Ano 13 - nº 56 - Março

Transcrição

Ano 13 - nº 56 - Março
INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . Nº 56 . MARÇO DE 2016
10 anos de
Ponte de Pedra
Novos gerentes na
Comercialização e
Relações com Investidores
Usina Solar
no Rio Grande
do Norte
Destaque em
ranking de ética
Obras de Pampa
Sul e Santa Mônica
em ritmo acelerado
SUMÁRIO
16
09
03
04
06
12
2
20
mensagem do presidente
03.
O resultado da superação
constante de desafios
360º
04.
Mais um Centro de Cultura
patrocinado pela
ENGIE Tractebel Energia
04.
Prêmio FATMA de
Jornalismo Ambiental
05.
Projeto Usina na Escola
05.
Terminal de Gás em SC
Empresa
16
USINA
16.
Ponte de Pedra: dez anos de conquistas
06.
Novos gerentes na Comercialização
e Relações com Investidores
18.
Royalties pagos somam
R$ 228 milhões em 2015
08.
Sustentabilidade, ética e
transparência reconhecidas
20.
Ritmo acelerado na implantação
da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski)
10.
Programa fortalece inovação
24.
11.
Usina solar no Rio Grande do Norte
Obras de Santa Mônica
avançam dentro do prazo
26.
Um salto de 12,2 MW médios
ENTREVISTA
12.
José Carlos Cauduro Minuzzo
Tractebel Energia
27
ALTA VOLTAGEM
27.
Lucro líquido sobe 8,5% em 2015
Mensagem do Presidente
O resultado da superação constante de desafios
Plinio Bordin
Vencemos um dos anos mais desafiadores da história
da ENGIE Tractebel Energia. 2015 apresentounos dificuldades que foram superadas com muito
trabalho em equipe, inteligência e negociação. Ao
longo das últimas edições da nossa revista e em
outros tantos momentos, a sigla GSF vinha sempre à
tona como algo a ser resolvido, sob pena de impactar
decisiva e negativamente em nosso resultado. E
resolvemos com o envolvimento de várias áreas da
Companhia, agentes do setor elétrico e Governo.
Mesmo num cenário de retração da economia, pelo
quarto ano consecutivo, a ENGIE Tractebel Energia
é a geradora com maior valor de mercado do Brasil,
R$ 21,9 bilhões, em 31 de dezembro de 2015. Em
relação ao lucro líquido, a Companhia apresentou
um acréscimo de R$ 118,2 milhões ou 8,5% em
relação ao mesmo período de 2014. Foram R$
1.501,3 milhões, em 2015, contra R$ 1.383,1 milhões
em 2014. Contribuíram para a obtenção desse
lucro líquido estratégias adequadas de redução da
exposição aos altos preços do mercado de curto
prazo no início do ano, de alocação mensal da energia
contratada e de manutenção do parque gerador.
Esses números só foram possíveis pela dedicação e
conhecimento do conjunto de empregados da ENGIE
Tractebel Energia. As decisões que tomamos levaram
a Companhia a passar por 2015 e se preparar para
2016. Entre essas, está a mudança de nossa marca,
que passou a trazer o nome de nossa Controladora, a
ENGIE, com maior destaque.
Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia
O investimento na excelência da operação e
Alcançar esses números em 2015 é mais uma clara demonstração da resiliência da
manutenção das Usinas também foi muito acertado.
Companhia e da confiança que o mercado nos confere. O desafio daqui em diante será
No ano passado, por exemplo, descontadas as
o de manter o resultado enquanto nos preparamos para o futuro. Enxergamos novas
paradas programadas, a disponibilidade das Usinas
oportunidades em setores em que ainda não atuamos e na ampliação da inclusão de
alcançou 97,4%, superando o índice de 2014, de
serviços ao nosso portfólio comercial. Estamos desenhando as estruturas e processos
96,5%. Realizamos investimentos na modernização
necessários para dar o suporte a essas mudanças que têm o objetivo de colocar a ENGIE
e melhoramentos nas hidrelétricas Passo Fundo,
Tractebel Energia ainda mais próxima de seus clientes e gerar mais resultado aos seus
Ponte de Pedra e Salto Santiago. Em Salto Santiago,
acionistas, por meio da exploração de inúmeras oportunidades que o futuro do mundo da
conseguimos o aumento da garantia física da Usina
energia trará. Porque o mundo muda e com ele toda a nossa energia.
em 12,2 MW médios em 2015. Quando as quatro
unidades geradoras estiverem modernizadas e em
Manoel Zaroni Torres
operação serão 24,2 MW médios adicionados.
Diretor-presidente
BoasNovas
3
360o
Mais um Centro de
Cultura patrocinado
pela ENGIE
Tractebel Energia
Foi inaugurado, no dia 25 de fevereiro, o Centro Cultural Concórdia,
com investimentos de mais de R$ 3 milhões, dos quais R$637.702,58
patrocinados pela ENGIE Tractebel Energia, por meio da Lei de Incentivo à
Cultura. Esse é o terceiro Centro da Companhia em Santa Catarina, o quinto
construído no Brasil e o primeiro em parceria com uma Prefeitura Municipal.
Em Concórdia, o antigo Fórum da cidade foi revitalizado, abrigando agora a
Biblioteca Pública, o Museu Caboclo, o Arquivo Histórico, salas temáticas,
terraço verde e um salão de exposições. Um dos diferenciais desse Centro
é o espaço destinado à obra do filósofo Leonardo Boff, que é natural de
Concórdia, e já escreveu mais de 60 livros. São 1.658,63m² de área total,
distribuídos em três andares.
Divulgação ASCOM Consórcio Itá
“Os centros de cultura que estamos construindo em diferentes regiões do
Brasil são grandes obras públicas que reúnem as mais variadas atividades
culturais”, salienta o gerente da Usina Hidrelétrica Itá, Diego Collet, presente
na cerimônia de inauguração. Segundo ele, o Centro Cultural de Concórdia
vai ampliar o acesso à cultura. “Esse espaço vai ser referência para a
cidade, pois valoriza a cultura nas suas mais diversas formas”, finaliza Collet.
A ENGIE Tractebel Energia destina parte dos impostos
que iriam ao Governo, diretamente à comunidade vizinha
aos seus empreendimentos. Esse incentivo à cultura não é
nada mais do que o dinheiro do próprio cidadão, que em vez
de ser repassado ao Governo é diretamente investido em
ações que vão melhorar a qualidade de vida da população.
Júlio César Lunardi, diretor administrativo
da ENGIE Tractebel Energia.
Parceria entre Prefeitura e ENGIE Tractebel leva cultura a Concórdia
Divulgação FATMA
Prêmio FATMA de
Jornalismo Ambiental
Em dezembro último, no auditório da ENGIE Tractebel Energia, em Florianópolis,
profissionais de comunicação receberam troféus e cheques na 8ª edição
do Prêmio Fatma de Jornalismo Ambiental nas categorias Mídia Impressa,
Mídia Eletrônica e Internet. Cada vencedor ganhou R$ 5 mil e as menções
honrosas R$ 2 mil cada. Foram 23 vencedores regionais que receberam troféus
e certificados. Destinado a jornalistas que tenham reportagens veiculadas
sobre assuntos que envolvam preservação ambiental, o Prêmio conta com o
patrocínio da ENGIE Tractebel Energia. “É uma forma de mostrarmos ações
que ajudam e melhoram o desenvolvimento ambiental”, afirma o gerente de
Meio Ambiente da ENGIE Tractebel Energia, José Lourival Magri.
Os trabalhos premiados passaram a integrar o acervo da Biblioteca da Fatma.
4
Tractebel Energia
Executivos da Companhia, José Lourival Magri (E) e José Carlos
Cauduro Minuzzo com a repórter da RBS TV Kiria Meurer
360o
Projeto Usina
na Escola
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
Desenvolvido há um ano no município de Charqueadas (RS), o
Projeto Usina na Escola já alcançou 2.231 pessoas, entre alunos,
professores, pais de alunos e convidados da comunidade.
“Levamos às escolas do município e também às entidades e
instituições diferentes apresentações, como o vídeo institucional
da ENGIE Tractebel Energia, além de vídeos de funcionamento
da Usina Termelétrica Charqueadas”, diz Jair Luiz Marcílio,
coordenador do Núcleo Administrativo de Charqueadas e do
projeto. Nesses 12 meses, foram realizadas também palestras
sobre segurança, prevenção ao uso de drogas e entrega de folders.
Jair celebra o fato de outras empresas da região estarem também
atuando na educação de jovens e crianças. “O caminho mais curto
para um mundo melhor deve ser feito por meio da educação de
nossos jovens”, conclui.
Em Charqueadas (RS) crianças e adultos recebem noções do
funcionamento da usina, além de segurança e meio ambiente
Terminal de Gás em SC
Governo SC
O governador de Santa Catarina,
Raimundo Colombo e o diretor-presidente
da ENGIE Tractebel Energia, Manoel
Zaroni Torres, assinaram, em dezembro,
um protocolo de intenções para construir,
em Imbituba, no litoral Sul do Estado, um
Terminal de Regaseificação. A estrutura
será utilizada pela ENGIE Tractebel
Energia para redistribuição do GNL (gás
natural liquefeito), podendo atender à
SCGás e empresas catarinenses.
“Faz parte do planejamento estratégico
da nossa Empresa entrar na cadeia de
gás e, para isso, vários estudos estão
em desenvolvimento”, explica Zaroni,
acrescentando que o projeto está
em sua etapa inicial e, por isso, não é
possível determinar no momento o valor
do investimento, prazos ou volumes de
gás envolvidos no projeto. Durante a
solenidade, o governador catarinense
reforçou a relevância do projeto e,
principalmente, a importância de ter a
ENGIE Tractebel Energia desenvolvendo
Executivos da Companhia, José Laydner (E) e Manoel Zaroni Torres assinam documento
com o governador Raimundo Colombo e com o vice-governador Eduardo Moreira
os estudos necessários para mostrar
sua viabilidade.
BoasNovas
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EMPRESA
Novos gerentes na
Comercialização
e
Relações com Investidores
Eduardo Lyra
Ida de Gabriel Mann (centro) para a ENGIE provocou as mudanças nas gerências de Comercialização e de Relação com Investidores
Com a transferência de Gabriel Mann dos Santos para assumir o cargo
Paulo, onde buscava e fidelizava clientes para a recém-criada carteira
de Chief Commercial Officer da ENGIE, responsável pelos segmentos
da comercializadora de energia. No ano de 2005, mudou-se para
de B2C – negócios para clientes finais; B2B – negócios para empresas
Florianópolis e, nesse mesmo ano, foi designado gerente de Relações
– e B2T – negócios para cidades e territórios, mudanças ocorreram em
com Investidores.
gerências na ENGIE Tractebel Energia. Antonio Previtali Jr, que antes
Nascido no Paraná, Rafael Bósio é bacharel em Administração de
ocupava o cargo de gerente de Relações com Investidores, passa
Empresas, com pós-graduação em Finanças Corporativas, MBA
a desempenhar a gerência de Comercialização, no lugar de Gabriel
em Gestão Avançada de Finanças – Fundação Getúlio Vargas, MBA
Santos. Para o cargo de Previtali foi escolhido Rafael Caron Bósio, que
Executivo Empresarial na Fundação Dom Cabral e Post-MBA Kellogg
há quase dez anos trabalha nesta área na ENGIE Tractebel Energia.
School of Management (EUA). Antes de chegar à ENGIE Tractebel
Tem um ditado que diz que o bom filho à casa retorna. É o caso de
Energia para ajudar a estruturar e desenvolver a área de RI, Bósio
Previtali, que, no ano 2000 iniciou a vida profissional na ENGIE Tractebel
passou por duas grandes empresas: TIM e Esso Brasileira de Petróleo
Energia na Diretoria de Comercialização, para auxiliar na criação
S.A. Além de gerente de RI, trabalhando com uma equipe de quatro
da área, então ainda incipiente no País. Engenheiro de Produção,
pessoas, Rafael Bósio é, desde 2012, diretor adjunto do Instituto
com MBA em Finanças e outro em Gestão Empresarial, após breve
Brasileiro de Relações com Investidores para a Região Sul.
passagem pela sede, Previtali foi transferido para o escritório de São
Acompanhe a seguir as entrevistas com os novos gerentes.
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Tractebel Energia
EMPRESA
Eduardo Lyra
Boas Novas – Quais as diferenças e semelhanças entre os cargos de Gerente de
Relações com Investidores e de Gerente de Comercialização?
Antonio Previtali Jr. – Uma clara semelhança está na relevância dos interlocutores, dois dos
mais importantes stakeholders de qualquer empresa listada em bolsa. Os investidores, analistas
e profissionais de sustentabilidade, todos atendidos pelo DRI, são formadores de opinião e é
importante que tenham uma percepção realista do negócio e do ambiente em que estamos
inseridos. Vem dos clientes, por sua vez, a quase totalidade da receita da ENGIE Tractebel
Energia. Outra semelhança está na qualidade dos times. Ambos são competentes, maduros e
comprometidos com o resultado, o que dá tranquilidade para qualquer gestor.
Quanto às diferenças, a primeira é que, sendo o quadro de pessoal da TCE cerca quatro vezes
maior que o do DRI, naturalmente há uma complexidade maior na administração. A segunda é que
a TCE está passando por uma restruturação para fazer face a uma segunda onda de migração para
o mercado livre, a dos clientes especiais, e para incrementar a atividade de trading.
B.N. – Quais os maiores desafios nessa nova área?
A.P. – O cenário econômico desafiador de hoje está impondo sacrifícios à indústria, que, em busca
da sustentabilidade, vem procurando apoio dos fornecedores. É um fenômeno generalizado e não
A TCE também terá papel relevante na
há como ficar imune. Quando possível, fizemos renegociações que momentaneamente aliviam
entrega de um novo portfólio de produtos
nossos clientes. Por outro lado, numa clara demonstração de maturidade, eles nos possibilitam
aos clientes, caracterizado pela integração
restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro do contrato mais à frente. É numa hora como essa
de energia com serviços diversos, de
que a fidelização ocorre e a parceria se fortalece.
modo a permitir que a Companhia estreite
Turbulências à parte, temos também que azeitar a engrenagem para atender os consumidores
relacionamento com consumidores
especiais com a mesma qualidade entregue aos consumidores livres. Com características de
finais, em linha com as diretrizes da
varejo, esses novos clientes vão nos desafiar com o enigma que muitas indústrias já tentam decifrar:
ENGIE. Estamos ansiosos para medir a
dar atendimento personalizado na multidão, conceito conhecido como customização em massa.
receptividade dessa nova abordagem.
Eduardo Lyra
Boas Novas – Qual sua experiência profissional antes de chegar na ENGIE Tractebel Energia?
Rafael Bósio – Atuei, por seis anos, na estruturação das atividades de Relações com Investidores
na Tim Participações S.A. Nessa empresa, obtive reconhecimento no mercado pelo programa
desenvolvido, sendo inclusive destacado como um dos melhores do setor à época. Em fevereiro
de 2005, ingressei no departamento de Controladoria da Esso Brasileira de Petróleo S.A., sendo
responsável pelo report financeiro de dez empresas do grupo, instaladas nos Estados Unidos,
entre elas a maior usina de produtos químicos da Exxon Mobil no mundo.
B.N. – Em que ano você entrou na ENGIE Tractebel Energia e em que setor?
R.B. – Entrei na Companhia, em maio de 2006, para auxiliar a estruturar e desenvolver a área de
Relações com Investidores, trabalhando no aumento da transparência da Companhia e da sua
exposição ao mercado de capitais. Junto com os colegas, desenvolvemos e implementamos práticas
para dar mais visibilidade à ENGIE Tractebel Energia como, por exemplo, via realização de road shows,
teleconferências, web castings, reuniões one-on-one e reuniões Apimec.
vez que a área está muito bem estruturada
Também participei ativamente do desenvolvimento do site de RI; dos releases de resultados,
e também por ter tido a liberdade de opinar
apresentações, aviso aos acionistas, fatos relevantes, teleconferências, entre outros. Nesses anos fui
e contribuir para formar o que hoje é o
também o representante da Companhia perante analistas de investimentos, investidores institucionais
DRI, graças ao apoio e confiança de meus
e gestores de carteiras, tanto em road shows, quanto em reuniões Apimec e outros eventos com a
superiores. O desafio é manter a reputação
comunidade financeira, realizados no Brasil e no exterior.
de referência em Relações com Investidores
no setor elétrico. Vale lembrar que a equipe
B.N. – Qual o maior desafio do novo cargo? E o que muda daqui pra frente?
de RI da ENGIE Tractebel Energia foi eleita
R.B. – O maior desafio é gerenciar a expectativa dos investidores, procurando garantir uma justa
como a melhor da América Latina no setor
precificação das ações da ENGIE Tractebel Energia. Isso é feito pelo monitoramento e contato constante
elétrico por diversas vezes, em pesquisa
da equipe, corrigindo desvios quando necessário. Não vejo a necessidade de grandes mudanças, uma
realizada pela revista Institutional Investors.
BoasNovas
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EMPRESA
Sustentabilidade, ética e transparência reconhecidas
Instituto de Ética nos Negócios
No segundo semestre de 2015, a ENGIE Tractebel Energia recebeu
vários reconhecimentos da sociedade por sua atuação pautada no
respeito às práticas sustentáveis, ética e ao relacionamento transparente
com os stakeholders. Pela segunda vez consecutiva, a Companhia foi
reconhecida como a instituição de destaque do Ranking das Empresas
Mais Éticas do Brasil pelo Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios.
“Esta iniciativa é uma valiosa ferramenta de avaliação, pois abrange nove
tópicos com 72 questões de “melhores práticas” referentes à ética e à
conformidade. As informações que prestamos foram validadas pelo
Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios”, explica o gerente de Auditoria
Interna, Antônio Carlos Corrêa Benavides. O resultado alcançado,
complementa ele, apontou que a Empresa tem um sistema estruturado e
eficaz de gestão ética, incorporado a sua governança corporativa.
Na área ambiental, mais uma vez a Companhia ergueu o Prêmio Fritz
Müller, concedido pelo órgão estadual de meio ambiente em Santa
Catarina – FATMA. Três projetos ambientais que têm participação da
Companhia ficaram entre os vencedores: Na categoria Conservação
de Insumos de Produção – Energia, foi premiada a USCA (Usina Solar
Cidade Azul); já a Associação Jorge Lacerda foi premiada na categoria
Recuperação de Áreas Degradadas, com o caso do Parque Ambiental
Antônio Carlos Corrêa Benavides (E) ergue o prêmio
como destaque entre as Empresas Mais Éticas do Brasil
Plinio Bordin
Parque Ambiental Tractebel, no Sul de Santa Catarina, recebe o Prêmio Fritz Muller na área de Recuperação de Áreas Degradadas
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Tractebel Energia
EMPRESA
Tractebel, localizado em Capivari de Baixo (SC); na categoria Instituto
Setor de Energia Elétrica, que avalia demonstrações financeiras. Pela
de Pesquisa, o Consórcio Machadinho – do qual faz parte a ENGIE
quinta vez, a Empresa foi contemplada com o primeiro lugar na categoria
Tractebel Energia – recebeu um prêmio pelo Centro de Referência em
Grandes Empresas, por sua excelência na divulgação de informações
Desenvolvimento Sustentável. O Centro, observa o gerente de Meio
contábeis. A distinção avalia o nível de transparência contábil das
Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri, é um espaço de
empresas ligadas ao setor elétrico brasileiro que operam na geração,
ensino não-formal dedicado à formação socioambiental de crianças e
transmissão, distribuição, comercialização e participação. “Receber
adolescentes na região da Usina Hidrelétrica Machadinho, localizada na
este prêmio é de extrema importância, uma vez que a transparência
divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
e a qualidade das demonstrações financeiras agregam valor para
Outra conquista foi a menção honrosa concedida no Prêmio Abrasca,
acionistas, analistas de mercado, fornecedores e empregados, entre
criado pela Associação Brasileira das Companhias Abertas para
outros, fornecendo informações importantes para tomadas de decisão”,
valorizar as iniciativas corporativas em favor da transparência. Nessa
comenta o gerente de Contabilidade, Marcelo Cardoso Malta.
edição, foram inscritos 97 trabalhos de todo o País, dos quais 60
Não menos importante foi a inclusão da Companhia no ISE, o Índice
relatórios de companhias abertas, 22 de fechadas e 15 de organizações
de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA, pelo 11º ano
não-empresariais.
consecutivo. A metodologia avalia critérios como eficiência econômica,
A transparência da ENGIE Tractebel Energia também foi reconhecida
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa.
pelo Prêmio Abraconee, da Associação Brasileira dos Contadores do
ASCOM Consórcio Machadinho
ASCOM Consórcio Machadinho
Consócio Machadinho, do qual a ENGIE Tractebel faz parte, foi premiado com o Centro de Referência em Desenvolvimento Sustentável, que atende crianças e adolescentes
Plinio Bordin
Usina Solar Cidade Azul, em Tubarão (SC), também é reconhecida pelo Prêmio Fritz Muller, na categoria Conservação de Insumos e Produção
BoasNovas
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EMPRESA
Programa fortalece
inovação
Plinio Bordin
A inovação não está só no setor de Pesquisa &
Desenvolvimento da ENGIE Tractebel Energia. Criado em
2007, com regras alteradas em 2011, o Programa Inove tem
o objetivo de fortalecer a cultura da inovação na Companhia,
incentivando e reconhecendo os empregados e equipes que
se destacam pela postura moderna, inédita. Avaliados pelo
Comitê de Inovação e pela Diretoria, são premiados projetos
ou ações em cinco categorias: Operação e Manutenção;
Socioambiental; Comercial e Negócios; Pesquisa &
Desenvolvimento, e Gestão.
Da primeira edição até o ano passado foram distribuídos cerca
de R$ 500 mil em prêmios e apresentadas 386 propostas,
destacando 51 projetos, entre ideias e ações, de 194
empregados. Em 2015, por exemplo, foram encaminhadas
para apreciação 95 propostas – 54 ações e 41 ideias.
Segundo o diretor Administrativo da ENGIE Tractebel Energia
e coordenador do INOVE, Júlio César Lunardi, o programa é
importante, pois fortalece a cultura da inovação da Companhia
e incentiva e reconhece os empregados que são premiados
com melhorias em processos de trabalho, solução de
problemas, redução de custos, entre outros. “Reconhecemos
o pensar diferente, a iniciativa espontânea, o empenho e a
dedicação acima da obrigação, o compromisso com o futuro
e também com a sustentabilidade”, explica Lunardi.
Cada Diretoria da Empresa tem um representante no
programa, que conta também com um empregado da área de
Pesquisa & Desenvolvimento. Lunardi explica que os projetos
e as ações encaminhados são avaliados considerando cinco
critérios básicos: originalidade, aplicabilidade, relevância,
impacto financeiro e outros impactos.
OS VENCEDORES DE 2015
“Acredito que ter sua ideia ou projeto reconhecido pela Companhia é
Em 2015, por exemplo, seis trabalhos foram premiados,
sempre uma grande satisfação para todos os que participam. Além da
entre eles o Ranking de Eficiência Logística Infraero, que
premiação em dinheiro, é um momento de ver recompensado o esforço,
solucionou um problema de entrega dos equipamentos, já
a criatividade e o trabalho de pessoas e equipes”, diretor Administrativo
que os processos internos estavam onerando o lead time
e coordenador do INOVE, Júlio César Lunardi.
de desembaraço aduaneiro das mercadorias, prejudicando
os requisitantes com uma demora maior na entrega dos
equipamentos. O maior ganho foi para a imagem da
que permite aos tomadores de decisão da Empresa, gerenciar projetos de apoio
ENGIE Tractebel Energia que passou de 28° para 1°
social, ambiental, cultural e esportivo. Ali estão desde a elaboração da proposta
no ranking da Infraero.
de solicitação de patrocínio ou doação até a liberação da verba destinada ao
Outro projeto premiado foi o sistema web GAS (Gestor de
projeto, quando aprovado. O GAS deu agilidade ao Comitê de Sustentabilidade,
Ações de Sustentabilidade), acessível externa e internamente,
que analisa os projetos.
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Tractebel Energia
EMPRESA
Usina solar no
Rio Grande do Norte
Plinio Bordin
Assu V deverá ser dez vezes maior que a Usina Cidade Azul (foto), a primeira planta fotovoltaica da Companhia, que entrou em operação em 2014
No último ano a energia solar saiu da sombra e ganhou a vitrine no
aprendizado com esse P&D foi importante e nos auxiliou a formatar
Brasil, alguns projetos saíram do papel e o Governo Federal realizou
a Assu V”, explica o diretor-presidente da ENGIE Tractebel Energia,
seu segundo Leilão de Energia de Reserva, em novembro, com boa
Manoel Zaroni Torres.
aceitação. Foram contratados 33 projetos fotovoltaicos nos estados
A entrada em operação comercial dessa Usina está prevista para
do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais,
novembro de 2018 com prazo de suprimento de 20 anos. “A capacidade
Paraíba, Bahia e Tocantins. A ENGIE Tractebel Energia, por exemplo,
instalada dessa planta pode abastecer uma cidade de cerca de 130
comercializou nesse leilão 9,2 MW médios, parte do projeto solar
mil habitantes”, ressalta o diretor-presidente. “Estamos na etapa de
Assu V, que possui no município de Açu, no Rio Grande do Norte.
negociação dos contratos com os fornecedores selecionados para
Com 30 MW de capacidade instalada e investimento de cerca de R$
o projeto e iniciamos os estudos arqueológicos e o processo para
220 milhões, Assu V será o primeiro passo que a Companhia dá para
obtenção da LI (Licença de Instalação). Acredito que no primeiro
consolidar a energia fotovoltaica no portfólio, já que possui um projeto
semestre de 2017 já estejamos aptos a iniciar as obras”, informa o
solar de P&D de 3MW na cidade de Tubarão, no Sul de Santa Catarina.
diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos, José Laydner.
“Temos a experiência na operação da Usina Solar Cidade Azul e o
BoasNovas
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ENTREVISTA
José Carlos Cauduro Minuzzo
Diretor de produção
Natural de Porto Alegre, formado em Engenharia Mecânica pela PUC/
Boas Novas – Como foi sua vida profissional?
RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), José Carlos
José Carlos Cauduro Minuzzo, diretor de Produção da ENGIE
Cauduro Minuzzo chegou em janeiro de 1976 para o seu primeiro
Tractebel Energia – Foi muito tranquila, principalmente a ascensão da
emprego na cidade de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, com 24 anos.
minha carreira, até porque eu sempre me senti preparado para assumir
Na Eletrosul iniciou sua vida profissional na área de Geração Térmica
as funções que foram surgindo ao longo da minha vida profissional,
no Complexo Jorge Lacerda, então Sotelca. Ali ficou até 1992, quando
desde a primeira posição que tive em Tubarão, quando cheguei em
passou a gerenciar a Divisão de Engenharia e Manutenção de Térmicas,
janeiro de 1976, e fui admitido na Eletrosul. Naquela oportunidade
cargo que ocupou até 1997.
assumi a manutenção mecânica da Usina, que ainda se chamava
Na época da privatização da Eletrosul foi para o Departamento de
Sotelca, porque o engenheiro responsável tinha sido demitido. Motivo?
Geração Térmica, onde ficou até junho de 1999. Convidado pelo
Não aceitou ficar trabalhando nas festas de Natal e Ano Novo.
engenheiro Manoel Arlindo Zaroni Torres, que assumiu como presidente
Lembro do chefe da Usina me chamando numa sala com 40
da então Gerasul, Minuzzo passou a ser o diretor de Produção,
mecânicos: “Aqui está a tua equipe e a partir de agora tu és o gerente
responsável pela geração das Usinas da Gerasul. Nessa época, a
desse time de manutenção mecânica”. Depois passei a desempenhar
Companhia possuía um parque gerador de pouco mais de 3 mil MW.
outras funções na Empresa, mas sempre ligado ao Complexo
Hoje, são 28 Usinas gerando energia em todas as regiões do Brasil, com
Termelétrico Jorge Lacerda.
capacidade instalada de 8.765 MW, incluindo Usinas em consórcio.
Depois de 40 anos trabalhando na geradora de energia, Minuzzo se
aposenta e conta para os leitores da revista Boas Novas um pouco dos
seus desafios profissionais, os melhores momentos, as alegrias e seus
planos para o futuro. Mas “vestir o pijama” não está nos planos desse
gremista capaz de ir “com o Grêmio onde o Grêmio estiver”.
Acompanhe a entrevista a seguir:
Sem dúvida um dos melhores
momentos foi o processo de
privatização, em 1998.
Arquivo Tractebel Energia
José Carlos Caudurro Minuzzo (D), em 1977, já com um ano de trabalho na Eletrosul, com os colegas da
Usina Jorge Lacerda, em Tubarão. Nessa época Minuzzo era o engenheiro chefe da área de Geração Térmica
12
Tractebel Energia
ENTREVISTA
Arquivo Tractebel Energia
estatal as equipes eram estanques e individuais, não
se conversavam. O desafio nessa época foi unir os
empregados e fazer com que eles entendessem que
éramos uma única Empresa e trabalhassem de forma
matricial. Isso foi um grande legado que fizemos no
início da Empresa e perdura até hoje.
B.N. – E o maior ou maiores desafios como
diretor de Produção?
J.C.C.M. – Quero deixar claro que os desafios
sempre foram de toda a equipe, nunca só meus.
Mas, o maior desafio foram os resultados financeiros
da ENGIE Tractebel Energia ao longo dos anos,
sempre positivos. Só num ano tivemos resultado
negativo. Transformar a área de geração de uma
empresa estatal numa empresa com o maior valor
de mercado do setor elétrico foi, sem dúvida, o maior
Minuzzo, (E); Gil Maranhão, hoje na ENGIE Brasil; Manoel Zaroni, presidente da então Gerasul,
Claudio Dias e Roberto Quadros, segunda diretoria da Gerasul, que tomou posse em junho de 1999
de todos os desafios. Hoje é uma empresa bem
administrada, com uma equipe unida e profissional.
Também gostaria de destacar a melhora na
A Diretoria de Produção foi uma escolha do Zaroni. Ele me conheceu na época da
disponibilidade das Usinas a partir de um plano
privatização e confiou no que eu apresentei naquele momento. Estou, desde 1999,
feito pela Diretoria e aceito pelo Controlador.
nesse cargo e juntamente de nossas equipes fizemos grandes realizações.
No parque térmico, por exemplo, atingimos marcas
internacionais. Outro assunto desafiador nesses anos
B.N. – Qual o momento mais importante da tua carreira na Eletrosul/
é a questão da segurança no trabalho, segurança dos
Gerasul/Tractebel?
nossos empregados. Temos grandes manutenções,
J.C.C.M. – Sem dúvida um dos melhores momentos foi o processo de privatização, em
com muitos empregados próprios e terceirizados,
1998. Neste processo recebemos mais de 20 empresas para explicar como funcionava
e nossos índices de afastamento por acidentes de
a geração térmica da Eletrosul/Gerasul. Ali verificamos que a equipe estava preparada
trabalho são baixos. Também cito a introdução do
e que tínhamos conhecimento suficiente para as mudanças que iriam ocorrer. Nessa
SIG (Sistema Integrado de Gestão), com as ISOs de
época, vislumbramos que existia, por parte das empresas interessadas na compra da
Qualidade, Meio Ambiente e Segurança, como um
Gerasul, uma preocupação com o meio ambiente, com os investimentos que deveriam
bom momento da equipe dentro da ENGIE
ser realizados nessa área para manter aquele parque gerador em operação.
Tractebel Energia.
Outra preocupação dos investidores era com as comunidades do entorno e também
com a imagem da Empresa. Isso foi importante, pelo menos para mim, pois me deu
B.N. – Como era a diretoria de Produção quando
perspectivas de como poderia ser, trabalhar dali para a frente, mantendo a equipe
você assumiu? Isso foi em que ano? Quantos
treinada e habilitada para fazer um bom trabalho e superar desafios.
MW eram? Quais as fontes existentes e quantas
Na privatização, um dos desafios foi o ajuste do quadro de pessoal de nossas Usinas.
usinas existiam?
Foi uma grande experiência, porque fizemos a transição de uma forma bastante
J.C.C.M. – Assumi a Diretoria de Produção, em
negociada. Muitos empregados organizaram as suas empresas para prestarem
junho 1999, e a Empresa contava com 3.719 MW
serviços à Companhia, os que estavam em via de aposentadoria tiveram PDV
de capacidade instalada. Seu parque gerador era
(Plano de Demissão Voluntária), que na época era vantajoso.
composto de três hidrelétricas – Passo Fundo (RS),
Um momento importante também, mas aí já como diretor de Produção, foi otimizar os
Salto Osório e Salto Santiago (PR) –; e as termelétricas
recursos humanos. Tivemos que fazer com que as equipes interagissem mais, já que na
do Complexo Jorge Lacerda (SC), com sete
unidades; de Charqueadas, com quatro unidades
Transformar a área de geração de uma
empresa estatal numa empresa com o maior
valor de mercado do setor elétrico foi, sem
dúvida, o maior de todos os desafios.
(RS) e a de Alegrete, com duas unidades (RS).
B.N. – Quais as principais transformações do
setor elétrico a que você assistiu?
J.C.C.M. – A grande transformação que aconteceu
no setor elétrico foi a abertura da geração para outras
fontes. No final do século passado nem se falava no
BoasNovas
13
ENTREVISTA
Brasil em outro tipo de geração que não a hidrelétrica e a termelétrica
vale ressaltar que ter hidrelétricas só a fio d’água é perigoso, porque a
convencional (caldeiras a carvão ou óleo). Hoje temos usinas térmicas
geração é momentânea. Acredito que nesse momento não tem espaço
a gás, eólica, solar e biomassa, ocorreu uma diversificação nas fontes
para ter usinas com grandes reservatórios, essa é a nossa realidade.
de energia do País. Outra transformação do setor foi a extinção do
Temos usinas de acumulação, que são necessárias, em cascata, como
MAE (Mercado Atacadista de Energia Elétrica) e a reorganização do
as do Rio Iguaçu. Todas elas bem encaixadas, não proporcionaram
mercado com a abertura da comercialização para consumidores
grandes alagamentos e apresentam bom desempenho, boa geração.
livres. Ressalto também as mudanças nas formas de construir os
Mas vejo que construir usinas com grandes reservatórios na Amazônia,
novos empreendimentos, por leilão de energia nova pela menor
por exemplo, será um grande desafio, pois necessita-se equacionar as
tarifa. Com tudo isso a capacidade instalada de geração de energia
questões ambientais da região.
elétrica de nosso País passou de 63.000 MW em 1999, para os atuais
Outro problema a ser vencido é a entrada nas gerações alternativas,
140.000 MW.
porque elas não são constantes, dependem de situação climática –
vento e sol. Tem que existir uma composição entre as diversas fontes,
B.N. – Como avalia o ingresso de novas fontes, como
pois existe espaço para todas. Daqui para a frente nenhum país vai poder
biomassa, eólica e – mais recentemente – solar no parque
abrir mão de uma fonte de geração, inclusive a nuclear.
gerador da Companhia?
J.C.C.M. – As novas tecnologias começaram a aparecer porque
B.N. – O que considera ser o seu legado para a Empresa
nosso grupo franco-belga já tinha familiaridade com essas
e seus empregados?
tecnologias e plantas na Europa. Lembro que nossa primeira Usina foi
J.C.C.M. – O meu legado é de mostrar para as pessoas que somos
de biomassa, em Lages (SC). Mais tarde entraram as fontes eólicas,
capazes e dar exemplos de fazer o que temos determinado. Procurei
no Nordeste, e agora a solar. Esse é o futuro do mundo em termos de
sempre mostrar que se temos um projeto bom, temos que correr atrás
geração. Eu sempre digo que o Homem tem alternativas para sair das
dificuldades que ele mesmo criou.
Plinio Bordin
Veja, por exemplo, que estamos fazendo hoje uma readequação
ambiental e preparando o mundo para as próximas gerações. Se isso
não ocorrer, não poderemos dizer que o nosso mundo é sustentável.
Nas nossas hidráulicas temos uma ação ambiental de plantio da
mata ciliar. Conseguimos fazer com que as matas ciliares dos nossos
reservatórios estejam retornando a quase uma condição original.
B.N. – Na sua opinião quais são na atualidade os três maiores
problemas a serem vencidos na geração de energia no Brasil?
J.C.C.M. – Um dos grandes desafios é na geração térmica, com o
controle das emissões atmosféricas. Nós precisamos gerar com
fonte térmica para dar segurança ao sistema elétrico, mas temos que
ter um controle efetivo e usar as melhores tecnologias existentes para
que as emissões sejam mínimas e, se possível, abaixo dos padrões
estabelecidos em norma. Outro ponto que destaco é na geração
hidráulica. Temos que ter controle das áreas inundadas, pois isso traz
dificuldades para as pessoas que já estão nessa região. Mas também
Tem que existir uma composição
entre as diversas fontes, pois
existe espaço para todas. Daqui
para a frente nenhum país vai
poder abrir mão de uma fonte de
geração, inclusive a nuclear.
14
Tractebel Energia
Depois de 17 anos como diretor de Produção, José Carlos Cauduro Minuzzo,
deixa o cargo, mas continua na área de energia, como consultor
ENTREVISTA
para que vire realidade. Se a gente olhar as nossas Usinas vamos ver
B.N. – Há anos existe um tititi que você tem tudo anotado em um
que o padrão de qualidade operacional é reconhecido por todo
caderno. Quanto "valem" essas anotações? Vai virar livro?
o setor elétrico brasileiro e também pela nossa controladora.
J.C.C.M. – Tenho uns três cadernos (mostra uns cadernos grandes e
grossos retirados do armário). Desde criança gosto de cadernos e para
B.N. – Qual a melhor lembrança que você leva da ENGIE
memorizar sempre escrevo. Até hoje tenho todos os meus cadernos da
Tractebel Energia? Do que vai sentir mais falta?
faculdade encadernados e guardados.
J.C.C.M. – Vou sentir falta das pessoas, dos colegas que sempre
Sim, eu quero fazer um livro da minha vida, já comentei isso com a minha
estiveram junto, em todas as atividades. Só levo coisas boas daqui.
esposa. Não só profissional, mas das minhas lembranças ao lado dos
meus pais, das tias, tios, avós e familiares.
B.N. – Você tem percorrido nos últimos dias as Usinas
da empresa. São 28 atualmente. Como estão sendo
B.N. – Quais os planos a partir de agora? Vestir o pijama ou partir
essas despedidas?
para novos desafios?
J.C.C.M. – Estou passando por todas as Usinas na minha última
J.C.C.M. – Tenho alguns planos, como abrir uma consultoria na área de
etapa como diretor, mas até espero voltar outras vezes. Essas visitas
energia. Gosto da área de manutenção e produção, mas se tiver trabalhos
tem uma marca: a afetividade. As pessoas falam palavras que jamais
em investimentos também estou aberto. Para isso devo montar um
esperava ouvir, tenho ficado muito emocionado. Mas acredito que as
escritório, durante 2016, em Florianópolis. Pretendo também continuar
maiores emoções ainda estão por vir e vai ser onde comecei minha
o meu trabalho voluntário com a minha esposa, a Cibele, num asilo de
vida profissional, no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em
idosos. Quero dedicar mais tempo a esse asilo localizado em Ratones.
Capivari de Baixo.
Também tenho uma parte filosófica, que pretendo me dedicar mais,
na busca de saber de onde viemos e para onde vamos. Hoje, ocupo
Estou passando por todas as
Usinas na minha última etapa
como diretor, mas espero voltar
outras vezes. Essas visitas tem
uma marca: a afetividade.
conselhos de Administração, como o de Itá, Machadinho, Estreito,
Ibitiúva e Pampa Sul (Miroel Wolowski), e sou suplente no Conselho de
Administração da ENGIE Tractebel Energia e também da ESBR. Tenho uma
certeza: quero ficar próximo do grupo a que me dediquei nos últimos anos.
Também tenho atividades no CREA, onde sou conselheiro, uma atividade
para a qual tenho de me dedicar umas duas ou três vezes por mês. Acima
de tudo quero pegar o carro no final ou no meio da semana e ver o meu
time do coração, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e curtir a vida
com minha família.
Daniel Nascimento
Minuzzo está passando por todas as Usinas para se despedir da função de Diretor de Operação. Em todas essas visitas,
como na Usina Cana Brava (foto), ocorrida em fevereiro, o sentimento é de gratidão mútua
BoasNovas
15
USINA
Ponte de Pedra:
dez anos de conquistas
Localizada entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a hidrelétrica recebe
investimentos de R$ 15 milhões em manutenção para incrementar energia assegurada
A ENGIE Tractebel Energia comemorou no final do ano uma década
fenda natural esculpida ao longo de milhares de anos e “desaparece”
de operação comercial da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra
sob as rochas, voltando à superfície depois de 365 metros – vem daí o
(UHPP), localizada nos municípios de Itiquira (MT) e Sonora (MS). O
nome do empreendimento.
empreendimento representa uma contribuição importante não só
Ponte de Pedra destina 6% dos recursos que gera como compensação
para a segurança energética, como também para o desenvolvimento
financeira pelo uso da água. Desse total, 45% se destinam aos
socioeconômico e a preservação ambiental da região Centro-Oeste.
Plinio Bordin
Com capacidade instalada de 176 MW e energia assegurada de 131,6
MW médios, sua produção total está vendida até 2025.
O regime de operação da UHPP é de fio d’água, isto é, ela dispõe de um
pequeno reservatório, com apenas 14,5 km². “Seu diferencial é a maior
energia assegurada da Empresa em proporção”, explica o gerente da
Usina, Rogério Suematsu. Até o final deste ano, serão investidos
R$ 15 milhões para substituir os três rotores das turbinas por um novo
modelo fabricado na Alemanha. “Com isso, já garantimos junto à ANEEL
(Agência Nacional de Energia Elétrica) um incremento de 1,9 MW
médios de energia assegurada”, complementa.
Um canal de adução de 10 km com 12 metros de profundidade,
escavado em rocha e com declividade de um metro, conduz a água
até as turbinas. O sumidouro é uma característica singular da UHPP.
Quando a água passa pelas comportas e pelo vertedouro, entra em uma
Usina Ponte de Pedra recebe investimentos de R$ 15 milhões
Plinio Bordin
16
Tractebel Energia
USINA
Plinio Bordin
Regime de operação da Hidrelétrica Ponte de Pedra, localizada entre o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é fio d'água, com reservatório pequeno
municípios de Sonora e Itiquira, 45% são divididos entre os estados de Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul, e 10% entre os ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e o
FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Em dez anos de
operação, foram pagos R$ 52 milhões a esses
Palestras, passeios
e jantar marcam o
aniversário
municípios, estados e instituições.
Diretores, gerentes, funcionários da ENGIE
AÇÕES AMBIENTAIS
Tractebel Energia e convidados se reuniram no
Entre as principais ações ambientais desenvolvidas na Usina Hidrelétrica Ponte de
dia 11 de novembro para comemorar os dez
Pedra, destacam-se os programas de monitoramento da qualidade e biota aquática;
anos de Ponte de Pedra, numa programação
do processo erosivo; da fauna silvestre; das águas subterrâneas; de recuperação de
diversificada, com passeios pela Usina,
nascentes e o programa de vigilância das áreas de proteção permanente que circundam
jantar de confraternização com show da
a Usina. Em torno de R$ 5,8 milhões foram pagos em compensação ambiental para
banda Herus, de Rondonópolis, além de uma
aplicação em dois parques estaduais: Serra de Sonora (MS) e Serra Azul (MT).
palestra motivacional de Rafael Giuliano.
Nesses dez anos de funcionamento da Usina, o Programa de Monitoramento da Fauna
Os diretores de Produção, José Carlos
Silvestre no Canal de Adução coletou mais de 1.800 animais, que foram soltos em
Cauduro Minuzzo e Administrativo, Júlio César
áreas preservadas de Reserva Legal no entorno, informa o analista de Meio Ambiente
Lunardi, o gerente das Usinas hidrelétricas,
Claudiano do Amaral Souza. A fauna da região é bastante diversificada, incluindo
Artur Ellwanger, percorreram, acompanhados
espécies em risco de extinção como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e a onça-parda.
do gerente local Rogerio Suematsu e de
O empreendimento doa anualmente 22 mil mudas nativas do Cerrado e mantém um
outros empregados, as instalações da
programa de visitas para a integração com a comunidade.
hidrelétrica. Na Casa de Força da Usina
verificaram as obras de modernização das
Marcus Bordado
turbinas, com a substituição dos rotores.
Durante três anos consecutivos Ponte de
Pedra foi a Usina com melhor disponibilidade
da Empresa. No seu discurso, Rogerio
Suematsu, ressaltou que para chegar aos
dez anos foi preciso quebrar paradigmas,
ousar nas ideias e desafiar as equipes. “Não
chegamos a esse atual estágio sem muito
trabalho e suor”, concluiu.
Entre as conquistas da Usina, Suematsu
destaca a certificação com as ISOs 9001 e
14001 e OHSAS 18001; zero acidente com
afastamento; o conforto das instalações e
qualidade no trabalho.
Executivos da ENGIE Tractebel Energia na comemoração dos 10 anos da UHPP
BoasNovas
17
USINA
Royalties pagos somam
R$ 228 milhões em 2015
A ENGIE Tractebel Energia recolheu, em 2015, o total de R$
gerencia a arrecadação e a distribuição dos recursos entre os
228.106.771,00 relativos à COFURH (Compensação Financeira pela
beneficiários. As concessionárias pagam 6,75% do valor da energia
Utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia
produzida a título de compensação financeira.
Elétrica). Deste valor, R$ 78.545.175,00 foram destinados aos 65
Os valores efetivamente repassados pela ANEEL aos municípios
municípios abrangidos pelas nove hidrelétricas da Companhia (ver
podem ser um pouco diferentes dos divulgados pela ENGIE Tractebel
mapa). Os recursos são distribuídos entre Agência Nacional de Águas,
Energia nas tabelas a seguir, em função de fatores como o ganho de
Estados, Municípios, Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Minas
energia pela existência de outras usinas no mesmo rio. Ressalta-se
e Energia e Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
que o repasse aos municípios é feito pela ANEEL com defasagem
Tecnológico – FNDCT.
de até 60 dias em relação ao recolhimento feito pela Companhia.
A COFURH, também conhecida como royalties, instituída
Os dados exatos que cada município recebeu em 2015 podem ser
pela Constituição Federal de 1988, é um percentual que as
encontrados no site da ANEEL em www.aneel.gov.br/aplicacoes/
concessionárias de geração hidrelétrica pagam pela utilização de
cmpf/gerencial.
recursos hídricos. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)
Pequenas Centrais Hidrelétricas são dispensadas do pagamento
da COFURH.
UHE Estreito
R$ 25.144.607,7
UHE São Salvador
R$ 7.094.049,0
UHE Cana Brava
R$ 12.405.355,0
UHE Ponte de Pedra
R$ 5.952.151,3
UHE Salto Osório
R$ 36.966.745,3
UHE Salto Santiago
R$ 40.203.925,3
UHE Machadinho
R$ 40.010.330,5
UHE Itá
R$ 54.100.270,3
UHE Passo Fundo
R$ 6.229.336,6
18
Tractebel Energia
USINA
Distribuição dos recursos
pagos aos municípios
UHE Machadinho
UHE Itá
Município
UF
Área Km²
Área (%)
Coef. Dist.
(%) dos 45%
2015
Município
UF
Área Km²
Área (%)
Coef. Dist.
(%) dos 45%
2015
Barracão
RS
11,09 Km²
12,42%
5,10%
1.812.461,96
Machadinho
RS
26,47 Km²
29,63%
12,16%
4.325.300,30
Maximiliano
de Almeida
RS
8,34 Km²
9,34%
3,83%
1.362.677,25
241.575,06
Pinhal da Serra
RS
1,48 Km²
1,66%
0,68%
Anita Garibaldi
SC
0,94 Km²
1,05%
0,43%
152.947,88
Campos Novos
SC
2,83 Km²
3,17%
1,30%
462.689,18
1.137.925,24
Aratiba
RS
26,69 Km²
21,12%
8,14%
3.912.216,60
Capinzal
SC
6,96 Km²
7,80%
3,20%
Marcelino Ramos
RS
11,94 Km²
9,45%
3,64%
1.750.608,41
Celso Ramos
SC
7,94 Km²
8,89%
3,65%
1.298.177,14
Mariano Moro
RS
16,33 Km²
12,92%
4,98%
2.393.562,49
Piratuba
SC
12,24 Km²
13,70%
5,62%
1.999.855,30
Severiano
de Almeida
RS
4,75 Km²
3,76%
1,45%
695.730,94
Zortéa
SC
Alto Bela Vista
SC
15,87 Km²
12,57%
4,84%
Arabutã
SC
0,12 Km²
0,09%
0,04%
17.416,36
Concórdia
SC
36,49 Km²
28,89%
11,13%
5.350.122,12
Ipira
SC
0,05 Km²
0,04%
0,01%
6.860,99
Itá
SC
14,07 Km²
11,14%
4,29%
2.062.915,47
Peritiba
SC
0,02 Km²
0,02%
0,01%
2.902,73
126,32 Km²
100,00%
38,51%
18.519.399,76
TOTAL
TOTAL
Município
UF
Área Km²
Área (%)
Coef. Dist.
(%) dos 45%
Campinas do Sul
RS
49,66 Km²
34,59%
15,57%
861.995,65
Cruzaltense
RS
10,24 Km²
7,14%
3,21%
177.787,80
Entre Rios do Sul
RS
8,60 Km²
5,99%
2,70%
149.352,48
Jacutinga
RS
3,43 Km²
2,39%
1,07%
59.514,17
Pontão
RS
0,30 Km²
0,21%
0,09%
5.123,02
Quatro Irmãos
RS
2,12 Km²
1,47%
0,66%
36.723,26
Ronda Alta
RS
40,93 Km²
28,52%
12,83%
710.523,08
Três Palmeiras
RS
24,43 Km²
17,02%
7,66%
424.011,72
Trindade do Sul
RS
3,84 Km²
2,68%
1,20%
66.703,45
143,55 Km²
100,00%
45,00%
2.491.734,64
2015
UHE Cana Brava
Município
UF
Área Km²
Área (%)
2015
Cavalcante
GO
70,41 Km²
50,43%
11,38%
1.255.255,35
Colinas do Sul
GO
8,14 Km²
5,83%
1,32%
145.118,29
Minaçu
GO
61,08 Km²
43,74%
9,88%
1.088.921,99
139,63
100,00%
22,57%
2.489.295,63
TOTAL
5,07%
1.802.707,80
41,04%
14.596.317,11
UHE Salto Santiago
Município
UF
Área Km²
Área (%)
Coef. Dist.
(%) dos 45%
2015
2.679.176,69
Candói
PR
37,27 Km²
17,44%
7,50%
Cantagalo
PR
0,67 Km²
0,31%
0,13%
47.875,94
Chopinzinho
PR
65,56 Km²
30,68%
13,19%
4.712.545,70
Foz do Jordão
PR
4,64 Km²
2,17%
0,93%
333.449,49
Mangueirinha
PR
4,44 Km²
2,08%
0,89%
318.892,61
Porto Barreiro
PR
31,38 Km²
14,69%
6,31%
2.255.862,76
Reserva do Iguaçu
PR
0,33 Km²
0,15%
0,07%
23.485,09
Rio Bonito
do Iguaçu
PR
47,40 Km²
22,19%
9,53%
3.407.343,93
Saudade
do Iguaçu
PR
17,93 Km²
8,39%
3,61%
1.289.092,16
Virmond
PR
TOTAL
UHE Estreito
Município
UF
21,09%
1.115.742,58
53,14%
23,91%
1.265.117,95
15,62 Km²
100,00%
45,00%
2.380.860,53
UHE Salto Osório
Município
UF
Área Km²
Área (%)
Coef. Dist.
(%) dos 45%
2015
Quedas do Iguaçu
PR
26,50 Km²
44,23%
17,15%
5.635.719,90
Rio Bonito
do Iguaçu
PR
3,02 Km²
5,04%
1,95%
641.845,35
São João
PR
5,17 Km²
8,63%
3,35%
1.099.540,61
São Jorge d'Oeste
PR
20,96 Km²
34,98%
13,56%
4.457.121,09
PR
4,26 Km²
7,11%
2,76%
906.393,59
59,91 Km²
100,00%
38,77%
12.740.620,53
Área Km²
Área (%)
Coef. Dist.
(%) dos 45%
2015
Carolina
MA
206,43 Km²
32,47%
12,43%
2.778.717,99
TOTAL
7,68%
2,94%
657.561,27
5,70%
1.274.605,47
Barra do Ouro
TO
47,78 Km²
7,51%
2,88%
643.158,19
Darcinópolis
TO
39,04 Km²
6,14%
2,35%
525.510,59
Filadélfia
TO
114,44 Km²
18,00%
6,89%
1.540.456,75
2015
46,86%
Sulina
14,89%
Coef. Dist.
(%) dos 45%
7,32 Km²
2015
94,69 Km²
Área (%)
8,30 Km²
Coef. Dist.
(%) dos 45%
48,85 Km²
Área Km²
MT
Área (%)
TO
290.425,83
15.358.150,20
MS
Área Km²
MA
0,81%
42,98%
Itiquira
UF
Estreito
1,89%
100,00%
Sonora
Município
Babaçulândia
4,04 Km²
213,66 Km²
UHE Ponte de Pedra
TOTAL
Coef. Dist.
(%) dos 45%
12,35%
100,00%
2.327.063,65
UHE Passo Fundo
TOTAL
11,03 Km²
89,32 Km²
UHE São Salvador
Município
UF
Goiatins
TO
15,00 Km²
2,36%
0,90%
201.912,37
Cavalcante
GO
1,62 Km²
1,62%
0,36%
22.903,29
Itapiratins
TO
15,24 Km²
2,40%
0,92%
205.142,96
Minaçu
GO
4,60 Km²
4,61%
1,03%
65.063,84
Palmeirante
TO
25,45 Km²
4,00%
1,53%
342.577,98
Palmeirópolis
TO
44,51 Km²
44,66%
9,99%
629.672,06
Paranã
TO
45,22 Km²
45,38%
10,15%
639.844,69
TO
3,71 Km²
3,72%
0,83%
52.517,12
99,66 Km²
100,00%
22,36%
1.410.001,00
Palmeiras
do Tocantins
TO
28,02 Km²
4,41%
1,69%
377.172,30
Tupiratins
TO
0,89 Km²
0,14%
0,05%
11.980,13
São Salvador do
Tocantins
635,83 Km²
100,00%
38,29%
8.558.796,01
TOTAL
TOTAL
BoasNovas
19
USINA
Ritmo acelerado na implantação da
UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski)
Simôni Costa
Canteiro de obras já conta com mais de 900 trabalhadores, divididos em diversas frentes de trabalho
O horizonte do pampa gaúcho começa a ganhar novos contornos com
das torres de resfriamento terá 200 metros de extensão e 20 de largura”,
a implantação da Usina Termelétrica Pampa Sul (Miroel Wolowski),
lembra Figueira. Ao lado das torres, a área destinada para a estação de
que está sendo construída na localidade do Seival, em Candiota. A
bombeamento de água está sendo preparada, com a escavação do
obra, iniciada em setembro de 2015, pela terraplenagem do terreno,
terreno.
atualmente emprega mais de 900 pessoas, com a previsão de que entre
As obras da chaminé e da turbina também já estão em andamento, com
o final do ano e meados de 2017, atinja seu auge, envolvendo mais de
a primeira concretagem da estrutura da chaminé já tendo sido realizada,
dois mil trabalhadores.
e com a armação do anel estrutural da torre, estando praticamente
O gerente da obra, Marcos Figueira, destaca que a implantação da
finalizada. As fundações da casa de força também já foram iniciadas
UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) está prestes a atingir um novo marco
e o canteiro de obras destinado para a montagem dos equipamentos
contratual, com a transição da construção civil para a montagem
eletromecânicos, está sendo preparado.
eletromecânica da caldeira, um dos equipamentos mais complexos
“Toda a obra está acontecendo em um bom ritmo e, com o clima mais
e importantes da Usina. A previsão é que, já nas próximas semanas,
estável nos meses de janeiro e fevereiro, a tendência aponta para a
o trabalho de armação e concretagem das fundações da caldeira
recuperação do cronograma da obra, que havia sido prejudicado pelo
esteja concluído, assim como o serviço de reaterro da área, dando
alto volume de chuvas na região no final de 2015”, explica Figueira.
início à preparação para a montagem dos primeiros equipamentos
Na área em frente à Usina, os escritórios da obra estão praticamente
eletromecânicos, que deverão começar a chegar em Candiota, vindos
finalizados, com previsão de que, em breve, deverão começar a ser
da China, ainda em março.
utilizados. A obra dos alojamentos dos funcionários da ENGIE Tractebel
Ao mesmo tempo, outras frentes de trabalho estão em andamento.
Energia também está bastante avançada. A vila composta por 50
Recentemente, a escavação e o concreto de regularização de fundo, da
alojamentos, mais área de lazer, academia, quadra esportiva, refeitório
torre de resfriamento, começaram a ser realizados. “Esta é também uma
e lavanderia, passa por trabalhos de instalação hidráulica e elétrica, com
obra bastante complexa e importante. Quando concluída, a estrutura
expectativa de conclusão para junho de 2016.
20
Tractebel Energia
USINA
Lago Azul Consultoria
Estrutura civil (parte inferior da foto) para receber a caldeira já pronta, escritórios e alojamentos (parte superior da foto) que estarão finalizados no meio do ano
BoasNovas
21
USINA
Desenvolvimento regional
economia local”, destaca o gerente socioambiental da UTE Pampa Sul
A geração de oportunidades de emprego e renda que beneficiem,
(Miroel Wolowski), Hugo Roger Stamm.
principalmente, a comunidade local, é um dos principais compromissos
Outras importantes conquistas para a comunidade regional são
assumidos pela ENGIE Tractebel Energia durante as Audiências
os investimentos realizados na melhoria da malha viária da região.
Públicas realizadas para a obtenção da Licença Prévia (LP) da Usina e,
Exemplos são a estrada que liga o bairro de João Emílio ao local onde
também, com o governo do Estado do Rio Grande do Sul, e que vem
a UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski) está sendo construída, que está
sendo concretizado durante a implantação da UTE Pampa Sul (Miroel
sendo recuperada, alargada e encascalhada; o desvio construído
Wolowski). Prova disto, são os dados do último levantamento realizado
para amenizar o fluxo de veículos que passavam pela Vila do Seival em
que apontam que, mais de 80% dos trabalhadores envolvidos na obra
direção à obra; e a recuperação da estrada Trigolândia-Seival, um dos
da Usina, são do Rio Grande do Sul, dos quais 60% são de cidades das
principais acessos para a comunidade de Hulha Negra, cidade vizinha à
Áreas de Influência Direta e Indireta do empreendimento.
Candiota, à obra da UTE Pampa Sul (Miroel Wolowski).
“Esses dados reafirmam o nosso compromisso de valorização da mão
“O objetivo é aprimorar a infraestrutura viária desta região de Candiota,
de obra regional e o trabalho constante realizado junto às empresas
minimizando o trânsito de veículos e caminhões nas estradas próximas
contratadas para a execução da obra, orientando-as a valorizar e
às localidades do João Emílio e Seival e, com isso, beneficiar toda a
priorizar a contratação de trabalhadores da região, potencializando a
comunidade, que passa a contar com estradas em melhores condições
de trafegabilidade”, conclui Stamm.
Simôni Costa
Com a liberação do uso do desvio e diminuição do fluxo de veículos, a comunidade do Seival passa a sentir menos os reflexos da implantação da Usina
Simôni Costa
Turma de soldadores MIG-MAG se formou em Bagé. A capacitação de mão de obra local já abrangeu quase 400 pessoas dos municípios da região
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Tractebel Energia
USINA
Empregados recebem treinamento
na China e no Brasil
com o Uruguai. A partir de agosto, todos iniciam uma nova etapa de
Os próximos três anos serão de grande aprendizado para as equipes
do fabricante e estrutura da Usina, conforme previsto em contrato
da ENGIE Tractebel Energia envolvidas no projeto da Usina Termelétrica
com a SDEPCI, empresa chinesa que está erguendo a Usina. Parte do
Pampa Sul (Miroel Wolowski). Uma parceria técnica entre as diretorias
treinamento será ministrada pelos fabricantes dos equipamentos. Com
de Desenvolvimento e Implantação de Projetos e de Produção está
início previsto para agosto de 2016, o curso prossegue até março de 2017.
formando os grupos de empregados que irão atuar na operação,
“Também estruturamos dois cursos de formação técnica na região. Hoje
manutenção, administração e meio ambiente. Em março, um grupo de
temos 50 alunos na cidade de Bagé, sendo 30 no curso de operador em
16 pessoas irá à China participar de um treinamento de quatro meses
processo de geração de energia elétrica e 20 no curso de qualificação
em usinas e simuladores. Em agosto, será iniciado outro treinamento
em manutenção”, acrescenta o gerente da Regional Rio Grande do
no Brasil, envolvendo 100 trabalhadores.
Sul Renato Schimitd Barbosa. Segundo ele, os alunos que mais se
O treinamento na China está organizado em três etapas. “Nos primeiros
destacarem irão fazer estágio na Empresa e ficarão aptos a trabalhar na
45 dias, o grupo irá estudar turbogeradores e sistemas auxiliares na
Usina. Realizado em parceria com o Senai, o curso tem participantes de
termelétrica da cidade de Rizhao, na província de Shandong”, conta
Candiota, Bagé, Pinheiro Machado e Hulha Negra.
sete meses de treinamento sobre instruções operacionais, manuais
o gerente de operação da Usina de Charqueadas, Rodrigo Missel,
responsável pela coordenação dos cursos. “Os 45 dias seguintes
VISITA ÀS FÁBRICAS – No segundo semestre de 2015, seis
serão focados em caldeiras e sistemas auxiliares na cidade de
engenheiros da ENGIE Tractebel Energia viajaram à China para
Yongan, província de Fujian. Nos últimos 30 dias, o grupo irá colocar
acompanhar as etapas iniciais do projeto da Usina, como fluxogramas e
em prática o que foi aprendido com a utilização de simuladores,
desenhos do projeto de fabricação dos equipamentos. “Já começamos
recentemente instalados na planta de Yongan”. Missel explica que
as inspeções de campo nas fábricas”, conta o engenheiro José Roberto
esses equipamentos reproduzem situações específicas e problemas
Haude, um dos membros da equipe. Segundo ele, o primeiro lote, com as
que podem ocorrer em uma termelétrica. O curso será ministrado em
fundações da caldeira, já foi despachado para o Brasil. “Chamamos esta
inglês, com a presença de tradutores do chinês para o inglês, de forma
etapa de caminho crítico do projeto, porque este é o equipamento que
a melhorar a compreensão do conteúdo.
mais demora a ser fabricado”, diz Haude. Ele informa que o grupo está
unido e se adaptando à nova rotina: “Os chineses são muito receptivos.
treinamento – Depois do retorno, previsto para 6 de julho, os
Nossa principal barreira é a alimentação, pois o paladar deles é bem
empregados da Companhia terão 30 dias para providenciar a mudança
diferente do nosso”, comenta.
para Candiota, município de 8,8 mil habitantes localizado na fronteira
Divulgação ENGIE Tractebel Energia
Da esq. para dir.: Rodrigo Missel – engenheiro de Operação UTMW, Luiz Augusto Torres – membro da equipe de Engenharia da
UTMW na China, e Claudio Nicolazzi Corrêa – engenheiro de Operação da Engenharia do Complexo termelétrico Jorge Lacerda,
que está a serviço da UTMW na China, em treinamento na Usina Termelétrica de Rizhao, na província de Shandong
BoasNovas
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USINA
Obras de Santa Mônica
avançam dentro do prazo
Denilson Ruzene
Montagem do Complexo Eólico Santa Mônica está em ritmo acelerado e operação comercial deve iniciar ainda este ano
O Complexo Eólico Santa Mônica, em construção no Ceará desde
está organizado em três grandes fases. A primeira está associada às
agosto de 2014, deve entrar em operação comercial a partir de junho,
obras civis, consistindo na melhoria do solo, drenagens, construção
conforme cronograma do projeto. Dois de seus quatro parques,
das plataformas, vias de acesso externas e internas e execução das
Cacimbas e Santa Mônica, já estão com as redes subterrâneas e as
fundações dos aerogeradores, estas últimas ainda em andamento.
fundações concluídas. Cada um deles receberá sete torres. Agora,
A segunda, que prossegue até julho, envolve a instalação das torres e
estas frentes de trabalho se concentram em Estrela e Ouro Verde, que
montagem dos aerogeradores. Nesta etapa, a ENGIE Tractebel Energia
receberão 11 torres cada. No total, serão montados 36 aerogeradores
está utilizando pela primeira vez o Eolift, um equipamento inovador que
com capacidade instalada de 97,2 MW, o suficiente para alimentar
permite montar as torres de baixo para cima. Essa tecnologia de origem
uma cidade de 170 mil habitantes. O investimento de R$ 460 milhões
francesa dispensa o uso de guindaste, minimizando as interrupções
no empreendimento reforça a estratégia da Companhia de diversificar
provocadas pelo vento e ampliando a segurança da operação.
sua geração, ampliando a participação de fontes renováveis na matriz
A terceira e última fase, também em andamento, consiste na montagem
energética brasileira.
eletromecânica da ampliação da subestação Trairi e das redes aéreas
“Do ponto de vista físico, o avanço da obra é de cerca de 40%”, informa
e subterrâneas para interconexão dos parques à subestação. As
o gerente de projeto, Márcio Daian Neves. Ele explica que o trabalho
redes elétricas subterrâneas estão em construção para interligar os
24
Tractebel Energia
USINA
Charles Robson
aerogeradores de cada um dos parques. Também já foram iniciadas as instalações das redes
aéreas de 34,5 kV de tensão para transportar a energia dos parques até a Subestação Trairi,
que já atende o Complexo Eólico Trairi e está sendo ampliada. “Com Santa Mônica, estamos
dando o máximo de aproveitamento à subestação, o que reduz o tempo de implantação do
Complexo e os custos de conexão”, destaca Márcio.
“O grau de nacionalização dos equipamentos do Complexo é quase total”, informa o gerente
do projeto. Depois que os equipamentos e as redes de distribuição forem testados, a energia
eólica gerada pelo Complexo passará a abastecer regularmente o sistema elétrico brasileiro.
Outro diferencial do empreendimento é que o projeto foi viabilizado primeiro no mercado livre
de energia e depois vendido através de leilão ao mercado regulado, para fornecimento de
energia a partir de 1º de janeiro de 2018.
Investimentos sociaiS
Trairi é um tranquilo município costeiro de 54 mil habitantes, situado no litoral oeste do
estado, a 123 km de Fortaleza. Sua economia tradicionalmente ligada ao turismo, à pesca
e à agricultura está se diversificando com o aproveitamento da vocação para gerar energia
dos ventos. No seu ápice, a obra irá gerar em torno de 600 empregos diretos. Uma fábrica de
torres foi construída nas proximidades, aproveitando mão de obra local. Estado e município
se beneficiam com o recolhimento de impostos, ISS (Imposto sobre Serviços) durante a
construção dos parques e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
quando o Complexo estiver em operação.
A Empresa está investindo R$ 1,5 milhão em obras sociais em Trairi. Elas incluem um centro de
fisioterapia, antiga reivindicação da comunidade; um sistema de coleta seletiva de resíduos,
voltado para a criação de uma cadeia de reciclagem no município; poços e fontes para
suprimento de água potável; a revitalização de uma praça esportiva e um projeto voltado para a
promoção da saúde e nutrição infantil, que tem quatro mil crianças como público de interesse.
A maior parte desses recursos é contrapartida da Companhia ao financiamento da obra pelo
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Novas tecnologias, como o Eolift, facilitam montagem
Charles Robson
Um dos pontos importantes dessa obra, além das novas tecnologias, é a nacionalização dos equipamentos
BoasNovas
25
USINA
Um salto de 12,2 MW médios
Plinio Bordin
Modernização de uma das mais antigas hidrelétricas da ENGIE Tractebel Energia incrementou a energia gerada e prolonga a vida útil dos equipamentos em mais 30/35 anos
Localizada no Paraná, a Usina Hidrelétrica Salto
Santiago, com capacidade instalada de 1.420 MW,
desde 2015 vem sendo modernizada. Das quatro
Unidade do Complexo
Jorge Lacerda é modernizada
unidades geradoras, duas já estão operando com
novos equipamentos; a unidade três apresenta bom
Investir na revitalização e modernização de seu parque gerador é uma das
ritmo no trabalho de renovação; o Sistema de Combate
políticas praticadas pela ENGIE Tractebel Energia. A Usina Termelétrica Jorge
a Incêndio dos Transformadores está 100% concluído;
Lacerda A, com quatro unidades, e inaugurada em 1965, já está com sua
69% do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio
Unidade 1 totalmente revitalizada e, desde janeiro, com maior disponibilidade,
da Casa de Força concluído e a Digitalização dos
geração, confiabilidade, segurança e ganhos ambientais. Já a Unidade 2 da
comandos e controles dos serviços auxiliares da
Usina iniciou sua modernização no final de fevereiro, com prazo de entrega
Usina mostram 73% já realizado.
para julho deste ano.
A ANEEL já reconheceu o incremento de 12,2
“Desgastes e limitações de alguns equipamentos deixavam a Unidade 1 com
MW médios nas duas unidades modernizadas e a
carga limitada de 35 MW, mas com a revitalização, o desempenho melhorou e
expectativa é um acréscimo de 24,2 MW na revitalização
a disponibilidade de geração ficou como no início: 50 MW. Isso nos dá ganhos
das quatro unidades. “Essa modernização vai garantir
na eficiência energética e nas questões ambientais, refletindo também em
um novo ciclo de pelo menos mais 30, 35 anos de vida
benefícios diretos não só para a Empresa, como para toda a comunidade,
útil dos equipamentos eletromecânicos”, explica o diretor
além do SIN (Sistema Interligado Nacional)”, explica o gerente da UTLA,
de Produção da ENGIE Tractebel Energia, José Carlos
engenheiro Marcelo Bzuneck. Foram investidos na Unidade 1 cerca de R$ 40
Cauduro Minuzzo. O importante também, segundo ele, é
milhões, mesmo valor que deve ser aplicado na Unidade 2, que passa por igual
manter a confiabilidade e a segurança operacional para a
processo de modernização.
geração de energia ao Sistema Interligado Nacional.
Entre as principais atividades envolvidas nessas duas modernizações estão
Até agora foram investidos em torno de R$ 366 milhões
a substituição completa do precipitador eletrostático para garantir maior
e a previsão da conclusão de toda a modernização,
captação de material particulado e redução das indisponibilidades da planta;
com as quatro unidades, está mantida para o primeiro
modernização da turbina e a manutenção em válvulas, redes de água e vapor e
semestre de 2017, observa o gerente de Hidrelétricas,
sistemas elétricos.
Artur Ellwanger.
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Tractebel Energia
ALTA VOLTAGEM
Lucro líquido sobe 8,5% em 2015
Marcelo Vian
Pelo quarto ano consecutivo a ENGIE Tractebel Energia é a geradora com maior
valor de mercado do Brasil, R$ 21,9 bilhões, em 31 de dezembro de 2015. Mesmo
num cenário pouco animador, com a economia em retração, o lucro líquido do ano
passado da Companhia apresentou um acréscimo de R$ 118,2 milhões ou 8,5%
em relação ao mesmo período de 2014. Foram R$ 1.501,3 milhões (R$ 2,3000/
ação), em 2015, contra R$ 1.383,1 milhões em 2014.
“Contribuíram para a obtenção desse lucro líquido estratégias adequadas de
redução da exposição aos altos preços do mercado de curto prazo no início do ano;
de alocação mensal da energia contratada e de manutenção do parque gerador”,
revela o diretor-presidente da ENGIE Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres.
O EBITDA alcançou R$ 3.114,5 milhões em 2015, um aumento de 7,6% ou R$ 219,5
milhões em comparação a 2014. A margem EBITDA foi de 47,8% no ano de 2015,
aumento de 3,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Já a receita líquida
de vendas totalizou R$ 6.512,0 milhões em 2015, incremento de 0,6% ou R$ 39,5
milhões em comparação ao montante apurado em 2014.
“Alcançar esses números em um cenário de retraimento da economia é mais uma
clara demonstração da resiliência da Companhia e da confiança que o mercado lhe
confere”, observa Zaroni. Atualmente, a ENGIE Tractebel Energia conta com uma
capacidade instalada de 7.044,3 MW e opera um parque gerador de 8.765,0 MW,
composto por 28 usinas.
No portfólio da Companhia percebe-se a diversificação de fontes: nove
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini
(esquerda) recebe o prêmio Assiduidade da APIMEC/Rio
hidrelétricas, cinco termelétricas e 14 complementares – biomassas, PCHs
(Pequenas Centrais Hidrelétricas), eólicas e solar –, das quais 24 pertencem
integralmente à Companhia e quatro – as hidrelétricas Itá, Machadinho e Estreito,
Para Zaroni, o investimento na excelência da operação e
e a biomassa Ibitiúva Bioenergética – são exploradas por meio de parcerias com
manutenção das usinas foi muito acertado. No ano passado,
outras empresas.
por exemplo, descontadas as paradas programadas, a
disponibilidade das usinas alcançou 97,4%, superando o
EXPANSÃO – Cinco projetos estão atualmente em construção: a Hidrelétrica
índice de 2014, de 96,5%. “Realizamos investimentos na
Jirau, sendo implantada pela controladora ENGIE; os Complexos Eólicos Campo
modernização e melhoramentos nas usinas hidrelétricas
Largo (BA) e Santa Mônica (CE); a Usina Solar Assu V (RN) e a termelétrica a carvão
Passo Fundo, Ponte de Pedra e Salto Santiago. Em Salto
Pampa Sul (Miroel Wolowski), que está sendo erguida no Rio Grande do Sul. Foram
Santiago, conseguimos o aumento da garantia física da
investidos em 2015 R$ 917,3 milhões na construção, manutenção, revitalização do
Usina em 12,2 MW médios em 2015. Quando as quatro
parque gerador da Companhia e na aquisição de projetos. Mais da metade desse
unidades geradoras estiverem modernizadas e em
valor, ou seja, R$ 493,6 milhões ficaram com a construção de usinas; R$ 134,5
operação serão 24,2 MW médios adicionados”, afirma
milhões foram aplicados na modernização de duas hidrelétricas: Salto Santiago
Zaroni. Por sua vez, a Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra com
(PR) e Passo Fundo (RS) e R$ 66,3 milhões foram destinados à aquisição de
três unidades geradoras, que passa por substituição do
projetos. Além disso, a manutenção recebeu investimentos de R$ 222,9 milhões,
rotor da turbina, terá – ao final do processo – em maio deste
visando manter alto o fator de disponibilidade das plantas.
ano, o ganho de mais 1,9 MW médios de garantia física.
Coordenação e edição
Leandro Provedel Kunzler
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22/10/2015
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Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade
da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa
RÉFÉRENCES COULEUR
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Reportagem e textos
Dfato Comunicação
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Colaboração de Simôni
Costa e Karina Howlett
Jornalista responsável
Duda Hamilton
Concepção gráfica
e editoração
Dzigual Golinelli
Foto da capa
Plinio Bordin
Tiragem
2.750 exemplares
Quando uma
empresa pensa nos
próximos vinte anos,
é planejamento.
Quando pensa
nos próximos
duzentos,
é sustentabilidade.
O nosso trabalho é muito mais do que gerar energia. Nosso compromisso é fazer isso de
maneira sustentável, respeitando a natureza, as comunidades onde atuamos e as futuras
gerações. E isso só é possível porque, além de utilizar fontes limpas e renováveis em
mais de 80% do que produzimos, estamos sempre investindo em projetos que promovem
a melhoria social, ambiental e econômica. Tudo porque acreditamos que a
importância de uma empresa é maior quando todos ganham com ela.

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