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Transcrição

Universidade de Sorocaba
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Programa de Iniciação Científica
Programa de Extensão
I MOSTRA ACADÊMICA
PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO
2015
Universidade de Sorocaba (Uniso)
Coordenação Geral
Luciane Cruz Lopes
Prof. Dr. Aparecido dos Reis Coutinho
Prof. Dr. Cássius Guimarães Chai
Profa Dra Cláudia Garcia Serpa Osório de Castro
Prof. Dr. Francisco Carlos Groppo
Profa Dra Taís Freire Galvão
Profa Dra Vera Teresa Valdemarin
Prof. Dr. Wilson Ribeiro dos Santos Júnior
Organização
Luciane Cruz Lopes
José Martins de Oliveira Júnior
Comissão Técnica Executiva:
• Comissão Técnica de Iniciação Científica (CTIC)
Profa Dra Luciane Cruz Lopes - Presidente
Silvia Cristiane M. Taima – Secretaria Executiva
Profa Dra Cristiane de Cassia Bergamaschi
Profa Dra Valquiria Miwa Hanai Yoshida
Prof. Dr. Marcus Tolentino Silva
Profa Dra Denise Grotto
Profa Dra Amanda Gimenes Bonilha Tenebaum
Profa Dra Renata Lima
Prof. Dr. Heitor Zochio Fischer
Profa Dra Andréa Cristina Higa Nakaghi
Profa Dra Regina Maria Nascimento Augusto Blaitt
Profa Dra Bertha Devora A. Berdejo de Castro
Prof. Dr. Leonardo Cirilo da Silva Sores
Profa Dra Renata Vasques da Silva Tavares
Prof. Dr. Norberto Aranha
Prof. Me. André Kimura Okamoto
Prof. Dr. Vagner Reolon Marcelino
Prof. Dr. Jefferson Carriello do Carmo
Prof. Dr. Jorge Luiz Antonio
Profa Dra Daniela Aparecida Vendramini Zanella
Prof. Ma Lara Melo Souza
Prof. Me. Fabrício de Francisco Linardi
Profa Dra Débora Costa Ramires
Prof. Me. Fernando Silveira Plentz Miranda
Prof. Dr. Mauro Maia Laruccia
Prof. Dr. Thomaz Augusto Guisard Restivo
Prof. Dr. Haroldo Lhou Hasegawa
Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves
• Comitê Revisores Externos Ad hoc
Prof. Dr. Manoel Lemes da Silva Neto
Prof. Dr. Sidney Jose Lima Ribeiro
Profa Dra Rosana Macher Teodori
Prof. Dr. Carlos Alberto da Silva
Prof. Dr. Renato Sofia
Profa. Ma. Adriana Cruz Lopes
Comissão de Apoio Administrativo
Gisele Bruno de Oliveira
Luiz Fernando A Santos
Millene S Matos
Helton Santos
Sílvia Cristiane M. Taima
Silvana Maria Gabaldo Xavier
Teresa Cristina Lima Camargo Parducci
Vilma Franzoni
Willian Welbert da Silva
Comissão de Eventos
Prof. Ma Aline Alcoforado dos Santos Gasparini
Profa Dra Andréa Cristina Higa Nakaghi
Prof. Ma. Ana Paula dos Santos
Prof. Me. Argemiro Rodrigues de Souza
Profa Dra Cíntia de Menezes Fernandes
Profa Dra Denise Lemos Gomes
Prof. Dr. Haroldo Lhou Hasegawa
Prof. Ma Lilian de Fátima Zanoni Nogueira
Profa Dra Luciane Cruz Lopes
Prof. Ma Magali Glauzer Silva
Prof. Ma Maria Angélica Lauretti Carneiro
Prof. Ma Miriam Sanches do Nascimento Silveira
Profa Dra Renata de Lima
Profa. Dr. Valdelice Borghi Ferreira
Profa Dra Vilma Leni Nista-Piccolo
• Comissão Técnica para o Programa de Extensão
(CTEX)
Profa Dra Vilma Leni Nista-Piccolo – Presidente
Profa Ma. Silvana Maria Gabaldo Xavier – Secretaria
Executiva
Prof. Me. Adilson Rocha
Profa Esp. Ana Paula dos Santos
Prof. Me. Fernando Celso Negrão Duarte
Profa Ma Miriam Sanches do Nascimento Silveira
Profa Dra Soraya Diniz Rosa
Profa Ma Tânia Regina Ferreira
Comissão Editorial
Luciane Cruz Lopes - Coordenação
Vilma Leni Nista-Piccolo
Vilma Franzoni
Silmara Pereira da Silva
Silvia Cristiane M. Taima
Silvana Maria Gabaldo Xavier
Maria Angélica Lauretti Carneiro
• Comitê Assessor CNPq
Profa Dra Adrianne Christine Palanch
Diagramação e Projeto Gráfico
Entrelinhas Editorial
5
I Mostra de Atividades Acadêmicas
Ficha Catalográfica
Mostra de Atividades Acadêmicas: pesquisa, ensino e extensão (1.: 2015 : Sorocaba, SP)
Anais da 1 Mostra de Atividades Acadêmicas: pesquisa, ensino e extensão; 18 Encontro de Pesquisadores e Iniciação Científica - EPIC; 13 Encontro de Extensão - ENEX; 4 Seminário de Pesquisa em
Educação - SEPED; 1 Educa-Ação – Iniciação à Docência / coordenação Luciane Cruz Lopes. – Sorocaba, SP, 2016.380p. : il.color. ; 21,6cm x 27,9cm.
140 p.; il.; col.
ISSN: 2448-4164
1. Universidade de Sorocaba – Pesquisa científica. 2. Pesquisa – Congressos. 3. Conhecimento
científico. 4. Ciência – Congressos. I. Lopes, Luciane Cruz, coord. II. Encontro de Pesquisadores e
Iniciação Científica- EPIC (18.: 2015: Sorocaba); III. Encontro de Extensão - ENEX (13.: 2015: Sorocaba). IV. Seminário de Pesquisa em Educação – SEPED (4.: 2015: Sorocaba). V. Educa-Ação – Iniciação à
Docência (1.: 2015: Sorocaba). VI Título.
CDD: 506.3
6
APRESENTAÇÃO
A Mostra de Atividades Acadêmicas - MAAC é um evento que abrange vários encontros, simpósios, fóruns e feiras educacionais, tecnológicos, científicos, artísticas, culturais e profissionais, com o
objetivo de apresentar trabalhos realizados por graduandos e pós-graduandos relacionados às pesquisas e às intervenções na comunidade.
A Universidade de Sorocaba, no contexto Nacional da Educação, busca, cada vez mais, contribuir
de forma expressiva com a formação humanitária e técnica de profissionais qualificados e com a geração de conhecimento.
A MAAC apoia o desenvolvimento intelectual e profissional contínuo de (ex) estudantes, incentiva a pesquisa, a extensão, a arte e a cultura e busca facilitar a integração com tendências atuais do
mercado profissional.
Para os professores-pesquisadores e para as próprias Instituições de Ensino Superior, a Mostra
de Atividades Acadêmicas representa um estímulo ao engajamento dos estudantes de graduação no
processo de investigação cientíca, o que contribui para a formação de prossionais cada vez mais qualificados configurando inestimável valor social.
Esta primeira versão da MAAC, ocorreu entre os dias 3 a 5 de novembro de 2015. As atividades
foram realizadas nos campus Cidade Universitária, Trujillo e Seminário.
A I MAAC foi composta por dezenove eventos paralelos. Dentre eles, destacam-se o XVIII Encontro de Pesquisadores e Iniciação Científica (EPIC) e o XIII Encontro de Extensão (ENEX).
Se inscreveram 1399 participantes quem enviaram: 47 resumos na modalidade Iniciação Científica,
83 resumos na modalidade trabalho de conclusão de graduação, tres resumos modalidade pesquisa de
pós-graduação, 34 relatos de experiência, 40 resumos na modalidade Iniciação a docência e 16 resumos
do seminário de pesquisa em educação.
O programa foi cuidadosamente elaborado, de modo a proporcionar aos participantes novas e diferentes perspectivas do saber. Entre as atividades propostas se incluem: oficinas, conferências, minicursos, mesas-redondas e fóruns. Trata-se de um esforço para agregar o ensino, a pesquisa e a extensão
da Universidade.
A I MAAC se configura como a oportunidade para integrar saberes técnicos, culturais e artísticos.
Luciane Cruz Lopes
Presidente MAAC
REGULAMENTO
1 Apresentação
2 Objetivos
• Difundir conhecimento científico para Sorocaba e Região, socializando pesquisas, estudos,
informações e experiências relacionadas às mais diversas áreas do conhecimento por meio
da apresentação de trabalhos, mesas redondas, oficinas, conferências e cursos;
• Auxiliar professores pesquisadores a engajarem estudantes de graduação no processo de
investigação científica, otimizando a capacidade de Instituições de Ensino Superior (IES)
na formação de profissionais cientificamente qualificados;
• Estimular o corpo discente de graduação para ingresso nos programas institucionais
de inciação científica e perpectivas no futuro ingresso em programas de pós-graduação, aprimorando o processo formativo de profissionais para atuarem em diversos
setores da sociedade;
• Proporcionar um momento de intercâmbio acadêmico-educativo entre os cursos de
graduação e de pós-graduação da Região;
• Fortalecer a atuação extensionista de professores e estudantes envolvidos em projetos
de relevância social;
• Agregar novos referenciais teóricos aos conhecimentos existentes.
3 Público-alvo
Estudantes, professores, pesquisadores e público em geral.
4 Inscrição
A inscrição dá direito:
• À programação impressa, bolsa e crachá, entregues aos inscritos no evento MAAC no
credenciamento durante o evento.
• Ao certificado de participação geral: disponibilizado no Portal do evento MAAC logo
após o evento. Neste certificado constará a carga horária de 30h para aqueles que
atenderem as regras de participação nas atividades (verificar normas de inscrição).
• Participação nas sessões de comunicações orais.
• Participação nas sessões de pôsteres.
• Participação em oficinas, palestras, mesas redondas de qualquer evento na MAAC.
• Submissão de até dois resumos à análise no EPIC ou somente um resumo no ENEX.
Também dá direito a um resumo no ENEX e um resumo no EPIC (antes de fazer a inscrição consulte as Normas de preparo e envio de resumo - EPIC e relatos de experiências - ENEX).
5 Período de inscrição
• O período de inscrição para participação dos eventos e envio de trabalhos na MAAC
estarão explicitados no portal do evento no site da UNISO.
8
6 Taxa de inscrição
• O valor da taxa de inscrição está estabelecido por categoria do participante: estudantes de
graduação, estudantes de pós-graduação/professores e público em geral.
• A taxa de inscrição é a todos os participantes que enviarem ou não resumo ao evento
EPIC-ENEX. Os resumos para os eventos EPIC-ENEX não poderão ser enviados sem a
confirmação do pagamento.
• O pagamento de uma taxa de inscrição dá direito a inscrição de até dois resumos no
EPIC. O ENEX aceitará somente um resumo por inscrição.
• Importante: Não serão devolvidas taxas de inscrição de resumos não aprovados para
serem apresentados.
• As modalidades PROVIC, PROBIC, PIBIC-CNPq, PROBEX E PROVEX ficam isentas
de pagamento de taxa de inscrição para apresentação de trabalhos. No entanto, apenas
terão direito a certificado de apresentação do trabalho. Para obter o certificado de participação do evento, constando 30h de atividades complementares é necessário pagar
a taxa de inscrição de sua categoria na data correspondente e participar das atividades
escolhidas do evento.
• A inscrição, efetivada a partir do envio on-line do formulário de inscrição, implica na
aceitação integral das normas e condições estabelecidas neste Regulamento, sobre as
quais os inscritos não poderão alegar desconhecimento.
• Todos os campos exigidos no formulário devem ser rigorosamente preenchidos. O não
preenchimento de qualquer um dos campos impossibilita a finalização do cadastro.
• Os inscritos no evento devem estar munidos do comprovante de pagamento da inscrição
no dia do evento para seu respectivo credenciamento.
• Cancelamento da inscrição: A inscrição poderá ser cancelada com a devolução de
100% do valor pago, se o pedido for enviado à MAAC até o 7º dia após o pagamento.
Após este prazo poderá ser cancelada, mas não haverá devolução do valor pago.
7 Envio de trabalhos para o xviii encontro de pesquisadores e iniciação científica-EPIC
• Os resumos serão no formato expandido e devem ser submetidos eletronicamente por
meio do sítio da MAAC;
• Não serão aceitos trabalhos enviados fora do prazo;
• Os trabalhos serão classificados quanto a modalidade:
• Modalidade 1 - Iniciação Científica (PIBIC-CNPq, PROBIC, PROVIC, OUTRO);
• Modalidade 2 - TCC graduação, outros trabalhos científicos graduação;
• Modalidade 3 - Pós-Graduação (Lato sensu, Stricto sensu)
• Dentro de cada modalidade os trabalhos devem ser classificados quanto a grande área,
área e subárea do CNPq: Conforme Tabela de áreas CNPq – disponível no link http://
www.cnpq.br/documents/10157/186158/TabeladeAreasdoConhecimento.pdf ;
• Os resumos expandidos devem seguir as normas para elaboração e envio dos resumos
EPIC.
9
8 Envio de trabalhos para o xiii encontro de extensão - ENEX
• Os relatos de experiências serão no formato expandido e devem ser submetidos
eletronicamente por meio do sítio do MAAC;
• Não serão aceitos trabalhos enviados fora do prazo;
• Os trabalhos serão classificados quanto a modalidade:
• Modalidade 1 – Programa de Extensão UNISO (PROBEX e PROVEC);
• Modalidade 2 – Atividades extensionais da graduação;
• Modalidade 3 – Atividades extensionais da pós-Graduação
• Os relatos de experiências devem seguir as normas para elaboração e envio dos relatos
de experiências do ENEX.
9 Formas de apresentação - EPIC
• Os resumos expandidos enviados ao EPIC estarão sendo inscritos para serem apresentados na forma de Poster/painel.
• A comissão técnica científica selecionará, mediante resultado da avaliação por pares
de revisores, os trabalhos de pesquisa que serão apresentados oralmente.
• As modalidades: PROBIC, PROVIC e PIBIC-CNPq apenas apresentarão seus trabalhos
oralmente.
• Outras modalidades devem preparar o poster conforme normas para elaboração do
pôster- EPIC.
• Os participantes selecionados para comunicação oral, devem preparar sua comunicação oral conforme orientações disponíveis-EPIC;
• A apresentação do trabalho poderá ser feita pelo Autor e, na impossibilidade
deste, pelo (s) Coautor (es). Exceção feita para as modalidades PROBIC, PROVIC e
PIBIC-CNPQ, onde o bolsista deve realizar a apresentação do seu trabalho.
• Quando o trabalho selecionado possuir mais de um autor, pelo menos um deles deverá
estar inscrito no evento, sendo este que realizará a apresentação durante o evento.
• A não apresentação de trabalho desclassifica-o para efeito de premiação.
• Deverá ser rigorosamente observado o horário pré-estabelecido para cada apresentação. Não serão tolerados atrasos ou remanejamentos por quaisquer motivos.
• A ausência no horário determinado implica em desclassificação para efeito de premiação e certificação.
• Durante as apresentações – Oral e Pôster – é obrigatório o uso de crachá de identificação do evento.
10 Formas de apresentação – ENEX
• Os relatos de experiências enviados ao ENEX serão inscritos para serem apresentados
somente na forma de Pôster.
• O pôster deve ser preparado conforme normas para elaboração do pôster-ENEX.
• A apresentação do trabalho poderá ser feita pelo Autor e, na impossibilidade deste,
pelo (s) Coautor (es). Exceção feita para as modalidades PROBEX e PROVEX nas
quais o bolsista deve apresentar o seu trabalho.
10
•
•
Deverá ser rigorosamente observado o horário pré-estabelecido para cada apresentação. Não serão aceitos atrasos ou remanejamentos por quaisquer motivos.
Durante a apresentação do Pôster é obrigatório o uso de crachá de identificação do
evento.
11 Seleção dos trabalhos e avaliação
11.2 O processo de avaliação
• Os trabalhos enviados para apresentação serão avaliados pela CTIC, CTEX e respectivos comitês assessores.
• Trabalhos de pesquisa serão avaliados pela CTIC e comitê assessor do CNPq.
• Trabalhos de extensão serão avaliados pela CTEX e comitê assessor de extensão.
• Cada trabalho (resumo expandido ou resumo) será avaliado por dois consultores,
em cego. A média da nota atribuída pelos dois consultores será a pontuação final do
trabalho.
• Para avaliação dos resumos, da comunicação oral e dos posteres os consultores utilizarão formulário padronizado.
• No caso dos trabalhos destinados ao EPIC aqueles que forem selecionados para comunicação oral a média da nota do resumo expandido será acrescida à média da nota da
apresentação oral (Esta também será feita por dois avaliadores).
• Para os trabalhos do Programa de Iniciação científica da UNISO as médias do resumos
expandidos e apresentações orais serão acrescidas às demais avaliações do bolsista
realizadas durante agosto/2014 – Julho/2015 que incluem: relatório parcial, relatório
final e participações nos eventos do CAPACITA IC. Esta nota final será utilizada para
a seleção do prêmio destaque IC do Programa UNISO e para a seleção dos representantes da UNISO, na Jornada de Iniciação Científica da SBPC em 2016.
• Caso haja discrepância entre os avaliadores, a avaliação final cabe à respectiva
comissão científica.
• A apresentação dos trabalhos no formato de pôster será também avaliada e pontuada
conforme categoria (extensão ou pesquisa) e modalidade.
• Os trabalhos enviados ao EPIC terão pontuação final obtida pela soma da média da
nota do resumo expandido e a média da nota da apresentação oral ou poster, exceção
feita àqueles do Programa IC UNISO onde se acrescenta outras avaliações e desempenho do bolsista durante a vigência da bolsa.
12 Premiação dos trabalhos do EPIC
• Serão selecionados os três melhores trabalhos, por modalidade, considerando pontuação mínima estipulada pelas comissões científicas.
• Trabalhos que não atinjam a pontuação mínima não concorrerão à Premiação.
• Os cinco melhores trabalhos, independente da grande área, pertencentes ao Programa
IC UNISO (PROBIC e PIBIC-CNPq) serão selecionados para participação na Jornada
da SBPC, 2016.
11
•
•
Os três melhores trabalhos do Programa PIBIC-CNPq, considerando o agrupamento
de grandes áreas elencada pelo CNPq (i. Ciências Exatas, da Terra e Engenharias;
ii.Ciências da Saúde e Biológicas e;iii. Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras,
Linguística e Artes) serão selecionados para concorrer ao prêmio destaque na Iniciação Científica promovido pelo CNPq.
Para os casos de empate será considerado o trabalho com a maior nota no item método
e resultados; aquele que não tiver nenhum item avaliado como inadequado na apresentação do pôster ou na comunicação oral. No caso de projetos financiados pelo programa IC (PROBIC, PIBIC-CNPq e PROVIC) será ainda considerada a participação do
bolsista no maior número de cursos do CAPACITA IC.
11 Publicação dos trabalhos
• Todos os resumos aprovados e apresentados serão publicados em Anais do Evento
XVIII Encontro de Pesquisadores e Iniciação Científica e o XIII Encontro da Extensão.
13 Certificado
• Certificado de apresentação de trabalho para Autor e Co-Autor(es) somente de trabalhos aceitos e apresentados.
• Certificado de participação na MAAC constando todos os eventos agregados, totalizando 30 horas de atividades.
14 Disposições importantes
• O autor declara estar expressamente autorizado, pela Instituição de ensino em que
está matriculado, a participar e ter publicado seu trabalho, se aceito, nos Anais do
Encontro.
• A Comissão organizadora reserva-se o direito de resolver os casos omissos e as situações não previstas no presente Regulamento.
• Autor e Co-autor(es) autorizam expressamente a organização do Encontro a divulgar
os resumos, por quaisquer mídias.
12
PROGRAMAÇÃO
CÓDIGOS
C
Curso
P
Palestra
MR
Mesa-redonda
SP
Sessão Pôster
CO
Comunicação Oral
CS
Campus Seminário
CUni
Cidade Universitária
CT
Campus Trujilo
EA
Espetáculo Artistíco
OF
Oficina
3 NOVEMBRO
Horário
Tipo
Evento
Atividade
Local
Sala/anfiteatro Restrição
Abertura da MAAC – Composição da Mesa Oficial do Evento – Boas-vindas da Presidente!
7h409h30
Apresentação Madrigal – Coral UNISO
P/EA
MAAC
Palestra – Iniciação científica no Brasil: desafios a serem
vencidos
CUNI
AuditF
–
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Auditório
Central
–
Profa. Dra. Lucimar Batista de Almeida – Coordenadora
PIBIC-CNPq
P
I Encontro Inovação
Fisioterapia
P
I Encontro Ciências
Agrárias
P
Agrárias
MR
I Artes – Encontros
Acadêmicos
MR
I Encontro de
Enfermagem da
Uniso: Segurança
de Paciente e riscos
assistenciais
10h11h30
Inovação e empreendedorismo na Fisioterapia
Prof. Me. Helton Santos – Uniso
Bem-estar animal aplicado aos animais de abrigos
Vânia Nunes – Instituto Técnico de Educação e Controle
Animal
Uso sustentável da água na agricultura
Prof. Nelson Cerino Franco Junior – ESALQ- USP
CUNI
Sala 203
Bloco D
–
Projeto Incentivo à Cultura
Marcia Mah, Flavio Mello, Mário Pércico, Thiago Alixandre
, Coletivo O¹²
CUNI
Auditório D
–
CUNI
Sala 304 –
Bloco F
–
Segurança do paciente no cenário de Terapia Intensiva
Adulto
Debora Grommamm Tondo – Bloco Intensivo – Hospital Dr.
Miguel Soerio – Unimed
Shirley Ressio – Unidade de Terapia Intensiva – Hospital Dr.
Miguel Soerio – Unimed
13
10h-12h
OF
MR
Recursos da informática para pesquisa bibliográfica e
formatação de trabalhos científicos
IV SEPED
I Simpósio de
Biotecnologia da
Uniso - I SIMBU
CUNI
Laboratório
informática –
008, Apoio1
–
CUNI
SALA 306 –
Bloco F
–
CUNI
Auditório C
–
CUNI
Laboratório
informática –
009, Apoio1
Vagas limitadas – inscrição
em evento
próprio
CUNI
Auditório
Central
–
Professor Leo Victorino da Silva - CET- Uniso
Nanobiotecnologia
Prof. Dr. Leonardo F. Fraceto – UNESP, Prof. Dr. Marcelo B.
de Jesus – Unicamp
Cromatografia: conceitos introdutórios e aplicações
P
XVI Jornada Farmacêutica da Uniso
– JOFAR
C
XVIII Encontro de
pesquisadores e
Iniciação científica
- EPIC
11h3015h
P
Agrárias
11h3013h
SP
Apresentação de Pôsteres
I Educa – Ação –
Iniciação à docência
– PIBID
CUNI
Saguão Anfiteatro F
–
11h3013h
SP
XVIII EPIC
Apresentação e avaliação de Pôsteres
CUNI
–
13h3016h
CO
XVIII EPIC
Comunicação oral dos trabalhos de pesquisa selecionados
CUNI
SALAS 305,
306, 307, 308,
309, 310 e 311
– BLOCO F
–
CUNI
SALA – BLOCO C –a
confirmar e
Laboratório
Apoio 2
Vagas
limitadas (15)
10h-13h
13h-18h
15h-17h
C
C
III Semana das
Engenharias
I SIMBU
Prof. Me. Silvio Luis Toledo de Lima – Uniso
Redação de Artigo Científico
Prof. Dr. Marcus Tolentino Silva - Uniso, Profa. Dra. Tais
Freire Galvão - UFAM, Profa. Dra. Angela Jozala Faustino
- Uniso
Mercado de trabalho no setor agropecuário
Marcos B. Teixeira Mendes – AGRITEK Consultoria e
Projetos
Cromatografia Aplicada à Análise em Engenharia
Prof. Dra. Kelly Bossardi (Uniso) e Tec. Luiz Guilherme
Rodrigues de Carvalho – IHARA
Da sequência à expressão gênica: uma abordagem técnico-prática
CUNI
Laboratório
pesquisa
Profa. Dra. Sarah C Ribeiro de Souza - Unicamp
14h17h30
15h-16h
16h-17h
17h-18h
CO
IV Seminário de
Pesquisas em
Educação – SEPED
P
Fisioterapia
P
Fisioterapia
P
Fisioterapia
Apresentação das Pesquisas de Doutorado
Estimulação Transcraneana na Fisioterapia
Prof. Dra Luanda André Collange Grecco – Uniso
Maca de tração no tratamento das dores discais e radiculares
Luiz Fernando Sola - Clínica Krion
2 SALAs –
BLOCO C
–
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Laboratório
informática
009, Apoio 1
em evento
próprio
C
17h-18h
XVIII EPIC
Prof. Dr. Marcus Tolentino Silva - UNISO,
Profa. Dra. Tais Freire Galvão - UFAM,
Profa. Dra. Angela Jozala Faustino - UNISO
14
Vagas
limitadas
CUNI
Novas tecnologias na Fisioterapia
Carlos Alberto Toassa Camargo - Presidente da importadora
CVC equipamentos médicos
Laboratório
informática
005
19h-21h
Apresentação e avaliação Sessão Pôsteres
I Educa – Ação –
Iniciação à docência
– PIBID
SP
Saguão
Anfiteatro F
–
CT
Salão Vermelho
–
CT
Sala aula
Vagas
limitadas (30)
CUNII
Abertura da MAAC – Composição da Mesa Oficial do Evento
– Boas-vindas da Presidente!
19h20h30
P/EA
MAAC
Espetáculo Teatral – SMOG
Prof. Roberto Abdelnur Camargo – UNISO
19:00 –
21:00
19:30 –
22:00
OF
Jornada de
Pedagogia
OF
Jornada de
Pedagogia
OF
Jornada de
Pedagogia
P
III Semana das
Engenharias
Cálculo Mental
Profa. Esp. Cibele Cristina Escudero – Diretoria Regional
de Ensino
Liderança
Prof.ª M.ª Catarina André Hand - UNISO
Oficina de Primeiros Socorros
Prof. Me. Roberto Vazatta – UNISO
A Relação entre Engenharia, Desenvolvimento Tecnológico,
Engneharia e o Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS)
Sala aula
D – 21
Vagas
limitadas (50)
CT
Ginásio de
esportes
vagas
limitadas (60)
CUNI
Auditório F
–
CUNI
SALA BLF
a confirmar
–
CUNI
SALA BLF
a confirmar
–
CUNI
SALAS BLF
205 e 206
Evento fechado para alunos
de Engenharia
de Produção
CUNI
Auditório D
–
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Auditório C
–
CUNI
Anfiteatro
Biblioteca
–
Dr. Vidal Dias da Mota
Tintas e Processos de Pintura
P
III Semana das
Engenharias
P
III Semana das
Engenharias
P
III Semana das
Engenharias
19h3022h
P
II Simpósio de
Tecnologia em
Segurança no
Trabalho
João Gallani Jr. (Esp. – Sindicato dos Tecnólogos em Segurança do Trabalho)
Ricardo Rodrigues (Esp. – Gerente DHO RH Treinare)
Ailton Jacob Oliveira (Esp. mestrando )
Vitor Ferreira Henrique (Esp. Empresa Grupo Siemens –
Chemtech)
20h-21h
P
I Encontro de
Inovação na
Fisioterapia
Baropodometria na avaliação postural
20h21h30
P
XVI JOFAR
21h22h40
P
I Encontro de
Inovação na
Fisioterapia
19h3022h
CT
Gilson dos Santos Serpa – LUKSCOLOR
Computação Heterogênea
Rogério Moreira – DREXEL
I Desafio da Engenharia da Produção
Prof. Me. Délvio Venanzi – Uniso
Prof. Esp. Odirlei Amaro Ferreira – Uniso
Experiências em Segurança no Trabalho
Prof. Dr. Hugo Pasin Neto – Uniso
Métodos alternativos ao uso de animais e impacto regulatório no Brasil
Ma. Fernanda Pessoa de Sales – Consultora de Toxicologia
no Tecam Laboratórios
I Atividade do Centro Acadêmicos do curso de Fisioterapia
15
4 NOVEMBRO
Horário
Tipo
Evento
Atividade
8h-8h30
P
MAAC
Abertura da MAAC – Composição da Mesa Oficial do Evento – Boas-vindas da Presidente!
8h3011h30
8h-11h
MR
I Encontro da
Universidade da
Terceira Idade Uniso
MR
II Simpósio de
Tecnologia em
Segurança no
Trabalho
MR
I SIMBU
Local
Salão verde
Vagas
limitadas – inscrição online
(180 vagas)
CS
Salão verde
Vagas
limitadas –
inscrição
online (180
vagas)
CUNI
Auditório F
–
CUNI
Sala 306 –
Bloco F
–
CUNI
Laboratório
informática –
009, Apoio 1
CS
Tema: “Educação ao longo da vida”
Prof. Aldo Vannuchi 0150 – UNISO
Prof. Dra. Vera Maria Antonieta Tordino Brandão – PUC/SP
Prof. Ms. Ana Paula Santos – UNISO
Fator Humano no ambiente corporativo - Alternativas de
Sustentabilidade
Ricardo Rodrigues – Gerente DHO RH Treinare
Ailton Jacob Oliveira – Faculdade de São Roque
João Gazzoli – Gerente Toyota do Brasil – Indaiatuba
Biotecnologia para avaliação de Microrganismos
8h3011h30
Prof. Ms. Paulo V.S. Marques –Uniso
Prof. Dr. José Luiz Proença Modena – Unicamp
C
XVII - EPIC
8h-9h30
P
I Encontro das
Ciências Agrárias
da Uniso
8h-9h30
P
I Encontro das
Ciências Agrárias
da Uniso
8h30-10h
P
XVI JOFAR
Prof. Dr. Marcus Tolentino Silva – UNISO
Profa. Dra. Tais Freire Galvão – UFAM
Profa. Dra. Angela Jozala Faustino – UNISO
Programas de qualidade nos frigoríficos e sistemas de
inspeção de produtos de origem animal no Brasil
Francisco Tomazella – Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento
Sistemas de certificação de produtos orgânicos no Brasil
Heloisa Favara – Sebrae
A atuação do farmacêutico na Homeopatia: manipulação e
prescrição
Vagas
limitadas
– inscrição
em evento
próprio
CUNI
Auditório
Central
–
CUNI
Sala 203
Bloco D
–
CUNI
Auditório C
–
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Auditório
Central
–
CUNI
Auditório D
–
CUNI
Sala 304 –
Bloco F
–
Márcia de Cássia Silva Borges – CRF-SP
A Pesquisa Educacional no Brasil – problemas e perspectivas
9h-12h
P
IV SEPED
9h30-11h
P
I Encontro das
Ciências Agrárias
da Uniso
9h3011h30
10h3011h30
P
I Artes - Encontros
Acadêmicos
MR
I Encontro de
Enfermagem da
Uniso: Segurança
de Paciente E riscos
assistenciais
Profa. Dra. Bernardete Gatti – Fundação Carlos Chagas,
Departamento de Pesquisas Educacionais, Pesquisa.
Acidente ofídico em animais e no homem
Ronaldo Ferreira - Instituto Butantã
A voz – Palestra-concerto
Cristine Guse Mezzo, Igor Arruda
Gestão da qualidade assistencial: apresentação de indicadores
para a mensuração de ocorrência de flebites e úlceras por
pressão”
Profa. Ma. Marisol Festa – Uniso
Esp. Ana Carolina Filhiolino – Hospital da Aeronautica de
São Paulo
16
10h3012h
CO
II Encontro Cientifico do curso de
Fisioterapia - Uniso
11h3013h
SP
XVIII EPIC
13h3017h
CO
XVIII EPIC
Apresentação dos trabalhos de conclusão de curso
Apresentação e avaliação de Pôsteres
Comunicação oral dos trabalhos de pesquisa selecionados
CUNI
Sala 308
Bloco F
–
CUNI
–
CUNI
SALAS 305,
306, 307, 308,
309, 310, 311,
312, 313 –
BLOCO F
–
CUNI
confirmar e
Laboratório
Apoio 2
CUNI
Auditório da
Biblioteca
CUNI
Bloco E - sala
05
CUNI
Salas (3) –
Bloco C
CUNI
Laboratório
informática –
009, Apoio 1
Vagas
limitadas
– inscrição
em evento
próprio
CUNI
Lab. 07
Bloco E
50 vagas
CUNI
Auditório F
–
CUNI
SALA BLF
a confirmar
–
CUNI
SALA BLF
205 e 206
CUNI
Saguão BLF
Segundo
Pavimento
–
CUNI
SALA BLF
a confirmar
–
CT
Salão
Vermelho
13h-18h
C
III Semana das
Engenharias
15h-18h
P
II Encontro CientífiApresentação de TCC
co de Fisioterapia
15:00 –
17:00
C
I SIMBU
14:00 –
17:30
CO
IV SEPED
Prof. Dra. Kelly Bossardi (Uniso) e Tec. Luiz Guilherme Rodrigues de Carvalho – IHARA
Dra. Sarah C Ribeiro de Souza – Unicamp Dra. Sarah C
Ribeiro de Souza – UNICAMP
Apresentação das pesquisas de mestrado
15:00 –
18:00
C
XVIII EPIC
19h3022h
OF
II Simpósio de
Tecnologia em
Segurança no
Trabalho
19h3022h
P
III Semana das
Engenharias
19h3022h
P
III Semana das
Engenharias
19h3022h
P
III Semana das
Engenharias
19h22h40
OF
III Semana das
Engenharias
19h3022h
P
III Semana das
Engenharias
19h1521h
P
Jornada de
Pedagogia
Limites Humanos e Medições Ambientais – Oficina Prática
Cesar Bueno (Esp. – Empresa Dana Industrias Ltda)
Gerenciamento de Projetos com demonstração do uso do
MS-Project 2013
Vagas limitadas (15)
Inscrição:
coordenação
de Engenharia
Química
–
Vagas
limitadas
– inscrição
em evento
próprio
–
Gerente de Projetos Paulo Leite –ITAÚ
Computação Heterogênea
Rogério Moreira – DREXEL
Prof. Ms. Délvio Venanzi – Uniso
Apresentação de Projetos de Robótica Eng. Elétrica/Controle
e Automação
Profa. Esp. Neusa Valentin – Uniso
Inovação e eficiência energética em elevadores na busca da
Sustentabilidade
Luís Antônio Seno – Elevadores OTIS
Gestão Educacional na Contemporaneidade
Prof. Me. Marco Aurélio Bugni – Diretor Regional de Ensino
de Sorocaba
17
Evento
fechado para
alunos de
Engenharia
de Produção
Vagas
limitadas
19h21h30
OF
Jornada de
Pedagogia
19h3021h
OF
Jornada de
Pedagogia
19h3022h
OF
OF
Oficina e Atividades das Licenciaturas – Curso de
História
Jornada de
Pedagogia
19h-22h
OF
Jornada de
Pedagogia
OF
Jornada de
Pedagogia
SP
I Educa Ação: Encontro de Iniciação
à docência
SP
20h22h40
119h22h40
Contação de Histórias
Profa. Esp. Rosimary Bentivoglio - UNISO
Abordagem Pedagógicas de Jogos Corporais para o Desenvolvimento Motor de Crianças e Adolescentes
CT
Sala de aula
Vagas
limitadas (40)
CT
Ginásio de
Esportes
Vagas
limitadas (40)
CT
Sala de aula
Vagas
limitadas (62)
CT
Sala de aula
Vagas
limitadas (40)
Prof. Dr. Vagner Reolon Marcelino – UNISO
Filme seguido de debate: Cinema e História na sala de aula
Filme: “ O Substituto”
Profa. Maria Regina Vannuchi Leme – UNISO
Ensino e aprendizagem de Matemática para Surdos
Profa. Maria Angêla de Oliveira Oliveira - UNISO
Cine Debate – Filme: O clube do imperador
Prof. Me. Edgar Domingo de Albuquerque – UNISO
Jogos como Metodologia para o Ensino de Matemática
CT
Sala de aula
D – 25
Vagas
limitadas (40)
Vagas
limitadas (40)
CT
Sala de aula
Apresentação e avaliação Sessão Pôsteres
CT
Saguão
Coberto
Bloco D
–
Jornada Pedagogia
Apresentação de pôster – TCC Pedagogia
CT
Saguão
Coberto
Bloco D
–
P
II Encontro Científico do curso de
Fisioterapia - Uniso
CUNI
Auditório
Biblioteca
–
20h-22h
P
XVI JOFAR
CUNI
Auditório C
–
Horário
Tipo
Evento
Local
CUNI
Auditório
Central
–
CUNI
Sala 203 –
Bloco D
–
CUNI
Sala 306
Bloco F
–
CUNI
Auditório D
–
CUNI
Auditório
Central
–
19h-21h
Profa. Maria da Penha R. de Oliveira Godinho- UNISO
Indústria Farmacêutica: aspectos importantes na garantia da
qualidade dos medicamentos
Nilton Carlos de Amorim Gualda – Quality Manager – Catalent Pharma Solutions
5 NOVEMBRO
8h-9h30
P
I Encontro das
Ciências Agrárias
da Uniso
8h-9h30
P
I Encontro das
Ciências Agrárias
da Uniso
8h30-11h
MR
I SIMBU
9h3011h30
EA
I Artes – Encontros
Acadêmicos
9h3011h30
P
I Encontro das
Ciências Agrárias
da Uniso
Atividade
Resistência anti-helmíntica em nematódeos gastrintestinais
de pequenos ruminantes
Daniela Chiebao – Agência Paulista de Tecnologia de
Agronegócios de Sorocaba
Manejo integrado de pragas
Vitor Hugo Beloti e Gustavo Rodrigues Alves – ESALQ – USP
Biotecnologia aplicada à Saúde
Dra. Daniele R. Araujo – UFABC
Dr. Marco Vinicius Chaud – UNISO
Rua Sem saída - Grupos Nativos Terra Rasgada
Direção Flávio Mello
Ambiência na Produção Animal
Prof. Dr. Iran José de Oliveira da Silva – ESALQ – USP
18
Registro de Medicamentos e agroquímicos: ensaios toxicológicos e aspectos regulatórios
CUNI
Auditório C
–
CUNI
Auditório F
–
CUNI
Auditório F
–
Debates
CUNI
Auditório F
–
II Encontro
Científico do curso
de Fisioterapia –
Uniso
CUNI
Sala 308
Bloco F
–
XIII ENEX
Apresentação e avaliação Sessão Pôsteres – ENEX
CUNI
–
CUNI
SALA – BLOCO C
A confirmar
e Laboratório
Apoio 2
8h-11h
C
XVI JOFAR
8h309h30
P
XIII ENEX
9h3010h30
P
XIII ENEX
10h3011h
P
XIII ENEX
10h3014h
CO
12h3014h
SP
Ma. Fernanda Pessoa de Sales – Consultora de Toxicologia no
Tecam Laboratórios
A extensão universitária na Unicamp: a experiência da cultura
articulando ensino e pesquisa
Prof. Dr. Odilon Roble – UNICAMP
13h-18h
C
III Semana das
Engenharias
15h-17h
C
I SIMBU
Extensão universitaria: espaço para projeto interdisciplinar
Profa. Dra. Regina M. Rovigati Simões – UFTM
Dra. Sarah C Ribeiro de Souza – Unicamp
C
XVIII EPIC
CO
II Encontro
de Fisioterapia –
Uniso
15h-18h
Vagas
limitadas (15)
Inscrição:
coordenação
de Engenharia
Química
Laboratório
informática –
005 Apoio 1
em evento
próprio
CUNI
Laboratório
informática –
009, Apoio 1
em evento
próprio
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Auditório
Central
–
CT
Salão Vermelho
Vagas
limitadas
CT
Sala de Aula
Vagas
limitadas (40)
Cerimônia de Encerramento
19h20h40
SP
I MAAC
Avaliação do evento
Entrega de premiações
P
Jornada de
Pedagogia
OF
Jornada de
Pedagogia
19h21h30
OF
Jornada de
Pedagogia
19h3021h
OF
Jornada de
Pedagogia
19h-21h
Visão Cristã do Corpo
Prof. Me. Aldo Vannucchi –UNISO
Fazendo Arte na Escola: Estudo das cores
Prof. Rosana Cristiane Ribeiro – Rede Estadual de Ensino
Brincando com a Literatura Infantil dos Pingos
Profa. Ana Paula P R Germanos – UNISO
Oficinas de Atividades Recreativas - jogos de salão e rodas
cantadas
Prof. Esp. Rômulo César Mitidieri – UNISO
19
CT
CT
Sala de Aula –
D – 25
Ginásio de
Esportes
Vagas
limitadas (40)
Vagas
limitadas (40)
19h-22h
OF
Letras Português e
Inglês
19h22h30
C
III Semana das
Engenharias
19h22h30
OF
Jornada de
Pedagogia
P
III Semana das
Engenharias
P
III Semana das
Engenharias
19h3022h
Oficina de Legendagem
Profa. Dra. Denise Lemos Gomes – UNISO
CT
Lab. de
Informática
Vagas
limitadas (30)
CUNI
SALA BLF205, 206
de Engenharia
de Produção
Prof. Me. Délvio Venanzi - Uniso
Oficina de Literatura para crianças
Prof. Me. Roberto Samuel Sanches – UNISO
Sistema Toyota de Produção – STP
Roberto Oshima Yamashiro – Toyota do Brasil
Patologia em revestimentos externos argamassados em
edifícios
CT
Sala de Aula –
D - 26
CUNI
Auditório F
–
CUNI
SALA BLFA confirmar
–
CUNI
SALA BLE013
Vagas Limitadas Inscrição:
coordenação
de Engenharia
de Alimentos
CUNI
SALA – BLOCO C
A confirmar
e Laboratório
Apoio 2
Alexandre Tomazelli – Empresa: TOTEN
Limpeza Profissional - Na Indústria, com e sem água
C
III Semana das
Engenharias
13h-18h
C
III Semana das
Engenharias
15h-17h
C
I SIMBU
Karina Cassiano – Empresa: VICKINGS
Marcio Samia – Empresa: VICKINGS
Flemming Vitus - Empresa: VICKINGS
Profa. Dra. Elaine Berges – Uniso
Dra. Sarah C Ribeiro de Souza – Unicamp
C
XVIII EPIC
CO
II Encontro
de Fisioterapia –
Uniso
15h-18h
Vagas
limitadas (50)
Vagas
limitadas (15)
Inscrição:
coordenação
de Engenharia
Química
Laboratório
informática –
005 Apoio 1
em evento
próprio
CUNI
Laboratório
informática –
009, Apoio 1
em evento
próprio
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Auditório
Central
–
CT
Salão Vermelho
Vagas
limitadas
CT
Sala de Aula
Vagas
limitadas (40)
Cerimônia de Encerramento
19h20h40
SP
I MAAC
Avaliação do evento
Entrega de premiações
19h-21h
19h21h30
P
Jornada de
Pedagogia
OF
Jornada de
Pedagogia
OF
Jornada de
Pedagogia
Visão Cristã do Corpo
Prof. Me. Aldo Vannucchi –UNISO
Fazendo Arte na Escola: Estudo das cores
Prof. Rosana Cristiane Ribeiro – Rede Estadual de Ensino
Brincando com a Literatura Infantil dos Pingos
Profa. Ana Paula P R Germanos – UNISO
20
CT
Sala de Aula –
D – 25
Vagas
limitadas (40)
19h3021h
OF
Jornada de
Pedagogia
19h-22h
OF
Letras Português e
Inglês
19h22h30
C
III Semana das
Engenharias
19h22h30
OF
Jornada de
Pedagogia
P
III Semana das
Engenharias
P
III Semana das
Engenharias
19h3022h
Oficinas de Atividades Recreativas - jogos de salão e rodas
cantadas
CT
Ginásio de
Esportes
Vagas
limitadas (40)
CT
Lab. de
Informática
Vagas
limitadas (30)
CUNI
SALA BLF205, 206
de Engenharia
de Produção
Prof. Esp. Rômulo César Mitidieri – UNISO
Oficina de Legendagem
Profa. Dra. Denise Lemos Gomes – UNISO
Prof. Me. Délvio Venanzi - Uniso
Oficina de Literatura para crianças
Prof. Me. Roberto Samuel Sanches – UNISO
Sistema Toyota de Produção – STP
Roberto Oshima Yamashiro – Toyota do Brasil
Patologia em revestimentos externos argamassados em
edifícios
CT
Sala de Aula –
D - 26
CUNI
Auditório F
–
CUNI
SALA BLFA confirmar
–
CUNI
SALA BLE013
Vagas Limitadas Inscrição:
coordenação
de Engenharia
de Alimentos
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Anfiteatro da
Biblioteca
–
CUNI
Auditório C
–
Alexandre Tomazelli – Empresa: TOTEN
Limpeza Profissional - Na Indústria, com e sem água
20h3022h40
20h3021h30
C
III Semana das
Engenharias
CO
II Encontro
de Fisioterapia –
Uniso
P
I Encontro de
Enfermagem da
Uniso: Segurança
do Paciente e riscos
assistenciais
Karina Cassiano – Empresa: VICKINGS
Marcio Samia – Empresa: VICKINGS
Flemming Vitus - Empresa: VICKINGS
Profa. Dra. Elaine Berges – Uniso
Vagas
limitadas (50)
Cirurgia segura: checklist cirúrgico
Xenia Lima Cabreira- Esp. Assistencial em Centro Cirúrgico –
Hospital Dr. Miguel Soeiro – Unimed
Áreas de Atuação Farmacêutica: os egressos da Uniso frente
aos desafios do mercado
20h3022h
MR
I Encontro de
Farmácia da Uniso
Mediadora Prof.ª Dra. Yoko O. Franco – UNISO
Profa. Dra. Marta M. D. C. Vila – UNISO
Profa. Dra. Sara de Jesus Oliveira – UNISO
Cacifaus
21
6 NOVEMBRO
Horário
8h-9h30
10h3012h30
13h-18h
14h-17h
Tipo
MR
MR
C
C
Evento
Atividade
I Simpósio Regional de Terapia
Ocupacional
Mostra de Recursos Terapêuticos
II Encontro de
Egressos do Curso
de Terapia Ocupacional da Uniso
C
Terapia Ocupacional na Contemporaneidade
III Semana das
Engenharias
II Encontro de
Egressos do Curso
CUNI
Auditório F
–
CUNI
Auditório F
–
CUNI
confirmar e
Laboratório
Apoio 2
Prof. Dra. Kelly Bossardi (Uniso)
Tec. Luiz Guilherme Rodrigues de Carvalho -IHARA
I Simpósio Regional
de Terapia
Terapia Ocupacional baseada em evidências: execução de
Ocupacional
um manual aplicado a pacientes reumatológicos
II Encontro de
Egressos do Curso
Prof.ª Dr.ª Soraya Diniz Rosa – Uniso
de Terapia
Ocupacional
Lançamento e Roda de Conversa sobre o livro “Grupos e
Terapia Ocupacional”
II Encontro de
Egressos do Curso
Profª Drª Viviane Santalúcia Maximino – UNIFESP
de Terapia
Ocupacional
14h-17h
Prof.ª M.ª Rita de Cássia Gianolla Miranda – Uniso
Local
Síbila Floriano Landim – Especialista em Terapia da Mão
pela Unicamp
A atuação da T.O. com famílias em saúde mental infantil
Prof.º M.ª Débora Felamingo Marinelli – Uniso
C
II Encontro de
Egressos do Curso
Prof.ª M.ª Maria Fernanda dos Santos – UNESP/ CAPS
AD – Votorantim – Mestre em Saúde Coletiva - UNESP/
Botucatu
Terapeuta Ocupacional no CAPS AD – Votorantim
19h-22h
C
C
II Encontro de
Egressos do Curso
Prof.ª M.ª Marisa Samea – Coordenadoria Regional de
Saúde Oeste da Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo
de Terapia
Processamento Sensorial na Atualidade: desafios e possibOcupacional
ilidades para a Terapia Ocupacional
II Encontro de
Egressos do Curso
Dinara Souza – Ambulatório de Cognição Social (Teamm)
– UNIFESP
22
APTRT
Vagas
limitadas
Apoio2
Sala
CUNI
Bloco C
Vagas
limitadas
Sala
CUNI
A Implantação da Rede de Saúde: desafios e possibilide Terapia Ocupadades
cional
17h-19h
Inscrição:
coordenação
de Engenharia
Química
Laboratório
CUNI
Pesquisa em Saúde Coletiva - Uma possibilidade para
de Terapia OcupaTerapeutas Ocupacionais
cional
14h-17h
Vagas
limitadas (15)
Bloco C
Vagas
limitadas
Sala
CUNI
CUNI
Bloco C
Laboratório
APTRT
Apoio 2
Vagas
limitadas
Vagas
limitadas
de Terapia
Ocupacional
Adequação postural em cadeira de rodas
19h-22h
C
II Encontro de
Egressos do Curso
Bruno Soares Segamarchi –Rede de Reabilitação Lucy
Montoro – Mogi Mirim
CUNI
C
19h30-22h
P
III Semana das
Engenharias
19h30-22h
P
III Semana das
Engenharias
19h-22h40
P
III Semana das
Engenharias
19h-22h40
C
II Encontro de
Egressos do Curso
III Semana das
Engenharias
Gláucia Christiani Fortes – Associação de Assistência a
Criança com Deficiência – AACD
Vagas
limitadas
Apoio2
A Atuação da TO nas lesões encefálicas adquiridas do
de Terapia
Ocupacional
adulto
19h-22h
Laboratório
de Cinesiologia
Sala
Vagas
limitadas
CUNI
Bloco C
CUNI
Auditório F
–
CUNI
SALA BLFA confirmar
–
CUNI
Saguão BLF
–
CUNI
Auditório
Central
de Engenharia
de Produção
Local
Sala/anfiteatro
Restrição
CUNI
Auditório
Bloco F
–
CUNI
Saguão
Bloco F
–
CUNI
Auditório
Bloco F
–
CREA/CONFEA e a Política Profissional da Engenharia
Esp. Onei de Barros Filho – Associação dos Engenheiros
de Sorocaba
Qualidade de Produtos
Bert Meuwissen – CNH industrial
Apresentação de Projetos de Robótica Eng. Elétrica/Controle e Automação
Profa. Esp. Neusa Valentin – Uniso
I Desafio da Engenharia da Produção – Encerramento
Prof. Me. Délvio Venanzi – Uniso
7 NOVEMBRO
Horário
Tipo
8h-9h
SP
8h-9h
SP
Evento
Atividade
de Terapia
Mostra de Recursos Terapêuticos
Ocupacional
Prof.ª M.ª Rita de Cássia Gianolla Miranda – Uniso
II Encontro de
Egressos do Curso
Painel da Terapia Ocupacional em Sorocaba e Região (20
PAINEIS)
Caminhando para o Futuro: Trajetórias em Terapia Ocupade Terapia
cional
Ocupacional
9h-11h30
14h17h20
MR
CO
II Encontro de
Egressos do Curso
XII Maratona de
Projetos – Cursos
Tecnológicos
Prof.Me.Leonardo José Costa de Lima – Conselheiro efetivo
do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
– COFFITO
Pátio Azul
Apresentação e avaliação de projetos
Prof.ª Marinete Aparecida Martins – UNISO
Prof. Jose Itamar Monteiro – UNISO
Prof. Odirlei Ferreira Amaro – UNISO
23
CT
Auditório
Salão
Vermelho
–
XVIII ENCONTRO DE PESQUISADORE E INICIAÇÃO CIENTÍFICA – EPIC
Coordenadora: Profa. Luciane Cruz Lopes
Comissão Técnica de Iniciação Científica – CTIC
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Luciane Cruz Lopes
Cristiane de Cassia Bergamaschi
Valquiria Miwa Hanai Yoshida
Marcus Tolentino Silva
Heitor Zochio Fischer
Andréa Cristina Higa Nakaghi
Norberto Aranha
André Kimura Okamoto
Vagner Reolon Marcelino
Jorge Luiz Antonio
Daniela A. Vendramini Zanella
Débora Costa Ramires
Fabrício de Francisco Linardi
Fernando Silveira Plentz Miranda
Thomaz Augusto Guisard Restivo
Haroldo Lhou Hasegawa
Daniel Bertoli Gonçalves
Comitê Externo CNPq
•
•
•
•
•
•
•
•
Adrianne Christine Palanch
Aparecido dos Reis Coutinho
Cássius Guimarães Chai
Cláudia Garcia Serpa Osório de Castro
Francisco Carlos Groppo
Vera Teresa Valdemarin
Wilson Ribeiro dos Santos Júnior
Manoel Lemes da Silva Neto
24
APRESENTAÇÃO
A Uniso tem buscado criar condições para aprofundar a relação ensino, pesquisa e
extensão. A articulação dessas práticas tem requerido um amplo esforço desta Instituição
Comunitária em sua missão de formação de agentes para a transformação social.
Por meio da definição de sua Política de pesquisa, a UNISO, vem apoiando o Programa de Iniciação Científica na organização de encontros científicos. Tais atividades tem
como objetivo promover o intercâmbio entre profissionais e estudantes de diversas áreas do
conhecimento.
O Encontro de Pesquisadores e Iniciação Científica (EPIC) é realizado desde 1997.
Participam representantes de sociedades científicas, autoridades e pesquisadores vinculados e externos à UNISO. O EPIC é um importante fórum para a difusão dos avanços da
ciência. Nele, ocorrem debates sobre temas de interesse à comunidade em que se insere.
A programação científica é composta por conferências, mesas-redondas, sessões especiais (comunicações orais), minicursos e sessões de pôsteres.
Observando os calendários dos programas de Iniciação Científica e Extensão da
UNISO, a data do encontro foi alterada para novembro de 2015. Este ano, a forma de remessa
dos resumos será online, mediante cadastramento do pesquisador, assim como a avaliação
de cada trabalho apresentado.
As avaliações foram feitas em pares (dois professores/pesquisadores independentes).
Os melhores foram indicados ao Prêmio, conforme modalidade.
Os três melhores trabalhos da categoria Iniciação Científica PIBIC-CNPq serão indicados para concorrer ao Prêmio Destaque na Iniciação Científica, 2016, promovido pelo
CNPq.
Os cinco melhores trabalhos das modalidades PROBIC e PIBIC-CNPq, serão financiados para serem apresentados na Jornada Nacional do SBPC de 2016. Os trabalhos de
outras categorias e modalidades também serão classificados e receberão premiação.
As Comissões Organizadora e Científica têm direcionado especial esforço para atrair pesquisadores, pós-graduandos, bolsistas de iniciação científica e estudantes de graduação. Espera-se que sejam apresentados resultados que busquem novos conhecimentos e
benefícios à sociedade.
O tema deste ano é “Ensino, pesquisa, extensão, tecnologia, cultura e arte”. O EPIC
está renovado, instigante e produtivo para acadêmicos e profissionais. Contamos com sua
participação.
Comissão Técnica de Iniciação Científica – CTIC
25
COMUNICAÇÕES ORAIS – TRABALHOS DE PESQUISA - MODALIDADE
TCC e OUTROS TRABALHOS GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
DIA 03/11/2015 – 13H30 – 15H00, BLOCO F
Grande área
Área
Ciências
agrárias
Recursos
florestais e
engenharia
florestal
Ciências
agrárias
Título
Autor
Horário
Uso do geoprocessamento como ferramenta de apoio na
caracterização física do solo do pnmcbio, Sorocaba/SP
Vanessa Cezar Simonetti
13h30 às 13h40 - apresentação
13h40 às 13h50 - discussão
Agronomia
Caracterização de áreas contaminadas no município de
Sorocaba baseada no cadastro de áreas contaminadas
Rafaella Penitente
Pereira
13h50 às 14h apresentação
14h às 14h10 - discussão
Ciências da
saúde
Enfermagem
Perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de pacientes
com queimaduras atendidos no ambulatório de queimados
do conjunto hospitalar de Sorocaba
Rosiane Cristina
Pereira Fujimaki de
Queiroz
13h30 às 13h40 – apresentação
Ciências da
saúde
Farmácia
Eficácia antimicrobiana tópica de hidrogel de PVA e sulfadiazina de prata
Lilian Vieira Vaz
13h50 às 14h - apresentação
Ciências
exatas e da
terra
Ciência da
computação
Aumentar o campo visual na traseira de cadeira de rodas
com a ajuda de sensores e aplicativos
Gustavo Alves Soares
Ciências
exatas e da
terra
Ciência da
computação
Aumentar o campo visual na traseira de cadeira de rodas
com a ajuda de sensores e aplicativos
Gustavo Alves Soares
Ciências
exatas e da
terra
Ciência da
computação
Avaliação da viabilidade técnica, econômica e ambiental
da implantação de uma usina de reciclagem de resíduos
oriundos da construção civil
Itallo Garcia Leal
14h às 14h10 discussão
Ciências
exatas e da
terra
Ciência da
computação
Braille touch - teclado virtual
Gisele Bruno de
Oliveira
Ciências
humanas
Educação
A obra de monteiro lobato: o despertar da imaginação,
criatividade e atitude reflexiva e crítica
Aline dos Santos
Castro Pires
Ciências
humanas
Psicologia
Envelhecimento e qualidade de vida: um estudo com idosos
Juliana Guimarães de
Oliveira
Ciências
humanas
Psicologia
Homens que correm com homens: misoginia e heteronormatividade entre homossexuais
Douglas Russano
Romeu
Ciências
sociais
aplicadas
Arquitetura e
urbanismo
Recuperação dos vazios urbanos na malha central da cidade
de Sorocaba através de habitação de interesse social
Bruna Rodrigues de
Oliveira
Ciências
sociais
aplicadas
Administração
Dificuldade de planejamento financeiro em empresas
familiares
Karen Sene Rosa
26
Engenharias
Engenharia
sanitária
O dilema ambiental das embalagens estudo de caso do
molho de tomate
Thaís Cristina Reis
Gomes
Engenharias
Engenharia
sanitária
Influência de lagos e reservatórios nas condições meteorológicas locais
Nayara de Souza
13h50 às 14h - apresentação
Engenharias
Engenharia
sanitária
Medidas mitigadoras dos impactos ambientais da produção
de cimento na região de Sorocaba/SP
Estela Guimarães
Vieira
COMUNICAÇÕES ORAIS DE TRABALHOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
DIA 04/11/2015 – 13H30 – 17H00, BLOCO F
Área
Título
Estudante
Orientador
Modalidade
Horário
Medicina
veterinária
Detecção da infecção por Ehrlichia canis em cães
por métodos de diagnóstico direto e indireto no
município de Sorocaba, estado de São Paulo
Roberta Negrão
Moura
Profª. Drª. Andréa
Cristina Higa
Nakaghi
PIBIC/
CNPq
13h30 às 13h40
apresentação
13h40 às 13h50
discussão
Medicina
veterinária
Estudo da ocorrência de ectoparasitose e parasitose intestinais em gatos domiciliados e errantes no
município de Sorocaba, estado de São Paulo
Isadora Caruso
Fontana Oliveira
Cristina Higa
Nakaghi
PROBIC
14h às 14h10
discussão
Medicina
veterinária
Avaliação da transmissão de anticorpos anti-theileria aqui através do colostro em potros recém-nascidos de éguas prenhes suplementadas ou não com
progesterona
Lucas Piloto
Gonçalves
Cristina Higa
Nakaghi
PROBIC
14h10 às 14h20
apresentação
14h20 às 14h30
discussão
Morfologia
Análise da suplementação de creatina em ratos
Wistar idosos
Alessandra Ferreira Antunes
Profª. Drª. Raquel
de Mendonça Rosa
Castro
PROBIC
14h30 às 14h40
apresentação
14h40 às 14h50
discussão
Ecologia
Restauração florestal do parque municipal natural
“corredores da biodiversidade”
Luiz Racca Neto
Prof. Dr. Welber
Senteio Smith
PROBIC
13h30 às 13h40
apresentação
13h40 às 13h50
discussão
Agronomia
Caracterização agronômica de Capsicum baccatum
var pendulum submetida a diferentes dosagens de
n em cultivo protegido
Samanta Nunes
Affonso
Profª. Drª. Bertha
Devora Agurto
Berdejo de Castro
PROBIC
13h50 às 14h
apresentação
14h às 14h10
discussão
Zootecnia
Comportamento ingestivo de equinos em diferentes tipos de pastagens
Orlando Carlos da
Silva Filho
Profª. Drª. Bertha
Devora Agurto
Berdejo de Castro
PROBIC
14h10 às 14h20
apresentação
14h20 às 14h30
discussão
Farmacologia
Avaliação morfológica de fetos expostos ao extrato
hidroalcoólico de Caesalpinia ferrea mart. (Libidibia ferrea)
Karina Piatto
Lopes
Profª. Drª. Marli
gerenutti
PIBIC/
CNPq
13h30 às 13h40
apresentação
13h40 às 13h50
discussão
Farmacologia
Avaliação dos níveis hormonais de ratas gestantes
expostas ao extrato hidroalcoólico de Caesalpinia
ferrea mart. (Libidibia ferrea)
Angela Faustino
Jozala
Profª. Drª. Marli
gerenutti
PROBIC
14h às 14h10
discussão
Farmacologia
Avaliação biológica in vitro do extrato hidroalcoólico de Caesalpinia ferrea mart. (Libidibia ferrea)
Giovana Sabadim
Profª. Drª. Marli
gerenutti
PROBIC
14h10 às 14h20apresentação
14h20 às 14h30
discussão
27
Microbiologia
Avaliação da atividade antimicrobiana da curcumina na conservação do biodiesel
Bruna Amábili
Dezzotti
Profª. Drª. Marta
Maria Carvalho
Duarte Vila
PROBIC
14h30 às 14h40 apresentação 14h40
às 14h50 - discussão
Bioquímica
Extract - otimização do processo de extração
de pigmentos antocianinas a partir de frutos de
jabuticaba (Myrciaria cauliflora)
Nicole Cassis
Ferreira
Prof. Dr. Victor
Manuel Figueiredo
Balcao
PROBIC
14h50 às 15h apresentação 15h às
15h10 - discussão
Farmacologia
Estudo da citotoxicidade e da atividade antinociceptiva das frações semipurificadas da espécie
Solanum variabile mart.
Tayná Raíssa
Motta Alves
Profª. Drª. Luciane
Cruz Lopes
PIBIC/
CNPq
15h10 às 15h20 apresentação 14h40
às 14h50 - discussão
Física
Síntese e caracterização de scaffolds de fibroína
Luísa Carvalho
Pereira Araújo
Prof. Dr. Norberto
Aranha
PIBIC/
CNPq
13h40 às 13h50
discussão
Física
Síntese e caracterização de filmes de fibroina
Matheus Karim da
Silva Oliveira
Prof. Dr. Norberto
Aranha
PROBIC
14h às 14h10- discussão
Astronomia
Universo alpha: o estudo da astronomia através
de software
Ademir Ederson
Aparecido Giraldelli
Prof. Me. Diego
Ap. Carvalho
Albuquerque
PROBIC
14h20 às 14h30
discussão
Física
Ciência e cultura: interfaces entre física moderna
e ficção científica num website de divulgação
científica
Renato Balarini
Ferreira
Prof. Me. Emerson
Ferreira Gomes
PROBIC
14h30 às 14h40
apresentação
14h40 às 14h50
discussão
Quimica
Preparo e caracterização de nanopartículas de quitosana-hidroxipropil-ß- ciclodextrina como sistema
de liberação modificada para herbicida hidrofóbico
Jéssica Cristina de
Almeida
Prof. Me. Silvio
Luis Toledo de
Lima
PROBIC
15h às 15h10
discussão
Física
Ciência à mão: investigação em ciências num
portal de divulgação científica
José Luis Pereira
Corrêa Rocha
Prof. Me. Emerson
Ferreira Gomes
PROBIC
15h10 às 15h20
apresentação
15h20 às 15h30
discussão
Farmácia
Influência da temperatura na reticulação de polímeros biocompatíveis para administração oral
Katiusca da Silva
Pontes
Prof. Dr. Marco
Vinícius Chaud
PROBIC
13h30 às 13h40- apresentação
13h40 às 13h50
discussão
Farmácia
Influência do potencial hidrogeniônico no grau de
desacetilação da quitosana
Bruna Aparecida
Coutinho Fogaça
Prof. Dr. Marco
Vinícius Chaud
PIBIC/CNPq
Nutrição
Níveis séricos de glicose e perfil lipídico em ratos
alimentados com dieta hipercalórica e expostas ao
Lentinula edodes (shiitake)
Bruna Giovana
Corrêa Chrispim de
Oliveira
Profª. Drª. Denise
Grotto
PROBIC
14h10 às 14h20
apresentação
14h20 às 14h30
discussão
Nutrição
Avaliação do perfil de consumo alimentar e estado
nutricional em um grupo de estudantes de gastronomia
Erika Leao Ajala
Caetano
Profª. Drª. Edilma
Maria Albuquerque
Vasconcelos
PROBIC
14h30 às 14h40
apresentação
14h40 às 14h50
discussão
Medicina
veterinária
Análise das concentrações intrauterina de interferon - y e prostagalndina e2 no pós-parto de éguas
prenhes suplementadas ou não com progesterona
Karina Sene Rosa
Profª. Drª. Ana
Carolina Correa
Porto Rossi
PROBIC
Farmácia
Padronização de fármaco sob o parâmetro da junção
neuromuscular -preparação Biventer cervicis de
pintainho
Améris Letícia
Foramiglio
Profª. Drª. Yoko
Oshima Franco
PIBIC/CNPq
15h10 às 15h20
apresentação
15h20 às 15h30
discussão
28
Ciências
humanas
Educação
Diagnóstico do programa de
iniciação científica da UNISO
Adriana Laura Victoretti
Profª. Drª.
Luciane Cruz
Lopes
PROBIC
13h30 às 13h40
apresentação
13h40 às 13h50
discussão
Ciências
humanas
Educação
Fatores relacionados a continuidade do estudante de IC
da UNISO em programas de
pós-graduação
Henrique
Marinho
Mascarenhas
Profª. Drª.
Luciane Cruz
Lopes
PROBIC
14h às 14h10
discussão
Ciências
humanas
Educação
Educação e trabalho e as
políticas de ensino médio no
município de Sorocaba
Rafaella Luiz
dos Santos
Prof. Dr Jefferson
Carriello do
Carmo
PIBIC/
CNPq
14h10 às 14h20
apresentação
14h20 às 14h30
discussão
Ciências
humanas
Educação
Arranjos produtivos no município de Sorocaba e região e
as políticas de ensino médio
integrado
Caique
Diogo de
Oliveira
Prof. Dr Jefferson
Carriello do
Carmo
PROBIC
14h30 às 14h40
apresentação
14h40 às 14h50
discussão
Ciências
humanas
Psicologia
Comunicação em saúde: desenvolvendo habilidades
Marco
Aurélio Costa da Silva
Profª. Drª. Ana
Laura Schliemann
PROBIC
Ciências
humanas
Psicologia
O que os desenhos infantis
podem ensinar de psicologia
Giovana
Sanches
Cunhas
Profª. Drª. Ana
Laura Schliemann
probic
15h10 às 15h20
apresentação
15h20 às 15h30
discussão
Arquitetura e
urbanismo
Arquitetura e tecnologia:
concreto produzido a partir da
substituição de agregados por
vidro reciclado
Igor Matheus
Santana
Chaves
Prof. Me. Fabio
Laham Morello
PROBIC
13h30 às 13h40
apresentação
13h40 às 13h50
discussão
Arquitetura e
urbanismo
A metropolização de Sorocaba:
da proposta de lei de 2005 a
criação da região metropolitana
de Sorocaba
Bianca
Barboza
Cardinale
Prof. Me. Fabrício
de Franscisco
Linardi
PROBIC
14h às 14h10
discussão
Arquitetura e
urbanismo
Estudo sobre a transformação
da paisagem e as manchas
urbanas dos municípios do
eixo viário da rodovia Raposo
Tavares, do km 45 ao 92 (São
Roque-Rodovia Celso Charuri/
Avenida São Paulo X Rodovia
Raposo
Tavares
Fernanda
Hellen da
Silva Camargo
Profª. Ma. Sandra
Yukari Shirata
Lancas
PROBIC
14h10 às 14h20
apresentação
14h20 às 14h30
discussão
Arquitetura e
urbanismo
Estudo e análise do dell’architettura de giangiorgio trissino
Karen
Hergessel de
Castro
Prof. Dr. Fellipe
de Andrade
Abreu e Lima
PROBIC
14h30 às 14h40- apresentação
14h40 às 14h50
discussão
Comunicação
Narrativas midiáticas sobre
alimentação: o que a comida
comunica
Eliete de
Souza Della
Violla
Profª. Drª.
Miriam Cristina
Carlos Silva
probic
15h às 15h10- discussão
Comunicação
Processos comunicativos em
ambiente escolar: a publicidade
em livro didático
Mayra Aires
dos Santos
Profª. Drª.
Luciana Coutinho Pagliarini de
Souza
PIBIC/
CNPq
15h10 às 15h20
apresentação
15h20 às 15h30
discussão
Engenharia
sanitária
Avaliação da implantação de
ações propostas no plano da
bacia hidrográfica dos rios
Sorocaba e médio Tietê - SP
nas metas referentes a águas
e esgotos
Karen Emy
Nakajima
Prof. Dr. Nobel
Penteado de
Freitas
PROBIC
13h30 às 13h40
apresentação
13h40 às 13h50
discussão
29
Engenharia
sanitária
Avaliação de implantação de acões propostas no
plano da bacia hidrográfica dos rios Sorocaba e médio
Tietê-SP nas metas referentes à solução de problemas
ambientais
Sandro
Augusto de
Souza Carvalho
Prof. Dr. Nobel
Penteado de Freitas
PIBIC/
CNPq
14h às 14h10
discussão
Ecologia
Recepção da usina móvel de biodiesel em locais da
cidade de Sorocaba: um estudo etnográfico pautado na
educação ambiental
Venâncio
Alves Amaral
Prof. Dr. Marco
Antonio dos Santos
Reigota
PIBIC/
CNPq
14h10 às 14h20
apresentação
14h20 às 14h30
discussão
Ciência da
computação
Lógica nebulosa
Luan Scudeler
de Souza
Prof. Me. Robinson
Luz
PROBIC
14h30 às 14h40
apresentação
14h40 às 14h50
discussão
Ciência da
computação
Computação móvel em controle residencial
Pedro Guilherme Volpato Ferraresi
Prof. Dr. Waldemar
Bonventi jr.
PROBIC
15h às 15h10
discussão
Ciência da
computação
Comparação entre métodos de busca em espaços de
estados e o algoritmo de DJIKSTRA
Pedro Guilherme Volpato Ferraresi
Prof. Dr. Waldemar
Bonventi Jr.
PROBIC
15h10 às 15h20
apresentação
15h20 às 15h30
discussão
Sessão de posteres – trabalhos de pesquisa
dia 03/11/2015 – 11h30 - 13h00, sagão bloco f
Pôster
Grande área
Área
Título
Autor
Modalidade
01
Ciências
agrárias
Agronomia
Logística reversa e o processo de destinação das embalagens vazias de agrotóxico
Melissa Freitas Martin de Oliveira
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
02
Ciências da
saúde
Enfermagem
Antibioticoterapia em unidade de terapia intensiva
neonatal
Nayara Silva Nazareno
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
03
Ciências da
saúde
Nutrição
Incidência de sobrepeso e obesidade em gestantes de
uma unidade básica de saúde de Sorocaba – SP e a carência de acompanhamento nutricional
Roberta Fernanda
Quintiliano Ribeiro
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
04
Ciências da
saúde
Farmácia
Extração e quantificação de antocianinas dos frutos da
juçara (Euterpe edulis mart.)
Henriete Marcondes
Fonseca de Marco
Pesquisa - pós-graduação stricto sensu
05
Ciências da
saúde
Fisioterapia
Métodos e técnicas fisioterapêuticas no diabetes mellitus
Camila Euzébio de
Figueiredo
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
06
Ciências
exatas e da
terra
Ciência da
computação
Controle de vazão e consumo em um chuveiro elétrico
Arthur Mendes
Kratza
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
07
Ciências
humanas
Psicologia
Papel do cuidador na velhice: um levantamento em
artigos - 2013/2014
André Luiz Chaves
Yang
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
08
Ciências
humanas
Psicologia
Estereótipos na velhice: um levantamento comparativo de
imagens de idosos no Google Brasil e Itália
Íris Figueiredo
Casarotto
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
09
Engenharias
Engenharia
sanitária
Cemitério: necrochorume e os seus reflexos no meio
ambiente
Priscila Rodrigues
Lopes
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
30
dia 04/11/2015 – 11h30 - 13h00, sagUão bloco f
Pôster
Grande área
Área
Título
Perfil dos consumidores de suplementos alimentares de
duas academias de Boituva - SP
Autor
Modalidade
Amanda Lie Kajihara
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
25
Ciências da
saúde
Nutrição
26
Ciências da
saúde
Nutrição
Nível de conhecimento e fonte de orientação sobre os
suplementos alimentares por praticantes de musculação
de duas academias de Boituva - SP
Amanda Lie Kajihara
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
27
Ciências da
saúde
Nutrição
Análise nutricional das dietas de revistas populares
Ingrid Codo de Melo
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
28
Ciências
exatas e da
terra
Ciência da
computação
Simulador personal
Gustavo Tomazin de
Sousa
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
29
Ciências
humanas
Psicologia
O processo de luto abordado no filme livre: sofrimento
psíquico e a busca de si
Regina Angélica da
Fonseca Terra
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
30
Ciências
humanas
Psicologia
A percepção do idoso a respeito do luto antecipado
Clarice de Fátima
Souza Tognocchi
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
31
Engenharias
Engenharia
elétrica
Smartpark
Diego Siviero
Campos
Pesquisa – TCC /
outros trabalhos
graduação
13º ENCONTRO DE EXTENSAO NA I MOSTRA DE ATIVIDADES ACADÊMICAS DA
UNISO
Coordenadora: Profa. Vilma Leni Nista Piccolo Comissão Organizadora
•
•
•
•
•
•
•
Prof. Adilson Rocha
Profa. Ana Paula Santos
Prof. Fernando Celso Negrão Duarte
Profa. Maria Alzira Pimenta
Profa. Miriam Sanches do Nascimento Silveira
Profa. Soraya Diniz Rosa
Profa. Tânia Regina Ferreira
APRESENTAÇÃO
O XIII Encontro de Extensão (ENEX) consiste em uma apresentação das atividades extensionais desenvolvidas por alunos bolsistas dos cursos de graduação da UNISO, os
quais se propuseram experienciar práticas profissionais dos conhecimentos aprendidos em
salas de aula. Configurando-se como um trabalho de intervenção que nasce de uma preocupação originada dos interesses docentes, os quais atuam nos diferentes cursos de graduação
da UNISO, as apresentações em forma de pôsteres devem relatar as experiências vividas
pelos alunos, orientados pelos respectivos professores. Numa síntese dos relatos de expe-
31
riências os bolsistas devem descrever todos os procedimentos adotados em suas práticas de
intervenção.
Os pôsteres precisam ainda destacar os objetivos das atividades assim como os resultados conquistados por elas. Os relatos também são escritos, e publicados nos Anais do
evento. Em novembro será realizado o 13º ENEX, como um dos eventos da 1ª Mostra de Atividades Acadêmicas (MAAC), onde obrigatoriamente todos os alunos que receberam bolsas
do Programa de Extensão da UNISO (PROBEX), além dos voluntários (PROVEX), mostram
tudo que foi por eles desenvolvido.
NORMAS DO PÔSTER:
As experiências a serem relatadas em forma de pôster devem ser descritas, mas, de
preferência, com ilustrações por meio de fotos ou desenhos, impressos no tamanho de 60 cm
por 1,20 em papel a ser escolhido pelos autores.
NORMAS DO RELATO ESCRITO:
•
Os relatos devem ser corrigidos pelos respectivos orientadores, cujos nomes compõem
o trabalho, para que após avaliação sejam publicados nos anais do evento;
•
O título e os nomes dos autores devem estar em destaque no pôster; e
•
As normas de exigência para publicação dos relatos são as seguintes.
O relato de experiência deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. Desde a
primeira frase do relato explica-se o tema principal do trabalho desenvolvido. Os verbos usados podem ser colocados na voz ativa expressos na terceira pessoa do singular. Na descrição
do relato é preciso contemplar o objetivo do trabalho, qual a atividade desenvolvida, onde
ela se deu, e quais foram os resultados conseguidos. As palavras-chave devem figurar logo
abaixo do resumo da experiência, antecedidas da expressão “palavras-chave”, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. Devem-se evitar: a) Símbolos e contrações
que não sejam de uso corrente na ciência, isto é, as palavras devem ser coerente com expressões acadêmicas; b) “Fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente
necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecem.” O texto todo, incluindo título, nome dos autores, afiliação e a síntese da atividade de
extensão deve ser escrita em fonte Arial, tamanho 12, espaço 1,5 cm. Não pode ultrapassar o
limite de uma página, modelo A4.
32
XIII ENEX – RELATOS DE EXPERIÊNCIA
DIA 05/11/2015 11H30 – 13H00, SAGUÃOAO BLOCO F
Pôster
Grande área
Título
Autor principal
Modalidade
53
Comunicação Rádio jornal inclusão
Natália Freire Ponse, Fernando Celso Negrão Duarte
Extensão
54
Comunicação Agência experimental de jornalismo.
Carlos Henrique Lima Paes Dias, Andrea Sanhudo
Torre
Extensão
55
Comunicação Núcleo avançado de jornalismo científico
Larissa Cirineo Rodrigues, Walter De Luca
Extensão
58
Cultura
Cinepsico, círculo de debates
Wellington Tiago Mendes Da Silva, Edinilton José
Santa-Rosa
Extensão
59
Cultura
Residência técnica no grupo de teatro Katharsis
da UNISO
Milton Jonas Pereira Martins, Márcio Pereira de
Andrade Jr.; Roberto Abdelnur Camargo
Extensão
61
Educação
A atividade social: brincar de curling projeto
PIBID-UNISO língua inglesa
Quérem Karoline França Barca, Daniela Aparecida
Vendramini Zanella
Extensão
62
Educação
Apoio institucional a implantação do projeto
Reletran
André Luiz Chaves Yang, Yoko Oshima Franco
Extensão
63
Educação
Curso preparatório do Lellis ito
Bruna Aparecida Coutinho Fogaça, Juliana de Oliveira
Soares Silva
Extensão
64
Educação
Ensino-aprendizagem de língua inglesa por meio
de atividade social: vamos à biblioteca? Na escola
pública
viviane Patrícia Calor Raymundo, Daniela Aparecida
Vendramini Zanella
Extensão
65
Saúde
A utilização da música e de dinâmicas grupais
como modalidade terapêutica não tradicional
pelo enfermeiro na assistência de enfermagem
psiquiátrica
Guilherme Ganci Monteiro, Miriam Sanches Do
Nascimento Silveira
Extensão
66
Saúde
Aprendizagem e desenvolvimento da criança com
deficiência visual através de atividades lúdica
Daiane Diniz Dos Santos, Bruneta Rey
Extensão
67
Saúde
Atendimento de fisioterapia preventiva em saúde
da mulher
Aê Schandler Mello, Aline Alcoforado dos Santos
Gasparini
Extensão
68
Saúde
Atenção da terapia ocupacional no contexto da
inclusão escolar: uma proposta de atendimento às
crianças com necessidades educacionais especiais
no núcleo de saúde da UNISO
Stephani Rodrigues Moreira, Fernando Negrão Duarte
Extensão
69
Saúde
Atividade fisioterapêutica no conjunto hospitalar
de Sorocaba
Patrícia Moreira Da Silva, Cristiane Delgado Alves
Rodrigues
Extensão
70
Saúde
Avaliação, acompanhamento e orientação em
fisioterapia de crianças hospitalizadas no CHS
Juliana de Fátima Oliveira Hidalgo, Crisitane Delgado
Alves Rodrigues
Extensão
71
Saúde
Avaliação global em fisioterapia em crianças de
0 a 24 meses: ênfase na aplicação da escala de
aquisições iniciais de fala e linguagem
Giseli Ferreira Da Silva, Cintia de Menezes Fernandes
Bernal
Extensão
72
Saúde
Avaliação motora nos primeiros 18 meses de vida:
aplicação da escala motora infantil de Alberta
Fernanda Marcello Bernini, Cintia de Menezes Fernandes Bernal
Extensão
73
Saúde
Contribuição da área de nutrição ao projeto Unisaúde sob ponto de vista da segurança alimentar.
Bianca Elmi Pedroso, Luciane Lopes Sant’ana
Extensão
74
Saúde
Farmácia comunitária Vital Brazil
Laís Aparecida Marum R. dos Santos, Tânia Regina
Ferreira
Extensão
75
Saúde
Fisioterapia aplicada à ortopedia
Bianca Cristini Ferrari, Hugo Pasin Neto
Extensão
Extensão
76
Saúde
Fisioterapia preventiva em Diabetes mellitus
Cássia Rosa Petenlinkar Batista, Aline Alcoforado Dos
Santos Gasparini
77
Saúde
Intervenção fisioterapêutica em saúde física
Pâmela Cristina de Arruda Sousa, Lauren Guistti
Mazzei
Extensão
78
Saúde
Massagem terapêutica no programa Unisaúde
Fernanda de Oliveira Góes, Aline Alcoforado dos
Santos Gasparini
Extensão
33
79
Saúde
Oficinas de convivência: uma proposta da terapia
ocupacional para a terceira idade
Elaine Oliveira Conceição, Ana Paula dos Santos
Extensão
80
Saúde
Terapia ocupacional: acolhimento e oficinas de
convivência no núcleo de saúde da UNISO
Keren Folharini, Bruneta Rey
Extensão
81
Saúde
Terapia ocupacional na promoção da qualidade de
vida em saúde do trabalhador 2014
Wanessa Rodrigues Luz Xavier, Lilian de Fátima
Zanoni Nogueira
Extensão
I EDUCA AÇÃO: ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID
•
Coordenadora: Profa. Maria Angélica Lauretti Carneiro Comissão Organizadora
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Prof. Márcio José Pereira de Camargo
Profa. Daniela Ap. Vendramini Zanella
Prof. Rodrigo Barchi
Profa. Bianca Nóbrega da Silva
Profa. Maria Regina Vannucchi Leme
Profa. Ana Paula Ponce Ribeiro Germanos
Profa. Tania Cristina dos Santos Boy
Prof. Antonio Noel Filho
Profa. Camila Oliveira Martins Arakaki
O evento “Educa Ação: Encontro de Iniciação à Docência” tem como objetivo apresentar as ações pedagógicas e os resultados relativos à formação do bolsista do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade de Sorocaba, O PIBID é um programa da Uniso, financiado pela Capes, que concede bolsas aos licenciandos
e aos professores das escolas públicas do ensino básico, que atuam como coformadores dos
futuros docentes.
O programa é um instrumento de ação pedagógica ampla que veio para preencher
o hiato existente entre teoria aprendida na Universidade e a prática cotidiana docente, de
forma a aproximar o professor em formação com a realidade escolar e os processos interacionais envolvidos. Os resultados obtidos vêm permitindo o redimensionamento dos cursos
de licenciaturas da Universidade e a discussão dos aspectos da formação, valorização da
carreira e da futura atuação docente.
34
SESSÃO DE POSTERES
I EDUCA AÇÃO-PIBID– ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
DIA 03/11/2015 – 11H30 – 13H00, SAGUÃO BLOCO F (CU)
Pôster
Grande área
Área
Título
Autor principal
Modalidade
10
Linguística,
letras e
artes
Artes
Bianca Beatriz Monteiro Faria
A experiência estética no processo de criação com a
Bianca Yoshiko Sumida
PIBID – Iniciação à
mídia eletrônica na E.E. de educação de tempo inteJoão Eduardo Nóbrega
Docência
gral José Roque de Almeida Rosa
Tortello Júnior
11
Linguística,
letras e
artes
Artes
Lidiane Brenand Ribeiro
A percepção consciente no processo de criação na Guilherme André Silva
E.E. José Roque
Carlos Siqueira Junior
Laís Fernanda Alexandre
Docência
12
Linguística,
letras e
artes
Artes
Dayane de Nadai
A metodologia triangular no ensino da arte no proSarah Heloisa Arruda
jeto “Eu sou o artista”
Tainara Martinsons Machado
Docência
DIA 03/11/2015 – 11H30 – 13H00, SAGUÃO BLOCO F (CU)
Pôster
Grande área
Área
Título
Autor principal
13
Ciências
exatas e da
terra
Química
Métodos de avaliação aplicados ao PIBID
Michelli Penasso Arruda
Ana Carolina Favero Bocardi
Jeane Francine Gonçalves
Olzi Melo
Docência
14
Ciências
exatas e da
terra
Química
A produção de relatórios no processo de aprendizagem
Fellipe Bedran
João Zorzetto
Olzi Melo
Docência
15
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
Aprendendo a química da química
Joice Alves
Angelica Almeida
Olzi Melo
Docência
16
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
Potencialidades do material manipulativo ALGEPLAN
Richard Gois Lemos
Alex Sander Martins de
Camargo
Luiz Rodolfo Kussuki
Marici Martins Claro
Docência
17
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
Tarefas investigativas polinomiais utilizando o
material manipulativo ALGEPLAN (subprojeto de
matemática)
André Miguel da Silva Guim
Claudia Ramos
Docência
18
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
O jogo de xadrez como material didático para o
desenvolvimento do raciocínio lógico matemático
Jacqueline Aparecida
Ferreira
Fernanda Rodrigues Gomes
Fernanda Gabriela Cleto
Docência
20
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
A utilização do material didático TANGRAM no
ensino de frações e no cálculo de áreas
Damiane de Goes Domingues
Marcia Yumiko Okawara
Docência
21
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
Manipulação de sólidos com geoespaço
Natasha Satomy Vieira
Iwamoto
José Eustáquio Fernandes
Kennidy Roger de Oliveira
Docência
22
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
Tarefas investigativas utilizando material manipulativo blocos lógicos
Priscila Mariano Da Rocha
Fábio Augusto de Campos
Docência
23
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
Utilizando o ALGEPLAN no método de investigação para estudo dos polinômios
Helber Martins de Moraes
Igor Daniel de Camargo
Rolim
Docência
35
Modalidade
24
Ciências
exatas e da
terra
Matemática
Potencialidades do software WINPLOT
Anderson Urenha Moura
Campos
Lucas Alves Furquim
Docência
I PIBID
04/11/15 19h- 21h Câmpus Trujillo
Pôster
Grande área
32
Linguística,
letras e
artes
Área
Letras
33
Linguística,
letras e
artes
34
Título
Autor principal
Modalidade
O gato preto, por Edgar Allan Poe
Juliana Michelsen
Amanda Midena João
Kelli Cristina de Paula
Docência
Letras
Experiência no PIBID: mudança de paradigma na
formação do educador
Ana Carolina Bueno Vieira
Bianca Pacheco Almeida
Silmara dos Santos Ferreira
Docência
Linguística,
letras e
artes
Letras
Relação entre o texto teórico e a prática
Samanta Hollanders de Sousa
Bianca Ortega
Docência
Raíssa Muniz
35
Linguística,
letras e
artes
Letras
Formação de professores no programa PIBID e as
novas tecologias na escola
Solange Venturelli Helú
Prestes de Oliveira
Daniela Aparecida Vendrami- Docência
ni Zanella
36
Linguística,
letras e
artes
Letras
“Pen Pal”, a atividade social: ir à biblioteca no
projeto pibid
Daniela Camargo de Oliveira
Freitas
Viviane Patrícia Calor
Raymundo
Docência
37
Linguística,
letras e
artes
Letras
“Altamir´s rock concert”, atividade social: “Ir ao
show” no projeto PIBID
Glaucilene de Campos Ruiz
Débora Cristina de Almeida
Lima Fraga
Docência
38
Linguística,
letras e
artes
Letras
“sing a song” o brincar inserido na atividade social:
produzir um LIPDUB (subprojeto de inglês)
Karen Ramos de oliveIra
Ana Laura Hoffart
Docência
39
Linguística,
letras e
artes
Letras
Ensino-aprendizagem de língua inglesa por meio
de atividade social: “criar propaganda sobre
invenções.”
Mariana Antunes Trevisan
Priscilla Nogueira Giannone
Docência
40
Linguística,
letras e
artes
Letras
O brincar de curling na atividade social
Quérem Karoline França
Barca
Priscilla Nogueira Giannone
Docência
41
Ciências
humanas
História
Desconstruindo conceitos e mitos através da
história de Sorocaba
Priscila Dias
Ester Alves Moreira
Regina Mueller Prado Morais
Docência
42
Ciências
humanas
História
Estrada de ferro sorocabana
Letícia Alves de Sousa
Abigail Rodrigues Alves
karEn de Souza Ribeiro
Maria Luiza Gôngora Pontes
Vanessa Aparecida Ferrareto
Docência
43
Ciências
humanas
História
A bandeira de Sorocaba
Rodrigo Mendes
Alison Fernando
Rodrigo Almeida
Docência
44
Ciências
humanas
História
Industrialização e memória
Luis Henrique de Medeiro
Lopes
Rafael Maran Fusetti
Docência
45
Ciências
humanas
História
Industrialização e migração em Sorocaba
Rafael Galli
Letícia Ferreira
Tainá Rodrigues
Docência
36
46
Ciências
humanas
História
História de Sorocaba da colônia ao Império
Marcelo Cardoso Melo da
Silva
Pedro Vidal da Costa
Docência
47
Ciências
humanas
Geografia
Educação, geografia e alimentação saudável
Jean Felipe Francisco
Erika Santos
Docência
48
Ciências
humanas
Geografia
Daniela Oliveira Antunes
A importância da horta comunitária no processo de Ribeiro
formação escolar
Elias Mendes da Trindade
Luciane Andréia Souza
49
Ciências
humanas
Geografia
Produção de orgânicos em hortas pedagógicas
Marivaldo Castanho Marins
João Antonio Junio Martins
Roberto Masayoshi Hatadani
Docência
50
Ciências
humanas
Geografia
A compostagem e a produção de alimentos na
escola
Natália Penhalver Soares
Murilo Augusto Camargo
Perroud
Docência
51
Ciências
humanas
Pedagogia
Jogo pega-varetas: alfabetização em matemática.
Daniele Cristine Ferreira
Luana Alexandra Valença
Tatiane Moretto de Oliveira
Tatiane Lopes da Silva
Docência
52
Ciências
humanas
Pedagogia
A importância do programa institucional de bolsa
de iniciação a docência no processo de formação
do professor
Andressa Palczuk
Luana Cristina Rodrigues de
Queiróz
Docência
Docência
IV SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO – SEPED
Coordenadora: Profa. Dra. Vilma Lení Nista-Piccolo Comissão Organizadora
•
•
Prof. Jefferson Carriello do Carmo
Prof. Waldemar Marques
O Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba realiza,
este ano, o IV SEPED - Seminário de Pesquisa em Educação, evento bianual, que em 2015
integra a I Mostra de Atividades Acadêmicas da Uniso. Consta de sessões de apresentação
dos trabalhos de alunos regulares do Programa com a intenção de criar oportunidades de
interação entre os integrantes dos Cursos de Mestrado e Doutorado em Educação, tanto os
discentes como docentes.
Os trabalhos a serem submetidos são dos alunos matriculados no segundo ano de
seus cursos, os quais apresentam um recorte do universo de pesquisas em realização no
interior deste Programa, vinculadas às temáticas das linhas de pesquisa, que são: Cotidiano
Escolar, Educação Superior, e História e Historiografia. Os outros alunos regulares dos Cursos de Mestrado e Doutorado e alunos especiais que cursam disciplinas curriculares estão
convidados a participar na qualidade de ouvintes.
O maior objetivo do SEPED é propiciar a troca de experiências sobre abordagens
metodológicas em pesquisa educacional, visando proporcionar subsídios voltados ao desenvolvimento dos estudos em questão, por meio da apresentação e dos debates, estimulando
a interação dos pós-graduandos.
37
Programação:
As sessões do SEPED serão realizadas nas tardes do dia 3 e do dia 4 de novembro,
das 14h às 17h, com a presença em cada sala de, pelo menos, um professor do Programa para
coordenar as apresentações, mas nunca de seus próprios orientandos. O aluno-pesquisador
terá até 20 minutos para apresentar seu trabalho, seguido de um debate de até 25 minutos.
Na manhã do dia 3 de novembro, das 9h às 12h, será realizada uma oficina sobre os
Recursos da informática para pesquisa bibliográfica e formatação de trabalhos científicos,
ministrada pelos pós-graduandos do Programa de Educação: Leo Victorino da Silva e Rafael Fernando de Moraes Moreno. No dia 4 de novembro, das 9h às 12h, teremos a palestra
da Dra. Bernadete Gatti abordando o tema sobre “A Pesquisa Educacional no Brasil – problemas e perspectivas”
IV SEPED - TRABALHOS DE MESTRADO E DOUTORADO
03/11/2015 – 14H00 ÀS 17H
BLOCO C - SALA 102
Linha de
pesquisa
Título do trabalho
Doutorando
Orientador
Horário
Cotidiano
escolar
O RELETRAN na universidade de Sorocaba: análise do seu
impacto na construção de processos comunitários através
das narrativas dos participantes
Ariane Diniz Silva
Prof. Dr. Marcos
Reigota
14:00 às 14:20 apresentação
14:20 às 14:45 - debate
Cotidiano
escolar
Uma mirada pela janela: cartografia de práticas discursivas
sobre sexualidades não normativas no cotidiano escolar
Eder Rodrigues
Proença
Prof. Dr. Marcos
Reigota
15:05 às 15:30 - debate
Educação
superior
Soldados de Loyola - uma análise do humanismo nas práticas
discursivas da pedagogia inaciana em IES na américa latina
Andrea Sanhudo
Torres
Prof. Dr. Pedro
Goergen
15:30 às 15:50
apresentação
15:50 às 16:15 - debate
BLOCO C - SALA 104
Linha de
pesquisa
Título do trabalho
Doutorando
Orientador
Horário
Felipe Jorge Brancaccio
Prof. Dr. Waldemar
Marques
14:00 às 14:20
apresentação
14:20 às 14:45 - debate
Elaine Marasca
Garcia da Costa
Profª. Drª. Vilma
Nista-Piccolo
14:45 às 15:05
apresentação
15:05 às 15:30 - debate
Educação
superior
Educação superior: direito ou privilégio? – a formação do
profissional em direito.
Cotidiano
escolar
A pedagogia Waldorf pode ser salutogênica? Razões e caminhos no/do cotidiano.
Cotidiano
escolar
Dificuldades e facilidades na aprendizagem da criança com
Síndrome de Down.
Lilian Pinto Amaral
Profª. Drª. Vilma l
Nista-Piccolo
15:50 às 16:15 - debate
História e
historio-grafia
As pedras bonitas podem falar! Memórias de professoras de
Itaporanga SP sobre a docência
Sandra Antonia
Convento de Moura
Ferraz
Profª. Drª. Jane
Soares de Almeida
16:15 às 16:35
apresentação
16:35 às 17:00 - debate
38
04/11/2015 – 14H00 ÀS 17H
BLOCO C - SALA 102
Linha de
pesquisa
Título do trabalho
Cotidiano
escolar
A experiência do brincar como acontecimento na creche
Cotidiano
escolar
Tempo e espaço na educação infantil pública: inventando
possibilidades
Cotidiano
escolar
O jogo do corpo, o corpo no jogo: uma abordagem com a
metodologia Angel Vianna
Cotidiano
escolar
Produção textual no ensino médio: desafios e perspectivas
Doutorando
Orientador
Horário
Ana Rosa Rezende
Profª. Drª. Alda
Regina Tognini
Romaguera
14:00 às 14:20
apresentação
14:20 às 14:45 - debate
Profª. Drª. Alda
Regina Tognini
Romaguera
14:45 às 15:05
apresentação
15:05 às 15:30 - debate
Laura Helena
Jamelli de Almeida
Profª. Drª. Alda
Regina Tognini
Romaguera
15:30 às 15:50
apresentação
15:50 às 16:15 - debate
Glaucia Campos
Profª. Drª. Alda
Regina Tognini
Romaguera
16:15 às 16:35
apresentação
16:35 às 17:00 - debate
Ana Cristina
Baladelli Silva
BLOCO C - SALA 104
Linha de
pesquisa
Título do trabalho
Doutorando
Orientador
Horário
Cotidiano
escolar
A caminho do Porto: relato de experiência sobre investigação
da metodologia de pesquisa em educação mapeamento social
de narrativas
Silvia Cavalcante
Lapa Lobo
Profª. Drª. Eliete
Jussara Nogueira
14:00 às 14:20
apresentação
14:20 às 14:45 - debate
Educação
superior
Universidade e inconformismo: a crítica do pensamento
instrumental
Fábio Caires
Correia
Prof. Dr. Pedro
Goergen
14:45 às 15:05
apresentação
15:05 às 15:30 - debate
Educação
superior
A educação inclusiva no Brasil: direito social e bem público
Raquel Motta Calegari Monteiro
Prof. Dr. Pedro
Goergen
15:30 às 15:50
apresentação
15:50 às 16:15 - debate
Educação
superior
Educação superior e sustentabilidade
Daniele Tomaz
Prof. Dr. Waldemar
Marques
16:15 às 16:35
apresentação
16:35 às 17 - debate
Doutorando
Orientador
Horário
BLOCO C – SALA 105
Linha de
pesquisa
Título do trabalho
História e
historio-grafia
Um colégio, uma cidade, um ministério: a reforma capanema
Dênio Mágno da
Cunha
Profª. Drª. Jane
Soares de Almeida
14:00 às 14:20
apresentação
14:20 às 14:45 - debate
História e
historio-grafia
Conservatório maestro Henrique Castellari: história e
memória (1966-2016)
Marcelo de Souza
Leite
Profª. Drª. Jane
Soares de Almeida
14:45 às 15:05
apresentação
15:05 às 15:30 - debate
Clenilda Torres
Nunes
Prof. Dr. Pedro
Goergen
17:00 às 17:20
apresentação
17:20 às 17:45 - debate
Educação
superior
Formação do pedagogo: motivação para a educação infantil
39
SIMPÓSIO DE BIOTECNOLOGIA DA UNISO (I SIMBU)
Coordenadora: Profa. Dra. Renata de Lima
Comissão organizadora
•
•
•
•
•
Prof. Paulo Vitor Marques Simas
Prof. Tatiane Pasquoto
Prof. Mariane Guilber
Prof. Diogo Rheider
Prof. Natalia Bileski José
APRESENTAÇÃO
Biotecnologia tem como ação central a utilização de agentes biológicos (células, microrganismos, organelas e moléculas) para resolver problemas, obter bens ou assegurar serviços em diferentes áreas. A Biotecnologia por si só é multidisciplinar, o que assegura uma
visão de um determinado assunto tendo como visão diferentes áreas como ciência básica,
aplicada e tecnologias. A Genética tem lugar de destaque na Biotecnologia, principalmente
pela existência de técnicas inovadoras que podem substituir métodos tradicionais tanto de
estudos como produção.
O I SIMBU tem como objetivo a apresentação e discussão de temas biotecnológicos, mostrando seu impacto nos diferentes setores como diagnóstico, novo medicamentos,
processos agrícolas, processos industriais, biorremediação, tratamentos ambientais entre
outros.
I ENCONTRO CIÊNCIAS AGRÁRIAS
Coordenadora: Profa. Dra. Andrea Cristina Higa Nakaghi
•
•
•
•
•
Profa. Bertha Castro
Profa. Carolina Porto
Profa. Lilian Mara Kirsch
Profa. Regina Augusto
Profa. Lorenzo Pissinati
APRESENTAÇÃO
O campo das Ciências Agrárias é amplo e envolve diversos cursos dentre eles o de
Agronomia e de Medicina Veterinária e os estudos sobre o meio ambiente e os animais
domésticos e silvestres. A formação dos profissionais desta área deve prover conhecimentos
sobre o preservação e manejo de plantas e animais de produção, voltados para a indústria de
alimentos, otimização da utilização de recursos naturais, utilização de tecnologias em propriedades rurais e na agroindústria e noções em Agronegócio. Ainda dentro deste campo,
40
destacam-se os conhecimentos nos cuidados dos animais e o interesse crescente acerca do
bem-estar animal.
I ARTES - ENCONTROS ACADÊMICOS
Coordenadora: Profa. Dra. Tania Boy
•
•
•
•
Profa. Eleizete Gomes
Profa. Tania Boy
Prof. Roberto Gil de Cama
Prof. Cadmo Fausto
APRESENTAÇÃO
O curso de Licenciatura em Artes , Teatro, Dança , Música e Artes Visuais já promoveu alguns eventos importantes neste ano fomentando a discussão no binômio das Arte
- Educação. Tivemos a Semana de Artes em Abril com todos alunos das Licenciaturas em
Artes e mais a comunidade de Nossa Cidade e Região envolvidos em Palestras , Oficinas e
Apresentações dos próprios alunos na Cidade Universitária. Oferecemos também a cidade e
mais especificamente a escolas da região a semana do Brincar evento que movimentou mais
de 1000 crianças com atividades ligadas a jogos e arte. Agora junto a I MOSTRA DE ATIVIDADES ACADÊMICAS , MAAC estamos propondo AEA , Artes, Encontros Acadêmicos ,
onde teremos Atividades com profissionais da área discutindo valores e atividades artística
dentro do âmbito da escola e formação profissional.
I ENCONTRO DE ENFERMAGEM DA UNISO: SEGURANÇA DO PACIENTE: RISCOS
ASSISTENCIAIS
Coordenadora: Profa. Ma. Miriam Sanches do Nascimento Silveira
Comissão organizadora:
•
•
•
Profa. Thatira Pezato
Profa. Debora Barros
Prof. Leandro Aparecido Souza
APRESENTAÇÃO
A Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, desde a sua criação em 2004, tem
elaborado programas e diretrizes que visam sensibilizar e mobilizar profissionais de saúde
e a população para a busca de soluções que promovam a segurança do paciente, divulgando conhecimentos e desenvolvendo ferramentas que possibilitem a mudança da realidade
no cenário mundial (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO
PAULO – COREN-SP REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACI41
ENTE – REBRAENSP – POLO SÃO PAULO SÃO PAULO – 2010).
I ENCONTRO DE INOVAÇÃO NA FISIOTERAPIA – UNISO
Coordenadora: Profa. Ma. Aline Alcoforado dos Santos
•
•
•
Profa. Thais Scalha
Profa. Lauren Mazzei
Prof. Hugo Pasin Neto
APRESENTAÇÃO
O curso de Fisioterapia da UNISO tem como missão a inovação na formação do
profissional fisioterapeuta e para isso tem buscado discutir com seus alunos uma cultura de
inovação e pesquisa na área. Nesse sentido, o 1 encontro de inovação na fisioterapia surge
como um momento importante para discutir quais são e como essa inovação pode chegar
até o futuro profissional presente nas clínicas.
Programação:
A programação estará compondo o MAC (Mostra de atividades acadêmicas) que
acontecerá entre os dias 3, 4 e 5 de novembro. Nesses dias, teremos as comunicações orais
que devem acontecer todos os dias das 7h40 – 9h30 e das 13h00-15h00. Além disso, irão
ocorrer as apresentação dos pôsteres nos três dias das 9h30 – 10h30 e das 19h00 – 20h00.
Nesse contexto, a Fisioterapia irá realizar no dia 3/11 o 1 encontro de Inovação na
Fisioterapia, conforme programação abaixo:
OFICINAS DAS LICENCIATURAS
Cordenadora: Profa. Dra.Valdelice Borghi Ferreira
Comissão Organizadora
•
•
•
•
•
•
Profa. Denise Lemos Gomes
Prof. Kleber Trevisam
Profa. Maria Regina L. Vannuchi
Prof. Roberto A. Camargo
Prof. Rodrigo Barchi
Profa. Valdelice Borghi Ferreira
APRESENTAÇÃO
As oficinas e eventos promovidos pelas Licenciaturas no I MAAC - Uniso Trujillo
possuem os objetivos de: ampliar o conhecimento de cada área, oferecer aos alunos oportunidade de partilhar conhecimentos e experiências, instigar a curiosidade, despertar o inte42
resse para pesquisa, provocar o senso crítico e contribuir para o crescimento acadêmico e
profissional dos discentes.
XII MARATONA DE PROJETOS - CURSOS TECNOLÓGICOS
Coordenador: Prof. Me. Argemiro Rodrigues de Sousa
•
•
•
Prof. Adilson Spin
Prof. Valmir Cunha
Prof. Osmil Sampaio Leite
APRESENTAÇÃO
A Maratona é uma das atividades que configura como de grande relevância acadêmica
para os alunos dos cursos tecnológicos no Eixo Gestão e Negócios e tem sido reconhecida
pelas comissões de avaliação do MEC como inovadora e de grande importância para reconhecimento e valorização dos cursos.
Trata-se de uma Exposição de posteres com Aplicação Prática e Estudos de Caso desenvolvidos pelos alunos no cc Projetos Interdisciplinares
II SIMPÓSIO DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO. “FATOR HUMANO
NO AMBIENTE CORPORATIVO”
Coordenadora: Profa. Ma. Lilian Z. Nogueira
•
•
•
Prof. Leo Victorino Santos
Profa. Rosangela Araujo
Profa. Lilian Z. Nogueira APRESENTAÇÃO
O curso de Tecnologia em Segurança do Trabalho da Universidade de Sorocaba e
parceiros realizam nos dias 15 e 16/09/2015, o II Simpósio de Tecnologia em Segurança no
Trabalho. Com o tema “Fator Humano no Ambiente Corporativo”, o evento almeja aproximar estudantes e profissionais da área, para o desenvolvimento de pesquisas no âmbito
tecnológico de temas que relacionam o fator humano nas relações empresariais da saúde,
segurança do Trabalho e desenvolvimento de pessoas. O evento pretende contribuir para o
desenvolvimento socioeconômico da comunidade de nossa região.
O simpósio ocorrerá Simultaneamente à MAAC (I Mostra de Atividades Acadêmicas), que
engloba eventos de diversas áreas de atuação.
43
Público-Alvo
Empresas de Sorocaba e região e corpo discente da Universidade de Sorocaba inter
-relacionadas com o tema
III SEMANA DAS ENGENHARIAS
Coordenador: Prof. Dr. Haroldo Lhou Hasegawa
•
•
•
•
•
•
Prof. Odirlei Amaro Ferrira
Profa. Kelly Bossardi
Profa. Tamires de Souza Nossa
Prof. Délvio Venanzi
Prof. Darllan Collins
Prof. Haroldo Lhou Hasegawa APRESENTAÇÃO
“A semana da Engenharia da Uniso é um evento anual, organizado por professores
e estudantes voluntários. Possui como objetivo a integração entre os cursos de Engenharia
oferecendo palestras, cursos e oficinas, apresentação de TCCs e trabalhos técnicos. Além
da integração, a Semana também busca criar uma experiência que instigue o senso crítico e contribua para o crescimento acadêmico e profissional dos estudantes de Engenharia,
garantindo sempre o intercâmbio de ideias e interação entre congressistas e participantes.
Missão: “Buscar a integração do conhecimento das várias áreas das Engenharias pelo oferecimento de atividades interdisciplinares que permita instigar a curiosidade, o desenvolvimento acadêmico e profissional do futuro engenheiro.” Visão: “Ser um evento de referência
e de excelência com o objetivo de capacitar profissionais e buscar integração e parcerias.”
Valores:
Ética: Conduta dos Organizadores e Participantes visando à realização do Evento de forma
transparente e democrática.
Profissionalismo: Buscar a solução de problemas de modo prático, sem a apresentação ou
apontamento dos erros de forma não construtiva.
Resiliência: Buscar atingir os objetivos utilizando-se de ideias tenazes ao invés da força ou
imposição.”
I ENCONTRO DE FARMÁCIA DA UNISO
•
Coordenadora: Profa. Ma. Magali Glauzer Silva 44
•
•
•
•
•
CACIFAUS
Profa. Edilma Maria Albuquerque Vasconcelos
Profa. Sara de Jesus Oliveira
Profa. Yoko Oshima Franco
Profa. Magali Glauzer Silva APRESENTAÇÃO
O curso de Farmácia da Uniso tem formado profissionais há mais de 10 anos, em Sorocaba e toda região, sendo que em muitas áreas da formação farmacêutica podemos encontrar um
farmacêutico Uniso trabalhando. Em vários momentos, ex-alunos retornaram convidados a socializarem suas histórias de sucesso, mas, pela primeira vez, este será oficializado num encontro
que objetiva reunir ex-alunos para uma troca de conhecimentos, na forma de bate-papo, mesa-redonda, com descontração e muita experiência sendo repassada para os atuais alunos do Curso.
XVI JOFAR - JORNADA FARMACÊUTICA – UNISO
•
Coordenadora: Profa. Ma. Magali Glauzer Silva
•
•
•
•
•
CACIFAUS
Profa. Edilma Maria Albuquerque Vasconcelos
Profa. Sara de Jesus Oliveira
Profa. Yoko Oshima Franco
Profa. Magali Glauzer Silva APRESENTAÇÃO
Desde sua criação, o curso de Farmácia realiza anualmente sua Jornada Farmacêutica, um evento multiprofissional que objetiva aproximar os alunos do mercado de trabalho,
ampliando seus conhecimentos para as áreas de atuação e as novas tecnologias. A participação de convidados e empresas, com a organização do evento pelo Centro Acadêmico de
Farmácia (CACIFAUS) e colaboração dos professores, possibilitará que a XVI JOFAR, a ser
realizada conjuntamente com o EPIC, agregue ainda mais experiências e conhecimentos
novos, tanto do Curso e da profissão quanto da comunidade Uniso.
II ENCONTRO CIENTÍFICO DO CURSO DE FISIOTERAPIA – UNISO
•
Coordenadora: Prof.a. Ma. Aline Alcoforado dos Santos
•
Profa. Cristiane Rodrigues
45
•
•
•
•
Profa. Renata Puertas
Prof. Mateus Rossi
Profa. Amanda Bonilha
Profa. Ma. Aline Alcoforado dos Santos APRESENTAÇÃO
Iniciado na apresentação dos trabalhos de conclusão de curso da primeira turma da
Fisioterapia da Uniso, este encontro busca oferecer aos alunos uma oportunidade de apresentar para os outros alunos do Curso o seu trabalho final. Esse encontro demonstra ser
enriquecedor àqueles que apresentam o resultado de suas pesquisas e para todos os outros
alunos, por permitir conhecer os resultados e vivenciar como é uma apresentação de trabalho de conclusão.
I SIMPÓSIO REGIONAL DE TERAPIA OCUPACIONAL E II ENCONTRO DE EGRESSOS DO CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL DA UNISO
•
Coordenadora: Profa. Dra. Cíntia de Menezes Fernandes Bernal Comissão Organizadora
•
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Profa. Ana Paula dos Santos
Profa. Bruneta Rey
Profa. Cynara Ferreira Bernardes
Profa. Débora Felamingo Marinelli
Profa. Janaína Maria Ralo
Profa. Lílian de Fátima Zanoni Nogueira
Profa. Soraya Diniz Rosa
Profa. Cíntia de Menezes Fernandes Bernal APRESENTAÇÃO
O curso de Terapia Ocupacional da Uniso tem o compromisso de formar profissionais
generalistas, críticos e reflexivos, capazes de ingressar no mercado de trabalho e contribuir
ativamente para a ampliação da independência e autonomia da clientela atendida, nos diferentes ciclos de vida. Alinhado com essa proposta, o I Simpósio Regional de Terapia Ocupacional e o II Encontro de Egressos do Curso de Terapia Ocupacional pretendem oferecer aos
acadêmicos da Uniso, aos egressos do Curso e demais interessados, uma oportunidade de
atualização e debate a respeito da prática profissional na atualidade.
I ENCONTRO DA UNIVERSIDADE DA TERCEIRA IDADE - UNISO
•
Coordenadora: Profa. Ana Paula Santos
46
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Profa. Teresa Cristina Ferreira Camargo
Profa. Maria Virgilia Frota Guariglia
Profa. Edna Ivonne Holtz
Prof. Marcio José Pereira Camargo
Profa. Patrícia Vieira dos Santos
Profa. Camila Delcaro Ferreira
Profa. Aline Gasparini
Prof. João Henrique Machado Dias
Prof. Rômulo Cesar Mitidieri
Prof. Carlos Eduardo Xavier
Prof. Cadmo Fausto Cardoso
Prof. Rafael Bernardo Eisinger
Prof. Roberto Abdelnur Camargo
Prof. João Sampaio
Profa. Ana Paula Santos
APRESENTAÇÃO
A Uniso criou a Universidade da Terceira Idade tendo como principio básico a “educação
permanente ao longo da vida”, e, com o tempo, ela incorporou uma extensa variedade de cursos
de diversas áreas do conhecimento. Para melhor esclarecer sobre a importância deste programa
vinculado à Pró-Reitoria Acadêmica da Uniso, iremos promover um evento que reunirá alguns
dos professores da Universidade da Terceira Idade da Uniso para discutir e ampliar o conhecimento especififico de cada área, tendo como assunto norteador “A educação ao longo da vida”.
JORNADA DE PEDAGOGIA - 2015
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Coordenadora: Profa. Dra. Valdelice Borghi Ferreira Comissão Organizadora
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Profa. Albertina Paes Sarmento
Profa. Ana Paula P. R. Germanos
Profa. Catarina André Hand
Profa. Claudete Bolino
Prof. Edgar Domingo Albuquerque
Profa. Fatima Aparecida de Souza
Profa. Valdelice Borghi Ferreira – APRESENTAÇÃO
O curso de Pedagogia contribui para a formação de profissionais de Educação que atuam
em Sorocaba e Região, desde 1954. A JORNADA DE PEDAGOGIA - edição 2015 discutirá a
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temática “Formação de Professores dos Anos Iniciais e Práticas Pedagógicas”, no período de
03 a 05 de novembro. Tem por objetivo promover reflexões e debates em torno das práticas
pedagógicas, visando possibilitar a interlocução entre a Uniso e a Educação Básica, bem
como socializar conhecimentos produzidos no âmbito universitário.
ESPETÁCULO TEATRAL COM O GRUPO K-3
Câmpus Trujillo
Dia: 03/11/2015
Horário: 19h30min
Local: Salão Vermelho
Milton Jonas (centro) e Carlos de Almeida (esq.), em cena na peça “Smog”. Foto: Rafael
Eisinger
Sinopse da peça: “Smog” é um espetáculo de 60 minutos, com narrativa visual e música
de Nino Rota, focalizando a vida cotidiana nas cidades em meio à poluição do ar, da água e
do som. A montagem é do Grupo K-3, sob direção de Roberto Gill Camargo. As cenas são
interrompidas por noticiários do mundo todo falando sobre poluição e as conferências climáticas (COP).
Elenco: Carlos de Almeida, Clara Luz, Elizabete Dutra de Moraes Emygdio, Gustavo Henrique Longo Souza, Iracema Siqueira Olimpio, Ivanil Lozano Ramos, Márcio Pereira de Andrade Júnior, Moyses Liberatoscioli, Maria Dulce Garcia Mauricio, Milton Jonas Pereira
Martins, Neusa Bocarde e Vera Lúcia Ramires Criscuolo.
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SUMÁRIO
XVII ENCONTRO DE PESQUISADORES E INICIAÇÃO CIENTÍFICA (EPIC)
RESUMOS INICIAÇÃO CIENTÍFICA................................................................................... 51
Ciências da Saúde........................................................................................................................................ 53
Ciências Biológicas....................................................................................................................................117
Engenharias................................................................................................................................................... 137
Ciências Exatas e da Terra...................................................................................................................140
Ciências Sociais e Aplicadas...............................................................................................................171
Ciências Humanas....................................................................................................................................199
RESUMOS TRABALHOS DE GRADUAÇÃO.....................................................222
Ciências da Saúde......................................................................................................................................222
Ciências Biológicas...................................................................................................................................251
Ciências Agrárias.......................................................................................................................................255
Engenharias.................................................................................................................................................. 266
Ciências Exatas e da Terra...................................................................................................................287
Ciências Sociais e Aplicadas............................................................................................................. 298
Ciências Humanas....................................................................................................................................301
RESUMOS TRABALHOS PÓS-GRADUAÇÃO.................................................. 319
Ciências da Saúde......................................................................................................................................319
XIII ENCONTRO DE EXTENSÃO (ENEX) – Relatos de experiência............325
Comunicação................................................................................................................................................327
Cultura............................................................................................................................................................. 329
Educação.........................................................................................................................................................331
Trabalho ......................................................................................................................................................... 334
Saúde..................................................................................................................................................................337
I EDUCA AÇÃO – INICIAÇÃO À DOCÊNCIA.................................................349
Licenciatura em Matemática............................................................................................................. 350
Licenciatura em Química......................................................................................................................355
Licenciatura de Letras de letras (língua portuguesa).........................................................357
Licenciatura de Letras (língua inglesa)...................................................................................... 359
Licenciatura de História....................................................................................................................... 363
Licenciatura de Geografia...................................................................................................................366
Licenciatura de Pedagogia .................................................................................................................369
Licenciatura de Artes Visuais........................................................................................................... 370
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IV SEPED............................................................................................................. 371
Mestrado.............................................................................................................372
Linha de pesquisa: Cotidiano Escolar ..........................................................................................372
Linha de pesquisa: Educação Superior.........................................................................................374
Linha de pesquisa: História e Historiografia: Políticas e Práticas Escolares........375
Doutorado...........................................................................................................376
Linha de pesquisa: Cotidiano Escolar ..........................................................................................376
Linha de pesquisa: Educação Superior.........................................................................................379
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XVII ENCONTRO DE
PESQUISADORES E INICIAÇÃO
CIENTÍFICA (EPIC)
RESUMOS INICIAÇÃO CIENTÍFICA
ciências da saúde
PADRONIZAÇÃO DE FÁRMACO SOB O PARÂMETRO
DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR – PREPARAÇÃO
Biventer cervicis DE PINTAINHO
Améris Letícia Foramiglio,1 Adriana Carolina Werner,2 Natália Tribuiani,3
Edson Yoshida,4 Yoko Oshima Franco5
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Pontos de destaque
Pergunta da pesquisa: Testar o efeito farmacológico do fármaco dantrolene em uma
preparação nova, o biventer cervicis, sob o parâmetro da junção neuromuscular, que foi
implantada na respectiva linha de pesquisa.
Antecedentes: Sabe-se que o dantrolene é um fármaco antimuscarínico que inibe a contração muscular ao impedir a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático através do
bloqueio de seus canais, ao passo que a resposta contraturante em preparações biventer
cervicis de pintainho tem sido usada para estudar as ações de drogas agonistas nicotínicas,
para diferenciar entre bloqueadores neuromusculares despolarizantes e não despolarizantes e para diferenciar entre fármacos que agem pré ou pós-sinapticamente.
O que esta pesquisa acrescenta: Acrescenta a possibilidade de utilizar fármacos com mecanismo de ação já elucidados como ferramentas farmacológicas visando o esclarecimento
do mecanismo de ação de outras substâncias, como plantas e seus constituintes isolados,
cujo efeito final é conhecido, mas o mecanismo de ação ainda não foi esclarecido.
Limitações e pontos fortes: O ponto forte deste estudo foi a aquisição do equipamento em questão, que permitiu à respectiva linha de pesquisa agregar à preparação
nervo frênico-diafragma mais uma espécie animal, o pintainho, possibilitando, então,
a elucidação do(s) mecanismo(s) de ação de diferentes substâncias através de mais de
uma técnica sob o parâmetro da junção neuromuscular. Ao mesmo tempo, a limitação
do estudo foi a dificuldade de aprendizagem da técnica de isolamento da preparação
biventer cervicis, que é altamente sensível e delicada.
Palavras-chave: Dantrolene. Cloreto de Potássio. Acetilcolina. Biventer cervicis. Junção
neuromuscular.
Introdução
A preparação biventer cervicis de pintainho, utilizada neste estudo, pode ser útil em ensaios farmacológicos, principalmente para auxiliar nos estudos de mecanismos de ação de agentes tóxicos e fármacos. A
resposta contraturante de músculos multi-inervados, como no caso das aves, tem sido usada para estudar as
ações de drogas agonistas nicotínicas, para diferenciar entre bloqueadores neuromusculares despolarizantes e não despolarizantes e na diferenciação de fármacos que agem pré ou pós-sinapticamente (BOWMAN,
1964). O dantrolene, utilizado neste estudo, é um fármaco antimuscarínico bloqueia os canais de cálcio do
retículo sarcoplasmático, impedindo a contratura muscular. (RANG et al., 2012).
Objetivos
Este estudo teve como objetivo a padronização da concentração do fármaco dantrolene, segundo
avaliação do perfil miográfico em preparação biventer cervicis de pintainho.
Curso de Farmácia Universidade de Sorocaba – UNISO/ Sorocaba /SP; 2 Universidade de Sorocaba – UNISO/ Sorocaba/SP [email protected];
Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba/SP [email protected]; 4 Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas,
Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
1
3
Delineamento
Experimental com animais.
Método
Os pintainhos machos da linhagem HY-line W36, de 4 a 8 dias de idade, adquiridos pela Uniso de
avicultura devidamente cadastrada foram ambientados de acordo com as normas do CEUA/UFSCAR
(Parecer aprovado sob N. 040/2012) e mantidos em gaiolas abastecidas de água e ração ad libitum a
temperatura constante e ciclos de iluminação de 12/12 horas claro/escuro.
Os animais foram eutanasiados com halotano e, então, o músculo biventer cervicis cuidadosamente isolado foi suspenso em uma cuba de capacidade de 5 mL contendo solução nutritiva de Krebs,
aerada constantemente com carbogênio (95% O2/5% CO2) e mantida a 37 ºC. Aplicou-se uma tensão
correspondente a 1 g ao músculo, que foi estimulado por meio de eletrodos bipolares (estimulação de
campo). Antes e após cada protocolo experimental, registraram-se as contraturas em resposta à adição
de cloreto de potássio (KCl, 13,4 mM) e acetilcolina (ACh, 110 µM), na ausência de estimulação elétrica.
A condição controle foi realizada com solução nutritiva de Krebs.
Foram estabelecidos como protocolos experimentais respostas contraturantes de ACh e KCl, antes
e depois de cada experimento e curva dose-resposta do dantrolene.
Resultado
A Figura 1 apresenta o perfil miográfico desejado de aumento da amplitude da resposta contrátil,
no qual padronizaram-se as concentrações de KCl e ACh em 100 e 40 µL, respectivamente.
Figura 1 – Respostas contraturantes frente à adição exógena de KCl (∆) e ACh (•), antes e depois do
protocolo de 60 minutos (
).
Fonte: Elaboração própria.
Figura 2 – Respostas contraturantes frente à adição exógena de dantrolene após a adição de KCl (∆) e
ACh (•), realizando um protocolo de 60 minutos (
).
Na Figura 2 está representada a adição de dantrolene após o KCl e ACh terem sido adicionados na preparação nas concentrações padronizadas, realizando um protocolo de 60 minutos, sendo possível observar
que o dantrolene na concentração de 6 µg/mL diminuiu as respostas contráteis da preparação em cerca de 50%.
54
Discussão
O efeito facilitador também foi estudado em modelo biventer cervicis de pintainho, segundo descrito por Harvey e Marshall (2000), como sendo uma preparação multiplamente inervada, útil para
estudar o mecanismo pelo qual as drogas atuam na junção neuromuscular, uma vez que o músculo permanece em contratura durante o tempo que o agente despolarizante permanece ativando os receptores. Sabe-se que o músculo biventer cervicis contém uma mistura de fibras (focalmente inervados por
drogas que atuam a nível pré-sináptico, alterando a libertação de ACh a partir dos terminais nervosos,
quer reduzindo ou aumentando as respostas à estimulação do nervo), enquanto a adição de agonistas
resulta em respostas contráteis das fibras se multiplamente inervadas (através da qual as respostas
a agonistas adicionados permanecem inalteradas, no caso de fármacos pré-sinápticos). A busca por
substâncias que possam facilitar a neurotransmissão é desejável, uma vez que abre inúmeras possibilidades de aplicação clínica em doenças neuromusculares (WERNER et al., 2014).
O presente estudo forneceu evidências de modo a elucidar o efeito facilitador primeiramente descrito por Oshima-Franco et al. (2005), cujos experimentos aqui desenvolvidos tiveram fundamental
importância na síntese do artigo intitulado “The facilitatory effect of Casearia sylvestris Sw. fractions
on the function of mammalian and avian skeletomotor apparatus” (WERNER, et al., 2014).
Conclusão
Estabeleceu-se as seguintes concentrações para a manutenção do músculo na preparação biventer cervicis de pintainho: 100 µL de KCl e 40 µL de ACh, ao constatar que a preparação se manteve
funcionante externamente ao seu meio biológico. O dantrolene, na concentração de 6 µg/mL, inibiu
as respostas contráteis em torno de 50% em 60 minutos, podendo, desse modo, ser aplicado como ferramenta farmacológica para a técnica do biventer cervicis de pintainho, pois obteve resposta esperada
quanto à inibição das respostas contráteis.
Contribuição dos Autores
ALF – execução da parte experimental, coleta dos dados e redação do artigo. ACW – execução da
parte experimental e coleta dos dados. NT – execução da parte experimental, coleta dos dados e redação do artigo. EY – execução da parte experimental e coleta dos dados. YOF – execução da parte experimental, revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação da versão final a ser publicada.
Fontes de Financiamento
CNPq e Fapesp. Fapesp (2012/08271-0).
Referências
BOWMAN, W. C. Neuromuscular blocking agents. In: LAURENCE, D. R.; BACHARACH, A. L. Evaluation
of drugs acivities: pharmacometrics. London: Academic Press. 1964.
HARVEY, A. L.; MARSHALL, I. G. Skeletal muscle. In: STURKIE’S Avian Physiology, 2000. p. 123-139
OSHIMA-FRANCO, Y. et al. Neutralization of the neuromuscular activity of bothropstoxin-I, a myotoxin
from Bothrops jararacussu snake venom, by a hydroalcoholic extract of Casearia sylvestris Sw. (Guaçatonga). Journal of Venomous Animals and Toxins Including Tropical Diseases, v. 11, n. 4, p. 465-478, 2005.
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
WERNER, A. C. et al. The facilitatory effect of Casearia sylvestris Sw. fractions on the function of
mammalian and avian skeletomotor apparatus. In: DRUG Discovery and Therapy World Congress.
2014. p. 132
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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS HORMONAIS DE RATAS
GESTANTES EXPOSTAS AO EXTRATO
HIDROALCOÓLICO DE Caesalpinia ferrea Mart.
(Libidibia ferrea)
Angela Faustino Jozala;1 Marli Gerenutti2
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Pontos de destaque
Pergunta da pesquisa: Haverá efeitos nos níveis hormonais das ratas após a exposição ao
extrato hidroalcoólico de cascas e sementes de Caesalpinia ferrea (Libidibia ferrea)?
Antecedentes: A espécie vegetal Caesalpinia ferrea é utilizada no tratamento de feridas, como cicatrizante, no tratamento de úlceras e apresenta potencial analgésico
e anti-inflamatório. É uma droga constante do RENISUS e apresenta poucos estudos
toxicológicos e farmacológicos.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo atual acrescenta dados nos niveis hormonais de manutenção a gestação de ratas.
Limitações e pontos fortes: garantir a segurança no uso de compostos bioativos torna-se, às vezes, mais necessária do que a própria utilização farmacológica, principalmente em vista dos aspectos culturais no emprego de determinados compostos. Uma
das principais limitações deste estudo é a necessidade de repetição dos ensaios e comparação a Kit de elisa destinado a animais
Palavras-chave: Caesalpinia ferrea. Dosagens hormonais. Gestação. Farmacologia perinatal.
Introdução
A Caesalpinia ferrea Mart. (Caesalpinia ferrea Martus ex. Tulasne var. leiostachya Benth; sinonímia botânica: Libidibia férrea) pertence à Família das Leguminosae (Fabaceae Lind.), e à Subfamília:
Caesalpinioideae. A Caesalpinia ferrea Mart também conhecida como jucá é utilizada na medicina
popular em todo Brasil. Entre seus potenciais farmacológicos podem ser citados: atividades cicatrizante, hipoglicemiante e principalmente tratamento de doenças crônicas (PIO CORREA, 1984; BACCHI;
SERTIÉ, 1994; CAVALHEIRO et al., 2009). Por esta razão, torna-se importante realizar estudos de toxicidade reprodutiva revelam eventuais efeitos de uma ou mais substâncias ativas na reprodução de
mamíferos, por isso investigações e interpretações dos resultados sempre devem ser relacionadas a
outros dados farmacológicos e toxicológicos disponíveis.
Objetivos
O presente estudo busca avaliar os efeitos maternos da exposição ao extrato hidroalcoólico de
cascas de Caesalpinia ferrea (Libidibia ferrea) considerando-se os níveis hormonais das ratas.
Delineamento
Método
O extrato hidroalcoólico reconstituído da Caesalpinia ferrea Mart. foi administrado às fêmeas
prenhes dos dois grupos experimentais, nas doses de (1,0mg/Kg/dia – casca: GCAS) e (1,0mg/Kg/dia
– semente: GSEM) do primeiro ao vigésimo dia de gestação. O grupo controle (GC) recebeu solução
salina a 0,9%. A exposição materna foi avaliada, até o presente momento, através do ganho de peso do
Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP; 2Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
1
56
1º ao 20o dias de prenhez (GERENUTTI et al., 2008) e hemograma completo (SX-1000, Roche®). A avaliação hormonal plasmática de prolactina, de estradiol e de progesterona foi realizadas através dos Kits
(Merck - Elisa Kit) utilizando o leitor de microplacas (Infinite M200 PRO, TECAN®). Para análise dos
resultados foi utilizado o nível de significância entre 1 e 5%. O teste de Bartlet foi usado para avaliar a
homocedasticidade dos dados; a análise de variância Anova para dados paramétricos, seguida do teste
Tukey-Kramer para comparações múltiplas em todos os experimentos realizados.
Resultado
O grupo tratado com sementes apresentou uma diminuição na contagem de plaquetas, quando
comparado ao grupo controle (F= 15.141, p<0.01) e ao grupo tratado com cascas (F= 15.141, p<0.001). A série branca apresentou alteração na contagem de eosinófilos, sendo que o grupo tratado com o extrato
das sementes teve um aumento em relação ao grupo controle (F= 6.462, p<0.05) e em relação ao grupo
experimental tratado com o extrato das cascas (F=6.462, p<0.05). Em relação aos níveis hormonais avaliados, prolactina, estradiol e progesterona, não foram observadas diferenças nos níveis séricos entre o
grupo controle entre os grupos experimentais.
Discussão
Embora, não obtivemos alteração na contagem de leucócitos (6,59 ± 0,85 – GC, 7,31 ± 2,17 – GCas e
8,66 ± 3,37 – GSem), Freitas et al., (2012) em um ensaio anti-inflamatório (peritonite induzida por carragenina), encontraram uma diminuição de leucócitos em camundongos fêmeas tratadas com extrato
bruto e com uma fração parcialmente purificada de vagens de Caesalpinia ferrea na dose de 100 mg/
kg, indicando um efeito anti-inflamatório.
Em outro estudo realizado com ratos Wistar, Pereira et al., (2011) encontraram atividade anti-inflamatória de extratos e frações de polissacarídeos de vagens de Caesalpinia ferrea em edema induzido
por carragenina, além disso encontraram também uma diminuição significativa no número de linfócitos (22,14 ± 2,19 – Salina, 2,33 ± 0,55 – Caesalpinia ferrea) e aumento no número de monócitos (2 57
± 0 48 – Salina, 73 5 ± 2,41 – Caesalpinia ferrea) no grupo tratado com a fração de polissacarídeos de
Caesalpinia ferrea, o que não foi encontrado em nosso estudo. Os autores não encontraram alteração
no número de plaquetas e eosinófilos.
Diversos autores relatam que a detecção da prolactina e o estradiol estão relacionadas com a estimulação do processo de ovulação, implantação e desenvolvimento placentário, além do estimulo a
produção de progesterona, hormônio mantenedor da prenhes (NISWENDER et al., 2000; PERKS et
al., 2003; TRIVEDI; RANI; KUMAE, 2004). Sendo assim, esperava-se que não houvesse perdas pós
-implantação no grupos tratado com o extrato de sementes, pois os níveis de progesterona foram os
mesmos 15 ng/mL para todos os grupos experimentais.
Conclusão
Os resultados obtidos indicaram que os extratos das cascas e das sementes de Caesalpinia ferrea,
nas doses estudas, não promoveu alterações no ganho de peso das gestantes, nas perdas pós-implantações, na vitalidade e no peso de fetos, indicando que esta droga vegetal não interfere com a capacidade
reprodutiva dos animais. Os níveis hormonais (progesterona, prolactina e estradiol) não apresentaram
diferenças nos níveis séricos entre o grupo controle entre os grupos experimentais, mesmo assim foi
observada a perda pós-implantação, corroborando com uma provável toxicicidade materna do extrato
de sementes de Caesalpinia ferrea.
Agradecimento
Agradecemos à Universidade de Sorocaba, ao Laboratório de Pesquisas Toxicológicas (LAPETOX) e a
Thaisa Pickler treinamento na utilização de kits específicos para ELISA.
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AFJ: autora, execução da parte experimental, interpretação dos resultados e redação do relatório.
MG.: concepção do projeto, orientação e análise estatística.
PROBIC - UNISO, Programa IC UNISO e FINEP.
Referências
BACCHI, E. M.; SERTIÉ, J. A. Antiulcer action of Styrax camporum and Caesalpinia ferrea in rats.
Planta Medica, v. 60, p. 119-120,1994.
CAVALHEIRO, M. G.; FARIAS, D. F.; FERNANDES, G. S. et al. Biological and enzymatic activities of
aqueous extract of seeds from Caesalpinia ferrea Mart., Leguminosae. Revista Brasiliera de Farmacognosia. v. 19, p. 586-591, 2009.
FREITAS, A. C.; XIMENES, N. C.; AGUIAR, J. S. et al. Biological activities of Libidibia (Caesalpinia)
ferrea var. parvifolia (Mart. ex Tul.) L P. Quieroz pod preparations. Evidence-Based Complementary
and Alternative Medicine, v. 2012, p. 1-7, 2012.
GERENUTTI, M.; ROLLO, A. F. P.; GLAUZER, M. et al. The effect of cecropia glazioui snethlage on the
physical and neurobehavioral development of rats. Pharmazie, v. 63, p. 388-401, 2008.
NISWENDER, G. D.; JUENGEL, J. L.; SILVA, P. J. et al. Mechanisms controlling the function and life
span of the corpus luteum. Physiological Reviews, v. 80, p. 1-29, 2000.
PEREIRA, L. P.; SILVA, R. O.; BRINGEL, P. H. S. F. et al. Polysaccharide fractions of Caesalpinia ferrea
pods: potencial anti-inflammatory usage. Journal of Ethnopharmacology, v. 139, p. 642-648, 2011.
PERKS, C. M.; NEWCOMB, P. V.; GROHMANN, M. et al. Prolactin acts as a potent survival factor against
C2-ceramide-induced apoptosis in human granulosa cells. Human Reproduction, v. 18, p. 2672-2677, 2003.
PIO CORREA, M. Dicionário de plantas úteis do Brasil e exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional IBDF, 1984.
TRIVEDI, A. K.; RANI, S.; KUMAR, V. Melatonin blocks inhibitory effects of prolactin on photoperiodic induction of gain in body mass, testicular growth and feather regeneration in the migratory male
redheaded bunting (Emberiza bruniceps). Reproductive Biology and Endocrinology, v. 2, p. 79, 2004.
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INFLUÊNCIA DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO NO
GRAU DE DESACETILAÇÃO DA QUITOSANA
Bruna Aparecida Coutinho Fogaça1, Marcia de Araujo Rebelo2, Marco Vinícius Chaud3
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Pontos de destaque
Pergunta da pesquisa: Qual é o melhor reagente alcalino para a desacetilação da quitosana comercial.
Antecedentes: A quitosana é um importante composto devido sua ampla atividade
antimicrobiana que associada a outros fatores, a torna particularmente interessante
para diversas aplicações. A versatilidade de uso da QTS confere a esse biopolímero
aplicações na área farmacêutica, agrícola, biotecnológica, cosmética e ambiente.
O que esta pesquisa acrescenta: Esse estudo acrescenta primordialmente na resposta
de qual reagente alcalino deve ser usado para a desacetilação da quitosana comercial
para uma maior viabilidade e padronização de processo.
Limitações e pontos fortes: Os pontos mais relevantes da pesquisa é a variação do rendimento da quitosana entre um método e outro e o alto grau de desacetilação encontrada nas
purificações com o hidróxido de amônio. E a grande limitação é o tempo necessário para a
purificação da quitosana que leva em média 5 horas para cada membrana.
Introdução
A Quitosana por ser um polímero natural, apresenta importantes propriedades estruturais e
funcionais, tais como biodegradabilidade, biocompatibilidade, ação quelante, bioatividade, atoxicidade. A quitosana é obtida de fontes renováveis, pela desacetilação da quitina extraída do
exoesqueleto de crustáceos e insetos. Na área farmacêutica, a quitosana se destaca como polímero
biocompatível muito utilizados na obtenção de curativos podendo ser combinados entre si e com
outros compostos ativos para a cura de lesões.
Objetivos
Otimizar e padronizar o processo de desacetilação da quitosana para a forma neutra aplicando dois
métodos distintos.
Delineamento
Experimental com materiais, aparelhos, medidas.
Método
A desacetilação da quitosana foi obtida por dois métodos diferentes para cada reagente alcalino. A quitosana foi dispersa em ácido acético 1% (v/v), purificada com hidróxido de amônio (NH4OH) concentrado
ou hidróxido de sódio 3 N (NaOH) e seca em temperatura ambiente. O tempo de reação do alcalinizante
com a dispersão de quitosana foi avaliado pelo grau de desacetilação. O rendimento da quitosana desacetilada foi obtido por gravimetria. O grau de desacetilação foi determinado por titulação potenciométrica. Os
grupamentos químicos foram analisados por espectroscopia infravermelho com transformada de Fourier.
As determinações do grau de significância das diferenças entre as massas de quitosana purificada e do
grau de desacetilação expressos em média e desvio padrão (n=3) foram realizadas por análise de variância
(ANOVA) seguido de Tukey com um intervalo de confiança estabelecido para 95% (p<0,05).
1
Engenharia Química, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Universidade de Sorocaba - UNISO/Sorocaba/SP [email protected], 3
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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Resultado
A purificação da quitosana com NaOH pelo método 1 foi apresentou maior rendimento em massa
e variou entre 0,4466-0,3012 g para os diferentes volumes de alcalinizantes utilizados. Não há diferença
estatística significativa (p< 0,05) no teor de impureza uma vez que a concentração de quitosana (0,33%m/v)
nos dois métodos foi a mesma. A quitosana purificada com 115 mL de NH4OH foi a que apresentou maior
Grau de desacetilação (92%) e não ocorreu diferença estatística significativa (p>0,05) entre os métodos 1 e
2. A figura 1 mostra o diferente grau de desacetilação pelos diferentes métodos e reagentes. A quitosana e
as quitosanas purificadas pelos métodos 1 e 2 com NH4OH apresentam picos característicos em 1419-1431
cm-1 (-CN amida) e 1643-1671 cm-1 (C=O), os picos referente a polissacarídeos, -NH, -CH3 e -CN amino e
–OH não foram observados. A quitosana purificadas pelos métodos 1 e 2 com NaOH 3 N apresentam picos
característicos em 890 cm-1 (polissacarídeo), 1308-1380 cm-1 (-CN amino), 1429-1431 cm-1 (-CN amida),
1643-1671 cm-1 (C=O) e 3440-3480 cm-1 (-OH) e os picos referente a -NH e -CH3 estão ausentes. A figura 2
mostra diferença entre os métodos e a figura 3 mostra os picos característicos.
Figura 1 – Grau de desacetilação da QTS purificada pelos Métodos 1 e 2 com diferentes volumes
de NH4OH e NaOH. Letras iguais indicam que não há diferença significativa entre as médias dos
valores (p<0,05) (n=3)
Figura 2 – Rendimento (g) da massa de QTS purificada pelos Métodos 1 e 2 com diferentes volumes
de NH4OH concentrado ou NaOH 3 N
60
Figura 3 – Espectros de IV-FT da QTS (I), das QTS purificadas pelo Método 1 (II a-b e e-f) com
295 mL (a), 230 mL (b), 175 mL (c), 115 mL (d) de NH4OH concentrado e 100 mL (e), 90 mL (f), 80 mL
(g), 70 mL (h) de NaOH 3 N e pelo Método 2 (III a-b e e-f) com 295 mL (a), 230 mL (b), 175 mL (c) e
115 mL (d) de NH4OH 100 mL (e), 90 mL (f), 80 mL (g), 70 mL (h) de NaOH 3 N
Discussão
Neste estudo foram utilizadas dois tipos de agentes alcalinizante, NH4OH concentrado e NaOH
3N, sendo que as reações entre os cátions (NH3+) da quitosana dispersos na solução de ácido acético 1% (v/v) formaram um precipitado com os ânions (-OH) das bases utilizadas. O NaOH é uma
base forte, e neste estudo foi utilizada uma solução concentrada (3N), desta forma, o soluto se dissocia completamente, liberando íons de sódio (Na+) e OH- no meio reacional. O NH4OH é uma
base fraca, se dissocia pouco, restando muito da forma molecular, NH4OH, na solução (RUSSELL,
1994).Na Figura 1 é possível observar que o rendimento em massa de quitosana foi maior quando
foi utilizado o NaOH 3 N, esse resultado indica que a força da base utilizada pode influenciar a reação de neutralização e, consequentemente, aumentar a quantidade de quitosana precipitada no meio.
Os rendimentos em massa de quitosana purificada com NaOH 3N (Figura 1) foi maior para o Método 1 que para o Método 2, isso sugere que o tempo da reação de neutralização da QTS influencia na
quantidade de massa formada durante a precipitação do biopolímero quando utiliza uma base forte.
Campana-Filho, Delezuk e Cardoso (2002) observaram que em condições severas de reação, tais como
uso de soluções alcalinas concentradas por tempos prolongados podem provocar a degradação das
cadeias poliméricas. Em contrapartida, o tempo de reação maior beneficiou a dissociação dos íons
OH- presentes na solução de NH4OH.
61
Conclusão
De acordo com os resultados obtidos é possível concluir que a QTS desacetilada com o hidróxido
de amônio é mais viável quando a aplicação necessita de uma QTS com alto grau de desacetilação que
não será utilizada em tecido humano, por conta do hidróxido de amônio ser um composto altamente
alergênico a mucosa. Quando o assunto é rendimento, as purificações com hidróxido de sódio são
muito mais rendáveis, o que facilita muito no processo de filtração.Foi possível observar também que
o rendimento diretamente ligado ao volume de alcalino adicionado na solução, porém quando se trata
do alcalino hidróxido de sódio isso reflete um ponto negativo pois os maiores volumes de hidróxido de
sódio acabaram degradando a cadeia polimérica da QTS.
Agradecimento
LaBNUS/ Universidade de Sorocaba.
Contribuição dos autores
Coordenação do projeto, Planejamento e Execução da metodologia, Interpretação de resultados,
Redação do trabalho.
Bolsa IC: PIBIC-CNPq. Recurso financeiro: Fapesp. FAPESP (2011/21219-5).
Referências
CAMPANA-FILHO, S. P.; DELEZUK, J. A. M.; CARDOSO, M. B. Desacetilação assistida por irradiação
de ultrassom de alta intensidade: Uma nova tecnologia para produção de quitosana. Revista Processos Químicos, jan/jun, 2002.
RUSSELL, John B. Química geral. São Paulo: Pearson Education do Brasil; Makron Books, 1994. v.1.
62
NÍVEIS SÉRICOS DE GLICOSE E PERFIL LIPÍDICO
EM RATOS ALIMENTADOS COM DIETA HIPERCALÓRICA E EXPOSTOS AO Lentinula edodes (SHIITAKE)
Bruna Giovanna Corrêa Chrispim de Oliveira1, Denise Grotto2, Fernanda
Gomes Leite3, Sara Rosicler Vieira Spim4
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: o consumo diário de uma dose habitual (moderada) do cogumelo Lentinula edodes poderia minimizar os efeitos metabólicos decorrentes da alimentação hipercalórica? Entendendo-se por efeitos metabólicos colesterol, triglicerídeos e glicose aumentados.
Antecedentes: o Lentinula edodes apresenta diversas propriedades como alto teor de vitaminas e baixo teor de lipídeos, além de ser rico em minerais. Dentre suas inúmeras propriedades nutricionais, este é retratado como antilipidêmico,entretanto os estudos presentes
na literatura foram desenvolvidos empregando altas doses, não condizentes com o consumo humano, nem mesmo dos maiores apreciadores deste cogumelo quesão os asiáticos,
população que ingere cerca de 10 kg/habitante/ano. (cerca de 1 a 2% do total da dieta).
O que esta pesquisa acrescenta: diante de estudos presentes na literatura, utilizando doses do Lentinula edodes não compatíveis ao nosso consumo, o presente estudo acrescenta
resultados obtidos através de experimentos desenvolvidos com doses moderadas de shiitake,ou seja, doses capazes de serem incluídas na dieta humana. Este estudo demonstra
efeitos positivos do shiitake sobre os níveis glicídicos e no perfil lipídico, com o intuito de
busca de propriedades antiobesogênica e redutora de colesterol, sendo possível que o shiitake futuramente possa ser incluído na classe dos alimentos nutracêuticos.
Limitações pontos fortes: como pontos fortes, temos a utilização de um produto natural para auxiliar nas desordens metabólicas além de ser um alimento que vem sendo bastante apreciado, com inúmeros benefícios como aumento do nível de HDL sanguíneo.
Como limitações, temos as dificuldades em trabalhar com animais, pois há variabilidade dentro do próprio grupo de animais, fato observado no desvio padrão encontrado.
Palavras-chave: Shiitake. Perfil lipídico. Glicose. Obesidade.
Introdução
Países como Brasil, México, Argentina, Peru, Colômbia, Bolívia e Guatemala vêm apresentando crescimento nos índices de pessoas com sobrepeso e obesidade. (STUNKARD, 2000; POPKIN,1998; WHO,1997).
Os hábitos alimentares das pessoas sofreram grandes alterações devido às facilidades do mundo atual.
Vem ocorrendo tanto uma produção de alimentos com maior densidade energética, com quantidade
excessiva de lipídios e carboidratos, conhecidos como “fastfood” ou dieta “ocidentalizada”, e também
maior consumo de alimentos (MENDONÇA; ANJOS, 2004). Em busca de alimentos que pudessem interferir na obesidade, além de outras doenças, reduzindo seu índice, os alimentos nutracêuticos ganharam espaço, pois contribuem nas atividades fisiológicas e metabólicas, prevenindo e diminuindo o risco
de inúmeras doenças. (TONATO, 2007). Os cogumelos são fontes de diversas vitaminas, além de serem
excelentes fontes de proteínas, conterem baixo valor calórico, e apresentarem características nutricionais (BREENE, 1990; MANZI et al., 2001, MENDIL, et al., 2004). São também muito conhecidos e con1 Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba
- UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 3Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP fernanda.gleite@hotmail.
com, 4Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
63
sumidos devido ao baixo teor de gordura e alto teor de fibras. (MANZI et al., 2001; YANG et al., 2002).
Ao revisar a bibliografia, é notável que em relação as suas inúmeras propriedades farmacológicas,
o fato de apresentar atividades hipolipidêmica e hipoglicêmica foi o que mais se destacou, relacionando-se ao problema da obesidade, os cogumelos são capazes de apresentar tais funções devido a
presença de lentinacina, ß-glucanas, que têm mostrado efeito hipocolesterolêmico e a ingestão de fibra alimentar pode afetar as concentrações de lipídios pela formação de géis viscosos a partir de fibra solúvel, contribuindo na não absorção do colesterol e triglicerol (GUILLAMÓN et al., 2010).
Estudos experimentais que promovem a obesidade em roedores pela ingestão da dieta hipercalórica intencionados a demonstrar o comportamento nutricional humano e demonstrar os hábitos alimentares, atualmente estão sendo realizados (CESARETTI; KOHLMANN JUNIOR, 2006; DINIZ et al., 2008; DUARTE et
al., 2006; ESTADELLA et al, 2004; PRADA et al., 2005).
Objetivos
Avaliar se o consumo diário de shiitake diminui os níveis glicídicos sanguíneos, e age positivamente sobre o perfil lipídico de ratos expostos à dieta hipercalórica, diminuindo níveis de triglicerídeo
e colesterol.
Delineamento
Método
Foram utilizados ratos machos Wistar, sob aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade de Sorocaba, sob o protocolo de número 008/2012, que foram divididos em três grupos (n = 6
animais/grupo): controle, dieta hipercalórica (60% de gordura) e dieta hipercalórica + shiitake 100 mg/kg.Os
animais foram tratados por 30 dias, após o tratamento foi coletado sangue dos animais, utilizado para análises de glicose, triglicerídeos, colesterol total e frações(HDL,LDL) com kits comerciais.Os dados foram expressos como média ± desvio padrão. Aplicou-se o teste ANOVA uma via e o teste de seguimento Duncan,
para verificar diferenças entre os grupos. Valores de p<0.05 foram considerados significantes.
Resultado
Os resultados obtidos estão representados na tabela 1. Podemos observar a ação positiva do shiitake nos índices de colesterol total, triglicerídeos e glicose que foram reduzidos por este. Porém, na concentração de HDL o cogumelo contribui para sua elevação, fato positivo já que o HDL é considerado o
“colesterol bom”. O shiitake não teve influência sobre os índices de LDL.
CT
Controle
72,22±6,77
Dieta hipercalórica 77,30±5,71*
Dieta Hi + Shiitake 72,11±4,93
Triglicérides
HDL
LDL
Glicose
89,95±23,69
107,34±24,70
66,67±17,0
34,24±4,14
35,92±3,96
42,04±4,91*
18,01±7,34
18,40±4,33
15,96±7,93
252,8±52,1
286,9±90,2
194,6±51,7*
Discussão
Há alguns estudos presentes na literatura com o mesmo objetivo deste, porém os estudos já feitos empregaram doses extremamente altas (5,10 e 20%) (YANG et al. 2013).O presente estudo empregou doses de
shiitake muito menores, entretanto condizentes com o consumo humano, e os resultados demostraram que
o shiitake contribuiu para a diminuição dos níveis de triglicerídeos, e colesterol total, fato semelhante aos
outros estudos que empregaram altas doses do cogumelo. Também houve diminuição nos níveis de glicose. Nos níveis de HDL, neste estudo o Lentinula edodes contribuiu para o seu aumento, resultado contrário
aos experimentos presentes na literatura, porém acho muito importante já que o HDL é tido popularmente
como o “colesterol bom”. Já nos níveis de LDL, o shiitake não apresentou alterações, diferente dos estudos
presentes na bibliografia (YANG et al., 2013).
64
Conclusão
Através dos resultados obtidos neste estudo, conclui-se que o Lentinula edodes em doses moderadas foi capaz de reduzir níveis de glicose, além de agir positivamente sobre os níveis de colesterol total
e triglicerídeos diminuindo-os, embora fosse consumido junto à dieta hipercalórica.
Agradecimento
Agradecemos ao Laboratório de pesquisa toxicológica (LAPETOX), à Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (FAPESP) e ao Programa de Iniciação Científica da Universidade de Sorocaba.
DG: concepção do projeto, coordenação, análise estatística, interpretação dos dados e correção final do artigo.
FGL: auxílio na execução da parte experimental (tratamento dos animais e análise dos marcadores bioquímicos),
organização dos dados e redação do artigo. SRVS: mestranda que auxiliou na co-orientação do projeto execução
da parte experimental (tratamento dos animais e análise dos marcadores bioquímicos), e organização dos dados.
Todos os coautores auxiliaram também na redação de dois trabalhos enviados para congresso internacional.
FAPESP (processo 2013/05765-5), Programa de Iniciação Científica Uniso.
Referências
BREENE, W. Nutritional and medicinal value of speciality mushroom. Journal of Food Products, v. 53,
n. 10, p. 883-894, 1990.
CESARETTI, M. L. R.; KOHLMANN JUNIOR, O. Modelos experimentais de resistência à insulina e obesidade: lições aprendidas. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia & Metabolismo, v. 50, n. 2, p. 190-197, 2006.
DINIZ, Y. S et al., Diet compounds, glycemic index and obesity-related cardiac effects.
International Journal of Cardiology, v. 124 n. 1, p. 92-99, 2008.
DUARTE, A. C. G. O. et al. Dieta hiperlipídica e capacidade secretória de insulin em ratos. Revista de
Nutrição, v. 19, n. 3, p. 341-348, 2006.
ESTADELLA, D. et al. Effect os paratable hyperlipidemic diet on lipid metabolism of sedentary and
exercised rats. Nutrition, v. 20, p. 218-224, 2004.
GUILLAMÓN, E. et al. Edible mushrooms: role in the prevention of cardiovascular diseases. Fitoterapia, v. 81, p. 715–723, 2010.
MANZI, P. et al. Nutritional value of mushrooms widely consumed in Italy. Food and
Chemistry, v. 73, p. 321-325, 2001.
MENDIL, D. et al. Determination of trace elements on some wild edible mushroom samples from Kastamonu, Turkey. Food and Chemistry, v. 88, p. 281–285, 2004.
MENDONÇA, C. P.; ANJOS, L. A. Aspectos das práticas alimentares e da atividade física como determinantes do crescimento do sobrepeso/obesidade no Brasil. Caderno Saúde Pública, São Paulo, v. 20,
n. 3, p. 698-709, 2004.
POPKIN, B. The obesity epidemic is a worldwide phenomenon. Nutrition Reviews, v. 56, n. 4, p. 106-114, 1998.
PRADA, P. O, et al. Western diet modulates insulin signaling. Endocrinology, v. 146, n. 3, p. 1576-1587, 2005.
STUNKARD, A. J. Fatores determinants de la obesidad: opinion actual. In: PENA,
M; BACALLO, J. La obesidad en la pobreza: um nuevo reto para la salud publica.
Washington: OPAS, 2000. p. 27-32 (Publicación Científica, 576).
TONATO, C. Saúde alimentar. Einsten: educ. Contin. Saúde, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 97-99, 2007.
WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic. In: REPORT of WHO Consultation on
Obesity. Geneva: World Heallth Organization, 1997.
YANG, H. U. Y., et al. Lentinus edodes promotes fat removal in hypercholesterolemic mice. Experimental and Therapeutic Medicine, v. 6, p. 1409-1413, 2013.
65
TENDÊNCIAS NA VENDA DE COMBINAÇÕES EM
DOSE FIXA CONTENDO ANTIBACTERIANOS EM
FARMÁCIAS E DROGARIAS NO BRASIL
Caio Vieira Alcantara1, Caroline Aparecida Foramiglio2, João Leopoldo Oliveira Araújo3, Fernando de Sá Del Fiol4, Silvio Barberato-Filho5
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Como evoluiu, no Brasil, a venda de combinações em dose fixa
contendo antimicrobianos após a implantação, pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, de novas medidas de controle desses medicamentos?
Antecedentes: Vários países têm estabelecido legislações com a finalidade de controlar a venda e o uso de antimicrobianos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária estabeleceu, em 26 de outubro de 2010, novas medidas de controle de antimicrobianos, passando a exigir a retenção da receita médica e a inclusão de antimicrobianos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados.
O que esta pesquisa acrescenta: Este trabalho confirmou a efetividade do controle de
antimicrobianos instituído pela RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010. No primeiro ano
de vigência, 9 entre 13 combinações em dose fixa analisadas apresentaram redução do
número de unidades vendidas em farmácias e drogarias. Quatro anos depois, 8 dessas
9 combinações ainda apresentavam média mensal de unidades vendidas inferior àquela observada em 2010.
Limitações e pontos fortes: Entre os pontos fortes deste estudo pode-se destacar a extensão do período de acompanhamento do novo controle de antimicrobianos (quatro anos),
e o foco nas combinações em dose fixa, que torna este estudo inédito no país. A principal
limitação pode ter sido restringir o acompanhamento às combinações em dose fixa com
maior participação no mercado brasileiro, uma vez que as demais combinações podem
incluir medicamentos com perfil de vendas diferente daqueles identificados nesse estudo.
Palavras-chave: Política de saúde. Legislação de medicamentos. Assistência farmacêutica.
Antimicrobianos. Uso racional de medicamentos.
Introdução
O uso abusivo de antimicrobianos tem resultado no aparecimento, cada vez mais frequente, de cepas
resistentes a estes medicamentos. Entre as estratégias propostas para racionalizar o uso de antimicrobianos
está a necessidade de políticas locais mais austeras para a venda e acesso aos antimicrobianos (SMITH;
COAST, 2002). No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabeleceu, em 26 de outubro de
2010, novas medidas de controle de antimicrobianos, passando a exigir a retenção da receita médica e a
inclusão de antimicrobianos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (BRASIL, 2010).
Objetivo
Acompanhar o comércio de combinações em dose fixa contendo antibacterianos no Brasil, após a
implementação do novo controle de medicamentos antimicrobianos (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010).
1
Programa de Pós-Graduação em Farmácia Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, e-mail: [email protected], 2Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 3Programa de Pós-Graduação Stricto sensu
em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba. [email protected], 4Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências
Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP Fernando de Sa Del Fiol [email protected], 5Programa de Pós-Graduação
Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidad de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, e-mail: [email protected]
66
Delineamento de estudo
Estudo observacional, longitudinal, descritivo, do comércio de combinações em dose fixa contendo
antibacterianos em farmácias e drogarias no Brasil.
Método
Foram analisadas informações acerca do comércio de combinações em dose fixa contendo antibacterianos em farmácias e drogarias do Brasil, no período entre 01 de fevereiro de 2010 e 31 de dezembro
de 2014 (58 meses). As informações entre 01 de fevereiro de 2010 e 27 de novembro de 2010 referem-se
ao período que antecedeu a implantação do controle. Os dados foram obtidos a partir dos relatórios
da consultoria de mercado farmacêutico IMS Health. Com base no estudo de Bergman et al. (1998)
foram identificadas as combinações em dose fixa contendo antibacterianos, que acumulavam 90% do
mercado de combinações em dose fixa contendo antibacterianos no Brasil.
Resultados
Treze combinações em dose fixa foram selecionadas para o estudo com base no volume de vendas
de cada medicamento. A Tabela 1 apresenta as combinações em dose fixa selecionadas.
Tabela 1 – Combinações em dose fixa contendo antibacterianos, selecionadas para o estudo.
Percentual de mercado no
Brasil
Percentual de mercado
acumulado
Bacitracina + neomicina
24%
24%
Sulfametoxazol + trimetoprima
21%
45%
Amoxicilina + ácido clavulânico
20%
65%
Cloranfenicol + deoxirribonuclease +
plasmina
5%
70%
Cloranfenicol + lidocaína
4%
74%
Acetonido de fluocinolona + lidocaína +
neomicina + polimixina B
3%
77%
Oxitetraciclina + polimixina B
3%
80%
Aminoácidos + cloranfenicol + metionina
+ retinol (VIT. A)
2%
82%
Difenidramina + nafazolina + neomicina
2%
84%
Bacitracina + neomicina + polimixina B
+ zinco
2%
86%
Ciprofloxacino + hidrocortisona
2%
88%
Dexametasona + nafazolina + neomicina
1%
89%
Hidrocortisona + neomicina + polimixina B
1%
90%
Combinação em dose fixa
Fonte: IMS Health (2015). Elaboração Própria.
A Tabela 2 apresenta a média anual de unidades comercializadas no Brasil das combinações em
dose fixa selecionadas, no período de fevereiro de 2010 a dezembro de 2014, e também mostra as variações percentuais de venda de cada combinação. Os números do ano de 2010 correspondem apenas
67
aos meses de fevereiro a dezembro, pois os dados referentes a janeiro de 2010 não estavam disponíveis
na base de dados.
Tabela 2 – Média mensal de unidades de antibacterianos em combinações em dose fixa comercializados no Brasil, no período entre fevereiro de 2010 e dezembro de 2014 e suas respectivas variações
percentuais ano a ano.
MÉDIA MENSAL
COMBINAÇÃO EM
DOSE FIXA
VARIAÇÃO PERCENTUAL
2010
2011
2012
2013
2014
20102011
20112012
20122013
20132014
20102014
Bacitracina +
neomicina
701709
813847
858283
961594
1074594
16
5
12
12
53
Sulfametoxazol +
trimetoprima
739822
556255
669708
664632
629766
-25
20
-1
-5
-15
Amoxicilina + ácido
clavulânico
577298
671555
761311
880059
979321
16
13
16
11
70
Cloranfenicol +
deoxirribonuclease +
plasmina
122865
102292
105921
90340
71481
-17
4
-15
-21
-42
121925
111177
114361
100001
103516
-9
3
-13
4
-15
181661
163062
156732
172001
154548
-10
-4
10
-10
-15
93477
78280
76161
59521
50229
-16
-3
-22
-16
-46
68910
68503
71996
67707
69406
-1
5
-6
3
1
Cloranfenicol +
lidocaína
Acetonido de
fluocinolona +
lidocaína + neomicina +
polimixina B
Oxitetraciclina +
polimixina B
Aminoácidos +
cloranfenicol +
metionina + retinol
(VIT. A)
Difenidramina +
nafazolina + neomicina
60756
60198
57373
56950
56437
-1
-5
-1
-1
-7
Bacitracina +
neomicina + polimixina
B + zinco
52941
53870
45012
33988
29949
2
-16
-24
-12
-43
Ciprofloxacino +
hidrocortisona
43079
45934
53651
58998
66984
7
17
10
14
55
Dexametasona +
nafazolina + neomicina
58298
46716
48282
39997
34583
-20
3
-17
-14
-41
Hidrocortisona +
neomicina + polimixina B
48080
40290
48724
43668
44143
-16
21
-10
1
-8
Discussão
Fonte: IMS Health (2015). Elaboração própria.
No primeiro ano de vigência do controle (2011) observou-se diminuição no número de unidades
comercializadas, em nove das treze combinações em dose fixa analisadas. Quatro anos depois, oito
dessas nove combinações em dose fixa ainda apresentavam média mensal de unidades vendidas inferiores à observada em 2010.
Combinações em dose fixa formuladas com neomicina ou neomicina associada com bacitracina
não estavam sujeitas à retenção de receita. No entanto, isto só foi explicitado na Nota Técnica sobre a
RDC nº 20/2011, publicada pela Anvisa em 24 de setembro de 2013 (BRASIL, 2013).
Cinco combinações apresentaram redução das vendas no ano de 2011 (primeiro ano do controle),
seguido por aumento das vendas em 2012 e posterior redução das vendas em 2013. No entanto, isso
não invalida a efetividade do controle, pois, apesar da oscilação, a variação percentual na comparação
das vendas nos anos de 2010 e de 2014, foi negativa para quatro das cinco combinações, demonstrando
claramente a redução das vendas.
68
As combinações amoxicilina + ácido clavulânico e ciprofloxacino + hidrocortisona apresentaram
aumento da média mensal de unidades comercializadas em todos os anos do período estudado, independente do novo controle implementado.
No entanto, cabe destacar que o mercado farmacêutico brasileiro, de forma geral, apresentou crescimento contínuo no período estudado (NUNES, 2015). Isso pode ser uma das explicações para o aumento de vendas observado em algumas combinações incluídas no estudo.
Os resultados obtidos corroboram a efetividade do novo controle sobre a venda de antimicrobianos no país, visto que o mercado farmacêutico brasileiro apresentou expansão acentuada no período
estudado, enquanto as vendas da maioria das combinações em dose fixa contendo antibacterianos
incluídas no estudo sofreu redução, mantendo-se em patamar inferior àquele observado antes da implementação da nova legislação.
Conclusão
Com base nos resultados deste estudo, pode-se verificar a efetividade do novo controle sobre a
venda de antimicrobianos no país, visto que o mercado farmacêutico brasileiro apresentou expansão acentuada no período estudado, enquanto as vendas da maioria das combinações em dose fixa
incluídas no estudo sofreram redução, mantendo-se em patamar inferior àquele observado antes da
implementação da nova legislação.
Agradecimentos
Ao CNPq pela bolsa de iniciação científica.
CV Alcantara participou de todas as etapas do trabalho. CA Foramiglio colaborou na análise dos
dados, na discussão dos resultados e na revisão do texto. JLO Araujo colaborou na concepção do trabalho, na coleta de dados e na revisão do texto. FS Del Fiol participou do planejamento da coleta de
dados, na análise dos resultados e na revisão crítica do texto. S Barberato-Filho foi responsável pela
concepção do trabalho, pela orientação dos bolsistas e participou de todas as etapas do trabalho.
Fonte de financiamento
PIBIC - CNPq - Bolsa de IC.
Referências
BERGMAN, U. et al. Drug utilization 90% - a simple method for assessing the quality of drug prescribing. European Journal of Clinical Pharmacology, Berlim, n. 54, p. 113-118, 1998.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada. RDC nº 44, de
26 de outubro de 2010. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas
como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação e dá outras providências. Diário Oficial da União, 26 out. 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica sobre a RDC
nº 20/2011: Orientações de procedimentos relativos ao controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição isoladas ou em associação. 24 set.
2013. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/sngpc/documentos%202013/Nota_Tecnica_RDC_n_20_2011_24_09_2013.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2015.
IMS Health. Brazil demand analysis report. 2015.
NUNES, N. Mercado farmacêutico apresenta alto crescimento no Brasil. 27 jan. 2015. Disponível em:
<http://saudebusiness.com/noticias/mercado-farmaceutico-apresenta-alto-crescimento-no-brasil/>.
Acesso em: 06 ago. 2015.
SMITH, R. D.; COAST, J. Antimicrobial resistance: a global response. Bulletin of the World Health
Organization, v. 80, n. 2, p. 126-133, 2002.
69
TENDÊNCIAS NA VENDA DE ANTIBACTERIANOS
EM FARMÁCIAS E DROGARIAS NO BRASIL
Caroline Aparecida Foramiglio1, Caio Vieira Alcântara2, João Leopoldo Oliveira Araújo3, Fernando de Sá Del Fiol4, Silvio Barberato Filho5
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: como evoluiu, no Brasil, a venda de antibacterianos após a implantação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de novas medidas de controle desses medicamentos?
Antecedentes: Vários países têm estabelecido legislações com a finalidade de controlar a venda e o uso de antimicrobianos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária estabeleceu, em 26 de outubro de 2010, novas medidas de controle de antimicrobianos, passando a exigir a retenção da receita médica e a inclusão de antimicrobianos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados.
O que esta pesquisa acrescenta: Considerando relatos de que legislações restritivas
diminuíram a venda de antimicrobianos em diversos países da América Latina, este
trabalho pretendeu analisar as tendências da venda de antibacterianos em farmácias e
drogarias, nos quatro primeiros anos de vigência do novo controle de antimicrobianos
implementado no país.
Limitações e pontos fortes: Entre os pontos fortes deste estudo pode-se destacar a extensão do período de acompanhamento do novo controle de antimicrobianos (quatro anos).
A principal limitação pode ter sido restringir o acompanhamento aos antibacterianos com
maior participação no mercado brasileiro, uma vez que os demais podem incluir medicamentos com perfil de vendas diferente daqueles identificados nesse estudo.
Palavras-chave: Políticas de saúde. Legislação de medicamentos. Assistência farmacêutica.
Antimicrobianos. Uso racional de medicamentos.
Introdução
O uso racional dos antimicrobianos tornou-se indispensável para preservar a efetividade dos medicamentos desta classe, pois as maiores preocupações sobre infecções causadas por bactérias estão
associadas ao reduzido arsenal terapêutico disponível para tratamento (FIOL; BARBERATO-FILHO,
2010; OLIVEIRA et al., 2013). Apesar de a legislação brasileira indicar, desde 1973, que os antibióticos
deveriam ser vendidos sob prescrição, sempre foi possível obtê-los facilmente, até a implementação
da RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010, que estabeleceu controle mais rigoroso da venda, através da
retenção da prescrição médica (BRASIL, 2010).
Objetivos
Acompanhar o comércio de antibacterianos no Brasil, após a implementação do novo controle de
medicamentos antimicrobianos (ANVISA, RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010).
Delineamento
Estudo observacional, longitudinal, descritivo, do comércio de antibacterianos em farmácias e drogarias no Brasil.
Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 2Curso de Farmácia Universidade de Sorocaba UNISO/ Sorocaba /SP, e-mail: [email protected], 3Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba.
[email protected], 4Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba
/SP Fernando de Sa Del Fiol [email protected], 5Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, e-mail: [email protected]
1
70
Método
Foram analisadas informações sobre o comércio de antibacterianos em farmácias e drogarias do Brasil, no período entre 01 de fevereiro de 2010 e 31 de dezembro de 2014 (58 meses). Os
dados foram obtidos a partir dos relatórios da consultoria de mercado farmacêutico IMS Health.
Foram incluídos no estudo apenas os antibacterianos em apresentações destinadas à administração por via oral, cuja venda predomina em farmácias e drogarias. Formulações injetáveis e
tópicas não foram incluídas. Combinações em dose fixa foram analisadas em outro projeto.
Baseado no estudo de Bergman et al. (1998), o critério escolhido para a inclusão dos antibacterianos neste estudo é denominado Drug Utilization 90%. Essa estratégia permitiu selecionar os
principais antibacterianos comercializados em farmácias e drogarias no Brasil.
Resultado
Foram incluídos na análise nove fármacos que acumulavam 90% de participação no mercado de antibacterianos no Brasil. A Tabela 1 apresenta o percentual de vendas de cada um deles. A Tabela 2 apresenta volume anual de vendas dos antibacterianos selecionados no Brasil, expresso em DDD/1.000 habitantes-dia, entre fevereiro de 2010 e dezembro de 2014. As variações percentuais anuais do número
de DDD/1.000 habitantes-dia de cada antibacteriano selecionado estão descritas na Tabela 3.
Tabela 1 – Antibacterianos selecionados para o estudo, com base na participação de mercado no Brasil
Antibacterianos selecionados
Amoxicilina
Azitromicina
Cefalexina
Ciprofloxacino
Norfloxacino
Levofloxacino
Ampicilina
Cefadroxila
Tetraciclina
Percentual de mercado no Brasil
20,4
19,8
13,3
10,2
9,1
5,6
4,7
4,5
2,5
Percentual de mercado acumulado
20,4
40,2
53,5
93,7
72,8
78,4
83,1
87,6
90,1
Fonte: IMS Health, 2015. Elaboração própria.
Tabela 2 – Volume de vendas dos antibacterianos selecionados, expresso em DDD/1.000 habitantesdia. Brasil, Fev. 2010 – Dez. 2014.
Antibacteriano
DDD/1.000 habitantes-dia
2010
2011
2012
2013
2014
2,192
1,744
1,992
1,899
1,940
Azitromicina
1,391
1,131
1,307
1,361
1,302
Cefalexina
0,264
0,268
0,312
0,359
0,388
Ciprofloxacino
0,494
0,532
0,613
0,552
0,699
Norfloxacino
0,445
0,383
0,410
0,376
0,341
Levofloxacino
0,301
0,276
0,284
0,311
0,309
Ampicilina
0,101
0,075
0,085
0,089
0,074
Cefadroxila
0,048
0,050
0,050
0,049
0,050
Tetraciclina
0,259
0,182
0,232
0,210
0,205
Amoxicilina
71
Tabela 3 – Variações percentuais anuais do comércio de medicamentos antibacterianos selecionados
no estudo. Brasil, Fev. 2010 – Dez. 2014.
Antibacteriano
Variação percentual
2010-2011
2011-2012
2012-2013
2013-2014
2010-2014
Amoxicilina
-20,45
14,26
-4,70
2,19
-11,48
Azitromicina
-18,69
15,56
4,11
-4,32
-6,40
Cefalexina
1,73
16,29
15,12
8,06
47,17
Ciprofloxacino
7,72
15,32
6,27
7,17
41,47
-23,30
Norfloxacino
-13,95
7,04
-8,30
-9,20
Levofloxacino
-8,27
2,94
9,45
-0,68
2,66
Ampicilina
-26,13
14,45
4,13
-16,40
-26,40
Cefadroxila
5,99
-0,76
-1,90
2,59
5,87
Tetraciclina
29,83
27,50
-9,31
2,79
-21,13
Discussão
No primeiro ano de vigência do novo controle observou-se retração no volume de vendas de seis
dos nove antibacterianos incluídos no estudo. Quatro anos depois, cinco deles apresentavam volume de
vendas inferior ao observado em 2010. Segundo informações disponíveis no sítio eletrônico “saudebusiness.com”, o faturamento do mercado farmacêutico brasileiro pulou de R$ 28,7 bilhões em 2010, para R$
41,8 bilhões em 2014, representando crescimento de 46% ao longo desse período (NUNES, 2015). Logo,
o crescimento do mercado farmacêutico brasileiro, ao longo do período estudado, representou pressão
adicional em contraposição às medidas restritivas instituídas pela RDC nº 44, de 26 de novembro de 2010.
Os maiores aumentos das vendas dos antibacterianos incluídos no estudo foram observados
nos fármacos cefalexina (47,2%) e ciprofloxacino (41,5%). Cefadroxil (5,8%) e levofloxacino (2,7%)
foram os outros dois antibacterianos que apresentaram aumento no volume de vendas, quando comparados os anos de 2010 e 2014. Cabe destacar que esses quatro fármacos pertencem à
classe das cefalosporinas e quinolonas, menos frequentemente associadas ao uso indiscriminado do que penicilinas e macrolídeos. Amoxicilina, principal representante da classe das penicilinas, foi o antibacteriano com o maior número de unidades comercializadas no período, acumulando 20,4% do mercado de antibacterianos isolados administrados via oral. Azitromicina também
representou quase 20% do mercado de antibacterianos, e apresentou redução de 6,4% das vendas.
Norfloxacino acumulou 5% do mercado de antibacterianos isolados administrados via oral e apresentou redução de 23,3% no volume de vendas. Tetraciclina, por sua vez, apresentou redução de 21,13% na
comparação dos anos de 2010 e 2014. O fármaco que apresentou a maior redução do volume de vendas
no período estudado foi ampicilina (26,4% na comparação dos anos 2014 e 2010).
Conclusão
Os resultados obtidos confirmaram efetividade do controle instituído pela RDC nº 44, de 26 de
outubro de 2010, visto que a maioria dos antibacterianos analisados apresentou redução do volume de
vendas que se manteve mesmo após quatro anos após a implementação da legislação.
Agradecimento
À Universidade de Sorocaba, pela bolsa concedida através do Programa de Iniciação Científica.
72
CA Vieira participou de todas as etapas do trabalho. JLO Araujo colaborou na concepção do trabalho, na coleta de dados e na revisão do texto. FS Del Fiol participou do planejamento da coleta de
dados, na análise dos resultados e na revisão crítica do texto. S Barberato-Filho foi responsável pela
concepção do trabalho, pela orientação dos bolsistas e participou de todas as etapas do trabalho.
Fontes de dinanciamento
PROBIC – UNISO.
Referências
BERGMAN, U. et al. Drug utilization 90% - a simple method for assessing the quality of drug prescribing. European Journal of Clinical Pharmacology, Berlim, n. 54, p. 113-118, 1998.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 44, de
26 de outubro de 2010. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas
como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 out. 2010.
FIOL, F. S. D.; BARBERATO-FILHO, S. Antibacterianos. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Formulário
terapêutico nacional 2010: Rename 2010. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. p. 115.
OLIVEIRA, A. C. et al. Desafios e perspectivas para a contenção da resistência bacteriana na óptica
dos profissionais de saúde. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 15, n. 3, p. 747-754, 2013.
NUNES, N. Mercado farmacêutico apresenta alto crescimento no Brasil. 27 de jan. de 2015. Disponível em: <http://saudebusiness.com/noticias/mercado-farmaceutico-apresenta-alto-crescimentono-brasil/>. Acesso em: 6 ago. 2015.
73
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS CLÍNICOS DO
SEGuiMENTO FARMACOTERAPÊUTICO NO
ATENDIMENTO DE PACIENTES COM DIABETES
MELLITUS TIPO 2
Cecilia Torqueti de Barros1, Cristiane de Cássia Bergamaschi2, Tânia Regina
Ferreira3, Luciane Cruz Lopes4
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: A prática clínica do seguimento farmacoterapêutico melhora os desfechos clínicos dos pacientes com DM2 em comparação ao procedimento
habitual de dispensação?
Antecedentes: Estudos internacionais demonstraram os benefícios da intervenção
farmacêutica pelo seguimento farmacoterapêutico na melhora dos resultados clínicos
do paciente com diabetes mellitus. No entanto, dados nacionais desta prática clínica
em farmácias comunitárias, obtidos por estudo clínico com desfechos na avaliação da
eficácia clínica do tratamento ainda são escassos.
O que esta pesquisa acrescenta: Considerando que a prática clínica pelo seguimento farmacoterapêutico é vivenciada de forma efetiva em alguns países; o presente estudo poderá gerar dados científicos desta prática que possibilitem compreender os benefícios clínicos gerados ao paciente com diabetes mellitus tipo 2
atendido pelo seguimento farmacoterapêutico. Além disso, poderá contribuir na
melhoria do atendimento dos pacientes da Farmácia Comunitária Vital Brazil e na
capacitação da estudante.
Limitações e pontos fortes: O seguimento permitiu modificações que melhoraram a
qualidade na utilização dos medicamentos, como o início de tratamentos do diabetes;
e melhorias no cumprimento de esquemas posológicos, na administração dos medicamentos, na adesão do paciente ao tratamento medicamentoso, dentre outros. A principal limitação deste estudo foi o tamanho amostral que prejudicou a coleta de alguns
desfechos clínicos, a exemplo da presença de indivíduos com retinopatia diabética,
insuficiência renal e/ou pé-diabético.
Palavras-chave: Assistência farmacêutica. Diabetes mellitus. Atenção farmacêutica.
Introdução
O objetivo do tratamento do diabetes mellitus é reduzir a morbidade e mortalidade relacionadas à doença, dispondo-se para isto, de estratégias de educação para o autocuidado, mudanças
no estilo de vida e no uso de medicamentos (CORRER et al., 2011). A efetividade do seguimento
farmacoterapêutico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) tem sido demonstrada na
literatura internacional, porém, na literatura nacional são escassos dados desta prática clínica que
possibilitem compreender os seus benefícios. O presente estudo poderá gerar dados científicos
desta prática que possibilitem compreender os benefícios clínicos do SF no tratamento de pacientes diabéticos.
1
Curso de Farmácia Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 3Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP tania.ferreira@uniso.
br, 4Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
74
Objetivos
Avaliar o efeito do seguimento farmacoterapêutico sobre os resultados clínicos de pacientes com
DM2.
Delineamento
Experimental com ser humano.
Método
O estudo acompanhou por um período de seis meses, pacientes adultos com DM2 divididos em
dois grupos: Grupo 1: intervenção farmacêutica – atendido seguindo um protocolo de SF (Pharmacotherapy Workup – PW) e Grupo 2: controle – atendido pelo procedimento habitual da dispensação.
Os desfechos clínicos (número de crises hipoglicêmicas e de emergências hipertensivas) e os substitutos considerados (número de pacientes que atingiram o valor de hemoglobina glicada (HbA1c) de
7%, valores médios de HbA1c, valores de glicemia capilar (GC) inferior a 130 mg/dL, de pressão arterial
(PA) inferior 130/80 mmHg, de colesterol total (CT) de até 200 mg/dL, valores médios da circunferência abdominal (CA) e do índice de massa corporal (IMC)) foram comparados entre os grupos. A identificação dos Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM) foi feita de acordo com o método PW.
Resultado
Sessenta pacientes completaram o estudo (n=30 em cada grupo). Em ambos os grupos predominou
as mulheres, uma população idosa, de raça branca e com quatro ou mais anos de escolaridade (p>0,05).
Houve melhora nos parâmetros HbA1c, GC, CT e emergência hipertensiva no grupo intervenção. No
grupo controle não houve diferença nos parâmetros avaliados (tabela 1). Dos 45 PRM observados, 28
(62,2%) deles foram resolvidos pelo farmacêutico (Tabela 2).
Tabela 1 – Resultados dos desfechos clínicos e substitutos avaliados dos grupos controle (n=30) e
intervenção (n=30) nas medidas basais e após seis meses do estudo
Variáveis
Grupo
intervenção
(basal)
Grupo
intervenção
(6 meses)
Média ± dp
HbA1c (%)
Glicemia capilar (mg/dL)
PAS (mmHg)
PAD (mmHg)
IMC (kg/m2)
CT (mg/dL)
CA (cm) mulheres
CA (cm) homens
Frequência
Crise hipoglicêmica
Emergência hipertensiva
HbA1c > 7%
GC > 130/80 mmHg
CT > 200 mg/dL
8,5 ± 1,4
218,8 ± 100,3
124,3 ± 12,2
76,7 ± 10,3
30,4 ± 4,4
205,1 ± 37,1
93,7 ± 8,2
104,1 ± 9,8
n (%)
3 (10)
8 (26,7)
26 (86,7)
26 (86,7)
22 (73,3)
10 (33,3)
7,4 ± 0,8
133,2 ± 26,3
119,6 ± 8,9
77,0 ± 6,5
29,9 ± 4,9
189,6 ± 27,4
93,6 ± 7,8
102,6 ± 10,0
n (%)
0 (0)
2 (6,7)
19 (63,3)
13 (43,3)
28 (93,3)
9 (30)
p-valor
Grupo
controle
(basal)
Grupo
controle
(6 meses)
p-valor
Diferença entre
médias ou RR (IC
95%) (6 meses)
p-valor
0,0001*
0,0001*
0,648
0,856
0,876
0,0302*
0,754
0,398
7,9 ± 1,4
181,8 ± 73,0
123,1 ± 13,6
76,9 ± 12,0
27,9 ± 4,8
202,2 ± 33,9
85,7 ± 5,9
96,6 ± 10,6
n (%)
4 (13,3)
6 (33,3)
23 (276,7)
21 (70)
24 (80)
9 (30)
7,7 ± 0,7
168,5 ± 55,1
122,7 ± 7,5
80,7 ± 6,5
26,7 ± 4,0
206,3 ± 32,8
95,0 ± 4,5
96,0 ± 11,8
n (%)
0 (0)
2 (6,7)
20 (66,7)
19 (63,3)
28 (93,3)
8 (26,7)
0,590
0,345
0,675
0,233
0,327
0,321
0,332
0,342
0,3 (-0,15 - 0,75)
35,3 (32,00- 38,60)
3,1 (1,6 - 4,58)
3,7 (2,38 - 5,02)
3,2 (2,11 - 4,29)
16,7 (13,86 - 19,54)
1,1 (-0,18 - 2,38)
6,6 (4,89 - 8,31)
0,121
0,006*
0,187
0,076
0,052
0,156
0,112
0,094
0,112
0,153
0,567
0,784
0,254
1,000
1,00
1,00
0,95 (0,66 - 0,98)
0,68 (0,42 - 1,12)
1,00
1,13 (0,50 - 2,52)
0,302
0,302
0,500
0,098
0,302
0,500
0,237
0,046*
0,072
0,090
0,080
1,000
HbA1c = hemoglobina glicada, PAS = pressão arterial sistólica, PAD = pressão arterial diastólica, IMC = índice de massa corpórea,
CT = colesterol total, CA = circunferência abdominal, IC = intervalo de confiança, RR risco relativo.
75
Tabela 2 – Descrição dos probolemas relacionados aos medicamentos dos indivíduos do grupo intervenção
Problemas Relacionados aos Medicamentos
n (%)
INDICAÇÃO
Necessita de medicamento adicional
EFETIVIDADE
Necessita de medicamento diferente
Frequência ou dose inapropriada
SEGURANÇA
Reação adversa ao medicamento
Dose muito alta
ADESÃO
Prefere não tomar o medicamento
13 (28,9)
7 (15,6)
4 (8,9)
3 (6,7)
1 (2,2)
17 (37,8)
Total
45 (100)
Discussão
Neste estudo, o seguimento farmacoterapêutico mostrou-se efetivo no cuidado de pacientes com DM2, já
que melhorou os resultados clínicos específicos da doença (valores médios de HbA1c e GC); e contribuiu na melhora de parâmetros relacionados a hipertensão (número de casos de emergência hipertensiva) e dislipidemias
(valores médios de colesterol total). Verificou-se redução do parâmetro clínico HbA1c após seis meses do acompanhamento, de 1,1% no grupo intervenção e 0,2% no grupo controle. O resultado do grupo intervenção foi maior
que o de Clifford et al. (2005) e Fornos et al. (2006) (redução de 0,5%) e na metanálise de Machado et al. (2007) que
observou uma redução de 0,62%. O seguimento permitiu modificações que melhoraram a qualidade na utilização
dos medicamentos, como o início de tratamentos do diabetes; e melhorias no cumprimento de esquemas posológicos,
na administração dos medicamentos, na adesão do paciente ao tratamento medicamentoso, dentre outros.
Conclusão
Os pacientes com DM2 se beneficiaram com o seguimento farmacoterapêutico sendo observada melhora dos parâmetros clínicos relacionados ao diabetes, a hipertensão e dislipidemias. O SF permitiu identificar os PRM e propor intervenções que contribuíram na melhoria do tratamento medicamentoso.
Agradecimento
Agradecemos à Farmácia Comunitária Vital Brazil e aos seus colaboradores
Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados: CTB, CCB, TRF, LCL; Redação do artigo ou
revisão crítica relevante do conteúdo intelectual: CTB, CCB, TRF; Aprovação final da versão a ser publicada:
CTB, CCB.
Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo (#2013/10987-7).
Referências
CLIFFORD, R. M . et al. Effect of a pharmaceutical in type 2 diabetes: the fremantle diabetes study.
Diabetes Care, v. 28, n. 4, p.771-776, 2005.
CORRER, C. J.; et al. Effects of a pharmacotherapy follow-up in community pharmacies on type 2 diabetes patients in Brazil. Int J Clin Pharm, v. 33, n. 2, p. 273-8, 2011.
FORNOS, A. J., et al. A pharmacotherapy fllow-up program in patients with type2 diabetes in community pharmacies in Spain. Pharmacy World & Science, v. 28, n. 2, p. 65-72, 2006.
MACHADO M.; BAJCAR, J.; GUZZO, G. C.; EINARSON, T. R. Sensitivity of patient outcomes to
pharmacist interventions. Part I: systematicreview and meta-analysis in diabetes management. Ann
Pharmacother, v. 41, n. 10, p. 1569–1582, 2007.
76
AVALIAÇÃO DO PERFIL DE CONSUMO ALIMENTAR
E ESTADO NUTRICIONAL EM UM GRUPO DE
ESTUDANTES DE GASTRONOMIA
Erika Leão Ajala Caetano1, Mariane Bagodi Batista da Silva2, Tatiane Takeda3, Edilma Maria de Albuquerque Vasconcelos4
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa:Verificar o padrão alimentar e o estudo nutricional de um
grupo de futuros profissionais que serão agentes informadores e promotores das mudanças dos hábitos alimentares da comunidade em que atuarem.
Antecedentes: Nutrição está intrinsecamente associada à saúde e à doença, visto
que entre hábitos e comportamentos promotores da saúde e, portanto, preventivos da
doença contam-se, com especial impacto, os hábitos alimentares. Características da
dieta, desequilíbrio nos nutrientes que a compõe, excessos ou déficit relativo de alguns
elementos, têm consequências negativas nos índices de saúde imediatos e, em longo
prazo, dos indivíduos (VIANA, 2002).
O que este estudo acrescenta: O estudo se propos conheçer o perfil e os habitos nutricionais de um grupo de estudantes de gastronomia, profissionais ligados diretamente
a alimentação, e na literatura tem poucos estudos sobre o grupo em questão.
Quais são os pontos fortes e limitações do seu estudo: O ponto forte foi ter conseguido 93% de adesão dos alunos que compõem o curso de gastronomia e conseguir coletar
os dados de acordo com o planejado, ou seja, seguindo o que proposto pela literatura
para a análise nutricional. Dentre as limitações, destaca-se a necessidade de depender
da memória do entrevistado o que, em alguns estudos, mostra o fato de super ou subestimar a quantidade ingerida.
Palavras-chave: Hábito alimentar. Estado nutricional. Qualidade nutricional.
Introdução
Os estudos sobre os hábitos alimentares são importantes para que se faça entender melhor a relação
entre o consumo alimentar e a prevenção ou desenvolvimento de doenças. Dessa maneira pode-se dizer
que a alimentação constitui uma das atividades humanas mais importantes, não só por razões biológicas,
mas também por envolver aspectos sociais, científicos, políticos, psicológicos e culturais das sociedades
(PROENÇA, 2010). Visto que os costumes alimentares das pessoas são influenciados por valores culturais
e convicções, levando-se em consideração que os profissionais da área de alimentação exercem um papel
fundamental na divulgação de informações, bem como na promoção e formação dos hábitos alimentares, é
importante que seja traçado o perfil alimentar e avaliação o estado nutricional desses futuros profissionais.
Objetivos
Avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional de um grupo de acadêmicos do Curso de Gastronomia da Universidade de Sorocaba-Uniso, São Paulo.
1
Curso de Nutrição, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Nutrição, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 3Curso de Nutrição, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 4Curso de Nutrição, Universidade de
Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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Delineamento
Estudo observacional, descritivo e analítico.
Método
Estudo observacional em que 44 acadêmicos do Curso de Gastronomia da UNISO, de
ambos os gêneros, foram recrutados para serem avaliados quanto ao padrão do consumo alimentar e estado nutricional. Essas informações foram obtidas pelo método de recordatório de 24 horas e foram calculadas por meio do “software” Dietpro. O estado nutricional foi avaliado pela antropometria (peso, altura, circunferência da cintura), o cálculo do
índice de massa corpórea e a sua classificação, segundo a OMS. Os dados foram transferidos para uma planilha Excel, cálculos estatísticos como média e desvio padrão realizados.
Atendendo à Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 196/96, o projeto foi submetido e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNISO, protocolo n° 29557414.1.0000.5500.
Resultado
Foram convocados os 44 alunos do Curso de Gastronomia e 41 aceitaram participar do estudo.
A idade média dos acadêmicos era de 26,1 ± 12,4 anos, Com relação ao estado nutricional constatou-se que o índice de massa corpórea dos alunos era de 25,6 ± 5,67 kg/m2. A partir do recordatório
foi possível identificar o consumo de macronutrientes, sódio e colesterol, descritos na figura 1 e 2.
A tabela 1 mostra os resultados do consumo do questionário de frequência alimentar dos acadêmicos.
Podendo verificar o baixo consumo de frutas, legumes e verduras e o alto consumo de cereais e carne
vermelha.
DE ACORDO COM
DRIs
LIPÍDIOS
% 20-30
PROTEÍNAS
% 10-35
não de acordo
com as DRIs
CARBOIDRATOS
% 54-65
n pessoas
Figura 1 – Porcentagem de macronutrientes consumidos pelos alunos do Curso de Gastronomia da
Universidade de Sorocana UNISO, 2014.
Recomendação DRIs - Dietary References Intakes - Ingestão Dietética de Referência
Fonte: elaboração própria.
78
n pessoas
Figura 2 – Consumo diário de sódio e colesterol pelos alunos do Curso de Gastronomia da Universidade de Sorocaba UNISO, 2014
Tabela 1 – Questionário de frequência alimentar dos acadêmicos do Curso de Gastronomia da
Universidade de Sorocaba- Uniso, 2014.
Consumo/dia
Média
Desviopadrão
Frutas (unidade)
2
2
Verdura/Legumes (porção 80 g)
1,5
1,3
Leite (200 mL)
1,5
0,9
Carne vermelha (150 g)
2,5
1,87
Carne branca (150 g)
1,2
0,8
Ovos (50 g)
3
1
Arroz (100 g)
3
1
Pães (50 g)
2,6
1,4
Massas (100 g)
1,4
1,2
Doces (70 g)
3
1,8
Discussão
Constatou-se que o índice de massa corpórea, dos alunos foi de 25,6 ± 5,67 kg/m2, portanto,
acima do considerado eutrófico pela OMS que é de 20,0 a 24,99 kg/m2. A explicação para estes
achados, provavelmente, se deve a característica desse curso em questão, que tem como premissas
capacitar o ingressante a transformar, produzir, criar e controlar atividades voltadas para a área
de produção de alimentos e bebidas, por meio de aulas teóricas e práticas, sendo que fazem parte
desta última provar o que foi produzido. As mudanças no consumo alimentar, que estão relacio79
nadas ao aumento do fornecimento de energia pela dieta, acarreta um balanço energético positivo
e por isso favorecem o excesso de peso (WANDERLEY; FERREIRA, 2010). Além disso, nos resultados do questionário de frequência alimentar foi possível observar o baixo consumo de frutas
e verduras e o alto consumo de cereais, podendo a alimentação pobre em micronutrientes levar
a varias complicações futuras. Este mesmo dado foi encontrado no estudo de Freitas, Philippi e
Ribeiro (2011), que trabalharam com idosos, sendo observado nesta dieta um consumo elevado de
alimentos fonte de carboidratos e baixo teor de fibras. É importante salientar que os hábitos alimentares são adquiridos na juventude e são levados até a velhice. Estes achados são importantes
porque o sistema alimentar, de modo semelhante ao sistema de moda, constitui-se de movimentos
de significados complexos, e entre os agentes que constituem significados sobre a alimentação a
serem transferidos estão os “chefs” (LINARES; TRINDADE, 2011). Percebeu-se que estes futuros
profissionais da área dos alimentos preocupam-se mais, ao elaborar um prato, com o sabor e a
aparência. Observou-se que o consumo de colesterol e sódio estavam dentro do que é o recomendado pela OMS (2008), porém, diferentemente SARNO et al. (2009) constataram que o consumo
de sódio no Brasil excede a recomendação para esse nutriente em todas as regiões.
Conclusão
Pode-se concluir que o grupo estudado apresentou valores antropométricos fora do padrão considerado eutrófico. O estudo também mostrou que os indivíduos estão consumindo muita gordura,
carboidratos e pouca ingestão de fibras, mas uma quantidade recomendada de sódio. Dessa forma,
pode-se dizer que o presente estudo foi importante para traçar o perfil nutricional desse grupo e estas
análises permitiram ações de conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável.
Agradecimento
Agradecemos à coordenadora e aos alunos do curso de Gastronomia da Universidade de Sorocaba
e à professora Muriel Siqueira.
ELAC - execução da parte experimental, coleta dos dados, coordenação, análise estatística, interpretação dos dados e redação do artigo. MBBS - execução da parte experimental, coleta dos dados,
interpretação dos dados e redação do artigo. TT- coorientadora. EMAV - concepção do projeto, coordenação e correção final da redação do artigo.
Bolsa PROBIC – UNISO.
Referências
FREITAS, A. M. O; PHILIPPI, S. T.; RIBEIRO, S. M. Listas de alimentos relacionadas ao consumo alimentar de um grupo de idosos: análises e perspectivas. Rev. Bras. Epidemiol, São Paulo, v. 14, n. 1,
mar. 2011. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1415-790X2011000100015&script=sci_arttext. Acesso em: 16 jun. 2015.
INSTITUTE OF MEDICINE U. S. (IOM). Dietary rederence intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids (Macronutrients). Washington: National
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LINARES, N. L.; TRINDADE, E. Processos de movimentos de significados simbólicos no consumo alimentar. Revista Pensamento e Realidade, São Paulo, ano 14, v. 26, n. 2, p. 46-64, jul/ago. 2011. Disponível em:
http://revistas.pucsp.br/index.php/pensamentorealidade/article/view/7866/5752. Acesso em: 18 mar. 2014.
PROENÇA, R. P. C. Alimentação e globalização: algumas reflexões. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 62, n. 4, p.
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80
SARNO, F.; CLARO, R. M.; LEVY, R. B. et al. Estimativa de consumo de sódio pela população brasileira,
2002 – 2003. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 43, n. 2, abr. 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102009000200002 >. Acesso em: 16 jun. 2015.
VIANA, V. Contributo para o estudo do comportamento alimentar. Psicologia, Saúde e Nutrição, v.4, p. 611-624, 2002. Disponível em: http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0870-82312002000400006&script=sci_arttext. Acesso em: 4 mar. 2014.
WANDERLEY, E. N.; FERREIRA, V. A. Obesidade: uma perspectiva plural. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, jan. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232010000100024&script=sci_arttext. Acesso em: 4 ago. 2015.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Interim summary of conclusions and recommendations on
total fat e fatty acids. 2008. Disponível em: http://apps.who.int/bmi/index.jsp?introPage=intro_S1321.
html. Acesso em: 15 mar. 2014.
81
AVALIAÇÃO BIOLÓGICA IN VITRO DO EXTRATO
HIDROALCOÓLICO DE Caesalpinia ferrea MART.
(Libidibia ferrea)
Giovana Sabadim1, Natalia Tribuiani2, Marli Gerenutti3
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Quais as possíveis ações toxicológicas e farmacológicas do
extrato hidroalcoólico da casca de Caesalpinia ferrea nos modelos toxicológicos e farmacológicos propostos?
Antecedentes: A espécie vegetal Caesalpinia ferrea é utilizada no tratamento de feridas, como cicatrizante, no tratamento de úlceras e apresenta potencial analgésico
e anti-inflamatório. É uma droga constante do RENISUS e apresenta poucos estudos
toxicológicos e farmacológicos.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo atual acrescenta dados envolvendo citotoxicidade, mutagenicidade e caracterização farmacológica em modelo de preparação
nervo frênico-diafragma.
Limitações e pontos fortes: É um estudo que engloba aspectos importantes da
toxicologia e farmacologia para avaliação da segurança do extrato. Uma das principais
limitações deste estudo é a necessidade de repetição dos ensaios de neutralização devido a baixa eficácia do veneno.
Palavras-chave: Caesalpinia ferrea. Toxicologia in vitro. Junção neuromuscular.
Introdução
A Caesalpinia ferrea Mart também conhecida como jucá é utilizada na medicina popular em todo
Brasil. Entre seus potenciais farmacológicos podem ser citados: atividades cicatrizante, hipoglicemiante e principalmente tratamento de doenças crônicas (PIO CORREA, 1984; BACCHI; SERTIE, 1991;
CARVALHO et al., 2009). Mesmo com sua larga utilização, não foram encontrados estudos referentes
a citotoxicidade, mutagenicidade e mecanismos farmacológicos.
Objetivos
Correlacionar, por meio de ensaios biológicos in vitro, dados toxicológicos e farmacológicos do
extrato hidroalcoólico de Caesalpinia ferrea (Libidibia ferrea), considerando suas potencialidades medicinais.
Delineamento
Experimental com cultura de células ou experimental in vitro.
Método
O projeto foi submetido ao CEUA/UNISO, sendo aprovado com protocolo 001/2012. A
Caesalpinia ferrea Martius foi coletada no Estado do Rio Grande do Norte, identificada e catalogada no Herbário da UFRN, sob o número 12181. As cascas foram submetidas à extração por percolação simples e posteriormente foi realizada a concentração do extrato em rotaevaporador seguido
de liofilização. As concentrações utilizadas nos ensaios foram preparadas a partir do pó liofilizado
reconstituído com água. Para os ensaios de citotoxicidade foi empregada a cultura celular para
células NIH-3T3 e ensaios de MTS. Para o ensaio de mutagenicidade foi empregada a metodolo1
Curso de Farmácia Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Mestrado em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 3Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/
Sorocaba /SP [email protected]
82
gia de Ames que constitui na exposição de diferentes concentrações do extrato à linhagens de S.
typhimurium. Para os ensaios farmacológicos foi empregada a preparação de nervo frênico-diafragma que constituiu no isolamento do nervo em solução fisiológica (Tyrode) e sua exposição ao
veneno de Bothrops jararacussu e ao extrato.
Resultado
O extrato apresentou potencial citotóxico nas concentrações de 0,625; 2,50; 3,75; 5; 10 e 50 µg/mL
no tempo de 48 horas e no tempo de 72 horas nas concentrações de 0,625; 1,25 e 3,75 µg/mL, não foram
observadas alterações no tempo de 24 horas. No ensaio de mutagenicidade o extrato não indicou potencial mutagênico.
Discussão
Neste estudo as concentrações que apresentaram diferença em relação ao grupo controle sendo estas, 0,625; 2,50; 3,75; 5; 10 e 50 µg/mL em no tempo de 48 horas e 0,625; 1,25 e
3,75 µg/mL no tempo de 72 horas, foram menores e indicaram a diminuição da viabilidade celular, portanto considerada como uma ação citotóxica, enquanto as doses maiores
não apresentaram efeito. Os dados encontrados na literatura em relação à citotoxicidade
são contraditórios ao concluir que os extratos derivados da Caesalpinia ferrea não apresentam potencial citotóxico, no entanto, as doses estudadas foram superiores a deste projeto (AGUIAR et al., 2012). O teste de Ames trata-se de um ensaio de mutação reversa que
emprega linhagens de S. typhimurium auxotróficas para histidina, essas linhagens são
incapazes de proliferar em meio ausente de histidina em sua composição exceto quando há ocorrência de mutações que revertam sua capacidade de síntese para histidina (UMBUZEIRO; VARGAS, 2003). Os resultados indicam que nas doses estudadas o extrato de Caesalpinia ferrea não
apresentou potencial mutagênico. Um estudo semelhante conduzido por Wyrepkowski et al. (2014)
utilizando concentrações menores obtiveram resultados semelhantes ao deste projeto não apresentando ação mutagênica. Portanto os resultados encontrados sustentam os achados literários.
A busca por plantas que concentrem fitoquímicos capazes de neutralizar os efeitos de venenos ofídicos é de grande importância, pois auxiliam no tratamento de acidentes ofídicos e
agregam valor medicinal à planta (MORS et al., 2000). Nas últimas décadas, diversos estudos
demonstraram que a flora brasileira possui uma variedade de plantas com potencial antiofídico que podem ser usadas com finalidade médica ou científica no futuro (COSTA, 2010). Em
relação aos ensaios farmacológicos de preparação nervo frênico-diafragma, a dose selecionada para realização do estudo partiu de um projeto anterior que consistia na preparação de
uma curva dose-resposta a fim de chegar à concentração que não apresentava interferência na
preparação em condições controle (MAGALHÃES; OLIVEIRA, 2013). Os resultados obtidos
indicam que na concentração de 1,0 mg o extrato de Caesalpinia ferrea não apresentou ação
sobre a preparação controle Tyrode o que permitiu sua utilização nos estudos de neutralização. Os estudos de neutralização foram conduzidos com o veneno de Bothrops jararacussu
(Bjssu, 40 µg/mL), no entanto, o veneno não exerceu sua capacidade máxima de inibição da
força contrátil o que fornece dados insuficientes para concluir uma possível ação ou ausência
de ação biológica exercida pelo extrato. Portanto, estudos futuros devem ser realizados a fim
de confirmar os resultados obtidos.
Conclusão
Conclui-se que o extrato hidroalcoólico de Caesalpinia ferrea apresenta potencial citotóxico,não
mutagênico e o perfil obtido durante os ensaios de neutralização não apresentou dados conclusivos,
portanto devem ser repetidos.
83
Agradecimento
Agradecemos à Universidade de Sorocaba, ao Laboratório de Pesquisas Toxicológicas (LAPETOX),
à equipe que auxiliou a pesquisa e a Prof. Dra. Yoko Oshima-Franco por auxiliar na interpretação dos
resultados.
Giovana S.: autora, execução da parte experimental, interpretação dos resultados e redação do
relatório. Natália T.: auxilio na parte experimental. Oshima-Franco, Y.: auxílio na interpretação os resultados. Marli G.: concepção do projeto, orientação e análise estatística.
Bolsa PROBIC – UNISO e FINEP (Convênio: 01.10.0659.00).
Referências
AGUIAR, J. S.; CARNEIRO-DA-CUNHA, M. G.; COELHO, L. C.; CORREIA, M. T.;
FREITAS, A. C.; LINS, T. U.; MAGALHÃES, L. R.; NASCIMENTO, S. C.; XIMENES, N. C.; GONÇALVES-SILVA, T. Evid Based Complement Alternat Med. 514134, 2012.
BACCHI, E. M.; SERTIÉ, J. A. A. Chromatographic identification and pharmacologic action of Styrax camporum Pohl and Caesalpinia ferrea Martius. Rev Farm Bioquim., São Paulo, v. 27, n. 2, p. 137-49, 1991.
CARVALHO, A. F. U.; CAVALCANTI, F. S.; CAVALHEIRO, M. G.; FARIAS, D. F.; FERNANDES, G. S.;
MELO, V. M. M.; NUNES, E. P.; VASCONCELOS, I. M. Biological and enzymatic activities of aqueous
extract of seeds from Caesalpinia ferrea mart., leguminosae. Rev Bras Farmacogn. v. 19, n. 2b, p. 586591, 2009.
COSTA, T. R. Avaliação da atividade antiofídica do extrato vegetal de Anacardium humile: isolamento e caracterização fitoquímica do ácido gálico com potencial antimiotóxico. 2010. 66f. Dissertação
(Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010.
MAGALHÃES, S. A.; OLIVEIRA, L. M. Efeito farmacológico da Caesalpinia ferrea Martius no bloqueio neuromuscular in vitro induzido pelo veneno de Bothrops jararacuçu. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Farmácia) - Universidade de Sorocaba. 2013.
MORS, W. B.; NASCIMENTO, M. C.; PEREIRA, B. M.; PEREIRA, N. A. Plant natural products active
against snake bite – the molecular approach. Phytochemistry, v. 55, n. 6, p. 627-642, 2000.
PIO CORREA, M. Dicionário de plantas úteis do Brasil e exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional IBDF, 1984.
UMBUZEIRO, G. A.; VARGAS, V. M. S. Teste de mutagenicidade com Salmonella
typhimurium (teste de Ames) como indicador de mutagenicidade em potencial para
mamíferos. In: RIOBEIRO, L. R.; SALVADORI, D. M. F.; MARQUES, E. K. Mutagênese ambiental. Canoas, RS: Ulbra, 2003. p. 12-81.
WYREPKOWSKI, C. C.; DA COSTA, G. M. L. D; SINHORIN, P. A.; VILEGAS, W. DE GRANDIS, R. A.;
RESENDE, P. F.; VARANDA, A. E.; DOS SANTOS, C. L. Characterization and quantification of the compounds of the ethanolic extract from caesalpinia ferrea stem bark and evaluation of their mutagenic
activity. Molecules, v. 19, p. 16039-16057, 2014.
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DE FETOS EXPOSTOS
AO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Caesalpinia
ferrea MART. (Libidibia ferrea)
Karina Piatto Lopes1, Marli Gerenutti2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Apesar de sua larga utilização em todo país e de possuir notificação como droga vegetal, a Caesalpinia ferrea é segura para ser utilizada durante
a gestação?
Antecedentes: A Caesalpinia ferrea cresce em todo Brasil, é muito utilizada no tratamento de tosse crônica, asma, úlcera gastroduodenal, tuberculose, lesões cutâneas e de mucosas, e no tratamento de glicosúria. Seus componentes principais são os taninos, terpenos,
ácidos fenólicos, flavonoides C-glicosilados e lectinas. É uma droga constante na RENISUS
e ainda não apresenta estudos de exposição sobre o desenvolvimento do concepto, sendo
necessária a realização de novos estudos para comprovar sua segurança.
O que esta pesquisa acrescenta: Embora este estudo esteja sendo realizado em apenas
uma espécie animal, deverá servir como importante informativo da garantia da segurança
da exposição de gestantes à Caesalpinia ferrea. As informações sobre os efeitos toxicológicos da Caesalpinia ferrea sobre o concepto, até o presente momento observadas, poderão ser utilizadas pela população a fim de se garantir o uso racional desta droga vegetal.
Limitações e pontos fortes: Esse estudo é o primeiro realizado para avaliar a toxicidade da Caesalpinia ferrea Mart. durante a gestação, auxiliando e garantindo a segurança para uso desta planta como medicamento. Uma das principais limitações deste
estudo é a conversão dos resultados obtidos com os animais para os seres humanos.
Palavras-chave: Caesalpinia ferrea Mart. Toxicidade do desenvolvimento. Efeito teratogênico.
Introdução
A Caesalpinia ferrea Mart também é conhecida popularmente como pau-ferro e jucá, sendo uma espécie que cresce em todo o país e é largamente distribuída nas regiões Norte e Nordeste, principalmente em Pernambuco e no Ceará (CORREA, 1984). É uma espécie vegetal de grande
porte e possuí como princípios ativos os terpenos (Lupeol e a-amirina) e flavonóides (isoorientina,
orientina e vitexina) (COELHO, 2004; NAKAMURA et al., 2002; UEDA et al., 2001; DEWICK, 1998).
A Caesalpinia ferrea possui potencial farmacológico, e é utilizada na medicina popular em todo Brasil
como cicatrizante, hipoglicemiante e principalmente no tratamento de doenças crônicas. Mesmo com
sua larga utilização, não foram encontrados estudos referentes à toxicidade aguda sobre o desenvolvimento do concepto, o que justifica a realização desta pesquisa.
Objetivos
Avaliar a toxicidade do extrato hidroalcoólico das cascas e sementes de Caesalpinia ferrea Mart.
sobre o desenvolvimento de ratos.
Delineamento
1
Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, [email protected], 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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Método
Todos os experimentos foram realizados de acordo com o “The Guide for the Care and Use of
Laboratory Animal” (National Research Council, 1996) e “European Community guidelines” (EEC
Directive of 1986; 86/609/EEC). O projeto foi submetido à Comissão de Ética no Uso de Animais
da Universidade de Sorocaba CEUA/UNISO, São Paulo, sendo aprovado com protocolo 001/2012.
O extrato hidroalcoólico reconstituído da semente e casca da Caesalpinia ferrea Mart. foi administrado às fêmeas prenhez dos dois grupos experimentais, nas doses de (1,0mg/Kg/dia
– casca: GCAS) e (1,0mg/Kg/dia – semente: GSEM) do primeiro ao vigésimo dia de gestação.
O grupo controle (GC) recebeu solução salina a 0,9%. Após a realização das cesáreas, os fetos foram divididos em dois grupos (DAMASCENO et al., 2008; GERENUTTI et al., 2006). O
primeiro grupo foi fixado em líquido de Bodian e foram realizadas análises morfológicas externas (medidas: ântero posterior do crânio, látero lateral do crânio, ântero posterior do tórax,
látero lateral do tórax, crânio caudal e cauda), e posteriormente, análises viscerais. No segundo grupo realizou-se o processo de evisceração, diafanização e coloração com Alizarin red
S e Alcian blue para a análise das alterações morfológicas ósseas, que foi realizada através de
contagens, medidas de tamanho e volume ósseo. Ao final foram realizadas análises estatísticas para comparação dos resultados (DAMASCENO et al., 2008; GERENUTTI et al., 2006).
Resultado
A análise de exposição fetal a droga demonstrou diminuição significativa do peso das placentas do grupo GCAS com relação ao grupo GC (F=7,547, p=0,0008). A avaliação morfológica externa realizada com fetos fixados em líquido de Bodian, demonstrou reduções das medidas crânio
caudal nos grupos GCAS e GSEM (F=7,742, p=0,0377) e látero lateral do tórax no GCAS (F=3,428,
p=0,0013) respectivamente em relação ao grupo controle. A análise visceral demonstrou a presença de microftalmia e anoftalmia, Figura 1, assim como toxicidade hepática nos fetos dos grupos
GCAS e GSEM. Na avaliação óssea foram observadas ossificação incompleta do crânio, das patas
anteriores e posteriores, Figura 2, e do esterno, nos fetos dos grupos GCAS e GSEM. Em todas as
análises houve a comparação com o GC.
Figura 1
86
Figura 2
Discussão
As plantas medicinais têm sido utilizadas no tratamento de diversas enfermidades desde tempos antigos (FOGLIO et al., 2006). A Caesalpinia ferrea Mart. (Libidia ferrea) é utilizada na medicina popular em todo Brasil devido ao seu amplo potencial farmacológico. Apesar disso não existe monografia nas Farmacopeias Oficiais Brasileiras com estudos de toxicidade da planta. A análise
morfológica externa demonstrou que o extrato hidroalcoólico de Caesalpinia ferrea Mart. promoveu
retardo de crescimento nos fetos dos grupos experimentais, casca e semente, quando comparados
com o grupo controle. A análise visceral demonstrou anomalias como toxicidade hepática, anoftalmia e microftalmia unilateral e na análise óssea os fetos apresentaram redução do crescimento de
diversos ossos, como os do crânio, patas anteriores e posteriores e do esterno. Existem várias hipóteses que podem explicar a ocorrência do retardo de crescimento e dimuição da ossificação, dentre
elas pode-se citar o antagonismo do folato. Também conhecido como vitamina B, atua como uma
co-enzima essencial para algumas reações bioquímicas, principalmente em reações de metilação de
DNA. Para que ocorra o crescimento é necessário a síntese de DNA, no entanto, algumas substâncias que compõe a droga vegetal estudada, podem ter inibido o ciclo do folato, diminuindo assim a
síntese de DNA, causando um efeito teratogênico, como o retardo do crescimento (GELDER, 2010).
Conclusão
Os resultados indicam que a administração oral, no período de gestação, do extrato hidroalcoólico
de Caesalpinia ferrea Mart. nas doses terapêuticas de 1,0mg/Kg/dia, promoveu toxicidade e induziu a
teratogênese nos fetos dos grupos experimentais GCAS e GSEM.
Agradecimento
Agradecemos à Universidade de Sorocaba, ao Laboratório de Pesquisas Toxicológicas (LAPETOX), à equipe que auxiliou a pesquisa.
Karina P.L.: autora, execução da parte experimental, interpretação dos resultados e redação do
relatório. Giovana S.: auxilio na execução da parte experimental. Thaisa B.P.: auxílio na execução da
parte experimental. Marli G.: concepção do projeto, orientação, análise estatística, interpretação dos
resultados e redação do artigo.
PIBIC, CNPq e FINEP (Convênio: 01.10.0659.00).
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Referências
COELHO R. G. Estudo químico de Zollernia ilicifolia (Fabaceae), Wilbrandia ebracteata (Cucurbitaceae) e Caesalpinia ferrea (Caesalpiniaceae). 2004. 198f. Tese (Doutorado em Química) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, 2004.
CORREA, M. P. Dicionário de plantas úteis do Brasil e exóticas cultivadas. Brasília, Ministério da
Agricultura, 1984. v. 6.
DAMASCENO, D. C. et al. Anomalias congênitas: estudos experimentais. Belo Horizonte: COOPMED, 2008. v. 1.
DEWICK, P. M. Medicinal natural products. Chichester: John Willey & Sons, 1998.
EEC Directive of 1986. Council Directive of 24 November 1986 on the approximation of laws, regulations and administrative provisions of the Member States regarding the protection of animals used for
experimental and other scientific purposes (86/609/EEC).
FOGLIO, M. A.; QUEIROGA, C. L.; SOUSA, I. M. O.; RODRIGUES, R. A. F. Plantas medicinais como
fonte de recursos terapêuticos: um modelo multidisciplinar. CPQBA – UNICAMP, 2006. v. 7
GELDER, M. H. J. van. et al. Teratogenic mechanisms of medical drugs. Human Repro Update, v. 16,
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GERENUTTI, M.; FIOL, F. S. del; GROPPO, F. C. Reproductive performance of pregnant rats and embryotoxic effects of ciprofloxacin. Pharm, v. 61, p. 79-80, 2006.
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NAKAMURA, E. S. et al. Cancer chemopreventive effects of a Brazilian folk medicine, Juca, on in vivo
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UEDA, H. et al. Aldose reductase inhibitors from the fruits of Caesalpinia ferrea Mart. Phytomed, v. 8,
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88
EFEITOS ADVERSOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA APÓS O
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: REVISÃO SISTEMÁTICA
Mariane Megliorini Godinho1, Mariana Lessa de Castro2, Hugo Pasin Neto3,
Daniela Rezende Garcia Junqueira4
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Qual a frequência de ocorrência dos efeitos adversos associados à utilização da estimulação transcraniana por corrente contínua em pacientes
após o acidente vascular encefálico?”
Antecedentes: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é um recurso terapêutico com potencial eficácia no tratamento de acometimentos neurológicos e
na investigação de processos de modulação da excitabilidade cortical por induzir alterações duradouras na excitabilidade cortical. O efeito da ETCC na sinalização química
que modula as vias da condução nociceptiva a torna potencialmente eficaz também na
redução de sintomas dolorosos.
O que esta pesquisa acrescenta: Esse estudo avança os conhecimentos científicos sobre
a ETCC ao investigar os potenciais danos induzidos pela técnica. Os conhecimentos sobre
os potenciais danos das intervenções terapêuticas são essenciais para possibilitar decisões
em saúde adequadas e evitar prejuízos aos pacientes e aos sistemas de saúde.
Limitações e pontos fortes: A revisão sistemática é um método reprodutível e robusto
na identificação e combinação dos estudos individuais já conduzidos sobre a intervenção em estudo. Por se tratar de um estudo baseado em dados secundários, a revisão
sistemática sobre os efeitos adversos da ETCC é dependente da qualidade dos ensaios
clínicos incluídos, o que pode inserir vieses não-controláveis no estudo.
Palavras-chave: Estimulação transcraniana. Acidente vascular cerebral. Efeitos adversos.
Revisão sistemática.
Introdução
A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica que funciona como recurso para o tratamento de várias alterações neurológicas e de transtornos psiquiátricos. Contudo, a
determinação dos efeitos adversos induzidos por essa técnica é um objeto de especial relevância. A
revisão sistemática dos efeitos sobre efeitos adversos é essencial para a integralidade da tomada de
decisão em saúde baseada em evidência.
Objetivos
Investigar os efeitos adversos associados à utilização da ETCC em pacientes após o acidente vascular cerebral.
Delineamento
Revisão sistemática de ensaios clínicos controlados e aleatorizados em que os participantes foram
tratados com ETCC em comparação com outra intervenção após um AVC.
1 Curso de Fisioterapia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Fisioterapia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 3Curso de Fisioterapia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 4Pós-doutoranda em Ciências
da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais, MG [email protected]
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Método
Ensaios clínicos controlados e aleatorizados, com desenho paralelo e publicados em formato de
artigo completo, foram localizados nas bases de dados The Cochrane Central Register of Controlled
Trials (CENTRAL), PEDRo e Biosis Preview utilizando-se estratégias de buscas de alta sensibilidade.
Foram considerados elegíveis estudos que incluíram pacientes após AVC que foram tratados com
ETCC em comparação com outro tratamento ou placebo em pacientes após AVC. A seleção e a extração de dados foram realizadas por dois revisores avaliaram independentemente. Os desfecho de
interesse foram os efeitos adversos associados à ETCC.
Resultado
Um total de 1285 artigos foi recuperado em todas as buscas eletrônicas e, excluindo as duplicatas,
totalizou-se 1268 artigos. Após as etapas de seleção, um total de 23 artigos foi considerado em concordância com os critérios de elegibilidade e incluído na revisão. Em sua quase totalidade os estudos descreveram somente de forma geral os efeitos adversos induzidos pela ETCC, com pouco ou nenhum detalhamento dos desfechos específicos e da frequência dos eventos. A maioria dos estudos (12/23; 52%)
afirmou que a ETCC não havia induzido nenhum efeito adverso nos participantes. Nenhum desses
estudos apresentou detalhamento dos métodos empregados para a identificação dos efeitos adversos.
Dos 23 estudos, somente 3 (13%) descreveram os métodos e os momentos do estudos delineados para
a identificação dos efeitos adversos. Sintomas gerais descritos como „desconforto? foram utilizados
em 3 estudos para a descrição dos efeitos adversos (13%), sem detalhamento do significado específico
do sintoma. Três ensaios clínicos (13%) descrevem com maiores detalhes os efeitos adversos identificados, porém sem relato da frequência de cada desfecho. Do total, o relato de dois artigos não permitiu
a identificação de qualquer menção a efeitos adversos. Somente um estudo apresentou o sumário da
frequência dos efeitos adversos identificados numa tabela.
Discussão
O estudo mostra que há escassez de resultados sobre efeitos adversos decorrentes da estimulação
transcraniana por corrente contínua. A maioria dos estudos selecionados descreveu poucos efeitos adversos relacionados à ETCC, com pouco ou nenhum detalhamento, ou relataram que a ETCC não havia
induzido nenhum efeito adverso nos participantes. Além disso, poucos demonstraram quais métodos
foram empregados para a identificação dos efeitos adversos. Alguns dos sintomas descritos, como
„desconforto?, foram utilizados para a descrição dos efeitos adversos sem especificidade do sintoma.
Somente um estudo apresentou a frequência dos efeitos adversos identificados numa tabela, e dois
artigos não fizeram nenhuma menção a efeitos adversos.
Conclusão
Entre os artigos estudados, não houve ocorrência de efeitos adversos importantes ou que não foi
descrito previamente por outros autores que já estudaram a ETCC relacionada a outros tipos de pacientes ou em pessoas saudáveis. Entretanto, essa revisão sistemática de ensaios clínicos controlados
e aleatorizados demonstrou que existe uma negligência por parte dos pesquisadores em dar importância e avaliar os efeitos adversos potencialmente induzidos pela ETCC, fazendo-se necessário incluir
maior detalhamento sobre possíveis efeitos danosos em seus estudos para comprovar não só sua eficácia como sua segurança com base nas evidências.
Agradecimento
Ao grupo de pesquisa que foi possível adquirir novos conhecimentos, por sempre estar dispostos a
ensinar e aprender, independente da distância e à Universidade de Sorocaba pela oportunidade.
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MMG e MLC – Desenvolvimento das estratégias de busca, busca e seleção de artigos, extração
dos dados e redação do artigo. HPN e DRGJ – concepção do projeto, coordenação, busca de artigos e
correção final da redação do artigo.
Referências
NITSCHE, Michael A. et al. Treatment of depression with transcranial direct current stimulation
(tDCS): a review. Experimental Neurology, n. 219, p. 14-9, 2009.
POREISZ, Csaba et al. Safety aspects of transcranial direct current stimulation concerning healthy
subjects and patients. Brain Res Bull, ano 72, n. 14, p. 208-14, 2007.
WEBSTER, Brian R. et al. Noninvasive Brain Stimulation in Stroke Rehabilitation. NeuroRx: the Journal of the American Society for Experimental Neuro Therapeutics, v. 3, p. 474 – 481, 2006.
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FATORES PREDITIVOS DOS RESULTADOS CLÍNICOS
NEGATIVOS ASSOCIADOS AOS ANTIDIABÉTICOS
Marina de Campos1, Cristiane de Cássia Bergamaschi2, Cecília Torqueti de Barros3,
Vanessa Gomes de Miranda4, Maria Aparecida Marczynski5, Tânia Regina Ferreira6
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Quais os fatores associados à presença dos resultados clínicos negativos associados ao uso do antidiabéticos (RNM) em pacientes com DM2 e
quais os RNM neste grupo de pacientes.
Antecedentes: Pacientes com diabetes mellitus tipo 2 tem alta prevalência de RNM.
A identificação dos RNM faz parte de um método clínico de intervenção farmacêutica,
com finalidade de contribuir na identificação, avaliação e acompanhamento de problemas relacionados ao uso dos medicamentos e foi utilizada em pacientes diabéticos,
hipertensos e com insuficiência cardíaca. (BAENA et al., 2006; GASTELURRUTIA et
al., 2011; ZAMAN HURI; FUN WEE, 2013).
O que esta pesquisa acrescenta: Ao identificar os fatores determinantes da presença
do RNM nos pacientes com diabetes mellitus tipo 2 do ambulatório de endocrinologia
do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, este estudo poderá contribuir no planejamento
de intervenções que favoreçam a prevenção destes resultados e consequentemente,
melhorem o tratamento destes pacientes.
Limitações e pontos fortes: A entrevista farmacêutica realizada por um método sistemático de coleta de informações a respeito dos antidiabéticos possibilitou identificar os resultados negativos associados ao uso dos mesmos. Por tratar-se de um desenho de estudo
transversal, no presente estudo não foi possível a coleta de dados que permitisse avaliar os
efeitos da intervenção farmacêutica, sendo esta a principal limitação do estudo.
Palavras-chave: Atenção farmacêutica. Resultados negativos aos medicamentos. Diabetes
mellitus tipo 2.
Introdução
O diabetes mellitus é uma doença crônica que requer cuidados contínuos. No Brasil, está presente
em 6,4 milhões da população acima de 18 anos, em 21,6% da população idosa e possui estimativa de
elevar-se para 11,3 milhões até 2030, o que significa ocupar o oitavo país no mundo com o maior número de pessoas com diabetes (FREITAS; GARCIA, 2008). O III Consenso de Granada (2007) considera
problemas relacionados com medicamentos (PRM) situações que dificultam o objetivo farmacoterapêutico e que podem ou não ocasionar um resultado negativo associado aos medicamentos (RNM),
sendo estes últimos classificados em relação a necessidade, efetividade e segurança no uso dos medicamentos. De acordo com Hernández, Castro e Dáder (2011) a utilização desta classificaçãoé uma ferramenta importante na identificação, avaliação e acompanhamento dos resultados da farmacoterapia.
Objetivos
Identificar os fatores relacionados com a presença de RNM em pacientes com o diabetes mellitus
tipo 2 e caracterizar resultados clínicos negativos associados ao uso dos antidiabéticos.
1
Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 3Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 4Curso de
Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 5Curso de Mestrado em Ciências Farmacêuticas, Universidade
de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 6Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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Delineamento
Observacional: Prontuários, bases com dados de ser humano, entrevistas, aplicalção de questionários, observação de comportamento, etc.
Método
Trata-se de um estudo caso-controle na qual os dados foram coletados do prontuário clínico e entrevista
com os pacientes atendidos no Ambulatório de Endocrinologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, Sorocaba/SP, mediante a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade de Sorocaba (nº 879.747).
Os pacientes foram divididos em dois grupos: caso (aqueles que apresentaram RNM) e controle (aqueles
que não apresentaram RNM). Foi feita a identificação e classificação dos RNM e dos PRM de acordo com
o III Consenso de Granada e verificadas as variáveis determinantes da presença de RNM nos pacientes.
As variáveis que apresentaram p<0,20 pelo qui-quadrado foram testadas no modelo de regressão logística múltipla, com procedimento stepwise. Odds Ratio (OR) e os respectivos intervalos de 95% de
confiança (IC) foram estimados. Os programas estatísticos utilizados foram SAS 9.3 e Bioestat 5.3,
Mamirauá Institute, Belém-Pa. O nível de significância foi de 5% (p=0,05).
Resultado
Dos 211 pacientes convidados a participar da pesquisa, 127 deles aceitaram e cumpriam os critérios
de elegibilidade. Quatro pacientes foram excluídos do estudo porque não tinham todas as informações
necessárias para a coleta dos dados (Figura 1). Foi observada associação significativa pelo teste do quiquadrado entre a presença de RNM com histórico familiar, tempo de diagnóstico, número de comorbidades, hipertensão, obesidade, uso de insulina e uso de polifarmácia. Na análise de regressão logística
múltipla, o fato de ter um tempo mais de 10 anos de diagnóstico do diabetes (OR=3,80) e ter três ou
mais comorbidades (OR=3,71) foram os fatores associados à presença de RNM. Dos 72 pacientes que
apresentaram RNM, houve um total de 147 RNM, sendo maior o porcentual devido problemas relacionados à insegurança não quantitativa e inefetividade não quantitativa dos antidiabéticos (Tabela 1).
Figura 1 – Fluxograma dos pacientes do estudo
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Tabela 1 – Descrição dos Resultados Negativos aos Medicamentos prescritos para o tratamento do
Diabetes mellitus tipo 2
Subcategorias do RNM e descrição do PRM
RNM n (%)
Necessidade
Problema de saúde não tratado (n=14)
Uso desnecessário do medicamento (n=0)
Efetividade
Inefetividade não quantitativa (n=46)
Incumprimento da frequência diária
Interação medicamentosa
Inefetividade quantitativa (n=33)
Incumprimento da dose diária
Segurança
Insegurança não quantitativa (c=43)
Reação Adversa ao Medicamento (RAM)
Interação medicamentosa
Insegurança quantitativa (n=11)
RAM
Precaução no uso
N=14 (9,5)
14 (9,5)
0
N=79 (53,6)
33 (22,4)
13 (8,8)
33 (22,4)
N=54 (36,8)
25 (17,0)
18 (12,3)
06(4,1)
05(3,4)
Total
147 (100)
RNM - Resultado Negativo associadoo ao uso do antidiabético
Discussão
A presença de RNM nos pacientes com diabetes mellitus tipo 2 esteve associado ao fato de ter um
tempo mais de 10 anos de diagnóstico do diabetes e apresentar três ou mais comorbidades. Zaman
Huri e Fun Wee (2013) também verificaram que a presença de múltiplas comorbidades foi considerado
fator preditivo para a presença do RNM em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Garcia et al. (2008)
verificaram que em torno de 77% dos RNM foram devido ao longo tempo de (mais de 10 anos) do
diabetes mellitus. Os pacientes com diabetes mellitus tipo 2 com mais de 10 anos de diagnóstico do
diabetes e/ou que apresentam pelo menos três ou mais comorbidades devem ser priorizados quanto ao
planejamento de intervenções que evitem ou minimizem o aparecimento dos RNM.
Conclusão
A entrevista farmacêutica permitiu identificar desfechos clínicos negativos relacionados com antidiabéticos que foram causados principalmente por inefetividade (não conformidade com a frequência
e/ou a dose diária) e insegurança (efeitos adversos e interações medicamentosas). A identificação
destes resultados permite planejar intervenções na farmacoterapia a fim de proporcionar melhores
resultados relacionados com o tratamento farmacológico destes pacientes.
Agradecimento
Agradecemos ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba
Os autores auxiliaram nos estudos de caso, na elaboração da estatística do projeto.
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Não foi financiado.
Referências
COMITÉ DE CONSENSO. Tercer Consenso de Granada sobre problemas relacionados com los medicamentos (PRM) y resultados negativos asociados a la medicación (RNM). Ars Pharm, v. 48, n. 1, p.
5-17, 2007.
FREITAS, L. R. S.; GARCIA, L. P. Evolução da prevalência do diabetes e deste associado à hipertensão
arterial no Brasil: análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1998, 2003 e 2008. Epidemiol Serv Saude, Brasília, v. 21, n. 1, 2008.
GARCIA, M. et al. The effect of adding exenatide to a thiazolidinedione in suboptimally controlled
type 2 diabetes. Revista Intern Med., v. 22, n. 1, 2008.
HERNÁNDEZ, D. S.; CASTRO, M. M. S; DÁDER, M. J. F. Método Dáder. Guía del seguimiento farmacoterapéutico. Grupo de Investigatión em Atención Farmacêutica. 3. ed. Universidade de Granada
GIAF-UGR (CTS-131), 2007.
ZAMAN HURI, H.; FUN WEE, H. Drug related problems in type 2 diabetes patients with hypertension:
a cross-sectional retrospective study. BMC Endocrine Disorders, v. 13, p. 2, 2013.
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ciências biológicas
ANÁLISE DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA EM
RATOS WISTAR IDOSOS
Alessandra Ferreira Antunes1, Raquel de Mendonça Rosa-Castro2
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Qual seria a resposta da suplementação de creatina durante o processo de envelhecimento em ratos, em relação a massa corporal, parâmetros
urinários, exame bioquímico de creatinina, e morfologia do tecido renal, hepático e
músculo estriado esquelético.
Antecedentes: Sabe-se que a suplementação de creatina tem sido utilizada como uma
estratégia nutricional atuando como ferramenta terapêutica em diversas faixas etárias,
visando potencializar o rendimento físico, hipertrofia muscular, aumento da força, diminuição da fadiga muscular, e atuando como um anticatabólico. Diversos estudos
indicam os possíveis benefícios ergogênicos da suplementação de creatina, que vem
demonstrando ser capaz de contrapor disfunções como a atrofia e fraqueza muscular,
como também diversas alterações metabólicas cerebrais, ósseas, pulmonares, e até melhorar níveis glicêmicos. Entretanto alguns trabalhos têm associado a suplementação
à alguns efeitos colaterais.
O que esta pesquisa acrescenta: O presente trabalho irá contribuir para profissionais
da área da saúde, principalmente aos nutricionistas em relação ao aconselhamento da
suplementação oral de creatina e da informação que será passada aos indivíduos idosos.
A maior parte do referencial bibliográfico da suplementação de creatina vem sempre
se referindo ao individuo adulto, jovem ou atleta, deixando de lado os grupos de maior
risco como as crianças, as grávidas, os idosos e aqueles que apresentam alguma patologia.
Limitações e pontos fortes: Este estudo analisou os efeitos da administração da suplementação oral de creatina associada à atividade física em modelos experimentais. Foram
avaliadas algumas medidas como a massa corpórea, a função renal por meio de exames
bioquímicos, e a morfologia dos tecidos do rim, fígado, e muscular estriado esquelético. A
principal limitação deste estudo é o curto tempo de pesquisa, e a pequena quantidade de
amostras de sangue que inviabilizou a dosagem de outros parâmetros bioquímicos.
Palavras-chave: Creatina. Suplementação nutricional. Idosos. Atividade física.
Introdução
A sarcopenia em idosos é descrita como sendo uma disfunção característica da idade (PÍCOLI; FIGUEIREDO; PATRIZZI, 2011; PEDRINELLI; GARCEZ-LEME; NOBRE, 2009; PEDRINELLI, 2009; GOMES; GAMA, 2007). Nesse sentido uma estratégia nutricional é a suplementação de creatina que tem
sido amplamente utilizada, atuando como ferramenta terapêutica em idosos e visando potencializar o
rendimento físico e hipertrofia muscular (SOUZA et al., 2009). Estudos recentes indicam os possíveis
benefícios ergogênicos da suplementação de creatina (GUALANO et al., 2009; SOUZA et al., 2009).
Em contrapartida alguns trabalhos experimentais e clínicos têm associado a suplementação à alguns
efeitos colaterais (VIEIRA et al., 2008; GUALANO; LANCHA JUNIOR; ARTIOLI, 2008; LINCK; RODRIGUES; MASCARENHAS, 2011).
Curso de Nutrição , Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Coordenadora Curso de Biotecnologia, Universidade de Sorocaba - UNISO/
1
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Objetivos
Analisar os efeitos da administração da suplementação oral de creatina associada à atividade física
em modelos experimentais, através da função renal, e da morfologia do rim, fígado, e tecido muscular
estriado esquelético nas condições normais, e sob protocolo proposto.
Delineamento
Método
Foram utilizados 20 Rattus norvegicus, machos, com 7 meses, com massa corporal (465,6 g ± 32,6), mantidos sob condições ambientais padronizadas. Sob aprovação do CEUA - Uniso, protocolo nº 25_2014 O
experimento ocorreu durante 30 dias, onde os animais foram divididos em 4 grupos sendo eles controle
(GC), exercício (GE), suplementação (GS), e suplementação + exercício (GSE). Todos os animais foram
alimentados com ração comercial balanceada e água ad libitum, também foram pesados e tiveram amostras de urina coletadas para análise com fita reagente semanalmente. A atividade física (natação) ocorreu durante 10 min/dia 5 vezes por semana. A suplementação ocorreu 5 vezes por semana com Creatina
Micronizada Creapure (35mg/animal), diluída em água Após 24h da última sessão de treinamento físico
os animais foram sacrificados e retirados os rins, fígados, e os músculos gastrocnêmio de cada animal
Posteriormente seguiu-se um protocolo de técnicas histológicas até o preparo das lâminas, as quais
foram analisadas em microscopia ótica.
Resultado
Neste experimento foi possível observar que a massa corporal final dos animais apresentou
um aumento significativo (p<0,05), sendo a média e o desvio padrão inicial GC (471,60 ± 64,40),
GE (474,80 ± 13,80), GS (447,80 ± 8,70), e GSE (469,00 ± 9,70), e a média e o desvio padrão final GC
(536,00 ± 64,20), GE (507,80 ± 10,70), GS (484,20 ± 8,50), e GSE (496,00 ± 6,30) Em relação à dosagem
sérica de creatinina mg/dl nos grupos GS (0,40mg ± 0,28), e GSE (0,37 ± 0,33), observou-se uma
similaridade entre os resultados, e que apresentaram valores inferiores aos dos grupos GC (0,73 ±
0,15) e GE (0,64 ± 0,09).
Discussão
Pode-se afirmar, com 95% de confiança que houve aumento significativo da massa corporal em
todos os grupos, entretanto GE, GS, e GSE apresentaram diferenças em relação ao GC. Contudo de
acordo com o estudo estatístico ANOVA os três grupos não apresentaram diferenças significativas entre si, achados semelhantes foram descritos na literatura. (GUALANO et al., 2010; ARAUJO; RIBEIRO;
CARVALHO, 2009; FRANCO et al., 2007). A excreção de creatinina nos grupos GS e GSE apresentou
resultados inferiores aos grupos controles GC e GE. Os parâmetros urinários caracterizam um aumento significativo da proteinúra e hematúria nos grupos GS e GSE. Portanto faz-se necessário mais
estudos em relação aos glomérulos renais. Os parâmetros urinários caracterizam um aumento significativo da proteinúra e hematúria nos grupos GS e GSE. Observou-se a alta quantidade de leucócitos no
GC, que pode ser indicativo de alguma infecção. Os dados não permitem resultados mais específicos.
Não observou-se excreção de glicose na urina. As análises dos cortes histológicos sugerem discretas
modificações na morfologia, das cápsulas de Bowman, mais estudos serão necessários. O tempo de
exercícios que os animais são submetidos, podem apresentar estas modificações. Corroborando com
estes resultados Gualano, Lancha Junior e Artioli (2008) diz não haver evidencias de que essa substância possa apresentar riscos a homens saudáveis. Na análise histológica do fígado, os hepatócitos
apresentaram morfologia normal, com grande quantidade de glicogênio, possibilitando a manutenção
da massa corporal e melhor desempenho nos movimentos musculares. Vieira et al. (2008) observou
resultados similares A musculatura estriada esquelética apresentou discreto aumento entre as fibras
97
musculares devido à prática de exercícios, o mesmo sugere Gualano et al. (2009). Segundo Sousa e
Azevedo (2008) a suplementação de creatina pode reter líquidos especialmente nos compartimentos intracelulares. Os músculos apresentam alto grau de remodelamento, permitindo com que a musculatura
estriada esquelética apresente plasticidade. Os animais suplementados, sem a prática de exercícios, apresentaram, na fotomigrografia, semelhança ao GC.
Tabela 1 – Parâmetros urinários dos animais dos grupos controle (GC), exercício (GE), suplemento
(GS) e suplemento com exercício (GSE)
Variáveis
Grupos
GC
GE
GS
GSE
Amostras
Sangue
ERI/ µL
Proteínas
mg/dl (g/l)
1ª
*
66,00
47,75
±
2ª
*
32,00
40,87
±
3ª
*
138,00
204,62
±
1ª
*
58,00
38,34
±
2ª
*
44,00
31,30
±
3ª
*
86,00
32,30
±
1ª
12,00
21,68
± 260,00
219,09
±
2ª
50,00 ± 11,18
100,00
0,00
±
3ª
*
100,00
0,00
±
1ª
*
400,00
223,61
±
2ª
*
86,00
31,30
±
± 52,00
45,50
±
3ª
10,00
22,36
* Não houve resultados
Glicose
mg/dl
(mmol/l)
Conclusão
Ph
Densidade
(g/cm3)
*
6,62 ± 0,25
1017,50 ± 2,89 37,50 ± 25,00
*
6,80 ± 0,84
1014,00
8,94
±
*
6,90 ± 0,22
1013,00
4,47
±
*
7,40 ± 0,55
1011,00 ± 5,48
15,00 ± 13,69
*
7,50 ± 0,50
1009,00
5,48
±
35,00 ± 22,36
*
8,00 ± 0,00
1005,00
0,00
±
*
6,80 ± 0,27
1018,00
4,47
±
*
7,00 ± 0,61
1014,00
5,48
±
*
7,20 ± 0,76
1015,00 ± 7,07 40,00 ± 33,54
*
6,80 ± 0,27
1013,00
5,70
±
*
6,90 ± 0,22
1010,00
7,07
±
*
6,50 ± 0,87
1015,00
6,12
±
Leucócitos
125,00 ± 211,39
130,00 ± 207,97
20,00 ± 11,18
20,00 ± 11,18
30,00 ± 27,39
30,00 ± 27,39
55,00 ± 27,39
25,00 ± 30,62
Baseado nos resultados apresentados considera-se que o protocolo proposto pode promover modificações, porém não obtivemos evidências dos riscos e benefícios da suplementação de creatina.
Desta maneira, mais estudos são necessários para avaliar e determinar os efeitos de diferentes doses
da suplementação de creatina em animais idosos.
98
Figura 1 – Fotomicrografia mostrando características normais do rim do GC (A), GE (B), GS (C),
GSE (D). Nota-se no GE aspectos normais dos glomérulos e relativa uniformidade do diâmetro dos
túbulos; no GS é possível visualizar discreto aumento do espaço de Bowman com núcleos aglomerados do rim; e no GSE observa-se uma discreta obliteração do espaço de Bowman, presença de vários
núcleos no tufo glomerular. Em todos os grupos o espaço de Bowman foi apontado como um seta
preta (HE – 40X0).
Figura 2 – Fotomicrografia mostrando características normais do tecido hepático GC (A), GE (B),
GS (C), GSE (D), respectivamente. Nota-se a presença de capilar sanguíneo preservado (setas pretas)
nos grupos GC e GSE (HE – 40X).
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Figura 3 – Fotomicrografia do músculo estriado esquelético (M. Gastrocnêmio) GC (A), GE (B), GS
(C), GSE (D), respectivamente. Observou-se características normais, com aumento discreto dos espaços entre as fibras musculares (HE – 40X).
Agradecimento
Agradecemos à Diego Peres Recalde, Mariane Bagodi da Silva Batista, Erika Leão Ajala Caetano,
Tayná Benko Faria, Andrei Starley, Giovana Sabadim, e aos auxiliares de laboratório do apoio 2, pela
ajuda, e todo o incentivo que fez com que o trabalho fosse concluído.
Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados – AFA e RMRC; Redação do artigo ou
revisão crítica relevante do conteúdo intelectual – AFA e RMRC; Aprovação final da versão a ser publicada – RMRC.
Fontes de Fianciamento
PROBIC – Universidade de Sorocaba – Uniso.
Referências
ARAUJO, E. R.; RIBEIRO, P. dos S.; CARVALHO, S. F. D. de. Creatina: metabolismo e efeitos de sua
suplementação sobre o treinamento de força e composição corporal. Rev Bras Med Esportiva, v. 13, n.
3, p. 63-69, 2009.
FRANCO, F. S. C.; NATALI, A. J.; COSTA, N. M. B.; LUNZ, W.; GOMES, G. J.; JUNIOR, M. A. C.; OLIVEIRA, T. T. Efeitos da suplementação de creatina e do treinamento de potência sobre a performance
e a massa corporal magra de ratos. Rev Bras Med Esporte, v. 13, n. 5, 2007.
GOMES, G. B.; GAMA, E. F. Análise dos músculos esquelético de ratos Wistar idosos submetidos a um
treinamento resistido. Rev Eletrônica Iniciação Científica, v.1, n. 1, p. 71-72, 2007.
100
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA
CURCUMINA NA CONSERVAÇÃO DE BIODIESEL
Bruna Amabili Dezzotti1, Marta Maria Duarte Carvalho2, Victor Manuel Cardoso Figueiredo Balcão3, Gustavo Alexandre dos Santos4, Willian Leonardo
Gomes da Silva5, Matthieu Tubino6
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: A curcumina apresenta atividade antimicrobiana para uso
em biodiesel?
Antecedentes: A curcumina, em outros estudos, apresenta entre, diversas propriedades, atividade antimicrobiana.
O que esta pesquisa acrescenta: A curcumina, neste estudo, apresentou atividade antimicrobiana quando adicionada ao biodiesel. A curcumina apresentou características
fungistáticas, sendo capaz de impedir o crescimento do microrganismo selecionado.
Neste sentido, pode-se considerar a curcumina como uma substância promissora para
o emprego como aditivo no controle de qualidade de biodieseis de diferentes fontes
vegetais.
Limitações e pontos fortes: Pontos fortes: Este estudo apresenta a confirmação
da atividade antimicrobiana da curcumina para uso em biodiesel. Limitações: A
atividade antimicrobiana foi avaliada somente com uma cepa. Deste modo, seria
interessante avaliar outros agentes microbianos e também em diferentes condições de estocagem.
Palavras-chave: Biodiesel. Curcumina. Atividade antimicrobiana.
Introdução
O biodiesel é um combustível produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais, sendo
que, dezenas de espécies vegetais podem ser usadas na produção do biodiesel (ANP, 2012). O biodiesel é um bom substituto para o petróleo e para o diesel por causa de sua melhor biodegradabilidade e da baixa emissão de dióxido de carbono. Contudo, o biodiesel é instável quando exposto
a umidade e ao ar atmosférico. Devido a sua higroscopicidade, pode ocorrer acúmulo de água durante o armazenamento de biodiesel por longos períodos, sendo uma condição favorável à proliferação de microrganismos (ZIMMER et al., 2013; AGUIAR, 2013). A contaminação microbiana pode
gradualmente degradar a qualidade do combustível favorecendo a perda da estabilidade química.
Para o controle da contaminação microbiana durante estocagem tem-se observado o emprego de diversas substâncias biocidas (ZIMMER et al., 2013). No entanto, a adição de uma substância com atividade antioxidante e antimicrobiana, como a curcumina, poderia mostrar-se mais vantajosa.
Objetivos
Objetivo geral da pesquisa foi avaliar a curcumina para o controle da atividade microbiana. Objetivos Específicos: Preparar biocombustíveis de diferentes fontes vegetais; determinar a melhor concentração de curcumina em relação ao biodiesel com atividade antimicrobiana; avaliar a capacidade
antimicrobiana curcumina durante 6 meses de estocagem.
Curso de Farmácia Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 3Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba
- UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 4Programa de Pós-Graduação em Processos Tecnológicos e Ambientais, Universidade de Sorocaba
- UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 5Doutorando do Departamento de Química Analítica, Instituto de Química da Unicamp wilian.silva@
iqm.unicamp.br, 6Departamento de Química Analítica, Instituto de Química da Unicamp [email protected]
1
101
Delineamento
Método
Preparo de biodiesel: Os biodieseis foram preparados a partir de óleo de soja, fritura e algodão por processo químico. O processo de síntese do biodiesel foi feito através de duas reações de transesterificação dos triglicerídeos com um mono-álcool de cadeia curta, na presença
de um catalisador. A síntese foi realizada conforme procedimento proposto por Aricetti (2010).
Preparo das amostras para avaliação da atividade antimicrobiana da curcumina: O fungo filamentoso
Paecilomyces variotii Bainier, foi reativado com solução salina a 0,9% (m/m) e inoculado em placas de
Petri com meio nutritivo Agar Sabouraud e foram armazenados em estufa a 25 °C durante 48 horas.
Adicionou-se uma gota (20 µL) de um dos biodieseis estudados nos quatro quadrantes das placas de
Petri, sendo que em cada quadrante o biodiesel continha uma dada concentração mássica de curcumina em proporções de 0; 0,1; 0,2; 0,5; 1,0 e 1,5% em massa de biodiesel, sempre sem ou com 1% (m/m)
de água estéril adicionada. Após o armazenamento em estufa por 48 horas, observaram-se os halos
de inibição de crescimento microbiano produzidos em cada quadrante e medidos os seus diâmetros.
Avaliou-se assim o efeito combinado da presença de água e de curcumina na inibição de crescimento
microbiano. Para cada biodiesel o procedimento foi realizado em triplicata.
Resultado
Para a determinação da melhor concentração de curcumina capaz de exercer um efeito antimicrobiano foram analisados os halos de inibição de crescimento nas placas de Petri inoculadas com o
fungo. A adição de água nas amostras teve como objetivo simular condições mais próximas as reais
condições de armazenamento. As concentrações que apresentaram o maior halo de inibição de inibição observadas encontram-se na tabela abaixo e assim, foram consideradas adequadas para uso nos
biodieseis.
Tabela 1 – Concentrações de curcumina com e sem adição de água que apresentaram o maior halo
de inibição. A avaliação da capacidade microbiostática da curcumina foi realizada por um período de
quatro meses e a avaliação antioxidativa, por seis meses. Para determinar a capacidade microbiostática da curcumina, fez-se necessário realizar uma amostra de cada biodiesel por mês, para que se
fizesse notável a ausência de crescimento do fungo.
Discussão
Biodiesel
% de curcumina (m/m)
Biodiesel de óleo de algodão
1,0% (m/m) e adição de água
Biodiesel de óleo de fritura
0,5% (m/m) sem adição de água
Biodiesel de óleo de soja
0,2% (m/m), sem adição de água
Biodiesel de óleo de microalgas
0,5% (m/m), sem adição de água
Segundo Negroni (2009), atividade microbicida significa a morte de microrganismos, já a atividade microbiostática significa a inibição de seu desenvolvimento. A partir desses dados e dos resultados
encontrados nos experimentos, pode-se afirmar que a curcumina apresenta atividade microbiostática,
uma vez que, na primeira etapa do experimento, as amostras inoculadas com o fungo apresentaram
o seu crescimento e, na segunda etapa, este fato não foi apresentado. A inibição do desenvolvimento
do fungo na segunda etapa se deve ao fato de que o fungo estava armazenado com adição da curcumina, podendo assim, considerar sua atividade microbiostática. Os biodieseis possuem características
higroscópicas, podendo acumular água em longos períodos de armazenamento e facilitando assim, a
proliferação de microrganismos (ZIMMER et al., 2013; AGUIAR, 2013). Por este fato, este trabalho se
faz importante por estudar uma substância microbiostática, a fim de minimizar este problema.
102
Conclusão
A partir dos experimentos realizados, pode-se afirmar que a curcumina quando adicionada nos
diferentes biodieseis apresenta atividade microbiostática.
Agradecimento
Aos funcionários do Laboratório de Microbiologia da Universidade de Sorocaba pelo auxílio prestado e aos funcionários do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas, pela doação
dos óleos necessários para a realização dos biodieseis.
BAD: execução da parte experimental, coleta dos dados e redação. MMDCV: coordenação, interpretação dos dados e correção da redação. VMCFB: interpretação dos dados e correção da redação.
GAS: auxílio na execução da parte experimental e na coleta dos dados. WLGS: preparo dos biodieseis.
MT: interpretação dos dados e correção da redação.
CNPq, Probic/Uniso.
Referências
AGUIAR, R. T. Caracterização física, química e microbiológica do diesel, biodiesel e suas misturas
durante a logística de distribuição. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba. Programa de Pósgraduação em Química, 2013.
ANP. AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS, Resolução nº
14, DE 11.5.2012. DOU. Diário Oficial da União, Brasília, 18 maio 2012. Disponível em: <http://www.anp.
gov.br/>. Acesso em: 7 ago. 2013.
ARICETTI, J. A. Estudos analíticos em biodiesel e glicerina. Projeto de Doutorado - Instituto de
Química da Unicamp, 2010.
NEGRONI, M. Microbiologia estomatológica: fundamentos y guía práctica. 2. ed. Buenos Aires: Médica Panamericana, 2009.
ZIMMER, A.; CAZAROLLI, J.; TEIXEIRA, R. M.; VISCARDI, S. L. C.; CAVALCANTI, E. S. H.; GERBASE, A. E.;
FERRÃO, M. F.; PIATNICKI, C. M. F.; BENTO, F. M. Monitoring of efficacy of antimicrobial products during
60 days storage simulation of diesel (B0), biodiesel (B100) and blends (B7 and B10). Fuel, v. 112, p. 153-162, 2013.
103
RESTAURAÇÃO FLORESTAL DO PARQUE NATURAL
MUNICIPAL “CORREDORES DA BIODIVERSIDADE”
Luiz Racca Neto1
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: A restauração florestal do Parque Natural Municipal “Corredores da Biodiversidade” (PNMCBIO) apresenta resultados satisfatórios?
Antecedentes: De acordo com a SER (2005) a restauração ecológica proporciona benefícios ecológicos que podem aumentar a biodiversidade, melhorar o suporte à cadeia
alimentar, etc. Infelizmente, a restauração ecológica é uma prática que ainda necessita
de muitos avanços para que atinja a efetividade necessária, especialmente em florestas
tropicais e subtropicais biodiversas inseridas em paisagens antrópicas.
O que esta pesquisa acrescenta: O conhecimento das melhores e mais viáveis técnicas de restauração florestal em Floresta Estacional Semidecidual e parâmetros para
avaliação e monitoramento.
Limitações e pontos fortes: Apresentar diversas informações em relação à técnica de
restauração florestal com plantio convencional/espaçado.
Palavras-chave: Áreas degradadas. Avaliação de restauração florestal. Resiliência.
Introdução
As florestas tropicais estão entre os ecossistemas mundiais com os maiores índices de biodiversidade
e de endemismos, os quais ressaltam a necessidade de ações voltadas para sua proteção e conservação
(MYERS et al., 2000). A partir da década de 80, o termo restauração ecológica passou a ser mais claramente
definido, e a ecologia da restauração passou a ser tratada como ciência (ENGEL; PARROTTA, 2003).
Objetivos
Avaliar a restauração florestal que está sendo feita no PNMCBio, fazendo uma relação entre as
áreas e as parcelas estabelecidas, considerando como indicadores: Identificação taxonômica, riqueza
de espécies, número de indivíduos plantados, número de eucaliptos, densidade, taxa de mortalidade e
altura média dos indivíduos.
Delineamento
Método
O PNMCBio foi dividido em 5 áreas, mas foram escolhidas as áreas 1, 2 e 3 para o estudo. A área 4
não entrou no estudo pois caracteriza um fragmento pouco degradado e a área 5 por apresentar muita
interferência antrópica, como por exemplo o efeito de borda, ocasionado pelas trilhas realizadas no
parque. Primeiramente as parcelas foram determinadas com base em Belotto et al. (2009), onde foram
utilizadas, nas avaliações e monitoramentos de áreas em processo de restauração, parcelas permanentes de 9 m x 18 m. Foram determinadas 3 parcelas por área, totalizando 9 parcelas.
Resultado
Nas 9 parcelas distribuídas em 3 áreas do parque, foram identificadas 41 espécies plantadas, todas classificadas com nativas da Floresta Estacional Semidecidual ou Mata Atlântica do Interior, dentre os 163 indivíduos plantado, aproximadamente 69% das espécies pertencem ao grupo ecológico das Pioneiras e 31%
1
Curso de Engenharia Ambiental, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP
104
das espécies pertencem ao grupo ecológico das Não Pioneiras. Área 1: Apresenta os resultados mais satisfatórios em relação a restauração florestal, pois apresenta menor taxa de mortalidade (0,33), maior riqueza
de espécies (16,67) e indivíduos com altura média de 4,20 m. Resultados obtidos por ser a primeira área a ser
restaurada e apresentava as melhores mudas. Área 2: Apresenta menor riqueza de espécies (12,67) e a taxa
de mortalidade média é de 1 indivíduo por parcela e altura média de 3,80 m. A baixa riqueza de espécies está
associada ao critério utilizado por quem fez o plantio. Área 3: Apresenta maior taxa de mortalidade (1,33) e
riqueza de espécies média de 15,67 e a menor altura média (3,50 m). Área mais suscetível ao crescimento de
gramíneas, mas está sendo realizado o controle periodicamente.
Discussão
De acordo com a Resolução SMA 32/14 (SÃO PAULO, 2014), sugere-se que o projeto de restauração ecológica que empregar a técnica de plantio em área total utilize, no período previsto em projeto,
no mínimo 80 espécies florestais nativas de ocorrência regional e que o total dos indivíduos pertencentes a um mesmo grupo ecológico não exceda 60% do total dos indivíduos do plantio. Neste caso a
restauração encontra-se foras dos padrões determinados pela SMA 32, mas se considerada a área total
avaliada, onde não foi possível identificar todos os indivíduos e os valores relativamente próximos, a
restauração se caracteriza como adequada, estando dentro dos padrões estabelecidos em relação ao
número total de indivíduos pertencentes a um mesmo grupo ecológico.
Conclusão
Cada área apresenta características particulares em relação à restauração florestal por apresentarem diferentes microclimas, algumas áreas estão mais sujeitas ao efeito de borda e também as ações
antrópicas positivas, como por exemplo, o coroamento das mudas e o controle de espécies invasoras.
Contudo, a área 1 apresenta os resultados mais satisfatórios em relação a restauração florestal.
Agradecimento
Ariane Almeida Vaz, Gisele Pires e Welber Senteio Smith.
Recebi excelentes orientações em relação a análise e interpretação dos dados, redação do artigo e
revisão crítica.
PROBIC – UNISO.
Referências
BELLOTO, A.; VIANI, R. A. G.; NAVE, A. G.; GANDOLFI, S.; RODRIGUES, R. R.; BRANCALION, P.
H. S.; ISERNHAGEN, I. Monitoramento das áreas restauradas como ferramenta para avaliação da efetividade das ações de restauração e para redefinição metodológica. In: Pacto pela restauração da
Mata Atlântica: referencial dos conceitos e ações de restauração florestal. São Paulo: LERF/ESALQ:
Instituto BioAtlântica, 2009.
ENGEL, V. L.; PARROTTA, J. A. Definindo a restauração ecológica: tendências e perspectivas mundiais. In: KAGEYAMA, P. Y.; OLIVEIRA, R. E.; MORAES, L. F. D.; ENGEL, V. L.; GANDARA, F. B. (Eds.).
Restauração ecológica de ecossistemas naturais. Botucatu: Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas Florestais, 2003.
MYERS, N. R. A.; MITTERMEIER, C. G.; MITTERMEIER, G. A. B.; FONSECA; J. K. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, n. 403, p. 853-858, 2000.
SÃO PAULO. Resolução SMA 32, de 3 de abril de 2014. Fixa a orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas e dá providências correlatas. Diário Oficial Estado de São Paulo, Poder
Executivo, São Paulo, 2014.
SER – Sociedade Internacional Para a Restauração Ecológica. Diretrizes Para Desenvolver e Gerenciar Projetos de Restauração Ecológica, 2. ed., 2005
105
EXTRACT – OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE
EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS ANTOCIANINAS A
PARTIR DO FRUTO DE JABUTICABA (Myrciaria cauliflora)
Nicole Cassis Ferreira1, Victor Manuel Cardoso Figueiredo Balcão2, Marta
Maria Duarte Carvalho Vila3
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Qual seria o melhor método de extração das antocianinas?
Como mantê-las estabilizadas? Como obter extratos de antocianinas com os melhores
índices de teores? Como comprovar a atividade antioxidante das ACYS presentes na
casca de jabuticaba?
Antecedentes: A jabuticaba é uma fruta nativa brasileira de formato redondo com
coloração roxo-escuro e apresenta uma polpa esbranquiçada. Sua casca é rica em antocianinas o que denota uma forte atividade antioxidante, anti-inflamatória e anticarcinogênica. Estudos comprovam essa atividade antioxidante, dando espaço a utilização
de corantes naturais. As antocianinas são muito conhecidas devido a capacidade de
oxidar radicais livres. As antocianinas variam de uma gama de cor que vai do violeta,
vermelho até o azul, sendo responsável pela coloração de diversas plantas. São encontradas na forma de glicosídeos que são facilmente hidrolisados em meio ácido.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo acrescenta uma alternativa para o uso de
corantes naturais. Sabe-se que as questões relacionadas com a sustentabilidade têm se
tornado essenciais. O projeto proporciona uma alternativa para a utilização de recursos naturais para adaptação industrial.
Limitações e pontos fortes: O ponto forte do projeto é a utilização de matéria-prima
natural, que no caso é a fruta de jabuticaba, para a obtenção do melhor resultado em
termos de extração de ACYS e o uso das antocianinas como antioxidantes, sendo promissoras para adaptação industrial. A limitação do projeto, embora não constituindo
uma verdadeira limitação, foi que os extratos de antocianinas apresentaram altos teores de polissacarídeos, deixando os extratos com aspecto gomoso, o que dificultou o
manuseio da amostra.
Palavras-chave: Antocianinas. Extração. Atividade antioxidante. Jabuticaba (Myrciaria
cauliflora).
Introdução
Os pigmentos naturais de uma variedade de plantas como as jabuticabas, têm despertado interesse de diversos setores industriais, devido à sua alta produtividade, rusticidade e potencial para
a industrialização. As jabuticabas apresentam alta concentração de pigmentos antocianinas (ACYS),
que são substâncias com conhecidas propriedades benéficas à saúde humana e com características
viáveis para utilização como corantes naturais (FAVARO, 2008). No entanto, as antocianinas são
compostos com baixa estabilidade. Em função disto, verifica-se a necessidade de desenvolver e/
ou otimizar métodos de extração das antocianinas a partir de fontes naturais, como as jabuticabas.
Curso de Engenharia Química, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 3Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/
1
106
Objetivos
O objetivo deste projeto de pesquisa foi a obtenção de extratos secos e líquidos ricos em antocianinas (ACYS), a partir da casca de jabuticaba. Analisar os teores de ACYS presentes na casca de
jabuticaba e comprovar a capacidade antioxidante do mesmo.
Delineamento
Método
Reagentes: ácido acético (a 0,5%, m/m); álcool etílico absoluto (a 94%, v/v); ácido clorídrico (a 37%,
m/m); cloreto de potássio; acetato de sódio 2 M; fosfato de sódio monobásico; molibdênio de amônio;
ácido sulfúrico e ácido ascórbico 0,6 M, água ultrapura e Jabuticabas. Equipamentos: balança analítica da Tecnal (modelo SHIAUY-220 Piracicaba, Brasil); banho termostatizado da Tecnal (modelo, TE
-2005, Piracicaba, Brasil); estufa de aquecimento da Fanen (modelo 515, São Paulo, Brasil) espectrofotômetro UV-visível da Shimadzu (modelo MultiSpec-1501, Kyoto, Japão). A extração dos pigmentos foi
feita por maceração de cascas da fruta utilizando como solvente extrator o álcool etílico absoluto (94%,
v/v) e a água ultrapura em uma proporção de uma parte da casca do fruto para 3 partes do solvente
(m/V). As amostras foram mantidas durante 30 minutos a 55 ºC em um banho termostático . Após extração foram mantidas durante 24 horas em estufa de aquecimento à temperatura de 25 °C. O método
de quantificação utilizado foi o método diferencial de pH (FULEKI; FRANCIS, 1968). Foram pesados
0,050 g de extrato seco para balão volumétrico de 5 mL previamente tarado, completando-se com água
ultrapura. Esta solução denominou-se de “solução-mãe”, tendo sido preparadas 4 soluções estoque por
diluição de 900 µL da solução-mãe em balões volumétricos de 5 mL com soluções-tampão pH 1,0 e pH
4,5. As leituras de absorvância foram realizadas aos comprimentos de onda de 510 nm e 700 nm. Os
teores de antocianinas foram obtidos através das equações 1 e 2 (Figura 1). A atividade antioxidante
foi determinada pelo método do complexo de fosfomolibdênio. Em balão de 100 mL foi preparada uma
solução-mãe de 2000 µg.mL-1 de extrato em água ultrapura. Partindo-se desta solução foram preparadas outras três diluições em balões volumétricos de 10 mL, ambas com 2 mL da solução-mãe em 10
mL de água ultrapura. O mesmo foi feito com o ácido ascórbico. A partir daí foi preparado 0,3 mL da
solução mais 3 mL do reagente fosfomolibdênio em tubos de ensaios. Na sequência, as amostras foram
colocadas em banho termostatizado a 95 ºC durante 90 minutos. Após aquecimento, pode-se observar
a redução do fosfato de molibdênio, passando da coloração amarela para o verde, e procede-se à leitura
das amostras em espectrofotômetro UV-vis ao comprimento de onda de 695 nm.
A = (A510nmpH1,0 – A700nmpH1,0) – (A510nmpH4,5 – A700nmpH4,5)
Ct = 46,385791xmexA
mpxmc
(1)
(2)
Onde Ct = concentração de ACYS (g de ACYS/100 g de casca de fruta); A = Absorvância (equação 1);
me = massa (g) do extrato seco obtido após extração; mp = massa (g) do extrato seco usada para preparo
da solução; mc = massa (g) de fruta usada no processo de extração.
Resultado
O procedimento de quantificação das antocianinas pelo método do pH diferencial, desenvolvido
por Fuleki e Francis (1968), permite quantificar antocianinas totais em função de condições de pH distintos, sendo o mais adequado para eliminar a influência dos compostos de degradação (CRUZ, 2008).
Os resultados obtidos relativos à concentração de antocianinas encontram-se na tabela 1. O método do
complexo de fosfomolibdênio, descrito por Prieto et al. (1999), consiste na redução do molibdênio (IV)
107
a molibdênio (V), formando fosfato de molibdênio (V) exibindo uma absorção máxima a 695 nm. Os
valores obtidos encontram-se na tabela 2 e indicam boa capacidade antioxidante quando comparado
com o padrão, vitamina C.
Tabela 1 – Teor de antocianinas obtidas a partir do método do pH diferencial
TEOR DE ANTOCIANINAS
(G DE ACYS/100 G DA CASCA
DA FRUTA)
DA FRUTA)
DA FRUTA)
EXTRAÇÃO UTILIZANDO O ÁLCOOL ETÍLICO 94% COMO SOLVENTE
AMOSTRA 1
5,3038
6,1325
6,1739
AMOSTRA 2
7,2604
5,3128
4,63297
AMOSTRA 3
5,6058
3,3501
4,0997
EXTRAÇÃO UTILIZANDO A ÁGUA ULTRAPURA COMO SOLVENTE
AMOSTRA 4
2,3450
3,4569
2,4890
AMOSTRA 5
1,8921
1,9920
2,3782
AMOSTRA 6
3,5680
2,8901
2,3850
Discussão
Através da quantificação pelo método de Fuleki e Francis (1968), percebe-se que a extração utilizando álcool etílico como solvente tem melhores resultados comparados com os extratos contendo
água ultrapura como solvente. Os valores de concentração para cada amostra são adequados e pode-se
concluir que as cascas de jabuticaba são ricas em antocianinas. Analisando os resultados da atividade antioxidante de cada amostra, verifica-se que a atividade para as amostras contendo álcool etílico
como solvente, estão mais desestabilizadas comparando com as amostras contendo água ultrapura
como solvente.
Tabela 2 – Percentagem de atividade antioxidante (%A.A.) dos extratos
%A.A.
%A.A.
%A.A.
EXTRAÇÃO UTILIZANDO O ÁLCOOL ETÍLICO 94% COMO SOLVENTE
AMOSTRA 1
46,65
39,14
43,20
AMOSTRA 2
60,21
57,57
19,37
AMOSTRA 3
51,53
22,18
53,52
EXTRAÇÃO UTILIZANDO A ÁGUA ULTRAPURA COMO SOLVENTE
AMOSTRA 4
38,20
36,76
36,98
AMOSTRA 5
42,18
39,23
44,89
AMOSTRA 6
35,19
46,78
34,56
Conclusão
Os resultados obtidos sugerem que os extratos obtidos pelo método escolhido permitem a manutenção da atividade antioxidante das antocianinas presentes nas cascas de jabuticaba.
Agradecimento
Ao programa institucional de iniciação científica da UNISO, ao LaBNUS - Laboratório de Biomateriais e Nanotecnologia da Universidade de Sorocaba, e à minha tia que providenciou as jabuticabas
utilizadas em todo o procedimento experimental.
108
NCF – Curso de Engenharia Química, Universidade de Sorocaba, [email protected]. VMCFB e MMDC – LaBNUS – Laboratório de Biomateriais e Nanotecnologia, Universidade de Sorocaba,
[email protected] e [email protected]
CNPq, PROBIC/UNISO.
Referências
CRUZ, A. P. G. Avaliação do efeito da extração e da microfiltração do açaí sobre sua composição e
atividade antioxidante. 2008. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) – Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <http://ainfo.cnptia.embrapa.br/
digital/bitstream/item/37387/1/TS-0752.pdf> Acesso em: 15 jan. 2015.
FAVARO, M. M. A. Extração, estabilidade e quantificação de antocianinas de frutas típicas brasileiras para aplicação industrial como corantes. 2008. Dissertação (Mestrado em Química Analítica)
- Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008. Disponível em: <http://
biq.iqm.unicamp.br/arquivos/teses/vtls000441067.pdf>. Acesso em: 8 ago. 2014.
FULEKI, T.; FRANCIS, F. J. Quantative methods for anthocyanins: extraction and determination of
total anthocyanin in cranberries. Journal of Food Science, Massachusetts, v. 33, n. 1, p. 72, 1968.
_____. Quantative methods for anthocyanins: determination of total anthocyanin and degradation index for cranberry juice. Journal of food Science, Massachusetts, v. 33, n. 1, p. 78, 1968.
PRIETO, P.; PINEDA, M.; AGUILAR, M. Spectrophotometric quantitation of antioxidant capacity
through the formation of a phosphomolybdenum complex: specific application to the determination
vitamin E. Analytical biochemistry, v. 269, n. 1, p. 337-341, 1999.
109
RECEPÇÃO DA USINA MÓVEL DE BIODIESEL DE
SOROCABA-SP: UM ESTUDO ETNOGRÁFICO PAUTADO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Venâncio Alves Amaral1, Marcos Antonio dos Santos Reigota2, Andre Kimura Okamoto3
•
•
•
•
Pontos em Destaque
Pergunta desta pesquisa: A metodologia entnografica seria capaz de contribuir para
a realização de estudos na área da educação ambiental? Podemos usar essa ferramenta
em estudo de caso específico em ações de uma usina móvel de biodiesel?
Antecedentes: Até o presente momento não consta na literatura referencial desta
forma de utilização da metodologia etnográfica para estudos na educação ambiental,
tendo como caso de estudo ações entorno de uma usina móvel de biodiesel, no caráter
de ferramenta didática na sensibilização da sociedade quanto aos aspectos ambientais.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo constatará se há viabilização da metodologia etnográfica para utilização em pesquisa na área da educação ambiental, através
do estudo de caso, abordando vários aspectos como: políticos, econômicos, culturais
e sociais. Desta forma possibilitando a ligação entre contextos diversificados, como é
o caso da usina móvel de biodiesel de Sorocaba e se estabelecendo a ligação com os
conceitos da educação ambiental.
Limitações e pontos fortes: Este estudo apresenta os primeiros dados sobre o uso da
metodologia etnográfica aplicada em usinas móvel de biodiesel e sendo pautado nos
conceitos da educação ambiental. Apresenta mais uma metodologia de pesquisa para
a área da educação ambiental. A principal limitação deste estudo pode ser a existência
de pouca referência aos tópicos de forma agregada, porém existe referência na literatura para os tópicos de forma isolada.
Palavras-chave: Etnografia. Educação ambiental. Espaços de educação.
Introdução
Nas últimas décadas observou-se o aparecimento de inúmeros movimentos em prol do meio ambiente, no intuito de frear a degradação ambiental local e/ou de encontrar novas alternativas menos impactantes (RODRIGUES; COLESANTI, 2008). Uma estratégia é utilizar a educação ambiental como ferramenta
de sensibilização populacional. Segundo Reigota (2009, p. 39) “É consenso na comunidade internacional
que a educação ambiental deve estar presente em todos os espaços que educam os cidadãos e cidadãs.”
De fato, são vários os espaços educacionais e cada um com suas próprias características e especificidades. Contudo, vale ressaltar que é possível que se recorra a diferentes referenciais para os
trabalhos, com diferentes públicos ou contextos, sem que isso torne a prática incoerente (VALENTI et al., 2012). Sob essa perspectiva, considera-se que uma das formas que permitem a construção de processos interpretativos é o uso de materiais didáticos como ferramentas para a construção dos saberes (RODRIGUES; COLESANTI, 2008). Com base nestes espaços educacionais e que
a educação ambiental no Brasil, ainda demostra certa carência metodológica adotada entre seus
pesquisadores nos respectivos projetos que desenvolvem (RODRIGUES; COLESANTI, 2008).
Desta forma o trabalho busca utilizar o espaço da Usina Móvel de Biodiesel como ferramenta didática
Curso de Biotecnologia,Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2 Curso de Pós-Graduação Stricto sensu em Educação, Universidade de
Sorocaba, UNISO/ Sorocaba /SP [email protected], 3 Curso de Química, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP andre.okamoto@
prof.uniso.br
1
110
e verificar a contribuição da etnografia como método para a realização do estudo na área de educação
ambiental.
Objetivos
A pesquisa teve como objetivo principal verificar a contribuição da etnografia para a realização do
estudo na área da educação ambiental, aplicadas em um estudo de caso específico das ações da usina
móvel de biodiesel da cidade de Sorocaba no trabalho de conscientização ambiental.
Delineamento
Observacional: Prontuários, bases com dados de ser humano, entrevistas, aplicação de questionários, observação de comportamento, etc.
Método
A metodologia aplicada segue uma base estabelecida no livro Ethnography: Principles in practice, dos
autores Martyn Hammersley, da Universidade de Leicester e Paul Atkinson, da Universidade de Cardiff
(2007). Em termos de coleta de dados, a etnografia geralmente envolve o pesquisador/investigador/participante na vida diária das pessoas por um longo período de tempo, observando o que acontece, ouvindo
o que é dito, e/ou fazendo perguntas por meio de entrevistas formais e informais, coletando documentos
e artefatos – de fato, reunindo todos os dados que estão disponíveis para jogar luz sobre as questões que
são o foco emergente da pesquisa. O pesquisador deste estudo não utilizou as ferramentas de entrevistas e
questionários, diretamente com o público estudado. Utilizaram-se apenas os documentos disponibilizados
pela Prefeitura Municipal de Sorocaba em cada deslocamento da usina móvel de biodiesel. A análise estatística, de caráter qualitativo, foi complementada por levantamento de dados socioeconômicos publicados
nos censos realizados pela própria Prefeitura de Sorocaba, ou outro órgão público. Portanto, todo estudo
de campo que envolveu contato direto com o público foram desenvolvidos por terceiros. Esta forma de observação de informações respeita os princípios da ética em pesquisa com seres humanos, pois não haverá
abordagem direta ou indireta dos indivíduos, e esta pautada sobre o princípio de publicidade das informações armazenadas sob tutela do poder público. Estudos em campo foram necessários apenas para visualizar
o impacto causado pela presença da usina móvel de biodiesel sobre o entorno físico, considerando fatores
como visibilidade, acessibilidade, etc.
Resultado
Como resultados, em grandes centros urbanos como a Cidade Sorocaba observa-se que há interesse das pessoas no que é novo, mas o interesse é passageiro e em um curto espaço de tempo, não
há conscientização prática de acordo com o conhecimento disponibilizado nos momentos lúdicos de
captação do que é novo. Esse fenômeno foi comparado com o de uma localidade afastada dos grandes
centros urbanos, e constatou-se que nesse meio a transmissão do conhecimento é mais lenta, porém
com maior latência nas pessoas.
Discussão
Por outro lado, o conhecimento retido em localidades pequenas carece de aprofundamento da discussão da natureza do fenômeno estudado, sendo retido apenas o processo. O novo paradigma encontrado prevê que se aprofunde o conhecimento nos mecanismos sociais e individuais que caracterizam
essa dicotomia entre a retenção de conhecimentos superficiais e a curiosidade superficial sobre assuntos cuja informação mais específica está imediatamente disponível ao agente receptor.
Conclusão
O estudo etnográfico permitiu perceber que no uso de novas ferramentas, a associação do novo,
materializado pela usina móvel instalada sobre uma carreta, é acertada pois vai de encontro à demanda
111
do comportamento da sociedade, mas prejudica a abordagem de contextualização da problemática
ambiental, que é ofuscada pelo contato com a novidade momentânea.
Agradecimento
Agradecemos o Programa de Iniciação Científica da Uniso junto ao PIBIC/CNPq pela bolsa destinada ao aluno. Agradecemos a Secretaria de Parcerias/Secretaria de Obras e Serviços Públicos da
Prefeitura Municipal de Sorocaba pelo uso em regime de comodato da Usina Móvel de Biodiesel como
ferramenta de pesquisa.
Venâncio Alves Amaral - Autor; Marcos Antonio dos Santos Reigota - Orientador; Andre Kimura
Okamoto - Coorientador.
Prefeitura Municipal de Sorocaba.
Ética de Pesquisas
Este estudo não envolve de maneira direta o contato com o público, desta forma não houve a necessidade do comitê de ética em pesquisa, todos os dados envolvendo seres humanos foram fornecidos
por terceiros.
Autorização Legal:
Este estudo for autorizado pela Secretária de Serviços Público da Prefeitura de Sorocaba para a
utilização da Usina Móvel de Biodiesel de Sorocaba como espaço de pesquisa.
Referências
HAMMERSLEY, Martyn; ATKINSON, Paul. Ethnography: principles in practice. 3. ed. United Kingdom: Routledge, 2007.
REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2009.
RODRIGUES, Gelze Serrat de Souza Campos; COLESANTI, Marlene T. de Muno. Educação ambiental
e as novas tecnologias de informação e comunicação. Sociedade e Natureza, v. 20, n. 1, p. 51-66, 2008.
VALENTI, Mayla Willik; DE OLIVEIRA, Haydée Torres; DODONOV. Pavel; SILVA, Maura Machado.
Educação ambiental em unidades de conservação: Políticas públicas e a prática educativa. Educação
em Revista, v. 28, n. 1, p. 267-288, mar. 2012.
112
ESTUDO DA CITOTÓXICIDADE E DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DAS FRAÇÕES SEMIPURIFICADAS
DA ESPÉCIE Solanum variabile MART
Tayna Raissa Motta Alves1, Gabriela Acca Ribeiro2, Luciane Cruz Lopes3
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Este estudo pretende verificar se atividade analgésica da
espécie é mantida nas frações semipurificadas de extratos brutos, e se existe relação
desta atividade analgésica com a atividade antineoplásica.
Antecedentes: Há evidências epidemiológicas de que a inflamação crônica seja fator
de risco de grande importância para o desenvolvimento de tumores (DANESE et al.,
2010). A busca por fármacos analgésicos, com propriedades antineoplásica seria chave
para o tratamento de tais enfermidades. Resultados com extratos brutos da especie
evidenciaram atividade antinociceptiva (RIBEIRO; LOPES, 2014), sugerindo que esta
espécie possa conter substância promissoras com tais atividades.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo demonstra efeitos positivos da especie
sobre os efeitos antinociceptivos. Esta, também apresenta atividade citocida para neoplasias em diferentes concentrações. O efeito antinociceptivo foi potencializado por
fármaco adrenérgico, caracterizando potencial mecanismo envolvendo tais receptores.
Limitações e pontos fortes: Trata-se de espécie vegetal nativa, pouco estudada no
Brasil mas muito utilizada popularmente. Este estudo confirma algumas indicações
populares e ainda identifica potencial antineoplásico de compostos com atividades
duais: antinociceptiva e antineoplásica. Por outro lado, não trabalhamos com extrato
padronizado e ainda não quantificamos os compostos que se relacionam com tal atividade. As frações foram enviadas para análise espectométrica e idenficação preliminar
de possíveis compostos.
Palavras-chave: Solanum variabile Mart. Antinociceptividade. Citotoxidade.
Introdução
São registrados no Brasil grandes casos de intoxicação por medicamentos (BORTOLETTO; BOCHER, 1999). Consequentemente, a busca por fármacos analgésicos seguros é de fundamental importância para saúde pública. A espécie estudada pertence à família das Solanáceas, que apresenta
um grande número de espécies com propriedades medicinais (LEITÃO FILHO, 1972). Dados sobre as
propriedades farmacológicas da espécie não foram encontrados. Embora utilizada popularmente para
tratamento de dores em geral e no tratamento de neoplasias, estes não foram confirmados cientificamente.
Objetivos
Determinar preliminarmente a atividade antinociceptiva e a citotoxidade das frações semipurificadas de diclorometano da espécie.
Delineamento
1
Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP gabi_
[email protected], 3Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP luciane.
[email protected]
113
Método
Foram utilizados camundongos swiss machos para determinação da atividade antinociceptiva em modelo contorção abdominal por ácido acético 1,2%, i.p. Camundongos pesando em média 19g foram tratados
com NaCl 0,90% (0,1mL/kg, v.o.), dipirona (200 mg/Kg v.o.) e as frações semipurificadas de diclorometano
da especie, (100mg/kg, v.o). O tratamento foi realizado 30min antes da administração de 0,2 mL (i.p) de
ácido acético 1,2% em cada animal. A contagem individual do número de contorções foi realizada entre o 5º
e o 21ºmin após a administração do ácido acético. Para o estudo antiálgico, utilizou-se o mesmo metodo. Foi
administrado, 20min antes das frações, o cloridrato de clonidina, com finalidade de verificar se as vias adrenérgicas e serotoninérgicas se relacionam com o efeito antálgico das frações. Foram utilizadas as frações
mais ativas do modelo de contorção. Visando avaliar o ensaio antiproliferativo, as linhas celulares de diferentes origens histológicas foram utilizadas. Linhas celulares de tumores humanos UACC-62 (melanoma),
MCF-7 (mama), NCI-H460 (pulmão, células não-pequenas), OVCAR-3 (ovário), PC-3 (próstata), HT-29 (cólon) 786-O (renal) e NCI-ADR/RES (ovário com fenótipo de resistência a múltiplas drogas) foram cedidas
pelo Instituto Nacional do Câncer. Culturas de estoque foram cultivadas num meio de 5 mL de RPMI-1640
e suplementadas com 5% de soro fetal bovino. Gentamicina (50 µg/mL) foi adicionada às culturas experimentais. Doxirrubicina foi o fármaco de referência utilizado em nos ensaios antiproliferativos. As células
colocadas em placas de 96 poços (100 µl de células/poço; densidade de inoculação de 4 a 7104 células/ml)
foram expostas a várias concentrações de amostras em meio RPMI/DMSO (0,25, 2,5, 25, e 250 µg/ml) a 37°
C, 5% de CO2 durante 48h. A concentração final de DMSO não afetou a viabilidade celular. Em seguida, as
placas foram incubadas com uma solução a 50% de TCA durante 30min a 4°C durante a fixação das células.
Após lavagem e secagem, a proliferação celular foi determinada por quantificação espectrofotométrica a
(540n m) para o teor de proteína celular usando corante SRB (Sigma). Os dados de absorvância foram
utilizados para calcular a inibição total do crescimento (TGI), a inibição de 50% do crescimento (GI50) e a
inibição da letal 50% (CL 50), por regressão paramétrica sigmoidal em software Origin 7.1. Utilizaram-se as
frações obtidas por semipurificação em etanol.
Resultado
Os tratamentos realizados com as frações semipurificadas de diclorometano, foram significantemente efetivos em inibir as contorções em relação ao controle, Tabela 1. O uso prévio de clonidina
potencializa o efeito antinociceptivo das frações, Tabela 2. As frações etanólicas se mostraram eficaz
como citocida/citotóxico em cultura de células de mama, mama resistente, ovário e rim.
Tabela 1 – Efeito de frações semipurificadas de Solanum variabile MART sobre a inibição de
contorções abdominais por ácido acético 1,2% ip, em camundongos
Tratamento
NaCl
Dipirona
ED0
ED1
ED2
ED3
ED4
ED5
ED6
ED7
ED8
ED9
N
4
5
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
Dose (mg/kg)
5mL
200
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Número
contorções
% inibição
69,5 ± 10,8
25,4 ± 3,2*
20,2 ± 3,5*
31,0 ± 6,6*
25,7 ±4,7*
11,0 ± 5,3*
24,2 ± 5,4*
25,5 ± 3,7*
41,7 ± 6,2*
36,7 ± 5,4*
40,2 ± 4,0*
39,2 ± 2,5*
63,4
70,9
55,3
63,0
84,2
65,2
63,3
40,0
47,2
42,1
43,6
*Teste Dunnet p<0,001; ED: Fração simipurificada diclorometânica de Solanum variabile Mart.
114
Tabela 2 – Efeito das frações semipurificadas da espécie Solanum variabile na inibição de contorções
abdominais por ácido acétido 1,2% ip, em camundongos previamentes tratados com cloridrato de
clonidina (100 mg/kg, vo)
Tratamento
NaCl 0,9%
Dipirona
ED0
ED3
ED4
N
4
4
4
4
4
Dose (mg/kg)
5ml
200
100
100
100
Número
contorções
67,0 ± 6,2*
25,7 ± 3,8*
21,0 ± 2,6*
13,00 ± 7,5*
29,6 ± 4,0*
% inibição
63,4
75,4
85,4
66,4
Anova F (4,16) = 60,28, p<0,0001. Teste Dunnet* p<0,05 para valores que diferem do controle.
Discussão
A atividade antinociceptiva do extrato bruto prossegue nas frações semipurificadas, além disso, o efeito
é maior. O efeito antiálgico parece estar relacionado com receptores adrenérgicos, uma vez que os efeitos
das frações foram potencializados pela clonidina. Frações etanólicas se mostraram eficaz como citocida/
citotóxico. A espécie contém solanina cuja atividade analgésica foi anteriormente confirmada e poderia
explicar os efeitos obtidos neste estudo (PANDURANGA; KHOSA; HEMALATHA, 2011). O uso da clonidina tem sido considerada uma adjuvante na analgesia perioperatória, principalmente nas anestesias
locoregionais. A clonidina exógena mimetiza os efeitos da norepinefrina endógena e ativa os mecanismos
inibitórios em neurônios localizados na lâmina I do corno dorsal da medula. O efeito potencializador da
clonidina sobre os efeitos frações pode explicar um dos possíveis mecanismos envolvidos com o efeito antiálgico. Compostos com atividade anti-inflamatória podem se relacionar ao efeito antineoplásico, por meio
da inibição da COX-2. Neste experimento não foi testada esta atividade, mas certamente esta poderia ser a
explicação plausível para o efeito anti-inflamatório e antineoplásico desta espécie.
Conclusão
As frações semipurificadas da espécie possuem significante efeito antinociceptivo, e também atividade citocida/citotóxica sobre células de mama, mama resistente, ovário e rim. O efeito antinociceptivo parece se relacionar a mecanismos adrenérgicos.
Agradecimento
Ao Laboratório de Biociências e ao Programa de Iniciação Científica Uniso, e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
LCL – concepção do projeto, análise estatística, e correção final dos relatórios. GAR – auxílio na
execução da parte experimental e dos relatórios.
CNPq, Programa de Iniciação Científica Uniso.
Referências
BORTOLETTO, M. E.; BOCHER, M. E. Impacto dos medicamentos nas intoxicações humanas no
Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 1999. Disponível em: <http://www.arca.fiocruz.br/handle/ocit/460>. Acesso em: 14 ago. 2015.
DANESE, S. et al., Inflammatory bowel disease and intestinal cancer: a paradigm of the Yin–Yang interplay between inflammation and cancer. Oncogene, p. 3313-3323, 2010.
115
Mostra de
de Atividades
Atividades Acadêmicas
Acadêmicas
II Mostra
LEITÃO FILHO, H. F. Plantas invasoras de culturas. São Paulo: Hucitec, 1972. v. 2.
PANDURANGAN, A.; KHOSA, R. L.; HEMALATHA S. Anti-inflammatory activity of an alkaloid from Solanum trilobatum on acute and chronic inflammation models. Nat Prod Res, v. 25, n.12, p.1132-41, 2011.
RIBEIRO, A. G.; LOPES, C. L. Estudo das atividades antinociceptivas e anti-inflamatórias das subfrações semipurificadas de Solanum Variabile Mart. XVII Epic - 17° Encontro de Pesquisadores e de
Iniciação Científica, Universidade de Sorocaba, 2014.
116
ESTUDO DA OCORRÊNCIA DE ECTOPARASITOSES
E PARASITOSES INTESTINAIS EM GATOS DOMICILIADOS E ERRANTES DO MUNICÍPIO DE SOROCABA, ESTADO DE SÃO PAULO
Isadora Caruso Fontana Oliveira1, Andrea Cristina Higa Nakaghi2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Qual a ocorrência das parasitoses de gatos domiciliados e errantes do munícipio de Sorocaba, SP?
Antecedentes: Os gatos podem albergar várias espécies de parasitas que podem afetar seu bem-estar e representar riscos para a saúde de seus proprietários. Os estudos
epidemiológicos que abordam ectoparasitas e endoparasitas em gatos domiciliados
e errantes ainda é escasso, mas faz-se necessário, tendo em vista o potencial desses
felinos em permanecer como reservatórios de zoonoses parasitárias.
O que esta pesquisa acrescenta? A detecção dos principais ectoparasitas e endoparasitas nos gatos domiciliados e errantes do município de Sorocaba-SP, pode
auxiliar na prevenção desses parasitas, já que podem apresentar risco ao animal e
à saúde publica.
Limitações e pontor fortes: A identificação de prevalência de parasitas que podem
apresentar rico à saúde publica. A limitação pode ser pela sensibilidade do método
coproparasitológico para outros parasitas, onde a utilização de técnicas moleculares e
sorológicas para um resultado mais confiável.
Palavras-chave: Gatos. Endoparasitas. Ectoparasitas. Coproparasitológico
Introdução
Os animais de companhia, especialmente cães e gatos, apresentam um importante papel nas sociedades no mundo todo. Eles são importantes companheiros de muitas famílias, contribuindo para o desenvolvimento físico, social e emocional das crianças, como também, o bem-estar de seus proprietários, principalmente idosos (ROBERTSON; IRWIN; LYMBERY, 2000). Embora animais de estimação ofereçam
benefícios significativos para a sociedade, há também riscos para a saúde humana, que foram documentados associando indivíduos que possuem animal de estimação (ROBERTSON; IRWIN; LYMBERY, 2000).
Apesar do hábito de higiene, os gatos são muito expostos a ectoparasitas, sobretudo a razão de criação
de grande número de animais confinados num mesmo ambiente (ROMEIRO et al., 2007) e/ou contato
íntimo de gatos peridomiciliados com animais errantes (BRAGA et al., 2012).
Objetivos
Obter dados epidemiológicos de ectoparasitoses e das parasitoses intestinais de gatos domiciliados e errantes do munícipio de Sorocaba, SP.
Delineamento
Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba - UNISO/
1
117
Método
Os gatos foram avaliados clinicamente para detecção de parasitas. Os ectoparasitas presentes no pelame foram colhidos manualmente e mantidos em frascos com álcool 70 GL, examinados em lupa e identificados. Quando observadas as lesões de pele sugestivas de sarnas, amostras de pele foram colhidas por
raspado cutâneo com auxílio de lâmina de bisturi e depositadas em lâminas de microscopia, adicionada
uma gota de hidróxido de potássio a 10% e recoberto por lamínula. Na suspeita de otocaríase, as amostras
de cerúmen foram colhidas com swabs e colocadas em lâminas de vidro, clarificadas com hidróxido de
potássio e observadas em microscopia. As amostras de fezes foram colhidas do ambiente, e acondicionadas
em sacos plásticos, identificadas e mantidas refrigeradas até o momento da análise. As amostras foram
submetidas aos métodos coproparasitológicos de Willis (1927) e sedimentação natural. (HOFFMAN, 1934).
Resultado
Dos 65 animais,obteve-se o seguinte resultado separado em grupos 1 e 2, domiciliados e errantes
respectivamente: Grupo 1 – 9 animais (27,27%) para Ctenocephalides felis e 2 animais (6,06%) para
Notoedres sp; Grupo 2 – 3 animais (9,37%) para Notoedres sp, 2 animais (6,25%) para Otodectes sp
(6,25%) e 1 animal (3,12%) C. felis. Já o resultado obtido de endoparasitas foram: 7 animais (21,21%) foram positivos Giardia sp, 5 animais (15,15%) Isospora sp , 3 (9,09%) para Ancylostoma sp, 3 (9,09%) para
Toxocara sp, 2 (6,06%) para Dipylidium caninum, 2 (6,06%) para Tricuris sp (6,06%) e apenas 1 animal
(3,03%) foi detectado outros coccídios. Grupo 2 – 20 animais (62,5%) foram positivos para Isospora sp,
19 (59,37%) para Toxocara sp, 6 (18,75%) para Giardia sp , 6 (18,75%) para outros coccídios, 2 (6,25%) para
Ancylostoma sp e apenas 1 animal (3,12%) D. caninum (3,12%).
Discussão
A predominância de C. felis em animais domiciliados se deve a dificuldade de erradicar o parasita do
ambiente, diferente dos abrigos, onde há um maior controle sanitário com ectoparasitas, no entanto, observa-se dificuldade em vermifugar os gatos errantes, acarretando em um resultado maior de endoparasitas do que de ectoparasitas. Harman, Halliwell e Greiner (1987) afirma que a C. felis é geralmente considerada como a espécie predominante em gatos. Os ácaros foram mais frequentes em animais errantes
118
pois como são parasitas contagiosos a alta rotatividade de animais em abrigos predispõe a ocorrência
dessas parasitoses, o que não ocorre com gatos domiciliados. Assim como visto em outras pesquisas feitas em cidades brasileiras, a predominância de certos parasitas em outras regiões é semelhante ao encontrada neste levantamento de endoparasitas, Ancylostoma sp e Toxocara sp foram detectadas em vários
animais domiciliados e principalmente nos animais errantes. Esse resultado diferenciou com a predominância de Isospora felis e Toxocara sp. com resultados encontrados em outros estudos nos diferentes
lugares (Araçatuba, SP e Cuiabá, MT) (FARIAS; CHRISTOVÃO; STOBBE, 1995; RAMOS et al., 2013).
O resultado inesperado com a prevalência de Isospora sp. supõem que seja pelo os oocistos terem
uma longevidade considerável e poderem persistir por vários anos no ambiente, a superlotação em
abrigos contribuiu para o alto índice encontrado do coccídio, afirmado pelo autor Urquhart et al. (1998).
O protozoário Giardia sp foi também detectado nesta pesquisa, no entanto, a forma mais confiável
para detectar, como so método de diagnóstico ELISA e PCR, utilizada por Barutzki e Schaper (2011) e
Sotiriadou et al. (2013) em suas pesquisas, assim como outros coccídeos não identificados, como oocistos de Cryptosporidium ssp.
Conclusão
Conclui-se que as parasitoses são frequentes em gatos domésticos e errantes do município de
Sorocaba, e que estas podem ser Ctenocephalides felis, Toxocara sp e Isospora sp. Conclui-se também
que a alta rotatividade dos abrigos aumenta a predisposição dos gatos as parasitoses mais comuns,
entretanto a puliciose apresenta-se como importante parasita também entre os domiciliados.
Coleta, exames e redação do artigo – ICFO. Concepção, revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e Aprovação final da versão a ser publicada – ACHN.
Bolsa PROBIC Uniso.
Referências
BARUTZKI, D.; SCHAPER R. Results of parasitological examinations of faecal samples from cats and
dogs in Germany between 2003 and 2010. Parasitol Res, p. S45-S46, 2011.
BRAGA, M. S. C. O; et al. Molecular detection of hemoplasma infection among cats from São Luis
island., Maranhão, Brazil. Braz J Microbiol, v. 43, n. 2, p. 569-575, 2012.
FARIAS, N. A.; CHRISTOVÃO, M. I.; STOBBE, N. S. Frequência de parasitas intestinais (Canis fami-liaris) e gatos (Felis catus domestica) em Araçatuba - São Paulo. Rev Bras Parasitol Vet, v. 4, n. 1, p. 57-60.
HARMAN, D. W.; HALLIWELL, R. E.; GREINER, E. C. Flea species from dogs and cats in north-central
Florida. Vet Parasitol, n. 23, p. 135–140, 1987.
HOFFMAN, W. A. et al. The sedimentation-concentration method in schistosomiasis mansoni. J Publ
Hlth trop Med, v. 9, p. 283-98, 1934.
RAMOS, D. G. S. et al. Survey of helminth parasites of cats from the metropolitan area of Cuiabá, Mato
Grosso, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet, Jaboticabal, v. 22, n. 2, p. 201-206, abr.-jun. 2013.
ROBERTSON, I. D.; IRWIN, P. J.; LYMBERY, A. J. et al. The role of companion animals in the emergence of parasitic zoonoses. Int J Parasitol, v. 30, p. 1369-1377, 2000.
ROMEIRO, E. T. et al. Infestação por Lynxacarus radovskyi em gatos domésticos procedentes da região metropolitana do Recife, Pernambuco, Brasil. Rev Bras Parasitol Vet, v. 16, n. 3, p. 159-162, 2007.
SOTIRADOU, I. et al. Molecular identification of Giardia and Cryptosporidium from dogs and cats.
Parasite, v. 20, n. 8, 2013.
URQUHART, G. M. et al. Parasitologia veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
WILLIS, H. H. A simple levitation method for the detection of hookworm ova. Med J Australia, v. 8, p.
375-376, 1927.
119
ANÁLISE DAS CONCENTRAÇÕES INTRAUTERINA
DE INTERFERON-ß E PROSTAGLANDINA E2 NO
PÓS PARTO DE ÉGUAS PRENHES SUPLEMENTADAS OU NÃO COM PROGESTERONA
Karina Sene Rosa1, Ana Carolina Rusca Correa Porto2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: A suplementação hormonal de éguas com diferentes tipos
de progestágenos pode alterar componentes imunes uterinos de éguas no pós parto?
Antecedentes: Não existem relatos que indiquem se a suplementação com diferentes
tipos de progestágenos alteram a concentração de componentes imunes do útero de
éguas no pós-parto.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo é um ponto de partida na imunologia
uterina de éguas no pós parto, suplementadas ou não com progestágenos, visto que
não é encontrado tal estudo na espécie alvo.
Limitações e pontos fortes: Representa um ponto de partida no estudo da imunologia
do pós parto em éguas; Pode direcionar a implementação de protocolos hormonais;
Estudo realizado in vivo; O número de animais é a principal limitação do estudo.
Palavras-chave: Resposta imune uterina. Gestação equina. Progesterona.
Introdução
Sabe-se que citocinas de padrão Th1 estimulam a produção de peptídeos anti-microbianos que
contribuem para eliminação de patógenos no útero, porém a duração e a magnitude da resposta devem
ser reguladas, já que essa inflamação pode resultar em infertilidade (HENDERSON; WILSON, 1996).
Rukavina e Podack (2000) afirmam que fatores placentários como a progesterona contribuem para
uma resposta Th2. A progesterona em gestantes saudáveis faz que os linfócitos periféricos produzam
uma proteína mediadora chamada fator bloqueador, induzido pela progesterona. Este mediador pode
modular a resposta imunológica, inibindo citocinas Th1, como por exemplo INF-ß (SZEKERES-BARTHO et al., 2005). O uso de progestágenos em éguas afim de prevenir o abortamento (MACPHERSON,
2005) tem se tornado muito comum, apesar de mais informações serem necessárias para se entender
os efeitos biológicos do tratamento com P4 ou outros progestágenos (OUSEY, 2004). Nada se sabe
sobre o efeito de tais aplicações no pós parto.
Objetivos
Avaliar a influência da suplementação hormonal com diferentes tipos de progestágenos na concentração de componentes imunes no útero de éguas no pós parto.
Delineamento
1
Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2 Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária, Universidade de
Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
120
Método
Foram formados três grupos experimentais para comparar possíveis diferenças na resposta imune
uterina no pós parto de éguas suplementadas ou não com progesterona. No grupo 1 foram inseridas
três éguas não suplementadas hormonalmente. No grupo 2, três éguas foram submetidas à suplementação com progesterona natural de curta ação a partir dos 280 dias de gestação e no grupo 3, três éguas
foram submetidas a injeções de progesterona sintética a partir dos 280 dias de gestação. As coletas
foram realizadas 24, 72 e 120 horas após o parto pela infusão e imediata recuperação de 100 ml de solução ringer lactato, por via cervical com o uso de cateter de Foley. As amostras foram concentradas
até o volume de 1,0 ml para posterior avaliação das concentrações de INF-ß, PGE2 e TGF-ß por ELISA.
Resultado
Observou-se maiores concentrações de prostaglandina E2 nas amostras coletadas dos animais do
grupo 3 se comparadas as dos animais dos outros grupos (Figura 1), mas sem diferença estatisticamente significante. As amostras coletadas 24 horas após o parto em todos os grupos apresentaram maiores
concentrações, com decréscimo progressivo nas subsequentes. Não foi possível detectar INF-ß em
nenhuma das amostras. TGF-ß esteve em maior concentração nas amostras coletadas dos animais do
grupo 3 em todas as coletas realizadas (Figura 2), porém não houve diferença estatisticamente significativa. As coletas nos animais do grupo 1 mostraram uma concentração homogênea desse fator nas
diferentes coletas e nas dos animais do grupo. Nos animais do grupo 2 foi observado um aumento da
concentração na coleta de 72 horas em relação a de 24 horas após o parto que se manteve constante na
terceira coleta (Figura 2).
Figura 1 – Dosagem de PGE-2 em amostras concentradas de lavados uterinos das éguas dos diferentes grupos experimentais.
121
Figura 2 – Dosagem de PGE-ß em amostras concentradas de lavados uterinos das éguas dos diferentes grupos experimentais.
Discussão
Foi possível observar maiores concentrações de PGE2 nas amostras coletadas dos animais do G3
(suplementados com progesterona sintética) quando comparadas as encontradas nos animais dos outros grupos, porém sem diferença estatisticamente significante. Tal resultado difere do resultado o observado no estudo de Herath et al. (2006), que ao avaliar a influência de hormônios esteróides em células
epiteliais e estromais do endométrio de bovinos cultivadas com E. coli inativada ou LPS observaram redução significativa da produção das prostaglandinas PGE e F2a pelas células endometriais na presença
de progesterona quando comparada à produção dessas prostaglandinas na presença de estradiol. Tal
diferença pode ser relacionada a diferenças na condução do estudo, já que o estudo aqui proposto foi realizado in vivo enquanto o estudo a que foi comparado foi realizado in vitro. Pode-se relacionar também
à diferenças relacionadas à espécie ou ao baixo número de animais estudados. Com relação às concentrações de INF-ß não foi possível detectar tal citocina em nenhuma amostra testada, tal fato pode
estar relacionado a um estado imunossupressor transitório promovido pela progesterona. Para complementar o resultado foi realizada a dosagem do TGF-ß. Sabe-se que o TGF-ß1 pode inibir a liberação e a atividade de muitas citocinas como TNF-a, IFN-ß e diversas interleucinas (LETTERIO; ROBERTS, 1998). Como foi encontrada alta concentração desse fator nos lavados, a não observação do
IFN-ß pode estar relacionada com a inibição promovida por esse fator. A concentração desse fator
não foi por nenhuma vez correlacionada ou relatada na literatura sofrer alterações de acordo com a
concentração de progesterona sérica. Podemos então concluir, que esse fator está em alta concentração no útero das éguas no pós parto independente se ela tenha passado por tratamento hormonal.
Conclusão
Conclui-se que a suplementação hormonal não teve efeito sobre a produção de citocinas no útero
no pós parto imediato, apesar de concentrações maiores de PGE-2 e TGF-ß terem sido observados no
lavado uterino de éguas suplementadas com progesterona sintética.
122
Agradecimento
Agradecemos aos animais utilizados.
Concepção do projeto, coordenação, análise estatística e interpretação dos dados e correção final
da redação do artigo - Porto A.C.R.C. - Execução da parte experimental, coleta dos dados e redação do
relatório.
Referências
HERATH, S.; FISCHER D. P.; WERLING, D.; WILLIAMS, E. J.; LILLY, S. T; DOBSON, H.; HENDERSON, B.; WILSON, M. Cytokine induction by bacteria: beyond lipopolysaccharide. Cytokine, v. 8, p.
269-282, 1996.
LETTERIO, J. J.; ROBERTS, A. B. Regulamento das respostas imunes por TGF- beta. Annual Review
of Immunology, v. 16, p. 137-61, 1998.
MACPHERSON, M. L. Treatment strategies for mares with placentitis. Theriogenology, v. 64, p. 528534, 2005.
OUSEY, J. C. Peripartal endocrinology en the mare and foetus. Reproduction in Domestic Animals,
v. 39, n. 4, p. 222-231, 2004.
RUKAVINA, D.; PODACK, E. R. Abundant perforin expression at the maternal-fetal interface: guarding
the semiallogeneic transplant? Immunology Today, v. 21, n. 4, p. 160-163, 2000.
SZEKERES-BARTHO. J.; POLGAR B, KOZMA N, MIKO E, PAR G, SZEREDAY, L. Progesterone-dependent immunomodulation. Chemical Immunology and Allergy, v. 89, p. 118-25, 2005.
123
AVALIAÇÃO DA TRANSMISSÃO DE ANTICORPOS
ANTI-Theileria equi ATRAVÉS DO COLOSTRO EM
POTROS RECÉM NASCIDOS DE ÉGUAS PRENHES
SUPLEMENTADAS OU NÃO COM PROGESTERONA
Lucas Piloto Gonçalves1, Andrea Cristina Higa Nakaghi2, Ana Carolina Porto Rossi3
•
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: O presente estudo questiona a ocorrência de transmissão
transplacentaria de anticorpos de Theileria equi em égua suplementadas ou não com
progesterona.
Antecedentes: A Theileria equi, protozoário responsável por causar doença hemolítica
nos equinos é altamente difundida pelos estados do Brasil. De alta incidência em países de
clima tropical, é transmitida pelo carrapato e é o principal impedimento para o trânsito
internacional de equinos. Piroplasmas de T. equi podem ser transmitidos através da
placenta e uma vez infectado o animal pode tornar-se portador assintomático por longos
períodos. Os anticorpos anti-T. equi não ultrapassam a barreira transplacentária e os
potros recebem os anticorpos através do colostro.
O que esta pesquisa acrescenta: Detectar a ocorrência de anticorpos de T. equi é
essencial devido à gravidade da doença, os dados podem abrir uma discussão científica na região sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dos animais. Comparar
testes específicos e sensíveis podem auxiliar os médicos veterinários a eleger o exame
complementar adequado, diagnosticar a doença mais rapidamente e fornecer um prognóstico melhor aos pacientes.
Limitações e pontos fortes: O ELISA teste utilizado nessa pesquisa é bastante sensível para detecção de anticorpos anti–Theileria equi.
Palavras-chave: Theileria equi. Progesterona. Piroplasmose. Equinos. Colostro. Potros. ELISA - teste.
Introdução
A Theileriose equina, conhecida anteriormente como babesiose equina, é uma doença causada
pelos protozoários intraeritrocíticos Theileria equi (T. equi) e Babesia caballi. Essa enfermidade afeta
equinos, asininos, pôneis, muares e zebras, podendo evoluir de forma aguda, subaguda ou crônica. A
Theileriose equina é considerada hoje, no mundo inteiro, como o principal impedimento para o trânsito internacional de equinos, seja para exportação de animais seja para participação em esportes equestres. Tal é o fato, que existem pesadas restrições, por parte de países livres dessa parasitose, para as
importações de equídeos, gerando limitações aos programas de melhoramento genético e difusão de
novas raças. Somente equinos sorologicamente negativos para T. equi e B. caballi podem entrar nessas
áreas livres (KNOWLES, 1996). No Brasil, a theileriose foi descrita pela primeira vez no Estado de São
Paulo, em 1910, por Carini, através do diagnóstico clínico e laboratorial de B. equi. Guimarães, Araújo e Lacerda (1950) relataram a ocorrência de nutaliose aguda em cavalos de corrida, em São Paulo.
Atualmente, estudos moleculares tem mostrado que a infecção por T. equi em cavalos ainda é bastante
frequente (BALDANI et al., 2010). Piroplasmas de T. equi podem ser transmitidos através da placenta
e uma vez infectado o animal pode tornar-se portador assintomático por longos períodos (ALLSOPP;
LEWIS; PENZHORN, 2007). Esses animais portadores permanecem como reservatórios e mantêm a
1
Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba / Sorocaba/SP [email protected]
124
theileriose em áreas onde o vetor estápresente (PHIPPS; OTTER, 2004). Em áreas endêmicas, acreditase que a primo-infecção aconteça antes do declínio dos níveis de anticorpos adquiridos passivamente,
seja por transmissão transplacentária quanto pelo contato com o vetor (RIBEIRO et al., 1995).
Objetivos
Detectar a presença de anticorpos anti-Theileria equi em potros recém-nascidos e avaliar possíveis
diferenças entre a transmissão transplacentária e colostral de anticorpos de éguas suplementadas com
progesterona e de éguas não suplementadas.
Delineamento
Método
A metodologia utilizada está de acordo com a Lei No. 11.794/2008, todas as amostras possuem
autorização do CEUA-UNISO nº 048/2014. Para as análises, as amostras de sangue foram coletadas da
égua prenhe no 330º dia de gestação e do neonato imediatamente após o parto e 12, 24 horas e 7 dias
após nascimento. Em cada ponto de amostragem, foi coletado sangue de todos os animais. A coleta foi
realizada por via intravenosa pela punção da veia jugular, em tubos “vacutainers” sem anticoagulante.
Para a obtenção do soro, o sangue foi centrifugado por 15 minutos/1500 rpm/4º C e o soro transferido
para tubos novos de microcentrífuga que foram armazenados a - 20º C, para posterior determinação
do título de anticorpos pelo ensaio de ELISA.
Resultado
O ELISA teste foi feito em duas etapas, primeiramente analisando as amostras sorológicas das
éguas, das quais apresentaram resultado positivo para anticorpos de Theileria equi foram analisadas
também as amostras de seus respectivos potros. Foram testadas as amostras colhidas das éguas no
330º dia de gestação e dos potros logo após o parto,12, 24 horas e 7 dias após nascimento. Das 23
amostras analisadas 10 (43,47%) apresentaram resultados positivos para anticorpos de T equi, portando
também foi realizada a analise dos soros de seus potros. A Tabela 1 mostra os resultados obtidos ds
éguas positivas e seus potros.
Discussão
O exame indireto ELISA teste detectou, nas éguas, 43,47% amostras reagentes
para Theileria equi. Os resultados obtidos nesse estudo mostram divergência com pesquisas realizadas no Brasil que detectaram frequências mais elevadas. Baldani et al. (2010) detectou 100% de
positividade em 170 equinos no interior do Estado de São Paulo. Dos 10 potros que foram realizado o ELISA teste 6 (60%) apresentaram anticorpos anti Theileria equi antes da mamada do colostro, o resultados corroboram com Locatelli-Dittrich et al. (2006) que detectaram anticorpos contra
protozoário de Neospora spp. em potros desprovidos de colostro indicando que é possível a passagem
transplacentária de anticorpos de protozoários.
Conclusão
Constatou-se que é possivel a transmissão transplacentaria de anticorpos de Thileria equi, sendo
que seis dos dez potros testados apresentaram resultado positivo de anticorpos logo após o parto e
antes da primeira mamada do colostro. Também mostrou que a progesterona pode gerar alguma influencia para a passagem desses anticorpos pela placenta.
125
Agradecimento
Agradecemos ao CNPq órgão fomentador da pesquisa, aos funcionários do Laboratório de
Farmácia da UNISO, às Professoras Dra. Ana Carolina Porto e Dra. Renata Lima da UNISO.
RNM – execução da parte experimental, coleta dos dados, análise estatística e redação do artigo.
ACHN – concepção do projeto, coordenação, interpretação dos dados e correção final da redação do
artigo.
PROBIC - UNISO.
Referências
ALLSOPP, M. T., LEWIS, B. D., PENZHORN, B. L. Molecular evidence for transplacental transmission
of Theileria equi from carrier mares to their apparently healthy foals. Vet Parasitol, v. 148, n. 2, p. 130-6,
2007.
BALDANI, C. D. et al. Production of recombinant EMA-1 protein and its application for the diagnosis
of Theileria equi using an enzyme immunoassay in horses from São Paulo State, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet, v. 20, n. 1, p. 54-60, 2011.
CARINI, A. Sobre uma piroplasmose equina observada em São Paulo. Arch Soc Med Circ, São Paulo,
v.1, p. 63-66, 1910.
GUIMARÃES, L.M.; ARAÚJO, T.L.; LACERDA, P.M.G. Ocorrência de nutaliose em equinos puro sangue de corrida, em SP. Rev Fac Med Vet São Paulo, São Paulo, v. 4, p. 357-362, 1950.
KNOWLES, D. P. Control of Babesia equi parasitemia. Parasitology Today, v. 12, n. 5, p. 195-198, 1996.
LOCATELLI-DITTRICH, R.; DITTRICH J. R.; RICHARTZ R. R. T. B.; GASINO JOINEAU, M. E. et al.
Investigation of Neospora spp. and Toxoplasma gondii antibodies in mares and in precolostral foals
from Paraná state, Southern Brazil. Vet Parasitol v. 135, n. 3-4, p. 215-221, 2006.
PHIPPS, L.P.; OTTER, A. Transplacental transmission of Theileria equi in two foals born and reared in
the United Kingdom. Vet Rec, v. 154, n. 13, p. 406-8, 2004.
RIBEIRO, M.F.B. et al. Equine babesiosis I- Prime infection in foals in an endemic area. Arq Bras Med
Vet Zootec, v. 47, n. 5, p. 641-7, 1995.
126
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO INGESTIVO DE
EQUINOS EM DIFERENTES TIPOS DE PASTAGENS.
Orlando Carlos da Silva Filho1, Rubens José Paulossi Junior2, Bertha Dévora
Agurto Berdejo de Castro3
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Dentre a utilização de dois diferentes tipos de pastagens para
equinos, qual delas apresentará melhor aceitação e maior aproveitamento pelos animais demonstrando uma boa relação entre planta e animal? Haverá preferencia dos
animais por alguma das forrageiras e qual a preferencia?
Antecedentes: Sabe-se que estudos de comportamento em pastejo possibilitam compreender o consumo da forrageira em questão pelos animais. A seletividade que o animal
apresenta diante de diversos tipos de pastagem é de grande importância, pois, dará alguns
indícios sobre a qualidade e palatabilidade da pastagem pela qual o animal demonstrar
maior aceitação. A base de uma boa alimentação para equinos são os alimentos volumosos, incluindo as pastagens; com isso é sabido que a escolha de uma forrageira que seja de
qualidade e que tenha boa aceitação pelos animais é de grande importância para que os
mesmos tenham uma melhor alimentação e um bom desenvolvimento.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo em questão agrega um grande conhecimento para a equinocultura no que diz respeito ao comportamento alimentar dos
equinos criados em pastagens, bem como, quais suas atitudes em pastejo e sua preferencia alimentar diante de duas diferentes forrageiras. Dessa maneira dando suporte
aos profissionais que trabalham com equinos e até mesmo criadores para optarem e
disponibilizarem aos animais a variedade de forragem estuda nesse presente trabalho
que demonstrou maior aceitação pelos equinos.
Limitações e pontos fortes: Este estudo apresenta dados importantes sobre a relação planta-animal de duas forrageiras ainda pouco estudadas com equinos.
Os animais utilizados no estudo tiveram um tempo de adaptação na área experimental
antes de serem avaliados; com isso aumentou o nível de fidedignidade dos dados coletados. A principal limitação deste estudo pode ser o tamanho da amostra.
Palavras-chave: Comportamento ingestivo. Equinos. Pastagens. Gramíneas.
Introdução
A atual produção de equinos no Brasil ocorre em sua maioria em confinamento, com a utilização de
alimentos concentrados; porém, o consumo de volumoso é essencial para esses animais. A escolha de
uma pastagem ideal, assim como muitos outros fatores podem interferir no comportamento ingestivo
dos equinos, desta maneira podendo afetar direta e indiretamente a produtividade (DITTRICH et. al.,
2010; VICTOR; ASSEF; PAULINO, 2007).
Objetivos
Implantar as variedades de forrageiras Panicum maximum cv. Áries e Panicum maximum cv. Massai, com o intuito de observar os hábitos de pastejo e a preferência alimentar dos equinos. Determinar
o consumo de massa seca nas diferentes forrageiras. Obter o tempo de pastejo, o número de bocados
e a taxa de bocados dos animais.
Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Engenheiro Agrônomo, ConsultAgro Consultoria em Agronegócio
[email protected], 3Curso de Agronomia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
1
127
Delineamento
Método
Utilizou-se 10 equinos adultos do sexo feminino, sem raça definida e com peso médio de
400 kg. Após adaptação de dois dias foram avaliados durante cinco dias do nascer ao por do
sol. Foi determinado o consumo de massa seca das diferentes forrageiras, estimando a disponibilidade da pastagem por cortes antes e após o pastejo, e por diferença, obteve-se a quantidade consumida (REID, 1966). Para identificar a quantidade de forragem realizou-se a técnica
de amostragem direta, uma moldura quadrada (0,25m²) foi arremessada aleatoriamente em 60
pontos e as amostras foram colocadas individualmente em sacos de papel, levadas para estufa a 65°C por 72 h e pesadas (SALMAN; SOARES; CANESIN, 2006). Mensurou-se o tempo de
pastejo através da observação dos animais a cada dez min (JAMIESON; HODGSON, 1979), e
o numero de bocados através da visualização da ação do animal apreender a forragem, em sessões de 1 min, separadas por intervalos de 10 min (ERLINGER; TOLLESON; BROWN, 1990).
Resultado
Os resultados referentes ao tempo de pastejo, ócio e tempo gasto como outras atividades estão
demonstrados na tabela 1. A disponibilidade e o consumo (kg MS em 0,5 ha/dia) de forragem foram
estimados e observou-se uma maior oferta e também um maior consumo de massa seca de Panicum
maximum cv. Massai, com 4,8 kg de matéria seca em 0,5 ha/dia; média essa superior a de 1,2 kg de
matéria seca em 0,5 ha/dia da Panicum maximum cv. Áries, como mostra a figura 1. Através da mensuração das médias de bocados/minuto e bocados em 5 dias/minuto (figura 2 e figura 3), observa-se que
apesar do capim Áries ter sido consumida pelos 10 equinos em maior quantidade quando comparada
à pastagem Massai; apenas no 4° e 5° dia de experimento houve uma real diferença de consumo, com a
cultivar Áries tendo uma taxa de bocado 40,5% e 50,2% maior que a cultivar Massai.
Tabela 1 – Média das variáveis que compõem o processo ingestivo de equinos mantidos em
pastagens de capim Panicum maximum cv. Áries e Panicum maximum cv. Massai distribuídos em
uma mesma área. Araçoiaba da Serra – SP, 2014.
Parâmetro
Pastagem
Tempo de pastejo
Áries
Massai
432
360
Tempo de ócio
277
Tempo de outras atividades
120
128
Consumo (kg MS em 0,5 ha/dia)
Figura 1 – Média do consumo (kg MS/0,5 ha/dia) do Panicum maximum cv. Áries e Panicum
maximum cv. Massai no período experimental de 5 dias.
Áries Massai
Fonte: elaborado pelos autores.
Figura 2 – Taxa de bocado (média de bocados/minuto) durante os 5 dias de experimento.
Taxa de bocados (média de bocados/minuto)
Massai
Áries
129
Taxa de bocados (média de bocados
em 5 dias/minuto)
Figura 3 – Taxa de bocado (média de bocados em 5 dias/minuto) individual de cada animal
utilizado no experimento.
Massai
Áries
Éguas utilizadas no experimento
Discussão
As informações obtidas nesse estudo nos dão fortes indícios de que não há preferencia expressiva dos equinos por uma das forrageiras estudadas quando dispostas em uma mesma área.
Os dados mostram que houve sim um grande numero de bocados dos equinos no capim Áries;
sendo unanimidade entre todos animais avaliados a superioridade na media de bocados/minuto.
Em relação a tempo de pastejo o capim Áries apresenta também certa superioridade em relação
ao capim Massai, mesmo que considerada pequena. Entre tanto, é possível compreender esses
dados de acordo com Laca et al. (1993), onde relata que os equinos podem aumentar a massa de
cada bocado, realizando uma maior profundidade de bocado e/ou um maior numero de bocados
com o intuito de buscar maior oferta da forragem consumida. Outros autores; Santos et al. (2006)
acrescentam que diferenças no comportamento ingestivo de equinos, expressados no tempo gasto
em pastejo e na taxa de bocados, são formas de compensar diferenças na estrutura e na disponibilidade de forragem das pastagem. Com isso, ao confrontar esses dados com a avaliação de consumo de massa seca de forragem, onde se estimou a disponibilidade das duas cultivares avaliadas
e se observou uma grande superioridade do capim Massai em relação ao capim Áries no que diz
respeito ao nível de massa seca produzida e consequentemente consumida é possível confirmar a
compensação dos equinos nos números de bocados efetuados no capim Áries e a não preferência
exclusiva por uma das duas forrageiras disponibilizadas. Para os cavalos particularidades no que
diz respeito à pastagem e pastejo, bem como, gosto, odor, facilidade de apreensão e resistência ao
corte são de grande importância e fazem parte do fenótipo da espécie equina (LEWIS, 1995); reforçando o preceito de que os equinos são altamente seletivos para o consumo de pastagens e de que
o processo de pastejo desses animais é um tanto quanto complexo (VENTURI, 2004). Por tanto, se
houvesse de fato uma preferencia dos equinos por uma das pastagens avaliadas nesse estudo, eles
iriam nos dar indícios dessa preferência.
130
Conclusão
Após avalições em campo experimental e análise dos dados coletados é possível identificar que
não há uma expressiva preferência dos equinos por uma das duas cultivares estudadas e existe uma
grande semelhança no consumo das forrageiras Panicum maximum cv. Áries e Panicum maximum cv.
Massai pelos equinos.
Agradecimento
Agradecemos a Universidade de Sorocaba (UNISO), a Fazenda São Pedro, a Unidade de Pesquisa e
Desenvolvimento da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) de Itapetininga, e aos
Médicos veterinários Dr. Tiago Dini e Dr. Daniel Camargo.
OCSF-concepção do projeto, execução da parte experimental, coleta dos dados e redação do artigo.
BDABC-coordenação, desenvolvimento de gráficos e tabelas, interpretação dos dados e correção final
da redação do artigo. RJPJ-cotação de insumos e execução da parte experimental.
PROBIC - UNISO.
Referências
DITTRICH, J. R; MELO, H. A.; AFONSO, A. M. C.; DITTRICH, R. L. Comportamento ingestivo de
equinos e a relação com o aproveitamento das forragens e bem-estar dos animais. Revista Brasileira
de Zootecnia, v. 39, 2010.
ERLINGER, L. L.; TOLLESON, D. R.; BROWN, C.J. Comparison of bite, biting rate and grazing time of
beef heifers from herds distinguished by mature size and rate of maturity. Journal of Animal Science,
v. 68, p. 3578-3587, 1990.
JAMIESON, W. S.; HODGSON, J. The effect of variation in sward characteristics upon the ingestive
behaviour and herbage intake of calves and lambs under a continuos stocking management. Grass
Forage Science, v. 34, p. 273-282, 1979.
LACA, E. A.; DEMMENT, M. W.; DISTEL, R. A.; GRIGGS, T. C. A conceptual model to explain variation
in ingestive behavior within a feeding patch. In: INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS. New
Zealand, 1993. p. 710-712.
LEWIS, L. Equine clinical nutrition: feeding and care. 1995.
REID, J. T.. El valor relativo de los resultados agronómicas y con animales en investigaciones sobre
pasturas. In: EMPLEO DE ANIMALES EN LAS INVESTIGACIONES SOBRE PASTURAS, 1964, La
Estanzuela. Simpósio Montevideo: Osvaldo Paladines,1966.
SALMAN, A. K. D.; SOARES, J. P. G.; CANESIN, R. C.; Métodos de amostragem para avaliação quantitativa de pastagens. Porto Velho, RO; EMBRAPA Rondônia, 2006. Circular técnica, 84.
SANTOS, E. M.; ZANINE, A. M; PARENTE, H. N.; FERREIRA, D. J.; ALMEIDA, F. Q.; CECON, P. R.
Comportamento ingestivo de equinos em pastagens de grama batatais (Paspalum notatum) e braquia
-rinha (Brachiaria decumbens) na região centro-oeste do Brasil. Ciência Rural, v. 36, n. 5, p. 1565-1569,
2006.
VENTURI, F. C. Comportamento ingestivo de equinos relacionado às características estruturais
e ao valor nutritivo de pastagens perenes de verão. 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, 2004.
VICTOR, R. P.; ASSEF, L. C.; PAULINO, V. T. Forrageiras para equinos. 2007. Disponível em: < www.
iz.sp.gov.br/artigos.php?ano=2007>. Acesso em: 06 maio. 2014.
131
DETECÇÃO DA INFECÇÃO POR Ehrlichia canis EM
CÃES POR MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DIRETO E
INDIRETO NO MUNICÍPIO DE SOROCABA, ESTADO
DE SÃO PAULO
Roberta Negrão Moura1, Andrea Cristina Higa Nakaghi2
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Questiona-se a ocorrência de Ehrlichia canis no município
de Sorocaba detectáveis pelos métodos direto e indireto.
Antecedentes: A erliquiose canina é uma doença infecto-contagiosa provocada pela
bactéria Ehrlichia canis, de alta incidência em países de clima tropical, devido a ampla
disseminação do carrapato seu principal vetor. O diagnóstico mais utilizado é o esfregaço sanguíneo e testes sorológicos.
O que esta pesquisa acrescenta: Detectar a ocorrência de Ehrlichia canis no município é essencial devido à gravidade da doença provocada por essa bactéria, os dados
podem abrir uma discussão científica na região sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dos animais. Comparar testes específicos e sensíveis podem auxiliar os médicos
veterinários a eleger o exame complementar adequado, diagnosticar a doença mais
rapidamente e fornecer um prognóstico melhor aos pacientes.
Limitações e pontos fortes: O ELISA teste utilizado nessa pesquisa é bastante sensível
para detecção de anticorpos anti – Ehrlichia canis e o esfregaço sanguíneo é um método específico quando inclusões intracitoplasmáticas são observadas em monócitos.
A limitação pode ser a sensibilidade dos métodos empregados. O ELISA teste não confirma o diagnóstico devido à possíveis títulos de anticorpos pós-tratamento, e o esfregaço sanguíneo não demonstra sensibilidade já que a proporção de células infectadas
é menor que 1%. Dessa forma optou-se em realizar ambos os testes para comparação
dos resultados entre as mesmas amostras.
Palavras-chave: Ehrlichia canis. Erliquiose. Cão. ELISA - teste.
Introdução
As doenças parasitárias transmitidas por artrópodes têm se tornado um desafio para a medicina humana e veterinária. A identificação do agente infeccioso, sinais clínicos e achados laboratoriais são características associadas para o estudo e investigação da epidemiologia dessas doenças.
A Erliquiose Monocítica Canina (EMC) é reconhecida como uma das principais doenças infecciosas
na clínica de pequenos animais, notadamente pela ampla disseminação do carrapato R. sanguineus
em todo Brasil (UENO et al., 2009). A bactéria Ehrlichia canis é transmitida ao cão pelo carrapato
Riphicephalus sanguineus, considerado principal vetor. A doença é caracterizada por manifestações clínicas multissistêmicas, que variam na intensidade de acordo com as fases da doença: aguda, assintomática (subclínica) e crônica (UENO et al., 2009). Essas manifestações clínicas podem
ser amplas e inespecíficas como depressão, letargia, perda de peso, febre, linfadenomegalia, esplenomegalia e tendências a hemorragias que são as mais comuns. As principais anormalidades hematológicas incluem trombocitopenia, anemia e leucopenia moderadas durante a fase aguda, moderada trombocitopenia na fase subclínica e pancitopenia na fase crônica severa (HARRUS et al., 1999).
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Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba / Sorocaba/SP [email protected]
132
Objetivos
Investigar a ocorrência da infecção por Ehrlichia canis por exames diagnósticos direto em esfregaços sanguíneos e indireto através de análise sorológica em cães do município de Sorocaba, Estado
de São Paulo.
Delineamento
Método
A metodologia utilizada está de acordo com a Lei nº 11.794/2008, todas as amostras possuem autorização do CEUA-UNISO nº 022/2014. Os 177 cães amostrados nesse estudo são provenientes de clínicas veterinárias colaboradoras e abrigos do município. Foram coletados 5 mL
de sangue por via intravenosa de cada animal amostrado, e dividido em duas partes. Uma parte foi acrescida de ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) para a confecção de esfregaço sanguíneo e a outra foi empregada para a obtenção do soro. A detecção dos anticorpos anti-E. canis foi realizada com o Kit Imunotest Ehrlichia (ELISA) – Canino, IMUNODOT Diagnósticos®.
A análise estatística dos resultados foi realizada através do teste do qui-quadrado ao nível de significância a 1% ou a 5% resultando em P=0,01, o que demonstra haver associação entre as variáveis.
Resultado
Foram analisadas 177 amostras no presente estudo. Os animais positivos foram 44/177 (24,8%).
No ELISA teste dentre as 177 amostras de cães 44 (24,9%) obtiveram resultados positivos. Todos os cães
positivos pertencem aos abrigos. Os outros 133 (75,1%) não foram reagentes a detecção de anticorpos
anti E. canis (Tabela 1 - ilustrações). Foram detectadas inclusões intracitoplasmáticas de Ehrlichia canis em monócitos em 9 amostras de 177 esfregaços sanguíneos (5%).
ELISA teste
Esfregaço sanguíneo
Ehrlichia canis
n
%
n
%
Positivo
44
24,9
9
5
Negativo
133
75,1
168
95
Total
177
100
177
100
Discussão
Os resultados obtidos nesse estudo (24,9%) corroboram com pesquisas realizadas no Brasil que
detectaram frequências próximas utilizando outros testes sorológicos, Krawczak et al. (2015) registrou
em Belo Horizonte - MG 23,9% de animais positivos, Costa et al (2015) detectou 14,9% em uma região do
Maranhão – MA, Guedes (2015) observou 32,7% animais positivos para Ehrlichia canis em Ituberá – BA.
O ELISA teste sendo analisado isoladamente não confirma o diagnóstico, podem ocorrer falsos positivos devido à títulos de anticorpos pós-tratamento (NAKAGHI et al, 2008). A sorologia é um teste adequado para a confirmação do diagnóstico da erliquiose canina como complemento da avaliação clínica.
Das amostras de esfregaços sanguíneos analisados foram encontradas inclusões intracitoplasmáticas
de Ehrlichia canis em 5% das amostras, essas mesmas amostras foram também reagentes para sorologia, representam apenas 20,4% das amostras positivas no ELISA teste, 79,5% das amostras que foram
reagentes no ELISA teste não foram detectadas inclusões intracitoplasmáticas nos esfregaços sanguíneos. A ausência do parasita no esfregaço não exclui o diagnóstico positivo (EWING, 1969), já que a
proporção de células infectadas em um animal com erliquiose é menor que 1% (COWELL et al., 1988).
Os métodos ELISA teste e o esfregaço sanguíneo diferem entre a sensibilidade e a especifici-
133
dade. O ELISA teste pode revelar títulos de anticorpos mesmo após o tratamento. O esfregaço sanguíneo demonstrou ser um teste com pouca sensibilidade já que as mórulas intracitoplasmáticas podem ser encontradas nos monócitos somente na fase aguda (BOSE et al., 1995;
SCHEIN, 1988), mas é um teste bastante específico quando essas inclusões são observadas.
Nakaghi et al. 2008, sugerem que a sorologia é o teste mais conveniente para o diagnóstico de infecção
natural de E. canis em cães, especialmente na fase crônica, quando E. canis é rara no sangue circulante.
Conclusão
Os resultados demonstram a detecção da bactéria Ehrlichia canis no município através dos dois
métodos propostos, sendo o ELISA teste mais sensível em relação ao esfregaço sanguíneo. Porém
esses resultados sempre devem ser analisados levando-se em consideração o estado clínico do animal.
Agradecimento
Agradecemos ao CNPq órgão fomentador da pesquisa, aos alunos voluntários da Medicina Veterinária que auxiliaram na coleta de amostras em abrigos, aos funcionários do Laboratório de Farmácia
da UNISO, às Professoras Dra. Ana Carolina Corrêa Porto Rossi e Dra. Renata de Lima da UNISO, ao
Prof. Dr. Célio Raimundo Machado (UNESP Jaboticabal-SP) e seus colaboradores.
RNM – execução da parte experimental, coleta dos dados, análise estatística e redação do artigo.
ACHN – concepção do projeto, coordenação, interpretação dos dados e correção final da redação
do artigo.
CNPq.
Referências
BOSE, R. et al. Current state and future trends in the diagnosis of babesiosis. Vet Parasitol, Amsterdam, v. 57, p. 61-74, 1995.
COSTA, A. P. da et al. A serological and molecular survey of Babesia vogeli, Ehrlichia canis and Rickettsia spp. among dogs in the state of Maranhão, northeastern Brazil. Braz J Vet Parasitol, Jaboticabal, v. 24, n. 1, p. 28-35, 2015.
COWELL R. L. et al. Ehrlichiosis and polyarthritis in three dogs. J. Am. Vet Med Assoc, Schaumburg,
v. 192, p. 1093-1095, 1988.
EWING, S. A. Canine ehrlichiosis. Adv Vet Sci Comp Med, San Diego, v. 13, p. 331-353, 1969.
GUEDES, P. E. B. Canine ehrlichiosis: prevalence and epidemiology in northeast Brazil. Braz J Vet
Parasitol, Jaboticabal, v. 24, n. 2, p. 115-121, 2015.
HARRUS et al. Minireview: Recent Advances in determining the pathogenesis of Canine Monocytic
Ehrlichiosis. J Clin Microbiol, p. 2745-749, 1999.
KRAWCZAK, F. da S. et al. Leishmania, Babesia and Ehrlichia in urban pet dogs: co-infection or cross
reaction in serological methods. Rev Soc Bras Med Trop, v. 48, n. 1, p. 64 – 68, 2015.
NAKAGHI, A. C. H. et al. Canine ehrlichiosis: clinical, hematological, serological and molecular as
-pects. Ciência Rural, v. 38, n. 3, p. 766-770, 2008.
SCHEIN, E. Equine babesiosis. In: RISTIC, M. (Ed.). Babesiosis of domestic animals and man. Boca
Raton: CRS Press, 1988. p. 197-208.
UENO, T. E. H. et al. Ehrlichia canis em cães atendidos em hospital veterinário de Botucatu, Estado de
São Paulo, Brasil. Rev Bras Parasitol Vet, v. 18, n. 3, p. 57 -61, 2009.
134
CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE Capsicum
baccatum VAR PENDULUM SUBMETIDA A
DIFERENTES DOSAGENS DE NITROGÊNIO EM
CULTIVO PROTEGIDO
Samanta Nunes Affonso1, Bertha Dévora Agurto Berdejo de Castro2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Este projeto teve a intenção entender melhor a relação da adubação nitrogenada com as característi-cas agronômicas e morfológicas da planta, e
assim poder determinar a concentração de adubo nitro-genado mais adequada.
Antecedentes: Encontra-se na literatura atualmente algumas informações sobre a cultura de Capsicum baccatum, principalmente informações sobre as suas características
farmacêuticas e alimentares, porém há poucas informações sobre os tratos culturais, os
quais são generalizados normalmente para a espécie Capsicum focando as pesquisas
realizadas com pimentão.
O que esta pesquisa acrescenta: O conhecimento da variedade da pimenta, porque
essa espécie não é conhecida no Brasil.
Limitações e pontos fortes: O ponto forte foi o conhecimento e o cultivo da espécie
de pimenta Capsicum baccatum no Brasil e a limitação do estudo foi a dificuldade de
acesso ao local da pesquisa.
Palavras-chave: Pimenta. Caracterização agronômica. Nitrogênio. Adubação.
Introdução
O mercado de pimenta hortícola vem crescendo tanto para consumo in natura quanto para processamento. No Brasil, o cultivo de pimentas do gênero Capsicum é de grande importância, seja por
suas características de rentabilidade, principalmente quando o produtor agrega valor ao produto, ou
por sua importância social, já que o cultivo de pimenta é feito por agricultores familiares que geram
empregos (MOREIRA et al., 2006). As pimentas têm uma grande importância como alimento funcional, pois são estimulantes do apetite e auxiliares da digestão, além de serem fontes de macronutrientes
como: proteínas, carboidratos e lipídeos, além de minerais e vitaminas, principalmente C e E (MENGARDA; LOPES, 2012). As espécies de pimentas do gênero Capsicum principais são: C. Frutescens:
malaguetas; C. Chinense: pimenta-de cheiro e C. baccatum var. pendulum: dedo-de-moça (MOREIRA
et al., 2006). Como toda espécie de planta, as sementes deve ser de alta qualidade e de valor nutricional, pois, maior a capacidade da planta em acumular nutriente e assim, conseguimos obter melhores
rendimentos. O Nitrogênio é frequentemente o fator de crescimento solo-planta, sendo o principal
nutriente para a produção, pois as aplicações de nitrogênio obtém melhores resultados do cultivo.
Objetivos
Caracterização da variedade Capsicum baccatum var pendulum no cultivo e adubação adequada
conforme condições climáticas da cidade de Sorocaba.
Delineamento
1
Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Agronomia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba
/SP [email protected]
135
Método
O cultivo está sendo realizado em casa de vegetação NEAS (NÚCLEO DE ESTUDOS AMBIENTAIS UNISO), na cidade Universitária da UNISO em Sorocaba. Foram plantadas 180 sementes, uma
em cada célula da bandeja de isopor, sendo irrigadas diariamente com água na quantidade ideal. As
mudas foram transplantadas a vasos individuais de 18 litros ao alcançarem de 4 a 6 pares. Foram feitas
medições semanais (centímetros) e registros de imagens da mudas.
Resultado
Foram realizados os tratamentos, e a adubação nitrogenada com melhor resultado foi a de 120N
– 3,33g, fazendo a planta atingir 60 cm de altura com frutos de 11 cm de comprimento por 4,5 cm de
espessura, em contra partida os resultados menos esperados foram de adubação Nitrogenada de 60N
– 1,66g e 40N – 1,11g, fazendo as plantas atingirem 30 cm de altura e ambas sem frutos.
Discussão
De acordo com a literatura, foi constado que as pimentas apresentam crescimento indeterminado, sendo encontrados na mesma planta frutos em diferentes estádios de maturação, sementes de diferentes qualidades sem a presença de manchas e as folhas velhas apresentam
inicialmente uma coloração verde-amarelada, tornando-se generalizada até caírem da planta.
Conclusão
Durante o período todas as etapas foram cumpridas e os processos de medição foram realizados semanalmente, chegando à conclusão de que a planta com maior desenvolvimento, em questão de tamanho,
foi a que teve aplicação Nitrogenada de 120N – 3,33g, obtendo à altura de 60 cm, com frutos de 11 cm de
comprimento por 4,5 cm de espessura. Comparando as plantas que tiveram menor desenvolvimento, foram
as de adubação Nitrogenada de 40N – 1,11g e 60N – 1,66g, ambas com 30 cm. de altura e sem frutos.
Agradecimento
Universidade de Sorocaba – UNISO e casa de vegetação na área experimental do NEAS (NÚCLEO
DE ESTUDOS AMBIENTAIS UNISO), na Cidade Universitária da UNISO.
Na pesquisa do projeto.
PROBIC - Uniso.
Referências
MOREIRA, G. R.; CALIMAN, F. R. B.; SILVA, D. J. H.; RIBEIRO, C. S. C. Espécies e variedades de pimentas. Informe Agropecuário: Cultivo da pimenta, Belo Horizonte, v. 27, n. 235, p. 16, 2006.
MENGARDA, L.H.G.; LOPES, J.C. Qualidade de sementes e desenvolvimento inicial de plântulas de
pimenta malagueta e sua relação com a posição de coleta de frutos. Revista Brasileira de Sementes,
v. 34, n. 4, p. 644-650, 2012.
136
Engenharias
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES
PROPOSTAS NO PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA
DOS RIOS SOROCABA E MÉDIOTIETÊ – SP NAS
METAS REFERENTES A ÁGUAS E ESGOTOS.
Karen Emy Nakajima1, Nobel Penteado de Freitas2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Com as metas propostas pelo Instituto de Pesquisa Tecnológicas para cada cidade da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 10(Bacia
Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê) visando a melhoria da qualidade dos
recursos hídricos, quais das metas foram ou não cumpridas ou estão em andamento.
Antecedentes: O Instituto de Pesquisa Tecnológicas estabeleceu metas para cada
uma das Unidades de Gerenciamento (UGHRI’s) do estado de São Paulo, visando à
melhoria da qualidade dos recursos hídricos de cada uma das bacias.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo apresentará se a qualidade ambiental dos
recursos hídricos está melhorando ou não, em vista das situações encontradas antes
do plano de bacias.
Limitações e pontos fortes: O estudo mostra que muitas metas foram cumpridas, mas
que ainda há muito trabalho a ser feito pelas prefeituras e governos. A maior limitação da pesquisa foi o fato de incluir no estudo 34 cidades que estão na UGHRI 10, e a
visitação nas respectivas cidades para comprovação dos dados colhidos em relatórios.
Palavras-chave: Bacias hidrográficas. Gestão de bacias hidrográficas. Sustentabilidade.
Efluentes.
Introdução
A escassez da água se tornou um dos maiores problemas no Brasil, em que a falta das chuvas
freqüentes e o alto consumo da água foram um dos principais fatores agravantes, entre muitos outros
problemas que ajudaram a chegar a este ponto.
Nas últimas décadas, a gestão dos recursos hídricos vem assumindo um papel de destaque no
cenário mundial, tendo em vista a escassez da água e degradação dos mananciais, em várias partes
do globo. Embora o Brasil possua o maior potencial hídrico do mundo, correspondente aproximadamente a 12% da água doce disponível, também apresenta sérios problemas com a escassez da água, em
determinadas regiões e estações e também por causa da degradação dos mananciais. Grande parte
desta problemática decorre da intensa e diversificada exploração dos recursos hídricos, por sucessivas
décadas, sem um adequado planejamento e gerenciamento. (HENKES, 2002).
A Política Nacional de Recursos Hídricos, através da Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997, tem em um
de seus objetivos assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de águas, em
padrões de qualidade adequados aos respectivos usos. A Política institui, no Art. 5º, que entre outros os
instrumentos de gestão de recursos hídricos trata dos Planos de Recursos Hídricos.
Segundo essa legislação, os Planos de Recursos Hídricos visam orientar e viabilizar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos.
Afirmam Jacobi e Barbi (2007) que a implementação de políticas públicas, pautadas pelo componente participativo, relaciona-se com as mudanças na matriz sociopolítica prevalecente, que se baseia
Curso de Engenharia Ambiental, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Engenharia Ambiental, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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137
em uma lógica verticalizada. Isto implica num maior questionamento sobre o papel do Estado como
principal agente indutor das políticas sociais.
Segundo Tucci (2008), os planos das bacias hidrográficas têm sido desenvolvidos para bacias grandes (> 1.000 km2), sendo assim nesse cenário, existem várias cidades que interferem umas nas outras,
transferindo impactos. O plano da bacia dificilmente poderá envolver todas as medidas em cada cidade, mas deve estabelecer os condicionantes externos às cidades, como a qualidade de seus efluentes,
as alterações de sua quantidade, que visem à transferência de impactos.
Objetivos
O estudo tem como objetivo analisar se as metas estabelecidas foram cumpridas, se estão em andamento ou se não foram cumpridas, visando à melhoria ambiental da bacia hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê, em que a cada meta cumprida ajudará para que a qualidade dos recursos hídricos
da Bacia melhore.
Delineamento
Método
Inicialmente, as metas estabelecidas foram divididas entres as 34 cidades da UGHRI 10. Posteriormente pesquisas foram feitas para achar formas para entrar em contato com as prefeituras e seus
responsáveis pela área ambiental, para que pudessem responder se as metas foram cumpridas ou não.
Uma parcela das prefeituras foram contatadas, mas poucas delas responderam. Sendo assim juntamente com o novo orientador foram discutidas novas formas de pesquisas, onde foi resolvido que finalizaríamos a pesquisa a partir de relatórios publicados pelo governo.
Resultado
As cidades de Alambari, Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Bofete, Botucatu, Cabreúva, Cesário Lange, Conchas, Mairinque, Porangaba, Quadra, Salto, Salto de Pirapora, Sorocaba, Torre de Pedra e Vargem Grande Paulista, não foi possível determinar se foram ou não cumpridas. E as cidades de Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim, Laranjal
Paulista, Pereiras, Piedade, Porto Feliz, São Roque, Sarapuí, Tatuí, Tietê e Votorantim tiveram a
maioria de suas metas cumpridas e a cidade de Anhembi está com as metas de implantação de
obras de saneamento básico (redes de esgoto, emissários e ETEs) e implantação do tratamento do
esgoto em andamento.
Discussão
No início do projeto pesquisas foram feitas para entrar em contato com os responsáveis de cada cidade
para enviar as tabelas com as devidas metas a serem cumpridas, segundo o IPT. Mas no andamento do
trabalho, as respostas não foram obtidas como esperado. Sendo assim, juntamente com o orientador do
projeto, foi discutida outra maneira para que o projeto fosse concluído, onde a visitação em cada cidade da
UGHRI 10 não seria viável, por questões econômicas, locomoção, disponibilidade dos responsáveis pela
área ambiental das cidades em questão e também a disponibilidade de tempo nesta ultima etapa do projeto,
pois são no total 34 cidades dentro desta unidade, sendo assim demos continuidade ao projeto a partir do
relatório gerado pela Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).
Conclusão
Com os resultados obtidos, não foi possível dimensionar a melhoria da qualidade ambiental dos
recursos hídricos da UGHRI 10. Pois mesmo com as pesquisas feitas, não foi possível analisar em que
138
ponto está o andamento das mesmas. Ainda que muitas das metas que foram respondidas, foram cumpridas ou no mínimo estão em andamento.
REN: elaboração dos relatórios requeridos e apresentação, pesquisas feitas para entrar em contato
com as cidades em questão, análise dos dados obtidos.
NPF: busca por um melhor método de avaliação das metas e melhor forma de avaliação dos dados
obtidos.
Referências
HENKES, L. S. Gestão de recursos hídricos: acertos e erros na bacia hidrográfica do rio Itajaí/SC –
Brasil. Florianópolis, 2002. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/84461>. Acesso em: 12 dez. 2014.
JACOBI, P.R.; BARBI,.F. Democracia e participação na gestão dos recursos hídricos no Brasil. Rev.
Katál, v. 10 n. 2, p. 237-244, jul./dez. 2007.
TUCCI, C.E.M. Águas urbanas. Estudos Avançados, São Paulo, v. 22, n. 63, p. 97-112, 2008.
139
Ciências exatas e da terra
UNIVERSO ALPHA: SOFTWARE DE APOIO AO
PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO PARA
MINISTRAR AULAS SOBRE ASTRONOMIA
Ademir Ederson Aparecido Giraldelli1, Diego Aparecido Carvalho Albuquerque2
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•
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Atualmente mesmo com tantos recursos disponíveis, professores do sistema de ensino de educação básica, manifestam encontrar dificuldades
quando se trata de reunir materiais para apresentar em sala de aula sobre o tema astronomia.
Antecedentes: A literatura pertinente possui dificuldades em quantificar as dificuldades enfrentadas pelos professores. Diversas pesquisas apontam que diferentes tipos de
métodos podem ser utilizados e que se pode obter bons resultados com eles. Sobre o
tema astronomia, pesquisadores avaliaram que a utilização do computador como ferramenta metodológica de ensino se mostrou útil. Além do mais, trabalhos desenvolvidos indicam que a utilização de programas de computadores desperta o interesse do
estudante.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo visa criar um programa de computador como ferramenta metodológica que disponha de conteúdo específico sobre o tema
astronomia. O programa será constituído de conteúdo midiáticos para apresentação
do tema, tais como animações para demonstração de fenômenos, textos informativos,
imagens ilustrativas etc. O programa será disponibilizado gratuitamente na internet
para fins acadêmicos, sendo proibido seu uso comercial.
Limitações e pontos fortes: Sendo a ferramenta metodológica um programa de computador, ela permite por meio de animações e simulações computacionais demonstrar
conceitos abstratos. Permite que se apresente assuntos complexos de maneiras simplificadas para que durante a fase de construção de conceitos, o conhecimento possa
ser transmitido de forma simples sem o rigor e formalismo científico. No entanto, esta
ferramenta é apenas qualitativa, desenvolvida baseada em referenciais pedagógicos,
não há meios de mensurar sua eficiência de forma quantitativa.
Palavras-chave: Objeto de aprendizagem. Software educacional. Ensino de astronomia.
Introdução
Diversos recursos estão sendo utilizados em salas de aula para melhorar a qualidade de ensino. Um
deles é a utilização de programa de computadores para demonstrar o conteúdo da disciplina abordada.
Estudos sugerem que atividades práticas associadas a simulações computacionais podem trazer benefícios ao processo de aprendizagem (DORNELES, 2010). Simulações computacionais são consideradas Objetos de Aprendizagem (OA). Não existe uma definição exata por pesquisadores do que é um
OA. Entretanto, existe um consenso comum, uma delas é que um OA pode ser qualquer recurso reutilizável como fonte de aprendizagem incluindo imagens, vídeos, textos e animações (WILEY, 2000).
Há diversas estratégias que permitem o uso de um OA (WIEMAN et al., 2010). A mais comum para a
sala de aula da rede pública brasileira são as aulas expositivas ou em laboratórios. Neste trabalho, está
Curso de Engenharia de Controle de Automação, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Física, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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140
proposto um o desenvolvimento de um software para ser utilizado pelo professor do ensino básico de
educação em aulas que estejam abordando o tema astronomia.
Objetivos
Desenvolver um programa de computador que reúna diversos objetos de aprendizagem sobre astronomia.
Delineamento
Materiais, métodos e estratégias de ensino.
Método
A primeira fase foi a realização da revisão bibliográfica sobre métodos de ensino. Isto proporcionou um levantamento de softwares que temos atualmente disponíveis gratuitamente e os atuais
impactos da utilização desses sobre a realidade vivenciada em sala de aula. A segunda etapa trata do
desenvolvimento. Foram criados conteúdos midiáticos para ser agregado ao software. Por exemplo
uma animação interativa do sistema solar. Também foi agregado conteúdo disponível gratuitamente
na internet com reprodução autorizada. A etapa final foi disponibilizar gratuitamente o software na
internet para uso acadêmico. O software se encontra em fase de testes para voluntários que queiram se
dispor a testá-lo. Os voluntários poderão por meio do blog entrar em contato com os desenvolvedores
para relatar qualquer coisa, elogiar, criticar, sugerir etc.
Resultado
O software foi desenvolvido como proposto e abordando somente conteúdo sobre astronomia. Seus menus (figura 1) foram organizados de tal forma que agrupasse conteúdo semelhante. Seu layout foi projetado para ser simples para que qualquer nível de usuário possa utilizá-lo.
Durante a fase de desenvolvimento, o projeto foi apresentado em dois simpósios para obter uma reação
inicial da comunidade acadêmica. Em ambas as apresentações, o projeto foi bem recebido pelos presentes que demonstraram interesse, fazendo perguntas e dando sugestões para a continuidade do projeto.
O software e o manual estão disponíveis para serem adquiridos no blog criado para sua divulgação no
endereço de internet http://universoalpha.wordpress.com.
141
Figura 1 – Menu do software
Discussão
Tudo foi desenvolvido com a utilização de vários referenciais pedagógicos por meio da revisão
bibliográfica. A literatura pertinente ainda não possui meios para quantificar os problemas da área de
ensino. No entanto, todos os pesquisadores da área verificam métodos que se mostram mais eficientes
em determinadas situações do que outras. No software, os objetos de aprendizagens foram incorporados de maneira a satisfazer a proposta inicial. Alguns tópicos, entretanto, não foram encontrados
materiais em língua portuguesa, ou não foi obtida a permissão para serem utilizados. A página de
hospedagem desenvolvida para a disponibilização do software obteve até o presente momento um
número superior a quinhentas visitas, porém, não houve tempo hábil para avaliar algum retorno sobre
a utilização do software.
Conclusão
O software proposto como ferramenta metodológica foi desenvolvido e está finalizado. Ele está
disponível para download gratuitamente apenas para fins acadêmicos. Não é permitido seu uso para
fins comerciais. Sua divulgação está sendo por conta dos desenvolvedores do projeto, não havendo
firmado até a data de elaboração deste documento nenhuma parceria com outro meio de divulgação ou
outro site. Sabendo-se que o software foi desenvolvido a partir de referenciais pedagógicos, ele se torna
um projeto qualitativo e não quantitativo, isto implica que, não é possível avaliar resultados numéricos.
Entretanto, ele deixa um espaço aberto para que estudos futuros possam melhorá-lo.
Agradecimento
A pesquisadora Maria Elizabeth Zucolotto, por permitir a reprodução no software desenvolvido,
todo o material presente em seu portal na internet.
142
Figura 2 – Página inicial do blog de divulgação do software
Fonte de Financiamento
PROBIC - UNISO.
AEAG - Execução da parte prática de desenvolvimento do software e redação do artigo. DACA –
Concepção do projeto, coordenação, análise, avaliação e correção final da redação do artigo.
Referências
DORNELES, P. F. T. Integração entre as atividades computacionais e experimentais
como recurso instrucional no ensino de eletromagnetismo em física geral. 2010. Tese
(Doutorado em Ciências) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, São Carlos, 2010.
WIEMAN, C. et al. The physics teacher, n. 48, p. 225, 2010.
WILEY, D. A. The instructional use of learning objects. [S. l.], 2000. Tradução em português, disponível em: < http://penta3.ufrgs.br/objetosaprendizagem/>.
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PREPARO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS
DE QUITOSANA-HIDROXIPROPIL-ß-CICLODEXTRINA COMO SISTEMA DE LIBERAÇÃO MODIFICADA
PARA HERBICIDA HIDROFÓBICO
Jéssica Cristina de Almeida1, Silvio Luis Toledo de Lima2
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•
•
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Visando o aumento da solubilidade da Ametrina, é possível
preparar nanopartículas poliméricas de liberação controlada deste ativo utilizando a
hidroxipropil-b-ciclodextrina?
Antecedentes: Estudos sobre a utilização de ciclodextrinase apresentam em grande
quantidade apenas na área farmacêutica. O preparo de nanopartículas com liberação
controlada de herbicida é algo quase inusitado, onde os únicos artigos encontrados foram os puplicados pelos alunos da Unesp Sorocaba onde foi utilizado outros herbicidas
e outros métodos de preparo.
O que eta pesquisa acrescenta: Hoje em dia, o uso de agrotóxicos é realizado de
maneira exagerada e ineficiente, o que faz com que seja de muita importância, a
procura de novos métodos de aplicação que resultem em um maior controle e eficácia. Com mais estudos, estas nanopartículas poderão liberar o ativo de maneira
gradativa e controlada, reduzindo assim, o numero de aplicações e a quantidade de
ativo necessárias.
Limitações e pontos fortes: Este estudo apresenta dados sobre o preparo de um
composto que poderá viabilizar um novo método de aplicação de herbicidas e agrotóxicos. É constatado que o uso da hidroxipropil-ß-ciclodextrina aumentou a solubilidade da Ametrina o que pode auxiliar em novos estudos que visem o aumento
desta. A principal limitação deste estudo pode ser a quantidade de nanopartículas
preparadas por vez, porém foi possível realizar as análises sem muita dificuldade
relacionada.
Palavras-chave: Nanopartículas. Ciclodextrina. Herbicida.
Introdução
Hoje em dia, nas plantações, os herbicidas e agrotóxicos em geral são utilizados de maneira excessiva e inadequada acabando por prejudicar tanto o ambiente, podendo chegar aos lençóis freáticos e
contaminar o solo, quanto a quem consome os alimentos ali colhidos, por ainda conterem estas substâncias em quantidades significativas (ARMAS et al., 2007). Com isso, torna-se muito importante, a
elaboração de novos meios de aplicação que resultem em um maior controle e eficiência. Neste projeto
é estudada a preparação de nanopartículas biodegradáveis de Quitosana contendo como princípio ativo a Ametrina, herbicida hidrofóbico da família das triazinas que atua na inibição da fotossíntese das
pragas. Por sua característica hidrofóbica este composto não se liga facilmente ao polímero da nanopartícula, então para criar tal interação são utilizadas ciclodextrinas, as quais possuem uma superfície
interna hidrofóbica e externa hidrofílica, unindo assim o ativo ao polímero. Nas nanopartículas de
Quitosana é utilizada a Hidroxipropil-ß-ciclodextrina para melhorar a interação entre o componente
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hidrofóbico (composto ativo) e hidrofílico (nanopartícula). Sendo, desta maneira, a quantidade necessária do herbicida, significativamente menor, pois deve possuir sua liberação gradativa permitindo
uma duração maior entre uma aplicação e outra. Estas nanopartículas são biodegradáveis, causando
pouco impacto ao meio ambiente.
Objetivos
Objetivos gerais: Identificar a melhor condição de preparo de nanopartículas de Quitosana e hidroxipropil-ß-ciclodextrina para incorporação da Ametrina, além de caracterizá-las. A nanopartícula
preparada deverá liberar controladamente o herbicida no cultivo por um longo período de tempo diminuindo assim o número de aplicações e a quantidade de ativo necessárias. Objetivos específicos:
Estudar as condições experimentais para preparo das nanopartículas sem o composto ativo, bem como
para a inclusão do composto ativo. Preparar as nanopartículas com a Ametrina segundo as condições
determinadas anteriormente; Realizar análises para verificar a estabilidade do complexo formado; Caracterizar as nanopartículas de Quitosana-Ciclodextrina-Ametrina obtidas através das melhores condições de preparo.
Delineamento
Método
Estudo das melhores condições de preparo sem ativo utilizando como parâmetro de qualidade
os valores de potencial zeta e polidispersão. Determinação da cinética de inclusão da Ametrina na
matriz de HP-b-CD e obtenção das isotermas de solubilidade nas condições de equilíbrio dinâmico do
complexo de inclusão Ametrina/HP-b-CD. Preparo das nanopartículas com ativo com avaliação físicoquímica e verificação do ensaio de liberação por análises de espectrofotometria.
Resultado
Na figura 1 é apresentado o resultado da cinética de complexação onde podemos observar que
após um período de 24 horas o complexo se estabilizou. Na figura 2 pode ser visto um gráfico o qual
apresenta a relação da concentração de Ametrina absorvida com a concentração de ciclodextrina utilizada. Análise feita por expectrofotometria UV/Vis. Pode ser notado que na tabela 1, referente à análise
físico-química os valores de polidispersão e potencial zeta oscilam, porém no segundo experimento
onde foi misturada a quitosana com o complexo, esta oscilação foi levemente menor, o tornando a melhor condição de inclusão do ativo. E por fim, na figura 3 é apresentado o gráfico referente ao ensaio de
liberação onde mostra a liberação do ativo da nanopartícula utilizando como solução receptora Água
ou Tripolifosfato.
145
Figura 1
Figura 2
146
Tabela 1 – Análises periódicas de polidispersão e potencial zeta das nanopartículas preparadas com
ativo.
Experimento
dia
Q+T
polidispersão
desvio
potencial
zeta
(Q+ex) T
desvio
polidispersão
desvio
potencial
zeta
desvio
0
152,0222
3,4648
27,4833
0,2121
185,6778
3,2599
11,1789
6,7145
4
232,9778
1,6971
23,9000
2,1685
1878,2556
4,9542
16,7389
6,8725
7
263,5667
4,7848
22,5500
6,9061
184,3778
5,2883
20,2611
10,6347
15
307,3333
2,6399
8,5633
9,0085
177,2778
2,4084
12,8367
1,6820
20
323,7000
3,4648
3,6183
0,8226
174,3222
2,2843
19,3889
2,0342
Experimento
dia
(Q+ex) T
polidispersão
desvio
potencial zeta
desvio
0
161,3111
6,3806
14,4278
4,2951
4
165,6667
9,0245
8,9933
6,2621
7
160,2111
6,6094
19,0044
13,0770
15
154,6222
6,8813
17,2989
14,0594
20
153,7111
9,3932
12,3156
Fonte: elaborada pelos autores.
Figura 3
147
8,1517
Discussão
Sendo a solubilidade da Ametrina 0,19g/L e que através do estudo ter sido possível complexar 0,45g/L desta, o uso da ciclodextrina proprorcionou um aumento de aproximadamente 237% da
mesma.
Conclusão
Como conclusão, foram analisadas diversas etapas onde, cada uma demonstra em um determinado
ângulo, qual o método mais adequado para efetuar cada passo da preparação final destas nanopartículas, proporcionando o método mais eficiente dentre as características estudadas.
Agradecimento
À instituição UNISO pela bolsa concedida e ao Prof. Dr. Leonardo Fernandes Fraceto (UNESP –
Sorocaba), pelo apoio e fornecimento dos materiais necessários ao estudo.
JCA: execução da parte experimental e redação do artigo. SLTL: concepção do projeto, coordenação, análise analítica, interpretação dos resultados e correção final da redação do artigo.
Referências
ARMAS, E. D. et al. Química Nova, São Paulo, v. 30, p. 1119-1127, 2007.
AZEVEDO, V. V. C. et al. Quitina e quitosana: aplicações como biomateriais. Revista Eletrônica de
Materiais e Processos, v. 2, n. 3, p. 27-34, 2007.
GRILLO, R. et al. Polym. Environ, v. 18, p. 26, 2010.
148
LÓGICA NEBULOSA
Luan Scudeler de Souza1, Robinson Luz2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Como resolver problemas que apresentam características
nebulosas e incertas? Ou seja, problemas que contém informações que não podem ser
estabelecidas com exatidão ou que apresentam uma alta taxa de variação.
Antecedentes: A lógica nebulosa surgiu em 1965 com Lofti A. Zadeh, desde então ela vem
sendo usada e estudada por muitos e em diversas áreas do conhecimento, pois se trata de
uma lógica bastante versátil podendo ser aplicada em várias situações. No final dos anos
90 ocorreu um grande aumento da atividade da lógica nebulosa, onde muitas empresas
orientais como a Mitsubishi, Cânon, Hitachi entre outras aplicaram a lógica nebulosa em
seus produtos, para facilitar e aprimorar o desenvolvimento de mecanismos, como por
exemplo, foco automático, transmissão automotiva e ar condicionado.
O que esta pesquisa acrescenta: Esse estudo aplica na prática mais uma maneira (não
tanto usual) em que a lógica nebulosa pode ser usada, acrescentando um demonstrativo de como a lógica nebulosa pode ser útil e respondendo através dela, a pergunta:
Como resolver problemas que apresentam características nebulosas e incertas? Tal
pergunta que em primeiro momento parece ser muito difícil de responder, mas uma
vez que se conheça a lógica nebulosa e suas capacidades, problemas com essas características se tornam mais fáceis de serem tratados.
Limitações e pontos fortes: Essa pesquisa se destaca por apresentar uma aplicação
prática da lógica nebulosa (através do aplicativo Android desenvolvido) e abordando
um tema bastante popular e corriqueiro que é a venda de carros usados. Todos os conceitos e métodos da lógica nebulosa são aplicados nesse contexto, o resultado final é
um aplicativo onde qualquer pessoa que possua um smartphone com sistema Android,
poderá usufruir da lógica nebulosa para gerar um resultado imediato e (se o interesse
for estimar um preço para um carro usado) útil ao usuário.
Palavras-chave: Lógica Nebulosa.Conjuntos nebulosos. Aplicativo Android.
Introdução
Este relatório aborda o estudo sobre a lógica nebulosa e apresenta o desenvolvimento de um aplicativo para dispositivos Android com o uso de conceitos e métodos presentes na mesma. A hipótese
da pesquisa consiste em demonstrar o uso da lógica nebulosa para a resolução de um problema que
apresenta características abstratas, que não podem ser mensurados com exatidão, e que precisam ser
utilizadas para gerar um único resultado final, como é o caso do contexto da aplicação Android desenvolvida nessa pesquisa. Na aplicação avalia-se a qualidade de aspectos comumente analisados quando
se quer definir o valor de um carro usado, essa avaliação é feita através de qualificadores linguísticos
que não representam com exatidão seus estados, mas ao serem usados em um sistema de lógica nebulosa eles contribuem para gerar um resultado mais preciso.
Objetivos
Estudar os conceitos da lógica nebulosa e entender onde e como ela pode ser aplicada, após esses
assuntos serem esclarecidos, desenvolver um aplicativo protótipo para plataforma Android utilizando a
lógica nebulosa, fazendo uso da sua estrutura, conceitos matemáticos e forma de abordagem para os problemas. Após a finalização do protótipo o objetivo passa a ser o desenvolvimento da aplicação principal e final.
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1
149
Delineamento
Método
O aplicativo Android desenvolvido teve como objetivo estimar um valor em reais para um carro usado,
isso foi feito com base na avaliação do usuário sobre fatores tipicamente analisados ao avaliar um carro,
funilaria/pintura, motor e mecânica/interior, esses fatores foram definidos a partir de uma pesquisa sobre
o que as pessoas mais reparam na hora de estabelecer o preço para venda de um carro. A ação de definir
um preço para um carro usado apresenta inúmeros fatores que podem variar o preço final estabelecido, no
mercado existem vários anúncios para um mesmo carro com diferentes estados de qualidade e consequentemente diversas faixas de preços, toda essa variação e incerteza puderam ser aplicadas através do aplicativo Android, em um sistema de lógica nebulosa. Ao longo deste estudo e desenvolvimento da aplicação
Android, foram utilizadas as seguintes ferramentas: Android Studio (ferramenta para desenvolvimento de
aplicativos Android), fuzzyTECH (software para simulação e teste de sistemas de lógica nebulosa), jFuzzyLogic (uma biblioteca de lógica nebulosa para a linguagem JAVA) e tabela FIPE (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas) de média de preços de carros usados.
Resultado
Como resultado principal está primeiramente o aplicativo Android que serviu como protótipo no
início deste estudo Figura 1, para testar a viabilidade de se desenvolver uma aplicação para dispositivos de sistema Android utilizando a lógica nebulosa. O aplicativo aborda o tema sobre cálculo de
inteligência, gerando resultados (como pouco inteligente, inteligente e muito inteligente) através de
um controlador de lógica nebulosa.
Figura 1 – Demonstração da aplicação protótipo em funcionamento
150
A seguir na Figura 2 está o aplicativo final que foi estabelecido como objetivo principal desta pesquisa, que consiste como já citado, em uma ferramenta para estimar o preço de um carro usado com
base na avaliação de três características principais: funilaria/pintura, motor e mecânica/interior.
Figura 2 – Demonstração da aplicação final em funcionamento
Os valores gerados pelo aplicativo desenvolvido foram comparados com os valores de carros no
mercado em um estado parecido ao avaliado na aplicação. A Tabela 1 mostra uma relação dos resultados obtidos, onde nas colunas referentes aos sites WebMotor e mercado livre contém o valor mínimo
e máximo encontrado em anúncios nos sites para os carros em questão. A coluna Aplicativo informa o
valor obtido através da aplicação Android.
Tabela 1 – Comparações entre preços obtidos no aplicativo e preços no mercado atual
Carro
Fiat
Renault
Volkswagen
Chevrolet
AUTOMÓVEL
Modelo
Uno 1.3 CS 8V Álcool 2P
1989/1989
Clio 1.6 RL Álcool 2P 1996/1996
Gol City 1.0 Mi Álcool 4P
2003/2004
Celta Life 1.0 MPFI 8V FlexPower
2p 2013/2013
VALOR (R$)
WebMotors.com.br
mercadolivre.com.br
4.890,43
4.000,00 a 4.450,00
4.500,00 a 6.500,00
6.010,36
14.143,63
6.000,00
12.000,00 a 14.700,00
6.800,00
12.900,00 a 14.900,00
22.050,43
16.900,00 a 23.000,00
16.900,00 a 21.980,00
Aplicativo
151
Discussão
A literatura já produzida sobre o tema de lógica nebulosa não é muito vasta quando comparada
com outros temas, apesar de a lógica nebulosa ser aplicável em diversas áreas. Quanto ao estudo sobre os conceitos e uso da lógica nebulosa as literaturas se assemelham bastante inclusive com essa
pesquisa em questão, o que as diferenciam uma das outras é onde a lógica nebulosa foi aplicada.
Essa pesquisa se destaca por apresentar uma aplicação prática da lógica nebulosa (através do aplicativo Android desenvolvido) e abordando um tema bastante popular e corriqueiro que é a venda de
carros usados.
Conclusão
A lógica nebulosa foi considera uma ferramenta bastante eficiente e adequada para o problema
em questão, provando também a sua versatilidade que já é uma característica conhecida. O estudo demonstrou uma forma de tratar problemas com características incertas e nebulosas e também demonstrou a contribuição da lógica nebulosa para criar uma forma interativa, automatizada e de fácil acesso
para avaliar a qualidade de carros usados e estimar seus preços de venda no mercado.
Agradecimento
Agradecemos ao Lucas Bertho pelo apoio voluntário no desenvolvimento do aplicativo Android
contido neste estudo e à Universidade de Sorocaba.
L.S.S: pesquisa e redação do relatório
R.L: Correção do relatório
PROBIC - UNISO.
Referências
AMENDOLA, M.; SOUZA, A. L.; BARROS, L. C. Manual do uso da teoria dos conjuntos Fuzzy no
MATLAB 6.5, 2005. Disponível em <http://www.ime.unicamp.br/~laeciocb/manual_fuzzy_matlab.
pdf>. Acesso em: 28 dez. 2014.
_____. A short Fuzzy Logic Tutorial, 2010. Disponível em: <http://cs.bilkent.edu.tr/~zeynep/files/
short_fuzzy_logic_tutorial.pdf>. Acesso em: 30dez. 2014.
CINGOLANI; PABLO; ALCALA-FDEZ J. jFuzzyLogic: a robust and flexible Fuzzy-Logic inference
system language implementation. Fuzzy Systems (FUZZ-IEEE), 2012 IEEE International Conference
on. IEEE, 2012. Fuzzy control programming. Technical report, International ElectrotechnicalCommision, 197.
GUIMARÃES, R. et al. Lógica Fuzzy ou lógica nebulosa. Salvador, Bahia: Colégio Nobel, 2002. Projeto
Robótica. Disponível em: <http://www.colegionobel.com.br/robo tica/nebula.html>. Acesso em: 22 dez.
2014.
LAUDARES, L. A. Lógica nebulosa: uma abordagem filosófica e aplicada. São Carlos, SP: UfsCar, 2002.
MENDEL. J. Fuzzy logic systems for engineering: a tutorial. Proceedings of the IEEE, v. 83, 1995.
SIVANANDAM, S. N.; S. SUMATHI, S.; DEEPA S. N. Introduction to Fuzzy logic using MATLAB.
New York: Springer, 2007.
SANDRI, Sandra; CORREA, Cláudio. Lógica Nebulosa. 1999. Disponível em: <http://www.deti.ufc.br/~guilherme/PAPERS/curso_ERN99_fuzzy.pdf>. Acesso em: 30 dez. 2014.
152
SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE SCAFFOLDS DE
FIBROÍNA
Luísa C. P. Araújo1, Norberto Aranha2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Quais os parâmetros que devem ser controlados para a obtenção de scaffolds? Qual o melhor método para incorporação de fármacos aos scaffolds produzidos?
Antecedentes: No processo de extração da fibroína, na diálise, ocorre a reorganização dos domínios amorfo (seda I) e cristalino (seda II) das cadeias da proteína. Esses domínios conferem resistência à tração e uma estrutura termodinamicamente estável, entre outras vantagens, que consequentemente estarão presentes no scaffold.
Ainda assim, a incorporação de fármaco se sucede na adição à solução de fibroína,
onde se utiliza a concentração de 15% de fármaco (m/v), sendo que os 85% restantes
correspondem à fibroína. Variando-se esse percentual conforme a necessidade.
O que esta pesquisa acrescenta: Com processamento adequado da membrana conseguiu-se a formação de hidrogel em 48h durante a diálise, tempo este bem inferior
ao descrito na literatura que é de 5 a 7 dias. A incorporação de fármaco ao scaffold foi
obtida durante a diálise e também após sua liofilização.
Limitações e pontor fortes: Obtenção de hidrogéis durante o processo de diálise.
Incorporação de fármaco nos scaffolds produzidos.
Palavras-chave: Biomateriais. Fibroína. Scaffolds.
Introdução
A fibroína é uma proteína insolúvel em água devido à alta concentração de aminoácidos hidrofóbicos em seu interior e superfície (NELSON; COX, 2000). Sua extração se dá, principalmente, a partir
dos casulos do bicho-da-seda (Bombyx mori), que contém de 70-80% de fibroína. As fibras de fibroína
possuem de 10 a 25 µm de diâmetro. Suas aplicações abrangem o campo medicinal, sejam na liberação
de fármacos e na engenharia tecidual, sob a forma de filmes, hidrogéis, fibras, scaffolds e membranas. Os hidrogéis de fibroína de seda, têm sido amplamente estudados, e possuem a habilidade de
atuar como substrato para a deposição de fosfato de cálcio com função na reparação de tecido ósseo
(RATNER et al., 1996). No campo da engenharia tecidual o desenvolvimento de scaffolds porosos tridimensionais com propriedades osteogênicas para utilização na restauração óssea tem representado
um avanço importante (HUTMACHER et al., 2007). Os scaffolds são estruturas tridimensionais que
servem de molde para o crescimento celular, gerando um novo tecido.
Objetivos
Obtenção de scaffolds de fibroína a partir de casulos do bicho da seda. Incorporação de fármaco
com propriedades anti-inflamatórias. Caracterização das amostras por microscopia óptica, FTIR e DSC.
Delineamento
Curso de Engenharia Química, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação em Processos Tecnológicos e Ambientais, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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153
Método
O método de extração da fibroína segue o protocolo de Rockwood et al. (2011), e se divide em três
etapas:
Diluição: Mistura-se 5g de casulos à solução de Na2CO3(aq) (4,24g) à 85 ºC, sob agitação, por 35
min. As fibras são enxaguadas (3x) em água MiliQ por 20min. Em seguida secas em estufa por 24h
a 50°C. Logo, são lavadas em Na2CO3 0,5% (m/v). Preparou-se a solução ternária de CaCl2.2H2O P.A.,
CH3CH2OH P.A. e água ultrapura, 1:2:8 molar, respectivamente. Foram adicionados 50ml da solução
ternária junto as fibras. O béquer foi imerso em banho maria à 85°C por 20min.
Diálise: A membrana foi tratadada com: lavagem em água de 3 a 4 horas; imersão em 0,3% (m/v)
de Na2S(aq) à 80°C por 1 min.; lavagem em água à 60°C durante 2 min.; imersão em solução de H2SO4
a 0,2% (v/v) por 2 min.; enxague com água quente para remover o ácido. A cada 15cm de membrana
inseriu-se 12ml de fibroína. Cada saquinho de diálise foi colocado em 1L de água. Após 1h a água foi
trocada e, a partir daí a cada 4h, durante 48h. Ocorre, então, a formação, no fundo da membrana, de um
hidrogel. A solução restante se gelifica tornando-se viscosa.
Centrifugação: A solução é centrifugada a 11000 rpm por 30 min, por duas vezes. A solução é então
armazenada em geladeira.
Resultado
O espectro de FTIR confirmou a presença das bandas de fibroína indicadas na Fig. 1. Correspondem a amida I estiramento C = O (1700 – 1600cm-1), ; a amida II (1540 - 1520cm-1), vibrações de N - H
e C – H; e a amida III (1300 -1220cm-1) que é a combinação de N - C e de C = O. Amostras de géis e
hidrogéis foram liofilizadas à -50°C, p = 200kgf por 48h, resultando em scaffolds tridimensionais. Os
scaffolds obtidos dos géis, formaram estruturas pouco porosas e quebradiças. Os scaffolds de hidrogéis formaram estruturas porosas e mecanicamente rígidas. Apresentando em sua composição, um
emaranhado de fios de fibroína (Fig. 2), com diâmetro médio de 24µm (zoom 100%). O resultado da
análise de DSC, Fig. 3, mostra um pico intenso em 297°C responsável pelo ponto de fusão da fibroína.
O outro pico endotérmico em torno de 60°C correspondente ao início da evaporação da água. A incorporação de fármaco sucedeu-se através de métodos diferentes: 1) Incorporou-se 0,35g de alopurinol
em 12ml de fibroína, que foi dialisada em seguida; 2) Adicionou-se 0,35g do fármaco no gel, obtido
após a diálise, e sonificado por 5 min.; 3) Adicionou-se também 0,35g de alopurinol ao hidrogel picado.
Todos os espectros de Infravermelho apresentados confirmaram a presença do fármaco nas amostras.
A Figura 4 ilustra um dos espectros obtidos.
Figura 1 – Espectro infravermelho da solução de fibroína
154
Figura 2 – a) Scaffold de fibroína após leofilização, b) Vista da estrutura do scaffold com microscópio óptico (x 100).
Figura 3 – Curva de DSC da fibroína sem a incorporação do fármaco.
Figura 4 – Espectros de infravermelho das amostras de alopurinol e hidrogel com alopunirol.
155
Discussão
As setas na Fig. 4 indicam os picos característicos do alopurinol, confirmando sua incorporação
nas amostras. O espectro de alopurinol exibe bandas em 790, 811, 915, 1159, e 1232cm-1 (C-H no plano
de deformação); 1.590cm-1 (devido a vibração do anel aromático); 1700 e 1763cm-1 (C=O vibração de
alongamento da forma ceto de tautómero 4-hidroxi), 3060 cm-1 (vibrações C-H do anel de pirimidina de
alongamento) e 3400cm-1 (alongamento N-H).
Conclusão
Comprovou-se a viabilidade das extrações, com resultados positivos na análise de FTIR que detectou as bandas referentes a fibroína. Os scaffolds obtidos a partir dos géis formaram estruturas menos
porosas e mais quebradiças, devido a sua quantidade menor de fibroína em relação aos hidrogéis. O
scaffolds de hidrogéis apresentaram estrutura altamente porosa e com maior rigidez, composta por
fios de fibroína com diâmetro em torno de 24µm. A temperatura de decomposição da proteína, obtida
via análise de DSC, foi de 297°C. Todos os três métodos testados resultaram na incorporação do alopurinol aos scaffolds de fibroína. Mas, o procedimento de incorporação na pré-diálise seria o mais viável
para a adição de fármaco à fibroina.
Agradecimento
Ao Cnpq pela bolsa PIBIC; À Fapesp (processo 2014/21122-0).
Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados: NA e LCPA. Redação do artigo ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual: LCPA e NA. Aprovação final da versão a ser publicada:
NA.
FAPESP (processo 2014/21122-0). CNPq. PROBIC-UNISO.
Referências
HUTMACHER, D. W.; SCHANTZ, J. T.; LAM, C. X. F.; TAN, K. C.; LIM, T. C. State of the art and future
directions of scaffold-based bone engineering from a biomaterials perspective. J. Tissue Eng. Regen. M. v.
1, n.4, p. 245–260. 2007.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Lehninger principles of biochemistry. 3. ed. 2000.
RATNER, B. D.; HOFFMAN, A. S.; SCHOEN, F. J.; LEMONS, J. E. Biomaterials science: an introduction to materials in medicine. Academic Press, 1996.
ROCKWOOD, D. N.; PREDA, R. C., YÜCEL, T.; WANG, X.; LOVETT, M. L.; KAPLAN, D. L. Materials
fabrication from Bombyx mori silk fibroin. Nature Protocols, v. 6, n. 10, p. 1612, 2011.
156
SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES DE FIBROÍNA
Matheus Karim da Silva Oliveira1, Norberto Aranha2
•
•
•
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Quais os parâmetros importantes para otimizar a fabricação de filmes de fibroína.
Antecedentes: A seda é composta por um conjunto de proteínas fibrosas produzidas
por uma variedade de espécies incluindo o bicho-da-seda e aranhas (KEARNS et al.,
2008). O seu uso limitava-se a área de vestuário devido a sua durabilidade e resistência
mecânica, mas estudos científicos revelaram seu potencial para aplicações como biomaterial, especificamente na engenharia tecidual. A fibroína, uma das duas principais
proteínas presentes no fio da seda, tem como características: a biocompatibilidade, facilidade de ser quimicamente alterada, bioatividade, apresentar taxas de degradação
controlável e ser processada em diferentes materiais. (ROCKWOOD, 2011, et al.).
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo acrescenta um método mais rápido para
obtenção de gel que pode ser usado na fabricação de filmes e outros biomaterias derivados
da seda, aumentando a interação das moléculas da proteína com as moléculas de água.
Limitações e pontos fortes: Obtenção de gel e hidrogel durante o processo de diálise
que ocorre em 48h, diferente do descrito na literatura que leva em torno de 7 dias. Apesar deste resultado positivo, ainda não foi estabelecido um método eficaz para obter
filmes de fibroína a partir desse gel e hidrogel.
Palavras-chave: Fibroína. Biomateriais. Bioativo.
Introdução
Biomateriais são definidos como qualquer material utilizado para produzir dispositivos para a
substituição de uma parte ou de uma função do corpo humano de uma maneira segura, confiável,
econômica e fisiologicamente aceitável (PARK; LAKES, 2007). A fibroína tem sido utilizada na produção de diferentes materiais tais como: filmes, membranas e scaffolds para enxerto ósseo, liberação
de fármacos, entre outros. Esta proteína é composta por duas cadeias, uma de alto peso molecular (~
325kDa), e a outra com baixo peso molecular (~ 25kDa), unidas por uma camada de sericina (ALTMAN
et al., 2007). A sericina é uma proteína globular que age como adesivo no fio da seda, e corresponde a
25 – 30% do peso do mesmo (ROCKWOOD et al., 2011).
Objetivos
Montagem de protocolo para extração da fibroína a partir do casulo do bicho da seda. Otimização
do processo de extração para obtenção de filmes de fibroína. Caracterização dos filmes por espectroscopia na região do infravermelho – FTIR.
Delineamento
Método
O processo de extração inicia-se com a pesagem de 2,5g de casulos, obtidos da empresa BRATAC fiação
de seda, os quais são cortados e transferidos para um bequer contendo uma solução de 2,12g de carbonato
de sódio, marca Anidrol, em 1 litro de água MiliQ. A solução contendo os casulos é aquecida a 80ºC por 35
minutos para a remoção da sericina, que é solúvel em água, expondo deste modo as fibras de fibroína. Estas
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Ambientais, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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fibras são então retiradas da solução e lavadas com água MiliQ por três vezes e secas em estufa a 50ºC por
24 horas. Em seguida as fibras são lavadas numa solução de 0,5% de carbonato de sódio por 15 minutos a
temperatura ambiente. Após esse processo, as fibras são imersas numa solução ternária de CaCl2-2H2O
-ETOH-H2O contendo 60g de CaCl2, marca Anidrol, 47,6ml de ETOH e 44,14ml de H2O deionizada. Uma
porção de 50ml desta solução é aquecida até 85ºC. Atingida esta temperatura adicionam-se as fibras para
sua dissolução, que dura em torno de 20 a 30 minutos. Após a diluição total das fibras e resfriamento da
solução, é realizada a diálise por 48 horas. Os tubos de diálise contendo 12ml da solução são imersos num
béquer contendo 1 litro de água MiliQ. A água da diálise é substituída após 4h e depois deste tempo a cada
24h, totalizando 48h de diálise. A solução resultante é centrifugada a 7.000rpm por 30 minutos para a retirada de resíduos sólidos que podem restar durante o processo de diálise. O obtido é uma solução de fibroína
que após secagem controlada transforma-se num filme.
Resultado
Os testes preliminares resultaram em filmes finos e transparentes conforme mostrado na figura 1. Esses filmes apresentaram-se sem elasticidade e um pouco quebradiços. Nos testes preliminares utilizou-se membrana de diálise sem tratamento prévio, ou seja, as mesmas foram apenas
lavadas com água destilada antes do seu uso. Nos procedimentos posteriores, as membranas de
diálise foram tratadas com diferentes soluções conforme descrição do fabricante. Esta alteração
gerou a formação de um hidrogel mais denso dimensões em torno de 8mm de diâmetro por 13mm
de altura, e o restante da solução formou um gel menos denso, conforme ilustrado na figura 2.
No espectro FTIR da solução de fibroína, presente na figura 3, observam-se as bandas características
da amida I (1643cm-1), amida II (1518cm-1) e amida III (1234cm-1).
Figura 1 – Filmes de fibroína obtidos após secagem ao ar.
158
Figura 2 – Diálise da solução de fibroína com a formação de hidrogel (A) e gel (B).
Figura 3 – Espectro infravermelho da solução de fibroína após diálise.
Discussão
A alteração no tratamento químico feito previamente com a membrana acelerou o processo de geleificação devido ao aumento de interação das moléculas de fibroína com a água. A transformação do hidrogel em filme ainda está sendo estudada. Por outro lado conseguiu-se obter facilmente scaffolds após
a liofilização do hidrogel. A dissolução da fíbroína antes da diálise apresenta uma força iônica muito
intensa, a qual diminui durante a diálise devido aos íons de sal sofrerem difusão e se misturarem com a
água. Esta alteração aumenta a interação com a água podendo produzir o hidrogel (RIBEIRO et, al., 2014).
O resultado do espectro FTIR corrobora com a literatura, a amida I (1.700-1.600cm-1) corresponde ao
estiramento C = O; amida II (1.540-1.520cm-1) às vibrações de flexão do N - H e de estiramento do C - H;
a banda referente à amida III (1.300-1.220cm-1) resulta da combinação das vibrações de estiramento do
N - C e de flexão do C = O.
159
Conclusão
O espectro FTIR confirmou a presença da fibroína na solução final. Produziram-se filmes de fibroina a partir da dissolução dos casulos em solução aquosa. O tratamento da membrana de diálise acelera
o processo, resultando na formação de hidrogel e gel.
Agradecimento
À Uniso pela bolsa PROBIC e à FAPESP (processo 2014/21122-0).
Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados: NA e MKSO. Redação do artigo ou revisão
crítica relevante do conteúdo intelectual: MKSO e NA. Aprovação final da versão a ser publicada: NA.
PROBIC-UNISO FAPESP (processo 2014/21122-0).
Referências
ALTMAN, G. H. et al. Biological and biomechanical assessment of a long-term bioresorbable silkderived surgical mesh in an abdominal body wall defect model. Journal of the American College of
Surgeons, 205, S53–S54, 2007.
KEARNS, V. et al. Silk-based biomaterials for tissue engineering, topics in tissue engineering.
2008. v. 4
PARK J.; LAKES R. S. Biomaterials: an introduction. 3. ed. New York: Springer, 2007.
RIBEIRO, M. et al. The role of dialysis and freezing on structural conformation, thermal properties
and morphology of silk fibroin hydrogels. Biomatter, 2014.
ROCKWOOD, Danielle N. et al. Materials fabrication from Bombyx mori silk fibroin, Nature Protocols, v. 6, n. 10, p.1612, 2011.
160
COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE BUSCA
EM ESPAÇOS DE ESTADOS E O ALGORITMO DE
DJIKSTRA
Pedro Guilherme Volpato Ferraresi1, Waldemar Bonventi Jr2
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•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Como funcionam e quais as diferenças entre os métodos de
busca em espaços de estados e o algoritmo de Djikstra?
Antecedentes: Ambos os métodos de busca em largura e profundidade são amplamente utilizados em estruturas de dados computacionais, bem como o algoritmo de
Dijkstra, pois são métodos essenciais para o estudo e desenvolvimento de sistemas de
busca em espaços de estados.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo auxilia no entendimento de um aluno iniciante à introdução aos estudos de métodos de busca em espaços de estados, bem
como à introdução do algoritmo de Dijkstra, mostrando exemplos simples de ambos
os métodos e algoritmo em um mesmo projeto computacional (software), bem como
explicado o funcionamento dos mesmos através de pseudocódigo e desenhos.
Limitações e pontos fortes: ponto inicial para que outros estudantes possam tomar
como base para iniciar os estudos nas áreas de grafos e inteligência artificial; implementação feita em linguagem de programação multiplataforma e atual. Com baixa curva de aprendizado; implementação seguindo os conceitos de paradigma de Orientação
à Objetos; e o principal ponto fraco deste trabalho é a necessidade de uma conhecimento prévio sobre o assunto para o entendimento completo.
Palavras-chave: Algoritmo de Dijkstra. Busca em largura. Busca em profundidade. Espaços
de estados.
Introdução
Este trabalho trata do problema de planejamento de caminhos mínimos, um dos assuntos da área
de Inteligência Artificial. O caminho de custo mínimo é a sequência de ligações que se deve seguir do
nó inicial até o nó final em um grafo, cujo custo total é mínimo.
Como exemplos de Otimização Combinatória temos o problema da mochila, o problema do caixeiro viajante e o problema da satisfabilidade máxima. Eles possuem várias aplicações práticas: projeto
de redes de telecomunicação, o empacotamento de objetos em containers, a localização de centros
distribuidores, análise de dados, na economia (matrizes de entrada/saída), na física (estados de energia
mínima), entre outras (GOLDBARG; LUNA, 2005). O algoritmo de Dijkstra resolve o problema de caminhos mínimos de fonte única em um grafo dirigido ponderado G = (V, E) para o caso no qual todos os
pesos das arestas são não negativos (CORMEN; RIVEST, 2000). Por outro lado, foram desenvolvidos
dentro da área da Inteligência Artificial os métodos de busca em espaços de estados. Um algoritmo de
busca recebe um problema como entrada. O ambiente do problema é representado por um espaço de
estados. O algoritmo retorna uma solução sob uma forma de sequência de ações. Um problema pode
ser definido formalmente em quatro componentes (RUSSEL; NORVIG, 2004):
•
O estado inicial em que o agente começa;
•
Uma descrição das ações possíveis que estão disponíveis para o agente;
•
O teste de objetivo, que determina se um estado é o objetivo;
•
Uma função de custo de caminho, que atribui um valor numérico a cada caminho refletindo
sua própria medida de desempenho.
1
Curso de Engenharia da Computação, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação em Mestrado Profissional em
Processos Tecnológicos e Ambientais.
161
Objetivos
O objetivo principal deste trabalho foi pesquisar, analisar e formalizar os fundamentos e métodos
necessários para que um agente inteligente possa planejar caminhos em ambientes virtuais eficientemente.
Delineamento
Estudo observacional transversal.
Método
Este trabalho foi realizado em duas grandes etapas: na primeira foi realizado um levantamento
bibliográfico sobre a teoria dos grafos e métodos de busca. Na segunda etapa, foi realizado o desenvolvimento de programas de computador para aplicações diversas e simulações para estudo, além de
uma interface com o usuário para auxiliar o aprendizado dos conceitos envolvidos. O levantamento
bibliográfico foi realizado através das bibliografias elementares de inteligência artificial e algoritmos.
O desenvolvimento do programa de computador para as simulações dos estudos foi realizado com
a IDE (Integrated Development Enviroment) NetBeans 7.4, com o JDK 1.7.51 (Java Development Kit)
instalado. Neste trabalho foi utilizada a “Notação O”, ou comumente chamada big O, para a análise dos
algoritmos estudados. Foi utilizado para consulta e embasamento dos códigos o livro Projeto de Algoritmos, de Nivio Ziviani (ZIVIANI, 2013), que contém explanados e implementados de forma completa
todos os algoritmos aqui estudados.
Resultado
Foram estudados e desenvolvidos os softwares para a realização do estudo dos métodos e algoritmos de busca em grafos, além de ser feita uma análise de cada algoritmo estudado neste trabalho.
Foram utilizados três grafos neste trabalho para a realização de estudos e testes:
•
Grafo 1: 6 Vértices e 9 Arestas;
•
•
•
Os resultados obtidos ao final do estudo podem ser observados nas tabelas 1 e 2:
Tabela 1 – Notação O e o tempo de processamento de cada algortimo estudado
Notação O
Tempo de processamento (ms)
Grafo 1
Grafo 2
Grafo 3
Grafo 4
Dijkstra
O (|A| log |V|)
3.630
6.171
1.905
2.471
Largura
O (|V| + |A|)
3.690
1.782
2.497
2.612
Profundidade
O (|V| + |A|)
4.939
2.577
11.381
6.510
Tabela 2 – Caminhos encontrados pelos algoritmos estudados
Caminhos
Dijkstra
Largura
Profundidade
Grafo 1
0-1-.3-5 (21.0)
0-1-3-5
0-1-2-4-3-5
Grafo 2
0-3-2-4 (6.0)
0-4
0-1-2-4
Grafo 3
0-1-4-5-7-9 (13.0)
0-3-6-9
0-1-4-6-7-9-
Grafo 4
0-2-6-10-9-14-13-18-20 (23.0)
0-2-5-9-13-17-20
0-1-2-4-5-8-9-12-13-16-17-20
162
Figura 1 – Grafos estudados
Discussão
Na tabela 1, podemos observar a notação O e o tempo total de processamento, em milissegundos,
de cada algoritmo. Observamos também que a notação O dos algoritmos de busca em largura e busca
em profundidade são iguais, porém, mesmo a notação sendo a mesma, os algoritmos têm comportamentos diferentes, resultando em tempos de execução diferentes. Podemos notar também que o algoritmo de busca em profundidade é o que mais ocupa o processador, em todos os grafos, comparado aos
outros algoritmos de busca. Na tabela 2, temos todos os caminhos encontrados por todos os algoritmos
estudados neste trabalho. Para o grafo 1, o algoritmo de Dijkstra encontrou o mesmo caminho que o
algoritmo de busca em largura. Já no grafo 3, o algoritmo de Dijkstra encontrou o mesmo caminho que
o algoritmo de busca em profundidade.
Podemos observar através dos testes feitos, que o algoritmo menos custoso em questão de processamento do computador varia muito de grafo para grafo, ou seja, para cada tipo de grafo, seja ele pouco
ou muito profundo, com muitas ou poucas arestas, os algoritmos irão se comportar de forma diferente,
encontrando caminhos diferentes. Também foi verificado que não houve chance neste trabalho de ser
realizada uma comparação de caminhos menos custoso entre o algoritmo de Dijkstra e os métodos de
busca em largura e profundidade, pois o algoritmo para funcionar precisa do grafo completo, ao longo
que os métodos de busca, seja o de busca em profundidade ou largura, vão descobrindo a arvore de
busca, e só param quando encontram um estado ou nó-objetivo.
Conclusão
Os resultados obtidos por todos os algoritmos foi satisfatório para a verificação dos mesmos através da bibliografia utilizada neste trabalho. Os grafos apresentados têm tamanhos e estruturas diferentes, de forma a se observar experimentalmente o comportamento dos algoritmos estudados. Não
se pode concluir que um algoritmo é mais rápido que outro, pois depende da topologia do caminho no
grafo. É por isso que estes métodos são igualmente estudados na área de Computação.
Agradecimentos
PROBIC - UNISO.
163
Os autores foram essenciais na realização deste trabalho, visto que toda teoria sobre a Inteligencia
artificial, bem como os algoritmos estudados foram retirados da bibliografia.
Fonte de financiamento
Programa de iniciação PROBIC-UNISO.
Referências
CORMEN, Thomas H. Algoritmos: teoria e prática. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
GOLDBARG, Marco Cesar; LUNA, Henrique Pacca L. Otimização combinatória e programação linear: modelos e algoritmos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
RUSSEL, Stuart J.; NORVIG, Peter. Inteligencia artificial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
ZIVIANI, N. Projeto de algoritmos: com implementações em Java e C++. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
164
COMPUTAÇÃO MÓVEL EM CONTROLE RESIDENCIAL
Pedro Guilherme Volpato Ferraresi1, Waldemar Bonventi Jr2
•
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•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Como montar e executar uma automação básica residencial
através de computação móvel e que dispositivos físicos, incluindo sua programação,
são necessários?
Antecedentes: Com o crescimento da facilidade de acesso à informação, existem muitos entusiastas, hobbistas e acadêmicos que se dedicam à automação e prototipagem,
principalmente depois do surgimento de plataformas como o Arduino, o Raspberrie Pi
e outras. Existem muitos exemplos simples na área de automação, visto que os maiores
contribuidores são hobbistas. Tais exemplos têm mais característica didática do que
soluções de engenharia. Estas ficam fechadas a quatro paredes nas empresas.
O que esta pesquisa acrescenta: Acrescenta uma fonte de pesquisa científica inicial a
respeito do assunto, dando oportunidades para trabalhos futuros nas áreas de redução
de energia consumida em uma residência, bem como transformar uma casa em uma
residência smart, ou seja, que interaja de fato com o morador e automatize tarefas cotidianas. Além disso proporciona a aplicação dos conhecimentos do curso de Engenharia no desenvolvimento de projetos reais.
Limitações e pontos fortes: Materiais e tecnologias usados são simples de fácil acesso
e entendimento para toda a comunidade; curva de aprendizagem baixa; principal limitação é que ele não pode ser utilizado em um produto comercial.
Palavras-chave: Plataforma Arduino. Automação de ambientes. Dispositivos móveis.
Introdução
Arduino é uma plataforma open-source de prototipagem eletrônica baseada em hardware e
software flexíveis e fáceis de usar. É destinado a artistas, projetistas, entusiastas e qualquer pessoa
interessada em criar objetos ou ambientes interativos. É uma plataforma de prototipagem eletrônica projetada com um microcontrolador Atmel AVR de placa única, com suporte de entrada/saída
embutido, uma linguagem de programação padrão, baseada em C/C++. O objetivo do projeto é
criar ferramentas que são acessíveis, com baixo custo, principalmente para aqueles que não teriam
alcance aos controladores mais sofisticados e de ferramentas mais complicadas (ARDUINO, 2014).
A principal finalidade do emprego de Arduino em um sistema é facilitar a prototipagem, implementação ou emulação do controle de sistemas interativos, em nível doméstico, comercial ou
móvel, da mesma forma que o CLP controla sistemas de funcionamento industriais. Com ele é
possível enviar ou receber informações de basicamente qualquer sistema eletrônico, como identificar a aproximação de uma pessoa e variar a intensidade da luz do ambiente conforme a sua
chegada. Ou abrir as janelas de um escritório de acordo com a intensidade da luz do sol e temperatura ambiente. Os campos de atuação para o controle de sistemas são imensos, podendo ter
aplicações na área de impressão 3D, robótica, engenharia de transportes, engenharia agronômica
e musical. Um importante aspecto é a maneira padrão que os conectores são expostos, permitindo
o CPU ser interligado a outros módulos expansivos, conhecidos como shields. Estas são placas de
circuito impresso, normalmente fixadas no topo do aparelho através de uma conexão alimentada
por pinos-conectores. Shields são expansões que disponibilizam várias funções específicas, desde
a manipulação de motores até sistemas de rede sem fio. Encaixam-se perfeitamente por cima da
placa Arduino, expandindo suas capacidades. Estas placas podem conter displays de LCD, sensoCurso de Engenharia da Computação, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Strictu sensu em Processos
Tecnológicos e Ambientais, Universidade de Sorocaba, UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
1
165
res, módulos de comunicação ou relês, por exemplo. A capacidade de expansão possibilita uma
infinidade de aplicações de maneira simples e rápida (SHIELDS, 2014).
O projeto é basicamente o seguinte: um Arduino conectado à rede através do EthernetShield, recebendo informações de uma página da internet. Ao receber, o Arduino processa e controla os dispositivos da casa através de um circuito de interface. O projeto demanda um pouco de conhecimentos
específicos de Arduino, Eletrônica e programação para WEB. O projeto é dividido basicamente em 3
frentes: Arduino, Internet e Interface elétrica (ENGENHEIRANDO, 2014).
Objetivos
Projetar e construir um sistema de controle de equipamentos residenciais de forma remota, utilizando a
internet, um programa para smartphone e a plataforma Arduino para comunicação com os equipamentos.
Delineamento
Método
Foi optado por controlar conexões de energia elétrica, como tomadas e interruptores, visando aprimorar a experiência de controle acima de praticamente qualquer equipamento eletrônico conectado à
rede elétrica de uma residência/escritório. A ligação na rede elétrica foi feita através de relês, alimentados por corrente alternada residencial 110 V. Foi escolhido controlar interruptores e conexões de
energia elétrica, como tomadas, visando aprimorar a experiência de controle de praticamente qualquer
equipamento eletrônico conectado à rede elétrica de uma residência/escritório. Esse controle é feito de
maneira discreta, ou seja, é somente ativado ou desativado qualquer equipamento somente mediante
intermédio de uma pessoa. O controle desse dispositivo será feito através de uma interface Web, que
enviará os comandos via WiFi para a um roteador, que posteriormente enviará os comandos para a
placa Arduino que irá fazer as devidas alterações nos equipamentos, desligando ou ligando-os.
Resultado
Através dos resultados obtidos, podemos verificar o poder e a capacidade da plataforma Arduino. Ela
é extremamente versátil e sua curva de aprendizado é muito baixa. A única coisa que pode limitar a velocidade do aprendizado de qualquer pessoa é seu conhecimento anterior em lógica de programação e de
eletrônica básica à avançada, pois muitos conceitos da mesma devem ser entendidos e empregados para
que qualquer projeto seja feito de forma correta. Embora a plataforma Arduino seja muito boa, ela não é uma
plataforma recomendável para uso comercial, visto que seu cristal, ou seja, o componente que comanda a
velocidade do clock de seu processador não exato, o que pode gerar alguns atrasos no processamento, o que
em uma aplicação comercial ou mesmo industrial é extremamente custoso. Porém, a plataforma Arduino é
uma excelente plataforma para se iniciar os estudos de eletrônica básica e micro controladores. A solução
encontrada é extremamente simples, utiliza somente a placa Arduino e o ethernetshield. Sua programação
e componentes eletrônicos são básicos, o que contribuí para uma possível replicação de qualquer outra
pessoa interessada por esse projeto que não possua ainda conhecimentos das áreas específicas.
Os autores contribuíram muito no conhecimento inicial e sobre termos específicos sobre a plataforma Arduino, bem como suas peculiariedades.
PROBIC-UNISO.
166
Referências
ARDUINO. 2014. Disponível em: <http://www.arduino.cc/>. Acesso em: 02 fev. 2015.
ENGENHEIRANDO. Automação residencial: controlando sua casa pela Internet. 2014. Disponível
em: <http://engenheirando.com/projetos/automacao/>. Acesso em: 02 fev. 2015.
FRITZING. Disponível em: <http://fritzing.org/download/?donation=0>. Acesso em: 02 abr. 2015.
LOURENÇO, A. C. et al. Circuitos digitais. São Paulo: Érica, 2001/2007.
SHIELDS. Disponível em: <http://arduino.cc/en/Main/ArduinoShields>. Acesso em: 02 fev. 2015.
TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S. Sistemas digitais: teoria e aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
167
CIÊNCIA E CULTURA: INTERFACE ENTRE FÍSICA
MODERNA E FICÇÃO CIENTÍFICA NUM WEBSITE DE
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Renato Balarini Ferreira1, Emerson Ferreira Gomes2
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Como um website de divulgação da Teoria da Relatividade,
a partir de textos literários de Ficção Científica, pode contribuir para a divulgação científica e para a educação não formal dessa teoria?
Antecedentes: Além da Teoria da Relatividade ser um conteúdo pouquíssimo abordado no Ensino Médio, existem poucos artigos relacionados à Ficção Científica com a
Teoria da Relatividade em atividades de ensino.
O que esta pesquisa acrescenta: É possível abordar os conceitos da Teoria da Relatividade
através da Ficção Científica e não existem portais de divulgação dessa relação tão pouco
propostas de atividades de ensino desses conceitos, o que faz o estudo relevante para essa área.
Limitações e pontos fortes: Através da interface entre duas áreas do conhecimento
Física e Literatura, pode-se abordar conceitos de Física Moderna de uma forma lúdica
facilitando mais o aprendizado. Por outro lado a excassa bibliografia sobre o assunto
relacionando a Física Moderna com a Ficção Científica aliada ao fato de trata-se apenas de um estudo teórico acabam sendo as limitações do presente estudo.
Palavras-chave: Ensino de física. Teoria da relatividade. Ficção científica. Divulgação científica.
Introdução
“É difícil imaginar o mundo como conhecemos hoje sem a influência de Einstein” Arthur C. Clarke Os conceitos de Física Moderna, tanto para estudantes em geral quanto para leigos, muitas vezes
parecem fugir do senso comum o que torna o seu aprendizado difícil e desestimulante. Um exemplo
clássico é a Teoria da Relatividade, proposta por Albert Einstein no início do século XX. Apesar dessa
teoria ter repercussão e exposição midiática, é pouco discutida na educação formal e informal, conforme apontam diversos pesquisadores da área de ensino (RODRIGUES; PIETROCOLA, 1999; ARRIASSECQ; GRECA, 2006; GUERRA; BRAGA; REIS, 2007). A partir dessa hipótese, diversos autores trazem
hipóteses para o ensino e divulgação dessa teoria através de: obras literárias (ZANETIC, 2006); obras
de ficção científica (PIASSI; PIETROCOLA, 2009); análise de artes visuais (GUERRA; BRAGA; REIS,
2007); música (GOMES; PIASSI, 2012); interpretação da história e epistemologia das ciências (ARRIASSECQ; GRECA, 2006).
Objetivos
Identificar trechos que abordem a Teoria da Relatividade em quatro obras de ficção científica permitindo um processo de divulgação científica e educação não formal, através de um website.
Delineamento
Revisão da literatura.
Curso de Física, Universidade de Sorocaba/SP; Curso de Física, Universidade de Sorocaba/SP; 2 Curso de Física, Universidade de Sorocaba - UNISO/
Sorocaba /SP [email protected].
1
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Método
A pesquisa se dará através de três instâncias: Análise do Produto, Formulação Didática e Divulgação.
Resultado
Nas primeiras páginas de A Máquina do Tempo, o protagonista descreve suas concepções quadrimensionais de espaço-tempo: Parece-me claro – disse o Viajante no Tempo – que qualquer objeto real
deve se estender em quatro direções: ele deve ter Altura, Largura, Espessura e... Duração. [...] Existem
na verdade quatro dimensões, três que constituem os três planos do Espaço, e uma dimensão adicional,
o Tempo (WELLS, 2010, p. 18). Em “Tau Zero”, a correção cientifica do autor é tao detalhada que está
explícito na narrativa a expressão matemática decorrente das transformações de Lorentz, Um ano após
a partida, Leonora Christine estava perto de sua velocidade máxima. Levaria trinta e um anos para
cruzar o espaço interestelar e mais um ano para desacelerar quando se aproximasse da estrela-alvo.
Mas isso é uma afirmação incompleta. Ela não leva em conta a relatividade. Precisamente porque há
uma velocidade absolutamente limite (na qual a luz viaja no vácuo, assim como neutrinos), há uma
interdependência do espaço, tempo, matéria e energia. O fator tau introduz as equações. Se v é a velocidade (uniforme) de uma espaçonave, e c a velocidade da luz, então tau é igual (fórmula da dilatação
temporal). Quanto mas perto v estiver de c, mais perto tau estará de zero (ANDERSON, 1983, p. 76-77).
O endereço eletrônico do blog onde está disponível os trechos dos livros escolhidos e exercícios propostos é http://relatividadescifi.blogspot.com.br/.
Discussão
A Máquina do Tempo foi escrita 10 anos antes de Einstein desenvolver e publicar a Teoria da Relatividade. Com a passagem selecionada podemos abordar o período histórico de transição da chamada
Física Clássica para a Física Moderna, além do fato do livro ser lançado em 1895 já com a ideia do tempo como quarta dimensão, 10 anos antes de Einstein publicar seu artigo. Isso deve ao fato de estudos
anteriores de Poincaré e Lorentz, que levou Einstein a realizar seus postulados. No trecho selecionado
de Tau Zero podemos abordar o coneceito de dilatação temporal, propondo um exercício onde existem
2 irmãos gêmeos, ambos com 40 anos e um deles viaja para o espaço a viagens altíssimas e após 10
anos ele retornaria a Terra. Após esse tempo, qual a idade dos irmãos ? Usando a fórmula da Dilatação
temporal, concluímos que o astronauta estará com 46 anos após a viagem, enquanto seu irmão terá 50
anos, ou seja, o astronauta estará mais novo que seu irmão gêmeo! De acordo com Nascimento e Alvetti “as orientações voltadas ao ensino de Física presentes nos PCNEM e PCN+ ressaltam a relevância
da introdução de conhecimentos da Física Moderna e Contemporânea nos currículos escolares” (2006,
p. 31). Nesse sentido, os livros de ficção científica podem apresentar excelentes trechos da Teoria da
Relatividade e através deles podem ser ensinados seus conceitos físicos.
Conclusão
Estudos indicam uma carência de ensino nessa área. A falta de materiais didáticos que abordem
mais o conteúdo acabam sendo um empecilho para o primeiro contato do aluno com a TR e consequentemente seu aprendizado. Na Literatura, a Ficção Científica apresenta conteúdos riquíssimos
envolvendo conceitos físicos abordados em salas de aula. E através dessas obras podemos fazer uma
Interface para o ensino da Teoria da Relatividade, Esperamos que esse trabalho proporcione a divulgação dos conceitos da Física Moderna, especificamente a Teoria da Relatividade, através da interface
entre a Física e a Literatura num website.
Agradecimento
PROBIC - UNISO.
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Referências
ANDERSON, P. Tau zero. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.
ARRIASSECQ, I.; GRECA, I. M. Introducción de la teoría de la relatividad especial en el nivel medio/
polimodal de enseñanza: identificación de teoremas – en – acto y determinación de objetivos – obstáculo. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 11, n. 2 p. 189-218, 2006.
GOMES, E. F.; PIASSI, L. P. Perspectivas socioculturais no uso da canção no ensino de física: utilizando
o rock para debater questões inerentes às missões espaciais e aos paradoxos temporais. In: SIMPÓSIO
NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 20., 2012, São Paulo/SP. Atas... São Paulo, 2012.
GUERRA, A.; BRAGA, M. A.; REIS, J. C. Teoria da relatividade restrita e geral no programa de mecânica do ensino médio: uma possível abordagem. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v.
29, n. 4, p. 575-583, dez. 2007.
NASCIMENTO, T. G.; ALVETTI, M. A. S. Temas científicos contemporâneos no ensino de Biologia e
Física. Cência e Ensino, v. 1, n. 1, p. 29-39, dez. 2006.
PIASSI, Luís P.; PIETROCOLA, Maurício. Ficção científica e ensino de ciências: para além do método
de encontrar erros em filmes. Educação e Pesquisa, v. 35, p. 525-540, 2009.
RODRIGUES, C. D. O; PIETROCOLA, M. A abordagem da relatividade restrita em livros didáticos no
ensino médio e a transposição didática. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 2., 1999, Valinhos, SC. Anais... Florianópolis: Clicdata Multimídia, 1999.
WELLS. H. G. A máquina do tempo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.
ZANETIC, J. Física também é cultura. Física e Arte: uma ponte entre duas culturas. Pro-Posições,
Campinas, v. 17, n. 1, p. 39-58, 2006.
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Ciências sociais e aplicadas
A METROPOLIZAÇÃO DE SOROCABA.
DA PROPOSTA DE LEI 2005 A CRIAÇÃO DA
REGIÃO METROPOLITANA DE SOROCABA
Bianca Barboza Cardinale1, Fabrício de Francisco Linardi2
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Qual é o processo de criação da Região Metropolitana de
Sorocaba?
Antecedentes: A cidade de Sorocaba passou por um embate entre região metropolitana e aglomerado urbano, até a Lei Complementar n° 1.241, de 08 de Maio de 2014 ser
sancionada, tornando Sorocaba oficialmente a 5º região metropolitana do estado de
São Paulo. Buganza (2011) já afirmava que Sorocaba já vivenciava uma realidade metropolitana, porém ainda não era oficialmente aprovada.
O que esta pesquisa acrescenta: Evidenciar os processos iniciais, realizados por professores de maneira voluntaria na Universidade de Sorocaba em apoio do Deputado
Hamilton Pereira que levou o projeto de Lei à assembleia e apresentar o processo e os
critérios utilizados para a escolha do melhor perfil para região, aglomerado urbano ou
região metropolitana.
Limitações e pontos fortes: A pesquisa é limitada no período em que se inicia o processo de criação da Região e finaliza com a aprovação da lei.
Palavras-chave: Sorocaba. Metropolização. Região metropolitana.
Introdução
A criação da Região Metropolitana de Sorocaba por meio da lei n° 1.241, de 08 de Maio de 2014, levanta a questão sobre o processo de definição de tal unidade administrativa. Tomando como ponto de
partida o projeto de Lei complementar 33/2005, que, de início, propõe a criação a Região Metropolitana
de Sorocaba a pesquisa propõe trazer a luz todas as etapas e processos que envolveram sua criação. Ao
longo do percurso de análise, ficou evidente um conflito de interpretações entre a proposta de criação
de Região Metropolitana e a criação de Aglomerado Urbano.
Objetivos
Compreender todo o processo pelo qual a cidade de Sorocaba percorreu até se tornar cidade polo
de Região Metropolitana.
Delineamento
Documental: dados extraídos de base de dados públicas, dados históricos etc.
Método
O desenvolvimento da pesquisa se deu em etapas. Em um primeiro momento se desenvolveu o
levantamento e a leitura de textos que abordavam o tema da pesquisa. Em um segundo momento foi
1
Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Arquitetura e urbanismo, Universidade de Sorocaba /
Sorocaba/SP [email protected]
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analisado três jornais (Cruzeiro do Sul, Diário Oficial e as publicações online da EMPLASA), afim de levantar todas as publicações dentre os anos de 2005 á 2015 onde abordavam como assunto a criação da
região metropolitana de Sorocaba, sendo no total 33 publicações estudadas, além dos textos e jornais,
foram acompanhadas audiências públicas e palestras. Em um terceiro momento foi realizado o levantamento de documentos oficiais dentre eles artigos, projetos de leis e leis que evidenciem os passos
percorridos para criação da Região Metropolitana. Em um quarto momento foram organizados todos
os dados levantados nas etapas anteriores e construiu-se quadros comparativos e representações em
mapas. Por fim foram realizadas as análises dos quadros construídos e foi desenvolvido uma linha do
tempo onde dispõe as informações do processo de criação da região metropolitana de Sorocaba de maneira pontual. E após essa análise foi construído um quadro analítico disposto de maneira cronológica
de forma mais detalhada os dados pontuados na linha do tempo.
Resultado
Os resultados do levantamento bibliográfico foram realizados em fichamentos, a seguir foi
apresentado um quadro em que compara e apresenta os critérios para diferenciação da região
metropolitana de um aglomerado urbano. Diante desses resultados do embasamento teórico, foi
desenvolvido uma linha do tempo onde apresenta, de maneira sucinta, todo o processo. Para isso
foi analisado além do embasamento teórico três jornais, sendo eles: Cruzeiro do Sul, Emplasa e
Diário Oficial, neles foram acompanhados todas a publicações a respeito da criação da região
metropolitana. Este processo de metropolização teve início em 2005 e foi concretizado em 2014,
nestes longos 9 anos, ocorreram estudos por bases de professores colaboradores e universidades
da região, reuniões, audiências públicas, criações de entidades para ministrar estudos mais
complexos, embates onde se colocava a dúvida em que região administrativa melhor se enquadra,
um aglomerado urbano ou uma região metropolitana.
Discussão
Ao iniciar os levantamentos da presente pesquisa, foi aprovada a lei que cria a Região Metropolitana de Sorocaba de forma unanime pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deste modo
tornou-se ainda mais relevante a identificação do processo percorrido até a criação do mesmo, fato que
não era concretizado nas literaturas estudadas, deste modo elas apresentavam como possibilidades,
onde levariam o surgimento de um aglomerado urbano ou uma região metropolitana. Em análise do
estudo realizado pelo NUPLAN, foi possível identificar fatores que foram determinantes para idealização da criação da região metropolitana de Sorocaba e não a criação de um Aglomerado Urbano. O
estudo foi realizado em 2013 e comparou dados da Unidade Regional de Sorocaba com a Região Metropolitana da Baixada Santista, Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, Aglomerado
Urbano de Piracicaba e o Aglomerado Urbano de Jundiaí, a análise possibilitou comparar os dados e
compreender as razões que levaram a definição em que a região de Sorocaba se enquadrava a uma região metropolitana. Nesta comparação entre as unidades, foram separados três requisitos analisados:
população, PIB em milhões e a participação do PIB no estado de São Paulo. Diante dos dados comparados na análise, conclui que a Unidade Regional de Sorocaba, sempre se sobressaiu quando comparado
com os aglomerados urbanos existentes, se aproximando aos dados das regiões metropolitanas. Desta
maneira fica claro que a região de Sorocaba se enquadrava em todos os quesitos necessários para se
tornar uma Região metropolitana e foi após a entrega desses estudos que foi desconsiderado a possibilidade da região se tornar um Aglomerado Urbano.
172
Figura 1 – Linha do tempo – Processo de criação da região metropolitana de Sorocaba
Conclusão
Desde o início, a região de Sorocaba já vivenciava uma realidade metropolitana, porém ainda não
era oficialmente aprovada, mas o desenvolvimento urbano e a economia tendiam a uma certeza da
aprovação desta lei. O desenvolvimento desta pesquisa ressaltou a importância e possibilitou uma
disseminação de informações que não eram de fácil acesso.
Agradecimento
A todos em que colaboraram e facilitaram o acesso as informações para a realização desta pesquisa, prof. dr. Flaviano Agostinho de Lima, prof.ª Sandra S. Lanças, dedico os meus agradecimentos.
Levantamento de bibliografia, dados, construção de gráficos e tabelas, redação do artigo: Bianca
Barboza Cardinale. Orientação, revisão e aprovação final do artigo: Fabrício de Francisco Linardi.
Fonte de Financiamento
Bolsa PROBIC - Universidade de Sorocaba - UNISO.
173
Quadro 1 – Quadro analítico cronológico
174
Figura 2
175
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Projeto de Lei Complementar n. 33. Brasília, DF: Senado, 2005.
BRASIL. Constituição (1988). Projeto de Lei Complementar n. 1. Brasília, DF: Senado, 2014.
BUGANZA, Cintia Peres. Estatuto da situação pré-metropolitana de Sorocaba: características e
perspectivas. São Paulo: FAUUSP, 2010.
176
NARRATIVAS MIDIÁTICAS SOBRE ALIMENTAÇÃO:
O QUE A COMIDA COMUNICA
Eliete de Souza Della Violla1, Miriam Cristina Carlos Silva2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Esta pesquisa pretende responder às seguintes perguntas:
De que forma as narrativas midiáticas contemporâneas traduzem a relação do homem
com o alimento? O que, fundamentalmente, estas narrativas comunicam? Quais os índices de cultura apresentados por estas narrativas? Quais as tendências presentes?
Antecedentes: Esta pesquisa parte dos estudos sobre as narrativas como mediadoras
dos processos comunicacionais, para chegar ao levantamento e avaliação das narrativas midiáticas contemporâneas sobre alimentos. É a partir das narrativas que o homem
consegue explicitar, reviver, transformar e criticar o seu próprio viver. E este narrar faz
uso das mídias, que incorporam ao cotidiano uma parcela de experiência, além de evidenciá-lo (BRETAS, 2006). O alimento é parte significativa do conteúdo de narrativas
midiáticas. São textos culturais (LOTMAN, 1978), já que caracterizam práticas, lugares,
costumes e espaços; assim como são responsáveis por mediar tradições, criar laços de
afeto e produzir memórias.
O que esta pesquisa acrescenta: Espera-se entender e explicitar o papel das narrativas midiáticas como portadoras e mediadoras da cultura. Tendo em vista a profusão
de narrativas que se referem à alimentação, o trabalho poderá lançar luzes sobre esta
manifestação midiática contemporânea, trazendo à tona aspectos de linguagem que
demonstrem a articulação dos sujeitos na construção de representações culturais que
fazem convergir a tradição e os discursos das mídias. Pretende-se contribuir para a
compreensão das narrativas midiáticas como produtoras (e reprodutoras) de imagens
e discursos, como formas de reforço de estereótipos, mas também como possibilidades
criativas de reestruturação da realidade social.
Limitações e pontos fortes: Por se tratar de uma pesquisa observatória da representação da comunicação e cultura humanas, é evidente a limitação a que este estudo está
sujeito. Trata-se de observar estímulos e representações as quais estamos diariamente
expostos e envolvidos. Vemos aí, também, um ponto forte deste estudo. A vivência pessoal não se desvencilha da observação do pesquisador, e esta noção nos permite certa
familiaridade com os fenômenos aos quais nos propusemos estudar. Assim, a pesquisa
científica se funde com a curiosidade e paixão pelos fenômenos analisados, ampliandose as possibilidades do estudo.
Palavras-chave: Alimentação. Comunicação e cultura. Narrativas midiáticas.
Introdução
Esta pesquisa parte dos estudos sobre as narrativas como mediadoras dos processos comunicacionais, para chegar ao levantamento e avaliação das narrativas midiáticas contemporâneas sobre alimentos.
Para além de uma das mais básicas necessidades humanas, o ato de comer sempre esteve carregado de
significados e manifestações simbólicas relacionadas à cultura, visto que cozinhar é um ato humano
por excelência (LÉVI-STRAUSS, 1979). Para a criação de um quadro tipológico e analítico, parte-se
do entendimento da cultura, de acordo com a semiótica, como um grande texto. As crenças, a religiosidade, os mitos e a alimentação são textos culturais, de acordo com Lotman (1978). Estes textos
Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em
Comunicação e Cultura, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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177
estão presentes e são continuamente atualizados, tanto pelas narrativas populares, cotidianas, míticas,
quanto pelas mídias.
Objetivos
Problematizar, a partir da teoria da narrativa (BENJAMIN, 1982) (BRETAS, 2006) (FRANÇA, 2006)
da semiótica da cultura (LOTMAN, 1978) e da comunicação (FLUSSER, 2007) o papel das narrativas
midiáticas sobre alimentação, como portadoras e mediadoras de sentidos e de cultura.
Delineamento
Revisão de literatura e observatória.
Método
A metodologia envolve:
a) Pesquisa bibliográfica / documental.
b) Pesquisa observatória, com levantamento aleatório, a partir da internet, e análise qualitativa
semiótica de conteúdo.
c) Análise dos elementos da narrativa e da presença de textos culturais (LOTMAN, 1978) diversos.
Resultado
Não cabe apontar resultados neste caso, visto a especificidade da área em que esta pesquisa se insere.
Discussão
Para a análise dos posts sobre alimentação, partimos das principais mídias sociais brasileiras (Facebook, Instagram, Youtube) para chegar ao método de pesquisa dos posts. O método consiste na
busca de termos relacionados à alimentação/comida, a fim de chegar àqueles com maior número de
resultados, ou ainda, as hashtags mais usadas, no caso do Facebook e Instagram. Através desta busca,
chegamos aos resultados da Tabela 1 e 2. Dentre os termos resultantes desta primeira busca, realizamos uma análise de posts que compreende o período entre agosto e dezembro de 2014. Dessa forma,
buscamos 6 posts em cada rede social, totalizando 18 posts. Este número inclui duas categorias: posts
de pessoas anônimas e posts de pessoas famosas, revistas, fanpages ou veículos de mídias tradicionais.
A maior parte das postagens que se caracterizam como narrativas foi encontrada nas postagens no
Youtube, em vídeos de pessoas anônimas sobre experiências com dietas, experiências com viagens
e comidas diferentes que provaram etc. Aqui a narrativa é entendida de maneira ampla, referindose não só a organização das informações, mas também como mídia, ponte para o outro (BAITELLO
JÚNIOR, 2012), que compartilha, experimenta e ainda pode ser estimulado a tentar copiar a mesma
experiência. É importante destacar a diferenciação que se notou com relação aos termos “comida” e
“alimentos”. Nota-se que as palavras não são compreendidas como sinônimos. “Alimento” reveste-se
de uma aura relacionada à saúde, ao cuidado, enquanto que comida é um termo mais polissêmico,
associado à cultura em distintas instâncias. O gênero mais presente nas postagens e para o qual é
direcionada a maioria delas é o feminino, sobretudo naquelas que tratam de dietas e projetos de emagrecimento. Aqui é evidente a forma como a sociedade se apresenta na representação deste fenômeno.
Foi possível notar também o número elevado de postagens direcionadas às dietas de fim de ano em
um período de grande convivialidade da tradição brasileira: as comemorações do Natal e Ano Novo.
Em nossa análise ficou evidente que a palavra tem seu potencial de expressão aumentado pelo uso das
hashtags que buscam indexar informações, sinalizar determinados grupos e práticas, e também, garantir o maior numero de likes. Observamos, portanto, o uso de um grande número de hashtags por post.
178
Tabela 1 – Número de posts por termo pesquisado no Youtube.
Termo pesquisado
Número de posts
Comida
Alimentos
Detox
Dieta
Receitas
Alimentação saudável
1.800.000
902.000
882.000
845.000
311.000
44.100
Fonte: YOUTUBE. Elaboração própria.
Tabela 2 – Número de posts por hashtag pesquisada no Instagram.
Hashtag pesquisada
Número de posts
#detox
#dieta
#comida
#saude
#comidadeverdade
#comidadobem
2.693.117
2.179.763
1.739.082
1.113.614
125.399
11.392
Fonte: INSTAGRAM. Elaboração própria.
Conclusão
Os autores e teorias revisados convergem e referendam a hipótese de que as práticas alimentares são
importantes manifestações culturais e formas de sociabilidade. É possível afirmar, com base nas leituras realizadas, que, embora os conceitos de comunicação e de linguagem possuam discrepâncias e até oposições,
a comida é um modo de comunicação, que se manifesta em distintas vertentes nas narrativas midiáticas.
Através desta pesquisa, pôde-se criar um quadro analítico dos termos e hashtags mais utilizados nas
redes no período selecionado, e ainda, através da análise semiótica das imagens e textos encontrados,
pudemos relacioná-los a fenômenos da comunicação e da cultura ali representados.
Agradecimento
Agradecemos a UNISO pela bolsa PROBIC destinada a este projeto.
ESDV – revisão bibliográfica, análise dos posts e redação do artigo. MCCS – concepção do projeto,
coordenação, revisão das análises e correção final da redação do artigo.
PROBIC-UNISO.
Referências
BAITELLO JÚNIOR, N. O pensamento sentado: sobre glúteos, cadeiras e imagens. São Leopoldo:
Unisinos, 2012.
BENJAMIN, W. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W. Magia,
técnica, arte, política. São Paulo: Brasiliense, 1982.
BRETAS, B. Interações cotidianas. In: GUIMARÃES, C.; FRANÇA, V. Na mídia, na rua: narrativas do
cotidiano. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
FLUSSER, V. O mundo codificado. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.
FRANÇA, V. Sujeito da comunicação, sujeitos em comunicação. In: GUIMARÃES, C.; FRANÇA, V. Na
179
mídia, na rua: narrativas do cotidiano. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
LÉVI-STRAUSS, C. O triângulo culinário. In: SIMONIS, Y. Introdução ao estruturalismo: Claude Lévi-Strauss ou “a paixão do incesto”. Lisboa: Moraes, 1979.
LOTMAN, I. A estrutura do texto artístico. Lisboa: Estampa, 1978.
180
ESTUDO SOBRE A TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM E AS MANCHAS URBANAS DOS MUNICÍPIOS
DO EIXO VIÁRIO DA ROD. RAPOSO TAVARES, DO
KM 45 AO 92
Fernanda Hellen da Silva Camargo1, Sandra Yukari Shirata Lanças2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Quais eram as unidades de paisagem e o limite da mancha
urbana há 10 anos no trecho da Rod. Raposo Tavares entre os municípios de São Roque
e Sorocaba? E atualmente (2014/2015)?
Antecedentes: Foi estudado por Savioli (2006), para o trecho da Rod. Raposo Tavares
entre São Paulo e Cotia, as transformações ocorridas sobre a lógica da produção do
espaço urbano e Fávero, Nucci e De Biasi (2008) estudaram a questão das unidades de
paisagens correlacionadas ao estado de conservação da natureza na Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba. A EMPLASA (2013) realizou levantamentos sobre as UIT’s (Unidades de Informações Territoriais) para a Região Metropolitana de Sorocaba.
O que esta pesquisa acrescenta: Um retrato atual das Unidades de Paisagens mais
significantes ao longo da rodovia Raposo Tavares no trecho do km 45 ao 92 São Roque,
Mairinque, Alumínio e Sorocaba na confluência com a Rod. Celso Charuri e Av. São
Paulo, comparando a transformação ocorrida na paisagem nesta área com fotos do
satélite Landsat do início do século XXI até os dias de hoje.
Limitações e pontos fortes: Este estudo apresenta o levantamento sobre as transformações ocorridas nos últimos 10 anos no eixo da Rodovia Raposo Tavares. Esclarecimento
das transformações sócio espaciais na mancha urbana e suas decorrentes unidades de
paisagem. A principal limitação deste estudo pode ser a dimensão da área de estudo.
Palavras-chave: Rodovia Raposo Tavares. Unidades de paisagem. Mancha urbana.
Introdução
As rodovias paulistas nasceram de caminhos que já existiam antes dos veículos automotivos; e
a partir da industrialização brasileira passaram a ser de suma importância para o desenvolvimento
socioeconômico de algumas regiões e tem visíveis consequências no aumento da mancha urbana no
território lindeiro aos principais eixos rodoviários da Macro-Metrópole Paulista. No processo de industrialização-urbanização da sociedade brasileira, a mobilidade e os eixos viários se tornaram imprescindíveis na estruturação da rede urbana; a Rodovia Raposo Tavares SP-270, concebida em 1954,
rendeu diversas mudanças na estrutura urbana e regional propondo desenvolvimento e expansão. No
caso deste eixo rodoviário, do Km 92, em Sorocaba, até o município de São Roque, km 45 a Rod. Raposo
Tavares, considerado eixo rodoviário de ligação verde (EMPLASA, 2013); é paradigmático e tem papel
significativo nas principais atividades econômicas dos municípios por ela perpassados; e está inserido
nesse processo complexo de associação entre os componentes de sua construção territorial. O avanço
da mancha urbana no entorno lindeiro à citada rodovia é visível. Ela é vitrine de interesses comerciais
e imobiliários (SAVIOLI 2006, 2008). Esse efeito de dispersão tem ocorrido no crescimento das regiões
periféricas dos municípios com implantações de loteamentos e condomínios fechados.
Curso de Arquitetura e urbanismo, Universidade de Sorocaba / Sorocaba/SP, 2Curso de Arquitetura e urbanismo, Universidade de Sorocaba / Sorocaba/
SP [email protected]
1
181
Objetivos
Identificar as transformações das manchas urbanas no trecho de estudo da Rod. Raposo Tavares.
Delineamento
Método
A pesquisa foi desenvolvida através de segmentos. O primeiro foi realizar uma revisão bibliográfica e material cartográfico. O segundo foi à coleta de dados e imagens escolhidos no recorte temporal
de 2000 a 2015, da Rodovia Raposo Tavares do trecho km 45 ao km 92, disponíveis nos sites do satélite
Landsat Science; nos sites, Google Earth e Wikimapia, Figura 1. A área de estudo foi dividida nos seguintes trechos: trecho I Km 92 Acesso a Sorocaba, do trecho II do Acesso à Brigadeiro Tobias ao Acesso a Alumínio- SP, do trecho III Acesso à Alumínio- SP ao acesso à Mairinque-SP, do trecho IV acesso
à Mairinque-SP, ao acesso a São Roque-SP, do trecho V Canguera e trecho VI Mailasqui e São João
Novo. Seguindo do estudo de caso específico do município de Cotia, (SAVIOLI, 2006), que analisou o
uso e ocupação do solo lindeiro à Raposo Tavares no trecho em que a rodovia atravessa o município de
Cotia, para entender o processo de ocupação desta área; e adotaram-se Unidades de Paisagem (UPs)
para anotar as especificidades da transformação da paisagem na região de estudo, configurando uma
tabela própria de Unidades de Paisagem baseada parcialmente nas propostas por Fávero, Nucci e De
Biasi (2008) e de hemerobia por Pereira, Silva e Veiga (2011).
Figura 1 – Eixo de Estudo Rod. Raposo Tavares (SP-270)
Fonte: Adaptado do Google Earth.
182
Resultado
O resultado final é uma catalogação das unidades de paisagens levantadas durante a pesquisa obtidas de cada trecho de estudo Figura 1. Foi definida uma série de Unidades de Paisagem, (UPs) do eixo de
estudo proposto ao longo da Rodovia Raposo Tavares conforme Tabela 1. Após o levantamento de cada
trecho dos últimos 10 anos fim de chegar ao resultado do trecho escolhido da Rodovia Raposo Tavares
para a pesquisa, pode percebe-se através do Gráfico 1 e da Tabela 2, o incremento da mancha urbana em m².
Dentre os seis trechos, quatro apresentaram crescimento maior que 50%. A mancha urbana do trecho
IV, embora tenha aumento de 7%, já tinha em 2002, cerca de 7,5 milhões de m², passando para 8 milhões
de m² em 2014. Em um panorama geral o crescimento ao longo desses 10 anos no eixo da Rodovia
Raposo Tavares foi de 60%, ou 33 milhões m² de área construída.
Discussão
As análises de Savioli (2006, 2008), sobre as transformações ocorridas pela Rod. Raposo, no município
de Cotia, são semelhantes para o nosso estudo em determinados trechos. As grandes mudanças que aconteceram devido à rodovia e em suas áreas lindeiras se tornam vitrine de interesses comerciais e imobiliários;
e também sobre a influencia de algumas indústrias, caso do trecho II no município de Alumínio construído
para a CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) e instituições educacionais UP 9 que se transformam em
pontos de encontros regionais caso da Universidade de Sorocaba, o crescimento da conurbação em aglomerações urbanas UP 3 (CAIADO; SANTOS, 2003) caso do trecho IV, entre os municípios de Mairinque e São
Roque, as mudanças territoriais da zona rural para a zona urbana, diminuindo a UP 1, caso dos trechos I, III,
V e VI grande quantidades de condomínios UP 4 fechados em áreas periféricas, a grande dispersão urbana
citada por Reis (2006), são explicadas nesta pesquisa.
Tabela 1 – Unidades de Paisagem do eixo da Rodovia Raposo Tavares
183
Gráfico 1 – Mancha urbana do Eixo de estudo 2002/2014
Eixo de Estudo Rodovia Raposo Tavares (SP-270)
Tabela 2 – Incremento da mancha urbana
Incremento da mancha urbana – Eixo de estudo da Rodovia Raposo Tavares em m2
Trechos
2002
I
2005
2007
3284787,09
II
4063527,00
2014
Resultado em %
6741510,61
105
6741510,61
66
III
1311465,00
2185501,00
67
IV
7492892,07
8042662,88
7
V
3931962,60
6861257,99
74
VI
2304381,22
Total geral
22389014,98
3211565,38
39
33784008,47
60
Conclusão
Entre as Unidades de Paisagens pode se destacar a Rod. Raposo Tavares- UP 2, e a indústria-UP
7, como as mais influentes, sendo uma das principais responsáveis pelas transformações espaciais
e socioeconômicas. Essas UP’s são as maiores precursoras do crescimento da mancha urbana,
resultando em média de 60% de 2002 a 2014 no trecho de estudo da Rod. Raposo Tavares do Km
45 a 92.
Agradecimento
Agradecemos a todos que colaboraram para realização dessa pesquisa e a Universidade de Sorocaba.
184
Levantamento de bibliografia, dados, construção de gráficos e tabelas, redação do artigo: Fernanda Hellen da Silva Camargo. Orientação, revisão e aprovação final do artigo: Sandra Yukari Shirata Lanças.
Bolsa PROBIC - Universidade de Sorocaba - UNISO.
Referências
CAIADO, A. S. C; SANTOS, S. M. M. dos. Fim da dicotomia rural-urbano? Um olhar sobre os processos
sócios espaciais. Perspect [online], São Paulo, v.17, n.3-4, p. 115-124, 2003. Disponível em: <http://dx.doi.
org/10. 1590/S0102-88392003000300012>.
EMPLASA. Processo de criação da Região Metropolitana. São Paulo, 2013.
FÁVERO, O. A.; NUCCI, J. C.; DE BIASI, M. Avaliação do estado de conservação da natureza nas
unidades de paisagem da bacia hidrográfica do rio Sorocaba (SP) – contribuições do Planejamento da
Paisagem. Geografia, Ensino & Pesquisa, Santa Maria, v. 12, p. 2480-2496, 2008.
PEREIRA, F. C; SILVA, R. R. de S; VEIGA, A. C. P. Análise do nível de Hemerobia no Bairro Centro Cívico em Curitiba, PR. Revista Percurso-nemo, Maringá, v. 3, n. 1, p. 125- 145, 2011. Disponível em: <http://
eduemojs.uem.br/ojs/index.php/Percurso/article/wiewfile/12297/7107>.
REIS, N. G. Notas sobre urbanização dispersa e novas formas de tecido urbano. LAP – Laboratório
de Estudos sobre Urbanização, Arquitetura e Preservação. São Paulo: FAPESP; Via das Artes, 2006.
SAVIOLI, M. L. A cidade e a estrada: transformações urbanas do município de Cotia ao longo da rodovia
Raposo Tavares. 2006. 208f. Tese (Mestrado) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2006.
SAVIOLI, M. L. A Cidade e a estrada: as transformações urbanas do Município de Cotia ao longo da
Rodovia Raposo Tavares. Revista do Programa de Pós-Graduação da Fac. de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
185
ARQUITETURA E TECNOLOGIA: CONCRETO
PRODUZIDO A PARTIR DA SUBSTITUIÇÃO DE
AGREGADOS POR VIDRO RECICLADO
Igor Matheus Santana Chaves1, Fábio Laham Morello2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: A pergunta que se faz, é referente a possibilidade de produzir um concreto substituindo seus agregados miúdo (areia) e graúdo (pedra britada)
por um material de descarte abundante nas cidades, o vidro.
Antecedentes: Como complemento dessa pesquisa foi usado como referencia um
estudo que visa desenvolver uma argamassa que utiliza o vidro reciclado em sua
composição, substituindo em até 20% o agregado miúdo (areia). Abrindo assim
a possibilidade de desenvolver um concreto que apresente as mesmas regras de
composição, qual utiliza o material de descarte e possibilita função construtiva,
sem perda de qualidade.
O que esta pesquisa acrescenta: Serve como base para outros estudos e incentivo
para novas pesquisas que vinculem a necessidade de desenvolver materiais construtivos que utilizem dessa grande demanda de material que é de grande dificuldade de
descarte. Assim como se posiciona como ferramenta no incentivo no vinculo entre
estado e instituições de ensino.
Limitações e pontos fortes: Os pontos fortes se caracterizam na abundancia de material de descarte que é possível encontrar em vários setores da cidade, assim como
também destaca a importância do vínculo entre as instituições de pesquisa e os órgãos
gestores municipais que deveriam estar em maior comunhão, afim de incentivar pesquisas desse tipo, afim de um melhor desenvolvimento da cidade.
Palavras-chave: Arquitetura. Vidro. Tecnologia dos materiais.
Introdução
É levantado para essa pesquisa a possibilidade de produzir um concreto substituindo seus
agregados miúdo (areia) e graúdo (pedra britada) por um material de descarte abundante nas cidades,
o vidro. Este concreto produzido obedece as características de tensões normais a resistência às quatro
compressões axiais de tal forma que possa ser utilizado em elementos estruturais (vigas, pilares, lajes,
etc.). O intuito é demonstrar que é possível desenvolver um concreto, reutilizar material de descarte
e ainda assim produzir um produto de qualidade construtiva. Para o projeto foi substituído aproximadamente 25% dos agregados, tanto para o “Ensaio B” (substituição do agregado miúdo) quanto para
o “Ensaio C” (substituição do agregado graúdo). A metodologia para desenvolvimento do concreto
foi por orientação de normas da ABNT, NBR 5739 (Concreto - Ensaios De Compressão De Corpos-De
-Prova), NBR 5738 (Concreto - Procedimento Para Moldagem E Cura De Corpos-De-Prova) e NBR NM
67 (Concreto - Determinação Da Consistência Pelo Abatimento Do Tronco De Cone), posteriormente
analisados os resultados. Por fim foram levantados os gastos na compra de areia e pedra da Secretaria
de Obras de Itapetininga, demonstrado a possibilidade de abatimento de gastos.
Objetivos
Produzir um concreto substituindo partes da sua composição (areia e pedra) por vidro reciclado.
Comprovando assim a possibilidade de produzir um material com composto de descarte que tenha
qualidade construtiva.
1
Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Sorocaba UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
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Delineamento
Método
Em primeira fase, foram estudados artigos direcionados pelo orientador, sendo então ao todo 15
publicações consultadas. A segunda fase foi o desenvolvimento no campus da universidade de Sorocaba o próprio concreto com substituição de agregados e posteriormente sua análise, seguindo os
procedimentos da NBR 5739 (Concreto - Ensaios De Compressão De Corpos-De-Prova), NBR 5738
(Concreto - Procedimento Para Moldagem E Cura De Corpos-De-Prova) e NBR NM 67 (Concreto Determinação Da Consistência Pelo Abatimento Do Tronco De Cone), tendo posteriormente o estudo
desses dados. Terceira e última etapa, consiste no levantamento de quantitativo a fim de demonstrar o
abatimento de custos que a substituição de agregados pode promover, usando os dados de compra por
Atas, fornecidos pela Secretária de Obras do Município de Itapetininga.
Resultado
Os resultados foram em partes satisfatórios. O “Ensaio A”, que servia como referência para a análise dos outros ensaios resultou no 28º dia com uma resistência de 17,95 MPa, tendo o “Ensaio B” qual
visava a substituição de 25% da agregado miúdo (areia) por vidro moído no 28º dia de cura uma resistência de 17,44 MPa. O “Ensaio C” que substituía o agregado graúdo (pedra) obteve um resultado insatisfatório no teste de resistência, tendo no 28º dia de cura apenas 12,79 MPa, porém é viável a possibilidade de utilizar o material como substancia para vedação, sem função estrutural para grandes cargas.
Tabela 1 – Resultados do Ensaio A – Concreto referência
Data rompimento
Idade
Peso (kg)
Resistência
em toneladas
Resistência
em MPa
nº 1
27/03/2015
3 dias
3.390
7.50
9.54
nº 2
27/03/2015
3 dias
3.416
6.10
7.79
nº 3
31/03/2015
7 dias
3.240
8.20
10.44
nº 4
31/03/2015
7 dias
3.378
9.00
11.46
nº 5
07/04/2015
14 dias
3.350
9.70
12.35
nº 6
07/04/2015
14 dias
3.418
9.25
11.77
nº 7
21/04/2015
28 dias
3.260
14.00
17.82
nº 8
21/04/2015
28 dias
3.342
14.10
17.95
Discussão
No decorrer da pesquisa, houve algumas dificuldades em relação ao encontro de pesquisas em
português com o tema abordado, porém um estudo, “Argamassa Produzida com Resíduo de Vidro
Substituindo o Agregado Miúdo” de Maria Cleide Ribeiro de Oliveira, publicado no 7º Congresso de
Pesquisa e Inovação da Rede Norte e Nordeste de Educação Tecnológica, norteou a pesquisa, sendo
que a referência apresentada substituía 20% da areia e nesta pesquisa 25%, assim como também para
esta pesquisa promoveu a substituição do agregado graúdo. Adentrando e incentivando novos patamares de pesquisa.
187
Tabela 2 – Resultados do Ensaio B – Substituindo agregado miúdo
Data rompimento
Idade
Peso (kg)
Resistência
em toneladas
Resistência
em MPa
nº 1
27/03/2015
3 dias
3.370
7.00
8.90
nº 2
27/03/2015
3 dias
3.412
6.75
7.63
nº 3
31/03/2015
7 dias
3.406
8.00
10.18
nº 4
31/03/2015
7 dias
3.298
7.40
9.42
nº 5
07/04/2015
14 dias
3.350
9.10
11.58
nº 6
07/04/2015
14 dias
3.314
9.00
11.45
nº 7
21/04/2015
28 dias
3.306
12.00
15.27
nº 8
21/04/2015
28 dias
3.322
13.70
17.44
Tabela 3 – Resultados do Ensaio C – Substituindo agregado graúdo
Data rompimento
Idade
Peso (kg)
Resistência
em toneladas
Resistência
em MPa
nº 1
27/03/2015
3 dias
3.320
6.00
7.63
nº 2
27/03/2015
3 dias
3.310
4.90
6.23
nº 3
31/03/2015
7 dias
3.292
6.20
7.89
nº 4
31/03/2015
7 dias
3.252
7.00
8.91
nº 5
07/04/2015
14 dias
3.326
8.00
10.18
nº 6
07/04/2015
14 dias
3.300
7.25
92.30
nº 7
21/04/2015
28 dias
3.327
9.70
12.35
nº 8
21/04/2015
28 dias
3.288
10.05
12.79
Conclusão
A pesquisa conseguiu atingir todos os patamares estabelecidos, visando o intuito de produzir
um material que teria a mesma qualidade construtiva do material de referência, este que apresenta
em sua composição um traço básico para cargas de até 15 MPa. Em relação a análise dos quantitativos da Secretaria de Obras de Itapetininga, tendo como material de estudo as compras por meio
de Atas, que para areia teve um consumo de R$ 41.310,00 e para pedra R$ 44.658,00, poderíamos
salientar demonstrar uma economia de R$ 21.490,00 caso fosse utilizado o material de descarte na
substituição desses componentes. Estes valores poderiam/deveriam ser usados em novas propostas e equipamentos urbanos para a cidade.
Agradecimento
Agradeço aos professores orientadores, Prof. Fabio Laham Morello, qual sempre esteve positivo
diante minhas questões e problemáticas do tema. Silva Taima responsável pelo setor de iniciação
cientifica, qual mais uma vez se prontificou em me ajudar em todas as minhas dúvidas. Meus amigos
que me suportaram falando do assunto. Samira Albuquerque que quebrou muitos galhos por mim. Por
último mas não menos importante, os funcionários do setor operacional da engenharia da Uniso, em
especial o senhor Jurandir (ou só “Jura”), que me ajudou durante toda a produção do concreto.
188
Único Autor:
1. Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados;
2. Redação do artigo ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual;
3. Aprovação final da versão a ser publicada
Bolsa PROBIC - UNISO.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738. Concreto: procedimento para
moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de Janeiro, 2003.
_____. NBR 5739. Concreto: ensaios de compressão de corpos-de-prova. Rio de Janeiro, 1994.
_____. NBR 9935. Agregados: terminologia. Rio de Janeiro, 2011.
_____. NBR NM 67. Concreto: determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone, Rio
de Janeiro, 1996.
KULA, Daniel; TERNAUX, Élodie; HIRSINGER, Quentin. Materiologia: o guia criativo de materiais e
tecnologias. São Paulo: Senac, 2012.
RESTREPO, Laura Margarita Cadavid. Concreto translúcido: estudo experimental sobre a fabricação
de painéis de concreto com fibra ótica e as suas aplicações na arquitetura. 2013. 134f. Dissertação
(Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo,
Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
OLIVEIRA, Maria Cleide Ribeiro de et al. Argamassa produzida com resíduo de vidro substituindo o
agregado miúdo. In: CONGRESSO NORTE NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, 7º, 2012, Palmas, TO. Anais... Palmas, TO: IFTO, 2012.
PROJETO para a construção de mobiliário urbano, 2010. São Paulo: ABVIDRO – Associação Técnica
Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro, 2010. Anexo IX – Acordo Setorial do Vidro.
VAN LIESHOUT, Bart; SPIESZ, Przemek.; BROUWERS, H. J. H. Application of waste glass in translucent and photocatalytic concrete. In: International Conference on Building Materials (Internationale
Baustofftagung). Germany: Weimar, 2012.
KASHIYANI, Bhavin K. et al. Study on transparent concrete: a novel architectural material to explore
construction sector. International Journal of Engineering and Innovative Technology, Bani Waled,
Líbia, v. 2, n. 8, p. 83-88, fev. 2013.
189
ESTUDO E ANÁLISE DO DELL’ARCHITETTURA DE
GIANGIORGIO TRISSINO
Karen Hergessel de Castro1, Fellipe de Andrade Abreu e Lima2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Em que medida o estudo e análise desta fonte pode contribuir para a formação do arquiteto no Século XXI?
Antecedentes: Com auxílio do livro “Scritti Scelti” de Atilio Scarpa, e “Trattatti” de Cataneo e Vignola, mencionados na bibliografia; sabe-se que os escritos documentados
de Giangiorgio Trissino do século XV contribuem para o diálogo de cidade e arquitetura, e também com o auxílio das cartas encaminhados ao imperador Carlos V e ao
Papa Clemente VII e ainda o “Dell’Architettura” pôde-se dialogar toda a tentativa de
compreensão da cultura e sociedade.
O que esta pesquisa acrescenta: O conhecimento do projeto de Trissino contribui
para a compreensão dos modelos ideais de cidade e arquitetura do Renascimento
e como dimensão política da cidade, podendo ser aplicada na nossa contemporaneidade. O estudo e a análise da obra de Trissino contribui ainda para inserir uma
nova fonte de pesquisa aos especialistas sobre o Renascimento, sobre a relação entre projeto político e organização social e ainda a compreensão sobre a arquitetura.
Limitações e pontos fortes: A presente pesquisa apresenta aplicações metodológicas inovadoras quanto à microhistória e sua aplicação para as pesquisas na área de Arquitetura,
Urbanismo e Artes, consideradas através das análises históricas e documentais - com fontes primárias - em relação ao “Dell’Architettura” de Giangiogio Trissino. Apesar do exposto,
algumas limitações bibliográficas, a ausência de bibliotecas especializadas e e a inexistência de orçamento direcionado prejudicam o desencadeamento mais profício da pesquisa.
Palavras-chave: Arquitetura. Teoria da arquitetura. Século XV.
Introdução
Este trabalho tem como objetivo anunciar e informar o Tratado de Arquitetura de Giangiorgio Trissino. Usamos fontes originais para justificar nossa hipótese de que Trissino concluiu uma proposta política onde a unificação de uma pátria através da unificação de uma língua. Essas Fontes são as cartas
de Trissino ao Papa Clemente VII, Trissino ao Imperador Carlo V, Claudio Tolomei ao Papa Clemente
VII, Carlo V a Clemente VII, o Dell’ Architetura (Tratado de Arquitetura) de Giangiorgio Trissino e
prefácio da vida de Trissino escrita por Pierfilippo Castelli Vicentino. Através destes temos o intuito de
argumentar os estudos e movimentos que Trissino fez em prol da unificação da língua italiana, tendo
em conceito que a política e a língua unificada cabem um poderio elevado. Todavia, segue aspectos
que relacionam política e o Tratado de Arquitetura, a finalidade é apontar que a arquitetura tem tamanha relação com a ciência social aplicada, sendo assim, a política e o funcionamento de uma cidade.
Seguindo estes parâmetros, podemos obter as conclusões que a Itália e sua unificação devem-se aos
estudos e dedicações de Trissino a língua italiana.
Objetivos
O objetivo desta pesquisa está direcionado em analisar os influentes de Trissino no seu século, cultura
e história, e a aplicabilidade do seu texto “Dell’Architettura” inserido neste contexto histórico e sua possível
inserção nos estudos de arquitetura nos dias atuais. Tende analisar e ampliar as ideias sobre o conceito
1
Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Sorocaba UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
190
arquitetônico e abranger os vínculos relacionados à arquitetura moderna, com o foco de amplificar as capacidades de compreensão do indivíduo e modo de pensamento, criação e produção numa sociedade.
Delineamento
Método
Os métodos utilizados em questão foram o analítico e o comparativo. Através das análises das principais cartas de Trissino ao Papa Clemente VII, Trissino ao Imperador Carlo V, Claudio Tolomei ao Papa Clemente VII, Carlo V a Clemente VII, além do próprio “Dell’ Architettura” com prefácio de Pierfilippo Castelli
Vicentino, e então transcritas para este projeto, foram encontrados em sites em italiano citados na referência bibliográfica. O método comparativo se dá as tais cartas com as bibliografias, dos livros mencionados
em referência bibliográica que relatam a cidade, arquitetura, cultura, cidade e civilização, direcionando a
compreensão e comparação dos ocorreres do século XV com a nossa época atual.
Resultado
Os resultados de modo analítico e comparativo que alcançamos foi a compreensão do contexto
italiano em relação ao método de política e arquitetura e o modo pelo qual eles estão inseridos na
sociedade que são referentes ao modo de habitar, trabalhar e conviver, gerado através de uma cultura
que então propõe um contexto urbano organizado referente aos estudos de sociedade e urbanismo.
Tais compreensões analisadas alcançam um parâmetro argumentativo do fenômeno urbano, através
de pontos de vista literários, pragmáticos e políticos são dirigentes no cinquecento italiano, propondo
a permanência dos estudos de conceitos estruturais de universalismo, individualismo que ressaltam o
pluralismo conceitual da ideia urbanística do século XV em questão.
Discussão
As ideias abordadas por Giangiorgio Trissino em seu texto sobre arquitetura podem ser entendidas como um testemunho de um político, interessado em planejar o futuro das cidades de então a partir da atuação do poder estabelecido. Essas prévias conclusões foram confirmadas pelo Attilio Scarpa
quando sugere que a postura do Trissino tendia a ser muito mais uma atuação política do que uma
atuação arquitetônica real, pois este sabia que a cidade e a arquitetura eram, e ainda o é, produto de
uma decisão do governo e de suas leis determinantes. Esta ideia central de Trissino, também sugerida
na abordagem inédita de Scarpa pode ser confirmada quando comparamos – método comparativo de
comprovação – com outros textos sobre arquitetura do período, como a carta de Rafaello Sanzio ao
papa Leão X, por exemplo. O estudo de Andrea Loewen, Maria Souza e Malard confirmam esta posição;
de que as intenções dos arquitetos do período era de que o poder governamental fosse o regulador da
cidade e do crescimento urbano.
Conclusão
A medida é pertinente quanto ao fato de que o estudo e análise desta fonte pode contribuir para a
formação do arquiteto no século XXI, visando aspectos que abrangem o contexto da história e teoria
da arquitetura e urbanismo, podendo-se aplicar nos estudos do Renascimento da Arquitetura Italiana,
o qual tem forte influência na arquitetura do século XXI, tanto na Itália quanto no Brasil.
Agradecimento
Agradeço à Universidade de Sorocaba por incentivar o estudo científico no embasamento acadêmico.
191
O autor orientador FAAL contribuiu no trabalho de forma a auxiliar na indicação de textos, livros
e sites de grande valia para o então estudo e embasamento teórico; suas revisões críticas são devidamente importantes para o trabalho intelectual em questão.
A autora KHC contribuiu de forma interessada a investigar todos os assuntos requeridos e as fontes necessárias a serem aplicadas no trabalho em questão. De forma a pesquisar, interpretar e questionar os assuntos e temas referentes ao mesmo; através de trabalhar fielmente a alcançar uma conclusão
eficaz e também argumentativa com fontes inéditas as quais foram sugeridas e também encontradas,
transcritas, traduzidas e compreendidas, de modo a serem aplicadas no trabalho e cotidiano do homem e arquiteto do século XXI. Com o intuito de melhor entender o berço da civilização, a autora se
interessou a ir a Itália abranger os conhecimentos intelectuais da civilização, aprimorar os estudos e
procurar melhor compreender a forma que as diretrizes e conceitos estudados foram então aplicados.
Bolsa PROBIC - UNISO.
Referências
ABREU E LIMA, Fellipe de Andrade. A tratadística do Renascimento – 1452. São Paulo: USP/FAU,
2009.
BURCKARDT, Jacob. A civilização do Renascimento Italiano. Lisboa: Editorial Presença, 1983.
CATANEO, Pietro; VIGNOLA, Giacomo Barozzi. Trattatti. Milano: Il Polifilo, 1985.
ELIADE, Mircea. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva, 1972.
GINSZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
LOEWEN, Andrea Buchidid. A concepção de cidade em Leon Battista Alberti. 1999. Dissertação
(Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Campinas, 1999.
MALARD, Maria Lúcia. Cinco textos sobre Arquitetura. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
SCARPA, Attilio. Giangiorgio Trissino Scritti Scelti. Vicenza: Officina Tipografica Vicentina G. Stocchiero, 1950.
SOUZA, Maria Luiza Zanatta de. Carta de Rafael Sanzio - Castiglione ao Papa Leão X e sua importância para o estudo da arquitetura e do urbanismo do período do Renascimento. Dissertação (Mestrado)
– Pós-graduação em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2006.
TRISSINO, Giangiorgio. Il Cesasno, Claudio Tolomei. Il Castellano. Milano: G. Daelli e C. Editori,
1864.
_____. Dell’Architettura Giangiorgio Trissino. Texto sobre a Arquitetura de Giangiorgio Trissino.
_____. Lettere di Giovan Giorgio Trissino a Papa Clemente Settimo. Carta de Giangiorgio Trissino
ao Papa Clemente VII.
_____. Lettere di Giovan Giorgio Trissino al Imperatore Quinto Carlo Massimo. Carta de Giangiorgio Trissino ao Imperador Carlo V Máximo.
_____. Lettere di Claudio Tolomei a Papa Clemente Settimo. Carta de Claudio Tolomei ao Papa
Clemente VII.
_____. Lettere di Carlo V a Clemente VII. Carta de Carlo V a Clemente VII.
_____. La Vita di Giovan Giorgio Trissino. A vida de Giangorgio Trissino.
_____. A Letter of Pope Clement VII to Henry VIII. Carta do Papa Clemente VII ao Henrique VIII.
192
ESTUDO DOS PROCESSOS COMUNICATIVOS EM
AMBIENTE ESCOLAR: A PUBLICIDADE EM LIVRO
DIDÁTICO
Mayra Aires dos Santos1, Luciana Coutinho Pagliarini Souza2
•
•
•
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Como o livro didático de Português trata a publicidade?
Antecedentes: Através de uma análise minuciosa análise quantitativa e, a seguir, qualitativa, apoiada na semiótica peirceana sobre os livros didáticos foram encontradas
113 peças publicitárias de variados tipos dentre as 3329 imagens encontradas no total; Separamos também uma amostra de 80 peças e respectivos exercícios para analisarmos o modo como o livro didático tratava essa mídia. Desse total 59 peças foram
usadas unicamente para suporte de conceitos gramaticais; as outras 21 restantes trouxeram trabalho elaborado em que eram exploradas as especificidades da linguagem
publicitária.
O que esta pesquisa acrescenta: Acrescenta conhecimentos que vão enriquecer minha formação enquanto publicitária e que poderão contribuir para que outros pesquisadores deem sequência a essa investigação.
Limitações e pontos fortes: Como pontos fortes ressaltamos a existência da grande quantidade de imagens publicitárias inseridas no livro didático para o público do ensino médio. E também por permitirem nos aprofundar no estudo de
que é possível observar detalhes que muitas vezes deixamos passar imperceptíveis. Por outro lado, foi justamente a grande quantidade de imagens que consistiu.
Não propriamente numa limitação, pois não consideramos nenhuma que realmente
nos impedisse de progredir na pesquisa, mas sim como dificuldade de realizar a completa análise nas seis coleções pesquisadas.
Palavras-chave: Educomunicação. Publicidade. Livro didático. Produção de sentidos
Introdução
Esta pesquisa inscreve-se na interface entre Comunicação e Educação (Educomunicação): da Comunicação vem a publicidade e seu papel de mídia produtora de sentidos; da Educação, vem o suporte
dessa mídia: o livro didático. A justificativa para a escolha do tema deve-se ao interesse pela linguagem
publicitária e suas especificidades despertado por leituras semióticas das aulas de Linguagens da Publicidade. A problemática da pesquisa reside na seguinte questão: como o livro didático de Português
trata a publicidade? Há um trabalho voltado para as especificidades da linguagem publicitária ou apenas um trabalho voltado para o ensino da gramática? Pesquisas realizadas nesse âmbito pela área da
Educomunicação têm buscado verificar como a escola vem tratando as mídias de um modo geral, e o
resultado obtido não é muito positivo, já que o que fica esquecida nessa abordagem é justamente a linguagem que as constitui. Para tanto, escolhemos como corpus livros didáticos de Língua Portuguesa
voltados ao Ensino Médio, que constam da lista dos livros indicados pela PNLD-2012.
Objetivos
O objetivo geral é verificar qual é o tratamento dado à publicidade no livro didático de Português
adotado no Ensino Médio. Decorrentes do objetivo geral seguem os específicos: apresentar especifi1
Curso de Publicidade e Propaganda, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Comunicação e
Cultura, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
193
cidades da linguagem da publicidade; verificar a quantidade de peças que são incorporadas em livros
didáticos e sua adequação ao público a que se refere e ao produto anunciado; apresentar o método de
análise de imagens amparado na semiótica de Peirce; averiguar nas peças publicitárias se a abordagem feita explora o potencial de sentidos que as linguagens verbal/visual podem propiciar.
Delineamento
Pesquisa Qualitava/Quantitava e baseada na Literatura.
Método
Para realizar este trabalho, inicialmente, fizemos uma coleta de peças publicitárias em duas coleções
de Língua Portuguesa: “Ser protagonista” de Ricardo Barreto e “Português: contexto, interlocução e sentido” de Abaurre. Cada coleção é composta de seis volumes e os autores são ambos notórios na área. O
procedimento teórico-metodológico contou com análise quantitativa e, a seguir, qualitativa, apoiada
na semiótica peirceana, verificando os modos mais recorrentes das sugestões de exploração dos anúncios publicitários em sala de aula. Para essa análise qualitativa nos valemos de metodologia de análise
semiótica instituída por Santaella (2002), a partir da teoria de Charles Sanders Peirce. A escolha dessa metodologia se deu em função da amplitude que ela permite na abordagem de diferentes linguagens – verbal e não-verbal. Sabendo que todas as linguagens são constituídas por signos, apresentamos
o conceito de signo, segundo Peirce, para apresentar o trajeto do olhar que se funda nesse conceito.
Vêm daí os três olhares presentes nessa análise: o primeiro, contemplativo, voltado para a busca das qualidades do signo; o observacional, voltado para os aspectos referenciais, existentes e, finalmente o terceiro
olhar, o interpretativo, tendo em vista os dados colhidos anteriormente. Neste terceiro momento da análise,
os aspectos culturais e simbólicos vêm à tona. Esses três olhares estão fundamentados nas classificações
dos signos para Peirce que, aqui, optamos por não utilizar, até pelo fato de termos feito nessa complexa
teoria um recorte.
Resultado
O texto publicitário está presente nos livros didáticos de português do Ensino Médio consultados. Foram encontradas 113 peças publicitárias dentre 3329 imagens de variados tipos. Separamos uma amostra de
80 peças e respectivos exercícios para analisarmos o modo como o livro didático tratava essa mídia. Desse
montante, 59 peças foram usadas apenas para suporte de conceitos gramaticais o que encontramos dessas
peças foi a publicidade voltada ao ensino da gramática: da identificação de classes de palavras (verbo, substantivo, adjetivo e outros...), da localização de pronomes, conjunções, enfim, finalidade a que qualquer texto
poderia se servir; as outras 21 trouxeram um trabalho elaborado em que eram exploradas as especificidades
da linguagem publicitária. Ainda que não tenham sido explorados os modelos textuais – apolíneo e dionisíaco – outras especificidades desses textos foram perceptíveis: a o jogo de sedução e persuasão. Propagandas institucionais disputam com comerciais o espaço do livro didático. Anúncios de produtos variados,
não necessariamente voltados para um público jovem – o público-alvo do Ensino Médio –, estão presentes,
vindo de jornais e revistas de grande circulação: Veja, Folha de S. Paulo, entre outros.
Tabela 1 – Análise das coleções
Coleções
Propagandas que exploram a
linguagem publicitária
Propagandas que servem somente
para exericício gramatical
Coleção 1
Contexto interlocução e sentido
17
51
Coleção 2
Ser protagonista
14
8
Total
21
59
194
Tabela 2 – Contagem das imagens
Coleção Português (Ser Protagonista)
Autores: Ricardo Gonçalvez Barreto
Tipo de imagnes
Volume 1
Volume 2
Volume 3
Obra de arte
Ilustração
Fotografia
Histórias em quadrinhos/cartum/charge/
publicidade
Jornal
Capa de revista
Outros
70
137
114
42
67
125
115
39
5
14
30
49
171
144
47
10
16
33
Total de imagens e páginas
1285
Imagens
420 p.
Imagens
395 p.
Imagens
470 p.
7
16
34
Total imagens
Imagens
22 p.
Discussão
Há um trabalho voltado para as especificidades da linguagem publicitária ou apenas um trabalho
voltado para o ensino da gramática?
Conclusão
Pudemos chegar à conclusão de que a mídia publicitária ainda não se dá a conhecer no espaço
educacional no seu papel como construtora de significados, bem como o papel de mídia no tecido da
cultura a partir das atividades propostas pelos livros didáticos. Mas um caminho já parece estar sendo
trilhado para mudar essa postura, o que será muito bem-vindo.
Agradecimento
A Uniso pela oportunidade que me foi dada de exercitar a pesquisa neste programa.
Foram a base utilizada para o delineamento da pesquisa
Referências
BACCEGA, M. A.; FREIRE, D. O. A publicidade nos livros didáticos do ensino médio. In: Comunicação
e Educação, Ano XII, n. 2, p. 79-96, maio-ago., 2007.
CARRASCOZA, J. A. Razão e sensibilidade no texto publicitário. São Paulo: Futura, 2004.
CITTELI, A.; COSTA, M. C. C. (Orgs.). Educomunicação: construindo uma nova área de conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011.
CHEVALIER, J; GHEERBRANT, A. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas,
figuras, cores, números. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2008.
DRIGO, M. O.; SOUZA, L. C. P. Aulas de semiótica peirceana. São Paulo: Annablume, 2014.
HOFF, T. M. C. O texto publicitário como suporte pedagógico para a construção de um sujeito crítico.
In: Comunicação e Educação, ano XII, n. 2, p. 29-38, maio-ago., 2007.
NÖTH, W. Word and image: intermedial aspects in handbuch der semiotik. Stuttgart: Metzler, 2000.
ORLANDI, E. P. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez, 2006.
SANTAELLA, L. Semiótica aplicada. São Paulo: Thomson, 2003.
SETTON, M. G. J. Cinema: instrumento reflexivo e pedagógico. In: A cultura da mídia na escola: ensaios sobre cinema e educação. São Paulo: Annablume.
195
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES PROPOSTAS NO PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA
DOS RIOS SOROCABA E MÉDIO TIETE–SP NAS METAS REFERENTES À SOLUÇÃO DE PROBLE
Sandro Augusto de Souza Carvalho1, Luma Rodrigues Maximo Peliky2,
Nobel Penteado de Freitas3
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Pontos em destaque
Pergunta desta pesquisa: Como estão sendo cumpridas as metas propostas pelo Instituto de Pesquisa Tecnológicas para cada cidade da Unidade de Gerenciamento de
Recursos Hídricos 10 (Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê) visando a
melhoria da qualidade dos recursos hídricos? Quais as possíveis dificuldades?
Antecedentes: O Instituto de Pesquisa Tecnológicas estabeleceu metas para cada
uma das Unidades de Gerenciamento (UGHRI’s) do estado de São Paulo, visando a
melhoria da qualidade dos recursos hídricos de cada uma das bacias. Estas metas constam de um Plano de Bacias.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo apresenta a situação de desenvolvimento
do Plano de Bacias na UGRHI 10, mostrando que metas relacionadas a qualidade ambiental dos recursos hídricos estão se desenvolvendo de maneira muito lenta. Isto indica que novas formas de gestão devam ser adotadas para melhoria destes resultados.
Limitações e pontos fortes: O estudo mostrou uma situação é complicada para o desenvolvimento das metas do Plano de Bacias na UGRHI 10. A maior limitação da pesquisa foi o fato de incluir no estudo 34 cidades que estão na UGHRI 10, e a visitação
nas respectivas cidades pra a comprovação dos dados colhidos em relatórios, pois não
houve colaboração dos municípios
Palavras-chave: Bacias hidrográficas. Gestão de bacias hidrográficas. Sustentabilidade.
Qualidade ambiental.
Introdução
A Política Estadual de Recursos Hídricos que orienta as ações do Estado e dos municípios com relação
a gestão dos recursos hídricos, teve início em 1991, com a regulamentação da Lei 7.663/91. Desde então uma
série de instrumentos de gestão vem sendo aplicados e desenvolvidos no estado de São Paulo como um
todo. São planos de bacias, cobrança pelo uso da água, outorga de recursos hídricos entre outros (REBOUÇAS et al., 2006). A UGRHI 10 Sorocaba e Médio Tietê, tem algumas características distintas, uma parte
dos municípios é banhada pelo rio Tietê que carrega grande quantidade de poluentes vindos da região
metropolitana de São Paulo, e outra parte da bacia, onde se encontra a área de drenagem do rio Sorocaba,
possui situação melhor, com água de qualidade boa ou razoável, tendo o reservatório de Itupararanga com
grande fornecedor de água para a população regional (FREITAS et al., 2008).
Objetivos
O estudo tem como objetivo analisar se as metas estabelecidas foram cumpridas, se estão em andamento ou se não foram cumpridas, visando a melhoria ambiental da bacia hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio
Tietê, em que a cada meta cumprida ajudará para que a qualidade dos recursos hídricos da Bacia.
Curso de Ciências Biológicas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Engenharia Ambiental, Universidade de Sorocaba - UNISO/
Sorocaba /SP, 3Curso de Engenharia Ambiental, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
1
196
Delineamento
Método
Para a avaliação das metas referentes à solução de problemas ambientais nas 34 cidades da UGHRI 10,
foram elaborados questionários com as Metas previstas para este tema e integrantes do Plano de Bacias
desta UGRHI. As metas foram lançadas em uma planilha com campos para avaliação da situação do desenvolvimento de cada uma delas. Desta foram, estas planilhas foram enviadas via email aos representantes
noComitê de Bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba e Médio Tietê dos 34 municípios, solicitando a colaboração no sentido do preenchimento e devolução destas planilhas.Também um “Follow up” por telefone
foi realizado para cobrar as respostas. Como o retorno por parte das prefeituras foi muito baixo, recorreu-se
ao levantamento de dados na base de informações do Sistema de Informações de Gestão de Recursos Hídricos do estado de São Paulo.Foi acessado o setor do Comitê de Bacias dos Rios Sorocaba e Médio Tietê,
e com os dados de financiamentos realizados pelo Fundo Estadual dos Recursos Hídricos – FEHIDRO,
foram conferido município à município os programas e projetos financiados e o estágio de conclusão dos
mesmos.
Resultado
A maior parte dos resultados obtidos, foram retirados do Sistema de Informações de Gestão de Recursos Hídricos do estado de São Paulo, e mostram que o Plano de Bacias da UGRHI 10, aprovado em 2008 e
com horizonte de conclusão para 2019, esta caminhando muito lentamente, como observado nestes dados
levantados, onde somente 5,44% das 386 metas propostas para melhoria da qualidade ambiental, foram
cumpridas pelos 34 municípios da bacia. Foi observado que dos poucos municípios que realizaram parte
das metas propostas pelo Plano de Bacias são municípios de pequeno porte, como por exemplo: Mairinque,
Cesário Lange, Torre de Pedra, Ibiúna e Conchas. De maneira geral, os dados inferem que houve maior eficiência dos municípios pequenos para cumprimento das metas de solução de problemas ambientais. Outra
informação apontada pelo estudo, mostra que a grande maioria dos projetos realizados está relacionado ao
controle e proteção do uso do solo, com projetos de restauração de áreas degradadas e controle de erosão.
Estes projetos somam 78,6% do total de projetos executados para a melhoria ambiental da bacia hidrográfica
dos rios Sorocaba e Médio Tietê. Outros 14,2% foram destinados aos planos de gestão e educação ambiental
e 7,2% para gestão de resíduos sólidos.
Discussão
Os resultados obtidos mostram que as prefeituras tiveram dificuldades em cumprir as metas estabelecidas, e as ações que foram realizadas dentro das metas propostas indicam que foram as ações de maior
necessidade naquele momento. Com a grande dificuldade encontrada para levantamento de dados devido
à falta de respostas por parte das prefeituras que abrangem a bacia hidrográfica dos rios Sorocaba e do Médio Tietê, optou-se por agregar ao método inicialmente proposto a consulta na base de dados do Sistema
de Informações de Gestão de Recursos Hídricos do estado de São Paulo, onde foram obtidos alguns dados
adicionais. Também o fato de os governos no Brasil não terem a tradição de trabalhar com planejamento
pode explicar em parte estes fracos resultados,já que o planejamento traçado pelo Plano de Bacias, muitas
vezes é substituído por problemas emergenciais,que acabam ocupando a prioridade de ação do município
na busca de uma resposta imediata ao munícipe. Porém este tipo de ação prejudica sobremaneira uma
visão mais integrada da gestão dos recursos hídricos dentro de uma bacia hidrográfica.
Conclusão
Deste estudo realizado, fica a constatação de que a implantação do Plano de Bacias encontra dificuldades na UGRHI 10, demonstrado pelo baixo índice de conclusão das metas propostas para melhoria da qualidade ambiental nos 34 municípios que compõe esta UGRHI.
197
SASC: Realizou todos os aspectos citados. LRMP: Realizou todos os aspectos citados. Nobel Penteado de Freitas: Realizou todos os aspectos citados
CNPq.
Referências
FREITAS, N. P., GARCIA, J. P. M., KAWAKUBO, F. S., LUCHIARI, A., SILVA-FILHO,N. L., ARGOUD,
L., MORATO,R. G., PEÇANHA,M. P.; TAKAKI, M. Sistema de informações ambientais da bacia hidrográfica da represa de Itupararanga como suporte à implantação de uma área de proteção ambiental no
estado de São Paulo. Revista Geografia e Pesquisa, v. 2, n. 1, p. 17-32, jan-jun, 2008.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT. RELATÓRIO Técnico n. 104269-205. Plano de
gerenciamento de bacia do Sorocaba e Médio Tietê (UGHRI 10): revisão para atendimento da Resolução CRH62. São Paulo. 2008.
REBOUÇAS, A. C.; BRAGA, B.; TUNDISI, J. G. Águas doces do Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 3. ed. São Paulo: Escrituras, 2006.
SILVA, R. T.; PORTO, M. F. A. Gestão urbana e gestão das águas: caminhos da integração. Estudos
Avançados, São Paulo, v. 17, n. 47, abr. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010340142003000100007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 5 jan. 2014.
TUCCI, C. E. M. Águas urbanas. Estudos Avançados, São Paulo, v. 22, n. 63, p. 97-112, 2008.
198
ciências humanas
DIAGNÓSTICO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA DA UNISO
Adriana Laura Victoretti1, Luciane Cruz Lopes2
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: O programa de iniciação científica (IC) da Universidade de
Sorocaba (UNISO) está sendo efetivo para envolver projetos das diversas áreas do conhecimento, cursos de graduação, estimular o ingresso em cursos de pós-graduação
bem como a produção científica?
Antecedentes: O programa de IC- UNISO teve início no ano de 1998, com uma oferta
pequena de bolsas. Com o decorrer dos anos o número de bolsas ofertadas aumentou
significativamente e houve a inclusão de novas modalidades no programa, bem como
um maior envolvimento dos professores vinculado à programas de pós-graduação.
O que esta pesquisa acrescenta: Os dados obtidos nesta pesquisa mostram que até
o momento o programa de IC da UNISO está sendo pouco efetivo para o ingresso de
estudantes em programas de pós-graduação. Também se verifica que algumas áreas de
conhecimento na UNISO têm envolvimento muito restrito na IC, o que torna necessário avaliar a efetividade do programa para que o mesmo possa ser aperfeiçoado e atinja
seu objetivo principal, que é formar pesquisadores.
Limitações e pontos fortes: Este é o primeiro estudo que estabelece um diagnóstico da
efetividade do programa IC UNISO. Pode-se verificar as áreas do conhecimento, bem como
os cursos de graduação que mais recrutam estudantes e se envolvem em projetos de IC.
Os dados podem estar super ou subestimados, pois 31,7% dos projetos submetidos não
foram encontrados nas dependências da UNISO. Considerando o montante encontrado, os valores obtidos refletem proporcionalmente os resultados medidos.
Palavras-chave: Educação Superior. Pesquisa. Iniciação científica.
Introdução
A iniciação científica (IC) foi criada visando introduzir os estudantes de graduação na pesquisa
científica (BRANDÃO, 2011). Estudantes que desenvolvem projetos de IC aprimoram algumas qualidades e despertam suas habilidades (CALAZANS apud MASSI; QUEIROZ, 2010) além de favorecer o
ingresso em programas de pós-graduação (VELLOSO; VELHO apud JORGE et al., 2010). O programa
de IC da Universidade de Sorocaba (UNISO) teve início em 1998 e atualmente disponibiliza três modalidades: Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC), Voluntário de Iniciação Científica (PROVIC); e
Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC- CNPq. Dados sobre a participação das áreas do conhecimento,
dos cursos de graduação e o envolvimento dos participantes do programa de IC da UNISO em programas de pós-graduação não foram encontrados. A análise da efetividade do programa de IC da UNISO
será essencial para a revisão de condutas que favoreceram a melhor formação em pesquisa.
Objetivos
Analisar a participação das áreas do conhecimento, o envolvimento dos cursos de graduação e a
continuidade da formação em pesquisa dos estudantes queparticiparam do Programa de IC da UNISO.
1
Curso de Direito, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
199
Delineamento
Método
Critério de elegibilidade: Foram incluídos no estudo todos os projetos de IC concluídos desde
1998 até 2013, envolvendo as três modalidades do programa: com bolsas da própria universidade
(PROBIC), voluntário (PROVIC) e institucional (PIBIC-CNPq). Coleta dos dados: De cada projeto
coletou-se: estudante, orientador, área do conhecimento, curso da graduação. Além disso, foi analisado envolvimento do orientador em programa de pós-graduação e a publicação gerada do projeto de IC. O currículo lattes de cada estudante foi analisado utilizando-se a plataforma lattes coletando-se se foi ou não realizado curso de especialização, mestrado e doutorado. Aspectos éticos e
conflitos de interesse: Foram preservados os dados privativos de cada projeto que foi analisado,
garantindo o sigilo das informações particulares dos alunos que os desenvolveram. O Projeto foi submetido ao CEP, Protocolo: 985.587/ 2015. Análise dos dados: Os dados foram sistematizados em planilha eletrônica no software Excel® versão2013 e as variáveis, apresentadas em frequência simples.
Resultado
Foram aprovados no programa de IC/UNISO aproximadamente 975 projetos, dos quais 666 foram concluídos/encontrados para análise. Dos 134 (24,6%) estudantes constantes na plataforma
Lattes, 84 (62,6%) mostram continuidade em 109 cursos de pós-graduação. Dentre as três modalidades do programa, PROBIC foi a que obteve maior número de projetos aprovados, totalizando 434 (59,3%) avaliados, Figura 1. As grandes áreas mais envolvidas foram Ciências da Saúde 179
(26,8%), Ciências Sociais Aplicadas 146 (22%) Ciências Biológicas 123 (18,5%), conforme figura 2.
Apenas 116 (21,3%) estudantes publicaram o resultado de suas pesquisas e 103 (18,9%) apresentaram
os resultados em algum tipo de evento, resultando em 2,2 produções científicas para um total de 183
estudantes. O envolvimento de professores da pós-graduação (52%) é um fator determinante para a
produção científica dos estudantes de IC, Tabela 1.
Figura 1
200
Figura 2
Tabela 1 – Produção científica dos ex-estudantes de IC da UNISO
Categoria
Total
Prof. Vinculado a
Pós-Graduação N (%)
Prof. Não Vinculado a
Pós-Graduação N (%)
Estudantes com Produção científica*
183
95 (52)
88 (48)
Produção científica*
406
Publicou resultados do
projeto IC
116
61 (52,5)
55 (47,5)
Apresentou resultados do projeto IC em
evento
103
53 (51,5)
50 (48,5)
Artigo Completo em
Periódico
58
40 (69)
18 (31)
Artigos Aceitos para
Publicação
10
7 (70)
3 (30)
Livro/Capítulo
23
15 (65,2)
8 (34,8)
Textos em Jornais/
Revistas
18
7 (38,9)
11 (61,1)
Trabalho Completo em
Anais
30
14 (46,7)
16 (53,3)
Resumo em Anais
72
35 (48,6)
37 (51,4)
Apresentação de Trabalho**
126
68 (54)
58 (46)
Resumo Expandido em
Anais
16
12 (75)
4 (25)
Outras Produções
53
22 (41,5)
31 (58,5)
*- produção científica encontrada no currículo lattes; ** apresentação de qualquer trabalho em anais(incluindo o
projeto de IC); *** abreviação da palavra professor
201
Discussão
As áreas com maior número de projetos concluídos foram Ciências da Saúde, seguida de Ciências
Sociais Aplicadas e Ciências Biológicas. Um estudo apontou que dos 127 egressos do PIBIC-CNPq da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), 21 (16,5%) iniciaram a docência da Educação Superior, 16
(12,6%) fizeram mestrado e 7 (5,5%) doutorado (PIRES, 2009). Resultados semelhantes foram obtidos
com o Programa da UNISO, onde 84 egressos da modalidade PIBIC-CNPq, 11 (13,1%) fizeram mestrado
e 3 (3,6%) doutorado. Esse projeto apresenta dados que ainda não haviam sido avaliados e estabelece
os marcos históricos do programa, bem como identifica o prosseguimento de estudantes ingressantes
em programas de pós-graduação, apontando algumas áreas com pouco envolvimento. Como limitação
encontramos o valor do dado real, pois, alguns números foram estimados com base nas bolsas disponibilizadas, já que não se sabe ao certo o número de projetos submetidos por ano.
Conclusão
Embora o número de bolsas ofertadas pelas três modalidades tenha se expandido ao longo dos anos,
isso não representou aumento expressivo de estudantes envolvidos em programas de pós-graduação e nas
produções científicas. Seria interessante que o processo seletivo estivesse direcionado a estudantes dispostos a se envolver em pesquisa. Além disso, cabe uma discussão mais profunda sobre o processo formativo
deste estudante entre os professores orientadores para melhorar a efetividade do programa.
Agradecimento
Agradecemos à UNISO, em especial a secretaria do programa de IC e CTIC.
ALV –coleta e análise dos dados e redação do relatório final e resumo expandido. LCL - concepção
do projeto, coordenação e correção final da redação do relatório final e do artigo.
Referências
BRANDÃO, Ruan. Iniciação científica: Definição. 2011. Disponível em: <http://clcprojetoagora.blogspot.com.br/2011/02/iniciacao-cientifica-definicao.html>. Acesso em: 21 jan. 2015.
JORGE, Marcos et al. A iniciação científica no ensino superior. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 10,
n. 30, p. 441-457, maio/ago. 2010. Disponível em: <http://www2.pucpr.br/reol/pb/index.php/dialogo?dd1=3618&dd99=view&dd98=pb>. Acesso em: 29 de jul. 2015.
MASSI, Luciana; QUEIROZ, Salete Linhares. Estudos sobre iniciação científica no Brasil: uma revisão. São Paulo: 2010. Disponível em: <http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/192>.
Acesso em: 12 fev. 2015.
PIRES, Regina Celi Machado. Formação inicial do professor pesquisador através do programa PIBIC/
CNPQ: o que nos diz a prática profissional de egressos? Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 14, n. 2,
p. 267-290, jul. 2009.
202
ARRANJOS PRODUTIVOS NO SEGUNDO SETOR NA
REGIÃO DE SOROCABA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ENSINO MÉDIO.
Caíque Diogo de Oliveira1, Jefferson Carriello do Carmo2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: A partir das mudanças ocorridas no cenário social e econômico
da região de Sorocaba. Como se deram essas mudanças? Elas refletem a organização
produtiva do município? E se relacionam com a oferta de cursos nos institutos federais
para qualificação profissional?
Antecedentes: Sendo os arranjos produtivos locais um fenômeno observado pelo economista Alfred Marshall no fim do século XIX na Inglaterra, a partir dessa observação
há variedades na produção científica disponível sobre os arranjos produtivos locais,
desde métodos quantitativos como qualitativos. Essa constatação evidência a novidade do presente estudo, ou seja, o relacionamento desses arranjos com os cursos de
qualificação profissional a nivel de ensino médio na região estudada.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo traz novos pontos de vista sobre a organização industrial da região de Sorocaba e nos municípios de Itapetininga, Salto e São Roque,
Boituva, na perspectiva dos arranjos produtivos locais, clusters como são conhecidos.
Limitações e pontos fortes: Este estudo mostrou a realidade da econômica de produção
da região de Sorocaba a luz dos conceitos de Arranjos produtivos locais/cluster. O presente
estudo relacionou a especialização da mão de obra proporcionada pelos institutos federais presentes na região de Sorocaba e suas cadeias produtivas locais. A principal limitação foi a pouca produção científica disponível sobre a industrialização nos demais
municípios estudados na pesquisa.
Palavras-chave: Arranjos produtivos locais. Sorocaba - formas de trabalho e produção.
Introdução
APL podem ser entendidas como aglomerados de empresas que possuem uma relação com os agentes
econômicos da região onde estão inseridas (BEDÊ, 2002). A dinâmica e a ocorrência de Arranjos Produtivos
Locais – APL da região de Sorocaba constituem o objeto desta pesquisa e estabeleceu-se como objetivo
identificar os aspectos produtivos dos municípios de Sorocaba, Itapetininga, Salto, Boituva e São Roque.
Objetivos
Através da identificação das transformações econômicas no município de Sorocaba e região verificar os novos Arranjos produtivos locais à luz das variações do processo de produção capitalista.
Esta preocupação de estudo está vinculada a um projeto maior, cujo título é “Institutos Federais de
Educação Profissional, Ciência e Tecnologia: um novo cenário da educação Profissional na Região de
Sorocaba”, coordenado pelo Prof. Dr. Jefferson Carriello do Carmo2.
Delineamento
Documental: dados extraídos de base de dados públicos e dados históricos etc.
Engenharia da Produção, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Ciências Farmacêuticas,
Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP
2 Este texto faz parte da pesquisa “Institutos Federais de educação profissional, ciência e tecnologia: um “novo” cenário da educação profissional na região de
Sorocaba”, que está sendo desenvolvida no programa de Mestrado e Doutorado em Educação na Universidade de Sorocaba – UNISO e financiada pelo CNPq
(Edital MCTI/CNPQ/MEC/CAPES N° 22/2014)
1
203
Método
Utiliza-se de dados quantitativos e qualitativos, por meio, de pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica sobre a educação básica e profissional, Institutos Federais e economia local.
Resultado
Nas cidades em estudo verificamos alguns pontos importantes para a pesquisa como a: o tamanho
da população presente no município e o valor do produto interno bruto de cada urbe.
Tabela 1 – Dados gerais sobre a região estudada
Dados gerais dos municípios estudados
Município
População*
PIB per capita (em R$)**
PIB (em R$)**
Sorocaba
615.955
31.662,72
19.019.100
Itapetininga
150.668
19.396,88
2.855.859
Salto
109.496
26.165,48
2.811.010
Boituva
52.177
42.293,35
2.120.462
São Roque
82.528
21.261,41
*Ano 2014 **Ano 2012
1.713.584
Fonte: Fundação SEADE 2014. Território e população. Disponível em: <http://produtos.seade.gov.br/
produtos/perfil/perfilMunEstado.php> Acesso em: 20 out. 2014
A partir dos dados iniciais podemos afirmar que a cidade de Sorocaba é a que detém maior valor em
numero de habitantes e valor do produto, assim como o município de São Roque é o que detém menor
PIB entre os municípios. Abaixo podemos observar uma tabela com os principais produtos produzidos
em cada município, Como Itapetininga tem produção de caráter agrícola e pecuarista, sendo 19% do
PIB não consta na tabela 2 que se baseia em produto interno bruto industrial.
Tabela 2 – Principais atividades produtivas da região do estudo
Município
Principal atividade
produtiva
Participação relativa
da atividade no PIB
industrial – Ano 2000
Participação relativa
da atividade no PIB
industrial – Ano 2012
Sorocaba
Montadoras e autopeças
23%
25%
Salto
Produtos Químicos
15%
23%
Boituva
Bebidas
8%
55%
São Roque
Artigos de Borracha
28%
29%
Fonte: Fundação SEADE 2014. Produto e renda. Disponível em: <http://produtos.seade.gov.br/produtos/perfil/perfilMunEstado.php> Acesso em: 20 out. 2014.
A cidade de Sorocaba apresenta uma produção concentrada no setor metal-mecânico, ou seja, montadoras
de automóveis, manufaturas de máquinas e equipamentos e fabricas de autopeças e de produtos de metal.
Na estância turística de São Roque a produção e comércio de vinhos chama a atenção no município que detém
um espaço comercial que se denomina “Estrada do vinho” onde se encontram varias vinícolas que produzem e comercializam seus vinhos. Ao investigarmos o documento encontramos o mesmo citando que tanto
o ensino médio integrado se apresenta como potencial projeto para atender as necessidades de qualificação profissional que permitem aos alunos usufruírem possibilidades existentes no mercado de trabalho.
Na tabela 3 podemos observar:
204
Tabela 3 – Cursos de ensino médio integrado oferecido nos Institutos Federais da região de Sorocaba
Cursos de Ensino Médio Integrado oferecidos na região de Sorocaba
Cidade
Itapetininga
Salto
Boituva
São Roque
Curso
Eletromecânica
Mecânica
Meio Ambiente
Edificações
Informática
Mecânica
Automação Industrial
Redes de Computadores
Administração
Meio Ambiente
Agricultura
Inauguração do curso
2014
2014
2015
2015
2015
2015
2015
2014
2015
2016
2017
2018
2015
2016
2017
2018
2015
2015
Fonte: Adaptado de Plano de Desenvolvimento Institucional 2014-2018
Discussão
O estudo método aplicado ao estudo possibilitou apontar a formação de três diferentes arranjos
produtivos na região estudada: Em Sorocaba há a ocorrência de um distrito industrial Marshalliano
que possui um foco produtivo na transformação de metal. O município de Boituva tem uma grande
empresa nacional produtora de bebidas que tende a empregar a maior parte dos trabalhadores e parece se afirmar como cluster em um futuro próximo. E o município de São Roque possui o único Arranjo
produtivo local consolidado entre os municípios estudados, possuindo na urbe um centro de produção
e venda de vinhos que empresas cooperam e competem pelo seu produto.
Conclusão
Com a preocupação de entender a relação entre a educação profissional e os arranjos produtivos
locais foi possivel identificar que a condição economica e dos processos de produção dos municípios
houve arranjos produtivos locais em alguns dos municípios da região estudada, bem como a presença
de cursos nos institutos federais que tendem a fortalecer a qualificação dos profissionais das cidades.
CDO – cronograma e detalhamento de execução de tarefas, coleta e seleção dos dados, redação do
artigo. JCC– concepção do projeto, orientação constate referente ao projeto, coordenação, análise dos
dados e correção parcial e final da redação do artigo.
Universidade de Sorocaba através do PROBIC, o Programa de Iniciação Científica financiado pela
Universidade de Sorocaba, destinado aos estudantes de graduação.
Referências
AMATO NETO, João. Redes de cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidades para pequenas empresas. São Paulo: Atlas, 2008.
205
BEDÊ, Marco Aurélio. Subsídios para a identificação de clusters no Brasil: atividades da indústria.
São Paulo: SEBRAE, 2002.
GARCIA, Renato. Economias externas e vantagens competitivas dos produtores em sistemas locais
de produção: as visões de Marshall, Krugman e Porter. Ensaios FEE, São Paulo, v. 27, n. 2, nov. 2006.
PLANO de Desenvolvimento Institucional. Disponível em: <http://www.ifsp.edu.br/index.php/outrasnoticias/52-reitoria/2263-comissao-publica-versao-final-do-pdi-2014-2018.html> Acesso em: 15 dez.
2014.
SACOMANO NETO, Mário; PAULILLO, Luiz. Estruturas de governança em arranjos produtivos locais:
um estudo comparativo nos arranjos calçadistas e sucroalcooleiros no estado de São Paulo. Administração Pública, Rio de Janeiro, jul./ago.2012.
SEADE 2014. Produto e renda. Disponível em: <http://produtos.seade.gov.br/produtos/perfil/perfilMunEstado.php> Acesso em: 20 out. 2014.
SEADE 2014. Território e população. Disponível em <http://produtos.seade.gov.br/produtos/perfil/
perfilMunEstado.php> Acesso em: 20 out. 2014.
206
O QUE OS DESENHOS ANIMADOS INFANTIS
PODEM ENSINAR DE PSICOLOGIA
Giovana Sanches Cunha1, Ana Laura Schliemann2
•
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•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Como a comunicação existente nos desenhos animados infantis pode influenciar o desenvolvimento da criança e da Psicologia.
Antecedentes: Os desenhos animados infantis são processos de comunicação verbal
e não verbal que transmitem valores e afetos e que permitem ao ser humano aprender
sobre problemas e então suas soluções, porém, admitem-se significados e representações distintas por cada ser humano em diferentes momentos da vida.
O que esta pesquisa acrescenta: O presente estudo visou promover discussões acerca
dos temas mais comuns trabalhados nos desenhos animados infantis das produtoras
Disney e Pixar lançados entre 2004 e 2014, de como esses podem influenciar o desenvolvimento emocional das crianças, desenvolver habilidades de interpretação para os
acadêmicos da área da saúde e educação bem como a possibilidade de serem trabalhados em atividades terapêuticas na área da educação e saúde.
Limitações e pontos fortes: Este estudo tem o intuito de favorecer e enriquecer a
aprendizagem acerca dos aspectos emocionais compreendidos nos desenhos animados, bem como estabelecer uma visão crítica da interface com a psicologia. Este estudo
tem o intuito de contribuir para o incentivo do bom uso dos conteúdos midiáticos. A
principal limitação deste estudo pauta-se na amplitude e especificidade de interpretações possíveis quando trata-se de qualquer produção artística, o que inclui nosso
objeto de estudo, os desenhos animados infantis.
Palavras-chave: Criança. Psicologia. Desenhos animados.
Introdução
Desde o nascimento, a criança inicia suas aprendizagens e suas experimentações no processo
de formação de sua personalidade. Nesta fase do desenvolvimento há uma elaboração cognitiva
emocional para o ser humano chegar a entender o funcionamento da sociedade, bem como lidar
e conviver com a mesma. Nesse processo atuam os contos de fadas, que desde os tempos remotos
da humanidade são contados e representados para crianças e adultos. A riqueza dessas histórias
possibilita à criança experienciar, através da fantasia, uma amplitude de conflitos, bem como de
suas soluções.
Objetivos
Refletir sobre como a comunicação existente nos desenhos infantis pode influenciar o desenvolvimento emocional da criança e da psicologia.
Delineamento
Documental: Estudo documental (produções cinematográficas).
Método
Foi feita revisão bibliográfica no período de 2009/ 14 nas bases de dados Scielo e Web of Science
com os descritores comunicação, psicologia e desenhos animados. Simultaneamente, foram estudadas
1
Curso de Psicologia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Psicologia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP ana.
[email protected]
207
as animações produzidas pelos estúdios Disney e Pixar lançados entre 2004/14. Os desenhos animados foram identificados em busca ativa respeitando produtora e data, sem aqueles que a sequência
cujo primeiro filme não encaixa-se no período delimitado. Após identificar, analisar e discutir cada
animação junto à teoria e aos objetivos dessa pesquisa, identificou-se os temas presentes e recorrentes. Dos temas identificados no processo precedente, foram ressaltados os mais evidentes na trama de
cada desenho animado, além do conjunto de signos contidos nas representações estudadas. Considerando os dados obtidos, relacionou-os então com a teoria referente ao desenvolvimento humano a fim
de averiguar a relevância dos resultados.
Resultado
Essa análise centrou-se nas questões acerca dos temas que evidenciavam-se nas 20 narrativas, reconhecendo que as temáticas coincidem em todos os filmes e integram-se como
uma teia. Coube destacar as abordagens centrais, sendo essas: processo de formação da personalidade, relações familiares, interpessoais e afetivas, autoconceito, pertencimento, o luto e a
superação. (Quadros 1 e 2).
Discussão
Nos temas centrais identificados no Quadro 1, destacam-se processo de formação de personalidade e autoconceito. Nessa pesquisa, o processo de formação da personalidade foi entendido a partir da sequência de obstáculos a que eram submetidos os personagens, trazendo
problemáticas e então a resolução e compreensão, o que permite processos de identificação e
plurissignificação para além do imaginário da criança. Já, o autoconceito, foi entendido a partir do princípio de que a sucessão de acontecimentos predispõem os personagens, independente de magia ou fantasia, a questionar e posicionar-se quanto a questões morais, de integridade, respeito, autoconfiança, emoções; tudo aquilo que a trama motivar, suscitando maior
compreensão de si e de suas escolhas. Os contos de fadas trazem uma linguagem simplificada
acerca das situações obscuras e conflitos da existência, contribuindo para o desenvolvimento
do psiquismo da criança. Transpondo-se à fantasia e às múltiplas temáticas, o encontro entre
a trama e a criança facilita-lhe as oportunidades de elaboração, identificação e significação
para além de seu imaginário. Esta é a condição que torna cada história subjetiva, uma vez que
que cada pessoa desenvolve o seu olhar. Cabe-nos pontuar a relevância dos questionamos
acerca das produções midiáticas recentes direcionadas ao público infantil. Segundo Hoffman
(2012), o intermédio das relações interpessoais baseia-se cada dia mais nos conteúdos midiáticos. Dito isso, busca-se não adotar uma posição extrema, mantendo a criança exilada das
interação mediada pela tecnologia, mas empenhar-se para alimentar o bom uso dos conteúdos
midiáticos. Quando fala-se de animações, de contos de fadas, tratamos então de obras de arte.
Portanto, os resultados dessa pesquisa estabelecem-se de forma parcial, não-universal. Por
conta de questões subjetivas e de tratar-se de uma pesquisa documental, entendemos que a
análise pode ser percebida como imprecisa em relação à possíveis interpretações e olhares
daquele que assiste o desenho.
208
Quadro 1 – Desenhos animados selecionado para a pesquisa: título – ano de lançamento – direção –
temas centrais.
209
Quadro 2 – Conjunto de signos
Conclusão
Ao falarmos de desenhos animados infantis, é inevitável que dialogue-se com o conhecimento
sobre os contos de fadas. Totalizando 20 animações estudadas, identificou-se múltiplas e coincidentes
temáticas. Reconhecendo que essas coincidem e integram-se em todos os filmes, coube destacar os
temas centrais: processo de formação da personalidade, relações familiares, afetivas e interpessoais,
210
autoconceito, pertencimento, luto e superação. Observou-se a predominância de protagonistas do
gênero masculino e de ambientes familiares formados por um grupo distinto, além da totalidade de
animações onde representa-se a dualidade entre o bem e o mal. Entende-se que ao final desse projeto,
alcançaram-se os objetivos.
As autoras declaram ser responsáveis pela elaboração do projeto “O que os desenhos animados infantis podem ensinar de psicologia”, sendo que a primeira autora participou da elaboração do projeto,
revisão bibliográfica, interpretação dos dados e redação do projeto e artigo e a segunda autora orientou e coordenou todas as etapas da pesquisa, participando da concepção do projeto, revisão crítica e
aprovação final da versão a ser publicada.
Referências
A FAMÍLIA do Futuro. Direção de Stephen Anderson. EUA: Walt Disney Pictures, 2007. 95 min, color.
Dublado.
A PRINCESA e o Sapo. Direção de John Musker, Ron Clements. EUA: Walt Disney Pictures, 2009. 97
min, color. Dublado.
AVIÕES 2: Heróis de Fogo ao Resgate. Direção de Roberts Gannaway. EUA: Walt Disney Pictures, 2014.
83 min, color. Dublado.
AVIÕES. Direção de Kaly Hall. EUA: Walt Disney Pictures, 2013. 91 min, color. Dublado.
BOLT: Supercão. Direção de Byron Howard, Chris Williams. EUA: Walt Disney Pictures, 2008. 96 min,
color. Dublado.
CARROS. Direção de John Lasseter. EUA: Walt Disney Pictures, 2011. 106 min, color. Dublado.
CARROS 2. Direção de John Lasseter. EUA: Walt Disney Pictures, 2006. 117 min, color. Dublado.
DETONA Ralph. Direção de Rich Moore. EUA: Walt Disney Animation Studios, 2012. 101 min, color.
Dublado.
ENROLADOS. Direção de Nathan Greno. EUA: Walt Disney Pictures, 2011. 110 min, color. Dublado.
FRANKENWEENIE. Direção de Tim Burton. EUA: Walt Disney Pictures, 2012. 87 min, color. Dublado.
FROZEN: Uma Aventura Congelante. Direção de Chris Buck, Jennifer Lee. EUA: Walt Disney Animation Studios, 2013. 102 min, color. Dublado.
HOFFMAN, A. F. As crianças e os desenhos animados: mediações nas produções de sentidos. Rio
de Janeiro: NAU, 2012.
NEM QUE A VACA Tussa. Direção de Will Finn, John Sanford. EUA: Walt Disney Pictures, 2004. 76
O GALINHO Chicken Little. Direção de Mark Dindal. EUA: Walt Disney Pictures, 2005. 81 min, color.
Dublado.
OS INCRÍVEIS. Direção de Brad Bird. EUA: Walt Disney Pictures, 2004. 115 min, color. Dublado.
RATATOUILLE. Direção de Brad Bird, Jan Pinkava. EUA: Walt Disney Animation Studios, Pixar Animation Studios, 2007. 111 min, color. Dublado.
SELVAGEM. Direção de Steve Spaz Williams. EUA: Walt Disney Pictures, 2006. 94 min, color. Dublado.
UNIVERSIDADE Monstros. Direção de Dan Scanlon. EUA: Walt Disney Pictures, Pixar Animation
Studios, 2013. 104 min, color. Dublado.
UP - Altas Aventuras. Direção de Pete Docter. EUA: Walt Disney Pictures, Pixar Animation Studios,
2009. 96 min, color. Dublado.
VALENTE. Direção de Mark Andrews, Brenda Chapman, Steve Purcell. EUA: Walt Disney Pictures,
Pixar Animation Studios, 2012. 93 min, color. Dublado.
WALL-E. Direção de Andrew Stanton. EUA: Walt Disney Pictures, Pixar Animation Studios 2008. 97
211
FATORES RELACIONADOS A CONTINUIDADE DO
ESTUDANTE DE IC DA UNISO EM PROGRAMAS DE
PÓS-GRADUAÇÃO
Henrique Marinho Mascarenhas1, Luciane Cruz Lopes2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Quais os fatores facilitadores e barreiras que contribuíram para
a continuidade do estudante de IC da Uniso em programas de pós-graduação?
Antecedentes: O programa de Iniciação Científica da Universidade de Sorocaba foi
implementado pela primeira vez em 1998. Atualmente se subdivide em três modalidades: Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC) com 60 bolsas, Programa
Voluntário de Iniciação Científica (PROVIC), e Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica (PIBIC) com 10 bolsas.
O que esta pesquisa acrescenta: Foram identificados os fatores que favorecem ou
atuam como barreira para o ingresso do bolsista de IC em programas de pós-graduação. Dentre os vários estudados identifica-se como fator o estudante pertencer às áreas
de Ciências Biológicas e Ciências da Saúde e ser orientado por professor vinculado a
programa de pós-graduação.
Limitações e pontos fortes: Os valores de projetos voluntários e PROBIC submetidos
e aprovados pode estar mal dimensionado. Muitos dos projetos não foram encontrados. Não sabemos se foram concluídos ou não. Esta pesquisa estabelece os marcos históricos do programa, fornece a prevalência de estudantes ingressantes em programas
de pós-graduação e avalia as áreas que mais contribuíram para isso.
Palavras-chave: Pós-graduação. Pesquisa. Iniciação científica.
Introdução
O programa de Iniciação Científica (IC) pode ser compreendido como atividade de importância
para a formação do estudante de graduação, pois, além de propiciar um ambiente de produção de novos conhecimentos, facilita o ingresso dos mesmos em programas de mestrado e diminui o intervalo
entre a conclusão da graduação e o início do mestrado (LORDELO; ARGÔLO, 2015). Dados sobre a
efetividade do programa quanto ao envolvimento de estudantes de IC da UNISO em programas de
pós-graduação não foram encontrados. Também são incertos os dados relacionados a produção científica destes participantes do programa.
Objetivos
Verificar a prevalência de estudantes de IC da UNISO em programas de pós-graduação. Identificar
os fatores que contribuíram para o ingresso em tais programas.
Delineamento
Método
Critério de elegibilidade: Na análise foram incluídos, todos os projetos de IC desde 1998 até
2013, abrangendo as três modalidades do programa: Projetos de pesquisa com bolsa-auxílio InstiCurso de Administração, Universidade de Sorocaba – Uniso, 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba – Uniso.
1
212
tucional (PROBIC), Projetos de pesquisa com Participação Voluntária (PROVIC), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-CNPq). Foram excluídos projetos não concluídos.
Coleta dos dados: Utilizou-se como fonte de coleta os projetos de Iniciação Científica concluídos desde
1998 até 2013 e os currículos dos estudantes participantes do programa cadastrados na plataforma lattes.
Dos projetos extraiu-se: nome do orientador, vinculação do orientador a programa de pós-graduação,
título do projeto, ano de execução do projeto, modalidade do projeto (PROBIC, PROVIC ou PIBIC-CNPq), grande área, área e subárea, segundo classificação do CNPq. Do currículo lattes extraiu-se: se
o estudante possuía currículo na plataforma lattes, se estava atualizado entre 2014/2015, produção
científica, considerando apresentação de trabalho em evento ou publicação da pesquisa, realização
de especialização, mestrado e/ou doutorado. Aspectos éticos e conflitos de interesse: Este protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, UNISO, via plataforma Brasil (Protocolo: CAAE
390608814.6.0000.5500), como rege a portaria 466/2012. Foram preservados os dados privativos de
cada projeto analisado, garantindo assim o sigilo das informações. Os autores deste protocolo declaram não ter conflito de interesse, não receber apoio externo para o desenvolvimento deste projeto.
Análise dos dados: Os dados foram sistematizados em planilha eletrônica no software Excel® versão
2013 e as variáveis, apresentadas em frequência simples. A amostra foi dividida entres estudantes que
deram continuidade em programas de pós-graduação e aqueles que não prosseguiram.
Resultado
Foram concluídos 666 (68,3%) projetos IC nas três modalidades do programa, Figura 1. Os
666 projetos de IC foram realizados por 544 estudantes dos quais 84 (15,4%) realizaram pós-graduação até 2015. Nota-se que 183 (33,6%) estudantes que apresentaram produção científica, 69
(38,3%) deram continuidade em programas de pós-graduação, Figura 2. Dentre as áreas mais envolvidas com cursos de mestrado incluem-se Ciências Biológicas 19 (35,8% e Ciências da Saúde 13
(24,5%). A maioria das produções científicas foi na área de Ciências Biológicas 22 (31,9%). Tabela 1.
A tabela 2 mostra os fatores facilitadores ou barreiras para o ingresso dos estudantes em Programas
de Pós-graduação. Tabela 2.
213
Tabela 1 – Produção científica dos egressos do programa de IC e área de conhecimento
Grande área
Especialização n(%)
Mestrado n(%)
Doutorado n(%)
Produção científica
n(%)
Ciências Ecológicas
(N=24)*
6 (25,0)
19 (19)
7 (29,2)
22 (31,9)
Ciências da Saúde
(N=21)*
9 (42,9)
13 (61,9)
4 (19,0)
19 (27,5)
Ciências Humanas
(N=13)*
8 (61,5)
7 (79,8)
1 (7,7)
11 (15,9)
Ciências Sociais e
Aplicadas (N=12)*
8 (66,7)
6 (50,0)
2 (16,7)
8 (11,6)
Ciências Exatas e
da Terra (N=8)*
6 (75,0)
5 (62,5)
0
5 (7,2)
Outros (N=2)*
2 (100)
1 (50,0)
0
1 (1,4)
Linguística, Letras e
Artes (N=2)*
2 (100)
1 (50,0)
0
2 (2,9)
Engenharias (N=2)*
1 (50,0)
1 (50,0)
0
1 (1,4)
TOTAL
42
53
14
69
*Um estudante pode ter realizado mais de um curso
214
Tabela 2 – Características dos egressos do Programa IC-UNISO que ingressaram em programas de
pós-graduação
Fator
Ingressados N=84 (%)
Não ingressados N=460 (%)
Orientador vinculado a Programa
de Pós-graduação (n=248)
45 (18,1)
203 (81,8)
Orientador não vinculado a Programa de Pós-graduação (n=296)
Orientador Doutor (n=10)
39 (13,2)
257 (86,8)
84 (15,8)
447 (84,2)
Sexo Feminino (n=344)
0
10 (100)
Sexo Masculino (n=200)
51 (14,8)
293 (85,2)
Grande área do projeto
33 (16,5)
167 (83,5)
Ciências da Saúde (n=134)
113 (84,3)
Ciências Sociais Aplicadas (n=128)
21 (15,7)
116 (90,6)
Ciências Biológicas (n=88)
12 (9,4)
64 (72,7)
Ciências Humanas (n=88)
24 (24,3)
55 (81,0)
Ciências Exatas e da Terra (n=64)
13 (14,0)
56 (88,2)
Farmácia (n=141)
25 (17,7)
116 (82,3)
Biotecnologia (n=35)
13 (37,2)
22 (62,9)
Terapia Ocupacional (n=30)
5 (16,7)
25 (83,3)
Jornalismo (n=24)
1 (4,2)
23 (85,8)
Ciência da Computação (n=20)
3 (15,0)
17 (85,0)
Direito (n=17)
2 (11,8)
15 (88,2)
Cursos
Discussão
A baixa prevalência (<20%) de egressos do programa IC UNISO em cursos de pós-graduação
pode indicar falha no estímulo à continuidade da pesquisa ou equívoco na seleção de estudantes. As áreas Ciências Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Exatas e da Terra
e Engenharias precisam atuar mais fortemente para envolver o estudante de IC e estimula-lo à
continuidade em pesquisa. Estes dados contradizem o que algumas pesquisas mostram. Na universidade federal da Bahia, dos 895 ingressantes em cursos de mestrado, 242 (27%) participaram
de programas de IC (LORDELO; ARGÔLO, 2015). O ingresso em programas de pós-graduação
não determinou maior produção científica. Dado este contraditório ao esperado, pois, o estudante
que intenciona continuar sua carreira como pesquisador, sente-se estimulado a publicar seus resultados ou a apresentá-lo em evento científico.
Conclusão
A prevalência de egresso em cursos de pós-graduação foi inferior a 20%. Os fatores facilitadores
envolvidos com o ingresso dos estudantes em Programas de Pós-graduação incluem: atuar nas áreas
de Ciências Biológicas e Ciências da Saúde; ser do sexo feminino ou pertencer ao curso de farmácia
ou biotecnologia.
215
HMM – coleta e análise dos dados e redação do relatório final e resumo expandido. LCL - concepção do projeto, coordenação e correção final da redação do relatório final e do artigo.
PROBIC - UNISO
Referências
LORDELO, Rodrigo; ARGÔLO, José. Influências da iniciação científica na pós-graduação. 2015.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.18222/eae266102840>. Acesso em: 4 ago. 2015.
216
COMUNICAÇÃO EM SAÚDE – DESENVOLVENDO
HABILIDADES
Marco Aurélio Costa da Silva1, Ana Laura Schliemann2, Luciane Lopes
Sant’Ana3
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Qual a importância da comunicação adequada em saúde para
o graduando da área da saúde da Universidade de Sorocaba aperfeiçoar seu futuro
profissional?
Antecedentes: Nos processos de humanização dos Serviços de saúde, a comunicação
torna-se imprescindível, tanto entre os membros da equipe multiprofissional de cuidado, quanto com os próprios pacientes/clientes por ela atendidos, partindo sempre
que estes últimos necessitam de atendimento diferenciado, devido a sua condição de
fragilidade e, consequentemente, demandam técnicas comunicacionais assertivas, que
confiram segurança profissional.
O que esta pesquisa acrescenta: A comunicação é umas das mais importantes
necessidades humanas e esta habilidade de comunicação interpessoal é muito exigida, especialmente no âmbito profissional e permite o desenvolvimento de sensações de segurança, autoconfiança, firmeza, credibilidade, felicidade e enriquecimento interno, que influenciam positivamente tanto quem comunica, quanto quem
recebe a comunicação. Devido a estes fatores, este curso pretendeu estimular e
desenvolver tais sentimentos nos graduandos das áreas da saúde da Universidade
de Sorocaba.
Limitações e pontos fortes: Este estudo priorizou o desenvolvimento de habilidades de comunicação em saúde nos graduandos, fortalecendo a aprendizagem
relacionada à humanização da assistência clínica; utilização da plataforma virtual
da Universidade de Sorocaba (TeleEduc) fortaleceu a transmissão de conhecimentos, agrando aos participantes. Limitações: pequeno número de graduandos que
aderiram ao curso.
Palavras-chave: Comunicação. Humanização. Ensino
Introdução
A comunicação se coloca como elemento essencial para a promoção da saúde e consolidação da
PNH, ao funcionar como uma estratégia para interação e troca de informações entre as instituições,
comunidades e indivíduos (BRASIL, 2010). Baseando nas nossas hipóteses que a comunicação em
saúde não é suficientemente trabalhada e desenvolvida nos graduandos das áreas da saúde, este projeto amparado pelas disciplinas de Psicologia em Saúde e Bioética Clínica, que tratam os sujeitos de
maneira integral, propôs a criação, aplicação e avaliação de um curso de caráter livre sobre a temática
da comunicação em saúde para aperfeiçoar o atendimento na futura assistência.
Objetivos
Objetivo Geral
•
Desenvolver um curso sobre Comunicação em Saúde.
Objetivos específicos
•
Desenvolver habilidades de comunicação nos futuros profissionais, fortalecendo a aprendizagem relacionada à humanização da assistência clínica.
Curso de Nutrição, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Curso de Psicologia, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP ana.
[email protected], 3Curso de Nutrição, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
1
217
•
•
Analisar os dados dos questionários de cada módulo considerando características como área
de atuação profissional dos alunos participantes e gêneros (masculino – feminino) dos mesmos.
Analisar os dados dos questionários em relação ao grau de satisfação dos alunos participantes
do curso livre de comunicação em saúde.
Delineamento
Experimental com ser humano.
Método
Esta pesquisa é um Projeto de Iniciação Científica, e está norteado pela metodologia da Pesquisa-Ação.
Em Agosto de 2014 o projeto intitulado “Comunicação em Saúde – Desenvolvendo Habilidades”
teve suas atividades iniciadas. Primeiramente foram realizadas as pesquisas bibliográficas referenciais para o desenvolvimento teórico do curso administrado aos graduandos participantes.
O curso teve carga horária de dez horas, divididos em cinco módulos de duas horas cada, apresentados em três encontros presenciais na Universidade de Sorocaba, campus Cidade Universitária e dois
encontros através da plataforma virtual da universidade (TeleEduc).
Resultado
Foram disponibilizadas vinte vagas para participação no curso de comunicação em saúde, das quais seis
foram preenchidas. Destas seis incrições, cinco estudantes do sexo feminino e um estudante do sexo masculino. Em relação aos cursos que os participantes pertenciam, dos seis inscritos, três participantes foram
do curso de nutrição, dois participantes do curso de enfermagem e um participante do curso de fisioterapia.
Foram observadas nas análises dos questionários, as maiores médias atribuídas as questões que demonstravam a importância que os participantes atribuíram ao tema da comunicação dentro do processo humanizador no ambiente da saúde. As menores médias observadas foram atribuídas as questões
que se referiam à opinião dos participantes em relação ao número de graduandos que aderiram ao
curso.
Discussão
A comunicação em saúde é citada durante os cursos das áreas da saúde da Universidade de Sorocaba apenas nas disciplinas de Psicologia e Saúde e Bioética Clínica, ambas lecionadas no primeiro
ano dos cursos superiores. Sobre a importância de disciplinas da área de Humanas nos cursos de
saúde, segundo Lima et al., (2014, p. 139) “as propostas de Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs)
dos Cursos de Graduação da área de Saúde, elaboradas pelas comissões de Especialistas de Ensino
e homologadas em outubro de 2001, demonstram a preocupação dos educadores brasileiros para a
formação de profissionais humanizados, então tem sido adotado como um recurso para a formação
humanística dos estudantes disciplinas de Humanidades”. A metodologia Pesquisa-Ação possui a característica de processos de participação, adaptação e reformulação, baseando na situação-problema
vivenciada pelo pesquisador e pesquisados. Segundo Gritem et al., (2008, p. 768) “toda pesquisa-ação é
considerada participativa, sendo necessário o envolvimento das pessoas implicadas nos problemas e,
somente é considerada como tal, se houver uma ação por parte do grupo de pessoas sob observação”.
A utilização do ensino à distancia (EaD) foi um recurso prático e viável do ponto de vista temporal e
econômico para os participantes, que afirmaram estarem habituados com esta forma de ensino. Para
Oliveira, (2007, p. 587) “a característica essencial do EaD é que o aluno se envolva na atividade de
aprendizagem em um local onde o professor/tutor não está fisicamente presente”, esta afirmação foi
confirmada pelos pesquisadores ao notarem o interesse dos participantes nas atividades propostas na
plataforma virtual.
218
Conclusão
O objeto central da pesquisa que foi o desenvolvimento de um curso sobre a temática da comunicação em saúde foi concluído, pois a experiência proporcionada pelo curso se mostrou um promissor
recurso para a humanização dos graduandos da área da saúde. Esta pesquisa valorizou a visão do ser
humano em sua totalidade, fato que talvez tenha sido seu diferencial e o motivo de ter afetado os participantes de forma naturalmente positiva, já que estes declararam níveis altos de satisfação com as
temáticas apresentadas pelos módulos.
MACS – Desenvolvimento do material teórico do curso de comunicação, tutoria das atividades
realizadas em ambiente virtual, análises dos questionários avaliativos , redação dos relatórios parcial e
final, elaboração de resumo enviado para congressos, confecção de pôster para apresentação em congresso, apresentação da pesquisa em congresso. ALS – Concepção do projeto, coordenação, aplicação
do conteúdo teórico do curso, correção dos relatórios parcial e final, correção de resumo enviado para
congressos, análise e correção de pôster para apresentação em congresso. LLSA – correção dos relatórios, correção de resumo enviado para congressos, análise e correção de pôster para apresentação
em congresso.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização.
Cadernos Humaniza SUS - Formação e Intervenção. Brasília, DF, 2010.
GRITTEM, L.; MEIER, M. J.; ZAGONEL, P. S. Pesquisa-ação: uma alternativa metodológica para
pesquisa em enfermagem. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 765-70, out.dez., 2008.
LIMA, C.C. et al. Humanidades e humanização em saúde: a literatura como elemento humanizador
para graduandos da área da saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, São Paulo, v. 18, n. 48,
p. 139-50, jan. 2014.
OLIVEIRA, M. A. N. Educação à distância como estratégia para a educação permanente em saúde:
possibilidades e desafios. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 5, p. 585-9, set-out 2007.
219
EDUCAÇÃO E TRABALHO E AS POLÍTICAS DE
ENSINO MÉDIO NO MUNICÍPIO DE SOROCABA
Rafaella Luiz dos Santos1, Jefferson Carriello do Carmo2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Como o ensino médio integrado, nos Institutos Federais em
Sorocaba e região têm contribuído para o desenvolvimento local?
Antecedentes: É sabido que a região de Sorocaba é um grande polo industrial, porém,
especificamente sobre a questão dos Institutos Federais e o Ensino médio integrado
e sua contribuição para o desenvolvimento local, no meu levantamento bibliográfico
nenhum estudo específico foi encontrado.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo possibilitou identificar os motivos para
criação do Decreto 2.208/97 sob LDB 9394/96 e a causa da transição para o Decreto
5154/04. Havendo ainda necessidade da geração de mão de obra capacitada foi criado
em 2008, a IFSP que se expandiu durante estes 7 anos para quase todo o Estado, inclusive em Sorocaba e região, formando alunos na educação profissional e na educação
básica por meio do ensino médio integrado.
Limitações e pontos fortes: ? O presente estudo apresenta primeiro estudo do ensino
médio integrado presente nas IFSPs da região de Sorocaba. Este estudo mostrou a realidade econômica e educacional dos municípios em estudo. Este projeto possibilitou
conhecer a demanda e oferta existente nos municípios e estudo quanto ao ensino médio integrado. A principal limitação do projeto foi a coleta de dados referente ao ensino
médio integrado na região de Sorocaba.
Palavras-chave: Educação e trabalho. Políticas educacionais – Sorocaba (SP). Ensino médio
integrado. Desenvolvimento local.
Introdução
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP foi criado, pela Lei 11.892 em
2008. No Estado de São Paulo teve uma expansão significativa, posto pela região que vem sendo objeto de
estudo dessa pesquisa. Com sua implantação, na região de Sorocaba, muitos alunos puderam ter o acesso
ao Ensino Médio Integrado, nível educacional oferecido pelos IFTs. Esta pesquisa vem mostrando a relação
entre os IFTs de Sorocaba e região com a economia predominante em cada localidade.
Objetivos
Identificar, por meio, dos Institutos Federais, nos municípios de Sorocaba, Itapetininga, Salto, Boituva e São Roque o número de cursos de ensino médio Integrado e dos números dos alunos matriculados, tendo em vista uma “possível” contribuição ao desenvolvimento local. Esta preocupação de
estudo está vinculada a um projeto maior, cujo título é “Institutos Federais de Educação Profissional,
Ciência e Tecnologia: um novo cenário da educação Profissional na Região de Sorocaba”, coordenado
pelo Prof. Dr. Jefferson Carriello do Carmo.
Delineamento
Documental: dados extraídos de base de dados públicos e dados históricos etc.
1
Curso de Engenharia da Produção, Universidade de Sorocaba - UNISO/ Sorocaba /SP, 2Programa de Pós-Graduação Strictu sensu em Educação, Universidade de Sorocaba, UNISO/ Sorocaba /SP [email protected]
220
Método
Utiliza-se de dados quantitativos e qualitativos, por meio, de pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica sobre a educação básica e profissional, Institutos Federais e economia local.
Resultado
Cidades em estudo
Nas cidades em estudo verificamos alguns pontos importantes para a pesquisa como a: educação
e a economia de cada uma.
Eco-
Educação
Tabela 1 – Economia e educação nas cidades em estudo
Ano
Sorocaba
Itapetininga
Salto
Boituva
São Roque
Estado
Taxa de analfabetismo
(população de 25 e mais)
- em %
2010
3,1
4,5
4,5
4,92
4,4
4,33
População de 18 a 24
anos com ensino médio
completo - em %
2010
66,87
52,03
69,52
58,97
53,62
58,68
participação no PIB do
Estado - em %
2012
1,349922
0,202682
0,121625
100
Fonte: Seade
Como resultado Sorocaba das cidades estudadas mostrou ser a com maior PIB e menor taxa de analfabetismo (pessoas de 15 anos ou mais). Salto ficou em primeiro lugar com a maior taxa de pessoas que
concluem o ensino médio (pessoas entre 18 e 24 anos). Boituva demonstrou o maior índice de analfabetismo ficando em quinta colocação. Itapetininga é o que possui menor índice de pessoas que concluem
o E.M. O menor PIB é da cidade de São Roque. IFSP’s de Sorocaba e Região
A região de Sorocaba, área de estudo, é a terceira maior concentração populacional do Estado de
São Paulo, e com o crescimento econômico que atraiu e atrai empresas para a região, justificando o
porquê do estudo das IFSPs desta região.
221
RESUMOS trabalhos de graduação
ciências da saúde
MÉTODOS E TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NO
DIABETES MELLITUS
Camila Euzébio de Figueiredo,1 Glasiela Isabele Camargo Pereira2, Aline
Alcoforado dos Santos3, Cristiane Delgado Alves Rodrigues4
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Quais métodos e técnicas fisioterapêuticas são utilizadas no
tratamento de pacientes com Diabetes Mellitus?
Antecedentes: Dentro da literatura é estudado a aplicação de um protocolo sensitivo
e exercícios para o controle da glicemia. Não estabelecendo diretrizes para condutas
dentro da fisioterapia.
O que esta pesquisa acrescenta: Após a conclusão do estudo é possível afirmar a importância do trabalho preventivo em pacientes com DM. Visto que é possível diminuir
a glicemia, retardar/melhorar o aparecimento de neuropatia periferia aplicando um
protocolo proprioceptivo, estabilizar e manter o equilíbrio com fortalecimento muscular e assim diminuindo o numero de morbidades e mortalidades causadas em longo
prazo pela doença e diminuindo o custo elevado para a saúde publica.
Limitações e pontos fortes: Trata-se de técnicas de baixo custo e fácil aplicabilidade.
A falta de interesse pelo assunto no meio acadêmico principal restrição.
Palavras-chave: Fisioterapia. Diabetes Mellitus. Prevenção e controle. Neuropatia diabética.
Introdução
Diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum à hiperglicemia, resultante de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) há uma epidemia
dessa doença em curso no Brasil. O propósito deste estudo é verificar na literatura os principais métodos e técnicas fisioterapêuticas utilizadas nas complicações do diabetes. Destacando a polineuropatia
simétrica distal ou neuropatia periférica que é uma das principais consequências dos altos índices glicêmicos interferindo diretamente nas aferências e eferências da marcha, equilíbrio e propriocepção do
indivíduo, e vem se tornando uma das principais causas de amputações não traumáticas dos membros
inferiores em pacientes diabéticos (SBD, 2015; ALFIEIR et al., 2008; BARRILIE et al., 2013).
Objetivos
Verificar métodos e técnicas fisioterapêuticas utilizadas no tratamento de pacientes com Diabetes
Mellitus.
Delineamento
Revisão da literatura
1 [email protected]/ Fisioterapia/ Universidade de Sorocaba/ Sorocaba/ SP; 2 [email protected] / graduanda de Fisioterapia na
Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Professora Mestre da Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Professora Doutora da Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
Método
A estratégia de busca contemplou as bases de dados da Biblioteca Bireme e base de dados PEDro.
Os descritores utilizados para a busca de artigos foram: Fisioterapia, Diabetes Mellitus, Prevenção e
controle, Neuropatia Diabética. Foram incluídos estudos que comparassem intervenções fisioterapêuticas na Neuropatia Periférica e na Diabetes Mellitus, optando-se pelo acesso dos artigos na íntegra, do
tipo ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e metanálises, publicados no período 2005
a 2015, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Foram excluídos estudos com avaliações e/ou
protocolo para identificar o acometimento da neuropatia diabética em indivíduos portadores de DM, e
estudos duplicados nas pesquisas realizadas. Executou-se a leitura dos artigos, buscando catalogar as
principais ideias dos mesmos, bem como um relatório individual de acordo com a descrição de cada
estudo.
Resultado
Segundo Santos et al. (2008), Barros et al. (2012), Alvarenga et al. (2010), um treinamento proprioceptivo associado aos exercícios de mobilidade de tornozelo, geram melhoras no equilíbrio corporal,
na postura, sensibilidade plantar e na marcha de pacientes diabéticos.
Palazzin et al. (2012) mostra o efeito imediato de diminuição de glicemia após uma sessão de Drenagem Linfática Manual.
No estudo de Allet et al. (2010), Ulhoa et al. (2011), foi possível observar que um treino específico
para marcha, melhora o equilíbrio, velocidade de passada, força muscular de dorsiflexores e mobilidade articular de pacientes diabéticos.
Del Pozo et al. (2013) faz o uso da plataforma vibratória, contribuindo na diminuição de glicemia
imediata e auxilia na propriocepção plantar.
Sendo assim é importante a realização de mais estudos para efetivar os benefícios das técnicas
aplicadas.
Discussão
O cuidado com DM vem sofrendo transformações, devido ao impacto social e econômico que ela
gera para a sociedade (VARGAS et al. 2014). No geral, o DM é assintomático nos estágios iniciais e
muitas vezes o diagnóstico é obtido a partir das manifestações das suas complicações (MENDONÇA
et al. 2011). A maior parte da literatura abrange os exercícios físicos como o principal componente para
auxiliar no tratamento de DM, os benefícios oferecidos pela prática regular, auxiliam na diminuição
da glicemia no organismo, melhoram a força e o equilíbrio, estabelecem a propriocepção dos pés, evitando riscos de amputação não traumática. Tais benefícios têm sido demonstrados em vários estudos
(SBD, 2015; FID, 2015; AAD, 2015; SANTOS et al., 2008; ALVARENGA et al., 2010; PALLAZIN et al.,
2012). As técnicas abordadas nesta revisão demonstram que, fisiologicamente cada recurso fisioterapêutico é capaz de ativar um determinado sistema. O fortalecimento muscular, utilizado em exercícios
resistidos é capaz de melhorar o recrutamento muscular por meio das unidades motoras, o que facilita
a captação de glicose na periferia. A drenagem linfática, com os seus benefícios, auxilia o sistema
linfático, facilitando a permeabilidade capilar e a diminuição de glicose na excreção da urina. O treino
de equilíbrio e propriocepção utiliza o recrutamento do sistema vestibular e sensorial, o que facilita o
incremento da sensibilidade superficial e profunda da região dos pés. Promover melhora da saúde e
bem-estar são metas importantes da Fisioterapia quando aplicadas ao paciente diabético.
Conclusão
Os recursos encontrados nesta revisão apresentam praticidade, viabilidade e fácil aplicabilidade.
São excelentes alternativas para a manutenção da glicemia, estabilização da doença e prevenção de
neuropatias periféricas. São necessários maiores estudos na área para determinar com fidedignidade a
intensidade, frequência e tipos específicos de exercícios para a população diabética.
223
Agradecimento
As nossas orientadoras sem elas nada disso seria possível.
CEF e GICP - Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados; AAC - Redação do artigo
ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; CDAR - Aprovação final da versão a ser publicada.
Essas três condições devem ser integralmente atendidas.
Referências
ALFIERI, F. M. Distribuição da pressão plantar em idosos após intervenção proprioceptiva, Rev Bras
Cineantropom Desempenho Hum. 2008
ALLET, S. A. L. et. al. The gait and balance of patients with diabetes can be improved: a randomised
controlled trial. Diabetologia, v. 53, p. 458-466, 2010.
ALVARENGA, P. P.; PEREIRA, D. S.; ANJOS, D. M. C. Mobilidade funcional e função executiva em
idosos diabéticos e não diabéticos. Rev Bras Fisioter, v. 14, n. 6, p. 491-496, nov./dez. 2010.
BARRILE, S. R.; RIBEIRO, A. A.; COSTA, A. P. R. da; VIANA, A. A.; DE CONTI, M. H. S.; MARTINELLI,
B. Comprometimento sensório-motor dos membros inferiores em diabéticos do tipo 2. Fisioter Mov,
Curitiba, v. 26, n. 3, p. 537-548, jul./set. 2013.
BARROS, M. F. A.; MENDES, J. C.; NASCIMENTO, J. A.; CARVALHO, A. G. C., Impacto de intervenção fisioterapêutica na prevenção do pé diabético. Fisioter Mov, Curitiba, v. 25, n. 4, p. 747-757, out./
dez. 2012.
DEL POZO-CRUZ, A.-R. R. M. B.; DEL POZO-CRUZ, S. B. J.; ROGERS, M. E. Effects of a 12-wk whole
body vibration based intervention to improve type 2 diabetes. Matutitas, n. 77, p. 52-58, 2014.
MENDONÇA S. S.; MORAIS, J. S. A. MCGG. Fisioter Mov, Curitiba, v. 24, n. 2, p. 285-298, abr./jun. 2011.
OLIVEIRA, J. E.; VENCIO, S. (Orgs.). Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2014-2015. São Paulo: AC Farmacêutica, 2015.
PALAZZIN, E. P.; KIKUCHI, N. H.; SCHITTLER, R. F.; RUARO, J. A.; FRÉZ, A. R. M. Efeito da drenagem
linfática manual sobre a glicemia e a glicose urinária em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1:
estudo preliminar. Sci Med, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 97-101, 2012.
SANTOS, A. A.; BERTATO, F. T.; MONTEBELO, M. I. L.; GUIRRO, E. C. O. Efeito do treinamento proprioceptivo em mulheres diabéticas. Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 12, n. 3, p. 183-7, mai./jun. 2008.
ULHOA, L. S. et al. Mobilidade articular de idosos diabéticos e não diabéticos e influência da fisioterapia. Fisioter Mov, Curitiba, v. 24, n. 1, p. 99-106, jan./mar. 2011.
VARGAS, L. S.; LARA, M. V. S.; MELLO-CARPES, P. B. Influência da diabetes e da participação em grupos de terceira idade na cognição. Rev Bras Geriatr Gerontol, Rio de Janeiro, 2014.
224
NÍVEL DE CONHECIMENTO E FONTE DE ORIENTAÇÃO SOBRE SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR
PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO DE DUAS ACADEMIAS DE BOITUVA-SP
Amanda Lie Kajihara1, Márcia Sabadin Mendes de Souza2, Luciane Lopes
Sant’Ana3
•
•
•
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Avaliar o nível de conhecimento e a fonte de orientação sobre
suplementos alimentares dos praticantes de musculação de duas academias do município de Boituva – SP, com idades entre 20 a 35 anos, consumidores de suplementos
alimentares.
Antecedentes: Os suplementos alimentares estão cada vez mais consumidos pelos
praticantes de musculação, principalmente com o objetivo de aumentar o desempenho
físico e acelerar os resultados estéticos, apesar desse público não apresentar, necessariamente, alguma deficiência alimentar/nutricional. Porém, há falta de orientação correta para os usuários, o que pode ser potencialmente prejudicial à saúde dos mesmos.
O que esta pesquisa acrescenta: A falta de estudos suficientes e conclusivos sobre o
consumo de suplementos nutricionais por praticantes de atividade física deve-se não
só ao fato de ser este um assunto recente, mas também ao constante aparecimento de
novos produtos no mercado. Maiores esclarecimentos a sobre seus efeitos são necessários para evitar problemas de saúde na população estudada, uma vez que o consumo
desse tipo de produto é significante entre atletas e esportista.
Limitações e pontos fortes: A partir dos dados coletados pode-se avaliar o nível de conhecimento que os mesmos têm sobre os suplementos alimentares, além de incentivar
a realização de mais pesquisas sobre o uso correto dos suplementos, suas consequências e seus efeitos pelo uso prolongado no organismo para garantir maior segurança
aos seus consumidores.
Palavras-chave: Suplemento alimentar. Nutrição. Esporte.
Introdução
A idealização do “corpo perfeito”, do ponto de vista alimentar, fez aumentar o consumo de suplementos alimentares, que foram criados para complementar a alimentação de pessoas que não
conseguiam atingir as necessidades nutricionais apenas com os alimentos (ALBUQUERQUE, 2012).
Contudo, estão amplamente difundidos entre os praticantes de musculação, apesar desse público não
apresentar, necessariamente, alguma deficiência alimentar/nutricional (MAIOLI, 2012). Muitos destes
suplementos são potencialmente prejudiciais à saúde sem orientação de profissional com formação
específica adequada (MARCHIORO; BENETTI, 2015). Em virtude da prevalência no uso de suplementos alimentares entre praticantes de musculação, o presente estudo teve por objetivo avaliar o nível de
conhecimento que os mesmos têm sobre os suplementos alimentares.
1 [email protected]/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba /
SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
225
Objetivos
Conhecer o nível de conhecimento de praticantes de musculação e a fonte de orientação sobre
suplementos alimentares.
Delineamento
Método
Este estudo caracterizou-se como descritivo, utilizando-se de um questionário estruturado com
oito perguntas de múltipla escolha, podendo ser em algumas assinaladas mais de uma alternativa,
tendo como base o questionário feito por Domingues e Marins (2007). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética de pesquisa em seres humanos da Universidade de Sorocaba por meio do
número do parecer 562.211. A amostra foi composta por 30 praticantes de musculação de duas academias, usuários de suplementos alimentares, de ambos os sexos, com idade entre 20 a 35 anos. Os dados
coletados foram analisados estatisticamente, de forma gráfica percentual, pelo programa Microsoft
Office 2010 – Excel.
Resultado
Em relação à fonte de orientação sobre a utilização dos suplementos alimentares, 60% dos pesquisados afirmaram que foram orientados por instrutores das academias (Figura 1). Analisando de modo
geral o nível de conhecimento sobre suplementos alimentares por praticantes de musculação do município de Boituva-SP, pode-se verificar que é baixo, sendo que 67% dos participantes não conseguiram
responder corretamente as questões. Apenas 33% dos participantes da pesquisa mostraram ter real
conhecimento sobre os assuntos questionados (Figura 2).
Figura 1
226
Figura 2
Discussão
Grandes partes dos entrevistados eram do sexo masculino, com idade entre 20 a 25 três anos. Esses
fatores podem contribuir para o baixo nível de conhecimento sobre suplementos pode ser resultado
pelo uma vez que a faixa etária abrange um grupo que, possivelmente, procura por resultados rápidos
sem se preocupar com as consequências negativas. Em estudo realizado por Domingues e Marins
(2007) foi verificado que os praticantes de musculação que faziam uso de suplementos alimentares em
Belo Horizonte-MG, também tinham pouco conhecimento sobre estes produtos, e o perfil dos consumidores se assemelha ao presente estudo. Em relação às fontes de orientações alguns estudos vão de
encontro com o resultado obtido (SILVA; MARINS, 2013; MAIOLI, 2012; SOUZA; CENI, 2014; MARCHIORO; BENETTI, 2015). Enquanto nos estudos de Abuquerque (2012) e Moreira, Navarro e Navarro
(2014) o nutricionista aparece como maior fonte de orientação. Os praticantes de musculação, de modo
geral, se preocupam em aliar treino e alimentação corretos para alcançar seus objetivos, porém o baixo
nível de conhecimento verificado pode mostrar que, possivelmente, na maioria dos casos os consumidores desses produtos estão mais preocupados com os resultados estéticos que eles promovem que
sobre efeitos (benéficos e maléficos) que produzem em seus organismos. Por serem complementos da
alimentação, muitas vezes acreditam que não são prejudiciais a saúde, porém a suplementação sem
orientação pode causar um desequilíbrio fisiológico, toxicidade ao organismo e ocasionar danos sérios
e irreversíveis, por isso é importante ter o acompanhamento de um profissional habilitado, que saiba a
composição e a finalidade de cada produto.
Conclusão
Por meio do presente estudo, pode-se concluir que o nível de conhecimento dos praticantes de
musculação sobre suplementação é baixo, sendo que a utilização dos mesmos geralmente ocorre de
modo indiscriminado, muitas vezes por influência dos instrutores das academias. Em virtude da prevalência no uso de suplementos alimentares entre praticantes de musculação e seu baixo nível de conhecimento, a comercialização dos suplementos deve ser mais restrita e regulamentada, assim como,
estudos mais extensos devem ser realizados sobre o uso corretos de suplementos e seus efeitos pelo
uso a longo prazo no organismo para garantir maior segurança aos seus consumidores.
Agradecimento
Agradeço aos meus pais, Miriam e Masahiro. Agradeço aos donos das academias Flex Center e Bio
Gym Fit Temple, Tiago e William, que gentilmente abriram as portas de seus estabelecimentos para
que eu pudesse aplicar a minha pesquisa.
227
ALK: Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados; redação do artigo ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual. MSMS: Aprovação final da versão a ser publicada. LLS: Aprovação final da versão a ser publicada.
Referências
ALBUQUERQUE, M. M. Avaliação do consumo de suplementos alimentares nas academias de
Guará-DF. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 6, n. 32, p. 112-117, mar./abr. 2012.
DOMINGUES, S. F.; MARINS, João C. B. Utilização de recursos ergogênicos e suplementos alimentares por praticantes de musculação em Belo Horizonte – MG. Fit Perf J, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, p.
218-226, jul./ago. 2007. Disponível em: <http://www.fpjournal.org.br/painel/arquivos/16-art1-en.pdf>
Acesso em: 26 ago. 2015.
MAIOLI, H. N. Avaliação do consumo de suplementos por mulheres praticantes de atividade física
em uma academia na cidade de Taguatinga-DF. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 6, n. 32, p. 118-125, mar./abr. 2012.
MARCHIORO, E. M.; BENETTI, F. B. Consumo de suplementos nutricionais por praticantes de musculação em academias do município de Tenente Portelas-RS. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 9, n. 49, p.40-52, jan./fev. 2015.
MOREIRIA, N. M.; NAVARRO, A. C.; NAVARRO, F. Consumo de suplementos alimentares em academias de Cachoeiro de Itapemirim-ES. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 8, n.
48, p. 363-372, nov./dez. 2014.
SILVA, A. A.; MARINS, J. C. B. Consumo e nível de conhecimento sobre recursos ergogênicos nutricionais em atletas. Biosci. J., Uberlândia, v. 29, n. 4, p. 1038-1048, jul./ago. 2013.
SOUZA, R.; CENI, G. C. Uso de suplementos alimentares e autopercepção corporal de praticantes de
musculação em academias de Palmeira das Missões-RS. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva,
São Paulo, v. 8, n. 43, p. 20-29, jan./fev. 2014.
228
PERFIL DOS CONSUMIDORES DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES DE DUAS ACADEMIAS DE BOITUVA – SP
Amanda Lie Kajihara1, Márcia Sabadin Mendes de Souza2, Luciane Lopes
Sant’Ana3
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Identificar o perfil dos consumidores de suplementos alimentares praticantes de musculação em duas academias do município de Boituva – SP.
Antecedentes: Os suplementos alimentares estão cada vez mais consumidos pelos
praticantes de musculação, principalmente com o objetivo de acelerar os resultados
esperados para se encaixar no padrão de beleza estipulado pela sociedade contemporânea. Os suplementos alimentares parecem ser mais consumidos por indivíduos jovens
do sexo masculino, o presente estudo teve como objetivo confirmar essa hipótese, e
obter mais dados sobre as características que compõe o perfil deste consumidor.
O que esta pesquisa acrescenta: A falta de estudos suficientes e conclusivos sobre o
consumo de suplementos nutricionais por praticantes de atividade física deve-se não
só ao fato de ser este um assunto recente, mas também ao constante aparecimento de
novos produtos no mercado. Maiores esclarecimentos a sobre seus efeitos são necessários para evitar problemas de saúde na população estudada, uma vez que o consumo
desse tipo de produto é significante entre atletas e esportista.
Limitações e pontos fortes: A partir dos dados coletados pode-se caracterizar o perfil
dos consumidores de suplementos praticantes de musculação. Para tal resultado foi
analisado gênero, faixa etária, nível de escolaridade, renda, tempo que pratica musculação de maneira regular, quantas vezes por semana pratica musculação e a quantidade
de suplementos consumia. O resultado da faixa etária obtido ficou limitado pelos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, onde apenas indivíduos com
idade entre 20 a 35 anos poderiam participar da pesquisa.
Palavras-chave: Suplemento alimentar. Nutrição. Esporte.
Introdução
Os suplementos alimentares foram criados para complementar a alimentação de pessoas que não
conseguiam atingir as necessidades nutricionais apenas com os alimentos (ALBUQUERQUE, 2012).
Contudo, estão amplamente difundidos entre os praticantes de musculação, apesar desse público não
apresentar, necessariamente, alguma deficiência nutricional (MAIOLI, 2012). A crescente divulgação
pela mídia de diferentes suplementos e seus efeitos benéficos sobre a saúde tem influenciado o aumento da demanda destes produtos (SOUZA; CENI, 2014). Em virtude da prevalência no uso de suplementos alimentares entre praticantes de musculação, o presente estudo teve por objetivo identificar o
perfil dos consumidores de suplementos alimentares praticantes de musculação em duas academias
do município de Boituva–SP.
Objetivos
Conhecer o perfil dos praticantes de musculação usuários de suplementos alimentares em duas
academias no município de Boituva-SP.
1 [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba /
SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
229
Delineamento
Estudo observacional utilizando prontuários, base com dados de ser humano, entrevistas, aplicação de questionários, observação de comportamento, etc.
Método
Este estudo caracterizou-se como descritivo, utilizando-se de um questionário estruturado com
quatro perguntas de múltipla escolha, tendo como base o questionário feito por Domingues e Marins
(2007). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa em seres humanos da Universidade de Sorocaba através do protocolo nº 562.211. A amostra foi composta por 30 praticantes de
musculação de duas academias, usuários de suplementos alimentares, de ambos os sexos, com idade
entre 20 a 35 anos. Os dados coletados foram analisados estatisticamente, de forma gráfica percentual,
utilizando o programa Microsoft Office 2010 – Excel.
Resultado
Pode-se observar, na Tabela 1, que mais de 96 % eram do sexo masculino, com idade entre 20 e 25
anos (50 %), ensino médio completo (73 %) e renda de1 a 2 salários mínimos ao mês (60%). Os participantes praticavam musculação há mais de 3 anos e frequentavam 6 vezes por semana a academia
(46,67 %). Em relação ao consumo de suplementos, pode-se verificar que 33,33 % consomem dois tipos
de suplementos simultaneamente (Tabela 2).
Tabela 1 – Características dos praticantes de musculação usuários de suplementos alimentares de
duas academias de musculação de Boituva-SP
Características
n
%
Sexo
Feminino
Masculino
Total
1
29
30
3,33%
96,67%
100%
Faixa etária
20 a 25
26 a 30
Acima de 30
Total
18
9
3
30
60%
30%
10%
100%
Escolaridade
Fundamental Completo
Médio Completo
Superior Completo
Superior Incompleto
Total
2
22
2
4
30
6,67%
73,33%
6,67%
13,33%
100%
Renda
18
01 a 02 salários mínimos
03 a 04 salários mínimos
9
05 ou mais salários mínimos 1
2
Até 01 salário mínimo
Total
30
Fonte: Elaboração própria
230
60%
30%
3,33%
6,67%
100%
Tabela 2 – Rotina de treino e variedade de suplementos consumidos dos praticantes de musculação
usuários de suplementos alimentares de duas academias de Boituva-SP
Discussão
n
%
Tempo que pratica
musculação de forma regular
3-6 meses
6-9 meses
9-12 meses
1-3 anos
Mais de 3 anos
Total
5
3
1
7
14
30
16,67%
10%
3,33%
23,33%
46,67%
100%
Frequência por semana
3 vezes
4 vezes
5 vezes
6 vezes
7 vezes
Total
2
1
12
14
1
30
6,67%
3,33%
40%
46,67%
3,33%
100%
9
10
5
2
1
3
30
30%
33,33%
16,67%
6,67%
3,33%
10%
100%
Variedade de suplementos 1
utilizados
2
3
4
5
Mais de 5
Total
Fonte: Elaboração própria
Da amostra analisada, mais que 96 % eram do sexo masculino, indo de encontro com resultados
semelhantes apontados em alguns estudos (ADAM et al., 2013; FAYAH et al., 2013; SILVA; MARINS,
2013; SOUZA; CENI, 2014). A idade predominante foi entre 20 e 25 anos (60 %), resultados semelhantes
podem ser verificados nas pesquisas realizadas por Albuquerque (2012), Souza e Ceni (2014) e Silva
e Marins (2013). A predominância do consumo de suplementos por esse grupo deve-se ao fato de ser
um público jovem, que se preocupa com o padrão de beleza ditado pelo meio em que vive e busca por
resultados mais rápidos.
Pode-se verificar que cerca de 73 % dos participantes tinham o ensino médio completo. Esse resultado
é contraditório com estudos realizados por Brito e Liberali (2012), Fayah et al. (2013), Moreiria, Navarro e
Navarro (2014); Peçanha, Navarro e Maia (2015) que mostraram em suas pesquisas que o nível de escolaridade dos consumidores de suplementos alimentares era alto, tendo como predominância o nível superior.
Analisando a renda dos participantes da pesquisa, foi verificado que 60 % possuíam renda de 1 a 2
salários mínimos ao mês. Em estudo de Maioli (2012), a predominância da renda também foi de 1 a 2
salários mínimos ao mês (32 %). O que é intrigante, uma vez que os preços dos suplementos alimentares geralmente são elevados, e os indivíduos com menor renda mensal são os principais consumidores.
Em relação ao tempo e rotina dos treinos pode-se observar que os participantes treinam assiduamente para poderem atingir seus objetivos, com pratica há mais de 3 anos e frequência de 6 vezes
semanal. Estudos mostraram que grande parte dos praticantes de musculação faziam essa modalidade
esportiva há mais de 1 ano (BRITO; LIBERALI, 2012; MOREIRIA; NAVARRO; NAVARRO, 2014; SOUZA; CENI, 2014; PEÇANHA; NAVARRO; NAVARRO, 2015). Em relação à frequência da prática de
musculação, Marchioro e Benetti (2015) e Silva e Marins (2013) observaram que a frequência semanal
do treino de musculação dos pesquisados era de 3 vezes semanais. Em estudo de Souza e Ceni (2014)
a frequência predominante de foi de 5 vezes semanais.
231
Em relação ao consumo dos suplementos, pode-se verificar que 33,33 % consomem dois tipos de
suplementos simultaneamente, indo de encontro com resultado obtido por Maioli (2012).
Conclusão
Pode-se concluir que os praticantes de musculação usuários de suplementos alimentares de duas
academias do município de Boituva–SP são do gênero masculino, com idade entre 20 a 25 anos, com
o ensino médio completo e renda mensal de 1 a 2 salários mínimos. Praticam musculação há mais de
3 anos, com frequência de 6 vezes semanal, e consomem dois tipos de suplementos simultaneamente.
Estudos mais extensos devem ser realizados sobre o uso corretos de suplementos e seus efeitos pelo
uso em longo prazo no organismo para garantir maior segurança aos seus consumidores.
Agradecimento
Agradeço aos meus pais, Miriam e Masahiro. Agradeço aos donos das academias Flex Center e Bio
Gym Fit Temple, Tiago e William, que gentilmente abriram as portas de seus estabelecimentos para
que eu pudesse aplicar a minha pesquisa.
ALK: Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados; redação do artigo e revisão crítica
relevante do conteúdo intelectual. MSMS: Aprovação final da versão a ser publicada. LLS: Aprovação
final da versão a ser publicada.
Referências
ADAM, B. O. et al. Conhecimento nutricional de praticantes de musculação de uma academia da cidade de São Paulo. Rev Bras Nutr Esportiva, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 24-36, mar. 2013.
ALBUQUERQUE, M. M. Avaliação do consumo de suplementos alimentares nas academias de GuaráDF. Rev Bras Nutr Esportiva, São Paulo, v. 6, n. 32, p. 112-117, mar./abr. 2012.
BRITO, D. S.; LIBERALI, R. Perfil do consumo de suplementos nutricionais por praticantes de exercício
físico nas academias da cidade de Vitória da Conquista-BA. Rev Bras Nutr Esportiva, São Paulo, v. 6,
n. 31, p. 66-75, jan./fev. 2012.
DOMINGUES, S. F.; MARINS, João C. B. Utilização de recursos ergogênicos e suplementos alimentares por praticantes de musculação em Belo Horizonte – MG. Fit Perf J, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, p.
218-226, jul./ago. 2007.
FAYAH, A. P. T. et al. Consumo de suplementos nutricionais por frequentadores de academias da cidade de Porto Alegre. Rev Bras. Cienc. Esporte, Florianópolis, v. 35, n. 1, p. 27-37, jan./mar. 2013.
MAIOLI, H. N. Avaliação do consumo de suplementos por mulheres praticantes de atividade física em
uma academia na cidade de Taguatinga-DF. Rev Bras Nutr Esportiva, São Paulo, v. 6, n. 32, p. 118-125,
mar./abr. 2012.
MARCHIORO, E. M.; BENETTI, F. B. Consumo de suplementos nutricionais por praticantes de musculação em academias do município de Tenente Portelas-RS. Rev Bras Nutr Esportiva, São Paulo, v.
9, n. 49, p. 40-52, jan./fev. 2015.
MOREIRIA, N. M.; NAVARRO, A. C.; NAVARRO, F. Consumo de suplementos alimentares em academias
de Cachoeiro de Itapemirim-ES Rev Bras Nutr Esportiva, São Paulo, v. 8, n. 48, p. 363-372, nov./dez. 2014.
PEÇANHA, M. A. C.; NAVARRO, F.; MAIA, T. N. O consumo de suplementos alimentares por atletas
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SOUZA, R.; CENI, G. C. Uso de suplementos alimentares e autopercepção corporal de praticantes de
musculação em academias de Palmeira das Missões-RS. Rev Bras Nutr Esportiva, São Paulo, v. 8, n.
43, p. 20-29, jan/fev. 2014.
232
ANÁLISE NUTRICIONAL DAS DIETAS DE REVISTAS
POPULARES
Ingrid Codo de Melo1, Maria Aparecida Lopes da Costa2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Verificar se os teores de macro e micronutrientes das dietas
publicadas em revistas populares estão de acordo com o recomendado para a alimentação saudável.
Antecedentes: Na literatura encontram-se diferentes estudos (LIMA et. al. 2010; SILVA; KIRSTEN, 2013; FARIA et. al. 2014) referentes às dietas de revistas populares, que
tem como intuito o emagrecimento, e já demonstraram a inadequação dos teores de
macro e micronutrientes e consequentemente agressões ao organismo.
O que esta pesquisa acrescenta: Os resultados obtidos no presente estudo confirmaram os já descritos por outros autores. Sendo importante destacar que a ingestão
continuada destas dietas ocasiona males a saúde do indivíduo. Visto que, os cardápios
em estudo apresentaram deficiência calórica, glicídica, de fibras, cálcio, sódio e ferro,
em contrapartida, apresentaram excesso de proteína e lipídeos.
Limitações e pontos fortes: Diante dos resultados apresentados, identificou-se a inadequação dos macro e micronutrientes nas dietas publicadas em revistas populares
que são de fácil acesso a população, demonstrando os danos que podem ser acarretados pela deficiência ou excesso dos mesmos. A limitação encontrada no presente estudo foi referente a ausência da pesquisa de campo para verificar a influência da mídia
em relação aos hábitos e escolhas alimentares em adolescentes.
Palavras-chave: Nutrição. Recomendações nutricionais. Dietas.
Introdução
A adolescência é o período marcado por mudanças que influenciam as condições psicológica e
emocional do adolescente, pois, estes se encontram em um período em que as preocupações com a
aparência é muito grande. E é justamente nesse momento que se observa a inadequação da dieta e
das influências nos hábitos alimentares (ALENCAR, 2010; ARAKI, 2010; DAVIM et al., 2012; DAMASCENO, 2010; GONÇALVES et al., 2013). Via de regra, esse é um grupo bastante influenciável sobre o
qual a publicidade exerce grande poder de controle. Portanto, observa-se que os adolescentes desejam
apresentar o corpo magro, e para atingir essa meta, adotam estratégias agressivas e recorrem a dietas
milagrosas, chegando inclusive a desenvolverem transtornos alimentares. Dentre os diferentes meios
de comunicação que incentivam a idealização do corpo magro, podem-se destacar as revistas populares que estampam modelos com corpos esbeltos, com apelos como “dieta já”, “mantenha-se magro
comendo de tudo”, aconselhando a ingestão de tais dietas (DAMASCENO et al., 2006; FONTES, 2009;
APETITO et al., 2010). No presente estudo será demonstrado a inadequação dos nutrientes nas dietas
publicadas em revistas populares, e os riscos ao estado nutricional do indivíduo.
Objetivos
Calcular as quantidades de calorias, macronutrientes, cálcio, ferro e sódio, de dietas publicadas em
revistas populares destinadas ao público feminino.
Delineamento
[email protected]/Nutrição / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
1
233
Método
Para se verificar a adequação de calorias, dos macronutrientes (proteínas, carboidratos, lipídeos e
fibras) e dos micronutrientes (cálcio, ferro e sódio), quatro revistas populares de mesmo título foram
analisadas, seguindo como critério de escolha, a presença de personalidades conhecidas e com grande
capacidade de influência em suas capas.
Para a análise quantitativa dos dados utilizou-se a versão 2010 do Microsoft Office Excel, considerando-se a composição centesimal descritos na Tabela Taco 4ª edição (2011) e no livro Tabela de
Composição de Alimentos (PHILIPPI, 2013).
Cada uma das dietas (dieta do pH, dieta menos 2 kg com shake no almoço, dieta anti-celulite e
dieta zero lactose) apresentavam mais de uma opção de cardápio para cada refeição, o que resultou na
soma das opções de refeições com o mesmo número.
Os valores encontrados foram comparados com a adequação para 2000 kcal, ou seja, o recomendado para a manutenção da saúde e da boa nutrição e para estabelecer a adequação recomendada
para os macro e micronutrientes, utilizou-se a Dietary Reference Intakes – DRIs (PADOVANI, 2006)
considerando-se a faixa etária entre 14 à 18 anos para o sexo feminino.
Resultado
Os resultados obtidos foram convertidos para porcentagem e em seguida, comparados aos valores
de adequação estabelecidos pelas DRIs. Os resultados do presente estudo estão demonstrados nas
Figuras 1, 2, 3 e 4.
Figura 1
Discussão
Verificou-se que nas Figuras 1, 2, 3 e 4, os teores de calorias, cálcio e sódio mencionados estavam abaixo
da recomendação preconizada pela DRIs. Por consequência, dietas com restrição calórica severa representam riscos à saúde, pois ocasionam a redução de peso com perdas de massa muscular e pouca perda de
gordura. Já, a ingestão inadequada de cálcio, é preocupante, pois, esse mineral, principalmente nas mulheres, é essencial para prevenção de osteoporose e redução do risco de fraturas. Já o sódio, é necessário para
a manutenção no equilíbrio hídrico no interior do organismo e para a transmissão dos impulsos nervosos
(KLACK; CARVALHO, 2008; ESTEVES; RODRIGUES; PAULINO, 2010).
234
Figura 2
Figura 3
O ferro analisado nos cardápios foi encontrado abaixo do recomendado. Para Carvalho e Faicari
(2014), é necessário que as mulheres em idade fértil apresentem níveis adequados na reserva de ferro,
pois no período gestacional a anemia prejudica tanto a mulher quanto a criança. Também se verificou
que as revistas em estudo sugeriram dietas hiperproteicas e hiperlipídicas. Na literatura os percentuais elevados de ambos macronutrientes, se devem ao fato do elevado consumo de carnes, sendo fator
de risco, pelo aumento do colesterol total, consequentemente, favorecendo a ocorrência de aterosclerose e doenças cardiovasculares (RIBEIRO; SHINTAKU, 2004; LIMA et al., 2010). As análises realizadas referentes aos teores de carboidratos indicavam dietas hipoglicídicas, porém a baixa ingestão de
carboidratos pode acarretar em sintomas como constipação, dor de cabeça, hálito cetônico, diarreia e
fraqueza geral (BETONI; ZANARDO; CENI, 2010).
235
Figura 4
Para a baixa ingestão de fibras nas dietas em estudo, Macedo, Schmourlo e Viana (2012) mencionaram os efeitos benéficos na ingestão de fibras para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, de distúrbios metabólicos e a regulação dos distúrbios do trato gastrointestinal.
Conclusão
As dietas publicadas em revistas populares, não são dietas saudáveis para o emagrecimento, pois,
são inadequadas quanto aos teores de macro e micronutrientes, podendo comprometer o estado nutricional do indivíduo, além de não levarem em consideração as necessidades nutricionais individualizadas.
ICM: 1. Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados; 2. Redação do artigo ou revisão
crítica relevante do conteúdo intelectual. MALC: 3. Aprovação final da versão a ser publicada.
Referências
ALENCAR, C. G. V. Por que me comporto assim? Transformações cerebrais na adolescência. Revista
Eletrônica Teses e Dissertações, v. 1, n. 3, p. 2010.
APETITO, L. et. al. Prática de dietas de emagrecimento por escolares adolescentes. J Health Sci Inst,
v. 28, n. 4, p. 329-333, 2010.
ARAKI, E. L. Refeições em família e sua relação com consumo alimentar e estado nutricional de
adolescentes. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2010.
BETONI, F.; ZANARDO, V. P. S.; CENI, G. C. Avaliação de utilização de dietas da moda por pacientes
de um ambulatório de especialidades em nutrição e suas implicações no metabolismo. ConScientiae
Saúde, v. 3, p. 430-440, 2010.
DAMASCENO, M. L. Transtornos alimentares: consequências da busca do corpo magro e desempenho
esportivo. Rev Hórus, v. 4, n. 1, p. 254-271, 2010.
DAMASCENO, V. O. et. al. Imagem corporal e corpo ideal. Rev Bras Cienc Mov, v. 14, n. 1, p. 87-96,
2006.
DAVIM, R. M. B. et. al. Adolescente/adolescência: revisão teórica sobre uma fase crítica da vida. Rev
Rene, v. 10, n. 2, p. 131-140, 2012.
236
ESTEVES, E. A.; RODRIGUES, C. A. A.; PAULINO, E. J. Ingestão dietética de cálcio e adiposidade em
mulheres adultas. Rev Nutr, v. 23, n. 4, p. 543-552, 2010.
FARIA, D. P. B. et al. Análise qualitativa e quantitativa de dietas publicadas em Revistas não científicas
destinadas ao público feminino adulto. Nutr Pauta, v. 4, n. 19, p. 5-10, 2014.
FONTES, M. Uma leitura do culto contemporâneo ao corpo. Contemporanea: Revista de Comunicação e Cultura, v. 4, n. 1, p. 117-136, 2009.
GONÇALVES, J. A. et al. Transtornos alimentares na infância e na adolescência. Rev Paul Pediatr, v.
31, n. 1, p. 96-103, 2013.
KLACK, K.; CARVALHO, J. F. A importância da intervenção nutricional na redução do peso corpóreo
em pacientes com síndrome do anticorpo antifosfolípide. Rev Bras Reumatol, v. 48, n. 3, p. 134-140,
2008.
LIMA, K. V. G. et. al. Valor nutricional de dietas veiculadas em revistas não científicas. Ver Bras Promoç Saúde, v. 23, n. 4, p. 349-357, 2010.
PADOVANI, R. M. et. al. Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais.
Rev Nutr, v. 19, n. 6, p. 741-760, 2006.
PHILIPPI, S. T. Tabela de composição de alimentos. 4. ed. Barueri, SP: Manole, 2013.
RIBEIRO, K. C.; SHINTAKU, R. C. O. A influência dos lipídios da dieta sobre a aterosclerose. ConScientiae Saúde, v. 3, p. 73-83, 2004.
SILVA, C. S. M; KIRSTEN, V. R. Avaliação da adequação de dietas publicadas por revistas não científicas. Discip Sci, v. 15, n. 1, p. 101-112, 2014.
TABELA Brasileira de Composição de Alimentos – TACO. 4. ed. Campinas: UNICAMP/NEPA, 2011.
237
ANTIBIOTICOTERAPIA EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA NEONATAL
Nayara Silva Nazareno1, Sheilla Siedler Tavares2
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Qual o perfil de antibioticoterapia usado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal?
Antecedentes: Existem estudos que abordam o uso da antibioticoterapia em Unidade
de Terapia Intensiva neonatal. Chaves et al.(2012) afirma que na assistência neonatal,
os recém-nascidos frequentemente fazem uso de antimicrobianos, pois, além de mais
suscetíveis às infecções, são comumente submetidos a procedimentos invasivos durante a internação1. Sameer e Saiman (2012), diz que o uso criterioso de antibióticos
é um meio importante para limitar o surgimento de organismos resistentes aos antibióticos. Porém, muitas vezes não existem diretrizes específicas sobre o manejo de
antibióticos em recém-nascidos internados em terapia intensiva 2.
O que esta pesquisa acrescenta: Esse estudo faz o levantamento de quais são os antibióticos mais utilizados na Unidade de Terapia Intensiva neonatal no ano de 2012 em
hospitais públicos e privados, traçando seus perfis.
Limitações e pontos fortes: Esse estudo teve como ponto forte a resposta satisfatória
à pergunta da pesquisa, porém achou-se dificuldade em correlacionar os perfis dos
antibióticos encontrados com o instrumento que tem como objetivo auxiliar a prática
do preparo e administração dos mesmos.
Palavras-chave: Antibioticoterapia. Cuidados de enfermagem. Sistemas de medicação. Unidade de terapia intensiva neonatal.
Introdução
Quando um recém-nascido é prematuramente, seu desenvolvimento é interrompido o que pode
ser correlacionado com a morbidade e a mortalidade no período neonatal, pois os recém-nascidos
tornam-se vulneráveis e, muitas vezes, são levados a serem tratados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), onde frequentemente faz-se uso de antimicrobianos3. A antibióticoterapia é
altamente utilizada nas UTIN para prevenção de infecções que constantemente afetam essa clientela
de tamanha peculiaridade.
Objetivos
Caracterizar os perfis epidemiológico e da antibioticoterapia na Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal, caracterizar a sua clientela, identificar os antibióticos mais utilizados na unidade, e a partir
desses dados elaborar um instrumento que auxilie o preparo e administração desses medicamentos.
Delineamento
Método
Trata-se de um estudo retrospectivo e documental de análise de prontuários de 59 pacientes de
[email protected] / Enfermagem/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; 2 [email protected] / Docente do curso de Enfermagem da Uniso / Sorocaba / SP
1
238
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de dois hospitais público e privado, onde foram incluídos pacientes admitidos no ano de 2012 e que possuíam em seus prontuários dados da internação como
tempo, alta ou óbito, diagnósticos, e os antibióticos utilizados no período.
Resultado
Houve maior prevalência de neonatos prematuros n=45 (76,3 %), sexo masculino n=30 (50,8%), caucasianos n=43 (72,9 %), nascidos por parto cesárea n=45 (76,3 %), e muito baixo peso ao nascer (MBP)
n=21 (35,6 %). Os antibióticos mais utilizados foram ampicilina n=56 (95 %), seguida da amicacina n=43
(72,9 %) e gentamicina n=19 (32,2 %). O tempo médio de utilização dos antibióticos foi de 7,7±2,1 dias.
Os diagnósticos mais recorrentes são icterícia neonatal n=49 (83 %), desconforto respiratório n=46 (78
%), prematuridade n= 45 (76,3 %), e depressão neonatal n=33 (56 %).
Tabela 1 – Características clínicas dos neonatos incluídos no estudo internados na UTIN, Sorocaba,
São Paulo, Brasil, 2012
Características
N (59)
Sexo
Feminino
Masculino
Raça
Caucasiano
Negro/Mulato/Pardo
Não definida
Comobidades
Nenhuma
1
Tipo de parto
Cesárea
Fórceps
Normal
Peso ao nascer
*BP
**MBP
***EBP
peso dentro do padrão de normalidade
****RN pré-termo
*****TN a termo
Apgar
Até 3 no 1º minuto
<3 no 1º minuto
Até 7 no 5º minuto
<7 no 5º minuto
10 no 10º minuto
<10 no 10º minuto
Convênio
SUS
Particular
%
29
30
49,2
50,8
43
5
11
72,9
8,5
18,6
53
6
89,8
10,2
45
1
13
76,3
1,7
22
19
21
3
16
45
14
32,2
35,6
5,1
27,1
76,3
23,7
19
40
28
31
0
8
32,2
67,8
47,5
52,5
0
13,5
40
19
67,8
32,2
Fonte: Elaboração própria. Dados dos hospitais público e pricado. *BP – Baixo peso (<2500g ao nascer). **MBP – Muito baixo peso (<1500g ao nascer). ***EBP – Extremo baixo peso (<1000g ao nascer).
**** RN Pré-termo – Recém-nascido com idade gestacional < 37 semanas. ***** RN a termo – Recémnascido com idade gestacional de 37 a 42 semanas.
239
Tabela 2 – Uso de antibióticos em RN na UTIN, Sorocaba, São Paulo, Brasil, 2012
Antibiótico
%
N (59)
2 antibióticos
3 antibióticos
4 ou mais antibióticos
25
11
23
42,4
18,6
39
Amicacina
Ampicilina
Calepina
Cefolaxima
Cefazidima
Gentamicina
Meropenem
Metronidazol
Oxacilina
Penicilina G benzatina
Piperacilina
Vancomicina
43
56
3
8
12
19
16
4
14
5
13
14
72,9
95
5,1
13,5
20,3
32,2
27,1
6,8
23,7
8,5
22
23,7
Discussão
Pode-se correlacionar os antibióticos encontrados nesse estudo com os apontados na literatura
pesquisada4, assim como os perfis epidemiológicos dessa população se equipara a outros estudos
onde se observou as características do recém-nascido ao nascer como peso, apgar, e diagnósticos5.
Com relação à administração e preparo dos antibióticos, observou-se em literatura que existe um
grande numero de dúvidas que poderiam ser sanadas através de instrumentos que auxiliassem essa
prática6.
Tabela 3 – Tempo médio de utilização dos antibióticos pelos RN na UTIN, Sorocaba, São Paulo, Brasil
Antibióticos
Tempo médio de utilização (em dias)
Amicacina
9,5 ± 3,6
7,5 ± 3,5
Ampicilina
Calepina
3,6 ± 3
Cefolaxima
10 ± 5,9
Cefazidima
6,3 ± 4,4
6,6 ± 3,9
Gentamicina
18,2 ± 15,5
Meropenem
Metronidazol
10,5 ± 7,6
Oxacilina
6 ± 4,5
Penicilina G benzatina
9,6 ± 1,9
Piperacilina
7 ± 5,1
Vancomicina
15,7 ± 16,2
Média de utilização de antibióticos (em dias)
7,7 ± 2,1
Fonte: Elaboração própria. Dados dos hospitais público e privado.
Conclusão
Grande é a quantidade de antibióticos utilizados em neonatos internados em UTIN, porém, por
mais que isso traga posteriormente consequências à saúde do recém-nascido, é possível realizar uma
assistência com qualidade e segurança nesse contexto. As dúvidas quanto o preparo e administração
240
de medicação estão muito presentes na prática da equipe de enfermagem, portanto, é de extrema
importância que o profissional procure sempre estar atualizado, com o objetivo de garantir uma assistência de qualidade e a segurança do paciente.
Tabela 4 – principais desfechos dos neonatos na UTIN, Sorocaba, São Paulo, Brasil, 2012
Características
Tempo médio de internação em Hospital
3,2 23,9
Tempo médio de internação em UTI
23 22,7
Alta
50 (84,7%)
Mortalidade
9 (15,3%)
Fonte: Elaboração própria. Dados dos hospitais público e privado.
O autor e o coautor contribuíram para a concepção do projeto, análise e interpretação dos dados, a
redação do artigo, revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e para a aprovação final da versão
a ser publicada.
Referências
CHAVES, E. M. C. et al. Usos de antimicrobianos em uma unidade de terapia intensiva neonatal em
Fortaleza. Pediatr Mod, v. 4, n. 48, 2012.
DATASUS. Definições CID 10. Disponível em: http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/WebHelp/
definicoes.htm. Acesso em: 4 abr. 2015.
KAMADA, I.; ROCHA, S. M. M.; BARBEIRA, C. B. S. Internações em unidade de terapia intensiva neonatal no Brasil - 1998-2001. Rev Latino-Am Enfermagem, v. 4, n. 11, p. 436-443, 2003.
NUNES, J. A.; CUNHA, M. C. Relações entre diagnósticos do CID-10 e características do processo de
hospitalização de recém-nascidos em unidade de terapia intensiva neonatal. Distúrb Comun, v. 1, n.
26, p. 70-76, 2014.
QUEIROZ, K. C. B.; NASCIMENTO, M. F. S.; FERNANDES, V.; MIOTTO, F. A. Análise de interações
medicamentosas identificadas em prescrições da UTI neonatal da ICU-HGU. Cient Ciênc Biol Saúde,
v. 16, n. 3, p. 203-207, 2014.
SAMEER, J. P.; SAIMAN, L. Principles and strategies of antimicrobial stewardship in the neonatal
intensive care unit. Semin Perinatol, v. 6, n. 36, p. 431-436, 2012.
SILVA, D. O.; GROU, C. R.; MIASSO, A. I.; CASSIANI, S. H. B. Medication preparation and administration: analyseis of inquiries and information by the nursing team. Rev Latino-Am Enfermagem, v. 15,
n. 5, set./out. 2007.
241
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, CLÍNICO E TERAPÊUTICO DE PACIENTES COM QUEIMADURAS
ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE QUEIMADOS
DO CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA
Rosiane Cristina Pereira Fujimaki de Queiroz1, Rosilene Ferraz de Souza2,
Miriam Sanches do Nascimento Silveira3, Sheilla Siedler Tavares4, Débora
Gomes Barros Lisboa Terra5
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Qual o perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico dos pacientes desistentes do tratamento ambulatorial de queimados do Conjunto Hospitalar
de Sorocaba
Antecedentes: O tratamento de queimaduras é um processo doloroso desde o início e
muitas vezes traumatizante para o paciente, como também é um acidente que engloba
todo o psicológico, social e físico do paciente. Muitos evadem ao tratamento, por vários
motivos, desde a dor até as condições socioeconômicas que os impedem de continuar.
O que esta pesquisa acrescenta: Identificar o perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico dos pacientes que evadiram do tratamento de queimaduras em regime ambulatorial. Apesar de ser uma amostra pequena e em um local específico, já se tem o
resultado, que indica a necessidade de intervenção, nesse estudo está em reforçar a
importância da abordagem do paciente queimado desde a primeira consulta, explicando-lhe sobre o tratamento.
Limitações e pontos fortes: A importância de saber o perfil desses pacientes, o que
possuem em comum e as relações para não continuarem o tratamento ambulatorial,
para intervir e incentivar a continuidade do tratamento. Amostra pequena de pacientes, dificuldade de encontrá-los e de disponibilizarem tempo para a pesquisa.
Palavras-chave: Queimaduras. Pacientes desistentes do tratamento. Terapêutica.
Introdução
A queimadura é um trauma grave que acomete mais de 1.000.000 da população brasileira, caracterizando como segunda causa de morte mais freqüente (LACERDA et al., 2010). De acordo com
Faleiros et al. (2006) o SUS (Sistema Único de Saúde) é um sistema público de saúde, que foi criado
em 1988. Antes do SUS, os profissionais e serviços de saúde não contribuíam para melhora das condições dos pacientes queimados após a alta hospitalar (AZEVEDO et al., 1989). A OMS (Organização
Mundial de Saúde) é um órgão especializado das Nações Unidas e que tem como enfoco lidar com as
questões referentes à saúde global (FERREIRA et al., 2014). Atualmente, adequando-se ao conceito da
OMS, novas teorias no cuidado de enfermagem direcionam o tratamento (DAMASCENO; PAGLIUCA;
BARROSO, 2009). A importância da continuidade no tratamento do queimado, leva em consideração
a minimização de sequelas (FERNANDES, 2004). Busca-se neste estudo descrever as características,
identificando o perfil dos pacientes desistentes do tratamento ambulatorial do CHS.
1
[email protected] / Enfermagem/ Universidade de Sorocaba / SP; [email protected]/Uniso / Sorocaba / SP; 3miriam.silveira@prof.
uniso.br / Uniso / Sorocaba / SP; [email protected] / Uniso / Sorocaba / SP; [email protected] / Uniso / Sorocaba / SP
242
Objetivos
Este trabalho teve como objetivo identificar o perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico dos
pacientes desistentes do tratamento ambulatorial de queimados do Conjunto Hospitalar de Sorocaba.
Delineamento
Método
Exploratório, descritivo, transversal e quantitativo. Os pacientes foram localizados através do Serviço
de Arquivo Médico e Estatística (SAME) do (CHS) e após a localização destes, foi realizado contato telefônico para o agendamento de visita domiciliar. Foram inclusos no estudo os pacientes residentes no
município de Sorocaba, maiores de 18 anos, independente do gênero, que apresentaram queimaduras de
segundo grau, que iniciaram tratamento em regime ambulatorial e evadiram-se do tratamento no período
de novembro de 2013 a maio de 2014. Os pacientes que aceitaram ser voluntários deste estudo assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Por se tratar de levantamento de dados envolvendo
seres humanos, o mesmo foi submetido à apreciação e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Sorocaba (UNISO) regulamentada pelo CONEP sob o parecer nº 785.463, de acordo com o que
reza a portaria 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, respeitando as normas da Declaração de Helsinque.
O projeto também foi enviado à comissão de ensino e pesquisa (COEP) do CHS para autorização deste
protocolo em suas instalações, sendo aprovado em primeira instância.
Resultado
Dos 36 pacientes que evadiram do tratamento no ambulatório de queimados do CHS, no período
de novembro de 2013 a maio de 2014, 27 pacientes atenderam ao critério de inclusão, destes, 1 se recusou a participar da pesquisa, 10 não foram encontrados e 14 não puderam participar da pesquisa devido
a disponibilidade de horário.
Figura 1 – Fluxograma dos pacientes evasores do ambulatório de queimados do CHS no período de
novembro/2013 a maio/2014
243
A tabela 1 representa as características sóciodemográficas dos pacientes entrevistados. A idade
média foi de 37,5 ± 19,6 anos, gênero masculino (55,5 %), escolaridade ensino médio completo (44,4 %) e
renda de 1 ou mais salários mínimos na família (88,8 %).
Tabela 1 – Características sociodemográficas dos pacientes evasores do tratamento. Sorocaba, 2015.
Característica
Entrevistados (N=9) (100%)
Idade
Média ± dp*
37,5±19,6
Sexo
Feminino
Masculino
4(44,4%)
5(55,5%)
Estado Civil
Casado
Solteiro
7(77,7%)
2(22,2%)
Etnia
Branco
Negro/Pardo
7(77,7%)
2(22,2%)
Escolaridade
2(22,2%)
1(11,1)
2(22,2%)
4(44,4%)
4ª série Completa EF
EF ªCompleto
EM b Incompleto
EM Completo
Vínculo profissional
Sim, informal
Sim, formal
Não/Autônomo ou Aposentado
4(44,4%)
2(22,2%)
3(33,3%)
Renda ¥
1 à 2 salários mínimos
2 à 3 ou mais
Sem Renda/Desempregado
4(44,4%)
4(44,4%)
1(11,1%)
A tabela 2 mostra o perfil clínico dos pacientes entrevistados. A média de dias de tratamento foi
de 2 ±1,8. A maioria dos acidentes com queimadura aconteceu em ambiente domiciliar (66,6 %), por escaldo (88,8 %), sendo a mão a principal área atingida (44,4 %). A SCQ (Superfície Corpórea Queimada)
média foi de 2,28 ± 2,0.
A tabela 3 representa o perfil terapêutico dos pacientes entrevistados. O curativo mais utilizado pelos pacientes durante seu tratamento foi o de Hidrofibra de carboximetilcelulose e prata a 1,2 % (44,4 %)
e a situação atual da queimadura se caracteriza por manchas de tom róseo, castanho e marrom (66,6 %).
Discussão
Observou-se a predominância de queimaduras em adultos, do gênero masculino (55,5 %) e a idade
média foi de 37,5 ± 19,6. Este estudo assemelha-se a outro estudo sobre a epidemiologia de pacientes
internados no Centro de Tratamento de Queimados do CHS (GIMENES et. al. 2009).
244
Tabela 2 – Características clínicas dos pacientes desistentes do tratamento. Sorocaba, 2015.
Característica
Entrevistados (N=9) (100%)
Dias de Tratamento
Média ± dp*
2 ± 1,8
Local da Ocorrência
Residência
Trabalho
6 (66,6%)
3 (33,3%)
Agente Etiológico
Escaldo
Fogo
8 (88,8%)
1 (11,1%)
SCQ °
Média ± dp
2,28 ± 2,0
Local da queimadura @
Cabeça/pescoço
Braço
Mão
Coxa
Perna
Pé
1 (11,1%)
1 (11,1%)
4 (44,4%)
1 (11,1%)
3 (33,3%)
3 (33,3%)
Tabela 3 – Perfil terapêutico dos pacientes desistentes do tratamento. Sorocaba, 2015.
Tipo de curativo utilizado @
Prata Nanocristalina
Espuma siliconada e prata
Colagenase e Cloranfenicol
Sulfadiazina de Prata
Hidrofibra de carboximetilcelulose e prata a 1,2%
Penso impregnado com triglicérides e prata
2 (22,2%)
1 (11,1%)
3 (33,3%)
1(11,1%)
4(44,4%)
2 (22,2%)
Situação atual da queimadura
Hipertrofia
Outros *
Sem cicatriz
1 (11,1%)
6 (66,6%)
2 (22,2%)
Os acidentes de queimaduras ocorreram na residência (66,6 %). O agente etiológico escaldo sobressaiu em 88,8 % dos casos de queimaduras, semelhante a outros estudos realizados, agente etiológico associado a diversos produtos comumente utilizados no dia a dia das pessoas, principalmente para
preparo de alimentos (GIMENES et al., 2009; G. JÚNIOR et al., 2007).
A Hidrofibra de carboximetilcelulose e prata foram os curativos mais utilizados, e em queimaduras
de 2° grau, principalmente em mãos e antebraço, proporciona resultado positivo e uma epitelização
breve, minimizando sequelas funcionais (PROTO, 2012).
245
Conclusão
A conclusão do tratamento no ambulatório de queimados é crucial para uma boa progressão da
cicatriz da ferida. Desta forma, é importante que o profissional de saúde entenda todo o contexto no
qual o paciente em tratamento ambulatorial da queimadura vive e trace o plano terapêutico em conjunto com o paciente desde o primeiro dia da consulta, além de explicar-lhe os benefícios relacionados
à estética cicatricial ao finalizar o tratamento.
Agradecimento
Agradecemos à Eliane Catani Duarte e a Maria José Garcia, ambas colaboradoras do Conjunto
Hospitalar de Sorocaba, que com muita boa vontade dispuseram de seu tempo para nos auxiliarem
na coleta de dados para elaboração desse trabalho. A Dra. Érika Maria Galhasso que contribuiu com a
transcrição do resumo em inglês.
Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados, RCPFQ e RFS. Redação do artigo ou
revisão crítica relevante do conteúdo intelectual, RCPFQ, RFS e DGBLT. Aprovação final da versão a
ser publicada, DGBLT.
Referências
AZEVEDO, D. D. O. et al. Assistência de enfermagem ao cliente queimado no ambulatório e/ou no
domicílio após alta da unidade de internaçäo. Rev Bras Enferm, v. 42, n. 1/4, p. 60-67, 1989.
DAMASCENO, A. K. D. C.; PAGLIUCA, L. M. F.; BARROSO, M. G. T. Aplicação dos conceitos da teoria humanística numa unidade de queimados. 2009.
FALEIROS, V. P. et al. A construção do SUS: história da reforma sanitária e do processo participativo.
Ministério da Saúde, Brasília, n. 10, p. 35-36, 2006.
FERNANDES, N. Melhoria do cuidado ao paciente queimado: orientações para a elaboração de um
instrumento de avaliação. Escola Nacional de Sáude Pública Sergio Arouca, p. 100-125, 2004.
FERREIRA, C. F. et al. Organização Mundial da Saúde (OMS): Guia de estudos. Sinus, p. 1-6, 2014.
FERREIRA, E. et al. Curativo do paciente queimado: uma revisão de literatura. Rev Esc Enferm, São
Paulo, v. 37, n. 1, p. 44-51, 2003.
GIMENES G. A. et. al. Estudo epidemiológico de pacientes internados no Centro de Tratamento de
Queimados do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Rev Bras Queimaduras, v. 8, n.1, p.14-17, 2009.
G. JÚNIOR, J. B. et al. Tratamento de pacientes queimados internados em hospital geral. Revista da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, v. 22, n. 4, p. 228-232, 2007.
LACERDA, L. A. et al. Estudo epidemiológico da Unidade de Tratamento de Queimaduras da Universidade Federal de São Paulo. Rev Bras Queimaduras, n. 9, p. 82-88, 2010.
PROTO, R. S. et. al. Curativo de espuma e silicone suave: uma alternativa para o tratamento de queimaduras em mãos. Rev Bras Queimaduras, v. 11, p. 2, p. 100-102, 2012.
246
INCIDÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM
GESTANTES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
DE SOROCABA E A CARÊNCIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL
Roberta Fernanda Quintiliano Ribeiro1, Márcia Sabadin Mendes de Moraes
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: O nutricionista quando ausente no SUS e atendimento primário de gestantes, como é no município de Sorocaba-SP, pode acarretar possível aumento na incidência de sobrepeso e obesidade? E qual a incidência de obesidade e
sobrepeso em gestantes atendidas em uma Unidade Básica de Saúde do município?
Antecedentes: A obesidade já é considerada problema de saúde pública no mundo e
vem exigindo dos governos a implantação de várias medidas para sua prevenção. A
Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde vem tentando,
no âmbito coletivo, implementar ações para diminuição da prevalência da obesidade e
no âmbito individual, a abordagem à gestante obesa é complexa e deverá sempre considerar as dimensões biopsicossocias envolvidas. Todos os esforços devem ser feitos
no sentido de evitar o aumento excessivo de peso durante a gestação e suas possíveis
complicações. Diante disso, o profissional mais capacitado para diagnosticar e tratar
desses casos é o nutricionista.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo traz uma como benefícios o fato dos dados
servirem como base para enfatizar a importância do profissional nutricionista na assistência básica de saúde; as informações servirem como material de apoio epidemiológico e o fato de descrever o perfil social e nutricional das gestantes frequentadoras da
Unidade Básica de Saúde de Sorocaba - SP.
Limitações e pontos fortes: Como um dos pontos fortes do estudo pode-se citar o
número de amostra alto e portanto, representativa das gestantes que passaram por
atendimento pré-natal da UBS estudada; e a grande abrangência em caráter temporal
por abordar casos atendidos no período de 2012 a 2014. No quesito limitações, pode-se
citar a negligência por parte da equipe da UBS no preenchimento dos prontuários avaliados, em casos em que não havia informações básicas da gestante (como peso, altura
ou idade gestacional) o que tornava impossível utilizá-la como amostra.
Palavras-chave: Gestação. Sobrepeso. Obesidade. Nutricionista. SUS.
Introdução
O estado nutricional da gestante retrata uma dupla importância clínica e epidemiológica, devido reconhecida suscetibilidade biológica e que o feto é extremamente dependente do organismo materno para o seu crescimento e desenvolvimento (LIMA; SAMPAIO, 2004).
Nesse contexto, a assistência pré-natal deve propiciar o diagnóstico nutricional o mais rápido possível
e se necessário promover a recuperação nutricional, bem como garantir a manutenção ou ganho de
peso adequado (FRANCISQUETI et al., 2012). A constatação do insuficiente número de nutricionistas
nas Unidades Básicas de Saúde do município de Sorocaba/SP despertou o interesse em avaliar a incidência de complicações nutricionais como sobrepeso e obesidade em gestantes e salientar a importância do acompanhamento nutricional.
[email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Orientadora e Professora na Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
1 247
Objetivos
Quantificar os casos de gestantes (18 a 35 anos) com sobrepeso/obesidade que passaram pelo
atendimento pré-natal entre os anos de 2012 a 2014 em uma Unidade Básica de Sáude localizada no
município de Sorocaba-SP. Salientar a importância do profissional nutricionista no atendimento clínico na Atenção Primária do SUS.
Delineamento
Método
Depois da aprovação pelo Comitê de Ética n° 990.819, foram feitas 4 visitas na UBS para a coleta dos
dados, analisou-se prontuários de todas as gestantes atendidas entre 2012 e 2014 (n=319), e obteve-se amostra útil final de n=136. Foram coletados: idade e peso de inicio do pré-natal, peso na finalização do pré-natal,
altura, tabagismo, n° de gestações anteriores, patologias pré-existente à gravidez, estado civil e ocupação
profissional. Para a análise de ganho de peso foi adotada a classificação do estado nutricional da gestante
segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) por semana gestacional proposta por Atalah (1999).
Resultado
O número (n) de amostras variou para cada item em questão, devido alguns prontuários não estarem completamente preenchidos: 62%(n=136) das gestantes possuíam de 18 a 25 anos no início do
pré-natal; em 63,2%(n=136) dos casos o inicio do pré-natal foi entre a 5° e 8° semana de gestação e em
49,3%(n=136) eram primigestas e 11,8%(n=136) já haviam engravidado mais que 2 vezes. A incidência de
patologias pré-existentes à gestação foi de 47,28%(n=129). No item tabagismo 13,95%(n=129) apresentaram resposta positiva. Na análise de estado civil, 69,75%(n=115) encontravam em um relacionamento
estável ou casadas e quanto à ocupação, observou-se que 58,42%(n=89) exerciam alguma atividade
profissional. A avaliação do estado nutricional (Gráfico 1), com amostra n=117, exibe que no início do
pré-natal 63% das gestantes apresentavam algum desvio nutricional, sendo 47% destes desvios caracterizados pelo aumento do peso exacerbado. Já na fase final do pré-natal observa-se que 68% das
gestantes encontravam-se com peso inadequado, sendo 50% com sobrepeso ou obesidade. A média do
ganho de peso durante a gestação foi de 10,88 kg (s= 5,89), a média de peso de início do pré-natal foi de
66,16 kg (s= 15,80) e a média de peso no final do pré-natal 77,03 kg (s= 15,39).
Gráfico 1 – Evolução do IMC gestacional – segundo Atalah
248
Discussão
A literatura é consensual ao reconhecer a influência do estado nutricional materno no resultado
obstétrico, se no primeiro trimestre a gestante apresentar ganho ou perda de peso excessivo a monitoração do peso deve receber atenção especial quanto à nutrição, pois ela apresenta riscos de sofrer
desvio no seu estado nutricional e complicações no decorrer da gestação. Segundo o SISVAN (2004),
recomenda-se que as gestantes com baixo peso ganhem em torno de 15 Kg; as eutróficas, entre 10 e 12
Kg; e aquelas com sobrepeso e obesas, entre 6 e 7 Kg, durante todo o período gestacional. Seabra et al.
(2011) afirma que a obesidade no final da gravidez é fator de risco para o neonato GIG (grande para
a idade gestacional) e que essas crianças terão predisposição para o desenvolvimento de obesidade
infantil e síndrome metabólica na vida adulta. Nucci et al. (2001) em estudo sobre avaliação de ganho de peso na gestação em 6 capitais brasileiras, encontrou aproximadamente 25% das mulheres iniciando a gestação em situação de sobrepeso, com maior prevalência nas regiões mais ricas do Brasil.
O estudo realizado na Inglaterra por Heslehurst et al. (2007), demonstrou um aumento na prevalência
de obesidade de 9,9% em 1990 para 16% em 2004 e uma projeção da prevalência para 22% em 2010.
No presente estudo a prevalência de sobrepeso/obesidade (47% no inicio da gestação e 50% ao final)
confirma e enaltece essa projeção.
Conclusão
Tanto no início quanto no fim do pré-natal houve grande porcentagem de gestantes com sobrepeso e obesidade, salientando a importância da adesão ao pré-natal e o controle do adequado ganho de
peso. Ressalta a importância da inclusão do profissional nutricionista nas unidades de atendimento
primário, que até mesmo pode contribuir na diminuição os gastos do serviço público de saúde, que
hoje são investidos para tratar as complicações trazidas pelo excesso de peso.
Agradecimento
Prestamos os devidos agradecimentos a Área de Educação em Saúde da Secretaria da Saúde de
Sorocaba - SP, pois sem seu consentimento não haveriam dados a serem trabalhados. Assim como
também agradecemos o apoio e incentivo por parte dos familiares e amigos para a conclusão dessa
pesquisa.
FRQR e MMSM contribuíram substancialmente para a elaboração desde a concepção do projeto
até a produção final do resumo expandido e MMSM auxiliou nos processos e decisões a serem tomadas.
Referências
ANDRETO, L. M; SOUZA, A. I; FIGUEIROA, J. N; CABRAL-FILHO, J. E. Fatores associados ao ganho
ponderal excessivo em gestantes atendidas em um serviço público de pré-natal na cidade de Recife.
Caderno de Saúde Pública, Recife, v. 22, n. 11, p. 2401-2409, 2006.
ATALAH, S. E.; CASTILLO, C. L.; CASTRO, R. S. Propuesta de um nuevo estandar de evaluación nutricional en embarazadas. Rev Med Chile, Chile, n. 125, p. 1429-1436, 1997.
FRANCISQUETI, F. V.; RUGOLO, L. M. S. S.; SILVA, E. G.; PERAÇOLLI, J. C.; HIRAKAWA, H. S. Estado
nutricional materno na gravidez e sua influência no crescimento fetal. Revista de Simbiologias da
UNESP, São Paulo, v. 5, n.7, dez. 2012.
HESLEHURST, N.; ELLS, L. J.; SIMPSON, H.; BATTERHAM, A.; WILKINSON, J.; SUMMERBELL, C. D.
Trends in maternal obesity incidence rates, demographic predictors, and health inequalities in 36821
women over a 15-year period. BJOG, v. 114, n. 2, p. 187-194, 2007.
LIMA G. S. P.; SAMPAIO H. A. C. Influência de fatores obstétricos, socioeconômicos e nutricionais da
gestante sobre o peso do recém-nascido: estudo realizado em uma maternidade em Teresina, Piauí.
249
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 4, n. 3, p. 253-261, 2004.
NUCCI, L. B; DUNCAN, B. B.; MENGUE, S. S.; BRANCHTEIN, L.; SCHMIDT, M. I; FLECK, E. T. Assessment of weight gain during pregnancy in general prenatal care services in Brazil. Caderno de
Saúde Pública, v. 17, p. 1367-1374, 2001.
SEABRA, G.; PADILHA, P. C.; QUEIROZ, J. A.; SAUNDERS, C. Sobrepeso e obesidade pré-gestacionais: prevalência e desfechos associados à gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetria,
v. 33, n. 11, p. 348-353, 2011.
VIGILÂNCIA alimentar e nutricional - SISVAN: orientações básicas para a coleta, processamento,
análise de dados e informação em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
250
VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE BUEIRO
ADAPTADO À PASSAGEM DE FAUNA SELVAGEM
EM SEGURANÇA NO PNMCBIO
Renan Angrizani de Oliveira,1 Cristian Michel Gabriel de Souza,2 Vanessa
Cezar Simonetti,3 Priscila Palombino,4 Eduardo Augusto Braga Stroka,5 Júnior Farias de França,6 Nayara de Souza,7 Darllan Collins da Cunha e Silva,8
Débora Zumkeller Sabonaro,9 Welber Senteio Smith,10 Diego Aparecido
Carvalho Albuquerque,11 Roberto Wagner Lourenço12
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: É possível adaptar um bueiro à passagem da fauna selvagem
entre dois fragmentos florestais presentes na zona urbana de Sorocaba?
Antecedentes: Estas medidas são de extrema importância de acordo com Bager et al.
(2007) e ainda carecem de estudos no Brasil, os autores evidenciaram que a presença
de estradas e rodovias tem grande contribuição na perda da biodiversidade devido ao
atropelamento de fauna selvagem, porém poucos trabalhos abordam medidas mitigadoras para estes impactos.
O que esta pesquisa acrescenta: A partir do estudo realizado foi possível verificar que
os túneis por onde passa o córrego Campininha no PNMCBio são eficientes às passagens de fauna selvagem, mitigando os atropelamentos decorrentes da travessia em
estradas e rodovias. Assim como propõem novos estudos para quantificação da fauna
utilizando tais estruturas.
Limitações e pontos fortes: O estudo tem importância para proteção da fauna selvagem e manutenção da variabilidade genética das espécies, conforme descrito por Melo
(2012), favorecendo a passagem dos animais em segurança entre diferentes fragmentos
de uma Unidade de Conservação. Além de atender requisitos legais do projeto de lei de
nº 556 de 2012 que prevê a instalação destas medidas. Como limitação pode-se citar a
falta de informação ou pesquisas sobre a Unidade de Conservação estudada.
Palavras-chave: Passagem de fauna. Intervenções estruturais. Unidades de conservação.
Introdução
Conforme Lauxen e Kindel (2012), os bueiros adaptados são estruturas inicialmente destinadas
a drenagem de corpos d’água, porém através de pequenas adaptações podemos torná-las eficientes
estruturas de passagem para vertebrados, adaptando-se plataformas secas e rampas de acesso na estrutura inicial, resultando em uma estrutura adequada para ictiofauna, herpetofauna e mastofauna. Intervenções estruturais para passagens de fauna vem se mostrando eficazes para evitar a fragmentação
do ambiente natural. Segundo Melo (2012), o bioma da Mata Atlântica é o mais afetado pelo efeito da
1
[email protected]/ Engenharia Ambiental/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de
Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de
Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba
/ Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba
/ Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade Estadual
Paulista / Sorocaba / SP.
251
fragmentação, este processo possui influência na composição genética das populações, reduzindo a
variabilidade genética e consequentemente na perda da capacidade adaptativa das espécies.
Objetivos
Sugestão de passagem para fauna selvagem do Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade (PNMCBio), unindo dois fragmentos desta importante e única unidade de conservação, presente no município de Sorocaba com o intuito de minimizar-se os atropelamentos observados na área
através da proposta de adaptação de dois túneis existentes dos quais servem para o escoamento do
córrego Campininha onde a fauna poderia transitar pelos dois túneis em uma zona seca.
Delineamento
Experimental com materiais, aparelhos e medidas.
Método
Foram avaliadas as duas estruturas já existentes de túneis de escoamento do córrego Campininha
que passa sob a av. Itavuvu. Para medição das dimensões do túnel de escoamento de água do córrego
Campininha, foi utilizado uma trena e a medição da vazão foi obtida utilizado a técnica dos flutuadores, para tal utilizamos uma esfera de isopor e a soltamos no início de cada túnel 10 vezes e acompanhamos o tempo necessário para a esfera percorrer um metro com um cronômetro, retiramos a média
aritmética dos dados para maior representatividade. Sob o valor da média obtida para a vazão na época
de seca foi estimado um aumento de 93% como estimativa do pior cenário possível, a fim de se obter
valores próximos aos valores encontrados em épocas de cheia para o rio Sorocaba apresentados por
Fernandes et al. (2010), tal estimativa foi possível pois o córrego em estudo situa-se na mesma bacia
e ainda carece de estudos. Diante dos dados coletados das dimensões e vazão do túnel, foi confeccionado no AutoCad 2014 o perfil da estrutura proposta, da qual foi adotado a implantação de uma plataforma utilizando-se uma mão francesa e colunas de apoio a cada 1 metro, instalado à 20 cm da base
do túnel e largura de 1 metro para não interferir na vazão do córrego. Para espacialização dos dados
foi utilizado um GPS modelo Magellan Triton 400 e os pontos geográficos dos túneis foram inseridos
no mapa do PNMCBio utilizando-se ferramentas do ArcGis 10.3. A fim de se confirmar o estudo de
Ascenção e Mira (2007), foi realizada a coleta das temperaturas externa e interna a cada 20 metros, com
uma mini-estação meteorológica Kestrel 3000 para confirmação do fenômeno descrito pelos autores.
Figura 1
Resultado
Diante das variáveis coletadas e estudo realizado in loco, verificou-se que as condições estruturais e as
dimensões do túnel (2,50m de largura por 2m de altura e 100m de comprimento cada), são favoráveis a implantação da proposta que, conforme Lauxen (2012), podem estar associadas a drenagem desde que estes
252
mantenham uma área seca para passagem da fauna. Para isso recomenda-se a utilização de placas de cimento pré-moldadas apoiadas sob mãos francesas conforme mostrado em modelo elaborado no AutoCad
e para facilitar o acesso da fauna à passagem será necessária uma rampa de acesso até o bueiro adaptado.
Com a medição da temperatura foi possível observar a capacidade de regulagem de temperatura descrito por Ascenção e Mira (2007), do qual para a medição realizada constatou-se uma variação máxima
da temperatura externa para a interna de 6,3ºC.
Figura 2
Discussão
Ascenção e Mira (2007) demonstram em seus estudos que este tipo de estrutura apresenta grande
atratividade aos animais durante períodos quentes, já que possui a capacidade de regulagem da temperatura. São de fácil implantação e custo reduzido, pois utiliza estruturas já existentes.
Conclusão
Diante das variáveis analisadas e a observação in loco, verificou-se que a implantação do bueiro
adaptado como medida mitigadora de atropelamento de fauna selvagem mostra-se uma alternativa de
fácil implantação e possue características favoráveis a fauna local, como temperatura mais baixa em
relação à externa, o que proporciona atração a fauna para utilização da estrutura, além de o próprio
terreno possuir alta declividade favorecendo com que o animal utilize este tipo de passagem e futuramente facilite a implantação de cercas e barreiras para direcionamento da fauna, para que esta faça
253
uma travessia entre dois fragmentos da unidade de conservação em segurança, contribuindo com a
variabilidade genética e a conservação das espécies.
O autor RAO participou da concepção do projeto, coleta de dados, redação do artigo, análise e
interpretação de dados. CMGS participou da concepção do projeto e coleta de dados. VCS participou
da redação do artigo, análise e interpretação de dados. PP participou da concepção do projeto. EABS
participou da análise e interpretação de dados. JFF participou da revisão crítica. NS participou da
coleta de dados e redação do artigo. DCCS e DZS participaram da revisão crítica e orientação de todas
as etapas do trabalho e aprovação da versão final a ser publicada. WSS, DACA e RWL participaram da
revisão crítica do conteúdo intelectual.
Referências
ASCENSÃO, F.; MIRA, A. Factors affecting culvert use by vertebrates along two stretches of road in
southern Portugal. Ecological Research, v. 22, n. 1, p. 57-66, 2007.
BAGER, A. et al. Fauna selvagem e atropelamento. Diagnóstico do conhecimento científico brasileiro.
Áreas Protegidas. Repensando as escalas de atuação. Armazém Digital, Porto Alegre, p. 49-62, 2007.
BAGER, A.; PIEDRAS, S. R. N.; MARTIN, T. S.; HÓBUS, Q. Fauna selvagem e atropelamento: diagnóstico do conhecimento brasileiro. Lavras, MG: Centro brasileiro de estudos em ecologia de estradas; Universidade Federal de Lavras.
FERNANDES, A. M.; NOLASCO, M. B.; MORTATTI, J. Estimativa do escoamento superficial rápido e sua carga em suspensão com a aplicação do modelo de separação de hidrogramas com filtros
numéricos: Bacia do Rio Sorocaba-SP. Geociências, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 49-57, 2010.
LAUXEN, M. S. A mitigação dos impactos de rodovias sobre a fauna: um guia de procedimentos
para tomada de decisão. 2012.
MELO, A. T. O. Fluxo gênico e estrutura genética espacial de Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
(Meliaceae) em fragmentos florestais de Mata Atlântica. 2012. 87 f. Dissertação (Mestrado) – Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012.
254
ciências agrárias
LOGÍSTICA REVERSA E O PROCESSO DE DESTINAÇÃO DAS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICO
Melissa Freitas Martin de Oliveira,1 Renan Angrizani de Oliveira,2 Débora
Zumkeller Sabonaro3
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Como são desprezadas e processadas as embalagens vazias de
agrotóxico?
Antecedentes: Já se sabe que ocorre o processamento de embalagens vazias de agrotóxico.
O que esta pesquisa acrescenta: A legislação ajuda para um melhor funcionamento
da sistemática entre consumidor e meio ambiente, pois com o regresso dessas embalagens vazias para postos de recebimento e logo após o descarte final adequado.
Limitações e pontos fortes: O Estudo tem importância, principalmente para divulgação e orientação para processamento de embalagens vazias de agrotóxico, porém
ainda é pouco divulgado.
Palavras-chave: Embalagens. Agrotóxico. Legislação.
Introdução
Produtos químicos orgânicos ou inorgânicos são utilizados na agricultura desde a antiguidade, o
arsênio e o enxofre eram utilizados para o controle de insetos, sendo eles mencionados nos escritos de
romanos e gregos no início da agricultura. Os agrotóxicos são os principais poluentes do modelo da
agricultura atual, os venenos são aplicados em áreas determinadas porem não ficam apenas naquele
determinado local. A contaminação dos recursos naturais pelo uso indevido de agrotóxicos se tornou
um grave problema à saúde publica e ao meio ambiente. Com o grande consumo de agrotóxicos surge
o problema da destinação final das suas embalagens vazias, das quais podem se tornar fatores da contaminação do solo e dos recursos hídricos (GASPARIN, 2005).
Objetivos
O objetivo desse trabalho é mostrar de forma clara como são desprezadas as embalagens vazias
de agrotóxico. Tem por objetivo também apontar a existência de uma instituição de processamento
de embalagens vazias (INPEV), que objetiva fiscalizar e destinar corretamente esse tipo de resíduo.
Delineamento
Método
Trata-se de um estudo bibliográfico e de uma pesquisa em campo que visa mostrar o quão preocupante é o descarte incorreto das embalagens de agrotóxico. O levantamento de dados e informações
foi realizado com base em dados de pesquisas em campo em postos de recebimento de embalagens
1 [email protected]/ Engenharia Ambiental / Sorocaba / SP; [email protected] / Engenharia Ambiental / Sorocaba / SP; 3debora.
[email protected] / Professora e Pesquisadora da Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
255
vazias de agrotóxicos em Piedade. Também foram feitas consultas ao site do Instituto Nacional de
Processamento de Embalagens Vazias – INPEV (http://www.inpev.org.br) e as legislações em vigor Lei
7.802/89, Lei 9.974/00 e o decreto nº 4.074/02 que regulamentam a Lei 7.802/89, do Governo Federal.
Resultado
As responsabilidades e as competências legais em relação às embalagens vazias de agrotóxicos (e
agrotóxicos de uma forma geral) estão estabelecidas na Lei Federal nº 7.802/1989 (a questão da destinação das embalagens foi incluída por alterações de redação, através da Lei Federal nº 9.974/2000). A
regulamentação é definida pelo Decreto Federal nº 4.074/2002. As embalagens dos agrotóxicos utilizados geram uma categoria específica de resíduo, fornecendo a responsabilidade ao agricultor para
efetuar a tríplice lavagem ou lavagem sob pressão da embalagem vazia de agrotóxico, inutilizá-la a fim
de evitar o reaproveitamento, armazená-las temporariamente na propriedade em recinto coberto, ao
abrigo da chuva, ventilado, semiaberto. Os locais de recebimento de embalagens vazias são os postos
de recebimento onde ficam armazenados provisoriamente até que sejam transferidas à central ou diretamente a disposição final, e as centrais de recebimento, que são responsáveis pelo armazenamento
e a redução do resíduo onde são encaminhados para a destinação final. No município de Piedade a
central de recebimento recebe diariamente dos postos de recebimentos das cidades da região cerca
de 2 toneladas de embalagens de agrotóxico entre elas contaminadas e não contaminadas, são descarregados por caminhões em gaiolas de metal, onde são armazenados temporariamente, logo após são
separados e prensados gerando fardos de aproximadamente 65 kg. Após serem gerados os fardos são
encaminhados para seus devidos fins, os não contaminados vão para as empresas recicladoras e os
contaminados vão para as empresas incineradoras. A cada 15 dias aproximadamente saem no mínimo
13,5 toneladas de material não contaminado, 12,5 toneladas de contaminado e 4,5 toneladas de tampas.
Discussão
Conforme visto na Lei nº 7802, de 1989 no artigo 6º § 2o - Os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos
comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no
prazo de até um ano, contado da data de compra, ou prazo superior, se autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente. No artigo 6º § 4o - As embalagens rígidas que contiverem
formulações miscíveis ou dispersíveis em água deverão ser submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme normas técnicas oriundas dos órgãos competentes
e orientação constante de seus rótulos e bulas. Conforme o Decreto 4074/ 2002 Artigo 53 é facultado ao
usuário a devolução de embalagens vazias a qualquer posto de recebimento ou centro de recolhimento
licenciado por órgão ambiental competente e credenciado por estabelecimento comercial.
Conclusão
A reciclagem se tornou o principal conjunto de soluções para a destinação final das embalagens
plásticas do mercado agrícola, as unidades de recebimentos de embalagens vazias de agrotóxicos propostos pelo INPEV e o trabalho de parceria entre todos os envolvidos no elo do sistema produtivo,
assumiram responsabilidades e desenvolvendo esforços conjuntos para o desenvolvimento agropecuário. As leis em vigor ajudam para um melhor funcionamento da sistemática entre consumidor e
meio ambiente.
MFMO participou da concepção do projeto, coleta de dados, redação do artigo, análise e interpretação de dados; RAO participou da concepção do projeto e coleta de dados e DZS participou da revisão
crítica.
256
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14719: embalagens vazia de agrotóxico – Destinação final de embalagem lavada – Procedimento. Rio de Janeiro.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14935: embalagens vazia de agrotóxico – Destinação final de embalagem não lavada – Procedimento. Rio de Janeiro.
CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias
de agrotóxicos.
INPEV (Brasil). Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Disponível em: http://
www.inpev.org.br/logistica-reversa/manejo-as-embalagens-vazias-no-campo http://www.inpev.org.br/
Sistemas/Estatisticas/apresentacao-setembro-2014.pdf
GASPARIN, D. C. Defensivos agrícolas e seus impactos sobre o meio ambiente. 2005. 78 f. Monografia (Graduação em Engenharia Ambiental) – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,
2005.
257
CARACTERIZAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS
NO MUNICÍPIO DE SOROCABA BASEADA NO CADASTRO DE ÁREAS CONTAMINADAS
Rafaella Penitente Pereira,1 Gabriela Pecora Villas Bôas,2 Renan Angrizani
de Oliveiera,3 Débora Zumkeller Sabonaro4
•
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•
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Quais áreas e quais os principais tipos de contaminantes da
cidade de Sorocaba?
Antecedentes: Já se sabe que existem áreas contaminadas, porém a divulgação é restrita e sugere muito pouco para a recuperação.
O que esta pesquisa acrescenta: A divulgação da pesquisa é base para outros estudos
na área de contaminação de solos no município de Sorocaba e outros municípios.
Limitações e pontos fortes: O Estudo é de extrema importância para pesquisa. Porém
sugere pouco para a remediação.
Palavras-chave: Contaminação. Solos. Remediação.
Introdução
A origem das áreas contaminadas deve-se ao fato de antigamente não haver procedimentos seguros para o manejo de substâncias perigosas, o que gerava uma maior ocorrência de acidentes e
vazamentos durante os processos produtivos, transporte ou armazenamento de matérias-primas e produtos (CETESB, 2013). Devido ao fato de o solo passar a percepção de que poderia receber qualquer resíduo gerado através de atividades humanas, fez-se que até pouco tempo atrás tivesse o solo abrigado
enormes quantidades de resíduos químicos e orgânicos com diferentes potenciais de contaminação.
O resultado desse descaso falta de regulação ou de conhecimento, gerou incidentes ambientais, causando prejuízos à flora, fauna e saúde da própria sociedade (FIEMG, 2011). O objetivo deste trabalho
foi caracterizar as áreas contaminadas na região da cidade de Sorocaba através do cadastro de áreas
contaminadas da CETESB.
Objetivos
O objetivo deste trabalho foi caracterizar as áreas contaminadas na região da cidade de Sorocaba
através do cadastro de áreas contaminadas da CETESB.
Delineamento
Método
Para a realização deste trabalho foi utilizado a Relação de Áreas Contaminadas da CETESB, classificada por municípios e publicada em dezembro de 2013. O município de Sorocaba foi o escolhido
para ser analisado, onde os dados contidos foram compilados e quantificados nos seguintes itens:
Fontes de contaminação; Atividades; Medidas de Remediação; Etapas de Gerenciamento; Meios Impactados; Contaminantes; Medidas Emergenciais; Medidas de controle institucional e Localização. As
fontes de contaminação estabelecidas pela CETESB foram tabeladas visando caracterizar a origem da
[email protected] / Engenharia Ambiental Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Engenharia Ambiental
Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Engenharia Ambiental Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; 4debora.
[email protected] / Professora e Pesquisadora da Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
1 258
contaminação por atividade, além de quantificá-las. A localização das fontes foi utilizada as coordenas
geográficas, sendo plotadas no software Google Earth, de modo a representar a localização das áreas
geradoras da contaminação. Essas informações relatam a quantidade de áreas contaminadas por região,
mostrando onde ocorrem e o grau de incidência.
Resultado
As áreas contaminadas presentes no Cadastro de Áreas Contaminadas da CETESB (2013) existentes na cidade de Sorocaba estão localizadas na Figura 1. As áreas contaminadas do município de Sorocaba, estão concentradas no centro, sul e leste da cidade e as zonas norte e oeste possuem praticamente 4 áreas cadastradas (Figura 1). Isso ocorre porque a cidade de Sorocaba se expandiu do centro para
outras localidades e como a zona central é predominantemente composta de comércios os antigos
postos de combustíveis se encontram contaminados atualmente. A zona leste predomina grandes indústrias e zonas norte e oeste se expandiu aproximadamente nos últimos dez anos por isso há poucas
áreas contaminadas. De forma a elucidar as informações transcritas na tabela, gerou-se gráficos que
buscam contabilizar as informações. Os gráficos gerados (Figura 2) tiveram como objetivos quantificar
atividades contaminadoras do município, fontes de contaminação do solo e água, os contaminantes
no município e por fim, os métodos de remediação utilizados nas áreas contaminadas do município.
Figura 1
Discussão
Os combustíveis líquidos mais conhecidos são a gasolina comum, óleo diesel e álcool etílico. A intoxicação por gasolina pode ocorrer por inalação, contato dérmico, olhos, ou ingestão acidental causando corrosão de pele e mucosa e lesão ocular. No meio ambiente, a gasolina pode atingir cursos d’água
e é nocivo a organismos aquáticos. O óleo diesel causa irritação na pele e é suspeito de causar câncer.
Pode ocasionar irritação respiratória, sonolência e vertigem (efeitos narcóticos). No meio ambiente é
perigoso em caso de grandes derramamentos pois poderá atingir cursos d’água (PETROBRAS, 2014).
Diante de toda essa estrutura logística da produção e comercialização do petróleo e de seus derivados,
as preocupações relacionadas ao potencial de contaminação de solos e águas subterrâneas, principalmente por vazamentos de tanques de armazenamento subterrâneos em postos de combustíveis, vêm
crescendo. Segundo o órgão de controle ambiental paulista, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), em 2005 os vazamentos em postos de combustíveis foram responsáveis
por 73 % dos casos de áreas contaminadas no Estado de São Paulo, o que corresponde a 1596 áreas.
A água é prejudicada na contaminação pelo produto causando danos na fauna e o derramamento no
solo poderá em partes ser evaporado e em partes degradar biologicamente e em partes ser lixiviado e percolar contaminando o lençol freático, limitando desta forma o uso. A velocidade de biodegradação depende
das condições climáticas, diluição e dos micro-organismos presentes (CASAQUÍMICA, 2008).
259
Figura 2
Conclusão
Os resultados mostraram que as áreas contaminadas presentes no cadastro de áreas contaminadas
da CETESB, no município de Sorocaba, estão concentradas no centro, sul e leste da cidade.
A autora RPP participou da concepção do projeto, coleta de dados, redação do artigo, análise e interpretação de dados, RAO participou da análise e interpretação de dados, GPVB participou da análise
e interpretação de dados e DZS participou da revisão.
Referências
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Lei 12.305/010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>>. Acesso em:
23 out. 2014.
CASAQUÍMICA. Ficha de informação de segurança de produtos químicos. Diadema, 2008.
CETESB. Conceituação 3000: identificação de áreas potencialmente contaminadas. Projeto
CETESB. São Paulo: GTZ, 1999.
CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA E SANEAMENTO AMBIENTAL. Método de avaliação
260
da toxicidade de poluentes a organismos aquáticos. São Paulo, 2005. v. 1.
CETESB. Relação de áreas contaminadas e reabilitadas: Municípios. São Paulo: CETESB, 2013.
CETESB. Texto explicativo: relação de áreas contaminadas e reabilitadas no Estado de São Paulo.
São Paulo: CETESB, 2013. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br>>. Acesso em: 15 set. 2014.
FIEMG. Gerenciamento de áreas contaminadas: conceito e informações gerais. Cartilha áreas contaminadas. 2011.
PETROBRAS. Ficha de informação de segurança de produto químico – FISPQ. Rio de Janeiro:
Petrobras, 2014.
261
USO DO GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA DE APOIO NA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
DO SOLO DO PNMCBIO, SOROCABA/SP
Vanessa Cezar Simonetti,1 Renan Angrizani de Oliveira,2 Eduardo Augusto
Braga Stroka,3 Darllan Collins da Cunha e Silva,4 Débora Zumkeller Sabonaro,5 Welber Senteio Smith,6 Roberto Wagner Lourenço7
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Quais as zonas mais suscetíveis à erosão do Parque Natural
Municipal Corredores da Biodiversidade (PNMCBio) e como o geoprocessamento
pode auxiliar na caracterização física do solo do Parque?
Antecedentes: Estudos sobre a caracterização dos aspectos físicos do solo são de extrema importância uma vez que auxiliam no entendimento da dinâmica dos processos erosivos. Silva (2008) em seu estudo sobre a erodibilidade do solo do município
de Sorocaba mapeou as áreas mais suscetíveis à erosão de acordo com as diferentes
classes de solo encontradas na região, sendo Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico e
Latossolo Vermelho distrófico. Contudo, estudos relacionados aos processos erosivos
do solo do município ainda são escassos, e se limitam ainda mais quando se trata de
Unidades de Conservação.
O que esta pesquisa acrescenta: A partir do estudo realizado foi possível verificar
as zonas mais suscetíveis à erosão do PNMCBio, o que implica no melhoramento do
processo de restauração que vem ocorrendo no Parque, priorizando as áreas com maior
tendência à erosão.
Pontos fortes e limitações: O estudo possibilitou a obtenção de dados relevantes
relacionados aos aspectos físicos do solo, uma vez que a Unidade de Conservação é
relativamente nova e não possuía estudos relacionados ao solo. A limitação do estudo
baseou-se na dificuldade em levantar todas as variáveis da equação proposta por Wischmeier e Smith (1978) para um diagnóstico mais efetivo.
Palavras-chave: Geoprocessamento. Erodibilidade do solo. Manejo florestal. Unidades de
conservação.
Introdução
O uso de técnicas de geoprocessamento vem ganhando cada vez mais espaço no cenário atual
como destaca Silveira (2004), no qual a urbanização tem sido cada vez mais intensa, provocando serias
mudanças na paisagem natural. Neste sentido, diversas políticas vêm sendo fomentadas com o intuito
de diminuir os custos de tais aplicações, possibilitando o uso do geoprocessamento nos mais variados
espaços. Sendo assim, a aplicação de técnicas de geoprocessamento em Unidades de Conservação
constitui uma importante ferramenta nos processos de planejamento e manejo dos recursos naturais.
Silva et al. (2008) destaca a importância das estimativas de dados relacionados aos atributos do solo
nos mais variados contextos, uma vez que ele possibilitará a obtenção de um manejo mais adequado,
principalmente no que tange áreas heterogêneas. De acordo com Wischmeier e Smith (1965), os solos
possuem diferentes erodibilidades, mesmo quando possuem características similares. Por isso, para
1
Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP, e-mail: [email protected]; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba
/ SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba /
SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP;
[email protected] / Uiversidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” / Sorocaba / SP
262
determinação da erodibilidade dos solos utiliza-se o fator K, pois este independe dos efeitos dos outros
fatores.
Objetivos
O presente estudo identificará as zonas mais suscetíveis à erosão do PNMCBio através de ferramentas de geoprocessamento, utilizando métodos de determinação indireta (expressão de Bouyoucos), que determina o fator de erodibilidade do solo (fator K) presente na equação proposta por Wischmeier e Smith (1965), correlacionando esses dados aos resultados das análises granulométricas.
Delineamento
Experimental com materiais, aparelhos e medidas.
Método
A área de estudo localiza-se no Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade (PNMCBio). Trata-se de uma Unidade de Conservação criada pelo Decreto Municipal n° 16.408, de 23 de dezembro de 2008, na modalidade de Parque Municipal (PMS, 2015). Foi calculado o fator de erodibilidade do solo (K) do PNMCBio, o qual é um dos fatores presentes na equação proposta por Wischmeier
e Smith (1965) para avaliação da perda de solo por erosão hídrica. Para isso, o Fator K foi calculado
de forma indireta através da expressão de Bouyoucos citada por Mannigel et al. (2002) e Bertoni e
Lombardi Neto (2012), que considera apenas a porcentagens das frações de areia, silte e argila, conforme a Equação (1): K= ((% Areia+% Silte)/(% Argila))×1/100 (1) Onde: K = fator erodibilidade do solo
(t.ha.h/ ha.MJ.mm); % areia, % silte e % argila representaram as porcentagens das respectivas frações
de uma amostra de solo. As coletas foram realizadas utilizando-se trado holandês confeccionado em
aço inox, na profundidade 0-20 cm. As frações de argila, silte e areia (em g/kg) foram mensuradas pelo
Laboratório de Química Agrícola (S&F) através do método da pipeta proposto pela Embrapa (1997) e
Camargo et al. (2009) para 39 pontos amostrais distribuídos regularmente nas zonas selecionadas para
estudo do PNMCBio, sendo que 20 pontos amostrais encontram-se na zona em recuperação (ZR) e 19
pontos na zona intangível (ZI) (Figura 1). Para cada uma dessas zonas, as amostras foram misturadas
e homogeneizadas para encaminhar ao laboratório.
Resultado
Através do emprego do geoprocessamento utilizando-se o software ArcGIS 10.1, esboçamos os
pontos amostrais da ZI e da ZR ao longo de toda a extensão do PNMCBio, conforme pode ser visto na
Figura 1. As classificações e os limites apresentados na Figura 1 foram extraídos do mapeamento cartográfico realizado pela empresa Biométrica - Avaliações Biológicas e Manejo Ambiental Ltda. e constam
no Plano de Manejo do PNMCBio. Os valores obtidos de K (Tabela 1) foram geocodificados no ArcGIS
10.1 e representados no mapa da Figura 2, sendo que a Zona Primitiva e a Zona de Uso Extensivo foram
agregadas à Zona Intangível devido a proximidade para a representação dos valores de erodibilidade
do solo. Os resultados foram estimados a partir da tabela 1 (em porcentagem) e aplicados na Equação
(1). Assim, foi elaborado o mapa de erodibilidade, conforme a figura 2.
Discussão
Devido ao tamanho do PNMCBio e da proximidade das ZI e ZR, os valores de erodibilidade do solo
apresentaram baixa variabilidade espacial e podem ser classificados, segundo Freire e Pessotti (1970)
como de muito baixa erodibilidade. Ainda, de acordo com este autor, os solos do Estado de São Paulo
variam de 0,02 a 0,67 e, portanto, o solo do PNMCBio apresenta grande resistência às intempéries naturais e encontra-se próximo ao limite inferior da classe de erodibilidade encontrada para esse Estado.
263
Figura 1
Tabela 1. Características granulométricas (em g/kg) das zonas estudadas.
Zonas
Areia Grossa
Areia fina
Silte
Argila
Classificação Textural
ZI
24
352
312
312
Franco Argiloso
ZR
20
1
352
465
320
Franco Argiloso
(1) ZI – Zona Intangível, ZR – Zona em Recuperação.
Figura 2
264
Conclusão
As técnicas de geoprocessamento utilizadas permitiram o diagnóstico espacializado dos processos
erosivos ocorrentes nas áreas de estudo, evidenciando como se distribui os valores de erodibilidade a
partir dos aspectos físicos do solo do PNMCBio. Desta forma, medidas preventivas podem ser tomadas
para conter a degradação ambiental com enfoque especial às zonas mais suscetíveis uma vez que o
conhecimento de tais aspectos podem auxiliar na melhoria dos processos de restauração ecológica,
além de promover subsídios para o Plano de Manejo do PNMCBio.
Agradecimento
A todos que participaram direta e indiretamente do presente trabalho, na coleta de dados em campo e no tratamento dos dados obtidos.
VCS - participou da concepção do projeto, coleta de dados, redação do artigo, análise e interpretação de dados. RAO - participou da coleta de dados, redação do artigo e revisão crítica do conteúdo
intelectual. DCCS e DZS e WSS - participaram da revisão crítica e orientação de todas as etapas do
trabalho e aprovação da versão final a ser publicada. EABS e RWL participaram da revisão crítica do
conteúdo intelectual.
Referências
BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 8. ed. São Paulo: Ícone, 2012.
CAMARGO, O. A.; MONIZ, A. C.; JORGE, J. A.; VALADARES, J. M. A. S. Métodos de análise química, mineralógica e física de solos do Instituto Agronômico de Campinas. Campinas: Instituto
Agronômico/Fundação IAC, 2009. Boletim técnico, 106.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio
de Janeiro: Centro Nacional de Pesquisa de Solos, 1997.
FREIRE, O.; PESSOTTI, J. E. S. Erodibilidade dos solos do Estado de São Paulo. In: ANAIS, 33., 1974, Piracicaba, SP. Resumos... Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1974. p. 333-350.
GALANTE, M. L. V.; BEZERRA, M. M. L.; MENEZES, E. O. Roteiro metodológico de planejamento: Parque
Nacional, Reserva Biológica, Estação Ecológica. MMA: IBAMA/DIREC/CGEUC/COPUC, 2002.
PELL, M. C.; FINLAYSON, B. L.; MCMAHON, T. A. Updated world map of the Köppen-Geiger. Hydrol.
Earth Syst. Sci., v. 11, p.1633-1644, 2007.
PREFEITURA Municipal de Sorocaba - PMS. Parque Natural Municipal Corredores da Biodiversidade. Disponível em: <http://www.meioambientesorocaba.com.br/ Pagina.aspx?pgz66>. Acesso em: 25
ago. 2015.
SILVA, A. M. Potencial natural de erosão no município de Sorocaba. Revista Internacional de Desastres Naturales, Accidentes e Infraestructura Civil, Sorocaba, SP, v. 8, n. 1, p. 1-4, 2008.
SILVEIRA, V. F. Geoprocessamento como instrumento de gestão ambiental. In: PHILLIP, A. J; ROMERO, M.A; BRUNA, G.C. (Org.). Curso de gestão ambiental. Barueri, SP: Manoele, 2004.
SOROCABA. Secretaria do Meio Ambiente. Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Corredores da biodiversidade de Sorocaba (versão preliminar): biométrica. Sorocaba: Secretaria do Meio
Ambiente, 2012.
SOUZA, G. D.; LIMA, J. D. S.; XAVIER, A. C.; ROCHA, W. D. Krigagem ordinária e inverso do quadrado
da distância aplicados na espacialização de atributos químicos de um argissolo. Scientia Agraria, v.
11, n. 1, 2010.
WISCHMEIER, W. H.; SMITH, D. D. Predicting rainfall erosion losses from cropland east of the
Rocky Mountain. Washington, DC: ARS/USDA, 1965.
WISCHMEIER, W. H.; SMITH, D. D. Predicting rainfall erosion losses: a guide to conservation planning. Washington, DC: USDA, 1978. Agriculture handbook, 537.
265
engenharias
SMARTPARK
Diego Siviero Campos,1 Adriano Benedito Gianola Corrêa,2 William Patrick
Geraldo3
•
•
•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Atualmente existe muita lentidão em horário de pico nos estacionamentos, muitas vagas livres não são achadas por falta de sinalização, isto ocasiona transito no estacionamento e má utilização das vagas e também pode ocasionar
discussões e discórdia entre motorista e o dono do estacionamento.
Antecedentes: Os estacionamentos necessitam de um controle de quem entra e quem
sai, por isso geralmente eles trabalham com os tickets (aqueles papeis ou cartões que
são dados ao motorista na entrada do estacionamento). Os tickets marcam qual o tempo que o cliente ficou no local, mas não informa quantas vagas o estacionamento tem,
nem quais estão livres. Atualmente, alguns estacionamentos já possuem um sistema
informatizado ou algum tipo de auxilio visual digital. Esses estacionamentos possuem
sensores que identificam quando um veículo estaciona na vaga e logo em seguida
transmitem essa informação para os demais clientes.
O que esta pesquisa acrescenta: É comum um estacionamento com sensores de
vagas informarem por algum meio aos seus clientes quantas vagas estão livres. Neste
projeto será possível identificar quantas e quais vagas estão livres. Isto ajudaria em
muito na rapidez para se localizar uma vaga, tendo em vista que sabendo que existe
uma vaga livre e aonde essa se localiza, torna-se mais fácil para o motorista ir até ela
sem perda de tempo. O projeto também possui um sensor de proximidade para auxiliar
o motorista na hora de estacionar, para que não haja acidentes. Outra inovação deste
projeto é a possibilidade do cliente ver se tem vagas livres e quais vagas estão livres
através da Internet.
Limitações e pontos fortes: O projeto visa uma maneira fácil, rápida e de baixo custo
para auxiliar os estacionamentos na hora de atender aos seus clientes. Isso também
está relacionado com uma fácil implementação. Alguns sistemas que já estão no mercado são desenvolvidos apenas para 1 tipo de estacionamento (ex.: Estacionamento
fechado). O SmartPark pode ser implementado basicamente em qualquer tipo de ambiente. O contratante também terá autonomia para modificar as vagas do local e assim
ter um controle melhor do estacionamento. Porém, o projeto possui alguns requisitos,
como energia e uma rede de dados constante.
Palavras-chave: Android. Arduino. Estacionamento. Lotação. Sistema. App. Vaga. Carro.
Reserva. Internet.
Introdução
Uma das grandes dificuldades encontradas nas empresas que possuem estacionamentos amplos
é o fato de não se ter conhecimento, em tempo real, dos números de vagas ocupadas e vagas livres, o
que acaba gerando desconforto para seus clientes. Estacionamentos que possuem congestionamento
para entrada e saída de veículos, demora no atendimento e má administração de suas vagas, acarre [email protected] / Engenharia da Computação / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Sorocaba / SP;
[email protected] / Sorocaba / SP
1
3
266
tam, dentre muitos problemas, na insatisfação do cliente. Um exemplo é na cidade de Águas Luzes que
contem um estacionamento inteligente, porem os moradores registram muitos problemas no funcionamento dos sensores das vagas, o qual não está funcionando como o desejado do projeto, ocasionando em divergências na hora de estacionarem no local. (G1, 2015) O projeto estuda possíveis maneiras
de ajudar a minimizar o tumulto causado por má gestão e falta de informação nos estacionamentos.
Objetivos
O projeto com a ajuda da plataforma eletrônica Arduino e do sistema Android, fará com que seja
possível saber o número de vagas ocupadas, vagas livres e onde se encontram essas vagas, permitindo que o cliente, ao chegar com seu veículo, saiba onde há vagas livres para que possa estacionar,
diminuindo o tempo gasta com a procura de vagas e eliminando o congestionamento na entrada do
estacionamento.
O sistema do projeto mostra ao condutor onde estão as vagas livres, facilitando o trabalho que teria
ao procurar por uma vaga. Além disso, através de seu próprio celular ele poderá checar o número de
vagas livres, o número de vagas ocupadas e a localização dessas vagas. Ex.: o cliente de um shopping
que deseja saber se o estacionamento possui vagas livres poderá fazer isso antes mesmo de chegar ao
local, podendo se programar antecipadamente. Ao saber a quantidade de vagas livres no estacionamento, ele não precisa percorrer o estacionamento em busca de uma vaga, já que além da quantidade
o sistema também fornece a localização das vagas, o que poupará tempo e minimizará o congestionamento gerado pela procura de vagas.
A proposta é ter um mapa ou visão aérea do estacionamento em um aparelho smartphone controlando cada vaga por um sensor ultrassônico para identificar se a vaga está ocupada ou não, numerando
cada vaga por números ou códigos em cada área do local, tornando fácil sua localização, disponibilizando essa numeração para quem estacionou e sendo de fácil adequação em projetos futuros para o
pagamento da permanência direto pelo celular. Exemplo: Andar B – Vaga 53.
Delineamento
Experimental com materiais, aparelhos, medidas
Método
O Projeto é embasado em uma pesquisa quanti-qualitativa, sendo quantitativa no levantamento de
dados estatísticos do funcionamento dos estacionamentos e qualitativa na apresentação das soluções
e dos serviços prestados pelos estacionamentos, com um ponto de vista científico de uma abordagem
de problemas, com os dados sendo obtidos através de uma observação de um estudo de caso, onde
foram relatados e observados certos problemas e limitações de projetos já feitos.
O desenvolvimento do projeto foi dado em 2 etapas. Na primeira etapa foi construído o projeto
de pesquisa levantado recursos empregados. Para isso foi necessário a construção de conhecimentos
específicos. Na segunda etapa, foi construído um protótipo em Arduino e uma maquete para auxilio
visual do projeto, junto também da criação de um site e um aplicativo para Android, para a visualização do resultado. Também foi necessária a abordagem de conhecimentos específicos de outras áreas.
Resultado
O sensor ultrassônico tem a vantagem de saber a distância exata em que o objeto se encontra, tornando mais fácil determinar se o objeto está no local. O ultrassônico também tem um alcance maior,
mais preciso e de resposta mais rápida, melhorando assim seu tempo de resposta com o servidor e
tudo isso com um baixo custo.
Já os projetos que usam infravermelho, apesar de bons resultados avisando rapidamente se o objeto está ou não no local, fica atrás do ultrassônico já que não consegue medir a distância exata do objeto.
267
Discussão
Um projeto existente consiste em um sensor ultrassônico colocado em cima da vaga, e um led
colocado na frente da vaga indicando se a vaga está livre ou ocupada. Porém, não é possível saber qual
vaga está livre. Esse mesmo local possui vagas em céu aberto, para que o sistema pudesse funcionar
nesse ambiente, foi colocado o sensor ultrassônico no chão e o led indicativo na frente da vaga também
no chão. Em nosso Projeto o led indicativo não ficaria no chão, mas sim no alto.
Conclusão
O Projeto com ultrassônico é mais preciso do que o com infravermelho, tornando-o mais seguro e
eficaz. A posição dos leds indicativos podem variar a gosto do contratante (sempre tendo como prioridade uma boa visão para os motoristas). O sensor que monitora a vaga também pode ser colocado em
vários ângulos, já que com poucos ajustes em seu código fonte é possível alterar sua localidade para
atender de melhor forma o contratante, tornando o projeto mais flexível a diversos tipos de estacionamentos.
ABGC: Programação do Arduino, Programação do Site, Montagem da Maquete, Montagem dos
Sensores, Pesquisa para Monografia.
DSC: Programação do APP para Android, Montagem da Maquete, Montagem dos Sensores, Pesquisa para Monografia, Gerenciamento do Projeto.
WPG: Orientação e correção do texto final.
Referências
ALVES, F. B. Hardware: O que é microprocessador? 2012. Disponível em: <http://www.guiadatecnologia.com/2012/02/hardware-o-que-e-microprocessador.html>. Acesso em: 24 nov. 2014.
ARDUINO. C. C. Arduino uno. Disponível em: <www.arduino.cc/en/Main/arduinoBoardUno>. Acesso
em: 14 out. 2014.
_____. Arduino ethernet shield. Disponível em: <www.arduino.cc/en/Main/ArduinoEthernetShield>.
Acesso em: 14 out. 2014.
AVALIAMOS os estacionamentos de 10 shopping centers em São Paulo, 2011. Disponível em: <http://
vejasp.abril.com.br/materia/avaliamos-os-estacionamentos-de-dez-shopping-centers-em-sao-paulo>
Acesso em: 3 dez. 2014.
BASCONCELLO, D. O. Curso de Arduino: aula 1. O que é o Arduino. Disponível em: <www.robotizando.com.br/curso_arduino_o_que_e_arduino_pg1.php>. Acesso em: 27 nov. 2014.
CAVALCANTE, F. C. Android além de smartphones e tablets: descubra o que mais é possível
fazer com este valente robozinho, 2012. Disponível em: <http://www.superdownloads.com.br/materias/6208-android-alem-de-smartphones-tablets-descubra-que-possivel-valente-robozinho.htm>.
Acesso em: 3 dez. 2014.
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<www.tecmundo.com.br/internet/57947-internet-diferenca-entre-protocolos-udp-tcp.htm >. Acesso em:
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em: 27 nov. 2014.
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268
MITCHELL, B. What Is a USB Port? Disponível em: <http://compnetworking.about.com/od/usbnetworking/p/usb-port.htm>. Acesso em: 15 out. 2014.
MORADORES registram problemas em ‘estacionamento inteligente’ de Águas: notícias em Piracicaba e Região. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2015/05/moradores-registram-problemas-em-estacionamento-inteligente-de-aguas.html>. Acesso em: 20 ago. 2015.
MORIMOTO, C. E. Cabos de rede: introdução, 2008. Disponível em: <www.hardware.com.br/tutoriais/cabos-rede>. Acesso em: 27 nov. 2014.
_____. Cabos de rede: categoria de cabos, 2008. Disponível em: <www.hardware.com.br/tutoriais/
cabos-rede/pagina2.html>. Acesso em: 27 nov. 2014.
269
O DILEMA AMBIENTAL DAS EMBALAGENS ESTUDO DE CASO DO MOLHO DE TOMATE
Thais Cristina Reis Gomes,1 Andress Roberto Cardena da Cruz,2 Darllan
Collins da Cunha e Silva3
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Como as diferentes embalagens de molho de tomate influenciam na minimização das perdas e consequentemente dos impactos ambientais ao
longo da cadeia?
Antecedentes: A visão atual indica que as embalagens são as grandes vilãs no impacto ambiental, contudo esquecem de que uma das suas principais funções é a de
proteger o produto a ser embalado evitando o desperdício.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo mostra que a informação sobre as embalagens alimentícias é útil do ponto de vista ambiental. A comparação apresentada
pode ajudar a identificar melhorias ambientais, pois os impactos ambientais do produto estudado são mais relevantes do que os das suas embalagens, justificando a utilização de maiores tecnologias em materiais para sua proteção, durabilidade e redução
de perdas.
Limitações e pontos fortes: Este estudo pode agregar novos conhecimentos na área
de embalagem e sustentabilidade, pois nos leva a enxergar de outra perspectiva, também possibilita a inserção de ferramentas de gestão para a obtenção de dados mais
precisos quanto os impactos causados pelos inúmeros tipos de embalagens, entretanto, houve dificuldade e limitação na obtenção de dados confiáveis por ser um assunto
relativamente novo e pouco discutido.
Palavras-chave: Embalagem. Impactos ambientais. Reciclabilidade.
Introdução
A visão atual indica que as embalagens são as grandes vilãs no impacto ambiental, mas esquecem
de que uma das suas principais funções é a de proteger o produto a ser embalado evitando assim o seu
desperdício ao longo de toda a cadeia (ABRE, 2011). A embalagem desempenha um papel fundamental
na proteção da qualidade do produto, preservando-o desde o acondicionamento até o seu consumo e/
ou uso pela população de pequenos e grandes centros urbanos e auxiliando, assim, no uso racional dos
recursos naturais (CETEA, 2015). Podemos dar o exemplo das embalagens flexíveis, que embora sejam
feitas de plástico, um material reciclável, ainda não há uma cadeia de reciclagem estruturada para essa
categoria, principalmente por apresentar em sua composição uma mistura de materiais (NATURA,
2013). Portanto ainda há necessidade de pesquisas voltadas ao assunto para buscarmos as soluções de
forma aberta e assim evoluirmos esse aspecto em nossa sociedade.
Objetivos
Esta pesquisa tem como objetivo analisar a importância e o papel das diferentes embalagens do
molho de tomate, sua reciclabilidade e, como podem influenciar na minimização das perdas.
Delineamento
Adequação de Metodologia
[email protected] /Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Itapetininga / SP; [email protected] /
Universidade de Sorocaba/Sorocaba/SP
1
270
Método
Para comparação das estimativas dos impactos ambientais foram coletados dados de pegada
hídrica do molho de tomate embalado e das embalagens de vidro, Tetra Pak, lata de aço e flexível
plástica, conforme fontes: (MEKONNEN; HOEKSTRA, 2010), (TETRA PAK, 2009), (ABEAÇO, 2012)
e (BRASKEM, 2012). E para pegada de carbono: (FAO, 2010), (ABIVIDRO, 2010), (TETRA PAK, 2009),
(ABEAÇO, 2012) e (BRASKEM, 2013). Foi realizada a pesagem dos 4 tipos de embalagens com o molho
de tomate e sem produto (considerando uma média de 3 pesagens) e a medição das dimensões para
determinação do volume. Levantamento dos índices de reciclabilidade conforme fontes: (ABIVIDRO,
2010), (CEMPRE, 2013), (ABEAÇO, 2012) e (COLTRO, 2009). O levantamento dos preços do molho de
tomate em cada tipo de embalagem foi realizado para 3 diferentes marcas, em 3 mercados de grande
porte no dia 15/05/2015; Para comparação da vida útil de prateleira (sem refrigeração) dos molhos
de tomate embalados, foram verificadas as informações nas próprias embalagens estudadas; Matriz
GUT A matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) é uma ferramenta de gestão para auxilio de
priorização para resoluções de problemas de qualquer escala. Nesta pesquisa a mesma foi adequada
para atender os interesses dos assuntos abordados. Para a construção da matriz foram utilizados sete
indicadores, sendo eles: Pegada Hídrica (PH), Pegada de Carbono (PC), Vida Útil – fechada na prateleira (VUf), Vida Útil – aberto e refrigerado (VUa), Índices de Reciclabilidade (IR), Volume (Vol) em
disposição em aterros sanitários e Preços (P), sendo que cada embalagem recebeu uma nota de 1 a 5
conforme seu desempenho nos indicadores acima, sendo 5 classificado como um grau de relevância
muito bom. A pontuação final das embalagens foi obtida através da multiplicação das notas de cada
indicador escolhido dividido pela pontuação máxima possível, uma vez que, objetivou-se um indicador
que variasse de 0 a 1, conforme pode ser visto na Equação (1): Pontuação Final = PH X PC X VUf X VUa
X IR X Vol X P/78125 (1) O resultado representa uma gradação numérica que determina o impacto
das embalagens no ambiente e escalonados de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 o resultado,
indica um menor impacto.
Resultado
Quando falamos de pegada hídrica e de carbono o processo de produção de molho de tomate
apresenta uma quantidade muito significativa com relação às suas embalagens, 380 L /kg produzido. Levando em consideração os índices de reciclabilidade encontrados na pesquisa, a lata de
aço apresenta maior porcentagem com 47%, já a flexível plástica, segundo Coltro (2009), apresenta
reciclagem pós-consumo próxima a zero devido aos problemas de lavagem, separação do material
coletado e presença de tinta de impressão. Dos resultados obtidos através da matriz GUT observamos que a embalagem flexível - plástica demonstra o menor impacto ambiental dentre as demais,
conforme a Tabela 1.
Tabela 1. Características granulométricas (em g/kg) das zonas estudadas.
Zonas
Areia Grossa
Areia fina
Silte
Argila
Classificação Textural
ZI
24
352
312
312
Franco Argiloso
ZR
20
1
195
465
320
Franco Argiloso
(1) ZI – Zona Intangível, ZR – Zona em Recuperação.
Discussão
Dos indicadores analisados podemos perceber que todas as embalagens ainda necessitam de estudos maiores para sua melhoria, pois dentre as quatro nenhuma atingiu uma pontuação próxima a
1. A comparação apresentada pode ajudar a identificar melhorias ambientais, pois pelos altos índices
de pegada hídrica e de carbono do produto estudado, em relação às suas embalagens, se justifica a
271
utilização de maiores tecnologias em materiais para sua proteção, durabilidade, redução de perdas e
melhoria no ciclo de vida.
Conclusão
Das embalagens estudadas a embalagem flexível plástica demonstrou o menor impacto ambiental
com relação às demais, porem são necessárias novas tecnologias para melhorar sua reciclabilidade.
Uma das conclusões que podem ser retiradas da pesquisa é que é importante analisar que existe um
risco de que as perdas de alimentos aumentem quando há alteração dos materiais da embalagem.
Redação e levantamento bibliográfico – TCRG
Redação e desenvolvimento da metodologia – ARCC
Orientação e revisão do texto final – DCCS
Referências
ABRE. Protocolo global sobre sustentabilidade de embalagens 2.0. 2011. Disponível em: <http://
www.abre.org.br/wp-content/uploads/2012/08/protocolo_global.pdf >. Acesso em: 18 jun. 2015.
AKERMAN, M. Economia de baixo carbono: avaliação de impactos e perspectivas tecnológicas. Indústria do Vidro. 2014. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/portalmdic/arquivos/
dwnl_1427804659.pdf >. Acesso em: 20 ago. 2015
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMBALAGEM DE AÇO - ABEAÇO. Meio Ambiente: reciclagem.
2012. Disponível em: <http://www.abeaco.org.br/reciclagemacotexto.html>. Acesso em: 18 jun. 2015.
ASSOCIAÇÃO TÉCNICA BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS AUTOMÁTICAS DE VIDRO ABIVIDRO. Estratégia baixo carbono para a indústria brasileira de vidro: análise de emissões no
setor vidreiro. 2014.
BRASKEM. Pegada de carbono. 2013. Disponível em: <http://www.braskem.com.br/Portal/Principal/
Arquivos/Download/Upload/Braskem_PegadadeCarbono_107.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2015.
CETEA. Sustentabilidade: pesquisa, desenvolvimento e inovação. 2015. Disponível em: <http://www.
ital.sp.gov.br/cetea/sustentabilidade.php>. Acesso em: 17 jun. 2015.
COLTRO, L. Simbologia de reciclagem para laminados de BOPP. Relatório CETEA A219-1/08
- Final. Campinas: CETEA/ITAL, 2009. Disponível em: <http://bagarai.com.br/wp-content/uploads/2010/07/Laudo-Cetea.pdf>. Acesso em: 2 set. 2015.
COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM - CEMPRE. Review 2013. Disponível em:
<http://cempre.org.br/busca/review%202013>. Acesso em: 9 maio 2015.
DESAFIO Natura Campus: embalagens flexíveis. 2013. Disponível em: <http://www.naturacampus.
com.br/cs/naturacampus/post/2014-04/e-lancado-o-desafio-natura-campus-embalagens-flexiveis>.
Acesso em: 2 jun. 2015.
GARCIA, E. O mito da degradação das embalagens. 2013. Disponível em: <http://www.cetea.ital.
sp.gov.br/informativo/v25n1/artigos/v25n1_artigo2.pdf>. Acesso em: 16 maio 2015.
MEKONNEN, M. M.; HOEKSTRA, A. Y. The green, blue and grey water footprint of crops and
derived crop products. Twente water centre. Enschede, The Netherlands: University of Twente, 2010.
Disponível em: <http://temp.waterfootprint.org/Reports/Report47-WaterFootprintCrops-Vol1.pdf>.
Acesso em: 21 maio 2015.
TETRA PAK. Pegada de CO2 e da embalagem cartonada. 2009. Disponível em: <http://www.tetrapak.com/pt/sustainability/climate-impact/carton-co2e-footprint>. Acesso em: 21 maio 2015.
272
AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E AMBIENTAL DA IMPLANTAÇÃO DE UMA
USINA DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS ORIUNDOS
CONSTRUÇÃO CIVIL
Itallo Garcia Leal,1 Fernanda Zavatini2
•
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•
•
Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Existe a viabilidade técnica, econômica e ambiental de se instalar uma usina de beneficiamento de resíduos da construção civil na cidade de Salto
de Pirapora, situada no estado de São Paulo?
Antecedentes: Hoje com leis mais severas e com atitudes ambientais mais agressivas
e ainda com a cobrança da sociedade por um ambiente mais sustentável, já se tem a visão
de uma construção mais limpa e ecologicamente correta. Sendo assim abrindo o mercado
e dando foco para o aproveitamento deste resíduo fazendo assim a logística reversa e diminuindo o impacto gerado por ele e reduzindo a extração de muitos minerais.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo veio a dar algumas possíveis soluções para
o problema da geração de resíduos da construção civil, principalmente na região analisada com mais de 15 municípios com grande, médio e pequeno porte em relação ao
potencial gerador de resíduos. Ainda mais, mostra que com a proximidade de municípios que estão a pleno vapor no mercado da construção civil a viabilidade estratégica
da localização se dá muito satisfatória.
Limitações e pontos fortes: Um dos pontos que vem a fortalecer o estudo é o grande
interesse de construtoras em conquistar um mercado diferenciado. Uma limitação foi
a obtenção de dados e estudos sobre a geração e a destinação deste tipo de material
pelas prefeituras ao entorno da área em que o estudo foi feito, pouco se sabe o quanto
se será de resíduos.
Palavras-chave: Beneficiamento de resíduos. Aproveitamento de construção. Sustentabilidade. Logística reversa.
Introdução
As sociedades modernas enfrentam desafios de um cotidiano mais complexo devido ao crescimento urbano desordenado e seu consequente aumento e diversificação na geração de resíduos, sendo o
entulho um contribuinte relevante em termos de volume e composição.
A Logística Reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por
um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos,
ou outra destinação final ambientalmente adequada (BRASIL, LEI Nº 12.305, DE 2010, ART.3º, INCISO
XII). A Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental envolvida.
Os Resíduos de Construção Civil “RCC” são aqueles provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de
terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas,
tintas, madeiras, compensados, forros e argamassas, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações e fiação elétrica, comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha (SÃO
PAULO, LEI Nº 12.300, DE 16 DE MARÇO DE 2006, ART.6º, INCISO VI).
[email protected] / Engenharia Ambiental/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected]// Sorocaba/SP
1
273
Objetivos
O presente estudo pretende contribuir para a sociedade com a avaliação da viabilidade estratégica
de implantar uma usina de reciclagem que atenda à premissa da logística reversa como alternativa
para aproveitamento do volume de resíduos Classe A da construção civil gerados diariamente na região Metropolitana de Sorocaba onde está situado o município de destino desses resíduos, Salto de
Pirapora.
Delineamento
Método
Para a determinação da viabilidade técnica, econômica e ambiental adotou-se as etapas de estudo
extraídas do Escopo Mínimo dos Estudos de Viabilidade do Ministério do Desenvolvimento (site do
Ministério do Meio Ambiente), conforme segue: Diagnóstico da situação dos resíduos de pós-consumo
na cadeia; Situação da infraestrutura para sistemas de logística reversa; Aspectos legais dos Resíduos;
Avaliação de viabilidade econômica da implantação dos sistemas de logística reversa pós-consumo;
Avaliação dos benefícios da implantação dos sistemas de logística reversa pós-consumo. Avaliar a viabilidade estratégica de implantar uma usina de reciclagem que atenda à premissa de logística reversa.
Após isso, foi gerado uma tabela.
Resultado
A infra-estrutura municipal conta com duas rodovias não duplicadas, SP-264 e SPA-104/079, que
ligam Salto de Pirapora ao restante do país e são utilizadas para todo escoamento da produção local e
circunvizinha. Em um projeto de viabilidade basicamente, preocupa-se definir os custos e benefícios
do empreendimento, quantificando de início a vida útil e o alcance do projeto. Além da durabilidade
dos equipamentos outro fator de suma importância é a capacidade financeira, ou seja, em caso de impactos negativos na receita o empreendimento consiga de alguma forma de financiamento ou recursos
próprios cobrir suas despesas.
Discussão
A própria atividade da reciclagem por si só já agrega valor pelo fato que recupera um Produto
anteriormente descartado, reciclando-o ou reutilizando-o. Tal solução reflete em melhorias ambientais
e sociais diretas, trazendo benefícios econômicos para o mercado da construção, com a criação de
produtos alternativos de menor custo.
Estudos demonstraram que a região de Sorocaba em média recicla apenas 11 % de resíduos classe
A, e apenas 8 % é reutilizado nas obras. Pesquisas apontaram que grande parte dos municípios que obtiveram uma classificação eficiente na gestão possuem algum tipo de programa ou ação para o gerenciamento dos resíduos da construção civil. Porém, 79 (setenta e nove) municípios dos 437 pesquisados
no IGR (índice de gestão de resíduos) não possuem ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos da
construção civil. Destes, 57 (cinquenta e sete) municípios foram classificados com uma gestão ineficiente e os outros 22 (vinte e dois) municípios com uma gestão mediana.
Conclusão
Neste trabalho conclui-se que a existência de referências sobre o tema reflete a crescente preocupação com o meio ambiente das sociedades modernas e a interdependência entre as instituições sociais
para enfrentar os desafios inerentes à gestão dos recursos naturais, em especial os recursos destinados
à construção civil. A região ao entorno da cidade de Salto de Pirapora se mostrou grande fornecedora
de matéria prima para se fazer rentável a instalação de uma empresa no seguimento de beneficiamento
274
de resíduos provenientes da construção civil, na parte ambiental a diversas localizações de interesse
para se implementar tal projeto sem precisar mudar a característica original do terreno sobretudo
ainda a que se fazer estudos de custos, pois é muito variável a especulação mobiliaria dos terrenos da
região, assim como grande parte dos equipamentos usados no beneficiamento dos resíduos são taxados pelo Dollar, que oscila muito.
Os 2 autores participaram das 3 etapas do trabalho.
Referência
FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias. São
Paulo: Pioneira, 2002.
275
CEMITÉRIO: NECROCHORUME E OS SEUS REFLEXOS NO MEIO AMBIENTE
Priscila Rodrigues Lopes1
•
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Existe o risco de o cemitério contaminar a água e os lençóis
freáticos?
Antecedentes: Devido às primeiras amostras existe a contaminação de alguns elementos (P, matéria orgânica, N, Ca, etc.) que podem por em risco a contaminação da
água e dos lençóis freáticos.
O que esta pesquisa acrescenta: Existe um risco da atividade cemiterial que contamina a água e os lençóis freáticos.
Limitações e pontos fortes: O ponto forte é a parte superficial esta mais contaminada
do que a mais profunda, pois a parte mais profunda os microorganismo ajuda a decompor. As limitações são os pontos que foram coletados a terra, mas se estivesse feito uma
analise mais aprofundada existiria um potencial maior, assim dava para ver o nível da
água, os tipos de rocha, o tipo de textura, etc., mas o custo seria maior.
Palavras-chave: Cemitério. Necrochorume. Poluição.
Introdução
Através de pesquisa bibliográfica, a materiais disponibilizados na biblioteca da Universidade, desenvolver-se-á o tema proposto no decorrer do último ano de faculdade, qual seja 2015. O presente
estudo busca compreender o necrochorume e seus reflexos ambientais. Nesse sentido, trataremos das
atividades desenvolvidas no cemitério, observando os danos que podem ser causados ao meio ambiente e por conseqüência à saúde pública. Desse modo, serão analisados seus impactos no solo e nas
águas, devido à decomposição dos corpos que são depositados no solo.
Assim, os riscos causados pelos cemitérios são o objetivo do presente estudo, onde analisaremos,
portanto, as alterações no solo e nas águas subterrâneas, podendo assim, observar as adequações recomendáveis a fim de que sejam minimizados seus reflexos. O estudo preocupa-se com os meios de
conscientização da sociedade, para que se tenham o devido cuidado no manuseio com a água, além
do cemitério ter o dever de tomar os cuidados necessários para a manutenção do lençol freático, de
forma a manter a água potável, através de monitoramento constate modos reflexos de seus resíduos.
No que diz respeito ao seu funcionamento, esse deve ser autorizado e acompanhado de forma rigorosa
os trabalhos realizados, respeitando assim as prescrições sanitárias existentes, evitando assim, a poluição das águas que são utilizadas pela sociedade em geral, evitando assim, o que se concretizem o
potencial risco que a operação dos cemitérios pode trazer. A presente proposta também contempla a
pesquisa de campo, através do estudo de caso, levando em consideração os procedimentos adotados
nos cemitérios municipais da Prefeitura de Boituva/SP, através do levantamento dos sepultamentos
realizados e dos procedimentos adotados, buscando verificar se esses atendem às recomendações do
CETESB, nos trabalhos realizados.
Objetivos
O desenvolvimento da presente proposta objetiva o estudo da implantação de cemitérios e os
seus impactos ambientais. Nesse sentido, serão analisados os impactos causados pela liberação do
necrochorume, e quais as medidas que devem ser adotadas objetivando evitar a poluição do solo e dos
lençóis freáticos, situação essas que acarretam danos irreparáveis ao meio ambiente e para a saúde da
[email protected] / Engenharia Ambiental / Universidade de Sorocaba/Sorocaba/SP
1 276
população. Através do estudo da decomposição dos corpos e da liberação de seus efluentes, busca-se
compreender a possibilidade dos danos ambientais, em decorrência da liberação do necrochorume.
Delineamento
Método
Através do inicial levantamento bibliográfico acerca do processo de decomposição dos corpos,
bem como da compreensão das substâncias liberadas no solo e no lençol freático, serão consideradas
as estruturações necessárias para que os danos ambientais sejam minimizados. Duas coletas foram
realizadas no Cemitério Municipal de Boituva, visto que o cemitério é dividido em duas alas, uma
mais antiga, com sepultamentos realizados desde 1919, e outra mais nova. Nessas duas amostras foram
realizadas análises físico-químicas.
Tabela 1
Análise do Solo
pH CaCl
Mat. Orgânica g/dm3
Fósforo mg/dm3
Potássio mmolc/dm3
Cálcio mmolc/dm3
Magnésio mmolc/dm3
H+Al mmolc/dm3
Alumínio mmolc/dm3
Soma de Bases mmolc/dm3
C. T. Cátions
Sat. Por Bases %
Sat. Por Al %
Enxofre mg/dm3
Boro mg/dm3
Cobre mg/dm3
Ferro mg/dm3
Manganês mg/dm3
Zinco mg/dm3
% de K na CTC
% de Ca na CTC
% de Mg na CTC
P/Mn
P/Zn
K/Ca
K/Mg
K/Mn
Ca/Mg
Ca/Mn
Fe/Mn
2
Análise 1 - 28/042015
Análise 2 – 27/08/2015
6,8
19
43
0,8
106
22
10
0
129
139
93
0
9
0,12
0,6
2
0,2
2,6
0,6
76,4
15,9
215,0
16,5
0,0
0,0
4,0
4,8
530,0
10,0
4,4
12
2
0,1
6
2
102
0
8
117
7
0
14
0,11
0,2
18
0,1
0,4
0,1
5,1
1,7
20,0
5,0
0,0
0,1
1,0
3,0
60,0
180,0
277
Resultado
Do ponto de vista de contaminação por excessos no solo, não houve alterações nas análises realizadas. Assim, se considerarmos a superficialidade do solo, ele apresenta uma alta concentração de
cálcio, fósforo, matéria orgânica e nitrogênio, ou seja, o processo de decomposição dos corpos não tem
influenciado no solo.
Discussão
Ao pensarmos no processo de decomposição dos corpos, temos que pode aparecer no solo elementos como cálcio, nitrogênio, matéria orgânica, entre outros. No entanto através das análises realizadas
observa-se que as alterações na sua composição, se mostram em quantidade inferior à da superfície do
solo, o que é o esperado num solo sem contaminação por dejetos humanos.
Conclusão
A verificação dos riscos causados pela atividade cemiterial enquanto agente potencialmente poluidor, acarretando prejuízos nas águas subterrâneas, deste modo, fica clara a necessidade da constante
avaliação sanitária, evitando assim que a população tenha problemas de saúde. No que diz respeito às
responsabilidades do Poder Público, este deve estar sempre atento a preservação ambiental, realizando os estudos que se fazem necessário e atendendo às determinações sanitárias, garantindo assim, a
qualidade da água destinada à população.
Agradecimento
Secretaria de agricultura e meio ambiente de Boituva-SP.
PRL - elaboração do projeto, coleta de dados, analise do solo, conteúdo intelectual.
DCCS – orientação do projeto.
Referências
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cemitérios: Norma Técnica L1.040. São Paulo: CETESB, 1999.
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LUCHESE, E. B.; FAVERO, L. O. B.; LENZI, E. Fundamentos da química do solo teoria e prática. Rio
de Janeiro: Freitas Bastos, 2002.
MEIRELLES, H. L.. Direito municipal brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1994.
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REZENDE, E. C. M. Necrochorume: salve o planeta terra. Periódico online, 2005. Disponível em:
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introductory briefing. Denmark: WHO, 1998. Disponível em: <http://www.who.int/en/>. Acesso em: 25
abr. 2015.
278
INFLUÊNCIA DE LAGOS E RESERVATÓRIOS NAS
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS LOCAIS
Nayara de Souza11, Scott A. Wells,2 Cristian Michel Gabriel de Souza,3 Eduardo Stroka,4 Júnior Farias de França,5 Renan Angrizani de Oliveira,6 Darllan
Collins da Cunha e Silva,7 Débora Zumkeller Sabonaro,8 Welber Senteio
Smith,9 Roberto Wagner Lourenço10
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Os reservatórios e lagos podem influenciar o microclima local
e afetar a temperatura do ar no entorno?
Antecedentes: Lagos e reservatórios são considerados hotspots, porque eles contribuem para o balanço global de carbono na paisagem e também funcionam como reguladores de mudança climática (WILLIAMSON et al., 2009). Mais estudos devem ser
feitos para compreender a complexidade dos lagos e reservatórios e sua interação com
o clima local e global. Ao compararmos a coleta de dados fornecida pela United State
Geological Survey (USGS) para o reservatório Bull Run com a ferramenta CE-QUAL
-W2, percebeu-se que as temperaturas previstas pela ferramenta no inverno estavam
mais frias que as relatadas pela coleta de dados realizada em campo, indicando que o
reservatório poderia estar influenciando no microclima local.
O que esta pesquisa acrescenta: Ao comparar a ferramenta CE-QUAL-W2 e a coleta de dados fornecida pela USGS é possível constatar uma diferença de temperatura
significativa entre os dois gráficos gerados durante os invernos estudados, o presente
estudo pretende levantar a hipótese de que reservatórios e lagos podem influenciar no
microclima local e possivelmente afetar a temperatura do ar no entorno, assim explicando por que essa diferença de temperatura está ocorrendo.
Limitações e pontos fortes: Entre os principais pontos fortes do estudo pode-se dizer
que possuir um banco de dados bem conciso e utiliza uma ferramenta altamente reconhecida no meio científico. A limitação dessa pesquisa consiste no estudo de apenas
uma variável, que nesse caso é a temperatura devido a complexidade da ferramenta
CE-QUAL-W2.
Palavras-chave: CE-QUAL-W2. Temperatura. Modelamento numérico. Lagos. Reservatórios. Condições meteorológicas locais.
Introdução
MacKay et al. (2009) determinou que pequenos lagos e reservatórios compõem 2/3 da superfície
terrestre, que é coberta por água. Lagos e reservatórios influenciam diretamente o ecossistema terrestre e desempenham um papel importante na regulação do clima local (WILLIAMSON et al., 2009).
Estudos estão sendo desenvolvidos para entender as interações entre atmosfera-lago, o que possibilita
melhorar a interpretação de dados coletados em campo e previsão futura do comportamento de lagos
e reservatórios em sazonalidades distintas.
A utilização de simulações numéricas, para a criação de uma base de dados com informações espaciais
e temporais, permite um monitoramento do corpo de água e uma interpretação mais precisa do banco de
[email protected] / Engenharia Ambiental / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Portland State University / Portland;
[email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; 3Vanessa Cezar Simonetti/[email protected] / Universidade
de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de
Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Unesp / Sorocaba / SP
1 279
dados criado (WEN et al., 2014). Esse trabalho tem como intenção apresentar uma discussão a respeito da
influência de lagos e reservatórios como agentes de interferência nas condições meteorológicas locais/
regionais, utilizando a ferramenta CE-QUAL-W2 para o modelamento hidrodinâmica da temperatura.
Objetivos
Manipular o banco de dados fornecidos pela USGS na ferramenta CE-QUAL-W2, mudando a temperatura do ar e analisar se isso causará alguma melhoria nas temperaturas de inverno estudadas,
com o objetivo de propor melhorias para a ferramenta CE-QUAL-W2 e entender o que está causando a
diferença de temperatura entre o banco de dados e a ferramenta.
Delineamento
Método
A metodologia do estudo se limitará em analisar a coleta de dados do USGS para o reservatório Bull
Run nos Estados Unidos, durante os anos de 1997 - 1999, 2001 e 2005 com o objetivo de gerar gráficos
entre os dados coletados e os dados gerados pelo CE-QUA-W2. Ao analisar os gráficos, será proposto
uma alteração de 2°C, 4°C e 6°C na temperatura do ar na ferramenta, com a intenção de ajustar melhor
o programa para com o banco de dados coletado pela USGS. Um debate sobre lagos e reservatórios
influenciando o microclima local será discutido como possível hipótese para a ocorrência da diferença
de temperatura apresentada entre a ferramenta e o banco de dados durante os invernos estudados.
Resultado
Foi observado que as temperaturas nos três invernos analisados pela ferramenta CE-QUAL-W2 se
encontravam abaixo da temperatura coletada pelo banco de dados da USGS, indicando a necessidade
de um aprimoramento na ferramenta em versões futuras, para dessa forma, tornar-se uma ferramenta
de provisão futura eficiente na gestão de tomada de decisão.
Discussão
Conforme Williamson et al. (2009), as alterações climáticas têm uma grande influência nos ecossistemas naturais e humanos que poderiam ser percebidos na distribuição geográfica, magnitude e
tempo através da paisagem global. Ainda segundo os autores, lagos e reservatórios são considerandos
hotspots, porque eles contribuem para o balanço global de carbono na paisagem e eles também são
importantes reguladores da mudança climática. Além disso, a presença de lagos dentro da floresta,
certamente, terá uma grande influência sobre o clima local, e, assim, indiretamente, sobre o balanço de
carbono terrestre (MACKAY et al., 2009). Lagos também podem armazenar sinais de mudança em seus
sedimentos, integrando mudanças não só dentro do ecossistema aquático, mas também mudanças no
ecossistema terrestre. Muitos lagos contêm CO2 e outros gases de efeito estufa em concentrações acima de equilíbrio do ar, e agem como os principais canais para a transferência de carbono terrestre para
a atmosfera (WILLIAMSON, 2009). Mais estudos devem ser feitos para compreender a complexidade
dos lagos e reservatórios e sua interação com o clima local e global.
Conclusão
Compreender os efeitos das alterações climáticas nos lagos e reservatórios é um fator chave para
conectar as condições climáticas e os ecossistemas aquáticos (MACKAY et al., 2009). Lagos e reservatórios podem fornecer informações valiosas de padrões e mecanismos de como ecossistemas terrestres e aquáticos estão sendo ameaçados pela mudança climática (WILLIAMSON et al., 2009). Com
o aquecimento global recente e escassez de recursos hídricos, para explorar efeito do lago em clima
280
local é um estudo importante para o planejamento do desenvolvimento econômico para a paisagem e
para as comunidades ao redor do lago regiões (WEN et al., 2014). Lagos desenvolvem um importante
papel ambiental, social, econômica em nosso ecossistema e da nossa sociedade. Encontrar melhores
maneiras de gerenciar esses recursos naturais é importante para futuras tomadas de decisões, monitoramento de lagos e reservatórios, em especial este segundo caso por ser um importante recurso para o
abastecimento publico de água e geração de energia.
Figura 1
Agradecimento
A Uniso - Programa ciência sem fronteiras.
A autora NS participou da concepção do projeto, coleta de dados, redação do artigo, análise e interpretação de dados. SAW participou da concepção do projeto, coleta de dados, análise, interpretação de
dados e orientação de todas as etapas do trabalho e aprovação da versão final a ser publicada. CMGS
participou da redação do artigo. VCS participou da redação do artigo. EABS participou da análise e
interpretação de dados. JFF participou da revisão crítica. RAO participou revisão crítica. DCCS, DZS e
WSS participaram da revisão crítica e orientação de todas as etapas do trabalho e aprovação da versão
final a ser publicada. RWL participou da revisão crítica do conteúdo intelectual.
Referências
MACKAY, M. D. P. J. et al. Modeling lakes and reservoirs in the climate system. South Carolina:
Clemson, 2009.
WEN LIJUAN, S. L. V.; ZHAOGUO LI, Lin Zhao; NIDHI, Nagabhatla. Impacts of the two biggest
lakes on local temperature and precipitation in the yellow river source region of the Tibetan Plateau. Hamilton: ON, 2014.
WILLIAMSON, C. E. et al. Lakes and reservoirs as sentinels, integrators, and regulators of climate
change. Ohio: Oxford, 2009.
281
MEDIDAS MITIGADORAS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DA PRODUÇÃO DE CIMENTO NA REGIÃO DE
SOROCABA/SP
Estela Guimarães Vieira,1 Mayara Stefani Barbosa
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: O que pode ser feito para minimizar os impactos ambientais
dentro de uma produção cimenteira?
Antecedentes: Estudos afirmam que a indústria do cimento está entre as mais potencialmente poluidoras do mundo, responsável por elevado percentual global de emissões de gases de efeito estufa e CO2, além de muitos outros impactos negativos. Em
contrapartida, a necessidade do ser humano por moradia e grandes construções faz do
cimento o produto mais consumido no mundo, perdendo apenas para a água.
O que esta pesquisa acrescenta: O presente estudo visa acrescentar de forma consciente a preocupação com os danos que a indústria cimenteira é capaz de causar ao
meio ambiente, justificada pela busca de medidas que mitiguem os malefícios advindos de cada etapa do processo produtivo do cimento.
Limitações e pontos fortes: O estudo tem como ponto forte a identificação das medidas mais adequadas e acessíveis para os impactos ambientais mais recorrentes, porém
existem algumas limitações quanto a análise e avaliação dos aspectos ambientais destes impactos.
Palavras-chave: Cimento. Aspectos. Impactos. Medidas.
Introdução
O cimento é um aglomerante hidráulico constituído basicamente de óxidos de cálcio, silício, alumínio e ferro que quando misturado com água endurece (PAIVA et al., 2010). O presente trabalho tem
como proposta apontar as medidas mitigadoras para os principais e mais recorrentes impactos ambientais oriundos de fábricas cimenteiras da região de Sorocaba/SP, a partir de uma análise sistêmica
das características dos processos. O processo produtivo do cimento é basicamente composto por duas
grandes atividades: a mineração de calcário e a fabricação de cimento (SANTI; SEVÁ, 2004, p. 3). Em
ambas as fases, inúmeros impactos ambientais podem ser observados. A partir dessa constatação buscou-se analisar os impactos mais recorrentes dentro da indústria cimenteira através dos Levantamentos de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA) proposto nos Estudos de Impactos Ambientais (EIA).
Visto isso, serão identificadas as ações e medidas mitigadoras aos danos ambientais.
Objetivos
O objetivo principal deste trabalho foi analisar o processo produtivo do cimento com o fim de
identificar ações que mitiguem os impactos ambientais mais recorrentes e danosos no processo fabril
do cimento.
Delineamento
Observacional, documental e revisão de literatura.
1
[email protected] / Engenharia Ambiental / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected]/Universidade de Sorocaba/
Sorocaba/SP
282
Método
Para a concretização deste trabalho foi necessária à realização de pesquisas em campo em fábricas de cimento da região de Sorocaba/SP. Somaram-se vários dias de acompanhamento das etapas e
processos de produção dentro da indústria. Através da observância seguida de explicações técnicas
foi possível realizar a demonstração de levantamentos de aspectos e impactos ambientais de maneira
estratégica através de uma matriz de prioridades. A partir disto, foram realizadas pesquisas bibliográficas e recolhimento de informações e dados do processo produtivo do cimento em cada setor para que
fosse possível identificar a aplicabilidade das medidas mitigadoras para sanar os impactos ambientais
mais recorrentes.
Resultado
Através dos Levantamentos de Aspectos e Impactos foi possível destacar os impactos mais significativos dentro da indústria cimenteira. Sendo eles: a degradação de ambientes naturais resultante
das atividades de mineração, o esgotamento de recursos naturais pelo alto consumo de combustíveis
fósseis e de energia elétrica, a contaminação do solo e da água pela geração excessiva de resíduos
industriais, a poluição do ar pela emissão dos poluentes atmosféricos e material particulado das chaminés de moinhos, fornos rotativos e veículos em trânsito.
Discussão
Desta forma, o foco é a identificação das ações ou medidas mitigadoras os impactos ambientais
destacados na pesquisa. Assim, foi possível destacar a recuperação de ambientes degradados, o co
-processamento, a coleta seletiva industrial, o monitoramento das emissões atmosféricas e definição
de metas de redução, e outras medidas preventivas.
Conclusão
Foi possível verificar que, apesar dos problemas associados do setor ainda serem extensos, a atividade cimenteira da região busca por sustentabilidade em sua produção, através de iniciativas que
minimizem os impactos mais danosos ao meio ambiente, trazendo à tona o engajamento de seus processos com as questões ambientais mais desafiadoras e a constante busca por conformidade e melhoria contínua.
Agradecimento
Agradecemos a Votorantim Cimentos pelo suporte à pesquisa e fornecimento de informações utilizadas para este estudo.
EGV e MSB participaram da concepção do projeto, além da análise e interpretação dos dados e
redação do texto. DCCS participou da orientação e revisão final do texto.
Referências
PAIVA, A.; E. JUNIOR, A.; CAMARA, R.; ASSUNÇÃO, A. B.; FERREIRA, E. M. Custos ambientais na
indústria de cimento: um estudo na Itapetinga agro-industrial s/a. In: ENCONTRO NACIONAL DE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Anais. 2010.
SANTI, A. Co-incineração e co-processamento de resíduos industriais perigosos em fornos de
clínquer: investigação no maior pólo produtor de cimento do país, região metropolitana de Belo
Horizonte, MG, sobre os riscos ambientais, e propostas para a segurança química. Tese (Doutorado
em Planejamento de Sistemas Energéticos) - Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade de
Campinas, Campinas, 2003.
283
CONTROLE DE VAZÃO E CONSUMO EM UM CHUVEIRO ELÉTRICO
Arhur Mendes Kratza,1 Fernando Henrique Ferreira Alves,2 William Patrick
Geraldo3
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Pensando na escassez de recursos naturais, como colaborar
com o controle de consumo de água e energia em uma residência?
Antecedentes: Sabe-se que o consumo de água e energia elétrica em residências é
elevado, e um dos principais motivos é o uso do chuveiro. Condomínios e prédios públicos não têm controle sobre o consumo. Existem algumas alternativas no mercado,
como temporizadores de chuveiros que controlam somente a parte elétrica do chuveiro.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo acrescenta o interesse em controlar os gastos em tempos de escassez de recursos naturais através da automação residencial. Um
meio eficiente de solucionar um problema de todas as residências. Apresentar uma
alternativa mais eficiente que, além de controlar a parte elétrica, também controla a
vazão de água e informa os dados de consumo.
Limitações e pontos fortes: O projeto controla a vazão e energia de acordo com a
necessidade da residência. Também controla o gasto do chuveiro. A limitação está na
distância de operação do Bluetooth, que exige a aproximação do dispositivo móvel
com o Arduino.
Palavras-chave: Automação. Consumo. Economia. Controle.
Introdução
Neste período de escassez de recursos naturais, pensando em economia residencial e visando impactos ambientais, sociais e econômicos, a pesquisa almeja uma alternativa de controle do chuveiro, uma das principais causas de gasto excessivo. O sistema controlará o
uso consciente do chuveiro por um tempo pré-determinado e exibirá os gastos por usuário.
O projeto consiste em um chuveiro com o tubo acoplado a uma solenóide, e esta é conectada ao medidor de fluxo de água efeito Hall. Separadamente, um medidor de tensão é interligado ao Arduino
(Modulo de controle e recepção de informações). Este esquema é utilizado para obter os valores de
consumo e controlar o fluxo de água. Uma solenóide e um relé controlarão a vazão da água. Ela ficará
fechada e abrirá somente quando o usuário liberar a utilização do chuveiro. O medidor de fluxo foi
utilizado para contabilizar o volume de água utilizado e será o início do cronômetro do sistema. O
medidor de tensão, por sua vez, contabiliza a energia utilizada através de uma fórmula pré-determinada. Esta fórmula precisará da potência do chuveiro utilizado, que será cadastrada através do aplicativo. Através de um aplicativo desenvolvido em uma plataforma Android, esses dados serão coletados
através do módulo Bluetooth. O dispositivo móvel armazena os dados e, através de um administrador,
pode exibi-los para eventuais consultas.
Objetivos
Construir uma automação de chuveiros residenciais de uma forma barata e eficiente. O projeto
consiste em controlar a vazão da água e o gasto de energia por usuário, limitando seu tempo e a utilização diária. Um administrador poderá, além de parametrizar o limite de tempo e potência do chuveiro,
[email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP;
[email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
1
3
284
poderá visualizar os gastos por indivíduo. Por fim, o sistema economizará os recursos utilizados em
uma residência, além de promover o uso consciente e evitar a escassez.
Delineamento
Método
Baseada em uma pesquisa aplicada, o projeto objetivou identificar as razões e verificar o desenvolvimento do projeto, os materiais necessários, o custo, a implantação e viabilidade. O primeiro passo
foi identificar o problema, a necessidade para o público alvo e se a pesquisa irá colaborar para uma
possível solução. A pesquisa e os testes foram efetuados de maneira empírica, obtendo um resultado
mais preciso.
Resultado
O teste do protótipo utilizou um espaço com ambientação adaptada para ensaios hídricos
e elétricos. Para o fluxo de água, uma mangueira foi acoplada na torneira. A voltagem do chuveiro nesta ocasião foi de 220 V. Com a pressão da saída de água do ambiente, foi testada a resistência da solenóide e das conexões de acoplamento. Para certificar a medição do volume da
água, foi utilizado um recipiente com medida de um litro. Após alguns testes, o medidor de fluxo Hall foi calibrado. Os testes com o medidor Hall foram efetuados com uma resistência de tensão fixa. Os testes do sistema em funcionamento foram aplicados com o tempo de utilização
reduzido. As condições de erros e limites para garantir a funcionalidade, como atingir o tempo limite, desligar a vazão de água antes do tempo e tentar utilizar o chuveiro após atingir o tempo limite foram induzidas. Todos os resultados foram satisfatórios, garantindo a estabilidade do sistema.
Há uma limitação referente à distância de conectividade do Bluetooth, que exige a proximidade do
dispositivo móvel com o Arduino. O sistema mostra-se interativo e eficiente no controle dos dados
obtidos.
Discussão
O projeto proposto alcançou três principais resultados impactantes. Um dos resultados é o ambiental: o combate a escassez de recursos naturais. Foco no controle de gasto do chuveiro, um dos
principais causadores de gasto excessivo de água e luz em uma residência. Outro resultado é o social: a
utilização do projeto, ao longo prazo, pode educar e conscientizar os usuários ao uso rápido do chuveiro. Pessoas próximas tem tendência em serem afetadas pelo mesmo comportamento, criando uma ação
em cadeia ao longo prazo. Este comportamento é conhecido pela Teoria Social Cognitiva do Albert
Bandura (FREITAS, 2010). Por fim, há o resultado econômico: com o corte de consumo no chuveiro, o
gasto de uma residência reduzirá e o custo monetário será otimizado.
Conclusão
Visando a economia de recursos naturais, o controle financeiro e o impacto socioambiental,
o projeto atende as necessidades de maneira viável e satisfatória. Uma alternativa para a solução
da limitação do projeto é utilizar um dispositivo wireless, pois a conexão do dispositivo não limita
a distância. O resultado foi positivo e o uso consciente do projeto gera impacto socioeconômico.
Agradecimento
Ao senhor Aparecido dos Santos Souza do Setor de Apoio/Universidade de Sorocaba.
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AMK participou da concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados, redação do artigo e
revisão crítica do conteúdo intelectual; FHFA participou da concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados, parte da redação do artigo ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e WPG
participou da aprovação final da versão a ser publicada.
Referências
ARDUINO software. Disponível em: <http://arduino.cc/en/Main/Software>. Acesso em: 11 mar. 2015.
DATASHEET Hall. Disponível em: <https://www.olimex.com/Products/ Components/Sensors/SNSFLOW201/resources/Water_flow_sensor_ datasheet.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2015.
FREITAS, M. de F. R. L.; DIAS, J. P. Teoria social cognitiva: conceitos básicos. Ciências & Cognição,
[s. l.], v. 15, maio, 2010. Disponível em: <http://www.cienciasecognicao.org/ >. Acesso em: 1 set. 2015.
MÓDULO Relee/relay. Disponível em: <http://arubia45.blogspot.com.br/ 2013/01/modulo-releerelay-arduino.html>. Acesso em: 11 mar. 2015.
TUTORIAL: Como utilizar o Sensor de Fluxo de Água – G ¾ com Arduino. Disponível em: < http://
labdegaragem.com/profiles/blogs/tutorial-como-utilizar-o-sensor-de-fluxo-de-agua>. Acesso em: 11
mar. 2015.
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ciências exatas e da terra
BRAILLE TOUCH - TECLADO VIRTUAL
Gisele Bruno de Oliveira,1 William Patrick Geraldo2
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Pontos em Destaque
Pergunta da pesquisa: Como aplicar a evolução tecnológica para o sistema de leitura
Braille favorecendo desenvolvimento de habilidades de pessoas com deficiência visual?
Antecedentes: Sabe-se que cada vez mais o uso de interfaces touchscren em smartphones e tablets traz uma grande conectividade que agilizam e facilitam o dia-a-dia
de seus usuários. Porém as interações com esses dispositivos representam um novo
desafio para os usuários com deficiência visual.
O que esta pesquisa acrescenta: Contribui para ampliar e facilitar a alfabetização do
sistema Braille das pessoas cegas, consequentemente dando a elas maior autonomia
no seu dia-a-dia.
Limitações pontos fortes: Pontos fortes: contribuição para a inclusão digital do deficiente visual, acessibilidade. Pontos fracos: o dispositivo ainda Não possui uma interface amigável com outros computadores convencionais.
Palavras-chave: Tecnologia. Sistema Braille. Deficiente visual. Acessibilidade. Inovação.
Introdução
Para esta pesquisa foi desenvolvido um aplicativo denominado Braille Touch – Teclado Virtual Touchscreen, possui caracteres alfanuméricos complementado com caracteres do sistema Braille e implementado com o áudio corresponde de cada tecla, utilizando como suporte um tablet com sistema Android.
O Braile é um sistema de escrita e leitura tátil para as pessoas cegas. Surgiu na França em 1825,
sendo o seu criador o francês Louis Braille que ficou cego, aos três anos de idade vítima de um acidente
seguido de oftalmia. Este sistema consta do arranjo de seis pontos em relevo, dispostos na vertical em
duas colunas de três pontos cada. Os seis pontos formam a “cela braille”. São dispostas da seguinte
forma: do alto para baixo, coluna da esquerda: pontos 1-2-3, do alto para baixo, coluna da direita: pontos
4-5-6 (Entendendo o Método Braille..., 2012). Os instrumentos frequentemente utilizados para a escrita
manual do alfabeto no sistema Braille são a reglete, uma régua com orifícios retangulares vazados que
servem como guia às celas Braille, e o punção, sendo este uma ponta de aço adaptada para a marcação
dos pontos nos orifícios da reglete. Usa-se ainda uma prancha com ranhuras, para fixação de papel e
apoio da reglete (Façanha, 2012, p. 25). Mas como imprimir o alfabeto braile em uma superfície vítrea
touchscreen?
Dentre diversas pesquisas de referências de exploração tátil, onde de alguma forma pudesse ser
aplicado em uma superfície vítrea touchscreen, um vídeo me chamou a atenção: mostra o ISense, um
conceito de película ainda existente apenas virtualmente, para ser acoplado somente em ipad, na descrição o acessório utiliza um material que reage a luz formando sinal de relevo (Isense..., 2011). Com
base neste formato, obteve-se a ideia para solucionar a impressão Braille na superfície de qualquer
tablet com sistema Android, utilizando película comum para proteção de telas touchscreen, foi aplicada uma técnica de serigráfica em alto-relevo, especialmente desenvolvida para a impressão Braille.
1 [email protected] / Engenharia da Computação/ Universidade de Sorocaba/ Sorocaba/SP; [email protected] / orientador / Engenharia da Computação/ Universidade de Sorocaba/ Sorocaba/SP
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Objetivos
O aplicativo tem por finalidade facilitar e agilizar o processo de aprendizagem do sistema Braille
de leitura, através da digitação, explorando dois sistemas cognitivos: o tato e a audição entre crianças
e adultos com deficiência visual e a inclusão para o mundo digital.
Delineamento
Método
Foi utilizado o método de estudo de caso. Este estudo de caso foi realizado na Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais (ASAC, Sorocaba), em duas etapas. Na primeira etapa, antes
do desenvolvimento do projeto, através de entrevista com a pedagoga Renata Millego e com o Técnico
Informática Fabiano L. Castro (deficiente visual), foi realizado um levantamento dos pontos fracos e
dificuldades que existem no sistema de aprendizado do sistema Braille de leitura. Na segunda etapa,
na execução do projeto, foram desenvolvidas e aplicadas soluções para contornar os pontos fracos
detectados na primeira etapa.
Resultado
O tablet com a película e o aplicativo instalados foi disponibilizado in loco (ASAC) para a pedagoga e para o técnico de informática, ambos realizaram testes da funcionalidade do aplicativo. Mediante
testes realizados, obteve-se respostas positivas, com algumas ressalvas para o aperfeiçoamento do
projeto, contudo o aplicativo atendeu as expectativas.
Discussão
Hoje, durante a fase escolar obrigatória, o estudante cego não tem motivação à prática do Braille.
O processo de reconhecimento dos caracteres é lento e provoca cansaço. O material Braille não é tão
atraente ao tato como os livros coloridos são para a visão; por isso, não é tão fácil despertar o interesse
de crianças ou adultos (Deficiência Visual..., 2000. p. 43-44).
Existem alguns aparelhos desenvolvidos com adaptações como, por exemplo: Isense, DrawBraille
(DrawBraille..., 2011), All in One Haptic Phone(All..., 2007), Disney TeslaTouch(Disney..., 2010), Nokia
Haptikos Tactile Touchscreen(Nokia..., 2008), Braille E-Book(Braille..., 2009), Touchphone for the Blind
(Touchphone..., 2010) e Samsung Touch Messenger in(Samsung..., 2010), porém, todos esses produtos
são destinados aos deficientes visuais já alfabetizados no sistema de leitura Braille.
Com um baixo custo, e voltado à alfabetização dos deficientes visuais, o Braille Touch foi desenvolvido para suprir essa defasagem no sistema Braille de leitura.
Conclusão
A pesquisa sobre a interação do deficiente visual com interfaces de apelo visual, como é a de toque,
é uma crescente demanda e requer cada vez mais estudos e pesquisas aplicadas. Um fator diferencial,
deste projeto, é a utilização do sistema Braille na interface touchscreen implementado com áudio dos
caracteres correspondentes, para ser utilizado como uma ferramenta para agilizar e facilitar o aprendizado do sistema Braille de leitura e assim promover a inclusão social do deficiente visual.
Agradecimento
A ASAC - Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais. A empresa Efeito Visual
Serigrafia.
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WPG participou do desenvolvimento e orientação da pesquisa e GBO participou da escrita e desenvolvimento da pesquisa.
Referências
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FAÇANHA, Agerbson Rocha. Uma proposta para acessibilidade visual e táctil em dispositivos
touchscreen. 109 f. Dissertação (Pós-Graduação) – Programa de Ciência da Computação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.
ISENSE. Conceito de iPad em braille. Disponível em: <http://www.deficienteciente.com.br/2011/05/
isense-conceito-de-ipad-em-braille.html >. Acesso em: 5 fev. 2015.
DEFICIÊNCIA visual. In: Gil, Marta Gil (org.). Brasília: MEC. Secretaria de Educação a Distância,
2000. P. 43-44 (Cadernos da TV Escola. 1. ISSN 1518-4692). Disponível em < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000344.pdf >. Acesso em: 15 fev. 2015.
DRAWBRAILLE. Conceito de smartphone para deficientes visuais. Disponível em: <http://olhardigital.uol.com.br/noticia/drawbraille_o_telefone_celular_feito_sob_medida_para_deficientes_visuais/20212 >. Acesso em: 5 fev. 2015.
ALL IN ONE HAPTIC PHONE. iPhone multi-touchscreen. Disponível em: < http://www.yankodesign.
com/2007/08/07/all-in-one-haptic-phone>. Acesso em: 5 fev. 2015.
DISNEY TeslaTouch. Disponível em: <http://www.disneyresearch.com/research/projects/hci_teslatouch_drp.htm>. Acesso em: 5 fev. 2015.
NOKIA Haptikos Tactile Touchscreen. Disponível em: < http://www.unwiredview.com/wp-content/
uploads/2008/07/nokia-haptics.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.
BRAILLE E-Book. Disponível em: < http://www.yankodesign.com/2009/04/17/braille-e-book/>. Acesso em: 6 fev. 2015.
TOUCHPHONE FOR THE BLIND. Disponível em: <http://www.yankodesign.com/2009/06/15/
touchphone-for-the-blind>. Acesso em: 6 fev. 2015.
SAMSUNG Touch Messenger. Disponível em: < http://pinsim.com/samsung/samsung-touch-messenger.html>. Acesso em: 6 fev. 2015.
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AUMENTAR O CAMPO VISUAL NA TRASEIRA DE
CADEIRA DE RODAS COM A AJUDA DE SENSORES
E APLICATIVOS
Gustavo Alves Soares;1 William Patrick Geraldo
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: É possível usar a tecnologia para ajudar a aumentar o campo
visual de cadeirantes?
Antecedentes: Hoje, a única prática possível para aumentar o campo visual é o uso de
espelho, mas para isso necessita a atenção do usuário. O projeto pretende com o uso da
tecnologia alertar o usuário com a ajuda de sensores a detectar os obstáculos e avisar o
usuário de forma sonora dando a possibilidade de confirmação visual.
O que esta pesquisa acrescenta: Esse estudo mostra como aumentar o campo visual,
com a ajuda de uma tecnologia de sensores combinados com aplicativos para celular
facilitando a detecção de obstáculos fora da visão dos usuários.
Limitações e pontos fortes: O ponto forte é o uso de sensores para detecção ao invés
de depender do usuário, mesmo este tendo a decisão final de como agir perante o obstáculo. Uma das limitações é a necessidade de 2 celulares: um para tirar foto e enviar
e outro para receber, alem de ser limitado pela tecnologia do Bluetooth que torna a
transferência lenta.
Palavras-chave: Campo visual. Aplicativo. Sensores.
Introdução
Durante os séculos, o ser humano procurou meios de melhorar e facilitar sua vida. Quando uma
pessoa não conseguia mais se locomover foram disponibilizados meios de ajudar a promover certa independência a esses enfermos. Um desses inventos foi a cadeira de roda. Mesmo assim, esses usuários
cadeirantes ainda enfrentam problemas como a dificuldade de manobrar em ruas não adaptadas ou
mesmo malcuidadas.
Para ver se um objeto esta bloqueando a parte de trás da cadeira, eles necessitam de espelhos ou a
ajuda de outras pessoas ou até mesmo, bater nesse objeto e interromper o curso. Para auxiliar o cadeirante nesses e outros problemas, o projeto desenvolveu um dispositivo no qual irá detectar objetos e
mostrar sua localização a partir de sensores, aplicativos e dois smartphones.
Objetivos
Criar um modo de detectar e transmitir para o usuário os objetos fora do campo de visão sem a
ajuda da internet
Delineamento
Método
Foi feita uma pesquisa bibliográfica em busca de normas como a NBR 9050 e livros sobre o assunto. Também uma pesquisa aplicada foi desenvolvida, no qual se aplicou o conhecimento em uma
1 [email protected] / Engenharia da Computação/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Engenharia da Computação/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
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situação, no caso detecção de objetos e obtiveram-se resultados. A pesquisa quantitativa foi necessária
para coletar dados obtidos a partir de testes do protótipo com o resultado satisfatório.
Resultado
O sensor consegue identificar objetos de 5 cm de altura a 1 metro de distância. O tempo da transmissão da imagem é de 12 a 15 segundos e o tempo de recepção do sinal do sensor para o celular tirar
foto e começar a enviar demora 7 a 9 segundos.
Discussão
Não há literatura abordando esse tema especifico, mas há sobre evitar objetos a partir de uma cadeira mecânica onde o usuário não tem a escolha e tudo feito a partir de códigos QR e rotas criadas a
partir de mapeamento do ambiente, o que aumenta e muito o custo do projeto. A escolha proposta pelo
projeto traz um meio de detecção e opção de escolha ao usuário lembrando que, o meio tradicional de
espelhos necessita que o usuário esteja prestando atenção no caminho enquanto o protótipo utiliza
uma buzina para chamar a atenção do usuário.
Conclusão
Foram obtidos resultados esperados para objetos com tamanho mínimo de (5 cm) de altura a uma
distância de 1 metro tempo de ação do aviso sonoro é quase instantâneo. Já o envio da imagem leva um
pouco mais de tempo, entre 10 a 15 segundos, pela limitação do hardware e da tecnologia Bluetooth.
Pode-se concluir que o objetivo foi alcançado, pois não há a necessidade de o usuário estar prestando
atenção para detectar o objeto na traseira da cadeira, sem limitar a possibilidade do usuário ver o
objeto e evitá-lo.
GAS e WPG participaram da concepção do projeto, análise e interpretação dos dados;
redação do artigo ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; e aprovação final da versão a
ser publicada.
Referências
ADVANCE
information
prelimenary
datasheet.
Disponível
em
:
<http:/www.electronicaestudo.com/docs/sht001.pdf>. Acesso em:03 dec. 2015.
ARDUINO.
Arduino
Uno
R3.
Disponível
em
<http://arduino.cc/en/
Uploads/Main/arduinoUno_R3_Front.jpg>.Acesso em : 01 dez. 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004.
HC-SR04 user’s manual. Johor Bahru: Cytron Technologies, 2013.
HISTORIA da cadeira de rodas. Disponível em: <www.crfaster.com.br/Cadeira%20Rodas.htm>. Acesso
em: 2 dez. 2014.
MAKING of arduino. Disponível em: http://spectrum.ieee.org/geek-life/hands-on/the-making-of-arduino. Acesso em: 3 dez. 2014.
MARGOLIS, Michael. Arduino cookbook. 3. ed. Sebastopol, Estados Unidos: O’Reilly Media, 2011.
SENSORES ultra-sônicos. Saber Eletrônica, São Paulo, ano 42, n. 400, maio 2006. Disponível em :
<http:/www.sabereletronica.com.br/artigos/1753-sensores-ultra-sônicos>. Acesso em: 2 dez. 2014.
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SIMULADOR PERSONAL
Gustavo Tomazin de Sousa1
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Existe uma forma de dar autonomia a um praticante de exercícios físicos fazer de maneira correta e que ajude e assegure que não tenha nenhuma
lesão e não o prejudique no momento em que estiver fazendo o exercício?
Antecedentes: Existem inúmeros projetos feitos com o kinect tanto para integração
de pessoa com máquina como para a utilização de ferramentas computacionais, mas
ainda não foi utilizado para correção de um movimento executado em uma atividade
física.
O que esta pesquisa acrescenta: A implementação de um componente para vídeo
game, o kinect, com o computador usando o software visual Studio para interagir kinect e computador em uma linguagem de programação C# trazendo autonomia para
as pessoas que realizaram os treinos.
Limitações e pontos fortes: Desenvolvido para utilizar em academias ou até mesmo
na própria casa, para corrigir um exercício executado, disciplinar o aluno e acompanhar o aluno se não tiver um personal presente que o ensine. Os pontos fracos estão
relacionados com o uso do kinect, a exemplo da pessoa ter que aguardar o reconhecimento do esqueleto em frente ao Kinect, em situações de ter que manter uma certa
distância para melhor captura da imagem da pessoa.
Palavras-chave: Kinect. Visual studio. Simulador personal.
Introdução
Nos últimos anos as pessoas têm buscado uma melhor qualidade de vida e buscando recursos
para se manter em forma para que possam ter um belo corpo para exibir e também para que todos
a sua volta a notem. Esse mercado vem crescendo a cada ano. Pessoas sempre procuram academias
para entrar em forma e mudar sua rotina. Quando se trata de fazer exercício será que estão executando
corretamente? Será que o professor está orientando correto a pratica e os fundamentos do exercício
ensinado na academia? Este trabalho que desenvolvi, consiste exatamente nisso, mostrar ao praticante de atividade física como ele está executando o exercício, em específico elevação lateral para
ombros (deltoides) e rosca direta para os bíceps, no qual meu trabalho é desenvolvido. Neste trabalho
foi empregado o Kinect, uma tecnologia que é utilizada pelo Xbox da Microsoft (2014). Realizou-se a
integração do Kinect com o computador em uma linguagem que os dois possam se comunicar facilmente, no software do Visual Studio.
Objetivos
Desenvolver um software para que pessoas praticantes de atividades físicas possam ser corrigidas
na execução do exercício, e também para academias que não tenham um professor personal disponível para um aluno ou também para melhorar a performance de quem já treina a um certo tempo para
reeducar o praticante.
Delineamento
[email protected] / Engenharia da Computação/ Universidade de Sorocaba/ Sorocaba/SP
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Método
O método da pesquisa foi de forma aplicada, sendo feitas pesquisas sobre projetos que fosse similar ao desenvolvido em projeto, onde é feita a integração de homem – máquina, para mostrar uma
forma de corrigir o usuário na sua utilização. De modo empírico, as pesquisas e testes foram tirados de
outros projetos desenvolvidos em outra determinada atividade, mudando alguns códigos, executando
testes para ver se era feito o que foi determinado, se não era refeito os códigos e testes novamente, até
alcançar o resultado final do projeto.
Resultado
Com a busca de todos os componentes para o desenvolvimento do trabalho, o resultado foi satisfatório. O software e o kinect se comunicaram bem com a linguagem estabelecida, foram feitos testes de
execução e sem conflito com o computador e o aparelho de teste mostrando em um tipo de semáforo o
modo como o usuário esta executando o exercício se esta fazendo errado ou não para que ele possa se
auto corrigir sem precisar de um personal que não esteja disponível no momento que ele esta fazendo
o exercício ou não.
Discussão
O assunto tratado no projeto mostra que não existe uma ferramenta para este uso em especifico,
contudo em alguns jogos foram feitos para fazer exercícios funcionais criados num cronograma do
jogo. O projeto foi desenvolvido com exercícios populares em treinos de academia, fazendo com que
seja executado da maneira mais correta possível.
Conclusão
Este projeto teve como objetivo auxiliar o praticante de atividade física no desenvolvimento correto e seguro em suas práticas. Com a implementação de um sistema com o dispositivo Kinect, foi
possível reconhecer o esqueleto de uma pessoa e desenvolver um algoritmo que valida se os momentos estão sendo executados e de forma adequada. A pesquisa desenvolvida tratou-se de construir o
conhecimento técnico necessário aplicado a realidade desse trabalho. As informações do fabricante do
dispositivo junto e outros trabalhos foram exemplos para a elaboração desse trabalho. Foram realizados testes, adaptações, ajustes, compra de materiais e otimização do sistema para melhorar o desempenho do praticante conforme o proposto na ideia central do projeto. Os resultados obtidos atenderam
de forma satisfatória a expectativa com relação a instrução da melhora da execução dos exercícios
físicos, melhora de desempenho e os resultados físicos no que diz respeito a melhor definição corporal.
Colaborou também na prevenção de lesões com na execução errada dos exercícios quando realizado
de forma autônoma.
Referências
PHIL, Jones. Visual basic: a complete course letts higher education list series. [S. l.]: Cengage Learning EMEA, 2001.
TECMUNDO. Como funcionam acelerômetros e giroscópios. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/celular/4406-como-funcionam-acelerometros-e-giroscopios-.htm >. Acesso em: 25 nov. 2014.
TECMUNDO. Como funciona o Nintendo Wii. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/videogame-e-jogos/2504-como-funciona-o-nintendo-wii.htm>. Acesso em: 10 out. 2014.
TEMPLEMAN, Julian; VITTER, David. Visual studio.net: the .net framework black book. The Coriolis
Group, LLC. 2002.
TROELSEN, Andrew. Pro C# 2008 and .net 3.5 platform. 4. ed. Apress. 2007.
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RECUPERAÇÃO DOS VAZIOS URBANOS NA MALHA
CENTRAL DA CIDADE DE SOROCABA ATRAVÉS DE
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Bruna Rodrigues de Oliveira,1 Fabrício de Francisco Linardi2
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Pontos em Destaque
Pergunta da pesquisa: Porque utilizar dos vazios urbanos presentes na região central
para fim de habitação de interesse social?
Antecedentes: A lógica de produção do espaço urbano em curso vem sendo retratada
de forma perversa e segregadora. Na qual moradia e cidade vem assumindo cada vez
mais um caráter independente. Segundo Maricato (2001) torna-se um “desafio garantir
à cidade para população mais pobre”. Porém deve-se considerar a moradia e a cidade
como elementos indissociáveis, afinal o morar é promotor da vida social. Segundo Ferreira (2012) “a produção de moradias em áreas centrais é o caminho necessário para a
boa qualidade urbana, pois resolve de partida, a questão da localização e acessibilidade
e da presença de infraestrutura, equipamentos e serviços públicos”.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo busca através de referências bibliográficas e por meio dos instrumentos de regulação urbanística analisar criticamente a
lógica de produção do espaço urbano. Além disso, este proporciona possibilidades de
novas pesquisas, que podem refletir ainda mais sobre a relevância da moradia como
promotora da vida social.
Limitações e pontos fortes: O ponto forte dessa pesquisa está relacionado às análises
feitas na região central de Sorocaba, que puderam contribuir com dados quantitativos
sobre os vazios urbanos presentes na área. Sendo assim, esta pesquisa poderá servir de
referência e como diretriz a novas pesquisas na área. A limitação do estudo se dá pela
ausência de mais pesquisas voltadas a análise sobre o local abordado, que fez com que
esta pesquisa usasse poucas referências locais referentes a área central.
Palavras-chave: Habitação de interesse social. Vazios urbanos centrais. Urbanismo.
Introdução
O crescimento espraiado das cidades brasileiras colaborou para a descentralização das classes e da
infraestrutura. Deste modo, o que se nota é um dramático panorama desigual, sem equilíbrio urbano e
social, formado por um processo de ocupação e expansão urbana que contribui para o esvaziamento e
a degradação das áreas centrais e consequentemente a subutilização dos recursos disponíveis. Desta
forma, o aspecto que se procura tratar neste trabalho é a inclusão da camada de baixa renda à área
central da cidade de Sorocaba, por meio de habitação de interesse social, nos vazios urbanos que questiona o potencial construtivo do terreno. Para que assim venha a diminuir a exclusão da população de
baixa renda ao direito à cidade e consequentemente o déficit habitacional.
Objetivos
O objetivo da pesquisa é contribuir através dos dados evidenciados para uma reflexão, permitindo
assim vislumbrar possíveis alternativas de ampliação de qualidade de vida a partir da articulação da
moradia digna em áreas dotadas de infraestruturas, e dos vazios urbanos oriundos de terrenos vagos
ou subutilizados para fins de estacionamentos em áreas centrais.
[email protected] / Arquitetura e Urbanismo / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Arquitetura e
Urbanismo / Universidade de Sorocaba/ Sorocaba/SP
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Delineamento
Método
O critério desenvolvido para a pesquisa foi através de dois procedimentos. Em um primeiro momento foi realizado um levantamento bibliográfico e leituras, que deram base teórica sobre o assunto
e em um segundo momento foi levantado dados quantitativos sobre os terrenos existentes na área
central, a fim de verificar a porcentagem de terrenos subutilizados existentes nesta região.
Resultado
Os resultados ocorreram por meio de textos, que foram formulados através das referências bibliográficas e por intermédio da coleta de dados realizadas na região central. Para efeitos quantitativos foi
levantado a área total da região central (1.265.803,98 m²) (considerando apenas as quadras, excluindo
calçadas, ruas e áreas verdes) e a área dos estacionamentos de forma geral (160.891,12 m²) (incluindo
os sem cobertura, com cobertura, os de estabelecimento, com andares e os terrenos vagos) para obter
a porcentagem destes vazios urbanos na região central, como mostram os mapas abaixo. Através dos
dados quantitativos analisados, conclui-se que aproximadamente 12,7 % da região central ainda é constituída de terrenos subutilizados, seja por terrenos vagos ou utilizados como estacionamento.
Mapa 1 – Estacionamentos e terrenos vagos na região central
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Mapa 2 – Área total da região central
Mapa 3 – Área total dos estacionamentos e terrenos presentes na região central
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Discussão
Sorocaba se mostra peculiar e ao mesmo tempo similar as necessidades e problemáticas das grandes cidades brasileiras. Tal percepção ocorre por meio de como esta vem sendo consolidada, a produção atual principalmente voltada a moradia de caráter social vem sendo cada vez mais retratadas
em áreas periféricas, longe de qualquer tipo de infraestrutura urbana. Na cidade recentemente foram
inaugurados novos conjuntos habitacionais, chamados de Residencial Carandá e Altos de Ipanema, e
eles foram implantados a 12,2 km do centro da cidade. Isso afirma que Sorocaba vem se consolidando
com as mesmas problemáticas apresentadas nas demais grandes cidades. Enquanto a área central
abriga apenas 2 % dos moradores, visto que 12,7 % da região central é disposta de terrenos subutilizados e ociosos. Com isso nota-se a urgente necessidade de interferência nessa lógica de produção de
habitação. Pois como já estudado e analisado morar é promotor da vida social. Para que isso aconteça
é de grande importância refletir sobre o assunto, para que sejam apresentadas possíveis alternativas,
que contribuam a cidades mais justas e menos segregadoras. Diante dos dados coletados nessa pesquisa, entende-se que há locais com infraestrutura urbana adequada sendo subutilizados, que podem se
transformar em zonas especiais de interesse social - ZEIS. Contudo, entende-se que recuperar o centro,
significa reutilizar suas potencialidades melhorando a paisagem da cidade valorizando a infraestrutura disponível.
Conclusão
Portanto, entende-se que a área central possui muitos terrenos com potencial construtivo, que pode
contribuir para inversão da lógica de produção de moradias em áreas periféricas, que se mostram longe de qualquer tipo de infraestrutura urbana.
BRO – redação do trabalho, desenvolvimento dos mapas, levantamentos bibliográficos e de campo.
FFL – Orientação, revisão redação final do resumo expandido.
Referências
FERREIRA, João Sette Whitaker. Produzir casas ou construir cidades? Desafios para um novo Brasil urbano. Parâmetros de qualidade para a implementação de projetos habitacionais e urbanos. São
Paulo: FUPAM, 2012.
MARICATO, Ermínia. Brasil, cidades: alternativas para crise urbana. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2001.
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ciências sociais e aplicadas
DIFICULDADE DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO
EM EMPRESAS FAMILIARES
Karen Sene Rosa,1 Nobel Penteado de Freitas2
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Todas as empresas familiares utilizam ou sabem o que é um
planejamento financeiro e suas ferramentas? E as que não utilizam sobrevivem por
muito tempo? Na opinião dos empresários haveria alguma mudança no desempenho
econômico se houvesse um planejamento financeiro?
Antecedentes: Rosa e Lima (2013) trazem SEBRAE (2005) e SEBRAE (2004), mostrando que as micro e pequenas empresas representam 98 % das empresas brasileiras, que
em quase sua totalidade, são criadas e administradas por empreendedores e suas famílias. Mostram, também, que 42 % das micro e pequenas empresas morrem com até 2
anos de existência, 53 % com até 3 anos e 56 % com 4 anos. Rosa e Lima (2013) trazem
também que a sobrevivência e o crescimento de uma empresa é consequência de um
planejamento financeiro.
O que esta pesquisa acrescenta: Tal estudo representa um ponto contraditório, já que
na maioria das empresas entrevistadas não existe um planejamento financeiro e estas
estão no mercado há mais de seis anos, o que contraria os dados apresentados pelos autores. Mas, estas admitem que o seu desempenho econômico seria melhor se houvesse
um planejamento financeiro.
Limitações e pontos fortes: Representa um ponto de partida para novos estudos sobre
a dificuldade das empresas em utilizar o planejamento financeiro e a relação disto com
a mortalidade das mesmas. Pesquisa focada apenas em pequenas e médias empresas
familiares do setor de comercio ou prestação de serviço do municio de Sorocaba/SP.
Dificuldade em fazer com que as vinte empresas respondessem o questionário.
Palavras-chave: Planejamento financeiro. Empresa familiar. Fluxo de caixa. Balanço patrimonial.
Introdução
Sabe-se que Martins (1999, p. 33), coloca empresa familiar como aquela em que um ou mais
membros de uma família exercem considerável controle administrativo, pelo fato de possuírem
parcela expressiva da propriedade do capital. Gitman (2004, p. 434) diz que o planejamento financeiro é um aspecto importante das operações da empresa, porque ele mapeia os caminhos
para guiar, coordenar e controlar as ações da empresa para atingir seus objetivos. Gomes e Sorato
(2010) trazem como finalidade principal do fluxo de caixa o controle do dinheiro do indivíduo durante um período e que sua elaboração visa detalhar mensalmente as entradas e saídas, e a partir
de então, observar a ocorrência de gastos supérfluos e a possibilidade de racionar despesas ou de
aumentar receitas, para assim conseguir acumular sobra financeira ao final do período definido.
Santos (2001, p. 20) diz que o balanço patrimonial reflete a situação patrimonial da empresa em
determinado momento e constitui-se do ativo, passivo e patrimônio líquido. Já Rosa e Lima (2013)
[email protected] / Administração / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba UNISO /
Sorocaba / SP
1 298
traz que a sobrevivência e o crescimento da empresa são consequências de um planejamento financeiro, trazendo também o percentual de mortalidade das micro e pequenas empresas que em
quase sua totalidade são familiares.
Objetivos
Avaliar a utilização e o conhecimento das empresas familiares em relação ao planejamento financeiro e suas ferramentas.
Delineamento
Método
Foi realizada uma pesquisa de campo, em que foram recolhidos e analisados dados, por meio da
aplicação de um questionário direcionado a empresas familiares localizadas no município de Sorocaba/SP, para verificação da utilização do planejamento financeiro. O questionário foi aplicado pela
autora, em vinte empresas no total, entre estas estão aquelas que prestam serviços e as que trabalham
com comércio.
Resultado
A análise obtida através da pesquisa de campo traz dados que mostram que na maioria das empresas entrevistadas, estas já estão no mercado a um bom tempo, sendo que em todas são os familiares
que cuidam da parte financeira da empresa, em uma boa parcela das entrevistadas estes familiares
não utilizam ou até mesmo não sabe o que é um planejamento financeiro, fluxo de caixa ou balanço
patrimonial, estes familiares também declararam não ter um salário estipulado ou data definida para
recebimento, não separando a vida financeira empresarial da vida financeira familiar e todas que não
tem este planejamento financeiro admitiram que o desempenho econômico da empresa fosse mudar
muito se este planejamento ocorresse.
De 20 empresas entrevistadas: em 9 nenhum dos familiares utiliza ou sabe o que é um planejamento financeiro; em 11 nenhum dos familiares utiliza ou que sabe o que é um fluxo de caixa ou balaço patrimonial; em 17 os familiares não têm um salário estipulado e data para recebimento; em 13 as contas
pessoais não são separadas das contas empresariais e em 5 as vezes as contas são separadas; 17 destas
já passaram do quinto ano de mercado tendo de 2 a 6 funcionários membro da família trabalhando na
empresa.
Discussão
Conforme já mostrado anteriormente, Rosa e Lima (2013) trazem duas citações SEBRAE (2004)
que diz que 42 % das micro e pequenas empresas morrem com até 2 anos de existência, 53 % com até
3 anos e 56 % com 4 anos e SEBRAE (2005) que diz que as micro e pequenas empresas representam
98 % das empresas brasileiras, sendo que em quase sua totalidade, estas empresas foram criadas e são
administradas por empreendedores e suas famílias. Os autores também trazem que a sobrevivência e
o crescimento da empresa são consequências de um planejamento financeiro.
Duas visões diferentes, pois os autores trazem que a maioria das micro e pequenas empresas morrem com até 4 anos de existência e que a sobrevivência e o crescimento da empresa é consequência de
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um planejamento financeiro. Já a pesquisa nos traz que, 85 % das entrevistadas já tem mais de 6 anos
de mercado, em 100 % destas, quem administra a parte financeira da empresa são os familiares e em 85
% nenhum ou apenas um funcionário membro da família que trabalha na administração da empresa
utiliza o planejamento financeiro ou sabe o que é.
Podemos notar então que não é apenas o planejamento financeiro que determina o crescimento
ou sobrevivência da empresa, pois como podemos observar, de 20 empresas entrevistadas, em 9 nenhum membro da família sabe ou utiliza o planejamento financeiro e em 8 apenas um sabe ou utiliza
o planejamento financeiro e estão no mercado até hoje. Talvez estas empresas tenham tido dificuldade
para sobreviver ou não tenham tido um crescimento satisfatório, mas, estão lá ate hoje sobrevivendo.
Conclusão
Conclui-se que muitas empresas não tem um planejamento financeiro, um controle de fluxo de
caixa e às vezes nem mesmo sabe o que é um balanço patrimonial, mas, consegue sim pagar as suas
contas e fazer com que a empresa caminhe mesmo que com dificuldade, sabendo que haveria mudança
se estas condições mudassem. Não ter um planejamento financeiro ou ter um desadequado, não dirá
se a empresa sobreviverá.
Agradecimento
Agradeço as empresas entrevistadas.
NPF - Correção e aprovação final. KSR - Concepção do projeto, coleta, análise e interpretação dos
dados e redação do relatório.
Referências
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley,
2004.
GOMES, D. M.; SORATO, K. A. D. L. Planejamento e controle das finanças pessoais com enfoque na utilização das ferramentas e serviços contábeis: um estudo com profissionais autônomos.
In: SEMINÁRIO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, Periódicos Unesc, 2010, Santa Catarina. Disponível
em: <http://scholar.google.com.br/scholar?q=PLANEJAMENTO+E+CONTROLE+DAS+FINAN%C3%87AS+PESSOAIS+COM+ENFOQUE+NA+UTILIZA%C3%87%C3%83O+DAS+FERRAMENTAS+E+SERVI%C3%87OS+CONT%C3%81BEIS+UM+ESTUDO+COM&btnG=&hl=pt-BR&as_
sdt=0%2C5>. Acesso em: 19 ago. 2014.
MARTINS, J. C. Empresas familiares. São Paulo: GEPE-Gabinete de Estudos e Prospectiva Económica, 1999.
ROSA, J. A.; LIMA, R. A. A importância do planejamento financeiro para micro e pequenas empresas.
In: ENCONTRO LATINO AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 12., 2013,Vale do Paraíba.
Disponível em: <http://scholar.google.com.br/scholar?q=+A+IMPORT%C3%82NCIA+DO+PLANEJAMENTO+FINANCEIRO++PARA+MICRO+E+PEQUENAS+EMPRESAS+&btnG=&hl=pt-BR&as_
sdt=0%2C5>. Acesso em: 19 ago. 2014.
SANTOS, E. O. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo: Atlas, 2001.
300
ciências humanas
ESTEREÓTIPOS NA VELHICE: UM LEVANTAMENTO
COMPARATIVO DE IMAGENS DE IDOSOS NO GOOGLE BRASIL E ITÁLIA
Iris Figueiredo Casarotto,1 Clarice de Fátima Souza Tognocchi,2 Eliete Jussara Nogueira3
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Pontos em Destaque
Pergunta da pesquisa: Quais são os estereótipos de imagens de idosos no google?
Antecedentes: Sabe-se que de forma geral a sociedade apresenta estereótipos negativos em relação aos idosos. Por exemplo: “Velho caduco”.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo pode acrescentar dados sobre as características das imagens e dessa forma fornecer um perfil da representação social em relação ao
idoso, e assim ajudar a rediscutir padrões estereotipados que podem levar a preconceitos.
Limitações e pontos fortes: O ponto forte é a análise investigativa com foco na rede da internet, a limitação é que não podemos generalizar os resultados pois a amostra é pequena.
Palavras-chave: Estereótipos na velhice. Imagens de idosos. Idosos.
Introdução
Na velhice há mudanças físicas, orgânicas, sistêmicas, de funções sensoriais, psicomotoras, sexuais,
comportamentais e mentais, além de alterações nos aspectos do desenvolvimento cognitivo. Porém, mudanças no funcionamento sistêmico e orgânico são altamente variáveis entre os indivíduos, sendo importante que não se encare as questões relativas aos idosos como fatores isolados, e sim que sejam analisados
os múltiplos aspectos que envolvem o tema velhice. O envelhecimento é um fator biológico, social, econômico, cultural e ideológico que influencia diretamente a história de vida do indivíduo. Além disso, é importante destacar que sua essência não se modifica, apenas sofre algumas configurações. De acordo com Neri
e Jorge (2006), os estereótipos são crenças generalizadas sobre os atributos ou características que definem
um determinado grupo social e são transmitidos pela educação, o que no caso dos idosos pode ser associado a práticas sociais discriminativas. Oliveira (1999, p. 62) sugere que “a tendência é valorizar aquilo que
é novo e desprezar o que é velho. A própria educação faz o “velho” se sentir um objeto fora de uso”, pois o
termo pode ser considerado pejorativo, sendo relacionado a objetos, o que pode reforçar características negativas do idoso. A definição do início da terceira idade também pode ser considerada um estereótipo, pois
essa definição é relativa e depende da subjetividade de quem a define, considerando-se fatores culturais, políticos, econômicos e religiosos, que são aspectos distintos que merecem atenção em suas especificidades,
e em nossa sociedade é comum definir apenas considerando a faixa etária em que o indivíduo se encontra.
De acordo com Rodrigues (2008), nos tempos atuais “pessoas idosas” são apresentadas pela imprensa em
situações que contrastam com sua condição real de velhice, como uma forma de negação da fase em que
se encontram. O uso de termos como “terceira idade” e “meia idade” podem evidenciar essa negação à fase
natural da velhice.
Objetivos
Compreender os estereótipos em relação ao idoso; identificar imagens de idosos no google;
[email protected] / Psicologia/ Universidade de Sorocaba/Sorocaba/SP; [email protected] / Psicologia/ Universidade de Sorocaba/Sorocaba/SP; [email protected] / Psicologia / Universidade de Sorocaba / Sorocaba/SP
1 301
comparar imagens do Google Brasil e Google Itália; e analisar as imagens considerando: gênero,
etnia, saúde, em atividade física, individual ou grupo e aparência sobre nível socioeconômico.
Delineamento
Observacional.
Método
A coleta de imagens para análise ocorreu em acesso ao Google Imagens em 16/04/2015, foi considerado a 1ª página de imagens. As imagens foram classificadas considerando: gênero, etnia, saúde,
em atividade física, individual ou grupo e aparência sobre nível socioeconômico nas imagens. Tais
informações foram tabuladas e realizada uma análise de imagem. Analise quantitativa e qualitativa de
imagens, no qual foi realizada uma busca, utilizando as palavras chave: pessoas velhas, idoso, velhice
e envelhecimento no google Brasil e no google Itália: anziani, vecchio, vecchiaia e invecchiamento.
Resultado
Os resultados consideram que há um padrão entre os países, que se aproxima a um estereótipo,
ao qual a maior parte das imagens de idosos é branca (94,81%), rica (58,51%), feliz (48,88%), saudável
(96,29%) e individual (42,96%), além de uma predominância de fotos de mulheres (32,59%), em ambos
os países.
Discussão
Isso pode significar que há estereótipos nas imagens que não levam em consideração a cultura
de países, fazendo parecer uma representação homogênea, que difere das teorias que nos dizem que é
uma realidade heterogênea, distanciando da realidade para favorecer essa sociedade de consumo em
que vivemos.
Conclusão
Concluindo que o resultado pode significar que nos tempos atuais, pessoas idosas ainda são apresentadas pela imprensa em situações que contrastam com sua condição real de velhice, como uma
forma de negação da fase em que se encontram; o uso de termos como “terceira idade” e “meia idade”
podem evidenciar essa negação à fase natural da velhice.
CFST - participou da concepção do projeto, análise e interpretação dos dados; redação dos itens
Introdução, Objetivo, Delineamento, Método e redação do artigo.
IFC- participou da concepção do projeto, análise e interpretação dos dados, redação dos Resultados, Discussão, Conclusão e redação do artigo.
EJN – foi orientadora do trabalho e revisão do artigo científico para submissão ao XVIII Encontro
dos Pesquisadores e de Iniciação Científica.
Referências
NERI, Anita Liberalesso; JORGE, Mariana Dias. Atitudes e conhecimentos em relação à velhice em
estudantes de graduação em educação e em saúde: subsídios ao planejamento curricular. Estudos de
Psicologia, Campinas, v. 23, n. 2, p. 127-137, abr./jun., 2006.
OLIVEIRA, Rita de Cássia da Silva. Terceira idade: do repensar dos limites aos sonhos possíveis. São
Paulo: Paulinas, 1999.
RODRIGUES, Patrícia Karin de Almeida. O discurso da publicidade brasileira: construção e desconstrução de estereótipos da velhice. São Paulo: PUCSP, 2008.
302
ENVELHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA: UM ESTUDO COM IDOSOS
Juliana Guimarães de Oliveira;1 Katheleen Aparecida Perez Pompeu;2 Maria
Aparecida Kolinski Cézar;3 Eliete Jussara Nogueira4
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: O que seria o envelhecer bem na perspectiva do idoso?
Antecedentes: A qualidade de vida na velhice é compreendida como um constructo
sócio psicológico e processual, que reflete formas socialmente valorizadas e continuamente emergentes de adaptação a condições de vida culturalmente reconhecidas que
a sociedade oferece a seus idosos.
O que esta pesquisa acrescenta: O resultado do presente estudo descreve maiores
pontuações para os aspectos familiares, ou seja, o idoso que prioriza a questão dos vínculos com a família e também a questões ligadas a saúde (cuidados médicos e hábitos
saudáveis) e menores para a autonomia, questões financeiras, tecnologia em relação à
qualidade de vida.
Limitações e pontos fortes: Foram entrevistados dez Idosos entre 61 e 85 anos da cidade de Sorocaba. De forma geral, os resultados apontam que para a maioria dos idosos
entrevistados a qualidade de vida está relacionada a aspectos da família e saúde. Os
resultados corroboram para afirmação de que a qualidade de vida depende de vários
significados dados por cada idoso dependendo do seu curso de vida.
Palavras-chave: Psicologia. Idoso. Qualidade de vida. Velhice.
Introdução
A redução da fecundidade, o aumento da expectativa de vida e concomitantemente o maior contingente de pessoas com 60 anos ou mais, constituem o fenômeno de transição demográfica. A humanidade está passando por um processo de mudanças populacional, proveniente de uma redução
de fecundidade, da mortalidade infantil e também da mortalidade em idades mais avançadas. Neste
contexto, “as sociedades estão se transformando de sociedade predominantemente jovem e madura
para sociedades cada vez mais envelhecidas” (MELO e. al., 2007, p.1580). Diante desta nova demanda
populacional, faz-se necessário estudar questões ligadas aos aspectos econômicos, sociais, psicológicos, de saúde, entre outros. O aspecto econômico não pode ser desconsiderado [...]. Mas, há também os
custos emocionais: tornar-se dependente, diferente, abdicar de papéis, outros assumindo suas funções
e atividades, perderem o controle físico e com ele a dignidade (ROMANO apud ALBUQUERQUE,
2003, p. 12). Neste contexto, ao se referir à qualidade de vida e mais precisamente ao “universo do
idoso” nota-se uma grande variabilidade deste conceito. O que seria esse envelhecer bem na perspectiva do idoso? O conceito de qualidade de vida está relacionado à autoestima, ao bem-estar pessoal
e abrange uma série de aspectos como a capacidade funcional, o nível socioeconômico, a interação
social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o próprio estado de saúde, os valores
culturais, éticos e a religiosidade, o estilo de vida, a satisfação com o emprego e/ou atividades diárias e
o ambiente em que se vive (VECCHIA et al., 2005, p. 247). Desta forma, qualidade de vida para o idoso
pode assumir variados significados, pois está intrinsecamente relacionado à sua subjetividade. Teorias
procuram descrever o que seria um envelhecer “bem-sucedido” ou “ideal”. De acordo com a perspectiva Life-Span, “o desenvolvimento e a manutenção de padrões efetivos de envelhecimento não somente
dependem de determinantes de natureza genéticos biológicas, mas também são influenciados por
fatores socioculturais” (LEMPKE; BARBOSA, 2012, p. 649). De maneira geral, os teóricos enfatizam a
1 [email protected] / Psicologia/ Universidade de Sorocaba/ Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba
/ SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
303
importância da autoavaliação do indivíduo em relação à qualidade de vida. O termo qualidade de vida
engloba um conceito amplo de “bem-estar” e está diretamente vinculada a avaliação subjetiva de cada
indivíduo. Objetiva-se nessa pesquisa, compreender a percepção do idoso em relação à qualidade de
vida, buscando identificar quais aspectos são considerados relevantes para o idoso avaliar sua qualidade de vida.
Objetivos
Compreender como é entendida a questão de qualidade de vida entre idosos através de uma pesquisa de campo.
Delineamento
Observacional com coleta de dados de prontuários, entrevistas e observação de comportamento.
Método
A pesquisa de campo foi realizada no município de Sorocaba em maio de 2015, com o objetivo
de compreender como é entendida a questão de qualidade de vida entre idosos. Os participantes da
pesquisa foram escolhidos de forma aleatória, e solicitados a responder a seguinte questão “O que é
qualidade de vida para o Sr (a)?”. A pergunta foi feita ao idoso, após a explicação dos objetivos da pesquisa e assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido. O entrevistado respondeu à questão
oralmente e o entrevistador anotou na íntegra. Foram entrevistados 10 idosos na faixa etária de 61 a 85
anos, cinco do gênero masculino e cinco feminino. Quanto ao estado civil cinco casados, dois solteiros
e quatro viúvos e uma das entrevistadas era viúva e havia casado novamente. A maioria eram aposentados, apenas com trabalho de pintor. Na questão escolaridade, dois terminaram o ensino médio, um o
ensino médio incompleto, um é técnico em enfermagem, os demais, ou seja, seis cursaram alguns anos
do ensino fundamental.
Resultado
De maneira geral, a qualidade de vida na percepção da maioria dos idosos entrevistados foi representada pelas questões relacionadas a saúde, relacionamento familiar, seguida pela questão financeira.
Discussão
Os dados da pesquisa corroboram com uma amostra de representação nacional, na qual os idosos
tendiam a ver amigos com menor frequência, mas a família aproximadamente com a mesma frequência de antes. Essa constatação, coerente com a teoria da seletividade socioemocional, “sugere que à
medida que as pessoas envelhecem, elas investem o tempo e energia em manter relacionamentos mais
íntimos” (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2013, p. 622-623).
Conclusão
Apesar da variabilidade do conceito de qualidade de vida e sua subjetividade, isto é, definição que
está relacionada à experiência de vida e o significado que lhe é atribuído de forma individual, o resultado do presente estudo, com essa parcela da população de idosos da cidade de Sorocaba, descreve
maiores pontuações para os aspectos familiares, ou seja, o idoso que prioriza a questão dos vínculos
com a família e também a questões ligadas a saúde (cuidados médicos e hábitos saudáveis) e menores
para a autonomia, questões financeiras, tecnologia em relação à qualidade de vida.
304
EJN - orientou, avaliou e corrigiu. JGO, MAKC e KAPP - escolha do tema, pesquisa bibliográfica.
EJN, JGO e KPP - elaboração do questionário e preenchimento do termo de consentimento livre e
esclarecido. KPP - foi a campo para realização da pesquisa. KPP e MAKC - análise de conteúdo. JGO
- formatação do trabalho.
Referências
ALBUQUERQUE, Sandra Marcia Lins. Qualidade de vida do idoso. 3. ed. Itatiba: Casa do Psicólogo,
2003.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 1994.
LEMPKE, Natália Nunes Scoralick; BARBOSA, Altemir José Gonçalves. Educação e envelhecimento:
contribuições da perspectiva Life-Span. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 29, supl.1. 2012.
MELO, Mônica Cristina de et al. A educação em saúde como agente promotor de qualidade de vida
para o idoso. Ciência e saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, supl. 1, p. 1579-1586. 2009.
PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally W.; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
VECCHIA, Roberta Dalla et. al. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Revista
Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 8, n. 3, p. 246-252. 2005.
305
A OBRA DE MONTEIRO LOBATO: O DESPERTAR DA
IMAGINAÇÃO, CRIATIVIDADE E ATITUDE REFLEXIVA E CRÍTICA
Aline dos Santos Castro Pires,1 Valdelice Borghi Ferreira
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: A obra de Monteiro Lobato pode incentivar a criança a se tornar um leitor assíduo e crítico, capaz de interpretar diferentes contextos? Pode incentivá-la a ter preconceito racial?
Antecedentes: Monteiro Lobato sempre se preocupou em revisar e atualizar sua obra,
escrevendo de uma maneira que os pequenos leitores brasileiros entendessem. No ano
2010 sua obra foi acusada de incentivar o racismo, no caso, o preconceito contra o negro. Esse assunto teve muita repercussão, com vários contrapontos.
O que esta pesquisa acrescenta: Acrescenta novos conhecimentos sobre a literatura
infantil, em especial a brasileira, que passou por mudanças significativas. Foi possível
estudar um escritor e algumas de suas obras, demonstrando o quanto a pesquisa é
importante para entender o contexto em as obras foram escritas, para fundamentar o
trabalho com as crianças em sala de aula.
Limitações e pontos fortes: Os pontos fortes foram: conhecimentos de novos autores e seus diferentes estilos de escrita; descobrir a importância de Monteiro Lobato
na literatura infanto-juvenil brasileira; o entendimento da acusação de racismo e seus
contrapontos. As limitações foram: dificuldade de verificação “in loco” se as escolas
trabalham a obra de Monteiro Lobato.
Palavras-chave: Literatura infanto-juvenil. Prática de ensino. Preconceito de cor.
Introdução
O trabalho procurou investigar se um autor, neste caso Monteiro Lobato, através de sua obra pode
ou não incentivar a criança a se tornar um leitor assíduo e crítico capaz de interpretar situações escritas em diferentes contextos e se suas obras podem incentivar a criança a ter algum tipo de preconceito
racial, já que o mesmo foi acusado de racismo no ano de 2010. O tema é importante pela preocupação
do autor com relação à literatura infantil, por ser um dos pioneiros nessa área e por revelar o contexto
socioeconômico brasileiro de forma prazerosa. Em seus textos, fantasia e realidade caminham juntas.
Objetivos
Pesquisar a obra de Monteiro Lobato para verificar se seus textos podem incentivar a criança a
ser crítica e, também, se seus livros podem contribuir para o desenvolvimento do preconceito racial.
Delineamento
Método
Para o desenvolvimento do presente estudo, foi utilizado o método qualitativo, analisando obras
especializadas em literatura infantil, artigos, e de forma pontual as obras de Monteiro Lobato, com
maior atenção a “Caçadas de Pedrinho”, o livro que foi usado para acusar Lobato de racismo. Foi rea1 [email protected], Educação /Universidade de Sorocaba/ Sorocaba / SP; [email protected] / Educação. Universidade
de Sorocaba/ Sorocaba / SP
306
lizado um levantamento do histórico da literatura infantil, que teve seu inicio na Europa ao final do
século XVII. Também, foi estudado o início da literatura infantil brasileira aos meados do século XX,
que a princípio se baseava em traduções de histórias europeias, totalmente fora do contexto de nossos
pequenos leitores. Foram analisadas algumas obras de Monteiro Lobato que trazem como tema assuntos considerados de interesse dos adultos, mas, que para ele deveriam ser discutidos com as crianças,
desde que fosse de maneira acessível.
Resultado
Verificou-se que a literatura infantil brasileira somente adquiriu novas características a partir da
primeira obra de Monteiro Lobato, “A Menina do Narizinho Arrebitado”, que abriu as portas da literatura infanto-juvenil brasileira, e as portas do mundo encantado para as crianças de nossa terra trazendo em si uma linguagem que as interessava. De acordo com a pesquisa pôde-se observar que Monteiro
Lobato preocupou-se com a literatura oferecida às crianças brasileiras e procurou com suas obras
proporcionar-lhes uma formação crítica. Para isso sempre revisava seus livros e procurava, através dos
personagens do Sítio do Picapau Amarelo e suas aventuras, trazer para o mundo dos pequenos leitores
assuntos considerados para adultos de maneira leve e às vezes até divertida. Deve-se destacar que o
presente trabalho proporcionou o conhecimento de alguns autores, em especial Monteiro Lobato, e
novos conhecimentos para a atividade profissional docente.
Discussão
Quanto à acusação de racismo, os estudos feitos apontaram vários contrapontos. Muitos estudiosos consideraram que Lobato foi um escritor realmente racista. Para esses, os textos deveriam, inclusive, conter ressalvas escritas anexadas aos livros. Entretanto, muitos escritores procuraram defendê-lo
apresentando a importância de suas obras para a literatura infantil/ juvenil brasileira e também a
importância que o mesmo dera aos negros que fazem parte de sua obra.
Conclusão
Pode-se considerar que a obra de Monteiro Lobato deve ser utilizada em sua forma original, sem
adendos e adequações legais, como foi sugerido por alguns especialistas. Deve ser lida, compreendida
e trabalhada com as crianças, respeitando-se o contexto histórico em que foi escrita. Dessa forma,
o professor, devidamente preparado, poderá apresentar aos pequenos leitores toda a riqueza de sua
produção literária, contribuindo para que a criança compreenda, de forma crítica o que se passava no
mundo dos adultos, respeitando a diversidade.
ASCP – autora do projeto.
VBF - concepção do projeto, revisão crítica do conteúdo intelectual e aprovação final da versão a
ser publicada.
Referências
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria-análise-didática. 5. ed. São Paulo: Ática, 1991.
LAJOLO, Marisa. Monteiro Lobato: um brasileiro sob medida. São Paulo: Moderna, 2002.
LAJOLO, Marisa; CECCANTINI, João Luís. (Orgs.). Monteiro Lobato: livro a livro. São Paulo: UNESP, 2008.
LAJOLO, Marisa. Negros e negras em Monteiro Lobato. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira; GOUVÊA,
Maria Cristina Soares de. (Orgs.). Lendo e escrevendo Lobato. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 2003.
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HOMENS QUE CORREM COM HOMENS: MISOGINIA
E HETERONORMATIVIDADE ENTRE HOMOSSEXUAIS
Douglas Russano Romeu,1 Giovana Sanches, Ana Laura Schliemann
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Quais são as condições que influenciam homens homossexuais a discriminar outros homens homossexuais com comportamento (expressão de
gênero) diferente do esperado para o sexo de nascimento.
Antecedentes: Fatores psíquicos e sociais responsáveis pelo desenvolvimento da subjetividade do indivíduo preconceituoso e que propciam a sua expressividade. Quando
referente a aceitação das questões ligadas à diversidade sexual humana e de gênero,
relaciona-se intimamente com discursos que partem de locais de poder, moldado por
falas políticas, religiosas, da mídia, do ambiente escolar, da família e da estrutura patriarcal do capitalismo.
O que esta pesquisa acrescenta: O presente estudo visou promover uma reflexão ética acerca do que é a sexualidade para o homem homossexual brasileiro, quais as condições da aceitação pessoal dessa sexualidade e os entraves e obstáculos da aceitação
perante a sociedade, família e amigos. Mais precisamente, sobre uma parcela da classe
homossexual masculina que exalta a masculinidade e a heteronormatividade como padrão a ser seguido fielmente por todos, causando sofrimento e gerando discriminação
resultante da reprodução desses discursos.
Limitações e pontos fortes: Refletir de forma ética acerca das condições de aceitação à diversidade sexual humana, visando sua promoção e tolerância. Sua principal
limitação é se tratar de um pequeno recorte de um panorama complexo que permeia
relações interpessoais, a sexualidade humana. Foi produzido dentro de um componente curricular do curso de Psicologia da Universidade de Sorocaba, tendo apenas três
meses para execução.
Palavras-chave: Masculinidade. Homossexualidade. Heteronormatividade. Misoginia.
Introdução
Por meio da produção cultural são perceptíveis inúmeras e distintas formas de experienciar e expressar a sexualidade humana. Há exemplos em produções da TV, como reality show “Ru-Paul’s Drag
Race” dá visbilidade ao mundo das drag-queens.
Todavia, apesar desta pluralidade, é possível observar maior aceitação das pessoas que não neguem as identidades de gênero esperadas do sexo biológico que possuem, características femininas
são positivas quando elucidadas por mulheres, e masculinas por homens. Idearios que normalizam o
dualismo homem versus mulher e a heterossexualidade, concedendo-lhes o carter de normatização.
As estatísticas apresentadas pelo Grupo Gay da Bahia denunciam que um LGBTQ (lésbica, gay,
bissexual, transexual ou queer) foi morto a cada 27 horas em 2014, no Brasil. No mesmo período, 50%
das mortes de transexuais no mundo aconteceram no país. Por fim, também em 2014, sete heterossexuais foram assassinados por terem sido confundidos com LGBTQs. Destas estatísticas, 50% eram
homens homossexuais e 41% transexuais. Os dados do Grupo Gay da Bahia sobre homo/transfobia são
reunidos anualmente há mais de 30 anos e apesar de não serem oficiais, a instituição é a referencial
[email protected] / Psicologia / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; 2Cunha/[email protected] / Psicologia / Universidade
de Sorocaba / Sorocaba / SP; 3Schliemann/[email protected] / Psicologia / Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
1 308
em denunciar este tipo de violência no país. Homens gays possuem simbolicamente a maior ameaça
à masculinidade: estreitam laços simbólicos com o feminino quando rebaixam sua prática sexual ao
assumirem o papel que se espera da mulher, o de ser penetrado (T. FILHO, 2004). São discursos característicos que explicitam a aversão a feminilidade, o que se entende por misoginia.
Aproximando-se da comunidade LGBTQ, nota-se que a exaltação de tais características não é mérito apenas dos heterossexuais ou indivíduos homo/transfobicos. Propõe-se aqui uma reflexão ética
acerca de homens homossexuais que exaltam a masculinidade como virtude em detrimento da feminilidade, e que consequentemente, impõem aos outros indivíduos da mesma comunidade uma identidade de gênero limitada aos seus padrões.
Objetivos
Refletir de forma ética sobre as condições de tolerância à diversidade sexual humana. Especialmente, sobre homens homossexuais que discriminam outros homens com comportamento oposto ao
que se espera de seu sexo.
Delineamento
Pesquisa qualitativa
Método
Revisão bibliográfica por busca ativa na internet (Scielo), considerando os anos de 2000 a 2015, sobre os temas masculinidade, homossexualidade, misoginia e heteronormatividade. Priorizou-se livros
e artigos nacionais, respeitando diferenças culturais e focando o Brasil.
Resultado
Foram encontrados 38 resultados sobre homofobia, 2 sobre misoginia, 145 sobre masculinidade e 17
sobre heteronormativdade. Dos referentes a masculinidade, apenas 93 possuiam o escopo necessário
para este estudo, sobre heteronormatividade foram considerados nove resultados úteis.
Por meio destes foi possível perceber a visão de que um homem homossexual é socialmente tolerado uma vez que não seja afeminado. Transexuais conseguem usufruir de aceitação dentro da mídia,
quando se mostram seres espalhafatosos e divertidos. Mulheres lésbicas têm sua orientação afetiva
legitimada quando não tentam ser como homens (GREEN, 2000). Panorama que reflete o sistema de
gênero brasileiro, baseado numa percepção coletiva de que o problema não é a orientação sexual do
indivíduo, mas a descontinuidade entre sexo e gênero (PERUREANA et al., 2013).
Discussão
Pautando-se no estudo das questões de gênero, desenvolvido por Joan Scott (1999), é possível
perceber uma materialidade histórica responsável por rebaixar a feminilidade em detrimento da masculinidade. Em diversos discursos há como forma de punição a meninos afeminados, na infância, a
ridicularização da sua postura feminina, por parte dos pais e professores (PASSAMANI et al., 2013).
Considerando que o preconceito se baseia numa percepção distorcida criada pelo indivíduo preconceituoso sobre o objeto destino de sua aversão, diante da literatura pesquisada conclui-se que a
existência do discurso normativo dentro da comunidade LGBTQ é fruto da socialização dos indivíduos, que reproduzem de forma inconsciente padrões vigentes na construção social, nos valores pregados pela mídia, discursos políticos e religiosos que normalizam a heterossexualidade e suas características, devido a seu carater reprodutivo, impondo-as como um padrão que deve ser seguido por todos.
Conclusão
Não há definida na literatura uma forma universal capaz de solucionar tal problemática. Toda forma de violência, coação, intimidaçao, diminuição, negaçao de outrém, também são formas de negação
309
da sensibilidade individual, numa tentativa de evitar o sofrimento. Trabalhar as pessoas para serem
mais humanas, éticas e terem respeito pela diversidade humana seriam caminhos positivos para lidar
com essas questões.
Portanto mostra-se possivel um próximo passo para o presente estudo, envolvendo atividades de
acesso à informação em escolas, universidades, locais de trabalho e meios de comunicação, como tentativa de mediar reflexão e debate na intenção de promover tolerância e respeito à diversidade humana.
Os autores DRR, GSC e ALS declaram serem responsáveis pela produção e elaboração do presente
trabalho, ficando a cargo do primeiro e da segunda a elaboração do projeto, revisão bibliográfica, busca
dos dados e redação. Já ALS orientou e coordenou todas as etapas da pesquisa, participando da concepção do trabalho, revisão crítica e aprovação final do texto.
Referências
TORRAO FILHO, A. Uma questão de gênero: onde o masculino e o feminino se cruzam. Cad. Pagu,
Campinas, n. 24, p. 127-152, jun. 2005.
GREEN, J. N. Além do carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX. São Paulo:
Unesp, 2000.
MIRANDA, S. F. Preconceito, cultura e subjetividade: uma análise comparativa de dois posicionamentos teóricos. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA
SOCIAL, 14, 2007, Rio de Janeiro. Anais.. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Psicologia Social,
2007.
MISKOLCI, R. A teoria Queer e a sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Sociologias, Porto Alegre, v. 11, n. 21, p. 150-182, jan./jun. 2009.
PASSAMANI, G. R.; PERURENA, F. C. V.; BULSING, M.; BORGES, Z. N. Patriarcado, heteronormatividade e misoginia em debate: pontos e contrapontos para o combate à homofobia nas escolas. Latitude, v. 7, n. 1, p. 61-76, 2013.
PETRY, A. R.; MEYER, D. E. E. Transexualidade e heternormatividade: algumas questões para pesquisa. Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 193 - 198, jan./jul. 2011.
SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. Recife: SOS Corpo, 1999.
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
SWAIN, T. N. Para além do binário: os queers e o heterogênero. Gênero: Revista do Núcleo Transdisciplinar de Estudos de Gênero, Niterói, v. 2, n. 1, 2001.
310
O PROCESSO DE LUTO ABORDADO NO FILME LIVRE: SOFRIMENTO PSÍQUICO E A BUSCA DE SI
Regina Angelica da Fonseca Terra;1 Gabriela Galvão Terra Fogaça Balboni,2
Sylvia Fernandes Labunetti,3 Ana Sayuri Ribeiro Waricoda4
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: A pesquisa investiga como o desenvolvimento da doença terminal de uma das personagens do filme “Livre” afeta os envolvidos, principalmente
a protagonista, e quais processos são desencadeados pelo luto aliando-os ao estudo
proposto pela psiquiatra Kübler-Ross sobre os estágios do luto.
Antecedentes: A visão que se tem da morte sofreu inúmeras transformações no decorrer dos anos e nos dias atuais é assunto encarado com distanciamento, medo e angústia. A morte deve ocorrer fora do ambiente familiar, passando para o domínio das Unidades de Terapia Intensiva (UTI). As doenças com poucas perspectivas de tratamento,
como as terminais, abalam não só o paciente como os familiares próximos, pois trazem
consigo um contato brusco e doloroso com a finitude e o sentimento de impotência e
desencadeiam um processo de luto. Segundo a psiquiatra Kübler-Ross esse processo
é composto por 5 estágios: identificados no filme, negação, raiva, barganha, depressão
e aceitação.
O que esta pesquisa acrescenta: Foi possível identificar no filme que o processo de
luto é vivenciado não só pela paciente, como pelos familiares mais próximos. Cheryl,
a filha mais velha, chega inclusive a experenciar todos os estágios de forma intensa e
quando se percebe no fundo do poço, estágio da depressão, decide dar um novo sentido para sua vida e saí em busca de si. Ao final, Cheryl aceita mais do que a morte da
mãe, mas tudo o que já passou, faz as pazes consigo mesma, se apropria de todas as
lições ensinadas pela mãe, e se sente forte o bastante para recomeçar.
Limitações e pontos fortes: Aliar os filmes com trabalhos científicos é uma forma de
ilustrar questões de estudo, como no presente caso, o luto, colaborando assim, para
compreensão, assimilação de conceitos, bem como ampliação do debate sobre o assunto. O artigo aborda os estágios do luto da psiquiatra Kübler-Ross, com a teoria do
desapego de Bowlby, e a diferença entre luto e melancolia defendida por Freud. Identificar e relacionar essas teorias ao filme enriqueceu e contribuiu para uma pesquisa
com embasamento.
Palavras-chave: Terminalidade. Luto. Análise de conteúdo.
Introdução
Apesar de a única certeza da vida ser a morte, evita-se falar sobre esse assunto na sociedade contemporânea, afastando-o da realidade. Essa perspectiva muda frente ao impacto da descoberta de uma
doença terminal na família, em que, tanto o doente quanto seus familiares enfrentam situações de
medo, ansiedade, dúvidas e angustia durante esse processo doloroso de tratamento e que muitas vezes
já se inicia sem esperança. Diante disso, realiza-se uma análise com embasamento teórico do filme “Livre”, um drama lançado em 2015 e baseado na história verídica de Cheryl Strayed. A protagonista enfrenta o processo de luto decorrente da descoberta, progresso da doença terminal e morte de sua mãe,
passando por estágios que vão de raiva e revolta até aceitação e transformação de sua própria vida.
1 [email protected] /Psicologia/ Universidade de Sorocaba/ Sorocaba / SP; [email protected] / Psicologia. Universidade de Sorocaba/
Sorocaba / SP; [email protected] / Psicologia. Universidade de Sorocaba/ Sorocaba / SP; [email protected] / Psicologia.
Universidade de Sorocaba/ Sorocaba / SP
311
Objetivos
Identificar no filme “Livre” o processo de luto, bem como os recursos psíquicos de enfrentamento
utilizados pela protagonista. Caracterizar os aspectos relativos ao processo de luto com embasamento
teórico. Correlacionar a trajetória do filme com a bibliografia pesquisada.
Delineamento
Documental: dados extraídos de base de dados públicas e dados históricos.
Método
O estudo foi conduzido de forma qualitativa utilizando como recurso a Análise de conteúdo de
Bardin. Após repetidas visualizações do filme “Livre”, transcrições de diálogos e monólogos da protagonista, discussões a respeito do conteúdo expresso, pode se caracterizar os aspectos relativos ao
processo de luto identificando-os em termos teóricos.
Resultado
De acordo com a análise de conteúdo de Bardin, foram identificados os seguintes temas no filme:
o processo de luto, a morte da mãe desencadeia traumas, abusos como forma de consolo para dor e o
encontro consigo mesma. Para tanto, os temas propostos foram relacionados com os estágios do luto –
negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, propostos pela psiquiatra Kübler-Ross.
Discussão
As lembranças da protagonista são em geral mais voltadas a culpa do que recordações positivas. Segundo Freud, o luto como estado patológico traz em si uma melancolia que se caracteriza por “um desânimo profundamente doloroso, uma suspensão do interesse pelo mundo externo, perda da capacidade de amar, inibição de toda atividade e um rebaixamento no
sentimento de autoestima, que se expressa em autorrecriminações e autoinsultos, chegando até
a expectativa delirante de punição” (FREUD, 2013). Em sua visita a um psicólogo, quando questionada se fazia sexo com seu marido ou apenas com estranhos, Cheryl responde “Sou parecida com
homens quanto ao sexo. Eu prefiro não me apegar” demonstrando assim a perda da capacidade
de amar e a baixa autoestima que a faz usar o sexo e as drogas como formas de amenizar sua dor.
Bowlby (1989) considerou o apego como um mecanismo básico dos seres humanos. Ou seja, é um
comportamento biologicamente programado, como o mecanismo de alimentação e sexualidade, e é
considerado como um sistema de controle homeostático, que funciona dentro de um contexto de outros sistemas de controle comportamentais. O papel do apego na vida dos seres humanos envolve o
conhecimento que uma figura de apego está disponível e oferece respostas, proporcionando um sentimento de segurança que é fortificador da relação (CASSIDY, 1999). Quando Cheryl se vê sem a mãe, a
qual considera ser o amor de sua vida, a perda da figura de apego causa assim a perda da vontade de
viver. Segundo Freud, “O melancólico nos mostra ainda algo que falta no luto: um rebaixamento extraordinário do seu sentimento de autoestima, um enorme empobrecimento do ego. No luto é o mundo
que se tornou pobre e vazio; na melancolia é o próprio ego” (FREUD, 2013).
Conclusão
Ao se constatar a terminalidade alguns elementos que envolvem a visão de morte, rodeada de preconceito e estigma nos dias de hoje se fazem presentes. Segundo Morais (2000) esses elementos compreendem: 1) conhecimento do destino: o homem é o único animal que tem consciência da própria finitude;
2) a solidão: a morte frequentemente se configura como um momento de solidão absoluta para o sujeito
contemporâneo; 3) o desmonte da teia existencial: as redes afetivas, constituídas pela constelação de relacionamentos pessoais, são amputadas pela morte; 4) o caminho do sofrimento: o provável sofrimento
312
envolvido no processo de morrer torna-o mais temido do que a própria morte; 5) a hipótese do nada, do
desconhecido: o medo da possível inexistência de algo depois da vida e da dissolução da matéria; a morte
concebida como um túnel sem sentido, que levaria o ser humano a parte alguma (OLIVEIRA et al., 2010).
No filme, esses elementos são percebidos com mais ênfase em Cheryl do que em sua mãe. Desta forma,
a realização da proposta do presente trabalho teve o propósito de compreender como acontecem as
reações à perda de um ente querido próximo. Tais reações demonstram-se enigmáticas à Psicologia, a
qual tem o dever de abordar essa temática com objetivo de favorecer uma ampliação do conhecimento
sobre o processo de luto bem como ampliar a possibilidade de intervenções voltadas ao sofrimento
relativo à perda.
RAFT e GGTFB participaram da concepção do projeto, análise e interpretação dos dados; redação
do artigo e revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; ARSW: revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e SFL: revisão crítica relevante do conteúdo intelectual Aprovação final da versão a
ser publicada.
Referências
DALBEM, J. X. et al. Teoria do apego: bases conceituais e desenvolvimento dos modelos internos
de funcionamento. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 57, n. 1, p. 12-24, 2005. Disponível em: <http://seer.psicologia.ufrj.br>. Acesso em: 25 mai. 2015.
FARAGO, C. C. et al. A análise de conteúdo na perspectiva de Bardin: do rigor metodológico à descoberta de um caminho de significações. Revista Linguasagem, São Carlos, v. 18, jun., 2012. Disponível
em: <http://www.letras.ufscar.br >. Acesso em: 10 mai. 2015.
FREUD, S. Luto e melancolia. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
LIVRE “Wild”. Direção: Jean-Marc Vallée. Produção: Fox Searchlight Pictures, Pacific Standard. EUA,
2014. 115 min. Longa-metragem colorido.
OLIVEIRA, E. A. et. al. Apoio psicológico na terminalidade: ensinamentos para a vida. Psicologia em
Estudo, Maringá, v. 15, n. 2, p. 235-244, abr./jun. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso
em: 12 maio 2015.
SIMÃO, A. B. et. al. A atuação do Serviço Social junto a pacientes terminais: breves considerações.
Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 102, p. 352-364, abr./jun. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br>.
Acesso em: 12 mai. 2015.
313
A PERCEPÇÃO DO IDOSO A RESPEITO DO LUTO
ANTECIPADO
Clarice de Fátima Souza Tognocchi,1 Iris Figueiredo Casarotto, Eliete Jussara Nogueira
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Qual a percepção do idoso a respeito do luto antecipado?
Antecedentes: Os artigos apontam que o tema sobre luto não é muito estudado e/ou
pesquisado no meio acadêmico, o que pode ter como causa a dificuldade de trabalhar o
assunto, principalmente com idosos, devido à sensibilidade que o tema carrega.
O que esta pesquisa acrescenta: Este estudo acrescenta dados para a compreensão
do luto antecipado em relação ao idoso e assim pode ajudar a lidar com situações que
envolvem o tema: morte.
Limitações e pontos fortes: O ponto forte é ampliar as pesquisar sobre luto antecipado na velhice e a limitação é a dificuldade de abordar esse tema com o ser humano
devido à sensibilidade, principalmente com idosos.
Palavras-chave: Envelhecimento. Luto antecipado. Percepção de morte. Psicologia.
Introdução
A morte é uma experiência altamente pessoal e apresenta aspectos sociais, no qual considera-se
a cultura, história, religiosidade, entre outros aspectos psíquicos e éticos de desenvolvimento, como
afirma Papalia, Feldman e Martorell (2013, p. 636) “A morte é um fato biológico, mas também apresenta
aspectos sociais, culturais, históricos, religiosos, legais, psicológicos, clínicos, éticos e de desenvolvimento que, com frequência, estão intimamente interligados”. Além disso, de acordo com Oliveira,
Pedrosa e Santos (2009), o único ser vivo que tem consciência da própria morte é o ser humano e essa
consciência de finitude pode causar muita aflição. O contexto e as atitudes dadas para a morte, culturais e históricas, podem afetar o modo de enfrentar a própria morte. O luto pode ser definido como
um conjunto de reações diante de uma perda, portanto algo a não ser desprezado, e sim, devidamente
valorizado e acompanhado, como parte da saúde emocional (OLIVEIRA; LOPES, 2008, p. 217). De acordo com Cavalcanti, Samczuk e Bonfim (2013), a ideia de luto não se limita apenas à morte, mas o enfrentamento das sucessivas perdas reais e simbólicas durante o desenvolvimento humano. O modelo
clássico de elaboração do luto identifica os estágios em que as pessoas aceitam a dolorosa realidade da
perda e se libertam do vínculo com o objeto perdido, se readaptando à vida. O modelo de acordo com
Worden (2004 apud MELO, 2004) aborda os seguintes estágios: a) Tristeza; b) Raiva; c) Culpa e AutoCensura; d) Ansiedade; e) Solidão; f) Fadiga; g) Desamparo; h) Choque; i) Anseio; j) Emancipação; k)
Alívio; e l) Torpor. E na velhice, o ser humano pode se dar conta de que a morte está mais próxima, e
numa realidade heterogênea, numa perspectiva teórica life span, investigar a percepção sobre o luto
pode ajudar a entender o envelhecimento.
Objetivos
Com o objetivo de compreender as questões de luto e morte, buscou-se identificar a percepção
sobre luto antecipado e morte em idosos, descritos em artigos científicos sobre velhice.
1 [email protected]/ Psicologia. Universidade de Sorocaba/ Sorocaba / SP; [email protected] / Psicologia. Universidade de Sorocaba/
Sorocaba / SP; [email protected] / Psicologia / Universidade de Sorocaba / Sorocaba/SP
314
Delineamento
Método
Trata-se de uma pesquisa quanti e qualitativa, com análise de conteúdo aos moldes de Bardin
(1977), a fim de comparar os assuntos em comum entre os artigos. Para tanto, foi realizado um levantamento de artigos por meio das plataformas Capes e Scielo/Br, utilizando palavras chave sobre
envelhecimento, luto e morte. Dentro desse grande tema foi encontrado 16 artigos no período de 2011
até 2014. Para a presente pesquisa foram analisados três artigos que abordaram especificamente o luto
antecipado na velhice.
Resultado
Os artigos analisados abordaram pontos em comum em relação ao luto, a saber: a) perdas de pessoas próximas; b) doenças e equilíbrio psicológico; c) consciência da própria finitude. Ponto em comum entre os artigos analisados, refere-se aos sentimentos de perdas de capacidades rotineiras. Assim
como apontam para o impacto da morte de um filho e a percepção de finitude como característicos do
idoso na percepção do luto antecipado.
Discussão
De modo geral, os artigos relatam que os idosos costumam ter experimentado maior contato com
pessoas que já morreram do que os mais jovens e, portanto, parecem apresentar uma melhor percepção
da própria morte como algo possível e até mesmo iminente quando comparados com grupos etários
mais jovens.
Conclusão
A pesquisa considera a dificuldade de abordar esse tema com o ser humano devido à sensibilidade,
principalmente com idosos, que desenvolvem uma maior percepção de morte devido à consciência da
própria finitude, perdas de pessoas próximas, doenças e equilíbrio psicológico e perdas de capacidades rotineiras. Além disso, a morte é uma experiência altamente pessoal e apresenta aspectos sociais,
no qual deve-se considerar a cultura, história, religiosidade e demais aspectos psíquicos e éticos de
desenvolvimento.
IFC - participou da concepção do projeto, análise e interpretação dos dados; redação dos itens
Introdução, Objetivo, Delineamento, Método e redação do artigo.
CFST - participou da concepção do projeto, análise e interpretação dos dados, redação dos Resultados, Discussão, Conclusão e redação do artigo.
EJN – foi orientadora do trabalho e revisão do artigo científico para submissão ao XVIII Encontro
dos Pesquisadores e de Iniciação Científica.
Referências
MELO, Rita. Processo de luto: o inevitável percurso face a inevitabilidade da morte. 2004.
OLIVEIRA, João Batista Alves de; LOPES, Ruth Gelehrter da Costa. O processo de luto no idoso pela
morte de cônjuge e filho. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 13, n. 2, p. 217-221, abr./jun. 2008.
OLIVEIRA, Sandra Carolina Farias de; PEDROSA, Maria Isabel; SANTOS, Maria de Fátima Souza.
Quem está mais próximo da morte? percepção dos idosos sobre que faixa etária se associa mais à
morte. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, v. 6, n. 1, p. 146152, jan./abr. 2009.
315
PAPEL DO CUIDADOR NA VELHICE: UM LEVANTAMENTO EM ARTIGOS – 2013/2014
André Luiz Chave Yang,1 Giovana Sanches Cunha
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: Esse estudo pretendeu verificar no banco de dados Scielo, de
2014 a 2015, o papel do cuidador na velhice. Quem é o cuidador? Quando sua presença
é necessária? Qual o impacto do cuidado sobre o cuidador? Qual a influência da qualidade do cuidado sobre o idoso?
Antecedentes: Em pesquisa de revisão bibliográfica verificou-se que nenhum artigo
aborda o cuidador de idosos minunciosamente.
O que esta pesquisa acrescenta: Esse estudo procurou realizar um panorama das condições do cuidador de idosos e a consequência de suas condições sobre a saúde do
idoso.
Limitações e pontos fortes: Essa realização promove a divulgação das condições da
relação cuidador-idoso. Possibilitando uma visualização ampla dessa condição, facilitando a reflexão sobre as deficiências e potencialidades existentes na promoção da
saúde. O estudo limitou-se a pesquisar artigos do banco de dados Scielo, de 2013 a 2014
e de publicação nacional.
Palavras-chave: Idoso. Cuidador. Saúde.
Introdução
O envelhecimento pode ser visualizado de diversas formas. A idade avançada é marca de status
no Japão, já nos Estados Unidos é geralmente vista como indesejada (PAPALIA, 2006). O estudo
em psicologia deve visualizar a velhice não como um clímax ou anticlímax da vida, mas sim como
uma etapa da vida que tem suas características peculiares como cada etapa do desenvolvimento.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos Humanos, a população idosa representa 11% da população brasileira, e em 2050 poderá chegar à 22% (MARIN et al., 2013). As principais
causas para o envelhecimento da população são: os progressos da medicina, um estilo de vida mais
saudável e a tendência a famílias menores.
A população mundial também está envelhecendo, graças ao crescimento econômico, ao aumento no suprimento de alimentos, ao maior controle sobre doenças infecciosas e ao melhor acesso à
água potável, a instalações sanitárias e à assistência à saúde (LEITE et al., 2014). Na idade adulta o
corpo humano apresenta algumas perdas físicas tão pequenas que não são percebidas. Já na terceira
idade, apesar de ocorrer em um ritmo diferente para cada indivíduo, pode haver perda da capacidade
cognitiva, memória, estatura, massa muscular, desempenho sexual, mudanças hormonais, mudanças
no funcionamento do sistema imunológico, aumento da incidência de doenças crônico-degenerativas etc (GONÇALVES et al., 2013). Nesse contexto alguns idosos poderão apresentar incapacidade
de realizar suas atividades básicas, perdendo sua autonomia, necessitando de cuidados integrais. A
dependência do idoso pode gerar grande impacto na estrutura familiar e causar sobrecarga em seus
membros. Dessa forma, o cuidado ao idoso é uma questão que envolve toda a família. Nos casos em
que a atenção integral é necessária aparece e figura do cuidador. O cuidador é a pessoa que presta
cuidados à outra pessoa que esteja necessitando, por estar acamada, com limitações físicas ou mentais,
com ou sem remuneração. Com o crescente número da população idosa mundial cresce também a
necessidade do cuidador.
[email protected] / Psicologia/ Universidade de Sorocaba/Sorocaba/SP; [email protected] / Psicologia/ Universidade de Sorocaba/
Sorocaba/SP
1 316
Objetivos
Este estudo tem o objetivo geral compreender o papel do cuidador na relação com as pessoas
idosas e como objetivo especifico organizar um panorama do cuidador nas pesquisas em saúde, identificando quais são suas características e em que momento é necessário sua presença.
Delineamento
Método
Partiu-se de uma revisão de artigos científicos, o que possibilitou a inclusão de produções nacionais experimentais e não experimentais, com o intuito de sintetizar o conhecimento disponível
sobre o objeto de pesquisa. O procedimento iniciou-se com a definição do tema e objeto de pesquisa,
escolha dos descritores, levantamento dos trabalhos no banco de dados SCIELO, definição sobre algumas perguntas, critérios para exclusão e inclusão dos trabalhos e análise de conteúdos por categorias
(BARDIN, 1977).
Resultado
A aplicação da análise de conteúdos por categorias de Laurence Bardin (2009) permitiu considerar
as informações desde a análise por categorias até a análise do conteúdo obtido. Desse estudo, três categorias foram criadas: 1- Características do cuidador; 2- Sobre o cuidar; 3- Apoio ao cuidador.
Discussão
A despeito do crescimento substancial da população idosa, a análise evidencia que a informalidade prevalece no cuidado ao idoso sendo essa atividade exercida principalmente por familiares. Os
trabalhos apontam para a condição de desamparo social do idoso dependente, sobrecarregando seus
cuidadores que frequentemente não recebem qualquer capacitação para o cuidar. Esse desamparo é fator de risco para o surgimento de diversas complicações a níveis psicológico, físico, social e financeiro.
Conclusão
Identificou-se a ausência de capacitação de serviços de cuidado ao idoso. Dentre as intervenções expostas a mais referenciada é a proposta psicoeducativa: a capacitação necessária ao cuidado do idoso. Além dessa, outras intervenções foram relacionadas a assistência social visando reduzir
a sobrecarga do cuidador e ao treinamento de técnicas de enfrentamento de situações estressantes.
Agradecimento
A Orientadora da pesquisa Professora Doutora Eliete Jussara Nogueira.
ALCY - Concepção do projeto e análise e interpretação dos dados; Redação do artigo e revisão
crítica relevante do conteúdo intelectual.
GSC - Concepção do projeto e análise e interpretação dos dados; Redação do artigo e revisão crítica relevante do conteúdo intelectual.
EJN – Orientação do projeto e aprovação final da versão a ser publicada.
Referências
MARIN, Maria José Sanches et al. As condições de vida e saúde de pessoas acima de 50 anos com
deficiência e seus cuidadores em um município paulista. Revista brasileira de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro, vol. 16 no.2, p. 365-374. 2013.
317
LEITE, Cinthya Dolores Santos Maia et al . Conhecimento e intervenção do cuidador na doença de
Alzheimer: uma revisão da literatura. Jornal brasileiro psiquiatria, Rio de Janeiro , v. 63, n. 1, p. 4856, mar. 2014 .
GONÇALVES, Lucia Takase Hisako et al. Convívio e cuidado familiar na quarta idade: qualidade de
vida de idosos e seus cuidadores. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, Rio de Janeiro,
vol.16 no.2, p. 315-325. 2013.
LOPES, Lais de Oliveira. CACHIONI, Meire. Cuidadores familiares de idosos com doença de Alzheimer em uma intervenção psicoeducacional. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, Rio de
Janeiro, vol. 16 n.3, p. 443-460, set. 2013.
BATISTA, Marina Picazzio Perez; ALMEIDA, Maria Helena Morgani de; LANCMAN, Selma.
Cuidadores formais de idosos: contextualização histórica no cenário brasileiro. Revista brasileira
geriatria e gerontologia, Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, p. 879-885, dez. 2014 .
GRATAO, Aline Cristina Martins et al. Dependência funcional de idosos e a sobrecarga do cuidador.
Revista da escola enfermagem da USP, São Paulo, v. 47, n. 1, p. 137-144, fev. 2013.
POLARO, Sandra Helena Isse et al. Dinâmica da família no contexto dos cuidados a adultos na quarta idade. Revista brasileira de enfermagem, Brasília, v. 66, n. 2, p. 228-233, abr. 2013.
PINTO, Francine Náthalie Ferraresi Rodrigues; BARHAM, Elizabeth Joan. Habilidades sociais e
estratégias de enfrentamento de estresse: relação com indicadores de bem-estar psicológico em
cuidadores de idosos de alta dependência. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, Rio de
Janeiro, v. 17, n. 3, p. 525-539, set. 2014 .
BAUAB, Juliana Pedroso; EMMEL, Maria Luisa Guillaumon. Mudanças no cotidiano de cuidadores
de idosos em processo demencial. Revista brasileira geriatria e gerontologia, Rio de Janeiro, v. 17,
n. 2, p. 339-352, 2014.
OLIVEIRA, Patrícia Peres de et al. Percepção dos profissionais que atuam numa instituição de longa
permanência para idosos sobre a morte e o morrer. Ciência & saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n.
9, p. 2635-2644, set. 2013 .
GAIOLI, Cheila Cristina Leonardo de Oliveira; FUREGATO, Antonia Regina Ferreira; SANTOS, Jair
Lício Ferreira. Perfil de cuidadores de idosos com doença de Alzheimer associado à resiliência.
Texto contexto - enfermagem, Florianópolis, v. 21, n. 1, p. 150-157, mar. 2012 .
ARAUJO, Jeferson Santos et al. Perfil dos cuidadores e as dificuldades enfrentadas no cuidado ao
idoso, em Ananindeua, PA. Revista brasileira geriatria e gerontologia, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p.
149-158, mar. 2013 .
BRUM, Ana Karine Ramos et al. Programa para cuidadores de idosos com demência: relato de experiência. Revista brasileira enfermagem, Brasília, v. 66, n. 4, p. 619-624, ago. 2013
WACHHOLZ, Patrick Alexander; SANTOS, Rosa Cristina Cervi; WOLF, Loreci Santos Pereira. Reconhecendo a sobrecarga e a qualidade de vida de cuidadores familiares de idosos frágeis. Revista
brasileira geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 513-526, set. 2013 .
LIMA, Andreza Aparecida de; SPAGNUOLO, Regina Stella; PATRICIO, Karina Pavão. Revendo estudos sobre a assistência domiciliar ao idoso. Psicologia em estudo. Maringá, v. 18, n. 2, p. 343-351, jun.
2013 .
FERREIRA, Fernanda Pretti Chalet; BANSI, Luciana Orui; PASCHOAL, Sérgio Márcio Pacheco.
Serviços de atenção ao idoso e estratégias de cuidado domiciliares e institucionais. Revista brasileira geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, p. 911-926, dez. 2014 .
318
RESUMOS pós-graduação
ciências da saúde
EXTRAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE ANTOCIANINAS DOS FRUTOS DA JUÇARA (EUTERPE EDULIS
MART.)
Henriette Marcondes Fonseca de Marco,1 Mariana Carvalho Vila, Martha
Maria A. Favaro, Victor Manuel Balcão, Valquíria Miwa H. Yoshida, Marta
Maria Duarte Carvalho Vila
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: O processo de obtenção do extrato é adequado? Apresenta
rendimento de ativo compatível para uso comercial?
Antecedentes: Diversos estudos comprovam a potencialidade antioxidante e corante
de diversas frutas da flora nacional, advindas de pigmentos denominados antocianinas.
O que esta pesquisa acrescenta: O estudo, ora apresentado, é parte inicial de um
projeto de pesquisa que busca o desenvolvimento de produtos de utilização cosmética
contendo antocianinas. A etapa apresentada é fundamental na obtenção do extrato e
quantificação do ativo (antocianinas) para posterior inclusão em diversas formulações.
Limitações e pontos fortes: Ponto forte: Como fonte de antocianina serão utilizados
frutos de Juçara (Euterpe edulis), uma espécie de palmeira, que vem sendo cultivada
em algumas regiões e sofre riscos devido à exploração predatória de palmito e madeira, no sul e sudeste do Brasil. A proposta de uso desses frutos representa uma forma de
incentivo à conservação da espécie e adição de valor agregado aos frutos da mesma,
pois a coleta dos frutos não causa dano à palmeira, sendo uma fruta tipicamente brasileira. Limitações: A reduzida estabilidade das antocianinas após extração.
Palavras-chave: Antocianinas. Euterpe edulis. Juçara.
Introdução
O Brasil possui uma das maiores biodiversidades existente no nosso planeta. No entanto, nos últimos anos o país tem sofrido com o problema da devastação dessas áreas de maneira desordenada
devido ao extrativismo predatório. Neste contexto, o extrativismo sustentável das espécies presentes
nesses biomas tem despertado o interesse da comunidade científica em desenvolver estudos para um
melhor aproveitamento dessa biodiversidade (FUNARI; FERRO, 2005). A potencial aplicabilidade de
frutos da flora nacional, ricos em antocianinas, em medicamentos, cosméticos, cosmecêuticos e nutracêuticos como substituintes de compostos sintéticos pode contribuir para a saúde humana, além de
fomentar o emprego sustentável dos recursos da flora nacional e gerar renda e qualidade de vida para
a população local. Pigmentos antioxidantes naturais têm sido utilizados em alimentos, em produtos
farmacêuticos e cosméticos, em função de suas inúmeras propriedades biológicas, além de suas propriedades de coloração (BETZ; KULOZIK, 2011; SILVA et al., 2013).
1 [email protected] / Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Curso de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp / Campinas / SP; [email protected] / Escola Técnica Estadual
Conselheiro Antonio Prado / Campinas / SP; [email protected] / Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de
Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] / Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] /
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
319
Objetivos
Com os fatos expostos acima em mente, o objetivo deste projeto de pesquisa é a obtenção de extratos antocianínicos a partir de frutos da Juçara (Euterpe edulis) visando uma posterior aplicação em
medicamentos, cosméticos, nutracêuticos ou cosmecêuticos.
Delineamento
Método
Os frutos da Juçara foram doados pela Universidade Estadual de Campinas, tendo sido armazenados a -18 °C durante todo o período da pesquisa. Para realização dos experimentos, as porções necessárias de frutas eram retiradas do freezer e mantidas a temperatura ambiente até degelo. A obtenção
do extrato seco e quantificação do teor de antocianinas nele presentes constituiu a primeira etapa do
projeto de pesquisa que busca o desenvolvimento de cosméticos contendo antocianinas. O processo
de extração das antocianinas empregado foi realizado de acordo com trabalhos desenvolvidos por
Favaro (2008). A extração foi por maceração da polpa da Juçara na proporção 1:3 (fruta: solvente; m/v)
empregando-se como solvente uma solução hidroalcoólica na concentração de 94 % (v/v). A quantificação de antocianinas totais foi pelo método pH diferencial. As leituras de absorbância das amostras
foram realizadas em 510 nm e 700 nm em pH 1,0 e em pH 4,5 (FULEKI; FRANCIS, 1968).
Resultado
O rendimento da extração foi de 2,76 g de extrato seco/100 g de fruto. A concentração total de
antocianinas no extrato obtido de Juçara foi de (1,03 ± 0,11) g/100 g de polpa.
Discussão
O processo de extração mostrou-se adequado, não apresentando alteração significativa de cor durante todo o processo de extração e secagem, o que poderia indicar degradação dos pigmentos antocianínicos. O método do pH diferencial foi escolhido como o mais adequado para a determinação de
antocianinas nos extratos obtidos por evitar interferências advindas de materiais escuros originados
de possível degradação de açúcares das cascas do fruto e das próprias antocianinas.
A concentração total de antocianinas no extrato obtido de Juçara foi adequada, sendo uma boa
fonte do de pigmento. Em comparação com outras frutas como a jabuticaba, uva e açaí (ABREU; FERREIRA, 2013), a Juçara apresentou rendimento superior no processo extrativo.
Conclusão
O teor de antocianinas obtido aponta o fruto da Juçara como uma fonte viável para a exploração
comercial de antocianinas, sendo promissor o seu emprego em diversos produtos.
Agradecimento
À Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pela doação dos frutos de Juçara.
HMFM: realização de ensaios. MMDCV: realização de ensaios. MMAF: orientação quanto aos ensaios e discussão dos resultados. VMB: discussão de resultados, sugestão de ensaios e correção do
texto. VMHY: discussão dos resultados e sugestões de ensaios. MMDCV: orientação e correção final.
320
Referências
ABREU, H.; FERREIRA, S. M. R. Extração e encapsulação de antocianinas de Jabuticaba (Myrciaria
cauliflora), Açaí (Euterpe oleracea) e Uva Isabel (Vitis labrusca). In: ENCONTRO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA DOS CAMPOS GERAIS, 8., 2013.
BETZ, M., KULOZIK, U. Whey protein gels for the entrapment of bioactive anthocyanins from bilberry extract. I Dairy J, v. 21, p. 703-710, 2011.
FAVARO, M. M. A. Extração, estabilidade e quantificação de antocianinas de frutas típicas brasileiras para aplicação industrial em corantes. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.
FULEKI, T.; FRANCIS, J. Quantitative methods for anthocianins: extraction and determination of
total anthocyanin in cranberries. J Food Sci, v. 33, n. 1, p. 72-77, 1968.
FUNARI, C. S.; FERRO, V. O. Uso ético da biodiversidade brasileira: necessidade e oportunidade. Rev
Bras Farmacogn, v. 15, n. 2, p. 178-182, 2005.
321
EFICÁCIA ANTIMICROBIANA TÓPICA DE HIDROGEL
DE PVA E SULFADIAZINA DE PRATA
Lilian Vieira Vaz,1 Karin dos Santos Proença,2 Ângela Faustino Jozala,3 José
Martins de Oliveira Jr.,4 Victor Manuel Cardoso Figueiredo Balcão,5 Marta
Maria Duarte Carvalho Vila6
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Pontos em destaque
Pergunta da pesquisa: O hidrogel contendo 1% de sulfadiazina de prata possui o efeito
bactericida esperado.
Antecedentes: Já existem diversos trabalhos que mostram que a sulfadiazina de prata
é amplamente utilizada no tratamento de queimaduras, nas quais os principais agentes
causadores são Pseudômonas Aeruginosas, bactérias gram negativas. Devido a sensibilidade apresentada por esse tipo de microrganismo a sulfadiazina de prata, diversas
pesquisas no desenvolvimento de novas formas farmacêuticas surgem a cada dia nesse
campo.
O que esta pesquisa acrescenta: O desenvolvimento de uma forma farmacêutica voltada para o tratamento de queimaduras, as quais apresentam um dos principais problemas na saúde pública do nosso país, tende a colaborar para um tratamento mais eficaz
e com menores traumas aos pacientes.
Limitações e pontos fortes: O desenvolvimento deste hidrogel contendo a sulfadiazina de prata possibilitará melhorar a adesão dos pacientes queimados ao tratamento
diminuindo a troca de curativos, consequentemente a dor. Ainda será necessário realizar diversas análises afim de garantir a eficácia e qualidade do produto em questão.
Palavras-chave: Hidrogel. Sulfadiazina de prata. Álcool polivinílico.
Introdução
Hidrogéis são formas farmacêuticas caracterizadas por sua estrutura formada por redes tridimensionais de polímeros hidrofílicos que, em contato com água, intumescem mantendo sua integridade.
Os hidrogéis são de interesse para emprego no tratamento de feridas tópicas devido a sua baixa toxicidade, potencial de liberação estendida de fármacos e capacidade de manter a ferida hidratada (SONG
et al., 2012). Dentre os diversos polímeros empregados na obtenção dos hidrogéis destaca-se o PVA,
em função de sua versatilidade, baixo custo e atoxicidade (CLÉMENSON et al., 2008). A sulfadiazina
de prata é a droga de escolha no tratamento de queimaduras devido ao seu largo espectro de ação antimicrobiana, sendo efetiva contra vários microrganismos (FERREIRA et al. 2013). O desenvolvimento
de uma formulação farmacêutica deve garantir ao consumidor eficácia, eficiência e segurança. Neste
sentido são fundamentais testes para a avaliação da qualidade, incluindo os ensaios de atividade antimicrobiana.
Objetivos
Determinar a atividade antimicrobiana de hidrogel PVA e sulfadiazina de prata a 1% (m/m).
Delineamento
[email protected] /Farmácia/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected] /Farmácia/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP; [email protected]; [email protected] / Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas/ Universidade de Sorocaba
/ Sorocaba / SP; [email protected] / Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP;
6
[email protected] / Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas/ Universidade de Sorocaba / Sorocaba / SP
1
322
Método
Os hidrogéis de PVA e sulfadiazina de prata foram preparados de acordo com as especificações de
Jodar (2014). A eficácia antimicrobiana dos hidrogéis foi determinada através do teste de sensibilidade
a antimicrobianos, pela técnica de disco-difusão (JORGENSEN; TURNIDGE; WASHINGTON, 1999)
segundo o padrão do Comitê Nacional de Padrões Clínicos Laboratoriais (CLSI, 2011). Os ensaios
foram realizados utilizando cepas de Staphylococcus aureus ATCC 10390 e de Pseudomonas aeuroginosa ATCC 9721 doadas pela FIOCRUZ. Para reativação os microrganismos foram, individualmente,
suspensos em 50 mL de meio de cultura TSB (Tryptone Soy Broth) e incubados em agitador rotacional
a 100rpm, 37ºC por 24 horas. Após este período realizou-se incubação dos microrganismos em placas
de Petri para contagem de unidades formadoras de colônia (UFC) pelo método Pour-plate. Obteve-se
uma suspensão contendo 106 UFC/mL, a qual foi homogeneizada em 100 mL de ágar-soft TSB (caldo
TSB com 0,8% p/v de ágar bacteriológico) e invertida em placas de Petri (± 20 ml em cada placa). Os
hidrogeis com e sem sulfadiazina de prata foram dispostos nas placas e avaliados os halos de inibição.
Os reagentes em solução (suspensão de sulfadiazina de prata mais PEG 400 e PEG 400) foram aplicados em poços previamente preparados. As placas foram incubadas a 37 ºC por 24 horas. Após este
período os diâmetros de inibição do crescimento foram medidos e a média dos diâmetros dos halos
relacionados com o potencial de ação (CORREIA et al., 2015).
Resultado
Os resultados observados indicaram que houve formação do halo de inibição dos microrganismos
estudados P. aeuroginosa e S. aureus, quando expostos ao hidrogel contendo a sulfadiazina de prata 1%.
Para os controles negativos de hidrogel sem a sulfadiazina de prata e as amostras de PEG 400 não foi
observada a formação do halo, demonstrando que estes não possuem efeito bactericida.
Discussão
Rempel, Tizzot e Vasco (2011) realizaram estudo em hospital universitário e obtiveram, como
agentes etiológicos de maior incidência, nas infecções em pacientes queimados Pseudomonas aeruginosa (38,7%), Acinetobacter baumannii (24,4%) e Staphylococcus aureus (19,3%). Sendo assim, os
resultados obtidos nesse estudo foram satisfatórios e indicam o potencial de ação do hidrogel no
controle de infecções.
Conclusão
O hidrogel contendo sulfadiazina de prata a 1% (m/m) mostrou-se eficaz contra os microrganismos P. aeuroginosa e S. aureus, sendo adequado para aplicação tópica em feridas contaminadas.
LVV - apresentação do trabalho e realização de ensaios. KSP - realização de ensaios. AFJ - orientação quanto aos ensaios e discussão dos resultados. JMOJ - discussão dos resultados e sugestões de
ensaios. VMCFB - discussão de resultados e correção do texto. MMDCV - orientação e correção final.
Referências
CLEMENSON S. et al. Metal nanocomposite films prepared in situ from PVA and silver nitrate: study
of the nanostructuration process and morphology as a function of the in situ routes. Journal of Polymer Science: part A: polymer chemistry, v. 46, p. 2062-2071, 2008.
CLSI. Performance standards for antimicrobial susceptibility testing: Twenty-First Informational
supplement.
CORREIA, R. C et al. Poly (lactic-co-glycolic acid) matrix incorporated with nisin as a novel antimicrobial biomaterial. World Journal of Microbiology & Biotechnology Incorporating the MIRCEN
Journal of Applied Microbiology and Biotechnology, v.1, p. 1, 2015. (Dordrecht. Online).
323
FERREIRA, E. et al. Curativo do pacientes queimado: uma revisão da literatura. Revista Escola Enfermagem, São Paulo, v. 37, n. 1, p. 44-51, 2003.
JODAR, K. S. P. Desenvolvimento e caracterização de hidrogel de PVA (álcool polivinílico) e
dextrana com sulfadiazina de prata para aplicação tópica. Dissertação (Mestrado) – Programa de
Ciências Farmacêuticas, Universidade de Sorocaba, Sorocaba, 2014.
JORGENSEN, J. H.; TURNIDGE, J. D., WASHINGTON, J. A. Antimicrobial susceptibility tests: dilution and disk diffusion methods. In: MURRAY, R. P. et al. Manual of clinical microbiology. Washington: American Society for Microbiology, 1999.
REMPEL, L. C. T.; TIZZOT, M. R. P. A.; VASCO, J. F. M. Incidência de infecções bacterianas em pacientes queimados sob tratamento em hospital universitário de Curitiba. Revista Brasileira de Queimaduras, v. 10, n. 1, p. 3-9, 2011.
SONG, A.; RANE, A. A.; CHRISTMAN, K. L. Antibacterial and cell-adhesive polypeptide and poly
(ethylene glycol) hydrogel as a potential scaffold for wound healing. Acta Biomaterials, v. 8, n. 1, p.
41-50, 2012.
324
XIII ENCONTRO DE EXTENSÃO
(ENEX)
RELATOS DE EXPERIÊNCIA
comunicação
AGÊNCIA EXPERIMENTAL DE JORNALISMO
(AGÊNCIAJOR/UNISO)
Carlos Henrique Lima de Paes Dias; Andrea Sanhudo Torres1
O projeto de extensão “Agência Experimental de Jornalismo – AgênciaJor”, vinculada ao curso de Jornalismo, desde 2010, visa ao desenvolvimento teórico-técnico-prático na produção jornalística, capacitando
os estudantes de Jornalismo às práticas profissionais. As atividades desenvolvidas no projeto, no período
2014-2015, envolveram a produção de reportagens em vídeo, webdocumentários e reportagens impressas,
além de suporte aos projetos em assessoria de imprensa e terceiro setor. Como o material produzido é
veiculado na imprensa e no blog www.focasnarede.com.br, o bolsista acompanha a produção, a apuração
e a realização de coberturas jornalísticas. Todo o material produzido pela AgênciaJor passa pela seleção,
revisão e edição do orientador e dois professores colaboradores, para ser postado no blog Focas na Rede
ou encaminhado aos veículos de comunicação. Os resultados alcançados beneficiam aos estudantes de
jornalismo preparando-os para a atuação profissional na imprensa; à comunidade acadêmica na ampliação
da divulgação de ações; à comunidade em geral que passa ter acesso aos resultados de ações na Uniso e em
Sorocaba e Região. Os resultados são medidos pela repercussão de pautas, através da clipagem e análise de
imagem na mídia, apontando sempre uma inserção positiva da Universidade na mídia local, ou em casos
como a cobertura realizada, junto ao Hospital Veterinário da Uniso, da cirurgia da cobra Píton, que alcançou
a mídia nacional e internacional. A participação no projeto proporcionou ao bolsista de extensão maior
conhecimento nas práticas jornalísticas em diferentes processos de apuração das informações, produção
da notícia e veiculação em diversas plataformas, capacitando-o para uma atuação na sociedade e no meio
jornalístico, de forma consciente e ética nas práticas profissionais.
Palavras-chave: Projeto de extensão. Jornalismo. Práticas jornalísticas.
NÚCLEO AVANÇADO DE JORNALISMO CIENTÍFICO
(UNISO)
Larissa Cirineo Rodrigues; Walter Alberto de Luca
O Núcleo Avançado de Jornalismo Científico teve início com a cobertura jornalística sobre o desenvolvimento de pesquisas na Uniso, junto ao Laboratório de Biomateriais e Nanotecnologia e aos
programas de pós-graduação stricto sensu, com veiculação de reportagens no blog www.focasnarede.
com.br, mantido pela Agência Experimental de Jornalismo. O projeto buscou a implantação de uma
linha de divulgação científica, com ênfase na produção jornalística, visando ampliar o acesso da comunidade à produção científica. A produção jornalística compreendeu pautas de repercussão científica, a
partir de material divulgado na imprensa e análise de pesquisadores; e a produção de reportagens em
divulgação científica, com pautas inéditas a partir de pesquisas concluídas e em andamento, na Uniso
e em outras instituições, como Unesp, Unicamp, Fatec, Facens, Unip e UFSCar. O bolsista acompanhou
o processo de seleção de pautas, produção, captação de dados, redação e edição. No período de 20142015, o resultado alcançado pelo Núcleo foi a produção de 180 reportagens, entre matérias, reportagens, artigos e resenhas, desenvolvidas a partir das técnicas jornalísticas. Aos pesquisadores, o projeto
beneficiou com a divulgação das pesquisas em andamento ou concluídas. Todo o material produzido
passou por seleção, revisão e edição do orientador, e se encontra em fase de publicação, quando será
possível medir a contribuição do projeto junto à comunidade. A participação no projeto proporcionou
1
Todos os relatos de experiência aqui apresentados referem-se a projetos de extensão da Universidade de Sorocaba (Uniso).
ao bolsista de extensão o entendimento sobre a imprensa especializada em ciência, bem como o contato com a produção científica e pesquisadores das diferentes áreas de conhecimento.
Palavras-chave: Projeto de extensão. Jornalismo científico. Práticas jornalísticas.
RÁDIO JORNAL INCLUSÃO
Natália Freire Ponse; Fernando Celso Negrão Duarte
O Rádio Jornal Inclusão é um programa de rádio que divulga informações sobre acessibilidade,
saúde, qualidade de vida, meio ambiente e sustentabilidade, direcionadas às pessoas com deficiência,
mobilidade reduzida e da terceira idade. As notícias sobre estes temas, veiculadas e publicadas na
imprensa, são repercutidas pelo programa. Além disso, a equipe também produz reportagens e faz
entrevistas com profissionais e personagens envolvidos com este público. Tudo foi feito com o objetivo de levar mais informação para o público alvo com relação aos seus direitos, história de superação,
curiosidades e novidades que pudessem beneficiar o seu dia a dia. Várias foram as reportagens indicando passeios culturais e de lazer acessíveis, audiolivro e filmes, profissões, cursos e oportunidades
de emprego para este público. O programa foi produzido nos Laboratórios de Comunicação da Uniso,
e desenvolvido por alunos de Jornalismo através da Pró-Reitoria Acadêmica. O rádio jornal completou
dois anos de transmissão em maio de 2015, e tem como objetivo estimular a inclusão social e digital.
Hoje o programa é transmitido antes da primeira edição do Jornal da Cruzeiro, diariamente às 6h15,
na Rádio Cruzeiro FM (92,3 mHz). A rádio abrange vinte cidades da região, e é considerada a rádio de
Sorocaba mais ouvida pela internet, segundo o site Rádios (www.radios.com.br). Como parceiros, além
da Rádio Cruzeiro FM, o Jornal Inclusão Brasil (impresso) serve de base e referência para a produção
do Rádio Inclusão, e é publicado mensalmente. A equipe do Rádio Jornal Inclusão já foi reconhecida
pelo poder público e por especialistas da região, sendo homenageada pelos vereadores de Sorocaba
e Votorantim e agraciada com a oportunidade de palestrar sobre o projeto no campus Sorocaba da
UFSCar para a turma do curso de Pedagogia. Tudo isso contribuiu para o aprendizado como sobre o
funcionamento da produção, locução e edição de um programa de rádio, que entendesse a linguagem
jornalística utilizada neste mesmo, e também que entendesse o universo da pessoa com deficiência,
mobilidade reduzida e da terceira idade, melhorando a sua comunicação com essa população e otimizando o seu trabalho no mercado jornalístico. Além disso, a satisfação em fazer a diferença na vida das
pessoas traz a sensação de que todo o trabalho diário nestes dois anos valeu a pena para melhorar a
vivência do público alvo em sociedade.
Palavras-chave: Rádio. Inclusão. Jornalismo. Deficiência física. Deficiência mental. Mobilidade
reduzida. Terceira idade. Idoso.
328
cultura
CINEPSICO
Iris Figueiredo Casarotto; Wellington Tiago Mendes da Silva; Ednilton José
Santa-Rosa
Na atualidade, um dos fatores importantes na constituição subjetiva do indivíduo é a indústria
cultural e o cinema. Este, por excelência, é um grande representante dessa constituição na formação
do indivíduo a partir do século XX. Tendo isso em vista, o cinema se torna uma ferramenta para analise
subjetiva dos indivíduos e pode também ser utilizado como uma simulação da pratica para os futuros
profissionais. Sendo assim, o projeto Cinepsico tem como objetivo realizar discussões sobre o cinema
com os olhares da psicologia. Os filmes são selecionados dentro dos temas importantes a psicologia e,
após a apresentação do mesmo, um especialista faz uma análise aprofundada do filme. O aluno bolsista seleciona o filme em parceria com o convidado seguindo o tema proposto de cada evento. Os temas
são propostos pelo aluno bolsista que deve ler e pesquisar assuntos relevantes para que durante o
processo o mesmo possa melhorar sua aprendizagem. Os temas vão de conceitos básicos da psicologia
até os mais específicos. Durante o projeto foram realizados 8 eventos na UNISO, campus Cidade Universitária. Os temas foram sobre: o indivíduo na modernidade, psicanálise, luta manicomial, análise do
comportamento, psicologia de massas e análise do ego, transtorno do espectro autista, dependência
química e transtorno de personalidade antissocial. Durantes os eventos, diversos profissionais foram
convidados para os debates sendo eles docentes ou profissionais da psicologia ou áreas relacionadas.
Houve um aumento na media de espectadores nos eventos, além da participação da comunidade externa e de alunos de outras universidades. Esses dados foram obtidos por meio de lista de presença
com nome, curso, período e universidade. Esses dados são organizados e através de comparação de frequências temos uma forma de analisar o desenvolvimento do projeto. O projeto resultou em diversos
benefícios para os envolvidos, qualificando a formação dos graduandos que puderam trazer assuntos
estudados em aula as discussões e levar questões discutidas nos eventos para sala de aula para uma
discussão mais profunda. Durante os eventos foi observada uma interação dos alunos de períodos diferentes, cursos diferentes e profissionais além de alunos de outras universidades. O projeto também
contribuiu com uma visão simulada da prática, tendo em vista que os conceitos estudados em leituras
e aula eram verificados nos personagens, isso pode ser observado durante a interação dos alunos nos
debates e na analise dos especialistas. Relata-se também que outro objetivo alcançado pelo projeto
foi o contato da comunidade externa com a psicologia e com a universidade, isso pode ser observado
durante os eventos e durante a disponibilização de material para leitura sobre os temas dos eventos
no grupo do projeto no facebook.
Palavras-chave: Psicologia. Cinema. Filme.
RESIDÊNCIA TÉCNICA NO GRUPO DE TEATRO
KATHARSIS DA UNIVERSIDADE DE SOROCABA
Márcio Pereira de Andrade Junior; Milton Jonas Pereira Martins; Roberto
Abdelnur Camargo
O projeto “Residência Técnica no Grupo de Teatro Katharsis da Universidade de Sorocaba”, realizado de agosto de 2014 a julho de 2015, visava desenvolver a capacitação e qualificação dos beneficiados para o mercado de trabalho na área de produção cênica, atuando como técnicos de iluminação e
sonoplastia nas montagens e apresentações do grupo. O projeto foi desenvolvido no Salão Vermelho,
localizado no câmpus Trujillo da UNISO, estendendo-se em apresentações no Teatro Municipal de
cultura
Sorocaba e de Tatuí. O projeto contribuiu para a formação técnica dos bolsistas e para a qualidade
dos espetáculos apresentados pelo Katharsis, beneficiando nesse período um total de 3.000 pessoas,
incluindo estudantes universitários e público em geral.
Palavras-chave: Cultura. Teatro. Iluminação. Sonoplastia.
330
educação
APOIO INSTITUCIONAL AO PROJETO RELETRAN
(RED LATINOAMERICANA – EUROPEA DE
TRABAJO SOCIAL TRANSNACIONAL)
André Luiz Chaves Yang; Yoko Oshima Franco
O projeto RELETRAN é uma rede de Instituições de Ensino Superior entre América Latina e Europa, no âmbito do Trabalho Social. Engloba 12 universidades, das quais a Universidade de Sorocaba
(Uniso) é parceira, além de 11 Organizações Civis e governamentais de Trabalho Social. A Uniso desenvolveu o “Curso de Capacitação: Práticas Sociais e Processos Comunitários”. O curso, que formou
em dois anos 28 estudantes, teve como objetivo geral abordar a dimensão política das práticas sociais
cotidianas que favoreçam a ampliação da Democracia, dos Direitos Humanos, da Cidadania e da Justiça Social. Como objetivo específico, oferecer a estudantes de nível superior, profissionais de ONGs
e ativistas de movimentos sociais atuando em Sorocaba e região, possibilidades de reflexão teórica
de conceitos, representações e análise de práticas de impacto social. Os encontros aconteceram em
diversas instituições de Sorocaba e região. Como estudante universitário, ao ter contato com essas
pessoas ampliei meus conhecimentos sobre as “realidades sociais”, as possibilidades de ampliação
da liberdade e de transformação. Tema que sempre me intrigou, mas sempre que direcionava minha
atenção a esse tema me deparava com soluções tendenciosas, preconceituosas, ineficientes, moralistas, que não fortaleciam a sensação de que uma melhora era possível e sentia, ainda de forma muito
ingênua, a impotência. A fim relatar a experiência adquirida produzi duas narrativas: uma publicada na
revista “Espacios Transnacionales” terceira edição, intitulada: “Narrativa de um Universitário” e outra
entregue ao Probex: “Narrativa de um Universitário – Segundo Movimento”.
Palavras-chave: Práticas sociais. Cotidiano. Narrativa.
CURSO PREPARATÓRIO DO LELLIS ITO
Bruna Coutinho Fogaça; Juliana de Oliveira Soares Silva
Este trabalho apresenta um projeto de extensão realizado aos finais de semana na escola pública
estadual professora Maria de Oliveira Lellis Ito na cidade de Mairinque. O projeto trata-se de um curso
pré-vestibular que contou apenas com os recursos oferecidos pela escola estadual como lanche aos
alunos, passe escolar, material didático e salas disponíveis. O Curso visou ampliar o conhecimento
dos alunos de ensino médio e também concluintes da comunidade em relação às matérias básicas avaliadas nos vestibulares, além de apresentá-los todos os benefícios da vida universitária, fazê-los compreender que não há nada mais importante que uma formação de qualidade. Para tanto é necessário
dedicação no ensino básico. A contribuição ao publico alvo foi desenvolvida também diariamente com
aulas e lista de exercícios e conteúdos online para reforçar o conteúdo visto em sala de aula. Durante
o período de 12 meses os alunos tiveram a oportunidade de estudar as disciplinas de português, história, geografia, matemática, química, física, biologia, redação, além de aulas extras sobre atualidades.
Contaram também com apresentações de cursos e carreiras, oficinas de profissões, e simulados para
avaliar sua evolução durante o período. O projeto contribuiu significativamente com o aprendizado e a
formação do aluno bolsista, visto primeiramente que projetos sociais enriquece o voluntário com experiências, vivências e conhecimentos pessoais e profissionais. Habilidades como comunicação, oratória,
integração, escrita, articulação de conhecimentos, raciocínio lógico entre outras, foram desenvolvidos
no decorrer do projeto. Os resultados esperados foram obtidos com sucesso, mais de 50% dos alunos
matriculados no cursinho estão hoje matriculados em instituições de qualidade.
Palavras-chave: Comunidade. Ensino básico. Curso pré-vestibular. Universidade.
A ATIVIDADE SOCIAL: BRINCAR DE CURLING
PROJETO PIBID – UNISO – LÍNGUA INGLESA
Quérem Karoline França Barca; Daniela Ap. Vendramini Zanella
Esta pesquisa insere-se na E.E. Prof. Altamir Gonçalves, em Sorocaba, SP, que participa do programa Ensino Integral com vistas a assegurar o desenvolvimento de novas competências, habilidades e
atitudes pertinentes à sociedade conforme dispõe a Secretaria Estadual de Educação. Pelo Projeto de
Extensão da Uniso (Probex), esta educadora elaborou uma unidade de ensino-aprendizagem de língua
inglesa por meio de Atividade Social: “brincar de curling” para serem desenvolvidos com os 7ºs anos,
com auxílio da professora supervisora. Essa unidade de ensino-aprendizagem foi composta por tarefas
sequenciais sobre Jogos Olímpicos de Verão e Inverno. Dessa forma, após a prática dessas tarefas e
compreensão de questões sobre os esportes de inverno, os alunos puderam vivenciar uma brincadeira
com características semelhantes às do curling. O presente projeto tem como objetivo apresentar e
refletir sobre as vivências da unidade de ensino-aprendizagem de língua inglesa por meio de atividade
social e brincar sob óptica vygotskyana. Este estudo está fundamentado e embasado pela Teoria da
Atividade Sócio-Histórico-Cultural, afirma que o processo ensino-aprendizagem dos sujeitos ocorre
dentro de um contexto de interações entre indivíduos. Embora o objetivo principal fosse o brincar
de “curling”, a atividade foi muito além e envolveu também conhecer todas as modalidades dos jogos
olímpicos, tendo como resultados o brincar em língua inglesa, o que possibilita aos alunos apropriarem-se de expressões do inglês de forma lúdica. A partir dos dados analisados, observou-se que com a
inserção do brincar no ensino da Língua Inglesa, os alunos se envolvem mais nas aulas e nas atividades, além de expandirem seus horizontes.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Brincar. Atividade social. Língua inglesa.
ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA POR
MEIO DE ATIVIDADE SOCIAL: VAMOS À BIBLIOTECA?
NA ESCOLA PÚBLICA
Viviane Patricia Calor Raymundo; Daniela Aparecida Vendramini Zanella
Este estudo realiza-se na escola pública em proposta de ensino-aprendizagem de inglês por meio
de Atividade Social: Vamos à biblioteca? em turmas de 8º ano. Os temas “biblioteca” e “penpal” surgiram da Proposta Curricular do Estado de SP: rotina de jovens em diferentes lugares do mundo. Apresenta como objetivo valorizar o uso da biblioteca como espaço adequado para desenvolver o hábito
da leitura de livros em inglês, e a brincadeira de Penpal que visa possibilitar a experiência da escrita e
leitura em inglês em situação próxima à realidade. Fundamenta-se em conceitos sobre o ensino-aprendizagem de inglês por meio de Atividade Social, apoiando-se no brincar na concepção vygotskyana,
considerando-se as cenas do cotidiano dos sujeitos na “vida que se vive”. Nesse contexto, compreendese a Teoria da Atividade Sócio-histórico-cultural, a qual focaliza que os sujeitos estão em interação uns
com os outros para aprender, sobretudo a importância de criar novos espaços na esfera escolar para
haver ensino-aprendizagem, conforme dispõe a Secretaria Estadual de Educação. Trata-se de uma
Pesquisa Crítica de Colaboração que possibilita a negociação de sentidos na produção de um novo
significado. Os dados foram coletados por meio de testes diagnósticos e pelas produções escritas do
Penpal. A biblioteca tornou-se uma extensão da sala de aula, ultrapassando o âmbito escolar por meio
de empréstimos de livros e troca de experiências. O Penpal permitiu o desenvolvimento dos alunos a
partir da interação com outras pessoas utilizando o inglês. Ambas as atividades possibilitaram con-
332
tato mais amplo com o inglês permitindo resultados iniciais de ensino-aprendizado da língua, o que
contribuiu para que os alunos se apropriassem de termos usados nas trocas de mensagem e lessem
histórias em inglês.
Palavras-chave: Biblioteca. PenPal. Atividade social.
trabalho
333
trabalho
O TERCEIRO SETOR – UM ESTUDO SOBRE A SUA
IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DE
SOROCABA
Ézio Hirose Sekime; Ossamu Koyama
A necessidade de conhecer o funcionamento das atividades financeiras das entidades do 3°
Setor auxilia o conhecimento disso em uma organização, o que facilita nas propostas de melhorias
no processo de sua gestão. Isto envolve as atividades relacionadas à área financeira e à área de
contabilidade. As pesquisas sobre estes temas são importantes no desenvolvimento profissional
dos alunos de contabilidade e para o nosso interesse acadêmico. Em 2014 participamos do CMDCA – Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, tivemos conhecimento desta área sobre
o processo financeiro envolvido na avaliação dos projetos sociais das entidades do 3° Setor para
o recebimento de recursos. Em 2015 um aluno do curso de Ciências Contábeis, disponibilizou um
período para atividades sociais, realizando pesquisa sobre principais atividades envolvidas no
desenvolvimento dos projetos financeiros das entidades sociais na solicitação de recursos públicos, como a documentação fiscal (federal, estadual e municipal) fornecida pelas entidades, o fluxo
de caixa financeiro para o projeto, os cálculos para a manutenção dos projetos, o controle dos
recursos e a documentação fiscal necessária para a justificativa das despesas. Todas atividades
que envolvem finanças e a contabilidade. Com o desenvolvimento desta etapa foi importante para
o aluno vivenciar as atividades desenvolvidas no setor financeiro e na contabilidade, questões
discutidas em sala de aula, em exercícios e em estudos de caso. A metodologia usada foi a elaboração das principais fases da gestão e avaliação financeira. Posteriormente, o aluno verificou
os documentos contábeis, os processos financeiros envolvidos nas transações e os processos de
controles financeiros para a liberação dos recursos, além dos processos de controle nas aplicações
dos mesmos. As documentações fiscais dos gastos e despesas no desenvolvimento dos projetos e
a elaboração escrita destas atividades também foram tarefas realizadas. O desenvolvimento teórico das fases foi importante porque permitiu ao aluno vivenciar vários métodos financeiros e
contábeis a serem aplicados em uma organização e a integração destas áreas.
Palavras-chave: Terceiro setor. Projetos sociais. Políticas públicas.
INSERÇÃO DA PRÁTICA DE GERAÇÃO DE RENDA PELA FABRICAÇÃO DE SABÃO, A PARTIR DO
REAPROVEITAMENTO DO ÓLEO COMESTÍVEL
Gabriela Acca Ribeiro; Soraya Diniz Rosa; Edilma Maria de Albuquerque
Vasconcelos
Este trabalho trata-se de um relato de experiência sobre um projeto desenvolvido com um grupo
de pessoas em situação de vulnerabilidade social devido encontrarem-se fora do mercado de trabalho
formal, usuários de serviços de saúde de Sorocaba e Votorantim, ou por serem indivíduos em sofrimento mental, oriundos de um Centro de Atenção Psicossocial-Caps de Sorocaba. O objetivo do trabalho
foi integrar o ensino e a extensão por meio do estabelecimento de interação do aluno do Curso de
Farmácia da Universidade de Sorocaba –Uniso e a comunidade e a geração de renda pela fabricação
de sabão, a partir do reaproveitamento do óleo comestível. Compunham o grupo 12 indivíduos adultos, de ambos os sexos. A execução do projeto deu-se por meio de oficinas de fabricação do sabão
artesanal, realizadas no laboratório da Uniso, e montagem de estratégias para a coleta seletiva do óleo.
Inicialmente houve a explicação teórica e a demonstração prática sobre a segurança e as etapas da
produção do sabão, cuja formulação utilizada foi: 7L de óleo, 1 kg de hidróxido de sódio e 2L de água.
Após as oficinas abria-se discussão para avaliar a atividade, o que possibilitou que o projeto fosse
dinâmico. Esta experiência favoreceu: a integração do ensino e a extensão; a aprendizagem da técnica
de aproveitamento do óleo comestível na produção do sabão que poderá ser utilizada para melhoria
da renda familiar; o exercício de cidadania do indivíduo em sofrimento mental, visto que possibilitou
fazer outros percursos fora da instituição de tratamento e, além disso, havia a heterogeneidade do
grupo; desenvolvimento de autonomia e da capacidade de argumentação; momentos de descontração
e exercício da boa convivência pela capacidade de trabalhar em equipe e por estimular a percepção e
aceitação das limitações de cada membro do grupo.
Palavras-chave: Inserção social. Geração de renda. Reaproveitamento do óleo comestível.
A ESTÉTICA COMO FATOR DE BEM-ESTAR E DA
AUTOESTIMA: UM BENEFÍCIO AOS FUNCIONÁRIOS
DA FUNDAÇÃO DOM AGUIRRE – PARTE II
Ketellyn Franco Fragoso; Pedro Zille Dutra
A beleza é algo que se reconhece de imediato, instintivamente, pelo reflexo de uma pele de
boa aparência e bem tratada; é a perfeita tradução das palavras saúde e juventude. E é esta constatação que faz dos tratamentos cosméticos um poderoso aliado das pessoas preocupadas com a
beleza, autoestima e o bem estar. São tantas opções de tratamentos, com uma gama tão específica
de produtos e procedimentos, que é quase impossível hoje deixar de tratar qualquer problema
estético. O padrão de beleza vem mudando com o passar dos anos, por isso o objetivo deste projeto foi oferecer aos funcionários da Fundação Dom Aguirre, tratamentos estéticos faciais como
fator de melhoria na imagem, no bem estar e na autoestima. Os tratamentos de beleza e estética
visam minimizar as imperfeições, insatisfações estéticas, como cicatrizes de acne, manchas de sol
e hormonais e sinais de envelhecimento. O projeto foi divulgado pelo setor de recursos humanos,
a todos os funcionários da FDA, na condição de voluntários e fora do seu horário de trabalho.
Estes voluntários foram convocados pela aluna pesquisadora, para uma entrevista preliminar e o
preenchimento de ficha de anamnese, indicando o grau de insatisfação do cliente com as suas imperfeições faciais (cicatrizes de acne, manchas de sol, linhas de expressão). Todos os encontros e
sessões de tratamentos foram realizados no laboratório de Estética e Cosmética, localizado no Bloco D, térreo, da cidade universitária. O plano de tratamento, de acordo com a anamnese, consistiuse em higienização e limpeza de pele, peeling, aplicação de produtos cosméticos para hidratação
e redução de linhas de expressão, clareamento da pele, tratamento para acne e remodelação facial
a partir da micropigmentação. O cliente foi atendido uma vez por semana, durante o semestre, de
acordo com a sua necessidade e a disponibilidade da agenda para o atendimento no laboratório.
Após cada sessão observou-se a satisfação pelos resultados percebidos pelo próprio funcionário,
na visualização de uma pele hidratada e a satisfação pessoal através dos recursos utilizados em
estética facial. Ao final do período de 6 meses e o findar do projeto houve um ganho considerável
na experiência da prática profissional uma contribuição para a comunidade acadêmica e maior
visibilidade do curso de Estética e Cosmética da Uniso.
Palavras-chave: Tratamento. Bem estar. Beleza. Autoestima. Funcionários.
335
BELEZA E BEM-ESTAR: UM PADRÃO A SER
CONQUISTADO
Samira de Lima Cândido; Pedro Zille Dutra
Os veículos de mídias e grandes marcas têm incentivado a busca de um padrão de beleza elevado, e muitas pessoas tem aderido a essa influência. O universo estético, que poucos frequentavam e
muitos associavam a vaidade e não a um tratamento, tornou-se hoje uma necessidade não somente
por vaidade, mas por questões pessoais e profissionais. Portanto, um cabelo bem tratado, requer uma
boa higienização, uma hidratação, um corte adequado, um alisamento, uma escovação, um penteado e
finalização que valorize os fios e o estilo pessoal. Para os funcionários que aderiram ao projeto, foi feita
uma análise de insatisfação e expectativa, diagnóstico e avaliação da saúde do couro cabeludo e fios, e
um plano de procedimentos capilares. Em busca da beleza e bem estar, ambos os sexos, tem procurado
cada vez mais cuidados estéticos que é um fator fundamental para os profissionais nas suas relações
no atendimento, o que cria nas interações interpessoais, uma imagem mental extremamente importante que conquista o respeito, a confiança e a auto estima. Na maioria das vezes, estar bem consigo
mesmo, deixou de ser apenas um estado de espírito, porém complementado pela vaidade, tornando-se
ela uma necessidade. Assim o projeto Cuidados Capilares: um benefício aos funcionários da Fundação
Dom Aguirre, teve por objetivo proporcionar procedimentos e tratamentos estéticos capilares, que
contribuíram para saúde, embelezamento e bem estar. Esse processo de estética tem uma atuação
fundamental na autoestima de cada funcionário. Todos os procedimentos foram realizados no centro de estética capilar da Uniso, com produtos provenientes da indústria cosmética. Os funcionários
beneficiados ao longo de doze meses pelo projeto, demostraram satisfação pelos resultados obtidos,
observando através de expressões como sorrisos, frases e elogios de satisfação. Os participantes do
projeto usaram seus horários livres, para receber os procedimentos oferecidos. A satisfação de cada
beneficiando, foi o fator determinante para incentivar outros funcionários a participarem do projeto.
Palavras-chave: Capilar. Beleza. Satisfação. Funcionários.
336
saúde
APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DA
CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA VISUAL ATRAVÉS DE
ATIVIDADES LÚDICAS
Amanda Cristina Franci; Daiane Diniz dos Santos; Bruneta Rey
A deficiência visual implica em prejuízos na aquisição cognitiva e motora das crianças cegas ou com
baixa visão, porém ela pode ser compensada pela participação em brincadeiras e jogos de exploração corporal. O objetivo do projeto foi desenvolver atividades através de recursos lúdicos a fim de promover ganhos nas habilidades cognitivas com participação em brincadeiras e confecção de jogos. As atividades
foram realizadas no Centro de Pesquisa e Reabilitação Visual de Itapetininga – CEPREVI, no período de
agosto a dezembro de 2014, e na Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais de fevereiro à julho de 2015. Em ambas as instituições os atendimentos foram iniciados com acolhimento e avaliação,
que buscou identificar as alterações e limitações impostas pela cegueira e baixa visão, nos pacientes na
faixa etária de 0 a 14 anos. Foram realizadas oficinas lúdicas de construção de maquetes e jogos adaptados
com 19 participantes, e através da devolução positiva dos profissionais das instituições envolvidas, foi possível identificar a melhora nos aspectos cognitivos, habilidades motoras e proprioceptivas. No decorrer do
projeto, foi possível identificar as contribuições para o aprendizado acadêmico, através das ações e estratégicas terapêuticas desenvolvidas pelas autoras para o atendimento a demanda especifica, as quais foram
evidenciadas através da busca teórica, das supervisões com o orientador e dos relatórios produzidos. Dessa
maneira a realização do projeto contribuiu para a formação profissional, promovendo o domínio de técnicas
e procedimentos especializados, além de proporcionar o conhecimento teórico-científico e a experiência
de atuar em equipe multidisciplinar, fortalecendo as competências terapêuticas e habilidades de relacionamento interpessoal, e uma maior compreensão da atuação da profissão escolhida.
Palavras-chave: Atividades lúdicas. Deficiência visual. Desenvolvimento cognitivo.
FISIOTERAPIA APLICADA À ORTOPEDIA
Bianca Cristini Ferrari; Hugo Pasin Neto
A fisioterapia ortopédica é uma das áreas mais comuns associada a profissão de fisioterapia, e engloba lesões esportivas, por desgaste, traumas, pós-cirúrgicas, sendo estas imediatas ou tardias. O projeto surgiu da ideia de oferecer atendimento gratuito nessa área devido a alta incidência de patologias
ortopédicas na população em geral, gerando diminuição na qualidade de vida destas, com o objetivo
de buscar melhorias e voltar as suas atividades de vida diárias. Os atendimentos foram realizados no
Núcleo de Saúde da Uniso, situado no município de Votorantim, no período entre agosto de 2014 e
julho de 2015, contemplando pacientes de todas as idades e ambos os sexos. Os usuários passaram
primeiramente por um acolhimento e uma avaliação física, identificando cada patologia e suas necessidades especificas, para obter resultados, para então serem traçadas condutas específicas. Durante a
reabilitação foram utilizados recursos terapêuticos como eletroterapia, terapia manual, fortalecimento
muscular, alongamento muscular, treino sensório-motor, estabilização, propriocepção, co-contração,
Exercícios de Codman e de deambulação. Além disso, foram aplicadas técnicas como método Pilates,
RPG, Core, Kabat, exercícios funcionais e uso de gestos esportivos foram incorporados nos atendimentos, incluindo também o sistema cardiorrespiratório e cardiovascular. Os resultados observados
foram a melhoria da dor e da qualidade de vida dos pacientes envolvidos, bem como, a orientação das
atividades de vida diária e de exercícios para manutenção desses ganhos.
Palavras-chave: Fisioterapia. Ortopedia. Reabilitação.
saúde
CONTRIBUIÇÃO DA NUTRIÇÃO AO PROJETO
UNISAÚDE SOB O PONTO DE VISTA DA SEGURANÇA
ALIMENTAR
Bianca Elmi Pedroso; Luciane Lopes Sant’Ana
Cada vez mais se fala sobre qualidade de vida, sendo um assunto que envolve atenção multidisciplinar com olhar ao ser humano, sua cultura e seu meio. A Organização Mundial de Saúde
classifica saúde como o estado de integridade física, mental, emocional e social e não apenas como
ausência de enfermidades. Para as empresas, investir no bem-estar dos funcionários é considerado
uma estratégia, pois contribui na redução dos hábitos e comportamentos que possam afetar o rendimento e produtividade no ambiente de trabalho. Entre os promotores da saúde e preventivos de
doenças, estão os hábitos alimentares; optar por uma alimentação saudável, é muito mais do que
o acesso a uma informação nutricional adequada, deve ser construída através das preferências culturais, considerando fatores biológicos, psicológicos e sociais. Neste contexto, Segurança Alimentar, que antes tinha o conceito limitado da quantidade de alimento apropriada, foi então ampliado
incorporando o acesso universal aos alimentos, o aspecto nutricional, a composição e a qualidade.
O objetivo deste trabalho foi a melhoria do Estado Nutricional e Segurança Alimentar dos colaboradores da Uniso, para isso foram realizados atendimentos de avaliação do Estado Nutricional
– através do IMC, com ênfase na orientação de escolhas para uma alimentação adequada, além dos
cuidados no preparo, acondicionamento e refrigeração dos alimentos trazidos para o ambiente de
trabalho. A idade do público atendido variou entre 18 e 47 anos, sendo a maioria colaboradores
dos setores administrativos, em que 92% do sexo feminino e 8% do sexo masculino, totalizando 146
participantes. Oficinas e atividades de Educação Nutricional foram realizadas trimestralmente,
com temas variados, tais como: Higiene Alimentar, Alimentos X Tabagismo, Alimentos Integrais.
Os encontros foram abertos a todos os colaboradores, em curto período de tempo, geralmente em
horários destinados à alimentação ou mensalmente. Os resultados alcançados foram avaliados
através do acompanhamento das medidas antropométricas: peso e altura, e a classificação do Estado Nutricional segundo o IMC (kg/m²), sendo que a média do IMC inicial para o sexo feminino
foi de 27,8kg/m²; e para o sexo masculino 25,6kg/m² e a final para o sexo feminino foi de 25,4kg/
m² e para o sexo masculino 25,1kg/m², através também da observação do avanço nas condições
higiênico sanitárias de alimentos transportados e armazenados na Universidade, além do maior
controle sanitário das copas e melhoria no perfil alimentar dos colaboradores participantes. Para
o estudante foi possível o exercício do trabalho com equipe multiprofissional, bem como conexão
teórico-prática, aprimorando a área de atuação em Nutrição e Qualidade de vida no trabalho.
Palavras-chave: Educação nutricional. Segurança alimentar. Qualidade de vida.
FISIOTERAPIA PREVENTIVA EM DIABETES MELLITUS
Cássia Rosa Petelinkar Batista; Camila Euzébio de Figueiredo; Giovanna
Garcia; Glasiela Isabele Camargo Pereira; Aline Alcoforado dos Santos
O diabetes mellitus (DM) é considerado um problema de Saúde Pública, com elevado ônus social
e econômico. Dentre as complicações clínicas do DM, destacam-se a neuropatia periférica (NP), que
traz aos pacientes complicações no equilíbrio, postura e sensibilidade plantar. Este projeto teve como
objetivo trabalhar de forma preventiva nas complicações do DM. De acordo com artigos presentes na
literatura, traçou-se o perfil metodológico do trabalho. Foram incluídos neste trabalho, indivíduos com
338
confirmação clínica da DM e frequentadores do Círculo Operário de Sorocaba. Inicialmente, os pacientes foram submetidos á uma avaliação fisioterapêutica específica, para análise da sensibilidade plantar,
equilíbrio e força muscular. As intervenções fisioterapêuticas foram aplicadas três vezes por semana,
durante 60 minutos. As sessões foram divididas em: 5 minutos para aquecimento e preparação cardiorrespiratória; 15 minutos de alongamentos musculares globais; 15 minutos de circuito proprioceptivo;
20 minutos de fortalecimento muscular; 5 minutos de desaceleração e relaxamento. No início de cada
sessão, foram verificados níveis de pressão arterial e glicemia. O circuito consistia em texturas das
mais variadas formas e tipos, bola suíça e bolinhas proprioceptivas, nas quais, os pacientes treinavam
a marcha com os pés descalços e percorriam sobre as texturas para treino da sensibilidade plantar.
Executou-se os exercícios de Frenkel, de forma adaptada e diferenciada ao paciente diabético, com
esquemas desenhados no chão, para treino de equilíbrio e coordenação. Após um (1) ano de intervenção, por meio de uma reavaliação fisioterapêutica, os pacientes apresentaram melhoras nos aspectos
sociais, na sensibilidade plantar, propriocepção, equilíbrio, força e flexibilidade muscular, agilidade e
coordenação motora. Este projeto, condiz com os achados na literatura que mostram que treinamentos
proprioceptivos, são excelentes para a melhora da sensibilidade plantar. A experiência deste projeto
foi de grande valia à aprendizagem dos alunos envolvidos, pois proporcionou conhecimento e atuação
na área profissional.
Palavras-chave: Diabetes mellitus. Neuropatia periférica. Fisioterapia preventiva.
OFICINAS DE CONVIVÊNCIA – UMA PROPOSTA DA
TERAPIA OCUPACIONAL PARA A TERCEIRA IDADE
Elaine Oliveira Conceição; Ana Paula dos Santos
Buscou-se através deste projeto a criação de duas oficinas de convivências voltadas ao
público da terceira idade, com idade a partir de 50 anos, frequentadoras da Universidade da 3ª
idade da Uniso. O objetivo central foi realizar através de grupos de convivências e oficinas, a
busca do envelhecimento saudável e o estimulo em manter-se ativo e independente na realização de atividades cotidianas e ou ocupacionais, o convívio e trocas de experiências com outras
pessoas e a possibilidade de se estabelecerem laços sociais consistentes e solidários para a
conquista de formas mais criativas e felizes de olhar o mundo, colocando o participante idoso
em torno de conquistas nos aspectos cognitivos, sociais e afetivos. As oficinas desenvolvidas
a foram “Memória e Envelhecimento Saudável” e também a oficina “Criatividade, Arte e Saúde” durante o primeiro semestre no segundo semestre realizamos novamente o levantamento
de interesses e foi dada continuidade á oficina: Criatividade, Arte e Saúde e também foi aberta
uma nova oficina: “A arte do Scrapbook” foram atendidas durante todo o projeto, o total de
72 pessoas que participaram duas vezes na semana. Como resultados principais citados pelas
participantes foram: melhora na memória, aumento da independência e autonomia, aumento
da auto estima, maior uso da criatividade no cotidiano, perda ou diminuição do isolamento
social, auto identificação de potencialidades, e aumento da qualidade de vida. O projeto contribuiu para conhecimentos teóricos práticos, maior contato com a intervenção da Terapia
Ocupacional na saúde do idoso, assim como coordenação de grupos e elaboração de análises
de atividades e materiais.
Palavras-chave: Terapia ocupacional. Universidade da terceira idade. Envelhecimento
saudável. Oficinas de convivência.
339
CONTRIBUIÇÃO DA NUTRIÇÃO AO PROJETO
UNISAÚDE SOB O PONTO DE VISTA DA SEGURANÇA
ALIMENTAR
Bianca Elmi Pedroso; Luciane Lopes Sant’Ana
Cada vez mais se fala sobre qualidade de vida, sendo um assunto que envolve atenção multidisciplinar com olhar ao ser humano, sua cultura e seu meio. A Organização Mundial de Saúde
classifica saúde como o estado de integridade física, mental, emocional e social e não apenas como
ausência de enfermidades. Para as empresas, investir no bem-estar dos funcionários é considerado
uma estratégia, pois contribui na redução dos hábitos e comportamentos que possam afetar o rendimento e produtividade no ambiente de trabalho. Entre os promotores da saúde e preventivos de
doenças, estão os hábitos alimentares; optar por uma alimentação saudável, é muito mais do que
o acesso a uma informação nutricional adequada, deve ser construída através das preferências culturais, considerando fatores biológicos, psicológicos e sociais. Neste contexto, Segurança Alimentar, que antes tinha o conceito limitado da quantidade de alimento apropriada, foi então ampliado
incorporando o acesso universal aos alimentos, o aspecto nutricional, a composição e a qualidade.
O objetivo deste trabalho foi a melhoria do Estado Nutricional e Segurança Alimentar dos colaboradores da Uniso, para isso foram realizados atendimentos de avaliação do Estado Nutricional
– através do IMC, com ênfase na orientação de escolhas para uma alimentação adequada, além dos
cuidados no preparo, acondicionamento e refrigeração dos alimentos trazidos para o ambiente de
trabalho. A idade do público atendido variou entre 18 e 47 anos, sendo a maioria colaboradores
dos setores administrativos, em que 92% do sexo feminino e 8% do sexo masculino, totalizando 146
participantes. Oficinas e atividades de Educação Nutricional foram realizadas trimestralmente,
com temas variados, tais como: Higiene Alimentar, Alimentos X Tabagismo, Alimentos Integrais.
Os encontros foram abertos a todos os colaboradores, em curto período de tempo, geralmente em
horários destinados à alimentação ou mensalmente. Os resultados alcançados foram avaliados
através do acompanhamento das medidas antropométricas: peso e altura, e a classificação do Estado Nutricional segundo o IMC (kg/m²), sendo que a média do IMC inicial para o sexo feminino
foi de 27,8kg/m²; e para o sexo masculino 25,6kg/m² e a final para o sexo feminino foi de 25,4kg/
m² e para o sexo masculino 25,1kg/m², através também da observação do avanço nas condições
higiênico sanitárias de alimentos transportados e armazenados na Universidade, além do maior
controle sanitário das copas e melhoria no perfil alimentar dos colaboradores participantes. Para
o estudante foi possível o exercício do trabalho com equipe multiprofissional, bem como conexão
teórico-prática, aprimorando a área de atuação em Nutrição e Qualidade de vida no trabalho.
Palavras-chave: Educação nutricional. Segurança alimentar. Qualidade de vida.
MASSAGEM TERAPÊUTICA NO PROGRAMA
UNISAÚDE
Fernanda de Oliveira Goes; Alessandro Vieira de Moraes; Aline Alcoforado
dos Santos Gasparini; Lilian de Fátima Zanoni
O projeto: “Massagem Terapêutica no Programa Unisaúde” vem sendo executado há 2 anos e integra as atividades da equipe interdisciplinar do Unisaúde. A Quick-Massage é um conjunto de técnicas
advindas do oriente e ocidente, que podem estar sendo aplicadas em qualquer área do corpo exposto,
340
por meio de manobras específicas de ativação ou relaxamento do sistema musculoesquelético. Executa-se uma massagem rápida com duração de 10 minutos, realizada em uma cadeira especificamente
projetada para a execução da mesma. Foram utilizadas bolinhas proprioceptivas, pedaços de bambu,
saquinhos com sagu e música relaxante para incrementar o processo de massagem e relaxamento do
funcionário. Os atendimentos foram executados semanalmente, com duração de 5 a 10 minutos, na
Cidade Universitária e campus Trujillo para os funcionários pertencentes aos mais diversos setores
da Instituição. Os objetivos deste projeto contemplam a promoção de hábitos saudáveis, educação
do funcionário para uma postura correta, melhoria no relacionamento interpessoal, interação entre
os colaboradores, melhoria nas condições ergonômicas e alívio do estresse e a ansiedade. Atuou-se
na prevenção de patologias, proporcionando ao funcionário um ambiente motivador bem como um
melhor aproveitamento e satisfação na realização de suas atividades laborais. No total foram atendidos aproximadamente 160 funcionários, em 900 atendimentos no total, os quais afirmam que houve
melhora no relaxamento muscular, alívio do estresse e da ansiedade e melhora da tensão muscular.
Subjetivamente houve melhora do humor e relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho. O
projeto contribuiu no crescimento acadêmico da aluna, na qual pôde realizar a parte prática da teoria
aprendida. Os funcionários se beneficiaram nos aspectos físicos, sociais e de bem-estar. O projeto
proporcionou uma melhora do convívio da bolsista com os funcionários da Uniso, aprimorando as
relações interperssoais e profissionais.
Palavras-chave: Quick massage. Massagem terapêutica. Qualidade de vida.
AVALIAÇÃO MOTORA NOS PRIMEIROS 18 MESES DE
VIDA: APLICAÇÃO DA ESCALA MOTORA INFANTIL
DE ALBERTA
Fernanda Marcello Bernini; Cintia de Menezes Fernandes Bernal
O projeto de extensão “Avaliação Motora nos Primeiros 18 Meses de Vida: Aplicação da Escala Motora
Infantil de Alberta” desenvolvido no Núcleo de Saúde da Universidade de Sorocaba (UNISO), consistiu na
aplicação da Escala Motora Infantil de Alberta, que é um instrumento confiável e válido, utilizado na rede
de saúde pública para avaliar e acompanhar o desenvolvimento motor de bebês pré-termo ou a termo entre
0-18 meses de idade, com risco ou não de atraso motor. Os objetivos foram: aplicar a Escala Motora Infantil
de Alberta como teste de avaliação do desenvolvimento motor; identificar déficits motores e acompanhar
o desenvolvimento motor de bebês nos primeiros meses de vida. Participaram do projeto 6 bebês, sendo
3 pré-termo e 3 a termo com idades iniciais entre 1 e 4 meses; mensalmente os bebês foram avaliados na
integração do controle antigravitacional nas posições prono, supino, sentado e em pé. Observou-se que
durante esse período de aplicação da escala os bebês a termo demonstraram no início do desenvolvimento
um percentil um pouco baixo devido principalmente à postura prono, que não é muito estimulada nessa
fase, entretanto com o decorrer dos meses o percentil gradativamente subiu, sendo alto ao chegar no primeiro ano de vida, indicando desenvolvimento motor normal. Com relação aos bebês pré-termo observouse que dois bebês apresentaram atraso motor no início do desenvolvimento, principalmente em prono, até
o terceiro trimestre, mas depois ao se aproximarem do primeiro ano houve um salto no desenvolvimento
e o percentil se igualou ao dos bebês a termo; entretanto um bebê pré-termo apresentou percentil muito
baixo, indicativo de atraso motor durante todo o projeto e foi encaminhado para atendimento na área de fisioterapia e terapia ocupacional no Núcleo de Saúde da UNISO. O desenvolvimento deste projeto mostrou
que a Escala Motora Infantil de Alberta conseguiu diferenciar um desenvolvimento motor típico do atípico;
identificou atrasos motores e acompanhou o processo de desenvolvimento motor de crianças ao longo dos
primeiros meses de vida.
Palavras-chave: Escala motora infantil de Alberta. Desenvolvimento infantil. Prematuridade.
341
AVALIAÇÃO GLOBAL EM FISIOTERAPIA EM
CRIANÇAS DE 0 A 24 MESES: ÊNFASE NA
APLICAÇÃO DA ESCALA DE AQUISIÇÕES INICIAIS
DE FALA E LINGUAGEM
Giseli Ferreira da Silva; Cintia de Menezes Fernandes Bernal
A utilização de instrumentos de avaliação no desenvolvimento infantil favorece a detecção precoce de desvios nas aquisições de habilidades nas áreas de comunicação, cognição e
motricidade, de forma que o trabalho preventivo de avaliação e acompanhamento pode garantir rápida percepção de qualquer alteração durante o processo do desenvolvimento infantil.
A partir dessa premissa, este projeto de extensão foi destinado a bebês com idade entre 0 a
24 meses de vida pré termo ou a termo sem diagnóstico de alteração neurológica e teve como
objetivo central identificar possíveis atrasos no desenvolvimento típico infantil e, de forma
especial, a área da linguagem, contemplando as subdivisões: auditiva-receptiva, auditiva-expressiva e visual. As avaliações contaram com procedimentos como a anamnese (dados pessoais, história materna, história do parto, história do recém-nascido); o exame físico (verificação de reações e reflexos, mobilidade articular, padrão postural) e, especialmente, a aplicação
mensal da Escala de Aquisições Iniciais de Fala e Linguagem (ELM), visando acompanhar as
conquistas pré-linguísticas desenvolvidas. O projeto foi desenvolvido no Núcleo de Saúde da
UNISO durante todo seu período de vigência e os bebês participantes do projeto tiveram o
benefício do acompanhamento preventivo e da detecção pontual de qualquer alteração possível no decorrer do desenvolvimento infantil, a exemplo de um deles, nascido prematuramente,
que demonstrou atraso nas conquistas cognitivas, sendo encaminhado para o atendimento
individual de terapia ocupacional e fisioterapia, no Núcleo de Saúde da UNISO, o que permitiu melhor evolução nas avaliações seguintes. Quanto às contribuições para a bolsista, a participação neste projeto viabilizou a conquista de uma postura profissional mais segura, bem
como a apropriação de conhecimentos mais profundos sobre a temática do desenvolvimento
infantil, em especial no que se refere à articulação entre teoria e prática, dado o contato direto
com a clientela. Nessa perspectiva, podemos afirmar que os resultados deste projeto de intervenção apontam para os benefícios obtidos tanto pela clientela atendida, quanto pela acadêmica, ampliando as possibilidades mais estruturadas de intervenção junto ao público infantil.
Palavras-chave: Desenvolvimento infantil. Escala de aquisições iniciais de fala e linguagem.
A UTILIZAÇÃO DA MÚSICA E DE DINÂMICAS
GRUPAIS COMO MODALIDADE TERAPÊUTICA NÃO
TRADICIONAL PELO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA
Guilherme Ganci Monteiro; Tamar Rocha; Lucas Felipe; Débora G. Barros L.
Terra; Miriam Sanches N. Silveira
Com a finalidade de vencer os desafios da Política de Saúde Mental brasileira, na qual há o movimento de desinstitucionalização e inserção do doente mental na sociedade, o enfermeiro deve ter
consciência que algumas abordagens clássicas de terapia podem não apresentar resultados quando
se busca o vínculo e integração social, sendo assim, surge a necessidade de novas modalidades tera-
342
pêuticas, entre elas estão as dinâmicas grupais e a musicoterapia. Este trabalho de extensão teve como
objetivo promover a interação entre graduandos da enfermagem com pacientes psiquiátricos recém
desinstitucionalizados e pacientes que nunca conheceram a internação, tendo como ponte a utilização
da música. Houve uma parceira entre o CAPS III “Arte do Encontro” e o Núcleo de Saúde da Universidade de Sorocaba – UNISO. Nesse sentido atuamos no primeiro semestre do projeto junto ao CAPS
em uma Residência Terapêutica realizando sessões semanais de musicoterapia com os pacientes recém desinstitucionalizados. As sessões tinham duração de uma hora e envolviam dinâmicas de grupo,
relaxamento, exibição de musicais e dança. Nesta residência moravam 10 homens que permaneceram
internados por mais de 10 anos em uma instituição psiquiátrica, a residência era bem espaçosa e decidimos realizar as sessões na sala um local de encontro de todos os pacientes. No segundo semestre
deste projeto houve a mudança de público, iniciamos as sessões de musicoterapia com os pacientes
psiquiátricos do Núcleo de Saúde que nunca haviam sido internados; as sessões ocorreram da mesma
forma da residência terapêutica em um espaço cedido pela UNISO. O resultado desse trabalho foi extremamente positivo, pôde-se identificar gradativamente o aumento da autoestima, além da vontade
e capacidade de escolha dos pacientes, no CAPS eles deixaram de ser participantes para se tornarem
coordenadores das sessões, escolhendo as músicas e dando suas opiniões sobre o que deveria ser feito, deixando a apatia inicial de lado, já no Núcleo, os pacientes relataram se sentirem dispostos para
enfrentar sua semana, pois ao terminar a sessão, sentiam-se motivados para a próxima. Durante todo o
desenvolvimento deste projeto, notamos que a maior necessidade dos participantes era a escuta, pôdese permitir suas expressões de sentimentos e realmente ouvir o que os mesmos queriam dizer. Concluímos que é imprescindível que o profissional, através da empatia, identifique este paciente como um
ser pensante, capaz de formular opiniões e expressar simples desejos como escutar uma música e que
proporcione ao mesmo o direito de se expressar.
Palavras-chave: Enfermagem. Musicoterapia. Saúde Mental.
ATENDIMENTO DE FISIOTERAPIA PREVENTIVA EM
SAÚDE DA MULHER
Inaê Schandler Mello; Paola Capitani Maschietto; Laís Trevisani Melo; Aline
Alcoforado dos Santos
Durante a vida, a mulher percorre diferentes etapas, e junto a elas, aparecem modificações fisiológicas, anatômicas, emocionais e psicossociais. A gestação é um momento importante na vida da mulher, nessa fase ocorrem mudanças significativas físicas e psicológicas, que na maioria das vezes levam
a desconfortos, dores e estresse físico e emocional. O climatério, por sua vez, pode ocorrer entre 40 e
58 anos, e está relacionado à diminuição da secreção de estrogênio, neste período as mulheres ficam
vulneráveis a distúrbios causados pela deficiência deste hormônio. O Projeto direcionado a Saúde da
Mulher, teve caráter preventivo e buscou atuações fisioterapêuticas importantes para o pré e pós-parto,
equilíbrio corporal da mulher, amenizando os possíveis sintomas provenientes da gestação e do envelhecimento. Foram realizadas atividades em 3 locais : Hospital Regional de Sorocaba, Universidade da
Terceira Idade e Núcleo de Saúde da Uniso. As atividades foram executadas baseadas em estudos científicos, para o bem-estar da mulher gestante, climatéricas e terceira idade. Inicialmente, as voluntárias
foram submetidas á avaliações fisioterapêuticas que verificaram presença de dor, desconforto, perda
de urina. Foram mensurados a amplitude de movimento pela goniometria, o bem-estar pela escala analógica visual. Os atendimentos fisioterapêuticos, preconizavam exercícios fisioterapêuticos globais,
alongamentos musculares, fortalecimento e relaxamento. As voluntárias gestantes obtiveram melhora
na adaptação musculoesquelética e melhora subjetiva no equilíbrio corporal. Para as mulheres idosas
as atividades físicas propostas alcançaram a prevenção de dores, melhora do condicionamento car-
343
diorrespiratório, melhora no bem-estar e na perda de urina. Este projeto de extensão trouxe á aluna,
excelentes experiências profissionais, como a vivência com as pacientes e os desafios de dinamizar o
tratamento. Foi possível compreender, aprender e ensinar aspectos de prevenção, reabilitação e cura ás
pacientes na saúde da mulher. O bem-estar de cada paciente e as melhoras subjetivas, potencializaram
as perspectivas profissionais da área fisioterapêutica.
Palavras-chave: Fisioterapia. Saúde da mulher. Gestante. Climatério. Terceira idade.
AVALIAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E ORIENTAÇÃO
EM FISIOTERAPIA DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
NO CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA (CHS)
Juliana de Fátima Oliveira Hidalgo; Ketty BagatimTrevisan; Cristiane Delgado Alves Rodrigues
O projeto teve como objetivo orientar os pacientes e acompanhantes no CHS, visando minimizar possíveis complicações advindas do período de internação hospitalar, promovendo ativamente a recuperação
de pacientes internados no setor de pediatria, e consequente redução no período de internação hospitalar,
além de realizar levantamentos de dados para elaboração eficaz de protocolos de orientação. O número de
beneficiados pelo projeto foram 62 crianças portadoras de diversas patologias, internadas na pediatria no
Hospital Regional de Sorocaba. Foram realizadas orientações de posicionamento no leito hospitalar aos pacientes e acompanhantes de modo preventivo para que a criança não esteja sujeita a má postura, úlceras por
pressão, alteração no alinhamento biomecânico e consequências do imobilismo; cuidados com higiene no
ambiente hospitalar: lavagem das mãos antes de comer, assoar o nariz, ir ao banheiro e após o uso do mesmo, ao manipular o paciente; orientações de exercícios respiratórios e reexpansão pulmonar (inspiração
e expiração associada ao movimento) e posicionamento adequado para auxiliar na capacidade funcional
dos pulmões. A população foi beneficiada através de palestras e orientações que abordavam as patologias
mais frequentes em determinada época. As alunas foram beneficiadas com a vivência prática que o estudo
proporcionou, o contato diário com diferentes pacientes e as diversas patologias proporcionaram maior
aprendizado teórico-prático. Foi possível proporcionar a população maior conhecimento em diferentes pontos da saúde física e mental das crianças internadas na pediatria do CHS. Para obter os resultados, foram
realizadas conversas entre a equipe multidisciplinar, que apresentava a redução das consequências hospitalares após as orientações, e o próprio contato verbal com os responsáveis dos pacientes internos.
Palavras-chave: Fisioterapia pediátrica. Crianças. Pediatria. Cuidados pediátricos.
TERAPIA OCUPACIONAL: ACOLHIMENTO E
OFICINAS DE CONVIVÊNCIA NO NÚCLEO DE SAÚDE
DA UNISO
Keren Folharini; Bruneta Rey
A Terapia Ocupacional, como área de conhecimento e prática de saúde, interessa-se pelos problemas do homem em sua vida de atividades. Dentre as ações de Terapia Ocupacional estão as Oficinas
de Convivência, modalidade de atendimento terapêutico ocupacional, e o acolhimento aos usuários, a
qual caracteriza o primeiro momento da série de coleta de dados, fundamental para conhecer a história
do usuário, pois possibilita uma investigação de como ele vive o seu cotidiano. O projeto teve como ob-
344
jetivo desenvolver ações de acolhimento e triagem, e a realização de oficinas de convivência no Núcleo
de Saúde da UNISO, com usuários em situação de risco físico, sensorial, mental, psíquico e/ou social,
que se encontravam nas filas de espera para os atendimentos de Terapia Ocupacional no mesmo local.
Durante a execução do projeto foram realizados os procedimentos de acolhimento e triagem, através de atendimento individual, no qual resultou em encaminhamento e inserção desses pacientes no
atendimento terapêutico ocupacional, diminuindo assim a lista de espera. As oficinas de convivência
favoreceram a participação ativa de 36 integrantes em 325 atendimentos, e os resultados observados
apontam que esse recurso terapêutico facilitou as relações sociais entre os participantes. As ações
desenvolvidas no decorrer do projeto proporcionaram o aprendizado acadêmico, através da busca da
fundamentação teórica/cientifica que embasou as atividades desenvolvidas para a intervenção terapêutica a demanda especifica, promovendo o domínio de técnicas e procedimentos especializados na
área de formação, desenvolvendo competências terapêuticas e habilidades de relacionamento interpessoal. O aprendizado acadêmico evidenciou-se pela devolutiva positiva dos usuários atendidos, pela
produção de relatórios para prontuários e das discussões dos casos realizadas com o orientador. Dessa
maneira a realização do projeto contribuiu para a formação profissional e uma maior compreensão da
atuação da profissão escolhida.
Palavras-chave: Terapia ocupacional. Acolhimento. Oficinas de convivência
FARMÁCIA COMUNITÁRIA VITAL BRAZIL
Laís Aparecida Marum Ribeiro dos Santos; Tânia Regina Ferreira
A Farmácia Comunitária Vital Brazil (FCVB), localizada na rua Dr. Seme Stefano, 13, Jardim Faculdade, Sorocaba – SP. Pertence ao convênio firmado entre o Centro Acadêmico Vital Brazil, representativo dos alunos do curso de Medicina - PUC-Sorocaba; a UNISO e a Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. A FCVB tem por objetivo ser cenário de práticas para as duas Universidades
dispensando medicamentos e orientações à população. Todos os medicamentos são provenientes de
campanhas realizadas e dispensados gratuitamente, após rigoroso processo de triagem. Por ano são
realizados aproximadamente 20 mil atendimentos. O objetivo principal deste tirocínio foi a promoção
do uso racional de medicamentos, por meio da dispensação adequada, orientação farmacêutica, formas de administração, horários, frequência, duração e adesão ao tratamento medicamentoso, detecção
de reações adversas e estimulo a automedicação racional. A dispensação dos medicamentos se dá
mediante a apresentação da receita médica atualizada e documento de identificação. Ao receber a
receita seguem-se questionamentos ao usuário: qual a idade, se já utiliza o medicamento, como utiliza
ou se trata da primeira utilização, qual seu conhecimento sobre as indicações e formas de utilização
do mesmo, a sua percepção sobre sua doença e os parâmetros relacionados à cura ou controle da
mesma. Em diversos momentos são detectadas reações adversas, causadas, por duplicidade de tratamento (ex.: uso de dois ou mais anti-inflamatórios ao mesmo tempo e para a mesma situação), erros
de administração (ex.: medicamentos tomados em frequência e quantidades inadequadas), erros de
prescrição (ex.: prescrições ilegíveis e que induzem ao erro), medicamento contraindicado (ex.: o uso
de anti-inflamatório para pacientes com gastrite), utilização de medicamento desnecessário (ex.: casos
de automedicação), necessidade de inclusão de novo medicamento (ex.: pacientes sem diagnóstico de
diabetes). Os questionamentos feitos ao paciente fornecem os subsídios para que toda a orientação
dada seja fundamentada nas informações recebidas pelo aluno na dispensação. Após as orientações
são feitos novos questionamentos para avaliar o quanto das informações foram absorvidas pelo usuário. Esse entendimento propicia melhor adesão, aumento das garantias de efetividade e segurança
para a obtenção dos resultados terapêuticos. Esses resultados podem ser observados pelo controle de
alguns parâmetros clínicos, como a pressão arterial, glicemia, colesterol e triglicérides, entre outros,
345
relatados pelos próprios pacientes ao retornarem à farmácia. Este relato refere-se ao período de janeiro
à Julho de 2015, de segunda a sexta-feira, das 14 às 17 horas. É notória a satisfação dos usuários que
aprovam os serviços e frequentemente relatam a economia feita, bem como os benefícios obtidos com
as orientações recebidas. Para o aluno, trata-se de um momento de grande importância, onde o aprendizado teórico adquirido em sala de aula se encontra com as questões práticas do dia a dia propiciando
grande crescimento não só técnico como humanitário.
Palavras-chave: Farmácia comunitária Vital Brazil. Uso racional de medicamentos. Prescrição.
Dispensação de medicamentos. Orientação farmacêutica.
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM SAÚDE
FÍSICA
Pâmela Cristina De Arruda Sousa; Ariele De Freitas Bellinassi; Lauren
Giustti Mazzei
Segundo as estimativas da Organização Mundial de Saúde, 10% da população mundial têm alguma deficiência e enfrentam problemas de acessibilidade, encontrando dificuldades para reabilitação e orientação
sobre sua patologia. Pensando nessas dificuldades surgiu a proposta do trabalho Intervenção Fisioterapêutica em saúde física, para proporcionar ao público alvo melhora na qualidade de vida. Este projeto ofereceu
aos alunos da área da saúde melhor formação profissional, na qual a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional
atuaram em equipe, levando-se em conta, além da preocupação com a melhora da capacidade cinético
funcional do paciente, a orientação dos familiares. Fizeram parte desse projeto crianças, jovens e adultos
usuários do Núcleo de Saúde da Uniso, situado no município de Votorantim, ou encaminhadas por outros
profissionais da saúde que apresentem demandas em saúde física e/ou sequelas decorrentes de desordens
neurológicas. Inicialmente os usuários passaram por uma avaliação, e logo em seguida foram traçadas propostas de reabilitação e orientação domiciliar. Esses pacientes foram atendidos uma vez por semana com
duração de 45minutos, no período entre agosto de 2014 e julho de 2015, procurando resgatar movimentos
adequados com maior eficiência, promovendo o desenvolvimento da percepção espacial, exploração do
ambiente e interação social. Assim, buscou-se a incorporação destas combinações à vida cotidiana, usando como objetivo mobilização articular, cinesioterapia, alongamento, fortalecimento muscular, descarga
de peso, transferências posturais, propriocepção, treino de marcha, exercícios para equilíbrio, treino de atividade funcional, levando-se em consideração o quadro clinico de cada paciente. Após um ano de tratamento esses pacientes foram reavaliados novamente e detectados, através da reavaliação, uma melhora no
equilíbrio estático e dinâmico, ganho de ADM, aumento da força e muscular, prevenção de deformidades,
melhora na marcha, diminuição de tônus, melhora nas atividades funcionais, proporcionando ao paciente
possível melhora na qualidade de vida.
Palavras-chave: Fisioterapia. Reabilitação. Cinesioterapia.
ATIVIDADE FISIOTERAPÊUTICA NO CONJUNTO
HOSPITALAR DE SOROCABA (CHS)
Patrícia Moreira da Silva; Caroline Sarayva Gonçalves; Cristiane Delgado
Alves Rodrigues
O Centro Hospitalar de Sorocaba (CHS) disponibilizou um espaço apropriado para ações fisioterapêuticas para suporte e orientação à reabilitação dos pacientes internados nas enfermarias de ortope-
346
dia e neurocirurgia. As enfermarias comportam pacientes adultos com disfunções cinético-funcionais
de ordem motora e respiratória, em decorrência de condições ortopédicas traumáticas ou de sequelas
neurológicas. O Projeto teve o intuito de levar o conhecimento da Fisioterapia Hospitalar em forma
de orientações fisioterapêuticas motoras e respiratórias de maneira simples e objetiva ao público selecionado, colaborando para redução de complicações clínicas e funcionais, do tempo de internação
e dos custos hospitalares. Este Projeto teve início com observações nos leitos hospitalares durante os
meses de agosto e setembro de 2014, buscando identificar as principais necessidades dos pacientes e
dúvidas dos familiares. Verificamos a necessidade de orientação de posicionamento dos pacientes nos
leitos a fim de prevenir úlceras por pressão, lesões comuns em pacientes acamados onde a mobilidade,
sensibilidade da pele e nutrição está fortemente prejudicada, e assim melhorar a qualidade de vida
dos mesmos. Em outubro foram elaborados manuais de orientação de posicionamento para serem
entregues aos pacientes. Foi explicado também aos familiares e pacientes sobre a traqueostomia, procedimento comumente realizado na enfermaria de Neurologia do CHS, ato cirúrgico realizada à beira
leito que consiste na incisão na borda inferior da cartilagem tireóide até a fúrcula esternal de forma
que a traquéia fique em contato direto com o ar ambiente, por meio de um óstio onde se encaixa uma
cânula de traqueostomia (TQT). Esse procedimento gera medo e dúvidas nos pacientes e familiares
e o Fisioterapeuta tem papel importante na orientação melhorando as perceptivas do indivíduo. As
orientações aconteceram de 1 a 3 vezes por semana, beneficiando 94 pacientes entre ambas enfermarias. Ao realizar as orientações aos pacientes e familiares observa-se maior tranquilidade com relação
ao processo de saúde-doença, assim como os procedimentos a serem realizados no período intra-hospitalar. O paciente mais seguro da evolução de sua internação tem melhora da qualidade de vida, e
diminuição do tempo hospitalar, reduzindo os custos hospitalares.
Palavras-chave: Fisioterapia hospitalar. Orientações de posicionamento. Úlcera por pressão. Traqueostomia.
ATENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO
DA INCLUSÃO ESCOLAR: PROPOSTA DE ATENDIMENTO
ÀS CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS NO NÚCLEO DE SAÚDE DA UNISO
Stephani Rodrigues Moreira; Cíntia de Menezes Fernandes Bernal
Este projeto de extensão consistiu no atendimento da Terapia Ocupacional a uma clientela
composta por crianças, com ou sem diagnóstico definido, que apresentavam queixas de dificuldades no acompanhamento da rotina escolar, no período entre agosto de 2014 a julho de 2015. As
ações foram desenvolvidas no Núcleo de Saúde da Uniso e beneficiaram crianças com idade entre
5 a 9 anos, no total de 180 atendimentos semanais, com a duração de 45 minutos cada. Durante a
execução do projeto foram realizadas vivências com as crianças, mediadas por meio de atividades
previamente analisadas, com vistas a atingir os seguintes objetivos: descortinar o potencial lúdico
e criativo dos usuários; facilitar o enfrentamento das dificuldades neuropsicomotoras e cognitivas
individuais; permitir a expressão e elaboração de sentimentos decorrentes das dificuldades na
aprendizagem; e contribuir no resgate do prazer pelo conhecimento. Além das ações desenvolvidas com as crianças, foram realizadas orientações sistemáticas à família, no sentido de facilitar a
construção de dinâmicas favorecedoras de segurança, da melhora da autoestima e da conquista
da independência e autonomia nas atividades da vida diária, incluindo as rotinas ligadas à escola.
Vale destacar que, para a Terapia Ocupacional, a atividade e o fazer humano são instrumentos
terapêuticos, na medida em que intervém nas necessidades básicas de cada indivíduo e na sua
347
rotina de vida. Os resultados observados ao longo do projeto apontam que o manejo de recursos
terapêuticos, centrados nas atividades típicas da infância, favoreceu o processo de aprendizagem,
facilitando as conquistas do desenvolvimento típico, bem como permitindo um reposicionamento
da família diante das dificuldades escolares.
Palavras-chave: Terapia ocupacional. Dificuldades escolares. Desenvolvimento infantil.
TERAPIA OCUPACIONAL NA PROMOÇÃO DA
QUALIDADE DE VIDA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
2014
Wanessa Rodrigues Luz Xavier; Lilian de F. Zanoni
O projeto justifica-se na medida em que melhorar a qualidade de vida tem sido motivo de preocupação de muitas empresas e instituições, onde o ser humano é o cerne do trabalho, por conseguinte o
ser mais valioso, ou seja, está em primeiro plano como forma de atingir seus objetivos operacionais e
administrativos. Tal projeto objetiva a promoção à adoção de hábitos saudáveis, melhorar relacionamento na empresa, propor melhores condições ergonômicas, gerenciamento do estresse e atuar na
prevenção de patologias laborais. As atividades foram realizadas no programa Unisaúde com aproximadamente 290 funcionários administrativos da Universidade de Sorocaba através de ações educativas e preventivas, que incluíram elaboração de matéria para o informativo organizacional interno,
organização do Mural informativo, participação no Programa de Inclusão de funcionários com deficiência, reorganização ergonômica, auxílio em levantamento de absenteísmo e atividades internas de
organização do programa. Além das atividades habituais foram organizados eventos com temáticas
especiais, como a “Segunda Semana da Qualidade de Vida”, “Semana Junina” e conscientização sobre
doenças como o Câncer de mama e Próstata. Através do programa objetivou-se o trabalho com equipe
multiprofissional, bem como conexão teórico-prática, possibilitando aprimorar a área de atuação em
saúde do trabalhador. Os resultados do projeto foram graduais e mensurados através de relatos dos
funcionários que indicam que as intervenções proporcionaram melhor condução de situações relacionadas a um ambiente de trabalho que o conduzem à um espaço agradável e propício para desempenhar suas funções, seja nas relações interpessoais ou nas condições estruturais / ambientais.
Palavras-chaves: Terapia ocupacional. Saúde do trabalhador. Qualidade de vida.
348
I EDUCA AÇÃO
INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
licenciatura em matemática
POTENCIALIDADES DO SOFTWARE WINPLOT
Anderson Urenha Moura Campos; Lucas Alves Furquim; Fernanda Gabriela
Cleto; Luiz Rodolfo Kusuki1
Orientador: Antonio Noel Filho
Este trabalho visa ao desenvolvimento de atividades exploratórias investigativas usando o software Winplot. Pretende-se agregar habilidades quanto a sua utilização em sala de aula ao averiguar tarefas matemáticas elementares. Todavia, o embasamento para sua aplicação em sala de aula será norteado pelas propostas do Currículo do Estado de São Paulo e dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN). Tem como objetivos compreender que o software Winplot é um material didático manipulativo
e suas aplicações interdependem de atividades investigativas quanto ao estudo do comportamento de
diferente funções. As atividades investigativas serão elaboradas de acordo com as propostas do Currículo do Estado de São Paulo e dos PCNs, abordando os principais conceitos envolvidos no estudo das
funções, tais como a função exponencial aplicada em Biologia. A ideia é integrar as disciplinas para
que o aluno possa associar e entender a importância da Matemática nas demais disciplinas. O tema
sugerido para esse trabalho será “A reprodução das bactérias e a Matemática”, a partir da qual o aluno
deverá compreender a relação entre a matemática e as outras ciências.
Palavras-chave: Educação matemática. Material didático manipulativo. Winplot..
TAREFAS INVESTIGATIVAS POLINOMIAIS UTILIZANDO
O MATERIAL MANIPULATIVO ALGEPLAN (SUBPROJETO
DE MATEMÁTICA)
André Miguel da SilvaGuim; Claudia Ramos; Marici Martins Claro; Luiz
Rodolfo Kusuki
Este estudo será aplicado junto a E.E. Prof. Altamir Gonçalves pelos alunos do curso de matemática-Uniso, junto ao PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência - tendo como objetivo o
desenvolvimento de aulas investigativas e didáticas, segundo os conceitos de João Pedro da Ponte, em seu
livro “Investigações matemáticas na sala de aula”, e Ernesto Rosa em seu livro “Didática da matemática”,
visando descobrir quais os lados positivos e negativos de se trabalhar com o material didático Algeplan,
aperfeiçoando, deste modo, o que o material tem de melhor a oferecer, incluindo um método de investigação matemática , bem como suas melhores características de aplicação na sala de aula de maneira didática e
investigativa ao mesmo tempo, de forma a entender suas principais aplicações de acordo com a fase em que
tal material é inserido, de acordo o currículo do estado de São Paulo. A metodologia aplicada será o estudo
do material manipulativo vinculado a uma aula investigativa e didática integrando conceitos dos autores
Ernesto Rosa em seu livro “Didática da matemática” e João Pedro da Ponte em seu livro “Investigações matemáticas na sala de aula”, para que deste modo consiga-se uma maior demonstração sobre o tema explorado que são os monômios e polinômios, seguindo os conteúdos apresentados no Currículo do estado de São
Paulo. São esperados como resultados o maior aprofundamento na montagem, execução e aprendizagem
de atividades investigativas usando o material manipulativo Algeplan em diferentes etapas do ensino.
Palavras-chave: Algeplan. Material manipulativo. Educação matemática.
Todos os autores dos resumos aqui apresentados são filiados à Universidade de Sorocaba (Uniso). Excecões
estão indicadas em nota de rodapé.
1
A UTILIZAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO TANGRAM
NO ENSINO DE FRAÇÕES E NO CÁLCULO DE ÁREAS
(SUBPROJETO DE MATEMÁTICA)
Damiane de Goes Domingues; Marcia Yumiko Okawara; Marici Martins
Claro; Luiz Rodolfo Kusuki
Esta atividade será aplicada junto a E. E. Prof. Altamir Gonçalves, pelos alunos do curso de Matemática-Uniso, vinculados ao PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência. Com o
uso do Tangam, o aluno poderá compreender o significado das frações na representação de medidas
não inteiras e da equivalência de frações. Além disso, o aluno poderá compreender a noção de área
de uma figura plana, sabendo calcular por meio da composição de figuras. Inicialmente, será feita a
apresentação da origem do Tangram, e das figuras geométricas formadas, para despertar o lado da
imaginação do aluno. Após o reconhecimento das figuras geométricas pelos alunos, cabe ao professor
encaminhar algumas conclusões que devem ser entendidas para a relação de frações, por exemplo:
Quantos Triângulos pequenos são necessários para formar um quadrado pequeno? Um triângulo pequeno corresponde a que fração do quadrado? E dessa forma o aluno irá construir o conhecimento
sobre frações. Para o ensino de áreas de figuras como o triangulo pequeno e o quadrado serão utilizados como unidades de medida, para que o aluno entenda que com dois triângulos pequenos ele pode
montar um quadrado ou um paralelogramo, com quatro triângulos pequenos ele monta um triangulo
grande, com um quadrado e dois triângulos pequenos ele monta um triangulo médio. E assim, a noção
de área será compreendida através da composição de figuras, e de uma maneira mais lúdica para o
aluno, que por sua fez associaria o conhecimento de uma maneira mais eficaz.
Palavras-chave: Matemática. Material didático. Tangram.
UTILIZANDO O ALGEPLAN NO MÉTODO DE
INVESTIGAÇÃO PARA ESTUDO DOS POLINÔMIOS
Helber Martins de Moraes; Igor Daniel de Camargo Rolim; Luis Rodolfo
Kusuki; Marici Martins Claro
Este trabalho visa o desenvolvimento de atividades utilizando o material didático manipulativo Algeplan, na E.E. Altamir Gonçalves, partindo da semelhança entre as ideias de Rosa Neto e as propostas
por Zoltán Pál Dienes em seu livro “As Seis Etapas do Processo de Aprendizagem em Matemática” e,
considerando as potencialidades do material didático Algeplan no processo de ensino-aprendizagem
de matemática. Será elaborada uma sequência didática para explorar os principais conceitos envolvidos no estudo de polinômios e expressões algébricas. O Algeplan proporciona ao aluno uma forma de
relacionar as operações algébricas dos polinômios com áreas de retângulos, de forma que a partir da
manipulação e observação do material, poderá explorar, de modo menos abstrato, as principais propriedades das operações algébricas. O objetivo é explorar as propriedades das operações algébricas
dos polinômios de forma menos abstrata, relacionando Álgebra e Geometria com o auxílio do material
didático manipulativo Algeplan. As práticas podem ser realizadas de maneira similar ao proposto por
Zoltán Pál Dienes, em “As seis etapas do processo de aprendizagem em Matemática”. A princípio, o
351
material é entregue para familiarizar o aluno com o Algeplan, propondo a ele construções simples,
antes da realização de jogos mais focados nos objetivos. Apenas após a realização das atividades com
o material didático manipulativo, a Matemática mais formal, no papel, é trabalhada (na formação de
conjecturas). Espera-se que o aluno consiga trabalhar seu desenvolvimento cognitivo e sua capacidade
de abstração, ao relacionar conceitos de álgebra com geometria, e podendo pensar de forma sucinta,
direto ao ponto, para resolver operações com polinômios.
Palavras-chaves: Educação matemática. Material didático manipulativo. Algeplan.
O JOGO DE XADREZ COMO MATERIAL DIDÁTICO
PARA O DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO LÓGICO
MATEMÁTICO
Jacqueline Aparecida Ferreira; Fernanda Rodrigues Gomes; Fernanda Gabriela Cleto; Luiz Rodolfo Kusuki
Considerando a importância para a formação profissional do futuro professor de Matemática relacionar a teoria exposta na universidade com a prática docente no ambiente sala de aula, este trabalho
propõe uma reflexão sobre o uso de materiais didáticos no processo de ensino-aprendizagem de matemática e destaca as contribuições do subprojeto PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
a Docência - de Matemática da Uniso na aquisição de competências e habilidades indispensáveis ao
professor na elaboração e desenvolvimento de atividades diferenciadas de aula. Para tal, com base
nas ideias propostas por Zoltan P. Dienes em seu livro “As seis etapas do processo de aprendizagem
em Matemática”, relataremos os resultados obtidos em algumas atividades desenvolvidas na escola
parceira, que através de conceitos de lógica e geometria e com o apoio do jogo de xadrez, enfatizam
a importância da abstração e do raciocínio lógico no processo de ensino e aprendizagem de matemática. Nesta direção, observamos que a utilização de jogos que fazem parte do cotidiano e que sejam
de interesse do aluno, pode contribuir com a disciplina em sala de aula e com o desenvolvimento do
raciocínio lógico, uma vez que envolve regras, concentração e organização. Desta forma, destacamos
que experiências como esta, vividas pelos bolsistas durante a realização do projeto PIBID, são fundamentais à sua formação profissional.
Palavras-chave: Material didático. Raciocínio lógico. Xadrez.
MANIPULAÇÃO DE SÓLIDOS COM GEOESPAÇO
Natasha Satomy Vieira Iwamoto; José Eustáquio Fernandes; Kennidy Roger
de Oliveira; Marici Martins Claro; Luiz Rodolfo Kusuki
Este trabalho visa mostrar como o material didático manipulativo Geoespaço como auxiliar no
ensino-aprendizagem da matemática em tarefas exploratórias-investigativas segundo as ideias dos
autores, João Pedro da Ponte, em seu livro “investigações matemáticas em sala de aula” e de Sérgio Lorenzato em seu livro “O laboratório de ensino matemática na formação de professores”, de modo a explicar a ideia da geometria espacial com mais praticidade e auxiliar no desempenho escolar. O objetivo
é tornar a matemática mais compreensível para mais alunos, facilitando o aprendizado teórico através
da exploração do material concreto em tarefas exploratórias-investigativas. O desenvolvimento desse
352
trabalho se dará junto a estudante da rede estadual do estado de São Paulo do Ensino Fundamental II,
segundo o Currículo do Estado de São Paulo- Matemática, visando à construção e representação de
diferentes sólidos Geométricos, sendo dividido em três etapas: Parte teórica de análise dos conteúdos
e prática juntos; parte de resolução de exercícios para fixar o conteúdo e a parte de avalições diagnosticas, de modo a analisar os resultados obtidos sobre a manipulação deste material didático manipulativo, revendo a metodologia e suas potencialidades.
Palavras-chave: Educação matemática. Material didático. Geoespaço.
TAREFAS INVESTIGATIVAS UTILIZANDO MATERIAL
MANIPULATIVO BLOCOS LÓGICOS
Priscila Mariano da Rocha; Fábio Augusto de Campos; Marici Martins Claro
Luiz Rodolfo Kusuki
O objetivo desse trabalho é aplicar as técnicas desenvolvidas pelo matemático Zoltan Paul Dienes
na aprendizagem da matemática na EE Altamir Gonçalves, utilizando atividades lúdicas e nos baseando no fato de que, se o ambiente de convívio é estimulante, em que a criança pode construir seus
conhecimentos, o início dessa construção é a aprendizagem da sua língua materna. O matemático
Dienes descreve em seu livro “As seis etapas do processo de aprendizagem em matemática”, o qual
fundamentará este estudo, uma leitura sobre o processo de abstração, apontando seis diferentes etapas no processo de aprendizagem, trazendo à luz do ensino pedagógico a afirmação de que crianças
que convivem em um meio onde se fala corretamente possuem melhores condições de aprender uma
linguagem mais rica. Visando demonstrar a utilização do material didático manipulativo e sua abrangência na compreensão e absorção pelos alunos no ensino de matemática, com base no uso dos blocos
lógicos, apontaremos os resultados obtidos neste estudo. Utilizando os blocos lógicos alinhados com
os fundamentos descritos por Dienes em seu livro “As seis etapas do processo de aprendizagem em
matemática” e aplicação de seus conceitos para fins de comprovação de seu método. Neste trabalho,
buscamos afirmar que a aplicação dos jogos, no ensino da matemática, desempenha, de forma equilibrada, seu papel na formação das capacidades intelectuais e na estruturação do raciocínio dedutivo do
aluno, com o objetivo de que este se apoie na sua aplicação num âmbito mais amplo, como a resolução
de problemas recorrentes da vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à construção
de conhecimentos em outras áreas curriculares.
Palavras-chave: Blocos lógicos. Ensino da matemática. Material didático manipulável.
POTENCIALIDADES DO MATERIAL MANIPULATIVO
ALGEPLAN
Richard Gois Lemos; Alex Sander Martins de Camargo; Luiz Rodolfo Kussuki; Marici Martins Claro
A fundamentação desta investigação, retratada nos livros “Investigações Matemáticas na Sala de
aula”, de João Pedro da Ponte e “O Laboratório de Ensino de Matemática na Formação de Professores,
de Sérgio Lorenzato, consiste em levantar as potencialidades do material didático Algeplan de maneira empírica, quando aplicado em aulas de matemática por meio de práticas investigativas”. Pretende353
se agregar habilidades quanto a sua utilização em sala de aula ao averiguar tarefas matemáticas elementares. Todavia, o embasamento para sua aplicação em sala de aula será norteado pelas propostas
do Currículo do Estado de São Paulo e dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Os objetivos são
os de compreender que o Algeplan é um material didático manipulativo e que suas aplicações interdependem de atividades investigativas quanto ao ramo da Álgebra associada a conceitos elementares de
Geometria elementar e averiguar suas potencialidades quanto no ensino de Álgebra. As atividades investigativas, elaboradas de acordo com as propostas do Currículo do Estado de São Paulo e dos PCNs,
abordaram os principais conceitos envolvidos no estudo dos polinômios, tais como construção de
polinômios, fatoração de expressões algébricas, produtos notáveis, quadrados perfeitos, entre outros e
foram desenvolvidas com os alunos nas aulas de orientação de estudos em Matemática. Constatamos
que as atividades práticas-investigativas com o material manipulativo, associando geometria e álgebra
de maneira simplificada, além de diversificar e tornar mais atrativa a aula aos educandos e propiciar
uma maior proximidade destes com a matemática, podem conduzi-los ao aprofundamento de conhecimentos relacionados a funções polinomiais e geometria literal.
Palavras-chave: Algeplan. Álgebra. Material didático manipulativo. Orientação de estudos.
354
licenciatura em química
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO APLICADOS AO PIBID
(SUBPROJETO DE QUÍMICA)
Michelli Penasso Arruda; Ana Carolina Favero Bocardi; Jeane Francine
Gonçalves
Orientadores: Camila Augusta de Oliveira Martins Arakaki; Olzi Melo
O Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID é uma parceria de instituições de
ensino superior com as escolas públicas e fundamenta-se na valorização da licenciatura, estimulando
o ingresso de futuros professores nas escolas, por meio de intervenções pedagógicas. O objetivo é
orientar os alunos da licenciatura em como ministrar aulas teóricas e práticas, na Escola Estadual
Prof.ª Guiomar Camolesi Souza. Sendo assim, trabalhamos com os alunos a produção do aço e do ferro
utilizando uma aula expositiva em power point. Ao final da aula, pedimos que os alunos respondessem
a um questionário para analisarmos a assimilação do tema e, concomitantemente, autoavaliarmos nossa capacidade de ensinar o assunto. O resultado foi satisfatório, visto que a maioria dos alunos acertou
a maioria das questões. Em uma segunda etapa, pedimos um relatório sobre a produção de ferro e
que adicionassem informações novas ao conteúdo. Nossa intenção era avaliar o desenvolvimento no
relatório, a formatação, as dificuldades de escrita, entre outros. Tomando como base o 1º ano E, 61,76%
dos alunos entregaram o relatório, o que consideramos satisfatório, e a média de notas foi de 1,26 (nota
máxima 2,0). Nossa perspectiva é trabalhar na melhoria da produção de textos, relatórios e trabalhos
dos alunos. Além disso, trabalhamos um tema em um formato diferente do que geralmente é praticado,
para que haja maior interação e interesse dos alunos.
Palavras-chave: PIBID. Química. Avaliação.
A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
Fellipe Bedran; João Zorzetto
Orientadores: Camila Augusta de Oliveira Martins Arakaki
O PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para educação básica. Temos participação
passiva (assistindo aulas) e ativa (auxiliando na elaboração e correção de atividades escolares) na
Escola Estadual Prof.ª Guiomar Camolesi Souza. Ministramos uma aula temática utilizando o Power
point sobre “Combustíveis: Petróleo e Álcool”, para facilitar a compreensão da extração, fabricação e a
utilização destes combustíveis. Nas reuniões de planejamento, estudou-se a aplicação de um método
de avaliação, e o escolhido foi a elaboração de relatórios, que exige o aprendizado da aula assistida,
mas sem a pressão de uma prova escrita. Os temas trabalhados foram a aula prática sobre Reações
Químicas (Relatório 1 – R1) e a aula temática (Relatório 2 – R2). Os dados de seis salas de aula foram
analisados sob dois aspectos: notas e porcentagem de entrega. A média de notas foi 2,04 no R1 (nota
máxima 3,00) e 1,78 no R2. Em compensação, a porcentagem de entrega subiu de 52,74 % no R1 para
71,36 % no R2. Uma análise preliminar sugere que como esses relatórios compõem a nota do bimestre,
os alunos se motivaram a entregá-los mais, mas não necessariamente com uma qualidade melhor.
Devemos, portanto, trabalhar para melhorar neste quesito, para que haja uma contribuição positiva
no aprendizado.
Palavras-chave: PIBID. Química. Avaliação.
licenciatura em química
APRENDENDO A QUÍMICA DA QUÍMICA (SUBPROJETO
DE QUÍMICA)
Joice Alves; Angelica Almeida
Orientadores: Camila Augusta de Oliveira Martins Arakaki; Olzi Melo
Em nosso projeto do PIBID, o foco é despertar o interesse do aluno em química mudando a ideia de
que é uma matéria maçante, para mostrar como pode ser interessante e divertida. A princípio mostrando aos alunos como a química está envolvida em tudo no cotidiano até onde eles menos imaginam.
Realizando experiências que mostrem isso e que possam repetir em casa e outras mais complexas para
terem uma real ideia de tudo que a química pode realizar. Como parte do projeto levamos os alunos
para terem aulas na sala multimídia para sair da rotina despertando o interesse, também passando
filme relacionado ao conteúdo. Ainda elaborando alguns tipos de jogos como: bingo envolvendo a tabela periódica, jogo da memoria, jogo de tabuleiro entre outros, com o conteúdo químico para ganhar
o interesse e atenção para a disciplina. Enfim um novo método de estudo totalmente voltado para uma
aula mais interativa para o despertar de um novo modo de olhar a química.
Palavras-chave: PIBID. Ensino de química. Química do cotidiano.
356
licenciatura de letras de letras
(língua portuguesa)
O GATO PRETO, POR EDGAR ALLAN POE
Juliana Michelsen; Amanda Midena João; Kelli Cristina de Paula
Orientadores: Bianca Nóbrega; Telma Cristina França Poveda
Esta pesquisa surgiu a partir da proposta de uma atividade elaborada durante o projeto PIBID
- Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência - de Letras da UNISO na E.E. Altamir
Gonçalves. Tal atividade foi criada e desenvolvida visando a estratégias de trabalho com o gênero
conto, levando-se em consideração a necessidade de se trabalhar de forma diferenciada e estimulante. Buscando essa inovação, elaboramos o projeto “O Gato Preto”, que tem por base o conto de
suspense de Edgar Allan Poe. Para tal atividade, usamos recursos digitais, como imagens de ilusão
ótica e gravação em áudio com sons diversos, como ruídos, gritos, lamentos e vozes, criando assim,
um clima propício ao referido suspense e drama, construindo com os alunos as características do
gênero textual estudado. Como base teórica, lançou-se mão de estudos dos pesquisadores Dolz e
Schneuwly. Com essa proposta, buscamos demonstrar que é possível trabalhar o conteúdo didático
de maneira diferente, inovadora, e, talvez, jamais vivenciada pelos alunos em outra ocasião. Foi possível notar isso, por exemplo, após a aplicação do projeto, pois houve transformação dos alunos em
relação ao estudo da literatura. Para nós, bolsistas, o aprendizado foi ainda maior, já que, a partir da
criação do referido material, pudemos crescer como estudantes, pois houve discussões e apoio com
a coordenação do projeto, e também como docentes, pois pudemos refletir acerca do que é relevante
para o ensino de Língua Portuguesa.
Palavras-chave: Leitura. Gênero conto. Material didático
EXPERIÊNCIA NO PIBID: MUDANÇA DE PARADIGMA
NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR
Ana Carolina Bueno Vieira; Bianca Pacheco Almeida; Silmara dos Santos
Ferreira
Em um momento em que a educação passa por diversos desafios, desde a falta de recursos até
a violência vivida por alunos e professores, o programa PIBID surge como forma de se repensar a
educação. Ao oferecer a possibilidade de contato direto com a realidade diária da escola, o programa
também permite que o licenciando, ainda em formação, possa criar possibilidades de trabalho diante
de tal cenário, contando com o apoio e orientação tanto da Universidade quanto da Escola Parceira.
Neste trabalho, temos o objetivo de apresentar a importância do PIBID - Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação a Docência - na formação de futuros docentes, transformando sua visão em
relação ao seu campo de trabalho. Tal formação resulta em maior segurança do profissional em sua
atuação em sala de aula, o que seguramente pode se refletir na boa aprendizagem dos alunos. Para
esta pesquisa, foram recolhidos depoimentos dos alunos do 6° e 7° anos, com os quais o subprojeto
de Letras, da UNISO, atuou entre 2014-2015. Ouviram-se, ainda, professores supervisores e coordenadores atuantes no referido projeto. Como aporte teórico e referência de trabalho, contamos com os
estudos desenvolvidos pela professora Roxane Rojo, no que se refere à formação de professores, além
disso, foram estudados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que nos auxilia na execução do
trabalho pedagógico, e a Proposta Curricular do Estado de São Paulo, que apresenta o direcionamen-
to do trabalho na rede estadual de ensino.
Palavras-chave: PIBID. Formação do professor. Percepção do trabalho docente.
RELAÇÃO ENTRE O TEXTO TEÓRICO E A PRÁTICA
Samanta Hollanders de Sousa; Bianca Ortega; Raíssa Muniz
Na atualidade, existe pouco diálogo entre os alunos de licenciatura e as salas de aula de ensino público, mas, nas ocasiões em que isto ocorre, pode-se obter benefício tanto para os licenciandos quanto
para seus futuros alunos. Com o intuito de refletir sobre isso, este trabalho propõe apresentar como
os bolsistas do projeto PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência - Letras, da
UNISO, têm conseguido atingir o objetivo de relacionar a teoria exposta na universidade com a prática da docência nas escolas. Serão, então, apresentadas algumas questões sobre como o trabalho com
gêneros textuais pode ajudar a formar cidadãos agentes do mundo e, ainda, os benefícios de se utilizar
textos autênticos, de qualidade, que façam parte do cotidiano e sejam de interesse do aluno. Essa reflexão está baseada em estudos de Lília Abreu-Tardelli, Roxane Rojo e Magda Soares, assim como nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Por fim, relataremos a experiência da aplicação das atividades do projeto de leitura de dois grupos de bolsistas, ressaltando a forma como foram elaboradas, de
acordo com a proposta de trabalho com gêneros, os objetivos visados e os resultados dessa aplicação.
Palavras-chave: PIBID. Educação. Gêneros textuais.
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licenciatura de letras de letras
(língua inglesa)
FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO PROGRAMA PIBID
E AS NOVAS TECOLOGIAS NA ESCOLA
Solange Venturelli Helú Prestes de Oliveira2
Orientador: Daniela Aparecida Vendramini Zanella
O PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência da CAPES - de língua inglesa
na Uniso - configura-se pela parceria da universidade e uma escola pública do interior de São Paulo.
De forma geral, o projeto visa à integração e às trocas do licenciando de Letras com o trabalho docente
como parte fundamental para a formação do primeiro, por intermédio de sua imersão nas práticas cotidianas de ensino- aprendizagem de língua estrangeira. Este pôster tem por objetivo relatar as ações
do projeto PIBID - Língua Inglesa na Uniso, especificamente em relação à inserção da tecnologia nas
aulas e oficinas de inglês pelos educadores. Este estudo fundamenta-se teoricamente em conceitos
sobre o brincar e produção de significados em perspectiva da Teoria da Atividade Sócio-históricocultural. Orienta-se, também, pelo organizador curricular de ensino-aprendizagem de inglês por meio
de Atividade Social. A metodologia tem como base a Pesquisa Crítica de Colaboração, que possibilita
a negociação de sentidos, pois os diferentes participantes envolvidos em um determinado trabalho
podem ser ouvidos e questionados na produção de um novo significado. Os dados foram coletados por
meio de gravações das discussões sobre as propostas de ensino-aprendizagem entre os educadores e
a professora-formadora nos encontros de formação na universidade e pelos relatórios dos educadores.
Após transcritos (no caso de vídeo/ áudio) e selecionados, os dados foram analisados por categorias
da argumentação (LIBERALI, 2013). Os resultados iniciais apontam que a utilização de novas tecnologias na escola possibilita aos alunos ampliarem seus conhecimentos. A partir do Programa PIBID
– Uniso, os educadores tiveram a oportunidade de vivenciar e apropriar-se da importância das novas
tecnologias nas aulas de inglês, o que caracteriza um saber fundamental na formação docente.
Palavras-chave: Formação docente. TASHC. Uso de novas tecnologias. Atividades sociais.
“PEN PAL”, A ATIVIDADE SOCIAL: IR À BIBLIOTECA NO
PROJETO PIBID
Daniela Camargo de Oliveira Freitas; Viviane Patrícia Calor Raymundo
Orientadores: Daniela Aparecida Vendramini Zanella; Solange Venturelli
Helú Prestes de Oliveira
Cresce o número de estudantes de Inglês no Brasil, porém, o índice de proficiência é baixo, justificandose pela falta de política pública e interesse do aluno. O ensino-aprendizagem por meio de Atividade Social e
o brincar, como parte integrante daquela, é uma abordagem que pode motivar os alunos de escola pública.
Temos como objetivo utilizar a Sala de Leitura da Escola Estadual, Altamir Gonçalves para pesquisas sobre
a “rotina de jovens ao redor do mundo” realizar pen pal, e incentivar o hábito da leitura de livros em inglês.
Os fundamentos teóricos vieram embasados pela Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural, onde o processo ensino-aprendizagem dos sujeitos ocorre dentro de um contexto de interações entre indivíduos. Trata-se de uma pesquisa exploratória qualitativa, e com relação ao objeto de estudo, classifica-se como método
de estudo de caso, pelo caráter intervencionista. Os dados foram coletados por meio de testes diagnósticos.
2
E.E.E.I. Prof. Altamir Gonçalves.
Os resultados indicaram que a Sala de Leitura tornou-se uma extensão da sala de aula e por meio do pen pal,
o brincar, inserido na Atividade Social, fez com que os alunos apresentassem aprimoramento do Inglês ao
produzir um texto sobre suas rotinas. A partir da frequência na Sala de Leitura da escola Altamir Gonçalves
e da elaboração de textos em língua inglesa para pen pal, constatou-se que os objetivos do ensino integral e
do PIBID Inglês podem estar alinhados e contribuir para o desenvolvimento dos alunos, de modo a tornarem-se protagonistas no meio no qual estão inseridos.
Palavras-chave: Formação docente. Atividades sociais. O brincar.
“ALTAMIR’S ROCK CONCERT”, ATIVIDADE SOCIAL: “IR
AO SHOW” NO PROJETO PIBID
Glaucilene de Campos Ruiz; Débora Cristina de Almeida Lima Fraga
Devido à globalização da sociedade, o ensino-aprendizagem de inglês encontra-se em ascensão,
trabalhado no currículo escolar pela área de linguagens, códigos e suas tecnologias. O inglês é importante para a formação do conhecimento dos estudantes, por isso, busca-se resultados mais satisfatórios
de ensino-aprendizagem da língua estrangeira. Nessa busca, pautamo-nos no ensino-aprendizagem de
inglês por meio de Atividade Social e o brincar vygotskyano para a formação destes estudantes, sem
desvincular-se das identidades culturais, sociais, históricas e ideológicas de cada um. Os objetivos forma possibilitar aos estudantes vivenciar a AS: “ir a um show” pelas práticas de linguagem em inglês.
Partiu-se da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural a qual afirma que o processo ensino-aprendizagem dos sujeitos ocorre dentro de um contexto de interações entre indivíduos. Trata-se de uma Pesquisa Crítica de Colaboração que possibilita a negociação de sentidos, pois os diferentes participantes
envolvidos em um determinado trabalho, devem ser ouvidos e questionados na produção de um novo.
Os dados foram coletados por meio de testes diagnósticos. Verificamos que ao pedir permissão aos
pais, até a compra de ingressos e ida a um show, o estudante, inserido no brincar, vivencia uma situação jamais imaginada. Envolvido nesse contexto, o uso da língua e o entendimento é muito maior que
somente ler e decorar regras gramaticais. A ida ao show e toda a confecção de banners, entendimento
da letra da música, o pedido de informação, a compra de ingressos, suco e guloseimas, coisas que
fazem parte do universo juvenil, foram inseridas seguindo a sequência das quatro habilidades linguísticas de ouvir, falar, ler e escrever obteve-se melhor desempenho dos estudantes. Constatou-se o
entendimento e o uso devido da língua, podendo aplicá-la na vida diária.
Palavras-chave: Teoria da atividade sócio-histórico-cultural. Brincar. Vivência em língua inglesa.
“SING A SONG” O BRINCAR INSERIDO NA ATIVIDADE
SOCIAL: PRODUZIR UM LIPDUB (SUBPROJETO DE
INGLÊS)
Karen Ramos de Oliveira; Ana Laura Hoffart
360
Este estudo é contextualizado na escola pública E. E. Prof. Altamir Gonçalves com elaboração
de proposta de ensino-aprendizagem de língua inglesa por meio de Atividade Social: “produzir
um Lipdub”. Nesse contexto de produção de lipdub, a música pode colaborar para dar vida ao
ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de criação
e recreação. Por isso, considera-se a música como um instrumento-e-resultado, no ensino-aprendizagem da língua inglesa, tendo como produto final um vídeo de lipdub. Este trabalho tem como
objetivo descrever uma proposta de ensino-aprendizagem em língua inglesa por meio da Atividade Social: “produzir um lipdub” e compreender o papel da música nesse processo. A Teoria
da Atividade Sócio-Histórico-Cultural afirma que o processo ensino-aprendizagem dos sujeitos
ocorre dentro de um contexto de interações entre indivíduos. Trata-se de uma Pesquisa Crítica de
Colaboração, que possibilita a negociação de sentidos, pois os diferentes participantes envolvidos
em um determinado trabalho, devem ser ouvidos e questionados na produção de um novo significado. Os dados de pesquisa foram coletados por meio de gravações feitas durante o semestre,
selecionadas e transcritas. Como resultado do projeto, foi produzido um vídeo do gênero LIPDUB.
Constatou-se que os alunos participantes apropriaram-se de palavras em língua inglesa além do
desenvolvimento da autoconfiança em falar inglês. O projeto estendeu-se, também, para além
da sala de aula, conseguindo abranger conflitos internos dos educandos na escola. Com isso, a
produção do vídeo tornou-se um incentivo aos alunos para ler, traduzir e cantar uma música em
língua inglesa.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Língua inglesa. Atividade social. Música.
ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA POR
MEIO DE ATIVIDADE SOCIAL: “CRIAR PROPAGANDA
SOBRE INVENÇÕES”
Mariana Antunes Trevisan; Priscilla Nogueira Giannone
Estudo inserido na E. E. Prof. Altamir Gonçalves, em Sorocaba, SP, que se integra ao programa Ensino Integral do Governo do Estado de São Paulo para assegurar o desenvolvimento de
novas competências, habilidades e atitudes pertinentes à sociedade, à vida que se vive. A partir do projeto PIBID – Língua Inglesa da Universidade de Sorocaba, elaboramos a unidade de
ensino-aprendizagem de língua inglesa por meio de Atividade Social: “criar propaganda sobre
invenções”. A unidade constituiu-se de tarefas sequenciais sobre a temática “Inventors and their
inventions” presente no caderno do aluno do 9º ano. Este trabalho objetiva refletir sobre a experiência vivenciada pela unidade de ensino-aprendizagem de língua inglesa. O trabalho embasa-se
teoricamente na Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural e ensino-aprendizagem por meio de
Atividade Social. Trata-se de uma Pesquisa Crítica de Colaboração que possibilita a negociação
de sentidos, pois os diferentes participantes envolvidos em um determinado trabalho, devem ser
ouvidos e questionados na produção de um novo significado. Os dados da pesquisa, selecionados e transcritos, foram coletados por meio de produções escritas dos alunos e de propagandas
elaboradas pelos mesmos, utilizando-se de netbooks. A partir de tarefas sequenciais da unidade,
os estudantes obtiveram suporte para criar as propagandas das invenções escolhidas. Conclusão:
A unidade proporcionou aos alunos o contato com o gênero propaganda e vocabulário de língua
inglesa relacionado a invenções.
361
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Língua inglesa. Produção escrita. Atividade social. Invenções. Propaganda.
O BRINCAR DE CURLING NA ATIVIDADE SOCIAL
Quérem Karoline França Barca; Priscilla Nogueira Giannone
Esta pesquisa insere-se na E. E. Prof. Altamir Gonçalves, em Sorocaba, SP. Essa escola participa
do programa Ensino Integral que tem como objetivo assegurar o desenvolvimento de novas competências, habilidades e atitudes pertinentes à sociedade. Pelo projeto PIBID da Uniso – Língua Inglesa (L.I.), estas educadoras em formação elaboraram uma unidade de ensino-aprendizagem de L.I por
meio de Atividade Social: “brincar de curling” para serem desenvolvidos com os 7ºs anos. Essa unidade
foi composta por tarefas sequenciais sobre os Jogos Olímpicos de Inverno. Este trabalho tem como
objetivo apresentar reflexões sobre as vivências no ensino-aprendizagem de L.I por meio de Atividade
Social: “brincar de curling” e está embasado pela Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural a partir
da qual o processo ensino-aprendizagem dos sujeitos ocorre dentro de um contexto de interações
entre indivíduos. Trata-se de uma Pesquisa Crítica de Colaboração, que possibilita a negociação de
sentidos, pois os diferentes participantes envolvidos em um determinado trabalho, devem ser ouvidos
e questionados na produção de um novo significado. Os dados de pesquisa foram coletados por meio
de Produções escritas de atividades diagnósticas feitas durante o semestre, selecionadas e transcritas.
A unidade foi composta por tarefas sequenciais sobre Jogos Olímpicos de Inverno, tendo como resultados finais o brincar de curling. A partir dos dados analisados, observou-se que com a inserção do
brincar no ensino da L.I, os alunos se envolvem mais nas aulas e nas atividades, além de expandirem
seus horizontes socioculturais.
Palavras-chave: Brincar de Curling. Atividade social. Vygotsky. Língua inglesa.
362
licenciatura de história
DESCONSTRUINDO CONCEITOS E MITOS ATRAVÉS
DA HISTÓRIA DE SOROCABA (SUBPROJETO DE
HISTÓRIA)
Priscila Dias; Ester Alves Moreira; Regina Mueller Prado Morais
Orientadores: Maria Regina Vannucchi Leme; Nilvandro Parise
No primeiro semestre de 2015 desenvolvemos o projeto “História de Sorocaba”, com objetivo de
inovar e quebrar paradigmas sobre a história do município. Perante tantas possibilidades de elaborar
as aulas, escolhemos trabalhar com a cronologia a partir do período colonial em Sorocaba. Desenvolvemos a temática com os alunos de 6º, 7º e 8º anos da “E. E. Escolástica Rosa de Almeida”. Rompemos
com alguns mitos da origem de Sorocaba, como a figura do construtor da cidade, Baltazar Fernandes.
Ensinamos o que era um bandeirante e suas funções, e o que ocorria principalmente aos indígenas
da região (como os Tupinikins). Seguindo a cronologia, tratamos o assunto das tropas de muares, o
tropeirismo, abordamos heranças deixadas por estes (na comida, ditados populares, etc.) e a feira de
muares. Nossa metodologia para o desenvolvimento das aulas foi baseada em livros, vídeos, imagens
e dinâmicas, como um jogo de tabuleiro com perguntas sobre o processo colonial em Sorocaba. Por
fim, o resultado foi compensador: pudemos constatar o interesse e o bom aproveitamento dos alunos,
principalmente na visita ao Museu Histórico de Sorocaba, onde demonstraram todo o conhecimento
adquirido através das aulas.
Palavras-chave: Sorocaba. História. Tropeirismo.
ESTRADA DE FERRO SOROCABANA (SUBPROJETO
DE HISTÓRIA)
Letícia Alves de Sousa; Abigail Rodrigues Alves; Karen de Souza Ribeiro;
Maria Luiza Gôngora Pontes; Vanessa Aparecida Ferrareto
Orientadores: Maria Regina Vannucchi Leme; Lílian da Rocha Rodrigues
Nos propomos a apresentar aos alunos, dentro do tema História de Sorocaba, a História da Estrada
de Ferro Sorocabana. Começamos por sua fundação pelo empresário Luís Mateus Maylasky em 10 de
julho de 1875, que com a construção da linha férrea visava o transporte de algodão. Falamos sobre as
inúmeras mudanças de posse e de nome que a E. F.S sofreu até os dias atuais (hoje em dia a Estrada
de Ferro Sorocabana pertence à América Latina Logística e por ela só passam trens cargueiros) e a respeito dos caminhos e extensões que a linha fez, ligando uma cidade a outra. Baseamos-nos nas obras
de Antônio Francisco Gaspar “Histórico do Início, Fundação, Construção e Inauguração da Estrada
de Ferro Sorocabana em 1870-1875” e “Sorocaba: 3 séculos de História” de Aluísio de Almeida. Foram
utilizados slides e rodas pedagógicas como ferramentas de apresentação do tema, objetivando com
isso demonstrar aos alunos a importância e a contribuição da Estrada de Ferro Sorocabana no desenvolvimento industrial de Sorocaba durante o Império no Brasil. Através de cartazes sobre a história
da linha férrea de Sorocaba elaborados pelas próprias crianças em sala de aula, pudemos ver o quanto
cada uma absorveu das discussões e apresentações feitas. Alguns alunos não assimilaram tão bem o
assunto, enquanto outros mostraram-se extremamente receptivos e cativados. Por fim, vimos que conseguimos fazer com que o interesse e o empenho em aprender sobre o assunto fosse geral através de
seus trabalhos proveitosos e bem feitos.
Palavras chave: História–Sorocaba. Estrada de Ferro Sorocabana.
licenciatura
história
licenciatura
dede
história
A BANDEIRA DE SOROCABA
Rodrigo Mendes; Alison Fernando; Rodrigo Almeida
Orientadores: Maria Regina Vannucchi Leme
A bandeira de uma cidade tem como objetivo representar os vários aspectos que façam parte de
sua história e costumes, tais como suas atividades econômicas e culturais. Na bandeira de Sorocaba
estes aspectos são representados através dos diversos símbolos presentes na flamula e em sua cor.
O objetivo do desenvolvimento deste tema em um cartaz tem como foco a exposição dos principais
elementos históricos que compõe a bandeira da cidade de Sorocaba, destacando dentre eles aqueles
que melhor funcionem para formar e ou representar a identidade cultural do município. Para o desenvolvimento do cartaz, a bandeira será dividida em partes, tendo seus componentes separados e categoricamente legendados de forma a que se possa dar ao observador uma ideia do significado destes
símbolos e de forma geral a ideia representada pela bandeira.
Palavras-chave: Bandeira de Sorocaba. Símbolos históricos. Cultura. Economia.
INDUSTRIALIZAÇÃO E MEMÓRIA
Luis Henrique de Medeiro Lopes; Rafael Maran Fusetti
Orientadores: Maria Regina Vannucchi Leme; Lilian da Rocha Rodrigues
A proposta desenvolvida no programa PIBID (Programa Institucional de Iniciação à Docência) na
escola Altamir Gonçalves do respectivo curso de História da Universidade de Sorocaba UNISO. Tem
como tema central a História de Sorocaba. Destacamos aqui a atividade “Industrialização e Memória”,
utilizamos o recorte temporal a partir da industrialização de Sorocaba, afins de compreender a dinâmica da estruturação social da classe operária - agentes fundamentais na transformação da cidade. A
questão central girava em torno da condição da classe operária, sua posição social, econômica e política. Dentro do debate sobre o processo de industrialização, questionamos as condições de trabalho e
utilização de mão-de-obra infantil. Para trabalhar esse tema utilizamos o jornal da época ‘O Operário”,
fonte rica em informação. Para registro, propomos a elaboração de textos informativos, abordando
a questão da “exploração de mão- de- obra infantil. “Trabalhamos, também, monumentos históricos
e a memória local. Discutimos sobre a necessidade de conhecer o passado da cidade, construção da
memória coletiva, principalmente através dos monumentos e locais de memória, importância da preservação e visitação. Como atividade, os alunos produziram cartazes contendo fotos e imagens sobre
os monumentos e locais de memórias, com textos informativos contando a história do local e sua importância para a cidade. Como parte final da atividade, expomos os cartazes com as informações nas
paredes da escola com a intenção de propagar essas ideias e contar um pouco mais sobre a história
de Sorocaba para todos os alunos. Com isso o objetivo proposto e alcançado foi de unir a leitura da
história individual do aluno com a História da sua cidade, estudadas separadas mas indissociáveis na
prática e entender o espaço urbano como fonte do passado, construído por ele próprio.
Palavras chave: História-Sorocaba. Industrialização. Memória.
INDUSTRIALIZAÇÃO E MIGRAÇÃO EM SOROCABA
Rafael Galli; Letícia Ferreira; Tainá Rodrigues
Orientadores: Maria Regina Vannucchi Leme; Nilvandro Parise
364
HISTÓRIA DE SOROCABA DA COLÔNIA AO IMPÉRIO
Marcelo Cardoso Melo da Silva; Pedro Vidal da Costa
Orientadores: Maria Regina Vannucchi Leme; Lilian da Rocha Rodrigues
O objetivo do trabalho dos bolsistas do PIBID de História foi desenvolver a História de Sorocaba, em diversos períodos históricos como, Sorocaba Colonial, Imperial, Republicana e Sorocaba atual.
Foi realizada a divisão da turma do oitavo ano em grupos. Cada grupo, contou com o auxílio de um bolsista de acordo com tema para elaboração do projeto. Demos início com Sorocaba Colonial. Os alunos
montaram cartazes com imagens e letra do hino infantil de Sorocaba (Aluísio de Almeida). No hino,
existem fragmentos de uma Sorocaba em formação, mencionando nomes e figuras que deram origem
a cidade de Sorocaba. Além do Hino, os alunos trabalharam imagens como o Tropeiro, Mosteiro de São
Bento e a figura de Baltazar Fernandes e em seguida montaram painéis. O trabalho com imagens além
da multidisciplinaridade, traz ao imaginário o cotidiano colonial (vestimentas, costumes, transformação de locais de história). Já ao trabalhar o contexto histórico sorocabano com ênfase no escravismo,
em nossas pesquisas para levantamento de material, os estudantes demonstraram grande interesse
na vida dos escravos, em seus costumes e ritos além das particularidades com o sistema de punição e
torturas recebidos pelos escravos. No Processo de criação para a culminância do 1 º semestre, os alunos
tomaram toda a iniciativa e decisão do que se iria construir. Os estudantes demonstravam entrosamento e o trabalho em grupo fluiu de forma constante. O objetivo principal deste projeto foi proporcionar
aos alunos outra visão do que foi o escravismo desconstruindo assim a ideia pré-concebida que eles já
possuíam, possibilitando um viés mais amplo e crítico do cenário escravocrata do império no contexto
Sorocabano.
Palavras-chave: Contexto histórico sorocabano. Contexto colonial. Escravismo.
365
licenciatura de geografia
Elaboramos o projeto sobre o desenvolvimento da cidade de Sorocaba, desde sua fundação até os
dias atuais. Nosso objetivo principal foi propiciar uma maior interação dos alunos sobre o processo
de urbanização e industrialização da cidade. Através de aulas expositivas e de recursos visuais, explicamos de forma interativa o ontem e o hoje de Sorocaba; como se deu a imigração na cidade e exposição da relação passado-presente dos patrimônios históricos, juntamente com fotos, jogos, discussões,
vídeos, documentos, desenhos, e uma visita ao museu do parque Quinzinho de Barros incentivando
assim a comprovação concreta de vários temas abordados ao longo das aulas desse primeiro semestre
de trabalho na Escola Estadual Escolástica Rosa de Almeida. Ao longo do semestre propusemos aos
alunos várias interações a respeito da História de Sorocaba e suas implicações, trazendo assim uma
melhor compreensão sobre a noção de identidade histórica e sobre seu papel quanto agentes históricos. Os alunos observaram como a produção de tecidos em larga escala, a influência europeia, a grande
demanda de matéria prima, por conta da 2ª Guerra Mundial e a criação do bairro industrial, propiciaram à cidade de Sorocaba transformar-se em grande centro industrial.
Palavras-chave: PIBID. Sorocaba. Urbanização. Industrialização.
licenciatura de geografia
EDUCAÇÃO, GEOGRAFIA E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Jean Felipe Francisco; Erika Santos
Orientadores: Rodrigo Barchi; Adriana de Oliveira Sales
A qualidade da alimentação está intimamente ligada ao bem-estar físico, social e mental,
definido segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde. Por sua vez, é cada vez mais difícil
introduzir alimentos saudáveis, ricos em fibras, vitaminas e minerais, devido à cada vez mais
intensa correria que afeta, principalmente, as pessoas das grandes e médias cidades. Esse excesso de atividades faz com que o tempo dado ao preparo dos alimentos seja cada vez menor,
ou mesmo inexistente, fazendo com que o consumo dos chamados fastfoods ou junkfoods se
torne crescente. O aumento no número de obesos, cardíacos e diabéticos não para de aumentar, havendo uma verdadeira pandemia mundial, a medida que o mundo se urbaniza. Nesse
sentido, e na esfera das atividades do PIBID - Geografia da Uniso na Escola Estadual Escolástica Rosa de Almeida, vem se desenvolvendo diversas conversas pedagógicas com alunos de
sextos e sétimos anos sobre os riscos de uma alimentação baseada em comida industrializada,
enlatada e instantânea. Nessas conversas, vem se desenvolvendo, junto aos alunos de sextos
e sétimos anos, temas como industrialização da produção agropecuária, precarização da qualidade dos alimentos, doenças relacionadas a má alimentação. Além disso, as disparidades de
consumo de nutrientes, proteínas e vitaminas, no Brasil e no mundo, também são analisadas
e debatidas.
Palavras-chave: Saúde alimentar. Geografia. Educação.
A IMPORTÂNCIA DA HORTA COMUNITÁRIA NO
PROCESSO DE FORMAÇÃO ESCOLAR
Daniela Oliveira Antunes Ribeiro; Elias Mendes da Trindade; Luciane Andréia Souza
As hortas pedagógicas constituem-se em importantes iniciativas alternativas no sentido
de colaborar com o processo de formação dos alunos do ensino fundamental. No PIBID - Geografia da Uniso, desenvolvido na Escola Escolástica Rosa, na Vila Haro, em Sorocaba, a horta
pedagógica tem o destaque de buscar desenvolver sua produção agrícola em caráter orgânico. Essa perspectiva começa na busca por sementes, passando pela adubação com o húmus
orgânico (através da compostagem) e pela não utilização de agrotóxicos, até a utilização de
técnicas não predatórias de controle de pragas. O projeto é desenvolvido através da participação de alunos de sexto ano em palestras na sala de aula, limpeza dos canteiros, semeadura
e plantio das mudas e manutenção dos canteiros. O intuito do projeto é trazer à vida escolar
dos alunos alternativas educativas, como conhecer a produção orgânica e seus benefícios,
incentivando os alunos a consumir produtos orgânicos e consequentemente conversar e levas
à outras pessoas, como seus pais e familiares, a noção geral do que é um produto orgânico,
aprender a cuidar da terra e ao mesmo tempo buscar desenvolver uma conscientização ecológica.
Palavras-chave: Horta pedagógica. Produção orgânica. Educação ambiental.
PRODUÇÃO DE ORGÂNICOS EM HORTAS
PEDAGÓGICAS
Marivaldo Castanho Marins; João Antonio Junio Martins; Roberto Masayoshi
Hatadani
Os produtos agrícolas orgânicos são aqueles que não utilizam nenhuma espécie de insumo
ou aditivo químico industrializado em sua produção. A demanda por esse tipo de alimento vem
aumentando no Brasil e no mundo, devido a cada vez maior veiculação das numerosas denúncias ligadas aos malefícios que a produção industrializada de alimentos vem causando à saúde
humana. Como forma de levar aos alunos uma compreensão do conceito de orgânico, e sobre as
dificuldades de sua produção, o PIBID - Geografia da Uniso desenvolve um espaço de produção
de milho e mandioca orgânicos, onde os alunos de sexto ano podem acompanhar as técnicas de
produção dessas plantas, e discutir as diferenças de técnicas de produção agrícola, permitindo
a compreensão de questões ligadas à geografia agrária, como a disputa das grandes empresas
de produção de sementes não-orgânicas e transgênicas com as comunidades e cooperativas de
produção orgânica, diversificada e não predatória. Essas atividades buscam contribuir com a formação humana dos alunos de Ensino Fundamental a partir de ações coletivas, nas quais a transformação nas perspectivas e concepções desses adolescentes é vital na compreensão de mundo e
do espaço geográfico que as envolve.
Palavras-chave: Agricultura orgânica. Meio ambiente. Educação.
A COMPOSTAGEM E A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA
ESCOLA
Natália Penhalver Soares; Murilo Augusto Camargo Perroud
A compostagem trata-se de uma técnica de reciclagem do lixo orgânico, é um processo biológico
no qual ocorre a transformação do material orgânico em um composto semelhante ao solo rico em
nutrientes. Esse processo se dá através de técnicas de estimulação da decomposição do material, essa
decomposição ocorre por microrganismos. Também há a minhocultura, que é o processo de reciclagem de resíduos orgânicos por meio de criação de minhocas em minhocários, oferecendo importante
alternativa para resolver economicamente e ambientalmente os problemas dos dejetos orgânicos. O
produto final da minhocultura constitui num excelente fertilizante orgânico (húmus), capaz de melhorar atributos químicos (oferta, melhor retenção e ciclagem de nutrientes), físicos (melhoria na estruturação e formação de agregados) e biológicos do solo (aumento da diversidade de organismos benéficos ao solo) A compostagem constitui-se em uma prática alternativa, coletiva de produção de adubo
e fertilizante não-sintético e não-industrial, de modo que, ao mesmo tempo em que evita a geração de
resíduos sólidos, também possibilita a manutenção de uma horta caseira ou comunitária, sem gasto,
veneno ou agressão ao solo e meio ambiente. No PIBID - Geografia da Uniso, desenvolvido na Escola
Escolástica Rosa de Almeida, na Vila Haro, o projeto de criação e desenvolvimento de composteiras
busca auxiliar e complementar o trabalho pedagógico realizado na horta comunitária escolar, e na produção de sementes não transgênicas. A proposta da compostagem buscou envolver todos os alunos
de sextos anos na arrecadação de resíduos orgânicos e na manutenção da composteira. Durante esse
processo, foram discutidas questões como geração de lixo, reutilização de alimentos, produção agríco-
367
la, produção orgânica e proteção ao meio ambiente. Buscou-se, a partir das propostas da agroecologia,
desenvolver a noção de que é possível aliar a produção para o sustento humano com a proteção ao
meio ambiente, sem prejuízos à saúde humana e às paisagens naturais.
Palavras-chave: Agroecologia. Compostagem. Minhocultura. Horta comunitária.
368
A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE
BOLSA DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA NO PROCESSO DE
FORMAÇÃO DO PROFESSOR
Andressa Palczuk; Luana Cristina Rodrigues de Queiróz
Orientadores: Ana Paula Ponce Ribeiro Germanos; Marilei Gianolla
O programa institucional de bolsa de iniciação a docência surge como uma oportunidade de
aprendizado e preparo, visto que, propicia ao licenciando um contado direto com os alunos em âmbito
escolar. A proposta de atividades do programa, desenvolvida na escola estadual João Machado de
Araújo, é que os alunos bolsistas elaborem um jogo, utilizando materiais lúdicos, visando às áreas de
alfabetização e matemática. Essa proposta permite que os licenciandos, mesmo diante de um professor orientador na escola e uma professora coordenadora na universidade, desenvolvam autonomia e
adquiram experiências importantíssimas para o trabalho docente. A licenciatura em pedagogia visa
o preparo de um professor polivalente e competente em suas diversas funções, o PIBID oferece o suporte teórico e prático para aprendizado desse futuro professor. A observação e a elaboração dos jogos
nos oferecem suporte para a pesquisa, que utiliza autores como Piaget e Vygotsky para compreender a
importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem, e para o desenvolvimento das estratégias
que serão utilizadas dentro desse processo. Portanto, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação
à Docência oferece experiências únicas e que norteiam os futuros professores em seu papel dentro da
sala de aula e como professores pesquisadores.
Palavras-chave: Aprendizado. Lúdico. Formação docente.
JOGO PEGA-VARETAS: ALFABETIZAÇÃO EM
MATEMÁTICA
Daniele Cristine Ferreira; Luana Alexandra Valença; Tatiane Moretto de
Oliveira; Tatiane Lopes da Silva
Orientadores: Ana Paula Ponce Ribeiro Germanos; Miguel Gomes Martins
A atividade foi desenvolvida pelos alunos do sub-projeto do Pibid em Pedagogia da UNISO na
escola da rede estadual de Sorocaba, no Ensino Fundamental Integral Estadual Laila Galep Sacker,
com alunos do 2º. ao 4º. ano. Os alunos selecionados pelos professores para participar das atividades
do PIBID são os que possuem maior grau de dificuldade. A atividade desenvolvida tem por objetivo
conhecer e apropriar-se do uso do material dourado nas somas dos diferentes resultados das varetas.
As regras do jogo foram explicadas, cada aluno pode retirar um palito de cada vez e ao retirar sem
mexer os demais palitos tem o direito de jogar mais uma vez na mesma rodada. Toda vez que o jogador
retirar um palito deve trocar o valor do mesmo, pela quantidade equivalente no material dourado. O
principal objetivo do jogo é conquistar a maior pontuação, ao final os resultados devem ser somados e
comparados. Os objetivos propostos para o jogo foram atingidos. Houve muita interação entre os alunos. Os mesmos se apropriaram das regras e desenvolveram a atividade com o mínimo de intervenção
necessária. Pudemos observar o desenvolvimento deles durante as trocas, a concentração para a retirada das varetas e a finalização da tarefa. Concluímos que a atividade foi bastante satisfatória, pois, após
essa atividade a utilização do material dourado tornou-se constante nos novos jogos desenvolvidos.
Palavras-chave: Jogo. Concentração. Educação matemática.
licenciatura de artes visuais
licenciatura de pedagogia
licenciatura de pedagogia
licenciatura de artes visuais
A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA NO PROCESSO DE CRIAÇÃO
COM A MÍDIA ELETRÔNICA NA E.E. DE EDUCAÇÃO DE
TEMPO INTEGRAL JOSÉ ROQUE DE ALMEIDA ROSA
Bianca Beatriz Monteiro Faria; Bianca Yoshiko Sumida; João Eduardo
Nóbrega Tortello Júnior; Laís Fernanda Alexandre
Orientadores: Tania dos Santos Boy; Camila Domingues Simões
O projeto consiste em compreender a colaboração da experimentação da linguagem midiática no
ambiente escolar com a criação de um vídeo de animação. A pesquisa desenvolvida como uma pesquisa-ação ocorreu em várias etapas seguindo do desenho, a coloração, o escaneamento até a criação
de um vídeo de animação com a utilização do programa de computador: Windows Movie Maker e o
aplicativo de celular: KlipMix. Seguindo o pensar de Ana Mae Barbosa e Alberto Lucena Junior, o projeto proporcionou aos discentes a experiência estética visual propositiva daquele que faz e não apenas
recebe o produto midiático formando uma visão crítica na recepção da informação.
Palavras-chave: Arte-educação. Estética visual. Vídeo.
A PERCEPÇÃO CONSCIENTE NO PROCESSO DE
CRIAÇÃO NA E.E. JOSÉ ROQUE DE ALMEIDA ROSA
Lidiane Brenand Ribeiro; Guilherme André Silva; Carlos Siqueira Junior; Bianca Beatriz Monteiro Faria; Bianca Yoshiko Sumida; João Eduardo Nóbrega Tortello Júnior; Laís Fernanda Alexandre
O projeto de Artes desenvolvido com alunos do 8º ano apresentou várias técnicas de pintura e colagem aos discentes que puderam, posteriormente, criar suas próprias obras de arte. A pesquisa buscou
incentivar variadas vivências, leituras e releitura de obras e artistas da história da arte. O projeto se
desenvolveu como uma pesquisa-ação seguindo a proposta da pesquisadora Fayga Ostrower no desenvolvimento da percepção consciente de cada indivíduo envolvido no processo de criação artística.
Palavras-chave: Arte-educação. Percepção consciente. Processo de criação.
A METODOLOGIA TRIANGULAR NO ENSINO DA ARTE
NO PROJETO “EU SOU O ARTISTA”
Dayane De Nadai; Sarah Heloisa Arruda; Tainara Martinsons Machado
O projeto realizado com alunos da 8 ª série da E.E. José Roque propôs aos discentes o processo de criação do desenho à materialização em forma de boneco com diversos materiais. A investigação desenvolvida
como uma pesquisa-ação ocorreu em várias etapas nas quais os alunos puderam fluir, contextualizar e criar
seus objetos artísticos. A pesquisa se desenvolveu seguindo as propostas de Ana Mae Barbosa e Reily proporcionando um processo lúdico e socializante na formação de cada estudante.
IV SEPED
mestrado
Cotidiano escolar
Tempo e espaço na educação infantil pública:
inventando possibilidades
Ana Cristina Baladelli Silva1
Orientadora: Profª Drª Alda Regina Tognini Romaguera
Como ser um(a) profissional da educação infantil sem obedecer a um modelo escolar, nem no
conteúdo, nem no espaço, nem no tempo? Como esse(a) novo(a) profissional inventaria outras
possibilidades, comprometido com o conhecimento, para garantir a construção das infâncias? De
que diferentes maneiras poderia redimensionar o cotidiano da/na educação infantil pública permitindo que as crianças construam suas identidades, suas culturas, sua realidade social através
do seu protagonismo? Refletindo e pesquisando sobre esse novo profissional, e, principalmente,
sobre as crianças enquanto atoras-arteiras e com base nas pesquisas da autora e professora Dra.
Ana Lúcia Goulart de Faria, se buscará encontrar novas formas de organizar o tempo e espaço na
educação infantil pública numa tentativa de modificar o modelo escolar que vinha sendo seguido. O início será alterar e retirar o mobiliário da sala, modificando a rotina, além de observar o
trabalho e as crianças. O que se pode concluir dessa reflexão é que é possível sair desse “formato
escolar” da educação infantil, contestando a ideia de que esta etapa seja apenas um “degrau” para
a fase de escolarização, proporcionando às crianças pequenas o direito de serem protagonistas
de sua infância. Os objetivos são proporcionar momentos de conhecer com e pela brincadeira no
espaço e no tempo e exercitar o protagonismo infantil e a ludicidade. Como metodologia e sem
descartar o planejamento da rotina nem os tempos e espaços indicados na instituição, passou-se
a modificar o espaço interno, retirando as cadeiras e deixando apenas as mesas que se tornaram
casas e castelos para os jogos simbólicos. A sala passou a ter cantos de fantoches, desenhos, letras
móveis, lousa, giz, túnel, amarelinha, fazendinha, super-heróis, princesas, borboletas e máscaras
de animais e personagens fictícios. O espaço externo também foi utilizado como momentos de
aprendizagem para as descobertas e criações no ar, na terra, na areia, com os insetos, árvores, frutas, folhas e brinquedos. Os resultados esperados são os de garantir através desse processo o protagonismo infantil nas brincadeiras, nas criações, na liberdade em escolher as atividades diárias,
a constituição de um coletivo infantil que decorre do encontro entre os conhecimentos gerados e
a forma como os jogos simbólicos os ressignificam.
Palavras-chave: educação infantil, tempo, espaço, jogos simbólicos.
Produção textual no Ensino Médio:
desafios e perspectivas
Glaucia Campos
Orientadora: Alda Regina Tognini Romaguera
A prática da escrita é essencial nos dias atuais. Não saber escrever exclui o indivíduo de muitas práticas de comunicações sociais importantes. O domínio da escrita de textos dissertativos é
essencial para que o indivíduo possa se expressar de forma coerente, posicionando-se como sujeito crítico frente a diversos assuntos. Ao produzir um bom texto dissertativo, o sujeito-produtor
1 Todas as pesquisas foram desenvolvidas pelos mestrandos e doutorandos do Programa de PG em Educação da UNISO.
deve ser capaz de organizar seus pensamentos e defender seu ponto de vista, argumentando de
modo a convencer o leitor. No universo escolar há muitos desafios encontrados pelos professores
de Língua Portuguesa no que diz respeito às aulas de produções textuais. O papel do professor,
enquanto mediador, parece-nos claro. Entretanto, o professor está preparado para esta função,
conduzindo seu aluno no processo de produção? O papel do professor deve ser o de orientador.
Mas, como agir diante dos desafios que lhes são impostos? Sabendo da impossibilidade da solução de todos os problemas que circundam este universo do cotidiano escolar, propomo-nos a
pensar estratégias para que o professor de Produção Textual possa repensar sua prática, apurando
seu olhar, tentando ver além do que o mundo da utilidade nos propõe. Procurar-se-á confrontar
comparativamente duas visões com relação ao ensino de produção de texto no Ensino Médio: uma
mais tradicional, voltada ao seguimento rígido de uma sequência didática que se mostra falha em
alguns aspectos; e uma menos rígida, voltada para práticas mais dinâmicas, com significado mais
próximo da realidade dos alunos. A partir desta comparação de práticas docentes, serão feitas
algumas reflexões que podem auxiliar o professor de Produção Textual, e de outras disciplinas,
a pensar sobre os objetivos das atividades de produções textuais, como são feitas as correções,
os impactos destas correções nas produções futuras dos alunos e por que muitas vezes não se
alcançam os objetivos esperados. Não há soluções definitivas para os problemas do cotidiano
escolar, pois ele é dinâmico e efêmero. Ele é novo a cada dia. Dissolve-se e escorre por entre as
mãos. Não é palpável. O cotidiano lida com as pessoas, com as emoções, com os sentidos, com as
relações afetivas. Nossa missão, como educadores é abrir caminhos, brechas, possibilidades neste
cotidiano, tal como um bandeirante desbrava a mata, um mistério, um desafio... Cada dia um novo
dia, novas possibilidades.
Palavras-chave: Ensino Médio. Produção de Texto. Autonomia. Estratégias de Ensino.
O jogo do corpo, o corpo no jogo: uma
abordagem com a Metodologia Angel Vianna
Laura Helena Jamelli de Almeida
Orientadora: Alda Regina Tognini Romaguera
Este trabalho apresenta algumas experiências de arte-educação e de interpretação a partir do
conceito de educação somática na perspectiva da Metodologia Angel Vianna (MAV), que trabalha
com a conscientização do movimento e com jogos corporais. Tem por objetivo demonstrar que
tal metodologia, a interpretação em dança e a educação encontram-se em íntima ligação no que
concerne ao uso dos jogos corporais e cênicos, para promover o conhecimento corporal. Entende
a arte como encontro de subjetividades, no processo em que se dá o autoconhecimento, através
de aprendizagens de todo o tipo, diluindo as fronteiras entre arte e educação, na medida em que
há uma conexão com a vida. Essas experiências fundamentaram outras práticas com alunos da
Educação Básica, na disciplina de Arte, que prevê o ensino de áreas que contemplem o corpo como
forma de expressão.
Palavras-chave: Educação. Corpo. Arte. Metodologia Angel Vianna.
373
A CAMINHO DO PORTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
SOBRE INVESTIGAÇÃO DA METODOLOGIA DE
PESQUISA EM EDUCAÇÃO MAPEAMENTO SOCIAL
DE NARRATIVAS
Silvia Cavalcante Lapa Lobo
Orientadora: Profª Drª Eliete Jussara Nogueira
Este trabalho tem o objetivo de relatar a experiência de estágio de doutorado pelo Programa Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE – CAPES), realizado na Faculdade de Psicologia e Ciências da
Educação, da Universidade do Porto – Portugal, no período de abril a outubro de 2015. O conhecimento
que se buscou ampliar foi em relação à metodologia da pesquisa científica em educação, especificamente, em uma abordagem no campo da análise de conteúdo através do Mapeamento Social das
Narrativas. Nesses meses de estudos buscou-se: 1. levantar fontes bibliográficas; 2. elaborar estado da
arte; 3. realizar uma pesquisa biográfica com professoras de uma escola de educação infantil; 4. realizar
a análise de conteúdo e o mapeamento social dessas narrativas compondo um dossiê sobre toda a
experiência vivida, contando com a co-orientação da professora Drª Fátima Pereira, permitindo, assim,
mostrar como as ideias sobre a infância são construídas. A experiência de conhecer a metodologia do
Mapeamento Social das Narrativas possibilitará sua aplicabilidade na tese de doutorado que está em
andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba e que pretende
investigar as concepções de infância, educação infantil e avaliação que professores que trabalham com
essa modalidade de ensino da rede municipal de Sorocaba apresentam em seus discursos.
Palavras-chave: Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior. Mapeamento Social de
Narrativas. Avaliação na Educação Infantil.
Educação superior
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL: DIREITO
SOCIAL E BEM PÚBLICO
Raquel Motta Calegari Monteiro
Orientador: Prof. Dr. Pedro Laudionor Goergen
Trata-se de projeto de dissertação sobre o tema da educação inclusiva como direito social. Faz-se
necessário o entendimento das normas que regulam a educação, pois a existência de direitos subjetivos relacionados ao tema coloca-se como importante elemento de afirmação dos direitos do cidadão
frente ao Estado, garantindo, um meio de conferir efetividade dos preceitos constitucionais. Tem-se
por objetivo interpretar a esparsa legislação que rege a matéria, praticamente silente na defesa da
educação inclusiva e argumentar – como metodologia jurídica – sobre os embates entre os problemas
e as limitações do sistema jurídico. Abarca-se o desafio da profissão docente, conhecendo-se e evidenciando-se as fronteiras entre a produção do ensino e da pesquisa e a prática na educação no âmbito da
educação especial, através de análise das normas vigentes e entrevista semiestruturada com professores que lecionaram ou lecionam para alunos portadores de necessidades especiais. Buscar analisar o
que muda, ou não, na prática docente, identificando se esses saberes têm contribuído para a prática pe-
374
dagógica e para o crescimento pessoal/profissional desses professores que trabalham ou trabalharam
com alunos de educação especial. Assim, na dissertação pretende-se investigar um dos vários aspectos
que incluem o complexo tema da Inclusão. O tema foi escolhido em comento do número de matrículas
no Ensino Superior em todo país, que cresce à medida que se aumenta a oferta de instituições; além
disso, há o incentivo à demanda, tendo em vista o discurso que vincula o avanço do nível de escolaridade ao acesso ao mercado de trabalho ou à ascensão a melhores posições no mesmo. Ao mesmo tempo,
a legislação do país começa a garantir o acesso a pessoas com deficiência no Ensino Superior. A pesquisa proposta analisa a inclusão como forma de rupturas e busca de alternativas viáveis, pois também
é certo que todos têm o direito de alcançar mais altos níveis de escolarização. Por esse motivo a pesquisa dessas informações e formação dos docentes e sobre resultados alcançados pelas experiências
de inclusão já vivenciadas pelas instituições de ensino em geral, devem ser pensadas, no sentido de
oferecer conhecimentos mais profundos no que se relaciona ao aluno deficiente. A dissertação propõe
discutir não só as modificações que as demandas por inclusão de deficientes provocam no cotidiano
do professor, mas entender como estas se dão, quais são as atuais realidades desse professor relativas
ao tema da inclusão, considerando que a inclusão exige rupturas e ainda, tentar buscar de alternativas
viáveis. Não se pode sugerir que os direitos dos diferentes devam ser diferentes dos demais, caso
contrário, não seriam tratados com igualdade, como detentores de direitos. O fato das pessoas serem
diferentes, ou deficientes, não as exclui da condição de sujeitos sociais, portanto, os direitos subjetivos
individuais devem ser respeitados.
Palavras-chave: Inclusão, legislação, direito social, educação superior, bem público.
História e historiografia
UM COLÉGIO, UMA CIDADE, UM MINISTÉRIO:
A REFORMA CAPANEMA
Dênio Mágno da Cunha
Orientadora: Jane Soares de Almeida
Esta pesquisa aborda período significativo da história da educação brasileira. Tempo compreendido entre a segunda e a quarta década do século XX, marcado pela reforma Francisco Campos, pela
Revolução de 30, pela criação do Ministério da Educação e Saúde Pública e construção de sua sede,
pelo movimento da Escola Nova, pelo embate da presença do ensino religioso nas escolas e entre o
ensino público ou privado, pela politização da educação como instrumento de adequação social, encerrando-se na Reforma Capanema. O motivo é a convivência e os laços de amizade criados entre o
Ministro Gustavo Capanema e seu Chefe de Gabinete Carlos Drummond de Andrade durante o curto
período como estudantes no Colégio Arnaldo Jansen (Belo Horizonte), a convivência na cidade e a
ação desenvolvida por eles e por aqueles que gravitaram ao redor durante 1934-1945. Destacam-se as
características do “jeito de ser mineiro”, conhecido como mineiridade, no trato da coisa pública, na
negociação, na construção e alcance dos resultados políticos. Na composição desse quadro, utiliza-se
a descrição da vida no Colégio Arnaldo, seus valores, suas características de natureza religiosa e pedagógica a partir de referência Jesuítica em análise comparativa com as orientações pedagógicas da
Congregação Verbista (Verbo Divino); a convivência social de época no ambiente da capital mineira
nas reflexões dos personagens históricos e seus memorialistas. Na ação desenvolvida por Capanema
junto ao Ministério, lançam-se mãos de documentos oficiais, estudos históricos sobre o tema e análises
do período Getulista. Na demonstração da transformação provocada pela gestão do Ministro, funda-
375
menta-se na legislação e outros relatos. Espera-se com este trabalho lançar luz sobre um lado político
das transformações pelas quais passou a educação no Brasil a partir da instalação do Ministério da
Educação e Saúde Pública assim como destacar o papel da vida colegial na formação da amizade que
uniu dois importantes nomes da educação e da cultura no Brasil. Ao final, traça-se um paralelo entre
passado e presente da definição das políticas educacionais no País.
Palavras-chave: Reforma Capanema. História da Educação Brasileira. Colégio Arnaldo Jansen.
Conservatório Maestro Henrique
Castellari: História e Memória (1966-2016)
Marcelo de Souza Leite
Orientadora: Jane Soares Almeida
O presente artigo é um recorte da pesquisa de Mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-graduação pela Universidade de Sorocaba. Tem como objetivo realizar um levantamento sobre a História
da Música e a memória do Conservatório Municipal Maestro Henrique Castellari, na cidade de Salto,
interior de São Paulo. Como procedimentos metodológicos utilizará de depoimentos orais e escritos
de alunos e professores. Espera-se desvelar as situações de aprendizagem da música pelos alunos e se
as intervenções do professor, fortalecem e consolidam uma vivência da arte, escapando do hedonismo,
da superficialidade e do constructo do mundo contemporâneo. Ao considerar a lei 11.769, que traz a
obrigatoriedade da música na educação básica, alguns dilemas frente a formação dos profissionais que
trabalham com elas nas escolas são considerados. Há relevantes questionamentos sobre a pertinência
da referida lei e o destino das escolas específicas de arte. Espera-se que as propostas de ensino de
música nas escolas de educação básica sejam consistentes, porém sem deixar de dar o devido valor
a essas escolas, que, no contexto histórico, possibilitaram a efetivação de aprendizagens da música.
Diante do exposto, acredita-se que a aprendizagem da música, seja nas escolas de educação básica,
denominada como espaços formais, seja pelos Conservatórios, só será real e consolidada se considerar
a diversidade da textura social da qual fazemos parte.
Palavras-chave: História da Música. Conservatório Maestro Henrique Castellari. Memória.
doutorado
Cotidiano escolar
O RELETRAN na Universidade de Sorocaba:
Análise do seu impacto na construção de
processos comunitários através das
narrativas dos participantes
Ariane Diniz Silva
Orientador: Marcos Antonio dos Santos Reigota
O RELETRAN na Universidade de Sorocaba: Análise do seu impacto na construção de processos comunitários através das narrativas dos participantes. Nosso trabalho está relacionado com a tese de doutorado
376
em educação em realização na Universidade de Sorocaba que procura analisar como que o projeto RELETRAN foi experimentado e avaliado pelos participantes do curso que oferecemos em 2014 denominado
Práticas sociais e processos comunitários. A pesquisa em realização tem como base empírica as narrativas
dos alunos e dos colaboradores do referido curso. Após cada encontro realizado, voluntariamente, os alunos e os colaboradores nos enviavam uma narrativa sobre suas observações do que havia sido discutido e
experimentado nas atividades daquela semana. Era do conhecimento de todos que essas narrativas seriam
utilizadas na parte empírica da tese que procura observar, entre outros objetivos, o impacto do RELETRAN
na ampliação do capital simbólico na Universidade de Sorocaba; o papel de uma universidade comunitária
na ressignificação da pedagogia freireana no tempo presente e os processos de construção e consolidação
de processos comunitários através das práticas pedagógicas e sociais cotidianas. Uma das autoras com a
qual dialogamos, Inês Barbosa de Oliveira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, observa que as narrativas possibilitam a contextualização dos espaços dos acontecimentos e das personagens com as quais
aprendemos cotidianamente. Dessa forma consideramos, com os demais pesquisadores e pesquisadoras
que utilizam as narrativas nos seus trabalhos empíricos, que as narrativas contribuem para a compreensão de múltiplas realidades, cotidianos e ambientes constitutivos da sociedade em que vivemos e que elas
expressam possibilidades epistemológicas e políticas. Como já observamos a tese em realização procura
observar como que o RELETRAN contribui para que Uniso reafirme e reveja seu papel e identidade de
universidade comunitária. Segundo Aldo Vannuchi a missão de uma Universidade comunitária está profundamente relacionada com a vida cotidiana e com a possibilidade de transformação das injustiças sociais.
Segundo esse autor as Universidades comunitárias devem procurar corroborar e revelar, a todo o momento,
um conjunto de convicções e de motivações fundamentais na vida cotidiana relacionadas com os conhecimentos, experiências e necessidades da comunidade. Outra questão da tese é como o trabalho realizado na
capacitação pode ressignificar a pedagogia freireana já que a capacitação não foi desenvolvida dentro dos
moldes padrões de um curso de extensão. Tivemos um curso nômade, sendo que cada encontro acontecia
em uma instituição diferente (escolas, universidades, centros comunitários, centros culturais, reservas ecológicas). Esses locais foram sendo definidos ao longo do próprio curso tendo como base as redes anteriores
e as redes que foram sendo formadas pela convivência e construção de noções como comunidade. Tentamos inserir algumas temáticas ambientais como: carona solidária, reciclagem, reutilização e diminuição do
consumo. Conforme Emilio Moran a solução para esses problemas ambientais encontra-se dentro de nós
e está intimamente ligada a nossas escolhas. Então outras perguntas surgem qual é a dimensão política
pedagógica da capacitação? Qual é a dimensão da discussão dessas temáticas ambientas em capacitações
em cursos de extensão em universidades comunitárias?
Palavras-chave: reletran, práticas sociais, pedagogia freireana, universidade comunitária
UMA MIRADA PELA JANELA: CARTOGRAFIA DE
PRÁTICAS DISCURSIVAS SOBRE SEXUALIDADES
NÃO NORMATIVAS NO COTIDIANO ESCOLAR
Eder Rodrigues Proença
Orientador: Marcos Antonio dos Santos Reigota
O presente trabalho é produto da pesquisa realizada no Programa de Doutorado Sanduíche no
Exterior (PDSE – CAPES), entre abril e setembro do presente ano, junto à Universidade Autônoma
de Barcelona, sob co-orientação do Professor Doutor Lupicinio Iñiguez-Rueda. O intuito foi construir
uma cartografia a partir das narrativas de professor/pesquisador de universidades de Portugal e Espanha que problematizam temas relacionados às questões de gênero e sexualidades não normativas
em confluência com o cinema. Como recurso metodológico foram realizadas entrevistas abertas e conversas do cotidiano seguindo as pistas de Peter Spink (2008). Ao traçar as trajetórias dos professores/
pesquisadores em suas interfaces acadêmicas, políticas e, inclusive, artísticas, elegeu-se produções do
cinema que provocam debates sobre práticas discursivas no campo das sexualidades não normativas
engendradas no cotidiano escolar. A partir dessa mirada e com a atenção voltada às conversas produzidas nesse deslocamento intercontinental, ressalta-se a potência da produção cinematográfica em
encontros singulares com o outro (de mim e de nós), subvertendo normas e discursos heteronormativos, que assolam o cotidiano escolar e legitimam preconceitos e estigmas contra as diferenças, em
favor de práticas discursivas onde o respeito contemple a todos, numa outra cartografia de vida, onde
o colorido da alteridade se torne bandeira e possa ser mirada, sem julgamentos, em/de todas as janelas.
Palavras-chave: Cartografia. Práticas discursivas. Sexualidades não normativas. Cotidiano
escolar. Cinema.
A Pedagogia Waldorf pode ser Salutogênica? Razões e caminhos no/do cotidiano
escolar
Ms. Elaine Marasca Garcia da Costa
Orientadora: Profª Drª Vilma L. Nista-Piccolo
O fazer cotidiano pode ser apontado como um elemento “fiel” da própria natureza humana. Neste contexto se inserem os modos e características de cada pessoa ou grupo para lidar com processos de aprendizagem inclusive os relacionados à saúde. Esta pesquisa pretende identificar práticas pedagógicas vivenciadas
em Escolas Waldorf como um dos caminhos possíveis de ações geradoras de saúde, inseridas no cotidiano
escolar. Busca-se compreender como se constituiu a cosmovisão de Rudolf Steiner que o levou à sistematização da Ciência Antroposófica, da qual deriva a Pedagogia Waldorf, atualmente presente em 5 continentes, em mais de mil escolas. O trabalho tem início com estudos que conceituam o cotidiano, interpretado
em sua historicidade, ou seja, sugerindo a legitimação das práticas cotidianas de homens e mulheres “comuns” como passíveis de conhecimento genuíno e significativo. São apontados caminhos para “driblar” as
imposições do poder do forte, verificadas inclusive no cotidiano escolar, bem como na condução da própria
vida. A relevância dessa pesquisa encontra-se na urgência de um aprendizado de práticas docentes que
possam conduzir à promoção, manutenção e geração de saúde, como o que propõe o novo conceito de
Salutogênese, e suas interfaces com a promoção de saúde, vivenciadas no cotidiano escolar. Esse aspecto
está contemplado nas propostas da Pedagogia Waldorf, tanto em sua concepção quanto em sua aplicação
prática. O método adotado na pesquisa se pauta numa abordagem qualitativa do tipo descritiva, apoiandose em técnicas como: observações de aulas, entrevistas com professores, incluindo a aplicação de um Questionário do Senso de Coerência (QSOC) como fio condutor do conceito de Salutogênese. Esse instrumento
tem sido utilizado em inúmeras pesquisas, traduzido em 33 idiomas e validado no Brasil pela Profª Drª
Rosana Dantas, em seu trabalho na USP/Ribeirão Preto no ano de 2007. Espera-se poder identificar ações
condizentes com as proposições apresentadas pelas teorias estudadas, e assim, interpretá-las e divulgá-las
à comunidade acadêmico científica com fins educacionais.
Palavras-chave: Pedagogia Waldorf. Promoção de Saúde. Salutogênese. Antroposofia.
Cotidiano.
378
DIFICULDADES E FACILIDADES NA APRENDIZAGEM
DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN
Lilian Pinto Amaral
Orientadora: Vilma Lení Nista-Piccolo
A Síndrome de Down (SD), também conhecida como trissomia do cromossomo 21, é a alteração cromossômica mais frequente observada em recém-nascidos, com uma incidência de 1 em cada 660 nascidos
vivos. De acordo com estudos atualizados 94% dos casos estão ligados à trissomia completa do cromossomo 21; o restante ocorre por translocação ou anormalidade cromossômica. A trissomia completa parece
estar relacionada à idade materna avançada. Uma das principais características encontrada é a deficiência
intelectual, relatada como uma dificuldade da criança com SD. Por conta desse contexto o objetivo desta
pesquisa é identificar e interpretar quais são as dificuldades e possíveis facilidades presentes no cotidiano
escolar dessas crianças em relação à sua aprendizagem. A investigação se dá no ensino fundamental, nas
redes formais de ensino, da cidade de Sorocaba. A abordagem metodológica é qualitativa por ter como
característica sua inserção num contexto natural e cotidiano. Para confrontar a visão teórica, as técnicas
investigativas são: observação das crianças em situação de aprendizagem e entrevistas semiestruturadas
com todos os envolvidos com essa criança no âmbito escolar, além dos pais e delas próprias. A análise dos
dados obtidos ocorrerá em três etapas: descrição, redução e interpretação. A pesquisa está em fase de coleta
das informações com toda fundamentação teórica já desenvolvida.
Palavras-chave: Síndrome de Down. Deficiência Intelectual. Cotidiano Escolar.
Educação superior
Soldados de Loyola – Uma análise do
humanismo nas práticas discursivas da
Pedagogia Inaciana em IES na América Latina
Andrea Sanhudo Torres
Orientador: Prof. Dr. Pedro L. Goergen
O projeto para o desenvolvimento da tese “Soldados de Loyola: uma análise do humanismo nas
práticas discursivas da Pedagogia Inaciana em IES na América Latina” propõe problematizar de que
forma universidades mantidas pela Companhia de Jesus na América Latina inter-relacionam as práticas discursivas acerca do humanismo e gestão universitária, tendo como base o paradigma pedagógico inaciano e as tendências mercadológicas contemporâneas que envolvem a Educação Superior. O
estudo objetiva identificar, entre o discurso humanístico e o discurso mercadológico e suas práticas,
qual tendência se estabelecerá? Quais as possibilidades de apenas uma tendência se estabelecer e
quem se beneficia? Humanidade ou Mercado? Para o desenvolvimento da tese, são analisadas quatro universidades jesuítas na América Latina, a Pontificia Universidad Javeriana, na Colômbia, a Universidad Católica de Córdoba, na Argentina, a Universidad Católica Andrés Bello, na Venezuela, e
Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Brasil. A metodologia aplicada está centrada em pesquisa
bibliográfica e pesquisa documental, a partir da Análise de Discurso. O corpus de análise é composto
por textos variados, como Plano de Desenvolvimento Institucional, Planejamento Acadêmico, Missão
e Visão, - das quatro universidades a serem estudadas -, que circulam em diferentes suportes, sobre um
mesmo tema, conceito ou acontecimento, considerando assim a noção de formação discursiva em sua
379
heterogeneidade. O projeto apresenta-se estruturado em três etapas de análise: descrição dos enunciados; relações entre sujeitos; e a construção de sentidos. Os resultados parciais apontam a presença das
orientações inacianas nos documentos analisados, mas adaptados às diferentes realidades econômica,
política, social e cultural de cada país.
Palavras-chave: Humanismo. Pedagogia Inaciana. Educação Superior
380

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