Operação do Transformador tipo Pedestal Classe 15kV
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Operação do Transformador tipo Pedestal Classe 15kV
NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD - 4.31 OPERAÇÃO DO TRANSFORMADOR TIPO PEDESTAL CLASSE 15kV – POTÊNCIAS DE 500 E 1000 kVA – SUBSTITUIÇÃO DOS FUSÍVEIS 1ª EDIÇÃO MARÇO - 2012 DIRETORIA DE ENGENHARIA SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E PROJETOS GERÊNCIA DE NORMATIZAÇÃO E TECNOLOGIA FICHA TÉCNICA Coordenação: Celso Nogueira da Mota Participantes: Julliano Henrique Santos de Faria, Marco Antônio da Silva 1ª Edição: Operação do transformador tipo pedestal classe 15kV – Potências de 500 e 1000 kVA – Substituição dos fusívies. Colaboradores: Antonio Milton Carneiro, Elias Brito Júnior, Kamila Franco Paiva. GRNT - Gerência de Normatização e Tecnologia FAX: 3465-9291 Fone: 3465-9290 GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO OPERAÇÃO DO TRANSFORMADOR TIPO PEDESTAL CLASSE 15kV – POTÊNCIAS DE 500 E 1000 kVA – SUBSTITUIÇÃO DOS FUSÍVEIS NTD - 4.31 Página 1/40 NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 MAR/2012 OPERAÇÃO DO TRANSFORMADOR TIPO PEDESTAL CLASSE 15kV – POTÊNCIS DE 500 E 1000 kVA – SUBSTITUIÇÃO DOS FUSÍVEIS GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD - 4.31 OPERAÇÃO DO TRANSFORMADOR TIPO PEDESTAL CLASSE 15kV – POTÊNCIAS DE 500 E 1000 kVA – SUBSTITUIÇÃO DOS FUSÍVEIS Página 2/40 ÍNDICE 1. Objetivo 03 2. Questões Relativas À Segurança 04 3. Apresentação de alguns tópicos relativos ao transformador em pedestal 05 3.1. Definição 05 3.2. Algumas características dos transformadores pedestal usados na rede de distribuição da CEB 05 3.2.1. Elétricas 3.2.2. Refrigeração e isolação 3.2.3. Construtivas 05 4. Pontos relevantes de alguns componentes 10 4.1. Medidor de temperatura do líquido isolante 10 4.2. Medidor de pressão interna do tanque 10 05 05 11 4.3. Dispositivos de proteção contra sobre-correntes 4.3.1. Fusíveis tipo baioneta 4.3.2. Fusíveis limitadores 12 16 5. Procedimentos para troca dos fusíveis 18 5.1. Preparação do local 18 18 5.2. Inspeção inicial 5.2.1. Providências no caso de constatação de anomalias graves durante a inspeção inicial 19 5.3. 19 Leitura dos valores de temperatura e pressão interna 20 5.4. Medição dos valores de tensões fase-fase e fase-terra 5.4.1. Interpretação dos valores das tensões medidas 5.4.2. Considerações importantes a respeito dos fusíveis baioneta a serem substituídos 20 21 5.5. 21 Trabalhos realizados com transformador desenergizado 5.6. Ações preliminares no transformador antes da retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” 5.6.1. Aliviar a pressão interna do tanque do transformador 5.6.2. Verificação preliminar do nível do óleo isolante 23 23 25 25 5.7. 5.7.1. 5.7.2. 5.7.3. Retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” do porta-fusível instalado no transformador Destravar e soltar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” do “Porta Fusível” Retirar parcialmente o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” Completar a retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” 25 27 28 5.8. 5.8.1. 5.8.2. 5.8.3. Retirada do fusível queimado e inspeção das peças do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” Separar o “Cartucho” do “Fixador De Cartucho” Separar o “Cartucho” do “Plug” e retirar o fusível queimado Inspecionar o “cartucho” avaliando se o mesmo pode ser reaproveitado ou deve ser substituído 29 30 30 5.9. 5.9.1. 5.9.2. 5.9.3. 5.9.4. Instalação do novo fusível tipo baioneta e remontagem do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” Importância da manutenção das características dos fusíveis Colocação do novo fusível no “cartucho” União do “Cartucho” com o “Fixador De Cartucho” Finalização do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” 29 31 31 32 32 32 5.10. Verificação final do nível do óleo isolante 33 5.11. Reinstalação do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” no “Porta Fusível” 36 5.12. Procedimentos finais no transformador 36 GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 3/40 1. OBJETIVO A presente norma tem por objetivo estabelecer os procedimentos básicos para a operação dos transformadores tipo pedestal classe 15 kV, potências de 500 e 1.000 kVA, particularmente no que se refere à substituição dos fusíveis de proteção. Não faz parte dos objetivos desta norma tratar dos aspectos: - De instalação e manutenção dos transformadores, à exceção das atividades relacionadas à substituição dos fusíveis de proteção dos mesmos; - Determinação dos fusíveis a serem utilizados nos transformadores, o que deve ser feito por meio de estudos específicos que considerem os vários fatores envolvidos, tais como carregamento admissível em condições normais, em condições de sobrecarga, correntes de curto disponíveis, grau de proteção desejada, etc. Ao consultar essa norma, deve-se estar ciente que a mesma baseia-se nas características dos transformadores tipo pedestal de 500 e de 1.000 kVA, adquiridos conforme as especificações da NTD - 3.35 “Transformador de Distribuição em Pedestal – Especificação – 3ª Edição – Abril/2008”. Futuras alterações nas especificações da NTD – 3.35 poderão levar a necessidade de adequação dessas instruções para as novas unidades que vierem a ser incorporadas ao sistema de distribuição da CEB. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 4/40 2. QUESTÕES RELATIVAS À SEGURANÇA As instruções contidas nesse documento complementam, no que for específico a esse tipo de transformador, os procedimentos de segurança adotados pela CEB. As questões relativas à segurança são de grande importância para a preservação das pessoas e equipamentos, e são normalmente abordadas ao longo do texto, dentro dos itens pertinentes. Os transformadores em pedestal só devem ser operados por pessoal que esteja: • Familiarizado com todas as instruções e procedimentos de segurança; • Familiarizado com esta NTD; • Treinado e habilitado em prática de procedimentos operacionais de média e baixa tensão; • Treinado e habilitado na aplicação de primeiros socorros, especialmente na técnica de remoção de pessoa em contato com linha energizada e aplicação da reanimação cárdio-pulmonar. • Formalmente “Autorizado”, conforme item 10.8.4 da NR-10; • Treinado e autorizado a energizar, desenergizar, isolar e aterrar equipamentos de distribuição de energia; • Treinado nos cuidados e utilização de equipamentos de proteção, e devidamente equipado com os mesmos, tais como roupas de proteção, óculos de segurança, capacete, luvas de borracha, hastes de manobra, etc.; • Equipado com recursos de comunicação que permitam efetuar contato com o Centro de Operação e outras equipes. Os serviços envolvendo a operação de transformadores em pedestal não devem ser realizados por uma única pessoa, conforme exigências da NR 10. A operação dos transformadores é realizada no nível do solo. Portanto, todas as atividades devem ser precedidas da colocação de dispositivos (por exemplo, cones e faixas) que mantenham a população longe do equipamento e das ferramentas utilizadas. Falhas nos procedimentos de segurança poderão causar sérios danos ao equipamento, e principalmente, às pessoas envolvidas com as tarefas, inclusive com risco de acidentes fatais. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 5/40 3. APRESENTAÇÃO DE ALGUNS TÓPICOS RELATIVOS AO TRANSFORMADOR EM PEDESTAL 3.1. DEFINIÇÃO Os transformadores em pedestal são transformadores selados para uso ao tempo, utilizados como parte de um sistema de distribuição, montados sobre uma base de concreto, com compartimentos blindados para conexões de cabos de média e de baixa tensão. São comumente chamados de transformador “pad-mounted”. Nesta norma, os termos “transformador pedestal” ou simplesmente “transformador” tem o mesmo significado. 3.2. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DOS TRANSFORMADORES PEDESTAL USADOS NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DA CEB 3.2.1. Elétricas As principais características elétricas estão relacionadas na Tabela 1: Tabela 1 – Características elétricas dos transformadores Transform: 500 kVA Fabricante: TRAEL Transform: 1.000 kVA Fabricante: CEMEC Classe 15 kV Classe 15 kV Conexão: Triângulo Triângulo Tensões: Tensão: Enrolamentos Primários: Enrolamentos Secundários: 400 / 231 V 380 / 220 V Corrente Nominal: 722 (A) 1.519 (A) Conexão: Estrela Estrela 30º (Dyn1) 30º (Dyn1) 60 Hz 60 Hz 5,14 % (em 14,4 kV) 5,51 % (em 13,8 kV) Deslocamento Angular Frequência: Impedância (a 75 ºC) Obs: projetados para operar em sistema de distribuição com neutro multi-aterrado 3.2.2. Refrigeração e Isolação - Imersos em líquido isolante, sem conservador de óleo. - Refrigeração natural (a refrigeração natural é comumente identificada pela sigla: “ONAN”). 3.2.3. Construtivas O transformador é constituído basicamente por um tanque, um compartimento de entrada dos cabos de média tensão (compartimento de MT) e um compartimento de saída dos cabos de baixa tensão (compartimento de BT). Os compartimentos de Média e baixa Tensão são localizados lado a lado. Quando o transformador é visto de frente, o compartimento de MT está localizado à esquerda, e o de BT, à direita. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 6/40 Os compartimentos de Média e Baixa Tensão têm portas de acesso independentes, sendo que a porta que dá acesso ao compartimento de MT somente pode ser aberta após a abertura da porta do compartimento de BT. A Figura 1 apresenta um exemplo de transformador em pedestal: COMPARTIMENTO DE MÉDIA TENSÃO COMPARTIMENTO DE BAIXA TENSÃO Acesso externo pelo Compartimento de Baixa Tensão Figura 1 – Transformador em pedestal: Média Tensão à esquerda e Baixa Tensão à direita – Acesso pela BT Compartimento de Média Tensão O compartimento de Média Tensão abriga: - os pontos de acoplamento com as buchas primárias (de um ou dois circuitos); - os dispositivos que contém os fusíveis tipo baioneta; - a válvula de drenagem do óleo isolante; - o ponto de aterramento do compartimento de MT. Pode abrigar também outros dispositivos, como por exemplo, o indicador do nível do óleo isolante (que em algumas unidades é instalado no compartimento de BT). A Figura 2 mostra a parte superior do compartimento de MT de um transformador de 1.000 kVA, com destaque para a localização dos fusíveis tipo baioneta, e a Figura 3, a parte inferior desse compartimento, onde estão o registro para dreno do óleo isolante e o ponto de aterramento do lado da MT. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 7/40 Figura 2 - Compartimento de Média Tensão (parte superior) de um transformador de 1000 kVA Figura 3 – Detalhes do dreno do óleo e ponto de aterramento no compartimento de Média Tensão GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 8/40 Compartimento de Baixa Tensão O compartimento de Baixa Tensão abriga vários componentes (Figura 4): - os quatro terminais para ligação dos cabos secundários (“X0” para o neutro, e “X1”, “X2” e “X3” para as fases); - o termômetro indicador da temperatura do óleo isolante; - o manômetro indicador da pressão interna no tanque; - a válvula de alívio da pressão interna; - o ponto de aterramento do compartimento de BT. Pode ainda conter o indicador do nível do óleo isolante, o comutador externo de tap´s, bujão para enchimento do gás inerte, quando requisitado na especificação. DISPOSITIVO DE ALÍVIO DA PRESSÃO INTERNA INDICADOR DA PRESSÃO INTERNA INDICADOR DO NÍVEL DO ÓLEO (em alguns transformadores pode estar no cubículo de MT) BUJÃO PARA ENCHIMENTO COM GÁS INERTE COMUTADOR EXTERNO INDICADOR DA TEMPERATURA DO ÓLEO TERMINAIS BT: TERMINAIS BT: -X1 -X3 - X0 - X2 Figura 4 - Compartimento de Baixa Tensão (parte superior) de um transformador de 500 kVA Da mesma forma que ocorre no cubículo de MT, também há um ponto para aterramento no compartimento de Baixa Tensão (Figura 5). GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página PONTO DE ATERRAMENTO DO CUBÍCULO DE BT Figura 5 – Ponto de aterramento no compartimento de Baixa Tensão GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia 9/40 NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 10/40 4. PONTOS RELEVANTES DE ALGUNS COMPONENTES 4.1. MEDIDOR DE TEMPERATURA DO LÍQUIDO ISOLANTE A Figura 6 apresenta dois modelos de medidores de temperatura do óleo isolante: o da esquerda, presente no transformador de 500 kVA (da TRAEL), e o da direita, no transformador de 1.000 kVA (da CEMEC). Em ambos, os ponteiros da cor preta indicam a temperatura instantânea, e os ponteiros de cor vermelha, a temperatura máxima alcançada, sendo que a temperatura normal em regime vai até 70ºC. Para voltar os ponteiros de máxima até a posição onde se encontram os ponteiros da temperatura instantânea, deve-se passar por sobre o medidor o ímã que está preso ao mesmo pelo cordão apontado na Figura 6: Figura 6 – Medidores de temperatura do óleo isolante 4.2. MEDIDOR DE PRESSÃO INTERNA DO TANQUE Os medidores da pressão interna do tanque são mostrados na Figura 7, sendo o da esquerda, o medidor presente no transformador de 500 kVA (da TRAEL), e o da direita, no transformador de 1.000 kVA (da CEMEC). Em ambos, os ponteiros da cor preta indicam a pressão instantânea, e os ponteiros de cor vermelha, a pressão máxima alcançada. A faixa verde indica pressão normal, a amarela representa uma faixa de alerta, e a vermelha, excesso de pressão. Os valores são apresentados em “kg/cm2”. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 11/40 De modo semelhante ao medidor de temperatura, o retorno dos ponteiros de pressão máxima até a posição onde se encontram os ponteiros da pressão instantânea é feito passando-se o ímã por sobre o medidor. Figura 7 – Medidores de pressão interna do tanque 4.3. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRE-CORRENTES O transformador conta com dois dispositivos de proteção contra sobre-correntes, os fusíveis tipo baioneta e os fusíveis limitadores, que são instalados em série entre as buchas de entrada e os enrolamentos de média tensão. Os fusíveis tipo baioneta visam proteger o transformador contra defeitos externos ao mesmo (correntes de menor intensidade). Os fusíveis limitadores têm como função proteger o transformador contra defeitos internos (correntes de maior intensidade). O esquema de proteção contra sobre-correntes é apresentado na Figura 8: GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página FUSÍVEIS TIPO BAIONETA FUSÍVEIS LIMITADORES 12/40 BOBINAS PRIMÁRIAS BUCHAS DE ENTRADA DA MÉDIA TENSÃO ATUAÇÃO ESPERADA CONTRA: CURTOS EXTERNOS CURTOS INTERNOS X X Figura 8 – Esquema de proteção – Fusíveis baioneta em série com fusíveis limitadores 4.3.1. Fusíveis Tipo Baioneta O fusível tipo baioneta, também chamado de “Bay-O-Net” é um fusível de expulsão, e atua mergulhado no óleo isolante do transformador. Conforme já descrito, sua função principal é a de proteger o transformador contra sobrecorrentes oriundas de ocorrências externas ao equipamento, as quais tendem a ser de menor intensidade do que aquelas produzidas por falhas internas no próprio transformador. Basicamente há três tipos de fusível baioneta: - “Current Sensing”: são sensíveis às faltas secundárias e sobrecargas muito elevadas; - “Dual Sensing” e, - “Dual Element”. Os dois últimos tipos, além de desempenharem a mesma função do “Current Sensing”, também protegem o transformador contra excessivos aumentos de temperatura do líquido isolante, prevenindo danos aos enrolamentos devido a aquecimentos excessivos e sobrecargas de longa duração. Os transformadores tipo pedestal de 500 e 1.000 kVA adquiridos já vieram com os fusíveis baioneta e limitadores apropriados para a proteção desejada pela GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 13/40 CEB. A Tabela 2 apresenta os fusíveis baioneta constantes dos dados de placa desses transformadores: transformadores Tabela 2 – Dados dos fusíveis baioneta Transformador Fusível Baioneta Potência Fabricante Código Tipo 500 kVA TRAEL ABB-1B11145G12 – 50A (dados do anexo “B”) Dual Element Fuse Style 1.000 kVA CEMEC 4000353C14-COOPER – 65 A (dados de placa do transformador) Current Sensing Obs: Nos dados de placa, os fusíveis baioneta são identificados pela sigla “FAT1” A Figura 9 mostra o elemento fusível propriamente dito: Figura 9 – Elemento fusível O elemento fusível é colocado dentro de um cartucho, que de um lado é conectado a uma peça chamada “Fixador “ do Cartucho artucho”, e de outro, ao “Plug Terminal”, erminal”, formando o conjunto denominado como “Fixador-Cartucho-Plug” “ (Figura 10): GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página ELEMENTO FUSÍVEL CARTUCHO “TULIPA”: CONTATO INFERIOR PLUG TERMINAL 14/40 FLANGE ALARGADA: CONTATO SUPERIOR “TULIPA”: CONTATO INFERIOR FLANGE ALARGADA: CONTATO SUPERIOR FIXADOR DO CARTUCHO CARTUCHO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” Figura 10 – Componentes do “Porta Fusível” Obs: A extremidade inferior do fusível recebe o nome de “tulipa” por ser composta de pequenas “folhas” (ou lâminas) que ao final da montagem, após a colocação do “Plug Terminal”, devem ficar abertas para propiciar um bom contato elétrico. Maiores detalhes envolvidos na montagem do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” são apresentados no item 5.9. O conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” é introduzido numa peça denominada “Porta Fusível” (identificada como “A” na Figura 11), a qual está fixada na parede do tanque do transformador. A parte dessa peça que fica dentro do transformador (“A2”) permite que o elemento fusível trabalhe imerso no líquido isolante, e a parte externa da mesma (“A1”) permite que o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” seja nela travado por meio da “Argola de Travamento” (“B”): GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página “A2” Parte interna ao tanque 15/40 “A1” Parte externa ao tanque “B” Argola de travamento “A” – PORTA FUSÍVEL Anel metálico CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” Figura 11 – Porta Fusível e seu receptáculo que fica instalado no transformador A inserção do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” no “Porta Fusível” faz com que haja contato elétrico interno entre os pontos “1” e “2” desse conjunto com os pontos “3” e “4” do “Porta Fusível” (ver Figura 12). Dessa forma, fica estabelecida a continuidade elétrica entre os pontos “3” e “4” quando o fusível tipo baioneta está íntegro, sendo essa continuidade interrompida com a queima do elemento fusível. Os pontos “3” e “4” são ligados, respectivamente, ao fusível limitador (que é conectado em série com o fusível baioneta) e à bucha primária. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 16/40 PORTA FUSÍVEL “3” “4” CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” “1” “2” Figura 12 – Identificação dos pontos que possibilitam a continuidade elétrica com o fusível baioneta íntegro Quando instalados, ficam visíveis apenas a parte externa do “Porta Fusível” (detalhe “A1” da Figura 13), o anel metálico do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug”, e a alça de travamento desse conjunto (detalhe “B”) no “Porta Fusível”. ALÇA DE TRAVAMENTO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” ANEL METÁLICO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” B A1 PARTE VISÍVEL DO PORTA FUSÍVEL Figura 13 – Visão dos fusíveis baionetas já instalados 4.3.2. Fusíveis Limitadores GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 17/40 Em série com os fusíveis tipo baioneta são instalados fusíveis limitadores destinados a proteger o transformador contra defeitos internos que poderiam atingir correntes de curto-circuito extremamente levadas. A limitação da corrente de curto e da energia liberada evitam um maior dano ao transformador. Obs: A energia liberada é dada pelo “produto do quadrado da corrente pelo tempo” (“I2 x t”). A Figura 14 traz uma visão de um fusível limitador, com um corte onde se pode ver seu interior: Figura 14 – Exemplo de fusível limitador Os fusíveis limitadores são instalados dentro do transformador, entre os fusíveis tipo baioneta e as bobinas primárias, não sendo acessíveis ao operador. A Tabela 3 traz informações sobre os tipos utilizados nos transformadores de 500 kVA da TRAEL e de 1.000 kVA da CEMEC adquiridos pela CEB: Tabela 3 – Dados dos fusíveis limitadores nas placas dos transformadores Potência Fabricante Fusível Limitador 500 kVA TRAEL HI-TECH CAT Nº. HTDS242080 - 80A 1.000 kVA CEMEC 3544125M71M-COOPER-125A Obs: Nos dados de placa, os fusíveis baioneta são identificados pela sigla “FAT2” Sempre que, nas atividades desempenhadas visando recolocar o transformador em operação, concluir-se que pode ter ocorrido a queima de um ou mais fusíveis limitadores, os responsáveis pela manutenção do transformador devem ser acionados para tomar as medidas cabíveis. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 18/40 5. PROCEDIMENTOS PARA TROCA DOS FUSÍVEIS Os transformadores tipo pedestal de 500 kVA, do fornecedor TRAEL, e de 1.000 kVA, do fornecedor CEMEC, adquiridos pela CEB nos anos 2007 e 2008 não possuem chaves de seccionamento no seu corpo. Sua operação consiste basicamente na substituição dos fusíveis quando da ocorrência de queima dos mesmos. Entretanto, em razão das características dos transformadores, fontes de alimentação e tipo de circuitos envolvidos, essa substituição de fusíveis requer uma série de procedimentos que vão muito além do ato físico em si de se retirar um fusível queimado e substituí-lo por outro. 5.1. PREPARAÇÃO DO LOCAL Esse tipo de transformador é instalado ao nível do solo, em áreas sujeitas à circulação de pessoas. Ao chegar ao local, a equipe responsável deve: Munir-se dos equipamentos de proteção necessários; Isolar e sinalizar o local para evitar a aproximação de terceiros às áreas de risco; - Ao delimitar o perímetro a ser isolado, considerar que poderá ser necessário operar um bastão de manobra em posição próxima a horizontal. 5.2. INSPEÇÃO INICIAL Antes de qualquer contato com o transformador, verificar: ◙ A presença de ruídos que revelem a ocorrência de arco (ou faiscamento) dentro do transformador; ◙ Sinais de vazamento do óleo; ◙ Sinais de que o tanque possa estar abaulado. Sendo notada qualquer uma dessas situações, passar para as providências do item 5.2.1 Não sendo detectadas anomalias na inspeção realizada na parte externa do transformador, deve-se: a) Abrir os compartimentos de Baixa e de Média Tensão; b) Verificar a integridade das conexões nos respectivos pontos de aterramento (Figura 5 – BT e Figura 3 – MT); c) Verificar novamente a presença de: ◙ Ruídos que revelem a ocorrência de arco (ou faiscamento) dentro do transformador; ◙ Sinais de vazamento do óleo (no compartimento de BT, dar especial atenção a região em redor da válvula de alívio de pressão); ◙ Sinais de que o tanque possa estar abaulado. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia d) NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 19/40 Verificar ainda a: ◙ Presença de sinais na parede do tanque (trilhas ou carbonização na pintura) que indiquem ter ocorrido fuga de corrente; Sendo detectada qualquer uma dessas situações marcadas com o símbolo “◙”, passar para as providências do item 5.2.1 Obs: antes de fechar o compartimento de BT, efetuar as leituras e anotar os respectivos valores de temperatura e pressão interna (valores instantâneos e máximos) que poderão subsidiar a análise do ocorrido com o transformador (item 5.3). Anotar ainda a data e hora da realização dessas leituras. Com o auxílio dos ímãs, voltar os ponteiros de máxima até a posição dos ponteiros que estão indicando as leituras no momento. 5.2.1. Providências no caso de constatação de anomalias graves durante a inspeção inicial Atenção - Sendo detectada qualquer uma das situações marcadas com o símbolo “◙”: • Comunicar ao Centro de Operação que o transformador pode estar apresentado uma falha grave, estando sujeito a riscos de incêndio e explosão, devendo ser desenergizado imediatamente; • Enquanto se aguarda essa desenergização, a área ao redor do transformador deve permanecer isolada, e com a equipe no local para evitar a aproximação de terceiros; • As áreas responsáveis devem ser acionadas para que sejam tomadas as medidas cabíveis para o caso (por exemplo, envolvimento dos responsáveis pela manutenção do transformador, realização de testes com o “megger” de isolação, substituição do equipamento, modo alternativo para atender aos consumidores, etc.). 5.3. LEITURA DOS VALORES DE TEMPERATURA E PRESSÃO INTERNA Verificar e anotar os valores a seguir, bem como a data e hora de realização das leituras: - Temperatura instantânea; - Temperatura máxima alcançada; - Pressão instantânea; - Pressão máxima alcançada Obs: os respectivos medidores estão descritos nos itens 4.1 e 4.2. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 20/40 5.4. MEDIÇÃO DOS VALORES DE TENSÕES FASE-FASE E FASE-TERRA Medir e anotar, conforme exemplificado na Tabela 4, os valores de tensões Fase-Fase e Fase-Terra nos terminais de Baixa Tensão: Tabela 4 – Leituras de tensões nos terminais BT TENSÕES MEDIDAS (V) Tr. 500 kVA TRAEL Tr. 1.000 kVA CEMEC Tens. Nominais Tens. Nominais 400 (V) 380 (V) 231 (V) 220 (V) “X1” e “X2”: Tensões Fase-Fase: “X1” e “X3”: “X2” e “X3”: “X0” e “X1”: Tensões Fase-Terra: “X0” e “X2”: “X0” e “X3”: 5.4.1. Interpretação dos Valores das Tensões Medidas A Figura 15 representa esquematicamente as bobinas de média e baixa tensão conforme diagrama constante nos dados de placa dos transformadores: H1 Figura 15 – Representação esquemática das bobinas de MT e BT Com X1 H2 valores X2 X0 pode-se da bobinas queima H3 X3 na base nesse esquema, e nos medidos entre os terminais de BT ter uma indicação provável falha na alimentação das de MT (provável de fusíveis), conforme indicado Tabela 5: Tabela 5 – Indicação da queima de fusíveis em função das tensões medidas na BT Tensão Normal Tensões Alteradas Provável Queima de Fusível em: V X3-X0 V X1-X0 V X2-X0 H1 V X1-X0 V X2-X0 V X3-X0 H2 V X2-X0 V X3-X0 V X1-X0 H3 Por exemplo, se ao medir as tensões entre os bornes secundários e o neutro (borne “X0”), for verificado que: GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 21/40 - a tensão entre os bornes “X3” e “X0” está próxima da tensão secundária nominal; - as tensões entre os bornes “X1” e “X0”, e entre “X2” e “X0” estão alteradas, a causa provável deve ser a queima do fusível da fase “H1”. 5.4.2. Considerações importantes a respeito dos fusíveis baioneta a serem substituídos Em transformadores com as bobinas ligadas conforme esquema da Figura 15, a corrente de curto circuito na secundária é fornecida por mais de uma fase primária. Portanto, embora a Tabela 5 auxilie a identificar qual o fusível queimado, deve-se considerar que esse fusível não foi o único a sentir os efeitos da passagem da corrente de curto. Substituir apenas o fusível queimado pode significar deixar no transformador outros fusíveis que já perderam suas características originais, estando mais propensos a sofrer futuras queimas em função de eventos que seriam naturalmente suportados por fusíveis em perfeito estado. Considerando que transformadores de 500 e 1.000 kVA são normalmente destinados a atender grandes centros de carga, ou cargas especiais, é recomendável que ao ocorrer a queima de um fusível baioneta, as três unidades sejam substituídas. 5.5. TRABALHOS REALIZADOS COM TRANSFORMADOR DESENERGIZADO Os fusíveis baioneta deverão ser substituídos com o transformador “desenergizado”. O conceito de transformador “desenergizado” deve ser entendido à luz do item 10.5.1 da NR-10, transcrito a seguir: “10.5.1 Somente serão considerados desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo: a) seccionamento; b) impedimento de reenergização; c) constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.” Importante destacar que “seccionamento” (sub-item “a”) compreende não só o desligamento da alimentação elétrica, mas também, o desligamento dos demais dispositivos que fazem fronteira com a região em que será realizado o serviço. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 22/40 Adotar os seguintes passos, representados esquematicamente na Figura 16, iniciando pelo lado da “Fonte”: Lado “Fonte” - Média Tensão: - Abrir a(s) chave(s) que alimenta(m) o(s) circuito(s) primário(s); - Havendo dispositivo(s) de bloqueio (cadeado, etc.) contra operação indevida, instalá-lo(s); - No caso da alimentação ser feita por chave de transferência automática, instalar bloqueio contra o chaveamento entre as fontes; - Constatar ausência de tensão no(s) circuito(s); - Instalar aterramento(s) temporário(s); - Sinalizar a(s) chave(s) contra reenergização indevida. Obs: Caso haja mais de uma chave ao longo do circuito primário, esses procedimentos devem ser realizados na chave mais próxima do transformador. Lado “Carga” – Baixa Tensão Não havendo chave de seccionamento na saída de Baixa Tensão do transformador, devem ser tomadas medidas que impeçam a existência de tensão secundária nos terminais de BT do transformador vinda de outra fonte. É crescente o número de consumidores que vem instalando recursos próprios para garantir o suprimento de energia em situações especiais (laboratórios, centros de processamento, etc.), além da tecnologia que pretende implantar painéis solares em grandes edifícios. Uma falha no esquema de proteção pode energizar o circuito secundário da CEB, fazendo com que haja tensão da classe de 15 kV no lado primário do transformador. Portanto, no lado da BT: Caso o circuito atenda um único bloco de carga: - Abrir a chave na entrada do mesmo; - Havendo dispositivo de bloqueio, bloquear a chave; - Constatar ausência de tensão no lado da chave voltado para o transformador; - Instalar aterramento temporário; - Sinalizar impedindo o fechamento da chave; - Instalar aterramento temporário nos terminais de BT do transformador. Caso o circuito secundário se divida em outros circuitos, sem que haja uma chave de seccionamento, deve-se ao menos instalar o aterramento provisório nos terminais de BT do transformador. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página - Abrir - Bloquear contra fechamento - Bloquear contra transferência automática - Constatar ausência de tensão - Instalar aterramento temporário - Sinalizar impedindo reenergização - Abrir - Bloquear contra fechamento - Constatar ausência de tensão - Instalar aterramento temporário - Sinalizar impedindo fechamento MT Chave “1” 23/40 BT Chave “3” Fonte “1” TRANSFORM. Fonte “2” Chave “2” Energizado Sem tensão Figura 16 – Representação esquemática para “seccionamento” do transformador Obs: após o término dos serviços no transformador, deve-se efetuar os passos na ordem inversa da que foi utilizada para o “seccionamento” do transformador. 5.6. AÇÕES PRELIMINARES NO TRANSFORMADOR ANTES DA RETIRADA DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” Além das providências normais de segurança para o seccionamento do transformador (item 5.5), outras ações específicas devem ser realizadas no transformador antes da retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” do Porta Fusível. 5.6.1. Aliviar a pressão interna do tanque do transformador O líquido isolante trabalhando a temperaturas elevadas provoca a elevação da temperatura do ar e de outros gases presentes no tanque. Uma vez que o tanque é fechado, essa elevação de temperatura causa o aumento da pressão dentro do mesmo. A tentativa de retirar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” antes de se efetuar o alívio da pressão interna pode provocar uma violenta expulsão do mesmo e/ou expelir óleo isolante em altas temperaturas, com sérios riscos à integridade e à vida do operador. O alívio da pressão interna é feito por meio de dispositivo apropriado já apresentado na Figura 4, e mostrado em maior detalhe na Figura 17: GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 24/40 Figura 17 – Detalhe do dispositivo de alívio da pressão interna Procedimentos para alívio da pressão interna do tanque do transformador a) de posse do bastão de manobra apropriado, posicionar-se de modo a não ficar de frente para o dispositivo de alívio de pressão interna; b) com a ponta do bastão, puxar a argola do dispositivo de alívio de pressão para abrir a válvula, mantendo-a aberta durante todo o tempo em que os gases sob pressão estiverem sendo liberados, esperar até que o som da saída desses gases não mais possa ser ouvido e aguardar no mínimo mais 30 segundos para liberar a válvula; c) após soltar a válvula, aguardar 30 segundos; d) repetir os passos b) e c) até que ao puxar a argola da válvula, não haja mais saída de gases aquecidos. Mesmo após o alívio da pressão interna ter sido adequadamente executado, essa pressão poderá vir a se elevar novamente, pois o líquido isolante continuará a aquecer o ar dentro do tanque, sendo possível que durante a execução das próximas etapas seja necessário repetir os passos deste item para realizar novos alívios de pressão; Quanto mais elevados forem os valores de temperatura e pressão interna apontados pelos medidores, maior deve ser o cuidado em relação à temperatura e velocidade dos gases que sairão pela válvula de alívio, bem como pode ser maior a quantidade de vezes em que a válvula deva ser acionada. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 25/40 5.6.2. Verificação preliminar do nível do óleo isolante Apesar de que uma verificação mais detalhada no nível do óleo isolante deverá ser feita em etapa que será realizada mais à frente (item 5.10), é importante que se observe o nível apontado pelo mostrador apresentado na Figura 18 antes de se retirar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug”. Figura 18 – Mostrador do nível do óleo isolante A indicação de um nível próximo ou acima do “Máximo” pode significar que a retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” será acompanhada de derramamento do óleo pela abertura do “Porta Fusível”, mesmo que a pressão interna do tanque já esteja normalizada. Considerando a eventualidade de uma falha ou imprecisão desse indicador, não é recomendado que se proceda, ainda nesta etapa, a drenagem do óleo por meio do registro apropriado (apresentado na Figura 3). Essa indicação deve servir de alerta ao operador para que se previna contra esse possível derramamento, deixando preparadas as condições para realizar essa drenagem (vasilhame para recolhimento do óleo a ser drenado devidamente posicionado, cuidados para evitar a contaminação do solo) caso o derramamento se confirme durante as etapas do item 5.7. O operador deve estar atento para que o óleo, caso seja derramado, poderá estar com temperatura elevada. 5.7. RETIRADA DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” DO PORTA-FUSÍVEL INSTALADO NO TRANSFORMADOR 5.7.1. Destravar e soltar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” do “Porta Fusível” O conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” fica travado no “Porta Fusível” conforme apresentado na Figura 13, e mostrado em maiores detalhes na Figura 19, com destaque para o ponto de travamento e para a argola da alça de travamento: GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página ALÇA DE TRAVAMENTO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” 26/40 ANEL METÁLICO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” B TRAVAMENTO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” NO “PORTA FUSÍVEL” ARGOLA DA ALÇA DE TRAVAMENTO PORTA FUSÍVEL Figura 19 – Detalhe do travamento do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” no “Porta Fusível” Para substituir o elemento fusível é necessário destravar o conjunto “FixadorCartucho-Plug” do “Porta Fusível”. Procedimentos para destravar e soltar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” a) Posicionar-se de modo a não ficar de frente para o conjunto “FixadorCartucho-Plug”; b) Com o bastão de manobra, girar a alça de travamento até que o travamento seja desfeito (Figura 20): R VA RA ST DE Figura 20 – Giro para destravar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 27/40 c) Após o destravamento, e ainda com o auxílio do bastão de manobra, girar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” em 90º para eliminar possíveis aderências entre o mesmo e o Porta Fusível (Figura 21): Figura 21 – Giro do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” para eliminar aderência com o Porta Fusível d) Caso, na execução desses passos, seja notado que o conjunto “FixadorCartucho-Plug” tenda a ser expelido para fora do Porta Fusível devido à pressão interna do tanque, ou haja expulsão de óleo isolante, repetir os passos para alívio da pressão interna (item 5.6.1); e) Havendo derramamento do óleo isolante mesmo que a pressão interna esteja normalizada (derramamento por excesso de óleo no tanque), o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” deve ser novamente travado no “Porta Fusível”, realizada a adequada drenagem do excesso de óleo e efetuada a limpeza do óleo que escorreu pela parede do tanque, com especial atenção aos componentes de borracha das buchas de Média Tensão. 5.7.2. Retirar parcialmente o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” Como o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” fica parcialmente imerso no líquido isolante, sua retirada completa deve ser feita em duas etapas para possibilitar que o óleo escorra de volta ao tanque. Procedimentos para retirar parcialmente o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” a) O conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” deve ser tirado por volta de 15 a 21 cm (Figura 22); b) Aguardar no mínimo 30 segundos para permitir que o óleo volte ao tanque; c) Caso, na execução desses passos, seja notado que o óleo isolante tende a escorrer para fora do tanque, repetir os passos para alívio da pressão interna (item 5.6.1). GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 15 a 20 28/40 cm Figura 22 – Retirada parcial do conjunto “Fixador_Cartucho-Plug” para permitir o escorrimento do óleo de volta ao tanque. 5.7.3. Completar a retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” Ao completar a retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug”, o mesmo ainda estará impregnado de óleo isolante. Além do procedimento de limpeza desse conjunto, é importante que se evite que o óleo respingue sobre os terminais de borracha dos cabos de média tensão (o óleo isolante é um agente quimicamente agressivo à borracha). Procedimentos para completar a retirada do conjunto “Fixador-CartuchoPlug” a) Completar a retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug”; b) Havendo algum dispositivo (uma espécie de bandeja de metal ou plástico) onde esse conjunto possa ser depositado, deixá-lo nesse dispositivo por volta de 1 minuto para que o excesso do óleo ainda presente possa escorrer; c) Com um pano limpo, limpar de imediato todo respingo de óleo que possa ter atingido os terminais de Média Tensão, cuidando para que não fique nenhum resíduo do pano nos terminais; d) Com um pano limpo, secar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug”, cuidando para que não fique nenhum resíduo do pano no mesmo (Figura 23); e) Caso, na execução desses passos, seja notado que o óleo isolante tende a escorrer para fora do tanque, repetir os passos para alívio da pressão interna (item 5.6.1). GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 29/40 Figura 23 – Limpeza do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” 5.8. RETIRADA DO FUSÍVEL QUEIMADO E INSPEÇÃO DAS PEÇAS DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” 5.8.1. Separar o “Cartucho” do “Fixador de Cartucho” Conforme apresentado anteriormente no item 4.3.1 e Figura 10, o elemento fusível encontra-se dentro do cartucho, que, por sua vez, está unido ao “Fixador de Cartucho”. O primeiro passo consiste em separar o cartucho de seu fixador. Procedimento para separar o “Cartucho” de seu “Fixador” a) Usando uma chave de 19 mm (3/4”), separar o “Cartucho” (que contém o elemento fusível queimado) do “Fixador de Cartucho” (Figura 24). CHAVE DE 19 mm Figura 24 – Separação do “Cartucho” do “Fixador de Cartucho” GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 30/40 5.8.2. Separar o “Cartucho” do “Plug” e retirar o fusível queimado A simples separação do “Cartucho” de seu “Fixador” não permite que o elemento fusível queimado seja retirado e substituído. É necessário separar o “Cartucho” do “Plug”, também mostrado no item 4.3.1 e Figura 10. Procedimento para separar o “Cartucho” do “Plug” e retirar o fusível queimado a) Usando uma chave de 19 mm (3/4”), e uma de 13 mm (1/2”), separar o “Cartucho” do “Plug”; Figura 25 – Separação do “Cartucho” do “Plug” b) Com uma chave de fenda, ou outra ferramenta, endireitar as pontas da “tulipa” do elemento fusível (que podem estar abertas dentro do “Cartucho”), e empurrar o elemento fusível para fora do “Cartucho”. 5.8.3. Inspecionar o “Cartucho” avaliando se o mesmo pode ser reaproveitado ou deve ser substituído Antes de se proceder a instalação do novo elemento fusível, deve ser feita uma cuidadosa inspeção no cartucho avaliando se o mesmo tem condição para ser reaproveitado. A reutilização de cartucho, ou outra peça defeituosa pode impedir a atuação correta da proteção, possibilitando o surgimento de situações inseguras para o operador e a população. Procedimentos para inspecionar e avaliar o “Cartucho” a) Verificar ambas as extremidades de latão, tanto nas superfícies externas quanto internas: - Havendo apenas pequenos pontos de erosão (o que é aceitável), passar para o passo seguinte; - Havendo erosão mais acentuada em qualquer uma das extremidades de latão, o “cartucho” deve ser substituído; b) Verificar a parte isolante do “Cartucho”, tanto na superfície externa quanto interna: GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 31/40 - Havendo sinais de escurecimento ou queima do material isolante de até 13 mm (1/2”) o “Cartucho” pode ser reaproveitado; - Se os danos ultrapassarem esse limite, o “Cartucho” deve ser substituído; Atenção: se for detectada a ocorrência de derretimento de um dos terminais de latão do “Cartucho”, ou danos à parte isolante que atinjam mais da metade do comprimento da mesma, não apenas o “Cartucho”, mas também o “Fixador de Cartucho” e o “Porta Fusível” necessitam de substituição, o que só deve ser feito por uma oficina especializada. 5.9. INSTALAÇÃO DO NOVO FUSÍVEL TIPO BAIONETA E REMONTAGEM DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” 5.9.1. Importância da manutenção das características dos fusíveis O novo fusível baioneta a ser instalado deve ser do mesmo tipo, característica e capacidade do fusível que está sendo substituído: - A utilização de um fusível com capacidade superior pode comprometer a coordenação com o fusível limitador instalado dentro do transformador e/ou com outras proteções da rede. Pode também proporcionar a ocorrência de um maior dano ao transformador, com risco de incêndio ou explosão; - A utilização de fusível com capacidade inferior pode ocasionar um aumento desnecessário do número de interrupções envolvendo o transformador; - Mesmo que o novo fusível apresente a mesma capacidade em amperagem do que aquele que está sendo retirado, se não conservar as demais características, poderá estar comprometendo o nível desejado de proteção. Por exemplo, a utilização de um fusível do tipo “Fault Sensing” no lugar de um do tipo “Dual Sensing” ou “Dual Element” (ver item 4.3.1), fará com que o transformador perca a proteção do fusível baioneta quando a temperatura do óleo atingir valores indesejáveis em razão de sobrecargas elevadas de longa duração. A utilização de fusíveis diferentes dos originais somente deve ser feita após a realização dos necessários estudos por parte do órgão responsável. Informações sobre as características originais dos fusíveis As características originais dos fusíveis tipo baioneta podem ser encontradas na Tabela 2. Obs: Embora os fusíveis limitadores só devam ser substituídos em oficinas especializadas, suas características estão relacionadas na Tabela 3, apenas como uma informação complementar. Informações constantes nos dados de placa dos transformadores, a respeito da proteção GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 32/40 - Transformador de 1.000 kVA, da CEMEC: a identificação dos fusíveis consta dos dados de placa; - Transformador de 500 kVA da TRAEL: os dados de placa trazem apenas a ampacidade dos fusíveis (o detalhamento de suas características consta do Anexo B desta norma). Os próximos passos descrevem de modo mais detalhado a remontagem do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug”, conjunto esse apresentado no item 4.3.1, e as referências serão feitas aos itens da 5.9.2. Colocação do novo fusível no “Cartucho” a) Colocar o novo fusível dentro do cartucho (Figura 26 - detalhes “A” e “B”). Observações: - Pode ser percebida uma pequena resistência à introdução do cartucho; - Se necessário, as pétalas da tulipa podem ser “fechadas” ligeiramente, caso em sua posição original, haja maiores dificuldades para se colocar o fusível no cartucho. Esse pequeno “fechamento” das pétalas deve ser feito suavemente para não danificá-las, pois ao final da montagem as mesmas terão que ser “abertas” para que possam propiciar um bom contato elétrico. 5.9.3. União do “Cartucho” com o “Fixador de Cartucho” a) Colocar a ponta inferior do “Fixador de Cartucho” na parte superior do “Cartucho” (lado onde está a “Flange Alargada”) - Figura 26 – detalhe “C”; b) Rosqueá-las (torque entre 5,65 e 7,9 Nm) Obs: 1 “N.m” (“Newton.metro”) equivale a 8,86 “lbf.in” (“libra-força.polegada”). Portanto, o torque entre 5,65 e 7,9 “Nm” corresponde a um torque entre 50 e 70 “lbf.in”. 5.9.4. Finalização do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” a) Colocar o “Plug” na parte inferior do “Cartucho” - Figura 26 – detalhe “D”; b) Rosqueá-lo no “Cartucho” ( torque entre 5,65 e 7,9 Nm) O ato de rosquear o “Plug” no “Cartucho” deve fazer com que as “pétalas da tulipa” se espalhem de modo uniforme. Esse espálhamento é fundamental para o bom contato elétrico, e deve ser verificada (passo seguinte). c) Remover o ”Plug” e verificar a abertura das “pétalas da tulipa”, que devem estar como mostrado na Figura 26 – detalhe “F”; d) Se necessário, com o auxílio de uma chave de fenda, ou de outra ferramenta, abrir um pouco as “pétalas da tulipa”; e) Recolocar o “Plug” e rosqueá-lo (torque entre 5,65 e 7,9 Nm) GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 33/40 Atenção – conexões mal feitas entre o “Cartucho” e o “Plug”, e entre o “Cartucho” e o “Fixador de Cartucho” resultam em uma má conexão elétrica, resultando em dano ao conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” e ao transformador. Os passos detalhados nos itens de 5.9.2 a 5.9.4 devem ser executados cuidadosamente e na ordem em que estão propostos para assegurar um bom contato elétrico. ELEMENTO FUSÍVEL FLANGE ALARGADA: CONTATO SUPERIOR “TULIPA” FIXADOR DO CARTUCHO CARTUCHO A B VISTA MOSTRANDO AS “PÉTALAS” DA TULIPA ABERTAS (ESPALHADAS) PARA MELHOR CONTATO C F D PLUG E F Figura 26 – Remontagem do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” 5.10. VERIFICAÇÃO FINAL DO NÍVEL DO ÓLEO ISOLANTE Antes da colocação do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” no “Porta Fusível” instalado no transformador, é necessário verificar o nível mínimo do óleo isolante (eventuais problemas com excesso de óleo já devem ter sido resolvidos no item 5.7). GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 34/40 A verificação realizada anteriormente (item 5.6.2), utilizando-se apenas do indicador de nível apresentado na Figura 18, e novamente mostrado na Figura 28, pode agora ser realizada também por meio da abertura deixada no “Porta Fusível” com a retirada do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug”. O nível mínimo deve estar na altura da intersecção inferior do “Porta Fusível” com a parede do tanque do transformador, conforme mostrado na Figura 27: ATENÇÃO – Essa verificação deve ser precedida da realização de um novo alívio da pressão interna (item 5.6.1). PAREDE DO TANQUE FAIXA RECOMENDÁVEL PARA O NÍVEL DO ÓLEO NA TEMPERATURA DE 25ºC (77 ºF) MÁX. 29 mm (1,125”) MÍN. PORTA FUSÍVEL Figura 27 – Nível recomendado para o óleo isolante GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 35/40 Figura 28 – Mostrador do nível do óleo isolante com destaque para as indicações “Máximo” e “Mínimo” Níveis de óleo abaixo do mínimo podem causar uma falha na isolação interna do transformador, havendo risco de danos ao equipamento, ou até mesmo de fogo ou explosão. O transformador não deve ser religado se apresentar baixo nível de óleo. Estando o óleo abaixo do nível mínimo, o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” deve ser reinstalado (item 5.11) para evitar a penetração de poeira e outras impurezas no tanque, e os responsáveis pela manutenção do transformador devem ser acionados para completar o nível do fluido isolante antes que o transformador volte a operar. Observação: As indicações dos níveis “Máximo” e “Mínimo” para o nível do óleo isolante têm como referência a temperatura de 25 ºC. Esse valor (25 ºC), via de regra, está muito mais próximo da temperatura ambiente do que daquela encontrada no óleo isolante de um transformador que até poucos instantes vinha operando normalmente (os dados de placa dos transformadores apontam que em condições normais de operação, a sobre-elevação da temperatura do óleo pode chegar a 50 ºC, isto é, 50 ºC acima da temperatura ambiente). Entretanto, considerando-se que o fator de expansão do óleo em função da temperatura não é muito significativo, as indicações do nível do fluido isolante, mesmo que em temperaturas mais elevadas do que a 25 ºC, ainda podem ser levadas em conta para se estimar se há excesso ou falta de óleo no transformador. Cuidado especial deve ser tomado quando a temperatura do óleo estiver bastante elevada e o nível do óleo estiver próximo do nível mínimo, o que pode significar a necessidade de complementação do fluído isolante. GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 36/40 5.11. REINSTALAÇÃO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” NO “PORTA FUSÍVEL” a) Realizar novamente, e quantas vezes forem necessárias, todo o ciclo de alívio de pressão indicado no item 5.6.1; b) Com o auxílio do bastão de manobra, colocar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” no “Porta Fusível”; c) Girar a alça de travamento de modo a travar o conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” no “Porta Fusível” e fazer com que o anel metálico do conjunto fique firmemente aderido ao “Porta Fusível”, recompondo a situação mostrada na Figura 19 e novamente apresentada na Figura 29. ALÇA DE TRAVAMENTO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” ANEL METÁLICO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” B TRAVAMENTO DO CONJUNTO “FIXADOR-CARTUCHO-PLUG” NO “PORTA FUSÍVEL” ARGOLA DA ALÇA DE TRAVAMENTO PORTA FUSÍVEL Figura 29 – Detalhe do travamento do conjunto “Fixador-Cartucho-Plug” no “Porta Fusível” 5.12. PROCEDIMENTOS FINAIS NO TRANSFORMADOR a) Limpar cuidadosamente todo óleo que possa ter sido derramado; Esse passo é importante não apenas para evitar o ataque do óleo à borracha dos terminais de Média Tensão e à pintura da chapa do tanque, mas também para não confundir o operador que for acessar o transformador numa ocasião futura, o qual poderá interpretar uma mancha de óleo fruto de uma limpeza mal feita como sendo conseqüência de um vazamento ocorrido durante o funcionamento do transformador. b) Utilizando os ímãs afixados nos medidores de pressão e temperatura, retornar os ponteiros de indicação dos valores máximos até a posição dos ponteiros indicadores dos valores instantâneos; c) Retirar os aterramentos temporários; d) Utilizando o “megger de isolação”, testar a isolação das bobinas de MT entre si, e entre as mesmas e a terra; repetir para as bobinas de BT. Encontrando valores GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página 37/40 abaixo dos mínimos aceitos pela CEB, não reenergizar o transformador e acionar os responsáveis pela manutenção do mesmo; e) Com as medições apresentando valores dentro dos limites considerados seguros pela CEB, solicitar a reenergização da fonte de alimentação do transformador, permanecendo a uma distância de alguns metros do mesmo; f) Após a reenergização, verificar a presença de algum sinal de anomalia (ruídos estranhos, vibração excessiva, vazamentos, etc.); - Sendo detectado qualquer sinal de anormalidade, solicitar a imediata desenergização do(s) circuito(s) que atende(m) o transformador, juntamente com todas as precauções para evitar o religamento ou transferência acidental da(s) fonte(s) de energia; reinstalar os aterramentos temporários; - Rever todos os procedimentos adotados; - Detectando alguma falha em algum procedimento realizado, corrigi-la e repetir o processo de tentativa de recolocação do transformador em serviço; - Persistindo o problema, repetir a solicitação de desenergização e acionar os responsáveis pela manutenção do transformados. g) Não sendo detectada nenhuma anormalidade, medir as tensões F-F e F-N nos terminais secundários, para constatar a adequação das mesmas aos valores esperados de tensões secundárias para o transformador; h) Fechar o compartimento de Média Tensão e trancar o de Baixa Tensão; i) Retirar as sinalizações de segurança (cones, fitas, etc.). GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página ANEXO A DADOS DE PLACA DOS TRANSFORMADORES TRANSFORMADOR DE 500 kVA – FABRICANTE “TRAEL” GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia 38/40 NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página TRANSFORMADOR DE 1.000 kVA – FABRICANTE “CEMEC” GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia 39/40 NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD – 4.31 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICAS DA CEB DISTRIBUIÇÃO Página ANEXO B PROTEÇÃO DO TRANSFORMADOR DE 500 kVA INFORMAÇÕES DO FABRICANTE TRAEL GRNT – Gerência de Normatização e Tecnologia 40/40