Larissa Chern 11 de setembro
Transcrição
Larissa Chern 11 de setembro
Larissa Chern 11 de setembro Lucas - Se isso é o que você quer, estarei apoiando você – senti um aperto no coração ao ouvir a resposta de Alice. Como eu poderia deixá-la? Como eu viveria sem tão beleza, doçura e altruísmo em minha vida? Valeria a pena trocar o amor de minha vida por deveres militares pelo bem da minha nação? - Não se esqueça que eu sempre estarei pensando em você no meio dos escombros das Torres Gêmeas. Eu nunca conheci alguém tão especial que pudesse mudar minha vida de tal maneira como você mudou. Eu te amo, Alice –senti que estava prestes a desmoronar quando vi uma lágrima correndo pelo rosto de minha amada. Esta única lágrima foi seguida por várias outras, incessantemente. - Mas como nós ficamos? – sussurrou ela, depois que seu colapso passou pelo clímax. – Nós nem sabemos o que acontecerá com você. Não sabemos quando você volta... – disse ela entre soluços. Suas bochechas tinham linhas pretas dado ao rímel que havia escorrido de seus cílios. Abruptamente ela se joga em meus braços, e foi nessa posição que permanecemos. Horas ou dias podem ter passado. Não sei ao certo. Só sei que nenhum de nós se afastou. O pensamento de não saber quando teria ela em meus braços novamente me fazia apertá-la mais forte ainda; e eu sei que ela sentia o mesmo. - Quando? Perguntou ela, finalmente quebrando o silêncio. - Amanhã de manhã. O sargento recebeu o comunicado do quartel americano hoje. Ele disse que o estrago foi imenso e quanto mais rápido a assistência chegar, melhor. – enquanto eu respondia sua pergunta, Alice apenas afirmou com a cabeça, tirou seu broche preferido de seu vestido e o colocou na manga de meu suéter de lã verde. O broche era feito de pequenas pedras brancas que brilhavam, quando em contato com luz. Alice Ao chegar em casa corri para meu quarto e sentei no canto da parede, trazendo meu joelho em direção a meu peito. Estava em estado de choque. Como eu poderia ter o amor da minha vida e estar completamente feliz e no próximo segundo, PUFF! Lá se vai ele. Estava tão preocupada com o que poderia acontecer com ele... Talvez eu nem o visse mais. Hoje poderia ter sido o último dia. Não poderíamos nos ver no dia seguinte, pois ele sairia muito cedo. Não lembrava de ter caído no sono, mas quando acordei o relógio indicava 2 da tarde. Meu amor já tinha ido embora há muito tempo. Um vazio tomou conta de minha alma. Ao abrir a porta de meu quarto para ir à cozinha, ouvi um baralho na sala. Cheguei lá e vi algo brilhante seguido de um suéter verde e um cabelo castanho escuro.