aconselhamento bíblico

Transcrição

aconselhamento bíblico
ACONSELHAMENTO
BÍBLICO
Gary Parker
[email protected]
PV-Belém
www.pvnorte.com.br
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
INDICE
Introdução..........................................................................................................3
Convicção #1: O homem foi criado para ser aconselhado .................................................... 4
Convicção #2: Aconselhamento é a responsabilidade de toda igreja..............................7
Convicção #3: Jesus Cristo é o modelo principal para aconselhamento........................12
Convicção #4: O alvo do aconselhamento deve ser totalmente bíblico .........................15
Convicção #5: A Bíblia é suficiente .......................................................................17
Convicção #6: Pecado é a causa principal do maior parte dos problemas .....................23
Convicção #7: O Evangelho é a solução dos problemas do homem ............................26
Convicção #8: O verdadeiro conselheiro é o Espírito Santo .......................................31
Convicção #9: Entendimento bíblico sobre o comportamento pecaminos do homem .......36
Convicção #10: Oração é parte essencial do aconselhamento ...................................40
Convicção #11: Aconselhamento deve ter um foco bíblico de pessoas ........................43
Convicção #12: Aconselhamento deve ser relacional por natureza .............................44
Convicção #13: Aconselhamento procura trabalhar com a pessoa na sua totalidade ......45
Convicção #14: Transformação acontece como proceso e não como evento ................50
Convicção #15: Ideias seculares não devem ser integradas ......................................51
Convicção #16: Temos recursos superiores aos recursos que incredulos oferecem........53
Introdução aos 8 Elementos do Aconselhamento Bíblico ..........................54
Envolvimento: Promover mudança bíblica estabelecendo um relacionamento que
facilite a transformação do aconselhado .................................................................................... 56
Encorajamento: Promover mudança bíblica inspirando o aconselhado a desenvolver
esperança bíblica. ....................................................................................................................... 60
Exploração: Promover mudança bíblica colecionando dados suficientes e informações
pertinentes para poder entender corretamente o aconselhado e os seus problemas ............... 64
Entendimento: Promover mudança bíblica analisando e organizando as informações
para que possamos identificar a natureza e a causa bíblica dos problemas e então explica-los
de uma forma clara para o aconselhado .................................................................................... 72
Ensino: Promover mudança bíblica dando instrução bíblica que seja correta, apropriada
e relevante para que o aconselhado possa entender a perspectiva de Deus sobre o que ele
deve fazer para solucionar os seus problemas .......................................................................... 79
Engajamento: Promover mudança bíblica motivando o aconselhado arrepender-se
das atitudes, palavras e ações pecaminosas e se comprometer a obedecer o Senhor e
seguir as instruções da Palavra de Deus ................................................................................... 82
Exercício: Promover mudança bíblica ajudando o aconselhado planejar como
colocar as instruções bíblicas em prática na sua vida até que se tornem novos padrões
na sua vida. ................................................................................................................................. 86
Encaminhamento: Promover mudança bíblica mentoriando e discipulando o
aconselhado até que as mudanças sejam constantes na sua vida e ele esteja integrado
na vida de uma igreja local ......................................................................................................... 91
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
INTRODUÇÃO
I.
Qual o propósito deste curso?
A. Dar uma visão panorâmica Bíblica sobre o aconselhamento.
B. Perceber as distinções do aconselhamento que seja realmente Bíblica.
C. Responder perguntas essenciais sobre aconselhamento Bíblico.
D. Entender as marcas e compromissos do aconselhamento que é
verdadeiramente Bíblico.
II.
Por que este estudo é importante?
A. Nem todo aconselhamento que se chama Bíblico é de fato Bíblico.
1. Muitos crentes faltam discernimento para perceber a diferença.
2. Quase todos os conselheiros Cristões dizem que são Bíblicos
mesmo sendo integraçionistas.
3. Até movimentos de libertação neo-pentecostais usam o rotulo
“bíblico”.
B. Todos nós precisamos crescer em entendimento e a prática do
aconselhamento.
1. Deus é o único “expert”.
2. Todo crente é chamado para ser um conselheiro.
3. Romanos 15:14 somos aptos e responsáveis para aconselhar uns
aos outros.
C. Vivemos num mundo psicolizado e corremos o perigo de ser
influenciado por ele.
1. A psicologia tem mudado a maneira que os crentes lêem suas
Bíblias.
2. Será que os crentes precisam se amar?
3. Será que culpa é ruim.
4. Será que devemos sempre praticar o perdão incondicional?
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CONVICÇÃO #1
ACONSELHAMENTO BÍBLICO É BASEADO NA CONVICÇÃO DE QUE
O HOMEM FOI CRIADO PARA SER UM ACONSELHADO.
I.
Foi verdadeiro antes da queda do homem
A. Deus aconselhava Adão e Eva Gênesis 1:26-30.
B. Deus revelou para Adão e Eva o certo e o errado Gênesis 2:7-8, 15-17, 24.
C. A natureza do aconselhamento que eles precisavam foi instrutiva não
corretiva.
D. O homem não tinha capacidade de interpretar o mundo em que vivia sem a
revelação de Deus.
II.
Foi verdadeiro durante a queda do homem
A. No jardim houve dois tipos de conselho.
1. O conselho de Deus foi claro definindo bem a diferença entre o bem e o
mal.
2. O conselho de Satanás foi sutil e ganancioso
B. O método do Satanás.
1. Duvidar do conselho de Deus Gen. 3:1. Questionar a interpretação das
Escrituras.
2. Desvalorizar o conselho de Deus Gen. 3:1-5. Questionar a suficiência
das Escrituras.
3. Distorcer o conselho de Deus Gen. 1, 2. Mudar a interpretação das
Escrituras.
4. Negar o conselho de Deus Gen. 3:4. Atacar a veridicidade das Escrituras.
5. Denunciar o conselho de Deus Gen. 3:5. Atacar a pessoa de Deus
C. A resposta de Adão e Eva (v.2 a mulher, v. 6 e o homem com ela)
1. Inicialmente escolheram dar ouvidos ao conselho errado. 3:2
2. Concordaram em considerar e contemplar o conselho errado. 3:2,3
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3. Foram influenciados pelo conselho errado e acrescentaram o conselho de
Deus. 3:3
4. Começaram a depender do seu próprio entendimento das coisas segundo
as aparências nas suas próprias percepções. 3:6
5. Perderam a confiança no conselho de Deus.
6. Escolheram seguir o conselho errado e as suas próprias percepções da
verdade.
III.
Verdadeiro depois da queda
A. Antigo Testamento
1. Gênesis 3:8-21 Adão e Eva tentaram negar a sua própria
responsabilidade. Tentaram esconder e transferir a culpa para outros.
2. Gênesis 4:1-13 Caim rejeitou o conselho de Deus, Deus aconselha v. 7,
Caim rejeita.
3. Êxodo 18:1-27 Moisés precisava de aconselhamento, Jetro aconselhou e
Moisés respondeu corretamente.
4. Salmos 1:1-3 Somos bem-aventurados quando rejeitamos o conselho
errado e seguimos o conselho certo.
5. Provérbios
a. 11:14 O aconselhamento traz segurança
b. 12:1 Rejeitar o aconselhamento correto demostra estupidez.
c. 12:15 O aconselhamento traz sabedoria.
d. 15:10 O aconselhamento nos livra do mal e até a morte.
e. 15:22 O aconselhamento traz sucesso.
f.
15:31,32 O aconselhamento traz entendimento.
B. Novo Testamento
1. Mateus 18:15-17 Quando um irmão peca contra mim, eu tenho o dever de
confrontar ele até que ele seja restaurado.
2. Lucas 17:3-10 Quando um irmão peca contra mim e, arrependido pede
perdão é meu dever perdoá-lo.
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3. Atos 20:20, 31 Aconselhamento fazia parte integral do ministério de
Paulo.
4. Romanos 15:14 Aconselhamento é a responsabilidade de todo crente
porque Deus tem nos dado capacidade. Capacidade = Responsabilidade.
5. Colossenses 3:16 Aconselhamento é o resultado natural do crente que
permite a Palavra de Deus habitar nele.
6. Hebreus 3:13 O aconselhamento mútuo nos protege do pecado.
7. Tiago 5:19-20 Aconselhamento visa livrar irmãos em Cristo das
conseqüências do pecado.
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CONVICÇÃO #2
ACONSELHAMENTO É A RESPONSABILIDADE DE TODA IGREJA
I.
A descrição do ministério de um pastor ou presbítero não pode ser
cumprida sem aconselhamento
A. Efésios 4:11, 12 O ministério dos líderes da igreja visa o
aperfeiçoamento (katartidzo) dos santos. Um termo da medicina
usado para colocar um osso de volta no seu lugar.
1. Hebreus 11:3; O universo foi formado (ajustado) pela palavra de
Deus.
2. Lucas 6:40 O discípulo bem instruído é como seu mestre.
3. I Corintos 1:10 Devemos ser inteiramente unidos.
4. Marcos 1:19 Tiago e João estavam concertando redes.
B. I Pedro 3:1-3 Ministros são chamados pastores
1. Salmo 23; João 10; O pastor cuida das ovelhas, protege, restaura e
lidera.
2. Ezequiel 34:1-6; Deus condena o pastor que beneficia das ovelhas
sem cuidar delas.
C. Atos 20:17-35; Paulo, na descrição do seu próprio ministério deixou
bem claro que o aconselhamento fazia parte integral do seu ministério.
1. Dedicação no ministério de aconselhamento. V. 19, 31 dia e noite
com lágrimas.
2. A natureza do seu ministério: ensinou publicamente e em particular
v. 20, ensinou completamente v. 27, admoestou v. 31.
D. Conclusões e sugestões para pastores.
1. O mesmo Deus que manda você pregar também manda você
aconselhar. O bom pastor faz os dois. Todo pregador deve
aconselhar e todo conselheiro deve pregar.
2. Falta de tempo para aconselhamento indíca falta de prioridades no
ministério.
3. Aconselhamento é importante mas não deve ocupar todo tempo
assim causando uma negligência do estudo da Palavra, pregação ,
família, tempo devocional e cuidados com a própria saúde.
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4. Ao longo prazo o aconselhamento vai poupar tempo e prevenir os
desastres que levam muito mas tempo para concertar.
5. Considere aconselhamento como discipulado e treinamento de
liderança.
6. Procure envolver seus aconselhados no ministério ativo da igreja.
7. Deus capacita e a Bíblia qualifica o pastor para solucionar todos os
problemas que o rebanho apresenta.
8. Tenha muito cuidado quando aconselha membros do sexo oposto.
Prepare mulheres para aconselhar outras mulheres mas se você
precisa aconselhar sempre chame uma terceira pessoa para
participar dos sessões.
9. O seu aconselhamento deve refletir o mesmo cuidado de exegese
e exposição do texto Bíblico que você tem na pregação.
II.
Aconselhamento faz parte das responsabilidades de todo crente
A. Mateus 28:18-20 O mandamento de Jesus para o crente é fazer
discípulos. Isto é impossível sem aconselhamento.
B. Romanos 15:14 (nutheto) Devemos admoestar uns aos outros.
C. Gálatas 6:1-3
1. Quem deve aconselhar? Irmãos espirituais
2. O que é aconselhamento? (katartidzo) corrigir ou restaurar 6:1,
(bastadzo) levai as cargas ou livrar 6:2.
3. Quem necessita de aconselhamento? Pecadores – Surpreendidos
– Nalguma falta 6:1.
4. Como devemos aconselhar? Com Brandura, Humildade e Amor
D. Hebreus 3:12, 13
1. O aconselhamento é um trabalho mútuo.
2. Todas são pessoas potencialmente necessitadas de
aconselhamento.
3. A necessidade é dia após dia.
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4. O tempo necessário é durante o dia de hoje (até a volta de Cristo).
5. Precisamos de aconselhamento porque somos frágios e propensos
a cair.
6. O aconselhamento envolve cuidado, exortação e prevenção do
pecado.
E. Algumas considerações a respeito de pessoas aconselhando.
1. A profundidade e a formalidade do aconselhamento deve depender
do seus dons espirituais. Romanos 12:7-8; I Corintos 12:4-7; I
Pedro 4:11-12.
2. O envolvimento de pessoas em aconselhamento deve ser de
acordo com sua própria maturidade espiritual. Romanos 15:14;
Atos 6:5, 8, I Corintos 13:1-3.
3. O desempenho da pessoa envolvida no ministério de
aconselhamento vai depender da suas qualificações bíblicas e
experiência: I Timóteo 3:1-13.
a. Não deve ser um novo convertido. V. 6
b. Deve ser uma pessoa provada. V. 10
c. Deve ser uma pessoa que tem servido bem no reino de Deus. V.
13
d. Deve ser uma pessoa conhecida e com boa reputação. I Tim.
5:22
III.
Como as igrejas podem promover aconselhamento
A. Os líderes da igreja devem praticar o aconselhamento bíblico.
B. O pastor tem que estar empolgado com o ministério de
aconselhamento.
C. O lideres devem procurar ser treinados em aconselhamento bíblico.
D. Deve indicar uma pessoa responsável para supervisionar o ministério
de aconselhamento.
E. A igreja deve comprar bons livros e literaturas e encorajar os líderes e
os membros no estudo deste material.
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F. Os membros devem ser encorajados no ministério de discipulado
pessoal.
G. Novos convertidos devem ser acompanhados por irmãos mas
experientes.
H. A igreja deve promover aulas na escola dominical, seminários e
treinamentos onde os membros da igreja possam ser treinados.
I. A igreja deve praticar a disciplina bíblica dentro da igreja.
J. Evitar ter tantos programas onde os membros não tenham tempo para
aconselhamento e discipulado pessoal.
K. A igreja deve manter uma lista de pessoas que tenham preparo
específico para ajudar nos problemas na sua área de atuação.
Advogados, médicos, contadores, empresários, donas de casa etc...
L. A igreja que deseja começar um ministério formal de aconselhamento
deve decidir e escrever resoluções que possam guiar o ministério.
1. Como as pessoas poderão ser oficialmente reconhecidos como
conselheiros da igreja? Quais são as qualificações? Como serão
selecionadas?
2. Como os conselheiros precisam ser treinados e receber
reciclagem? Qual será o currículo de treinamento?
3. Com os conselheiros serão supervisionados? Como eles vão
prestar contas para a liderança da igreja?
4. Como o ministério vai ser sustentado? Quem vai pagar as contas?
Quem vai suprir os materiais? Quem vai decidir qual material vai
ser comprado?
5. Quem pode ser aconselhado? Só membros da igreja? Só
crentes? Como vai receber membros de outras igrejas? Como
você vai reagir se tiver mais demanda de aconselhamento do que
você tem conselheiros?
6. Como sessões serão agendadas? Quem vai fazer isso?
7. Quando abrirá para aconselhamento?
8. Onde acontecerá o aconselhamento?
9. Como pretende fazer o ministério conhecido na igreja?
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10. Qual vai ser o procedimento quando alguém procura
aconselhamento. Quais são os formulários que terão que ser
preenchidos.
11. O aconselhamento será feito por equipe (duas ou mais pessoas) ou
só um conselheiro?
12. Qual vai ser o papel das mulheres no aconselhamento? Elas vão
poder aconselhar homens ou só outras mulheres?
13. Homens vão poder aconselhar outras mulheres sem outras
pessoas presentes?
14. O que vai ser feito com doações que aconselhados dão por
gratidão? Vai para o conselheiro ou para a igreja?
15. Qual é a posição da igreja sobre divorcio, recasamento, aborto,
dom de línguas?
IV.
Motivos pelo qual a igreja é o local ideal para aconselhamento
A. Os membros da igreja já são conhecidos então facilita o trabalho.
B. Já tem confiança estabelecida então não precisa conquistar o
aconselhado.
C. Tem uma variedade das pessoas disponíveis para exercer o
ministério.
D. Na igreja tem exemplos bons que o conselheiro pode usar para ilustrar
o que ele esta tentando ensinar.
E. Tem prestação de contas
F. Facilita verificar se os ensinos estão sendo colocados em prática.
G. Barateia os custos envolvidos por já ter um prédio e infra estrutura.
H. Tem uma autoridade estabelecida e então um recurso de disciplina da
igreja disponível.
I. A disponibilidade do aconselhamento e a facilidade de encontrar um
tempo para reunir.
J. Cumprir os mandamentos da Palavra de Deus para a Igreja local.
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CONVICÇÃO #3
JESUS CRISTO É O MODELO PRINCIPAL PARA ACONSELHAMENTO.
Isaías 9:6: Cristo é o Maravilhoso Conselheiro
Isaías 11:1-3: Cristo possui o Espírito de conselho e sabedoria.
João 14:16-18: Cristo enviou o Espírito Santo como “outro Consolador”
literalmente um conselheiro do mesmo
I.
Cristo entrou no “mundo” do seus aconselhados (Hebreus 2:14;
4:15)
A. Na incarnação ele identificou-se com a humanidade em cada aspecto
menos em nossa pecaminosidade (João 1:14; Filipenses 2:5-7;
Hebreus 2:14-18; 4:15).
B. Fisicamente ele tornou-se um homem Mt. 2:1; 4:1-2; Mc. 4:35-38; Lc.
2:1-11; 48-51; Jo. 19:28-29; Heb. 2:14; 5:9). Nós também somos
semelhantes aos nossos aconselhados.
C. Intelectualmente ele sabia o que estava nos pensamentos dos homens
(Mt. 9:4; Mc. 2:8; 10:17-22; Lc. 6:7,8; 9:47; 10:38-42; 11:17; Jo. 3:1-16;
4:1-18; 6:1-15; 6:59-61; 8:1-11; 11:20,26; Heb. 4:15; Ap. 2 e 3). Nós
não podemos focalizar apenas o comportamento do aconselhado,
precisamos examinar os seus corações.
D. Emoçionalmente ele sentiu compaixão e ministrou na vida da Marta de
uma forma diferente do que ele ministrou na vida da Maria (Mt. 14:14;
9:36; 26:38; Mc. 1:40,41; 6:33-44; 10:21; 19:41; Jo. 12:27; 11:33-35;
13:21; 14:27; 15:11; 17:13; Heb. 4:15). Nós precisamos amar os
nossos aconselhados e genuinamente importar-se com seus
problemas e preocupações.
E. Volicionalmente ele praticou obediência passiva permitindo sua própria
crucificação e obediência ativa cumprindo a lei (Mt. 4:1-11; Lc. 4:22,
28, 29; 5:30-33; 6:1, 2, 6, 7, 11; 7:18-23; 7:30-34; 9:51-55; 10:17-20,
25, 29, 38-40; 11:15-16; 53, 54; 15:1-2; 20:1-2; 22:47-48; 54-61; 23:811; Mc. 10:35-41; Jo. 6:66; 7:2-5; 11:20-25). Nós precisamos
reconhecer a soberania de Deus em nossas próprias vidas e devemos
motivar os nossos aconselhados a viverem conscientes do controle de
Deus sobre as suas circunstâncias. Mas, também precisamos ser
submissos a Palavra de Deus dando um bom exemplo de vida cristã e
clamando para os nossos aconselhados viverem desta forma.
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II.
Cristo interpretou e explicou a natureza e a causa real dos problemas
que seus aconselhados enfrentaram
A. Ele interpretou problemas usando a Palavra de Deus (Jo. 3:19-21;
15:18-24; Kc. 5:27-32; 7:40-50; Mc. 2:1-11; Jo 8:15, 21, 23, 24, 32, 34,
44; Lc 10:38-42). Nos precisamos ter cuidado para não identificar
problemas com títulos que contradizem a Palavra de Deus. Vamos
ajudar os nosso aconselhados muito mais se identificarmos o
problema biblicamente.
B. Ele explicou os problemas para as pessoas que estavam realmente
com os problemas Mt. 16:21-23; Mc. 7:21-23; 10:35-45; Ap. 2-3). Ás
vezes aconselhados não conseguem identificar os seus problemas e
estão cegos para os seus próprios pecados. O conselheiro Bíblico
deve ajudar o aconselhado a identificar o problema e também explicar
o problema claramente.
C. O comportamento de Jesus revelou que os problemas das pessoas
prosseguiam de pensamentos, desejos, motivos, palavras e ações
pecaminosos Mc. 3:14; Lc 11:1; Jn. 13:13-15; Jn. 15:24; 4:34-35; I Jo.
3:16; Ef. 5:25; 4:32, 5:1). O exemplo do conselheiro para o
aconselhado é essencial. Não podemos ser hipócritas, ou seja não
praticarmos o que pregamos.
D. As conversas de Jesus revelaram que os problemas das pessoas
prosseguiam de pensamentos, desejos, motivos, palavras e ações
pecaminosas Mc. 7:1-23; Lc. 6:43-45; Mt. 7:15-18; 23:23-28; Lc. 10:3842; 18:18-29; 22:31-34; 24:13-35; Jo. 3:1-16; 4:1-33; 8:38-47; 10:2527; 21:25-17; Ap. 2 e 3). Precisamos falar com as pessoas o que a
Bíblia diz a respeito dos seus pecados. Isso não é popular e
certamente contraria a opinião dos psicólogos que incentivam seus
clientes a buscar soluções “dentro de si mesmo”.
III.
Jesus apresentou soluções para os problemas das pessoas com
autoridade divina
A. Cristo supria respostas que solucionavam os problemas de pessoas
(Lc. 18:18-29; Mt. 5-7; Jo. 3:1-16; Mt. 11:28-30; Lc. 10:38-42; Ap. 2-3).
Pessoas não querem ser apenas entendidos, elas querem ser
ajudadas. Entendimento do problema é essencial para a solução, mas
não é fim em si mesmo.
B. Cristo falava com autoridade (Mt. 7:28-29; 9:6; 10:1; 21:23). Nós
precisamos ser fiéis e corajosos para apresentarmos as soluções de
Deus com toda autoridade da sua Palavra (Tito 2:15; At. 4:3, 29-33; At.
9:27, 29; 13:46, 14:3; Ef. 6:18-20; 2 Cor. 7:4).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
C. Como nós podemos apresentar soluções com autoridade?
1. Precisamos lembrar que somos embaixadores do Rei e enviados
por Deus como seus representantes na terra (Jo. 17:4; Mt. 28:28;
Mc. 2:10; Jn. 1:6, 7; Gal. 6:1-3).
2. Precisamos estudar a Palavra de Deus (Mt. 4, 19; Tito 2:15; 2 Tm.
3:16-17, 4:2; Rm. 15:14). A Bíblia é a nossa única fonte de
autoridade.
3. Precisamos amar as pessoas (Jo. 2:25; Rom. 15:14; 1 Cor. 13).
Conhecimento da natureza humana é essencial para um bom
aconselhamento).
4. Precisamos exemplificar a vida Cristã (2 Cor. 1:12; 2:17; 4:2; 6:11,
12; 1 Tm. 4:12; 1:3, 18, 19). Precisamos de arrependimento dos
nossos próprios pecados e humildade se esperamos ter condições
de fazer um aconselhamento significativo.
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CONVICÇÃO #4
O ALVO DO ACONSELHAMENTO DEVE SER TOTALMENTE BIBLICO.
I.
Cada sistema de aconselhamento tem os seus alvos
A. Aconselhamento psicodinâmico procura reduzir a dor físico.
B. Aconselhamento behaviorismo procura modificar o ambiente,
recondicionar o aconselhado para promover um comportamento
diferente.
C. Aconselhamento cognitiva procura mudar os pensamento irracionais
do aconselhado para que ele comece a ter pensamentos mas
construtivos.
D. Aconselhamento existencialista procura ajudar o aconselhado a ser
mais sensível aos seus próprios pensamentos e assim melhorar a sua
auto estima.
E. Aconselhamento de terapia familiar procura identificar a disfunção da
família na qual o aconselhado foi criado para explicar ou desculpar o
comportamento desagradável. O alvo é promover harmonia familiar
para ajudar a pessoa sentir-se melhor.
F. Aconselhamento bíblico procura agradar a Deus e ajudar as outras
pessoas a fazerem o mesmo. Todos os alvos acima citados podem
ser alcançados e a pessoa ainda viver sem esperança, acorrentado
nos seus pecados e nunca satisfeitos na sua vida. “Satisfação é ter
Cristo!”
II.
Aconselhamento bíblico tem o alvo de mudar vidas tendo dois níveis
de alvos
A. Alvos principais
1. Perfeição a imagem de Cristo (Col. 1:27-29; Rm. 8:28-30).
2. Consciência limpa de um coração sincero com fé (1 Tim. 1:5).
3. Vida e doutrinas puras para poder promover salvação (1 Tim. 4:16).
4. A pregação do evangelho e fazer discípulos (Mt. 28:19).
5. Viver no corpo de Cristo bem ajustado (Ef. 4:15-16).
6. Ser conforme Cristo (1 Jn. 3:2).
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B. Alvos secundários
1. Características que Deus promove em nossas vidas (Mt. 5:1-12).
2. Fruto que o Espírito produz em nossas vidas (Gal. 5:22-23).
3. Amor sincero com os irmãos (1 Tim. 1:5).
4. Escapar da corrupção do mundo e associar virtudes a nossa fé (2
Pe. 1:2-11).
5. Despojar as obras da carne e revestir com as obras do Espírito (Ef.
4:17-32).
III.
Aconselhamento bíblico rejeita alvos errados
A. Precisamos rejeitar alvos anti-bíblicos: alto auto estima, divórcio,
homossexualismo.
B. Precisamos rejeitar alvos insuficientes: Quero sentir-me melhor,
mudar minha esposa, vencer a depressão.
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CONVICÇÃO #5
A BÍBLIA É SUFFICIENTE PARA SOLUCIONAR
TODOS OS PROBLEMAS QUE OS HOMENS TÊM.
I.
Opiniões sobre a suficiência das Escrituras. A questão de
epistomologia ou como sabermos que a verdade é verdadeira
A. Visão deficiente: Limita as Escrituras para somente ser relevante quando fala
a respeito de salvação. A Bíblia não tem soluções para os problemas atuais
dos homens.
B. Visão de “dois livros”: Tenta usar a revelação geral e específica para
defender integração da Bíblia com psicologia dizendo que toda verdade e a
verdade de Deus. O problema é com a interpretação do que é realmente a
verdade fora das Escrituras e quem vai determinar o que é a verdade. No fim
caímos em relativismo.
C. Visão de “nenhum livro”: É a opinião do relativismo que diz que não podemos
saber o que é a verdade e não podemos interpretar a Palavra de Deus de
uma forma segura.
D. Visão de “livro padrão”: Rejeita tudo que não for explicitamente ensinado nas
Escrituras. Esta visão parece ser verdadeira, porém torna se perigosa porque
rejeita qual quer auxílio fora das Escrituras.
E. Visão de “suficiência”: Cremos que a Bíblia é suficiente para fazer tudo que
as Escrituras dizem que podem fazer.
II.
Por que devemos confiar na suficiência das Escrituras?
A. Porque o homem é finito – mas Deus é infinito (Gen. 1:26-28; 1 Cor. 1:19-20;
2:6-9; Jó 38:1 – 41:34; Is. 2:22; 40:13-14).
1. A “verdade” do homem é sempre relativo e sempre muda.
2. Em reuniões de “experts” especialmente na área de psicologia,
raramente eles vão concordar em algum assunto.
3. Você precisa saber tudo para saber algo ou ter revelação de
alguém que sabe tudo. (Seis homens cegos descrevendo um
elefante: O corpo é como parede, o “dente” é como lança, a tromba
é como uma cobra, o rabo é como uma corda e a perna é como
arvore.) Visão limitada sempre prejudica o nosso entendimento.
4. No final das contas o homem precisa de Deus.
17
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
B. Porque a pecaminosidade do homem sempre o levará a rejeitar a verdade.
1. Porque no homem falta o temor do Senhor, falta-lhe o princípio da
sabedoria (Pv. 1:7; 9:10).
2. Pecado influencia cada parte das nossas vidas inclusive a nossa
capacidade intelectual (Jer. 17:9; Sl. 14:3; Rm. 3:10-18; 1:18-28;
8:7; Ef. 4:17; Tito 1:15).
3. As ciências seculares estão comprometidas com o erro porque
rejeitam a única fonte de autoridade a nossa disposição.
C. Porque as teorias seculares dos homens sobre o homem e seus problemas
não fazem parte da revelação especial ou geral.
1. Claramente não podemos classificar as teorias e os livros de Freud,
Skinner ou Rogers como inspirado por Deus. Eles não foram
homens santos de Deus, movidos pelo Espírito Santo (2 Tim. 3:16;
2 Pe. 1:21). O cânon das Escrituras é fechado e não podemos
abrí-lo.
2. A revelação geral de Deus também é bem diferente do que os
ensinos dos filósofos e psicólogos.
a. É diferente no seu conteúdo: A visão bíblica diz que a
revelação geral não dá informações sobre Deus (Sl. 19:1). A
visão da psicologia diz que a revelação geral nos dar
informações sobre homem.
b. É diferente na sua audiência: A visão bíblica diz que a
revelação geral é dada para todos os homens (Sl. 19:1). A
visão da psicologia limita a revelação geral para as pessoas
treinadas em psicologia.
c. É diferente no seu meio de comunicação: A visão bíblica diz
que a revelação geral é resultado de uma revelação divina. A
visão de psicologia diz que é resultado de pesquisa.
d. É diferente na sua recepção: A visão bíblica diz que a verdade
é oculta até Deus na sua soberania revela a verdade ao
coração e ilumina a mente. A visão da psicologia é aceita
mesmo quando entra em conflito com as Escrituras.
D. Porque as Escrituras claramente diz que são suficientes. Todos que crêem
na inerência das Escrituras devem crer na suficiência das Escrituras.
1. Salmo 19:7-1 enfatiza a suficiência das Escrituras em duas
maneiras.
18
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
a. O que a Palavra de Deus é.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Lei do Senhor que é perfeita e completa v. 7.
Testemunho do Senhor que é seguro e confiável v. 7.
Preceitos do Senhor que são corretos e justos v. 8.
Mandamento do Senhor que são puros ou claros v. 8.
Temor do Senhor que é limpo trazendo sabedoria v. 9.
Juízos do Senhor que são verdadeiros v. 9.
É desejável como ouro e mel v. 10.
b. O que a Palavra de Deus faz.
1)
2)
3)
4)
5)
Restaura a alma v. 7.
Faz os simples sábios v. 7.
Alegra o coração v. 8.
Ilumina os olhos v. 8.
Produz o temor do Senhor assim aprofundando o nosso
relacionamento com ele v. 9.
6) Traz gozo para a vida v. 10.
7) Dar direção, proteção e recompensa v. 11.
8) Somos verdadeiramente felizes e como Cristo v. 10, 11.
2. 2 Timóteo 3:1-17 enfatiza a suficiência das Escrituras.
a. O texto mostra a razão que precisamos de aconselhamento.
1) A natureza dos tempos em que estamos vivendo v. 1.
2) A natureza das pessoas que moram no nosso mundo v. 2-9.
3) A pressão que as pessoas ímpias fazem as pessoas
piedosas v. 5, 8, 10-13.
4) A influência dos resídios do pecado habitando em nós v. 2-5.
b. O texto mostra os nossos recursos para aconselhamento.
1) O ensino e exemplo dos apóstolos nas Escrituras.
2) A Palavra de Deus revelada pelo Espirito Santo.
c. O texto mostra o que a Bíblia é.
1)
2)
3)
4)
Santo v. 15
Apto v. 15
Inspirado v. 16
Útil v. 16
d. O texto mostra o que a Bíblia pode fazer.
1)
2)
3)
4)
Salva v. 15
Ensina v. 16
Repreende v. 16
Corrige v. 16
19
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
5) Disciplina na justiça v. 16
6) Aperfeiçoa v. 17
7) Habilita v. 17
III.
As crenças do aconselhamento Bíblico que fazem o nosso
aconselhamento realmente ser Bíblico
A. A nossa visão das Escrituras.
1. Cremos que a Bíblia é inspirada (2 Tim. 3:16, 2 Pe. 1:21).
2. Cremos que a Bíblia é inerrante ou seja não tem erros nos
manuscritos originais.
3. Cremos que a Bíblia possui autoridade. É o padrão pelo qual toda
verdade deve ser medida.
4. Cremos que a Bíblia é compreensível. A interpretação das
Escrituras é claro e evidente não escondida e confusa.
B. A nossa interpretação das Escrituras.
1. A Bíblia deve ser interpretada usando o método histórico
gramatical.
a. A interpretação literal é o mais provável.
b. Alegorias e tipos são raros a não ser que sejam designados
como tais pelo autor.
c. Conhecimento e observação da gramática do texto é essencial
para o entendimento do mesmo.
d. O texto determina nossa teologia e doutrina.
2. A Bíblia é o seu melhor interprete. O contexto determina
significado.
C. Cremos que conselheiros precisam ser teólogos.
1. Interpretamos e entendemos tudo incluindo o homem e a natureza
e as causas dos seus problemas através do estudo da Palavra de
Deus e a teologia que afirmamos usando a Bíblia.
2. Rejeitamos o pensamento que teologia é abstrata e impraticável.
a. Cremos que conselheiros precisam ser teólogos bíblicos,
conhecendo o que o texto diz.
b. Cremos que conselheiros precisam ser teólogos sistemáticos,
entendendo o foco inteiro da teologia organizada de uma forma
criativa e clara.
20
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
c. Cremos que conselheiros precisam ser teólogos práticos,
sabendo como aplicar a teologia nas vidas dos seus
aconselhados.
D. Cremos na suficiência das Escrituras para entender a natureza e a
causa dos problemas dos homens e também as soluções.
1. Cremos que a proclamação pública da Palavra de Deus é um
ministério onde o ministro deve expor ou explicar a Bíblia e aplicar
de forma geral a passagem para as vidas das pessoas presentes.
2. Cremos que o melhor contexto para o aconselhamento é dentro da
igreja local onde a Palavra de Deus é proclamada para a
congregação inteira. A pregação da Palavra deve eliminar a maior
parte dos problemas.
3. Cremos que aconselhamento é a proclamação da Palavra de Deus
em particular onde a Bíblia é usada para diagnosticar o problema e
descobrir as soluções dos problemas.
4. Cremos que o discipulado trata de crescimento e maturidade
através de um ensino generalizado da Palavra de Deus, enquanto
o aconselhamento visa crescimento e maturidade através de um
ensino da Palavra mais específico, visando a transformação de
uma área específica.
E. Cremos que a Bíblia, quando usada pelo Espírito Santo, tem um poder
sobrenatural para efetuar transformações nas vidas das pessoas (1
Cor. 6:9-11; Col. 3:5-7; Tito 3:3-5).
F. Cremos que é essencial definir bem Aconselhamento Bíblico.
1. Porque com o crescimento do movimento para resgatar o
Aconselhamento Bíblico, muitas pessoas vão adotar este mesmo
nome - mas com práticas e crenças bem diferentes.
2. Quando os erros da psicologia são demonstrados, aqueles que
propagam esta mensagem na igreja, vão adotar a nossa
terminologia para serem aceitos.
3. A Associação de Conselheiros Cristãs afirma o seguinte: “Cremos
que a Bíblia é inerrante, inspirada e a autoridade final em tudo que
fala.” Mas no mesmo documento eles afirmam que: “O alvo do
aconselhamento é ajudar as pessoas a crescerem na sua estima
própria, competência nos relacionamentos, estabilidade mental e
maturidade espiritual.” Eles dizem que crêem na Bíblia, mas os
seus alvos são humanistas - e não teo-centricos.
21
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
IV.
Conclusões de aconselhamento sobre a Bíblia
A. Na Bíblia temos tudo que precisamos para formar um método
sistemático de aconselhamento que tenha autoridade. Negamos a
autoridade de outros fontes que contradizem as Escrituras e as
explicações da Bíblia que apresentam os problemas e as soluções do
homem.
B. A antropologia da Bíblia é suficiente para explicar a condição humana.
Cremos que o homem é dependente de Deus e responsável a Deus.
O homem tem esperança que pode mudar e não está acorrentado as
suas condições biológicas.
C. A responsabilidade principal do homem é a fé que é demonstrada
através do amor a Deus e ao próximo. O mal que acontece no mundo
e faz parte do viver num mundo caído. Porém, o nosso próprio pecado
é o nosso problema principal.
D. A salvação do homem é a solução essencial apresentada nas
Escrituras como a única esperança para o homem. Apesar de ter
ajuda através da medicina, política, educação e muitos outros
benefícios, a necessidade básica do homem é salvação pelo perdão
dos seus pecados.
E. Regeneração e Santificação são obras divinas essenciais para
solucionar os problemas do homem. Negamos que perfeição
instantânea pode acontecer. Santificação é um processo que nos leva
para serem conforme a imagem de Cristo. Rejeitamos as filosofias
que promovem auto realização, auto estima, cura de memórias,
adaptação social e necessidades psicológicos.
F. Cremos na Igreja como corpo de Cristo, que exerce autoridade sobre
os membros. A igreja então é um local onde deve ser ouvido e falado
a verdade em amor. Rejeitamos que psicologia tenha jurisdição sobre
os membros da igreja.
G. Cremos que as disciplinas e profissões seculares como psicologia e
psiquiatria podem ajudar com observações e o nosso entendimento de
pessoas e como funcionam. Então tem um valor descritivo e não
prescritivo. Mas, observações e pesquisas não é aconselhamento.
H. Tipos de personalidade são observações e classificações de
comportamento mas as descrições personalidades não são bíblicas e
não devem ser confundidas. Estes estudos não são científicos.
I. Cremos que psicólogos funcionam como sacerdotes seculares
pedindo que os seus clientes creiam e confiem nas suas soluções e
técnicas. Muitos psicólogos consideram religião uma doença que deve
ser substituída com uma dependência da psicologia.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
CONVICÇÃO #6
PECADO É A CAUSA PRINCIPAL DO MAIOR PARTE DOS PROBLEMAS
QUE O HOMEM ENFRENTA.
I. A Bíblia apresenta o pecado como nosso maior problema
A. Foi o maior problema de Adão e Eva (Gênesis 3:7 – 5:5).
1. Depois da queda experimentaram culpa, vergonha e remorso (Gen. 3:7).
2. Eles sentiram medo e tentaram correr, esconder e cobrir o seu pecado
(Gen. 3:8-10)
3. Eles foram confrontados pelo seu pecado e tentaram transferir a culpa
(Gen. 3:11-13).
4. Como conseqüência experimentaram mais dor (Gen. 3:16).
5. Os seus trabalhos e lutas multiplicaram (Gen. 3:17-19).
6. Eles foram expulsos do “paraíso” (Gen. 3:23, 24).
7. O filho do casal teve ciúmes, depressão, ira e tornou-se assassino (Gen.
4:1-11).
8. Assassino multiplicou-se e houve poligamia (Gen. 4:23,24).
9. A conseqüência do pecado foi a morte Gen. 5:1-5).
B. Pecado é o nosso problema e a razão pelo qual experimentamos tantas
dificuldades.
1. Romanos 3:9-23
a.
b.
c.
d.
e.
f.
g.
h.
i.
Estamos debaixo do pecado v.9.
Não há nenhum justo v. 10.
Ninguém entende v. 11.
Ninguém busca Deus v. 11.
Não há quem faça o bem v. 12
Temos bocas perversas v. 13, 14
Temos corpos destrutivos e violentos v. 15, 16.
Desconhecemos paz v. 17.
Não temamos Deus v. 18.
2. Romanos 5:12-21
a. Morte foi transmitida para humanidade via Adão v. 12
b. Morte é conseqüência universal do pecado v. 14.
23
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
c.
d.
e.
f.
Somos condenados pelo pecado v. 16.
Morte reinou por um só homem v. 17.
Somos condenados pelo pecado de um só homem v. 18.
Todos nós somos pecadores v. 19.
3. Romanos 8: 20-22
a. Toda criação está debaixo da maldição do pecado v. 20.
b. Toda criação está presa a corrupção v. 21.
c. Toda criação geme com dor de parto por causa do pecado v.22.
II. As escrituras contradizem as explicações e as teorias seculares a respeito
dos problemas do homem
A. Freud identifica sexo como o problema principal do homem. Ele ensinava o
conflito entre o “id”: desejos e agressões naturais, o “ego”: os padrões básicos
geralmente baixas e o “super ego”: a consciência que fala “não faça”; causava
uma tensão tão grande na mente do homem que ele vivia com problemas até
conseguir conciliar e satisfazer os seus desejos.
B. Maslow ensinava que o problema do homem são necessidades não supridas
que resultam numa baixa auto estima.
C. Demonismo quer culpar demônios pelos problemas que enfrentamos. Tudo
acaba sendo a culpa do mundo espiritual.
D. Sociologia joga a culpa na sociedade em que vivemos. Somos apenas o
produto do ambiente em que vivemos.
E. A síndrome de vítimas sempre joga a culpa para os atos de outras pessoas no
presente ou passado que são responsáveis pelo meu pecado.
F. Temperamento quer culpar a minha personalidade pelos meus pecados. “Eu
nasci assim então não pode ser pecado.”
G. Pré disposição Genética quer culpar o nosso DNA pelo nosso pecado. Tudo
é uma doença: alcoolismo, violência, ira, homossexualismo e até o vicio de
sexo e jogos de azar são “doenças” que são culpados pelos problemas do
homem.
H. Muitas outras desculpas são dadas desde cansaço até crise de meia idade
pelo comportamento pecaminoso.
III.
Nós temos maneiras diferentes de analisar os problemas do homem
A. O Mundo secular divide os nossos problemas em duas partes:
1. Físicos.
24
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
2. Psicológicos
B. Os integracionistas dividem os problemas assim:
1. Físicos
2. Psicológicos
3. Espirituais
C. Conselheiros Bíblicos dividem os problemas assim:
1. Físicos
2. Espirituais
3. Cremos que os nosso problemas podem ser resolvidos com médicos,
pastores ou a polícia.
4. 2 Cor. 4:16; Ef. 2:1-3; Rom. 1:18-32; 6:23; Gal. 5:19-21; 6:1; Col. 3:5-9.
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CONVICÇÃO # 7
O EVANGELHO É A SOLUCAO DOS PROBLEMAS DO HOMEM.
I. A maior necessidade do homem é perdão (Isaías 55:6-9)
A. O mundo não consegue solucionar os problemas do homem porque eles não
identificam as necessidades reais.
B. A Bíblia apresenta o problema principal do homem sendo pecado.
1. O perverso precisa deixar o seu caminho (Is. 55:7). Pecamos em ações
que desagradam Deus e nosso comportamento perverso nos condena.
2. O iníquo precisa deixar os seus pensamentos (Is. 55:7). Pecamos em
nossas mentes, atitudes e motivos que são impuros e não honram o nosso
Deus.
C. Se pecado é o problema então o Evangelho é a real solução para o problema.
1. A solução do problema é conversão (Is. 55:7). Deus é misericordioso e
permite que o homem seja convertido.
2. O homem precisa voltar para o Senhor (Is. 55:7). Deus é rico em perdoar
assim suprindo a nossa maior necessidade.
II. As Escrituras nos ensinam que como conseqüência do pecado temos três
problemas
A. Nascemos e vivemos no mundo numa posição de condenação.
1. Estamos debaixo do pecado (Gal. 3:10-13; Rom. 1:18; 3: 9-35; 5: 6; 8:1;
10:3).
2. Estamos distantes de Deus (Col. 2:13-14; 1:21; 1:13; Ef. 2:12-22).
B. Como conseqüência do pecado temos um coração corrupto.
1. O coração do homem é desesperadamente corrupto (Jer. 17:9).
2. Somos controlados pelo pecado e sem temor do Senhor (Rom. 3:9).
3. Não podemos fazer o bem que seja aprovado por Deus (Rom. 7:18).
4. Temos motivos corruptos (Gen. 8:21).
5. Somos corruptos interiormente (Sl. 14:1-3).
26
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
6. Somos injustos por dentro e por fora (Sl. 143:2).
7. Pecamos constantemente (Ec. 7:20).
8. Amamos o pecado e as trevas (João 3:19-20).
9. Controlados pelo pecado (Rom. 8:2-15).
10. Somos escravos do pecado (Rom 6:17-20).
11. Nossos mentes e consciências são impuros (Tito 1:15).
12. Somos inimigos de Deus (Col. 1:21).
C. Vivemos num mundo onde estamos debaixo do controle de um patrão
terrível.
1. Andamos segundo o curso deste mundo (Ef. 2:2).
2. Jesus chamou os Fariseus “filhos do Diabo” (João 8:38-44).
3. Fazemos parte do reino das trevas (Col. 1:13).
4. Satanás e os seus demônios têm autoridade neste mundo (Col. 2:15).
5. Tanto Judeus quanto Gentios estão debaixo do domínio de Satanás (Atos
26:18).
6. Satanás influencia o nosso comportamento (2 Cor. 12:9).
7. Servimos Satanás quando buscamos coisas materiais (Mat. 4:10).
8. Falta de perdão é uma demonstração da nossa lealdade a Satanás (2 Cor.
2:6-11).
9. Pessoas são cativas de Satanás (2 Tim. 2:26).
10. Ciúmes e brigas com arrmagura e arrogância demostra que servimos
demônios (Tiago 3:13-16; 4:1-17).
III. Cremos que as Escrituras ensinam que o Evangelho é a solução dos
problemas não físicos do homem
A. O Evangelho cancela o pecado do homem e elimina sua posição de
condenado.
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1. Cristo satisfaz todas as exigências da lei e nos livra da condenação (Rom.
10:3).
2. Somos justificado do pecado pela fé na obra de Cristo (Rom. 3:24-25).
3. Nosso pecado é pago por Cristo e em troca recebemos a justiça de Cristo
(2 Cor. 5:21).
4. Somos libertos da maldição do pecado e escravidão (Gal. 3:10-13).
5. Morremos para pena do pecado e podemos viver justos diante de Deus (1
Pe. 2:24).
6. Nossos pecados são perdoado e não lembrados mais (Heb. 9:14).
B. O Evangelho de Cristo faz com que nos tornemos novas criaturas com novos
corações.
1. Tornamo-nos novas criaturas (2 Cor. 5:17).
2. Recebemos corações limpos (Ez. 36:25-27; 11:19-21).
3. Deus dar um coração que busque somente a Ele (Jer. 32: 39-41; Rom
3:18).
4. Deus limpa os nossos corações (Heb. 9:14; 2 Cor. 5:9, 14, 15, 17).
5. Somos libertos do controle do pecado (Rom. 6:1-22; Tito 2:14).
6. Somos capazes de dizer não ao pecado (Tito 2:12).
7. Temos o poder de pensar de forma diferente (2 Cor. 2:14,15; 10:3-5; Fil.
2:3-5; 4:8).
8. Podemos andar no Espírito (Gal. 5:24; Rom. 8:13).
9. Despojamo-nos do comportamento pecaminoso e revestimo-nos de justiça
(Ef. 4:25-32).
C. O Evangelho nos liberta do patrão terrível.
1. Somos libertos do domínio das trevas (Col. 1:13).
2. Podemos resistir Satanás e aos seus demônios (Col. 2:15).
3. Podemos escapar da corrupção deste mundo (2 Tim. 2:25).
4. Podemos ser livres do devorador, Satanás (1 Pe. 5:8).
5. Cristo é acima da influência de Satanás (Mat. 12:29).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
6. Temos uma nova habilidade para vencer o pecado (Ef. 4:26,27).
7. Temos todos os recursos necessários para sermos vitoriosos (Ef. 6:1018).
8. Cristo e a Palavra de Deus é suficiente (2 Cor. 2:11).
9. Estamos debaixo da autoridade de Cristo (Ef. 1:21).
10. Somos mais do que vencedores em Cristo (Rom 8:37-38).
D. Devido ao Evangelho Cristo intercede por nós.
1. Jesus nos representa diante de Deus e ora por nós (Heb. 7:25).
2. Cristo é o nosso protetor (Rom. 8:33-34).
3. Cristo é o nosso advogado (1 João 2:2).
4. Cristo é o nosso sumo sacerdote (Heb. 9:24).
5. Cristo está orando por nós (Heb. 9:24).
6. Cristo orava para os seus discípulos enquanto na terra (Lc. 22:31-32; João
17:13-21).
7. O Pai sempre escuta o Filho (João 11:41-42).
E. O Evangelho de Cristo promete a presença de Cristo conosco.
1. Ele promete está com os seus discípulos até o fim (Mat. 28:20).
2. Somos livres do pecado então o Senhor está conosco (Heb. 13:5-6).
3. Não precisamos ter medo (Is. 41:10).
4. Cristo vai completar sua obra em nós (Fl. 1:6).
5. Ele supri nossas necessidades (Fl. 4:19).
6. Ele está trabalhando em nós (Fl. 2:13).
F. O Evangelho nos ensina que Cristo é o Rei e está em controle das
circunstancias.
1. Nada é difícil para Ele (Jer. 32:17).
2. Ele faz mais do que podemos pedir ou pensar (Ef. 3:20).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
3. Tudo é possível com Deus (Mat. 19:26).
4. Em Cristo somos completos (1 Cor. 11:3; Ef. 1:22; Col. 1:16, 17; 2:10).
5. Ele controla as tentações e supri livramento (1 Cor. 10:13).
G. O Evangelho nos ensina que Cristo irá voltar e destruirá o pecado e seus
efeitos.
1. Os planos de Deus serão cumpridos (João 14:1-3).
2. As promessas de Deus se tornarão uma realidade (Atos 1:9-11).
3. Os propósitos de Deus serão completos (1 Ts. 4:13-18).
4. Tornaremo-nos cidadões do céu (Fl. 3:20-21).
5. Viveremos no novo céu onde habita somente justiça (2 Pe. 3:13).
CRISTO É TUDO QUE PRECISAMOS!!!
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CONVICÇÃO #8
O VERDADEIRO CONSELHEIRO É O ESPÍRITO SANTO.
I. O Espírito Santo é uma pessoa central para toda vida Cristã
A. O Espírito Santo é a pessoa menos entendida da Trindade.
1. Os Pentecostais enfatizam demais e confundem os reais ministérios.
2. Os tradicionais negligenciam o Espírito ou até ignoram completamente.
B. Paulo reconhecia a importância do ministério do Espírito Santo (Atos 19:3-4).
1. A pergunta de Paulo para os convertidos é interessante. Não sabemos o
que ele viu nas pessoas para fazer com que ele questionasse se eles
tinham recebido o Espírito
2. A resposta destas pessoas demonstra que desde o início houve bastante
confusão sobre o ministério do Espírito Santo.
3. Será que Paulo perguntaria a mesma coisa para nós (Rom 12:2; Ef. 4:17;
1 Pe. 3:2-3)?
4. Muitos ministérios hoje dependem mais da força da carne do que da obra
do Espírito.
C. Erros sobre o ministério do Espírito são graves e devem ser corrigidos.
1. É insensato começar no Espírito mas continuar na carne (Gal. 3:1-5).
2. As obras da carne são sempre mal vistas por Deus (Gal. 5:15, 16, 19-21).
3. O Espírito nos liberta da lei e das obras da carne (Gal. 5:18).
4. O Espírito produz fruto para a glória de Deus (Gal. 5:22, 23).
D. O ministério do Espírito foi essencial no tempo do Antigo Testamento (Zac.
4:6)
1. O pano de fundo deste texto é o retorno de Judá para a terra do cativeiro.
2. A tarefa era a reconstrução de Jerusalém, o templo e as casas.
3. Eles enfrentaram várias dificuldades (Esdras, Neemias Zac. 1:18-21;
3:1,2).
4. Deus tinha feito várias promessas para o povo (Zac. 1:14-17; 2:4-12; 3:810; 4:1-5).
31
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
5. O poder para cumprir as promessas em meio a dificuldade, vem do
Espírito (Zac. 4:6-10).
E. Lições que devemos lembrar sobre aconselhamento.
1. A vida cristã e o ministério de aconselhamento não é apenas difícil, na
realidade é impossível.
2. Ninguém é suficiente para cumprir estas tarefas (2 Cor. 2:15,16).
3. Nossa suficiência é totalmente em Cristo (2 Cor. 3:5,6).
4. O ministério de Paulo e o nosso ministério é igual a tarefa que Zacarias
enfrentou.
5. O sucesso no ministério não é pela inteligência, personalidade,
credenciamento pelo estado, ou por ter estudado aconselhamento bíblico.
É pelo Espirito Santo de Deus e o seu poder de transformar vidas, que
qualquer mudança pode acontecer.
II. A Bíblia está repleta de textos que falam do poder do Espírito
A. Ele dá vida aos que estão mortos no pecado (João 6:63; Ef. 2:1-5; Gal. 5:25).
B. Ele nos regenera e faz nascer de novo (João 3:3; Tito 3:5; 2 Cor. 5:17).
C. Ele desperta em nós o desejo de adorar Deus (João 4:23, 24; Fl. 3:3).
D. Ele é o Consolador e auxílio (João 14:16-18).
E. Ele comunica o amor de Deus aos nossos corações (Rom. 5:5).
F. Ele convence do pecado (João 16:7-9).
G. Ele nos liberta da lei do pecado e da morte (Rom. 8:2; 2 Cor. 3:18).
H. Ele nos capacita para vencer o pecado em nossas vidas (Rom. 8:13-14).
I. Ele nos liberta do escravidão e medo (Rom. 8:15).
J. Ele nos auxilia em oração (Rom. 8:26).
K. Ele nos equipa com dons espirituais (Rom. 12:3-8; 1 Cor. 12:3).
L. Ele produz em nós justiça, paz e alegria (Rom. 14:17).
M. Ele nos dá esperança (Rom. 15:13).
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N. Ele nos santifica e purifica (Rom. 15:16, 1 Pe. 1:2).
O. Ele nos ajuda compreender a vontade e a Palavra de Deus (1 Cor. 2:12, 14).
P. Ele possibilita mudanças radicais em nossas vidas (1 Cor. 6:9-11).
Q. Ele nos ajuda deixar desejos e atos pecaminosos (Gal 5:16-19).
R. Ele nos limpa de dentro e de fora (1 Cor. 6:11).
S. Ele nos transforma para ser conforme a imagem de Cristo (2 Cor. 3:18).
T. Ele nos enche com sabedoria e o amor de Deus (Ef. 1:17; 3:17).
U. Ele fortifica o homem interior nos seus pensamentos, emoções, motivos e
desejos (Ef. 3:16).
V. Ele nos sela e guarda seguro em Cristo para o dia da redenção (Ef. 4:30).
W. Ele produz fé no coração e o fruto do Espírito (Ef. 2:8; 1 Cor. 12:4; Gal. 5:22,
23, 25, 26).
X. Ele nos fortifica para viver submissos uns aos outros na família (Ef. 5:18-6:9).
III.
O Espírito tem sido usado para produzir grandes mudanças em vidas
A. Na vida de Pedro
1. Antes ele negou Cristo diante de uma menina (Mat. 26:57-59).
2. Depois do Espírito, e pregou Cristo diante das multidões (Atos 3:1-11; 4:122).
B. Na vida do Corintos
1. Antes eles foram presos a todo tipo do pecado (1 Cor. 6:9).
2. Depois do Espírito eles foram purificados e poderosos para resistir ao
pecado (1 Cor. 6:11).
C. Na Ilha de Creta
1. Antes os habitantes da ilha foram considerados desonestos e carnais
(Tito 3:3).
2. Depois eles foram justificados e possuem vida eterna (Tito 3:4-8).
33
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
D. Nos Tessalônicos
1. Antes eles eram idolatras (1 Ts. 1:9).
2. Depois tornaram-se adoradores de Deus (1 Ts. 1:9-10).
E. Na vida de Onsésimo
1. Antes ele era inútil e infiel (Filemom 9, 11)
2. Depois ele tornou-se útil na obra do Senhor (Filemom 11, 12, 13).
IV.
Conclusões sobre o ministério do Espírito no aconselhamento Bíblico
A. Conselheiros Bíblicos têm recursos para aconselhamento que conselheiros
seculares não têm. Então aconselhamento Bíblico será superior a qualquer
outro tipo de aconselhamento que não dispõe estes recursos sobrenaturais
(2 Cor. 10:3-5; Mat. 19:26; Jer. 32:17; Sl. 115:3; Rom. 11:33-37; Ef. 3:15-21).
B. Se o Espírito Santo é o agente de mudança, devemos esperar que Ele use os
meios que Ele mesmo tem prescrito para fazer estas mudanças. Ele vai usar
a Palavra de Deus que Ele inspirou e oração (João 17:17; 2 Cor. 3:18;
Heb. 3:12, 13; 10:24, 25; Ef. 4:11-16; Rom 10:17; 2 Tim. 3:15-17; Atos 20:32).
C. Se o Espirito Santo é o agente de mudança, ele vai usar pessoas que ele tem
capacitado com dons espirituais (2 Tim. 2:20-26; Gal. 6:1-3; 1 Ts. 5:14;
Pv. 13:20; Rom. 12:3-8; Atos 20:28; Ef. 4:11,12).
D. Devido ao fato que o Espírito Santo é o agente de mudança, há esperança em
qualquer situação. Mudança é possível independentemente do passado,
presente, personalidade ou pecados (2 Cor. 9:8; Mat. 19:26; 1 Cor. 6:9-11;
Heb. 7:25; Gal. 5:22, 23; Ef. 3:21).
E. Devemos ter cuidado para não entristecer ou resistir ao Espirito Santo (Atos
7:51; Ef. 4:30; 1 Ts. 5:19; 1 Cor. 6:19-20; Heb. 10:29).
F. Devemos procurar conhecer a mente do Espírito (Rom. 8:6-7; 1 Cor. 2:14-16;
Col. 3:1-4; Fl. 4:8).
G. Devemos depender dele em todas nossas tentativas para mudar
pessoalmente e também nas tentativas para ajudar outras pessoas mudarem.
Não devemos tentar mudar pela nossa força ou usar métodos anti-bíblicos
para manipular mudança na vida de outras pessoas (Mat. 11:25; 2 Tim. 2:2426; Filemom; Lc. 9:51-56).
H. Se o Espírito Santo é o agente de mudança devemos dar o crédito a Ele por
qualquer sucesso ministerial que venhamos a ter ou qualquer mudança que
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
aconteça em nossas vidas ou nas vidas de outras pessoas (1 Ts. 1:3; 2:13;
Rom. 1:7).
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CONVICÇÃO #9
ACONSELHAMENTO PRECISA SER BASEADO NUM ENTENDIMENTO BÍBLICO
SOBRE A RAZÃO POR TRÁS DO COMPORTAMENTO PECAMINOSO
DO HOMEM.
I. É essencial entender por que as pessoas se comportam de forma
pecaminosa
A. A Bíblia nos mostra exemplos negativos sobre o comportamento do homem.
1. 1 Coríntios 10:1-14
a.
b.
c.
d.
Os grandes privilégios do povo (v. 1-4).
A visão de Deus sobre eles (v. 5).
O que as pessoas fizeram (v. 7-10).
O motivo por trás do seu comportamento “cobiçaram coisas más”
(v.6).
2. Êxodo 32:1-28
a. O povo, sem a liderança de Moisés, procurou adorar um deus que
eles fizeram (v. 1-6).
b. Deus fala para Moisés que o problema do povo é “dura cerviz” (v. 9).
c. Arão reconhece que o povo é “propenso para o mal” (v. 22).
d. Moisés percebe que o povo estava “desenfreado” (v. 25).
3. A Bíblia claramente nos mostra que o pecado do homem não é por ser
privado de amor é por ser depravado no coração.
B. A Bíblia nos mostra exemplos positivos de pessoas que agiram
piedosamente apesar de circunstâncias bem difíceis.
1. 1 Pedro 2:18-24
a. Somos chamados para servir fielmente até pessoas que nos tratam
mal (v. 18).
b. A glória é em sofrer por fazer o bem (v. 20).
c. Cristo é o exemplo de sofrimento por piedade (v. 21-24).
2. 2 Coríntios 4:8-11, 16
a. Paulo sofreu mas não foi abalado pelo sofrimento (v. 7-9).
b. O alvo de Paulo era manifestar Cristo através do seu sofrimento (v.
10-11).
c. A visão de Paulo quanto ao sofrimento possibilitou que ele não
desanimasse na obra do Senhor (v. 16).
36
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
3. Não somos escravos das nossas circunstâncias, Deus nos chama para
viver acima das circunstância para a Sua glória .
C. A Bíblia claramente declara a causa do nosso comportamento pecaminoso.
1. Procede do coração do homem (Marcos 7:21-23).
2. O coração é revelado através do procedimento da pessoa (Lucas 6:4345).
3. Somos tentados e seduzidos pela nossa própria cobiça (Tiago 1:13-16).
4. Guerras e contendas procedem dos prazeres da nossa própria carne
(Tiago 4:1-3).
5. Homens enlouquecem por sues próprios pecados (Romanos 1:18-31).
6. Quando confiamos nos homens e não no Senhor, as coisas vão mal (Jer.
17:5-10).
D. Israel tem sido um exemplo do problema real do comportamento do homem
(Ezequiel 14: 1-11).
1.
2.
3.
4.
Os ídolos estão no coração (v. 4, 5, 7).
Idolatria afasta o homem de Deus (v. 3, 8).
O coração do homem constantemente fabrica muitos ídolos (v. 4, 6).
Deus exige do homem o arrependimento e que renuncie aos ídolos (v. 6).
II. Dificuldades formam o contexto em que descobrimos a condição do nosso
coração
A. Deus esta constantemente preocupado com o coração do homem.
1. Ele quer corações limpos (Tiago 4:8).
2. Um coração limpo é a condição que Deus exige para Ele ser conhecido
(Mt. 5:8).
3. Deus não se agrade de adoração que vem dos lábios mas não do
coração (Mt. 15:8).
4. Somos salvos pela fé que nasce no coração (Rom. 10:9-10).
5. Incredulidade do coração pode nos afastar do Senhor (Heb. 3:12).
6. Deus conhece os corações (Atos 15:8; Jer. 17:10).
7. Do coração procede as fontes da vida (Pv. 4:23).
B. Como podemos identificar idolatria no coração de um aconselhado?
1. Quando uma pessoa deseja algo mais do que ele deseja Deus e a
aprovação de Deus.
2. Quando a pessoa deseja algo que Deus não quer que a pessoa tenha.
3. Quando a pessoa deseja algo legitimo mas ele esta disposto a pecar para
obter o que ele deseja.
4. Quando a pessoa responde de forma pecaminosa por não receber o que
ele deseja.
5. Quando a pessoa tenta forçar outras pessoas a darem o que ele quer
usando de manipulação e outros meio pecaminosos.
37
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
6. Quando a pessoa justifica seus atos usando padrões não Bíblicos.
C. Quais são os ídolos do coração do homem (1 João 2:15-17)?
1. Concupiscência da carne (Mt. 6:24; 2 Tim. 6:9, 10): São os nossos
desejos ardentes que tornam vícios: drogas, comida, esportes, sexo ou
até tranqüilidade.
2. Concupiscência dos olhos: Pode ser nossa aparência e bens, mas
quando não conseguimos estas coisas nos sentimos miseráveis.
3. Soberba da Vida: Pode ser sucesso no emprego, poder, posição,
estatuas, boas notas e respeito de outras pessoas.
III.
Como aconselhar pessoas com ídolos no coração
A. Demonstrar pelas Escrituras que as circunstâncias difíceis que a pessoa
esteja enfrentando não é a causa dos problemas, mas apenas o contexto em
que Deus está revelando o nosso coração (Dt. 8:1-16; Ez. 14:1-9; Jer. 17:5-8;
Marcos 7:21-23; Lc. 6:43-54; 1 Cor. 10:1-14; Tiago 1:13-16; 4:1-3).
B. Perguntas “raio X” que possam revelar o coração do aconselhado:
1. Quando você se irou, quais foram os desejos do seu coração que não
foram supridos?
2. O que você precisa para ser feliz agora mesmo?
3. O que faz você sentir-se muito mal?
4. O que faz você sentir-se muito bem?
5. Se você pudesse mudar sua situação atual, o que você faria?
6. O que geralmente ocupa os seus pensamentos?
7. Porquê você sente tão mal com esta outra pessoa?
8. Como você definiria sucesso para você?
9. O que você mais quer conquistar antes de morrer?
10. O que você mais quer neste momento?
C. Ajude a pessoa entender que o coração é o problema principal do homem
(Pv. 4:23).
D. Ajude a pessoa entender que quando ele reage de uma forma pecaminosa as
circunstâncias difíceis; que ele esta adorando falsos deuses (Jer. 2:13).
E. Mostre que Deus merece e exige ser o Senhor dos nossos corações (Mt.
6:24; Ex. 20:3; Mt. 4:10).
F. Encoraje a confessar os seus pecados (1 Jn. 1:7-10; Ef. 1:7).
G. Explique a necessidade de um verdadeiro arrependimento (2 Cor. 7:9-11;
Mt. 3:8).
H. Quando eles são tentados ou sentido mal pede para eles analisarem suas
vidas fazendo as seguintes perguntas:
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
1. Quais são as circunstâncias que estão dificultando sua vida agora?
2. O que você está pensando sobre as circunstâncias?
3. Como você está sendo tentado agora?
4. Quais são as suas emoções e sentimentos?
5. O que você quer que você não está conseguindo?
6. Qual é a perspectiva de Deus nesta situação?
7. Quais são os desejos que Deus quer que você tenha agora?
8. Que ações agradariam a Deus neste momento?
9. Qual é o livramento que Deus está suprindo?
10. Como você vai pensar, falar e agir neste momento?
I. Encoraje a utilizar os meios normais que Deus tem suprido para mudança do
seu caráter (Heb. 10:24,25; Rom. 10:17; Atos 20:32).
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CONVICÇÃO #10
ORAÇÃO FAZ UMA PARTE ESSENCIAL
DO TRABALHO DE ACONSELHAMENTO.
I. Por que oração deve fazer parte essencial do trabalho de aconselhamento
A. A Bíblia está cheia de exemplos de homens de Deus que foram poderosos
em oração.
1. Moisés orou produtivamente para o seu povo (Ex. 8:12-13, 16-31; 9:33;
15:1-25; 32:11-13, 31-32; Num. 11:1-2; 14:11-20; 27:15-17).
2. Samuel orava a favor do seu povo e considerava pecado não orar (1 Sam.
12:19-23).
3. Daniel foi condenado pelos homens por causa da sua fidelidade em
oração (Dan. 6:1-10; 9:1-19).
4. Neemias enfrentou dificuldade orando (Ne. 1:1-11; 2:4; 4:9).
5. Cristo orava sempre ao Pai (Lc. 3:21-22; 24:49-51; 5:16; 6:12; 9:18, 28,
29; 11:1; Heb. 5:7).
6. Os líderes da Igreja primitiva oraram diante da presegucao que estavam
enfrentando (Atos 1:14; 2:42; 3:1; 4:23, 24; 6:4; 7:5-7, 60; 8:14, 15; 9:11,
40; 10:1,2,9; 11:5; 12:5; 13:3; 14:23; 16:13, 25).
7. O apostolo Paulo fazia orações em quase todas as suas cartas (Romanos,
1 e 2 Coríntios, Efésios, Filipenses; Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses).
B. A Bíblia está cheia de exortações que nos ensinam que devemos orar.
1.
2.
3.
4.
5.
Devemos clamar ao Senhor (Salmos 55:15).
Cristo mando os seus discípulos orarem (Mt. 5:44).
Cristo ensina que homens devem sempre esta orando (Lc. 18:1).
Paulo ensina que devemos ser dedicados a oração (Col 4:2-3).
Paulo instruiu Timóteo fazer oração uma prioridade no seu ministério (1
Tim. 2:1, 8).
6. Pedro exorta seriedade na vida de oração (1 Pe. 4:7).
7. Muitos outros textos que exorta oração na vida do crente: 2 Chron. 7:14;
Sl. 32:6; 55:22; 122:6; Is. 55:6; Jer. 31:3; Mt. 6:9; 9:38; 26:41; Rom. 12:12;
Ef. 6:18; Fl. 4:6; Col. 4:2,3; I Ts. 5:17; Heb. 4:16; Tiago 5:13; Judas 20.
C. A Bíblia está cheia de promessas sobre respostas de oração.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Oração traz perdão dos nossos pecados (2 Cron. 7:14).
Pode dar livramento (Sl. 50:15).
Pode nos sustentar (Sl. 55:22).
Mostra para nós grandes maravilhas (Jer. 31:3).
Deus promete responder as nossas orações (Mt. 7:7-11).
Cristo nos incentiva a pedir (João 15:7).
Deus promete sabedoria aos que pedem (Tiago 1:5).
As orações dos justos é eficaz (Tiago 5:14-16).
40
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
9. Muitos outros textos: Atos 4:31; João 16:15; Rom. 15:13; Heb. 4:16; Tiago
4:2; 1 João 3:22; 5:14, 15).
D. A Bíblia está cheia de exemplos de orações respondidas.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Ana deu luz a um filho como resposta de oração (1 Sam. 1:27).
Elias orava e fazia para de chover (1 Reis 17).
Reis de Israel conquistaram exércitos com oração (2 Chron. 20).
O Rei pagão favoreceu e financiou a reconstrução de Jerusalém pela
oração (Ne. 1).
Deus deu coragem para pregar devido oração (Atos 1:14).
Pedro foi solto da prisão como resposta a oração (Atos 12).j
Missionários foram enviado como resultado de oração (Atos 13).
Outro textos: Atos 4:23; 14:23; 16; 10; 8; 9; 7; Sl. 34; Ex. 8:29-32; 9:33-34;
15:24, 25; 1 Sam. 7:9, 10).
II. Por quem o conselheiro deve orar?
A. O conselheiro deve orar por ele mesmo.
1. A forma errado de orar pode ser visto nestes textos: Tiago 3:13; 4:3
precisamos ter motivos puros e uma fé forte.
2. Exemplos de orações feita a favor da própria pessoa: 1 Chron 4:9, 10; 1
Re. 10:9; Sl. 21:1-6; 28:1-3, 6; 30:1-3; 34:4-6; 51:1-12; 77:1-2; 107:1-13;
Lc. 22:41-42; João 17:1-5; Heb. 5:7.
3. Exortações indicando que devemos orar por nos mesmos: Sl. 50:15;
55:22; Mt. 6:9-12; 7:7-9; 2 Cor. 12:7-8; Tiago 5:13; 4:2.
4. Razoes pelo qual devemos orar
a. Por que Deus quer que nos oremos.
b. Em oração reconhecemos a nossa própria fraqueza (Sl. 10:4).
c. Assim declaramos nossa dependência do Senhor (João 4:23-24).
d. Oração a forma principal pelo qual comungamos com o Senhor (1
Cor. 1:9).
e. Forma piedade em nossas vidas (1 Tim. 4:7).
f. Deus abençoe pessoas quando oram (Tiago 4:2; Mt. 7:7-9).
g. Nos ajuda manter sucessos e fracassos na expectativa certa (Sl.
115:1; 30:1-3).
h. É o meio pelo qual podemos ser vitoriosos contra a carne e o Diabo
(Ef. 6:10-18)
i. Tudo que precisamos para ser bons conselheiro é prometido como
resultado de oração (Tiago 1:5; Ef. 1:15-17; 3:14-21).
B. O conselheiro deve orar para os seus aconselhados.
1. Jesus orava para os seus discípulos (Lc. 6:12; 9:18; 22:31, 32; João 14:16;
17:9-26; Rom. 8:34; Heb. 7:25).
2. O apostolo Paulo orava a favor dos seus aconselhados (Rom. 1:8-12; 10:1;
15:14; Ef. 1:16; 3: 14-21; 6:24; Fl. 1:4; 4:23; Col. 1:9; 1 Ts. 1:2; 5:28; 2 Ts.
2:16; 3:16-18; 1 Tim. 1:17; 2 Tim. 1:3; 1:16-18).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
3. Razoes pelo qual devemos orar a favor dos nossos aconselhados.
a. Deus quer que nós oramos a favor das pessoas a quem ministramos
(1 Sam. 12:23).
b. Por que você não tem a capacidade de mudar ninguém, você é
dependente de Deus e oração demonstra esta dependência (João
15:4-5).
c. Nos não somos capazes de motivar pessoas a serem transformados
(Fl. 2:12; Col. 1:10; Ef. 1:15).
d. Somente Deus pode prepara pessoas para receber as benções que
só Ele pode proporcionar.
e. Somente Deus pode convencer pessoas dos seus pecados.
f. Você não pode fazer pessoas amarem Deus ou os seus próximos
mais.
g. Você não pode dar para pessoas paz e alegria.
h. Você não pode fazer com que pessoas vivem para a gloria de Deus.
i. Você não pode produzir o fruto do Espírito.
j. Você não pode fazer pessoas amarem a Palavra de Deus.
k. Você não pode dar dons espirituais para pessoas.
l. Você não pode concertar relacionamentos quebrados.
m. Você não pode fazer pessoas viverem a luz da eternidade.
4. Você deve orar sempre para os seus aconselhados (1Ts. 5:16; Ef. 6:18).
C. O conselheiro deve ajudar o aconselhado orar.
1. Jesus ensinava os seus discípulos orar (Mc. 1:35; Lc. 5:16; 6:12; 9:18, 28,
29; 10;17-21; 11:1; 22:39-45).
2. Paulo ensinava os seus discípulos orar com o exemplo dele (Atos 16:25;
20:36; 21:5; 28:8).
3. Paulo ensinava a orar através dos seus ensinos (Rom. 15:30-32; Ef. 6:1822; Fl. 4:6-7; Col. 4:2-4; 1 Ts. 5:16, 25; 3:1-2; 1 Tim. 2:1-8).
4. O Ensino especifico das escrituras sobre oração demonstra a necessidade
de oração para solucionar problemas.
a. Quando enfrentamos inimigos devemos orar (Mt. 5:43-38).
b. Para ter vitoria sobre pecados que nos escravizam devemos orar (Sl.
19:13).
c. Para deixar hábitos de comunicação pecaminosa (Sl. 19:14; 141:3).
d. Promove perdão e mudança de coração (Sl. 51:1-7; 19:12; Atos 8:22).
e. Limpa os nossos corações (Sl. 51:10).
f. Faz conhecida a vontade de Deus (Sl. 25:4).
g. Vencer a tentação (Sl. 6:13; Mt. 6:13; 26:41).
h. Promove amor (1 Ts. 3:12).
i. Promove santidade (1 Ts. 5:21).
j. Sara enfermidade (Tiago 5:13).
k. Consola e resolve ansiedade (Lc. 18:1; Fl. 4:6).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
CONVICÇÃO #11
ACONSELHAMENTO DEVE TER UM FOCO BÍBLICO DE PESSOAS.
I. Deve ter uma visão Bíblica das pessoas envolvidas no aconselhamento
A. Focaliza a pessoa mais importante que é Cristo (Col. 1:18, 27; 3:4; Fl. 1:20,
21; 1 Cor. 1:1; 2:3; 2 Cor. 4:5).
B. Focaliza em ajudar pessoas que têm problemas em vez de focalizar nos
problemas que pessoas têm (1 Ts. 2:8; 1 Tim. 1:2, 18; Gal. 4:19, 20;
2 Cor. 2:4, 12:14, 15).
C. Focaliza pessoas no sentido de apresentar a verdade com métodos íntegros
(1 Ts. 5:14; 4:18; 5:11, 14; Tito 2:15; 3:10, 11; 2 Tim. 4:2; Gal. 6:1-2).
II. Conclusões sobre o foco de aconselhamento
A. Não usamos receitas feitas para tratar pessoas.
B. Devemos trabalhar para ministrar e aplicar a Palavra de Deus com exatidão,
compaixão mas de forma especifica para o aconselhado. Assim ele poderá
obedecer o Senhor no seu contexto real.
C. Precisamos reconhecer que cada pessoa é ímpar e tem as suas
particularidades que precisam serem consideradas quando procuramos
ajuda-las.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
CONVICÇÃO #12
ACONSELHAMENTO BÍBLICO DEVE SER
RELACIONAL POR NATUREZA.
I. Procuramos aprofundar nossos relacionamentos com as pessoas que
aconselhamos
A. Geralmente aconselhamento acontece no contexto de relacionamento
carinhoso entre seres humanos que se importam uns com os outros (Fil. 1:7;
Atos 20:31; 1 Ts. 2:7-8).
B. Nossa atitude com, e amor por pessoas vai determinar muito sobre nossa
produtividade como conselheiros (1 Cor. 13).
II. Procuramos promover um relacionamento mais profundo com Deus
A. Deus fala conosco através de um relacionamento com seu filho Jesus (Heb.
1:1-2).
B. Jesus relacionou-se com os seus discípulos habitando entre eles (João 1:14,
18; 14:9).
C. Nosso maior tesouro é no relacionamento que temos com Cristo (João 14:6;
Col. 2:3).
D. O alvo do sacrifício de Cristo foi de fazer possível nos trazer de volta para
comunhão com Deus (1 Pe. 3:18; Ef. 2: 14, 18).
E. A nossa vida real é poder conhecer Deus e relacionar-se com Ele (João 17:3;
Ef. 3:16; João 14:21).
III. Deus usa figuras de intimidade para descrever o nosso relacionamento
com Ele
A. Somos chamados filhos e filhas (2 Cor. 6:17; João 1:12; Mat. 6:32).
B. Somos visto como marido e esposa (Ef. 5:25-32).
C. Somos ilustrados como Cabeça e corpo (Ef. 1:21-23)
D. A Bíblia usa a expressão “em Cristo” mais de 150 vezes.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
CONVICÇÃO #13
ACONSELHAMENTO BÍBLICO PROCURA TRABALHAR
COM A PESSOA NA SUA TOTALIDADE.
I. As escolas seculares são reduzionistas
A. Behaviorismo focaliza o ambiente do aconselhado numa tentativa de
modificar comportamento.
B. Tratamento psicodinâmico focaliza o sub consciente do homem.
C. O modelo médico focaliza problemas genéticos e desequilíbrios químicos.
D. O método de auto-estima focaliza as emoções e sentimentos.
E. O cognitivo focaliza o intelecto ou racional.
F. O conselheiro eclético monta uma salada de frutas de todas as posições mas
deixa Deus de fora.
II. A igreja tem sido reduzionista no seu aconselhamento
A. Integracionalistas confia mais nas observações do homem do que no poder
de Deus em Cristo através do Espirito Santo.
B. Os legalistas focalizam comportamento externo sem trabalhar o coração.
C. Os Piedosos focalizam experiências místicas e devoção a Deus como a única
solução.
D. Os Gnosticos focalizam conhecimento mas negligenciam a vontade do
homem.
E. Os pentecostais e os “Keswicks” focalizam uma segunda bênção ou um
pensamento místico onde esperamos com braços cruzados para deixar
somente Deus agir.
F. Ministérios de libertação focalizam experiências milagrosos para “curar”
pessoas.
III. Aconselhamento Bíblico é completo no seu tratamento das pessoas
A. Reconhecemos que cada membro da trindade é fundamental para o
ministério de aconselhamento.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
1. Cristo está trabalhando em cooperação com o Pai para nosso
crescimento (João 15:1, 2).
2. Somos santificados através do lavar do sangue de Cristo e da obra do
Espirito na Palavra de Deus (Ef. 5:26).
3. O Espirito nos transforma para sermos a imagem de Cristo (2 Cor.
3:18).
B. Reconhecemos a cooperação do homem no seu amadurecimento.
1. Os que são guiados pelo Espirito mortifiquem as obras da carne (Rom.
8:13).
2. Somos chamados para sermos limpos, devido as promessas divinas
sobre as nossas vidas (2 Cor. 7:1).
3. Paulo incentiva Timóteo a uma vida de auto-disciplina (1 Tim. 7).
4. A vida cristã é descrita como uma caminhada onde precisamos andar
em obediência (Ef. 4:1, 17).
5. Somos chamados para batalhar e fugir das tentações (1 Tim. 6:11; 2
Tim. 2:22).
6. Paulo esmurrava o seu próprio corpo (1 Cor. 9:24-27).
C. Reconhecemos a importância de manter relacionamentos saudáveis com
Deus e homens.
1. O homem não foi criado para viver só, mas para relacionar-se com
outras pessoas (Gen. 2:18).
2. Jesus cresceu no seu relacionamento com Deus e com os homens
(Lucas 2:52).
3. Amizades são fundamentais para nos ajudar em momentos difíceis
(Prov. 17:17).
4. O temor do Senhor nos motiva a viver vidas puras e detestar o mal (2
Cor. 7:1; Prov. 8:13).
D. Reconhecemos a importância de envolver o homem inteiro na mudança.
1. O corpo e o espirito (1 Tim. 6:11; Rom 6:11-13; Mat. 5:28-30).
2. O intelecto, emocional e voliçional (Rom. 6:11; 12:2; Ef. 4:23; Tiago
1:2; 4:8; Heb. 4:12; Prov. 4:23).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
E. Reconhecemos a importância do passado, presente e futuro.
1. O futuro é um aspecto fundamental no aconselhamento.
a. O homem exterior está desfalecendo, mas nós olhamos para o
invisível (2 Cor. 4:26-18).
b. Gememos enquanto aguardamos a redenção dos nossos corpos
(Rom. 8:18-25).
c. A volta de Cristo é motivo para pureza (1 João 3:2-3).
d. A vida de Cristo é motivo de esperança (1 Ts. 1:3).
e. A futura glória traz alegria para o presente (Heb. 12:3).
f. Negamos pecado devido a bendita esperança (Tito 2:11).
g. Pessoas naturalmente pensam sobre o futuro a luz do presente,
nós precisamos motivar e ensinar as pessoas a viverem no
presente a luz do futuro.
2. O presente é importante no aconselhamento.
a. Sofrimento é uma realidade da vida presente (Rom. 8:18).
b. Devemos regozijarmo-nos no presente mesmo que enfrentemos
uma variedade de provações (1 Pe. 1:6).
c. Más companhias no presente promovem maus hábitos (1 Cor.
15:33; Prov. 13:20).
d. Diariamente precisamos guardar os nossos corações para não
permitir o nosso endurecimento (Heb. 3:12-13).
e. Precisamos ser estimulado regularmente a fé e boas obras (Heb.
10:24-25).
f. Pais podem provocar os seus filhos a ira (Ef. 6:4).
g. Como conselheiros bíblicos procuramos ter uma visão real e
completa do presente, que seja bíblica na sua perspectiva.
3. O passado é valido no aconselhamento.
a. Base Bíblica.
1) O passado pode influenciar o presente (1 Pe. 1:18).
2) Os pecados do passado precisam serem despojados (Ef. 4:22).
3) Os pecados dos nosso pais podem influenciar o nosso presente
(Ef. 6:4).
4) Hábitos pecaminosos do passado podem continuar nos
atrapalhando mesmo depois da nossa conversão (Col 3:6-8).
5) Acaz foi influenciado pelo conselho mau da sua mãe (2 Cron.
22:1-4).
6) Nos podemos formar hábitos que são difíceis vencer, mas com
a ajuda de Deus eles podem serem despojados da nossa vida
(Jer. 13:23).
b. Crenças básicas de aconselhamento Bíblico sobre o passado.
47
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
1) O passado tem uma influencia significativa na formação de
procedimentos da nossa vida (Ef. 6:4; Col. 3:21; 1 Pe. 1:18).
2) Ninguém é vitima sem esperança que tem seu presente
procedimento determinado pelo passado (1 Cor. 6:9-11; Col 3:58).
3) Pessoas interagem criativamente com o passado e interpretam
o passado de uma forma que ele incorpora sua experiências do
passado nos seus procedimentos do presente ou de forma
positiva ou negativa. Duas pessoas podem ter as mesmas
experiências do passado mas responderem totalmente diferente
devido a maneira que elas interpretam os eventos (Gen. 32:121; Gen. 45-50).
4) Ninguém interpreta o seu passado perfeitamente e ele não
reproduz as suas próprias experiências perfeitamente. Somos
finitos e falhos na nossa memória do passado (Num. 11:3-6
Israel esqueceu os horrores da escravidão). Nossas memórias
são: ativas, criativas e seletivas.
5) O crente deve procurar interpretar o seu passado como
ordenado por Deus e para a glória de Deus (Sl. 37:23; Gen.
50:20; Ef. 4:1).
6) Pessoas incrédulas procuram distorcer o passado com
explicações que não honram a verdade de Deus. Ele prefere
resistir a verdade para acreditar na sua própria mentira (Rom.
1:18; Prov. 16:2).
7) Pessoas nem sempre percebem a influencia do passado nos
seus hábitos e valores que acabam influenciando os seus
procedimentos (Lucas 1:38-42; Marcos 10:17-24).
8) Pessoas não são controladas por memórias não exploradas que
são desconhecidas e escondidas em sua sub consciência (João
8:32; Rom. 8:2; Fl. 3:13-14).
9) Exploração do passado conhecido pode ajudar a revelar para a
pessoa alguns fatores que contribuem para os seu
procedimento no presente (1 Pe. 1:18; Jer. 13:23; 1 Cor. 8:7).
10) Conhecimento do passado não é sempre necessário para a
pessoa poder mudar biblicamente (Rom 6-8; Marcos 10:17-21;
João 8:1-11).
11) Mudanças acontecem no presente e isso envolve
arrependimento de valores, hábitos e procedimentos
pecaminosos do passado e sendo revestido de ações e atitudes
que agradam o Senhor (Ef. 4:25-32; Tiago 4:1-8; Ez 14:1-11).
12) Revivendo experiências do passado ou ventilando emoções
guardadas não é um procedimento bíblico (Fl. 3:12-14).
13) Deus é soberano sobre todos os eventos na vida de uma
pessoa e Ele usa estes eventos na sua sabedoria para fazer
com que sejamos conforme a imagem de Cristo (Rom 8:28; Sl.
103:19; Dan. 4:34-35; Gen. 50:20; 2 Cor. 12:1-11; Ef. 4:1).
c. Como ajudar pessoas com o seu passado.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
1) A análise do passado pode revelar áreas que as pessoas devem
fazer restituição.
2) O estudo do passado pode demonstrar padrões de vida que a
pessoa precisa reconhecer como pecado.
3) Reconhecer e admitir um hábito, é um dos primeiros passos em
conseguir vencer o hábito.
4) Lembre as pessoas que nós lembramos o que escolhemos
lembrar não necessariamente o que realmente aconteceu.
5) Reconhecer que o passado influencia o presente mas não
determina.
6) Ajude o aconselhado a não ver o passado como uma corrente
que amarra ele a um futuro ou presente negativo.
7) Ajude-o a interpretar o passado biblicamente dividindo o
passado em duas categorias: inocente e culpado.
8) Do passado culpado ele deve:
a)
b)
c)
d)
Reconhecer seu comportamento como pecaminoso.
Arrepender-se do pecado, decidindo mudar de direção.
Confessar o pecado a Deus.
Admitir o pecado a outras pessoas envolvidas fazendo um
pedido formal de perdão, não apenas desculpas.
e) Fazer restituição de qualquer dano.
f) Gozar do perdão que só Deus pode oferecer, não deve ficar
ruminando o pecado.
9) Do passado inocente ele deve:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
Identificar as outras pessoas envolvidas.
Reconhecer a falibilidade da sua própria memória.
Avaliar se o seu comportamento realmente foi bíblico.
Determinar se outras pessoas precisam ser confrontadas e
seguir os princípios de Mateus 18.
Perguntar quais são as lições aprendidas.
Perceber o bem que Deus está querendo fazer através do
acontecimento.
Ver o problema a luz de 1 Cor. 10:13.
Perdoar pessoas que têm demonstrado arrependimento.
Prevenir armadura no coração contra as pessoas que não
arrependem-se, dar graças a Deus pela sabedoria dele em
usar o mal para sua própria glória.
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CONVICÇÃO #14
SOMOS CONVICTOS QUE TRANSFORMAÇÃO ACONTECE
COMO PROCESO E NÃO COMO UM EVENTO.
I. Transformação tem vários aspectos
A. Envolve o que você faz, como você faz e porquê você faz.
B. Envolve o que você fala e os motivos por trás do seu falar.
C. Tempo é um agente fundamental na transformação (1 Ts. 5:14; 2 Tim. 4:2; 1
Tim. 4:16; Gal. 6:9).
II. A Bíblia ilustra transformação como um processo com a vida de pessoas
A. Abraão falhou durante várias ocasiões na sua caminhada com Deus.
B. Israel foi levado por longos processos nas preparativas para entrar na terra
prometida (Ex. 3-14).
C. Cristo reconheceu que os seus discípulos estavam em processo de
transformação.
III. A Bíblia ensina santificação através de metáforas que indicam processos
A. A vida cristã é como uma corrida que precisa de treino (Heb. 12:1-3; 1 Cor.
9:24-27; Fl. 3:10-14).
B. Crescimento acontece como na vida física, através de alimentação, exercício
e o passar do tempo (Heb. 5:13-14; Ef. 4:13-16).
C. Mudança envolve o processo de despojar e revestir (Ef. 4:22-33; Col. 3:1214).
D. A vida cristã é um chamado para andar na luz não somente passar por ela
(Ef. 4:1; 5:2; Gal. 5:16).
E. Nós queremos incentivar um processo de mudança chamado de santificação
progressiva. Mudança não é instantânea, mas progressiva durante toda a
nossa vida. O processo de tornar-se como Cristo vai continuar até a vinda
do Senhor.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
CONVICÇÃO #15
CREMOS QUE IDÉIAS SECULARES NÀO DEVEM SER INTEGRADAS
COM A VERDADE BIBLICA NA PRATICA DO ACONSELHAMENTO.
I. Ensino Bíblico sobre o relacionamento entre idéias seculares com
princípios Bíblicos
A. Satanás sempre tem tentado fazer com que as pessoas integram ensinos
anti-bíblicas sobre o homem e como o homem deve viver e solucionar seus
problemas no domínio de verdades bíblicas reveladas por Deus.
1. Textos do Antigo Testamento: Gênesis 2:1-7; Salmos 1:1; Isaías 8:19-20;
Josué 24:14-28; Jeremias 3-9.
2. Textos do Novo Testamento: Marcos 7:1-7; Atos 20:28; Gálatas 1-3;
Judas; 1 Tim 6:20; 1 João 4:1-8).
B. Tentativas a integrar idéias seculares com a verdade Bíblica não é apenas
desnecessário mas pode ser perigoso (Col. 2:8; 1 Tim. 6:20-21; Ef. 5:6; 2
Tim. 2:16.
C. A Bíblia nos ensina que o povo de Deus deve identificar e refutar qualquer
erro que contradiz as verdades da Palavra de Deus (Gal. 1:6-9; Col. 2:8-10; 1
Tim. 1:5-6; 6:19-20; Sl. 1:1-3; Judas 3).
II. Perguntas que nos ajudam distinguir entre conselheiros bíblicos e
integraçionalistas
A. Como foi o preparo do conselheiro, foi psicológico ou teológico?
B. Qual é a visão da pessoa sobre as Escrituras, autoridade e suficiência?
C. Como ele usa as Escrituras? Ele faz êxegese do texto ou apenas cita textos?
D. Qual é a prioridade no aconselhamento? Ele enfatiza experiências e opiniões
dos homens ou da Palavra de Deus?
E. Sua metodologia é clara e transparente ou ele traz pressuposições que
entram em conflito com a Bíblia?
F. Qual é a visão dele de epistomologia?
G. Quais são as suas convicções antropológicas? O homem por natureza é
bom ou mau?
H. O que ele identifica como raiz do problema do homem?
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
I. Qual é o alvo do aconselhamento dele? A glória de Deus ou conforto do
homem?
J. Como ele define a sua participação na vida do aconselhado?
K. Qual é a tarefa de Deus, Espírito Santo, igreja e oração no aconselhamento?
L. Arrependimento e fé na obra de Cristo são vistos como essenciais?
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CONVICÇAO #16
CREMOS QUE TEMOS RECURSOS SUFICIENTES E SUPERIORES
AOS RECURSOS QUE INCREDULOS OFERECEM.
I. Os recursos que nós temos que o mundo não tem
A. Temos o amor de Deus que trabalha na igreja a favor do seu povo (Ef. 5:2527; Is. 41:10).
B. Somos habitados pelo Espírito Santo (Joao14:16-18; Is. 11:1-3).
C. O povo de Deus é capacitado pelo Espírito (Ef. 4:7-12; Rom 12:3-8; 1 Pe.
4:10-11).
D. Temos a inspirada e inerrante Palavra de Deus (2 Tim. 3:14-17; Sl. 19:7-11;
Sl. 119; Heb. 4:12).
E. O corpo de Cristo, a Igreja produz um ambiente para transformação (Ef. 4:1516; Heb. 3:13; 10:24-25).
F. Temos acesso ao poder e auxílio de Deus em oração (Ef. 6:18; Marcos 9:29;
Jer. 33:3; Sl. 50:15; 34:3).
G. Temos perdão através do sangue de Jesus Cristo (Ef. 4:32; 1 João 1:7-10).
II. Colunas principais do ministério de aconselhamento Bíblico
A. Deve ter uma visão exaltada da pessoa de Deus (Is. 6; 1 Pe.; Mt 18).
B. Precisa ser convicto da autoridade, suficiência e relevância das Escrituras (2
Tim. 3:15-17; 2 Pe. 1:3-4).
C. Ter uma antropologia bíblica que reconhece a depravação do homem (Rom.
3:10-18; Jer. 17:9).
D. Reconhecer a autoridade e o propósito da Igreja (1 Tim. 3:15; Ef. 4; 3:16-19).
E. Estabelecimento de uma liderança Bíblica (1 Tim. 3:1-13; Tito 1:5-9).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
INTRODUÇÃO AOS OITO ELEMENTOS
DO ACONSELHAMENTO BIBLICO
I. Definições Básicas
A. Envolvimento: Promover mudança bíblica estabelecendo um relacionamento
que facilite a transformação do aconselhado.
B. Encorajamento: Promover mudança bíblica inspirando o aconselhado a
desenvolver e suster esperança bíblica.
C. Exploração: Promover mudança bíblica colecionando dados suficientes e
informações pertinentes para poder entender corretamente o aconselhado e
os seus problemas.
D. Entendimento: Promover mudança bíblica analisando e organizando as
informações para que possamos identificar a natureza e a causa bíblica dos
problemas e então explica-los de uma forma clara para o aconselhado.
E. Ensino: Promover mudança bíblica dando instrução bíblica que seja correta,
apropriada e relevante para que o aconselhado possa entender a perspectiva
de Deus sobre o que ele deve fazer para solucionar os seus problemas.
F. Engajamento: Promover mudança bíblica motivando o aconselhado
arrepender-se das atitudes, palavras e ações pecaminosas e se comprometer
a obedecer o Senhor e seguir as instruções da Palavra de Deus.
G. Exercício: Promover mudança bíblica ajudando o aconselhado planejar como
colocar as instruções bíblicas em prática na sua vida até que se tornem
novos padrões na sua vida.
H. Encaminhamento: Promover mudança bíblica mentoriando e discipulando o
aconselhado até que as mudanças sejam constantes na sua vida e ele esteja
integrado na vida de uma igreja local.
II. Considerações Importantes
A. Na matéria vamos tratar os oito elementos separadamente para facilitar a
aprendizagem do aluno, mas na prática não é possível separar os elementos
um do outro. Geralmente você pratica vários dos elementos ao mesmo
tempo.
B. Geralmente no inicio do aconselhamento focalizamos no Envolvimento,
Encorajamento e Exploração com bem pouco Entendimento, Ensino e
Engajamento.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
C. No meio do aconselhamento focalizamos Entendimento, Ensino e
Engajamento porém continuamos desenvolvendo Envolvimento,
Encorajamento e Exploração e começamos incentivar a Exercitar o que vem
aprendendo.
D. No fim do aconselhamento focalizamos no Exercício e Encaminhamento com
menos ênfase nos outro seis elementos.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
ENVOLVIMENTO
Promover mudança bíblica estabelecendo um relacionamento
que facilite a transformação do aconselhado.
I. Precisamos de compaixão
A. Compaixão é um assunto importante nas Escrituras.
1. Colossenses 3:12: “splancnon” literalmente os rins ou sentimentos
profundos.
2. Efésios 4:32: “eusplancnoi” literalmente bons rins ou bons sentimentos.
3. 1 Pedro 3:8: “sumpathes” literalmente sofrer junto ou simpatia
4. Filipenses 2:1: “oiktirmos e splancnon” ou afeição e compaixão
B. Compaixão é exemplificada nas Escrituras.
1. Jesus é o exemplo maior de compaixão.
a. Ele teve compaixão das multidões (Mat. 9:35-38).
b. Ele se importava com as pessoas individualmente (Marcos 3:1-5).
c. Ele se descreve como galinha protegendo filhotes debaixo das asas
(Lc. 13:34).
d. Em vários textos podemos ver Jesus chorando (Lc. 19:41-44; João
11:30-36).
e. Até hoje ele senti nossas enfermidades (Heb. 4:15, 16; Is. 63:9).
2. Paulo ilustrou a importância de compaixão através do seu ministério.
a. Paulo derramava lagrimas no seu ministério (Atos 20:17-19, 31, 3638).
b. Ele tratava pessoas com carinho e cuidado no ministério (1 Ts. 2:7,8).
c. Ele estava pronto para ser condenado a favor dos Judeus (Rom. 9:13).
d. Ele foi bem sensível a Onésimo e Filemom (Filemom).
C. Como desenvolver compaixão?
1. Lembre como Cristo relaciona com você (Fl. 1:8; João 15:4, 5).
2. Refletir sobre a sua necessidade da misericórdia de Deus (Mt. 18:21-33;
Judas 21-23; Gal. 6:1; 1 Cor. 10:12).
3. Procure ver a vida através dos olhos do seu aconselhado, andar na pele
dele (Mat. 9:36; 14:14; Lucas 7:13; 10:33; Heb. 13:3).
4. Lembre-se que são pessoas que pertencem ao corpo de Cristo junto com
você (Filemom 1; 1 Tim. 5:1, 2; 1 Ts. 1:3).
5. Obedecer o mandamento de Deus, não ver com opcional (Ef. 4:32; 1 Pe.
3:8; Col. 3:12).
6. Desenvolver pensamentos de compaixão sobre as falhas de outras
pessoas (1 Tim. 4:7; Heb. 5:14; 2 Pe. 3:18).
7. Ore para que Deus desenvolva compaixão na sua vida (Tiago 4:2; Ef.
3:14-17; Fl. 1:9).
56
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
8. Procure amizades com pessoas compassivas (Prov. 13:20; 1 Cor. 15:33;
Rom. 12:15; João 11:30-35).
9. Desenvolva a capacidade de ouvir as pessoas (Jó 21:1-3; Tiago 1:19).
D. Como manifestar compaixão?
1. Com palavras brandas e amorosas (Fl. 1:8; 2 Cor. 7:3; 1 Ts. 2:8-9; Fl.
4:1).
2. Com orações a favor das pessoas (Col. 4:12-13; Fl. 1:8-9; Ef. 1:15-19;
3:13-21).
3. Lamentando junto com elas sobre os seus problemas (Marcos 3:5; 10:1314).
4. Chorando com elas sobre as dificuldades que estão passando (Rom.
12:15).
5. Dando um abraço ou outro gesto físico apropriado (Lucas 15:20; Atos
20:31; João 11:32-35).
6. Não pressionando as pessoas (João 16:12; Prov. 15:28; 27:14; 15:23).
7. Evitando gritaria e demonstrações de ira (Ef. 4:31-32).
8. Não retribuindo mal por mal (Salmos 78:36-39).
9. Sacrificando tempo para os ajudar (1 João 3:17; Lucas 10:33-37).
10. Coisas a evitar
a. Olhares sarcásticos.
b. Interrompendo a conversa deles.
c. Parecendo enfadado com a conversa deles.
d. Martelando eles com versículos bíblicos.
e. Acusando eles de motivos impuros.
f. Fazendo dos seus problemas piadinhas.
II. Precisamos de respeito
A. Comunicação não verbal é essencial
1. Sua postura é fundamental. Não deve parecer nem duro e nervoso ou
muito relaxado. Mantém os ombros firmes, os braços abertos e a cabeça
inclinado para frente..
2. Seus olhos são essenciais. Deve sempre manter contato com os olhos
da pessoa especialmente quando ela esta falando.
3. A tonalidade da sua voz transmite mais do que as próprias palavras.
Deve manter emoção na sua voz e fala numa altura e firmeza apropriada
para o que você está tentando comunicar.
4. Expressão facial deve acompanhar o conteúdo da suas palavras. Procure
sorrir ao receber pessoas permiti que as suas emoções sejam visíveis no
rosto.
5. Alguém estima que nossa comunicação é só 7% expressão verbal
enquanto é 38% expressão vocal ou tom de voz e 55% expressão facial.
B. Comunicação verbal precisa demonstrar respeito.
1. Devemos expressar gratidão (1 Cor. 1:3; 2 Cor. 1:1-3; Col 1:1-3).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
2. Devemos levar os problemas das pessoas à sério (1 Ts. 4:13;
2 Ts. 2:1-2).
3. Não devemos usar palavras manipuladoras (2 Cor. 1:24; 1 Tim. 5:1-2).
4. Devemos acreditar no aconselhado (1 Cor. 13:7; Fl. 2:12).
5. Devemos afirmar o aconselhado (Fl. 1:3; 1 Cor. 1:4-9; Rom 1:8;
2 Cor. 3:2).
6. Não fale do problema para outras pessoas (Prov. 17:9; 16:28; 20:19).
a. Pode falar quando aconselhado precisa conselhos de um outro para
poder ajudar melhor.
b. Pode falar se o aconselhado é de uma outra igreja para informar o
pastor que você está aconselhando uma ovelha dele.
c. Pode falar quando você tem uma indicação clara que outras pessoas
podem ser feridas se você não fala.
d. Pode falar quando a pessoa não se arrepende para que outras
pessoas possam continuar disciplina na vida da pessoa.
III. Precisamos de honestidade
A. Seja honesto sobre as suas próprias qualificações como conselheiro. Não
finja ser algo que você não seja (1 Cor. 4:1; Rom 1:1).
B. Seja honesto sobre as suas próprias experiências e preocupações sobre a
situação que o aconselhado está passando (1 Cor. 2:1-3; At. 18:1-11: 2 Cor.
1:8; 4:8-9; 2:12,13; 7:5-7).
C. Seja honesto sobre as suas convicções, valores e crenças a respeito de
aconselhamento e o que você espera do aconselhado (2 Cor. 2:17; 4:2; 1 Ts.
2:1-4; Ga. 1:6-7; 2:1-5).j
D. Seja honesto sobre os seus alvos e a sua metodologia (1 Ts. 2:1; Rom 1:5; 1
Cor. 4:14-21; 2 Cor. 13:10).
E. Seja honesto sobre as suas próprias fraquezas e dificuldades (2 Cor. 4:8;
Gal. 4:20; 2 Cor. 12:20, 21; 11:2-3).
IV. Precisamos do fruto do Espírito
A. Fatos sobre o fruto do Espírito (Gal. 5:22-23).
1. Qualidades que Deus deseja para todo crente não apenas os “super
crentes”.
2. É possível para todo crente possuir este fruto porque depende do Espírito
não a pessoa em si.
3. Frutos crescem devegarmente não de uma vez só.
4. Desenvolver fruto requer cultivação e cuidado ou seja trabalho e tempo.
5. São essenciais para desenvolver relacionamentos saudáveis.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
B. Importância do fruto do Espírito.
1. As pessoas que procuram aconselhamento faltam este fruto e precisam
ver o fruto sendo modelado pelo seu conselheiro.
2. Você não pode dar o que você não tem.
3. Envolvimento com o conselheiro depende do fruto do Espírito.
C. Descrição do fruto.
1. Alegria: Uma pessoa ceia de esperança, que tem uma visão positiva da
vida independentemente das circunstancias (Rom 14:17, 18; Ne. 8:10).
2. Paz: Confiança tranqüila na provisão de Deus; tendo paz com Deus, a
paz de Deus e paz com outras pessoas (Rom. 5:1; 14:17, 18; Fl. 4:7;
Tiago 3:16).
3. Paciência: Alguém tardio para se irar, perseverante que aguarda
tranqüilamente a resposta ou solução de Deus (Pv. 15:18; 14:17; Sl.
37:7).
4. Bondade: Desejando o melhor para outras pessoas (Rom. 11:22; Ef.
4:32).
5. Piedade: Ações que demonstram o caráter de Deus (Rom. 12:21; Gal.
6:10).
6. Fidelidade: Alguém honesto digno de confiança (Prov. 20:6; 2 Cor. 4:2).
7. Humildade: Tratamento carinhoso (Atos 27:13; Gal. 6:1).
8. Domínio Próprio: Mantendo desejos, ações e pensamentos sob controle
(1 Cor. 9:27; 2 Cor. 10:3-5; Prov. 16:32; Tiago 1:14).
9. Amor: Fazendo o melhor a luz da eternidade (1 Cor. 13:1-8; Col. 3:12-14)
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
ENCORAJAMENTO
Promover mudança bíblica inspirando o aconselhado
a desenvolver esperança bíblica.
I. A importância de esperança
A. As benções de esperança.
1. Esperança traz estabilidade para o crente como uma âncora (Heb. 6:19,
20).
2. Esperança nos protege de tristezas excessivas (1 Ts. 4:13).
3. Esperança produz coragem (2 Cor. 3:12).
4. Esperança produz alegria (Prov. 10:28).
5. Esperança ajuda nos a enfrentar sofrimento (Rom. 5:2).
6. Esperança produz paciência (Gal. 5:5).
7. Esperança promove obediência (Heb. 11:24-26).
8. Esperança previne o desespero (2 Cor. 4:8-18).
9. Esperança promove santidade (1 João 3:2).
10. Esperança traz perseverança (1 Ts. 1:3).
11. Esperança produz paz (Rom. 15:4).
12. Esperança promove adoração (Atos 2:26).
B. Ilustrações de esperança.
1. Salmo 38:10-15. V. 10-12 – Circunstâncias V. 13-14 – Resposta V. 15 –
Razão.
2. Salmo 71. V. 4, 9-13 – Circunstâncias V. 7-8, 15-16, 22-24 – Resposta V.
5, 14 Razão.
3. Hebreus 11:24-29. V. 25, 26, 29 – Circunstâncias, V. 24-25 – Resposta V.
26-27 Razão.
C. As conseqüências da falta de esperança.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Instabilidade pode ser por falta de esperança.
Medo e timidez pode ser por falta de esperança.
Tristeza e depressão pode ser por falta de esperança.
Impaciência pode ser por falta de esperança.
Desespero pode ser por falta de esperança.
Desobediência pode ser por falta de esperança.
Desistência pode ser por falta de esperança.
Fraqueza espiritual pode ser por falta de esperança.
D. Ilustrações que demonstram a falta de esperança.
1. Os filhos de Israel murmurando no deserto (Num. 13:25-14:4).
2. O Salmista tem profunda tristeza (Salmos 42:5).
3. Os discípulos desesperam devido a morte de Jesus (Lucas 24).
60
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
II. A essência de esperança
A. É a expectativa de coisas boas baseada nas promessas de Deus.
1.
2.
3.
4.
Esperamos nas promessas de Deus (Tito 1:2).
Todas as coisas cooperam para o bem (Rom 8:28).
Recebemos graça para todas as nossas tarefas (2 Cor. 9:8).
Abraão vivia com esperança (Rom. 4:13-18).
B. Somente crentes têm acesso a verdadeira esperança.
1.
2.
3.
4.
Os ímpios estão sem esperança (Ef. 2:12).
Salvação nos faz nascer de novo para uma viva esperança (1 Pe. 1:3).
Esperança é para os que amam a Deus (Rom. 8:28).
Esperança é para os que nasceram de novo (1 Pe. 3:15).
C. Esperança é baseada na graça de Deus.
1. Esperança é resultado da graça (2 Ts. 2:16).
2. Esperança depende de toda graça (1 Pe. 1:13).
3. Nossa esperança esta na pessoa de Deus não as circunstancias (Salmo
39:7).
D. Esperança é resultado de exegese correta das Escrituras.
1. As Escrituras nos ensinam as promessas de Deus que é fonte de
esperança (2 Tim. 2:15; Mt. 22:29; Lc. 24; Rom 15:4; Sl. 119:49; 130:5).
2. Interpretações erradas das Escrituras traz esperança falsa que acaba
destruindo esperança (Lucas 24; Mat. 18:19).
3. Quando entendida e aplicada corretamente as Escrituras inspiram
Esperança (Rom. 15:4; Salmos 119:24; Josué 1:8; Prov. 22:17-19.
E. Esperança é gerada através de pensamentos bíblicos.
1. Sobre a situação que está passando (Mt. 22:29).
2. Sobre Deus, não podemos separar o amor de Deus da sua justiça (Sl.
115:1-8).
3. Sobre os propósitos de Deus no sofrimento (Rom. 5:2; Tiago 1:2; 2 Cor.
1:3).
4. Sobre recursos que Deus tem suprido (2 Tim. 1:7; 2 Cor. 9:8; 10:3-5; Col.
2:10).
5. Sobre a natureza e as causas dos nossos problemas, não podemos
culpar outras pessoas ou circunstâncias (Gal. 5:19-21; Mc. 7:21-23; Tiago
1:13-16; 4:1-3).
6. Sobre as nossas responsabilidades (1 Cor. 10:1-14; Num. 11).
7. Sobre o passado e o futuro (Fl. 3:10-14; Ef. 4:22-24; 2 Cor. 4:16-18; Tito
2:11-13; 1 Pe. 1:13; 1 João 3:1-3).
8. Sobre as soluções dos nossos problemas (Sl. 19:7-11; 2 Tim. 3:16-17; 2
Cor. 10:3-5).
61
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
F. Esperança é completa no seu foco.
1. Viva a luz da eternidade (1 Tim. 4:8; Heb. 11:24-26; Mc. 11:28-29;
2 Cor. 4:16-18).
2. Considere todos os fatos antes de tomar decisões (Fl. 1:29; Rom. 4:1321; Mc. 11:28-29; 2 Tim. 3:12).
3. Contemple realidades espirituais mas do que materiais (2 Cor. 4:16-18;
Rom. 8:28-29; Ef. 1:3; 2 Cor. 8:9). Paz é mais valiosos do que ouro.
4. Focalize benções do corpo de Cristo não apenas as individuais (Fl. 1:12;
2:17; 2 Tim. 2:8-10).
G. Esperança é ligada ao entendimento correto de oração.
1. Reconhecemos que oração não elimina a responsabilidade de esforçar
(Sl. 119:66, 97-104.
2. Deus é o construtor mas nós somos os lavradores (Sl. 127:1-2).
3. Precisamos orar e praticar (Mt. 6:10; 2 Ts. 3:10; Pv. 10:4-5).
H. Esperança sempre focaliza Cristo
1.
2.
3.
4.
Ele é a nossa esperança (1 Tim. 1:1).
Ele está em nós por isso temos esperança (Col. 1:27).
Temos perseverança porque olhamos para Cristo (Heb. 12:1-11).
Ele é a bendita esperança (Tito 2:13).
III. Quem necessita de esperança?
A. Respostas gerais.
1. Pessoas que estão sofrendo precisam de esperança, por isso Pedro fala
tanto sobre esperança porque o povo a quem ele escrevia sofria muito (1
Pe. 1:3-7, 13, 21, 3:15, 5:10-11).
2. Pessoas que estão sendo provadas (Rom. 5:2-5).
3. Pessoas que têm perdido pessoas queridas (1 Ts. 4:13).
B. Resposta mais específica. As pessoas que precisam de esperança são
pessoas que:
1. Têm tido seus problemas por muito tempo.
2. Têm problemas sérios e difíceis.
3. Têm tentado resolver seus problemas sem sucesso.
4. Têm complicado seus problemas com soluções anti-bíblicas.
5. Têm pouco conhecimento da Palavra de Deus.
6. Têm recebido conselhos anti-bíblicas.
7. Têm sido insubmisso a autoridade toda sua vida.
8. Têm negligenciado Deus na sua vida.
9. Têm atitudes negativas sobre a vida em geral.
10. São totalmente consumido pelos seus problemas.
11. São orientadas pelos sentimentos.
62
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
12. Têm sido constantemente criticados.
13. Têm mentalidade de vítima..
14. Têm expectativas irrealistas sobre a vida.
IV. Como promover esperança
A. Desenvolva um relacionamento intimo com Deus (Dan. 11:32; Sl. 27:1; Fl.
4:13; Heb. 13:5-6).
B. Aplique as Escrituras para os problemas das pessoas (Lc. 24:13).
C. Procure corrigir os conceitos errados que pessoas têm sobre Deus.
D. Ajude a pessoa focalizar os atributos de Deus.
E. Mostre o potencial para o bem que poderia vir da situação.
F. Ensine os recursos disponíveis em Cristo.
G. Mostre exemplos de pessoas que enfrentaram os mesmos problemas com
bom sucesso (Fl. 1:29; 2 Cor. 1:3-11; Rom 15:4; 1 Cor. 10:11).
H. Ore por e com eles (Rom. 15:13; Ef. 1:17).
I. Descreva os seus problemas com terminologia bíblica (Gal. 5:19-21).
J. Ajude as pessoas a reconhecer a libertação da escravidão do pecado que
temos em Cristo.
K. Identificar e confessar o pecado (1 João 1:9; Prov. 28:13).
L. Ajude-os a aceitar responsabilidade pelas ações.
M. Mostre o procedimento bíblico a seguir.
N. Leia biografais de pessoas vitoriosas.
O. Investir tempo no estudo da Bíblia e oração.
P. Controlar pensamentos pecaminosos (Pv. 23:7; Rom. 12:2; 1 Pe. 1:13; Ef.
6:13-18).
Q. Recomende leituras que inspiram e ensinam esperança bíblica.
R. Mande-os ouvir fitas ou assistir vídeos de pregações que ensinam a Palavra.
S. Procure outra pessoa que foi vitoriosa para mentoriar, orar e encorajar.
T. Faça listas de benções baseadas nas Escrituras (Fl. 4:8; Ef. 5:20).
U. Ensine hinos e cânticos que inspiram esperança.
63
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
EXPLORAÇÃO
Promover mudança bíblica colecionando dados suficientes
e informações pertinentes para poder entender corretamente
o aconselhado e os seus problemas.
I. A importância de colecionar dados
A. Importância para o aconselhado.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Ele pode entender a natureza e a causa do seu problema melhor.
Ele pode ser encorajado a cooperar no processo de aconselhamento.
Ele pode começar a desenvolver um relacionamento com o conselheiro.
Ele pode ser convencido do seu pecado e ser levado ao arrependimento.
Ele pode ver a sua vida a luz da Palavra de Deus.
Ele pode entender o que a Bíblia fala sobre os seus problemas.
Ele pode começar a focalizar os problemas principais da sua vida sem ser
distraído pelos problemas superficiais.
B. Importância para o conselheiro.
1.
2.
3.
4.
5.
Ajuda-o descobrir a natureza e a causa dos problemas.
Ajuda-o saber como relacionar com o aconselhado.
Ajuda-o saber como ajudar o aconselhado.
Ajuda-o evitar dar conselhos errados.
Ajuda-o ensinar o aconselhado através de perguntas em vez de instrução
direta.
6. Ajuda-o preparar o aconselhado para ouvir a verdade das Escrituras.
7. Ajuda-o formar um bom alicerce para fazer interpretação.
8. Ajuda-o manter controle da sessão de aconselhamento.
II. Tipos e dados a colecionar
A. Dado físicos
1. O que está acontecendo com o aconselhado fisicamente pode explicar a
causa dos problemas não físicos do aconselhado. A Bíblia mostra
exemplos de pessoas com dificuldades físicas que contribuíram para
dificuldades espirituais (Abraão: Gen. 12:10-20; Sara: Gen. 16:1-6;
Elisieu: 1 Reis 19).
2. O estado físico do aconselhado pode dar muitas dicas para perceber o
estado espiritual (Prov. 3:7-8; 21-25; 6:20-22; 14:30; 28:1; Salmo 32:3-4;
38:3-8).
3. Sono é um fator que pode contribuir para problemas e pode indicar a
existência de problemas. Geralmente a pessoa deve ter 7-8 horas de sono.
Menos do que isso durante um bom tempo pode contribuir para vários
problemas. Uma pessoa que habitualmente dorme mais do que isso talvez
64
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
tem outro problema físico, esteja deprimido ou simplesmente pode ser
preguiçoso.
4. Hábitos alimentares são bons indicadores de problemas e podem ser
causas de problemas. É necessário entende o que o aconselhado está
comendo, por que e quando, pois estes fatores podem ajudar a identificar
uma variedade grande de problemas.
5. Doenças que o aconselhado tem são essenciais para o conselheiro saber.
Sempre deve ter cuidado para não permitir que doenças se tornem
desculpas para pecado mas contribuem para o contexto em que o coração
do aconselhado está sendo revelado. O bom conselheiro deve insistir que
o seu aconselhado está sendo acompanhado por um médico qualificado
para as doenças físicas. Esteja bem atento sabendo que às vezes o
médico vai diagnosticar como doença pecados que na realidade não são
doenças (alcoolismo, hiper-atividade, depressão).
6. Remédios que o aconselhado está tomando deve ser do conhecimento do
conselheiro. É impresendivel que o conselheiro não aja como médico. Se
o aconselhado está tomando um remédio que um médico passou, somente
o médico deve retirar o remédio. O conselheiro pode encorajar o
aconselhado a perguntar para o médico sobre a possibilidade de reduzir a
dosagem ou parar de tomar totalmente, mas isso deve ser a decisão do
médico com seu paciente não do conselheiro Bíblico. Se o remédio
realmente está prejudicando o desempenho do aconselhado e o médico
não concorde em remanejar o medicamento, o conselheiro pode
recomendar um outro médico de confiança que poderia orientar ao
aconselhado. Conselheiros não são médicos, portanto não devem agir
como tais.
7. O trabalho ou profissão do aconselhado é importante saber para entender o
contexto em que a pessoa geralmente passa a maior parte do seu tempo.
8. Exercício físico o a falta do mesmo pode contribuir para problemas que o
aconselhado está apresentando. Tanto a falta de exercício quanto o
excesso de exercício é importante anotar e considerar como um problema
em potencial.
9. Aparência em geral deve ser anotada. A vestimenta, higiene e postura
todos são indicadores que podem ajudar o conselheiro descobrir o
problema do aconselhado e/ou a solução do problema.
10. Moradia do aconselhado pode ser um fator fundamental para ajudar o
conselheiro. Um casal que more ainda com um dos pais pode ter
problemas sérios. Onde e como a pessoa mora pode ser uma
consideração vital para descobrir e solucionar o problema do aconselhado.
B. Dados sobre relacionamentos
1. Somos influenciados grandiosamente pelas pessoas com quem nos
relacionamos (Ecl. 4:9-12; Gal. 6:2-3; Prov. 2:10-16; 3:13-23; 8:10-35.
2. O relacionamento que a pessoa tem com seus pais é importante saber
(Prov. 1:8-9; 4:1-4; 13:24; 22:15).
3. O relacionamento conjugal pode ter uma grande influência no problema e
na solução do problema (Prov. 12:4; 18:22; 21:9; 31:10-31; Ef. 5:25-29; 1
Pe. 3:7).
65
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
4. Amizades e colegas de trabalho podem ser parte do problema do
aconselhado, mas também podem ser usados por Deus para ajudar
resolver o problema (Prov. 22:24-25; 23:20-21; 24:2-6; 25:19).
5. A igreja local e os relacionamentos que a pessoa tem neste contexto são
importantes (Heb. 13:17; 3:13; 1 Ts. 5:11-13; Rom 15:14; Ef. 4:11-16).
6. O relacionamento da pessoa com Deus é fundamental para o conselheiro
saber.
a. Se ele é de fato convertido.
b. Conhecimento dele da Bíblia.
c. Posição doutrinária.
d. Hábitos devocionais de leitura e oração.
e. Envolvimento na Igreja.
C. Dados emocionais
1. A Bíblia fala bastante sobre as nossas emoções (Prov. 10:1, 12, 16, 18, 25,
13:13; 14:10, 13, 20, 30; 15:1, 13, 18, 20; 17:22).
2. Emoções tem grande influência no comportamento do aconselhado.
a. Abraão teve medo (Gen. 12:1-20).
b. Os irmãos de José sentiram ciúmes (Gen. 37).
c. Davi sentia tristeza profunda com a rebelião e morte dos filhos (2 Sam.
13, 18)
d. A Bíblia fala do sentimento de alegria sentido por muitas pessoas (Ne.
8; Mat. 2; Atos 5:41; Fil.).
3. Quando a Bíblia faz listas de pecados sempre tem alguns pecados que são
sentimentos (Rom. 1:28-31; Ef. 4:26-32; Col. 3:8; Tito 3:3; 2 Tim. 3:1-3; Gal.
5:19-21).
4. Exemplos de personagens Bíblicas que pecaram geralmente são descritos
com problemas emocionais (Gen. 3:10; 4:5,6; 16:4; 27:41; 1 Sam. 18:12,
29; 20:30; 1 Rei. 21:1-4; Mat. 2:16; Marcos 6:14-28; Lucas 10:38-42).
5. As nossas emoções geralmente sinalizam outros problemas que existem
nas nossas vidas (Gen. 3:10; Sl. 38:18; Lc. 10:41, 42; 1 Pe. 5:5-7; Tiago.
4:1-3).
D. Dados sobre Ações
1. Deus importa-se com nossas ações (Tiago 1:22-25; Lc. 11:28; Ef. 2:8-10;
Tito 3:8).
2. Ações indicam a realidade da nossa fé (Tiago 2:14-26; Mat. 7:21-23; 2 Cor.
5:10; Rom 2:3-10).
3. Ações revelam a condição do nosso coração (Mat. 12:35; Marcos 7:21-23;
Prov. 4:23).
4. Ações influenciam sentimentos e sentimentos influenciam ações.
5. Devemos examinar ações pecaminosas que ele está fazendo.
a. Na área de comunicação (Ef. 4:25).
b. Nos relacionamentos familiares (Ef. 5:22-6:4).
c. Na vida sexual (Heb. 13:4).
d. No seu trabalho (1 Ts. 4: 11, 12; 2 Ts. 3:10-15).
e. Nos relacionamentos (Ef. 4:28-32).
f. Nas finanças (Tiago 1:17; 1 Cor. 4:7).
66
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
g. Cuidados com o seu corpo (1 Cor. 6:13).
h. Recreação
i. Adoração Heb. 10:24-25).
6. Devemos examinar ações negligentes onde ele não está cumprindo
responsabilidades.
a. Na sua família (Ef. 5:22-6:4).
b. Comunicação (Ef. 4:25).
c. Sexo (1 Cor. 7: 1-8).
d. Dinheiro (2 Cor. 9:7).
e. Autoridade (Rom. 13).
f. Igreja (Heb. 13:17).
E. Dados sobre o Intelecto
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Os pensamentos influenciam o coração (Prov. 23:7).
A mente é parte fundamental no controle do coração (Prov. 27:19).
Devemos entender o que ele pensa sobre Deus.
Devemos entender o que ele pensa ao seu próprio respeito.
Devemos entender as suas prioridades.
Devemos entender os seus valores
Devemos entender como sua consciência esta funcionando.
Devemos entender as suas expectativas sobre o tratamento de outras
pessoas.
9. Devemos entender as crenças dele.
10. Devemos entender o que ele está esperando do aconselhamento.
F. Dados Históricos
1. Lembre-se que o passado é um fator importante, mas não determinante.
2. Procure entender o relacionamento com os pais.
3. Precisamos entender as circunstâncias da vida quando o problema
começou aparecer.
4. A resposta da pessoa dentro do problema deve ser investigada.
5. Quem está influenciando o aconselhado?
6. Quais são os traumas que o aconselhado está enfrentando?
7. Quais são as maiores alegrias que o aconselhado tem gozado?
8. Qual é a freqüência do problema?
9. Propósito de dados históricos:
a. Identificar hábitos e padrões de vida.
b. Identificar respostas anti-biblicas aos seus problemas.
c. Ajudar o aconselhado a ver as conseqüências das suas ações.
d. Ajudar o aconselhado ser motivado a mudar.
e. Identificar problemas do passado que precisam ser tratados para poder
progredir no presente.
G. Dados sobre Desejos
1. Deus importa com os nossos motivos e desejos (Heb. 4:12; 1 Cor. 10:1-10;
Gal. 5:19-21).
67
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
2. Nós somos pessoas que motivadas por desejos e estes desejos muitas
vezes determinam o nosso comportamento.
3. Desejos faz a gente levantar de manhã e dormir a noite.
4. Desejos influenciam todos os nossos relacionamentos.
5. Os nossos corações estão cheios de desejos conflitantes.
6. Raramente temos somente um motivo por traz de cada ação.
7. O Criador e a criatura estão constantemente numa batalha para conquistar
os desejos do nosso coração.
8. Áreas que devemos investigar.
a. O que o aconselhado realmente quer que esteja por trás do seu
comportamento?
b. Quais são os desejos não realizados que estão contribuindo para o seu
problema?
c. O que o aconselhado quer mais do que ele quer agradar Deus?
d. O que ele acha que precisa mudar para ele ter o que ele deseja?
e. Quem o aconselhado está tentando agradar: Deus, ele mesmo ou outra
pessoa?
III. Como colecionar dados
A. Utilize uma folha de informações pessoais.
1. Veja o exemplo de formulário anexo no final desta parte da apostila. O
original deste formulário é disponível no manual de Autoconfrontação pode
ver as informações bibliográficas na bibliografia da folha de rosto.
2. Este formulário ajuda o conselheiro preparar melhor para a sessão de
aconselhamento.
3. Antes de reunir pela primeira vez com o aconselhado, o conselheiro deve
pedir o preenchimento do formulário.
4. Este ato, além de suprir muitas informações, estabelece um relacionamento
formal de aconselhamento e demonstra para o aconselhado que o
conselheiro esta levando ele a sério.
5. Sempre leia com cuidado o formulário antes da sessão com o aconselhado.
B. Fazendo anotações durante e depois de cada sessão.
1. Não dependa da sua memória para poder lembrar detalhes importantes
sobre o caso.
2. Durante a sessão faça anotações de dados importantes que você não quer
esquecer.
3. Depois da sessão organize suas anotações de uma forma que possibilite
você lembrar o conteúdo da sessão e planejar as próximas sessões.
4. O que deve ser anotado.
a. Assunto principal da sessão.
b. Quais as mudanças observadas desde a semana passada?
c. Perguntas que você ainda quer fazer.
d. Alvos para a próxima sessão.
e. Áreas já mudadas.
f. Falhas do aconselhado.
68
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
g. Problemas do coração identificados.
h. Dever de casa que você passou.
C. Fazendo perguntas para o aconselhado
1. Perguntas devem ser feitas de uma forma graciosa (Col. 4:6; Ef. 4:29; Prov.
16:21-24).
2. Perguntas devem suprir os fatos básicos que você precisa para identificar o
problema.
a. O Que? O que você fez?
b. Como? Como aconteceu? Como você reagiu?
c. Por que? Por que você fez isso? Por que você acha que isso
aconteceu?
d. Onde? Onde o evento aconteceu? Onde você estava quando
aconteceu?
e. Quanto? Quantas vezes aconteceu? Com que freqüência?
f. Quando? Quando isso aconteceu? Quantos anos atrás?
g. Quem? Quem fez isso? Quem falou isso para você?
3. Procure fazer perguntas abertas.
a. São perguntas que exigem respostas maiores.
b. Não podem ser respondidas com sim ou não.
c. Exige que o aconselhado pense, reflita e responda usando criatividade.
d. Exemplos:
1) Fechada: Você ame sua esposa? Aberta: O que você mais gosta da
sua esposa?
2) Fechada: Você faz hora silenciosa? Aberta: O que você tem
aprendido durante a sua hora silenciosa?
4. Perguntas devem ser progressivas.
a. Cada pergunta deve ser baseada em informações adquiridas na
pergunta anterior.
b. As respostas devem acrescentar novas informações que ajudam a
sessão progredir.
c. Não devem promover que o aconselhado conte histórias prolongadas ou
sair do assunto.
d. O conselheiro deve ter uma estratégia e seqüência lógica nas suas
perguntas.
5. Perguntas devem suprir uma variedade de respostas.
a. As perguntas devem suprir informações básicas e generalizadas sobre a
vida toda do aconselhado.
b. As perguntas devem suprir informações especificas que aprofundam em
áreas bem particulares para o aconselhado.
6. Perigos a evitar nas suas perguntas.
a. Não faça perguntas apenas para satisfazer a sua curiosidade.
b. Não deixe a impressão que o aconselhado está sendo interrogado como
num tribunal.
c. Não faça muitas perguntas em seguidas sem dar tempo para respostas
completas. Faça uma pergunta por vez.
d. Não faça perguntas que o aconselhado sinta-se atacado por um
adversário.
e. Não faça perguntas que você já sabe a resposta.
69
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
f. Não faça perguntas nebulosas.
g. Não faça perguntas que levem o aconselhado jogar culpa numa outra
pessoa.
D. Ouvindo o aconselhado bem
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Tenha certeza que você está entendendo as palavras corretamente.
Preste bem atenção quando ele estiver falando.
Observe os fatos que ele comunica.
Observe o comportamento que ele descreve para você.
Observe os sentimentos que ele relata ter.
Faça interrupções com: “sim”, “hum hum”, “certo”, “sei”, “ok”, “muito bem”.
Observe o tom de voz.
Refletindo as palavras do aconselhado de volta para ele: Aconselhado:
“Eu fico tão frustrado com a desobediência dos meus filhos.” Conselheiro:
“Você está dizendo que a desobediência dos seus filhos é uma das
principais fontes da sua frustração?”
9. Observe palavras repetidas e palavras de exagero como “sempre” e
“nunca”.
10. Hábitos a evitar como ouvinte.
a. Evite interromper o aconselhado, a não ser que seja necessário.
b. Evite deixar sua mente voar.
c. Evite mexer com objetos na sua mesa.
d. Evite olhar para o relógio ou fora da janela.
e. Evite chegar as suas conclusões antes de ouvir a história toda.
f. Evite permitir o aconselhado falar sem fim ou propósito.
g. Evite permitir fofoca.
h. Evite acreditar na história sem ouvir o outro lado primeiro (Prov. 18:17).
i. Evite reações negativas.
j. Evite postura fechada.
E. Observando o aconselhado
1. Observe bem sua comunicação nao-verbal, às vezes é muito mais exata do
que a comunicação verbal.
2. Observe o que o aconselhado deixa de falar.
3. Observe os sentimentos do aconselhado revelado através da sua
comunicação.
4. Observe a abertura do aconselhado e o seu desejo de ser ajudado.
5. Observe a vestimenta e postura do aconselhado.
F. Dando dever de casa apropriado para o aconselhado
1. Pedir o aconselhado fazer uma lista das qualidades positivas e negativas.
2. Mande-o estudar textos bíblicos com listas de atitudes pecaminosas e
anotar as áreas onde ele está com dificuldades (Gal. 5:19-23; 2 Tim. 3:1-5;
Col. 3:4-9).
3. Estudar 1 Cor 10:13 e fazer uma lista das tentações que está enfrentando,
Como Deus tem sido fiel em não permitir que seja acima do que possa
suportar e Qual é o livramento que Deus tem oferecido.
70
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
4. Fazer um diário onde anote quando enfrenta o problema, como reagiu e
qual foi o resultado.
5. Pedir uma gravação de uma conversa ou briga.
6. Pedir que ele escreva uma carta expressando os seus sentimentos.
G. Obtendo informações sobre o aconselhado com outras pessoas (com a
permissão do aconselhado)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Pode ligar para o médico.
Pode falar com membros da família.
Pode falar com professores na escola, EBD e outros membros da igreja.
Pode falar com amigos.
Pode falar com pessoas que trabalham na mesma empresa.
Pode falar com vizinhos.
71
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
ENTENDIMENTO
Promover mudança bíblica analisando e organizando as informações
para que possamos identificar a natureza e a causa bíblica dos problemas
e então explica-los de uma forma clara para o aconselhado.
I. Exemplos Bíblicos de entendimento ou interpretação dos dados
A. Lucas 24:13-26, Os dados mostram que eles são tristes mas o texto também
interpretam porque estão tristes.
B. Lucas 10:38-41, Os fatos do caso mostram pessoas com armagura mas o
texto identifica que o problema real são as prioridades erradas que as
pessoas têm.
C. Marcos 10:17-23, O jovem rico descreve o seu comportamento como
exemplar, mas Jesus interpreta os dados e demostra para ele que de fato ele
é idolatra.
D. João 12:1-6, Judas se apresenta como uma pessoa preocupada com os
pobres, mas Jesus demostra que de fato ele é ladrão.
E. 3 João 9,10, Os fatos demostram uma falta de hospitalidade, mas os motivos
são interpretados como orgulho e os desejo de ter a preeminência.
II. Compare os dados que foram colecionados e compare com os padrões da
Bíblia
A. Compare o seu comportamento com a Palavra para ver onde ele está ferindo
princípios da Bíblia.
B. Compare as emoções que a pessoa expressa com as respostas emocionais
que a Bíblia exige e o exemplo de Jesus.
C. Compare os pensamentos, atitudes e interpretações do seu problema com os
pensamentos e atitudes que a Bíblia ensina.
D. Compare os desejos, valores e motivos do aconselhado com o que a Palavra
de Deus espera nesta área.
III. Procure achar padrões ou hábitos de comportamento através dos dados
colecionados
A. Procure as respostas típicas que a pessoa tem nas situações que enfrenta.
1. Tem uma hora em particular que o problema é mais freqüente?
2. Quais são as respostas emocionais que são típicas diante de varias
situações? (ira, medo, tristeza, ciúmes, armagura, hostilidade, desanimo,
ansiedade, descontentamento, paixão etc.)
3. Quais são as respostas comportamentos diante de situações?
(manipulação, falta de auto controle, imoralidade sexual, drogas, mentira,
silencio, argumentativo, chama atenção para se, dureza, defensivo,
critico, procrastinação, etc.)
72
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
4. Quais são os pensamentos típicos que o aconselhado está curtindo
quando ele enfrenta o problema? (se ver como vítima, sente-se rejeitado,
sente-se sem esperança, sente-se superior, etc.)
5. Quais são os desejos, motivos e expectativas do aconselhado? (Ele quer
conforto, controle, aprovação, desejos da carne, auto promoção).
B. Peça para o aconselhado manter um diário para você poder descobrir hábitos
e padrões na sua vida ou para confirmar o que você suspeita ser o problema
dele(a).
1. O diário é uma ferramenta de aconselhamento que é dado como dever de
casa onde o aconselhado escreve diariamente sobre as sua
circunstâncias durante o dia e como ele respondeu a estas circunstâncias
com seu comportamento, atitudes, pensamentos, emoções e reações.
2. O diário ajuda o conselheiro ter uma imagem real do mundo do
aconselhado. Assim ele pode saber melhor o que ele está passando e
como ele está reagindo. Ajuda você perceber os pensamentos e as
emoções do aconselhado.
3. No diário você deve pedir que ele anote informações especificas sobre a
área específica que você está pesquisando.
a. Hábitos alimentares, bebidas ou drogas: quando, quanto, onde, com
quem?
b. Relacionamentos com pessoas: tempos bons, tempos ruins,
comunicação, conflitos.
c. Sono: quando ele foi dormir, quando acordou, o que fez antes de
dormir, como foi o sono?
d. Hábitos devocionais: Estudo Bíblico, oração, freqüência na igreja,
ministérios
e. Trabalho: relacionamento com chefe e colegas, desenvolvimento,
conflitos, acidentes, sentimentos.
f. Relacionamentos: Amizades, conversas, conflitos, dificuldades,
sentimentos.
g. Pensamentos: sobre quem, sobre o quê, o que provocou, como
respondeu, quanto tempo durou?
h. Emoções: Quais foram os sentimentos, o que provocou, onde estava,
como reagiu, quando sentiu ira, medo, ansioso, frustrado, deprimido,
etc.
i. Uso do tempo: cronograma de atividades e a produtividade dos
mesmos.
j. Finanças: Orçamento de entradas e saídas com categorias
especificas como: contas, alimento, lazer, transporte, dízimo, ofertas,
aluguel, dividas, roupa, telefone, luz, água, restaurantes etc.
4. O que faz um diário ser uma ferramenta produtiva?
a. Quando é bem abrangente e completo cobrindo um período de todos
os dias durante várias semanas.
b. Quando é específico o aconselhado está entendendo o que incluir no
diário e o que não deve colocar.
c. Quando é detalhado mais correto na relação dos fatos que
aconteceram e não apenas uma invenção do que o aconselhado
desejava que acontecesse.
73
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
d. Quando é mantido constantemente escrevendo no dia que os evento
aconteceram e não tentando lembrar depois de alguns dias.
C. Pedir para o aconselhado completar suas respostas completando as
perguntas especificas:
1. Fico nervoso quando ........
2. Seria mais feliz se ........
3. O que me irrita mais é ........
4. Eu gostaria de perder meu medo de ......
5. Meus pais sempre me cobram que eu devo ser mais ......
6. Se fosse mais jovem eu .......
7. Quando eu ficar mais velho eu .....
8. Eu sei que é burrice mas tenho medo de ......
9. Minha maior fraqueza é ........
10. Eu fico feliz quando ........
11. Eu fico triste quando .....
12. Eu gostaria de .......
13. Eu fico frustrado quando ......
14. Eu fico ansioso quando .......
15. Minha memória da infância mais clara é ........
16. Eu mais gosto de ............ na minha vida.
17. Eu menos gosto de .............na minha vida.
18. Minha melhor qualidade é ..............
19. Quando as coisas não vão como eu quero eu ..........
20. Eu sinto muito bem quando ..........
21. Quando sou criticado eu ......
22. Eu fico envergonhado quando ........
23. Se pudesse mudar uma coisa na minha vida seria ........
24. Meu maior sonho é .........
25. Eu iria me considerar bem sucedido se.........
26. Eu sinto muito bem quando ......
27. Quando sinto sobrecarregado eu ........
28. Quando eu falho eu ......
29. Maior falha na minha vida foi .......
30. Um crente bem sucedido faz ......
31. Quando alguém me ofende eu ........
32. Quando alguém faz pouco de me eu ......
33. Eu creio que Deus quer que eu .......
34. Outras pessoas pensam que eu sou ......
35. Eu não consigo dormir quando ......
IV. Der um título bíblico para o problema que o aconselhado está enfrentando.
A. Use as palavras que aparecem nas listas das Escrituras (Gal. 5:19-21; Marcos
7:21-22; 2 Tim. 3:1-8; Rom. 1 18-32; EF. 5:3-5; Col. 3:4-11; 1 Tim. 1:9-10; Jer.
17:1-9; Ez. 14:1-9; 1 Cor. 10:6-14).
74
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
B. Terminologia psicológica deve ser mudada para refletir o ensino das
Escrituras.
1. Personalidade ou temperamento problemático. Devemos identificar o
hábito pecaminoso e chamar o comportamento pelo nome dado na Bíblia.
2. Família disfuncional. Deve dizer que meus pais pecaram contra me.
Meus pais não demonstraram o amor descrito em 1 Cor. 13. Meus pais
me incitaram a ira.
3. Doença emocional. Deve citar a emoção especificamente: medo,
armagura, ansiedade, egoísta, maldizente.
4. Baixa auto estima. Falta de fé, falta de esperança, falta temor do Senhor
(Pv. 14:26; Dan 11:32; Fl. 4:13; 2 Cor. 2:16; 3:5,6; 9:8; 1 Cor. 4:16; 1 Tim
3:13).
5. Necessidade não supridas. Avareza, paixão, egoísmo, amante de
prazeres, amante de se (Marcos 7:21-22; 2 Tim. 3:1-6; Tito 2:11).
6. Perfeccionismo. Ingratidão, arrogância, idolatra, avarento, falta de
compaixão, falta de bondade, temor de homens (2 Tim. 3:1-6; Col. 3:5-14;
Tito 2:11; Gal. 3:1-29; Prov. 29:25).
7. Doença Mental. Pode ser pensamentos impuros, falta de fé,
irresponsável, preguiçoso, mente depravada, soberba, falta de perdão
(Marcos 7:21-23; Rom. 8:7; 2 Cor. 10;5; Ec. 9:3; Dan 4:1-35; Rom 1:2432; Marcos 5:1-20; Prov. 26:12-29; Tiro 1:15).
8. Doença sem base orgânica. Pensamentos impuros, consciência
entristecida, ansiedade, falta de perdão, falta de fé (Ef. 2:3; Tit. 1:15; Rom
8:6-7; Lucas 21:34; 1 Cor. 6:9-11 Gal. 5:19-21).
9. Dupla personalidade. Consciência culpada, pensamentos maus,
ignorância de Deus, coração endurecido, transferência de culpa, mente
não renovada (Ef. 4:17-24; Marcos 7:21-23; Rom 1:30).
10. Alcoolismo e vício em drogas, sexo, jogo de azar. Idolatria, sensualidade,
imoralidade, impureza, amante de prazeres (Col. 3:5; Ef. 5:3-10; Prov.
5:22-23; 2 Tim. 1:7; 3:1-6; Rom. 1:29-30).
11. Esquizofrenia. Pode ser orgulho, manipulador, egoísta, ensoberba (Prov.
1:22; 3:35; 12:23; 13:16; 14:16, 24; 15:2, 14; 17:10, 12, 16, 21; 18:2; 23:9;
26:12-16; 28:26).
V. Analise as informações questionando as sua conclusões a luz das
Escrituras.
A. Em que categoria você colocaria o aconselhado.
1. Crente ou não crente João 3:18, 36.
2. Maduro ou imaturo Heb. 5:12-14.
3. Rebelde ou desencorajado 1 Ts. 5:14.
4. Ensoberbo ou sábio Prov. 10:1, 8; 14:1
B. Como você descreve o entendimento da pessoa sobre mudança bíblica. Ele
deseja de fato mudar? Ele ver mudança como um processo ou como
evento?
75
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
C. Quais são alguns fatores que estão complicando e quando? Pode ser
problema de saúde, financeiro ou relacionamentos.
D. Quais são os fatores orgânicos de doenças que estão contribuindo para o
problema.
E. O que você crer ser a necessidade maior do aconselhado. Geralmente você
deve tratar a maior necessidade primeiro. É difícil concentrar em consertar
uma goteira numa casa que está pegando fogo.
F. Procure responder a pergunta: “Porquê o problema não foi resolvido até
agora?”
G. Veja por que o aconselhado veio para você agora. Qual foi o fator que fez
ele procurar ajuda agora?
H. Determine o que você crer ser as expectativas que o aconselhado tem do
aconselhamento.
VI. Procure discernir o problema no coração do aconselhado
A. Aconselhamento Bíblico é comprometido com o princípio do problema central
dos comportamentos, pensamentos e motivos pecaminosos é o coração do
homem (Jer. 17:9-10; Ec. 9:3; Prov. 14:14; 27:19; Marcos 7:21-23; Heb. 4:12;
Prov. 4:23; 23:7).
B. Procure entender o coração do homem de uma forma bíblica (1Cor. 10:1-7,
14; 1 Jn. 5:21; Ef. 5:3-5; Col. 3:5; Ez. 14:1-7; Rom. 1:21-31.
C. O que os dados indicam sobre os desejos e motivos do aconselhado?
Basicamente há três ídolos principais do coração (1 Jn. 2:15-17).
1. Concupiscência da carne- prazer, conforto, satisfação
2. Concupiscência dos olhos – bens, desejos, avareza
3. Soberba da Vida – controle, poder, sucesso, reconhecimento, aceitação.
D. O coração está no centro das nossas vidas (Prov. 4:23). Os desejos e
crenças do coração acabam controlando as ações, atitudes e pensamentos.
Somos adoradores então em cada momento estamos adorando Deus ou um
falso ídolo.
1. Quando adoramos Deus: Temos desejos que agradam Deus, tememos
Deus e vivemos para agradá-Lo.
2. Quando adoramos ídolos: Temos desejos mundanos, tememos homens
e vivemos para agradar-nos ou outras pessoas.
3. As Escrituras revelam o coração do homem que verdadeiramente adora
Deus.
a. Faz sacrifícios para agradar-Lhe Ex. 20:1-6.
b. Procura conhecê-Lo Sl. 27:8.
c. Não confia na carne mas gloria-se em Cristo Fl. 3:3.
d. Alegra-se no Senhor Fl. 4:4.
e. Pensa nas coisas do alto Co.l. 3:1-13.
f. Fala sobre Deus Mat. 12:34.
g. Confia e depende do Senhor Jer. 17:7-8.
h. Pensa no Senhor e considera-O como precioso Mt. 6:21.
i. Serve ao Senhor Mt. 4:10.
j. Prioriza o Reino de Deus Mt. 6:33.
k. Reverencia o nome de Deus Mt. 6:9.
l. Apresenta seu corpo a Deus Rom 12:1; 1 Cor. 6:19-20.
76
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
m. Ama Deus e quer adorá-Lo em espírito e verdade 1 Cor. 6:12; Mt.
22:37; Jn. 4:23-24; Sl. 119:97.
n. Está pronto para sofrer por Cristo Fl. 1:29; Lucas 9:23.
o. Permite Deus controlar sua vida e se alegra em confiar nEle 2 Cor.
5:9; Sl. 62:1, 5, 7,8; 71:7.
p. Preocupa-se mais com santidade do que felicidade Heb. 13:14; Rom.
8:13, 14.
4. Podemos perceber quando um aconselhado está adorando um falso
deus.
a. Quando a pessoa procede de forma pecaminosa faz porque no
momento ele está adorando um falso deus. Ele está permitindo que o
falso Deus controle a sua vida e está sendo influenciado pelo mundo.
Ele está sendo motivado pelo amor ao mundo. O seu comportamento
revela o que ou quem ele está adorando.
b. Ídolos tem varias identidades: aprovação de outros, aparência,
prazer, dinheiro, conforto, respeito, casamento, família, realização,
independência, sucesso, alivio de dor, liberdade, educação,
ministério, pessoas, sexo, adrenalina, poder, controle ...
c. Podemos identificar os ídolos observando para quem ou o quê as
pessoas estão fazendo os maiores sacrifícios, onde acham a maior
parte da sua satisfação. Onde têm maior alegria, trabalham mais,
pensando sobre, falando sobre, como procuram alivio, como definem
sucesso e fracasso.
d. Falsos deuses também têm falsos salvadores. Quando pessoas
ficam desesperadas correm para estes falsos salvadores: Televisão,
música, comida, compras, esportes, pessoas, exercício, solidão,
sexo, ministério, diversão, drogas, álcool, trabalho, boas obras,
fantasias...
E. Perguntas que você precisa responder.
1. O que está acontecendo na vida da pessoa?
2. Como é que a pessoa está respondendo?
3. Quais são os pensamentos, crenças, pressuposições? Como ele
interpreta o que está acontecendo? Como a pessoa pensa sobre Deus,
ele, outros e você em relação aos problemas?
4. Quais são os alvos, desejos, demandas e ídolos do seu coração que
estão por trás do problema.
VII. Identifique os que você considera ser o problema real do aconselhado
A. Comece questionando considerando uma variedade de opções a luz das
Escrituras e os dados que você tem.
B. Utilize sua experiência própria para ajudar neste processo.
C. Utilize sua experiência com outros aconselhados.
D. Reveja os dados e as suas observações para testar suas conclusões.
77
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
E. Ore a respeito do processo e peça Sabedoria a Deus.
F. Converse com um outro conselheiro sem detalhes para ouvir a opinião dele.
G. Explique sua conclusão ao aconselhado e escute as suas reações.
H. Comece trabalhar em direção a este problema.
I. A prioridade de problemas vai depender de vários fatores:
1. Relacionamento do aconselhado com Cristo.
2. Percepção do aconselhado do problema.
3. Percepção do aconselhado da solução.
4. Atitude do aconselhado.
5. Condição emocional do aconselhado.
6. Maturidade espiritual do aconselhado.
7. Disposição do aconselhado a tratar o problema.
8. Se a situação apresenta crises.
9. Disposição do aconselhado a continuar aconselhamento.
78
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
ENSINO
Promover mudança bíblica dando instrução bíblica que seja correta,
apropriada e relevante para que o aconselhado possa entender
a perspectiva de Deus sobre o que ele deve fazer
para solucionar os seus problemas.
I. Ensino deve ser bíblico por natureza
A. A Bíblia é um livro prático na sua aplicação. Ela vai além de falar sobre
teorias que não funcionam (2 Tim. 3:17; 2 Pe. 1:3,4; Sl. 119:105; Pv. 1:2-5).
B. A Bíblia é um livro suficiente para suprir as verdadeiras necessidades dos
homens (2 Tim. 3:17; 2 Pe. 1:3; Sl. 119:96).
C. A Bíblia é o único recurso que temos para tratar o homem de uma forma
totalmente confiável. A Bíblia tem autoridade (Sl. 19:9; 119:89, 128, 160; Pv.
1:33; Is. 8:19, 20; 2 Tim. 3:16).
D. O que for verdadeiro e necessário para poder viver uma vida espiritual bem
sucedida será encontrada na Bíblia.
II. Devemos confrontar as mentiras do diabo com as verdades das Escrituras
A. Mentira: Devido o que aconteceu comigo, Eu não sou responsável pelas
minhas ações, pensamentos e atitudes.
Verdade: Minhas circunstâncias (passadas e presentes) me influenciam, mas
eu sou responsável.
B. Mentira: Eu faço o que faço e sinto como eu sinto porque sou uma pessoa
necessitada.
Verdade: Eu faço o que faço e sinto como sinto porque sou pecador, sou uma
pessoa egoísta e desejo algo que não estou recebendo ou estou recebendo
algo que não desejo. Eu adoro ser servo dos meus próprios desejos. Sou
mais preocupado em me agradar do que agradar Deus.
C. Mentira: Meus problemas são maiores e mais difíceis do que os problemas
dos outros.
Verdade: Meus problemas são comuns aos homens.
D. Mentira: Deus tem me esquecido. Se Deus realmente importasse comigo Ele
não iria permitir que estas coisas acontecessem.
Verdade: Deus é fiel e bom e nunca serei separado do amor dele.
E. Mentira: Eu não consigo agüentar o que Deus tem permitido na minha vida.
Verdade: Deus nunca permitira mais do que eu possa suportar.
79
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
F. Mentira: Estou preso, não há saída. Estou sem esperança. Nada bom pode vir
disso.
Verdade: Deus sempre supri um meio de escape e Ele tem um plano para
trazer algo bom através desta situação.
G. Mentira: Eu me comporto da forma que comporto porque não tenho sido amado
o suficiente. Outras pessoas não me valorizam e por isso falta a segurança que
preciso para sentir completo.
Verdade: Eu me comporto da forma anti-bíblico porque sou egoísta, eu adoro a
mim mesmo, sou idolatra e amo a mim mesmo mais do que eu amo Deus e
outras pessoas.
III. A natureza de ensino bíblico
A. O ensino deve ser apropriado para a natureza e a causa do problema do
aconselhado.
B. O ensino deve ser de acordo com a realidade que a pessoa está
enfrentando.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Ele pode necessitar ensino ou correção (2 Tim. 3:15-17).
Ele pode necessitar de um tratamento manso (2 Tim. 2:24).
Ele pode necessitar de exortação (Tito 2:15).
Ele pode necessitar de instrução (1 Ts. 4:13).
Ele pode necessitar de encorajamento (1 Ts. 5:11-14).
Ele pode necessitar de informação (
C. O ensino deve ser no nível de maturidade espiritual do aconselhado.
1. Alguns crentes agem como não crentes ou são novos convertidos
enquanto outros são maduros em Cristo e podem entender mais (1 Cor.
3:1,2).
2. Alguns são imaturos e precisam leite ainda (Heb. 5:11-14).
D. O ensino deve ser apropriado para a condição emocional do aconselhado.
1. Devemos chorar com os que choram a alegrar com os que alegram
(Rom. 12:15).
2. Deve ter cuidado como e quando você fala (Pv. 27:14; 25:20).
E. O ensino deve ser de acordo com a receptividade do aconselhado.
1. Não devemos lançar pérolas diante dos porcos (Mt. 7:6).
2. Se pessoas não querem ouvir não devemos exigir (Mt. 10:13-14).
F. O ensino deve ser de acordo com a forma que o aconselhado aprende
melhor (Pv. 15:28; Col. 4:6; Ec. 12:10; Pv. 16:21).
1. Como Nicodemas ou a Mulher de Samaria?
80
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Instrução direta ou indireta?
Livros ou fitas?
Palestras ou atividades?
Detalhado ou generalizado?
Encorajamento o Exortação?
Promessas ou advertências?
Muito dever de casa ou pouco?
Muito ou poucos versículos para memorizar.
IV. Pré-requisitos para um bom ensino
A. Precisamos conhecer as Escrituras (2 Tim. 2:15).
B. Precisamos explicar o significado de palavras de acordo com o significado
para os leitores originais.
C. Precisamos ensinar o texto dentro do contexto gramatical.
D. Precisamos ensinar o texto de acordo com o contexto histórico.
E. Precisamos explicar o texto de acordo com o estilo literário to livro.
F. Nosso ensino deve ser de acordo com o propósito do Espirito Santo e seu
propósito (2 Pe. 1:20-21).
G. Nosso ensino deve sempre ser Cristocêntrico.
H. Nosso ensino deve ser prático e corretamente aplicado na vida do
aconselhado (Col. 1:9; Lc. 11:28).
I. Nosso ensino deve levar a pessoa a despojar-se de um estilo de vida e
revestir-se de um outro estilo de vida.
J. Nosso ensino deve fazer uma clara distinção entre os mandamento de Deus
e as sugestões do conselheiro
Exercício: Identifique quais são mandamentos e quais são sugestões:
1. Você tem dito que está colando na escola. Eu quero que você
confesse o seu pecado para Deus, a pessoa que tem copiado e ao seu
professor. Você deve pedir perdão e estar preparado para enfrentar as
conseqüências do seu pecado.
2. Você tem tido dificuldades em pagar suas dívidas. Mas você também
tem um carro novo. Esta semana você deve vender seu carro e pagar
as suas dividas.
3. Você admite que não tem estudado sua Bíblia. Isso precisa mudar.
Você deve separar um tempo quando você vai estudar sua Bíblia
regularmente.
4. Seu colega de quarto gosta de pedir suas coisas emprestadas, mas às
vezes você fala não para ele. Você está sendo egoísta então na
próxima vez que ele pedir usar o seu computador deixa ele fazer,
mesmo se você está precisando usar.
5. Você admite que está usando pornografia. Você precisa parar! Você
precisar arrepender do seu pecado começar exercer auto controle
nesta área da sua vida.
81
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
ENGAJAMENTO
Promover mudança bíblica motivando o aconselhado arrepender-se
das atitudes, palavras e ações pecaminosas e se comprometer a
obedecer o Senhor e seguir as instruções da Palavra de Deus.
I. Por que conselheiros bíblicos crêem que engajamento (motivação ou
compromisso) tem papel importante no processo de aconselhamento
bíblico?
A. Porque a Bíblia enfatiza a importância de engajamento no processo de
mudança
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Lucas 15:11-18
Jó 31:1
Mateus 6:24
Romanos 6:12-14
2 Coríntios 5:11
Filemom
B. Porque experiência própria em aconselhamento demonstra a importância de
engajamento.
C. Porque pessoas precisam escolher mudança por si mesmas pois mudança
não acontece por acaso.
D. Porque há uma grande diferença entre motivação e manipulação.
1. O alvo de motivação é claro e evidente enquanto o alvo de manipulação
geralmente é escondido e secreto (Gal. 6:12-14; 2 Cor. 10:3-5; 1 Ts. 2:112; Pv. 23:1-8; 26:23-28; 27:5-6).
2. Os métodos são diferentes (2 Cor. 4:2; 2:17; 10:3-5; Pv. 23:1-8; 26:2328).
3. Motivar é chegar do lado e encorajar o aconselhado, respeitando ele.
Manipular é tentar forçar mudança através de vergonha, ameaças e
outros meios anti-éticos.
II. Quais são os compromissos que queremos motivar o aconselhado fazer?
A. Que ele reconhece a Bíblia como autoridade final na vida dele (Is. 8:19-20;
2 Tim. 3:15-17; Ps. 119:128; João 17:17).
B. Que ele confie em depender do Senhor e não nele mesmo ou outras
pessoas para achar a graça e os recursos necessários para mudar (Tiago
4:6-10; Lc. 15:17-19; 18:9-14; Is. 6:5; 1 Ts. 1:9; Is. 30:15; Fl. 4:13; 2 Pe. 2:9).
C. Que ele identifique tudo que seja anti-bíblico na sua vida como Deus ver
(1 João 3:4; 1:9; Ps. 51:1-3; 32:3-5).
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
D. Que ele aceite responsabilidade pessoal pelos seus pecados sem fazer
desculpas ou se fazer de vitima (Rom. 14:10; 3:10-19; Ps. 51:3,4; 32; Pv.
14:9; 2 Cor. 5:21).
1. “Não posso” significa “Não vou”, “Não quero” ou “Não sei como.”
2. Procure identificar e com mansidão refutar desculpas como:
a. “Não posso.”
b. “Tenho feito tudo que for possível.”
c. “Já tentei isso mas não ajudou em nada.”
d. “Faria se tivesse tempo.”
e. “Eu sou assim mesmo.”
f. “Sou uma pessoa preocupada e nervosa.”
g. “Pau que nasce torta morre torta.”
h. “Eu tenho sido muito abusado.”
i. “Você não pode me compreender.”
E. Que ele veja pecado como Deus ver. “Não há um dia nas nossas vidas que
somos tão maus que somos além da cruz de Cristo ou tão bons que não
necessitamos a cruz.” Jerry Bridges (1 Cor. 6:9-11; Gal. 5:19-21; Sl. 51; 32;
38; Rom. 7:24; 3:10-19; Atos 4:13).
F. Que ele preocupa com o pecado do coração e não somente o pecado de
comportamento (Gen. 6:5,11; Jer. 17:9; Ps. 51; Mc. 7:21-23; Rom. 7:14-24).
G. Que ele procure ser liberto do pecado e não somente das conseqüências do
pecado ( Hs. 5:13 – 6:6; Ps. 51; 2 Cor. 7:8-11).
H. Que ele abandone todos seus ídolos, para adorar somente Deus (1 Ts. 1:510; Is. 6:5-8; Lc. 5:8-10; Mt. 4:10; 6:24; 1 João 5:21).
I. Que ele aceite os métodos de Deus em lhe dar com seus problemas (Is. 8:9;
20:32; 2 Cor. 10:3-5; Rom. 12:17-21; 2 Tim. 2:22).
J. Que ele persevere em fazer o que Deus quer que ele faça (Heb. 12:1-13;
Tiago 5:7-11; Hb. 5:13, 14; Gal. 6:9; Lc. 9:23-24; Heb. 10:26; 1 Tm. 4:7).
III. Como é que conselheiros bíblicos devem fazer o passo de engajamento?
A. Precisa identificar a resistência do aconselhado a mudança.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Às vezes ele cancela sessões.
Ele deixa de fazer o dever de casa.
Sempre chega atrasado.
Ele não se abre, sempre mantém uma distância.
Ameaça parar ou tenta intimidar.
Manipulação: “Você é o meu conselheiro favorito.”
Ele fica tentando sair do assunto.
Sempre argumenta ou demostra negativismo.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
9. Simplesmente fala “não.”
10. Transferência de culpa.
B. Precisa identificar o motivo da resistência.
1. Talvez ele não seja salvo.
2. Ele pode faltar o desejo de mudar.
3. Ele pode ser ignorante.
4. Pode ser desencorajado.
5. Pode ter medo.
6. Pode ser que orgulho seja o problema.
7. Talvez ele tem uma teologia errada.
8. Ele pode ter armagura guardada no seu coração.
9. Ele pode não ter os recursos necessários.
10. Pode ser que ele ama o seu pecado.
11. Ele pode se ver como vitima.
12. Pode ser que ele esta esperando vitoria imediata não reconhecendo
santificação como um processo.
13. Talvez ele tenha preguiça.
C. Sugestões para motivar mudança
1. Verifique que você entende como eles vêem o seu próprio problema e as
expectativas que eles têm da ajuda que você esta oferecendo.
2. Entende a razão da sua resistência e responde a isso com as verdades
das Escrituras de uma forma bíblica.
3. Procure desenvolver mais envolvimento com o aconselhado.
4. Verifique que o aconselhado esta pronto para ouvir.
5. Repete as palavras do aconselhado para ter certeza que ele e você esta
entendendo a situação.
6. Esteja pronto para responder perguntas, ouvir argumentos, explicações e
novas informações.
7. Explique claramente o que a Bíblia diz ao respeito de resistência aos
planos e propósitos de Deus (1 João 2:15-17; Mt. 6:24; 7:21-23).
IV.
Exemplo de Engajamento de Moisés (Ex. 3:1-4:20)
A. O aconselhamento entre Deus e Moisés.
1. Deus manda Moisés falar com Faraó 3:10.
2. Moisés resiste com desculpas de timidez e falta de capacidade 3:11.
3. Deus pratica engajamento usando encorajamento e promessas 3:12.
4. Moisés resiste com perguntas sobre as reações dos outros 3:13.
5. Deus pratica engajamento respondendo perguntas 3:14.
6. Moisés continua resistindo culpando a reação dos outros 4:1.
7. Deus pratica engajamento demonstrando seu poder 4:2-6.
8. Moisés continua resistindo alegando sua falta de eloquência 4:10.
9. Deus pratica engajamento corrigindo a teologia de Moisés 4:11.
10. Moisés continua resistindo dizendo “manda outro.” 4:13.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
11. Deus pratica engajamento prometendo ajuda de Araão 4:14-18.
12. Moisés obedece 4:18-20.
B. Qualidades do engajamento de Deus com Moisés.
1. Deus levou as preocupações de Moisés a sério demonstrou respeito e
preocupação por Moisés.
2. Seu engajamento foi direcionado especificamente as razoes que Moisés
citou pela sua resistência.
3. Foi centrado em Deus.
4. Usou as promessas de Deus.
5. Deu alvos claros, específicos e alcançáveis.
6. Deu instrução sobre a pessoa de Deus.
7. Deus instrução sobre a tarefa que Moisés teria que fazer.
8. Demonstrou o poder de Deus.
9. Fez pergunta que provocaram reflexão.
10. Demonstrou as falhas do pensamento e teologia de Moisés.
11. Assegurou Moisés que ele sempre estaria presente.
12. Lembrou Moisés que sucesso não dependia de Moisés mesmo, mas do
Senhor.
13. Mandou outros recursos humanos para ajudar.
14. Cobrou a resistência de Moisés.
C. Observações do engajamento de Deus com Moisés.
1. Para praticar engajamento você precisa identificar as razões pela
resistência.
2. Para praticar engajamento você precisa responder a estas razões com
princípios bíblicos.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
EXERCÍCIO
Promover mudança bíblica ajudando o aconselhado planejar como
colocar as instruções bíblicas em prática na sua vida até que se tornem
novos padrões na sua vida.
I. Por que conselheiros bíblicos focalizam a área de exercício para promover
mudança?
A. Porque os primeiros seis elementos não são suficientes para transformar
pessoas.
1. Envolvimento é importante mas sozinho não garante mudança.
2. Encorajamento é essencial no processo de aconselhamento mas não é
suficiente para mudar a vida do aconselhado.
3. Exploração é fundamental mas não pode transformar vidas.
4. Entendimento do problema e as causas é necessário, mas não tem a
capacidade de trazer a transformação que o aconselhado precisa.
5. Ensino que seja bíblico faz parte integral no processo de transformação,
mas agindo sozinho vai falhar no alvo de mudar vidas.
6. Engajamento pode deixar a pessoa pronta para mudar, mas não vai
efetuar a transformação necessária.
B. As nossas igrejas são cheias de pessoas que tem ouvido que precisam
mudar seus hábitos pecaminosos. Eles sabem por que devem mudar,
entendem a fonte do problema e tem sido ensinado sobre o que Deus quer
que eles fazem. Mas eles continuam nas suas praticas pecaminosas.
C. Por que pessoas não mudam?
1. Algumas pessoas não são crentes então não tem os espirito Santo (Col.
3:1-14).
2. Não são compromissadas com mudança, dizem que querem mudar mas
no fundo não é isso que eles querem.
3. Tem recebido instrução errada sobre mudança.
4. Procuram fazer mudança no seu próprio poder em vez de depender do
Espirito (Rom. 8:13-15).
5. Não sabem como colocar a instrução em prática em suas vidas.
D. As Escrituras mostram claramente que Deus não está satisfeito com
conhecimento; Ele exige que pratiquemos e obedeçamos a verdade no nosso
dia a dia (Mt. 7:21-23; Lc. 11:28; Tiago 1:21-25; 2:14-26; 2:3-4; 1 João 2:3-4;
3:7, 24; 5:2; Fl. 4:9; Ef. 2:10; Rom. 1:5; 16:25, 26.)
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
II.
Quais são os componentes de exercício que devemos promover para
que mudança possa acontecer?
A. Um fator essencial é conhecimento de verdades bíblicas. Conhecimento não
é suficiente, mas é essencial.
1. Precisam conhecer a Bíblia (João 17:17; Atos 20:32; Col. 2:1-5; Ef. 5:25).
2. Precisam conhecer Deus (Dan. 11:32; 2 Pe. 1:2-11; Fl. 3:10; Pv. 24:5).
3. Precisam conhecer as promessas e o poder de Deus (2 Pe. 1:4; Rom.
15:4).
4. Precisam conhecer os propósitos, e padrões (Sl. 19:7-11; 119:105).
5. Precisam conhecer a si mesmo. Precisam conhecer a natureza do
próprio coração, as fraquezas, áreas fortes e os ídolos (Rom. 12:2,3; Fl.
3:12-14; Rom 7:24; Pv. 30:7-9; 2 Cor. 13:5; 2:16; 3:5,6).
B. Outro fator essencial é oração.
1. Cristo ensinava a importância de oração (Mc. 9:15-29; João 17:9-26).
2. Paulo ensinava a importância de oração (Ef. 1:15-16; Fl. 1:9-11; Col. 1:35, 9-10; 1 Ts. 1:2-3; 2:13; 3:11-13).
C. Outro fator essencial é planejamento.
1. Pessoas não planejam falhar; falham por não planejar (Rom. 12:17; Pv.
16:3; Tiago 4:13-15; 1 Cor. 16:1-4).
2. Importância de planejamento.
a.
b.
c.
d.
Tudo deve ser feito com descência e ordem (1 Cor 14:32, 34).
Administrar bem a casa é pré-requisito para liderança (1 Tim. 3:2).
Obediência é facilitada com planejamento (Tiago 3:16).
Pessoas que não planejam são insensatas (Pv. 14:16).
D. Outro fator de grande importância é o planejamento do conselheiro.
1. Ele deve entender o que Deus deseja acontecer na vida do aconselhado
e planejar nesta direção em geral e planejar especificamente para cada
sessão.
2. Ele deve planejar a ordem em que ele vai enfrentar os problemas.
3. Ele deve planejar quanto tempo ele vai passar em cada área e os
métodos que ele pretende usar.
E. Outro fator essencial é dever de casa.
1. Conselheiros bíblicos precisam ajudar aconselhados entender os
benefícios de dever de casa.
a. Promove mudança através de ação Pv. 4:23.
b. Esclarece as expectativas do conselheiro para o aconselhado.
c. Traz esperança pois o aconselhado percebe que tem algo que ele
pode fazer para mudar.
87
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
d.
e.
f.
g.
h.
Elimina o aconselhado ficar pulando de conselheiro para conselheiro.
Demonstra que o aconselhado tem responsabilidades para cumprir.
Ajuda como meio de colecionar dados.
Faz com que haja continuidade entre sessões.
Economize tempo e diminuía o período que aconselhamento precisa
continuar.
i. Permite avaliar o progresso e o compromisso do aconselhado.
j. Faz um bom ponto de partida para cada sessão.
k. Cria confiança e capacidade no aconselhado.
l. Pode suprir material que o aconselhado pode usar para ajudar outras
pessoas no futuro.
2. Conselheiros bíblicos precisam entender como usar dever de casa.
a. Deve sempre ser bíblico e exigir que o aconselhado pensa
biblicamente.
b. Deve ser apropriado para o aconselhado. Considera a pessoa como
indivíduo e os seus problemas. Não deve exigir mas do que 45 minuto
por dia para fazer.
c. Deve ser especifico.
1) O que deve ser feito com detalhes. Não manda ele ler a Bíblia, dar
os textos que devem ser lidos.
2) O aconselhado deve entender por que o conselheiro está pedindo a
tarefa.
3) Deve explicar como completar a tarefa em detalhes.
4) Deve ajudar o aconselhado decidir quando seria o melhor horário
para fazer isso.
5) Sempre dar dever de casa por escrito e o conselheiro deve ficar
com uma cópia para não esquecer.
d.
e.
f.
g.
Deve ser prático.
Deve ser flexível na forma que usamos.
Deve ser mensurável.
Deve usar variedade.
3. Conselheiros devem entender os vários tipos de dever de casa que são
possíveis usar.
a. Pode usar listas que o aconselhado faz sobre a sua vida onde ele
pode anotar:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
Pecados e falhas.
Gostos e desgostos.
Prós e contras.
Conflitos.
Empregos.
Maneiras que a vida poderia melhorar.
Contas a pagar.
Maneiras para servir.
88
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
9) Alvos.
10) Listas de coisas para fazer.
11) Relacionamentos que ajudam ou atrapalham.
b. Inventários e questionários ajudam o conselheiro entender alguns
problemas.
c. Estudos bíblicos específicos ajudam o processo de crescimento.
d. Atividades podem ajudar o aconselhado.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Exercício físico.
Eventos sociais.
Freqüência a uma igreja que ensine a Palavra.
Lazer.
Formação educacional.
Entrevistas
Receber um treinamento.
e. Jornais e diários são excelentes ferramentas.
1). Pode anotar hora silêncios
2) Pode descrever acontecimento especifico.
3) Anotar relacionamentos que ajudam ou atrapalham.
4) Conflitos.
5) Tentações.
6) Vitórias e derrotas.
7) Como serviu outras pessoas.
8) Motivos de gratidão.
9) Medos ou preocupações.
10) Tempos difíceis.
f. Fitas, livros ou vídeos que a pessoa deve ouvir, ler ou assistir.
III.
Conselheiros devem ajudar os aconselhados formar estratégias para
implementar mudanças nas suas vidas
A. Ajuda o aconselhado desenvolver um plano para mudar a estrutura do seu
dia a dia, eliminando fatores que atrapalham mudança e aumentando fatores
que facilitam mudança.
B. Ajuda o aconselhado desenvolver um plano de ação quando for tentado.
1.
2.
3.
4.
Reconhecer quando está sendo tentado.
Orar para poder resistir (Mat. 6:13).
Se for possível fugir da situação (Gen. 39:10; 1 Cor. 15:33).
Identificar os desejos pecaminosos que estão provocando a tentação (1
João 2:15-17).
5. Cita textos que tem memorizado que são relevantes a tentação.
6. Faz uma listas das conseqüências a ceder a tentação.
7. Se compromete a obedecer o Senhor.
89
Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
8. Fique ocupado fazendo outra coisa que seja produtiva.
9. Ligue para um parceiro de prestação de contas.
C. Ajude o aconselhado fazer um plano na eventualidade que ele falha.
1. Ver se foi uma falha isolada ou se já tornou estilo de vida de novo.
2. Arrepender imediatamente do pecado. Confessar o pecado
especificamente para o Senhor chamando o pecado pelo seu nome
bíblico. Aceita toda responsabilidade olhar para a cruz e agradeceu o
Senhor pela perdão.
3. Tente identificar o que você poderia ter feito para evitar o pecado.
4. Confessar o pecado e pedir perdão a qualquer outra pessoa influenciada
ou para o seu parceiro de prestação de contas.
5. Faz tudo para deixar o pecado para trás, não revivendo a falha.
6. Traça um plano de ação para futuras tentações.
7. Renova o seu compromisso para viver submisso a Deus nesta e todas as
outras áreas da sua vida.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
ENCAMINHAMENTO
Promover mudança bíblica mentoriando e discipulando o aconselhado
até que as mudanças sejam constantes na sua vida e ele esteja integrado
na vida de uma igreja local.
I. Aconselhamento bíblico tem dois alvos principiais e quando estes alvos
são alcançados podemos considerar que o aconselhamento formal pode e
deve terminar e o aconselhado ser encaminhado.
A. As Escrituras nos ensinam que o alvo de Deus para o crente é que os
princípios bíblicos devem ser integrados nas nossas vidas (1 Tim. 4:7; Heb.
5:14; Rom 6:1-4; 8:2-4; Ef. 4:1; Col. 1:9-11).
B. As Escrituras nos ensinam que o alvo de Deus para o crente é que ele seja
integrado na vida de uma igreja local (Atos 2:42-46; Rom. 12:4-16; Ef. 4:116).
II. Como podemos integrar principio bíblicos em nossas vidas?
A. Podemos fazer isso devido o fato que Deus nos criou com a habilidade de
formar hábitos (Ef. 4:22; Jer. 13:23; Pv. 19:19; Hb. 10:25).
B. Isso pode acontecer porque hábitos são aprendidos não nascemos com
hábitos (2 Pe. 2:14; Hb. 5:14; Is. 1:16).
C. Isso pode acontecer porque podemos deixar velhos hábitos e formar novos (1
Cor. 6:9-11; Fl. 10, 11; Tito 3:3).
D. Isso pode acontecer porque fomos regenerado, redimido e justificado por
Cristo (1 Cor. 6:9-11; Col. 3:1-10; Rom. 6:1-14; Ef. 4:1; Rom. 12:1-2; 1 Pe.
4:1-3; Tito 2:11-3:8).
E. Isso pode acontecer porque somos habitados pelo Espirito Santo (1 Cor. 6:911; 2 Cor. 3:18; 1 Ts. 1:5, 6; Tito 3:3-6; Rom. 8:11-14; Gal. 5:16, 22-23).
F. Isso pode acontecer através de constância na aplicação e aprendizagem das
Escrituras no processo de quatro passos de mudanças (2 Cor. 3:18; Rom.
8:11-14; Col. 3:5; 2 Cor. 7:1; Fil. 2:13-14; Hb. 12:1; 2 Pe. 3:14; Ef. 4:22-24; 1
Tim. 4:7).
1. Depois: O primeiro passo é a capacidade de identificar o seu pecado
depois do fato e arrepender do pecado.
2. Durante: O segundo passo é a capacidade de reconhecer o pecado assim
que você começa entrar em território pecaminoso.
3. Antes: O terceiro passo é a capacidade de prevenir pecado antes que
você entra em situações de tentação.
4. Mudança: O quarto passo é que você não faz e não deseja fazer mais.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
G. Isso pode acontecer através de estudo e a meditação na Palavra de Deus (2
Cor. 3:18; 2 Tim. 3:16-17; João 15:3; Sl. 119:9, 11; Atos 20:32; Pv. 2:1-16;
Rom. 10:17; Sl. 19:7-11; 2 Pe. 1:3-4; Hb. 4:12).
III.
Por que é essencial que o aconselhado seja integrado numa igreja
local?
A. Porque a Bíblia chama a Igreja o corpo de Cristo (Rom. 12:3-5; Ef. 4:15-16; 1
Cor. 12:12-27; 1 Tim 3: 15).
B. Porque os mandamentos das Escrituras sobre as responsabilidade dos
crentes a cooperar no crescimento uns com os outros são realizados da
melhor forma no contexto da igreja local (Rom. 12:10; 15:4, 5, 7; 16:16; 1 Ts.
5:11; Heb. 3:13; Gal. 6:1-2).
C. Vários mandamentos das Escrituras só podem ser obedecidos no contexto
da igreja local (1 Ts. 5:12-13; Hb. 13:17; Ef. 4:11-12; 1 Pe. 5:1-5; Atos 20:2831).
D. Porque sabemos que o meio que Deus tem escolhido para se glorificar é
através da igreja local.
IV.
Quando e como podemos saber que encaminhamento tem acontecido e
podemos concluir aconselhamento formal?
A. O aconselhado está entendendo e interpretando problemas e soluções
biblicamente.
B. Quando a freqüência e força de tentação tem diminuído bastante.
C. Quando o aconselhado esta experimentando vitória onde ele estava
falhando.
D. Ele enfrenta falhas de uma forma bíblica.
E. Quando ele indica que ele está pronto para andar sozinho.
F. Os alvos iniciais são alcançados.
G. O aconselhado percebe as áreas onde ele ainda precisa trabalhar sem a
ajuda do conselheiro.
H. Ele está prestando contas para uma outra pessoa.
I. Ele está começando aconselhar outras pessoas.
J. Ele está promovendo aconselhamento para outras pessoas.
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Aconselhamento Bíblico - Gary Parker - PV-Belém
K. Ele continua crescendo mesmo quando o tempo entre sessões começa
crescer.
L. Ele está envolvido numa igreja local, participando dos cultos, ministrando
dentro da igreja e com relacionamentos espirituais com outros membros.
V.
Como terminar o Aconselhamento?
A. Juntos: Deve ser uma decisão tanto do conselheiro quanto do aconselhado.
B. Em passos graduados: Uma semana entre sessões, depois duas, depois
quatro depois dois meses, depois seis meses.
C. Ele deve ter instruções claras sobre o que fazer para continuar vitorioso.
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