cobertura especial - Revista Laticínios
Transcrição
cobertura especial - Revista Laticínios
2011 Expomaq COBERTURA ESPECIAL Expomaq Fonte de inovação para atender crescimento do setor Realizada em bom momento da economia brasileira e fase de expansão do setor de leite e produtos lácteos, a 39ª Expomaq foi considerada a melhor dos últimos anos, na avaliação da maioria dos expositores e participantes. O volume de negócios realizados nesta edição atingiu cerca de R$ 140 milhões, calculados sobre projeções feita pelas empresas expositoras, valor avaliado como 20% maior que no ano anterior. O tradicional evento aconteceu de 12 a 14 de julho, no Expominas, em Juiz de Fora, e atraiu um público de 14 mil pessoas, visitantes considerados de alto nível, composto por profissionais especializados e tomadores de decisão em suas empresas, segundo observação dos expositores. O ano de 2011 foi especial também para o 28º Congresso Nacional de Laticínios, que aconteceu em paralelo à feira, na sede do ILCT (Instituto de Laticínios Cândido Tostes), e surpreendeu a organização pelo interesse dos profissionais do setor pelas atividades e temas pro- 62 postos. Foram 300 inscritos, número que superou as expectativas dos organizadores. Novidades não faltaram na Expolac – 38ª Exposição de Produtos Lácteos, onde as indústrias anteciparam as novidades que, em breve, serão conhecidas pelos consumidores. Com um mercado incorporando cada vez mais produtos inovadores, neste ano, a mostra contou com cerca de 800 produtos lácteos, entre eles, vários tipos de queijos, doces, manteigas, iogurtes e bebidas lácteas. No fechamento do evento, o público presente participou de coquetel de encerramento e pode conhecer os vencedores do tradicional Concurso Nacional de Produtos Lácteos, com a participação de 63 laticínios de vários estados brasilei- ros. Os produtos foram avaliados em suas características de sabor, odor, textura, apresentação e consistência por 30 juízes. O prestígio que a mostra realizada em Juiz de Fora já adquiriu no setor laticinista e a presença dos laticínios em busca de novas tecnologias fez o evento crescer consideravelmente neste ano. O próprio pavilhão da Expominas, inaugurado em 2007, já ficou pequeno para o número de expositores, porém apesar do crescimento em volume e exigindo mais esforços em logística por parte dos organizadores, a mostra e o congresso para laticinistas devem permanecer em Juiz de Fora, afinal há uma tradição a preservar e mineiros valorizam especialmente esse aspecto, além da importância que o evento representa para a economia da cidade. Palestras e minicursos O 28º Congresso Nacional de Laticínios foi um sucesso de público interessado no conteúdo dos temas explorados. A área científica do congresso apresentou 15 palestras e seis minicursos, contando com a presença de pesquisadores, estudantes e técnicos do setor, que discutiram temas e estudos sobre segurança alimentar e rastreabilidade, novas tendências em análise sensorial, cálcio em queijos, indicadores de qualidade, entre outros assuntos atuais do mercado de lácteos. O tema central escolhido para o congresso deste ano foi: “Qualificação, fator determinante para o sucesso do setor laticinista”. O crescimento do Brasil esperado para os próximos anos foi o motivo da escolha do tema. A indústria sabe que a produção deverá aumentar e um fator limitador está na qualificação profissional em todos os níveis, desde a produção até a gerência. “Por isso, trouxemos profissionais de universidades, outras entidades, a exemplo do Ministério da Agricultura e da iniciativa privada, possibilitando a discussão do tema com vistas à realidade do mercado. Dessa forma, pode ser avaliado o que a indústria precisa e o que as instituições de pesquisa e outras entidades podem fazer para adaptar seus trabalhos para atender à crescente demanda e necessidades das indústrias”, explica Ítalo Tuler Perrone, pesquisador e professor da Epamig. Este foi o primeiro ano em que houve inscrição antecipada para as palestras e cursos, algumas atividades tiveram as vagas preenchidas dois meses antes do evento. Não foi possível atender todos os que queriam participar, pois os anfiteatros do ILCT comportam 260 pessoas e a instituição ainda conseguiu aumentar a capacidade, no máximo, para 300 pessoas. Perrone: esclarece que: “todos os cursos e palestras tiveram salas completas. Tivemos uma demanda muito acima de nossa capacidade e, infelizmente, não foi possível atender a todos que pretendiam participar”. A transferência do congresso para outro local não é cogitada pelos organizadores, pela tradição, já que o congresso foi iniciativa do instituto e também porque os ex-alunos gostam de retornar para o local para reciclar, quando já estão trabalhando em empresas do setor. “Por outro lado, aqui o evento não concorre com a feira, as pessoas ficam mais concentradas nas palestras científicas e não dispersam”, afirma Perrone. Para 2012, a Comissão Científica lançará um site, onde os interessados poderão conferir as novidades sobre o congresso, terão conhecimento do tema central e dos trabalhos que serão explorados nas palestras e minicursos. 63 Expomaq Local cativo A Expomaq foi transferida para o Expominas, em 2007, com o objetivo de atender melhor e com mais espaço, porém a expansão do setor de laticínios, nos últimos anos, associada à tradição da Expomaq, acarretaram o aumento de empresas participantes. A cada ano, são mais expositores interessados em participar da mostra e já foi necessário estender o espaço do Expominas, com um pavilhão adicional para uso temporário, para comportar novos expositores. As dimensões do espaço para área para palestras no ILCT também está pequena para o número de profissionais que buscam as atividades científicas durante o congresso. Diante desse quadro, o presidente da Epamig, Antonio Lira Bandeira, afirma que não há previsão de os eventos serem transferidos, por exemplo, para Belo Horizonte. “Estes eventos não podem ser vistos de forma isolada, pois existe um contexto institucional e de tradições envolvidas. São de grande importância porque têm foco no leite, um produto com cultura secular na região e que, em Minas Gerais, compartilha o podium com o café, outro produto de destaque no Estado”, afirma Bandeira. O Instituto de Laticínios Cândido Tostes existe há 76 anos e tornou-se um símbolo de estudos relacionados ao leite em Minas 64 Gerais. “Já formou muitos alunos e pesquisadores, hoje, de destaque no setor, contribuindo muito para a qualidade de leite e derivados no Brasil. O ILCT tornou-se ponto de encontro de pesquisadores da área. Além disso, tirar esses eventos de Juiz de Fora seria um prejuízo muito grande para a cidade, que durante o congresso e Expomaq, tem seus negócios alavancados pelos serviços de hotelaria, restau- rantes, transportes, entre outros serviços relacionados à hospitalidade”, acrescenta Bandeira. Em 2010, houve uma tentativa de colocar no mesmo espaço da Expomaq, as atividades científicas do congresso e a feira, porém, segundo os organizadores, não deu certo porque os pesquisadores têm outros interesses e preferem ficar no ILCT. Neste ano, a organização procurou colocar algumas facilidades à disposição dos participantes, uma delas foi o horário do congresso na parte da manhã e a feira, à tarde, outra foi o transporte gratuito do ILCT para o Expominas para aqueles que pretendiam visitar a feira. “No passado, a própria transferência da Expomaq e Expolac para outro local enfrentou resistências, porém o volume de expositores cresceu muito e houve necessidade de buscar um local maior, que comportasse a evolução das mostras”, complementa Gerson Occhi, chefe do Centro de Ensino do ILCT. Porém, ele ratifica que o congresso científico permanecerá nas dependências do instituto, pois esse vínculo é importante para os alunos, que têm no congresso muita motivação e são, inclusive, estimulados pela instituição a terem contato com as empresas que participam das palestras e cursos. Antonio Lira Bandeira Gerson Occhi Inovação em produtos O pavilhão Expominas acolheu também a mostra da Expolac, que já se tornou referência do que as indústrias estão desenvolvendo para o setor. “A ideia da Expolac é reunir várias empresas do setor lácteo do Brasil e mostrar as tendências de mercado para profissionais da área e consumidores. Temos produtos inovadores que vieram, desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte”, comemora Nelson Tenchini, chefe do Centro de Administração, Produção e Comércio do ILCT. Na exposição foi possível ver doce de leite que sai das variações tradicionais, trazendo, por exemplo, morango na sua composição; requeijão de chocolate com avelãs; queijos que vêm em pequenas porções, apontando a tendência de consumidores single; embalagens de queijos que chegam com cores fortes ou ver queijos em latas, que podem ser personalizadas; seguindo a procura dos consumidores por saudabilidade, alguns queijos apresentados foram produzidos com Ômega 3 em sua formulação ou manteiga light com fitosterol, extrato vegetal eficaz na redução dos níveis de colesterol e até o tradicional Romeu e Julieta no Queijo Goiaba, com mussarela e goiabada juntos. Entre as novidades, foi apresentado um desenvolvimento do ILCT, o queijo Morbivinho, uma combinação do tipo Morbier, elaborado com leite de vaca não cozido, não prensado e vinho. Super queijo Queijo Tropical 65 Expomaq Rica em novidades para o setor Com grande número de visitantes em busca de equipamentos, insumos e serviços para as indústrias de laticínios, a Expomaq, com seus 290 stands, atendeu às expectativas de um público especializado ao mostrar novas tecnologias e recursos disponíveis no mercado de fornecedores de soluções. Os expositores mostraram satisfação com os resultados da feira. “Participamos, há oito anos, da Expomaq e esta edição surpreendeu muito. Em 2010, vendemos seis máquinas na feira e, neste ano, já foram 10, com possibilidade de chegar a 12 vendas. Tivemos visitantes de todo Brasil e o Nordeste mostra-se muito importante agora, pois a área de lácteos está se desenvolvendo agora na região”, afirmou Paulo Sérgio G. Nascimento, diretor da Hiper Centrifugation. A empresa apresentou centrífugas industriais para os segmentos de leite, sucos, cervejas, óleos vegetais, biodiesel e indústria química. Neste ano, a companhia está importando máquinas da China e a Unit Separator, sua sócia norte-americana, é responsável pela montagem e inspeção dos equipamentos para a Hiper Centrifugation comercializar na América do Sul. Os expositores de “primeira viagem” também comemoram a decisão de aportarem na feira de Juiz de Fora. Em sua primeira participação na Expomaq, a Serac apresentou seu último lançamento, o equipamento para envase de potes de alimentos e bebidas, que tem como ponto alto a precisão no processo em embalagens de polipropileno. “Viemos para esta feira por recomendação de expositores antigos e comprovamos que é o principal evento para o setor de lácteos no Brasil. Os resultados em visitação e interesse de profissionais responsáveis por decisão nas empresas foram acima de nossas expectativas e, certamente, estaremos presentes na feira, em 2012”, enfatizou Rony Arlt, diretor comercial da empresa. A evolução do evento foi apontada pelos expositores. “Além da presença de nossos clientes e grande número de visitantes, percebemos o amadurecimento do evento de forma geral, que apresentou bases mais firmes e melhor redesenhada a cada ano que passa, além de mais envolvimento e comprometimento do organizadores”, ressaltam Helio Alvarenga Filho, 66 diretor da Jandaplast, e Rafael Cassoli Alvarenga, consultor técnico e Aloysio de Castro Franco, da área de vendas. Durante a feira, a empresa destacou suas inovações para formas para queijos, entre elas para o tipo parmesão de 5 e 7 kg; formas microperfuradas com dimensões menores, em atenção a um mercado que busca mais opções e diversidade de produtos; maior variedade de modelos e medidas aos tubos para ricota e formas para gorgonzola e gruyère 12/13 kg, com versatilidade também para a formagem de queijos emmental e dinamarquês. Outras empresas retornam ao evento, com a Interozone. “Ficamos fora da Expomaq por algum tempo, mas como, nos últimos dois anos, fomos muito procurados por profissionais e empresas do setor de lácteos, voltamos para mostrar que estamos ativos no mercado”, destaca Nivaldo Benassi, gerente geral da empresa que fabrica aparelhos com ozônio para eliminação de mofo na área de produção de queijos. Por não ser tóxico e não deixar resíduos, o ozônio é eficiente para eliminar bactérias e fungos, que deixam, inclusive, odor desagradável nos ambientes onde são produzidos ou armazenados. A Interozone anunciou na feira sua parceria com a WAP, que incorporou a tecnologia do ozônio em suas máquinas, que lavam e desinfetam, sem utilização de outros produtos químicos. A parceria permitiu a construção de um processo de higienização com baixo custo e sustentável do ponto de vista do meio ambiente. Aqueles que retornam, acabam permanecendo. A GEA Westfalia Separator do Brasil havia dado uma pausa em sua participação na Expomaq, no início dos anos 90. “Retornamos em 1998 e, deste então, somos testemunhas da expansão da feira e do setor de lácteos. Fazemos parte desse processo e temos orgulho de ter ajudado, seguindo rigorosamente os critérios da sustentabilidade, a construir esse desenvolvimento com nossos equipamentos, tecnologia e princípios”, ressalta Iloi Wasen, gerente de vendas da GEA Westfalia Separator do Brasil. “Estamos com projeto para reestruturar nossas atividades no mercado, colocando foco nas vantagens técnicas dos equipamentos e aos processos para a indústria de laticínios”, afirma Wasen. Os equipamentos da empresa priorizam aproveitamento de matéria-prima, reduzem os custos de operação, melhoram a qualidade dos produtos e possibilitam novas alternativas de negócios. A centrífuga EcoPlus, por exemplo, é uma das soluções da empresa que possui esses atributos. São centrífugas compactas com dispositivos de alta performance, como acionamento por variador de frequência e o sistema Pro + para uma vazão de 3 mil a 15 mil litros. O Pro+ está também nas desnatadeiras e bactufadoras/degerminadoras de 15 mil a 70 mil litros por hora, desde 2003. O Pro+ é um dos desenvolvimentos mais importantes da última década, já que contribui, através das mais de 750 centrífugas instaladas, desde 2003, com este dispositivo, em uma redução nos processos de clarificação, higienização e bactofugação de mais de 75 milhões de litros de leite/ano. “Com o crescimento que observamos na produção de leite no Brasil, os subprodutos, como soro e creme excedente, além dos queijos frescos, como o Quark, o iogurte grego, com todas suas variações ganham cada vez mais importância, Oferecemos soluções agregadoras de valor e de atrativo retorno de inversão”, ressalta Wasen. A organização do evento também foi reconhecida e Joel Bertol, da Ricefer, que destaca: “entre as feiras frequentadas por nossa empresa, a Expomaq é exemplo de organização e seriedade. A cada ano que passa mantém os mesmos padrões de qualidade em todos os aspectos do evento. É oportunidade ímpar de estar em contato com as pessoas ligadas diretamente às empresas e que tem poder de decisão”. Nesta edição o Grupo Ricefer manteve foco nos reservatórios de estocagem e de processos, plantas de concentração e secagem de leite e soro. Com as exigências cada vez maiores dos órgãos ambientais em relação ao destino do soro produzido, as plantas de concentração e secagem vêm ao encontro do setor como forma de gerar renda extra de uma matéria que é negativa do ponto de vista ambiental e que gera custos elevados para os laticínios no seu destino. “Participamos da Expomaq há mais de 10 anos, esta foi a melhor feira e contou com um público bem definido. A participação em feira é uma das melhores formas de comunicação com nossos clientes atuais e potenciais. Eles têm possibilidade de analisar a qualidade Expomaq de nossos equipamentos e de receber informações complementares”, informa Fernando Gomes, diretor da Delgo. Neste ano, a empresa metalúrgica apresentou seu novo equipamento, o Delgo 2000-2 para envase em copo plástico de requeijão, manteiga, doce de leite, creme e coalhada, em copos plásticos. Os diferenciais do lançamento são: seu projeto simples, construção robusta, detalhes de acabamento no padrão exclusivo Delgo, precisão de dosagem e facilidade de operação e manutenção. A Multivac levou para a mostra um modelo para atender a demanda por termoformadoras compactas, de baixo custo e com baixo consumo de energia, que pode ser utilizada para produtos fatiados. Trata-se da termoformadora R095, que tem produtividade de 7 a 14 embalagens por minuto, dependendo da configuração. O equipamento pode ser utilizado para produtos fatiados. “Recebemos pessoas certas e como na feira temos preços promocionais, o evento foi muito bom para nós e já foi possível concretizar vários negócios”, informou Fátima Monteiro, gerente de vendas da Trevi. A empresa levou para a mostra seu filtro rotativo para soro de leite, que tem como diferencial a separação do líquido do sólido com mais eficiência e aproveitamento maior do soro do leite. Apresentou também a Máquina de Bolinhas de Mussarela, que executa a forma redonda no tamanho que o cliente necessita. 68 O contato direto foi valorizado por Regiane Petrim, da Artvac, que enfatizou: “como todos os anos, as expectativas em relação ao público visitante foram atendidas e o retorno após o evento foi muito satisfatório. Participamos há vários anos da feira e a cada edição, o resultado tem sido mais gratificante. Acreditamos no contato direto com nossos clientes e em parcerias sólidas, por essa razão, o resultado é tão proveitoso. O lançamento levado pela empresa para a mostra foi o material laminado com estrututa diferenciada para o setor frigorífico. O produto é composto de sete barreiras de proteção e alto brilho, proporcionando até duas vezes mais durabilidade e maior destaque em ponto de venda. A Artvac destacou ainda os rótulos termoencolhíveis (sleeves), com alta definição flexográfica e que permite design 360o, um sistema inovador para atrair consumidores. Entre outros desenvolvimentos em equipamentos das empresas nacionais foi possível conhecer a mais recente inovação da Sheron Beak, que levou a Hiper Láctea, máquina totalmente automática para envase de requeijão culinário com embalagem de bico dosador, que data, sela, enche e separa as bisnagas. Se comparado com os métodos tradicionais, o equipamento é dez vezes mais rápido na produção. Além de maior segurança para o operador e mais higiene, a nova máquina permite reduzir custos na produção com matéria-prima da embalagem e com mão de obra. Paulino da Silva, diretor da empresa, explica que: “Não existia uma máquina para embalar de forma 100% automática o requeijão culinário com bico e nossa empresa faz muita pesquisa para verificar o que o mercado precisa, por isso, investimos nesse desenvolvimento que também contribui para não desperdiçar o produto embalado, seja requeijão, doce de leite, creme de leite, entre outras opções”. A WGM apresentou sua nova parceria com a Eurodia, lançando equipamentos para desmineralização de soro de queijos para obtenção de produto com maior valor agregado com muitas possibilidades de aplicações como ingrediente. Paulo Perez, assistente técnico da empresa, ressalta que: “a edição deste ano da feira teve como particularidade maior participação de diretores e gerentes de laticínios, que foram atrás de soluções pontuais para suas indústrias”. A Injesul levou para a Expomaq formas para queijo montanhês e gruyere, uma solicitação de clientes da empresa e também queijeira de Minas Frescal em novo processo e agilidade na entrega. Foi apresentado também o Tanque de Resfriamento revestido de polietileno e com aço inoxidável na parte interna. “Esse equipamento inovador da Injesul já é bem aceito pelo mercado. Atualmente, fabricamos para 100 a 500 litros, mas para 2012, teremos para 2000 litros e já temos pedidos para as novas dimensões“, informa Lucia Noronha da Cruz, diretora de RH da empresa. Expomaq “Esta feira é essencial para nós. Aqui encontramos os principais profissionais do setor lácteo e, há três anos, saem negócios durante a feira. Percebemos dois movimentos em curso, o aumento da capacidade de produção do setor e renovação. A Expomaq é um ótimo fórum para falar em inovação e mostrar nossa tecnologia em segurança alimentar”, afirma Pedro Gonçalves, gerente de produtos – plataforma da Tetra Pak. Entre as novidades apresentadas pela empresa no evento estão as embalagens cartonadas Tetra Prisma Aseptic 330 com tampa DreamCap; Tetra Brik Aseptic 1000 Edge, Tetra Brik Aseptic 200 Edge nas versões com canudo e com tampa HeliCap. A empresa expôs também a primeira garrafa cartonada asséptica, a Tetra Evero Aspetic, recém lançada mundialmente. No stand da empresa, os visitantes puderam conferir conceito de tecnologias do futuro em 70 vídeo apresentado em3D, além de conhecerem com mais detalhes a tecnologia de Rastreabilidade Ativa, desenvolvida pela Tetra Pak. A Tech Tex aproveitou para levar uma série de novidades para a Expomaq, entre elas, a notícia de diversas parcerias com empresas do setor, como ITR, Hanna e Akso, além de convênio com a UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), que têm como objetivo desenvolvimento de tecnologia e inovação para o setor. Entre os lançamentos, a empresa destacou o Cloro Super, que por ser em pó e substituir o cloro líquido, necessita menos tempo de estocagem, menor custo em transporte e menos desperdício, rendendo com 7 gramas, 20 litros de cloro a 200 ppm, oferecendo a possibilidade de dosar a concentração de acordo a necessidade. Outra novidade foi a Bomba Dosadora BL20, que traz agilidade e precisão na dosagem de produtos químicos, aliando o aumento da eficácia com o máximo de praticidade. Foi apresentada ainda a primeira versão do Banho Maria Tex Tech, desenvolvido e fabricado pela empresa, que terá controle digital com alta precisão, otimizando o controle de temperatura do banho. Aconteceu também durante o evento, o lançamento oficial do Milk Tech, equipamento de última geração para o controle de fraudes no leite por adição de água e reconstituintes. Portátil e simples o Milk Tech pretende revolucionar o mercado. Para João Karlos Talarico, do SAC soluções da empresa, “a Expomaq foi um marco para a Tex Tech, pois representou o início de uma nova era da empresa, que pretende revolucionar o mercado com o desenvolvimento de inovações tecnológicas que devem gerar uma série de equipamentos, processos e soluções voltadas para o setor de leite e derivados. A empresa vem buscando parcerias que tendem a colaborar no desenvolvimento de novos produtos. Durante o evento, nosso stand teve muita atenção de visitantes importantes por conta do Milk Tech, fruto de uma parceria com a UFJF.” Foi possível notar a preocupação de empresas de todos os segmentos em desenvolver seus equipamentos e demais produtos que de alguma forma, promovam sustentabilidade. Uma delas atua diretamente nessa área, a Hidrozon, que apresentou na feira seu novo sistema de Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), equipamentos para laticínios, como secadores, processo de maturação e tanques para salmoura. “Temos preocupação em melhoria contínua da tecnologia aplicada em tratamento de efluentes, reduzindo a carga poluidora gerada, minimizando o impacto ambiental. Nossos contatos, durante a feira, foram um sucesso, tivemos muitos novos interessados em nossos produtos”, explica Poliana Gomes, assistente comercial da empresa. Laboratórios e serviços Foi grande a presença de empresas da área de laboratórios e as principais mostraram seus produtos na Expomaq. A Neogen, que instalou sua filial no Brasil, em 2011, esteve na feira apresentar seus novos produtos ao público e, segundo Josué Furtado Filho, gerente geral da empresa, o retorno foi muito bom, ao estabelecer contato com vários clientes e saiu com oportunidades de novos negócios, que devem ser efetivados no pós-feira. A Neogen divulgou no evento seus kits para detecção de antibiótico no leite, o Beta Star e o Sistema Soleris para teste de esterilidade de leite UHT, utilizado para análises rápidas na liberação do produto. “A Expomaq é um cartão de visitas para o ano todo para nossa empresa. Por isso, viemos de Londrina (PR) para marcar nossa presença no evento. Já fizemos contatos que devem se transformar em novos negócios fechados até o final da feira”, informa Leonel C. Campana, diretor de tecnologia da Entelbra. A empresa levou para mostra seus analisadores de leite ultrasônicos, o Lactoscan SLP, equipamento portátil e compacto para uso em laboratório e em campo, que possibilita resultados em 60 segundos e o Lactoscan MCC e seu produto carro-chefe, o Minilak, crioscópio eletrônico que detecta adulteração pela adição de água no leite. 71 Expomaq Com novidade veio também a Hexis na feira, trazendo seu Epic, equipamento que reduz a quarentena para produtos UHT. Os equipamentos similares, normalmente, retêm os produtos por sete dias para análise de qualidade e com o Epic, o resultado é obtido em 36 horas. “A otimização do tempo evita que o produto fique parado por período mais longo, contribuindo com o giro do dinheiro na produção, além de garantir a segurança alimentar dos produtos”, enfatiza Vinicius Pereira Bártoli, coordenador de vendas da empresa. 72 Além de apresentar seus produtos na Expomaq, a Cap-Lab lançou a cartilha “Boas Práticas de Laboratório” dirigida aos profissionais que atuam em laboratórios de controle de qualidade de leite e derivados. A cartilha tem o objetivo ser um guia prático e básico que orienta procedimentos nas rotinas de trabalho em laboratórios, abordando normas de segurança, cuidados com esterilização de vidrarias, materiais e meios de cultura para utilização em laboratórios de microbiologia, aferição e correção de soluções alcoólicas, acidentes mais comuns, primeiros socorros e reorganização da área de trabalho, entre outras informações uteis para aqueles que atuam na área. “Esta é uma feira muito importante para todos que atendem o setor e após o evento, geralmente, temos ótimos resultados”, afirma Iran Gustavo Mattos, consultor de negócios da empresa. Soluções para higienização nas indústrias também puderam ser conhecidas pelos visitantes. A Diversey destacou seu sistema de limpeza de membranas, que otimiza o processo de limpeza e desinfecção, proporcionando segurança nas operações. Seu diferencial está na limpeza em etapa única para pasteurizadores e evaporadores. A tecnologia dos produtos é sustentável, minimizando o impacto ambiental, permite economia de água e energia, além de reduzir o consumo de químicos. Egle Sales Duarte Souza, da Diversey, explica: “hoje, temos a possibilidade de mostrar na Expomaq mais que um produto químico, mas um sistema de soluções de higiene e limpeza e sustentabilidade. Como os laticínios estão se profissionalizando, temos como contribuir com a eficiência e alta tecnologia de nossos sistemas”. A Ecolab foi à Expomaq para levar seu lançamento, um programa abrangente e soluções integradas para a indústria de laticínios, desde a captação até a própria indústria. “A partir da ordenha e coleta até o produto acabado, temos soluções e equipamentos para higienização e segurança alimentar de alimentos. Como a Expomaq é a maior feira para o setor e temos produtos e equipamentos para atender o mercado nacional, marcamos pela segunda vez a presença de nossa empresa no evento. Na primeira vez, viemos com stand mais modesto e, nesta edição, aumentamos nosso espaço e valeu o investimento, pois foi um evento surpreendentemente muito bom. No Instituto Cândido Tostes, tivemos contato com profissionais da área acadêmica, que buscam informações e pudemos mostrar a tecnologia de nossos produtos”, explica Luciano Godoy, analista de marketing da empresa. Esta feira foi diferente de anos anteriores, quando havia muitas pessoas não relacionadas ao setor e classificamos como boa nossa participação”. A BKG teve oportunidade de boas reuniões com clientes atuais e com novos interessados em distribuição de seus produtos. Natalia sugere: “seria necessário haver um espaço pequeno no Expominas para algumas palestras técnicas, alinhadas com os interesses do público daquele espaço e naquele momento. As palestras no ILCT têm cunho científico e seria interessante promover outras palestras no mesmo local de exposição”. Ingredientes e soluções Com o mercado de consumo aberto a novos produtos, o suporte das indústrias de ingredientes é essencial, que estão atentas às tendências das várias vertentes do mercado de lácteos e levaram para a Expomaq soluções aprimoradas para produtos já existentes e também para a criação de novas categorias. Os expositores do segmento constataram as expectativas dos visitantes e Natalia Amâncio, do marketing da BKG, apontou: “Observamos a presença de empresários e profissionais do setor de lácteos interessados e mais alinhados com um mercado globalizado. Expomaq “Há cinco anos, participamos da Expomaq porque representa um mercado muito importante para nossa empresa e queremos crescer nesse segmento. Temos um portfólio focado na indústria de lácteos e oferecemos soluções customizadas para nossos clientes”, afirma Débora Sesti, do marketing da área de cacau e chocolate da Cargill. Três produtos novos foram apresentados na feira pela Cargill. Seguindo as tendências de minimizar a quantidade de sódio, a empresa mostrou seu achocolatado em pó de cacau com baixo teor de sódio. Outra novidade apresentada foi o Bianco Mix, que permite várias aplicações em sobremesas lácteas. Trata-se de um sistema elaborado com manteiga de cacau que preserva o verdadeiro sabor do chocolate branco para bebidas lácteas UHT, sobremesas refrigeradas, milk shakes, coberturas, recheios de bolos e doces. Para a categoria de bebidas lácteas fermentadas, a Cargill mostrou seu preparado de damasco e cereais, agregando ao produto os benefícios das fibras dos cereais. Protótipos de produtos onde foram aplicados estabilizantes da nova linha para lácteos da Vogler Ingredients foram apresentados no stand da empresa durante a Expomaq. Os visitantes puderam 74 conhecer as aplicações do Innostab Belfliq e Innostab Belfmix para uso em leites fermentados líquidos e colheráveis, respectivamente, que previnem a separação de soro, além de proporcionar mais viscosidade no produto aplicado. Também foram apresentados o Innostab Achoc e Innostab Achocpremium, estabilizantes para bebidas lácteas achocolatadas submetidas ao processo UHT, que conferem corpo, palatabilidade, além de manter o cacau em suspensão na bebida. Para queijos petit suisse, a empresa trouxe Innostab Petitmix, um mix de proteína e hidrocolóides que auxilia a indústria no processamento desse tipo de produto. Já o Innostab Dairycream 20 é um blend estabilizante para creme de leite UHT, que confere bom corpo, textura lisa e cremosa, além do controle de gelificação e separação de soro do produto. “A cada ano cresce o número de participantes do evento e também o número de negócios e oportunidades identificados durante a feira. As empresas estão cada vez mais fortes, alinhadas com o desejo do consumidor final e das indústrias de laticínios, conseguindo assim oferecer a seus clientes boas vantagens e alternativas. Além disso, pode-se observar que anualmente cresce a utilização e aplicação de conhecimento técnico especializado tanto na área de produção, pesquisa, administrativo e vendas, ou controle de qualidade das indústrias e empresas do segmento de lácteos. O mercado lácteo brasileiro mostra sua força durante a feira e existe espaço para fornecedores cada vez mais qualificados, ágeis e fiéis como a Vogler” aponta Bernardo H. Hollanda, técnico em laticínios da empresa. A reunião de laticinistas na feira tem efeito positivo para as indústrias de ingredientes, que podem passar novos conceitos, conforme explica Lucio Alberto Forti Antunes, gerente da divisão de laticínios da Chr-Hansen: “A Expomaq é uma feira de relacionamento e de abertura de negócios. Aqui passamos também novos conceitos para o público do setor. Além de parceiros, aqui somos consultores de negócios, que são feitos com muita transparência. Com o aquecimento da economia, os últimos dois anos foram muito bons para nós, fornecedores de soluções da indústria. Nos últimos quatro anos, o setor de laticínios teve um bom desempenho e um dos fatores que contribuiu para isso foi a ascensão das classes C e D”. A Chr-Hansen levou suas últimas novidades tecnológicas lançadas mundialmente, como o CHY-Max-M, um revolucionário coagulante, que não causa sabor amargo e nem proteose excessiva. Foram apresentadas também ao público da feira, as culturas FD-RSF, especialmente desenvolvidas para queijo da linha Prato, que garantem maior intensidade de sabor e aroma ao mesmo tempo, além de proporcionar maior proteção contra ataques fágicos por apresentarem grande resistência aos bacteriófagos e excelente rotatividade fágica. A Globalfood levou para a feira uma equipe com 22 profissionais da área técnica e cerca de 50 produtos elaborados em sua planta-piloto para degustação. “Ao possibilitar a experimentação na aplicação de nossas soluções em produtos finais, a participação da empresa torna-se mais eficiente”, esclarece André Baggio, diretor comercial da empresa. A Globalfood divulgou dois de seus novos produtos, o Uezema para conchagem de chocolate nas indústrias e o Exandal, goma tara. A empresa levou também outros de seus ingredientes para o segmento de laticínios, como os aromas de sua representada Butterbuds, obtidos a partir de manteiga, creme de leite e queijos, que proporcionam mais sabor e textura nos produtos. “Estamos também fortalecendo a participação da DSM, que representamos no Brasil, no mercado de coagulantes, culturas lácteas, enzimas, coberturas, plásticos para queijo, preservantes, entre outros insumos para laticínios”, ressalta também Baggio, que considera a Expomaq “a” feira para o setor de lácteos. Expomaq A Vivare aproveitou o evento com público especializado para o lançamento do Coaktiv, desenvolvido e patenteado pela Mofin Alce Itália, com o objetivo de recuperar e preservar o leite que passou a sofrer alterações na sua composição depois da granelização. As enzimas produzidas por grupos de psicrotróficos são capazes de alterar significativamente o leite, mudando as características de sabor e flavour desenvolvido. A coagulação de um leite granelizado é muito mais frágil, pois parte dessas enzimas atacam exatamente a k-caseína e outras frações proteicas, além de agirem sob alguns sais minerais como o cálcio e fosfatos inorgânicos, reduzindo o tamanho da micela e afetando diretamente o rendimento e aspecto dessa coalhada. O Coaktiv foi testado em laboratórios renomados e parte desse estudo está registrado em um livro sobre coagulação do leite, publicado pela Mofin Alce. “O Coaktiv é um novo conceito que não existe no mercado e já é utilizado por empresas italianas. Nossos principais parceiros já estão fazendo experiência e adaptando às necessidades do mercado brasileiros”, ressalta Leonardo Santos, do departamento técnico da Vivare. Outra novidade apresentada pela Vivare foi a Lipase em pó, que possui especificidade de atuação. Essa lipase é de origem italiana e chega 76 ao mercado para complementar a linha de produtos grana produzida pela Mofin Alce. A empresa importa ainda o Coalho de Vitelo em pó Terreno Culturale – Sigilo Oro e os fermentos Diretos e Semi Diretos específicos da linha de queijos duros. Com foco em queijo, a Danisco levou para seu stand os novos produtos para queijo da empresa: Choozit™ Raid, a nova geração de culturas liofilizadas para queijos semi-duros concebida para os queijos da linha Prato, com a finalidade de melhorar o sabor e reduzir os custos de produção. A nova linha representa um marco no desenvolvimento de culturas para queijos, oferecendo uma via rápida, conveniente e econômica para a produção de Prato, de primeira qualidade; Choozit™ MTD: nova geração de culturas liofilizadas para queijos semi-duros, conceito de cultura que é a resposta às restrições técnicas enfrentadas pela indústria de queijo maturado, a necessidade de uma fase de latência mais curta, uma acidificação rápida e confiável, e a capacidade de controle da pós-acidificação, além do Choozit™ Eyes, a cultura propiônica ideal para o desenvolvimento de olhaduras no queijo. Sobre a participação da Kraki na Expomaq, Mariana Fortuna Avino, coordenadora da divisão de laticínios da empresa, enfatizou que considera a maior feira do setor e importante como ponto de encontro com parceiros de todos os pontos do Brasil, complementando: “em outros segmentos da indústria de alimentos a empresa já é bastante conhecida, mas como a Kraki é relativamente nova no mercado de laticínios, a Expomaq representa uma oportunidade para o público visitante conhecer e testar nossos produtos”. No evento, a Kraki apresentou sua linha de estabilizantes, edulcorantes, corantes naturais e Z Trim. deste ano que o público está mais animado do que no ano passado e a pressão maior dos visitantes é por inovação”, afirma Átila Corral, gerente técnico da empresa. A ISP-Germinal destacou dois produtos na feira, o Iogurte Grego, uma inovação na categoria, e sua linha de soluções para Redução do Teor de Sódio em produtos lácteos, que não comprometem o sabor do produto final. São duas linhas: Dairy Cream, sais fundentes com teor de sódio reduzido para aplicações em requeijões, queijos processados e dips e o Lo-Sódio, substituto parcial de cloreto de sódio, que além das aplicações possibilitadas pelo Dairy Cream, pode ser utilizado também em queijos frescos, como cream cheese, creme de ricota e queijo frescal. São inovações que permitem às indústrias atenderem antes do prazo às exigências da ANVISA para 2012 na questão da redução do teor de sódio nos alimentos. Mariana informou que: “sempre ampliamos as linhas de ingredientes e trabalhamos com produtos específicos para cada cliente. O Z Trim, por exemplo, aplicamos de acordo com as necessidades do cliente”. A Doce Aroma mostrou na Expomaq sua linha de especialidades para o segmento lácteo, entre as soluções apresentadas está o Milk 10, desenvolvido à base de estabilizante e espessantes para bebidas lácteas e iogurte e o Milk 10 Hidrocol, na versão sem amido. Outras soluções que a Doce Aroma levou foram: o Parmix, aglutinante para queijo ralado, que contribui para os grãos ficarem separados; o Ultramix, desenvolvido para estabilizar a proteína do leite, evitando o encrustamento nas paredes do equipamento, trabalha no produto sem alterar o sabor; Docelac, à base de espessantes e estabilizantes para doce leite e Docelac H20, para doce de leite forneável e o Megamelt, sal fundente estabilizante para queijo ralado e requeijão. “A presença na Expomaq representa um investimento que a Germinal já fazia e, após a aquisição, a ISP continua porque é o melhor evento para o setor lácteo, um segmento muito forte do trabalho da Germinal. Percebemos na edição 77 Expomaq A Gemacom Tech apresentou no evento linha completa de produtos para flexibilizar a utilização das plantas de processos UHT, permitindo ampliação do portfólio dos clientes sem a necessidade de investimentos em instalações e equipamentos. Trouxe ainda linha de ingredientes lácteos, que agrega macroingredientes lácteos aos produtos finais das indústrias. A empresa mostrou também sua linha de ingredientes orgânicos com soluções completas para a produção de derivados de leite orgânicos e, no segmento, é a primeira empresa a obter certificação de orgânicos, possibilitando ao fabricantes a facilidade dos preparados de frutas nessa categoria de produto. “A Gemacom Tech está presente na Expomaq desde sua primeira edição e, nesta feira, foi responsável pelo curso “Tecnologia de fabricação de doce de leite e leite condensado”. Durante a feira, lançou também o livro Doce de Leite – Aspectos tecnológicos, dos autores Ítalo Perrone (Epamig), Braz Neves e Me. Rodrigo Stephani, ambos do departamento técnico da Gemacom Tech. “O evento tem sempre um sabor especial para a empresa, pois nossa matriz está localizada em Juiz de Fora, a 65 km do Expominas, dando a oportunidade aos clientes de visitarem nossas modernas instalações, reforçando ainda mais a confiança em nossas parcerias”, enfatiza Flavio Marques Oliveira, da área técnica da Gemacom Tech. 78 Perlate, que tem como diferencial a mistura de coalho com coagulante, foi o destaque da Bela Vista na mostra. A solução da empresa traz a facilidade proporcionada pelo coagulante e o sabor e aroma do coalho. Alesandro Senedoni, diretor da Bela Vista, informou que: “foram muitos negócios e novos contatos. O SEBRAE o SENAI estão incentivando a vinda de empresas de outros estados, como Mato Grosso e do Nordeste, e isso é importante para todos os exposito- res que podem conhecer melhor os produtores desses estados”. “O público que visitou o stand da quantiQ ficou muito interessado em nosso produto para redução de gordura. Especialmente, muitos fabricantes de doce de leite buscavam uma solução para diminuir o teor de gordura. Viemos para a feira mostrar nossas soluções e conhecer melhor o segmento, justamente para saber o que nossos clientes estão procurando”, explica Paula Di Corse, gerente de negócios da empresa. Durante a feira, a empresa apresentou o Simplesse, elaborado a partir de micropartículas do soro de leite concentradas, é um ingrediente natural que pode ser usado para realçar a cremosidade e outras características de produtos lácteos. Seu uso promove uma grande gama de funcionalidades, mesmo quando submetido a condições extremas como pH e aquecimento. O novo produto já é utilizado em sorvetes. Grandes novidades vieram pela Corn Products, que comunicou na Expomaq a inauguração de sua nova fábrica de edulcorante em Balsa Nova (PR), implantada em área de 4 mil m2, que permitiu o lançamento do Enliten, adoçante totalmente natural. A empresa já possuía uma unidade fabril na cidade paranaense e instalou no local, a nova fábrica que produzirá o edulcorante com utilização de stevia como matéria-prima. A empresa trouxe do Japão, mudas de uma variedade de stevia, que tem como característica não possuir amargor no after taste, comum em outros adoçantes a base desse tipo de planta. Além do diferencial da matéria prima, a empresa desenvolveu nova tecnologia na fabricação que preserva apenas a fração doce na extração dos componentes da folha da stevia. Na nova unidade em Balsa Nova, há o controle integrado da cadeia produtiva, que vai do plantio, extração, processamento e comercialização do Enliten. O poder edulcorante do novo produto é 300 vezes maior com- parado ao açúcar. O edulcorante é altamente solúvel e estável, mesmo em condições extremas de processamento, permitindo desenvolvimento de soluções para otimizar o sabor em diferentes categorias de alimentos e bebidas. Enliten é resistente a tratamentos térmicos, como pasteurização, UHT, cozimento e forneamento, inclusive em sistemas com baixo pH. Emerson S. Dias, do setor de vendas técnicas da Corn Products, afirma que “a participação na Expomaq foi produtiva e atraiu clientes para conhecer o Enliten, que segue a tendência de oferecer produtos mais saudáveis ao mercado. No stand, os visitantes puderam degustar algumas aplicações bem resolvidas do produto em sorvetes, iogurtes e geleias e a reação foi muito positiva”. Expomaq Um sistema de identificação de queijos para rastreabilidade dos produtos veio para a feira pela Granolab. Etiquetas produzidas com caseinato, já utilizadas na Europa, são colocadas na massa do queijo e colam no produto. O sistema é utilizado, principalmente, por empresas que querem 80 evitar cópia de seus queijos. “As etiquetas foram aprovadas pela ANVISA e Mapa e durante a Expomaq, profissionais de muitas empresas demonstraram interesse em testar em seus produtos”, afirma Morgens Mark Christensen, gerente comercial da divisão de lácteos da empresa. “Participamos há muitos anos da Expomaq porque lácteos representam parcela importante para nossos negócios. Além de encontrar nossos clientes, tivemos oportunidade de fazer quantidade muito significativa de novos contatos neste ano”, aponta Clever Luiz Salvador, diretor da Matrix. A empresa destacou na feira suas linhas de corantes, amidos, aromas, gelatinas, entre mais de 300 produtos de empresas como Givaudan, Gelita, Liotécnica, Fuchs, DPWillianson e JBS. No stand da Expomaq estavam reunidas Macalé, Kraki e Borsato. “O evento é muito importante para nós porque está localizado em nossa área de atuação. É o momento de estar em contato com nossos clientes e agendar testes nas empresas. Já no primeiro dia de feira, os resultados foram muito bons, começou melhor que na edição de 2010. Fizemos mais contatos que no ano passado e surgiram mais oportunidades de negócios”, comemora Daniel Bomtempo Martins, técnico em laticínios da Macalé. A Hexus esteve presente no evento para estar próxima aos seus clientes e mostrar suas Soluções Saudáveis Integradas, como substitutos parciais ou totais de gordura; substitutos parciais ou totais de açúcar; fortificação com macro e micronutrientes, probióticos e prebióticos; além de suas linhas para sorvetes. “Esta edição foi mais organizada que a de 2010 e teve movimento maior de pessoas. Foi importante ao gerar novos negócios, também para abertura de projetos e para a visibilidade da marca Hexus”, explica Marcelo Fernandes, supervisor de vendas da empresa. A GTA – Gestão e Tecnologia de Alimentos, empresa especializada em serviços de consultoria, laboratório e treinamento para a indústria de alimentos, participou pela primeira vez da Expomaq e Cândida Bosich, engenheira de alimentos da GTA, considerou importante estar no evento para encontrar seus clientes e divulgar sua marca. Com expositores de todos os segmentos que atendem o setor de lácteos, a Expomaq 2011 proporcionou no momento certo a oportunidade para os visitantes conhecerem o que há de mais moderno em tecnologia para o setor poder crescer em qualidade, aumentando produtividade e lucro. 81 Expomaq Galeria de fotos Cerca de 14 mil pessoas circularam nos corredores do Expominas para conferir as novidades que os expositores levaram, em 2011, para Juiz de Fora. A seguir, a Revista Indústria de Laticínios apresenta uma galeria de imagens da feira. 82 83 Expomaq 84 85 Expomaq 86 87 Expomaq Mucio Furtado, autor do livro “Queijos Duros”, editado pela Setembro Editora, lançado durante a Expomaq 88 A estudante do Thiary Falci Rodrigues, do ILCT, foi vencedora do primeiro Prêmio Talento Danisco. Visitas para desenvolver produção Buscando tecnologia e conhecimento para aprimorar a produção em suas regiões, sindicatos e associações do setor de leite levaram produtores para os eventos de Juiz de Fora. Entidades representativas de outros estados estiveram presentes nos eventos para laticinistas. Algumas delas vieram de estados que estão em expansão e desenvolvendo o setor leiteiro em suas regiões. É o caso do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Mato Grosso do Sul, que levou a Juiz de Fora, uma caravana de 15 empresários, que contou com o apoio do Sebrae e da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul para conhecer as novidades apresentadas na Expomaq. Milene de Oliveira Nantes, presidente do sindicato e gerente comercial do Laticínio Tradicional, ressaltou: “É importante o empresário estar em ambiente de contato com fornecedores, ouvir palestras e frequentar os cursos do congresso, ou seja, conhecerem outra realidade”. Ela observa que a participação desses eventos contribui para mudanças positivas, pois os empresários levam novas tecnologias para suas indústrias. No Mato Grosso do Sul, o sindicato vem trabalhando para o governo do estado perceber a importância do desenvolvimento do setor do leite, onde, atuamente a produção está estagnada, mas tem perspectivas muito boas de crescimento. Alagoas em desenvolvimento O Nordeste também começa a se movimentar para desenvolver seu mercado. Arthur Vasconcelos, vice-presidente do Sileal (Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de Alagoas), explica que: “o sindicato trabalha em parceria com o governo do estado e indústrias para montar a cadeia do leite, a CPLD (Cadeia Produtora de Leite e Derivados). Trata-se de um fórum que reúne varias instituições, como bancos, IBAMA, secretaria do governo e produtores de leite para dar suporte e fomentar o crescimento do setor”. As ações envolvem capacitação profissional, melhoramento dos benefícios ao produtor, regulamentação de laticínios clandestinos, já que muitos enfrentam dificuldades na concorrência por não estarem formalizados e queremos regularizar esse mercado. “Tentamos também obter incentivos fiscais para apoiar e estimular os produtores”, acrescenta Vasconcelos. Viagem para os produtores visitar a Expomaq e participarem do congresso do ILCT também estão entre as ações do CPLA. Rio Grande do Sul A Apil (Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul) levou 30 profissionais para a Expomaq com o objetivo de conhecerem as inovações do mercado de fornecedores para o setor de leite. “Todos os que vieram consideraram a experiência excelente e viram que a feira tem tudo o que precisam para incrementar e ajudar a reduzir custos na produção. Apoiar os pequenos produtores em suas necessidades é fundamental para o setor, pois são as empresas desses profissionais que, proporcionalmente, geram maior número de empregos no setor em nosso estado”, afirma Clovis Marcelo Roesler, presidente da associação. A fundação da Apil, em 2001, aconteceu a partir de um grupo de 12 produtores que atendiam o Vale Leite, programa que distribuía leite para pessoas carentes. Com a oportunidade de trocar de ideias, esses profissionais observaram que tinham dificuldades semelhantes e decidiram se unir para encontrar soluções. Hoje, a entidade conta com 40 associados, que representam 12% da produção de leite do Rio Grande do Sul. Os pequenos produtores geram um emprego por 672 litros de leite/dia, já os grandes empreendimentos recentes, geram um emprego por 20 mil litros de leite/ dia, tornando as ações da Apil ainda mais valiosas. “As grandes fusões de empresas que ocorreram no Rio Grande do Sul têm afetado os pequenos produtores, pois o governo deu grandes benefícios fiscais para essas novas companhias. O resultado foi perda de arrecadação para o estado e também de muitos empregos. Esse processo foi muito prejudicial do ponto de vista social”, enfatiza Roesler. 89 Expomaq Os melhores lácteos O concurso promovido pelo ILCT elegeu os melhores queijos, manteigas e doces de leite inscritos por laticínios de vários pontos do Brasil. A premiação mostrou quem é bom em tradição e na inovação de produtos. começa no campo com assistência continuada aos produtores. Em seguida, são elaborados em nossa planta por funcionários capacitados e treinados no próprio local, sempre sob a orientação técnica do “mago” Walter Giarolla que, há mais de 20 anos, vem dando assistência para nossa empresa e colhendo os frutos das sementes plantadas nas décadas de 60/70, pelos dinamarqueses Godofredo e Hans Norremose, que homenageamos pelo legado deixado para nossa empresa e também outras indústrias queijeiras do sul de Minas”, destaca Leandro C. Ribeiro Diniz, diretor administrativo da empresa, que já teve queijos premiados em concursos anteriores do ILCT. A premiação da 38ª edição do Concurso Nacional de Produtos Lácteos, em clima de festa e coquetel, encerrou os eventos de Juiz de Fora para laticinistas. Neste ano, participaram 63 empresas dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Pará, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Foram 11 categorias e foram premiados os três primeiros lugares de cada uma delas. Para a escolha dos vencedores, entre os critérios seguidos por 30 juízes estavam sabor, odor, textura, apresentação e consistência. Na categoria Manteiga, a vencedora foi a marca Produtos de Vaca, da P&L Alimentos Agroindústria de Laticínios, de Ibirapuã (BA); seguida da Piracanjuba, de Bela Vista (GO) e Laticínios Paiolzinho. Participando pela primeira vez da premiação, o Laticínios Paiolzinho, de Cruzília (MG), conquistou o terceiro lugar na categoria Manteiga e também ocupou o segundo lugar em Destaque Especial, ao 90 apresentar sua inovação, o Queijo Goiaba. Com o objetivo de oferecer uma alternativa de sobremesa, a associação do queijo com a goiaba no mesmo produto conquistou os jurados do concurso. “A inovação foi uma ideia inusitada, inclusive em sua forma, que tem aparência de goiaba. Foram cerca de nove meses no desenvolvimento para atingir o paladar e o formato final que queríamos. Nossa manteiga também se destacou por se tratar do puro creme de leite, utilizando a pasteurização, que permitiu padronizar o teor de gordura e atribuiu ao produto melhor sabor”, afirma Anderson Pereira Maciel, gerente administrativo do laticínio. Na categoria Provolone, venceu a marca Lucca. O segundo lugar foi para Queijo Cruzília e terceiro, para Laticínios Heloisa, de Cambuí (MG). A Lucca, da Indústria de Laticínios MSP, de Luminárias (MG) teve ainda segundo lugar na categoria Gouda. “Nossos produtos são diferenciados desde a captação do leite, onde a qualidade da matéria-prima Ao participar pela primeira vez do concurso, o Laticínio Heloisa já ocupou o terceiro lugar no podium. “Nosso Provolone, entre os melhores do concurso, é preparado com técnicas controladas por pessoal treinado em cada tipo de produto, observado em cada ponto de preparação e vida de maturação, até a inspeção final de liberação do produto para expedição, tudo isso traz o diferencial em qualidade, sabor e textura. A defumação natural minuciosa, controlada, insumos de primeira qualidade, passados por testes laboratoriais e controles de qualidade interna também estão entre os diferenciais do produto”, esclarece Rabibe Elias Junior, gerente administrativo. O tipo Reino teve como primeiro colocado, o Laticínios Tirolez, de Carmo do Paranaíba (MG), em segundo o Ponte Nova, de Santa Rita de Ibitipoca (MG) e terceiro, a marca Milano, de Antonio Carlos (MG), do Laticínios Nosso. Ao faturar os primeiros lugares nas categorias Queijo Reino e Queijo Minas Padrão, além de terceiro lugar com seus produtos Gorgonzola e Requeijão, o Laticínios Tirolez comemora e Disney Criscione, gerente de marketing da empresa, destaca: “o Reino é tricampeão consecutivamente neste concurso. O produto traz um sabor lácteo, picante, maltado, franco e com aroma diferenciado, intenso e extremamente agradável, além do odor caracterís- tico e marcante”. Já o Minas Padrão possui sabor ligeiramente ácido e lácteo, textura ligeiramente aberta e consistência quebradiça, remetendo aos bons queijos de fazenda. O Tirolez é o segundo no ranking de vencedores 2000-2011 do concurso de Juiz de Fora. A qualidade dos produtos da empresa é atribuída, segundo Criscione, ao controle de toda a cadeia produtiva do leite, do fornecimento da matéria-prima até o ponto de venda. Na categoria Requeijão, o vencedor foi o Laticínios Latco, de Cruzeiro do Oeste (PR), seguido pela Frimeza Cooperativa Central, de Marechal Rondon (PR) e Laticínios Tirolez, de Monte Aprazível (SP). Além do primeiro lugar com seu Requejão cremoso, o Laticínios Latco foi Destaque Especial com terceiro lugar, com o Requeijão cremoso sabor chocolate com avelã e ocupou o terceiro lugar na categoria Prato. O produto do Destaque Especial é inovador, já o requeijão cremoso está no mercado há 20 anos, comprovando sua qualidade e o prato é produzido com sistema de qualidade total e rigoroso controle de maturação, conferindo ao produto final ótimas características e sabor especial. A padronização nos processos está entre os fatores que atribui diferenciais aos produtos da empresa”, explica Larissa Meira Ruschel da Latco. Na categoria Doce de Leite Cremoso, venceu o Laticínios Funarbe, da Fundação Arthur Bernardes, de Viçosa (MG). O segundo lugar foi para o Laticínios Vimilk, de Perdões (MG) e o terceiro para Boa Nata, de Pouso Alto (MG). O Vimilk já foi premiado várias vezes nas duas categorias. Sucessivamente, nosso Doce de Leite é premiado e entre as características que o diferenciam, além da qualidade é ser suave, ter textura excelente, além do sabor tradicional do doce de leite mineiro com receita da vovó transformada em processos industriais”, informa Rosangela M.B. Trindade, gerente administrativa da empresa. 91 Expomaq Com seu Requeijão Cremoso também reconhecido como dos melhores, a Vimilk possui tecnólogos para desenvolvimento e aperfeiçoamento de seus produtos e dois laboratórios de controle de qualidade. A Vimilk trabalha em regime de parcerias com seus colaboradores, promove treinamentos para sua equipe e foi considerada uma da Melhores Empresas para trabalhar em sua região, pelo Senar, de Minas Gerais. O Gouda do Queijo Cruzília, do Laticínios Cruziliense, foi considerado o melhor, seguido pelo Lucca e, em terceiro lugar, o Laticínios PJ, de Ingaí (MG). O Queijo Cruzília destacou-se no concurso pelos primeiros lugares nas categorias Gouda, Gorgonzola e em Destaque Especial, com seu Bolo Azul. Teve também classificação em segundo lugar, na categoria Provolone. Pela soma dos pontos ganhos em premiações desde 2000, pelo terceiro ano consecutivo, a empresa ocupa o primeiro lugar no ranking nacional do concurso do ILCT. Para manter a qualidade e demais características dos queijos Cruzília, Leandro Furtado, gerente de produção, destaca: “apenas trabalhamos com processos menos industrializados e procuramos manter as características originais nos produtos que fabricamos desde a fundação da empresa”. O laticínio prima pela tradição, mas não deixa de lado a inovação, que o fez vencedor da categoria 92 Destaque Especial com o Bolo Azul, uma mistura de Queijo Azul de Minas, damasco, cream cheese e nozes. O diferencial do produto está no alto teor de creme contrastando com o sabor agridoce do damasco e o cream cheese. O Parmesão da Coopervap, de Paracatu (MG), foi o vencedor em sua categoria, seguido pela Frimesa Cooperativa Central, de Marechal Rondon (PR) e Laticínios Boa Nata, de Pouso Alto (MG). “O prêmio mostra que estamos no caminho certo, pois nosso Parmesão está em fase de desenvolvimento e testes na Cooperativa. A empresa, que já possui equipe técnica competente vem investindo em profissionais com a contratação de técnicos em laticínios e outros especialistas que atuam diretamente na qualidade dos produtos, formando uma equipe cada vez mais eficiente para o objetivo de fabricar os melhores produtos do mercado”, explica Wanderley Alves Rabelo, coordenador de produção da Coopervap. Com segundo lugar na categoria Parmesão e também segundo, em Requeijão Cremoso, a Frimesa levou para o concurso um Parmesão com sabor e odor picante e forte, cor homogênea, consistência dura e compacta, crosta grossa bem formada e lisa, com brilho que o diferencia dos demais no mercado, já o Requeijão possui sabor levemente ácido e salgado. “Nossa tecnologia para elaboração de um excelente Parmesão vem de anos de trabalho e costumamos dizer que “um bom queijo não se fabrica, se faz”. É assim mesmo, amor, dedicação, respeito, comprometimento são as palavras e ações necessárias para chegarmos onde estamos hoje. Em 2010, nosso Requeijão não ficou entre os três primeiros lugares e sabíamos que era bom, neste ano, levamos novamente e pegamos o segundo lugar entre 35 empresas”, destaca João Fernando C. Pereira, encarregado industrial da área de queijos da Frimesa. A Boa Nata ocupou o terceiro lugar na categoria Parmesão e Luiz Franco, gerente de marketing da empresa afirma: “possuímos área de P&D focada na melhoria dos produtos, a empresa está sempre atenta às oportunidades de inovação para os consumidores e foi premiada várias vezes nas categorias Parmesão e Doce de Leite”. O melhor Gorgonzola do concurso ficou com Queijo Cruzília, seguido do Laticínios D’Annita, de Lavras (MG) e, em terceiro, Tirolez, de Tiros (MG). Na categoria Minas Padrão, o vencedor foi o Tirolez, seguido da Kinutri, Vale do Oeste Indústria e Comércio de Laticínios, empresa que veio de longe para o concurso, da cidade Espigão do Oeste (RO) e o terceiro lugar foi da Laticínios Noroeste, com a marca Produtos da Vaca. A Kinutri mostrou seu Minas Padrão, fabricado com tecnologia que destaca e pronuncia um sabor levemente ácido, mantendo a textura macia. “É o segundo ano que ouvimos os jurados da CNL dizerem que estão encontrando muito mais um Minas Padrão/Prato, do que o próprio Minas Padrão. Isso deve-se, principalmente, à mudança na tecnologia, que descaracteriza o produto. Por isso trabalhamos em preservar o sabor do original. O produto foi agregado ao portfólio da empresa em 2010, quando foi premiado pela primeira vez no concurso de Juiz de Fora, e em 2011, novamente estamos entre os melhores”, ressalta Sirlene Regina Cruz, técnica em laticínios da empresa. A categoria Prato teve como vencedora uma empresa de Santa Catarina, a Laticínios DaRolt, em segundo ficou a mineira Queijos Pinheiro, de Santa Rita de Ibitipoca (MG) e, em terceiro, a paranaense Latco. O tradicional concurso promovido pelo ILCT traz cada vez mais empresas de vários pontos do Brasil, que apresentam o melhor de sua produção no evento, além de abrir espaço para inovações, algumas delas inusitadas, mas que encontram um mercado de consumo aberto a novas categorias de produtos. Além de prestigiar os bons produtores, o concurso estimula o setor que quer aprimorar e diversificar suas linhas de produtos.