Dietoterapia aplicada na HAS
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Dietoterapia aplicada na HAS
I SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UFPB INTEGRAÇÃO DAS CIÊNCIAS BÁSICAS COM A CLÍNICA COM INTERDISCIPLINARIDADE Módulo Hipertensão Arterial Dietoterapia aplicada na HAS Rafaella Cristhine Pordeus de Lima Concluinte do mestrado em Ciências da Nutrição UFPB Especialista em Nutrição Clínica UGF-RJ Inflamação vascular Consumo excessivo de sódio Excesso de peso Consumo alcoólico em excesso Baixas ingestões de K, Mg e Ca Elevação da pressão arterial sistólica e/ou diastólica Sedentarismo Estresse (Mahan; Escott-Stump, 2010) RESTRIÇÃO DIETÉTICA DE SÓDIO EDUCAÇÃO NUTRICIONAL ADOTAR PLANO ALIMENTAR DASH REDUÇÃO DO PESO MODERAÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL (Appel et al., 2006) A dieta habitual contém de 10 a 12 g/dia de sal Cerca de 2 vezes mais que o recomendado (6g/dia) CONSUMO DE SAL Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 Estimativa de consumo de sódio pela população brasileira Quantidade diária de sódio disponível para consumo nos domicílios brasileiros foi de 4,5 g por pessoa Consumo de sódio excede largamente a recomendação máxima em todas as macrorregiões brasileiras e em todas as classes de renda 11,43g de sal (Mahan; Escott-Stump, 2010; V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial; Sarno et al., 2008) Possibilidade de prevenir a elevação da pressão arterial Redução da pressão arterial Menor prevalência de complicações cardiovasculares Regressão de hipertrofia miocárdica Menor incremento da pressão arterial com o envelhecimento (V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial) 4 colheres de café rasas de sal = 4 g 6 g de sal/dia = 2400mg de sódio RECOMENDAÇÃO 2 g de sal (próprio dos alimentos) HAS e nefropatia ≤ 5g (2000mg de Na) (Mahan; Escott-Stump, 2010; V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial) AI 1,5g de sódio (Institute of Medicine, 2004) 3,8g de sal Indivíduos com consumo de sódio de 1500mg/dia tiveram maiores benefícios na PA do que aqueles com maior ingestão (Appel et al., 1997) ADESÃO!! O uso de cloreto de potássio em lugar do sal, como forma de redução do consumo de sódio ou suplementação de potássio, pode ser recomendado, porém é absolutamente contra-indicado em pacientes com risco de hiperpotassemia (Appel et al., 2006) Sal com Reduzido Teor de Sódio 66% menos Sódio Ingredientes: Cloreto de potássio, cloreto de sódio, antiumectante fosfato tricálcico, iodato de potássio Sacarina sódica e ciclamato de sódio Contra-indicado para hipertensos! Leitura dos rótulos!!! Versão ZERO Rotulagem!!! 2,5g de sal 1,91g de sal 1 potinho de 33 g 3012mg de sódio 7,65 g de sal Fonte: http://www.cidademarketing.com.br/2009/n/3144/proteste-pede-ao-conar-retirada-de-publicidade-do-ar-.html (V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial) DIETA DASH Redução nos valores da pressão arterial Pobre em gordura total, saturada e colesterol Rica em frutas e verduras fibras Rica em laticínios com baixo teor de gordura potássio Rica em grãos integrais cálcio Pobre em carne vermelha Nozes, sementes, vagens Pobre em doces magnésio (V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, Vitolo, 2008) Potássio Aumenta os benefícios juntamente com a dieta hipossódica Pressão arterial Grãos e cereais Hortaliças Vegetais folhosos Frutas Feijão Beterraba Almeirão Amora Grão de bico Batata Couve-de-bruxelas Abacate Ervilha fresca Rabanete Couve-manteiga Banana Ervilha seca Mandioca Chicória Cereja crua Aveia Cenoura Espinafre Melão Germe de trigo Cará Maracujá Salsa Quantidade de potássio maior que 300 mg em 100g de alimento. Fonte: Sistema Brand Brasil de Dietoterapia, 1996. (Cuppari, 2006) Não é necessária suplementação, pois, essa recomendação pode ser alcançada mediante maior consumo de alimentos ricos em potássio como frutas, leguminosas e vegetais; Plano DASH Taxa de filtração glomerular < 60 ml/min: <4,7 g/dia pelos riscos de hiperpotassemia. População saudável com função renal normal: >= 4,7 g/dia, excesso excretado pelos rins. (V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial; Appel et al., 2006) Efeito favorável em relação à redução da pressão arterial e de acidente vascular cerebral Dados suficientes para recomendar suplementação de Ca ou Mg como medida para baixar a PA, se não houver hipocalcemia ou hipomagnesemia Suplementação de cálcio excedendo 1 g/dia pode aumentar o risco de litíase renal (V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial) Dietas vegetarianas podem ocasionar discreta redução na pressão arterial sistólica em hipertensos leves O estilo de vida vegetariano com atividade física regular, controle de peso, aumento do consumo de potássio e baixa ingestão de álcool e a dieta em si, rica em fibras, pode ser favorável na redução do risco cardiovascular (Appel et al., 2006; Whelton et al., 2005; V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial) O efeito pode ser direto ou inverso dependendo do tipo de gordura consumida Gordura saturada Efeito direto na PA, porém os dados são inconclusivos Ômega 6 Ômega 3 Gordura MONOINS Efeito inverso na PA, porém os dados são inconclusivos Efeito inverso na PA com dados convincentes Evidências sugestivas, necessários mais estudos Eleva a PA Uma das causas de resistência terapêutica anti-hipertensiva Aos pacientes que não se enquadrarem nesses limites de consumo, sugere-se o abandono (V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial) Risco de desenvolver HAS é de 2 a 6 vezes maior nos indivíduos acima do peso Manter o peso corporal normal IMC = 18,5-24,9 Kg/m2 Dieta equilibrada Atividade física (aeróbica) 30min/dia na maior parte dos dias da semana (Appel et al., 2006; V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial) Efeitos de fatores dietéticos e padrões alimentares na PA: um resumo de evidências (Appel et al., 2006; http://hyper.ahajournals.org/) Appel LJ, Brands MW, Daniels SR, Karanja N, Elmer PJ, Sacks FM. Dietary Approaches to Prevent and Treat Hypertension: A Scientific Statement From the American Heart Association. Hypertension 2006;47:296-308. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 89, n. 3, Sept. 2007. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066782X2007001500012&lng=en&nrm=iso>. access on 22 Sept. 2010. doi: 10.1590/S0066782X2007001500012. IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 88, Suplemento I, Abril 2007. CUPPARI, C. Nutrição Clínica no Adulto - Série Guias de Medicina UNIFESP. 2ed. São Paulo: Manole; 2006. VÍTOLO, M. R. . Nutrição da Gestação ao Envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUM, S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12ed. São Paulo: Elsevier; 2010. Appel LJ et al. A clinical trial of the effects of dietary patterns on blood pressure. N Engl J Med 336: 1117, 1997. Institute of Medicine. Dietary reference intakes: water, potassium, sodium chloride and sulfate, ed 1, Washington, DS, 2004, National Academies Press. Whelton SP, Hyre AD, Pedersen B, Yi Y, Whelton PK, He J. Effect of dietary fiber intake on blood pressure: a meta-analysis of randomised control led trials. J Hypertens 2005;23:475. e-mail: [email protected]