USI SAR
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USI SAR Aspectos sobre a soldagem de Aços Temperados e Revenidos dos tipos Estrutural e Resistentes ao Desgaste Consumíveis Abaixo são fornecidos alguns exemplos de consumíveis que podem ser empregados para a soldagem dos aços estruturais temperados e revenidos dos graus USI-SAR-60, 80. A escolha dos consumíveis para a soldagem dos aços temperados e revenidos resistentes ao desgaste, dos graus USI-AR-360, 400 e 500, deve ser feita após análise das condições de trabalho da junta, sendo que, de um modo geral, o enchimento pode ser feito com consumíveis convencionais (classe de 70ksi de LR), seguido de recobrimento com revestimento duro. Recomenda-se consulta aos fabricantes de consumíveis, principalmente quando do emprego de combinações arame/gás (processos MIG/MAG e arame tubular) e arame/fluxo (processo arco submerso). Processo de Soldagem Eletrodos Revestidos MIG/MAG Arame Tubular Arco Submerso (a) Consumíveis (Classe AWS) SAR-60 SAR-80 Eletrodo E8016-G E8010-G E9018-G E9018-M E11018-M E12018-M E12018-M1 E12018-G Arame ER80S-Ni2 ER80S-G ER90S-G ER110S-1 ER110S-G ER120S-1 Gás(a) Ar + 1 ~ 5% O2 Ar + 2%O2 Arame E81T1-Ni2 E80T5-K1 E90T5-K2 E8xTx-G E110T5-K3 E111T1-K4 E120T5-K4 E11xTx-G Gás(a)(b) CO2 ou misturas Ar + CO2 CO2 ou misturas Ar + CO2 Combinação arame/fluxo F8A4-Exx-Mx F8A4-EG-G F11A6-Exx-Mx F11A6-EG-G Para arames do grupo G, o gás de proteção empregado e o requisito de tenacidade do metal depositado devem ser acordados entre comprador e fornecedor. (b) Arames do tipo auto-protegido (innershield) não necessitam gás de proteção. Procedimentos de soldagem Na soldagem de aços temperados e revenidos deve-se evitar o emprego de condições que resultem em taxas de resfriamento muito lentas na região de solda, o que pode vir a deteriorar as propriedades mecânicas na zona termicamente afetada (ZTA). Por esse motivo, o aporte de calor deve ser limitado, sendo que processos de elevado aporte, tais como eletroescória, eletrogás e arco submerso tandem, devem ser evitados. O preaquecimento deve ser empregado com cautela, sendo recomendado na soldagem de chapas mais espessas e/ou juntas de maior grau de restrição. A temperatura de interpasses é tão importante quanto a de preaquecimento, devendo ser controlada com o mesmo cuidado. A tabela abaixo fornece as faixas de temperaturas de preaquecimento e de interpasses para a soldagem dos aços temperados e revenidos da Usiminas em função da espessura da chapa e considerando o emprego de consumíveis com teor de hidrogênio difusível da ordem de 5 a 10ml/100g de metal depositado. Aço Temperatura de preaquecimento e de Interpasses para a soldagem (°C) Espessura (mm) e ≤ 13 13 < e ≤ 19 19 < e≤ 25 USI-SAR-60 25 < e ≤ 38 38 < e ≤ 51 51 < e ≤ 75 50 75 100 USI-SAR-80 75 100 70 115 125 USI-AR-360 75 125 125 125 180 USI-AR-400 75 100 125 150 150 200 USI-AR-500 100 125 150 175 200 200 A tabela abaixo fornece os valores máximos de aporte de calor que podem ser empregados na soldagem de aços temperados e revenidos, em função da temperatura de preaquecimento empregada e da espessura da chapa. Aporte de Calor Máximo (kJ/mm)(a) Temperatura de Preaquecimento (ºC) Cálculo do Aporte de Calor (AC) Espessura da Chapa (mm) 6,4 12,7 19,1 25,4 31,8 38,1 50,8 23 (ambiente) 1,3 2,8 4,8 (b) (b) (b) (b) 100 1,1 2,2 3,9 6,8 (b) (b) (b) 150 0,9 1,9 3,2 5,0 6,9 (b) (b) 200 0,7 1,6 2,6 3,7 5,0 6,5 (b) (a) onde: V = tensão de soldagem em volts A = corrente de soldagem em amperes v = velocidade de soldagem em mm/min. Os aportes máximos para temperaturas de preaquecimento e espessuras intermediárias podem ser obtidos por interpolação. Para o caso de juntas em filete, pode-se acrescentar 25% aos valores indicados. (b) Sem limite com respeito à taxa de resfriamento da ZTA, para a maioria dos processos de soldagem a arco. Processos de elevado aporte de calor não devem ser empregados. Os aços temperados e revenidos raramente necessitam de tratamento térmico pós-soldagem, o qual só é recomendado quando: (i) se requer estabilidade dimensional do componente soldado que será usinado; (ii) a junta exibe tenacidade inadequada; (iii) o componente fica exposto a ambiente que pode causar trincamento por corrosão sob tensão. Nesses casos, deve-se assegurar que a temperatura do tratamento pós-soldagem não exceda a temperatura de revenimento do aço. O auxílio na especificação dos procedimentos de soldagem pode ser feito mediante consulta à Usiminas e/ou a fabricantes de consumíveis de soldagem. Eletrodos Revestidos e Fluxos para Arco Submerso Armazenamento Ressecagem Nas embalagens originais, não violadas, a uma temperatura mínima de 18°C e umidade relativa do ar máxima de 50%. Deve ser feita no caso de danificação da embalagem ou de exposição dos consumíveis ao ambiente por tempo prolongado. Empregar os seguintes procedimentos (ou conforme recomendação do fabricante): • Eletrodos revestidos: 350°C por 2 horas • Fluxos: 250°C por 2 horas. Manutenção • Após a abertura da embalagem, manter os consumíveis em estufa aquecida entre 100 e 120°C. • Para utilização em canteiros, os eletrodos revestidos devem ser colocados em estufas portáteis individuais (cochichos) e retirados somente no momento do seu emprego. OBS: eletrodos com revestimento celulósico não devem ser ressecados. Arames para Arco Submerso, MIG/MAG e Arame Tubular Os arames devem ser armazenados em local seco e protegidos de contaminações como poeira, óleo e graxa. Fonte: WWW.USIMINAS.COM.BR WWW.GUIAMETAL.COM.BR