de van
Genuchten.
Neste trabalho, tendo em conta que o objectivo era o de estimar três pontos específicos da
curva de retenção de água no solo, foi utilizada a técnica de estimação por pontos. Assim,
determinaram-se os teores de água retida no solo contra sucções equivalentes a 2.5, 100 e
15850 cm de água (em unidades SI: 0.25 kPa, 9.81 kPa, 1554.4 kPa), considerando aqueles
valores correspondentes aproximadamente à porosidade total, capacidade de campo e
coeficiente de emurchecimento, respectivamente.
Estas variáveis dependentes relacionaram-se com as propriedades básicas do solo (variáveis
independentes), nomeadamente a textura, o teor em matéria orgânica, a massa volúmica
aparente, a profundidade média da camada de solo, a média geométrica do diâmetro das
partículas e o seu desvio padrão.
As propriedades básicas do solo utilizadas para o desenvolvimento das PTFs podem ser
visualizadas na Tabela III.4.
Tabela III.4. Propriedades básicas dos solos utilizadas no desenvolvimento das PTFs
Símbolo
Unidades
utilizadas
Propriedades básicas do solo
AG
%
Teor em areia grossa
AF
%
Teor em areia fina
A
%
Teor em limo
L
%
MO
Teor em argila
-1
Teor de matéria orgânica
-3
g kg
ρb
g cm
Massa volúmica aparente
Z
cm
Profundidade média da camada
GPD
-
Média geométrica do diâmetro das partículas
GSD
-
Desvio padrão da média geométrica do diâmetro das partículas
As variáveis GPD e GSD não necessitam de mais que a composição granulométrica para
serem obtidas e, segundo Campbell (1985), a sua utilização é de grande utilidade quando se
procura determinar as propriedades hidráulicas do solo a partir de dados da textura, sendo
mais explicativa da variabilidade dos dados do que a composição granulométrica por si só.
A base de dados de solos utilizada para a construção das PTFs é constituída por 304
horizontes/camadas de solo recolhidas em diversas regiões de Portugal e encontra-se no
Departamento de Ciência do Solo da Estação Agronómica Nacional (DCS–EAN), em Oeiras.
Na Tabela III.5 apresentam-se os valores médios, desvio padrão, mínimo e máximo das
variáveis independentes e dependentes utilizadas na construção das PTFs.
As funções de pedotransferência foram obtidas através de regressão linear múltipla passo a
passo entre as propriedades básicas do solo e os teores de água retidos às três sucções já atrás
referidas, recorrendo-se ao programa STATGRAPHICS 5 PLUS.
21
Capítulo III
Tabela III.5. Valores médios, desvio padrão, mínimo e máximo das variáveis independentes e dependentes
utilizadas na construção dos modelos.
Valor médio
Desvio padrão
Valor mínimo
Valor máximo
19.3
31.35
24.25
25.25
0.07
106.29
0.99
1.45
44.2
44.26
34.96
17.2
19.81
17.3
14.77
15.95
0.1163
101.86
0.86
0.19
32.83
8.16
10.01
8.9
0.05
0.81
68.1
0.6
0.0031
2.65
0
0.91
5.0
28.53
57.39
0.67
91.15
70.7
1.2
63.3
0.7741
401.33
4.33
1.87
165
63.47
4.91
39.92
AG (%)
AF (%)
L (%)
A (%)
GPD
GSD
MO (g Kg-1)
ρb (g cm-3)
Z (cm)
θpF 0.4 (%)
θpF 2.0 (%)
θpF 4.2 (%)
As equações obtidas para as funções de pedotransferência correspondentes à porosidade total
do solo, capacidade de campo e coeficiente de emurchecimento são as seguintes:
pF 0.4=83.7856-0.0200234*Z+0.0931562*A+0.124097*L+5.02028*GPD-30.7196*ρb (III.3)
pF 2.0=56.2724+0.142629*A+0.206472*L-27.0276*GPD-19.433*ρb
(III.4)
pF 4.2=1.23186+0.0218322*Z+0.447251*A+0.089552*L+0.16097*GSD
(III.5)
O grau de associação linear entre duas variáveis, ou seja, a variabilidade de uma que pode ser
explicada em função linear da outra, pode ser analisado através dos coeficientes de correlação.
O coeficiente de correlação simples ou de Pearson mede o grau de associação linear entre as
variáveis e pode ser calculado através da seguinte fórmula (Murteira et al., 2002):
n
r=
∑ (x
i =1
n
∑ (x
i =1
i
i
− x )( y i − y )
− x)
2
(III.6)
n
∑ (y
i =1
i
− y)
2
A matriz dos coeficientes de correlação linear simples ou de Pearson encontra-se na Tabela
III.6. É uma matriz quadrada e simétrica em relação à diagonal, apresentando-se por isso,
apenas um dos lados. Este coeficiente pode variar entre -1 e 1, sendo que o sinal reflecte o
sentido de variação entre as variáveis e o seu valor absoluto mede a intensidade da associação.
Nesta tabela, o valor de p, que indica o nível de significância estatística das correlações
estimadas, é apresentado entre parêntesis abaixo do respectivo valor do coeficiente de
correlação.
22
Capítulo III
Tabela III.6. Matriz dos coeficientes de correlação simples e níveis de significância entre as propriedades do solo
AG
AF
AG
1
AF
0.0100
(0.86)
L
A
GPD
GSD
MO
ρb
Z
pF0.4
pF2.0
pF4.2
1
L
-0.6670 -0.4980
(0.00) (0.00)
A
-0.5961 -0.6089 0.4413
(0.00) (0.00) (0.00)
1
1
GPD
0.8347 0.0049 -0.4992 -0.5845
(0.00) (0.93) (0.00) (0.00)
GSD
-0.5862 -0.7101 0.6385 0.9108 -0.4618
(0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00)
MO
-0.1504 -0.1657 0.4210 -0.0301 -0.1655 0.0554
(0.01) (0.00) (0.00) (0.60) (0.00) (0.33)
1
1
1
ρb
0.3413 0.3589 -0.5851 -0.2630 0.1966 -0.4523 -0.5422
(0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00)
Z
-0.1742 -0.0882 0.1110 0.2208 -0.0931 0.2257 -0.4693 0.0307
(0.00) (0.12) (0.05) (0.00) (0.10) (0.00) (0.00) (0.59)
1
1
pF0.4
-0.4369 -0.4776 0.6755 0.4294 -0.2923 0.6081 0.4929 -0.8675 -0.0540
(0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.35)
pF2.0
-0.6623 -0.4504 0.7494 0.6150 -0.6156 0.7135 0.3698 -0.6893 0.1129 0.8232
(0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00)
pF4.2
-0.5607 -0.5914 0.4921 0.8891 -0.5829 0.8422 -0.0004 -0.2730 0.2658 0.4411 0.6800
(0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00) (1.00) (0.00) (0.00) (0.00) (0.00)
1
1
1
Por forma a determinar a qualidade de estimação das PTFs, calculou-se o coeficiente de
determinação ajustado (R2ajust) das funções obtidas, o qual entra em linha de conta com o
número de variáveis independentes utilizadas e permite analisar a capacidade de descrição dos
dados.
Na Tabela III.7 apresentam-se os valores para a análise de variância das equações obtidas, em
que: Σy2 corresponde à variabilidade total dos dados, SSR é a variação explicada pela
regressão, SSE é a variação não explicada pela regressão como medida do erro, R2 é o
coeficiente de determinação, R2ajust o coeficiente de determinação ajustado e F é o valor do
teste F (304 observações). Para tal recorreu-se às seguintes equações:
n
∑ y = ∑( y
− y)
2
i =1
i
2
(III.7)
SSR = ∑ b j ∑ (xi , j − xi )( y i − y )
(III.8)
SSE = ∑ y 2 − SSR
(III.9)
k
n
j =1
i =1
23
Capítulo III
2
Rajust
= 1−
SSE (n − 1)
(III.10)
∑ y (n − k − 1)
2
F=
SSR / k
SSE /(n − k )
(III.11)
em que n é o número de observações, y são os valores observados da variável dependente e k
variáveis independentes, x.
Tabela III.7. Análise de variância das equações de regressão
∑y
2
SSR
SSE
R2
R2ajust
F
pF 0.4
20080.7
17294.1
2786.62
0.8612
0.8589
367.40**
pF 2.0
29791.0
25475.9
4315.09
0.8552
0.8532
439.84**
pF 4.2
23564.7
19603.1
3961.63
0.8319
0.8296
369.88**
** Significante ao nível de confiança de 99%
O coeficiente de determinação (R2), que avalia o ajustamento entre os valores observados e os
valores estimados da variável dependente, tem valores superiores a 80%. O nível de
significância do coeficiente de determinação ajustado (R2ajust), que entra em linha de conta
com o número de variáveis independentes que entram na equação e o impacto destas na
regressão, pode ser testado por intermédio do teste F.
A significância do coeficiente de correlação múltipla é um indicador importante da utilidade
da equação de regressão, sendo o seu valor numérico fundamental pois dá a fracção da
variação total que é explicada e, deste modo, quanto maior for, melhor é a equação de
regressão na caracterização da variável dependente. Se o valor de R2 for baixo, ainda que seja
considerado significativo, é diminuta a capacidade de utilização da equação de regressão
associada a este para estimar a variável dependente.
III.3. Calibração e validação das funções de pedotransferência (PTFs)
Quer os métodos de determinação das propriedades básicas quer os de determinação dos
pontos da curva de retenção são comuns aos utilizados na determinação destas propriedades
na base de dados do DCS da EAN, a partir da qual foram desenvolvidas as PTFs, o que é
importante para efectuar a calibração/validação de forma correcta.
III.3.1. Calibração das PTFs
Existem várias funções para representar analiticamente a curva de humidade característica do
solo. Neste trabalho recorreu-se ao modelo de van Genuchten (van Genuchten, 1980), o qual
permitiu o ajustamento dos nove pontos determinados experimentalmente e a descrição
completa da curva característica da humidade do solo.
Este modelo pressupõe a existência de uma descrição matemática do comportamento da curva
característica da humidade do solo baseando-se na determinação de 4 parâmetros, segundo a
equação abaixo descrita, permitindo obter um bom ajustamento dos dados experimentais:
24
Capítulo III
θ − θr
= [1 + (αh) N ]- m
θs − θr
(III.12)
onde θs é o teor de água na saturação, θr o teor de água residual, α, N e m são parâmetros
empíricos que afectam a forma da curva característica (van Genuchten et al., 1991).
Para a estimativa dos parâmetros do modelo de van Genuchten utilizou-se o programa RETC
(RETention Curve) que permite a optimização não linear desses parâmetros pelo método dos
mínimos quadrados e tendo em conta a restrição m = 1-1/N proposta por Wösten et al. (2001).
Nos Anexos III.5 e III.6 encontram-se, para os Aproveitamentos Hidroagrícolas em estudo, os
valores obtidos dos parâmetros do modelo de van Genuchten: teor de água residual, teor de
água à saturação, e os parâmetros empíricos α, N, que dão forma às respectivas curvas.
Apresentam-se, igualmente, o coeficiente de determinação entre os dados experimentais e o
ajustamento obtido.
0.5
Teor de água (cm3 cm- 3 )
Teor de água (cm3 cm- 3 )
Exemplos dos nove pontos obtidos experimentalmente para as curvas características da
humidade do solo e do ajustamento com o modelo de van Genuchten apresentam-se nas
Figuras III.2 e III.3, para solos de diferentes famílias e classificações texturais, para os dois
Aproveitamentos Hidroagrícolas em estudo.
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0
1
2
3
4
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0
5
pF = log h (cm)
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0
1
2
3
1
2
4
pF = log h (cm)
Δ Valores observados em laboratório
c)
4
5
b)
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0
5
3
pF = log h (cm)
a)
Teor de água (cm3 cm- 3 )
Teor de água (cm3 cm- 3 )
0.5
1
2
3
4
5
pF = log h (cm)
d)
____ Valores estimados com o modelo van Genuchten
Fig. III.2. Curva característica de humidade do solo da unidade: a) Vcm, com textura argilosa (H1171A; 0-20
cm; R2=98.3); b) Sr, com textura franca (H1233A; 0-20 cm; R2=99.9); c) Ex, com textura franca (H641A; 0-15
cm; R2=99.6); d) Px, com textura franco limosa (H105A; 0-20 cm; R2=87.6)
25
Capítulo III
0,6
Teor de água (cm 3cm -3)
Teor de água (cm 3cm -3)
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0
1
2
3
4
5
0
1
2
a)
pF
3
4
5
b)
pF
0.4
0,6
Teor de água (cm 3cm -3)
Teor de água (cm 3cm -3)
0,5
0.3
0.2
0.1
0
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0
1
2
3
pF
Valores observados em laboratório
4
5
0
c)
1
2
3
4
pF
5
d)
____ Valores estimados com o modelo van Genuchten
Fig. III.3. Curva característica de humidade do solo da unidade: a) Pag, com textura argilosa (Pv5B; 40-60 cm;
R2=99.5); b) Cb, com textura franco-argilo-limosa (Pv6A; 0-15 cm; R2=98.3); c) Pag, com textura franco-argiloarenosa (Pv13.3B; 15-50 cm; R2=98.9); d) Vcm, com textura franco-argilosa (Pv6.2A; 0-15 cm; R2=99.7)
A aplicação do modelo de van Genuchten com 4 parâmetros revelou-se um bom modelo para
a parametrização dos dados experimentais existentes, ou seja, dos nove pontos da curva
característica. Os coeficientes de regressão dos ajustamentos efectuados (Anexos III.5 e III.6)
para cada um dos horizontes/camadas são elevados, sendo o menor deles igual a 88.9% e o
mais elevado igual a 99.9%, no conjunto dos solos dos dois Aproveitamentos Hidroagrícolas.
III.3.2. Validação das PTFs
A validação das PTFs pode ser efectuada recorrendo a várias técnicas, tendo-se neste caso
recorrido a séries independentes de dados, ou seja, dados que não foram utilizados no seu
desenvolvimento. As séries de dados independentes referem-se às unidades-solo dos
Aproveitamentos Hidroagrícolas em estudo.
Nas Tabelas III.8 e III.9 são apresentados os valores médio, mínimo, máximo e desvio padrão
das propriedades do solo medidas experimentalmente num total de 55 e 51 observações para o
Lucefecit e para a Vigia, respectivamente.
Os valores relativos às variáveis independentes foram utilizados nas PTFs descritas pelas
equações III.3 a III.5, tendo os valores estimados para as variáveis dependentes sido
comparados com os valores determinados laboratorialmente (Anexos III.7 e III.8), através de
uma análise de regressão simples (Figura III.4) e recorrendo a parâmetros estatísticos.
26
Capítulo III
Tabela III.8. Valores médios, desvio padrão, mínimo e máximo das variáveis das propriedades do solo medidas
no perímetro de rega do Lucefécit
Valor médio Valor mínimo Valor máximo Desvio padrão
AG (%)
25.32
7.00
60.60
8.67
AF (%)
32.15
18.20
42.70
5.61
L (%)
23.63
13.10
46.20
8.18
A (%)
19.63
9.00
57.00
10.81
GPD
0.05
0.01
0.11
0.02
GSD
11.06
7.47
15.78
2.04
1.36
0.43
2.40
0.43
ρb (mg m )
1.63
1.36
1.90
0.12
Z (cm)
21.64
5.00
55.00
13.43
θpF 0.4 (%)
37.67
27.68
49.40
4.27
θpF 2.0 (%)
27.60
16.31
39.50
5.58
θpF 4.2 (%)
13.06
5.27
29.38
5.60
MO (%)
-3
Tabela III.9. Valores médios, desvio padrão, mínimo e máximo das variáveis das propriedades do solo medidas
no perímetro de rega do Vigia
Valor médio Valor mínimo Valor máximo Desvio padrão
AG (%)
25.60
5.20
47.57
10.19
AF (%)
27.67
15.30
44.74
7.50
L (%)
13.63
7.56
26.10
4.59
A (%)
33.11
8.50
62.20
12.27
GPD
0.04
0.00
0.14
0.03
GSD
14.60
8.59
20.21
3.21
1.59
0.63
3.04
0.57
ρb (mg m )
1.53
1.12
1.85
0.20
Z (cm)
21.32
7.50
50.00
11.37
θpF 0.4 (%)
43.08
28.24
60.95
8.01
θpF 2.0 (%)
34.02
17.98
52.61
7.60
θpF 4.2 (%)
21.18
4.58
38.70
7.22
MO (%)
-3
A determinação destes parâmetros estatísticos, como sejam o coeficiente de correlação
simples ou de Pearson, r, o erro médio, ME, o desvio quadrático médio, MSD e a média dos
erros relativos absolutos ARE, tem como objectivo proceder à estimativa do erro e validar
estatisticamente as curvas de pedotransferência. As equações para o cálculo destes
parâmetros, propostas por Liu et al, (1998), apresentam-se em seguida:
ME =
1 n
∑ yi − yˆ i
n i =1
(III.12)
27
Capítulo III
n
MSD =
ARE =
∑ (y
i =1
i
− yˆ i )
2
(III.13)
n −1
100 n y i − yˆ i
∑ y
n i =1
i
(III.14)
em que n é o número de observações, ŷ é o valor estimado através das PTFs e y é o valor
observado laboratorialmente.
50
40
30
50
40
30
20
10
20
30
40
50
teor de água observado(% )
teor de água observado (%)
teor de água observado (%)
60
20
0
10
Porosidade total (pF 0.4)
20
30
40
20
0
T eor de água medido (%)
80
40
20
0
0
20
40
T eor de água medido (%)
10
20
30
40
a)
Coeficiente e emurchecimento (pF 4.2)
Teor de água estimado PTF (%)
Teor de água estimado PTFs (%)
40
60
10
teor de água estimado (%)
Capacidade de campo (pF 2.0)
60
40
20
0
50
60
20
30
teor de água estimado (%)
80
0
40
0
0
60
teor de água estimado (%)
Teor de água estimado PTFs (%)
Coeficiente de Emurchecimento ( pF 4.2)
Capacidade de Campo (pF 2.0)
Porosidade total (pF0,4)
60
40
20
0
0
20
T eor de água medido (%)
40
b)
Fig. III.4. Gráficos de dispersão com a linha 1:1 dos valores observados e estimados com as PTFs para os teores
de água retidos às sucções correspondentes a pF 0.4, porosidade total; pF 2.0, capacidade de campo e pF 4.2,
coeficiente de emurchecimento, para: a) Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefécit e b) Aproveitamento
Hidroagrícola da Vigia
O valor de r permite verificar a correlação entre os valores observados e estimados com as
PTFs. O erro médio permite indicar se pode existir algum erro sistemático relacionado com a
medição (Williams e Ahuja, 1992). O MSD é vantajoso em termos de interpretação uma vez
que tem as mesma dimensões dos dados experimentais. Na Tabelas III.10 e III.11 apresentamse os valores obtidos destes parâmetros para os Aproveitamentos Hidroagrícolas do Lucefecit
e da Vigia.
Coerente com os resultados da regressão, verifica-se que ME é maior na estimativa do teor de
água à capacidade de campo tanto para as amostras provenientes do AH do Lucefecit como
para as provenientes do AH da Vigia (3.96% e 4.75%, respectivamente) e relativamente baixo
para a porosidade total e para o coeficiente de emurchecimento.
28
Capítulo III
Tabela III.10. Estatísticas de validação das funções de pedotransferência para o Aproveitamento Hidroagrícola
do Lucefecit
r
ME
MSD (%)
ARE (%)
θpF 0.4 (%)
0.90
1.49
1.99
4.02
θpF 2.0 (%)
0.73
3.96
4.99
16.30
θpF 4.2 (%)
0.85
2.30
3.10
21.21
Tabela III.11. Estatísticas de validação das funções de pedotransferência para o Aproveitamento Hidroagrícola
da Vigia
r
ME
MSD (%)
ARE (%)
θpF 0.4 (%)
0.89
2.54
3.37
5.79
θpF 2.0 (%)
0.73
4.75
5.41
14.20
θpF 4.2 (%)
0.84
2.95
3.67
14.38
Wösten et al. (2001) indica como valores limite para o parâmetro MSD um mínimo de 0.02
até um máximo de 0.11 m3 m-3. Os valores apresentados nas Tabelas III.10 e III.11 estão em
percentagem, mas quando reduzidos a dimensões m3 m-3, encontram-se dentro destes limites.
Os erros relativos, ARE, foram de 4.02% e 5.79% para a estimativa da porosidade total,
16.30% e 14.20% para a capacidade de campo e 21.21% e 14.38% para o coeficiente de
emurchecimento. Estes últimos, não sendo baixos, são ainda assim razoáveis e permitem uma
utilização segura dos valores dos teores de água do solo estimados pelas PTFs nos cálculos de
balanço hídrico para efeitos de rega.
De acordo com estes resultados, as PTFs desenvolvidas podem ser utilizadas, através de
extrapolações, para determinar as propriedades hidráulicas do solo em outras unidades-solo
desde que as suas propriedades básicas sejam conhecidas Contudo, de forma a aumentar a
qualidade da base de dados, deverão ser desenvolvidos estudos semelhantes em outros
Aproveitamentos Hidroagrícolas.
III.4. Aplicação das funções de pedotransferência aos mapas de solo e incorporação dos
resultados na base de dados
Para a aplicação das funções de pedotransferência aos mapas de solos e sua utilização no SIG
dos Aproveitamentos Hidroagrícolas do Lucefecit e da Vigia, foi necessário proceder à
padronização dos valores obtidos.
Assim, para cada família de solo amostrada padronizaram-se os valores das propriedades
básicas e hidráulicas. Esta padronização foi feita através da realização de médias ponderadas,
cujos resultados se apresentam nas Tabelas III.12 e III.13 para os referidos Aproveitamentos.
Estes resultados foram incorporados na base de dados do SIG de cada Aproveitamento
Hidroagrícola, tendo sido introduzidos os valores correspondentes a cada parcela regada na
sua respectiva tabela de atributos. Os valores de CC e CE foram obtidos através da média
ponderada entre a área ocupada por cada família de solo e seus respectivos valores
padronizados. Nas Figuras III.5 e III.6 apresentam-se uma parcela de cada Aproveitamento
29
Capítulo III
com a informação edáfica resultante deste trabalho. Na Figura III.7 apresenta-se um exemplo
de uma tabela de atributos de uma família de solo.
Tabela III.12. Propriedades padrão para as unidades-solo do Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit
Unidades-Solo
Cb
Ex
Sb + A
Sr
Sr + Sr (p)
Px (d) +Px
Sr (p) +Sr
Vcm + Sr
Profundidade da
AG (%) AF (%) L (%) A (%) MO (g kg-1) ρb (g cm-3) CC (%) CE (%)
camada (cm)
0-20
0-20
0-20
20-50
0-20
20-30
0-20
20-50
0-20
20-50
0-20
20-50
0-20
20-50
22.30
20.65
19.40
19.70
25.60
26.40
28.76
30.93
25.55
23.02
28.00
25.66
16.75
24.34
32.50
32.60
37.10
33.60
34.43
33.00
38.80
36.63
28.40
30.36
33.87
29.68
24.75
30.02
17.50
20.80
28.90
28.90
20.67
21.70
19.31
18.78
31.99
32.33
18.70
17.97
15.85
25.15
27.70
25.95
14.60
17.80
19.30
18.90
13.13
13.68
14.06
14.29
19.43
26.69
42.65
20.49
1.32
1.85
1.28
1.05
1.34
1.30
1.32
0.90
1.39
1.31
1.32
1.27
2.28
1.34
1.47
1.43
1.40
1.48
1.67
1.67
1.72
1.74
1.55
1.62
1.72
1.68
1.54
1.63
33.64
34.99
26.71
27.89
21.53
23.56
18.16
21.22
19.85
23.58
26.01
24.67
31.53
36.77
24.70
22.88
8.64
13.75
10.31
14.61
7.88
8.49
7.94
7.82
13.31
14.78
20.04
27.11
Fig. III.5. Representação gráfica do Bloco 1 do Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefécit. Exemplo do Pivot
nº 117, com a informação constante da sua tabela de atributos
30
Capítulo III
Tabela III.13. Propriedades padrão para as unidades-solo do Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia
Unidades-Solo
Pac
Pac + Vcm
Cb + Cb(d)
Vcm(d) + Vcm
Vc
Pag
Cb
Vcm
Bpc
Bvc
Bpc + Bvc
Sr + Sr(h)
Par + Sr
Vcm + Vcm(d)
Pmn
Sr
Pmg
Par
Bp
Ca+Caa
Profundidade
AG (%) AF (%) L (%) A (%) MO (g kg-1) ρb (g cm-3) CC (%) CE (%)
da camada (cm)
0-20
20-40
0-20
20-40
0-50
0-15
15-40
0-15
15-30
0-15
15-50
0-20
20-50
0-15
15-40
0-20
20-40
0-20
20-45
0-20
20-40
0-30
30-55
0-45
0-20
20-35
0-15
15-50
0-30
30-55
0-20
20-50
0-20
0-40
0-50
22.80
24.60
22.80
24.55
20.21
25.50
29.70
23.21
25.46
31.20
29.70
11.40
6.10
25.50
29.70
17.30
15.80
17.50
20.00
17.30
15.80
27.10
24.00
9.20
24.00
25.80
30.60
31.80
27.10
24.00
37.50
39.90
40.70
20.90
9.60
30.60
32.50
30.60
32.55
21.78
25.70
24.00
20.23
19.26
34.90
36.70
18.10
15.40
25.70
24.00
29.7
30.5
24.8
25.3
29.7
30.5
38.1
29.7
30.2
18.8
19.0
38.6
39.3
38.1
29.7
25.3
22.5
38.5
30.1
20.6
11.40
10.70
11.25
10.70
23.40
16.10
14.60
13.31
11.90
12.30
11.80
21.70
16.80
16.10
14.60
18.1
18.3
21.4
21.3
18.1
18.3
16.5
13.5
22.9
10.0
10.3
14.7
14.0
16.5
13.5
11.2
8.6
12.3
15.2
22.8
35.20
32.20
35.35
32.2
34.6
32.7
31.7
43.24
43.38
21.60
21.80
48.80
61.70
32.70
31.70
34.9
35.4
36.3
33.4
34.9
35.4
18.3
32.8
37.6
46.9
44.6
16.1
14.9
18.3
32.8
26.0
29.0
8.5
33.8
47
1.38
1.27
1.38
1.27
1.57
1.68
1.38
1.75
1.24
1.89
1.27
2.57
2.33
1.69
1.38
2.09
1.82
1.94
1.99
2.09
1.82
1.70
0.77
1.88
2.55
1.98
1.30
1.12
1.70
0.78
3.04
1.51
1.08
1.32
2.21
1.53
1.77
1.52
1.77
1.69
1.21
1.35
1.38
1.31
1.50
1.76
1.26
1.30
1.21
1.35
1.31
1.65
1.35
1.55
1.31
1.65
1,82
1,8
1.55
1.22
1.33
1.56
1.70
1.82
1.80
1.54
1.50
1.60
1.81
1.48
30.21
29.48
37.52
29.47
36.19
33.77
40.77
41.10
44.83
25.00
25.06
36.47
52.61
33.77
40.77
30.84
35.18
34.75
39.05
30.84
35.18
21.41
24.49
37.88
34.29
34.57
31.08
31.68
21.41
24.49
33.64
38.79
17.98
28.37
38.68
15.84
19.69
30.20
19.69
23.32
18.98
25.32
32.00
28.82
10.59
14.58
23.95
38.70
18.98
25.32
18.88
26.14
21.87
24.13
18.88
26.14
12.87
17.59
24.11
20.5
21.71
12.18
14.74
12.87
17.59
16.91
22.38
4.58
20.55
26.64
31
Capítulo III
Fig. III.6. Representação gráfica do Aproveitamento Hidroagrícola daVigia. Exemplo do Pivot nº1, com a
informação constante da sua tabela de atributos
Fig. III.7. Representação gráfica do Aproveitamento Hidroagrícola daVigia. Exemplo do solo composto
Pac+Vcm, com a informação constante da sua tabela de atributos
32
Capítulo III
A elaboração deste capítulo contou com a colaboração do parceiro INIA – Estação
Agronómica Nacional.
Referências
Balsa, M. E., 1993. O solo, metodologia química-analítica para a sua caracterização. Instituto
Nacional de Investigação Agrária. Estação Agronómica Nacional. Oeiras.
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Gonçalves, M. C., 1994. Características hidrodinâmicas dos solos: sua determinação e funções de
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Hidrology, 251: 123-150.
33
Capítulo III
ANEXO III.1
Propriedades físicas das amostras de solos recolhidas no Aproveitamento Hidroagrícola do
Lucefecit
Perfil
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Ex
Ex
Cb
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Sb+A
Sb+A
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Px(d)+Px
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Vcm+Sr
Vcm+Sr
Vcm+Sr
Vcm+Sr
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
34
Profundidade
0-20
0-10
10-20
0-20
0-15
15-20
0-20
0-20
20-45
0-20
20-45
0-20
20-50
0-10
10-20
20-30
30-50
0-10
10-40
0-20
20-40
0-35
0-20
20-40
40-70
0-30
0-20
20-40
0-30
30-50
0-20
20-40
0-20
20-40
0-30
30-60
0-20
20-40
40-60
0-20
20-40
0-25
25-45
0-40
40-60
0-25
25-50
Local
R111A
R112A
R112B
R113A
H641A
H641B
H642A
H101A
H101B
H105A
H105B
H106A
H106B
H1071A
H1071B
H1071C
H1071d
H1091A
H1091B
H1092A
H1092B
H1093A
H1101A
h1101b
h1101C
H111A
H1141A
H1141B
H1142A
H1142B
H1161A
H1161B
H1171A
H1171B
H1172A
H1172B
H1211A
H1211B
H1211c
H1212A
H1212B
H1213A
H1213B
H1214A
H1214B
H1215A
H1215B
Textura
F
FAr
FAr
F
F
F
FA
FL
F
FL
F
F
F
FL
F
FL
FL
F
F
FL
FL
F
F
F
FL
FAr
FAr
FAr
FAr
F
FA
FA
A
A
FA
A
F
F
F
F
F
F
FA
FAr
FA
F
F
AG
21.5
29.6
27.5
27.4
22.4
18.9
22.3
30.3
33.1
37.4
30.6
19.4
19.7
12.5
15.2
14.8
11.1
28.1
35.9
26.1
26.2
20.6
18.6
17.5
7.0
33.2
36.2
36.8
29.0
30.8
22.9
23.1
13.4
10.1
20.1
11.9
28.8
27.4
27.9
23.6
23.5
33.3
27.8
35.1
21.5
24.3
30.4
AF
38.7
40.7
41.7
35.5
32.0
33.2
32.5
22.4
31.0
20.8
33.7
37.1
33.6
28.5
28.9
28.2
30.3
30.9
28.1
28.8
29.1
33.5
35.1
35.3
22.2
23.6
37.7
37.7
42.7
38.9
31.1
30.3
19.3
18.2
30.2
22.6
34.2
33.5
30.7
37.0
35.1
32.3
24.6
32.7
22.4
35.9
33.6
L
24.0
19.1
19.8
21.1
20.0
21.6
17.5
33.2
26.9
29.1
26.5
28.9
28.9
46.2
44.1
44.6
41.5
29.5
26.7
30.8
30.5
28.6
29.0
29.5
39.9
33.4
16.1
16.0
18.2
18.4
13.1
13.7
14.1
14.7
17.6
13.9
20.1
19.0
18.8
22.3
22.0
18.3
18.0
19.3
18.3
19.1
16.9
A
15.8
10.6
11.0
16.0
25.6
26.3
27.7
14.1
9.0
12.7
9.2
14.6
17.8
12.8
11.8
12.4
17.1
11.5
9.3
14.3
14.2
17.3
17.3
17.7
30.9
9.8
10.0
9.5
10.1
11.9
32.9
32.9
53.2
57.0
32.1
51.6
16.9
20.1
22.6
17.1
19.4
16.1
29.6
12.9
37.8
20.7
19.1
MO
1.20
1.49
1.59
1.18
2.26
1.44
1.32
1.45
1.42
0.78
1.12
1.28
1.05
1.14
1.13
1.05
0.61
1.19
1.42
1.90
2.12
1.64
1.54
1.41
0.75
1.04
1.11
1.51
1.31
0.43
2.00
2.02
2.40
1.93
2.15
0.75
1.66
1.38
0.71
1.37
1.07
1.97
0.87
1.81
1.01
1.51
1.59
Dens.ap.
1.74
1.87
1.77
1.82
1.38
1.47
1.47
1.68
1.69
1.37
1.46
1.40
1.48
1.62
1.64
1.64
1.71
1.67
1.62
1.46
1.63
1.51
1.57
1.65
1.63
1.61
1.54
1.65
1.70
1.90
1.60
1.73
1.36
1.60
1.71
1.66
1.57
1.58
1.67
1.70
1.82
1.46
1.66
1.72
1.56
1.73
1.66
Capítulo III
Propriedades físicas das amostras de solos recolhidas no Aproveitamento Hidroagrícola do
Lucefecit (continuação)
Perfil
Sr
Sr
Sr
Sr
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Sr+Sr (p)
Profundidade
0-20
0-20
20-30
0-20
0-30
30-50
0-35
35-50
Local
H1231A
H1232A
H1232B
H1233A
H124A
H124B
H125A
H125B
Textura
F
F
F
F
FAr
FAr
FAr
FAr
AG
25.2
26.1
26.4
25.5
27.1
26.5
31.6
29.6
AF
34.6
32.8
33.0
35.9
37.8
30.8
38.0
39.1
L
21.2
21.2
21.7
19.6
18.5
22.4
17.8
18.3
A
19.0
19.9
18.9
19.0
16.6
20.3
12.6
13.0
MO
1.49
1.32
1.30
1.20
1.48
0.77
1.43
0.90
Dens.ap.
1.70
1.66
1.67
1.66
1.63
1.61
1.77
1.80
AG
teor de areia grossa (%)
AF
teor de areia fina (%)
L
teor de limo (%)
A
teor de argila (%)
MO
teor de matéria orgânica (%)
Dens.ap. densidade aparente (kg/dm3)
35
Capítulo III
ANEXO III.2
Propriedades físicas das amostras de solos recolhidas no Aproveitamento Hidroagrícola da
Vigia
Perfil
Profundidade
Local
Textura
AG
AF
L
A
MO
Dens.ap.
Pac+Vcm
Pac+Vcm
Pac+Vcm
Pac+Vcm
Pag
Pag
Cb
Vcm(d)+Vcm
Vcm(d)+Vcm
Bpc+Bvc
Bpc+Bvc
Bvc
Bvc
Cb
Cb
Pmn
Pmn
Pag
Pag
Sr+Sr(h)
Sr+Sr(h)
Pmg
Pmg
Par
Sr(p)
Pag
Pag
Cb+Cb(d)
Vc
Vc
Bvc
Bvc
Bvc
Pmg
Pmg
Pmg
Pmg
Pmg
Par+Sr
Par+Sr
Vcm+Vcm(d)
Vcm+Vcm(d)
Vcm+Vcm(d)
Pmg
Vcm+Vcm(d)
Pmg
Pmg
Sr+Sr(h)
0-20
20-40
0-20
20-40
0-15
15-50
0-15
0-15
15-40
0-20
20-40
0-20
20-45
0-20
20-50
0-15
15-50
0-15
15-50
0-30
30-55
0-20
20-50
0-20
0-40
0-40
40-60
0-50
0-15
15-30
0-15
15-30
0-20
0-20
20-40
40-55
0-30
30-55
0-30
0-45
0-20
20-35
0-40
0-45
0-45
0-40
0-50
0-40
Pv1A
Pv1B
Pv2A
Pv2B
Pv4A
Pv4B
Pv6A
Pv6.2A
Pv6.2B
Pv8A
Pv8B
Pv11A
Pv11B
Pv13A
Pv13B
Pv13.2A
Pv13.2B
Pv13.3A
Pv13.3B
Pv15NA
Pv15NB
Pv21A
Pv21B
Pv22A
Pv3
Pv5A
Pv5B
Pv7
Pv10A
Pv10B
Pv9NA
Pv9NB
Pv9S
Pv18NA
Pv18NB
Pv18NC
Pv18SA
Pv18SB
Pv19S
Pv19N
Pv20A
Pv20B
Pv17O2
Pv17E2
Pv17O1
Pv17E1
Pv17E3
Pv14,15
A
A
FAAr
FAAr
FAAr
FAAr
FAL
FA
FA
FA
FA
FA
FA
A
A
FAr
FAr
F
FAAr
FAr
FA
FAAr
FAAr
FAr
FAr
A
A
FA
A
A
Aar
FAAr
AAr
FAAr
FAAr
FAAr
FAr
FAAr
A
FA
A
A
FA
FAr
15.1
15.9
30.5
33.2
34.7
33.8
17.5
25.5
29.7
17.3
15.8
17.5
20
5.2
6.1
30.6
31.8
27.6
25.6
27.1
24
37.5
39.9
40.7
25.9
18.4
20.3
20.2
23.2
25.5
30.2
22.8
31.9
38.6
33.9
37
45.0
34
9.2
9.2
24.1
25.9
29.8
47.6
12.5
28.2
40.5
28.6
31.1
31.4
30.1
33.7
33.8
34.4
20.8
25.7
24
29.7
30.5
24.8
25.3
15.3
15.4
38.6
39.3
36.1
39
38.1
29.7
25.3
22.5
38.5
44.7
25.0
20.4
21.8
20.2
19.3
24.2
26.5
19.9
26.7
22.6
20.2
32.2
25.9
29.7
30.2
18.9
19.1
21.6
29
16.8
44.5
20.9
40.2
12.4
11.7
10.1
9.7
8
7.8
26.1
16.1
14.6
18.1
18.3
21.4
21.3
17.3
16.8
14.7
14
16.6
15.8
16.5
13.5
11.2
8.6
12.3
14.2
11.2
13.7
23.4
13.3
11.9
10.4
11.7
9.6
9.4
9.7
8.9
8.4
9.1
19.7
22.9
10.1
10.4
11.8
7.6
14.5
10.6
9.7
10.3
41.4
41
29.3
23.4
23.5
24
35.6
32.7
31.7
34.9
35.4
36.3
33.4
62.2
61.7
16.1
14.9
19.7
19.6
18.3
32.8
26
29
8.5
15.2
45.4
45.6
34.6
43.2
43.4
35.2
39.0
38.6
25.3
33.8
34
14.4
31.0
41.5
37.7
47
44.7
36.8
15.9
56.2
16.7
28.9
20.9
1.77
1.26
0.99
1.29
1.31
1.02
2.41
1.69
1.38
2.10
1.82
1.94
1.99
2.66
2.33
1.30
1.12
2.47
1.53
1.70
0.77
3.04
1.51
1.08
0.89
1.43
0.71
1.57
1.75
1.24
1.57
1.12
1.36
1.71
1.34
0.63
1.43
0.89
1.76
1.88
2.55
1.98
2.73
1.09
2.67
1.09
1.51
1.05
1.46
1.69
1.59
1.85
1.5
1.77
1.31
1.21
1.35
1.31
1.65
1.35
1.55
1.2
1.3
1.56
1.7
1.5
1.75
1.82
1.8
1.54
1.5
1.6
1.82
1.6
1.65
1.69
1.38
1.31
1.34
1.32
1.45
1.49
1.37
1.58
1.51
1.68
1.32
1.55
1.22
1.33
1.32
1.72
1.12
1.85
1.56
1.84
36
Capítulo III
Propriedades físicas das amostras de solos recolhidas no Aproveitamento Hidroagrícola da
Vigia (continuação)
Perfil
Profundidade
Local
Vc
Bp
Ca+Caa
0-50
0-40
0-50
Pv15S
Pv7,6
Pv4,3
Textura
AG
AF
L
A
MO
Dens.ap.
10.1
20.9
9.6
26.8
30.1
20.6
11.8
15.2
22.8
51.3
33.8
47
1.23
1.32
2.21
1.75
1.81
1.48
37
Capítulo III
ANEXO III.3
Teores de água (%) retidos a várias sucções e capacidade de água utilizável das camadas
referentes às amostras recolhidas no Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit
Teor de água retido à sucção (%)
Amostra 0.25 kPa
pF 0.4
35.51
R111A
32.54
R112A
31.82
R112B
31.74
R113A
46.84
H641A
44.57
H641B
39.47
H642A
38.53
H101A
36.46
H101B
43.60
H105A
39.49
H105B
43.97
H106A
40.91
H106B
H1071A 39.99
H1071B 40.30
H1071C 38.14
H1071D 35.98
H1091A 37.00
H1091B 38.35
H1092A 38.44
H1092B 39.12
H1093A 41.08
H1101A 44.03
H1101B 38.36
H1101C 41.17
37.51
H111A
H1141A 37.98
H1141B 36.24
H1142A 32.98
H1142B 27.68
H1161A 39.34
H1161B 36.11
H1171A 49.40
H1171B 41.47
H1172A 35.44
H1172B 41.99
H1211A 40.18
H1211B 35.80
H1211C 35.03
H1212A 35.52
H1212B 33.77
H1213A 42.50
H1213B 38.20
H1214A 34.25
H1214B 42.83
H1215A 32.91
H1215B 34.91
H1231A 36.05
H1232A 35.01
H1232B 32.25
H1233A 32.00
36.55
H124A
38
1.0 kPa
3.2 kPa
6.3 kPa
10 kPa
20 kPa 31.6 kPa 50 kPa
pF 1.0
29.72
27.94
26.80
26.64
42.42
41.37
37.55
31.76
33.55
34.30
31.87
34.87
33.03
37.59
37.74
35.07
34.72
33.74
31.77
31.35
34.58
34.81
34.84
36.85
39.66
33.59
30.36
28.84
21.65
20.79
34.14
33.43
41.15
38.75
32.96
38.80
34.85
29.99
33.16
31.03
30.47
32.74
35.03
31.92
40.90
25.41
24.89
30.80
30.39
28.98
28.33
30.06
pF 1.5
25.40
24.98
22.40
23.24
36.72
38.88
35.56
30.36
32.17
29.48
28.87
29.46
30.07
36.58
36.32
34.03
33.80
31.51
29.78
28.24
31.36
29.19
32.41
35.36
38.98
31.25
25.94
24.98
18.64
18.66
31.67
31.63
35.83
37.74
31.17
37.66
30.25
26.71
29.58
28.86
28.53
28.00
32.63
28.13
40.14
23.63
22.93
26.81
25.38
26.12
23.79
26.42
pF 1.8
24.08
23.04
21.14
21.62
34.39
37.66
34.46
29.58
31.47
27.00
27.40
27.48
28.44
36.06
35.64
33.66
32.95
30.67
28.76
26.72
30.10
27.63
31.03
34.60
38.51
30.53
23.79
23.40
17.18
17.77
30.10
29.96
33.56
37.00
30.46
37.05
27.76
25.21
27.78
27.37
27.29
25.67
31.28
26.66
39.73
22.60
21.96
24.51
22.82
24.62
21.31
24.26
pF 2.0
23.04
22.27
20.03
20.57
33.15
36.82
33.64
29.15
31.09
26.16
26.86
26.71
27.89
35.79
35.44
33.47
32.60
30.28
28.32
26.14
29.68
27.02
30.51
34.04
38.26
30.16
22.89
22.53
16.31
17.19
29.39
29.53
32.89
36.69
30.16
36.85
27.04
24.71
27.13
26.79
26.85
24.99
30.82
26.12
39.50
21.72
21.31
23.20
21.49
23.56
19.91
22.62
pF 2.3
21.10
19.83
18.12
18.87
30.87
35.75
32.39
28.17
29.94
24.59
25.80
24.77
26.43
34.99
34.80
32.81
32.12
29.12
27.36
25.05
28.59
25.92
29.45
32.98
37.45
29.37
19.85
19.76
14.89
16.42
27.85
28.33
31.53
36.22
29.53
36.22
25.32
23.24
25.17
25.29
25.43
23.43
29.28
24.87
38.66
20.83
20.45
20.36
18.61
22.85
17.41
20.55
pF 2.5
20.56
19.19
17.49
18.30
30.23
35.30
31.86
27.60
29.20
23.87
25.16
24.01
25.88
34.48
34.27
32.33
31.78
28.46
26.68
24.32
27.82
25.25
28.82
32.37
36.88
28.79
18.71
18.59
14.25
15.99
26.93
27.67
30.66
35.64
28.77
35.73
24.45
22.58
24.43
24.57
24.75
22.70
28.65
23.81
38.08
20.16
19.96
19.57
17.94
22.40
16.91
19.49
pF 2.7
19.44
17.33
16.13
17.14
28.95
34.38
30.74
26.81
28.40
23.03
24.43
22.89
24.77
33.39
33.28
31.47
31.17
27.56
26.08
23.53
26.95
24.45
28.04
31.62
36.09
27.91
17.48
17.29
13.68
15.57
25.12
26.26
28.82
33.89
27.06
34.32
22.93
21.44
23.17
24.12
23.59
16.40
27.44
22.71
36.49
19.71
19.57
18.09
16.70
21.67
15.54
18.97
1585 kPa
pF 4.2
10.83
7.14
7.01
10.00
20.48
25.28
24.70
11.29
8.35
8.73
6.10
8.64
13.75
8.20
8.30
8.22
11.68
11.31
9.44
11.27
13.35
11.73
12.61
13.20
22.49
8.24
6.13
6.73
6.92
5.27
18.18
20.33
18.81
24.83
21.27
29.38
11.45
13.59
15.46
12.58
14.74
11.33
18.87
13.05
22.15
13.27
12.57
10.40
11.57
14.61
8.97
10.94
e
(cm)
20
10
10
20
15
5
20
20
25
20
25
20
30
10
10
10
20
10
10
20
20
35
20
20
30
30
20
20
30
20
20
20
20
20
30
30
20
20
20
20
20
25
20
40
20
25
25
20
20
10
20
30
CU
(mm)
24.42
15.13
13.02
21.14
19.01
5.77
17.88
35.72
56.85
34.86
51.90
36.14
42.42
27.59
27.14
25.25
41.84
18.97
18.88
29.74
32.66
53.52
35.80
41.68
47.31
65.76
33.52
31.60
28.17
23.84
22.42
18.40
28.16
23.72
26.67
22.41
31.18
22.24
23.34
28.42
24.22
34.15
23.90
52.28
34.70
21.13
21.85
25.60
19.84
8.95
21.88
35.04
Capítulo III
Teores de água (%) retidos a várias sucções e capacidade de água utilizável das camadas
referentes às amostras recolhidas no Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit (cont.)
Teor de água retido à sucção (%)
Amostra 0.25 kPa
pF 0.4
36.90
H124B
33.27
H125A
30.61
H125B
1.0 kPa
3.2 kPa
6.3 kPa
10 kPa
20 kPa 31.6 kPa 50 kPa
pF 1.0
29.29
25.24
26.90
pF 1.5
25.52
23.25
24.05
pF 1.8
23.67
22.29
23.04
pF 2.0
22.68
21.69
22.47
pF 2.3
21.28
20.89
21.6
pF 2.5
20.70
20.39
21.12
pF 2.7
20.40
19.94
20.76
1585 kPa
pF 4.2
10.80
10.35
11.14
e
(cm)
20
35
15
CU
(mm)
23.76
39.69
17.00
39
Capítulo III
ANEXO III.4
Teores de água retidos (%) a várias sucções e capacidade de água utilizável das camadas
referentes às amostras recolhidas no Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia
Teor de água retido à sucção (%)
Amostra
0.25 kPa
1 kPa
3.2 kPa
6.3 kPa
10 kPa
20 kPa
31.6 kPa 50 kPa
1554 kPa
Pv1A
Pv1B
Pv2A
Pv2B
Pv3
Pv4A
Pv4B
Pv5A
Pv5B
Pv6A
Pv6.2A
Pv6.2B
Pv7
Pv8A
Pv8B
Pv9NA
Pv9NB
Pv9S
Pv10A
Pv10B
Pv11A
Pv11B
Pv13A
Pv13B
Pv13.2A
Pv13.2B
Pv13.3A
Pv13.3B
Pv15NA
Pv15NB
Pv17O2
Pv17E2
Pv18NA
Pv18NB
Pv18NC
Pv18SA
Pv18SB
Pv19S
Pv19N
Pv20A
Pv20B
Pv21A
Pv21B
Pv22A
Pv17O1
Pv17E1
pF 0.4
37.6
36.2
37.5
28.2
32.8
41.9
31.7
43.2
46.7
51.9
51.5
48.8
40.7
48.1
38.7
48.9
50.1
47.6
46.8
49.2
50.1
45.9
59.0
58.1
41.7
37.5
42.7
33.0
30.2
30.8
51.8
34.5
38.7
47.6
41.0
40.0
36.8
54.3
45.1
52.4
48.6
39.6
41.9
35.1
60.95
33.58
pF 1.0
34.9
34.1
34.0
27.3
27.6
36.1
29.5
42.0
44.8
46.8
46.8
45.2
38.2
43.3
37.1
47.0
48.2
46.2
44.0
47.7
43.9
42.9
53.6
55.1
37.8
35.0
38.0
30.4
26.4
27.9
44.1
29.4
35.7
45.7
39.2
36.5
33.8
46.7
42.4
48.2
43.5
36.5
40.2
27.8
52.59
31.62
pF 1.5
33.7
33.2
31.4
26.7
24.9
29.3
28.6
41.2
43.5
39.3
40.8
43.9
37.2
38.0
36.0
46.1
46.8
45.2
42.7
46.3
38.3
40.7
46.1
53.7
35.4
33.6
30.0
26.3
23.1
26.2
39.2
26.8
34.5
44.6
38.3
33.3
32.3
43.3
39.3
41.3
39.0
34.9
39.5
23.3
42.29
30.03
pF 1.8
32.6
32.7
29.6
26.5
23.2
25.6
28.2
40.6
42.4
32.7
36.3
42.2
36.6
32.3
35.4
45.5
45.9
44.5
41.7
45.3
35.9
39.8
43.0
52.9
33.3
32.6
26.6
23.1
21.9
25.2
40.9
25.4
33.7
44.0
37.4
31.4
31.5
41.6
38.4
36.5
36.1
33.9
38.9
20.2
38.42
28.48
pF 2.0
31.9
32.6
28.5
26.4
22.1
23.5
27.8
40.1
41.6
31.4
33.8
40.8
36.2
30.8
35.2
45.3
45.4
44.1
41.1
44.8
34.8
39.1
41.6
52.6
31.1
31.7
25.0
22.3
21.4
24.5
34.9
24.5
33.1
43.6
36.8
30.4
30.8
40.7
37.9
34.3
34.6
33.6
38.8
18.0
37.43
27.74
pF 2.3
30.7
32.2
27.0
26.3
20.7
21.5
27.7
39.6
40.7
29.9
30.8
38.7
35.7
29.4
34.5
pF 2.5 pF 2.7
30.2
29.5
31.9
31.5
26.4
25.7
25.9
25.6
19.8
18.6
20.8
20.1
27.5
27.2
38.8
37.8
39.7
38.6
29.3
28.5
29.9
28.9
37.9
37.0
35.0
34.1
28.8
28.3
34.1
33.6
44.9
44.9
43.7
40.5
44.1
32.4
31.3
36.6
35.7
39.7
39.0
50.8
50.1
25.6
24.0
27.9
26.6
20.4
19.9
20.7
20.1
19.9
19.4
22.9
22.4
33.9
23.9
32.6
43.0
36.3
29.7
30.3
39.8
37.2
33.1
33.6
32.9
.2.1
38.1
37.7
14.2
12.9
34.50
24.11
pF 4.2
17.9
23.0
13.8
16.4
10.9
10.7
14.9
27.2
32.5
19.8
19.0
25.3
23.3
18.9
26.1
27.6
27.3
27.9
32.0
28.8
21.9
24.1
28.1
.38.7
12.2
14.7
10.5
14.2
12.9
17.6
22.1
13.1
19.6
24.5
28.7
11.3
23.5
28.3
24.1
20.5
21.7
16.9
22.4
4.6
27.89
11.66
40
33.1
37.3
40.4
51.4
26.6
28.9
22.0
21.2
20.3
23.3
33.4
38.5
14.9
35.20
24.85
e
(cm)
CU
(mm)
20
20
20
20
40
15
35
40
20
15
15
25
50
20
20
15
15
20
15
15
20
25
20
30
15
35
15
35
30
25
40
45
20
20
15
30
25
30
45
20
15
20
30
20
45
40
28.00
19.14
29.46
20.00
44.88
19.23
44.94
51.52
18.12
17.40
22.19
38.63
64.35
23.92
18.08
26.57
27.12
32.34
13.65
24.02
25.76
37.30
26.88
41.73
28.35
59.29
21.74
28.46
25.62
17.25
51.28
51.39
27.10
38.22
12.15
57.24
18.28
37.11
61.97
27.58
19.29
33.46
49.23
26.80
42.93
4.32
Capítulo III
Teores de água retidos (%) a várias sucções e capacidade de água utilizável das camadas
referentes às amostras recolhidas no Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia (cont.)
Teor de água retido à sucção (%)
Amostra
0.25 kPa
1 kPa
3.2 kPa
6.3 kPa
10 kPa
20 kPa
31.6 kPa 50 kPa
1554 kPa
Pv17E3
Pv14,15
Pv15S
Pv7,6
Pv4,3
pF 0.4
48.51
30.82
39.39
38.78
51.11
pF 1.0
46.05
27.68
37.54
37.35
49.10
pF 1.5
41.90
24.40
35.96
33.82
46.93
pF 1.8
37.90
22.52
35.04
32.45
46.10
pF 2.0
36.58
21.83
34.63
31.82
45.78
pF 2.3
32.68
18.97
33.38
30.05
44.45
pF 2.5 pF 2.7
31.77
18.41
32.75
29.53
43.86
pF 4.2
22.66
13.98
29.75
21.35
33.30
e
(cm)
CU
(mm)
50
40
50
50
40
69.60
31.40
24.40
52.35
49.92
41
Capítulo III
ANEXO III.5
Teores de água retidos às diferentes sucções e parâmetros resultantes do ajustamento do
modelo de van Genuchten aos pontos experimentais referentes ao Aproveitamento
Hidroagrícola do Lucefecit
42
Amostra
θr
θs
α
N
R2
R111A
R112A
R112B
R113A
H641A
H641B
H642A
H101A
H101B
H105A
H105B
H106A
H106B
H1071A
H1071B
H1071C
H1071D
H1091A
H1091B
H1092A
H1092B
H1093A
H1101A
H1101B
H1101C
H111A
H1141A
H1141B
H1142A
H1142B
H1161A
H1161B
H1171A
H1171B
H1172A
H1172B
H1211A
H1211B
H1211C
H1212A
H1212B
H1213A
H1213B
H1214A
H1214B
H1215A
H1215B
H1231A
H1232A
H1232B
H1233A
H124A
H124B
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0492
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0795
0
0.0169
0.0
0.0
0.4595
0.3239
0.3434
0.3864
0.5266
0.4525
0.4020
0.3733
0.3480
0.4760
0.3837
0.4754
0.4674
0.3940
0.3723
0.3500
0.3419
0.337
0.3331
0.4560
0.3786
0.4952
0.5542
0.3633
0.3976
0.3318
0.4137
0.3980
0.43127
0.28086
0.3592
0.3319
0.4323
0.3973
0.3566
0.3974
0.426
0.40834
0.3605
0.3488
0.3333
0.5176
0.3854
0.3461
0.41607
0.37891
0.39054
0.3923
0.3719
0.3571
0.3419
0.41153
0.40915
3.0428
0.0946
0.3509
1.7020
0.8703
0.2084
0.1971
0.0285
0.0033
0.3530
0.0347
0.3082
0.9414
0.0017
0.0013
0.0013
0.0013
0.0048
0.0082
1.7344
0.0601
1.6978
3.8313
0.0025
0.0026
0.0026
0.3691
0.4447
1.5040
0.0643
0.0146
0.0044
0.1207
0.0126
0.1645
0.0095
0.3122
0.9909
0.1528
0.0872
0.0803
1.0260
0.1472
0.1044
0.0015
1.1885
0.6773
0.3964
0.2165
0.9856
0.2452
0.5939
0.4932
1.12
1.17
1.16
1.12
1.12
1.07
1.06
1.18
1.35
1.17
1.24
1.18
1.12
1.44
1.48
1.48
1.35
1.24
1.23
1.11
1.13
1.12
1.10
1.27
1.15
1.36
1.18
1.16
1.18
1.21
1.22
1.29
1.10
1.09
1.06
1.10
1.13
1.11
1.11
1.12
1.10
1.16
1.09
1.12
1.46
1.11
1.12
1.15
1.26
1.01
1.18
1.14
1.14
98.9
97.5
98.2
99.5
99.6
97.6
99.7
91.8
97.4
96.7
91.0
96.8
97.2
98.9
97.9
97.7
98.4
94.7
88.9
94.2
93.1
95.7
90.3
97.8
98.6
93.9
97.8
97.5
99.9
96.4
93.7
95.9
98.3
95.8
97.4
94.7
97.9
99.2
99.6
94.9
97.1
99.1
98.2
97.8
99.3
99.9
99.9
99.8
99.9
98.8
99.9
99.9
99.0
Capítulo III
Teores de água retidos às diferentes sucções e parâmetros resultantes do ajustamento do
modelo de van Genuchten aos pontos experimentais referentes ao Aproveitamento
Hidroagrícola do Lucefecit (cont.)
Amostra
θr
θs
α
N
R2
H125A
H125B
0.0
0.0
0.36748
0.3152
0.5243
0.2526
1.13
1.10
97.1
94.7
43
Capítulo III
ANEXO III.6
Teores de água retidos às diferentes sucções e parâmetros resultantes do ajustamento do
modelo de van Genuchten aos pontos experimentais referentes ao Aproveitamento
Hidroagrícola da Vigia
44
Amostra
θr
θs
α
N
R2
Pv1A
Pv1B
Pv2A
Pv2B
Pv3
Pv4A
Pv4B
Pv5A
Pv5B
Pv6A
Pv6.2A
Pv6.2B
Pv7
Pv8A
Pv8B
Pv9NA
Pv9NB
Pv9S
Pv10A
Pv10B
Pv11A
Pv11B
Pv13A
Pv13B
Pv13.2A
Pv13.2B
Pv13.3A
Pv13.3B
Pv15NA
Pv15NB
Pv17O2
Pv17E2
Pv18NA
Pv18NB
Pv18NC
Pv18SA
Pv18SB
Pv19S
Pv19N
Pv20A
Pv20B
Pv21A
Pv21B
Pv22A
Pv17O1
Pv17E1
Pv17E3
Pv14,15
Pv15S
Pv7,6
Pv4,3
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0234
0.0
0.0
0.0
0.1714
0.1079
0.0
0.
0.1178
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0189
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0330
0.0954
0.0
0.0034
0.0912
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.1916
0.1215
0.0
0.1170
0.1085
0.0
0.0
0.0
0.2721
0.0
0.1815
0.1133
0.2588
0.0
0.0
0.3588
0.3444
0.3696
0.2795
0.3701
0.4744
0.2944
0.4215
0.4682
0.5490
0.5390
0.4797
0.3876
0.5172
0.3762
0.4705
0.4793
0.4613
0.4717
0.4891
0.6467
0.4472
0.6209
0.5624
0.4117
0.3633
0.4605
0.3506
0.3342
0.3442
0.5812
0.3880
0.3687
0.4570
0.4065
0.3836
0.4053
0.5678
0.4480
0.5550
0.5159
0.3960
0.4011
0.3858
0.6527
0.3287
0.4913
0.3183
0.4040
0.4001
0.5059
0.0136
0.0059
0.0666
0.0031
0.8630
0.4934
0.0019
0.0052
0.1080
0.1910
1.1810
0.0474
0.0069
0.3106
0.0154
0.0056
0.0038
0.0028
0.2066
0.0056
5.3330
0.0339
0.4488
0.0158
0.0456
0.0169
0.2434
0.2655
1.0430
2.2670
1.1332
1.0590
0.0136
0.0024
0.0623
0.0268
1.8569
1.6788
0.0756
0.2348
0.3691
0.0191
0.0014
0.3100
0.2380
0.0210
0.0666
0.1540
0.3050
0.2032
0.0456
1.21
1.09
1.13
1.14
1.12
1.18
1.20
1.10
1.05
1.30
1.21
1.09
1.11
1.20
1.07
1.15
1.13
1.13
1.05
1.11
1.10
1.09
1.09
1.06
1.18
1.15
1.21
1.20
1.10
1.06
1.14
1.10
1.11
1.17
1.05
1.18
1.12
1.09
1.08
1.19
1.15
1.13
1.19
1.22
1.42
1.17
1.28
1.27
1.16
1.08
1.06
96.3
94.2
96.7
98.8
99.0
99.4
95.4
98.7
99.5
98.3
99.7
98.4
96.3
98.5
96.5
98.0
96.5
98.1
96.9
96.9
99.8
97.2
99.2
95.8
99.2
98.8
99.6
98.9
99.3
99.7
99.4
96.6
95.2
98.1
97.3
94.7
98.6
96.8
95.5
98.6
98.9
92.4
98.0
99.5
99.5
99.3
99.8
99.6
99.7
99.5
98.0
Capítulo III
ANEXO III.7
Valores determinados experimentalmente e estimados com as funções de pedotransferência
para os solos do Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit
Amostra
R111A
R112A
R112B
R113A
H641A
H641B
H642A
H101A
H101B
H105A
H105B
H106A
H106B
H1071A
H1071B
H1071C
H1071d
H1091A
H1091B
H1092A
H1092B
H1093A
H1101A
H1101b
H1101C
H111A
H1141A
H1141B
H1142A
H1142B
H1161A
H1161B
H1171A
H1171B
H1172A
H1172B
H1211A
H1211B
H1211c
H1212A
H1212B
H1213A
H1213B
H1214A
H1214B
H1215A
H1215B
H1231A
H1232A
H1232B
H1233A
H124A
H124B
pF 0.4 obs pF 0.4 est
35.51
32.54
31.82
31.74
46.84
44.57
39.47
38.53
36.46
43.60
39.49
43.97
40.91
39.99
40.30
38.14
35.98
37.00
38.35
38.44
39.12
41.08
44.03
38.36
41.17
37.51
37.98
36.24
32.98
27.68
39.34
36.11
49.40
41.47
35.44
41.99
40.18
35.80
35.03
35.52
33.77
42.50
38.20
34.25
42.83
32.91
34.91
36.05
35.01
32.25
32.00
36.55
36.90
34.83
30.02
32.99
32.09
46.28
43.56
43.35
37.68
35.81
46.66
42.84
45.75
43.06
40.96
39.84
39.75
37.32
37.43
38.14
44.14
38.48
42.43
40.76
37.99
40.50
39.36
39.75
35.91
34.9
28.43
39.27
34.95
48.56
41.2
36.26
38.47
39.73
39.14
36.16
35.98
32.04
42.82
37.25
34.58
40.75
34.92
36.22
36.01
37.32
36.69
37.05
37.56
38.43
( yˆ − y )2 pF 2.0 obs pF2.0 est ( yˆ − y )2 pF 4.2 obs pF 4.2 est ( yˆ − y )2
0.46
6.33
1.36
0.12
0.31
1.02
15.03
0.73
0.42
9.37
11.19
3.16
4.61
0.95
0.21
2.59
1.80
0.18
0.04
32.51
0.41
1.83
10.70
0.14
0.45
3.43
3.15
0.11
3.69
0.56
0.00
1.34
0.71
0.07
0.67
12.40
0.20
11.15
1.27
0.21
2.99
0.10
0.90
0.11
4.31
4.06
1.73
0.00
5.33
19.71
25.52
1.03
2.34
23.04
22.27
20.03
20.57
33.15
36.82
33.64
29.15
31.09
26.16
26.86
26.71
27.89
35.79
35.44
33.47
32.60
30.28
28.32
26.14
29.68
27.02
30.51
34.04
38.26
30.16
22.89
22.53
16.31
17.19
29.39
29.53
32.89
36.69
30.16
36.85
27.04
24.71
27.13
26.79
26.85
24.99
30.82
26.12
39.50
21.72
21.31
23.20
21.49
23.56
19.91
22.62
22.68
28.33
23.09
25.42
25.92
36.29
35.11
34.37
31.06
28.02
35.49
32.50
35.91
34.98
35.41
34.31
34.54
33.39
29.87
29.26
34.94
31.54
34.20
33.18
31.84
36.92
31.78
28.14
25.78
26.06
22.59
31.78
29.39
40.10
36.16
30.56
33.99
30.68
30.96
29.66
28.91
26.98
32.00
31.03
26.34
34.59
28.28
28.57
28.99
29.92
29.63
29.38
29.12
31.25
28.01
0.67
29.01
28.65
9.87
2.94
0.53
3.64
9.41
87.00
31.83
84.69
50.20
0.15
1.27
1.15
0.62
0.17
0.88
77.38
3.45
51.62
7.13
4.83
1.81
2.63
27.61
10.54
95.12
29.11
5.73
0.02
52.02
0.28
0.16
8.17
13.26
39.01
6.39
4.49
0.02
49.20
0.04
0.05
24.15
43.07
52.77
33.51
71.12
36.88
89.61
42.29
73.40
10.83
7.14
7.01
10.00
20.48
25.28
24.70
11.29
8.35
8.73
6.10
8.64
13.75
8.20
8.30
8.22
11.68
11.31
9.44
11.27
13.35
11.73
12.61
13.20
22.49
8.24
6.13
6.73
6.92
5.27
18.18
20.33
18.81
24.83
21.27
29.38
11.45
13.59
15.46
12.58
14.74
11.33
18.87
13.05
22.15
13.27
12.57
10.40
11.57
14.61
8.97
10.94
10.80
12.46
9.25
9.70
12.26
16.73
17.28
17.59
12.57
9.91
11.66
9.97
12.06
14.19
12.43
12.05
12.59
14.75
10.72
9.95
12.31
12.67
13.55
13.37
14.01
21.15
10.35
8.86
9.04
9.11
10.64
19.80
20.30
28.72
30.62
19.75
28.66
12.66
14.57
16.27
12.82
14.37
12.26
19.39
10.91
23.39
14.39
14.12
13.72
14.20
14.08
13.57
12.41
15.19
2.05
4.46
7.23
5.12
14.05
63.99
50.49
1.65
2.44
8.61
14.95
11.72
0.20
17.87
14.10
19.11
9.44
0.34
0.26
1.08
0.46
3.30
0.58
0.66
1.80
4.46
7.48
5.34
4.79
28.80
2.62
0.00
98.28
33.51
2.30
0.51
1.47
0.97
0.66
0.06
0.14
0.86
0.27
4.58
1.53
1.26
2.40
11.00
6.92
0.28
21.19
2.16
19.24
45
Capítulo III
Valores determinados experimentalmente e estimados com as funções de pedotransferência
para os solos do Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit (cont.)
Amostra
H125A
H125B
46
pF 0.4 obs pF 0.4 est
33.27
30.61
32.86
31.51
( yˆ − y )2 pF 2.0 obs pF2.0 est ( yˆ − y )2 pF 4.2 obs pF 4.2 est ( yˆ − y )2
0.16
0.81
21.69
22.47
25.09
24.83
11.55
5.58
10.35
11.14
10.46
11.22
0.01
0.01
Capítulo III
ANEXO III.8
Valores determinados experimentalmente e estimados com as funções de pedotransferência
para os solos do Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia
Amostra
Pv1A
Pv1B
Pv2A
Pv2B
Pv3
Pv4A
Pv4B
Pv5A
Pv5B
Pv6A
Pv6.2A
Pv6.2B
Pv7
Pv8A
Pv8B
Pv10A
Pv10B
Pv9NA
Pv9NB
Pv9S
Pv11A
Pv11B
Pv13A
Pv13B
Pv13.2A
Pv13.2B
Pv13.3A
Pv13.3B
Pv15NA
Pv15NB
Pv17O2
Pv17E2
Pv18NA
Pv18NB
Pv18NC
Pv18SA
Pv18SB
Pv19S
Pv19N
Pv20A
Pv20B
Pv21A
Pv21B
Pv22A
Pv17O1
Pv17E1
Pv17E3
Pv14,15
Pv15S
Pv7,6
Pv4,3
pF 0.4 obs pF 0.4 est
37.59
36.20
37.46
28.24
32.79
41.87
31.67
43.17
46.66
51.85
51.46
48.77
40.66
48.06
38.65
46.80
49.23
48.87
50.06
47.59
50.13
45.89
59.00
58.08
41.69
37.48
42.67
32.95
30.17
30.75
51.75
34.51
38.74
47.56
40.96
39.96
36.75
54.31
45.09
52.37
48.62
39.64
41.90
35.13
60.95
33.58
48.51
30.82
39.39
38.80
51.10
44.21
36.63
38.95
30.05
31.00
41.08
32.29
39.93
38.12
50.03
51.66
46.70
37.60
48.95
38.16
47.01
48.71
47.21
47.98
43.98
48.24
41.39
54.69
51.01
39.41
34.45
41.73
33.44
31.63
32.52
47.87
33.57
41.67
45.65
38.77
40.13
35.58
49.31
42.14
51.82
47.92
40.39
41.06
37.46
56.00
29.81
39.55
30.39
35.82
32.95
45.07
( yˆ − y )2 pF 2.0 obs pF2.0 est ( yˆ − y )2 pF 4.2 obs pF 4.2 est ( yˆ − y )2
43.88
0.18
2.21
3.29
3.21
0.63
0.38
10.50
72.9
3.30
0.04
4.27
9.38
0.78
0.24
0.05
0.27
2.77
4.32
13.05
3.56
20.29
18.62
50.05
5.20
9.18
0.88
0.24
2.12
3.14
15.03
0.88
8.58
3.66
4.78
0.03
1.37
25.04
8.69
0.31
0.48
0.56
0.70
5.45
24.50
14.21
80.28
0.18
12.74
34.22
36.36
31.93
32.60
28.48
26.35
22.14
23.49
27.78
40.08
41.57
31.35
33.77
40.77
36.19
30.84
35.18
41.10
44.83
45.27
45.40
44.07
34.75
39.05
41.58
52.61
31.08
31.68
25.00
22.34
21.41
24.49
34.94
24.52
33.10
43.56
36.78
30.39
30.81
40.71
37.88
34.29
34.57
33.64
38.79
17.98
37.43
27.74
36.58
21.83
34.63
31.80
45.80
35.91
31.22
30.44
23.96
24.07
30.30
25.16
33.55
33.13
40.82
39.95
36.63
32.65
38.96
32.50
37.88
38.93
36.50
37.98
34.77
39.14
34.71
45.28
43.15
29.28
26.03
31.84
26.84
25.32
27.95
37.50
23.13
31.10
35.41
31.09
27.18
28.71
40.27
35.89
40.89
38.42
30.76
31.47
25.10
25.32
22.87
30.53
23.90
31.76
28.37
38.68
15.87
1.91
3.84
5.71
3.73
46.44
6.87
42.63
71.18
89.76
38.23
17.18
12.51
66.00
7.16
10.36
34.80
76.83
55.07
86.50
19.28
18.81
13.66
89.48
3.25
31.94
46.83
20.25
15.25
11.96
6.57
1..93
3.98
66.39
32.39
10.28
4.40
0.19
3.97
43.60
14.83
8.29
53.57
50.65
62.25
23.72
36.60
4.28
8.24
11.76
50.69
17.93
23.03
13.75
16.35
10.92
10.67
14.94
27.20
32.51
19.75
18.98
25.32
23.32
18.88
26.14
32.00
28.82
27.56
27.32
27.90
21.87
24.13
28.14
38.70
12.18
14.74
10.51
14.21
12.87
17.59
22.12
13.10
19.55
24.45
28.68
11.31
23.50
28.34
24.11
20.50
21.71
16.91
22.38
4.58
27.89
11.66
22.66
13.98
29.75
21.40
33.30
23.37
23.61
18.09
15.55
11.31
14.99
15.74
25.56
26.61
21.79
20.04
20.06
21.65
20.88
21.49
24.76
25.20
21.05
22.93
22.84
21.81
21.06
32.22
32.58
11.70
11.59
13.65
14.00
13.08
20.55
22.21
11.52
16.27
20.97
21.50
10.59
19.75
23.69
22.36
26.40
25.84
16.78
18.74
7.74
30.27
11.83
18.61
13.92
27.85
20.55
26.64
29.59
0.34
18.82
0.64
0.16
18.62
0.64
2.68
34.87
4.15
1.12
27.63
2.80
3.99
21.65
52.35
13.07
42.34
19.31
25.63
0.01
9.43
16.64
37.41
0.23
9.93
9.87
0.04
0.04
8.75
0.01
2.49
10.73
12.11
51.60
0.52
14.03
21.62
3.06
34.85
17.09
0.02
13.24
9.96
5.66
0.03
16.40
0.00
3.61
0.72
44.36
47
Capítulo IV
IV. Estratégias para a condução da rega
IV.1. Introdução
A água é um recurso indispensável à grande maioria das actividades económicas,
nomeadamente da agricultura e da indústria, com uma influência decisiva na qualidade de
vida das populações. Em termos de procura por sectores, e tendo como base o Plano Nacional
da Água (PNA), verifica-se que a agricultura é claramente o maior utilizador de água em
Portugal, com um volume total de cerca de 87% do total. Quanto aos custos efectivos de
utilização da água, verifica-se que o sector agrícola representa 28% do total (524 x 106 €/ano)
(INAG, 2001).
Tendo sido estimado que a procura actual total do sector agrícola é de 6550 x 106 m3/ano e
que o consumo total é de 3800 x 106 m3/ano, o PNA estima a eficiência actual em cerca de
58%; entrando em linha de conta com as perspectivas de evolução em termos de
procedimentos dos utilizadores e de evolução tecnológica dos equipamentos, o PNA propõe
que seja atingida, a 10 anos, uma eficiência média de 66% (INAG, 2001). Independentemente
destes valores e dos conceitos em que se baseiam, a verdade é que a política da água em
Portugal pretende um uso mais eficiente da água em agricultura.
O Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água propôs um conjunto de medidas
aplicáveis aos sectores urbano, agrícola e industrial que permitem uma melhor utilização
deste recurso, contribuindo para minimizar os riscos de escassez, quer em situação hídrica
normal quer durante períodos de seca. A “adequação dos volumes de rega às necessidades
hídricas das culturas – condução da rega” é uma das 23 medidas aplicáveis ao sector agrícola.
Na condução da rega é necessário responder a três questões: quando, quanto e como regar
(Pereira, 2004). A determinação do momento ideal para desencadear uma rega pode ser feita,
de modo preditivo, recorrendo a modelos de balanço hídrico. Estes modelos conjugam a
informação relativa aos consumos das plantas (baseados nos dados meteorológicos e nos
coeficientes culturais (ETc)) com dados de solo e tipo de rega adoptado na parcela.
A determinação de “quando” regar permite não só evitar fornecimentos de água excessivos,
não aproveitáveis pelas culturas, como ainda manter as culturas em conforto hídrico e, desta
forma, maximizar a produção e o rendimento por unidade de água consumida, melhorando o
rendimento dos agricultores. Reconhecendo quando regar, o “quanto” é determinável,
sabendo nomeadamente o défice de humidade do solo e as características do método de rega
Tendo como objectivo promover estratégias capazes de adequar as necessidades hídricas das
culturas com uma condução da rega eficiente, não só na perspectiva ambiental como
económica, desenvolveram-se e melhoraram-se modelos de apoio à decisão. Os diferentes
cenários foram definidos com base em valores de referência para a região.
IV.2. Avaliações de campo da condução da rega
No decorrer do período do projecto, as condições climatéricas foram determinantes para as
diferentes formas de conduzir a rega nos Aproveitamentos Hidroagrícolas alvo de estudo.
Durante a grave escassez de água verificada na campanha de rega de 2005, existiu uma
significativa redução da área regada neste dois Aproveitamentos, sendo mais acentuada no da
49
Capítulo IV
Vigia devido ao abastecimento urbano (do presente ano e do ano seguinte), que é uma fracção
a considerar com prioridade no volume armazenado na albufeira.
A área susceptível de ser regada é definida com base nas disponibilidades hídricas para rega
no inicio de cada campanha, sendo o potencial de redução dos consumos variável. A decisão
da área a regar é tomada em Assembleia de Regantes, sob orientações do Ministério da
Agricultura.
Conjuntamente com a redução da área regada, a rega em horário nocturno foi igualmente
estabelecida durante a mesma campanha, mantendo-se em vigor na campanha seguinte. A
aplicação desta medida permite reduzir as perdas de água por evaporação e arrastamento pelo
vento, aumentando a eficiência de rega e reduzindo a factura de energia eléctrica. No que diz
respeito aos sistemas de microrrega, o horário foi reduzido podendo-se, no entanto, regar no
período diurno.
Assim, ao nível da parcela, a condução da rega teve que sofrer algumas alterações devido,
principalmente, ao horário autorizado para rega. Este motivo levou a que houvesse um maior
cuidado por parte dos agricultores, quer na substituição/manutenção do equipamento a operar,
quer na adopção de medidas de gestão das culturas e do solo que promovam a conservação da
água.
IV.3. Desenvolvimento de modelos de cálculo dos coeficientes culturais
Segundo Allen et al. (1998), a evapotranspiração cultural, em condições padrão, é definida
pela taxa de evapotranspiração [mm d-1] de uma cultura que cresce numa área de solo extensa,
com um teor de humidade óptimo e com uma boa gestão, sendo as condições ambientais as
mais adequadas para que a produção potencial seja atingida. Contudo, raramente se verificam
as condições padrão, pelo que há necessidade de ajustar a evapotranspiração cultural às
condições ambientais específicas da zona alvo de estudo, assim como às condições de gestão
de cada cultura.
IV.3.1 KcISA
O programa KCISA (Rodrigues, 1999 e Rodrigues et al., 2000), desenvolvido no âmbito de
um projecto internacional em 1999, tem o Fortran como linguagem de programação, o que
permite que o programa funcione em ambiente MS-DOS, sem quaisquer requisitos especiais
de hardware.
O programa é uma aplicação da metodologia da FAO (Allen et al., 1998) para o cálculo dos
coeficientes culturais (Kcini, Kcmid e Kcend), da fracção de água do solo esgotável sem provocar
carência hídrica (p) e da profundidade radicular (Zr), para cada fase do ciclo de
desenvolvimento das culturas, considerando a evapotranspiração cultural em condições
padrão.
O coeficiente cultural (Kc) é, basicamente, definido pela relação entre a evapotranspiração
cultural (ETc em mm.dia-1) e a evapotranspiração de referência (ETo em mm.dia-1):
Kc =
ETc
ETo
(IV.1)
O Kc varia essencialmente de acordo com as características da cultura, traduzindo em menor
escala a variação dos factores climáticos. O valor de Kc varia à medida que a cultura cresce e
50
Capítulo IV
se desenvolve, do mesmo modo que varia com a fracção de cobertura da superfície do solo
pela vegetação, e à medida que as culturas envelhecem e atingem a maturação.
Os coeficientes culturais médios são representados por intermédio de uma curva (Figura IV.1)
cujo traçado exige o conhecimento de três valores de coeficiente cultural (Kcini, Kcmid e Kcend),
os quais estão directamente relacionados com quatro períodos (o inicial, o de crescimento
rápido, o intermédio e o final) do ciclo cultural.
O modelo contem, ainda, uma base de dados referente aos valores tabelados para os
coeficientes culturais para a maioria das culturas agrícolas. Estas tabelas foram publicadas
pela FAO (Allen et al., 1998).
K c mid
K c 1.2
1.0
K c end
0.8
0.6
Kc ini
0.4
0.2
0.0
Periodo
Inicial
Periodo
Cresc.
Rápido
Periodo
Intermédio
Periodo
Final
Ciclo cultural [dias]
Fig. IV.1 Curva dos coeficientes culturais médios ao longo do ciclo vegetativo (adaptado de Allen et al., 1998)
IV.3.1.1 Funcionamento do modelo KcISA em DOS
O programa requer dados meteorológicos, culturais, pedológicos e de rega. Os dados
meteorológicos necessários são (Figura IV.2):
• Evapotranspiração de referência (mm por dia, decêndio ou mês);
• precipitação efectiva (mm);
• temperatura máxima (ºC);
• temperatura mínima (ºC);
• velocidade do vento(m s-1 ou km h-1), e
• humidade relativa mínima (%).
ENTER
ENTER
ENTER
ENTER
ENTER
the
the
the
the
the
ET0 file name =========================>
RAINFALL DEPTHS file name ==============>
WIND SPEED file name ===================>
MINIMUM TEMPERATURE file name =========>
MAXIMUM TEMPERATURE file name ==========>
evapotr
rainf
windsp
mintem
maxtem
Fig. IV.2 Menu de introdução dos nomes dos vários ficheiros meteorológicos
Os dados culturais que são necessários introduzir no programa são os seguintes:
• Data da sementeira ou plantação (Figura IV.3) ou, no caso de culturas perenes, a data
correspondente ao início do período inicial;
• duração, em dias, de cada uma das fases que constituem o ciclo cultural, ou a data do
início dessas mesmas fases (Figura IV.4 e IV.5);
51
Capítulo IV
•
•
•
•
•
valores tabelados dos coeficientes culturais: Kcmid e Kcend;
altura média da cultura no período intermédio, h [m];
valor tabelado da fracção de água do solo esgotável sem produzir carência hídrica: p;
valor mínimo e máximo da profundidade radicular: Zrmin e Zrmax [m] (Figura IV.6), e
coeficiente de sensibilidade hídrica: Ky.
CROP DEVELOPMENT STAGES:
Plant date (e.g. 25/03) ===========> 20/05
Fig. IV.3 Menu de introdução da data de sementeira
1st day
1st day
1st day
Harvest
for
for
for
day
Crop Dev. Stage =======> 9/06
Mid Stage =============> 4/07
Late Season Stage =====> 29/07
=======================> 8/ 8
Fig. IV.4 Menu de introdução das datas referentes ao primeiro dia dos períodos de crescimento rápido,
intermédio e final, e o dia da colheita
ENTER the following values:
Length
Length
Length
Length
of
of
of
of
the
the
the
the
Initial Stage; Lini (days) ----------->
Development Stage; Ldev (days) ------->
Mid Stage; Lmid (days) --------------->
Late Stage; Lend (days) -------------->
20
25
25
10
Fig. IV.5 Menu de introdução das durações das fases do ciclo cultural
ENTER the following values:
Initial effective rooting depth, ZrMin (m) ---> 0.1
Maximum effective rooting depth, ZrMax (m) ---> 1.1
Soil moisture depletion fraction for no
stress, P tab. [0-1] --------------------------> 0.55
Fig. IV.6 Menu de introdução dos valores de Zr max e p
Os dados de pedológicos requeridos pelo programa são:
• espessura da camada evaporativa de solo: Ze [mm];
• teor de água inicial na camada evaporativa de solo (Figura IV.7 e IV.8), θini [% em
vol., ie, 100 (cm3cm-3) ];
• percentagens de areia, limo e argila na camada evaporativa, e
• capacidade de campo e coeficiente de emurchecimento [%vol.].
DEFINE INITIAL CONDITION:
Choose an option to ENTER the value for the initial soil water content:
Unit expressed in % of AW =========> 1
Unit expressed in % by volume =====> 2
=======> 2
52
Capítulo IV
Fig. IV.7 Menu referente à definição da unidade de introdução do teor inicial de água no solo
ENTER the soil water content (% vol) of the 125.0 mm layer
at the beginning of the initial period (day 20/ 4) =========> 20
Fig. IV.8 Menu de introdução do teor de água inicial no solo
Caso não haja rega no período inicial da cultura, o utilizador identifica esta situação e não terá
que introduzir mais nenhum dado. Porém, havendo rega nesse período é necessário introduzir
(Figura IV.9 e IV.10):
• fracção da superfície de solo humedecida pela rega, fw;
• número de regas fornecidas à cultura no período inicial;
• altura de água infiltrada em cada rega, I, ou, para todo o período inicial, a quantidade
total ΣI.
Choose an option:
ENTER directly total infiltration depth from irrigation
in the initial period =========================> 1
ENTER the irrigations dates and respective
infiltration depths ===========================> 2
===========> 1
Fig. IV.9 Menu referente à definição do procedimento de introdução das datas e volume de rega
ENTER the total infiltration depth from irrigation (mm) =====> 90
ENTER the number of irrigations applied from 20/ 4 to 20/ 5 => 3
Fig. IV.10 Menu de introdução directa do total de água infiltrada e do correspondente número de aplicações
durante o período inicial
Para cada ano da série de dados meteorológicos, o programa calcula os coeficientes culturais
(Kcini, Kcmid e Kcend), ajusta a fracção de água no solo esgotada sem provocar carência
hídrica, e a profundidade radicular para os diferentes períodos do ciclo cultural: período
inicial, período de desenvolvimento vegetativo rápido, período intermédio, período final e dia
da colheita.
Quando a aplicação se refere a uma série de anos hidrológicos, o programa calcula a média
aritmética, de toda a série, dos resultados obtidos para as diferentes fases culturais. Desta
forma obtém-se um valor médio, para cada fase de desenvolvimento da cultura, dos
parâmetros determinados pelo modelo.
IV.3.1.2 Integração do modelo KcISA no modelo WinISAREG
O modelo WinISAREG (Pereira et al., 2003), que integra o modelo ISAREG (Teixeira e
Pereira, 1992), EVAPOT e KcISA (Rodrigues, 1999), foi desenvolvido para ambiente
Windows e é um modelo que visa a simulação e programação da rega para uma determinada
combinação de solo-clima-cultura ou a avaliação da calendarização de rega (Figura IV.11).
53
Capítulo IV
O modelo KcISA, incorporado neste novo pacote de software do WinISAREG é chamado,
por opção do utilizador, aquando da definição dos dados culturais necessários para
caracterizar a cultura a analisar. Os dados culturais incluem as datas das fases do ciclo
cultural, os coeficientes culturais para cada fase, a fracção de água do solo esgotável sem
provocar carência hídrica, a altura da cultura, a profundidade radicular da sementeira até ao
desenvolvimento máximo e o factor de sensibilidade hídrica (Figura IV.12).
Dados de
Culturas e Solos
Programa
KCISA
u2
Modelo
ISAREG
Solo
Solo
Restrições
G
Dados característicos da rega
Pe
Esq.
Rega
Cultura
ETo
Dados agronómicos
Programa
EVAPOT
RHmin ou
Tmax e Tmin
Dados meteorológicos
Tmax
Tmin
RH
Rs ou n
u2
BALANÇO HÍDRICO DO SOLO
Optimização
de um
calendário de
rega
Necessidades
hídricas
(decendiais,
mensais, período
de rega)
Avaliação
de um
calendário
de rega
Fig. IV.11.Esquema relacional entre os programas EVAPOT e KCISA e o modelo ISAREG
Fig. IV.12 Janela com dados de entrada relativos à cultura
54
Capítulo IV
Para o preenchimento dos dados culturais existem duas opções: ou estes dados são
introduzidos directamente pelo utilizador ou seleccionam-se os dados a partir de
ficheiros/base de dados.
É nesta segunda opção que o modelo KcISA é “chamado” pois contem uma base de dados
(Figura IV.13) referente aos coeficientes culturais (Kc), fracção de água esgotável sem
provocar carência hídrica (p) e profundidades radiculares (z) ajustadas às condições
ambientais locais, usando a metodologia proposta pela FAO (Allen et al., 1998).
Fig. IV.13 Janela com dados relativos à base de dados existente no modelo KcISA
Definidos alguns parâmetros culturais e edáficos, o modelo KcISA calcula os valores de Kc e
p para as diferentes fases de desenvolvimento da cultura. Este cálculo, tal como acontecia no
“modelo inicial” (em DOS), é feito para cada ano da série meteorológica utilizada, calculando
igualmente a média, para toda a série cronológica, dos diferentes parâmetros culturais. (Figura
IV.14 e IV.15).
Esta integração facilita, no momento da entrada dos dados referentes à cultura, a
determinação dos coeficientes culturais (Kc) para um determinado conjunto cultura-soloclima.
55
Capítulo IV
Fig. IV.14 Janela com o cálculo dos parâmetros culturais para cada ano da série cronológica, utilizando o modelo
KcISA
Fig. IV.15 Janela com o cálculo médio dos parâmetros culturais para toda série cronológica, utilizando o modelo
KcISA
IV.3.2 SIMDualKc
O modelo SIMDualKc (Rolim et al., 2006, 2007) é uma ferramenta informática que permite
efectuar a simulação do balanço hídrico de acordo com a metodologia dos coeficientes
culturais diários. Esta abordagem é recomendada quando são necessárias melhores
estimativas para o Kc, como no caso de culturas que cobrem parcialmente o solo, situações de
elevada frequência de rega (culturas regadas por microrrega) ou em regiões com precipitação
muito frequente (Allen et al., 1998, 2005a). Foi desenvolvido com o objectivo de
disponibilizar aos técnicos de campo e aos agricultores uma ferramenta prática, de fácil
utilização que lhes permitissem tomar decisões acerca da condução da rega na parcela,
efectuando a ponte entre os conhecimentos científicos e a prática de campo.
56
Capítulo IV
O modelo SIMDualKc foi desenvolvido em Visual Basic e a base de dados em Access 2000,
apresentando uma interface gráfica “user-friendly”.
A metodologia adoptada para calcular a ETc é a proposta por Allen et al., (1998) para o
cálculo dos Kc duais, sendo definida pela equação:
ETc = (K cb + K e )ETo
(IV.2)
onde ETc é a evapotranspiração cultural [mm.dia-1], Kcb o coeficiente cultural basal [ ], Ke o
coeficiente de evaporação da água do solo [ ] e ETo a evapotranspiração de referência
[mm.dia-1].
A Figura IV. 16 representa a estrutura do cálculo da evapotranspiração cultural efectuado por
este modelo. Os dados sobre o clima incluem a estimativa da ETo e os dados sobre a cultura
incluem a identificação da duração das quatro fases de desenvolvimento, ajustadas a um
determinado local, correspondendo a um valor de Kcb tabelado (Allen et al., 1998). Este valor
é ajustado para as condições climáticas do local em estudo, seguindo-se o cálculo do Kcb da
cultura, para cada dia do período de crescimento e de acordo com o estádio de
desenvolvimento da mesma.
Inicio
Dados de entrada
Solo; Clima; Cultura; Rega.
Calculo diário do Kcb ajustado
Calculo do Kc max
Calculo diário:
F c ; F w ; F ew
Calculo diário:
K r; K e
Calculo diário:
E; K c ; ET c ; K s
Calculo diário do:
K c adj; Extracção final corrigida (mm )
Fim
Fig. IV.16. Algoritmo de cálculo da ETc
Os valores do coeficiente de evaporação da água do solo (Ke), são determinados diariamente,
sendo posteriormente calculado o valor da evapotranspiração cultural diária.
IV.3.2.1 Estrutura do modelo
O modelo foi desenvolvido com base numa arquitectura de 3 camadas (Figura IV.17.):
Interface Gráfica, Modelação Matemática e uma Base de Dados que armazena a informação
relativa a solos, clima, culturas, sistemas de rega e simulações efectuadas (combinação
específica de factores que representam a simulação).
57
Capítulo IV
M o d e la ç ã o M a te m á tic a
M o d e lo s :
B a se d e D a d o s:
-S o lo
-C lim a
-C u ltu ra
-S im u la ç õ e s
-
C á lc u lo d o s K c b
A ju sta m e n to d o s K c b
C á lc u lo d o s K e
C á lc u lo d o s E T c
I n te r fa c e g r á fic a
E s tr u tu r a d e d iá lo g o
R e s u lta d o s
Fig. IV.17. Estrutura conceptual do software SIMDualKc
Este modelo foi concebido de forma a poder ser integrado com outros modelos,
nomeadamente o WinISAREG e o GISAREG (Fortes et al., 2005), ou a operar isoladamente,
usando-se uma interface gráfica. Para tal foram desenvolvidas duas interfaces abstractas: uma
que faz a ligação do módulo computacional com a interface gráfica ou com os modelos
seleccionados, e outra que efectua a ligação entre a base de dados e o programa (modelos
matemáticos). Esta última ligação é efectuada através de queries que permitem adaptar
diferentes bases de dados às estruturas de dados do modelo SIMDualKc (Figura IV.18).
In icio
IN T E R F A C E
G R A F IC A
S im
S ozin h o ?
N ão
W IN IS A R E G
O utp uts
In p u ts
Interfac e
ab stracta
Interfac e
ab stracta
S IM D ualK c
S im
S ozin h o ?
N ão
G IS ?
S im
N ão
S IM D u alkc
B ase d e D ad os
W IN IS A R E G
B ase d e D ad os
H id rogest
B ase d e D ad os
Fig. IV.18. Fluxograma do SIMDualKc
A estrutura deste modelo separa claramente os algoritmos da base de dados, permitindo uma
ligação com bases de dados diferentes, de que é exemplo a aplicação Hidrogest (Mateus et al.,
2005).
IV.3.2.2 Utilização do modelo
Os dados de entrada que “alimentam” o modelo e servem de suporte ao desenvolvimento do
programa podem ser inseridos directamente ou recorrendo a bases de dados Access já
construídas. Estes dados referem-se a características de solos, climas e culturas. No que se
refere aos parâmetros edáficos (Figura IV.19), a informação requerida prende-se com a água
58
Capítulo IV
facilmente evaporável (REW em mm), a água evaporável total (TEW em mm) e a água
disponível total (TAW em mm/m-1).
Fig. IV.19. Interface da base de dados dos solos do modelo SIMDualKc
No modelo SIMDualKc a base de dados do clima (Figura IV.20) contem informação diária
das variáveis climáticas referentes a uma dada estação. Da mesma constam: identificação da
estação, data, temperatura máxima diária; Tmax (ºC), temperatura mínima diária; Tmin (ºC),
velocidade do vento diária; u2 (m/s), evapotranspiração de referencia diária; ЕТo (mm) e a
precipitação diária; Pe (mm).
Fig. IV.20. Interface da base de dados do clima do modelo SIMDualKc
A base de dados das culturas (Figura IV.21), contém a informação de vários parâmetros de
caracterização das mesmas: o nome da cultura, a duração em dias dos vários estádios de
desenvolvimento da cultura (L_ini, L_dev, L_mid, L_late), o valor dos coeficientes culturais
(Kcb_ini, Kcb_mid, Kcb_end), a altura máxima da cultura (m), a profundidade máxima e
mínima das raízes da cultura, Zr (m), e a fracção de água extraível em conforto hídrico (р).
59
Capítulo IV
Fig. IV.21. Interface da base de dados da cultura do modelo SIMDualKc
Após a inserção de toda informação na base de dados, o utilizador efectua uma simulação
combinando o solo, clima (estação climática e anos), cultura e sistema de rega, criando uma
representação da parcela (Figura IV.22).
Fig. IV.22. Interface da criação da base de dados da simulação (representação da parcela)
Os resultados da simulação apresentam-se sob a forma de uma tabela e gráficos que mostram
o balanço de água no solo durante a época de rega (Figura IV.23). Os resultados podem ser
60
Capítulo IV
exportados para ficheiro de texto ou para uma folha de cálculo, de forma a serem analisados e
a se processar a informação produzida pelo modelo.
Fig. IV.23. Interface dos resultados mostrando o Kc e as curves do consumo de água do solo
IV.3.2.3 Validação do modelo
O modelo SIMDualKc foi validado usando dados meteorológicos e de campo referentes ao
Vale de Fergana, Uzbequistão, Asia Central (Сholpankulov et al., 2005). Esta validação,
aplicada ao algodão, foi feita com dados de campo entre 2001 e 2003. Compararam-se valores
de teor de água no solo simulados e observados através de uma regressão linear forçada à
origem, obtendo-se um bom ajustamento entre os estimados e os observados o que permitiu o
uso deste modelo para gerar e avaliar calendários de rega alternativos de modo a melhorar o
uso da água na agricultura.
Estes resultados evidenciam que o modelo SIMDualKc simula adequadamente o teor de água
no solo durante a etapa de crescimento da cultura, especialmente no seu início. Considerando
os resultados de Allen et al. (2005b) e um estudo anterior de Liu e Pereira (2000), espera-se
que aconteça o mesmo para a cultura do trigo e do milho. Isto indica que o cálculo da
evapotranspiração cultural seguindo o método dos coeficientes culturais duais é muito exacto.
Capaz de apoiar os agricultores na suas decisões bem como predizer as necessidades de rega e
evapotranspiração para estudos ambientais e planeamento, esta ferramenta informática possui
ainda a capacidade de simular a componente de evaporação do solo, constituindo um
importante suporte para a gestão da rega e do solo.
O modelo está presentemente validado com dados de várias experimentações de campo
realizadas em diversos países Mediterrânicos e em Portugal (Rolim et al., 2007).
61
Capítulo IV
IV.4. Necessidades hídricas vs Necessidades totais de rega
O conceito de necessidades hídricas das culturas varia em função da disciplina que o analisa.
Contudo, atingir um consenso é de extrema importância pois o conhecimento das
necessidades hídricas das culturas é não só a base dos estudos de condução e programação da
rega, como igualmente da gestão e planeamento dos recursos hídricos em geral (Pereira e
Allen, 1999).
Segundo Doorenbos e Pruit (1977), as necessidades hídricas das culturas definem-se como
a quantidade de água, expressa em altura [mm] que é necessária para fazer face à água perdida
através da evapotranspiração de uma cultura. No entanto, há que ter em atenção determinadas
permissas: a cultura deve estar isenta de doenças, crescer numa parcela extensa, sem
restrições relativas à água e ao solo, incluindo a fertilidade, e deverá atingir a produção
potencial para o ambiente em que se encontra. Contudo, deverão ter-se em conta outras
definições (Pereira e Allen, 1999) relacionadas com esta temática, tais como:
• Uso consumptivo de água pelas culturas que é definido como a quantidade de água,
expressa em altura [mm] e que é efectivamente utilizada pelas culturas como resposta à
evapotranspiração e às práticas agrícolas realizadas, de forma a atingir a produção real
num ambiente específico. Em condições óptimas, o uso consumptivo de água pelas
culturas iguala as necessidades em água das culturas;
• Necessidade de rega das culturas que se define como a quantidade de água, expressa
em altura [mm] que deve ser fornecida à cultura de forma a satisfazer completamente as
suas necessidades hídricas. A água aplicada serve de complemento da fracção da água
que lhe é proporcionada pela precipitação, pela água do solo e pela ascensão capilar, e
• Necessidade de água para rega deficitária que corresponde à quantidade de água,
expressa em altura [mm], aplicada às culturas em condições sub-óptimas, ou seja,
adoptando um determinado limiar de carência hídrica, como sucede na rega deficitária.
Segundo Pereira e Allen (1999), as necessidades totais de rega das culturas referem-se à
altura total de água [mm] a ser aplicada às culturas para satisfazer completamente as suas
necessidades hídricas, de forma a compensar todas as perdas de água e a falta de eficiência do
sistema de rega. Deverá também ser considerada a água necessária para assegurar a remoção
de sais acumulados no perfil.
A determinação das necessidades hídricas das culturas baseia-se no cálculo do balanço hídrico
do solo, tendo em conta o procedimento da FAO (Doorenbos e Pruit, 1977 e Doorenbos e
Kassam, 1979).
O modelo utilizado neste estudo, WinISAREG, é um modelo matemático que permite o
cálculo do balanço hídrico do solo. Para tal, considera-se um solo como um sistema
constituído por diversos compartimentos, a que correspondem os diversos horizontes do
mesmo. Este sistema é limitado superiormente pela superfície do solo e inferiormente pela
superfície à profundidade radicular (Zr), que aumenta à medida que as culturas se
desenvolvem. Neste sistema é possível distinguir 3 zonas: a de percolação, a de rendimento
óptimo e a de carência hídrica. A zona de rendimento óptimo é aquela que maior interesse
apresenta para o cálculo do balanço hídrico. O seu limite superior refere-se à capacidade de
campo e o limite inferior ao coeficiente de emurchecimento.
A diferença entre ambos corresponde à reserva de água facilmente utilizável pelas plantas, ou
por outras palavras, à Capacidade Utilizável. Quando a reserva de água se encontra na zona
de rendimento óptimo, a evapotranspiração é igual à evapotranspiração cultural.
62
Capítulo IV
IV.4.1 Cálculo das necessidades de água das culturas e necessidades totais de rega
IV.4.1.1 Clima
A área de estudo para a determinação das necessidades hídricas totais das culturas refere-se
aos Aproveitamentos Hidroagrícolas do Lucefecit e da Vigia. Estes situam-se na área de
influência da estação meteorológica de Évora, cujas características são apresentadas na Tabela
IV.1.
Com base nos registos contidos nos anuários do Instituto de Meteorologia, analisaram-se
séries de dados referentes ao período de 1942 a 2000 para as seguintes variáveis: temperatura
máxima mensal, temperatura mínima mensal, humidade relativa média mensal (medida às 9
horas), insolação mensal, velocidade média mensal do vento e precipitação mensal. Na Tabela
IV.2 encontram-se as médias e desvios padrões mensais das séries de dados referidas.
Tabela IV.1. Características da estação meteorológica de Évora
Latitude
Longitude
Altitude
Altura do anemómetro
38,77º N
7,71º W
472 m
4m
A evapotranspiração de referência, segundo o método FAO Penman- Monteith (Allen et al.,
1998), foi calculada recorrendo ao modelo EVAP56, posteriormente integrado no modelo
WinISAREG. Na Figura IV.24 estão representados os valores médios mensais da
evapotranspiração de referência e da precipitação da série de dados utilizada.
Tabela IV.2. Média ( X ) e desvio padrão (s) das series de dados meteorológicos da estação meteorológica de
Évora (1942-2000)
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Tmin
X
5.8
6.4
7.8
9.1
11.2
14.0
16.0
16.2
15.4
12.7
9.2
6.7
[ºC]
s
1.4
1.4
1.1
1.2
1.1
1.0
1.0
1.1
1.4
1.3
1.5
1.5
Tmax
X
12.6
13.9
16.5
18.6
21.9
26.7
30.5
30.3
27.2
21.8
16.6
13.3
[ºC]
s
1.2
1.7
2.2
2.1
2.3
2.2
1.7
1.6
2.0
2.1
1.6
1.1
RH
X
84.4
81.5
77.1
72.5
69.2
65.2
59.8
60.9
65.9
74.1
80.6
84.8
[%]
s
6.0.
8.2
7.7
6.4
6.8
8.3
6.9
6.2
6.7
8.0
7.3
5.5
X
1
[km h ] s
15.3
15.8
15.9
16.2
16.1
16.0
16.6
16.8
15.2
14.5
14.9
15.5
3.0
2.6
2.5
2.5
2.3
2.4
2.4
3.0
2.3
2.0
1.9
2.5
n
X
153.3 162.6 205.8 232.9 277.8 315.0 369.4 346.3 258.1 210.5 161.9 145.9
[h]
s
46.9
44.3
47
42
50
45
33
30
31
37
39
44
P
X
84.2
74.9
71.9
57.3
49.0
23.5
6.1
5.0
28.4
68.0
82.0
94.3
[mm]
s
70.3
63.9
54.7
37.9
44.2
27.1
14.7
11.1
26.2
58.3
64.6
77.0
uz
63
Capítulo IV
ETo e Prec. (mm)
250.0
200.0
150.0
100.0
50.0
0.0
Jan
Fev Mar Abr Mai Jun
Prec
Jul Ago
Set
Out Nov Dez
ETo
Fig. IV.24. Precipitação média e evapotranspiração de referência média mensal (1942-2000)
IV.4.1.2 Solos
Os solos escolhidos para a realização das simulações foram um Aluviossolo de textura
mediana (A) e um Solo Mediterrâneo Vermelho ou Amarelo de “rañas” ou depósitos afins
(Sr+Sr(p)). A caracterização destes solos encontra-se na Tabela IV.3, onde os valores das
duas primeiras camadas correspondem a uma média das amostras recolhidas nos dois
Aproveitamentos Hidroagrícolas. Os valores da terceira camada são provenientes do estudo
de Carvalho Cardoso (1965).
Tabela IV.3. Caracterização dos solos adoptados
Camada
Profundidade (m)
Areia (%)
Limo (%)
Argila (%)
CC
(mm/mm)
CE
(mm/mm)
Inicial
Final
1
0.00
0.45
55.0
35.0
10.0
35.0
12.0
2
0.45
0.95
80.0
12.0
8.0
33.0
12.0
3
0.95
1.30
42.0
36.0
22.0
31.0
10.0
1
0.00
0.25
67.0
16.0
17.0
23.0
10.0
2
0.25
0.75
56.0
14.0
30.0
24.0
15.0
3
0.75
1.20
48
10.0
42.0
21.0
17.0
Solo A
Solo Sr+Sr(p)
IV.4.1.3 Culturas
As principais culturas nestes dois Aproveitamentos Hidroagrícolas são cereais de grão,
culturas forrageiras, olival, vinha e culturas hortícolas, regadas por sistemas sob pressão. O
principal sistema de rega utilizado pelos agricultores continua a ser a rampa pivotante. Não
obstante, a microrrega tem vindo a ter uma representação cada vez maior ao longo dos anos,
sobretudo nas culturas da vinha e olival que sofreram um forte incremento na área ocupada.
Para as simulações e calendarização da rega, a escolha incidiu nas culturas que ocupam as
maiores áreas de cultivo nestes Aproveitamentos: trigo, milho, girassol e olival. Para esta
última cultura apenas se realizaram simulações com o solo A. De referir que se pretende, no
64
Capítulo IV
âmbito de um outro projecto, incluir a vinha nas simulações das estratégias de rega/rega
deficitária. Na Tabela IV.4 apresenta-se o ciclo cultural médio correspondente às principais
variedades utilizadas nas zonas alvo de estudo.
Tabela IV.4. Duração das diferentes fases do ciclo cultural
Estágios de desenvolvimento
Cultura
Inicial
Médio
Final
Trigo
15/11 – 16/12
15/04 – 31/05
01/06 – 20/06
Milho
20/04 – 12/05
20/06 – 05/09
06/09 – 30/09
Girassol
10/04 – 10/05
14/06 – 15/07
16/07 – 18/08
01/01
01/08
01/10
Olival
IV.4.1.3.1 Parâmetros culturais fornecidos pelo modelo KcISA
O modelo KcISA foi utilizado, na sua versão em DOS, para a opção “cultura de solo nú” com
vista ao estabelecimento dos parâmetros culturais de uma cultura fictícia que precede as
culturas anuais. Este procedimento teve como objectivo a determinação, com o modelo
WinISAREG, do teor de água no inicio do ciclo cultural, para cada uma das culturas em
estudo.
Simulou-se o balanço hídrico (sem a existência de rega) para a cultura fictícia, onde o teor de
água do solo no final desta corresponde ao teor de água inicial da cultura a estudar. Para tal
pressupõe-se que a cultura precedente se inicia numa altura em que o solo está
frequentemente próximo da capacidade de campo (Janeiro) quando a cultura é de PrimaveraVerão, ou próxima do coeficiente de emurchecimento (Agosto), quando a cultura é de
Inverno. Assim, utilizou-se 100% do total de água disponível para as plantas para o primeiro
caso e de 10% no segundo.
Considera-se que a cultura fictícia termina no dia anterior à sementeira da cultura em estudo,
apresentando um valor constante de coeficiente cultural, correspondente ao Kc inicial e uma
profundidade radicular constante e igual à profundidade máxima da cultura. A Tabela IV.5
apresenta os resultados do modelo KcISA para as culturas fictícias.
Tabela IV.5. Parâmetros culturais médios determinados com o modelo KcISA para as culturas fictícias
Cultura
Data inicial
Data final
Kc
p
Zr (m)
Trigo
1 de Agosto
14 de Novembro
0.06
0.9
0.70
Milho
1 de Janeiro
19 de Abril
0.09
0.55
1.2
Girassol
1 de Janeiro
9 de Abril
0.10
0.9
1.0
O teor de água do solo no inicio da cultura a estudar foi obtido através da média aritmética
dos valores determinados com o referido balanço hídrico, para cada ano da série cronológica
(59 anos). Com este teor de água inicial, recorreu-se novamente ao modelo KcISA para o
cálculo dos parâmetros das culturas em estudo.
De referir que para a oliveira, este procedimento não se efectuou, tendo-se utilizado valores
médios para os diferentes estágios de desenvolvimento de acordo com os valores do
coeficiente cultural determinados em estudos recentes (Orgaz et al., 2006).
65
Capítulo IV
As quebras de produção devidas ao stress hídrico são estimadas através dos coeficientes de
sensibilidade hídrica (Ky) propostos por Stewart et al. (1976) e por Doorenbos e Kassam
(1979), ajustados ou confirmados para as condições locais (Alves e Pereira, 1998).
Na Tabela IV.6 apresentam-se os valores determinados com o modelo KcISA, os valores dos
coeficientes de sensibilidade hídrica e as profundidades radiculares para as diferentes culturas
nos seus diferentes estágios de desenvolvimento.
Tabela IV.6. Parâmetros culturais médios determinados com o modelo KcISA para as culturas em estudo, Ky e
profundidade radicular (m)
Final
Médio
Inicial
Estágios de
desenvolvimento
Trigo
Milho
Girassol
Oliveira
Kc
0.36
0.25
0.21
0.65
p
0.60
0.60
0.60
0.70
Zr
0.70
1.20
1.00
1.20
Ky
1.05
1.25
0.95
1.00
Kc
1.13
1.21
1.06
0.55
p
0.57
0.45
0.44
0.70
Zr
0.70
1.20
1.00
1.20
Ky
1.05
1.25
0.95
1.00
Kc
0.35
0.35
0.35
0.65
p
0.67
0.69
0.61
0.70
Zr
0.70
1.20
1.00
1.20
Ky
1.05
1.25
0.95
1.00
IV.4.1.4 Determinação das necessidades líquidas de rega
As necessidades de rega das culturas para o trigo, girassol, milho e olival foram calculadas
com o modelo WinISAREG, através do cálculo de um balanço hídrico de água no solo,
sequencial, para a série de dados 1942-2000. Para o efeito, utilizaram-se os parâmetros
médios das culturas acima mencionados.
As simulações efectuadas com o referido modelo tiveram em conta a existência de três níveis
de procura climática (média, forte e muito forte), os quais se relacionam directamente com as
reservas de água e com as necessidades de rega das culturas. Com vista à identificação dos
referidos níveis de procura climática aplicou-se a todas as combinações estação meteorológica
– cultura – solo, a opção “net irrigation requeriments”.
Deste modo, o modelo realiza o balanço hídrico para todos os anos da série meteorológica
(precipitação e evapotranspiração de referência), efectuando uma análise de frequência e
determinando uma nova série referente às necessidades de rega.
Esta análise, geralmente, é ajustável por uma função normal o que permite estimar as
necessidades de rega para o ano médio (corresponde a uma probabilidade de não ser excedida
de 50%), para o ano seco (corresponde a uma probabilidade de não ser excedida de 80%) e
para o ano muito seco (corresponde a uma probabilidade de não ser excedida de 95%).
São as condições climáticas destes anos que permitem identificar os três níveis de procura
climática referidos: os anos médio, seco e muito seco correspondem, respectivamente, às
condições de procura climática média, forte e muito forte.
66
Capítulo IV
Na Tabela IV.7 apresentam-se resultados obtidos após estas simulações para todas as
combinações procura climática – cultura - solo.
Tabela IV.7. Anos de procura climática e respectivas necessidades liquidas de rega
Trigo
Solo A
Precipitação não
usada (mm)
134.0
0.0
14.5
Evapotranspiração
total (mm)
477.4
547.5
623.9
NIR (mm)
1967/1968
1998/1999
1948/1949
Precipitação
total (mm)
439.9
284.4
304.2
1966/1967
1972/1973
1948/1949
389.9
365.6
304.2
130.5
199.3
64.3
511.5
498.0
623.9
204
283
365
Ano
Médio
Forte
Muito forte
Solo Sr+Sr(p)
Médio
Forte
Muito forte
160
232
310
Girassol
Solo A
Precipitação não
usada (mm)
0.0
116.2
0.0
Evapotranspiração
total (mm)
483.6
538.5
532.3
NIR (mm)
1995
2000
1947
Precipitação
total (mm)
100.8
207.4
48.2
1950
1981
1943
158.8
83.2
127.7
73.0
39.6
52.4
500.7
509.2
574.5
362
413
446
Ano
Médio
Forte
Muito forte
Solo Sr+Sr(p)
Médio
Forte
Muito forte
294
347
395
Milho
Solo A
Precipitação não
usada (mm)
49.9
0.0
0.0
Evapotranspiração
total (mm)
845.6
828.6
924.1
NIR (mm)
1996
1945
1949
Precipitação
total (mm)
192.2
40.4
185.7
1985
1966
2000
100.9
100.9
152.4
32.1
55.6
86.4
789.8
841.5
933.4
656
731
802
Evapotranspiração
total (mm)
745.1
664.7
813.4
NIR (mm)
Ano
Médio
Forte
Muito forte
Solo Sr+Sr(p)
Médio
Forte
Muito forte
580
658
715
Oliveira
Solo A
Ano
Médio
Forte
Muito forte
1999
1985
1953
Precipitação
total (mm)
572.1
712.5
415.2
Precipitação não
usada (mm)
79.0
311.1
25.1
222
281
342
No Anexo IV.1 apresentam-se as séries de necessidades de rega obtidas para as diferentes
culturas, a partir das quais se identificaram os anos a que correspondem os diferentes níveis
de procura climática.
67
Capítulo IV
Seguidamente, para cada nível de procura climática – cultura - solo registou-se o já
determinado teor de água do solo, aquando do balanço hídrico (sem rega) para as culturas
fictícias. Estes valores encontram-se na Tabela IV.8.
Tabela IV.8. Teores iniciais de água do solo (mm) para as diferentes culturas e para os diferentes níveis de
procura climática
Solo A
Médio
Forte
Muito forte
Trigo
50.8
6.7
6.0
Girassol
130.8
187.0
193.0
Milho
234.6
125.0
113.9
Solo Sr+Sr(p)
Olival
261
261
261
Trigo
73.0
73.0
20.5
Girassol
87.5
87.5
87.5
Milho
95.5
95.5
95.5
Segundo Waldren (1983), o milho tem elevadas necessidades de água mas é uma das culturas
mais eficientes a produzir matéria seca com a água que utiliza. Abaixo do nível óptimo de
rega, o milho utilizará a água disponível, e a eficiência de uso da água estará correlacionada
com a produção obtida. No entanto, se o stress hídrico ocorrer na fase de floração, as
produções serão reduzidas significativamente e podem não estar correlacionadas com a
eficiência de uso da água.
Tal facto é bem visível nos valores obtidos para as necessidades liquidas de rega do milho
(Tabela IV.7). Pelo contrário, as necessidades liquidas de rega da cultura do trigo de Inverno
são baixas, pelo que este é conhecido como cultura resistente à escassez de água.
Em relação à cultura do girassol, as necessidades liquidas de rega apresentam valores
intermédios aos das culturas anteriormente referidas.
No caso do olival, as necessidades liquidas calculadas são também baixas, próximas às do
trigo, sendo uma cultura fortemente adaptada às condições de escassez de água e tendo cada
vez mais representatividade localmente.
Nos dois Aproveitamentos Hidroagrícolas em estudo foram testadas e avaliadas diferentes
estratégias de rega, quer em condições de carência hídrica, quer em conforto hídrico para
todas as culturas escolhidas, tendo em conta os três níveis de procura climática referidos.
As estratégias de rega estabelecidas partiram do pressuposto de que em ambos os
Aproveitamentos a rega é efectuada a pedido e que aquelas culturas são regadas por rampas
pivotantes com dotações de 15 mm, com excepção da oliveira em que apenas se restringiu o
volume de água aplicado. As dotações de 15 mm correspondem a uma rotação completa a
cada 3 dias, ainda que alguns agricultores adoptem uma velocidade de rotação superior.
IV.5. Calendarização da rega recorrendo ao modelo WINISAREG
Quando a disponibilidade de água não é limitante, a frequência de rega não é restringida e
varia ao longo da estação de crescimento da cultura, de acordo com as necessidades da
mesma, uma vez que os sistemas de fornecimento de água funcionam a pedido. Perante
disponibilidades de água limitada, a oferta faz-se com restrições nos volumes de água
disponíveis e vários esquemas de rega são adoptados na prática.
O modelo WinISAREG permite simular diferentes estratégias de rega, entendendo-se por
estratégia de rega o conjunto de informações referentes ao objectivo da rega, à sua
oportunidade de aplicação e ao volume de água fornecido. As estratégias de rega podem estar
sujeitas a restrições (intervalos mínimos entre regas, volumes limitados de água) e
68
Capítulo IV
contabilizarem a água proveniente de uma toalha freática através da ascensão capilar. Neste
estudo, não foi contabilizado nenhum volume de água proveniente quer da tolha freática, quer
da ascensão capilar.
O défice aceitável em gestão (MAD) foi um dos critérios utilizados na calendarização da rega,
afim de definir as diferentes estratégias alternativas. Quando a rega satisfaz totalmente as
necessidades das culturas, a fracção MAD é igual à fracção de água do solo esgotável sem
produzir carência hídrica (p), factor que depende da cultura e do clima (Allen et al., 1998).
Para estratégias de rega que consideram a existência de restrição no fornecimento de água, o
MAD é uma percentagem de p. As restrições foram seleccionadas combinando diferentes
fracções de MAD com diferentes níveis de água total disponível para rega durante a estação
de crescimento da cultura.
A fim de averiguar a perda máxima de produção das culturas em causa, efectuaram-se
simulações, com o modelo WinISAREG, em que não houve qualquer aplicação de água, i.e.
sem rega. No entanto, há que salientar que este procedimento não é exequível para o caso da
cultura do milho, a qual é tradicionalmente regada.
Na Tabela IV.9 apresentam-se os resultados das quebras de produção máximas obtidas
através das simulações efectuadas com a opção “sem rega”.
Tabela IV.9. Quebras de produção e evapotranspiração relativa para as culturas do trigo, milho, girassol e olival
Trigo
Solo A
Médio
Forte
Muito forte
Solo Sr+Sr (p)
Quebra de produção (%) ETa/ETm (%)
25.6
75.7
50.0
52.4
53.5
49.1
Quebra de produção (%)
39.5
55.3
58.8
ETa/ETm (%)
62.4
47.3
44.0
Milho
Solo A
Médio
Forte
Muito forte
Solo Sr+Sr (p)
Quebra de produção (%) ETa/ETm (%)
74.6
40.4
99.0
19.9
96.6
22.7
Quebra de produção (%)
99.1
99.0
99.0
ETa/ETm (%)
20.7
16.5
17.0
Girassol
Solo A
Médio
Forte
Muito forte
Solo Sr+Sr (p)
Quebra de produção (%) ETa/ETm (%)
52.0
45.3
46.9
50.6
53.7
43.4
Quebra de produção (%)
62.1
70.6
68.4
ETa/ETm (%)
34.6
25.7
28.0
Oliveira
Solo A
Médio
Forte
Muito forte
Quebra de produção (%)
25.3
25.6
36.5
ETa/ETm (%)
74.7
74.4
63.5
No caso da cultura do girassol, apesar das elevadas perdas de produção obtidas sem rega, esta
cultura era tradicionalmente de sequeiro. Actualmente, esta cultura é regada devido à nova
conjuntura da reforma da PAC, no que respeita à atribuição de subsídios à produção.
69
Capítulo IV
No caso da cultura do trigo, usualmente conduzida sob o regime de sequeiro, é normal os
agricultores não regarem e ainda assim ser economicamente viável, mesmo para quebras de
produção da ordem dos 40% (Pereira, 2002).
As Figuras IV.25 à IV.28 apresentam a evolução do teor de água do solo, para os dois solos
estudados, ao longo do período das culturas analisadas, sem ter existido recurso à rega.
Reserva útil
a)
Linha de rendimento óptimo
b)
Evolução do teor de água
Fig. IV.25. Teor de água do solo ao longo do período da cultura do trigo, sem rega e para o ano de procura
climática médio: a) Solo A; b) solo Sr+Sr(p)
Reserva útil
a)
Linha de rendimento óptimo
b)
Evolução do teor de água
Fig. IV.26. Teor de água do solo ao longo do período da cultura do milho, sem rega e para o ano de procura
climática médio: a) Solo A; b) solo Sr+Sr(p)
Reserva útil
a)
Linha de rendimento óptimo
b)
Evolução do teor de água
Fig. IV.27. Teor de água do solo ao longo do período da cultura do girassol, sem rega e para o ano de procura
climática médio: a) Solo A; b) solo Sr+Sr(p)
70
Capítulo IV
Reserva útil
Linha de rendimento óptimo
teor de água
Evolução do
Fig. IV.28. Teor de água do solo ao longo do período da cultura da oliveira, sem rega, para o solo A e para o ano
de procura climática médio
Neste estudo, foi utilizada rega deficitária (English et al., 1990), incluindo a rega de
complemento para o caso da cultura do trigo.
Rega deficitária significa adoptar uma estratégia de rega que só satisfaz em parte as
necessidades de rega da cultura mas que é capaz de atingir uma produção final que possibilita
um retorno económico em relação à rega.
Rega de complemento é a rega fornecida como suplemento da precipitação mas apenas
durante os períodos críticos de stress hídrico da planta.
Na Tabela IV.10 apresentam-se as diferentes estratégias de rega e restrições de água
adoptadas para as diferentes culturas em estudo.
É de referir que se simulou, para todas as culturas, um cenário onde não existe qualquer
restrição de água, fazendo com que a frequência de rega varie ao longo da estação de
crescimento da cultura, de acordo com as necessidades da mesma, tendo como sistema de
rega as rampas pivotantes, com uma dotação de 15 mm (Opção A).
No caso da opção “máxima produção”, não existe qualquer restrição de água a aplicar e não
existe uma dotação fixa. Neste caso, a condição é regar, até ao limite máximo de água que o
solo pode conter.
O teor de humidade do grão das culturas estudadas, variando a percentagem em cada uma
delas, não pode ser elevado, aquando da colheita. Assim, em todas as simulações efectuadas
foi imposto um período de proibição de rega: 30 dias antes da colheita para as culturas do
trigo e do milho e 25 dias para a cultura do girassol.
Para o caso da oliveira, esta condição não foi estabelecida pois a colheita da azeitona faz-se
no período de maior probabilidade de ocorrência de precipitação e ausência de rega.
As Figura IV. 29 à IV.32 apresentam a evolução do teor de água dos solos estudados, para
todas as culturas analisadas, quando se simula a rega, sem restrições de água, com a existência
de uma dotação fixa ou sem ela e para o ano de procura climática médio.
71
Capítulo IV
Tabela IV.10 Estratégias de rega e respectivas restrições de água adoptadas para as diferentes culturas escolhidas
Trigo
Estratégia de rega
MP (Máxima produção): Dotação e frequência de rega variáveis
A: Dotação fixa e MAD = p
B: Dotação fixa e MAD = 0.95p
C: Dotação fixa e MAD = 0.95p
D: Dotação fixa e MAD = 0.85p
E: Dotação fixa e MAD = 0.75p
F: Dotação fixa e MAD = 0.75p
G: Dotação fixa e MAD = 0.70p
H: Dotação fixa e MAD = 0.65p
I: Dotação fixa e MAD = 0.60p
Restrição de rega
(Volume de água disponível)
Sem restrições
Sem restrições
240 mm
195 mm
165 mm
135 mm
105 mm
90 mm
60 mm
30 mm
Milho
Estratégia de rega
Restrição de rega
(Volume de água disponível)
MP (Máxima produção): Dotação e frequência de rega variáveis Sem restrições
A: Dotação fixa e MAD = p
Sem restrições
B: Dotação fixa e MAD = 0.95p
675 mm
C: Dotação fixa e MAD = 0.95p
630 mm
D: Dotação fixa e MAD = 0.90p
600 mm
E: Dotação fixa e MAD = 0.85p
600 mm
F: Dotação fixa e MAD = 0.85p
570 mm
G: Dotação fixa e MAD = 0.75p, com MAD=0.80p no 3º período 570 mm
H: Dotação fixa e MAD = 0.75p, com MAD=0.80p no 3º período 525 mm
Girassol
Estratégia de rega
MP (Máxima produção): Dotação e frequência de rega variáveis
A: Dotação fixa e MAD = p
B: Dotação fixa e MAD = 0.95p
C: Dotação fixa e MAD = 0.85p
D: Dotação fixa e MAD = 0.85p
E: Dotação fixa e MAD = 0.75p
F: Dotação fixa e MAD = 0.75p
G: Dotação fixa e MAD = 0.75p
H: Dotação fixa e MAD = 0.60p
Restrição de rega
(Volume de água disponível)
Sem restrições
Sem restrições
300 mm
270 mm
240 mm
210 mm
180 mm
120 mm
120 mm
Oliveira
Estratégia de rega
MP (Máxima produção): Dotação e frequência de rega variáveis
A: Dotação fixa e MAD = p
B: Dotação fixa e MAD = 0.95p
C: Dotação fixa e MAD = 0.75p
D: Dotação fixa e MAD = 0.75p
E: Dotação fixa e MAD = 0.75p
72
Restrição de rega
(Volume de água disponível)
Sem restrições
Sem restrições
120 mm
120 mm
90 mm
45 mm
Capítulo IV
a)
Reserva útil
c)
Linha de rendimento óptimo
b)
d)
Evolução do teor de água
Fig. IV.29. Teor de água do solo ao longo do período da cultura do trigo, para o ano de procura climática médio:
a) Solo A, opção MP; b) solo Sr+Sr(p), opção MP; c) Solo A, opção A; d) solo Sr+Sr(p), opção A
Reserva útil
a)
b)
c)
d
)
Linha de rendimento óptimo
Evolução do teor de água
Fig. IV.30. Teor de água do solo ao longo do período da cultura do milho, para o ano de procura climática
médio: a) Solo A, opção MP; b) solo Sr+Sr(p), opção MP; c) Solo A, opção A; d) solo Sr+Sr(p), opção A
73
Capítulo IV
Reserva útil
a)
b)
c)
d
)
Linha de rendimento óptimo
Evolução do teor de água
Fig. IV.31. Teor de água do solo ao longo do período da cultura do girassol, para o ano de procura climática
médio: a) Solo A, opção MP; b) solo Sr+Sr(p), opção MP; c) Solo A, opção A; d) solo Sr+Sr(p), opção A
Reserva útil
a)
Linha de rendimento óptimo
b)
Evolução do teor de água
Fig. IV.32. Teor de água do solo ao longo do período da cultura da oliveira, para o ano de procura climática
médio e para o solo A: a) opção MP; b) opção A
Na Tabela IV.11 apresentam-se os resultados das simulações das diferentes estratégias de
rega para a cultura do trigo.
74
Capítulo IV
Tabela IV.11. Reposta da cultura do trigo às estratégias de rega de complemento
Solo A
Médio
MP Forte
Muito forte
Médio
A Forte
Muito forte
Médio
B Forte
Muito forte
Médio
C Forte
Muito forte
Médio
D Forte
Muito forte
Médio
E Forte
Muito forte
Médio
F Forte
Muito forte
Médio
G Forte
Muito forte
Médio
H Forte
Muito forte
Médio
I
Forte
Muito forte
Total de
rega (mm)
193.4
238.7
416.8
60.0
195.0
270.0
60.0
180.0
240.0
60.0
180.0
195.0
30.0
165.0
165.0
30.0
135.0
135.0
30.0
105.0
105.0
15.0
90.0
90.0
15.0
60.0
60.0
15.0
30.0
30.0
ETa/ETm
(%)
92.3
85.6
97.5
84.5
87.8
89.1
84.5
84.6
83.6
84.5
84.6
76.7
81.5
82.0
74.2
81.5
76.6
69.4
81.5
71.4
64.6
78.6
68.7
62.0
78.6
63.3
58.7
78.6
57.9
53.9
Solo Sr+Sr (p)
Quebra de
produção (%)
8.1
15.1
2.6
16.3
12.8
11.5
16.3
16.1
17.2
16.3
16.1
24.5
19.4
18.9
27.1
19.5
24.5
32.2
19.5
30.0
37.2
22.5
32.8
39.8
22.5
38.5
43.4
22.5
44.2
48.4
Total de
rega (mm)
166.7
208.5
303.3
135.0
195.0
270.0
135.0
195.0
240.0
135.0
195.0
195.0
120.0
165.0
165.0
105.0
135.0
135.0
105.0
105.0
105.0
90.0
90.0
90.0
60.0
60.0
60.0
30.0
30.0
30.0
ETa/ETm
(%)
94.8
89.1
85.3
88.7
86.4
84.7
88.7
86.4
78.8
88.7
86.4
71.6
85.8
80.4
66.7
82.9
74.4
64.2
82.9
68.4
59.4
79.9
65.4
57.0
74.1
59.4
52.1
68.2
53.3
47.2
Quebra de
produção (%)
5.5
11.5
15.4
11.9
14.3
16.0
11.9
14.3
22.3
11.9
14.3
29.8
14.9
20.6
35.6
18.0
26.9
37.6
18.0
33.2
42.6
21.1
36.4
45.2
27.2
42.7
50.3
33.4
49.0
55.5
Para o ano de procura climática médio e para o caso do solo A, reduções de cerca de 62.5%
no volume de água necessário ao desenvolvimento da cultura (de 160 mm para 60 mm),
implicam uma quebra de produção de cerca de 16%. No caso do solo Sr+Sr(p), uma redução
de aproximadamente 56% (de 204 mm para 90 mm) no volume de água necessário traduz
uma quebra de produção de 21%. Isto deve-se ao facto de que a precipitação ocorrida durante
o período da cultura satisfaz uma grande parte das necessidades hídricas da mesma.
De referir que fazendo variar o valor do MAD de 10% (de 0.85 de p para 0.75 de p), não se
registaram alterações na quebra da produção do trigo em solo A mas no caso do solo
Sr+Sr(p), houve um aumento de 3% na quebra de produção, com a supressão de uma rega.
Estes dados referem-se ao ano de procura climática médio.
75
Capítulo IV
Pode-se referir que para um mesmo valor de MAD, as quebras de produção verificadas se
mantêm, mesmo com a diminuição do volume de água disponível para regar, no ano de
procura climática médio e para os dois solos analisados. No entanto, este facto não se verifica
quando se observa os valores da quebra de produção para os outros anos de procura climática,
onde se verifica um aumento da quebra de produção com a diminuição da quantidade de água
disponível.
Tabela IV.12. Reposta da cultura do milho às estratégias de rega deficitária
Solo A
Médio
MP Forte
Muito forte
Médio
A Forte
Muito forte
Médio
B Forte
Muito forte
Médio
C Forte
Muito forte
Médio
D Forte
Muito forte
Médio
E Forte
Muito forte
Médio
F Forte
Muito forte
Médio
G Forte
Muito forte
Médio
H Forte
Muito forte
Total de
rega (mm)
590.1
742.6
862.2
570.0
660.0
810.0
555.0
645.0
675.0
555.0
630.0
630.0
525.0
600.0
600.0
495.0
570.0
600.0
495.0
570.0
570.0
420.0
495.0
570.0
420.0
495.0
525.0
ETa/ETm
(%)
100.0
100.0
100.0
99.8
94.9
100.0
98.7
93.3
92.3
98.7
92.0
88.5
95.8
88.6
85.4
92.3
84.9
84.7
92.3
84.9
82.1
84.7
76.2
80.1
84.7
76.2
76.8
Solo Sr+Sr (p)
Quebra de
produção (%)
0.0
0.0
0.0
0.2
6.4
0.0
1.7
8.3
9.6
1.7
10.0
14.4
5.3
14.3
18.3
9.6
18.9
19.2
9.6
18.9
22.4
19.2
29.7
24.8
19.2
29.7
29.0
Total de
rega (mm)
562.2
656.4
737.2
570.0
630.0
705.0
555.0
630.0
675.0
555.0
630.0
630.0
555.0
600.0
600.0
525.0
600.0
600.0
525.0
570.0
570.0
480.0
540.0
570.0
480.0
525.0
525.0
ETa/ETm
(%)
91.5
94.0
95.5
92.4
91.1
92.3
90.6
91.1
89.2
90.6
91.1
84.5
90.6
87.6
81.3
86.9
87.5
81.2
86.9
84.1
78.1
81.2
80.5
78.0
81.2
78.7
73.2
Quebra de
produção (%)
10.6
7.5
5.6
9.5
11.1
9.6
11.7
11.2
13.5
11.7
11.2
19.4
11.8
15.5
23.4
16.4
15.6
23.4
16.4
19.9
27.4
23.5
24.4
27.5
23.5
26.6
33.5
Analisando a situação mais limitante e tendo como base o ano de procura climática médio,
reduções de cerca de 38% no volume de água disponibilizado à cultura (de 580 mm para 420
mm) obtêm-se quebras de produção da ordem dos 19%, valor considerado aceitável. Já no
caso do solo Sr+Sr(p), reduções no volume de água disponibilizado na ordem dos 27% (de
656 mm para 480 mm) implicam perdas de produção da ordem dos 23,5%. O facto de
menores reduções no volume de água implicarem maiores perdas de produção deve-se à
diferença na capacidade utilizável dos solos.
Por outro lado, o valor da quebra de produção aumenta com a diminuição do valor do MAD e
para iguais restrições do volume de água disponibilizado, embora seja de referir que o volume
de água utilizado pela cultura diminui com a diminuição do MAD. No caso do solo A, os
76
Capítulo IV
valores são de 5.3% e 9.6%, respectivamente para MAD=0.90p, com volume utilizado de 525
mm e MAD= 0.85p, com volume utilizado de 495 mm e de 11,8% e de 16,4% para o solo
Sr+Sr(p), com volumes utilizados de 55 mm e 525 mm, respectivamente.
Tabela IV.13. Reposta da cultura do girassol às estratégias de rega deficitária
Solo A
Médio
MP Forte
Muito forte
Médio
A Forte
Muito forte
Médio
B Forte
Muito forte
Médio
C Forte
Muito forte
Médio
D Forte
Muito forte
Médio
E Forte
Muito forte
Médio
F Forte
Muito forte
Médio
G Forte
Muito forte
Médio
H Forte
Muito forte
Total de
rega (mm)
309.3
289.1
401.1
270.0
255.0
300.0
255.0
255.0
300.0
225.0
225.0
255.0
225.0
225.0
240.0
180.0
180.0
210.0
180.0
180.0
180.0
120.0
120.0
120.0
120.0
120.0
120.0
ETa/ETm
(%)
98.9
96.4
100.0
94.7
92.4
93.5
92.5
92.2
93.3
86.6
87.1
86.1
86.6
87.1
84.0
78.4
79.9
78.6
78.4
79.9
74.3
68.0
70.8
64.4
68.4
71.0
64.6
Solo Sr+Sr (p)
Quebra de
produção (%)
1.1
3.4
0.0
5.0
7.2
6.2
7.2
7.4
6.4
12.7
12.3
13.2
12.7
12.3
15.2
20.6
19.1
20.3
20.6
19.1
24.5
30.4
27.7
33.8
30.0
27.5
33.6
Total de
rega (mm)
273.6
313.4
361.0
255.0
315.0
360.0
255.0
300.0
300.0
240.0
270.0
270.0
240.0
240.0
240.0
210.0
210.0
210.0
180.0
180.0
180.0
120.0
120.0
120.0
120.0
120.0
120.0
ETa/ETm
(%)
88.5
86.7
90.4
85.1
87.0
90.3
85.0
84.2
80.1
82.1
78.5
74.9
82.1
72.7
69.7
76.2
66.9
64.5
70.4
61.0
59.3
58.5
49.3
48.9
58.5
49.3
48.9
Quebra de
produção (%)
10.9
12.6
9.1
14.2
12.4
9.2
14.2
15.0
18.9
17.0
20.5
23.8
17.0
25.9
28.7
22.6
31.5
33.7
28.1
37.0
38.7
39.4
48.2
48.6
39.4
48.2
48.6
Considerando, para o solo A e para o ano de procura climática médio, uma redução no
volume de água disponibilizado de cerca de 39% (de 294 mm para 180 mm), obtêm-se
quebras de produção da ordem dos 21%. Contudo, se restringirmos ainda mais o volume de
água disponibilizado, de 294 mm para 120 mm (+- 59%), a quebra do produção aumenta para
valores da ordem dos 30%.
Para o solo Sr+Sr(p), reduções no volume de água disponibilizado de 50% (de 362 mm para
180 mm) levam a quebras de cerca de 28%, enquanto reduções de 362 mm para 120 mm (+67%) levam a quebras de produção de 39%.
Para valores de MAD de 75% de p, a cultura tem um comportamento diferente consoante a
disponibilidade de água. No caso do solo A, as restrições de 210 mm e 180 mm de água
disponível originam a mesma quebra de produção, utilizando a cultura somente o menor
destes valores. No caso do solo Sr+Sr(p), o aumento da restrição no volume de água
disponível para rega leva ao aumento da quebra de produção obtida.
77
Capítulo IV
Tabela IV.14. Resposta da cultura da oliveira às estratégias de rega deficitária
Solo A
Médio
MP Forte
Muito forte
Médio
A Forte
Muito forte
Médio
B Forte
Muito forte
Médio
C Forte
Muito forte
Médio
D Forte
Muito forte
Médio
E Forte
Muito forte
Total de
rega (mm)
365.4
365.4
365.4
225
240
345
120
120
120
120
120
120
90
90
90
45
45
45
ETa/ETm
(%)
100
100
100
100
100
100
90.0
90.8
78.1
89.6
90.1
78.0
86.1
86.6
74.5
80.5
80.8
69.0
Quebra de
produção (%)
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
10.0
9.2
21.9
10.4
9.9
22.0
13.9
13.4
25.5
19.5
19.3
31.0
A redução de cerca de 46% no volume de água disponibilizada origina quebras de produção
da ordem dos 10%, quer para o ano de procura climática médio como para o forte. Mesmo
efectuando reduções no volume de água disponibilizada em cerca de 80%, as perdas na
produção são apenas da ordem dos 20%, o que permite reforçar a “ideia” de que a oliveira é
uma cultura tradicionalmente de sequeiro.
Contudo, mantendo o mesmo valor de MAD, as perdas de produção aumentam com a
diminuição da água disponibilizada.
IV.6. Estratégias de rega e seu impacto económico
IV.6.1 Determinação da produção potencial de uma cultura
O nível de produção máxima de uma cultura (Ym) é determinado pelas suas características
genéticas e adaptabilidade ao ambiente onde está inserida. Assim, uma selecção cuidada da
cultura, tendo em conta as condições edáfo-climáticas do local, torna-se premente no sentido
de obter produção elevada e eficiente.
A produção máxima de uma cultura (Ym) é definida por Doorenbos e Kassan (1979) como a
produção colhida de uma variedade altamente produtiva, bem adaptada às condições
climáticas onde está inserida, sob condições onde a água, os nutrientes e as doenças e pragas
não limitam a produção.
78
Capítulo IV
Os factores climáticos que determinam a produção são a temperatura, a radiação e a duração
de todo o período de crescimento, além dos requisitos específicos de cada cultura em
temperatura e duração do dia.
O crescimento e produção de uma cultura são afectados pela radiação recebida durante o
período de crescimento. A resposta dada em relação à quantidade de radiação, que será
convertida em crescimento e produção, é diferente de cultura para cultura. Esta diferença tem
um efeito importante na eficiência da utilização da água para a produção. Por exemplo, o
milho pode converter 1 a 2 % da radiação captada em crescimento.
A produção máxima (Ym) pode ser calculada para diferentes condições climáticas, segundo os
métodos descritos por Doorenbos e Kassan (1979). Estes permitem a quantificação da
produção de diferentes áreas e identificam as áreas mais propícias à produção para uma dada
cultura.
A metodologia para calcular a produção da cultura (Doorenbos e Kassan, 1979), foi
desenvolvida de forma a dar resposta a problemas continentais. Contudo, o método pode
também ser aplicado a locais específicos. Assume-se que as necessidades climáticas da
cultura são satisfeitas e que o crescimento da cultura e a produção potencial (Ymp) não são
afectados pela água, pelos nutrientes, pela salinidade, nem pelas pragas ou doenças.
Sob condições normais, as quebras de produção podem ocorrer devido a condições climáticas
adversas em períodos curtos, limitação no fornecimento de água e nutrientes, e problemas na
gestão das culturas, incluindo a preparação do terreno, a monda e a colheita.
Em suma, a produção potencial (Ymp, expressa em kg/ha/período) de uma cultura altamente
produtiva, adaptada ao clima, que tem o seu crescimento sob condições não coactivas, com
um período de desenvolvimento de G dias é:
a) Quando ym > 20 kg/ha/hora
Ymp = cL*cN*cH*G*[F*(0,8 + 0,01*ym)*yo + (1 – F)*(0,5 + 0,025*ym)*yc]
(IV.3)
b) Quando ym < 20 kg/ha/hora
Ymp = cL*cN*cH*G*[F*(0,5 + 0,025*ym)*yo + (1 – F)*(0,05*ym)*yc]
(IV.4)
onde cL é a correcção para o desenvolvimento da cultura ao longo do tempo e a área da folha,
[ ]; cN a correcção para a produção líquida de matéria seca (0.6 para climas frios e 0.5 para
climas quentes), [ ]; cH a correcção para a fracção colhida, [ ]; G o período de crescimento
total, [dias]; F a fracção do dia em que o céu se encontra nublado, [ ]; ym a quantidade bruta
de matéria seca foliar de uma cultura para uma dado clima, [kg ha-1 dia-1]; yo a produção bruta
de matéria seca da cultura padrão para um dado local num dia completamente nublado, [kg
ha-1 dia-1] e yc a produção bruta de matéria seca da cultura padrão para um dado local num dia
não nublado, [kg ha-1 dia-1].
IV.6.2 Produtividade da água
Actualmente existe uma tendência para maximizar a produtividade da água, em detrimento da
atenção dada à eficiência de rega. Segundo Pereira (2006), a produtividade da água (WP)
pode ser genericamente definida como a razão entre a produção atingida pela cultura, em Kg e
o uso da água, expresso em m3:
79
Capítulo IV
WP =
Ya
TWU
(IV.5)
em que Ya refere-se à produção atingida (actual yield achieved) e TWU (total water use) ao
uso total de água, incluindo a precipitação. Contudo, o uso total da água pode referir-se
exclusivamente ao total de água utilizada na parcela (TWUFarm), sendo incluídas a
precipitação e a rega (WPFarm),
WPFarm =
Ya
TWU Farm
(IV.6)
ou relacionando-a apenas com a água de rega (IWUFarm), tendo-se:
WPI − Farm =
Ya
IWU Farm
(IV.7)
O significado destes indicadores é necessariamente diferente e pode causar contradições na
expressão “produtividade de água”, se esta for utilizada sem especificar o alvo a considerar.
A ideia de que ao aumentar a produtividade da água existe poupança de água não é
inteiramente verdade: é necessário distinguir entre uso consumptivo e não consumptivo. A
mesma quantidade de produção depende não só da quantidade de água utilizada mas também
da quantidade de precipitação que a cultura pode utilizar, que se relaciona com a distribuição
da precipitação durante a época da cultura.
A equação IV.5 pode tomar uma forma diferente, caso a água utilizada seja proveniente de
diferentes fontes:
WP =
Ya
P + CR + ΔSW + I
(IV.8)
onde P é a precipitação, CR é a ascensão capilar, ∆SW é a diferença da água do solo entre a
plantação e a colheita e I é a dotação de rega, todas expressos em mm.
É, também, importante considerar as questões económicas relacionadas com a produtividade
da água, visto que o objectivo do produtor é atingir os maiores rendimentos e lucro possíveis.
Substituindo o numerador das equações acima referidas pelo valor monetário da produção
atingida pela cultura (Ya), a produtividade económica da água (EWP) é expressa em €/m3 e
definida por:
EWP =
Valor(Ya )
TWU
(IV.9)
Contudo, a economia da produção é menos visível nesta forma do que se o numerador e o
denominador forem expressos em termos monetários, respectivamente o valor da quantidade
produzida e o custo da TWU, traduzindo-se na seguinte equação:
EWP =
80
Valor(Ya )
Custo(TWU )
(IV.10)
Capítulo IV
Alternativamente esta definição pode ser expressa assumindo que todos os custos da água se
devem aos custos da rega:
EWP =
Valor(Ya )
Custo(I)
(IV.11)
É com base neste procedimento de cálculo que a análise económica das culturas em estudo foi
efectuada.
IV.6.3 Estimativa dos preços da água para rega
Para o cálculo da Produtividade Económica da Água (EWP) é necessário conhecer o custo de
cada metro cúbico de água, para que exista um uso mais ponderado da água de rega.
No cálculo da EWP foi considerada a situação actual, em que a água de rega tem o custo de
0,04 €/m3, e outras duas situações hipotéticas, uma em que foram considerados os custos de
exploração, manutenção e conservação (componente variável dos custos) e outra em que foi
considerada uma cobertura total dos custos.
Para estimar os custos das situações hipotéticas recorreu-se a Noéme et al. (2004), onde é
feita uma descrição detalhada dos custos, tanto do investimento inicial como da sua posterior
conservação e exploração (Tabela IV.15). Foi estudado o Aproveitamento Hidroagrícola da
Vigia pois, em comparação com o do Lucefecit, têm existido maiores restrições de água para
rega nos últimos anos.
Tabela IV.15. Estimativa dos custos totais do Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia (preços de 2003)
Investimento
Valor (€)
Vida Útil (anos)
Barragem
2142543
50
Estrada Ligação
288053
15
Edifício e Estação Elevatória
1018077
50
Instalação eléctrica do edifício
494743
15
Rede Fixa de Rega
502925
25
Peças e Acessórios diversos
149305
15
Sub-Total
Conservação e Exploração (€)
CMVMC: Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas
FSE: Fundo Social Europeu
Impostos
Pessoal
Outros custos e Perdas operacionais
Amortizações
Provisões
Custos e Perdas Financeiras
Custos e Perdas Extraordinárias
Sub-Total
Total
Valor médio actual
(€/ano)
42851
19204
20362
32983
20117
9954
145469
(€/ha)
96,66 (27%)
120683
159223
289
91083
410
11320
3181
4602
3008
393799
261,66 (73%)
539268
358,32
81
Capítulo IV
Há que ter em conta que o Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia tem uma área total de
1050 ha, o que leva a um custo de 96,66 €/ha para a amortização do investimento e um valor
de 216,66 €/ha para conservação e exploração. Ambos os valores correspondem a valores
médios anuais.
Na Tabela IV.16 são referidos os valores obtidos para os diversos custos, considerando um
consumo total de 4719478 m3 de água no ano de 2003.
A componente fixa é dada pela equação:
Componente Fixa =
Investimento
Consumo Total
(IV.12)
e a componente variável é dada pela equação:
Componente Variável =
Conservação e Exploração
Consumo Total
(IV.13)
Tabela IV.16. Estimativa dos custos fixos e variáveis
Consumo Total
(m3)
4719478
Investimento
(€/ano)
145469
Componente Fixa
(€/m3)
0,0308
Conservação e
Exploração (€/ano)
393799
Componente
Variável (€/m3)
0,0834
Há que ter em consideração que a cobertura total dos custos resulta da soma da componente
fixa com a componente variável. Na Tabela IV.17 resumem-se a três situações que serão
consideradas no cálculo da EWP.
Tabela IV.17. Valores considerados para o custo da água de rega no Aproveitamento Hidroagrícola da
Vigia, em €/m3
Situação Actual
0,04
Componente Variável
0,0834
Cobertura Total dos Custos
0,1143
IV.6.4 Estimativa das produtividades físicas e económicas da água
O cálculo das produtividades física e económica está dependente da determinação de
variáveis que têm de ser previamente calculadas. A Figura IV.33 descreve o procedimento
para determinar a produtividade da água, assim como os processos intermédios, tais como a
determinação da produção potencial da cultura (Ym) e a determinação das dotações brutas
aplicadas.
Com os resultados obtidos das simulações efectuadas com o modelo WinISAREG, e para as
diferentes estratégias de rega e para os diferentes anos de procura climática, determinaram-se
os valores para a produção real da cultura (Ya) assim como as diferentes produtividades da
água (WP, WPFarm e WPI-Farm) e os valores da produtividade económica da água (EWP).
As dotações brutas foram determinadas considerando uma eficiência de aplicação de 67%,
sendo este o valor médio das eficiências de aplicação das avaliações feitas nos sistemas de
rega por rampa pivotante no Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia, e tendo em conta a
equação:
82
Capítulo IV
Dotação Bruta =
Dotação Fixa
× 100
Eficiência de aplicação
Dados
Climáticos
−
−
−
−
(IV.14)
Dados
Culturais
Dados
Pedológicos
− Duração dos
Períodos
do Ciclo
Vegetativo
Tmax e Tmin
RH
u2
n
− Profundidade
do solo
− Constituintes
− CC e CE
− Eficiência dos
sistemas
WinISAREG
KCISA
− Kc inicial,
intermédio e
final
− Fracção p
Sistemas
de Rega
−
−
−
−
Dotação Líquida
Precipitação efectiva
ETm e ETa
S inicial e final
Cálculo
de Ym
Cálculo
Dotações Brutas
Cálculo
de WP
Fig. IV.33. Diagrama dos principais procedimentos para o cálculo da produtividade da água
IV.6.4.1 Aplicação ao Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia
O estudo foi realizado, para cada ano de procura climática, para cada solo e para cada cultura,
segundo 3 opções distintas: máxima produção (MP), opção óptima (OP) e opção extrema
(EX). De salientar que os valores unitários, expressos em €/Kg, das produções das culturas
analisadas são 0.19 para o girassol e 0.14 quer para o milho, quer para o trigo.
A opção extrema é, para todos os casos analisados, a estratégia de rega mais restritiva, quer
em volume de água disponível para rega, quer em relação à fracção do défice aceitável em
gestão (MAD).
A opção óptima foi determinada a partir da intersecção das curvas de dotação bruta e de WPIFarm calculadas para todos os casos analisados. As Figuras IV.34 à IV.36 apresentam as
referidas curvas para o caso do solo A, ano de procura climática médio e para as três culturas
estudadas. No Anexo IV.2 encontram-se as curvas da dotação bruta e WPI-Farm para todos os
anos de procura climática, solos e culturas analisadas.
83
Capítulo IV
2,0
4500
1,8
4000
1,6
3500
1,4
3000
1,2
2500
1,0
2000
0,8
1500
0,6
1000
0,4
500
0,2
0
-3
5000
Produtividade da água (kg m )
3
Dotação (m )
Nas Tabelas IV.18 à IV.20 são apresentados os resultados para as produtividades físicas (WP,
WPFarm e WPI-Farm) e económicas (EWP) da água, para as culturas do girassol, milho e trigo,
para as parcelas com o solo A e solo Sr+Sr(p).
0,0
MP
A
B
C
D
E
F
G
H
Estratégias
Dotação Bruta
WP I-Farm
1,80
9000
1,75
3
Dotação (m )
8000
1,70
7000
6000
1,65
5000
1,60
4000
1,55
3000
1,50
2000
1,45
1000
0
-3
10000
Produtividade da água (kg m )
Fig. IV.34. Curvas de dotação bruta e de WPI-Farm para a cultura do girassol, ano de procura climática médio
e solo A
1,40
MP
A
B
C
D
E
F
G
H
Estratégias
Dotação Bruta
WP I-Farm
Fig. IV.35. Curvas de dotação bruta e de WPI-Farm para a cultura do milho, ano de procura climática médio
e solo A
84
3000
25,00
2500
20,00
2000
15,00
1500
10,00
1000
5,00
500
0
-3
30,00
Produtividade da água (kg m )
3500
3
Dotação (m )
Capítulo IV
0,00
MP
A
B
C
D
E
F
G
H
Estratégias
Dotação Bruta
WP I-Farm
Fig. IV.36. Curvas de dotação bruta e de WPI-Farm para a cultura do trigo, ano de procura climática médio
e solo A
Tabela IV.18. Resultados obtidos para as produtividades físicas e económicas da cultura do girassol
Solo A
Opção/
Estratégia
Prec. Dot. Br. Ya
(mm) (mm) (kg)
Valor
Ya
EWP = Valor(Ya)/Custo(I)
WP WPFarm WPI-Farm EWP
(kg/m3) (kg/m3) (kg/m3) (€/m3) Actual Cob. Custos Cob. Tot.
Exp/Man/Cons de Custos
MP
OP/F
EX/H
100,8
100,8
100,8
462
269
179
4519
3555
3113
858,65
675,40
591,44
Médio
0,71
0,79
0,75
0,94
0,79
1,08
MP
OP/D
EX/H
207,4
207,4
207,4
431
336
179
4349
3870
3187
826,22
735,22
605,47
0,56
0,56
0,57
1,01
1,15
1,78
0,11
0,11
0,11
3,53
4,03
6,23
1,69
1,93
2,99
1,23
1,41
2,18
911,79
756,81
590,63
Muito Forte
0,66
0,74
0,80
0,70
0,98
1,11
0,77
1,37
1,74
0,12
0,13
0,15
2,81
3,89
6,07
1,35
1,87
2,91
0,98
1,36
2,13
MP
OP/D
EX/H
48,2
48,2
48,2
599
358
179
4799
3983
3109
0,98
1,32
1,74
0,13
0,14
0,15
3,43
4,63
6,08
1,64
2,22
2,92
1,20
1,62
2,13
Forte
0,68
0,71
0,82
Solo Sr+Sr(p)
Opção/
Estratégia
MP
OP/F
EX/H
Prec. Dot. Br. Ya
(mm) (mm) (kg)
158,8
158,8
158,8
355
269
179
4259
3364
2835
Valor
Ya
EWP = Valor(Ya)/Custo(I)
WP WPFarm WPI-Farm EWP
(kg/m3) (kg/m3) (kg/m3) (€/m3) Actual Cob. Custos Cob. Tot.
Exp/Man/Cons de Custos
809,29
639,25
538,71
Médio
0,71
0,83
0,65
0,79
0,67
0,84
1,20
1,25
1,58
0,14
0,12
0,13
4,20
4,38
5,54
2,02
2,10
2,66
1,47
1,53
1,94
Forte
0,72
0,75
0,88
MP
OP/D
EX/H
83,2
83,2
83,2
468
358
179
3994
3316
2321
758,86
630,03
440,93
0,63
0,63
0,66
0,85
0,93
1,30
0,12
0,12
0,13
2,99
3,24
4,54
1,43
1,55
2,18
1,05
1,13
1,59
MP
OP/D
EX/H
127,7
127,7
127,7
539
358
179
4412
3384
2418
838,31
642,91
459,37
Muito Forte
0,59
0,66
0,82
0,59
0,70
0,94
0,62
0,79
1,35
0,11
0,11
0,12
2,87
3,31
4,72
1,37
1,59
2,27
1,00
1,16
1,65
85
Capítulo IV
Tabela IV.19. Resultados obtidos para as produtividades físicas e económicas da cultura do milho
Solo A
Opção/
Estratégia
MP
OP/F
EX/H
MP
OP/D
EX/H
MP
OP/D
EX/H
Prec. Dot. Br. Ya
(mm) (mm) (kg)
192,2
192,2
192,2
40,4
40,4
40,4
185,7
185,7
185,7
881
739
627
1108
896
739
1287
896
784
Valor
Ya
EWP = Valor(Ya)/Custo(I)
WP WPFarm WPI-Farm EWP
(kg/m3) (kg/m3) (kg/m3) (€/m3) Actual Cob. Custos Cob. Tot.
Exp/Man/Cons de Custos
13609 1905,29
12299 1721,90
11006 1540,90
Médio
1,15
1,27
1,14
1,32
1,13
1,34
1,55
1,66
1,76
0,16
0,16
0,16
5,41
5,83
6,15
2,59
2,79
2,95
1,89
2,04
2,15
14312 2003,74
12273 1718,21
10054 1407,63
1,20
1,19
1,15
Forte
1,25
1,31
1,29
1,29
1,37
1,36
0,17
0,17
0,16
4,52
4,80
4,76
2,17
2,30
2,28
1,58
1,68
1,67
13801 1932,18
11283 1579,56
9799 1371,85
Muito Forte
0,86
0,94
1,07
1,04
1,04
1,26
1,01
1,01
1,25
0,12
0,15
0,14
3,75
4,41
4,38
1,80
2,11
2,10
1,31
1,54
1,53
Solo Sr+Sr(p)
Opção/
Estratégia
Prec. Dot. Br. Ya
(mm) (mm) (kg)
Valor
Ya
EWP = Valor(Ya)/Custo(I)
WP WPFarm WPI-Farm EWP
(kg/m3) (kg/m3) (kg/m3) (€/m3) Actual Cob. Custos Cob. Tot.
Exp/Man/Cons de Custos
MP
OP/D
EX/H
100,9
100,9
100,9
839
828
716
11939 1671,43
11788 1650,39
10219 1430,65
Médio
1,15
1,26
1,14
1,26
1,11
1,24
MP
OP/D
EX/H
100,9
100,9
100,9
980
896
784
12994 1819,21
11871 1661,87
10308 1443,07
1,11
1,09
1,06
1,33
1,33
1,32
0,16
0,15
0,15
4,64
4,64
4,60
2,23
2,23
2,21
1,62
1,62
1,61
12612 1765,67
10240 1433,59
8887 1244,16
Muito Forte
0,94
1,01
1,15
0,90
0,98
1,14
0,86
0,95
1,13
0,13
0,13
0,12
4,01
4,00
3,97
1,92
1,92
1,90
1,40
1,40
1,39
MP
OP/D
EX/H
86
152,4
152,4
152,4
1100
896
784
1,42
1,42
1,43
0,16
0,16
0,16
4,98
4,98
4,99
2,39
2,39
2,39
1,74
1,74
1,75
Forte
1,20
1,19
1,17
Capítulo IV
Tabela IV.20. Resultados obtidos para as produtividades físicas e económicas da cultura do trigo
Solo A
EWP = Valor(Ya)/Custo(I)
WP WPFarm WPI-Farm EWP
(kg/m3) (kg/m3) (kg/m3) (€/m3) Actual Cob. Custos Cob. Tot.
Exp/Man/Cons de Custos
Opção/
Estratégia
Prec. Dot. Br. Ya
(mm) (mm) (kg)
Valor
Ya
MP
OP/F
EX/I
439,9
439,9
439,9
289
45
22
6391
5602
5391
894,72
784,33
754,69
0,84
1,07
1,07
Médio
0,88
1,16
1,17
2,21
12,51
24,08
0,12
0,15
0,15
7,75
43,79
84,27
3,72
21,00
40,42
2,71
15,33
29,49
MP
OP/G
EX/I
284,4
284,4
284,4
356
134
45
6003
4748
3946
840,35
664,67
552,40
0,94
1,13
1,19
Forte
0,94
1,13
1,20
1,68
3,53
8,81
0,13
0,16
0,17
5,90
12,37
30,84
2,83
5,93
14,79
2,06
4,33
10,79
967,77
674,53
512,78
Muito Forte
0,74
0,75
1,11
0,95
0,95
2,39
1,04
1,05
8,18
0,10
0,13
0,15
3,89
8,37
28,63
1,87
4,01
13,73
1,36
2,93
10,02
MP
OP/E
EX/I
304,2
304,2
304,2
622
201
45
6913
4818
3663
Solo Sr+Sr(p)
Opção/
Estratégia
MP
OP/G
EX/I
Prec. Dot. Br. Ya
(mm) (mm) (kg)
389,9
389,9
389,9
249
134
45
6648
5548
4684
Valor
Ya
EWP = Valor(Ya)/Custo(I)
WP WPFarm WPI-Farm EWP
(kg/m3) (kg/m3) (kg/m3) (€/m3) Actual Cob. Custos Cob. Tot.
Exp/Man/Cons de Custos
930,78
776,75
655,80
Médio
0,95
1,04
0,95
1,06
0,95
1,08
2,67
4,13
10,46
0,13
0,13
0,13
9,35
14,46
36,62
4,49
6,93
17,56
3,27
5,06
12,81
Forte
0,91
0,88
0,86
MP
OP/G
EX/I
365,6
365,6
365,6
311
134
45
6137
4413
3532
859,24
617,79
494,51
0,82
0,78
0,74
1,97
3,29
7,89
0,12
0,11
0,10
6,90
11,50
27,61
3,31
5,51
13,24
2,42
4,02
9,66
MP
OP/F
EX/I
304,2
304,2
304,2
453
157
90
6003
4073
3163
840,46
570,18
442,86
Muito Forte
0,77
0,79
1,33
0,85
0,88
2,60
0,86
0,91
7,06
0,11
0,12
0,12
4,64
9,10
24,73
2,23
4,36
11,86
1,62
3,18
8,65
87
Capítulo IV
Nas Figuras IV.37 a IV.39 são apresentadas tanto as produtividades físicas (WPI-Farm) como as
económicas (EWP) para as diferentes culturas, anos de procura climática e solos, para as
opções estudadas.
Por observação da Figura IV.37 verifica-se, como seria de esperar, que quanto menor é a
dotação bruta de água aplicada maior é a produtividade da mesma. Já no caso da
produtividade económica da água este facto não se verifica. Tal deve-se a que as quebras de
produção não decrescem linearmente com a redução da dotação bruta aplicada. As respostas
obtidas para os dois solos são idênticas, embora os valores sejam um pouco mais baixos para
o caso do solo Sr+Sr(p), provavelmente, às características físicas deste.
-3
kg m
2,00
kg m-3
1,80
1,60
1,80
1,60
1,40
1,40
1,20
1,20
1,00
1,00
0,80
0,80
0,60
0,60
0,40
0,40
0,20
0,20
0,00
0,00
Média
Forte
Procura Climática
Muito Forte
Média
a)
Forte
Procura Climática
Muito Forte
Forte
Procura Climática
Muito Forte
b)
-3
€ m-3
€m
0,16
0,14
0,14
0,12
0,12
0,10
0,10
0,08
0,08
0,06
0,06
0,04
0,04
0,02
0,02
0,00
0,00
Média
Forte
Procura Climática
Muito Forte
Máxima Produção
Média
c)
Opção Óptima
d)
Opção Extrema
Fig. IV.37. Cultura do girassol: a) Produtividade da água no solo A; b) Produtividade da água no solo Sr+Sr(p);
c) Produtividade económica da água no solo A e d) Produtividade económica da água no solo Sr+Sr(p)
-3
-3
kg m
kg m
1,60
2,00
1,40
1,80
1,60
1,20
1,40
1,00
1,20
1,00
0,80
0,80
0,60
0,60
0,40
0,40
0,20
0,20
0,00
0,00
Média
88
Forte
Procura Climática
Muito Forte
M édia
a)
Forte
Procura Climática
M uito Forte
b)
Capítulo IV
-3
€ m -3
0,17
€m
0,18
0,16
0,16
0,14
0,15
0,12
0,14
0,10
0,13
0,08
0,12
0,06
0,11
0,04
0,10
0,02
0,09
0,00
Média
Forte
Média
Muito Forte
Máxima Produção
Forte
Muito Forte
d)
Procura C lim ática
c)
Procura Climática
Opção Óptima
Opção Extrema
Fig. IV.38. Cultura do milho: a) Produtividade da água no solo A; b) Produtividade da água no solo Sr+Sr(p); c)
Produtividade económica da água no solo A e d) Produtividade económica da água no solo Sr+Sr(p)
kg m -3
kg m-3
30,00
12,00
25,00
10,00
20,00
8,00
15,00
6,00
10,00
4,00
5,00
2,00
0,00
0,00
Média
Forte
Média
Muito Forte
a)
Procura Climática
-3
Forte
Procura Climática
Muito Forte
b)
-3
€m
0,18
€m
0,16
0,16
0,14
0,14
0,12
0,12
0,10
0,10
0,08
0,08
0,06
0,06
0,04
0,04
0,02
0,02
0,00
0,00
Média
Forte
M uito Forte
Procura Climática
Máxima Produção
Média
c)
Opção Óptima
Forte
Procura Climática
Muito Forte
d)
Opção Extrema
Fig. IV.39. Cultura do trigo: a) Produtividade da água no solo A; b) Produtividade da água no solo Sr+Sr(p); c)
Produtividade económica da água no solo A e d) Produtividade económica da água no solo Sr+Sr(p)
Pela análise da Figura IV.38 verifica-se que a cultura do milho apresenta uma variação menos
significativa, no caso dos valores da produtividade física da água, do que a cultura do girassol.
Tal deve-se ao facto de as dotações brutas de água aplicadas no caso do milho serem mais
elevadas e as restrições menos limitantes do que no caso do girassol. Contudo, no respeitante
à produtividade económica da água o comportamento dos valores da cultura do milho
assemelha-se aos da cultura do girassol.
Tal como sucede na cultura do girassol, os valores das produtividades físicas e económicas da
cultura do milho no solo Sr+Sr(p) são relativamente mais baixos do que aqueles que se
89
Capítulo IV
verificam no solo A. Como seria de esperar, a variação dos valores não é tão acentuada como
no caso da cultura do girassol.
Ao contrário do que sucede nas culturas do girassol e do milho, as produtividades físicas da
água da cultura do trigo (Figura IV.39), apresentam uma variação acentuada consoante as
restrições. Isto deve-se ao facto de o trigo ser uma cultura de Inverno, onde as restrições
podem ser mais limitativas, tomando assim, as produtividades valores pouco usuais. Já no
caso das produtividades económicas da água, os valores obtidos apresentam comportamento
semelhante ao verificado para a cultura do milho e do girassol.
Uma forma de comparar a produtividade da água dos dois solos em estudo é a análise da
razão entre o valor da produção e o custo da água de rega. Os valores obtidos aquando da
estimativa dos preços da água para rega, permitiram obter os resultados apresentados nas
Figuras IV.40, IV.41 e IV.42. Na Tabela IV.21 são sintetizadas as diferentes situações
abordadas nas referidas figuras.
Razão Valor da Produção/Custo da água
S olo A
S olo Sr+Sr(p)
Razão
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
A B C
D E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
S olo A
P
Q
R
Fig IV.40. Produtividade Económica da Água da cultura do Girassol para os solos analisados
Razão Valor da Produção/Custo da água
Solo A
Razão
Solo Sr+Sr(p)
7,00
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
A B C
D E
F G H
I
J K
L
M N O
P Q R
Solo A
Fig. IV.41. Produtividade Económica da Água da cultura do Milho para os solos analisados
90
Capítulo IV
Razão Valor da Produção/Custo da água
Solo A
Solo Sr+Sr(p)
Razão
90,00
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
A B C
D E F
G H
I
J K
L M N
O P Q
R
Solo A
Fig. IV.42. Produtividade Económica da Água da cultura do Trigo das duas parcelas
Tabela IV.21. Síntese das diferentes situações abordadas
Procura Climática
Opção
Máxima
Produção
Média
Extrema
Máxima
Produção
Forte
Extrema
Máxima
Produção
Muito Forte
Extrema
Custo da Água
Situação Actual
Custos Variáveis
Cobertura Total
Situação Actual
Custos Variáveis
Cobertura Total
Situação Actual
Custos Variáveis
Cobertura Total
Situação Actual
Custos Variáveis
Cobertura Total
Situação Actual
Custos Variáveis
Cobertura Total
Situação Actual
Custos Variáveis
Cobertura Total
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
Neste estudo, o impacto da avaliação económica apenas foi efectuado para as culturas anuais,
uma vez que estas requerem um tipo de investimento diferente das culturas perenes, mais
fácil de calcular e apurar resultados. As culturas perenes requerem uma apreciação dos custos
ao nível da manutenção e conservação, de difícil quantificação e que vão para além do
âmbito deste projecto.
91
Capítulo IV
Referências
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93
Capítulo IV
ANEXO IV.1
Frequência de necessidade de rega e correspondentes anos de ocorrência para a cultura do
trigo, em solo A
Frequência (%)
1.7
3.4
5.1
6.8
8.5
10.2
11.9
13.6
15.3
16.9
18.6
20.3
22.0
23.7
25.4
27.1
28.8
30.5
32.2
33.9
35.6
37.3
39.0
40.7
42.4
44.1
45.8
47.5
49.2
94
Necessidade de
rega (mm)
0
0
0
17
20
26
35
47
63
68
84
85
88
90
95
97
98
99
104
106
107
128
135
136
137
139
142
148
160
Ano
Frequência (%)
1946
1971
1984
1952
1978
1960
1969
1993
1998
2000
1997
1996
1988
1974
1989
1985
1950
1963
1957
1975
1956
1961
1948
1959
1983
1954
1979
1967
1968
50.8
52.5
54.2
55.9
57.6
59.3
61.0
62.7
64.4
66.1
67.8
69.5
71.2
72.9
74.6
76.3
78.0
79.7
81.4
83.1
84.7
86.4
88.1
89.8
91.5
93.2
94.9
96.6
98.3
Necessidade de
rega (mm)
163
163
169
173
176
177
181
184
194
208
210
215
216
223
223
228
228
232
233
235
244
256
256
275
288
301
310
312
343
Ano
1976
1986
1951
1970
1990
1981
1966
1980
1994
1972
1977
1987
1962
1955
1958
1943
1973
1999
1992
1982
1964
1947
1991
1944
1995
1953
1949
1965
1945
Capítulo IV
Frequência de necessidade de rega e correspondentes anos de ocorrência para a cultura do
trigo, em solo Sr+Sr(p)
Frequência (%)
1.7
3.4
5.1
6.8
8.5
10.2
11.9
13.6
15.3
16.9
18.6
20.3
22.0
23.7
25.4
27.1
28.8
30.5
32.2
33.9
35.6
37.3
39.0
40.7
42.4
44.1
45.8
47.5
49.2
Necessidade de
rega (mm)
45
47
53
70
76
82
90
102
118
122
131
132
136
140
146
152
153
155
160
161
163
179
184
190
192
192
195
197
204
Ano
Frequência (%)
1971
1984
1946
1952
1978
1960
1969
1993
1998
1989
2000
1997
1988
1996
1974
1985
1950
1963
1957
1975
1956
1981
1961
1948
1959
1983
1954
1979
1967
50.8
52.5
54.2
55.9
57.6
59.3
61.0
62.7
64.4
66.1
67.8
69.5
71.2
72.9
74.6
76.3
78.0
79.7
81.4
83.1
84.7
86.4
88.1
89.8
91.5
93.2
94.9
96.6
98.3
Necessidade de
rega (mm)
216
218
218
220
224
229
231
249
255
264
266
267
268
271
272
278
279
283
284
291
300
312
312
318
344
357
365
368
392
Ano
1968
1976
1986
1970
1951
1980
1990
1994
1992
1972
1977
1966
1999
1987
1962
1955
1958
1973
1943
1982
1964
1991
1947
1944
1995
1953
1949
1965
1945
95
Capítulo IV
Frequência de necessidade de rega e correspondentes anos de ocorrência para a cultura do
milho, em solo A
Frequência (%)
1.7
3.3
5.0
6.7
8.3
10.0
11.7
13.3
15.0
16.7
18.3
20.0
21.7
23.3
25.0
26.7
28.3
30.0
31.7
33.3
35.0
36.7
38.3
40.0
41.7
43.3
45.0
46.7
48.3
50.0
96
Necessidade de
rega (mm)
334
378
379
397
413
442
457
471
499
500
501
506
507
508
509
523
525
527
534
534
538
539
548
553
555
559
559
564
568
580
Ano
Frequência (%)
1997
1971
1988
1977
1952
1984
1983
1970
1992
1993
1989
1969
1954
1960
1978
1975
1961
1982
1972
1994
1998
1967
1956
1973
1979
1976
1985
1963
1995
1996
51.7
53.3
55.0
56.7
58.3
60.0
61.7
63.3
65.0
66.7
68.3
70.0
71.7
73.3
75.0
76.7
78.3
80.0
81.7
83.3
85.0
86.7
88.3
90.0
91.7
93.3
95.0
96.7
98.3
Necessidade de
rega (mm)
581
582
585
593
595
612
617
618
619
621
623
631
632
634
637
654
656
658
668
675
675
679
683
687
688
691
715
736
760
Ano
1944
1987
1986
1959
1980
1957
1966
1990
1951
1981
1950
1968
1974
1964
1942
1999
1962
1945
1958
1965
1991
1955
1948
1947
2000
1943
1949
1953
1946
Capítulo IV
Frequência de necessidade de rega e correspondentes anos de ocorrência para a cultura do
milho, em solo Sr+Sr(p)
Frequência (%)
1.7
3.3
5.0
6.7
8.3
10.0
11.7
13.3
15.0
16.7
18.3
20.0
21.7
23.3
25.0
26.7
28.3
30.0
31.7
33.3
35.0
36.7
38.3
40.0
41.7
43.3
45.0
46.7
48.3
50.0
Necessidade de
rega (mm)
446
462
475
493
497
536
542
544
567
575
578
581
582
584
592
604
614
615
623
626
629
630
631
632
634
638
640
648
655
656
Ano
Frequência (%)
1997
1977
1988
1971
1952
1970
1984
1983
1972
1992
1954
1993
1982
1969
1978
1975
1967
1989
1960
1973
1976
1986
1956
1995
1979
1998
1961
1994
1963
1985
51.7
53.3
55.0
56.7
58.3
60.0
61.7
63.3
65.0
66.7
68.3
70.0
71.7
73.3
75.0
76.7
78.3
80.0
81.7
83.3
85.0
86.7
88.3
90.0
91.7
93.3
95.0
96.7
98.3
Necessidade de
rega (mm)
657
660
664
666
666
679
686
699
700
700
704
708
710
713
720
723
730
731
735
737
740
744
745
751
759
797
802
804
874
Ano
1944
1980
1996
1959
1987
1999
1951
1964
1957
1981
1968
1990
1974
1965
1962
1945
1942
1966
1958
1950
1991
1955
1949
1947
1943
1948
2000
1953
1946
97
Capítulo IV
Frequência de necessidade de rega e correspondentes anos de ocorrência para a cultura do
girassol, em solo A
Frequência (%)
1.7
3.3
5.0
6.7
8.3
10.0
11.7
13.3
15.0
16.7
18.3
20.0
21.7
23.3
25.0
26.7
28.3
30.0
31.7
33.3
35.0
36.7
38.3
40.0
41.7
43.3
45.0
46.7
48.3
50.0
98
Necessidade de
rega (mm)
55
127
149
152
157
166
176
200
214
217
218
223
234
235
239
240
257
260
263
264
264
269
270
271
278
279
282
284
292
294
Ano
Frequência (%)
1988
1971
1984
1997
1952
1977
1970
1983
1969
1961
1992
1978
1985
1967
1979
1960
1954
1963
1998
1975
1993
1957
1994
1973
1989
1982
1950
1956
1944
1995
51.7
53.3
55.0
56.7
58.3
60.0
61.7
63.3
65.0
66.7
68.3
70.0
71.7
73.3
75.0
76.7
78.3
80.0
81.7
83.3
85.0
86.7
88.3
90.0
91.7
93.3
95.0
96.7
98.3
Necessidade de
rega (mm)
298
298
298
310
312
315
319
324
326
327
327
337
337
338
338
339
344
347
349
349
358
366
382
390
391
391
395
396
400
Ano
1972
1974
1976
1959
1987
1966
1990
1986
1951
1942
1964
1981
1996
1968
1980
1948
1945
2000
1955
1958
1962
1943
1999
1991
1953
1965
1947
1946
1949
Capítulo IV
Frequência de necessidade de rega e correspondentes anos de ocorrência para a cultura do
girassol, em solo Sr+Sr(p)
Frequência (%)
1.7
3.3
5.0
6.7
8.3
10.0
11.7
13.3
15.0
16.7
18.3
20.0
21.7
23.3
25.0
26.7
28.3
30.0
31.7
33.3
35.0
36.7
38.3
40.0
41.7
43.3
45.0
46.7
48.3
50.0
Necessidade de
rega (mm)
132
202
207
212
221
229
237
279
280
295
295
298
303
305
307
315
315
320
330
333
335
340
341
343
344
346
350
355
359
362
Ano
Frequência (%)
1988
1977
1971
1970
1997
1984
1952
1992
1983
1967
1969
1961
1978
1979
1954
1973
1985
1960
1995
1975
1972
1963
1982
1998
1993
1957
1994
1944
1989
1950
51.7
53.3
55.0
56.7
58.3
60.0
61.7
63.3
65.0
66.7
68.3
70.0
71.7
73.3
75.0
76.7
78.3
80.0
81.7
83.3
85.0
86.7
88.3
90.0
91.7
93.3
95.0
96.7
98.3
Necessidade de
rega (mm)
362
363
364
364
370
374
379
385
386
386
392
393
394
395
399
401
407
413
417
420
422
427
427
429
431
437
446
450
476
Ano
1974
1964
1956
1959
1951
1980
1976
1945
1955
1987
1958
1968
1962
1966
1990
1986
1942
1981
1996
1948
1999
1965
2000
1991
1947
1953
1943
1949
1946
99
Capítulo IV
Frequência de necessidade de rega e correspondentes anos de ocorrência para a cultura do
olival, em solo A
Frequência (%)
1.7
3.3
5.0
6.7
8.3
10.0
11.7
13.3
15.0
16.7
18.3
20.0
21.7
23.3
25.0
26.7
28.3
30.0
31.7
33.3
35.0
36.7
38.3
40.0
41.7
43.3
45.0
46.7
48.3
50.0
100
Necessidade de
rega (mm)
0
28
75
88
88
103
121
133
134
138
139
152
163
166
168
168
171
176
191
195
199
203
207
210
211
212
214
216
219
222
Ano
Frequência (%)
1997
1952
1988
1969
1984
1993
1977
1960
1989
1978
1971
1961
1976
1979
1983
1996
1986
1967
1992
1972
1982
1975
1998
1956
1959
1942
1987
1980
1957
1999
51.7
53.3
55.0
56.7
58.3
60.0
61.7
63.3
65.0
66.7
68.3
70.0
71.7
73.3
75.0
76.7
78.3
80.0
81.7
83.3
85.0
86.7
88.3
90.0
91.7
93.3
95.0
96.7
98.3
Necessidade de
rega (mm)
228
230
233
235
237
238
241
243
245
252
253
254
259
259
261
267
272
281
282
292
301
303
308
312
318
339
342
387
397
Ano
1970
1954
1994
1985
1943
1963
1951
1950
1990
1974
1944
1973
1968
2000
1966
1981
1962
1995
1946
1965
1947
1991
1949
1964
1955
1948
1953
1958
1945
Capítulo IV
ANEXO IV.2
Curvas de dotação bruta e de WPI-Farm para a cultura do girassol
Solo A
Solo Sr+Sr(p)
Ano de procura climática médio
Dotação Bruta
Dotação Bruta
1,6
3500
1,4
3000
1,2
2500
1,0
2000
0,8
1500
0,6
1000
0,4
500
0,2
0
0,0
MP
a
b
c
d
e
f
g
1,80
3500
1,60
3000
1,40
1,20
2500
1,00
2000
0,80
1500
0,60
1000
0,40
500
0,20
0
h
-3
4000
3
1,8
Dotação (m )
2,0
4500
Produtividade da água (kg m-3 )
3
Dotação (m )
5000
4000
Produtividade da água (kg m )
WP I-Farm
WP I-Farm
0,00
MP
a
b
c
Estratégias
d
e
f
g
h
Estratégias
Ano de procura climática forte
Dotação Bruta
Dotação Bruta
WP I-Farm
1,0
3000
0,8
2000
0,6
0,4
1000
a
b
c
d
e
f
g
0,80
2500
0,60
2000
0,40
1000
0,20
500
0,0
MP
3000
1500
0,2
0
1,00
3500
0
h
-3
0,00
MP
Estratégias
Produtividade da água (kg m )
1,2
1,20
4000
3
4000
3
1,4
1,40
4500
Dotação (m )
1,6
5000
5000
-3
1,8
6000
Dotação (m )
WP I-Farm
2,0
Produtividade da água (kg m )
7000
a
b
c
d
e
f
g
h
Estratégias
Ano de procura climática muito forte
Dotação Bruta
Dotação Bruta
1,60
3500
1,40
3000
1,20
2500
1,00
2000
0,80
1500
0,60
1000
0,40
500
0,20
0
0,00
MP
a
b
c
d
Estratégias
e
f
g
h
1,40
5000
1,20
4000
1,00
3000
0,80
0,60
2000
0,40
1000
0,20
0
-3
4000
1,60
Produtividade da água (kg m )
1,80
3
4500
WP I-Farm
6000
Dotação (m )
2,00
-3
5000
Produtividade da água (kg m )
3
D otação (m )
WP I-Farm
0,00
MP
a
b
c
d
e
f
g
h
Estratégias
101
Capítulo IV
Curvas de dotação bruta e de WPI-Farm para a cultura do milho
Solo A
Solo Sr+Sr(p)
Ano de procura climática médio
Dotação Bruta
Dotação Bruta
WP I-Farm
1,70
3
Dotação (m )
7000
6000
1,65
5000
1,60
4000
1,55
3000
1,50
2000
1000
1,45
0
1,40
MP
a
b
c
d
e
f
g
1,43
1,43
8000
1,42
1,42
7500
1,42
7000
1,42
1,42
6500
1,42
6000
h
-3
1,43
8500
Produtividade da água (kg m )
8000
3
1,75
Dotação (m )
9000
WP I-Farm
9000
-3
1,80
Produtividade da água (kg m )
10000
1,42
MP
a
b
c
Estratégias
d
e
f
g
h
Estratégias
Ano de procura climática forte
Dotação Bruta
Dotação Bruta
WP I-Farm
3
Dotação (m )
1,32
6000
1,30
4000
1,28
2000
1,26
0
1,24
MP
a
b
c
d
e
f
g
1,33
1,32
8000
1,32
1,32
6000
1,32
1,32
4000
1,31
1,31
2000
1,31
0
h
-3
1,33
Produtividade da água (kg m )
1,34
8000
1,33
10000
3
1,36
Dotação (m )
10000
WP I-Farm
12000
-3
1,38
Produtividade da água (kg m )
12000
1,31
MP
a
b
c
Estratégias
d
e
f
g
h
Estratégias
Ano de procura climática muito forte
Dotação Bruta
Dotação Bruta
WP I-Farm
3
6000
1,10
4000
1,05
2000
1,00
0
0,95
MP
a
b
c
d
Estratégias
102
e
f
g
h
8000
1,14
6000
1,14
4000
1,13
2000
0
1,13
MP
a
b
c
d
Estratégias
e
f
g
h
-3
1,15
1,15
Produtividade da água (kg m )
8000
1,15
10000
3
1,20
Dotação (m )
1,25
10000
-3
12000
WP I-Farm
12000
Produtividade da água (kg m )
1,30
Dotação (m )
14000
Capítulo IV
Curvas de dotação bruta e de WPI-Farm para a cultura do trigo
Solo A
Solo Sr+Sr(p)
Ano de procura climática médio
Dotação Bruta
Dotação Bruta
3
Dotação (m )
20,00
2000
15,00
1500
10,00
1000
5,00
500
0
3
a
b
c
d
e
f
g
12,00
2500
10,00
2000
8,00
1500
6,00
1000
4,00
500
2,00
0
0,00
MP
3000
0,00
MP
h
-3
25,00
2500
Dotação (m )
3000
-3
30,00
Produtividade da água (kg m )
3500
Produtividade da água (kg m )
WP I-Farm
WP I-Farm
a
b
c
d
e
f
g
h
Estratégias
Estratégias
Ano de procura climática forte
Dotação Bruta
Dotação Bruta
WP I-Farm
3
Dotação (m )
7,00
2500
6,00
2000
5,00
1500
4,00
3,00
1000
2,00
500
1,00
0
0,00
MP
a
b
c
d
e
f
g
9,00
-3
3000
Produtividade da água (kg m )
8,00
3000
10,00
8,00
2500
7,00
3
9,00
Dotação (m )
3500
WP I-Farm
3500
-3
10,00
Produtividade da água (kg m )
4000
6,00
2000
5,00
1500
4,00
3,00
1000
2,00
500
1,00
0
h
0,00
MP
a
b
c
Estratégias
d
e
f
g
h
Estratégias
Ano de procura climática muito forte
Dotação Bruta
Dotação Bruta
WP I-Farm
4500
7,00
4000
5,00
4,00
3000
3,00
2000
2,00
1000
1,00
0
0,00
MP
a
b
c
d
e
Estratégias
f
g
h
6,00
3500
3
6,00
3
Dotação (m )
5000
4000
Dotação (m )
7,00
3000
5,00
2500
4,00
2000
3,00
1500
2,00
1000
1,00
500
0
-3
8,00
8,00
Produtividade da água (kg m )
5000
-3
6000
WP I-Farm
9,00
Produtividade da água (kg m )
7000
0,00
MP
a
b
c
d
e
f
g
h
Estratégias
103
Capítulo V
V. Avaliação dos sistemas de rega por aspersão e microaspersão
V.1. Introdução
Melhorar o uso da água em rega depende não só da aplicação de dotações de rega adequadas e
da sua correspondente duração, mas também do desempenho dos sistemas de rega instalados
nas parcelas, principalmente da uniformidade de distribuição e da capacidade efectiva para
controlar as alturas de água aplicadas.
Visando uma análise global dos sistemas de rega sob pressão nos Aproveitamentos
Hidroagrícolas da Vigia e do Lucefecit, avaliaram-se 15 sistemas de rega por aspersão (6
sistemas estacionários, 2 canhões com enrolador e 7 rampas pivotantes) e 7 sistemas de
microrrega. Com os dados obtidos calcularam-se diferentes indicadores de desempenho que
permitiram caracterizar e identificar os principais problemas dos sistemas de rega na parcela.
A similaridade entre a rega localizada e a rega por aspersão deve-se ao facto de que nos dois
métodos a água é aplicada sob pressão por meio de uma rede de condutas e emissores ou
aspersores espaçados regularmente. No entanto, em rega localizada nomeadamente em gota-agota, os espaçamentos, os caudais e as pressões de funcionamento são muito inferiores,
resultando que, em geral, a duração da aplicação da água e os intervalos entre regas são
menores do que em aspersão (Pereira, 2004).
A metodologia utilizada baseia-se em Merriam e Keller (1978), Keller e Bliesner (1990), Pereira e
Trout (1999), Pereira (2004), no caso dos sistemas de rega por aspersão e também ASAE EP405.1
(1997) e ASAE EP458 (1999, 2004), no caso dos sistemas de microrrega.
Nos Anexos V.1, V.2 e V.3 apresenta-se toda a informação recolhida em cada avaliação de
campo de sistemas estacionários, canhão com enrolador e rampas pivotantes, respectivamente,
bem como os cálculos dos indicadores.
Por existirem grandes diferenças na qualidade de serviço e de funcionamento entre os dois
Aproveitamentos Hidroagrícolas, foi necessário observar condições diversificadas de
funcionamento dos sistemas de rega sob pressão, o que permitiu formular considerações
gerais e aconselhamentos extrapoláveis.
V.2. Metodologia
V.2.1. Metodologia de avaliação de campo
A metodologia de avaliação de campo difere consoante o sistema de rega por aspersão
considerado, pelo que esta se apresenta de uma forma individualizada para cada um dos
sistemas. Contudo, existe alguma informação comum a todos. Assim, para os sistemas de rega
por aspersão a avaliação consistiu na recolha de informação sobre:
• Pares pressão – caudal ao longo das rampas e sistemas em funcionamento simultâneo
• Variações espaciais da pressão e caudal
• Taxas de aplicação
• Velocidade do vento
• Uniformidade de distribuição da água no sector regado
• Eficiência potencial e outros indicadores relevantes.
A recolha de informação para as avaliações efectuadas em sistemas de microrrega consistiu
em:
105
Capítulo V
•
•
•
•
Duração, frequência e sequência de um ciclo normal de rega
Características dos filtros (tipo, pressão à entrada e à saída , frequência de limpeza)
Características do gotejador (tipo, caudal nominal, pressão nominal, compasso)
Esquema do sistema (comprimentos e diâmetros das condutas, válvulas).
V.2.1.1. Sistemas estacionários
V.2.1.1.1. Equipamentos e materiais utilizados
Para a realização da avaliação de desempenho de sistemas de rega por aspersão estacionários
utiliza-se o seguinte material:
• Manómetros (0-6 bar) ligados a um tubo “Pitot”;
• Cronómetros;
• Recipientes com medida de volume claramente marcada;
• Tubos flexíveis de 3 m com um diâmetro de ¾ “ (apreciavelmente mais largo que o
diâmetro exterior do bico dos aspersores);
• Colectores para colocação na superfície da parcela;
• Uma fita métrica;
• Provetas graduadas;
• Um nónio para medir o diâmetro de bico e o seu desgaste;
• Uma sonda de cana ou similar para recolha de amostras de solo;
• Um medidor de caudal tipo contador volumétrico;
• Um anemómetro portátil;
• Uma pá e uma enxada;
• Formulário de campo.
V.2.1.1.2. Procedimentos de campo
Antes de cada avaliação propriamente dita, efectuou-se um reconhecimento da parcela e do
equipamento de rega nela instalado, recolhendo-se informação acerca da cultura,
profundidade máxima do solo e suas características, espaçamento entre rampas e aspersores,
marca e modelo do equipamento, e caracterização dos sectores de rega. Tais dados permitiram
escolher o local da avaliação e a melhor forma de a realizar. Além disso, obtiveram-se dados,
junto do agricultor, sobre a duração e frequência das regas, assim como uma estimativa da
dotação.
Efectuou-se um esquema da distribuição das rampas, referenciando a posição das que seriam
avaliadas, incluindo a posição e o número dos aspersores. No local escolhido a pressão deve
ser considerada como a típica do sistema, de forma a permitir o estudo posterior das
diferenças de pressão. No caso de uma rampa em parcela plana, a pressão mais representativa
encontra-se a cerca de 40% da distância entre a entrada da rampa e a sua extremidade a
jusante.
A avaliação dos sistemas estacionários envolveu o seguinte conjunto de medições:
a) Distribuição da pluviometria
Para a medição da distribuição da pluviometria dispuseram-se vários colectores com um
espaçamento regular, cobrindo uma malha representativa de aspersores. Em malhas
rectangulares os colectores devem cobrir uma área entre duas rampas, cujos vértices são
definidos por 4 aspersores (2 de cada rampa). No caso de malhas triangulares, a malha
avaliada deve comportar 3 rampas, incluindo um aspersor central (pertencente à rampa do
106
Capítulo V
meio) e 4 aspersores (pertencentes às rampas laterais), os quais definem os 4 vértices da
malha (Figura V.1.).
Área avaliada em malhas de
disposição rectangulares
Área avaliada em malhas de
disposição triangulares
Fig. V.1. Disposição das áreas tipo onde se avalia a distribuição da pluviometria
Cada colector foi cuidadosamente colocado com o topo nivelado e nos casos em que a cultura
era mais alta que a altura do colector, utilizaram-se hastes metálicas para elevação dos
mesmos. Para medir a água recolhida, utilizou-se uma proveta graduada (Figura V.2.), sendo
o volume medido convertido posteriormente em altura de água (mm) uma vez que a área da
abertura do colector era conhecida. Assumiu-se que cada colector recebe uma altura
representativa da água caída sobre um quadrado centrado em cada colector, com as mesmas
dimensões que o espaçamento entre colectores (ex.: 3 m x 3 m).
Udómetro
automático
Fig. V.2. Disposição de colectores para avaliação da distribuição da pluviometria
b) Caudal e pressão do sistema
O caudal e a pressão foram medidos no hidrante que abastece o sistema de rega. Em hidrantes
equipados com contadores e manómetros a medição do caudal foi efectuada de forma simples,
tendo sido, nos restantes casos, necessário recorrer a contadores volumétricos instalados à
saída da boca de rega (Figura V.3.a)).
Quando a conduta que alimenta o sistema estava à vista, o caudal foi avaliado através de um
medidor de caudal ultrassónico, instalado no exterior da conduta (Figura V.3.b)).
107
Capítulo V
a)
b)
Fig. V.3. Medição do caudal: a) em hidrantes que não têm contador e b) utilizando um medidor ultrassónico
c) Caudal e pressão nos aspersores
Durante a avaliação mediu-se o caudal em vários aspersores através do método volumétrico.
Esta medição foi efectuada no primeiro e último aspersor das rampas avaliadas, bem como em
todos os que contribuíram para a precipitação na malha avaliada (Figura V.4.). Nos mesmos
aspersores mediu-se ainda a pressão à saída dos bicos, utilizando um manómetro equipado
com um tubo de “Pitot”. As medições da pressão foram ainda realizadas no início e no final
do teste.
Fig. V.4. Medição da pressão e do caudal nos aspersores
d) Vento
Com recurso a um anemómetro portátil mediu-se a velocidade antes, durante e depois da
avaliação. Também se registou a direcção do vento.
e) Evaporação
As perdas por evaporação estimaram-se através da variação da quantidade de água em dois
colectores colocados fora da zona avaliada e durante o tempo que decorreu o ensaio.
A avaliação propriamente dita, iniciou-se com a abertura da tomada de água, deixando-se o
sistema funcionar durante cerca de 20 minutos mas impedindo a entrada de água nos
colectores. Tal serve para garantir que as observações correspondem às condições normais de
funcionamento, isto é, que não são afectadas por variações de pressão e caudal que ocorrem
no início de funcionamento. Após este período, a água aplicada pelos aspersores passa a ser
108
Capítulo V
recolhida nos colectores. A avaliação deve ter uma duração aproximada à de uma rega normal
efectuada pelo agricultor, de forma a observar-se o efeito completo do vento e da evaporação
sobre o desempenho dos sistemas.
Terminada a avaliação, mediram-se as alturas de água recolhidas em todos os colectores,
registando-se qualquer anomalia observada, nomeadamente se o conteúdo recolhido foi
demasiado alto ou baixo.
V.2.1.2. Sistema de canhão com enrolador
Os sistemas de canhão com enrolador (Figura V.5.) são constituídos por um único aspersor de
grande alcance que percorre todo o comprimento da parcela, sendo o seu movimento
conferido através do enrolamento da conduta que o abastece.
V.2.1.2.1. Equipamentos e materiais utilizados
Utilizam-se os materiais e equipamentos indicados nos sistemas estacionários, à excepção da
mangueira e do recipiente graduado, destinado à medição do caudal dos aspersores, visto que
o caudal do canhão não poder ser medido segundo o mesmo procedimento.
Com vista à avaliação da evolução da pluviometria com o avanço do canhão utilizam-se
udómetros automáticos.
Fig. V.5. Composição de um sistema de canhão com enrolador
V.2.1.2.2. Procedimentos de campo
A avaliação dos sistemas de canhão com enrolador consistiu no seguinte conjunto de
medições:
a) Distribuição da pluviometria
Colocaram-se os colectores para medição da pluviometria numa linha perpendicular à do
avanço do canhão, a uma distância de 3 m entre eles. Os colectores adjacentes à linha central
da faixa regada foram colocados a 1,5 m do centro, de ambos os lados, enquanto os colectores
exteriores foram colocados até 3 a 6 m para além dos limites da faixa molhada de forma a ser
recolhida toda a água aplicada, devido ao arrastamento pelo vento (Figura V.6.). Foram
também colocados udómetros automáticos a diferentes distâncias do canhão.
109
Capítulo V
Fig. V.6. Medição da distribuição da pluviometria em sistemas de canhão com enrolador
b) Caudal e pressão
Observaram-se e registaram-se as pressões na tomada, no enrolador e no bocal (quando
possível). O caudal debitado pelo aspersor foi calculado com base no caudal debitado pela
tomada, cujos valores coincidem se não houver fugas nas tubagens que ligam a tomada ao
aspersor. A medição do caudal na tomada foi efectuada através de um contador quando este
existia, caso contrário recorreu-se a um contador volumétrico.
c) Velocidade de deslocação
A velocidade de deslocação da máquina (m/h) determinou-se quando esta passou sobre a
linha dos colectores.
A avaliação dos sistemas de canhão com enrolador incluiu ainda a medição do ângulo
molhado e do alcance do aspersor, da velocidade do vento e da evaporação.
Para o cálculo dos indicadores assumiu-se que o ensaio é representativo da parcela, isto é, que
a rega das faixas adjacentes daria resultados idênticos. Assim aos volumes recolhidos na faixa
avaliada sobrepõem-se os volumes externos das faixas adjacentes. Para o cálculo de UD e
EPQmin, assumiu-se que o perfil de altura de água representava a distribuição sobre toda a
parcela.
V.2.1.3. Sistema de rampa pivotante
Nos sistemas de rampas pivotantes, a rampa que suporta e alimenta os aspersores tem um
movimento rotacional em torno de um ponto central. As rampas pivotantes podem conter
aspersores convencionais, difusores ou droplers. Na extremidade da rampa é vulgar a
existência de um aspersor de maior alcance (Figura V.7.).
V.2.1.3.1. Equipamento e materiais utilizados
Para a realização da avaliação do desempenho de rampas pivotantes o equipamento utilizado é
essencialmente o mesmo do aplicado na avaliação dos sistemas de canhão com enrolador.
V.2.1.3.2. Procedimentos de campo
A avaliação dos sistemas com rampas pivotantes envolveu o seguinte conjunto de medições:
110
Capítulo V
Rampa com
aspersores
Rampa com
difusores
Rampa com
droplers
Fig. V.7. Sistemas de rampas pivotante com diferentes formas de emissão
a) Caudal total de entrada no sistema;
A maioria das rampas pivotantes estão munidas de um contador, o que facilitou a medição do
caudal. Contudo, nalguns casos houve necessidade de recorrer a um medidor de caudal
ultrassónico (Figura V.3.b)), quando este não existia ou estava danificado. Este equipamento
permite obter um hidrograma ao longo do intervalo de tempo durante o qual dura o ensaio.
b) Distribuição da pluviometria;
No local escolhido para a avaliação procedeu-se à colocação dos colectores, ao longo de dois
raios, com um espaçamento não superior a 10 m. O primeiro colector colocou-se a metade da
distância escolhida, a partir do pivot e os seguintes à distância escolhida até ao fim do raio do
111
Capítulo V
círculo molhado pela rampa. Os colectores foram numerados a partir do pivot, indicando a
posição relativa dos colectores em relação ao centro do círculo. Em rampas longas os
primeiros colectores foram omitidos mas as suas posições foram registadas como se estes
existissem. Mediu-se igualmente a evolução da pluviometria instantânea ao longo da
passagem da máquina com o auxílio de udómetros automáticos, os quais foram instalados a
diferentes distâncias do centro.
V.2.1.4. Sistema de microrrega
As técnicas de avaliação dos sistemas de microrrega têm por objectivo a análise das condições
actuais de gestão e exploração dos sistemas bem como a determinação dos potenciais para o
funcionamento mais económico e eficaz. Primeiramente é identificada a exploração e
recolhidos os seguintes dados:
• características do solo: textura, densidade aparente, coeficiente de emurchecimento e
capacidade de campo;
• características da cultura: estado fenológico, compasso de plantação, profundidade
radicular e percentagem da área coberta;
• característica da rega: duração, frequência e sequência de um ciclo normal de rega;
• características dos filtros: tipo, pressão à entrada e à saída e frequência de limpeza (Figura
V.8a));
• características do gotejador: tipo, caudal nominal, pressão nominal e compasso;
• esquema do sistema: comprimentos das várias condutas respectivos diâmetros e material
de fabrico, e válvulas utilizadas (Figura V.8b));
• topografia da parcela.
Traçado o esquema da rede de rega foi identificado o sector e determinados os emissores a
analisar, de acordo com a metodologia proposta por Merriam e Keller (1978):
• no sector seleccionado, localizaram-se quatro rampas ao longo do porta-rampas: no início
da linha de abastecimento, a 1/3, a 2/3 e no extremo oposto (Figura V.8c));
• em cada rampa identificaram-se quatro pontos: no início, a 1/3, a 2/3 e na extremidade.
Para cada ponto foram efectuadas medições de caudal, em dois gotejadores adjacentes, e
da pressão (Figura V.8d)). As observações de caudal consistiram na leitura do volume de
água recolhido em cada emissor durante um minuto.
Observaram-se as percentagens de solo humedecido num dos pontos de teste, de cada rampa
seleccionada, escolhida uma posição diferente em cada rampa.
112
Capítulo V
a)
Válvula
Início
b)
Rampas
1/3
2/3
Fim
d)
c)
Fig. V. 8. a) Sistema de filtragem; b) Válvulas sectoriais; c) Esquema do sector e pontos de avaliação;
d) Medição da pressão num ponto.
V.2.2. Metodologia de cálculo dos indicadores
A metodologia utilizada para o cálculo dos indicadores de desempenho dos sistemas de rega por
aspersão baseia-se em Merriam e Keller (1978), Keller e Bliesner (1990), Pereira e Trout (1999),
Pereira (2004), ASAE EP405.1 (1997) e ASAE EP458 (1999), no caso dos sistemas de
microrrega.
Os dados recolhidos foram utilizados para o cálculo de alguns indicadores de desempenho,
nomeadamente a uniformidade de distribuição, o coeficiente de uniformidade, a eficiência
potencial do quartil mínimo, bem como para obter dados sobre a altura média fornecida e perdas
por evaporação e arrastamento pelo vento, entre outros.
a) Uniformidade da distribuição, UD (%),
UD = 100
AMQmin
AM
(V.1)
b) Coeficiente de uniformidade, CU (%),
⎛
∑X
CU = 100 ⎜⎜ 1 n AM
⎝
⎞
⎟
⎟
⎠
(V.2)
onde AMQmin representa a altura média de água recolhida no quarto dos colectores, que
receberam as menores alturas de água (mm), AM a altura média de água recolhida em todos
os colectores (mm), X o desvio absoluto das alturas de água recolhidas em relação a AM
(mm) e n o número de colectores utilizados no teste.
113
Capítulo V
V.2.2.1 Sistemas estacionários
Nos sistemas de aspersão estacionários os aspersores permanecem fixos durante a rega, sendo
alimentados por uma malha de condutas (rampas) enterradas ou à superfície do solo, devendo
o sistema, neste último caso, ser desmontado no final da campanha de rega. Os indicadores de
desempenho específicos deste sistema de rega calculam-se com base nas seguintes equações:
a) Uniformidade de distribuição do sistema, UD sist. (%),
1 + 3(Pmin / Pmed) 0.5
UDsist = UD
4
(V.3)
b) Coeficiente de uniformidade do sistema, CU sist. (%),
1 + (Pmin / Pmed)
2
0.5
CUsist = CU
(V.4)
sendo Pmin a menor pressão observada no sistema e Pmed a pressão média do sistema.
c) Eficiência potencial do quartil mínimo, EPQmin (%),
EPQ min = 100
TMAQ min
Ia
(V.5)
sendo TMAQmin a taxa média de aplicação de água no quartil mínimo (mm/h) e Ia a taxa de
aplicação ou pluviometria, (mm/h):
d) Taxa média aplicada no quartil mínimo, TMAQmin (mm/h),
TMAQmin =AMQmin/T
(V.6)
onde AMQmin representa a altura média de água (mm) recolhida no quarto de colectores que
receberam as menores alturas de água (Eq.V.1), e T o tempo de duração do teste (h).
e) Taxa de aplicação média, Ia (mm/h),
Ia =
qa
qa
=
A asp
S 1S
(V.7)
2
sendo qa o caudal médio dos aspersores medido no teste e Aasp a área molhada por cada
aspersor, correspondendo ao produto entre o espaçamento entre rampas, S1,e o espaçamento
entre aspersores na rampa, S2.
f) Eficiência potencial do sistema, EPsist (%),
EPsist =(1-ER) EPQmin
(V.8)
sendo ER a redução de eficiência que ocorre no sistema devido à variação da pressão no
sistema.
g) Redução da eficiência devida à variação de pressão, ER,
ER = 0.2
114
P max- Pmin
Pmed
(V.9)
Capítulo V
sendo Pmax a pressão máxima, Pmin a pressão mínima e Pmed a pressão média observadas
no sistema.
V.2.2.2. Sistemas de canhão com enrolador
A avaliação de canhões com enrolador foca sobretudo a sua velocidade de avanço, as alturas
de água aplicadas ao longo da direcção perpendicular ao deslocamento e as pressões
disponíveis no canhão e na tomada.
O cálculo dos indicadores de desempenho foi efectuado do seguinte modo:
a) Eficiência potencial da aplicação, EPQmin (%),
AMQmin
x100
D
EPQmin =
(V.10)
onde AMQmin representa a altura média de água recolhida no quarto dos colectores que
receberam as menores alturas de água (mm) e D a altura média fornecida (mm).
b) Altura média fornecida, D (mm),
D=
Qasp
1000
W Vdes
(V.11)
onde Qasp é o caudal do aspersor (m3/h), W é o espaçamento real (m) e Vdes a velocidade de
deslocamento (m/h).
c) Taxa média de aplicação, Ia (mm/h),
Ia = 1000
Qasp 360
π/4 * W 2 α
(V.12)
onde Qasp é o caudal em (m3/h), W é o espaçamento real (m) e α é o ângulo do sector molhado
(º).
V.2.2.3. Rampas pivotantes
Para o cálculo dos indicadores de desempenho deste sistema de rega foi necessário efectuar a
ponderação dos volumes de água recolhidos em função da distância dos colectores ao pivot.
a) Média ponderada dos volumes de água recolhidos, V p (ml),
n
Vp =
∑
V iS i
i =1
(V.13)
n
∑
Si
i =1
onde Vi é o volume de água recolhida no colector de ordem i (ml) e Si é o peso representativo
da distância ao pivot.
b) Eficiência potencial do quartil mínimo, EPQmin (%),
EPQmin =
AMPQmin
100
Dr
(V.14)
115
Capítulo V
onde AMPQmin é a altura média ponderada do quartil mínimo (mm) e Dr a altura média
fornecida (mm).
c) Altura média fornecida por revolução, Dr (mm),
Dr = 10
T r Q sist
A
(V.15)
onde Tr é o tempo por revolução em (h), Qsist o caudal de entrada no sistema (m3h-1) e A a área
molhada (ha).
d) Taxa de aplicação, Ia (mm/h)
Ia =
AMP
Tfim
(V.16)
onde AMP é altura ponderada do sistema (mm) e Tfim o tempo durante o qual os colectores
recebem água no último lanço (h).
V.2.2.4. Microrrega
Os dados de campo recolhidos foram processados de modo a encontrar os seguintes
indicadores de desempenho:
a) Desvio padrão, Sq, e o coeficiente de variação do caudal, Vqs (%),
1/ 2
⎧⎪ 1 ⎡ n 2 1 n ⎤ 2 ⎫⎪
Sq = ⎨
⎢∑ qi − n ∑ qi ⎥ ⎬
i =1
⎪⎩ n − 1 ⎣ i =1
⎦ ⎪⎭
Vqs = 100
(V.17)
Sq
qa
(V.18)
sendo qi o caudal do emissor (l h-1), n o numero total de emissores, i o índice que identifica o
emissor e qa o caudal médio (l h-1).
b) Coeficiente de variação da carga hidráulica, Vhs (%),
1/ 2
2
⎧⎪ 1 ⎡ n
1 n ⎤ ⎫⎪
2
Sq = ⎨
⎢∑ Hi − n ∑ Hi ⎥ ⎬
i =1
⎪⎩ n − 1 ⎣ i =1
⎦ ⎪⎭
Vhs = 100
Sq
Ha
(V.19)
(V.20)
onde Hi é a carga do emissor (m) e Ha é a carga média do emissor (m).
c) Percentagem de solo humedecido, Pw (%),
Pw = 100
np L e D w
SpSr
(V.21)
em que np é o número de gotejadores por planta, Sp Sr é o compasso das plantas (m2), Le é a
distância entre emissores na rampa (m) e Dw é o diâmetro da zona humedecida (m).
116
Capítulo V
d) Coeficiente de uniformidade proposto por Christiansen (1942), CU (%),
⎛
1
CU = 100⎜⎜1 −
⎝ nq a
n
∑q
i =1
i
⎞
− q a ⎟⎟
⎠
(V.22)
sendo qa o caudal médio aplicado (l h-1) e qi o caudal do emissor (l h-1).
e) Uniformidade de distribuição, UD (%),
QMQ min
UD =
qa
(V.23)
sendo QMQmin o caudal médio aplicado no menor quartil (mm) e qa o caudal médio aplicado
(l h-1).
f) Altura média aplicada em cada rega, Daw (mm),
D aw =
Nq a t d
aw
(V.24)
sendo N o número de emissores por planta, qa o caudal médio dos emissores (l h-1), td o tempo
de funcionamento (h) e aw a área humedecida por planta (%), (Eq. V.21).
g) Altura de água aplicada a toda a parcela, Da (mm),
Da =
Nq a t d
SpSr
(V.25)
calculada substituindo na equação V.24 a área molhada pelo compasso da cultura, Sr x Sp
(m2).
h) Volume de água aplicado diariamente por planta, Dp (mm),
Dp =
Nq a t d
Ti
(V.26)
onde Ti é o intervalo entre regas (dias).
i) Défice de gestão, MAD (%),
MAD =
D aw
RU P w
(V.27)
sendo RU a reserva utilizável do solo (mm).
j) Reserva utilizável, RU (mm),
RU = (θcc - θce) dap *10 * Z
(V.28)
onde dap é a densidade aparente, Z é o perfil de solo explorado pelas raízes (m), θCC e θCE são
os teores de humidade correspondente à capacidade de campo e ao ponto de emurchecimento
permanente, respectivamente, e expressos em percentagem de solo seco.
k) Eficiência potencial de aplicação do sistema, EPQminsist (%),
117
Capítulo V
EPQminsist = ER*EPQmin
(V.29)
onde ER é o factor de correcção da eficiência (Eq. V.30) e EPQmin é estimada como sendo
igual à uniformidade de distribuição (Eq. V.23) por impossibilidade de observar as perdas de
água que, eventualmente, poderão ocorrer para além da zona radicular.
l) Factor de redução de eficiência, ER,
⎛H
ER = ⎜⎜ n
⎝ Ha
⎞
⎟⎟
⎠
x
(V.30)
onde Hn é a pressão mínima à entrada da rampa, Ha a pressão média ao logo do porta-rampas e
x é o expoente característico do gotejador.
V.3. Análise dos resultados dos ensaios
Na rega por aspersão a uniformidade depende essencialmente das variáveis de projecto
nomeadamente, da pressão de funcionamento, variação de pressão dentro do sistema,
espaçamento entre os aspersores, dimensão do bico, forma de distribuição da água pelo
aspersor, velocidade e direcção do vento (Pereira, 2000; Pereira et al., 2002).
Para um dimensionamento correcto de um sistema de rega, segundo Merriam e Keller (1978),
a variação dos caudais nas rampas não deve ser superior a 10% e a variação da pressão nas
rampas deve ser inferior a 20 %.
De forma a compreender muitas das conclusões a que se chegou é necessário ter em conta a
relação existente entre a uniformidade da distribuição (UD) e a eficiência de aplicação (ea):
ea ≤ UD
(V.31)
em que UD é o valor limite que pode ser alcançado pela eficiência de aplicação se toda a água
aplicada na parcela ficar disponível na zona radicular, ou seja, se não ocorrer percolação da
água para camadas mais profundas do solo, evaporação ou escoamento superficial. No caso da
microrrega, a eficiência de aplicação está apenas dependente da percolação da água, sendo
diminutas as restantes perdas de água.
As Tabelas V.1 e V.2 mostram os valores da eficiência de aplicação para rega por aspersão, os
quais variam consoante o tipo de sistema.
Tabela V.1 Valores indicativos das eficiências de aplicação para sistemas de rega por aspersão bem projectados e
bem mantidos (Pereira, 2004)
•
•
•
•
•
•
Sistemas de Rega
Sistemas estacionários de cobertura total
Sistemas estacionários deslocados manualmente
Rampas com rodas
Aspersores canhão com enrolador ou com cabo
Rampas móveis com pivot central
Linha continua de emissores gota-a-gota
Eficiências de aplicação (%)
65-85
65-80
65-80
55-70
65-85
70-90
A eficiência de aplicação depende da condução da rega, isto é, da quantidade e oportunidade
das aplicações. Deste modo, a uniformidade de distribuição funciona como um indicador que
118
Capítulo V
caracteriza o sistema (o equipamento em si), enquanto que a eficiência de aplicação
caracteriza a gestão na dependência das limitações impostas pelo sistema (Pereira, 2004).
É de salientar que uma boa uniformidade de distribuição é condição essencial para que se faça
um uso eficiente da água, não devendo ser negligenciada quer em projecto, quer em gestão
dos sistemas, conforme se constata frequentemente.
Tabela V.2 Eficiências típicas de aplicação de sistemas de rega por aspersão bem geridos (Keller and Bliesner,
1990)
Sistema
Eficiência (%)
• Sistemas móveis e fixos com excelente uniformidade em
climas frios e húmidos com ventos baixos
85
• Eficiência típica para sistemas móveis na maioria dos climas
e para a maioria dos ventos; e sistemas fixos com taxa de
aplicação médias a altas e boas uniformidades na maioria dos
climas e com ventos baixos
80
• Eficiência utilizada para os típicos sistemas fixos na maioria
dos climas e ventos; e para sistemas móveis em climas
desérticos e ventos elevados
75
• Sistemas fixos com altas taxas de aplicação em climas
desérticos com ventos elevados ou baixas taxas de aplicação
em outros climas com ventos elevados; e pivots
70
• Sistemas fixos com taxas de aplicação moderadamente
baixas em zonas climáticas desérticas e ventos elevados ou
taxas de aplicação baixas em climas desérticos altos e ventos
elevados
65
• Sistemas fixos com taxas de aplicação baixas e pluviometria
pequena operando em climas desérticos com ventos médios a
elevados; e canhões e aspersores de impacto
• Microrrega
60
90
V.3.1 Sistemas estacionários
Os sistemas avaliados encontram-se em parcelas ocupadas, em regra, pela cultura do milho.
As tubagens destes sistemas estão, na sua maioria, enterradas. O espaçamento entre rampas é,
em todos os casos estudados, de 18 m e a distância entre aspersores consecutivos varia entre
os 12 e os 18 m.
Segundo Pereira (2004), os valores da eficiência de aplicação para sistemas estacionários de
cobertura total bem projectados e bem mantidos situam-se entre 65 e 85%.
Em linhas gerais, verificou-se que os valores dos indicadores estão abaixo dos ideais para este
tipo de sistema de rega, de acordo com os valores de referência (Tabelas V.1 e V.2).
No Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit as uniformidades de distribuição variam entre
os 58 e os 80%. Já o coeficiente de uniformidade tem variações que vão dos 75 aos 87%. No
que respeita à eficiência potencial do sistema, os valores situam-se entre os 49% e os 64%.
No Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia, a uniformidade de distribuição encontra-se entre
os 16 e os 78 % e o coeficiente de uniformidade está entre os 40 e os 86 %. Em relação à
eficiência potencial do sistema, os valores encontram-se entre os 11 e os 90 %.
Na Tabela V.3 apresentam-se os valores obtidos dos indicadores de desempenho dos sistemas
estacionários alvo de estudo.
119
Capítulo V
Os sistemas apresentam, de um modo geral, eficiências potenciais muito baixas uma vez que
os seus valores se deviam situar entre os 65 e os 80%. Se tivermos em conta que a gestão e a
condução da rega não são feitas da melhor forma, os verdadeiros valores da eficiência de
aplicação são bastante mais baixos, o que leva a que se desperdice grandes volumes de água.
Tabela V.3. Indicadores de desempenho para a aspersão com sistemas estacionários
UD
(%)
UD sistema
(%)
CU
(%)
CU sistema EP quartil EP sistema
(%)
mínimo (%)
(%)
Vigia
Ensaio 1
Ensaio 2
15.8
29.1
15.6
29.1
40.4
46.8
40.1
46.8
11.1
27.2
11.0
27.2
T-148
Vigia
Ensaio 1
78.2
77.1
86.3
85.5
93.4
92.0
T-134
Vigia
Ensaio 1
43.1
42.6
62.0
61.6
23.1
22.9
T-82
Vigia
Ensaio 1
54.8
53.4
79.2
77.8
34.4
33.5
Ensaio 1
57.6
56.9
75.1
74.5
49.5
48.9
Ensaio 1
Ensaio 2
79.6
75.3
79.2
74.6
86.4
83.6
86.1
83.1
64.2
59.4
63.7
58.6
H-123
Lucefecit
H-122
Lucefecit
Na Figura V.9. encontra-se representada a distribuição espacial da pluviometria medida na
malha de colectores utilizada para o ensaio da tomada 148 do Aproveitamento Hidroagrícola
da Vigia. Este ensaio, que obteve os melhores resultados de todas as avaliações efectuadas,
decorreu em condições favoráveis: o vento não se fazia sentir, não existia entupimento de
nenhum bico, os aspersores eram todos iguais (existindo um boa sobreposição dos raios
molhados) e as variações de pressões verificadas nos aspersores em teste foram claramente
inferiores ao aceitável (cerca de 7%).
Pluviometria
(mm/h)
1-2
2-3
3-4
Fig. V.9. Distribuição espacial da pluviometria medida no ensaio da tomada 148, Vigia
120
Capítulo V
No entanto, é de salientar que estas condições de funcionamento não existiam em todo o
sector regado e/ou parcela regada. Alguns aspersores do mesmo sector encontravam-se
entupidos e nem todos eram iguais, verificando-se alcances e, consequentemente, raios
molhados diferentes.
Os piores valores dos indicadores de desempenho registaram-se na avaliação designada por
Vigia. Este sistema estacionário rega uma parcela de 9 ha de área, sendo abastecido pela
tomada de água que se encontra num extremo da parcela e reforçado por uma ligação directa à
rede na conduta C1.1 (Figura V.10.).
Ligação directa à
conduta C1.1
Tomada
N
M
Sector avaliado
(54 aspersores)
Sector avaliado
(37 aspersores)
Fig. V.10. Esquema do sistema de rega designado por Vigia
O número de sectores de rega que compõem o sistema é variável de acordo com a pressão
disponível na rede colectiva, sendo este local muito vulnerável a oscilações de pressão (subbloco das Sortes). Desta forma, a dimensão de cada sector de rega pode variar de 30 a 55
aspersores.
O sistema foi avaliado perante a situação normal de funcionamento (Ensaio 1), que
corresponde a 54 aspersores em funcionamento simultâneo, encontrando-se na Figura V.11 a
distribuição espacial da pluviometria medida na malha de colectores.
No dia em que a avaliação foi efectuada a pressão disponível da tomada situava-se entre 3,4 e
3,9 bar. De acordo com a gestão praticada pelo agricultor, este valor de pressão permitia a
utilização de um sector de rega com 54 aspersores (6 rampas em funcionamento simultâneo).
É de referir que a velocidade do vento era elevada, rondando os 3 m/s.
Sendo por vezes dificil evitar a rega em dias ventosos, uma forma de minorar o problema da
má uniformidade de distribuição consiste em promover uma maior concentração da
pluviometria próximo do aspersor, pois havendo um maior número de gotas a efectuar uma
trajectória mais curta, estas estarão menos sujeitas à acção do vento. Este efeito pode ser
obtido através do aumento da pressão de funcionamento dos aspersores, mediante a redução
do número de aspersores por sector, e elevação do espalhador do aspersor. Desta forma, o
sistema foi reavaliado após serem introduzidas estas duas alterações, correspondendo ao
ensaio 2.
121
Capítulo V
Pluviometria
(mm/h)
0-1
1-2
2-3
3-4
Fig. V.11. Distribuição espacial da pluviometria medida no ensaio 1, Vigia, com 54 aspersores
Os resultados obtidos continuam a estar longe dos ideais. Não obstante, a uniformidade de
distribuição do ensaio 2 ficou próxima do dobro da obtida no ensaio1 e a eficiência potencial
do quartil mínimo verificada no 2º ensaio aumentou cerca de 2,5 vezes. Na Figura V.12
apresenta-se a distribuição espacial da pluviometria medida no ensaio 2, com 37 aspersores.
Pluviometria
(mm/h)
0-2
2-4
4-6
6-8
8-10
Fig. V.12. Distribuição espacial da pluviometria medida no ensaio 2, Vigia, com 37 aspersores
V.3.2 Sistemas de canhão com enrolador
Os dois sistemas avaliados tinham em comum regarem a mesma cultura: o milho. No que
respeita às condições de funcionamento, existiam bastantes diferenças.A faixa molhada do
ensaio realizado no Aproveitamento Hidroagrícola da Vigia tinha um comprimento de 350 m,
com um espaçamento de 56 m, sendo a distância do hidrante ao enrolador de 204 m. O ângulo
molhado era de 220º e a velocidade de deslocamento de 52.4 m/h. O ensaio decorreu com a
velocidade do vento situada em 1 m/s.
122
Capítulo V
No ensaio efectuado no Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit, a faixa molhada tinha
um comprimento de 200 m, com um espaçamento de 42 m, existindo 126 m de distância entre
o hidrante e o enrolador. O ângulo molhado era de 200º e a velocidade de deslocamento de
12.4 m/h. De referir que o ensaio decorreu com uma velocidade do vento de 3 m/s.
Segundo Pereira (2004), os valores da eficiência de aplicação para aspersores canhão com
enrolador ou com cabo bem projectados e bem mantidos situam-se entre 55 e 70%.
O cálculo dos indicadores de desempenho foi determinado considerando duas situações
distintas: não existindo sobreposição de faixas (uma única faixa de rega) e existindo
sobreposição de faixas. Nos dois casos estudados existia sobreposição de faixas, sendo a
largura molhada de 73.5 m no caso do ensaio designado por Vigia e 50 m no ensaio designado
por Lucefecit. Na Tabela V.4 encontram-se os valores dos indicadores de desempenho dos
respectivos sistemas de rega de canhão com enrolador.
Tabela V.4. Indicadores de desempenho para sistemas de canhões com enrolador
Vigia
Lucefecit
Ensaio 1
Ensaio 1
UD (%)
CU (%)
EPQmin (%)
Sem
sobreposição
50.7
75.5
23.8
Com
sobreposição
75.3
78.4
46.7
Sem
sobreposição
18.2
50.9
9.8
Com
sobreposição
50.5
75.5
33.1
A uniformidade de distribuição nos canhões estudados varia entre 50 e 75%, enquanto que o
coeficiente de uniformidade varia entre os 75 e os 78% .No que respeita à eficiência potencial
do quartil mínimo, os valores variam entre 33% e 47%.
Em relação à altura média de água aplicada e recolhida, os ensaios demonstraram que a água
recolhida é bastante inferior à aplicada, existindo uma maior diferença no ensaio designado
por Lucefecit (42.4 mm de altura média de água aplicada contra 27.8 mm de altura média de
água recolhida).
As Figuras V.13 e V.14 ilustram a distribuição da altura de água, a altura média aplicada e
recolhida nos dois ensaios efectuados e para as duas situações estudadas.
Quando se analisa a altura de água correspondente ao quartil mínimo, verifica-se que são
bastante inferiores à média recolhida. Isto traduz-se numa baixa eficiência potencial dos
sistemas. No entanto, reduzindo o espaçamento e aumentando a largura molhada, a eficiência
potencial do sistema aumenta, bem como se reduz a diferença entre a a altura média de água
aplicada e a recolhida.
123
Capítulo V
-30
-20
-10
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Altura de água (mm)
Altura de água (mm)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0
10
20
30
Distância (m)
-30
-20
0
10
20
30
Distância (m)
a)
recebida
-10
media recebida
b)
media aplicada
Fig. V.13. Altura média de água aplicada e recebida e distribuição da altura de água recebida durante o ensaio do
canhão do Lucefecit: a) sem sobreposição de faixas, b) com sobreposição de faixas
É de salientar que os ângulos molhados verificados nos ensaios estão aquém dos mais
adequados para se obter uma boa uniformidade de distribuição. Os valores indicados situamse entre os 240 e os 300º. Além disso, a utilização de ângulos baixos conduz a taxas de
aplicação mais altas, que pode originar maiores dificuldades na infiltração, geralmente baixa
nestes solos.Acresce que se observaram ângulos molhados assimétricos em relação ao eixo de
deslocamento, o que é forte causa de baixa uniformidade.
25
20
15
10
5
0
-40
-30 -20
30
Altura de água (mm)
Altura de água (mm)
30
-10 0
10
Distância (m)
20
30
40
25
20
15
10
5
-40
-30
a
-20
0
-10
0
10
Distância (m)
20
30
40
b)
)
recebida
media recebida
media aplicada
Fig. V.14. Altura média de água aplicada e recebida e distribuição da altura de água recebida durante o ensaio do
canhão da Vigia: a) sem sobreposição de faixas, b) com sobreposição de faixas
De notar que o efeito do vento (3 m/s) que se fez sentir durante o ensaio ocorrido no
Aproveitamento Hidroagrícola do Lucefecit, é claramente vísivel pela distorção no perfil de
distribuição pluviométrica do canhão.
V.3.3 Rampas pivotantes
Segundo Pereira (2004), os valores da Eficiência de Aplicação para rampas móveis com pivot
central bem projectados e bem mantidos situam-se entre 65 e 85%.
A avaliação dos sistemas de rampas pivotantes ocorreu, sobretudo, em parcelas em que o
milho era a cultura instalada. Houve também a avaliação de uma rampa que regava girassol,
outra que regava beterraba e outra com uma consociação de azevém/sorgo.
124
Capítulo V
As rampas avaliadas tinham 3 ou mais lanços e um lanço suspenso mas nem todas
apresentavam canhão de extremidade. Estavam equipados com o mesmo tipo de
aspersor/difusor. As áreas regadas situavam-se entre os 10 ha e os 34 ha.
Na Tabela V.5 podem visualizar-se os valores calculados dos indicadores de desempenho dos
sistemas de rampas pivotantes.
Nestes sistemas de rega, de um modo geral, os valores dos indicadores de desempenho
calculados situam-se entre o medíocre e o aceitável. Verificou-se que cerca de 67% apresenta
valores de uniformidade de distribuição bastante baixos (entre 40 e 70%), correspondendo a
eficiências de aplicação muito baixas, não ultrapassando os 60%. No entanto, encontraram-se
alguns com valores bastante satisfatórios, contrastando com outros cujos valores são
inaceitáveis.
Tabela V.5. Indicadores de desempenho para sistemas de rampas pivotantes
UD (%)
CU (%)
EPQmin (%)
Ensaio 1
65.6
82.1
52.6
Ensaio 2
66.9
83.2
48.4
Ensaio 1
65.6
78.9
56.1
Ensaio 2
66.7
76.4
57.2
Fragosa
Vigia
Ensaio 1
73.2
81.8
60.7
Vigia
Mencoca, Pv 3
Ensaio 1
81.3
88.6
66.6
Vigia
Mencoca, Pv 4
Ensaio 1
71.2
84.1
69.5
H310
Lucefecit
Ensaio 1
38.0
48.2
25.8
Vigia
Ensaio 1
54.2
81.3
55.8
Monte Igreja
Vigia
Alpendres
Vigia
Assim, os valores da uniformidade de distribuição obtidos situam-se entre 38 e 81%. O
coeficiente de uniformidade apresenta valores entre 48 e 89%. No que diz respeito à eficiência
de aplicação, os valores obtidos variam entre 26 e 70%.
No que se refere à altura média de água aplicada e a altura média recolhida, as maiores
diferenças encontradas correspondem aos ensaios que demonstraram os piores indicadores de
desempenho, de que é exemplo o ensaio designado por H310, Lucefecit.
Na Figura V.15 encontra-se representada a altura média de água aplicada, recebida e a sua
distribuição ao longo do raio molhado da avaliação levada a cabo na rampa pivotante
designada por Mencoca, Pv4, Vigia, onde se registaram os melhores valores dos indicadores
de desempenho estudados.
125
Capítulo V
14
Altura de água (mm)
12
10
8
6
4
2
0
30
48
66
84
102 120 138 156 174 192 210 228 246 264 282 300 318
Distância à torre (m)
Dotação
Altura média recolhida
Distribuição da água recolhida
Fig. V.15. Altura de água aplicada pela rampa designada Mencoca, Pv 4, ensaio 1, Aproveitamento
Hidroagrícola da Vigia
Na Figura V.16 encontra-se representada a altura média de água aplicada, recebida e a sua
distribuição ao longo do raio molhado pertencente à rampa pivotante avaliada designada por
H310, Lucefecit, onde se registaram os piores valores dos indicadores de desempenho
estudados.
18
16
Altura de água (mm)
14
12
10
8
6
4
2
0
15
30
45
Dotação
60
75
90
105
Distância à torre (m)
Altura média recolhida
120
135
150
Distribuição da água recolhida
Fig. V.16. Altura de água aplicada pela rampa designada H310, ensaio 1, Aproveitamento Hidroagrícola do
Lucefecit
126
Capítulo V
No sistema designado por Monte Igreja, Vigia, as regas eram diárias com velocidade
percentual entre 20 e 30% para a fase inicial do ciclo da cultura (da emergência até ao início
do crescimento rápido). Para as fases seguintes, o sistema era gerido com velocidades
percentuais mais elevadas, entre 60 e 80 %.
Assim, o referido sistema foi avaliado perante as duas condições de velocidade de rotação:
uma à velocidade percentual de 30% (ensaio 1), situação praticada no momento, visto o milho
se encontrar ainda em fase de emergência; outra à velocidade percentual de 60% (ensaio 2),
correspondente a uma situação de milho em fase de crescimento rápido. As velocidades
percentuais referidas dizem respeito aos valores indicados pelo controlador da rampa. A
velocidade do vento sentida durante os dois ensaios manteve-se mudando, no entanto, a
direcção.
Recorrendo ao údometro, a avaliação da intensidade pluviométrica foi efectuada perante as
duas velocidades percentuais e a diferentes distâncias na rampa, obtendo-se os hietogramas
representados nas Figuras V.17. e V.18.
70
60
50
50
i (mm/h)
i (mm/h)
60
40
30
20
40
30
20
10
10
0
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0
2
4
6
8
t (min)
10
12
14
16
18
20
t (min)
a)
b)
Fig. V.17. Hietogramas medidos à velocidade percentual de 30%, a várias distâncias do pivot: a) 208 m;
b) 216 m
Perante os hietogramas obtidos, observa-se um aumento significativo da intensidade
pluviométrica com o afastamento em relação ao fulcro. Na extremidade da rampa foram
registados valores de pico de pluviometria entre 60 e 70 mm/h. A velocidade de rotação tem
uma influência reduzida sobre os valores máximos de pluviometria registados.
60
50
50
40
40
i (mm/h)
i (mm/h)
60
30
20
10
30
20
10
0
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
0
20
t (min)
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
t (min)
a)
b)
Fig. V.18. Hietogramas medidos à velocidade percentual de 60%, a várias distâncias do pivot: a) 56 m; b) 112 m
Assim, para diferentes velocidades de rotação observam-se alterações pouco significativas nos
indicadores obtidos. Contudo, analisando a distribuição da precipitação nas duas avaliações,
observam-se diferenças significativas, o que se justifica pelas distintas condições de vento. Na
1ª avaliação, a direcção do vento foi aproximadamente paralela aos raios, o que promoveu um
aumento das alturas recolhidas nas extremidades.
127
Capítulo V
V.3.4 Microrrega
Durante as campanhas de rega de 2003 a 2006 avaliaram-se 7 sistemas de microrrega em
funcionamento nos Aproveitamentos Hidroagrícolas da Vigia e do Lucefécit. A partir dos
dados de campo determinaram-se os indicadores de desempenho e analisaram-se os seus
resultados.
Os indicadores calculados estão relacionados com a uniformidade de aplicação da água, as
variações do caudal e as variações da pressão no sistema de rega. A maioria dos sistemas
apresentava valores de uniformidade bons ou excelentes, com excepção de um, que registava
a classificação de inaceitável. Este último apresentava elevados valores de variação da carga,
o que reflecte o desajustamento do projecto de rega da realidade.
De uma maneira geral os sistemas de rega em funcionamento reflectem o cuidado tido na fase
do projecto e uma maior sensibilidade por parte do agricultor para a gestão deste tipo de
sistema de rega. No entanto, os sistemas de filtragem reflectem ainda a necessidade de uma
melhor manutenção em virtude do elevado registo de emissores entupidos em sistemas de
rega com menos de um ano de funcionamento.
A Tabela V.6 apresenta as características dos sistemas de rega avaliados no que se refere ao
tipo de emissor utilizado, ao ano de instalação e à cultura regada. Todos os sistemas de rega
instalados na vinha e no olival apresentavam gotejadores auto-compensantes. As restantes
culturas tinham instalado tubo flexível com gotejadores integrados.
Tabela V.6. Características dos sistemas de microrrega avaliados
N
2003
O
2004
(5)
4
X
P
2005
(5)
5
X
Q
2005
(6)
2
X
R
2005
S
2006
(5)
6
2006
(6)
<1
T
(2)
<1
Milho
Vinha
<1
Oliveira
(3)
Melão
Idade (anos)
Ano da
avaliação
Cultura
Tubo Flexível
Sistemas
Autocompensante
Gotejadores
X
X
X
X
<1 - Sistema de rega instalado no início da campanha de rega
No que se refere à idade dos emissores, o mais antigo tinha 6 anos (sistema S), seguindo-se
um com 4 anos (sistema O), o sistema Q com 2 anos e os restantes com menos de 1 ano. A
Tabela V.7 apresenta as características dos emissores instados nos sistemas de rega avaliados.
A Tabela V.8 apresenta os indicadores de desempenho obtidos com base nos dados de campo
e calculados com a ajuda do modelo MIRRIG (Pedras, 2003; Pedras e Pereira, 2004, 2005,
2006).
128
Capítulo V
Tabela V.7. Dados característicos dos emissores avaliados
Emissor nº
Marca-Modelo
Expoente do emissor, x
Caudal,
q
Pressão,
H (kPa)
Coeficiente de
variação de fabrico,
CV (%)
(2)
T-Tape (TSX 506)
0,4942
5,0 l/h/m
55,0
2,4
(3)
Netafim (StreamLine)
0,45
2,6 l/h/m
55,0
< 3,0
(5)
Netafim (RAM)
-0,012
1,6 l/h
98,1
3,7
(6)
PLASTRO (Hydro PC)
0,012
2,2 l/h
98,1
6,6
A variabilidade dos caudais dos emissores, expressa pelos indicadores UD, Vqs e Us, são de
acordo com os parâmetros indicados pela ASAE-EP458 (2004): excelentes para quatro
sistemas de rega (O, P, Q, S) e bons para dois sistemas (R, T) e pobres ou inaceitáveis para o
sistema N. O bom desempenho destes sistemas de rega, traduzidos nestes indicadores,
reflectem a qualidade do projecto e a adequação das práticas de manutenção dos sistema de
rega.
Tabela V.8. Indicadores de desempenho dos sistemas de rega avaliados
Sistema
UD
(%)
CU
(%)
Us
(%)
Vqs
(%)
Vhs
(%)
Vpf
(%)
qn*
qa
(L/h/m) ou *(L/h)
N
53,3
71,4
35,2
64,8
65,5
57,7
1,6
4,5
46,1
78,5
O
93,4
95,2
94,7
5,3
44,0
5,3
1,8*
1,9*
148,1
237,3
P
92,0
95,6
94,9
5,1
13,6
5,0
1,8*
2,0*
235,4
274,6
Q
96,1
97,0
96,2
3,8
3,4
3,4
2,0*
2,1*
286,4
304,0
R
82,1
86,7
84,0
16,0
13,1
14,6
3,5
4,5
55,9
68,6
S
90,9
95,4
94,3
5,7
14,1
5,7
1,7
2,0
147,1
205,9
T
85,7
92,8
94,7
5,3
4,2
5,3
1,4
2,3
217,7
228,5
Ha
Hma**
(kPa)
-1
*qn é o caudal mínimo do emissor (L h ); ** Hma é a carga máxima no emissor (kPa)
O sistema N é o que apresenta um coeficiente de variação da carga hidráulica Vhs mais
elevado. O facto deste valor ser superior a 30% mostra que a variação da carga está na origem
da elevada variação do caudal dos emissores, Vqs. Em virtude do sistema de rega se encontrar
instalado numa zona com declive, deveria ter sido ponderada, aquando do projecto, a
utilização de válvulas reguladoras de pressão. Este sistema de rega apresentava também
pressões superiores (Hma) à recomendada pelo fabricante, que segundo este não deveria
exceder 60,0 kPa. Este controle fica dificultado pela inexistência de manómetros nos sistemas
de rega, sendo a pressão à entrada do sector ajustada com base na sensibilidade do agricultor
ao toque quando pressiona uma rampa em funcionamento.
Os elevados valores do coeficiente de variação do desempenho do emissor Vpf devem-se
essencialmente ao entupimento dos emissores. O principal motivo deste entupimento está
relacionado com a qualidade da água de rega associado tanto à inadequada escolha dos filtros
como à sua utilização deficiente. A limpeza dos filtros ocorria em dias fixos na semana e, na
maior parte dos casos, não estava relacionada com a diferença de pressão registada entre a
entrada e saída dos filtros.
129
Capítulo V
Por outro lado, nenhum agricultor tinha realizado qualquer tratamento químico à água da
rega, de modo a prevenir o entupimento dos emissores.
V.4. Comentários
De uma forma geral, o equipamento dos sistemas estacionários de rega é antigo e o seu
estado de conservação não é o desejável. É visível a falta de manutenção, com bicos entupidos
e a gestão dos mesmos é geralmente inadequada, ocorrendo, por exemplo, aspersores com
bicos de diferentes diâmetros a trabalhar na mesma rampa. Em regra, os agricultores não têm
conhecimento das características do equipamento instalado nas suas parcelas.
Um melhor conhecimento, nomeadamente através de apoio técnico regular, permitiria uma
melhor gestão do equipamento assim como a sua escolha adequada (idêntica marca e
modelo). Tal traduzir-se-ía numa melhoria do desempenho. A redução do espaçamento entre
rampas e/ou aspersores permitiria obter uma melhor uniformidade de distribuição da água
aplicada, mesmo em situações de vento desfavorável. Contudo, há que evitar regar em
períodos de ocorrência de vento.
No caso dos sistemas de canhão com enrolador, o desconhecimento por parte dos
agricultores relativamente às características técnicas do equipamento e aos procedimentos
mais adequados para a sua correcta utilização era evidente.
Em situação de vento forte, não se deveria regar afim de se evitar elevadas perdas de água por
evaporação e arrastamento, levando este último facto a uma forte distorção nos padrões de
distribuição pluviométrica. A largura molhada deveria ser reduzida e deveria promover-se o
aumento do ângulo de abertura. Tal permitiria uma maior sobreposição e, consequentemente,
atingir melhores desempenhos.
Também, há que ter em conta o estado de conservação do tubo semi-rígido que puxa o
canhão, o qual pode ser o causador de elevadas perdas da água aplicada, mesmo em situações
de uniformidades de distribuição aceitáveis.
No que respeita aos sistemas de rega com rampas pivotantes verificou-se que, de um modo
geral, os valores dos indicadores de desempenho se situam na gama entre o medíocre e o
aceitável. No entanto, encontraram-se alguns casos com valores bastante satisfatórios,
contrastando com outros, cujos valores eram totalmente inaceitáveis.
As excessivas taxas pluviométricas, as baixas uniformidades de distribuição, as elevadas
perdas por evaporação e arrastamento pelo vento, o escoamento superficial e erosão do solo
foram os principais problemas encontrados. Os piores resultados encontrados coincidem com
situações de deficiências de projecto (rampas mal equipadas), manutenção inadequada
(aspersores entupidos) e alterações no equipamento original (casos da troca de aspersores por
difusores).
A maioria dos sistemas de microrrega apresentava valores de uniformidade bons ou
excelentes, com excepção de um, que registava a classificação de inaceitável. Este último
apresentava elevados valores de variação da carga o que reflecte desajustamento do projecto
de rega da realidade.
De uma maneira geral, os sistemas de rega em funcionamento reflectem o cuidado tido na
fase do projecto e uma maior sensibilidade por parte do agricultor para a gestão deste tipo de
sistema de rega. No entanto, os sistemas de filtragem reflectem ainda a necessidade de uma
melhor manutenção em virtude do elevado registo de emissores entupidos em sistemas de
rega com menos de um ano de funcionamento.
130
Capítulo V
A título de conclusão, pode-se referir que os sistemas de aspersão estacionários foram aqueles
que apresentaram os piores indicadores de desempenho, tendo os sistemas de microrrega
apresentado valores, na sua maioria, muito bons.
De salientar que os critérios utilizados pelos agricultores na escolha dos equipamentos se
centram, maioritariamente, apenas nos custos de investimento. No entanto, existe já uma
marcada tendência para a escolha de sistemas de microrrega em parcelas “renovadas” e,
consequentemente, uma maior preocupação na elaboração do projecto e empenho na
instalação. Estas parcelas, que estão cada vez mais a surgir, têm áreas bastante diversificadas
e, essencialmente contêm olival ou vinha.
Resumidamente pode-se afirmar que, de um modo geral, os principais problemas encontrados
se prendem com três questões fundamentais: a falta de qualidade dos projectos por aspersão, a
inadequada manutenção dos sistemas de rega e a sua menos boa gestão.
V.5. Principais recomendações relativas aos casos estudados
Aspersão fixa
• Redução dos espaçamentos quer entre aspersores, quer entre rampas (no caso de
tubagens desmontáveis);
• utilização de tubagens com um diâmetro adequado (um diâmetro maior leva a que
ocorram menores perdas de carga dentro do sistema);
• os sistemas devem ser objecto de projecto e estes devem ser elaborados de forma
cuidada recorrendo-se, por exemplo, a modelos como o Avasper (ver Capítulo VI).
Canhões com enrolador
• Aumentar a sobreposição entre faixas adjacentes, ou seja, reduzir o espaçamento entre
passagens;
• regular o ângulo de sector do canhão para 270º, o que permitirá melhorar as
uniformidades de distribuição;
• a velocidade de deslocamento deverá estar de acordo com as dotações a aplicar. A
utilização de um modelo como o DOTmm/horas, permite determinar o tempo de rega
em horas e/ou a velocidade de deslocamento do canhão, de acordo com a dotação em
mm a aplicar (ver Capítulo VI);
• a rega não deverá ser efectuada em condições de vento forte em virtude da grande
susceptibilidade a este factor;
• a pressão deverá ser a adequada a cada situação, recorrendo-se a reguladores ou a
sobrepressores, consoante a pressão seja, respectivamente, muito elevada ou
insuficiente;
• os sistemas devem ser objecto de projecto que devem ser elaborados de forma cuidada,
recorrendo-se, por exemplo, a modelos como o TRAVGUN, de forma a obter melhores
resultados (ver Capítulo VI).
131
Capítulo V
Rampas pivotantes
• Um projecto elaborado cuidadosamente, não só tendo em conta a escolha adequada da
carta de aspersores mas também a taxa de infiltração de água no solo, permitirá
solucionar grande parte dos problemas identificados;
• de forma a evitar as grandes perdas por evaporação e contrariar a ocorrência de
escoamento e consequente erosão, poderiam utilizar-se aspersores de impacto ou os
modernos aspersores do tipo “rotator” em vez de difusores de placa plana, uma vez que
estes últimos pulverizam excessivamente as gotas de água e, tendo um reduzido
diâmetro molhado, produzem taxas de aplicação muito elevadas;
• os agricultores deveriam adoptar medidas de conservação da água, tais como o
encovachamento do terreno ou a utilização de mulches em sementeira directa, de forma
a melhorar a fracção de água infiltrada, contrariando assim o escoamento superficial e,
consequentemente, a erosão do solo;
• o modelo DEPIVOT, por exemplo, poderá ser utilizado na fase de projecto, bem como
na avaliação do desempenho do sistema em trabalho, ajudando a um melhor
desempenho destes sistemas (ver Capítulo VI).
Microrrega
• Apesar de, em geral, os sistemas reflectirem o cuidado tido na fase de projecto, os
sistemas de filtragem apresentam necessidade de uma melhor manutenção em virtude
do elevado registo de emissores entupidos em sistemas de rega com menos de um ano
de funcionamento;
• necessidade de algum apoio de extensão e formação aos agricultores, de forma a ajudálos a tomar as melhores decisões, quer no momento da compra dos sistemas
(considerando em simultâneo critérios económicos, hidráulicos e ambientais), quer
durante o período de operação do sistema. Esta ajuda recaíria, também, sobre as
estratégias a utilizar na condução da rega e na exploração do sistema, para que existisse
um funcionamento mais eficaz;
• para os sistemas de microrrega com valores de Us < 80%, devem procurar-se soluções
que maximizem o desempenho hidráulico dos sistemas e/ou o desempenho dos
emissores. Esta procura pode ser implementada com a ajuda do modelo de apoio à
decisão MIRRIG (ver Capítulo VI), e está publicada em Pedras e Pereira 2003, 2004,
2005.
A elaboração deste capítulo contou com a colaboração dos parceiros ESAC, COTR e UAlg.
132
Capítulo V
Referências
ASAE EP405.1, 1997. Design and installation of microirrigation systems. In: ASAE Standards 1997,
ASEA, St. Joseph, MI.
ASAE EP458, 1999. Field evaluation of microirrigation systems. Standards Engineering Practices
Data. In: ASAE Standards 1999, St. Joseph, MI.
ASAE EP458, 2004. Design and installation of microirrigation systems. Standards Engineering
Practices Data. In ASAE Standards 2004., St Joseph, MI, pp. 992-928.
Field evaluation of microirrigation systems. Standards Engineering Practices Data. In: ASAE
Standards 1999, St. Joseph, MI.
Christiansen, J. F., 1942. Irrigation by sprinkling. California Agric. Exp. Sta Bull. 670, University of
California, Berkeley.
Keller, J., Bliesner, R. D., 1990. Sprinkle and Trickle Irrigation. Van Nostrand Reinhold, New York.
Merriam, J. L., Keller, J., 1978. Farm Irrigation System Evaluation : A guide for Management. Dept.
Agricultural and Irrigation Engineering, Utah St. University, Logan.
Pereira, L. S., Trout, T. J., 1999. Irrigation Methods. In: HN van Lier, LS Pereira, FR Steiner (Eds.)
CIGR Handbook of Agricultural Engineering, Vol. I: Land and Water Engineering, ASAE, St.
Joseph, MI: 297-379.
Pereira, L. S., 2004. Necessidades de água e métodos de rega. Europa-América, Eds. Lisboa.
Pedras, C. M. G., 2003. Sistema de apoio à decisão para projecto e análise de funcionamento de
sistemas e rega sob pressão (rega localizada). Tese de Doutoramento, Faro (Portugal),
Faculdade de Engenharia de Recursos Naturais, Universidade do Algarve, 204 pp.
Pedras, C. M. G., Pereira, L. S., 2004. MIRRIG, a decision support tool for design and evaluation of
microirrigation systems. Application to field evaluation and farmers advice. 2004 CIGR
International Conference Beijing, Pequim (China), pp. 185-192.
Pedras, C. M. G., Pereira, L. S., 2005. A multicriteria decision support tool for design of farm microirrigation systems. Proceedings of EnviroWater 2005, Arlington (EUA), pp. 48 -58.
Pedras, C. M. G., Pereira, L. S., 2006. A DSS for Design and Performance Analysis of Microirrigation
Systems. Proceedings of WCCA 2006 – World Congress on Computers in Agriculture, Orlando,
(EUA), pp. 666 - 671.
133
Capítulo V
ANEXO V.1
Avaliação de sistemas de aspersão estacionários
Localização:
Cultura:
Data
Lucefecit
Milho
Prof zona radicular
DGP(%)
Hidrante
30-05-2003
H-122
Boca
4 folhas
Estado fenológico
DGP(mm)
Água utilizável (mm/m)
Regas:
Aspersores
(catálogo)
Frequência 2 em 2 dias
Marca
Nelson
Pressão (bar)
Duração (h)
Modelo
Caudal (l/s)
F44
2
Bicos: diâmetros (mm)
Alcance (m) 8,8x13,5
(mm)
Altura aplicada
4x3
Taxa de aplicação (mm/h)
Alcance (m)
Espaçam. entre aspersores (m)
2
Área regada (m )
12x18
216
Rampa: nº
1
Comp(m)
48
P. externo (mm)__16__ Haste (m)
3
Declive
Rampa: nº
2
Comp(m)
36
P. externo (mm)__16___ Haste (m)
3
Declive
Rampa: nº
3
Comp(m)
48
P. externo (mm)___16__ Haste (m)
3
Declive
Dados climáticos:
Vento(m/s):
Velocidade
0,3
Evaporação: Colector1 vol. Inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
Direcção
200
Temp. ºC)
volume final (ml)
volume final (ml)
HR (%)
185
Perdas (ml)
15
15
Ensaio:
134
início
15:00
Fim
16:45
Perdas (mm)
0,81
Duração (h)
1,75
Capítulo V
Pressão real no aspersor e caudais no sistema
Aspersores em teste
bico 1
Rampa
bico2
nº aspersor
Pressão(kPa)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
1
2
285
4,35
15,94
0,9824
4,35
52,94
0,2958
1,2782
1
3
290
4,35
14
1,1186
4,35
61,81
0,2534
1,3719
2
3
280
4,35
17,75
0,8823
4,35
42,12
0,3718
1,2540
3
3
280
4,35
16,28
0,9619
4,35
51,21
0,3058
1,2677
nº aspersor
Pressão(bar)
Volume (l)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Total (m3/h)
Outros aspersores no sistema
Rampa
Pmédia
Pmáximo
Pmínimo
Variação pressão (%)
Hidrante
Pressão média (kPa)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Qmed(m3h)
284
290
280
3,52
Qmáximo
Qmínimo
Variação caudal (%)
3
Volume (m )
Pressão
380
0,395
380
Total (m3/h)
1,2930
1,3719
1,2540
9,12
3
Tempo (s) Caudal (m /h)
60
23,7
Caudal médio (m3/h)
23,7
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
2
Área do colector (m )
0,15
0,02
10. Dados relativos à grelha de colectores
3x3
135
Capítulo V
nº de colector
Volume (ml)
151
130
155
170
182
123
151
184
168
126
141
162
146
140
145
137
154
170
185
143
160
196
209
183
158
192
216
185
143
169
193
160
110
140
128
115
144
144
113
110
173
160
148
130
190
175
189
152
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
nº de colectores
1/4 colectores
136
Taxa (mm/h)
48
12
Altura
mm
4,6
4,0
4,8
5,2
5,6
3,8
4,6
5,6
5,2
3,9
4,3
5,0
4,5
4,3
4,5
4,2
4,7
5,2
5,7
4,4
4,9
6,0
6,4
5,6
4,8
5,9
6,6
5,7
4,4
5,2
5,9
4,9
3,4
4,3
3,9
3,5
4,4
4,4
3,5
3,4
5,3
4,9
4,5
4,0
5,8
5,4
5,8
4,7
soma tx
Media tx
231,7 soma desv
4,8 Media desv
Desvio à media (mm/h)
0,2
0,8
0,1
0,4
0,8
1,1
0,2
0,8
0,3
1,0
0,5
0,1
0,3
0,5
0,4
0,6
0,1
0,4
0,9
0,4
0,1
1,2
1,6
0,8
0,0
1,1
1,8
0,9
0,4
0,4
1,1
0,1
1,5
0,5
0,9
1,3
0,4
0,4
1,4
1,5
0,5
0,1
0,3
0,8
1,0
0,5
1,0
0,2
31,4 soma
0,7 Media
Taxa (mm/h)
Quartil mínimo
3,4
3,4
3,5
3,5
3,8
3,9
3,9
4,0
4,0
4,2
4,3
4,3
46,1
3,8
Capítulo V
nº de colectores
1/4 colectores
soma tx
Media tx
soma desv
Media desv
soma tx qmin
Media tx qmin
Uniformidade de distribuição (UD)
UD (%)= 79,6
Uniformidade do sistema
48
12
231,68
4,83
31,45
0,66
46,10
3,84
UDsist (%)= 79,2
Coeficiente de uniformidade (CU)
CU (%)= 86,4
RESUMO
UD (%)
CU (%)
Udsist (%)
CUsist (%)
EPQmin (%)
Epsist (%)
CUsist (%)= 86,1
79,6
86,4
79,2
86,1
64,2
63,7
Eficiência Potencial de Aplicação relativa ao Quartil mínimo
EPQmin (%)= 64,18
Ia (mm/h)=
5,986
Eficiência Potencial do sistema
EPsist (%) = 63,73
ER= 0,007
137
Capítulo V
Lucefecit
Localização:
Cultura:
Milho
10-06-2003
Data
Estado fenológico
Prof zona radicular
DGP(%)
Hidrante
H-122
Boca
6 folhas
DGP(mm)
Água utilizável (mm/m)
Regas:
Aspersores
(catálogo)
Frequência 2 em 2 dias
Marca
Nelson
Pressão (bar)
Duração (h)
Modelo
Caudal (l/s)
F44
2
Altura aplicada
Bicos: diâmetros (mm)
Alcance (m) 8,8x13,5
(mm)
4x3
Taxa de aplicação (mm/h)
Alcance (m)
Espaçam. entre aspersores (m)
2
Área regada (m )
12x18
216
Rampa: nº
1
Comp(m)
48
P. externo (mm)__16__ Haste (m)
3
Declive
Rampa: nº
2
Comp(m)
36
P. externo (mm)__16___ Haste (m)
3
Declive
Rampa: nº
3
Comp(m)
48
P. externo (mm)___16__ Haste (m)
3
Declive
Dados climáticos:
Vento(m/s):
Velocidade
2,5
Evaporação: Colector1 vol. Inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
Direcção
200
NW
Temp. (ºC)
volume final (ml)
volume final (ml)
HR (%)
190
Perdas (ml)
10
10
Ensaio:
138
início
11:00
Fim
12:30
Perdas (mm)
0,54
Duração (h)
1,5
Capítulo V
Pressão real no aspersor e caudais no sistema
Aspersores em teste
bico 1
Rampa
bico2
nº aspersor
Pressão(kPa)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m 3/h)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
1
2
300
4,35
15,5
1,0103
4,35
54,5
0,2873
1,2977
1
3
290
4,35
15
1,0440
4,35
61,25
0,2557
1,2997
2
3
280
4,35
17,3
0,9052
4,35
43
0,3642
1,2694
3
2
280
4,35
15,62
1,0026
4,35
45,78
0,3421
1,3446
nº aspersor
Pressão(bar)
Volume (l)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Total (m3/h)
Outros aspersores no sistema
Rampa
Pmédia
Pmáximo
Pmínimo
Variação pressão (%)
Hidrante
Pressão média (kPa)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
3
288
300
280
6,96
Qmed(m h)
Qmáximo
Qmínimo
Variação caudal (%)
3
Volume (m )
Pressão
390
0,3
390
3
Total (m /h)
1,3028
1,3446
1,2694
5,78
3
Tempo (s) Caudal (m /h)
45
24
Caudal médio (m3/h)
24
Dados relativos à grelha de colectores
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
2
Área do colector (m )
3x3
0,154
0,019
139
Capítulo V
nº de colector
Volume (ml)
130
120
105
160
100
80
100
130
115
95
110
125
80
140
130
120
140
170
170
130
150
170
210
170
135
155
175
175
110
126
137
134
105
107
107
117
138
121
102
110
160
137
137
126
150
150
161
155
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
nº de colectores
1/4 colectores
140
Taxa (mm/h)
48
12
Altura
mm
4,7
4,3
3,8
5,7
3,6
2,9
3,6
4,7
4,1
3,4
3,9
4,5
2,9
5,0
4,7
4,3
5,0
6,1
6,1
4,7
5,4
6,1
7,5
6,1
4,8
5,6
6,3
6,3
3,9
4,5
4,9
4,8
3,8
3,8
3,8
4,2
4,9
4,3
3,7
3,9
5,7
4,9
4,9
4,5
5,4
5,4
5,8
5,6
soma tx
Media tx
228,5 soma desv
4,8 Media desv
Desvio à media (mm/h)
0,1
0,5
1,0
1,0
1,2
1,9
1,2
0,1
0,6
1,4
0,8
0,3
1,9
0,3
0,1
0,5
0,3
1,3
1,3
0,1
0,6
1,3
2,8
1,3
0,1
0,8
1,5
1,5
0,8
0,2
0,1
0,0
1,0
0,9
0,9
0,6
0,2
0,4
1,1
0,8
1,0
0,1
0,1
0,2
0,6
0,6
1,0
0,8
37,4 soma
0,8 Media
Taxa (mm/h)
Quartil mínimo
2,9
2,9
3,4
3,6
3,6
3,7
3,8
3,8
3,8
3,8
3,9
3,9
43,0
3,6
Capítulo V
nº de colectores
1/4 colectores
soma tx
Media tx
soma desv
Media desv
soma tx qmin
Media tx qmin
Uniformidade de distribuição (UD)
UD (%)= 75,3
Uniformidade do sistema
48
12
228,46
4,76
37,38
0,78
43,01
3,58
UDsist (%)= 74,6
Coeficiente de uniformidade (CU)
CU (%)= 83,6
RESUMO
UD (%)
CU (%)
Udsist (%)
CUsist (%)
EPQmin (%)
Epsist (%)
CUsist (%)= 83,1
75,3
83,6
74,6
83,1
59,4
58,6
Eficiência Potencial de Aplicação relativa ao Quartil mínimo
EPQmin (%)= 59,42
Ia (mm/h)=
6,032
Eficiência Potencial do sistema
EPsist (%) =
58,59
ER= 0,014
141
Capítulo V
Lucefecit
Localização:
Cultura:
Milho
Data
24-06-2003
Estado fenológico
Prof zona radicular
DGP(%)
Hidrante
H-123
Boca
6 folhas
DGP(mm)
Água utilizável (mm/m)
Regas:
Aspersores
(catálogo)
Frequência 4 em 4 dias
Marca
Pressão (bar)
France RBE
Duração (h)
Modelo
Caudal (l/s)
6
Altura aplicada
(mm)
Bicos: diâmetros (mm)
Alcance (m) 9,7x7,8
Taxa de aplicação (mm/h)
Alcance (m)
Espaçam. entre aspersores (m)
2
Área regada (m )
18x18
324
Rampa: nº
Comp(m)
P. externo (mm)__16__ Haste (m)
Declive
Rampa: nº
Comp(m)
P. externo (mm)__16___ Haste (m)
Declive
Rampa: nº
Comp(m)
P. externo (mm)___16__ Haste (m)
Declive
Dados climáticos:
Vento(m/s):
Velocidade
1
Evaporação:
Colector1 vol. Inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
Direcção
200
Temp. (ºC)
volume final (ml)
volume final (ml)
HR (%)
192
Perdas (ml)
8
8
Ensaio:
142
início
11:30
Fim
13:00
Perdas (mm)
0,45
Duração (h)
1,5
Capítulo V
Pressão real no aspersor e caudais no sistema
Aspersores em teste
bico 1
Rampa
bico2
nº aspersor
Pressão(kPa)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
1
1
160
4,35
22
0,7118
0,5
8,87
0,2029
0,9147
1
2
150
4,35
21,37
0,7328
0,5
10,6
0,1698
0,9026
nº aspersor
Pressão(bar)
Volume (l)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Total (m3/h)
Outros aspersores no sistema
Rampa
Pmédia
Pmáximo
Pmínimo
Variação pressão (%)
Hidrante
Pressão média (kPa)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
3
155
160
150
6,45
Qmed(m h)
Qmáximo
Qmínimo
Variação caudal (%)
3
Volume (m )
Pressão
500
180
500
3
Total (m /h)
0,9087
0,9147
0,9026
1,34
3
Tempo (s) Caudal (m /h)
3600
180
Caudal médio (m3/h)
180
143
Capítulo V
Dados relativos à grelha de colectores
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
0,15
2
Área do colector (m )
0,0179
nº de colector
Volume (ml)
Taxa (mm/h)
62
82
65
85
70
70
22
53
15
92
77
39
94
69
65
90
65
67
45
95
48
88
66
50
87
56
55
42
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
28
7
nº de colectores
1/4 colectores
Altura
mm
2,3
3,1
2,4
3,2
2,6
2,6
0,8
2,0
0,6
3,4
2,9
1,5
3,5
2,6
2,4
3,4
2,4
2,5
1,7
3,5
1,8
3,3
2,5
1,9
3,2
2,1
2,0
1,6
soma tx
Media tx
67,6 soma desv
2,4 Media desv
5x5
Desvio à media (mm/h)
0,1
0,6
0,0
0,8
0,2
0,2
1,6
0,4
1,9
1,0
0,5
1,0
1,1
0,2
0,0
0,9
0,0
0,1
0,7
1,1
0,6
0,9
0,0
0,6
0,8
0,3
0,4
0,8
0,8
0,6
1,5
1,7
1,8
1,9
1,6
UD (%)= 57,6
Uniformidade do sistema
9,7
1,4
16,8 soma
0,6 Media
nº de colectores
1/4 colectores
soma tx
Media tx
soma desv
Media desv
soma tx qmin
Media tx qmin
Uniformidade de distribuição (UD)
Taxa (mm/h)
Quartil mínimo
28
7
67,56
2,41
16,81
0,60
9,72
1,39
UDsist (%)= 56,9
Coeficiente de uniformidade (CU)
CU (%)= 75,1
RESUMO
UD (%)
CU (%)
Udsist (%)
CUsist (%)
EPQmin (%)
Epsist (%)
CUsist (%)= 74,5
Eficiência Potencial de Aplicação relativa ao Quartil mínimo
EPQmin (%)= 49,51
Ia (mm/h)=
2,805
Eficiência Potencial do sistema
EPsist (%) =
144
48,88
ER= 0,013
57,6
75,1
56,9
74,5
49,5
48,9
Capítulo V
Localização:
Cultura:
Data
Vigia
Beterraba
T-82
Boca
Estado fenológico
Prof zona radicular
DGP(%)
Hidrante
11-07-2003
DGP(mm)
Água utilizável (mm/m)
Regas:
Aspersores
(catálogo)
Frequência
Marca
Marlux
Pressão (bar)
Altura aplicada
Duração (h)
Modelo
Caudal (l/s)
Pat 6683
(mm)
Bicos: diâmetros (mm)
Taxa de aplicação (mm/h)
Alcance (m)
Alcance (m)
Espaçam. entre aspersores (m)
2
Área regada (m )
13,5x12
162
Rampa: nº
1
Comp(m)
66
P. interno (mm)_49
Haste (m)
Declive
Rampa: nº
2
Comp(m)
66
P. interno (mm)_49
Haste (m)
Declive
38
Diâmetro
Porta rampas
Comprimento (m)
77 mm
Material
Conduta secundária
Comprimento (m)
Diâmetro
Material
Dados climáticos:
Vento(m/s):
Velocidade 1.6-1.4
Evaporação:
Colector1 vol. Inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
Direcção
200
Temp. (ºC)
volume final (ml)
volume final (ml)
HR (%)
180
Perdas (ml)
20
20
Ensaio:
início
12,45
Fim
13,45
Perdas (mm)
1,13
Duração (h)
1
145
Capítulo V
Pressão real no aspersor e caudais no sistema
Aspersores em teste
bico 1
Rampa
nº aspersor
Pressão(kPa)
1
2
220
215
1
6
225
210
2
1
235
2
3
3
Tempo(s)
caudal(m /h)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m /h)
Total (m /h)
9,9
9,57
8,97
9,88
10,1
10,53
10,18
10,37
9,66
9,32
9,93
9,97
1,8182
1,8809
2,0067
1,8219
1,7822
1,7094
1,7682
1,7358
1,8634
1,9313
1,8127
1,8054
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
21,18
22,37
21,37
21,37
21,35
20,78
22,41
21,5
22,03
22,09
22,47
23,28
0,8499
0,8046
0,8423
0,8423
0,8431
0,8662
0,8032
0,8372
0,8171
0,8148
0,8011
0,7732
2,6680
2,6855
2,8490
2,6642
2,6253
2,5756
2,5714
2,5730
2,6804
2,7462
2,6138
2,5786
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Total (m /h)
6
240
225
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
nº aspersor
Pressão(bar)
Volume (l)
220
bico2
3
Volume (l)
Outros aspersores no sistema
Rampa
Pmédia
Pmáximo
Pmínimo
Variação pressão (%)
Hidrante
Pressão média (kPa)
146
Tempo(s)
caudal(m3/h)
3
225
240
210
13,33
Qmed(m h)
Qmáximo
Qmínimo
Variação caudal (%)
3
Volume (m )
Pressão
175
0,1
184
0,2
183
1
182
1
185
184
181
182
Tempo (s)
15,06
30,64
152,2
153,38
3
Caudal médio (m /h)
Caudal (l/s)
23,90438247
23,49869452
23,65308804
23,47111749
23,63
3
2,6526
2,8490
2,5714
10,47
Capítulo V
Dados relativos à grelha de colectores
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
2
Área do colector (m )
nº de colector
Volume (ml)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
23
5
nº de colectores
1/4 colectores
Taxa (mm/h)
3x3
0,15
0,018
Altura
mm
Desvio à media (mm/h)
250
200
175
180
200
80
14,2
11,3
9,9
10,2
11,3
4,5
3,9
1,1
0,4
0,1
1,1
5,7
167
190
246
209
50
208
195
220
240
195
85
199
220
175
200
170
115
9,5
10,8
13,9
11,8
2,8
11,8
11,0
12,5
13,6
11,0
4,8
11,3
12,5
9,9
11,3
9,6
6,5
0,8
0,5
3,7
1,6
7,4
1,5
0,8
2,2
3,3
0,8
5,5
1,0
2,2
0,4
1,1
0,6
3,8
soma tx
Media tx
236,0 soma desv
10,3 Media desv
4,5
9,5
2,8
4,8
6,5
49,2 soma
2,1 Media
nº de colectores
1/4 colectores
soma tx
Media tx
soma desv
Media desv
soma tx qmin
Media tx qmin
Uniformidade de distribuição (UD)
UD (%)= 54,8
Uniformidade do sistema
Taxa (mm/h)
Quartil mínimo
28,1
5,6
23
5
236,04
10,26
49,18
2,14
28,14
5,63
UDsist (%)= 53,4
Coeficiente de uniformidade (CU)
CU (%)= 79,2
RESUMO
UD (%)
CU (%)
Udsist (%)
CUsist (%)
EPQmin (%)
Epsist (%)
CUsist (%)= 77,8
54,8
79,2
53,4
77,8
34,4
33,5
Eficiência Potencial de Aplicação relativa ao Quartil mínimo
EPQmin (%)= 34,37
Ia (mm/h)=
16,374
Eficiência Potencial do sistema
EPsist (%) =
33,45
ER= 0,027
147
Capítulo V
Localização:
Cultura:
Data
Vigia
Milho
Prof zona radicular
DGP(%)
Hidrante
26-06-2003
T-134
Boca
Estado fenológico
DGP(mm)
Água utilizável (mm/m)
Regas:
Aspersores
(catálogo)
Frequência
Marca
Duração
SOMLO
Pressão (bar)
Modelo
Caudal (l/s)
50 - C
(mm)
Altura aplicada
Bicos: diâmetros (mm)
Alcance (m)
Taxa de aplicação (mm/h)
Alcance (m)
Espaçam. entre aspersores (m)
2
Área regada (m )
15x15
232,5
Rampa: nº
1
Comp(m)
90
P. externo (mm)_______ Haste (m)
Declive
Rampa: nº
2
Comp(m)
90
P. externo (mm)_______ Haste (m)
Declive
Porta rampas
Comprimento (m)
Diâmetro
Material
Conduta secundária
Comprimento (m)
8
Diâmetro
Material
Polietileno
Dados climáticos:
Vento(m/s):
Velocidade
Direcção
Evaporação: Colector1 vol. Inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
Temp. (ºC)
HR (%)
volume final (ml)
volume final (ml)
Perdas (ml)
Perdas (mm)
Ensaio:
148
início
15
Fim
16
Duração (h)
1
Capítulo V
Pressão real no aspersor e caudais no sistema
Aspersores em teste
bico 1
Rampa
nº aspersor
Pressão(kPa)
caudal(m3/h)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Total (m3/h)
22
20,59
20,69
15,4
17,15
15,28
13,56
12,84
13,94
22,09
21,12
21,88
0,8182
0,8742
0,8700
1,1688
1,0496
1,1780
1,3274
1,4019
1,2912
0,8148
0,8523
0,8227
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
56,46
54,86
58
25,62
25
25,34
24,46
25,15
24,75
52,69
50,62
50,82
0,3188
0,3281
0,3103
0,7026
0,7200
0,7103
0,7359
0,7157
0,7273
0,3416
0,3556
0,3542
1,1370
1,2023
1,1803
1,8714
1,7696
1,8883
2,0633
2,1176
2,0185
1,1565
1,2079
1,1769
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Total (m3/h)
6
200
190
nº aspersor
Pressão(bar)
Volume (l)
1
190
200
1
6
200
200
2
1
200
190
2
Tempo(s)
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
1
bico2
Volume (l)
Outros aspersores no sistema
Rampa
Pmédia
Pmáximo
Pmínimo
Variação pressão (%)
Hidrante
Pressão média (kPa)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Qmed(m3h)
195
200
190
5,13
Qmáximo
Qmínimo
Variação caudal (%)
3
Volume (m )
Pressão
175
184
183
182
185
184
181
182
Tempo (s)
Caudal médio (l/s)
3
(m /h)
1,5658
2,1176
1,1370
62,63
Caudal (l/s)
10,5
10,1
10,07
10,03
9,97
9,93
10
10
10,08
36,27
149
Capítulo V
Dados relativos à grelha de colectores
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
0,15
2
Área do colector (m )
0,017663
nº de colector
Volume (ml)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
nº de colectores
1/4 colectores
Taxa (mm/h)
Altura
mm
3x3
Desvio à media (mm/h)
30
1,7
1,9
25
80
140
25
26
24
100
148
35
50
55
65
100
82
80
50
54
59
60
65
60
50
70
1,4
4,5
7,9
1,4
1,5
1,4
5,7
8,4
2,0
2,8
3,1
3,7
5,7
4,6
4,5
2,8
3,1
3,3
3,4
3,7
3,4
2,8
4,0
2,2
0,9
4,3
2,2
2,1
2,3
2,0
4,8
1,6
0,8
0,5
0,1
2,0
1,0
0,9
0,8
0,6
0,3
0,2
0,1
0,2
0,8
0,3
24
6
soma tx
Media tx
86,8 soma desv
3,6 Media desv
1,4
1,4
1,5
1,4
2,0
UD (%)= 43,1
Uniformidade do sistema
9,3
1,6
33,0 soma
1,4 Media
nº de colectores
1/4 colectores
soma tx
Media tx
soma desv
Media desv
soma tx qmin
Media tx qmin
Uniformidade de distribuição (UD)
Taxa (mm/h)
Quartil mínimo
1,7
24
6
86,79
3,62
32,98
1,37
9,34
1,56
UDsist (%)= 42,6
Coeficiente de uniformidade (CU)
CU (%)= 62,0
RESUMO
UD (%)
CU (%)
Udsist (%)
CUsist (%)
EPQmin (%
Epsist (%)
CUsist (%)= 61,6
Eficiência Potencial de Aplicação relativa ao Quartil mínimo
EPQmin (%)= 23,12
Ia (mm/h)=
6,735
Eficiência Potencial do sistema
EPsist (%) = 22,88
150
ER= 0,010
43,1
62,0
42,6
61,6
23,1
22,9
Capítulo V
Localização:
Cultura:
Data
Vigia
Milho
Prof zona radicular
DGP(%)
Hidrante
04-07-2004
Boca
Estado fenológico
DGP(mm)
Água utilizável (mm/m)
Regas:
Aspersores
(catálogo)
Frequência 2 em 2 dias
Marca
France RBE
Pressão (bar)
Duração (h)
Modelo
Caudal (l/s)
4
(mm)
Altura aplicada
Bicos: diâmetros (mm)
Alcance (m) 14,4x8,5 (a)
Taxa de aplicação (mm/h)
8,1x6,2 (b)
(a) a favor do vento
(b) contra o vento
Alcance (m)
Espaçam. entre aspersores (m)
2
Área regada (m )
18x18
288
Rampa: nº
1
Comp(m)
128
P. externo (mm)__2"__ Haste (m)
2,5
Declive
Rampa: nº
2
Comp(m)
144
P. externo (mm)__2"___ Haste (m)
2,5
Declive
Rampa: nº
3
Comp(m)
144
P. externo (mm)___2"__ Haste (m)
2,5
Declive
Dados climáticos:
Vento(m/s):
Velocidade
3
Evaporação: Colector1 vol. Inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
Direcção
200
NW
Temperatura
volume final (ml)
volume final (ml)
ºC HR (%)
190
Perdas (ml)
10
10
Ensaio:
início
16:40
Fim
17:40
Perdas (mm)
0,56
Duração (h)
1
151
Capítulo V
Pressão real no aspersor e caudais no sistema
Aspersores em teste
bico 1
Rampa
bico2
nº aspersor
Pressão(kPa)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
2
4
220
5
22,55
0,7982
5
57,66
0,3122
1,1104
3
5
235
5
21,88
0,8227
5
53,35
0,3374
1,1601
nº aspersor
Pressão(bar)
Volume (l)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Total (m3/h)
Outros aspersores no sistema
Rampa
Pmédia
Pmáximo
Pmínimo
Variação pressão (%)
Hidrante
1
2
Pressão média (kPa)
152
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Qmed(m3h)
228
235
220
6,59
Qmáximo
Qmínimo
Variação caudal (%)
Volume (m3)
Pressão
320
0,5
350
0,5
335
3
Tempo (s) Caudal (m /h)
63
28,57
52,5
34,29
3
Caudal médio (m /h)
62,86
Total (m3/h)
1,1352
1,1601
1,1104
4,37
Capítulo V
Dados relativos à grelha de colectores
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
0,15
Área do colector (m2)
0,0179
nº de colector
Volume (ml)
113
51
90
105
3
6
38
52
5
5
33
44
20
27
37
65
100
31
58
105
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
nº de colectores
1/4 colectores
Taxa (mm/h)
20
5
Altura
mm
6,3
2,8
5,0
5,9
0,2
0,3
2,1
2,9
0,3
0,3
1,8
2,5
1,1
1,5
2,1
3,6
5,6
1,7
3,2
5,9
soma tx
Media tx
55,2 soma desv
2,8 Media desv
4x4
Desvio à media (mm/h)
3,6
0,1
2,3
3,1
2,6
2,4
0,6
0,1
2,5
2,5
0,9
0,3
1,6
1,3
0,7
0,9
2,8
1,0
0,5
3,1
0,2
0,3
0,3
0,3
1,1
UD (%)= 15,8
Uniformidade do sistema
2,2
0,4
32,9 soma
1,6 Media
nº de colectores
1/4 colectores
soma tx
Media tx
soma desv
Media desv
soma tx qmin
Media tx qmin
Uniformidade de distribuição (UD)
Taxa (mm/h)
Quartil mínimo
20
5
55,20
2,76
32,89
1,64
2,18
0,44
UDsist (%)= 15,6
Coeficiente de uniformidade (CU)
CU (%)= 40,4
RESUMO
UD (%)
CU (%)
Udsist (%)
CUsist (%)
EPQmin (%)
Epsist (%)
CUsist (%)= 40,1
15,8
40,4
15,6
40,1
11,1
10,9
Eficiência Potencial de Aplicação relativa ao Quartil mínimo
EPQmin (%)= 11,05
Ia (mm/h)=
3,942
Eficiência Potencial do sistema
EPsist (%) = 10,91
ER= 0,013
153
Capítulo V
Localização:
Cultura:
Data
Vigia
Milho
Prof zona radicular
DGP(%)
Hidrante
04-07-2004
Boca
Estado fenológico
DGP(mm)
Água utilizável (mm/m)
Regas:
Aspersores
(catálogo)
Frequência 2 em 2 dias
Marca
France RBE
Pressão (bar)
Duração (h)
Modelo
Caudal (l/s)
4
(mm)
Altura aplicada
Bicos: diâmetros (mm)
Alcance (m) 14,4x8,5 (a)
Taxa de aplicação (mm/h)
8,1x6,2 (b)
(a) a favor do vento
(b) contra o vento
Alcance (m)
Espaçam. entre aspersores (m)
2
Área regada (m )
18x16
288
Rampa: nº
1
Comp(m)
128
P. externo (mm)__2"__ Haste (m)
2,5
Declive
Rampa: nº
2
Comp(m)
144
P. externo (mm)__2"___ Haste (m)
2,5
Declive
Rampa: nº
3
Comp(m)
144
P. externo (mm)___2"__ Haste (m)
2,5
Declive
Dados climáticos:
Vento(m/s):
Velocidade
3
Evaporação: Colector1 vol. Inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
Direcção
200
NW
Temp. (ºC)
volume final (ml)
volume final (ml)
HR (%)
190
Perdas (ml)
10
10
Ensaio:
154
início
18:00
Fim
19:05
Perdas (mm)
0,56
Duração (h)
1,08
Capítulo V
Pressão real no aspersor e caudais no sistema
Aspersores em teste
bico 1
Rampa
bico2
nº aspersor
Pressão(kPa)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
2
4
310
5
18,62
0,9667
2
20,43
0,3524
1,3191
3
5
310
5
19
0,9474
2,6
22
0,4255
1,3728
nº aspersor
Pressão(bar)
Volume (l)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Total (m3/h)
Outros aspersores no sistema
Rampa
Pmédia
Pmáximo
Pmínimo
Variação pressão (%)
Hidrante
1
2
Pressão média (kPa)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
3
310
310
310
0
Qmed(m h)
Qmáximo
Qmínimo
Variação caudal (%)
Volume (m3)
Pressão
380
0,5
400
0,5
390
3
Total (m /h)
1,3460
1,3728
1,3191
3,99
3
Tempo (s) Caudal (m /h)
80
22,50
66
27,27
Caudal médio (m3/h)
49,77
155
Capítulo V
Dados relativos à grelha de colectores
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
0,15
2
Área do colector (m )
0,0179
nº de colector
Volume (ml)
98
50
129
143
2
12
30
36
53
45
43
55
176
97
69
101
200
89
115
147
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
nº de colectores
1/4 colectores
Taxa (mm/h)
20
5
Altura
mm
5,1
2,6
6,7
7,4
0,1
0,6
1,6
1,9
2,7
2,3
2,2
2,8
9,1
5,0
3,6
5,2
10,3
4,6
5,9
7,6
soma tx
Media tx
87,4 soma desv
4,4 Media desv
4x4
Desvio à media (mm/h)
0,7
1,8
2,3
3,0
4,3
3,8
2,8
2,5
1,6
2,0
2,1
1,5
4,7
0,6
0,8
0,9
6,0
0,2
1,6
3,2
0,1
0,6
1,6
1,9
2,2
UD (%)= 29,1
Uniformidade do sistema
6,4
1,3
46,6 soma
2,3 Media
nº de colectores
1/4 colectores
soma tx
Media tx
soma desv
Media desv
soma tx qmin
Media tx qmin
Uniformidade de distribuição (UD)
Taxa (mm/h)
Quartil mínimo
20
5
87,42
4,37
46,55
2,33
6,36
1,27
UDsist (%)= 29,1
Coeficiente de uniformidade (CU)
CU (%)= 46,75
RESUMO
UD (%)
CU (%)
Udsist (%)
CUsist (%)
EPQmin (%)
Epsist (%)
CUsist (%)= 46,7
Eficiência Potencial de Aplicação relativa ao Quartil mínimo
EPQmin (%)= 27,23
Ia (mm/h)=
4,674
Eficiência Potencial do sistema
EPsist (%) = 27,23
156
ER= 0,000
29,1
46,7
29,1
46,7
27,2
27,2
Capítulo V
Localização:
Cultura:
Vigia
Milho
Data
06-06-2005
Estado fenológico
Prof zona radicular
DGP(%)
Hidrante
T-148
Boca
joelheiro
DGP(mm)
Água utilizável (mm/m)
Regas:
Aspersores
(catálogo)
Frequência
Marca
Pressão (bar)
Altura aplicada
Duração (h)
RCFarm
Modelo
Caudal (l/s)
(mm)
Bicos: diâmetros (mm)
Taxa de aplicação (mm/h)
Alcance (m)
Alcance (m)
Espaçam. entre aspersores (m)
2
Área regada (m )
312
Nota: A área de teste era de 16x19.5
18x18
Rampa: nº
Comp(m)
P. externo (mm)_______ Haste (m)
Declive
Rampa: nº
Comp(m)
P. externo (mm)_______ Haste (m)
Declive
Rampa: nº
Comp(m)
P. externo (mm)_______ Haste (m)
Declive
Dados climáticos:
Vento(m/s):
Evaporação:
Ensaio:
Velocidade
0
Colector1 vol. inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
início
13
Direcção
500
500
Temp. (ºC)
volume final (ml)
volume final (ml)
Fim
14:35
HR (%)
490
485
Perdas
(ml)
Perdas (mm)
0,40
Duração (h)
1,58
10
15
12,5
157
Capítulo V
Pressão real no aspersor e caudais no sistema
Aspersores em teste
bico 1
Rampa
nº aspersor
bico2
Pressão(kPa)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
195
8,26
42,84
0,6941
0,6941
200
8,26
41,43
0,7177
0,7177
210
8,26
41,43
0,7177
0,7177
200
8,26
41,45
0,7174
0,7174
Pressão(bar)
Volume (l)
Volume (l)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
3
Total (m /h)
Outros aspersores no sistema
Rampa
nº aspersor
Pmédia
Pmáximo
Pmínimo
Variação pressão (%)
Hidrante
Pressão média (kPa)
158
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Tempo(s)
caudal(m3/h)
Qmed(m3h)
203
210
195
7,41
Qmáximo
Qmínimo
Variação caudal (%)
3
Volume (m )
Pressão
350
350
Volume (l)
Tempo (s)
Caudal médio (m3/h)
3
Caudal (m /h)
Total (m3/h)
0,7117
0,7177
0,6941
3,32
Capítulo V
Dados relativos à grelha de colectores
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
2
Área do colector (m )
nº de colector
Volume (ml)
160
140
130
140
165
130
135
120
135
120
120
135
150
140
150
130
115
130
140
145
150
120
130
100
120
175
150
160
120
115
85
130
180
185
125
75
110
120
170
165
155
105
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
nº de colectores
1/4 colectores
Taxa (mm/h)
42
10
3x3
0,2
0,03
Altura
mm
3,2
2,8
2,6
2,8
3,3
2,6
2,7
2,4
2,7
2,4
2,4
2,7
3,0
2,8
3,0
2,6
2,3
2,6
2,8
2,9
3,0
2,4
2,6
2,0
2,4
3,5
3,0
3,2
2,4
2,3
1,7
2,6
3,6
3,7
2,5
1,5
2,2
2,4
3,4
3,3
3,1
2,1
soma tx
Media tx
114,4 soma desv
2,7 Media desv
Desvio à media (mm/h)
0,5
0,1
0,1
0,1
0,6
0,1
0,0
0,3
0,0
0,3
0,3
0,0
0,3
0,1
0,3
0,1
0,4
0,1
0,1
0,2
0,3
0,3
0,1
0,7
0,3
0,8
0,3
0,5
0,3
0,4
1,0
0,1
0,9
1,0
0,2
1,2
0,5
0,3
0,7
0,6
0,4
0,6
15,6 soma
0,4 Media
Taxa (mm/h)
Quartil mínimo
2,4
2,4
2,4
2,3
2,0
2,3
1,7
1,5
2,2
2,1
21,3
2,1
159
Capítulo V
nº de colectores
1/4 colectores
soma tx
Media tx
soma desv
Media desv
soma tx qmin
Media tx qmin
Uniformidade de distribuição (UD)
UD (%)= 78,2
Uniformidade do sistema
42
10
114,39
2,72
15,64
0,37
21,30
2,13
UDsist (%)= 77,1
Coeficiente de uniformidade (CU)
CU (%)= 86,3
RESUMO
UD (%)
CU (%)
Udsist (%)
CUsist (%)
EPQmin (%)
Epsist (%)
CUsist (%)= 85,5
Eficiência Potencial de Aplicação relativa ao Quartil mínimo
EPQmin (%)= 93,37
Ia (mm/h)=
2,281
Eficiência Potencial do sistema
EPsist (%) =
160
91,99
ER= 0,015
78,2
86,3
77,1
85,5
93,4
92,0
Capítulo V
ANEXO V.2
Avaliação de sistemas de canhão com enrolador
Vigía
Localização
Cultura
29-05-2003
Data
Hidrante
Prof zona radicular (m)
Milho-F
Solo: textura
Estado fenológico
DHS a: 3 m do centro do canhão
(mm)
1/4 alcance do canhão
1/2 alcance do canhão
Regas: Frequencia
Canhão:
3 em 3 dias
Máquina:
Marca
Duração
204
4
Tubo de ligação ao enrolador: Comprimento (m)
350
Comprimento do tubo do enrolador (m)
Etapas: espaçamento (m)
56
Prof máx do solo
Dap
Altura aplicada
Bocal: diâmetro
Pressão
Caudal
Canhão REGEN
Tubo: Distância do hidrante ao enrolador (m)
Milho Joelheiro
(cm)
10,5 horas
Valducci Modelo
26 mm
Material
Galvan
Perimetro externo (cm)
41
Material
Perímetro externo (cm)
29
Perímetro
externo (cm)
48
350 Largura (m)
Comprimento (m)
1
Boca
Tipo Polietileno
56
Declive
Angulo molhado
220 (108-Direita+112-Esq)
Dados climáticos:
Perdas por evaporação:
ºC
Temperatura
Vento:
95
Volume inicial (ml)
Volume inicial (ml)
HR(%)
Velocidade (m/s)
Perdas por evaporação
Direcção
1
85
Volume final
Volume final
Perdas (ml)
10
0,6 mm
Sul-Sudoeste
vento fraco a moderado
Velocidade
Espaço (m)
4
Tempo (s) Vel(m/h)
275
52,36
Vel média
Duração do ensaio (h)
0,92
Largura molhada (m)
73,5 (38 m direita + 35,5 m esq)
52,4
Dados relativos à grelha de colectores:
Espaçamento entre colectores:
Espaçamento (m)
Raio dos colectores (m)
2
Área do colector (m )
2
0,075
0,0177
Caudal no hidrante
3
tempo (s)
48,56
3
Q med (m /h)
caudal (m /h)
74,14
74,1
Pressão (kPa)
950 com recurso a sobrepressão por bombagem
Pressão méd (kPa)
950,0
161
Capítulo V
Largura molhada
(m)
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
38
37
35
33
31
29
27
25
23
21
19
17
15
13
11
9
7
5
3
1
Lado direito do canhão
nº colec.
vol (ml)
h (mm)
1
190
10,75
2
200
11,32
3
220
12,45
4
225
12,73
5
210
11,88
6
210
11,88
7
215
12,17
8
235
13,30
9
260
14,71
10
270
15,28
11
300
16,98
12
275
15,56
13
280
15,84
14
225
12,73
15
200
11,32
16
155
8,77
17
72,5
4,10
18
35
1,98
19
14
0,79
0
0,00
Taxa média de aplicação
49,3
mm/h
Altura média aplicada
25,28
mm
162
Soma de todas as recolhas
Soma do quartil min das recolhas
n
n/4 (inteiro)
Altura média recolhida no sistema
11,9
mm
Altura média recolhida quartil mín
6,0
mm
0,00
2,83
6,79
8,49
9,62
13,58
13,58
14,71
15,84
14,15
12,17
13,58
13,58
14,15
13,58
14,71
13,58
15,56
13,58
10,75
11,32
12,45
12,73
11,88
11,88
12,17
13,30
14,71
15,28
16,98
15,56
15,84
12,73
11,32
8,77
4,10
1,98
0,79
0,00
UD=
PELQ =
CU=
quartil
mínimo
10,75
2,83
6,79
8,49
9,62
8,77
4,10
1,98
0,79
Valores
absolutos
dos desvios
1,10
0,54
9,03
0,59
5,06
0,88
3,37
0,03
2,24
0,03
1,73
0,31
1,73
1,44
2,86
2,86
3,99
3,42
2,29
5,12
0,31
3,71
1,73
3,99
1,73
0,88
2,29
0,54
1,73
3,08
2,86
7,75
1,73
9,87
3,71
11,06
1,73
107,29
438,65
54,13
37
9
50,7 %
23,8 %
75,5 %
Vigia: 29/5/03
30
Altura de água (mm)
-35
-35
-33
-31
-29
-27
-25
-23
-21
-19
-17
-15
-13
-11
-9
-7
-5
-3
-1
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
37,1
Volume recolhido
Lado esquerdo do canhão
h (mm)
nº colect
vol (ml)
19
0
0,00
18
50
2,83
17
120
6,79
16
150
8,49
15
170
9,62
14
240
13,58
13
240
13,58
12
260
14,71
11
280
15,84
10
250
14,15
9
215
12,17
8
240
13,58
7
240
13,58
6
250
14,15
5
240
13,58
4
260
14,71
3
240
13,58
2
275
15,56
1
240
13,58
25
20
15
10
5
0
-40
-30
-20
-10
0
Distância (m)
10
20
30
40
Capítulo V
Distribuição da precipitação com sobreposição
Largura
molhada
(m)
0
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
51
53
55
Lado direito do canhão
nº colec.
vol(ml)
h (mm)
aldra
23,63
10,75
11,32
12,45
12,73
11,88
11,88
12,17
13,30
14,71
15,28
16,98
15,56
15,84
12,73
11,32
8,77
4,10
1,98
0,79
0,00
190
200
220
225
210
210
215
235
260
270
300
275
280
225
200
155
72,5
35
14
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
Volume recolhido
Lado esquerdo do canhão
nº colect
vol (ml)
h (mm)
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
50
120
150
170
240
240
260
280
250
215
240
240
250
240
260
240
275
240
2,83
6,79
8,49
9,62
13,58
13,58
14,71
15,84
14,15
12,17
13,58
13,58
14,15
13,58
14,71
13,58
15,56
13,58
Taxa média de aplicação
49,3
Soma de todas as recolhas
Soma do quartil min das recolhas
n
n/4 (inteiro)
mm/h
Altura média aplicada
25,3
mm
Altura média recolhida no sistema
15,7
mm
Altura média recolhida quartil mín
11,8
mm
0
-28
-27
-25
-23
-21
-19
-17
-15
-13
-11
-9
23,63
24,90
22,35
18,82
17,83
14,94
12,17
13,58
13,58
14,15
13,58
-7
-5
-3
-1
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
14,71
13,58
15,56
13,58
10,75
11,32
12,45
12,73
11,88
11,88
12,17
13,30
14,71
15,28
19,81
22,35
24,33
quartil
mínimo
10,75
11,32
12,45
11,88
11,88
12,17
12,17
438,65
82,62
28
7
UD=
PELQ =
CU=
75,3
46,7
78,4
Valores
absolutos
dos desvios
4,91
4,35
3,22
2,93
3,78
3,78
3,50
2,37
0,95
0,39
4,14
6,69
8,67
6,69
9,23
6,69
3,15
2,16
0,73
3,50
2,08
2,08
1,52
2,08
0,95
2,08
0,10
2,08
94,82
%
%
%
Vigia - sobreposição
30
25
Altura de água (mm)
-28,5
total
(mm)
23,63
10,75
11,32
12,45
12,73
11,88
11,88
12,17
13,30
14,71
15,28
19,81
22,35
24,33
22,35
24,90
22,35
18,82
17,83
14,94
12,17
13,58
13,58
14,15
13,58
14,71
13,58
15,56
13,58
20
15
10
5
0
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
Distância (m)
163
Capítulo V
Lucefecit
Localização
Cultura
26-06-2003
Data
Milho
Estado fenológico
Prof zona radicular (m)
Solo: textura
227
Hidrante
DHS a: 3 m do centro do canhão
(mm)
1/4 do alcance do canhão
1/2 do alcance do canhão
Regas: Frequencia
Canhão:
3 em 3 dias
Marca
Máquina:
Duração
Valducci
Modelo
Prof máx do solo
Dap
10,5 horas
Altura aplicada
70775245
Bocal: diâmetro 18 mm
Pressão
Caudal
126 Perímetro
externo (cm)
Tubo de ligação ao enrolador: Comprimento (m)
225
Comprimento do tubo do enrolador (m)
Etapas: espaçamento (m)
42
Angulo molhado
4
8 Folhas
(cm)
Canhão SIME M53
Tubo: Distância do hidrante ao enrolador (m)
26 Material
24
Perímetro externo (cm)
(recolhe de nordeste para sudoeste)
200
200 (96-Direita+104-Esq)
Largura (m)
Galvan
Comprimento
6
46
18
31 Material
Perimetro externo (cm)
Comprimento (m)
2
Boca
Tipo
Polietileno
42
Declive
Dados climáticos:
Volume inicial (ml)
Volume inicial (ml)
Perdas por evaporação:
ºC
Temperatura
Vento:
100
Volume final
Volume final
HR(%)
Velocidade (m/s)
Perdas por evaporação
Direcção
3
98 Perdas (ml)
Oeste
Velocidade
Espaço (m)
Tempo (s)
4,4
1272,6
Vel(m/h)
12,45
Duração do ensaio (h)
Largura molhada (m)
Vel média
12,4
Dados relativos à grelha de colectores:
Espaçamento entre colectores:
Espaçamento (m)
Raio dos colectores (m)
Área do colector (m2)
3
0,075
0,0177
Caudal no hidrante
3
caudal (m /h)
tempo (s)
162,34
22,18
3
Q med (m /h)
164
22,2
Pressão (kPa)
480
Pressão méd (kPa)
480,0
3,00
50 (26 m direita + 24 m esq)
0,1 mm
2
Capítulo V
Largura molhada
(m)
25,5
1,5
4,5
22,5
7,5
19,5
10,5
16,5
13,5
13,5
16,5
10,5
19,5
7,5
22,5
4,5
25,5
1,5
28,5
Lado direito do canhão
nº colec.
vol (ml)
h (mm)
1
650
36,78
2
620
35,08
3
570
32,26
4
33,95
600
5
615
34,80
6
470
26,60
7
200
11,32
8
130
7,36
9
20
1,13
10
0
0,00
Volume recolhido
Lado esquerdo do canhão
nº colec.
vol(ml)
h (mm)
9
0
0,00
8
30
1,70
7
115
6,51
6
250
14,15
5
400
22,64
4
28,86
510
3
520
29,43
2
550
31,12
1
630
35,65
Soma de todas as recolhas
Soma do quartil min das recolhas
n
n/4 (inteiro)
Taxa média de aplicação
28,8
mm/h
Altura média aplicada
42,4
mm
Altura média recolhida no sistema
22,9
mm
Altura média recolhida quartil mínimo
4,2
mm
1,50
4,50
7,50
10,50
13,50
16,50
19,50
22,50
25,50
25,51
0,00
1,70
6,51
14,15
22,64
28,86
29,43
31,12
35,65
36,78
35,08
32,26
33,95
34,80
26,60
11,32
7,36
1,13
0,00
1,70
6,51
7,36
1,13
191,04
389,33
16,69
17
4
18,2 %
9,8 %
50,9 %
Lucefecit 227
40,00
35,00
30,00
Altura de água
-22,51
-22,50
-19,50
-16,50
-13,50
-10,50
-7,50
-4,50
-1,50
UD=
PELQ =
CU=
Valores
absolutos
dos desvios
13,88
12,18
21,20
9,35
16,39
11,05
8,75
11,90
0,27
3,69
5,96
11,58
6,52
15,55
8,22
21,77
12,75
quartil
mínimo
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
-30,00
-20,00
-10,00
0,00
0,00
10,00
20,00
30,00
Distância (m)
165
Capítulo V
Distribuição da precipitação com sobreposição
Largura
molhada
(m)
1,5
4,5
7,5
10,5
13,5
16,5
19,5
22,5
25,5
28,5
31,5
34,5
37,5
40,5
42
Lado direito do canhão
nº colec.
vol (ml)
h (mm)
1
650
36,78
2
620
35,08
3
570
32,26
4
33,95
600
5
615
34,80
6
470
26,60
7
200
11,32
8
130
7,36
9
20
1,13
10
0
0,00
Volume recolhido
Lado esquerdo do canhão
nº colec.
vol (ml)
h (mm)
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
30
115
250
0,00
1,70
6,51
14,15
22,64
28,86
29,43
31,12
35,65
400
510
520
550
630
Soma de todas as recolhas
Soma do quartil min das recolhas
n
n/4 (inteiro)
Taxa média de aplicação
28,8
mm/h
Altura média aplicada
42,4
mm
Altura média recolhida no sistema
27,81
mm
Altura média recolhida quartil mínimo
14,1
mm
-19,50
-16,50
-13,50
-10,50
-7,50
-4,50
-1,50
1,50
4,50
7,50
10,50
13,50
16,50
19,50
21,00
21,01
15,28
22,64
28,86
29,43
31,12
35,65
36,78
35,08
32,26
33,95
34,80
26,60
13,02
13,44
0,00
(mm)
36,78
35,08
32,26
33,95
34,80
26,60
13,02
13,86
15,28
22,64
28,86
29,43
31,12
35,65
13,02
13,86
15,28
389,33
42,16
14
3
Valores
absolutos
dos desvios
8,97
7,28
4,45
6,14
6,99
1,21
14,79
13,95
12,53
5,17
1,05
1,62
3,31
7,84
95,31
50,5 %
33,13 %
75,5 %
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
-25,00
-20,00
-15,00
-10,00
-5,00
0,00
0,00
Distância (m)
166
quartil
mínimo
Lucefecit 227 - sobreposição
0,00
13,44
13,86
Altura de água (mm)
-21,01
-21,00
UD=
PELQ =
CU=
total
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
Capítulo V
ANEXO V.3
Avaliação de sistemas de rampas pivotantes
Localização:
Vigia
Cultura:
Solo: textura
Data
Beterraba
Estado fenológico
Limosa
Prof máx solo (m)
Défice hidrico solo:
Hidrante
28-05-2003
Prof radicular (m)
Água utilizável (mm/m)
próximo do pivot
a 3/4 do raio molhado
no extremo
Dados climáticos:
Vento
velocidade 3.9-0.9
Boca
Condição de lavoura
Direcção
Temp.(ºC)
Evaporação:
Colector1 volume inicial (ml)
Colector2 volume inicial (ml)
100
HR (%)
Volume final (ml)
Volume final (ml)
88
Perdas (ml)
12
12
Regas: Frequencia
Duração (h)
3 em 3 dias
Altura aplicada
9,5
mm
Caracterização do sistema:
Marca
Zimatic.Ura-Riego
Perímetro externo da conduta (cm)
Aspersores
Caudal (m3h)
Modelo
Marca
Diâmetro bicos (mm)
bico 1
bico 2
Pressão (kPa)
Alcance
(m)
Valmot-Valley
Canhão:
Marca
Modelo
Alcance
m
Lanço
1
2
3
mm
Diametro de bico
Comp
55
55
55
m
Alcance do canhão
Comp do lanço suspenso
13 m
13 m
Raio molhado exterior à ult. torre
Dist pivot à última torre
165 m
Área regada até à última torre (ha)
Área regada pelo canhão (ha)
Área total regada (ha)
Largura molhada
m
Duração do ensaio
h
Raio molhado
8,55
1,40
9,95
178
m
Velocidade
Velocidade linear:
Distância (m)
Tempo (min)
Velocidade (m/min)
10
6,25
1,60
Velocidade média (m/min)
1,60
167
Capítulo V
Velocidade percentual
Tempo andar (s)
Tempo parado (s)
Velocidade percentual
Velocidade percentual média (%)
Tempo por revolução (h)
10,8
Pressão e caudal na rampa
Aspersores em teste
Lanço
P(kPa)
Vol (l)
2º
bico 1
T(s)
bico2
T(s)
Volume (l)
Qmed (m3/h)
Pmédia (kPa)
Pmáxima (kPa)
Pmínimo (kPa)
Hidrante
3
Q(m /h)
P(kPa)
320
3
Vol (m )
1
0,1
3
93,4
11,5
Q(m3/h)
Qmed (m3/h)
Q(m /h)
T(s)
3
Q(m /h)
Pres pivot
38,54
31,30
34,9241
#DIV/0!
Caudal méd (m3/h)
Pres méd (kPa)
Caudal de entrada no sistema (m3/h)
Arco 1
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
168
Volume
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
Arco 2
Volume
34,92
34,92 Pres méd (kPa)
Dados relativos aos colectores:
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
Área do colector (m2)
Tempo de empoçamento 2/3
Fim
5
0,16
0,020
min
min
Capítulo V
Raio A
Volume (ml) Posição
60
62
46
47
36
54
51
76
77
70
81
75
76
99
69
97
105
82
94
63
65
89
75
84
85
90
81
80
84
93
96
87
78
51
9
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Pond
180
248
230
282
252
432
459
760
847
840
1053
1050
1140
1584
1173
1746
1995
1640
1974
1386
1495
2136
1875
2184
2295
2520
2349
2400
2604
2976
3168
2958
2730
1836
333
Qmin
Volume(ml) Posição
9
36
46
47
51
51
54
60
37
7
5
6
9
36
8
3
53130a ponderada Qmin
35 º de colectores
700 das posições Qmin
Raio A
Pond
333
252
230
282
459
1836
432
180
Raio B
Volume (ml) Posição
65
76
74
87
72
69
84
65
58
66
82
99
73
66
99
97
67
77
81
76
64
83
73
87
90
95
70
75
103
107
84
76
85
87
4
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
4004 oma ponderada
8Nº de colectores
111 ma das posições
Pond
195
304
370
522
504
552
756
650
638
792
1066
1386
1095
1056
1683
1746
1273
1540
1701
1672
1472
1992
1825
2262
2430
2660
2030
2250
3193
3424
2772
2584
2975
3132
148
Qmin
Volume(ml)
Posição
Pond
4
58
64
65
65
66
66
67
37
11
23
3
10
12
16
19
148
638
1472
195
650
792
1056
1273
54650 Soma ponderada Qmin
35 º de colectores
700 das posições Qmin
6224
8
131
Raio B
Média quantidades recolhidas no sistema (ml)
Média quantidades recolhidas no sistema (mm)
Média quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
75,9
3,77
36,1
1,8
47,53
80,30
Média das alturas recolhidas no sistema (ml)
Média das alturas recolhidas no sistema (mm)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
Dotação (mm)
3,79
EPQmin (%)
55,8
78,1
3,88
47,5
2,4
60,86
82,38
169
Capítulo V
Ci
0
0
0
60
62
46
47
36
54
51
76
77
70
81
Di
0
0
0
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
75
76
99
69
97
0
0
0
180
248
230
282
252
432
459
760
847
840
1053
Di(Ci-Mi)
0
0
0
48
56
150
173
279
175
224
1
12
71
66
Ci
0
0
0
65
76
74
87
72
69
84
65
58
66
82
Di
0
0
0
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
0
0
0
195
304
370
522
504
552
756
650
638
792
1066
14
15
16
17
18
1050
1140
1584
1173
1746
13
1
370
117
380
99
73
66
99
97
14
15
16
17
18
1386
1095
1056
1683
1746
293
76
193
356
341
105
82
94
63
65
89
75
84
85
19
20
21
22
23
24
25
26
27
1995
1640
1974
1386
1495
2136
1875
2184
2295
553
122
380
284
251
314
23
211
246
67
77
81
76
64
83
73
87
90
19
20
21
22
23
24
25
26
27
1273
1540
1701
1672
1472
1992
1825
2262
2430
210
21
62
46
324
118
127
232
322
90
81
80
84
93
96
87
78
51
9
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
700
CU
170
Ci*Di
2520
395
2349
148
2400
123
2604
251
2976
547
3168
663
2958
377
2730
73
1836
896
333
2475
53130
10468
75,9
0,802966309
95
70
75
103
107
84
76
85
87
4
Di(Ci-Mi)
0
0
0
39
8
20
54
43
73
53
131
221
145
51
28
2660
474
29
2030
234
30
2250
92
31
3193
773
32
3424
926
33
2772
196
34
2584
70
35
2975
243
36
3132
321
37
148
2741
54650
700
9627
78,07142857
CU
0,823840020912
Capítulo V
Localização:
Lucefecit
Cultura:
Solo: textura
Data
Milho
Estado fenológico
Argilosa
Prof máx solo (m)
Défice hidrico solo:
Hidrante
06-06-2003
Água utilizável (mm/m)
Condição de lavoura
Direcção
Temp. (ºC)
Evaporação:
Colector1 volume inicial (ml)
Colector2 volume inicial (ml)
1+2
Prof radicular (m)
10 dias
próximo do pivot
a 3/4 do raio molhado
no extremo
Dados climáticos:
Vento
velocidade 3-3.5
Boca
H-310
300
HR (%)
Volume final (ml)
Volume final (ml)
295
Perdas (ml)
5
5
Diaria
Regas: Frequencia
27,42
Duração (h)
15 mm
Altura aplicada
Caracterização do sistema:
Marca
Zimatic.Ura-Riego
40
Perímetro externo da conduta (cm)
Aspersores
Marca
Caudal (m3h)
Modelo
Unirain
F30-30 (bicos nelson)
Canhão:
Marca
Modelo
Alcance
m
Lanço
1
2
3
Pressão (kPa)
Diâmetro bicos (mm)
bico 1
bico 2
7
mm
Diametro de bico
Comp
54,62
42,62
42,62
Alcance do canhão
29,48 m
Comp do lanço suspens
18,66 m
48,14 m
Raio molhado exterior à ult. torre
Largura molhada
22 m
h
Duração do ensaio
Dist do pivot à última torre
139,86 m
Área regada até à última torre (ha)
Área regada pelo canhão (ha)
Área total regada (ha)
Raio molhado
6,15
4,96
11,10
Alcance
(m)
188
m
Velocidade
Velocidade linear:
Distância (m)
Tempo (min)
Velocidade (m/min)
3,1
4,56
0,68
Velocidade média (m/min)
0,68
171
Capítulo V
Velocidade percentual
Tempo andar (s)
Tempo parado (s)
Velocidade percentual
15,87
52,21
23,31
16,96
43,13
28,22
25,77
Velocidade percentual média (%)
Tempo por revolução (h)
21,5
Pressão e caudal na rampa
Aspersores em teste
Lanço
P(kPa)
Vol (l)
2º
10
10
10
bico 1
T(s)
26,96
25,81
25,81
P(kPa)
3
Vol (m )
bico2
T(s)
Volume (l)
3
Q(m /h)
Q(m3/h)
1,335
1,395
1,395
Qmed (m3/h)
Pmédia (kPa)
Pmáxima (kPa)
Pmínimo (kPa)
Hidrante
3
Q(m /h)
Qmed (m3/h)
1,375
3
Q(m /h)
T(s)
Pres pivot
#DIV/0!
#DIV/0!
3
Caudal méd (m /h)
P. méd (kPa)
Caudal de entrada no sistema (m3/h)
Arco 1
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
172
Volume
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
Arco 2
Volume
58,50
Pres méd (kPa)
Dados relativos aos colectores:
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
Área do colector (m2)
Tempo de empoçamento 2/3
Fim
5
0,16
0,020
min
min
Capítulo V
Raio A
Volume (ml) Posição
50
45
65
35
20
75
95
90
60
85
90
95
70
90
110
115
85
140
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
95
115
135
160
240
283
280
290
135
236
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Pond
150
180
325
210
140
600
855
900
660
1020
1170
1330
1050
1440
1870
2070
1615
2800
Qmin
Volume(ml) Posição
20
35
45
50
60
65
70
7
6
4
3
11
5
15
2090
2645
3240
4000
6240
7641
7840
8410
4050
7316
71857a ponderada Qmin
28 º de colectores
493 das posições Qmin
Raio A
Pond
140
210
180
150
660
325
1050
Raio B
Volume (ml)
Posição
Pond
45
40
80
75
3
4
5
6
135
160
400
450
110
80
100
135
140
105
130
130
155
105
86
90
105
95
75
95
60
140
365
380
403
200
55
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
880
720
1000
1485
1680
1365
1820
1950
2480
1785
1548
1710
2100
1995
1650
2185
1440
3500
9490
10260
11284
5800
1650
2715Soma ponderada
7Nº de colectores
51oma das posições
Qmin
Volume(ml)
Posição
Pond
40
45
55
60
75
75
4
3
30
24
6
22
160
135
1650
1440
450
1650
70922 Soma ponderada Qmin
27 º de colectores
455 das posições Qmin
5485
6
89
Raio B
Média quantidades recolhidas no sistema (ml)
Média quantidades recolhidas no sistema (mm)
Média quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
145,8
7,2
53,2
2,6
36,52
51,98
Média das alturas recolhidas no sistema (ml)
Média das alturas recolhidas no sistema (mm)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
Dotação (mm)
11,34
EPQmin (%)
25,8
155,9
7,8
61,6
3,1
39,54
44,48
173
Capítulo V
Ci
0
0
50
45
65
35
20
75
95
90
60
Di
0
0
3
4
5
6
7
8
9
10
11
85
90
95
70
90
Ci*Di
0
0
150
180
325
210
140
600
855
900
660
Di(Ci-Mi)
0
0
287
403
404
665
880
566
457
558
943
Ci
0
0
45
40
80
75
0
110
80
100
135
Di
0
0
3
4
5
6
0
8
9
10
11
Ci*Di
0
0
135
160
400
450
0
880
720
1000
1485
12
13
14
15
16
1020
1170
1330
1050
1440
729
725
711
1136
892
140
105
130
130
155
12
13
14
15
16
1680
1365
1820
1950
2480
190
661
362
388
14
110
115
85
140
0
95
115
135
160
17
18
19
20
21
22
23
24
25
1870
2070
1615
2800
0
2090
2645
3240
4000
608
554
1154
115
3061
1117
707
258
356
105
86
90
105
95
75
95
60
140
17
18
19
20
21
22
23
24
25
1785
1548
1710
2100
1995
1650
2185
1440
3500
865
1258
1252
1017
1278
1779
1400
2301
397
240
283
280
290
135
236
0
0
0
26
27
28
29
30
31
0
0
0
6240
7641
7840
8410
4050
7316
0
0
0
2450
3706
3759
4183
323
2798
0
0
0
365
380
403
200
55
0
0
0
0
26
27
28
29
30
0
0
0
0
9490
10260
11284
5800
1650
0
0
0
0
5437
6051
6920
1280
3026
0
0
0
0
34503
493
71857
145,7545639
CU
0,519831265
174
Di(Ci-Mi)
0
0
333
463
379
485
0
367
683
559
230
70922
39376
455
155,8725275
CU
0,444797891260
Capítulo V
Localização:
Vigia - Mte da Igreja Data
Cultura:
Milho
Solo: textura
Hidrante
09-06-2003
Estado fenológico
Água utilizável (mm/m)
Condição de lavoura
próximo do pivot
a 3/4 do raio molhado
no extremo
Dados climáticos:
Vento
velocidade
2,5
Direcção
Prof radicular (m)
4 folhas
Prof máx solo (m)
Défice hidrico solo:
Boca
NW
Temp. (ºC)
Evaporação:
Colector1 volume inicial (ml)
Colector2 volume inicial (ml)
200
HR (%)
Volume final (ml)
Volume final (ml)
175
Perdas (ml)
25
25
Regas: Frequencia
Duração (h)
Diaria
10
Altura aplicada
mm
Caracterização do sistema:
Marca
46
Perímetro externo da conduta (cm)
Aspersores
Canhão:
Caudal (m3h)
Modelo
Marca
Marca
Modelo
Alcance
m
Lanço
1
2
3
4
Pressão (kPa)
Diametro de bico
Alcance do canhão
Comp
53,3
54,4
54,8
47,8
mm
13,7 m
Raio molhado exterior à ultima torre
Duração do ensaio
29,7 m
12,9 m
0,4 h
Raio molhado
13,89
4,20
18,10
Alcance
(m)
16 m
Comp do lanço suspenso
Largura molhada
Dist do pivot à última torre
210,3 m
Área regada até à última torre (ha)
Área regada pelo canhão (ha)
Área total regada (ha)
Diâmetro bicos (mm)
bico 1
bico 2
240
m
Velocidade
Velocidade linear:
Distância (m)
Tempo (min)
Velocidade (m/min)
9,85
12
0,82
Velocidade média (m/min)
0,82
175
Capítulo V
Velocidade percentual
Tempo andar (s)
Tempo parado (s)
Velocidade percentual
17,37
69,38
20,02
17,93
64,37
21,79
20,90
Velocidade percentual média (%)
Tempo por revolução (h)
Pressão e caudal na rampa
Aspersores em teste
Lanço
P(kPa)
26,8
bico 1
T(s)
Vol (l)
Volume (l)
bico2
T(s)
Qmed (m3/h)
Pmédia (kPa)
Pmáxima (kPa)
Pmínimo (kPa)
Hidrante
3
Q(m /h)
P(kPa)
500
3
Vol (m )
79
T(s)
3600
3
Q(m /h)
Q(m3/h)
Qmed (m3/h)
3
Q(m /h)
Pres pivot
79,00
79,0000
#DIV/0!
P.méd (kPa)
Caudal méd (m3/h)
500
Caudal entrada sistema (m3/h)
Arco 1
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
176
Volume
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
79,00
Arco 2
Volume
79,00
Pres méd (kPa)
Dados relativos aos colectores:
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
Área do colector (m2)
Tempo de empoçamento 2/3
Fim
8
0,154
0,019
min
min
Capítulo V
Raio A
Volume (ml)
100
100
105
130
150
157
150
165
150
125
123
123
146
162
170
160
160
152
190
200
187
210
242
175
185
172
257
250
110
Posição
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Qmin
Volume(ml) Posição
Pond
100
200
315
520
750
942
1050
1320
1350
1250
1353
1476
1898
2268
2550
2560
2720
2736
3610
4000
3927
4620
5566
4200
4625
4472
6939
7000
3190
100
100
105
110
123
123
125
77507
29
435
1
2
3
29
11
12
10
Soma pond Qmin
Nº de colectores
Soma pos Qmin
Raio A
Pond
100
200
315
3190
1353
1476
1250
7884
7
68
Raio B
Volume (ml) Posição
100
1
98
2
58
3
94
4
97
5
149
6
160
7
164
8
185
9
175
10
177
11
168
12
147
13
207
14
188
15
204
16
198
17
180
18
230
19
205
20
223
21
210
22
242
23
222
24
219
25
158
26
267
27
265
28
147
29
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Pond
100
196
174
376
485
894
1120
1312
1665
1750
1947
2016
1911
2898
2820
3264
3366
3240
4370
4100
4683
4620
5566
5328
5475
4108
7209
7420
4263
86676
29
435
Qmin
Volume(ml) Posição
58
94
97
98
100
147
147
3
4
5
2
1
13
29
Soma pond Qmin
Nº de colectores
Soma pos Qmin
Pond
174
376
485
196
100
1911
4263
7505
7
57
Raio B
Média quantidades recolhidas no sistema (ml)
Média quantidades recolhidas no sistema (mm)
Média quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
178,2
9,6
115,9
6,2
65,07
81,10
Média das alturas recolhidas no sistema (ml)
Média das alturas recolhidas no sistema (mm)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
Dotação (mm)
11,71
EPQmin (%)
52,6
199,3
10,7
131,7
7,1
66,08
83,13
177
Capítulo V
Ci
100
100
105
130
150
157
150
165
150
125
123
123
146
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
100
200
315
520
750
942
1050
1320
1350
1250
1353
1476
1898
Di(Ci-Mi)
78
156
220
193
141
127
197
105
254
532
607
662
418
Ci
100
98
58
94
97
149
160
164
185
175
177
168
147
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
100
196
174
376
485
894
1120
1312
1665
1750
1947
2016
1911
162
170
160
160
152
14
15
16
17
18
190
200
187
210
242
175
185
172
257
250
110
0
0
0
0
0
0
0
2268
2550
2560
2720
2736
226
123
291
309
471
207
188
204
198
180
14
15
16
17
18
2898
2820
3264
3366
3240
108
169
76
21
347
19
20
21
22
23
24
25
26
27
3610
4000
3927
4620
5566
4200
4625
4472
6939
225
436
185
700
1468
76
171
161
2128
230
205
223
210
242
222
219
158
267
19
20
21
22
23
24
25
26
27
4370
4100
4683
4620
5566
5328
5475
4108
7209
584
115
499
236
983
546
494
1073
1829
28
29
0
0
0
0
0
0
0
7000
3190
0
0
0
0
0
0
0
2011
1977
0
0
0
0
0
0
0
265
147
0
0
0
0
0
0
0
28
29
0
0
0
0
0
0
0
7420
4263
0
0
0
0
0
0
0
1841
1515
0
0
0
0
0
0
0
77507
14649
435
178,1770115
CU
0,811004093
178
Di(Ci-Mi)
99
203
424
421
511
302
275
282
128
243
245
375
679
86676
435
14622
199,2551724
CU
0,831302464509
Capítulo V
Localização:
Vigia - Mte da Igreja Data
Cultura:
Milho
Solo: textura
Hidrante
09-06-2003
Estado fenológico
Dados climáticos:
Vento
velocidade
Água utilizável (mm/m)
próximo do pivot
a 3/4 do raio molhado
no extremo
2,5
Direcção
W
Prof radicular (m)
4 folhas
Prof máx solo (m)
Défice hidrico solo:
Boca
Condição de lavoura
Temp. (ºC)
Evaporação:
Colector1 volume inicial (ml)
Colector2 volume inicial (ml)
200
HR (%)
Volume final (ml)
Volume final (ml)
191
Perdas (ml)
9
9
Regas: Frequencia
Duração (h)
Diaria
10
Altura aplicada
mm
Caracterização do sistema:
Marca
46
Perímetro externo da conduta (cm)
Aspersores
Marca
Canhão:
3
Caudal (m h)
Modelo
Marca
Modelo
Alcance
m
Lanço
1
2
3
4
Diâmetro bicos (mm)
bico 1
bico 2
16 m
Alcance do canhão
Comp do lanço suspenso
13,7 m
29,7 m
Raio molhado exterior à ultima torre
Largura molhada
12,9 m
Duração do ensaio
0,29 h
Raio molhado
13,89
4,20
18,10
Alcance
(m)
mm
Diametro de bico
Comp
53,3
54,4
54,8
47,8
Dist do pivot à última torre
210,3 m
Área regada até à última torre (ha)
Área regada pelo canhão (ha)
Área total regada (ha)
Pressão (kPa)
240
m
Velocidade
Velocidade linear:
Distância (m)
Tempo (min)
Velocidade (m/min)
8,2
4,55
1,80
Velocidade média (m/min)
1,80
179
Capítulo V
Velocidade percentual
Tempo andar (s)
Tempo parado (s)
Velocidade percentual
35,88
24,13
59,79
35,79
24,09
59,77
59,78
Velocidade percentual média (%)
Tempo por revolução (h)
Pressão e caudal na rampa
Aspersores em teste
Lanço
P(kPa)
12,2
bico 1
T(s)
Vol (l)
Volume (l)
bico2
T(s)
3
Q(m /h)
3
3
Vol (m )
P(kPa)
500
79
T(s)
3600
Q(m3/h)
3
Qmed (m /h)
Pmédia (kPa)
Pmáxima (kPa)
Pmínimo (kPa)
Hidrante
3
Q(m /h)
Qmed (m /h)
3
Q(m /h)
Pres pivot
79,00
79,0000
#DIV/0!
P. méd (kPa)
3
Caudal méd (m /h)
500
3
Caudal entrada sistema (m /h)
Arco 1
Colector
Volume
1
2
3
4
5
6
7
8
180
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
79,00
Arco 2
Volume
79,00
Pres méd (kPa)
Dados relativos aos colectores:
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
Área do colector (m2)
Tempo de empoçamento 2/3
Fim
8
0,154
0,019
min
min
Capítulo V
Raio A
Volume (ml)
30
50
72
113
92
82
80
70
72
70
62
60
93
98
106
85
63
60
52
75
73
69
61
80
50
72
50
92
40
Posição
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Qmin
Volume(ml) Posição
Pond
30
100
216
452
460
492
560
560
648
700
682
720
1209
1372
1590
1360
1071
1080
988
1500
1533
1518
1403
1920
1250
1872
1350
2576
1160
30
40
50
50
50
52
60
30372
29
435
1
29
2
27
25
19
12
Soma pond Qmin
Nº de colectores
Soma pos Qmin
Raio A
Pond
30
1160
100
1350
1250
988
720
5598
7
115
Raio B
Volume (ml) Posição
27
1
30
2
50
3
65
4
84
5
67
6
80
7
95
8
93
9
90
10
80
11
70
12
100
13
86
14
104
15
95
16
85
17
96
18
91
19
100
20
94
21
98
22
95
23
100
24
70
25
115
26
90
27
107
28
53
29
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Pond
27
60
150
260
420
402
560
760
837
900
880
840
1300
1204
1560
1520
1445
1728
1729
2000
1974
2156
2185
2400
1750
2990
2430
2996
1537
39000
29
435
Qmin
Volume(ml) Posição
27
30
50
53
65
67
70
1
2
3
29
4
6
12
Soma pond Qmin
Nº de colectores
Soma pos Qmin
Pond
27
60
150
1537
260
402
840
3276
7
57
Raio B
Média quantidades recolhidas no sistema (ml)
Média quantidades recolhidas no sistema (mm)
Média quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
69,8
3,7
48,7
2,6
69,72
80,04
Média das alturas recolhidas no sistema (ml)
Média das alturas recolhidas no sistema (mm)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
Dotação (mm)
5,33
EPQmin (%)
48,4
89,7
4,8
57,5
3,1
64,11
86,37
181
Capítulo V
Ci
30
50
72
113
92
82
80
70
72
70
62
60
93
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
30
100
216
452
460
492
560
560
648
700
682
720
1209
Di(Ci-Mi)
40
40
7
173
111
73
71
1
20
2
86
118
301
Ci
27
30
50
65
84
67
80
95
93
90
80
70
100
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
27
60
150
260
420
402
560
760
837
900
880
840
1300
98
106
85
63
60
14
15
16
17
18
52
75
73
69
61
80
50
72
50
92
40
0
0
0
0
0
0
0
1372
1590
1360
1071
1080
395
543
243
116
177
86
104
95
85
96
14
15
16
17
18
1204
1560
1520
1445
1728
51
215
86
79
114
19
20
21
22
23
24
25
26
27
988
1500
1533
1518
1403
1920
1250
1872
1350
339
104
67
18
203
244
496
57
535
91
100
94
98
95
100
70
115
90
19
20
21
22
23
24
25
26
27
1729
2000
1974
2156
2185
2400
1750
2990
2430
26
207
91
184
123
248
491
659
9
28
29
0
0
0
0
0
0
0
2576
1160
0
0
0
0
0
0
0
621
865
0
0
0
0
0
0
0
107
53
0
0
0
0
0
0
0
28
29
0
0
0
0
0
0
0
2996
1537
0
0
0
0
0
0
0
486
1063
0
0
0
0
0
0
0
435
30372
6062
69,82068966
CU
0,800404184
182
Di(Ci-Mi)
63
119
119
99
28
136
68
43
30
3
106
236
134
39000
435
5316
89,65517241
CU
0,863687002653
Capítulo V
Localização:
Vigia - Alpendres
Cultura:
Data
Hidrante
07-06-2004
Estado fenológico
Milho
Solo: textura
Água utilizável (mm/m)
Condição de lavoura
próximo do pivot
a 3/4 do raio molhado
no extremo
Dados climáticos:
Vento
velocidade
0,5
Direcção
Evaporação:
Colector1 vol. Inicial (ml)
Colector2 vol. Inicial (ml)
Prof radicular (m)
6 folhas
Prof máx solo (m)
Défice hidrico solo:
Boca
sdd
Temp. (ºC)
100
HR (%)
Volume final (ml)
Volume final (ml)
86
Perdas (ml)
14
14
Regas: Frequencia
Duração (h)
Diaria
Altura aplicada
mm
Caracterização do sistema:
Marca
Perímetro externo da conduta (cm)
38
Aspersores
Canhão:
Caudal (m3h)
Modelo
Marca
Marca
Modelo
Alcance
m
Lanço
1
2
3
Pressão (kPa)
Diâmetro bicos (mm)
bico 1
bico 2
Diametro de bico
Comp
58
40
64
mm
Alcance do último dropler
7 m
Comp. lanço suspenso
17 m
Raio molhado exterior à ultima torre
Dist do pivot à última torre
Área regada até à última torre (ha)
Área regada pelo canhão (ha)
Área total regada (ha)
Alcance
(m)
Largura molhada
13,4 m
Duração do ensaio
0,14 h
24 m
162 m
Raio molhado
8,24
2,62
10,87
186 m
Velocidade
Velocidade linear:
Distância (m)
Tempo (min)
Velocidade (m/min)
13,3
6,75
1,97
Velocidade média (m/min)
1,97
183
Capítulo V
Velocidade percentual
Tempo andar (s)
Tempo parado (s)
Velocidade percentual
100
0
100,00
100,00
Velocidade percentual média (%)
Tempo por revolução (h)
Pressão e caudal na rampa
Aspersores em teste
Lanço
P(kPa)
8,6
bico 1
T(s)
Vol (l)
Volume (l)
bico2
T(s)
Qmed (m3/h)
Pmédia (kPa)
Pmáxima (kPa)
Pmínimo (kPa)
Hidrante
3
Q(m /h)
P(kPa)
300
3
Vol (m )
1
T(s)
60,22
3
Q(m /h)
Q(m3/h)
Qmed (m3/h)
3
Q(m /h)
Pres pivot
59,78
59,7808
#DIV/0!
P. méd (kPa)
Caudal méd (m3/h)
300
Caudal entrada no sist. (m3/h)
Arco 1
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
184
Volume
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
59,78
Arco 2
Volume
59,78
Pres méd (kPa)
Dados relativos aos colectores:
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
Área do colector (m2)
Tempo de empoçamento 2/3
Fim
8
0,154
0,019
min
min
Capítulo V
Raio A
Volume (ml) Posição
111
1
99
2
52
3
76
4
59
5
60
6
108
7
74
8
35
9
96
10
68
11
79
12
84
13
49
14
75
15
93
16
65
17
58
18
70
19
110
20
73
21
42
22
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Pond
111
198
156
304
295
360
756
592
315
960
748
948
1092
686
1125
1488
1105
1044
1330
2200
1533
924
1º ensaio
Qmin
Volume(ml) Posição
35
42
49
52
58
9
22
14
3
18
Soma pond Qmin
18270
Nº de colectores
22
253 Soma das pos Qmin
Raio A
Pond
315
924
686
156
1044
3125
5
66
Raio B
Volume (ml) Posição
111
1
90
2
68
3
80
4
44
5
96
6
130
7
105
8
116
9
87
10
77
11
84
12
71
13
81
14
96
15
96
16
72
17
124
18
110
19
88
20
115
21
45
22
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Pond
111
180
204
320
220
576
910
840
1044
870
847
1008
923
1134
1440
1536
1224
2232
2090
1760
2415
990
22874
22
253
Qmin
Volume(ml)
Posição
Pond
44
45
68
71
72
5
22
3
13
17
220
990
204
923
1224
Soma pond Qmin
Nº de colectores
Soma das pos Qmin
3561
5
60
Raio B
Média quantidades recolhidas no sistema (ml)
Média quantidades recolhidas no sistema (mm)
Média quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
72,2
3,9
47,3
2,5
65,57
78,20
Média das alturas recolhidas no sistema (ml)
Média das alturas recolhidas no sistema (mm)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
Dotação (mm)
4,73
EPQmin (%)
56,1
90,4
4,9
59,4
3,2
65,64
79,50
185
Capítulo V
Ci
111
99
52
76
59
60
108
74
35
96
68
79
84
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
111
198
156
304
295
360
756
592
315
960
748
948
1092
Di(Ci-Mi)
39
54
61
15
66
73
251
14
335
238
46
81
153
Ci
111
90
68
80
44
96
130
105
116
87
77
84
71
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
111
180
204
320
220
576
910
840
1044
870
847
1008
923
49
75
93
65
58
14
15
16
17
18
70
110
73
42
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
686
1125
1488
1105
1044
325
42
333
123
256
81
96
96
72
124
14
15
16
17
18
1134
1440
1536
1224
2232
132
84
89
313
605
19
20
21
22
0
0
0
0
0
1330
2200
1533
924
0
0
0
0
0
42
756
17
665
0
0
0
0
0
110
88
115
45
0
0
0
0
0
19
20
21
22
0
0
0
0
0
2090
1760
2415
990
0
0
0
0
0
372
48
516
999
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
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0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
18270
3983
253
72,21343874
CU
0,781996015
186
Di(Ci-Mi)
21
1
67
42
232
34
277
117
230
34
148
77
252
22874
253
4689
90,41106719
CU
0,794992398640
Capítulo V
Raio A
Volume (ml)
129
100
73
117
74
115
70
89
75
82
87
125
49
70
119
73
75
63
86
120
70
28
Posição
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
2º ensaio
Qmin
Volume(ml) Posição
Pond
129
200
219
468
370
690
490
712
675
820
957
1500
637
980
1785
1168
1275
1134
1634
2400
1470
616
28
49
63
70
70
20329
22
253
22
13
18
21
14
Soma pond Qmin
Nº de colectores
Soma das pos Qmin
Raio A
Pond
616
637
1134
1470
980
4837
5
88
Raio B
Volume (ml)
129
82
50
100
135
90
57
69
50
125
85
105
75
88
80
70
80
63
90
89
105
45
Posição
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Pond
129
164
150
400
675
540
399
552
450
1250
935
1260
975
1232
1200
1120
1360
1134
1710
1780
2205
990
20610
22
253
Qmin
Volume(ml)
Posição
Pond
45
50
50
57
63
22
3
9
7
18
990
150
450
399
1134
Soma pond Qmin
Nº de colectores
Soma das pos Qmin
3123
5
59
Raio B
Média quantidades recolhidas no sistema (ml)
Média quantidades recolhidas no sistema (mm)
Média quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
80,4
4,3
55,0
3,0
68,41
74,79
Média das alturas recolhidas no sistema (ml)
Média das alturas recolhidas no sistema (mm)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
Dotação (mm)
4,73
EPQmin (%)
57,2
81,5
4,4
52,9
2,8
64,98
78,08
187
Capítulo V
Ci
129
100
73
117
74
115
70
89
75
82
87
125
49
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
129
200
219
468
370
690
490
712
675
820
957
1500
637
Di(Ci-Mi)
57
56
2
179
9
257
15
134
25
98
163
633
302
Ci
129
82
50
100
135
90
57
69
50
125
85
105
75
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
129
164
150
400
675
540
399
552
450
1250
935
1260
975
70
119
73
75
63
14
15
16
17
18
86
120
70
28
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
980
1785
1168
1275
1134
31
702
13
47
166
88
80
70
80
63
14
15
16
17
18
1232
1200
1120
1360
1134
34
156
327
177
493
19
20
21
22
0
0
0
0
0
1634
2400
1470
616
0
0
0
0
0
262
956
46
973
0
0
0
0
0
90
89
105
45
0
0
0
0
0
19
20
21
22
0
0
0
0
0
1710
1780
2205
990
0
0
0
0
0
8
28
306
999
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
253
20329
5126
80,35177866
CU
0,747869873
188
Di(Ci-Mi)
39
17
121
38
223
2
234
171
364
346
60
175
200
20610
253
4518
81,46245059
CU
0,780765314048
Capítulo V
Localização:
Vigia-Fragosa
Data
Cultura:
AzevémxSorgo
Estado fenológico
Solo: textura
Hidrante
08-06-2004
Água utilizável (mm/m)
próximo do pivot
a 3/4 do raio molhado
no extremo
Dados climáticos:
Vento
velocidade
0,5
Direcção
sdd
Prof radicular (m)
40 cm
Prof máx solo (m)
Défice hidrico solo:
Boca
Condição de lavoura
Temp. (ºC)
Evaporação:
Colector1 volume inicial (ml)
Colector2 volume inicial (ml)
100
HR (%)
Volume final (ml)
Volume final (ml)
93
Perdas (ml)
7
7
Regas: Frequencia
Duração (h) 100% VP
Diaria
Altura aplicada
mm
Caracterização do sistema:
Marca
Perímetro externo da conduta (cm)
36
Aspersores
Canhão:
Caudal (m3h)
Modelo
Marca
Marca
Modelo
Alcance
m
Lanço
1
2
3
4
5
6
12,2 m
Alcance do canhão
19 m
Comp do lanço suspenso
31,2 m
Raio molhado exterior à ultima torre
Largura molhada
Duração do ensaio
24,5 m
0,2 h
Raio molhado
21,73
5,46
27,19
Alcance
(m)
mm
Diametro de bico
Comp
49
49
51,5
38,5
37,5
37,5
Dist pivot à última torre
263 m
Área regada até à última torre (ha)
Área regada pelo canhão (ha)
Área total regada (ha)
Diâmetro bicos (mm)
bico 1
bico 2
Pressão (kPa)
294,2 m
Velocidade
Velocidade linear:
Distância (m)
Tempo (min)
Velocidade (m/min)
15
7
2,14
Velocidade média (m/min)
2,14
189
Capítulo V
Velocidade percentual
100
0
100,00
Tempo andar (s)
Tempo parado (s)
Velocidade percentual
100,00
Velocidade percentual média (%)
Tempo por revolução (h)
Pressão e caudal na rampa
Aspersores em teste
Lanço
P(kPa)
12,8
bico 1
T(s)
Vol (l)
Volume (l)
bico2
T(s)
Qmed (m3/h)
Pmédia (kPa)
Pmáxima (kPa)
Pmínimo (kPa)
Hidrante
3
Q(m /h)
P(kPa)
700
3
Vol (m )
1
3
29
Q(m3/h)
Qmed (m3/h)
Q(m /h)
T(s)
3
Q(m /h)
Pres pivot
124,14
124,1379
#DIV/0!
P. méd (kPa)
Caudal méd (m3/h)
700
Caudal entrada sistema (m3/h)
Arco 1
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
190
Volume
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
124,14
Arco 2
Volume
124,14
Pres méd (kPa)
Dados relativos aos colectores:
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro colector (m)
Área do colector (m2)
Tempo de empoçamento 2/3
Fim
8
0,154
0,019
min
min
Capítulo V
Raio A
Volume (ml)
103
125
68
85
100
80
81
82
92
90
75
111
96
107
107
138
97
83
81
85
86
75
103
95
80
95
95
85
93
105
98
135
163
105
88
55
Posição
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Pond
103
250
204
340
500
480
567
656
828
900
825
1332
1248
1498
1605
2208
1649
1494
1539
1700
1806
1650
2369
2280
2000
2470
2565
2380
2697
3150
3038
4320
5379
3570
3080
1980
Qmin
Volume(ml) Posição
55
68
75
75
80
80
81
81
82
36
3
11
22
6
25
7
19
8
64660 a ponderada Qmin
36 º de colectores
666 das posições Qmin
Raio A
Pond
1980
204
825
1650
480
2000
567
1539
656
Raio B
Volume (ml) Posição
116
1
113
2
59
3
97
4
104
5
78
6
72
7
90
8
100
9
89
10
90
11
128
12
96
13
119
14
102
15
154
16
101
17
86
18
80
19
68
20
73
21
81
22
104
23
83
24
71
25
111
26
81
27
101
28
80
29
86
30
114
31
155
32
151
33
101
34
98
35
56
36
9901 oma ponderada
9Nº de colectores
137 ma das posições
Pond
116
226
177
388
520
468
504
720
900
890
990
1536
1248
1666
1530
2464
1717
1548
1520
1360
1533
1782
2392
1992
1775
2886
2187
2828
2320
2580
3534
4960
4983
3434
3430
2016
Qmin
Volume(ml)
Posição
Pond
56
59
68
71
72
73
78
80
80
36
3
20
25
7
21
6
19
29
2016
177
1360
1775
504
1533
468
1520
2320
65120 Soma ponderada Qmin
36 º de colectores
666 das posições Qmin
11673
9
166
Raio B
Média quantidades recolhidas no sistema (ml)
Média quantidades recolhidas no sistema (mm)
Média quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
97,1
5,2
72,3
3,9
74,44
83,78
Média das alturas recolhidas no sistema (ml)
Média das alturas recolhidas no sistema (mm)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (ml)
Média das quantidades recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
CU(%)=
Dotação (mm)
5,86
EPQmin (%)
60,7
97,8
5,2
70,3
3,8
71,92
79,85
191
Capítulo V
Ci
103
125
68
85
100
80
81
82
92
90
75
111
96
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
103
250
204
340
500
480
567
656
828
900
825
1332
1248
Di(Ci-Mi)
6
56
87
48
15
103
113
121
46
71
243
167
14
Ci
116
113
59
97
104
78
72
90
100
89
90
128
96
Di
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Ci*Di
116
226
177
388
520
468
504
720
900
890
990
1536
1248
107
107
138
97
83
14
15
16
17
18
81
85
86
75
103
95
80
95
95
85
93
105
98
135
163
105
88
55
1498
1605
2208
1649
1494
139
149
655
1
254
119
102
154
101
86
14
15
16
17
18
1666
1530
2464
1717
1548
297
63
900
55
212
19
20
21
22
23
24
25
26
27
1539
1700
1806
1650
2369
2280
2000
2470
2565
306
242
233
486
136
50
427
54
56
80
68
73
81
104
83
71
111
81
19
20
21
22
23
24
25
26
27
1520
1360
1533
1782
2392
1992
1775
2886
2187
338
596
520
369
143
355
669
344
453
28
29
30
31
32
33
34
35
36
2380
2697
3150
3038
4320
5379
3570
3080
1980
338
119
237
28
1213
2175
269
318
1515
101
80
86
114
155
151
101
98
56
28
29
30
31
32
33
34
35
36
2828
2320
2580
3534
4960
4983
3434
3430
2016
90
516
353
503
1831
1756
110
8
1504
666
64660
10489
97,08708709
CU
0,837785264
192
Di(Ci-Mi)
18
30
116
3
31
119
180
62
20
88
86
363
23
65120
666
13124
97,77777778
CU
0,798464373464
Capítulo V
Localização:
Data
Vigia-Mencoca
Cultura:
Solo: textura
Milho
Estado fenológico
Franc.-argilo-aren.
Prof máx solo (m)
Défice hidrico solo:
Boca
6-8 folhas
Prof radicular (m)
Água utilizável (mm/m)
próximo do pivot
a 3/4 do raio molhado
no extremo
Dados climáticos:
Vento
velocidade
Condição de lavoura
Direcção
Temp.(ºC)
Evaporação:
Colector1 volume inicial (ml)
Colector2 volume inicial (ml)
HR (%)
Volume final (ml)
Volume final (ml)
Diaria
Regas: Frequencia
Hidrante
30-05-2005
Perdas (ml)
16
Duração (h)
10,6 mm
Altura aplicada
Caracterização do sistema:
Marca
Valley
Perímetro externo da conduta (cm)
Aspersores
Marca
Canhão:
Caudal (m3h)
Modelo
Marca
Valley
Modelo
Alcance
Lanço
1
2
3
4
5
Diâmetro bicos (mm)
bico 1
bico 2
Pressão (kPa)
Alcance
(m)
mm
Diametro de bico
m
Comp
61,3
61,3
61,3
61,3
61,3
Dist do pivot à últ. torre
Área regada até à última torre (ha)
Área regada pelo canhão (ha)
Área total regada (ha)
Alcance do canhão
10
Comp do lanço suspenso13,95
m
m
23,95 m
Raio molhado exterior à ult. torre
Largura molhada
12 a 14
m
Duração do ensaio
1,5
h
306,5 m
29,51
4,79
34,31
Raio molhado
330,45
m
Velocidade
Velocidade linear:
Distância (m)
Tempo (min)
Velocidade (m/min)
1,45
1,2
1,21
1,47
1,2
1,23
Velocidade média (m/min)
1,22
Velocidade percentual
Tempo andar (s)
Tempo parado (s)
Velocidade percentual
43,07
28,83
59,90
Velocidade percentual média (%)
59,90
193
Capítulo V
Tempo por revolução (h)
Pressão e caudal na rampa
Aspers. em teste
Lanço
P(kPa)
2º
420
5º
26,4
bico 1
T(s)
Vol (l)
3
Q(m /h)
bico2
T(s)
Volume (l)
3
Q(m /h)
Q(m3/h)
210
Pméd (kPa)
Pmáx (kPa)
Pmín (kPa)
Hidrante
Qmed (m3/h)
315
420
210
P(kPa)
500
3
Vol (m )
3
Q(m /h)
T(s)
1
5
Qmed (m3/h)
26
131
Pres pivot
138,46
137,40
137,9331
#DIV/0!
Caudal méd (m3/h)
Pres méd (kPa)
Caudal de entrada sistema (m3/h)
Arco 1
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
194
Volume
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
137,93
Arco 2
Volume
137,93 Pres méd (kPa)
Dados relativos aos colectores:
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
Área do colector (m2)
Tempo de empoçamento 2/3
Fim
3
0,2
0,031
min
min
Capítulo V
Raio A
Volume (ml) Posição
315
290
360
430
305
265
250
270
310
285
385
280
265
280
285
245
245
310
315
290
270
310
230
245
260
240
270
235
230
275
255
270
300
260
260
255
285
275
270
230
270
270
280
275
270
350
285
265
255
235
260
Pond
6
1890
7
2030
8
2880
9
3870
10
3050
11
2915
12
3000
13
3510
14
4340
15
4275
16
6160
17
4760
18
4770
19
5320
20
5700
21
5145
22
5390
23
7130
24
7560
25
7250
26
7020
27
8370
28
6440
29
7105
30
7800
31
7440
32
8640
33
7755
34
7820
35
9625
36
9180
37
9990
38
11400
39
10140
40
10400
41
10455
42
11970
43
11825
44
11880
45
10350
46
12420
47
12690
48
13440
49
13475
50
13500
51
17850
52
14820
53
14045
54
13770
55
12925
56
14560
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Raio A (cont.)
Volume (ml) Posição
295
57
315
58
59
280
315
60
320
61
315
62
265
63
64
265
300
65
310
66
320
67
335
68
69
335
290
280
315
230
255
225
330
295
275
285
285
275
275
260
275
285
240
265
335
285
315
280
290
285
260
275
315
225
270
255
255
260
310
265
320
350
230
210
130
60
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
Pond
16815
18270
16520
18900
19520
19530
16695
16960
19500
20460
21440
22780
23115
20880
20440
23310
17250
19380
17325
25740
23305
22000
23085
23370
22825
23100
22100
23650
24795
21120
23585
30150
25935
28980
26040
27260
27075
24960
26675
30870
22275
27000
25755
26010
26780
32240
27825
33920
37450
24840
22890
14300
6660
Volume (ml)
Qmin
Posição
Pond
60
130
210
225
225
230
230
230
230
230
235
235
240
240
245
245
245
250
255
255
255
255
255
255
260
260
111
110
109
99
77
108
75
34
28
45
55
33
31
88
21
22
29
12
36
41
54
76
101
102
103
96
6660
14300
22890
22275
17325
24840
17250
7820
6440
10350
12925
7755
7440
21120
5145
5390
7105
3000
9180
10455
13770
19380
25755
26010
26780
24960
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
1653700
104
6060
376320
26
1696
Raio A
Média quant. recolhidas no sistema (ml)
Média quant. recolhidas no sistema (mm)
Média quant. recolhidas no quartil min (ml)
Média quant. recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
272,9
8,7
221,9
7,1
CU(%)=
81,31
Dotação (mm)
10,60
EPQmin (%)
66,6
88,63
195
Capítulo V
Ci
0
0
0
0
0
315
290
360
430
305
265
250
270
310
285
Di
0
0
0
0
0
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
385
280
265
280
285
Ci*Di
0
0
0
0
0
1890
2030
2880
3870
3050
2915
3000
3510
4340
4275
Di(Ci-Mi)
0
0
0
0
0
253
120
697
1414
321
87
275
38
520
182
Ci
295
315
280
315
320
315
265
265
300
310
320
335
335
0
0
Di
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
0
0
16
17
18
19
20
6160
4760
4770
5320
5700
1794
121
142
135
242
290
280
315
230
255
72
73
74
75
76
20880
20440
23310
17250
19380
1232
519
3116
3217
1359
245
245
310
315
290
270
310
230
245
21
22
23
24
25
26
27
28
29
5145
5390
7130
7560
7250
7020
8370
6440
7105
586
614
854
1011
428
75
1002
1201
809
225
330
295
275
285
285
275
275
260
77
78
79
80
81
82
83
84
85
17325
25740
23305
22000
23085
23370
22825
23100
22100
3687
4455
1747
169
981
993
175
177
1095
260
240
270
235
230
275
255
270
300
260
260
255
285
275
270
230
270
270
280
275
270
350
285
265
255
235
260
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
7800
7440
8640
7755
7820
9625
9180
9990
11400
10140
10400
10455
11970
11825
11880
10350
12420
12690
13440
13475
13500
17850
14820
14045
13770
12925
14560
387
1020
92
1250
1458
74
644
107
1030
503
516
733
509
91
127
1930
133
136
341
103
144
3933
630
418
966
2084
722
275
285
240
265
335
285
315
280
290
285
260
275
315
225
270
255
255
260
310
265
320
350
230
210
130
60
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
23650
24795
21120
23585
30150
25935
28980
26040
27260
27075
24960
26675
30870
22275
27000
25755
26010
26780
32240
27825
33920
37450
24840
22890
14300
6660
182
1054
2894
702
5590
1102
3874
661
1609
1151
1237
205
4127
4741
289
1807
1825
1327
3860
828
4994
8251
4632
6855
15718
23631
0
6060
CU
196
0,886268256
1653700
188078
Ci*Di
Di(Ci-Mi)
16815
1260
18270
2443
16520
420
18900
2527
19520
2874
19530
2611
16695
497
16960
505
19500
1762
20460
2449
21440
3157
22780
4224
23115
4286
0
0
0
0
Capítulo V
Localização:
Data
Vigia
Cultura:
Solo: textura
Girassol
Estado fenológico
Franc.-argilo-aren.
Prof máx solo (m)
Défice hidrico solo:
Hidrante
11-07-2006
Direcção
Água utilizável (mm/m)
Condição de lavoura
Temp. (ºC)
Evaporação:
Colector1 volume inicial (ml)
Colector2 volume inicial (ml)
HR (%)
Volume final (ml)
Volume final (ml)
Diaria
Regas: Frequencia
Prof radicular (m)
6-8 folhas
próximo do pivot
a 3/4 do raio molhado
no extremo
Dados climáticos:
Vento
velocidade
Boca
Perdas (ml)
16
Duração (h)
10,6 mm
Altura aplicada
Caracterização do sistema:
Marca
Valley
Perímetro externo da conduta (cm)
Aspersores
Canhão:
Caudal (m3h)
Modelo
Nebulizador
Marca
Valley
Marca
Valley
Alcance
Lanço
1
2
3
4
5
8 120 5''
Modelo
Diâmetro bicos (mm)
bico 1
bico 2
Pressão (kPa)
Diametro de bico
Alcance
(m)
mm
m
Alcance do canhão
Comp
60,63
60,63
60,63
60,63
60,63
Dist do pivot à últ. torre
Área regada até à última torre (ha)
Área regada pelo canhão (ha)
Área total regada (ha)
10 m
Comp do lanço suspenso
16,7 m
Raio molhado exterior à ultima torre
26,7 m
Largura molhada
10 m
Duração do ensaio
1,5 h
303,15 m
Raio molhado
28,87
5,31
34,18
329,85
m
Velocidade
Velocidade linear:
Distância (m)
Tempo (min)
Velocidade (m/min)
2,22
1,2
1,85
Velocidade média (m/min)
1,85
Velocidade percentual
Tempo andar (s)
Tempo parado (s)
Velocidade percentual
64,56
7,54
89,54
Velocidade percentual média (%)
89,54
197
Capítulo V
Tempo por revolução (h)
Pressão e caudal na rampa
Aspers. em teste
Lanço
P(kPa)
17,2
bico 1
T(s)
Vol (l)
3
Q(m /h)
bico2
T(s)
Volume (l)
Qmed (m3/h)
Pméd (kPa)
Pmáx (kPa)
Pmín (kPa)
#DIV/0!
Hidrante
P(kPa)
500
3
Q(m /h)
Q(m3/h)
Qmed (m3/h)
0
0
Vol (m3)
Q(m3/h)
T(s)
1
24
Pres pivot
150,00
150,0000
#DIV/0!
Caudal méd (m3/h)
P. méd (kPa)
Caudal de entrada sistema (m3/h)
Arco 1
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
198
Volume
Colector
1
2
3
4
5
6
7
8
150,00
Arco 2
Volume
150,00 Pres méd (kPa)
Dados relativos aos colectores:
Espaçamento entre colectores (m)
Diâmetro do colector (m)
Área do colector (m2)
Tempo de empoçamento 2/3
Fim
3
0,2
0,031
min
min
Capítulo V
Raio A
Volume (ml) Posição
190
160
270
170
200
185
155
165
195
220
150
235
200
235
180
170
210
195
180
180
165
200
140
150
140
160
190
150
255
270
170
205
250
195
180
260
230
290
260
270
260
255
255
240
275
235
200
Pond
10
1900
11
1760
12
3240
13
2210
14
2800
15
2775
16
2480
17
2805
18
3510
19
4180
20
3000
21
4935
22
4400
23
5405
24
4320
25
4250
26
5460
27
5265
28
5040
29
5220
30
4950
31
6200
32
4480
33
4950
34
4760
35
5600
36
6840
37
5550
38
9690
39
10530
40
6800
41
8405
42
10500
43
8385
44
7920
45
11700
46
10580
47
13630
48
12480
49
13230
50
13000
51
13005
52
13260
53
12720
54
14850
55
12925
56
11200
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
Raio A (cont.)
Volume (ml) Posição
210
57
190
58
59
300
280
60
320
61
300
62
280
63
64
220
200
65
190
66
210
67
265
68
69
255
220
70
185
71
180
72
230
73
74
220
245
75
230
76
245
77
200
78
79
255
245
80
360
81
270
82
230
83
84
250
210
85
250
86
260
87
300
88
290
89
235
90
205
91
92
210
280
93
245
94
255
95
250
96
97
185
175
98
205
99
145
100
275
101
102
205
250
103
280
104
260
105
250
106
107
135
Pond
11970
11020
17700
16800
19520
18600
17640
14080
13000
12540
14070
18020
17595
15400
13135
12960
16790
16280
18375
17480
18865
15600
20145
19600
29160
22140
19090
21000
17850
21500
22620
26400
25810
21150
18655
19320
26040
23030
24225
24000
17945
17150
20295
14500
27775
20910
25750
29120
27300
26500
14445
Qmin
Volume (ml) Posição
135
140
140
145
150
150
150
155
160
160
165
165
170
170
170
175
180
180
180
180
180
185
185
185
107
32
34
100
20
33
37
16
11
35
17
30
13
25
40
98
24
28
29
44
72
15
71
97
Soma ponderada
Nº de colectores
Soma das posições
1323960
104
5733
Pond
14445
4480
4760
14500
3000
4950
5550
2480
1760
5600
2805
4950
2210
4250
6800
17150
4320
5040
5220
7920
12960
2775
13135
17945
169005
24
1028
Raio A
Média quant. recolhidas no sistema (ml)
Média quant. recolhidas no sistema (mm)
Média quant. recolhidas no quartil min (ml)
Média quant. recolhidas no quartil min (mm)
UD (%) =
230,9
7,35
164,4
5,2
CU(%)=
71,19
Dotação (mm)
7,53
EPQmin (%)
69,5
84,14
199
Capítulo V
Ci
0
0
0
0
0
0
0
0
0
190
160
270
170
200
185
Di
0
0
0
0
0
0
0
0
0
10
11
12
13
14
15
155
165
195
220
150
Ci*Di
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1900
1760
3240
2210
2800
2775
Di(Ci-Mi)
0
0
0
0
0
0
0
0
0
409
780
469
792
433
689
Ci
210
190
300
280
320
300
280
220
200
190
210
265
255
220
185
Di
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
16
17
18
19
20
2480
2805
3510
4180
3000
1215
1121
647
208
1619
180
230
220
245
230
72
73
74
75
76
12960
16790
16280
18375
17480
3667
68
809
1055
71
235
200
235
180
170
210
195
180
180
21
22
23
24
25
26
27
28
29
4935
4400
5405
4320
4250
5460
5265
5040
5220
85
681
93
1222
1523
544
970
1426
1477
245
200
255
245
360
270
230
250
210
77
78
79
80
81
82
83
84
85
18865
15600
20145
19600
29160
22140
19090
21000
17850
1083
2413
1901
1125
10454
3203
78
1601
1780
165
200
140
150
140
160
190
150
255
270
170
205
250
195
180
260
230
290
260
270
260
255
255
240
275
235
200
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
4950
6200
4480
4950
4760
5600
6840
5550
9690
10530
6800
8405
10500
8385
7920
11700
10580
13630
12480
13230
13000
13005
13260
12720
14850
12925
11200
1978
959
2910
2671
3092
2483
1474
2995
914
1523
2437
1063
801
1545
2241
1308
43
2776
1395
1914
1453
1227
1251
480
2379
223
1732
250
260
300
290
235
205
210
280
245
255
250
185
175
205
145
275
205
250
280
260
250
135
0
0
0
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
0
0
0
0
21500
22620
26400
25810
21150
18655
19320
26040
23030
24225
24000
17945
17150
20295
14500
27775
20910
25750
29120
27300
26500
14445
0
0
0
0
1639
2529
6078
5257
366
2360
1926
4563
1322
2286
1830
4456
5482
2568
8594
4450
2646
1964
5103
3052
2021
10265
0
0
0
0
0
5733
CU
200
0,841422753
1323960
209950
Ci*Di
Di(Ci-Mi)
11970
1193
11020
2374
17700
4075
16800
2944
19520
5433
18600
4282
17640
3091
14080
700
13000
2011
12540
2702
14070
1403
18020
2316
17595
1660
15400
766
13135
3262
Capítulo VI
VI. Modelação dos Sistemas de Rega
VI.1 Introdução
Com a explosão tecnológica a que se assiste hoje em dia, não é comportável que os projectos
e os processos de tomada de decisão quanto a sistemas de rega continuem a ser efectuados de
uma forma empírica, sem o recurso a sólidas ferramentas de apoio à decisão. Assim sendo,
para que possa haver uma gestão eficiente da rega, de modo a se tirar pleno proveito desta, é
indispensável que o projecto de sistemas de rega seja efectuado de uma forma rigorosa e o
mais adequada possível à realidade.
Maus desempenhos relacionam-se com reduzidos investimentos, baixos rendimentos dos
agricultores, mau uso da água, perdas de fertilizantes e danos ambientais.
Um sistema de rega bem projectado é um requisito essencial para uma rega bem sucedida e
ambientalmente correcta. Ao invés, um sistema mal projectado, ainda que bem gerido, leva a
produções baixas, assim como a baixas produtividades da água.
No entanto, a concepção de um sistema de rega, bem como a sua gestão, são processos
complexos, pois existem uma série de factores intervenientes (económicos, hidráulicos e
ambientais) a ter em consideração e que apresentam uma grande variabilidade (Pereira e
Trout, 1999). Assim, torna-se necessário que o projectista, ou o gestor, tenha presente esta
variabilidade afim de se alcançar a solução optimizada de cada sistema e a sua adequada
gestão.
Os modelos de simulação, quando integrados com os modelos de optimização, podem ser
utilizados como ferramentas de apoio à decisão. Desta forma, permitem optimizar os
parâmetros operativos e de projecto, apoiando agricultores, gestores e projectistas nas várias
fases do processo de decisão, bem como, o aconselhamento com base nas avaliações de
campo.
O estudo de diagnóstico dos sistemas de rega sob pressão, levados a cabo pelo CEER nos
Aproveitamentos Hidroagrícolas da Vigia e Lucefecit (Pereira, 2002 e 2005), permitiram
identificar os principais problemas existentes. A maioria dos casos revelava falta de
conhecimento, por parte dos agricultores, relativamente às características técnicas dos
equipamentos de rega e aos procedimentos adequados para a sua correcta manutenção e
utilização. A grande maioria dos sistemas analisados não tinham sido alvo de projecto ou era
de fraca qualidade, o que o demonstra a falta de apoio técnico regular aos regantes tornandose, portanto, imperioso desenvolver ferramentas para colmatar esta falta de apoio aos
agricultores.
Assim, os modelos que se descrevem ao longo deste capítulo têm como objectivo responder a
estas necessidades reais, disponibilizando aos agricultores ferramentas que lhes permitem
tomar as decisões mais correctas quanto aos seus equipamentos (aquisição/manutenção) e
simultaneamente adequar/modificar algumas práticas de gestão afim de se obter um melhor
desempenho dos sistemas.
Os modelos foram desenvolvidos tendo em conta dois aspectos: o primeiro refere-se à
transferência da investigação para a prática de campo, de ferramentas para a gestão da rega
sob pressão à escala da parcela, cumprindo assim objectivos de extensão rural; o segundo
prende-se com os requisitos do utilizador, assegurando uma maior funcionalidade e
versatilidade dos modelos, de forma a que estes possam analisar dados recolhidos em
observações de campo, nomeadamente em avaliações de sistemas em funcionamento.
201
Capítulo VI
VI.2. Modelo AVASPER
Recorrendo aos sistemas estacionários, a boa gestão da água e dos fertilizantes não tem sido
frequentemente alcançada e o desempenho destes sistemas é, em muitos casos, inferior ao
potencial, com resultados semelhantes aos obtidos com métodos de rega tradicionais (Pitts et
al., 1996). A uniformidade de aplicação da água à parcela, medida através dos indicadores de
desempenho, está abaixo dos valores consideráveis aceitáveis (Ortega et al., 2002; Valin et
al., 2003). Os principais problemas relacionam-se com projectos mal executados (ou mesmo a
inexistência de projecto), má gestão e manutenção do equipamento (Dubalen et al., 1993).
O modelo AVASPER foi desenvolvido com o objectivo de criar uma ferramenta “amiga do
utilizador” que facilite a avaliação de dados de campo, efectue simulações e dimensionamento
de sistemas de rega por aspersão fixa, assim como a análise do respectivo desempenho. Este
modelo permite projectar e simular o desempenho hidráulico, optimizar a distribuição da água
e explorar os resultados das avaliações de campo e pode ser aplicado tanto a sistemas
amovíveis como desmontáveis.
O software AVASPER foi desenvolvido em Visual Basic 6.0 e inclui uma base de dados em
Access 2000.
VI.2.1 Estrutura do modelo
Este modelo é constituído por módulos de simulação para realizar análises de
dimensionamento e de desempenho, por uma base de dados relativa a aspersores, tubagens,
culturas e sectores de rega em análise e por uma interface “amiga do utilizador”.
Na Figura VI.1. é possível visualizar a estrutura conceptual do modelo. O AVASPER é
composto por dois componentes principais, um de simulação hidráulica para
dimensionamento e o segundo de análise de desempenho, podendo ser aplicado tanto a
sistemas em projecto como a sistemas a operar no campo. Neste último caso utiliza dados das
avaliações de campo.
Base de dados
Aspersores
Tubagens
Culturas
Solos
Simulação
Módulos
INTERFACE
Estrutura de diálogo
Avaliação
Análise desempenho
Escolha da alternativa
Fig. VI.1. Estrutura conceptual do modelo AVASPER
Na análise de desempenho utilizam-se os dados obtidos no módulo de simulação hidráulica
para permitir encontrar iterativamente as soluções desejadas (pressão e caudal apropriados).
Assim, é possível resolver as limitações apresentadas pelos sistemas de rega e projectar de
forma mais célere novos sistemas, tendo por base o cálculo dos indicadores de desempenho.
202
Capítulo VI
Deste modo, o AVASPER permite aconselhar os agricultores na forma de gerir o seu sistema,
assim como no equipamento a utilizar.
Para a simulação hidráulica são necessários os seguintes dados de entrada: comprimento,
características hidráulicas das condutas (conduta principal, condutas secundárias, portarampas e rampas), características dos aspersores e espaçamento a ser adoptado. Estes dados
são armazenados na base de dados e o utilizador pode substituir os diversos componentes até
que seja encontrada a solução mais satisfatória, ou seja, a solução optimizada. Quando a
simulação “corre” através do controlo directo do utilizador são mostradas mensagens,
indicando quais as condições de projecto que não estão a ser satisfeitas de forma a conduzir o
utilizador na busca da solução desejada.
A simulação do dimensionamento é efectuada de forma a que o sistema satisfaça os vários
critérios de projecto impostos pelo utilizador, nomeadamente relacionados com as variações
de caudal e pressão dentro do sistema em operação e com a velocidade de escoamento nas
condutas. Assim, a dimensão óptima das tubagens é obtida a partir da base de dados,
seleccionando o diâmetro mínimo que satisfaça os critérios impostos pelo utilizador
(espaçamento, comprimento e características hidráulicas das tubagens e características dos
aspersores), e tendo em conta o caudal e pressão admitidos.
O módulo de análise de desempenho utiliza como dados de entrada quer a informação gerada
durante a fase de dimensionamento (Figura VI.2), quer os dados recolhidos nas avaliações de
campo (Figura VI. 3), com os sistemas a operar em condições reais, sendo calculados vários
indicadores de desempenho. Os dados recolhidos nas avaliações de campo também podem ser
utilizados como entrada para o módulo de dimensionamento de forma a simular opções
alternativas. As características dos aspersores e das tubagens são introduzidas nas respectivas
bases de dados e a base de dados do sector é criada a partir dos dados de campo.
Fig. VI.2. Resultados da simulação da distribuição pluviométrica de um sistema em projecto
A simulação de várias alternativas tem como objectivo informar o responsável do sistema em
questão e aconselhá-lo sobre as melhores medidas a tomar e, caso necessário, as intervenções
a realizar.
203
Capítulo VI
Fig. VI.3. Janela para introdução de dados de avaliação de campo
VI.2.1.1 Módulos de cálculo
O módulo de simulação hidráulica (Figura VI.4) segue as aproximações propostas por
Heermann and Kohl (1980) and Keller and Bliesner (1990) e utiliza a equação de HazenWilliams.
Fig. VI.4. Interface de apresentação de resultados da simulação hidráulica, apresentando a distribuição das
cargas hidráulicas para todos os aspersores (9) e rampas (4) do sector em projecto, bem como o gráfico das
distribuições das cargas nas rampas mais e menos favorecida e janelas de identificação da variação da carga
(ΔH=10.09%)
204
Capítulo VI
A variação de caudal e de pressão é imposta pelo utilizador de forma a obter um conjunto de
resultados relativos a:
• Tamanho das tubagens;
• a pressão hidráulica (Hi) de cada aspersor em cada lateral, com a representação da
variação da pressão no lateral mais e menos favorável;
• o caudal Qi de cada aspersor, para cada pressão,
• modelo de distribuição da água relativo a 4 aspersores,
• selecção de parâmetros de desempenho, e
• indicadores económicos.
No modelo de desempenho utilizam-se os indicadores propostos por Keller and Bliesner
(1990), incluíndo:
• Uniformidade de distribuição, UD (%);
• coeficiente de uniformidade de Christiansen, UC (%);
• uniformidade de distribuição do sistema, UDsist (%);
• coeficiente de uniformidade do sistema, UCsist (%);
• eficiência de distribuição, ED (%), e
• eficiência potencial do quartil mínimo, PELQ (%).
Podem também ser calculados outros parâmetros, para melhor caracterizar o sistema, tais
como: altura média de água aplicada, média da altura de água do quartil mínimo, média do
rácio de aplicação, arrastamento pelo vento e perdas por evaporação e pressão e caudal médio,
mínimo e máximo dos aspersores.
VI.2.2 Aplicação do modelo
Os dados recolhidos nas avaliações de campo efectuadas nos aproveitamentos hidroagrícolas
da Vigia e Lucefecit serviram para efecutar simulações com o modelo AVASPER. Na Tabela
VI.1 comparam-se os valores obtidos nos ensaios de campo com os valores optimizados
obtidos por simulação com o AVASPER. Os resultados das avaliações de campo realizadas
mostram que o desempenho dos sistemas de rega são muito baixos, mesmos inaceitáveis.
Com o objectivo de resolver os problemas identificados nas avaliações foram efectuadas
simulações, modificando diversas características, tendo-se encontrado resultados muito mais
satisfatórios.
Apesar da implementação de tais soluções implicar custos adicionais para o agricultor, estes
resultados são indicativos de que poderiam ser obtidos bons desempenhos se os vendedores,
os técnicos extensionistas e outros agentes eventualmente envolvidos fizessem uso de
ferramentas como o AVASPER, fáceis de utilizar para efectuar um projecto.
205
Capítulo VI
Tabela VI.1. Indicadores de desempenho observados nas avaliações de campo comparados com os susceptíveis
de ser obtidos se os sistemas fossem melhorados
Sistemas
Lucefecit H - 304
Lucefecit H - 222
Cultura
Sorgo
Milho
Milho
Pressão Média dos Aspersores (kPa)
242.9
224.3
252
254.0
256
365.0
353
Caudal Médio dos Aspersores (m3/h)
1.6
1.6
1.3
1.3
1.3
1.9
1.9
Carga Piezométrica a Montante (kPa)
324.8
318.3
390.0
390.0
380.0
77.2
77.3
24.0
23.8
64.6
58.3
63.9
7.2
7.2
Caudal a Montante (m3/h)
Velocidade do Vento (m/s)
2.4
1.9
1-3
1-3
1-3
0.9
2.3
Altura Média recolhida (mm)
14.0
14.0
5.1
5.2
5.7
6.0
5.6
Taxa Média de Aplicação (mm/h)
8.0
8.2
3.9
3.9
4.0
7.2
7.2
Uniformidade de distribuição, UD (%)
41.4
52.7
59.7
65.8
78.3
76.7
53.9
Coeficiente de Uniformidade, CU (%)
68.6
66.4
75.5
78.9
85.3
83.0
70.0
UD do Sistema (%)
40.5
50.5
57.7
63.5
76.5
75.5
53.2
CU do Sistema (%)
67.6
64.5
73.8
77.0
83.9
82.2
69.3
Eficiência Potencial PELQ (%)
56.6
63.8
45.0
Eficiência Potencial do Sistema (%)
55.2
62.9
43.8
Indicadores de desempenho melhorando os espaçamentos e as dimensões dos tubos
Taxa Média de Aplicação (mm/h)
8.44
5.07
6.66
81.13
83.33
82.4
Uniformidade de distribuição, UD (%)
Coeficiente de Uniformidade, CU (%)
87.06
87.86
85.9
UD do Sistema (%)
80.32
82.01
81
CU do Sistema (%)
85.32
86.14
86.86
Eficiência Potencial do Sistema (%)
81.49
83.01
84.06
Eficiência Potencial PELQ (%)
80.68
82.17
83.2
Variação Máxima de Caudal (%)
11.59
12.83
7.49
Variação Máxima de Pressão (%)
4.73
6.67
6.91
Vigia H-104
Vigia H - 314
Milho
82.5
1.0
161.5
36.3
<2
5.0
3.0
73.7
77.4
60.0
67.9
93.8
1.0
177.1
36.6
>2
5.6
3.0
53.5
70.1
43.5
61.4
61.5
53.1
2.32
78.95
88.76
77.72
87.84
85.25
84.4
11.21
7.59
VI.3 Modelo TRAVGUN
Os sistemas de rega com canhões são muito criticados por apresentarem baixas eficiências de
aplicação, baixas uniformidade de distribuição, elevadas pluviometrias, escoamento
superficial e erosão, etc. No entanto, a experiência demonstra que se podem resolver estes
problemas se o projecto do sistema for efectuado de uma forma cuidada (Tiercelin, 1998;
Tarjuelo, 1999).
A aplicação TRAVGUN, é uma ferramenta informática que tem como objectivos permitir
projectar novos sistemas de rega de canhão com enrolador bem como efectuar análise do
desempenho de sistemas em operação, com base em avaliações de campo. Permite uma gestão
adequada e o dimensionamento optimizado destes sistemas de rega, contribuindo para a
resolução do problema de falta de eficiência que tipicamente estes sistemas costumam
apresentar (Pereira 2002).
Este modelo disponibiliza aos técnicos de campo e aos agricultores uma ferramenta prática,
de fácil utilização (interface “amiga do utilizador”), que lhes permite tomar decisões acerca
do seu equipamento de rega.
O modelo TRAVGUN foi desenvolvido em Visual basic 6.0 e a base de dados em Access
2000. Este pode operar isoladamente ou em associação com outros modelos. Por exemplo, a
sua base de dados relativa ao equipamento pode ser partilhada com o modelo DOTmm/h
(Pereira, 2005), prevenindo, deste modo, a duplicação e dessincronização da informação entre
as várias bases de dados. Os dados culturais (necessidades hídricas das culturas) têm que ser
fornecidos por um modelo de calendarização da rega tal como o ISAREG (Teixeira, 1989) ou
o WEBISAREG (Branco et al., 2005). Este modelo integra-se no desenvolvimento do futuro
SADSPRINK, constituindo uma das várias componentes deste SAD.
206
Capítulo VI
VI.3.1 Estrutura do Modelo
O modelo TRAVGUN é constituído por uma interface gráfica, por módulos de cálculo e por
uma base de dados. Os módulos de cálculo dividem-se em dois grandes grupos:
dimensionamento hidráulico e avaliação. A base de dados armazena informação relativa a
equipamentos, avaliações de campo e diversos parâmetros auxiliares necessários ao
funcionamento do modelo.
A Figura VI.5 mostra a estrutura conceptual do modelo. O módulo de dimensionamento
executa o dimensionamento hidráulico dos sistemas, procurando automaticamente na base de
dados os equipamentos (aspersores, condutas e enroladores) que melhor verificam os critérios
de projecto, a partir dos quais simula o funcionamento de cada canhão (aspersor) com o
módulo de simulação do canhão. Este simula a distribuição das alturas de água que caem em
dados pontos (colectores fictícios) perpendiculares à direcção de deslocação do canhão, tal
como aconteceria se os colectores fossem dispostos no terreno durante a realização de uma
avaliação de campo. Com base nos dados das alturas de água, o módulo de avaliação efectua
o cálculo dos indicadores de desempenho do sistema e verifica se estes valores são aceitáveis.
No final do processo, o utilizador têm à sua disposição um conjunto de sistemas, podendo
optar por aquele que lhe oferece os melhores resultados na análise de desempenho.
O módulo de avaliação calcula os indicadores de desempenho tanto para sistemas em
operação, com base nos dados das avaliações de campo, assim como para sistemas que estão a
ser projectados (simulação).
Interface gráfica
Base de Dados
Aspersores
Tubagens
Enroladores
Dimensionamento
Avaliação
Simulação do canhão
N
Análise de desempenho
Uniformidade
Eficiência
Aceita o
projecto do
sistema?
S
S
Modo de
projecto?
N
Sistema seleccionado
Fig. VI.5. Estrutura conceptual do modelo TRAVGUN
VI.3.1.1 Módulos de Cálculo
Dimensionamento:
A metodologia de dimensionamento hidráulico é a proposta por Keller e Bliesner (1990),
recorrendo-se à equação de Darcy-Weisbach (Eq. VI.1).
L V2
h f = Ff
(VI.1)
D 2g
onde hf é a perda de carga contínua (m), Ff o factor de Darcy-Weisbach, V a velocidade de
escoamento (m s-1), g a aceleração da gravidade (9.81 m s-1), L o comprimento da conduta (m)
e D o diâmetro interno da conduta (m).
207
Capítulo VI
O módulo de dimensionamento hidráulico efectua a optimização do dimensionamento de um
sistema com canhão com base nos indicadores de desempenho do sistema, seleccionando da
base de dados o sistema mais adequado, utilizando um processo de busca automático. O
utilizador introduz diversos critérios de projecto relativos ao desempenho do sistema e o
modelo efectua simulações até obter o sistema que melhor se aproxima dessas condições.
Como output, o modelo, devolve o sistema seleccionado (aspersor, conduta e enrolador) e os
valores dos indicadores de desempenho simulados.
Análise de desempenho (Avaliação):
O módulo de avaliação e de análise de desempenho calcula os indicadores de desempenho de
um dado sistema de canhão com base nos dados recolhidos nas avaliações de campo. Permite
ainda simular diferentes graus de sobreposição entre trajectos adjacentes, pela alteração da
largura de faixa molhada, obtendo-se diferentes uniformidades de distribuição e eficiências de
rega. O algoritmo de cálculo do módulo de avaliação utiliza a metodologia proposta por
Keller e Bliesner (1990) e Pereira (2002, 2004). Assim sendo, os principais indicadores de
desempenho considerados no modelo, são: UD, CU e PELQ. Estes são calculados com base
nos dados das avaliações de campo:
• Volumes de água recolhidos nos colectores, bem como o seu diâmetro e espaçamento
(malha);
• Características do canhão (velocidade, caudal, diâmetro e ângulo molhado).
Simulação do perfil pluviométrico:
A metodologia utilizada neste programa para simular o perfil pluviométrico, em função do
ângulo de sector do canhão, é uma evolução da metodologia proposta por Keller e Bliesner
(1990), em que o modelo simula a variação do ângulo de abertura utilizando um perfil
pluviométrico triangular (Figura VI.6) em oposição a um perfil pluviométrico constante.
Perfil triangular do
jacto do aspersor
Perfil de distribuição das
alturas de água nos
colectores
Sentido de deslocação
Fig. VI.6. Simulação do perfil pluviométrico do canhão
A simulação das alturas de água recolhidas dentro dos colectores fictícios é feita, como se
disse anteriormente, assumindo um perfil de distribuição triangular. Assim sendo, se
imaginarmos que esse triângulo tem um movimento de rotação em torno do seu eixo vertical
obtemos um cone (Figura VI.6). Com base nos valores do caudal, alcance e ângulo molhado
208
Capítulo VI
do canhão, o modelo gera esse cone e calcula os parâmetros de uma função linear,
correspondente à tangente da superfície do cone.
Ao se posicionar um colector num dado ponto, duma linha perpendicular à direcção de
deslocação do canhão, pode-se imaginar que um plano vertical paralelo à direcção de
deslocação e que passe nesse ponto irá fazer uma secção no cone dando origem a uma
parábola (Figura VI.6). Esta parábola irá corresponder ao perfil pluviométrico por cima de
cada colector. A equação linear, calculada anteriormente, irá fornecer o vértice da parábola
permitindo definir a equação dessa parábola para cada colector fictício. Deste modo,
efectuando a integração da função da parábola para cada colector, obter-se-à o padrão de
distribuição das alturas de água pelo canhão.
A Figura VI.7 sintetiza o algoritmo de cálculo utilizado na simulação do perfil pluviométrico.
A simulação do perfil pluviométrico é função do caudal debitado, do alcance, do ângulo de
abertura do canhão e do padrão de aplicação do aspersor, que no caso é triangular.
Dados do canhão
Caudal, raio molhado,
ângulo molhado
Equação do perfil do jacto
Tempo de aplicação × Taxa de aplicação
=
Alturas de água recolhidas nos colectores
Equação do perfil acima dos colectores
Calculo da taxa média de aplicação
em cada colector
Fig. VI.7. Representação esquemática da rotina de simulação da distribuição de água à parcela pelo canhão.
VI.3.1.2 Base de Dados
A base de dados serve para alimentar os módulos de cálculo e esta contém informação relativa
a aspersores (canhões), a tubagens e enroladores, de modo a permitir escolher o equipamento
mais adequado de acordo com os critérios de projecto. A ligação entre a base de dados e os
algoritmos de cálculo é feita através de consultas (queries) que correm de cada vez que a
informação é solicitada pelos módulos de cálculo. Os dados das avaliações de campo também
são armazenados nesta base de dados, sendo utilizados para efectuar o cálculo dos indicadores
de desempenho dos sistemas e para simular diversas opções de funcionamento (ex: largura da
faixa molhada) de modo a regular e a melhorar a gestão dos sistemas avaliados. A base de
dados possui ainda um outro conjunto de dados de base e parâmetros auxiliares que permitem
reduzir o volume de informação a introduzir pelo utilizador (inputs).
Esta aplicação funciona como front-end, em relação à base de dados, o que lhe possibilita
extrair e introduzir informação na base de dados Access (back-end). O TRAVGUN possui um
módulo que corresponde às funções de um Sistema de Gestão de Base de Dados – SGBD (Figura VI.8) que liga os modelos matemáticos com a base de dados e que permite ao
utilizador executar as seguintes acções na mesma: adicionar, apagar, actualizar ou consultar
dados.
209
Capítulo VI
Fig. VI.8. Dados dos aspersores (canhões)
A utilização de uma aplicação front-end tem uma especial importância no caso deste modelo
essencialmente por duas razões. Em primeiro lugar, porque este modelo se encontra ainda em
desenvolvimento e como tal é necessário proceder-se a actualizações do mesmo, sem perder a
informação armazenada na base de dados. Em segundo lugar, porque os resultados do modelo
dependem da qualidade e da dimensão da informação armazenada na base de dados. Assim
sendo, quanto maior for o volume de informação disponível acerca dos equipamentos,
melhores serão os resultados dado que será maior o número de alternativas possíveis.
A Figura VI.8 representa a janela onde são introduzidos os dados relativos aos aspersores
(canhões). Há que evidenciar que a introdução desses dados tem de ser feita de um modo
sequencial, escolhendo-se em primeiro lugar o fabricante, de seguida os modelos disponíveis
para esse fabricante e finalmente o bocal do aspersor.
210
Capítulo VI
O fabricante, ao contrário dos outros dois itens, não pode ser adicionado nesta janela, mas sim
noutra janela de forma a prevenir que diferentes utilizadores introduzam diferentes nomes
para o mesmo construtor, assegurando desta forma uma maior integridade da informação.
A informação a introduzir na data grid (Figura VI.8) é exactamente igual à que é fornecida no
catálogo dos fornecedores (unidades métricas), facilmente disponíveis na internet.
VI.3.2 Aplicação do modelo
O modelo TRAVGUN foi aplicado aos Aproveitamentos Hidroagrícolas da Vigia e Lucefecit
(Pereira 2005). A sua aplicação incidiu sobre o módulo de avaliação (Figuras VI.9 e VI.10),
que foi utilizado para calcular os indicadores de desempenho dos sistemas e para simular
diferentes larguras de faixa molhada, possibilitando efectuar aconselhamentos aos
agricultores. A sua aplicação demonstrou bons resultados, permitindo simular diferentes
regulações nos canhões, de uma forma mais fácil e expedita do que com o recurso às
tradicionais folhas de cálculo.
Os dados a introduzir (inputs) nesta janela (Figuras VI.9 e VI.10) estão de acordo com as
folhas de campo propostas por Pereira (2002). Para realçar o aspecto user-friendly desta
aplicação, todos os dados a introduzir que resultam de cálculos auxiliares, tais como a área
dos colectores, a velocidade de deslocamento ou o caudal do canhão são calculados
automaticamente, tornando a utilização mais fácil e reduzindo a possibilidade de introdução
de erros.
Fig. VI.9. Módulo de avaliação – dados dos colectores
211
Capítulo VI
Fig. VI.10. Módulo de avaliação – características do enrolador
A Figura VI.11 mostra um exemplo dos resultados obtidos com o módulo de avaliação,
infelizmente relativo a um sistema mal projectado e gerido.
Fig. VI.11. Indicadores de desempenho
Destinado a agricultores, técnicos de campo e técnicos comerciais, o software TRAVGUN
possui uma interface user-friendly que permite que o projecto possa ser efectuado de uma
forma expedita, reduzindo significativamente o tempo que o projecto demora a ser realizado
pelos métodos tradicionais (à mão ou utilizando folhas de cálculo). Tal leva a um menor custo
de projecto e ao aumento da sua qualidade, principalmente porque diversas alternativas de
projecto podem ser facilmente manipuladas e comparadas. Esta aplicação é uma ferramenta
212
Capítulo VI
válida no domínio da extensão rural, servindo para colmatar a falta de apoio técnico sentida
pelos agricultores no domínio da rega.
O principal desafio consistiu, portanto, em construir uma aplicação informática que seja
simultaneamente fácil de usar (apelativo e intuitivo) e que simule a realidade de uma forma
precisa.
A sua aplicação aos referidos Aproveitamentos foi bem sucedida, permitindo formular
aconselhamentos aos agricultores através de diversas simulações feitas com base nos dados
das avaliações de campo, as quais foram determinantes para identificar os factores a rectificar.
Os indicadores de desempenho calculados pelo módulo de avaliação, ao caracterizarem o
sistema de rega, permitiram efectuar correcções/regulações de forma a melhorar o seu
funcionamento.
Futuros desenvolvimentos incluem a adopção de perfis de aplicação alternativos e a
consideração do efeito do vento, bem como adaptar o modelo de modo a ser integrado no
futuro sistema de apoio à decisão SADSPRINK. Outra vertente a desenvolver prende-se com
a adopção de metodologias e tecnologias informáticas mais ágeis, versáteis e robustas. Assim
sendo, migrar-se-á este modelo para o paradigma da programação orientada aos objectos
(Martins, 2001), utilizando a linguagem de programação Visual Basic 2005.
VI.4 Modelo DEPIVOT
O programa de DEPIVOT é uma ferramenta informática que tem por objectivos o
dimensionamento de rampas pivotantes e o cálculo dos seus indicadores de desempenho,
tanto a sistemas a serem projectados como a sistemas a serem avaliados. O modelo foi
desenvolvido em Visual Basic 6.0 e é constituído por uma base de dados em Access 2003.
VI.4.1 Estrutura do Modelo
O programa DEPIVOT é constituído pelo: a) modelo do dimensionamento agronómico, que
calcula a dotação e o caudal necessário em função dos dados da cultura e do solo; b) modelo
de dimensionamento hidráulico, que calcula as perdas de carga em cada um dos lanços,
escolhidos da base de dados; c) o modelo da carta de emissores, onde se calculam a pressão e
o caudal para cada uma das saídas dos lanços, e a escolha do emissor mais adequado para
cada uma delas; d) o modelo do cálculo da curva de intensidade pluviométrica em vários
pontos do sistema e a taxa de infiltração do solo; e) modelo de avaliação do sistema, obtendo
os indicadores de desempenho – uniformidade de distribuição, coeficiente de uniformidade e
eficiência de aplicação. Para a avaliação de sistemas já existentes são precisos como dados de
entrada os recolhidos nas avaliações de campo, com os sistemas a funcionar em condições
reais.
Na Figura VI.12 apresenta-se o esquema conceptual do modelo. O programa inicia-se, quer
com o cálculo das necessidades de rega, quando o caudal de entrada no sistema não é
conhecido, quer com o dimensionamento hidráulico. Este último consiste na selecção dos
lanços, tomando em atenção as suas características de comprimento (L), diâmetro (D) e
separação entre saídas (Sp), o que permite o cálculo da perda de carga em todo o sistema
como a soma da perda de carga em cada lanço (Figura VI.13). Fica ao critério do utilizador a
aceitação da alternativa. Quando se opta pela instalação de um canhão na extremidade, o
modelo apresenta os valores recomendados face às escolhas dos lanços, para pressão (P),
caudal (Qg) e raio molhado.
213
Capítulo VI
Inicio
Dimensionamento de
novos sistema
Dimensionamento
Agronómico
Avaliação de sistemas
em funcionamiento
Dimensionamento
Hidráulico
Introdução de
dados de campo
Carta de emissores
Cálculo dos
indicadores de
desempenho
Lanços
Emissores
Sistema
Cálculo do
escoamento
No
Escoamento
superficial aceitavel?
S
Final
Fig. VI.12. Esquema conceptual do modelo DEPIVOT
Na Figura VI.14. apresenta-se o módulo da carta de emissores. Esta corresponde à listagem
dos emissores que configuram a rampa, desde o centro à extremidade, indicando para cada um
deles o seu número de ordem, a distância ao centro, caudal teórico (qi), a pressão de
funcionamento (Pi), o emissor escolhido e o caudal que cada emissor debita em função da sua
curva de vazão (qa), calculada para cada emissor com base em dados dos fornecedores.
Quando o emissor seleccionado funciona a uma pressão superior à definida pelo fabricante, o
seu nome apresenta-se em cor vermelha.
214
Capítulo VI
Fig. VI.13. Janela para o cálculo do dimensionamento hidráulico de um sistema formado por oito lanços e com
cahão na extremidade
Fig.VI.14 Carta de emissores elaborada de forma optimizada considerando todos os emissores presentes na base
de dados
215
Capítulo VI
Uma vez preenchida a carta, manualmente pelo utilizador ou de uma forma optimizada pelo
modelo, existem duas validações (Figura VI.15): i) a variação de caudal, para um mesmo
lanço, entre o caudal teórico (Qt) e o caudal real (Qem) não deve ultrapassar o 10% e; ii) a
altura de água aplicada ao longo do ráio deve fornecer bons indicadores de desempenho,
nomeadamente a uniformidade de aplicação (UD) e o coeficiente de uniformidade (CU).
Fig. VI.15. Variação entre o caudal teórico (Qt) e o caudal debitado (Qem) junto com os indicadores de
desempenho obtidos.
Na Figura VI.16 pode ver-se como o programa compara a curva de intensidade pluviométrica,
em dois pontos do sistema, com a curva de infiltração do solo calculada segundo a equação de
Kostiakov. Para que não se produza escoamento superficial, a área da curva de pluviometria
que supera a taxa de infiltração do solo tem de ser menor ou igual à capacidade de
armazenamento superficial. Se esta condição não se cumprir, o utilizador poderá gerar uma
nova alternativa na carta de emissores.
216
Capítulo VI
Fig. VI.16 Cálculo do escoamento superficial mediante a comparação da curva de pluviometria, em dois pontos
do sistema, com a curva de infiltração
O modelo permite o cálculo dos indicadores de desempenho para sistemas já em
funcionamento. Na Figura VI.17 mostra-se a introdução dos dados relativos a dois raios de
colectores e as alturas de água ao longo dos raios. Seguidamente a modelo calcula a UD e o
CU. Os indicadores de desempenho pretendem ajudar o agricultor a decidir sobre as
estratégias a utilizar na condução da rega e na manutenção do sistema, e para dar ao
projectista indicações que permitam melhorar a concepção de futuros sistemas.
217
Capítulo VI
Fig. 17 Cálculo dos indicadores de desempenho (UD e CU) para dois raios de colectores ao longo
VI.4.2 Aplicação do modelo
O modelo DEPIVOT foi desenvolvido no âmbito de uma tese de doutoramento, a qual foi
apresentada no passado mês de Novembro. Como tal, ainda não foi possível efectuar a sua
aplicação. No entanto, este modelo foi validado com dados provenientes do Centro Operativo
de Tecnologias de Regadio, colhidos em diversos pivots da região alentejana e ribatejana,
prevendo-se a sua aplicação num futuro muito breve.
VI.5 Modelo DOTmm/horas
O programa DOTmm/horas tem como objectivo servir de elo de ligação entre o agricultor e um
sistema de avisos de rega. O seu domínio de aplicação são os diversos sistemas de rega por
aspersão, nomeadamente a aspersão fixa, canhões com enrolador e rampas pivotantes.
O desenvolvimento deste programa teve por base as dificuldades sentidas no terreno pelos
agricultores, em converter os valores das dotações líquidas de rega (em mm), resultantes da
aplicação de modelos de calendarização da rega tais como ISAREG, RELREG (Teixeira,
1989) e WEBISAREG (Branco et al., 2005), em horas de funcionamento dos seus
equipamentos e vice-versa.
De modo a facilitar a utilização por parte dos agricultores, foi dada maior ênfase à criação de
interfaces gráficas facilmente apreensíveis, no desenvolvimento deste software. Espera-se,
assim, aumentar a adesão dos agricultores às novas tecnologias da informação que têm vindo
a ser desenvolvidas pelo DER do Instituto Superior de Agronomia.
Apesar de se poder considerar que este modelo é pouco relevante, uma vez que apenas
converte alturas de rega em tempo de rega, ele torna-se na realidade bastante prático, uma vez
218
Capítulo VI
que expressa os resultados dos modelos de calendarização da rega numa unidade (h)
facilmente compreensível por parte dos agricultores.
VI.5.1. Estrutura do Modelo
Este programa é constituído por um módulo de cálculo que transforma alturas de água em horas
de rega e vice-versa, por uma base de dados que fornece as características do equipamento e por
uma interface gráfica (Figura VI.18). O DOTmm/horas foi desenvolvido em Visual Basic 6.0 e é
constituído por uma base de dados em Access 2000.
Módulos de cálculo
WEBISAREG
Dotação líquida de rega (mm)
Aspersão fixa
(mm)
Interface Gráfica
(horas)
Canhão com
enrolador
Rampas
pivotantes
Base de Dados
Parcela
Caract. sistema rega
Aspersores/canhões
Utilizador
Tempo de rega (horas)
Fig. VI.18. Estrutura conceptual do modelo DOTmm/horas
O programa efectua os cálculos (módulo de cálculo), tendo por base o caudal debitado pelos
aspersores, a área de influência desse aspersor e a eficiência de aplicação do sistema de rega.
Com base nos tempos de funcionamento, este modelo acumula caudais em volumes que serão
depois distribuídos por uma dada área de influência, resultando numa determinada altura de
água. O módulo de cálculo subdivide-se em três componentes: aspersão fixa, canhões com
enrolador e rampas pivotantes (Figura VI.18).
Em virtude deste modelo efectuar o cálculo das dotações com base na caracterização dos
sistemas de rega (equipamentos) torna-se imperioso que essa caracterização seja efectuada de
uma forma adequada tornando-se necessário que essa informação seja recolhida de forma
rigorosa e posteriormente introduzida no programa. Como dados de entrada requer
informação acerca dos aspersores (caudal, alcance, pressão, etc.) e acerca das características
dos sistemas de rega (Figura VI.19), sendo estas informações armazenadas na base de dados.
Na Figura VI.20) pode-se observar a estrutura de dados desenvolvida para este modelo.
Fig. VI.19. Janelas para introdução de dados
219
Capítulo VI
Fig. VI.20. Estrutura de dados
A interface amigável com o utilizador, que pode ser vista na Figura VI.19, pode comprovar a
simplicidade e facilidade de utilização e que resulta dos seguintes factores: reduzido número
de controlos, automatização da maior parte dos cálculos intermédios e o facto de a informação
relativa às características do equipamento ser carregada automaticamente a partir da base de
dados.
VI.5.1.1. Aspersão fixa
O módulo de cálculo da aspersão fixa (Figura VI.18) efectua a conversão das dotações líquidas
de rega em tempo de rega, do equipamento, de acordo com as equações que se apresentam de
seguida (Pereira 2004):
a = L1 × L2
(VI.2)
q
(VI.3)
I a = 1000 s
a
⎛ Dl ⎞
⎜⎜ ⎟⎟
e
(VI.4)
tr = ⎝ a ⎠
Ia
Sendo a a área coberta por cada aspersor [m2], L1 o espaçamento entre aspersores na rampa
[m], L2 o espaçamento entre rampas [m], Ia a taxa de aplicação [mm h-1], qs o débito ou caudal
do aspersor [m3 h-1], tr o tempo de rega [h], e Dl a dotação líquida de rega [mm].
Na Figura VI.21 encontra-se a janela do modelo para os sistemas de aspersão fixa.
220
Capítulo VI
Fig. VI.21. Interface gráfica da aspersão fixa
VI.5.1.2. Canhão com enrolador
A janela da Figura VI.19 corresponde ao módulo de canhão com enrolador em que a equação
para efectuar as conversões alturas de água em horas de rega apresenta a seguinte forma
(Pereira 2004), onde Wr é a largura da faixa regada [m]e Lp o comprimento da parcela a ser
regada [m]:
⎛ Dl ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ × Wr × L p
e
Tr = ⎝ a ⎠
1000 × q s
(VI.5)
A Figura VI.22 apresenta a janela do modelo para os sistemas de canhão com enrolador.
Fig. VI.22. Interface gráfica dos canhões com enrolador
221
Capítulo VI
VI.5.1.3. Rampa pivotante
Quanto às rampas pivotantes ( Figura VI.20) as equações utilizadas foram (Pereira 2004):
⎛D ⎞
10⎜⎜ l ⎟⎟ × A
e
t rev = ⎝ a ⎠
Q
Em que
(VI.6)
A = πR p2
(VI.7)
sendo trev o tempo de duração de uma revolução [h], A a área da superfície regada pela rampa
[ha], Q o caudal do sistema [m3 h-1]e Rp o raio molhado, inclui a coroa circular regada pelo
canhão de extremidade [m].
No caso das rampas pivotantes, o agricultor não se rege directamente pelo tempo de rega em
horas mas sim pela velocidade percentual da rampa. Assim, uma segunda expressão converte
o tempo de rega em horas em velocidade percentual:
t
(VI.8)
V% = 100 100%
t rev
onde V% é a velocidade percentual da rampa [%], e T100% o tempo de duração de uma
revolução a uma velocidade de 100% [h].
A Figura VI.23 apresenta a janela do modelo para os sistemas de rampas pivotantes.
Fig. VI.23. Interface gráfica das Rampas Pivotantes
VI.5.2 Aplicação do modelo
O programa DOTmm/horas encontra-se já operacional, possuindo uma considerável colecção
de aspersores e canhões na sua base de dados, tendo sido disponibilizado para utilização
durante a campanha de rega de 2005.
Dos testes de funcionamento realizados até ao momento, destaca-se a facilidade de utilização
deste sentida pelos utilizadores, o que leva a crer que a sua integração nos modelos de
calendarização da rega possa contribuir para uma maior difusão deste últimos.
222
Capítulo VI
As avaliações de campo realizadas demonstram um grande desconhecimento dos agricultores
em relações às dotações aplicadas pelos seus sistemas de rega. Este modelo, para além de
servir como interface com um sistema de avisos de rega, também poderá servir para
aconselhamento, por comparação dos valores aplicados pelos agricultores com valores de
referência (recomendados).
Este modelo encontra-se já integrado em SIG através da aplicação HidroGest (Mateus et al.,
2005) convertendo os resultados do modelo de condução da rega WEBISAREG (Branco et
al., 2005).
VI.6. Modelo MIRRIG
O modelo MIRRIG é uma ferramenta informática de fácil utilização e que constitui um
sistema de apoio à decisão para a microrrega, permitindo ao decisor/utilizador escolher entre
um conjunto de alternativas aquela que melhor satisfaz as suas preferências e tendo em conta
os critérios económicos, hidráulicos e ambientais. Este sistema de apoio à decisão (DSS) foi
desenvolvido para o projecto e a análise do funcionamento de sistemas de microrrega,
resultando do modelo AVALOC (Pedras e Pereira, 2001). Além do mais permite também
avaliar os sistemas de microrrega instalados no campo, analisando o seu desempenho.
O DSS MIRRIG foi desenvolvido quer para ajudar a tomar decisões de projecto, quer para
aconselhar os agricultores nas estratégias a utilizar na condução da rega e na exploração do
sistema, para um funcionamento mais eficaz.
O projecto em microrrega exige a análise cuidadosa da variação das cargas no sistema dado
que os emissores funcionam com pressão baixa. Assim, as variações de pressão devidas quer
a perdas de carga nas condutas e nos equipamentos acessórios, filtros, injectores de
fertilizantes e válvulas, bem como devidas ao declive do terreno, podem ser da mesma ordem
de grandeza da carga de funcionamento dos emissores, facto que origina dificuldades no
projecto e, quando este é mal concebido, desempenhos muito abaixo do esperado (Pedras e
Pereira, 2004).
Além disso, a variedade de emissores disponíveis no mercado torna difícil a sua escolha e,
consequentemente a do sistema. Recorrendo a modelos como o MIRRIG a tarefa de projecto
simplifica-se, demora muito menos tempo, permite considerar alternativas e, accionando a
análise multicritério, permite escolher criteriosamente entre tais alternativas.
VI.6.1 Estrutura do modelo
O modelo foi desenvolvido em Visual Basic 6.0 e corre em ambiente Windows. Este modelo
tem por base o software AVALOC que já foi demonstrado na prática (Pedras e Pereira, 2001,
2002). Na estrutura conceptual do DSS MIRRIG (Figura VI.24) identificam-se dois
componentes principais: a base de dados e dos modelos. A base de dados contém um conjunto
de informação que serve de suporte ao desenvolvimento dos modelos. A base de modelos é
constituída por 4 componentes: (1) o módulo de dimensionamento que permite optimizar a
escolha dos emissores e dos tubos dos sistemas de rega; (2) o módulo análise de desempenho
que simula o funcionamento sistema do de rega e calcula os indicadores de desempenho
(critérios) para vários sistemas de rega alternativos; (3) o módulo de tomada de decisão que
usa uma metodologia de análise multicritério - ELECTRE II (Roy, 1996) - para ordenar as
várias alternativas de sistema de rega de acordo com os desempenhos obtidos nos vários
critérios; (4) o módulo de avaliação que permite a análise dos sistemas de rega em
funcionamento no campo (ASAE, 2004).
223
Capítulo VI
Base de dados:
Sectores
Características das várias
alternativas de sector de rega
para uma dada parcela
Emissores
Tubos
Culturas
S l
Modelos:
Projecto:
Dimensionamento
Selecção das condutas
emissores de acordo com os
objectivos de desempenho
Simulação
Cálculo dos parâmetros de
desempenho do sistema para
todas as alternativas de
projecto.
Avaliação
Características de
desempenho do sistema de
rega em funcionamento
Análise multicritério
Ordenação das várias alternativas de
sistemas de rega
Figura VI.24. Esquema funcional do modelo MIRRIG (Pedras, 2003)
VI.6.1.1 Base de dados
A base de dados MIRRIG.MDB, que serve de suporte ao desenvolvimento do programa, é
constituída por um conjunto de informações referentes às características dos emissores
(Figura VI.25) e dos tubos disponíveis no comércio, dados sobre as culturas (tipo, estado de
desenvolvimento, profundidade, etc), dados sobre os solos e dados sobre o sistema de rega
(dotação, frequência, tipos de filtros, pressão, caudal, espaçamento entre emissores, entre
outros) que se deseja projectar ou, se já estiver instalado, que se pretenda avaliar o
desempenho do funcionamento.
Para o caso de avaliações dos sistemas já instalados no campo é também necessário inserir na
base de dados as pressões e caudais medidos nas rampas (Figura VI.26). As operações podem
ser efectuadas directamente através do modelo ou com recurso ao Access.
A base de dados permite, com relativa facilidade, a introdução, a consulta e a correcção dos
dados e, desta forma, reduzir o tempo de utilização do programa. Esta é sempre a primeira
componente a ser actualizada, visto tratar-se de um dos elementos fundamentais, servindo de
suporte ao desenvolvimento do programa. É a partir da base de dados que o programa executa
a simulação do funcionamento da rede e a posterior análise multicritério.
224
Capítulo VI
Figura VI.25. Interface da base de dados dos emissores
Fig. VI.26. Interface do módulo de avaliação
VI.6.1.2 Base de modelos
A base de modelos é composta, como já se referiu anteriormente, pela componente de
projecto que inclui: o dimensionamento, a análise de desempenho e a análise multicritério de
vários projectos alternativos produzidos aquando do dimensionamento.
O dimensionamento consiste na selecção dos diâmetros das condutas da rede de rega segundo
um processo iteractivo que tem por base os objectivos de desempenho fixados pelo utilizador,
nomeadamente a uniformidade de emissão, a variação da carga máxima nas várias condutas,
225
Capítulo VI
as velocidades máximas e mínimas, o limite da carga relativamente à pressão nominal dos
tubos, bem como a selecção dos diâmetros para os troços de montante maiores ou iguais que
os de jusante.
Trata-se de um processo de procura iteractiva em que o modelo vai recorrendo à base de
dados dos tubos até encontrar aqueles que satisfaçam as condições impostas. Assim, é
possível projectar novos sistemas de micrrorega ou procurar novas soluções com uma base
mais fidedigna. A Figura VI.27 mostra a interface do módulo de dimensionamento onde se
destacam duas zonas: de entrada de dados (caixa a vermelho) e a de resultados (caixa a
verde).
Fig. VI.27. Interface do módulo de dimensionamento
Após a construção dos vários sistemas de rega alternativos a instalar numa dada parcela,
executa-se o modelo de simulação do funcionamento. O objectivo é a determinação do par
carga-caudal nos vários pontos da rede, com base no cálculo troço a troço das perdas de carga
entre duas saídas consecutivas, e na análise de conjunto dos aspectos técnicos, económicos e
ambientais. Os parâmetros de desempenho calculados são os seguintes:
•
Carga media no emissor, Ha (m):
1 n
Ha = ∑ H i
n i =1
onde Hi é a carga no emissor i (m) e n são o numero de emissores observados.
Caudal médio, qa (L h-1):
1 n
qa = ∑ q i
n i =1
onde qi é o caudal no emissor i (L h-1).
(VI.9)
•
•
226
Uniformidade de emissão, EU (%)
(VI.10)
Capítulo VI
⎡
1.27C v ⎤ q n
EU = 100 ⎢1.0 ⎥
np ⎥⎦ q a
⎢⎣
(VI.11)
onde Cv é coeficiente de fabrico do emissor, np é o número de emissores por planta e qn é o
caudal mínimo (L h-1).
•
Coeficiente de uniformidade (Christiansen, 1942), UC (%)
⎞
⎛
1 n
UC = 100⎜⎜1 −
q i − q a ⎟⎟
∑
⎠
⎝ nq a i =1
(VI.12)
•
Variação do caudal do emissor, Vq (Wu et al., 1986)
q − qn
Vq = ma
qa
onde qma é o caudal máximo do emissor (L h-1).
(VI.13)
•
Variação da carga, VH (Wu et al., 1986)
H − Hn
VH = ma
Ha
onde Hma é a carga máxima (m) e Hn é a carga mínima (m).
•
(VI.14)
Custo fixo anual, CFA (€ year-1) (Avilez et al., 1987)
CFA =
n SUB
⎡ T (1 + T )n pa ⎤ ncomp ⎛
CI k
ac
⎢ ac
⎥ ∑ ⎜ CI k + ∑
n
(j × nvu k ) − nvu k
⎜
pa
⎢⎣ (1 + Tac )
− 1 ⎥⎦ k =1 ⎝
j=1 (1 + Tac )
⎞
⎟
⎟
⎠
(VI.15)
onde CIk é o custo inicial ou de substituição de um componente k (€),nsub é o numero total de
aquisições do componente durante o período de análise, ncomp é numero total de componentes,
npa é o período de análise (anos), Tac é a taxa de actualização e nvuk é o tempo de vida útil do
componente k (anos).
•
Custo de operação e manutenção, COM (€)
COM = Cen + Cag + Cop + Cma
(VI.16)
onde Cen é o custo da energia de bombagem (€ ano-1), Cag é o custo da água (€ ano-1), Cop é o
custo da mão de obra para operar o sistema de rega (€ ano-1) e Cma é o custo da mão de obra
para manter o sistema em boas condições de funcionamento (€ ano-1).
•
Percentagem de défice PD (%) relativo à rega requerida
qqd ⎞
⎛
⎟
PD = 100⎜⎜1 −
qa ⎟⎠
⎝
(VI.17)
onde qqd é o caudal médio dos emissores que verificam a condição qi < qa.
•
Volume de água percolada com transporte de agro-químicos, Vp (L ano -1)
n qe
Vp = Nse * Tr * Nr * ∑ q i
(VI.18)
j=1
onde Nse é o número de sectores do sistema de rega, Tr é a duração da rega (h) Nr é o número
de regas anuais e nqe é o número de emissores cujo caudal qi (L h-1) é superior ao caudal
médio qa (L h-1).
227
Capítulo VI
Os principais indicadores calculados são mostrados em simultâneo para todos as alternativas
numa interface (Figura VI.28). A partir desta interface também é possível visualizar os
resultados detalhados para cada alternativa individualmente.
Fig. VI.28. Interface dos resultados da simulação das várias alternativas de projecto
A análise multicritério têm como objectivo ordenar as diferentes alternativas simuladas, em
função dos resultados da simulação (critérios hidráulicos, económicos e ambientais),e das
preferências do decisor. Esta ordenação é realizada pela aplicação do método ELECTRE II
(Roy, 1996) Deste modo é possível ajudar o decisor na selecção da solução mais adequada
tendo em conta um vasto leque de potenciais alternativas. Os objectivos e os critérios do DSS
MIRRIG estão apresentados na Tabela VI.2. Para cada objectivo pode haver mais do que um
critério.
Tabela VI.2. Objectivos e critérios utilizados na análise das diferentes alternativas.
Objectivos
Minimização dos custos
Maximização dos benefícios
Minimização do impacto
ambiental
Critérios
Custo fixo anual, CFA (Eq. VI.15)
Custo de operação e manutenção, COM (Eq. VI.16 )
Percentagem de défice relative à rega requerida, PD (Eq.VI.17)
Volume de água percolada com transporte de agro-químicos, Vp (Eq. VI.18)
Sensibilidade ao entupimento, SE
Maximização do desempenho Uniformidade de emissão, EU (Eq.VI.11)
Sensibilidade do emissor às variações de temperatura (SVT)
Os critérios sensibilidade ao entupimento (SE) e sensibilidade do emissor às variações de
temperatura (SVT) estão associados às características do emissor e definem o seu
desempenho (Keller e Bliesner, 1990). Os valores de SE estão associados ao diâmetro do
orifício de saída do emissor e a capacidade de auto-lavagem, e os valores de SVT estão
relacionados com o regime de escoamento dos emissores.
228
Capítulo VI
A Figura VI.29 apresenta a janela da análise multicritério do DSS MIRRIG. No topo desta
janela encontra-se um quadro com as alternativas em linha e os critérios em coluna. A meio
da janela são introduzidos: as suas preferências do decisor através da atribuição de um peso a
cada um dos critérios; e dos limiares de concordância e discordância. Na parte inferior da
janela são apresentados os resultados da ordenação das várias alternativas de projecto.
Fig. VI.29. Interface do modulo análise multicritério onde se ordem as alternativas
No caso das avaliações, os resultados obtidos são os indicadores de desempenho do sistema
de rega em causa, tais como a uniformidade de distribuição, o coeficiente de uniformidade e a
eficiência de aplicação, assim como a variação dos caudais e de pressões dos emissores
(Figura VI.25). Através das condições de funcionamento observadas é possível avaliar o
desempenho do sistema instalado.
Fig. VI.25. Interface com os resultados da avaliação
229
Capítulo VI
VI.6.2. Aplicação do modelo
O SAD MIRRIG é uma ferramenta extremamente útil para quem decide no âmbito do
projecto e da avaliação de sistemas de rega em funcionamento. Este modelo, para além de
ajudar no diagnóstico do funcionamento dos sistemas instalados no campo através da
avaliação dos mesmos, permite ainda com alguma rapidez projectar várias de alternativas de
projecto de sistemas de microrrega, e de seguida proceder à sua simulação e ordenação de
acordo com os aspectos económicos, hidráulicos e ambientais. Esta ferramenta é capaz de
conceber em simultâneo vários sistemas de rega alternativos e decidir sobre a solução mais
adequada a cada situação.A facilidade de utilização do modelo em qualquer computador
pessoal faz do MIRRIG uma ferramenta de trabalho valiosa para o regante / projectista /
decisor tanto em projecto, como em avaliações de campo, como ainda no ensino e
demonstração.
230
Capítulo VI
Referências
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Support for Irrigation Management. In: J. Boaventura Cunha and R. Morais (Eds.) Proceedings
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and Environment and Computers in Agriculture and Natural Resources (5th EFITA Conference
and 3rd WCCA, Vila Real, July), UTAD, Vila Real, CD-ROM, pp. 537-542.
Dubalen, J., 1993. Utilisation des matériels d’irrigation par aspersion. Diagnostic de fonctionnement
au champ. La Houille Blanche 2/3 (1993): 183-188.
Heermann, D. F., Kohl, R. A., 1980. Fluid dynamics of sprinkler systems. In: M. E. Jensen (Ed.)
Design and Operation of Farm Irrigation Systems, ASAE, St. Joseph, MI, pp. 583-618.
Keller, J., Bliesner, R. D., 1990. Sprinkler and Trickle Irrigation. Van Nostrand Reinhold, New
York.652 pp.
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resultados del servicio integral de asesoramiento al regante (SIAR) de Castilla-la Mancha. In:
XX Congreso Nacional de Riegos (Ciudad Real, Junio 2002), AERYD, Madrid, CD-ROM paper
D 16.
Pitts, D., Peterson, K., Gilbert, G., Fastenau, R., 1996. Field assessment of irrigation system
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Valín, M. I., Calejo, M. J., Jorge, J., Pereira, L. S., 2003. Field evaluation of sprinkler irrigation
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Martins, F. M., 2001. Programação orientada aos objectos em Java2. 4ª Ed., FCA – Editora de
Informática, Lisboa, 379 pp.
Mateus P., J., Rolim, Pereira, L. S., 2005. HidroGest, a GIS application for irrigation projects
management and model integration. In: J. Boaventura Cunha and R. Morais (Eds.) Proceedings
of the EFITA/WCCA 2005 Joint Conference on Information Technologies in Agriculture, Food
and Environment and Computers in Agriculture and Natural Resources (5th EFITA Conference
and 3rd WCCA, Vila Real, July), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,
DVD, pp. 663-668.
Pedras, C. M. G., Pereira, L. S., 2001. A simulation model for design and evaluation of microirrigation
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Pedras, C. M. G. e L. S. Pereira. 2002. Modelo de simulação para projecto e avaliação de sistemas de
rega localizada. Ingenieria del Agua, 9(4): 453-465.
Pedras, C. M. G., Pereira, L. S., 2004. MIRRIG, a decision support tool for design and evaluation of
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Pereira, L.S., 2004. Necessidades de Água e Métodos de Rega. Publicações Europa-América, Lisboa,
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Pereira, L.S. (coordenador), 2005. Tecnologias para Melhorar o Uso da Água Em Regadio. Relatório
Final do Projecto AGRO 8.1 – projecto n.º 115, CEER, Instituto Superior de Agronomia,
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Roy, B., 1996. Multicriteria methodology for decision aiding. Kluwer Academic Publishers,
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Tarjuelo, J.M., 1999. El Riego por Aspersión y su Tecnología. 2ª ed., Mundi-Prensa, Madrid, 530 pp.
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Tiercelin, J. R., 1998. Traité d’irrigation. Lavoisier Tec & Doc, Paris, 1011 pp.
231
Capítulo VII
VII. Condução da Rega na WEB - Sistema WebIsareg
VII.1. Desenvolvimento da interface WEB
VII.1.1. Introdução
A Internet transporta a programação clássica e a distribuição de software em computadores
para um nível mais elevado. Nos dias de hoje é praticamente impossível que a comunicação,
avisos técnicos ou transferência de tecnologia ocorra com sucesso se não utilizar a Internet
através da World Wide Web (WWW) como veículo de transmissão. Apesar do uso e
desenvolvimento de alguns Sistemas de Apoio à Decisão (SAD), estes são ainda bastante
“tímidos”. Como descreve Thysen et al. 2006, podemos estar a ver nascer algumas aplicações
tentando utilizar o enorme potencial da WWW mas o passo de as transportar para os
utilizadores finais como forma de aplicações Web é muito pouco concretizado. Em Portugal é
muito conhecido este “gap” assim como em muitos outros países. Alguns esforços tem sido
feitos através de políticas Europeias, tentando massificar a distribuição da ligação Internet de
banda larga a todos os locais e a todos, no entanto a prática ensina-nos que a adopção destas
tecnologias demora o seu tempo. Como já foi referido é notório o vazio entre a
disponibilização das tecnologias e a sua adopção pelos utilizadores finais a que estas se
dirigem. Muitas vezes não existe suporte efectivo aos agricultores na adopção e operação
destas novas tecnologias. De forma a ultrapassar essas dificuldades, o desenvolvimento do
WebIsareg utilizou a Internet como veículo de transmissão e difusão, tendo como função final
fornecer aos agricultores um pacote de informação útil à gestão dos seus recursos hídricos.
É muito difícil chegar ao agricultor através da Internet, apesar de assistirmos cada vez mais ao
aparecimento de associações de agricultores que possuem já computadores com acesso à
Internet, permitindo fazer a ponte entre o agricultor e o imenso mundo da WWW. São estas
associações o “alvo primário” do sistema WebIsareg.
O aumento da produção agrícola utilizando cada vez menos água é um dos maiores desafios
do futuro, especialmente em países com recursos hídricos limitados. O consumo eficiente e
sustentável de água na agricultura é assim de importância vital. O desenvolvimento de
sistemas como o WebIsareg são cada mais encorajados pela alteração das políticas agrícolas
que visam agora a qualidade e sustentabilidade da produção em detrimento da quantidade.
Constatações como a água perdida por escoamento, aplicação de volumes excessivos de água
por desconhecimento da existência de evapotranspiração, a gestão incorrecta dos sistemas de
rega e alguns outros factores são cada vez menos tolerados pelas novas políticas ambientais e
económicas. Os agricultores terão de coexistir com um novo “preço da água” e com as novas
directivas Europeias.
Ao nível da empresa agrícola a gestão da água tem cada vez mais importância na condução da
rega. Como tal, é importante responder à pergunta “quanto e quando regar?”. A determinação
do calendário de rega mais correcto fornece ao agricultor dados que lhe permitem tornar cada
vez mais eficiente o uso da água, bem como adquirir uma postura mais equilibrada na
utilização da mesma como recurso natural escasso.
VII.1.2. Vista geral do sistema
O WebIsareg foi desenvolvido tendo por base uma arquitectura cliente-servidor. Está contida
no servidor Web toda a plataforma lógica, a informação de base, os modelos, bem como a
informação respectiva ao utilizador. Toda a computação lógica (execução das aplicações) é
efectuada do lado do servidor, onde são criadas páginas Web dinâmicas de modo a que apenas
233
Capítulo VII
páginas codificadas em HTML estático sejam enviadas para os clientes, tornando leve e
rápida a transferência de dados.
De um modo resumido o sistema permite, numa época de rega, o cálculo do calendário da
mesma, para um ou vários cenários, tendo por base a caracterização do solo, cultura e clima,
bem como as disponibilidades de água, de acordo com os objectivos do utilizador. Todo este
processo é desenrolado num sítio WEB (website).
O objectivo final desta ferramenta é fornecer uma interface ao agricultor que lhe possibilite o
uso de modelos, cuja utilização de outro modo iria requerer um conhecimento mais profundo
das matérias, bem como um acompanhamento técnico. Trata-se pois de uma tentativa ou
contribuição para a adopção gradual pelo agricultor e pelo técnico das tão promissoras e
incontornáveis novas tecnologias de informação, funcionando como um meio de transferência
de tecnologia para o agricultor.
A motivação de desenvolver o WebIsareg teve como base a tentativa de dotar o agricultor
com uma ferramenta que lhe facilite a gestão e optimização da rega, fazendo com que ele
próprio contribua para a maximização da eficácia económica da água para rega.
Pretende-se que este sistema seja evolutivo e adaptável. Como tal, todo o modo de leitura e
introdução de novos dados nas bases de dados, bem como a forma como os resultados são
apresentados ou mesmo personalizados na saída de resultados na página WEB, foram
idealizados e construídos tendo por base a polivalência e flexibilidade para adaptações e
evoluções, dadas as emergentes mudanças e facilidades fornecidas pela WEB.
Como referido na introdução é ainda muito pouco usual em agricultura o uso e
desenvolvimento de modelos de apoio à decisão com uma forte interligação a modelos de
simulação na WEB. Como tal, este sistema visa possibilitar a criação de vários cenários pelo
utilizador, permitindo a simulação da rega para variadas situações. O sistema em causa
permite sair um pouco do âmbito das aplicações de monitorização da rega em tempo real,
podendo no entanto complementar ou ser complementado com estes. Deste modo é possível,
conhecendo a quantidade de água de que se dispõe no início da rega, chegar ao calendário de
rega mais apropriado, recorrendo a simulações com diferentes cenários cultura/rega durante
toda a época. Sucessivas simulações permitem ao agricultor ir actualizando esse calendário.
Torna-se assim, uma ferramenta não só útil ao agricultor como também ao projectista que
necessita de dimensionar os sistemas conforme as necessidades e disponibilidades hídricas do
perímetro de rega.
VII.1.3. Arquitectura do sistema WebIsareg
O sistema WebIsareg pode ser considerado como um sistema de apoio à decisão (SAD) que
funciona através da WEB. Como todos os SAD’s o desenvolvimento deste sistema, tenta
promover uma transferência efectiva de conhecimento científico da instituição de
investigação para o utilizador final, visando o objectivo de lhe facilitar a tomada de decisão.
A sua base de construção foi a versão Windows WinIsareg (Pereira et al. 2003) do algoritmo
do modelo de simulação do balanço hídrico do solo desenvolvido no departamento de
Engenharia Rural do Instituto Superior de Agronomia. O mesmo está integrado com a
plataforma HidroGest (Mateus, 2004), garantindo-lhe a georeferenciação de toda a
informação com que o modelo trabalha, bem como a elaboração de cartas georeferenciadas
precisas, contendo a localização da parcela em estudo pelo utilizador.
O WebIsareg assenta numa arquitectura cliente - servidor com suporte num servidor WEB
num processo de três níveis:
234
Capítulo VII
•
Input ou de acesso aos dados
•
Lógico ou de processamento
•
Output ou de apresentação
Em termos físicos (Figura VII.1) e de um modo resumido, toda a informação guardada em
bases de dados, os modelos e as páginas WEB estão alojados no computador - servidor. Aqui
reside a plataforma de processamento lógico que extrai informação das bases de dados e do
utilizador, procede aos cálculos e compilação, enviando posteriormente os resultados através
de uma página WEB para o computador do utilizador.
Cliente
Internet
Servidor
WWW
Web / ASPs
Base de Dados
Fig. VII.1. Localização física do processamento do WebIsareg
A linguagem de programação dos componentes WEB adoptada para o desenvolvimento foi a
Active Server Pages (ASP), um tipo de programação scripting (interpretada) do lado do
servidor que não efectua envios de ficheiros para o cliente, tornando a apresentação de
informação mais rápida, mais flexível, mais fácil de programar e de alterar código. Tal, devese ao facto de não ser necessária a compilação de código, tornando as conexões do cliente ao
servidor mais “leves” e rápidas. Estas características tornam-se assim ideais para o uso de
ficheiros executáveis, ficheiros ActiveX, utilizados pelo componente de processamento do
sistema. Ao ser apenas devolvido código HTML normalizado, torna-se possível ao cliente
utilizar esta linguagem em qualquer tipo de browser (navegador de Internet). Além disso, é
impedido o acesso ao código por parte de outro programador ou mesmo do próprio utilizador,
tornando-se num esquema robusto e seguro para desenvolver a aplicação.
Para se aceder ao WebIsareg, o utilizador é deparado pela primeira vez com um pedido de
registo no sistema para criação de uma conta pessoal de utilizador. Para validação desse
registo necessitará de fornecer alguns dados, como o nome de utilizador, endereço electrónico
(caso o possua), palavra chave, localização da sua parcela etc. Estes dados são utilizados para
criar uma conta de utilizador e para sua posterior identificação perante o sistema. Ao efectuar
com sucesso a entrada no sistema, terá que responder a breves questões que lhe permitirão
definir o seu cenário para simulação da rega. A cultura, o sistema de rega utilizado, a data de
sementeira e como quer gerir a rega, são exemplos de informação que terá de fornecer ao
sistema. O servidor ou mais propriamente a aplicação, procederá então à recolha dessa
informação e iniciará o processamento do modelo de simulação da rega, conjugando esta
informação com a informação previamente existente nas bases de dados relativa à parcela do
utilizador, previamente identificada. A informação existente na base de dados refere-se aos
parâmetros pedológicos, culturais e climáticos específicos do modelo ISAREG. Numa fase
final do processo, após o cálculo do calendário de rega, a aplicação no servidor compõe as
páginas de resultados e envia-as para o utilizador, terminando o output do sistema. Na Figura
235
Capítulo VII
VII.2 é ilustrada de um modo conceptual a arquitectura de funcionamento do sistema
WebIsareg.
Criação de cenário
para simulação:
Cliente
(browser)
Criação de
conta de
utilizador
Cultura
Sistema de rega
Data sementeira
Gestão da Rega
Servidor
Web, de
dados e do
modelo
Calendário de
rega
Fig. VII.2. Arquitectura do WebIsareg (Esquema genérico)
VII.1.3.1. Nível de input e bases de dados do sistema
O nível de entrada de dados (input) contém as seguintes operações, as quais podem ser
ordenadas da seguinte forma:
•
•
•
•
Identificação da unidade parcela,
Criação de uma nova conta de utilizador ou entrada com um perfil de utilizador já
existente,
Definição do cenário de simulação,
Busca e selecção pelo sistema às bases de dados da informação necessária à
simulação.
O utilizador numa fase inicial terá apenas que apontar com o cursor do rato a sua unidade de
parcela, seleccionando-a numa imagem georeferenciada proveniente de uma carta SIG
(Mateus, 2004). Esta funcionalidade fará com que o sistema seleccione de uma base de dados
armazenada, a informação relativa aos parâmetros do solo necessários à futura simulação. A
base de dados georeferenciada contendo os parâmetros dos solos utilizada teve como base um
estudo prévio realizado no âmbito de outro projecto e forneceu as propriedades hidráulicas
básicas dos solos – capacidade de campo e coeficiente de emurchecimento permanente a
partir das propriedades físicas do solo com recurso a funções de pedo-transferência (Paz et al.,
2004).
236
Capítulo VII
A criação ou entrada do perfil de utilizador é efectuado através de um formulário simples ou
através de um registo de novo utilizador. Este facto permite ao sistema funcionar com perfis
de utilizador individuais e independentes, mantendo a informação relativa ao utilizador
restrita a ele mesmo, assim como tornar possível a manutenção e registo de simulações
efectuadas pelo utilizador. Para cada entrada no sistema com sucesso, este cria uma sessão
com identificação única durante todo o processo. A Figura VII.3 ilustra a funcionalidade de
apontar e clicar na página de entrada no sistema, bem como as opções de entrada no mesmo,
como por exemplo a entrada como utilizador anónimo para efeitos de demonstração do
mesmo.
Fig. VII.3. Formulário de entrada no sistema, de identificação do utilizador e da sua parcela
Existe uma base de dados previamente construída contendo os paramêtros climáticos. Foram
obtidos os dados mensais de precipitação (Pre) [mm] e de evapotranspiração de referência
(ETo) [mm] (método de cálculo – Allen et al.,, 1998), de uma série de 35 anos, obtida no
Instituto de Meteorologia, entre 1965-2000, da estação meteorológica mais próxima e fiável
possível. A estação que ofereceu maior fiabilidade com menor número de falhas foi a estação
22J01 do Instituto de Meteorologia, situada em Évora, a 309 metros de altitude, de
coordenadas 38º 34’ N e 7º 54’ W. Através de uma análise de frequência (Rodrigues, et al.
2003), determinou-se uma nova série referente às necessidades de rega. Esta nova série é
ajustável por uma função empírica do modelo, o que permitiu estimar as necessidades de rega
para o ano normal (correspondendo a uma probabilidade de não ser excedida em 50%), para o
ano seco (correspondendo a uma probabilidade de não ser excedida em 80%) e para o ano
húmido (correspondendo a uma probabilidade de não ser excedida em 20%). Tornou-se assim
possível, através das condições climáticas destes anos, identificar três níveis de procura
climática: ano médio, procura climática média; ano húmido, procura climática fraca e ano
seco, procura climática forte
Recentemente foi desenvolvido um método de obter a informação climática em tempo real
através de um serviço público do INAG – o SNIRH (http://snirh.inag.pt/). Através de um
pequeno programa escrito em linguagem ruby, é possível descarregar os parâmetros de base
climáticos (precipitação e temperaturas) em intervalos de tempo determinados, a partir do
website, alimentando automaticamente a base de dados climática do servidor do sistema. Em
futuros desenvolvimentos poder-se-ão obter modos de afinar os volumes de rega dados pelo
webisareg numa base diária.
237
Capítulo VII
Tmabém em relação à informação das culturas esta é previamente reunida numa base de
dados. Contém informação relacionada com os coeficientes culturais (Kc), obtidos das tabelas
da FAO-56 (Allen et al., 1998). Todas as culturas existentes nas tabelas da FAO-56 são
suportadas pelo sistema.
Todas estas informações são reunidas numa base de dados relacional, onde a cultura, solo,
clima, sistema de rega entre outras informações são disponibilizadas ao modelo de simulação.
A Figura VII.4 mostra o método utilizado pelo modelo na obtenção de dados necessários nas
várias tabelas das bases de dados.
Fig. VII.4. Relações entre tabelas no funcionamento da pesquisa de dados à base de dados pelo WebIsareg
A definição do cenário a simular como se pode observar pela imagem da Figura VII.5 concluí
o procedimento de entrada de dados quer pelo utilizador quer pelas bases de dados.
238
Capítulo VII
Fig. VII.5. Definição do cenário a simular
VII.1.3.2. Nível lógico ou de processamento
A componente lógica de processamento baseia-se fortemente no modelo de simulação
WinIsareg (Pereira et al., 2003) e no algoritmo de cálculo ISAREG (Teixeira e Pereira, 1992).
Foi desenvolvido em Visual Basic 6 e todas as suas interfaces bem como a linguagem Web
em Active Server Pages 3. Este modelo e algoritmo foram já aplicados com sucesso em várias
regiões e ultimamente utilizado para criar e avaliar calendários de rega para cereais e culturas
horticolas na região Mediterrânica em condições de escassez de água (e.g. Rodrigues et al.,
2001; 2003).
O cálculo consiste na simulação do balanço hídrico do solo na zona de enraizamento,
permitindo obter um calendário de rega e dotações de água para um ou mais cenários e para
uma determinada combinação de solo-cultura-clima ou ainda permitir a avaliação de
calendários de rega. O utilizador pode testar quantos cenários diferentes desejar.
VII.1.3.3. Nível de output
Neste nível final os resultados são enviados do servidor para o cliente e visualizados em
diversas formas, como gráficos, tabelas, etc. Os resultados obtidos são orientados ao
utilizador e fornecem a programação do calendário de rega mais apropriado para cada cenário
simulado. Até agora o modelo simula um calendário de rega vocacionado para o rendimento
máximo da cultura. O calendário de rega é apresentado ao utilizador numa página Web,
contendo datas e volumes de água a aplicar, bem como um gráfico mostrando a evolução do
teor de água no solo durante a campanha de rega, como se pode observar na Figura VII.6.
Este gráfico possui a funcionalidade de obter automaticamente o valor exacto do par de
coordenadas (data e valor da quantidade de água no solo nessa data) em qualquer ponto da
linha do mesmo. Existem também ligações a páginas de ajuda à leitura dos gráficos e
resultados.
239
Capítulo VII
Fig. VII.6. Página de saída de resultados e extracto de página de ajuda à leitura dos gráficos
VII.1.4 Conclusões
O sistema WEBISAREG integra um modelo de simulação e, como tal, é necessário realçar
que a introdução de dados errados ou de má qualidade originará resultados correspondentes,
ou seja também errados. Torna-se indispensável e muito importante uma boa manutenção e
verificação dos dados existentes e introduzidos nas bases de dados, bem como das escolhas no
interface de simulação pelo utilizador.
As tecnologias adoptadas permitem que o uso deste sistema seja possível em qualquer
computador que corra sob plataforma Windows e tenha acesso à Internet. Criaram-se
interfaces simples e de rápida transferência de modo a não sobrecarregar a ligação WEB do
cliente, qualquer que fosse o seu tipo, telefónica ou digital (cabo ou ADSL). A partir deste
ponto é sentida uma necessidade de condução de futuras investigações que apontem para a
continuação da exploração das inúmeras potencialidades oferecidas pela Internet.
O sistema está preparado para incluir novos modelos e serviços, promovendo uma
disseminação rápida e segura dos resultados da investigação para os utilizadores. Deste modo
houve um cuidado na elaboração da interface para o utilizador com o intuito que a mesma
fosse muito intuitiva de usar.
240
Capítulo VII
Referências
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Thysen, I., Detlefsen, N. K., 2006. Online decision support for irrigation for farmers. Agricultural
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241
Capítulo VIII
VIII. Divulgação
Um dos principais objectivos deste projecto consistiu na transferência dos conhecimentos
científicos e das tecnologias da investigação desenvolvidas no Centro de Estudos de
Engenharia Rural (CEER) do Instituto Superior de Agronomia para os diferentes
interlocutores do mundo agrícola. Há pois que salientar:
• os agricultores, na sua qualidade de gestores da água a nível da parcela e da exploração
agrícola, tanto pelas decisões em termos de condução da rega (quanto, quando e como
regar);
• os gestores das associações de regantes, pelas decisões que estes têm sobre gestão e
manutenção das redes e que influenciam de modo determinante o uso da água nos
respectivos Aproveitamentos Hidroagrícolas;
• os fornecedores de equipamento e de serviços pós-venda, pela sua influência na compra
do equipamento por parte dos agricultores;
• os técnicos de extensão rural ou de apoio técnico aos agricultores, muito raramente
presentes junto dos agricultores/regantes;
• os projectistas e consultores, tanto os que realizam projectos a nível da parcela como os
que se dedicam aos estudos de projecto de novas redes de rega ou de modernização das
redes existentes e
• os investigadores, pela troca de conhecimentos.
A divulgação ocorreu pois de diversas formas, consoante o interlocutor a atingir. Assim,
foram desenvolvidas acções de formação para agricultores, acções de formação para técnicos,
sessões informais de esclarecimento, seminários e apresentações ou artigos em conferência,
onde se destacam as apresentações realizadas no Centro Operativo de Tecnologia de Regadio:
Lopes, J., et al., 2004. Caracterização e avaliação de sistemas de rega por aspersão.
Lopes, J., et al., 2004. Apresentação dos modelos AVASPER; ISACanhões e
DOTmm/horas.
Pedras, C., 2004. Microrrega: O Sistema de Apoio à Decisão MIRRIG e desempenho de
sistemas em operação no campo.
As acções de formação dirigidas aos agricultores, gestores das acções de regantes e outros
(Anexo VIII.1) teve como principal objectivo informá-los e dotá-los de ferramentas que os
auxiliassem nas suas tomadas de decisão e na gestão correcta dos recursos hídricos, assim
como na escolha do equipamento a utilizar.
As acções dirigidas aos projectistas, consultores e investigadores tiveram essencialmente cariz
informativo e de apresentação dos resultados dos trabalhos realizados pelo CEER. Estes
interlocutores apresentam profundos conhecimentos na área, suscitando grande interesse na
discussão destes assuntos e na partilha de experiências.
Assim, descriminam-se as seguintes acções para agricultores e técnicos
• 2005 (ABOV-Vigia), onde foi abordado o tema: MIRRIG-Modelo de apoio ao
dimensionamento, avaliação e apoio à decisão dos sistemas de microrrega.
• 2005 (ISA-Lisboa), onde foram abordados os temas: Modelos de apoio ao
dimensionamneto e avaliação dos sistemas de rega sob pressão – AVASPER e MIRRIG
e apresentação do Sistema WEBISAREG.
• 2006 (ABL-Lucefécit), onde foram abordados os temas: Modelos de apoio ao
dimensionamento e avaliação dos sistemas de rega sob pressão.
243
Capítulo VII
No Anexo VIII.2 é possível visualizar alguns posters apresentados nestas conferências,
congressos e seminários.
No Anexo VIII.3 encontram-se os flyers de apresentação de alguns modelos, de apresentação
de algumas acções realizadas e do próprio projecto.
De salientar também duas acções de divulgação que se processaram através dos mass média,
nomeadamente nos programas televisivos da TV2: “Da Terra ao Mar” e “2010”.
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Capítulo VIII
ANEXO VIII.1
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Capítulo VII
246
Capítulo VIII
247
Capítulo VII
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250
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ANEXO VIII.2
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252
Capítulo VIII
253
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254
Capítulo VIII
255
Capítulo VII
256
Capítulo VIII
257
Capítulo VII
258
Capítulo VIII
ANEXO VIII.3
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Capítulo VII
260
Capítulo VIII
261
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262
Capítulo VIII
263
Capítulo VII
264
Capítulo VIII
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Capítulo VIII
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