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Arquitetura de Monitoração de Chamadas Telefônicas IP Defesa de Dissertação de Mestrado do IM/NCE Universidade Federal do Rio de Janeiro Mestrando: Leandro Caetano Gonçalves Lustosa Orientador: Prof. Paulo Henrique de Aguiar Rodrigues, PhD. Junho de 2005 Serviços de Voz sobre IP (VoIP) • Expansão do mercado – Consolidação da tecnologia – Aumento de largura de banda – Demanda dos usuários • Problemáticas – Voz é extremamente sensível a parâmetros de Qualidade de Serviço (QoS) • Importância da monitoração da qualidade de chamadas de forma precisa e abrangente – – – – Monitoramento do serviço Detecção de problemas Validação de novas configurações de rede Acompanhamento do grau de satisfação dos usuários Soluções de monitoração existentes Metodologia Coleta de CDR de gateways de voz Simulação de chamadas através de agentes distribuídos Desvantagens • Não leva em consideração telefones IP CESNET e ECAS • Não obtém estatísticas de chamadas reais HUANG, CHAO e LIU • Amostragem pode não ser fiel à realidade • Não analisa chamadas criptografadas Monitoramento passivo Exemplos • Chamadas ponto-a-ponto podem não ser analisadas BROOM e HOLLIER e diversas soluções comerciais Definição de uma nova arquitetura de monitoração • Metodologia – CDRs coletados diretamente de telefones IP e gateways de voz – Especificação de um novo formato de CDR (Voice Quality CDR) • Especializado para monitoração de qualidade de chamadas VoIP • Vantagens – Mais abrangente, pois é capaz de avaliar todas as chamadas reais • Criptografadas • Ponto-a-ponto Implementação • Implementação de biblioteca para avaliação de qualidade e emissão de VQCDR, denominada VQuality Integração desta biblioteca a telefones IP e gateways de voz Gateway de Voz com emissão de VQCDR VQCDR VQCDR • Coleta, autenticação e armazenamento de VQCDR VQCDR Server ut B en as tic e aç ão A rm az Ba en se am en to – Entidade central (VQCDR Server) A • Telefone IP com emissão de VQCDR Métodos de avaliação de qualidade de voz • Subjetivos – Conjunto de avaliadores ouvintes atribuem um pontuação de 1 (péssimo) a 5 (excelente) – A pontuação de opinião média, ou MOS (Mean Opinion Score) avaliam o sistema de transmissão – Método caro, demorado e de difícil implantação • Objetivos – Uso recursos computacionais para inferir a qualidade – Implementação mais barata, rápida e simplificada Métodos objetivos • Perceptuais – Comparação de um sinal de referência (trecho de voz previamente gravado) com o sinal degradado (submetido a sistema de transmissão) – Exemplos • Perceptual Speech Quality Measure (PSQM) – ITU-T P.861 • Perceptual Analisys Measurement System (PAMS) • Perceptual Evaluation of Speech Quality (PESQ) – ITU-T P.862 • Modelo E – Análise dos fatores que influenciam a qualidade da voz • Atraso, perda na rede, descarte no buffer de compensação de jitter, distorção inerente do codec, etc – Avaliação de cada um desses fatores em separado • Melhor diagnóstico de problemas de transmissão mais preciso – Capacidade de operação em tempo real Modelo E Saída do modelo (de 0 a 100). Pode ser convertida para a escala MOS Perdas defasadas com relação ao sinal de voz: - atraso R = Ro - Is - Id - Ie + A Nível de ruído básico Perdas simultâneas à fala: - ruído de quantização Perdas relativas à tecnologia associada: - perda de pacotes na rede - descarte no buffer de compensação de jitter - codec utilizado Fator de vantagem: 0 (telefonia fixa) 10 (telefonia celular) 20 (enlace satélite) Determinação de Id Id Ta Atraso do codificador Atraso da rede Tabelado – ITU-T G.114 Atraso absoluto Atraso do buffer de compensação de jitter Conhecido apenas pela aplicação Calculado pela pilha RTP/RTCP Buffer de compensação de jitter imo ximo imo n í m má mín o s so so ra At Atra Atra o xim nimo ximo á m mí má o s o o s s ra At Atra Atra TX 1 2 3 TX 1 2 3 RX RX ∆ Reprodução Atraso Rede Buffer 1 MIN ∆ 2 MAX 0 3 MIN ∆ ∆ 1 2 3 ∆ Atraso Rede Buffer 1 MAX ∆ 2 MIN 2∆ 3 MAX ∆ ∆ ∆ Reprodução 0 1 2 3 ∆ 2∆ ∆ • Para variação de atraso na rede = ∆ é necessário um tamanho de buffer = 2∆ • Atraso absoluto = (atraso 1º quadro) + (tam. buffer)/2 + (atraso codec) • O buffer pode ser reiniciado em momentos de silêncio Determinação de Ie Valores específicos para cada codificador Degradação inerente Fator de robustez Considerados uniformemente distribuídos Conhecido apenas pela aplicação Codificador Perda na rede Descarte no buffer de compensação de jitter Ie Influência da distribuição de perdas Chamada A (perdas isoladas) Pacote recebido Pacote perdido Chamada B (perdas em rajadas) Ambas as chamadas possuem 25% de perda (12 perdas em 48 pacotes). Então MOS de A = MOS de B? PROVAVELMENTE NÃO! • Perdas com distribuição randômica versus perdas em rajadas (codificador G.711) Efeito de memória recente • A localização da rajada influencia na percepção humana Chamada com duração de 60 segundos Início Término MOS 3.82 RUÍDO RUÍDO MOS 3.28 RUÍDO RUÍDO RUÍDO RUÍDO MOS 3.18 • O usuário não nota instantaneamente a transição da qualidade Padrão da qualidade conforme percepção dos usuários Alta 15 - 30 segundos Qualidade da transmissão 4 - 5 segundos Baixa Determinação de Ie (Modelo E estendido) Perda na rede Descarte no buffer de compensação de jitter Degradação inerente Codificador Fator de robustez Fator Ie é computado separadamente para os períodos de isoladas e perdas rajadas Distinção entre períodos de perdas em rajadas e perdas isoladas Distribuição de perdas Ieb Ie(av) Ieg Modelagem do “Efeito de “Memória Recente” para o cômputo do fator Ie Determinação de Ie (Modelo E estendido) Pacote perdido Pacote recebido Ieb I1 I1 Ie(av) I2 I2 Ieg perdas isoladas perdas em rajadas I1 = I eb − (I eb − I 2 ) e perdas isoladas −b / t1 Transição de qualidade “ruim” para “boa” perdas em rajadas I 2 = I eg + (I 1 − I eg perdas isoladas )e − g / t2 Transição de qualidade “boa” para “ruim” Revisão • Expressão proposta pela ETSI para I1 (transição de qualidade “ruim” para “boa”) : I1 = I eb − (I eg − I 2 ) e − b / t1 • Expressão revisada: I1 = I eb − (I eb − I 2 ) e −b / t1 • Erro se propaga na determinação do MOS Abordagem revisada × Abordagem do ETSI MOS – abordagem revisada MOS (fim de chamada) = 3,28 MOS – abordagem do ETSI MOS (fim de chamada) = 2,66 • As duas curvas representam a qualidade percebida pelo usuário • A curva gerada pela abordagem do ETSI é mais pessimista Voice Quality CDR (VQCDR) • Identificadores da chamada – protocolo voip, codec, usuário chamado e chamador, etc... • Indicadores de qualidade da chamada – Delay Impairment, Equipment Impairment, taxa de perdas, taxa de descarte do buffer de compensação de jitter, fator R, MOS, etc. • Início e duração da chamada • Campos opcionais – Informações específicas para aplicação – Voice Quality Log (VQLog) • Histórico da qualidade (variação da qualidade ao longo da chamada) • TCP porta 80 (configurável) – Facilidade em operação com firewalls Biblioteca Voice Quality (VQuality) • Flexibilidade e extensabilidade – Desenvolvida com técnicas de orientação a objetos – Suporte a diferentes sistemas operacionais – Facilidade de extensão • Inclusão de novos modelos de avaliação objetiva • Integração a diferentes implementações de VoIP • Independência do protocolo de sinalização (SIP, H.323, MGCP, etc) • Portabilidade – Implementação em C++ padrão, exceto: • Sockets TCP – Implementação de uma biblioteca própria • Tratamento de Threads – Uso da biblioteca Pthreads-win32 – Disponível para Linux, FreeBSD e Windows • Facilidade para portar para outras plataformas Arquitetura da VQuality • Parser Module (PM) – Recebe da pilha de protocolo VoIP os parâmetros necessários para o cômputo da qualidade • Voice Quality Evaluation Module (VQEM) – Obtenção dos parâmetros coletados pelo PM – Cálculo da avaliação da qualidade • VQCDR Generation Module (VGM) – Acionamento do módulo VQEM – Montagem do VQCDR – Envio do CDR gerado para o VQCDR Server Telefone IP Pilha 0 de Protocolo VoIP VQuality Parser Module VQCDR Voice Quality Evaluation Module VQCDR Generation Module VQCDRServer Telefones IP integrados a VQuality • VQOpenPhone para ambiente Windows • VQMeeting para ambiente Unix • Terminais H.323 baseado na biblioteca OpenH323 – O mecanismo de cálculo de RTT da pilha RTP/RTCP precisou ser implementado • Ao final da chamada computam a qualidade de voz recebida, apresentam o resultado no visor e emitem o VQCDR VQPlot Aplicativo que lê e apresenta graficamente as informações de um arquivo VQLog Junto a um cliente integrado à biblioteca VQuality, como o VQOpenPhone, constitui uma sofisticada ferramenta de depuração de problemas VQuality CDR Server (VQCDR Server) Collector Module (CM): coleta e interpreta o VQCDR e aciona o AM e o SM Authenticator Module (AM): valida o VQCDR Storage Module (SM): armazena o VQCDR em uma base de dados (ex. SQL e servidor RADIUS) VQCDR Server Authenticator Module Collector Module Storage Module O serviço fone@RNP H.323 IP Phone (Software) PBX Instituição B Instituição A Gateway de voz Ambiente H.323 Ambiente H.323 Gatekeeper H.323 Gatekeeper H.323 H.323 IP Phone (Software) H.323 IP Phone (Software) LDAP Cisco ou Asterisk RADIUS Asterisk SIP/H.323 Gateway Asterisk SIP/H.323 Gateway RADIUS RTFC RTFC SIP IP Phone (Software) SIP IP Phone (Software) LDAP Ambiente SIP Ambiente SIP Proxy SIP SER Proxy SIP SER Gateway de voz PBX SIP IP Phone (Software) Cisco ou Asterisk • Somente o gateway Cisco emite CDR com indicação de qualidade • Ambiente onde o arquitetura de monitoração está sendo validada GnuGK AM e RADIUS SM • GnuGK AM – Específico para o Gatekeeper H.323 GnuGK – Faz uso de porta de gerência do GnuGK para obter os dados necessários para autenticação do VQCDR • RADIUS SM – Específico para RADIUS – Entretanto, RADIUS faz a interface com os mais variados bancos SQL – Para mapear os campos do VQCDR no RADIUS foi solicitado um número de identificação de fabricante à IANA (UFRJ – 21715) Ambiente de Visualização Após processadas, as informações coletadas pela arquitetura são disponibilizadas em gráficos via WEB Arquitetura de monitoração em operação 3 VQCDR Server H.323 Gatekeeper GnuGK O AM autentica o VQCR GnuGKAuthenticator Module (GnuGk AM) Autenticação RadiusStorageModule (Radius SM) Ar O telefone IP computa a qualidade da chamada e emite um VQCR para o VQCDR Server 1 2 ABC 4 5 4 GHI 7 Q P R JK L en to Caso o VQCDR seja validado, o SM aciona o Radius Server para armazenar o VQCDR Web Server CISCO IP PHONE 790 2 SERIES 1 O Radius Server recebe o VQCDR e acessa o SQL Server para armazenar as 6 informações do VQCDR em uma base de dados 3 DE F 6 M NO 7 8 9 PQ RS TU V W XY Z * 0 # S * Telefone IP integrado a VQuality 7 4 Radius Server to en am en az 5 ma ze na m m Ar O CM coleta o VQCDR e aciona o AM Emissão do VQCDR ColectorModule (CM) 2 O AM acessa o GnuGK para validar o VQCDR SQL Server Estatísticas de qualidade das chamadas são disponibilizadas via interface web Conclusões • O estudo do Modelo E resultou em uma revisão do cômputo de sua forma estendida • A arquitetura de monitoração implementada permite a monitoração mais abrangente que outras soluções relacionadas • Implementações realizadas – VQuality – Terminais H.323 com suporte a emissão de VQCDR • Correção da OpenH323 conforme especificação da pilha RTP/RTCP • VQMeeting para Unix • VQOpenPhone para Windows – VQPlot – VQCDR Server • GnuGK Authentication Module • RADIUS Storage Module • A arquitetura está sendo operacionalizada e validada no ambiente do serviço fone@RNP Trabalhos futuros • • • • • • • Integração da VQuality a clientes SIP e ao gateway Asterisk Criação de um AM para o proxy SIP SER Esperamos que a cooperação com fabricantes possibilitará integração da VQuality a telefones IP proprietários em hardware e software Análise da base de dados alimentada no serviço fone@RNP – Análise do transporte de voz no backbone da RNP e redes coligadas – Validação e aprimoramento da infra-estrutura de QoS implantada – Análise de assimetria atraso/qualidade de voz (uso de NTP ou GPS) Desenvolvimento de uma ferramenta automatizada para simulação e avaliação de chamadas – Determinação de capacidade de chamadas – Estudo de políticas de QoS para transporte de voz – Uso em ambientes com fio e sem fio Integração da VQuality ao Network Simulator – Análise de ambientes mais complexos Desenvolvimento de ferramenta para avaliação de qualidade de troca de tráfego entre provedores VoIP
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