Dra. Marta Machado
Transcrição
Dra. Marta Machado
TERAPIA BIOLÓGICA MARTA BRENNER MACHADO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PORTO ALEGRE Importância do Tema 1. Doença crônica e incurável. 2. Difícil aceitação pelo paciente. 3. Fundamental: conhecer o manejo atual e otimizar custos da terapia(farmacoeconomia). 4. Otimizar o alto custo de exames de controle. 5. Custo elevado para assistência (SUS/ Operadoras) Doença Inflamatória Intestinal Doença de Crohn: Primeiros Relatos: 1612 1ª Publicação Oficial: 1932 Dr. Crohn em Nova Iorque Retocolite Ulcerativa: Primeiro relato: 1859, Londres O Espectro Clínico Crohn Retocolite Ösophagus Magen Duodenum 3–5% Dünndarm und Colon 40 – 55 % Beteiligung des Rektums 11 – 26 % (sub-)totale Colitis 15 – 20 % partielle Colitis 30 – 50 % nur Dünndarm 25 – 30 % nur Colon 20 – 25 % „backwash ileitis“ Anorektale Erkrankung (Analfisteln, Analfissuren, periproktitische Abszesse u.a.) 30 – 40 % Proktosigmoiditis 30 – 50 % COMO DECIDIR O TRATAMENTO Localização Gravidade Idade Nº Recidivas Drogas em uso OBJETIVO Induzir Remissão Manter Remissão Doenças Associadas Complicações Extra-Int. RECIDIVA Situação Sócio-econômica Aspectos Nutricionais/Gravidez Manifestação Inicial Estenose Melhor chance de melhores desfechos Cirurgia Fístula / abscesso Estenose Início da Doença Diagnóstico Pré-clínica CDAI: Índice de atividade da doença de Crohn; CDEIS: Índice endoscópico de gravidade da doença de Crohn; PCR: Proteína C-reativa Atividade Inflamatória (CDAI, CDEIS, PCR) Lesão digestiva Janela de oportunidade para tratamento: melhores desfechos na doença de Crohn Doença inicial Clínica Pariente B, et al. Inflamm Bowel Dis 2010; epub 28 Nov 2010 Evolução da DC em Longo Prazo Probabilidade Acumulada (%) 100 90 80 70 60 Penetrante 50 40 Inflamatória 30 Estrangulamento 20 10 0 0 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144 156 168 180 192 204 216 228 240 Meses Cosnes J, et al. Inflamm Bowel Dis. 2002;8:244-250. Terapia Biológica: O Momento Ideal Courtesy of Edouard Louis, Belgium Evolução: Remissão Profunda Sustentada Meta Parâmetros clínicos Desfechos Resposta Melhora dos sintomas Melhora da Q.V. Remissão Nenhum sintoma Exames laboratoriais normais Diminuição das hospitalizações Remissão profunda Endoscopia normal Mucosa cicatrizada Sem cirurgias Invalidez mínima ou ausente SUSTENTADA Panaccione R. Abbott Symposium at ECCO, Prague, Czech Republic; February 2010 Biological Agents Rituximab Anti-CD20 Visilizumab Anti-CD3 PDL cM-T412 Anti-CD4 Centocor Daclizumab Anti-CD25 PDL/Roche Basiliximab Anti-CD25 Novartis ch5D12 Anti-CD40 Tanox Tocilizumab Anti-IL6R Roche Golimumab Anti-TNF Centocor Fontolizumab Anti-IFN-ϒ PDL Ustekinumab Centocor C326 Anti-IL6 Avidia AntiIL12/IL23 p40 AIN457 Anti-IL17 Novartis ABT-874/J695 Anti-CXLX10 Medarex AntiIL12/IL23 p40 Abbott MDX1100 rIL18 BP IL18 Serono/Merck HuMxIL15 IL15 GenMab Tenovil IL10 Shering-Pl. Oprelvekin IL11 Centocor Etanercept Anti-TNF Wyett Onercept Anti-TNF Serono Anti-CD103 Anti-CD103 LigoCyte Vedolizumab Anti-α1β7 Millenium RhuMab beta7 Anti-β7 GenenTech Alicaforsen AntiICAM-1 ISIS VAP1 Ab Anti-VAP1 BioTie Pf-00547,659 Anti-MAdCAM Pfizer Anti-T cells Roche Anti-cytokines Cytokines Abatacept Anti-CD28 Anti-adhesion Mucosal barrier Sargramostim GM-CSF RegeneRx Teduglutide GLP-2 NPS VT-214 Chemokine binding Viron Somatropin Epithelial growth Eli Lilly Phase III Other Infliximab AntiTNF Centocor SheringPlough Adalimumab AntiTNF Abbott Certolizumab AntiTNF UCB Natalizumab Anti-α1β4 Berlex Thymosinβ4 Phase II Anti-TNF BMS RGN-352 Phase I Anti-B cells Pre-reg Elan Courtesy of J-F Colombel Launched Atividade da doença: Índice de atividade da Doença de Crohn (CDAI) Variável clínica ou laboratorial Fator de peso Número de evacuações líquidas ou pastosas a cada dia, por sete dias x2 Dor abdominal (classificadas em gravidade de 0–3) a cada dia, por sete dias x5 Bem-estar geral, avaliado subjetivamente de 0 (bem) a 4 (péssimo) a cada dia, por sete dias x7 Presença de complicações* x 20 Tomando Lomitil ou opiácios para diarréia x 30 Presença de massa abdominal (0 para não, 2 para questionável, 5 para definida) x 10 Hematrócito de <0.47 em homens de <0.42 em mulheres x6 Desvio percentual do peso padrão x1 *Um ponto para cada é acrescentado a cada conjunto de complicações: presença de dores nas juntas (artralgia) ou artrite evidente; inflamação da íris ou uveíte; presença de eritema nodoseo, pioderma gangrenoso ou aftas; fissuras anais, fístulas ou abcessos, outras fístulas, febre ao longo da semana anterior. Best WR et al. Gastroenterol 1976:70:439–444. Definição de Remissão CDAI Remissão IAC <150 <4 Leve 150–300 4–8 Moderada 300–450 8–10 450–600 >10 Altamente Ativa "Tóxica" Best WR et al. Gastroenterol 1976:70:439–444. Harvey – Bradshaw Simple Index ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO SUB -TRATAR SUPER TRATAR Doença Doença Leve Incapacitante Evolução Benigna Por que otimizar a terapia? A Doença de Crohn é uma inflamação crônica A inflamação descontrolada levará a complicações irreversíveis: Fibrostenose; Fístulas; Displasia/câncer; Perda da função intestinal. A inflamação deveria ser “completamente” controlada, em tempo hábil, com a terapia adequada. Hanauer SB et al. Am J Gastroenterol 2001;96:5635-643. TERAPIA BIOLÓGICA ALTERAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA DOENÇA CICATRIZAÇÃO DA MUCOSA REDUÇÃO DE HOSPITALIZAÇÕES E CIRURGIAS REMISSÃO PROFUNDA DESAFIOS: RISCOS/BENEFÍCIOS DA DROGA FALHAS DE TRATAMENTO TOLERÂNCIA ADQUIRIDA TEMPO DE USO American Gastroenterological Association Consensus Development Conference on the use of Biologics in the Treatment of Inflammatory Bowel Disease INFLIXIMAB - ADALIMUMAB – REMICADE® HUMIRA® CERTOLIZUMAB – CIMZIA® Gastroenterology 2007 ; 133:312 - 339 INFLIXIMAB • Remicade® - Janssen • ANVISA- 2000 DC e 2006 para RCU • Anticorpo monoclonal • 75% proteína humana camundongo e 25% • Bloqueia a interação do TNF com seus receptores, impedindo a quimiotaxia de macrófagos e induzindo apoptose INFLIXIMAB •Indução: 5mg/kg aplicados EV nas semanas 0, 2 e 6 • Manutenção: semanas 5mg/kg a cada 8 ADALIMUMAB • Humira (Abbott®) • ANVISA 2007 • Anticorpo monoclonal totalmente humano • Induz apoptose de células T ADALIMUMAB • Aplicação SC e dose não é peso-dependente • Indução:160 mg semana 0 e 80mg semana 2 • Manutenção: 40mg a cada 2 semanas • Estudo CLASSIC INFLIXIMAB E ADALIMUMAB: Infliximabe Adalimumabe Classe MAb quimérico MAb humano Alvo TNF TNF Meia-Vida 8-10 dias 10-20 dias Administração E.V. S.C. 5–10 mg/kg 0/2/4 sem 160/80/40mg (4-2-1) Característica Doença Inflamatória Intestinal Características do Cimzia Fab′ Cimzia é o único anti-TNF PEGuilado Fragmento Fab’ PEGuilado de um anticorpo monoclonal humanizado Produção em E. Coli PEG PEGuilação no sítio específico resulta em: Meia Vida de ~14 dias Aumento da penetração do Cimzia no tecido inflamado (em modelo animal) Sem Região Fc Pode impedir potenciais efeitos mediados pela região Fc tais como CDC e ADCC* (In CDC = complement-dependent cytotoxicity vitro) ADCC = antibody-dependent cell-mediated cytotoxicity Chapman A, et al. Nature Biotech. 1999;17:780-3 Weir N, Athwal D, et al. Therapy. 2006;3:535-45 SELECIONANDO O PACIENTE : TERAPIA PRECOCE CRITÉRIOS DE MAIOR AGRESSIVIDADE DA DOENÇA: 1. Idade menor de 40 anos ao diagnóstico 2. DC na forma fistulizante (perianal ou abdominal) e estenosante 3. Grande extensão anatômica e comprometimento do delgado/TGI sup. 4. Uso de corticoterapia na primeira crise 5. Perda ponderal > 5Kg antes do diagnóstico (último ano) 6. Tabagismo 7. Gravidade nos critérios endoscópicos 8. Ressecções intestinais prévias World J Gastroenterol2010 V16 2600:2603 9. Fatores sorológicos – ASCA elevado em jovens/Duplo ASCA positivo AmJGastroenterol 2002 V02 106 IBD Ahead 2011 (Dusseldorf, setembro de 2011) Declaração 3. Há evidências de que há uma desconexão entre sintomas e atividade inflamatória; por este motivo, uma estratégia para monitorização da doença além dos sintomas deve ser adotada, e deve incluir marcadores sorológicos, exames radiológicos e endoscópicos (Nível de evidência D). Concord. 98 % CRITÉRIOS ENDOSCÓPICOS TERAPIA BIOLÓGICA SIGMOIDE ANTES SIGMOIDE DEPOIS A Evolução da Terapia: Rumo ao Tratamento Ideal da Doença de Crohn Objetivos da terapia: Menor No. de cirurgias Cirurgia ANTI - TNFs Imunossuppressores (AZA/6-MP, MTX) Corticosteróides Identificação adequada do paciente: • Quais pacientes devem ser tratados com anti-TNFs? • Quais são as diferenças entre os anti-TNFs? • Qual é o tratamento ideal? • Opções em caso de redução da resposta? • Uso disseminado • Reconhecimento mais rápido de falha do tratamento • Breve exposição • Identificação mais rápida de resistência/dependência ACELERADO TOP DOWN Grave CONVENCIONAL IMS + TNF antagonistas IMS + TNF antagonistas IMS + TNF antagonistas Moderada Corticosteroides + IMS Corticosteroides Corticosteroides + IMS Ordás I et. Al. Gut. 2011;60(12):1754-63. Objetivos do Tratamento para a DC: Além da Remissão dos Sintomas Melhorar a qualidade de vida (QV) e induzir à resposta rápida Manter a remissão livre de esteróides Evitar complicações, hospitalizações e cirurgias Prevenir a mortalidade por doenças relacionadas Alcançar e manter a completa cicatrização da mucosa . Panaccione R, et al. Aliment Pharmacol Ther. 2008;28:674-688. QUANDO INDICAR TERAPIA BIOLÓGICA DOENÇA LUMINAL REFRATÁRIA CORTICODEPENDÊNCIA E RESISTÊNCIA DOENÇA FISTULIZANTE MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS – ESPONDILITE ANQUILOSANTE, PIODERMA, UVEÍTE RETOCOLITE GRAVE E REFRATÁRIA POUCHITIS COLITE INDETERMINADA A TERAPIA “IDEAL” NA DII: Induz e mantém a remissão a longo prazo Sem efeitos colaterais Baixo custo Evita a progressão da doença Evita intervenção cirúrgica Proporciona fácil adesão ao tratamento Ela existe? Não. Step-Up/Top-Down: Desenho do Estudo DC recentemente diagnosticada (N=133) Imunossupressão Manejo convencional combinada inicial (‘top(‘step-up’) (n=66) down’) (n=67) Esteroides IFX (0/2/6) + AZA + IFX MTX, metotrexato. + AZA/MTX Esteroides IFX + AZA + (episódico) IFX Esteroides Esteroides D’Haens G, et al. Lancet. 2008;371:660-667. Intervenção Inicial : evidência para a modificação da doença? Desaparecimento completo da úlcera em 2 anos 100 p=0,0028 Porcentagem de pacientes 90 80 73 Top-down (n=26) Step-up (n=23) 70 60 50 40 30 20 10 0 30 75% com imunomoduladores 25% receberam infliximabe D’Haens G, et al. Lancet. 2008;371:660-667. CHARM: taxas de duração da doença e de remissão clínica* 51 44 Pacientes em remissão clínica* na Semana 56(%) 60 35 40 17 11 11 20 0 4/23 20/39 4/36 25/57 12/111 82/233 2 a <5 anos <2 anos Placebo ≥5 anos Todos Adalimumabe Duração da doença *Remissão clínica definida como CDAI <150; Todos os pacientes receberam terapia de indução com adalimumabe 80/40mg antes que os responsivos (≥ 70 de diminuição no CDAI até a Semana 4) fossem randomizados para adalimumabe 40 mg quer no regime eow ou ew ou para o Placebo; Dados para responsivos randomizados; CDAI: Índice de atividade da doença de Crohn; ew: todas as semanas; eow: em semanas alternadas. Schreiber S, et al. Gastroenterol 2007;132 (Suppl 2):A147. Pacientes em remissão clínica* na semana 56 (%) EXTEND: taxas de duração da doença e de cicatrização completa da mucosa* 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 44 40 18 21 7 0 4/9 1/14 4/10 2 a <5 anos <2 anos Placebo 7/39 9/43 ≥5 anos† Adalimumabe 40mg eow Duração da doença *Cicatrização completa da mucosa foi definida como a ausência de ulceração da mucosa em exame endoscópico; † p=0,029 para adalimumabe vs placebo para a duração da doença <5 anos vs ≥ 5 anos; Todos os pacientes (n=135) receberam terapia de indução com adalimumabe 160/80mg antes da randomização (n=129) para adalimumabe 40 mg eow ou para o placebo; dados para pacientes com ulceração na fase basal (n=123); eow: em semanas alternadas. Sandborn WJ, et al. Gastroenterology 2012. Doença de Crohn Visão endoscópica do paciente com DC ativa Courtesy of: Rutgeerts P, et al. Gastroenterology. 2002;121:Abstract W1387. RETOCOLITE ULCERATIVA; Endoscopia Conferência em Amsterdam, junho de 2012, Gert Van Assche RCU - Tratamento Medicamentoso Abordagem Tradicional Leve - Derivados salicílicos (SSZ, 5-ASA) - Corticóides Prednisona Hidrocortisona Budesonida - Antibióticos - Imunossupressores (AZA, 6-MP, MTX, CICLOSP) - Terapêutica biológica (Anti-TNF) Grave Fatores relevantes na Tomada de Decisão para o Uso de Terapia ANTI TNF na Retocolite Ulcerativa Falência e/ou não resposta ou corticodependência Falência e/ou intolerância aos imunossupressores Persistência e severidade dos sintomas Persistência e recidiva das crises Persistência e gravidade das lesões endoscópicas Presença e gravidade de manifestações extra intestinais (espondilite anquilosante) Frequência evacuatória noturna (urgência, incontinência, tenesmo e sangramento) Exames Pré-tratamento e Monitorização Hemograma: basal, em 3 meses, depois a cada 6 meses Creatinina, uréia e eletrólitos: basal, após 3 meses, depois a cada 6 meses Testes da função hepática Sorologias Hepatite B e C, Vírus da imunodeficiência Urina tipo I: basal, em 3 meses, depois a cada 6 meses Radiografia de tórax e PPD Teste de gravidez Avaliação adicional e monitoração podem ser necessárias para pacientes que recebem terapia concomitante ou em determinadas circunstâncias clínicas Adaptado Consenso Britânico de Psoríase (2005) TUBERCULOSE TERAPIA BIOLÓGICA E COMPLICAÇÕES: RECONHECIMENTO, PREVENÇÃO, MANEJO COMPLICAÇÕES: No momento da infusão Infecções (patógenos intracelulares, TB ou Ag. oportunistas) Complicações neurológicas Neoplasias Complicações cardíacas Formação de auto-anticorpos (ANA e Anti-DNA) Lupus-like Linfoma Hepatoesplênico (alerta!!) Cicatrização da Mucosa: Sugestões de Leitura Conclusão: de onde partimos e para onde estamos indo? 1995 2002 Melhora nos sintomas; Remissão; Abordagem intensificada; Terapia biológica apenas quando já se tentou com todas as outras drogas. 2011 Cicatrização da mucosa; “Remissão profunda”; “Tratar tão precocemente quanto possível”; Abordagem intensificada acelerada em todos os pacientes; Abordagem “top down” em pacientes selecionados. Futuro Melhores critérios histopatológicos; Cicatrização transmural; Pontuação do dano; Índice de incapacitação; Marcadores de maus resultados; Marcadores para selecionar pacientes para terapias específicas. RESPONSABILIDADE MÉDICA Correta indicação da droga Avaliação das contra-indicações Dose correta Intervalos de doses correto Avaliação dos índices de remissão clínica,endoscópica e sorológica Avaliação dos índices de qualidade de vida Manejo adequado das complicações Tratamento Assistido CONCLUSÕES No Tratamento Clinico das DII é necessário considerar: A intimidade do médico com a doença A relação médico-paciente O conhecimento dos aspectos clínicos, laboratoriais e endoscópicos de cada caso O risco/benefício de cada droga Os seus limites e a prudência na tomada de decisões Questões Pertinentes à Terapia Biológica Custo Alvo Específico TERAPIA BIOLÓGICA Administração E.V./S.C. Segurança a longo prazo Eficácia acentuada ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA: PLANEJAR A RESTITUIÇÃO