VOCÊ NO CORREDOR

Transcrição

VOCÊ NO CORREDOR
ANO 1 - N0 12 - julho 2014
O que acontece com a gasolina dentro do motor
Distribuição gratuita em São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e nas principais motoescolas do Brasil
Para quem pilota legal
VOCÊ
NO
CORREDOR
Como superar
o trânsito e
não se arriscar
com a sua moto
Quais as motocicletas mais
vendidas dos principais fabricantes
S
TI
Á
GRNA SUA
SCOLA
MOTOE
Sem medo do corredor
Q
uem olha o trânsito de São Paulo já
se acostumou com as motos. Elas são
comuns em meio as nossas ruas sempre tão congestionadas. Passando
entre os carros levam trabalhadores,
estudantes, donas de casa, jovens,
adultos e idosos que usam a moto como uma
ferramenta de libertação. Sim, libertação!!!!
Digo isso por comparar a agonia de um congestionamento com uma prisão, afinal ninguém merece passar horas e horas parado
dentro de um carro, ônibus ou trem.
Quem usa a moto diariamente sabe quanto
é bom não se preocupar se haverá ou não congestionamento. Mas isso não quer dizer que a
Revista MotoJornal apoia os malucos que arriscam suas vidas correndo em meio aos carros. Na verdade, nosso intuito é mostrar aos
novos motociclistas que a moto deve ser usada
com bom senso.
Para isso publicamos uma matéria especial
falando somente de corredores. Pode parecer
simples, mas rodar entre os carros exige técnica e muita prudência. São várias dicas de
situações típicas do cotidiano que o aluno de
motoescola encontrará pela frente quando tiver sua CNH e começar a usar sua moto. Com
pequenos cuidados ele poderá se safar de acidentes e muitas dores de cabeça.
Ficamos felizes em ajudar a difundir esses cuidados, outro motivo de grande alegria
é a parceria que fechamos com o Sindicato
das Auto Escolas e Centro de Formação de
Condutores do Estado de São Paulo (Sindautoescolasp). Graças ao apoio da diretoria da
entidade teremos condições de desenvolver
matérias ainda melhores e chegar a um número maior de futuros motociclistas.
Boa leitura!
Cicero Lima
Reportagem
Carlos Bazela e Roberto Brandão Filho
Diretores
Aldo Tizzani Coppedé
[email protected]
Arthur H. Caldeira
[email protected]
Editor
Cicero Lima
[email protected]
Publicidade e marketing
Aldo Tizzani Coppedé
[email protected]
(11) 2574-6737
Tiragem desta edição
10.000 exemplares
Projeto Gráfico
Felipe Lamas
Jornalista responsável
Aldo Tizzani Coppedé – MTB 23.914-SP
Arte
Marco A. Ponzio
Assessoria Jurídica
Márcio Luiz Henriques
Fotografia
Doni Castilho e Mario
Villaescusa
Gráfica e acabamento
Meltingcolor
www.motojornal.com.br
MotoJornal é uma publicação mensal da Infomotor Comunicação Integrada LTDA destinada
aos motociclistas recém habilitados. Distribuída
gratuitamente nos principais CFC (Centro de Formação de Condutores) de São Paulo e Fortaleza.
É expressamente proibida a reprodução de reportagens, matérias e artigos publicados nesta edição.
As matérias assinadas são de responsabilidade de
seus autores e não representam, necessariamente,
a opinião e os interesses da revista MotoJornal.
Infomotor Comunicação Integrada Ltda
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Paraiso – são Paulo (SP) - 01323-000
Apoio
AGORA SUA CG VEM
COM 3 ANOS DE GARANTIA.
MAS ACEITE A IDEIA
DE QUE TALVEZ VOCÊ NEM
PRECISE USAR.
*
Respeite os limites de velocidade.
*Válido para motocicletas modelos Fan e Titan 2014 e data de venda a partir de 1º de dezembro de
2013. Fornecimento de óleo válido a partir da 3ª revisão. Consulte as concessionárias participantes.
É bom saber
Mercado
As campeãs
Nariz eletrônico
Confira os modelos mais vendidos noprimeiro
semestre pelas marcas líderes no Brasil
Saiba o que é sensor de oxigênio e o
quanto ele é importante para sua moto
H
U
onda, Yamaha, Dafra e Suzuki lideram o
ranking de emplacamentos no País. Basta olhar nas ruas que é possível notar o
maior número de motos da marca Honda, que
tem como líder de vendas a CG 150. Em segundo lugar vem a Yamaha que tem na Factor
YBR 125 seu carro-chefe.
Por sua vez Dafra e Suzuki disputam palmo a
palmo a terceira posição. No caso da Suzuki a
campeã de emplacamentos é o scooter Burgman
125i. Para encerrar o "top four", a street Riva
150 é a moto de melhor desempenho de vendas
da linha Dafra.
Honda CG 150
Yamaha YBR
Suzuki
Burgman 125i
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Confira o
total de
emplacamentos
entre janeiro
e junho
Câmara de combustão:
dados obtidos pelo sensor
de oxigênio permitem que o
combustível seja injetado na
quantidade ideal
011
2.
6
1
1
.5
m dos componentes vitais para que as
motos equipadas com injeção eletrônica de combustível tenham perfeito funcionamento é o sensor de oxigênio. Você tem
razão se achar o nome estranho e até complicado, mas a função do sensor é muito simples
porém fundamental.
Antes de qualquer coisa, é importante saber
que o movimento do motor ocorre por conta
da queima de combustível dentro da câmara
de combustão. Se essa queima não for feita de
forma eficiente a moto pode gastar muito combustível, apresentar perda de potência e poluir
o meio ambiente.
Para haver uma queima perfeita é preciso
equilíbrio entre a quantidade de ar e combustível que é injetada dentro do motor (na câmara de
combustão). Quando existe muito combustível e
pouco ar é chamada de mistura “RICA”, quando
existe pouco combustível e muito ar é chamada
de mistura “POBRE”. Os dois casos são danosos, para a moto e o meio ambiente.
Para analisar as condições da mistura existe o sen-
es
ad
id
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Dafra
Riva 150
veja mais em
www.motojornal.com.
br
sor de oxigênio ou sonda
lambda. Um equipamento
que é instalado junto ao
escapamento e analisa
a quantidade de oxigênio presente nos
gases após a queiSensor de
oxigênio ou sonda
ma. Com base
lambda, simples e
na quantidade de
fundamental
oxigênio presente é
possível saber se a mistura está rica ou pobre.
Feito isso, a ECU – unidade eletrônica responsável por controlar o funcionamento da moto –
regula a quantidade de combustível injetado na
câmara de combustão. Quando a mistura está
pobre o módulo aumenta o tempo de injeção de
combustível, quando a mistura está rica – o módulo reduz o tempo de injeção de combustível.
Outra função do sensor de oxigênio é auxiliar
a ECU a detectar qual o tipo de combustível é
usado nas motos flex.
Especial
O corredor
é para
todos
A moto permite
economizar tempo e
dinheiro quando o piloto
consegue se desvencilhar
dos congestionamentos.
Bastam alguns cuidados
para não haver problemas
Texto Cicero Lima/Fotos Agência Infomoto
O
s congestionamentos nas pequenas e
grandes cidades vêm batendo recordes.
Em São Paulo é comum haver mais de
200 quilômetros de trânsito travado. Nessa condição quem está de moto leva grande vantagem.
Além de ganhar tempo e economizar dinheiro
o piloto se livra do enorme estresse que é ficar
preso no carro ou no transporte público. Para os
recém-habilitados pilotar entre os carros não é
uma tarefa fácil. Muitos ainda ficam nervosos
por conta da insegurança e a passageira falta de
habilidade.
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9
Especial
Divulgação
Não existe uma fórmula mágica para resolver a situação. É preciso enfrentar seus medos
tendo alguns cuidados para não se envolver
em acidentes. A medida que o novo motociclista vai acumulando experiência o temor
diminuirá de forma natural.
A insegurança de andar no corredor pode provocar reações bem diferentes nos motociclistas.
Os mais ousados enfrentam a situação sem medo
e tornam-se vulneráveis, enquanto os mais temerosos têm menos chances de se envolver em acidentes. Ou seja, o medo está diretamente ligado a
uma atitude mais defensiva. É preciso encontrar
um meio termo e pilotar com segurança respeitando o seu limite pessoal e, ao mesmo tempo, sem
atrapalhar os outros motociclistas e motoristas.
moto. Vale ressaltar que seu uso é obrigatório
e rodar com o farol apagado, mesmo durante o
dia, é uma infração gravíssima – (artigo 244).
Farol aceso
Ponto cego
Seja qual for o seu caso, o farol aceso é
uma obrigação do motociclista. Na maioria
das motos o piloto não consegue desligá-lo,
mas em alguns modelos existe a chave on-off.
Muitos recém-habilitados acham que o farol
deve estar ligado apenas durante a noite o que
é um erro, já que o farol tem a função de alertar
motoristas e pedestres para a aproximação da
Mesmo com o farol aceso a moto pode estar
escondida nos chamados "pontos cegos". São
áreas como as laterais dos automóveis ou mesmo na parte traseira onde a visão do motorista
é bloqueada pelas colunas do carro. Evite o
ponto cego. Uma dica: se você consegue ver
os olhos do motorista no retrovisor, significa
que sua moto está visível .
O farol aceso é obrigatório a qualquer hora,
ele garante que o motorista veja a moto.
Evite rodar no ponto cego do carro (à dir.),
pois o motorista não enxerga a moto
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Especial
Nunca circule entre o ônibus e a calçada
Na direita? Jamais!
O risco de ser fechado por um veículo que
entra à direita é muito grande, pois o motorista não espera que uma moto passe entre o carro (ou ônibus) e a calçada. Os acidentes mais
comuns acontecem em entradas de garagens e
estacionamentos.
vimentação dos pedestres que também significam um risco ao piloto e sua moto. O mesmo
cuidado deve ser tomado ao passar por estações
do Metrô ou trem. Os pontos de ônibus também
exigem atenção redobrada já que as pessoas tendem a atravessar a rua correndo ao ver o ônibus
parado ou se aproximando do ponto.
Estacionamentos, postos etc..
Entrada de supermercados, igrejas, posto de
combustível ou comércio com grande circulação de pedestres e veículos exigem toda a atenção do motociclista. São comuns mudanças
abruptas de direção por parte dos motoristas
que, ao ver a entrada do estacionamento, mudam de direção de forma repentina. Cabe ao
motociclista se proteger reduzindo a velocidade
e prestando atenção ao entorno, inclusive a mo12
Entradas de ruas e locais de comércio exigem
cuidado por conta da movimentação de carros
Especial
Na saída de farol deixe os motocilistas
mais rápidos seguirem na frente
Dê passagem
Os novatos não têm a obrigação de dar passagem no corredor, porém não custa facilitar
a ultrapassagem por um motociclista que se
aproxima em maior velocidade. Antes de realizar a manobra, sinalize com a seta e deixe
os mais apressados seguirem em frente. E não
tente segui-los, afinal ele têm mais habilidade
(e menos juízo).
Infelizmente os acidentes envolvendo somente motos tornaram-se cada vez mais comuns. Em sua maioria são colisões laterais
quando uma das motos entra no corredor.
Lembre-se: ao entrar no corredor tome o máximo de cuidado, evite entrar na frente de um
veículo de grandes proporções como caminhões, picapes, vans e SUV´s. Se não houver
uma visão perfeita não realize a manobra, espere o trânsito andar se posicione e tenha certeza que não vem nenhuma moto no corredor.
Liberado ou não?
Segundo o artigo 192 do Código Brasileiro de
Trânsito (CBT) é preciso guardar distância lateral
e frontal entre os veículos. Aos olhos da
lei, trafegar no corredor não é permitido.
Recentemente um projeto
de lei 3626/12, que
proibiria as motos
de passar entre os
carrosa, foi vetado.
Ou seja: trafegar pelo
corredor é uma questão
de necessidade dos
motociclistas e bom-senso
dos legisladores.
Na chuva tudo muda
Em meio aos congestionamentos, principalmente quando está chovendo, os espaços entre os
carros ficam mais apertados. Os motoristas parecem disputar qualquer palmo de asfalto e fecham
os outros veículos. Uma situação que exige atenção redobrada do motociclista devido ao risco de
ser espremido entre os automóveis. Por conta da
chuva os motoristas têm a visão comprometida e
podem por em risco você e sua moto. Antes de
realizar qualquer manobra tenha a certeza que o
motorista está vendo sua moto, principalmente se
for um veículo de grandes proporções.
Não siga a ambulância
No corredor, ou fora dele, facilite a ultrapassagem
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Outra situação bastante delicada é a aproximação de veículos de emergência como ambulâncias e viaturas de polícia ou bombeiros. O
maior risco é ser fechado por algum motorista
que muda de faixa de maneira abrupta para dar
passagem. É comum ver motociclistas tentando
ultrapassar a ambulância e acabam disputando
espaço com esses veículos. O ideal é dar passa-
Na chuva os motoristas têm a visão prejudicada
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Buzina contra seta
Veículos grandes
Muitos motociclistas acham que o fato de buzinar é o bastante para garantir sua segurança.
Basta um carro dar a seta, indicando sua necessidade de mudar de direção, que alguns motociclistas buzinam e impedem a manobra. O ideal é
permitir que o automóvel mude de direção.
Devido as diferenças de tamanho , a convivência entre moto e caminhão é bem difícil.
Enquanto a moto faz manobras rápidas e com
muita visibilidade o caminhão demora para
mudar de direção e grande parte das vezes o
Visitante perdido
São Paulo é uma das capitais que mais recebem visitantes de todo o País. Seja a trabalho ou
passeio, muitas pessoas dirigem em nossas ruas
e correm o risco de se perder ou realizar manobras bruscas para não errar uma entrada. Fique
atento as placas dos automóveis, se ver que é de
outra cidade tome cuidado, principalmente nas
avenidas de grande fluxo.
Para desviar dos ambulates, os carros invadem a
outra faixa e atrapalham a circulação das motos
Controle a velocidade no corredor para
haver tempo de reação, ao lado, mantenha
distância de ambulâncias,
gem a ambulância e esperar que o trânsito volte
ao normal. Somente quando os veículos retornarem às faixas é seguro andar no corredor.
Lá vem fechada
Ao transitar entre os carros e uma faixa estiver mais rápida que a outra fique atento pois
existe a chance de algum motorista mudar de
faixa a qualquer momento. Isso acontece na ânsia de aproveitar uma brecha entre os carros e
ganhar alguns metros. O mais indicado é se posicionar no centro da faixa, como se fosse um
automóvel, garantindo assim que os motoristas
vejam a moto. O mesmo posicionamento pode
ser adotado quando o trânsito estiver fluindo.
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Ao ver a seta acionada fique atento e prefira dar passagem ao motorista
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Lince
Não se arrisque entre dois veículos grandes, a chance de não ser visto é grande
motorista tem a visibilidade comprometida.
O mesmo se aplica aos ônibus. Ao passar ao
lado desses veículos o motociclista deve levar
em consideração que ele não está sendo visto.
Outro cuidado deve ser tomado com cordas e
outros equipamentos do caminhão que podem
enganchar na moto e derrubá-la. Lembre-se:
jamais ultrapasse um ônibus pela direita.
Ambulantes
As vias movimentadas se tornaram uma fonte de renda para ambulantes, artistas de rua e
pedintes. Em algumas avenidas eles circulam
entre os carros oferecendo suas mercadorias.
Muitos já estão acostumados com o elevado
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fluxo de motos e dão até passagem, mas o problema são os carros que invadem o corredor
para desviar dos ambulantes. Essa situação
é mais comum em avenidas que estão costumeiramente congestionadas. Outra situação
de risco é a presença de cadeirantes ou portadores de necessidades especiais circulando
entre os carros. Por isso, cuidado redobrado!
Pode parecer que são muitos cuidados mas
tenha certeza que, com o passar do tempo,
se tornam um hábito e serão feitos de forma
automática. Quando o motociclista chega nessa fase ele aprende a manter uma velocidade
compatível com o fluxo e nem percebe que o
medo acabou.
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