AVG/Minerminas

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AVG/Minerminas
NI 43-101 Technical Report on Resources
MMX Mineração e Metálicos S.A.
AVG/Minerminas
Brasil
Preparado para:
MMX Mineração e Metálicos S.A.
Avenida Prudente de Morais, 1250
Belo Horizonte, Minas Gerais
Brasil
SRK Projeto Número: 162705
Preparado por:
7175 W. Jefferson Avenue, Suite 3000
Lakewood, CO 80235
Data Efetiva: 31 de Dezembro de 2008
Data do Relatório: 27 de Março de 2009
Contribuintes:
George Borinski, Geólogo
Afrânio Franco Machado, MSc.
Dorinda Bair, BS Geology
Bret Swanson, AusIMM
Responsável (QP)
Leah Mach, CPG, MSc
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AVG/Minerminas Mines
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Technical Report on Resources
Índice
INTRODUÇÃO (ITEM 4)................................................................................................. 1-1
1.1
Termos de Referência e Objetivo deste Relatório ................................................... 1-1
1.2
Da Confiabilidade em Outros Especialistas (Item 5)............................................... 1-1
1.2.1
Fontes das Informações ............................................................................ 1-2
1.3
Qualificações dos Consultores (SRK)..................................................................... 1-2
1.3.1
Visita ao local .......................................................................................... 1-3
1.4
Unidades Utilizadas ............................................................................................... 1-3
1.5
Data-efetiva ........................................................................................................... 1-3
2
DESCRIÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE (ÍTEM 6)................................... 2-4
2.1
Localização da Mineração ...................................................................................... 2-4
2.2
Direitos Minerários ................................................................................................ 2-4
2.3
Situação Legal ....................................................................................................... 2-5
2.4
Localização da Mineralização ................................................................................ 2-5
2.5
Direitos, Acordos e Outros..................................................................................... 2-5
2.6
Licenciamento Ambiental e Potenciais Passivos..................................................... 2-6
2.6.1
Responsabilidade Ambiental .................................................................... 2-6
2.6.2
Passivos Ambientais em Potencial............................................................ 2-7
2.6.3
Licenças requeridas e Status..................................................................... 2-7
2.6.4
Processos de Licenciamento Ambiental.................................................... 2-8
2.6.5
Avaliação de Conformidade ..................................................................... 2-9
3
ACESSIBILIDADE, CLIMA, RECURSOS LOCAIS, INFRA-ESTRUTURA E
FISIOGRAFIA............................................................................................................................ 3-13
3.1
Topografia, Altitude e Vegetação ......................................................................... 3-13
3.2
Clima e Duração da Estação de Operação............................................................. 3-13
3.3
Fisiografia............................................................................................................ 3-13
3.4
Acesso à Propriedade ........................................................................................... 3-14
3.5
Direitos Imobiliários ............................................................................................ 3-14
3.6
Recursos Locais e infra-estrutura ......................................................................... 3-14
3.6.1
Acesso Rodoviário e Transporte............................................................. 3-14
3.6.2
Fornecimento de Energia........................................................................ 3-14
3.6.3
Fornecimento de Água ........................................................................... 3-15
3.6.4
Porto ...................................................................................................... 3-15
3.6.5
Construção e Instalações de Apoio ......................................................... 3-15
3.6.6
Mão de Obra .......................................................................................... 3-15
4
HISTÓRICO (ITEM 8).................................................................................................... 4-17
4.1
A propriedade ...................................................................................................... 4-17
4.2
Desenvolvimento e Pesquisas............................................................................... 4-17
4.3
Histórico dos Recursos Minerais e Estimativa de Reservas................................... 4-18
4.4
Dados Históricos de Produção.............................................................................. 4-18
5
AMBIENTE GEOLÓGICO (ITEM 9)............................................................................. 5-20
5.1
Geologia Regional ............................................................................................... 5-20
5.1.1
Estruturas Regionais............................................................................... 5-20
5.2
Geologia Local..................................................................................................... 5-23
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5.2.1
Litologia Local....................................................................................... 5-23
5.2.2
Alteração................................................................................................ 5-24
5.2.3
Estrutura ................................................................................................ 5-24
5.2.4
Metamorfismo........................................................................................ 5-24
5.3
Geologia na Área do Projeto ................................................................................ 5-24
TIPO DE DEPÓSITO (ITEM 10) ...................................................................................... 6-1
MINERALIZAÇÃO (ITEM 11) ........................................................................................ 7-1
7.1
Zona Mineralizadas................................................................................................ 7-1
7.2
Tipos de Rochas no Entorno................................................................................... 7-2
7.3
Controle Geológico Relevante................................................................................ 7-2
7.4
Tipo, Caráter e Distribuição da Mineralização........................................................ 7-2
PESQUISA (ITEM 12)...................................................................................................... 8-1
8.1
Sondagem .............................................................................................................. 8-1
8.2
Amostras de canal .................................................................................................. 8-1
8.3
Mapeamento local.................................................................................................. 8-1
8.4
Interpretação .......................................................................................................... 8-1
SONDAGEM (ITEM 13) .................................................................................................. 9-1
9.1
Tipo de sondagem e Duração ................................................................................. 9-1
9.1.1
Procedimentos.......................................................................................... 9-1
9.2
Resultados.............................................................................................................. 9-1
MÉTODO DE AMOSTRAGEM E AVALIAÇÃO (ITEM 14) ........................................ 10-4
10.1 Sondagem ............................................................................................................ 10-4
10.1.1 Descrição e Amostragem........................................................................ 10-4
10.1.2 Fatores impactantes na precisão dos resultados....................................... 10-4
PREPARAÇÃO DE AMOSTRA, ANÁLISES E SEGURANÇA (ITEM 15)................ 11-1
11.1 Preparação de Amostra......................................................................................... 11-1
11.1.1 Laboratório da AVG............................................................................... 11-1
11.1.2 Laboratório da MMX-Corumbá.............................................................. 11-1
11.1.3 Laboratório da SGS................................................................................ 11-2
11.2 Análise de Amostra.............................................................................................. 11-2
11.2.1 Laboratório da AVG............................................................................... 11-2
11.2.2 Laboratório da MMX-Corumbá.............................................................. 11-2
11.2.3 Laboratório da SGS................................................................................ 11-3
11.3 Laboratório Interno de QA/QC (Controle de Qualidade e Garantia de Qualidade) 11-4
11.3.1 Laboratório da AVG............................................................................... 11-4
11.3.2 Laboratório da MMX-Corumbá.............................................................. 11-4
11.3.3 Laboratório da SGS................................................................................ 11-4
11.4 Controle de Qualidade e Garantia de Qualidade da MMX .................................... 11-4
11.5 Interpretação ........................................................................................................ 11-7
VERIFICAÇÃO DOS DADOS (ITEM 16) ..................................................................... 12-1
12.1 Métodos e procedimentos de controle da qualidade .............................................. 12-1
12.2 Limitações ........................................................................................................... 12-1
PROPRIEDADES ADJACENTES (ITEM 17) ................................................................ 13-1
PROCESSAMENTO MINERAL E TESTES DE METALURGIA (ITEM 18) ................ 14-1
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14.1
Processamento Mineral/Análise de testes de Metalurgia....................................... 14-1
14.1.1 Procedimentos........................................................................................ 14-1
14.1.2 Resultados.............................................................................................. 14-2
15
ESTIMATIVA DE RECURSOS MINERAIS (ITEM 19) ................................................ 15-1
15.1 Estimativa de Recursos ........................................................................................ 15-1
15.1.1 Banco de dados dos furos de sonda ........................................................ 15-1
15.1.2 Geologia ................................................................................................ 15-2
15.1.3 Compostas ............................................................................................. 15-4
15.1.4 Estatísticas das Compostas ..................................................................... 15-6
15.1.5 Análise e Modelagem do Variograma..................................................... 15-6
15.1.6 Estimativa de teor................................................................................... 15-7
15.1.7 Modelo de Validação ............................................................................. 15-8
15.1.8 Classificação de Recursos .................................................................... 15-10
15.1.9 Sensibilidade do Recurso Mineral ........................................................ 15-10
15.1.10 Sensibilidade do Recurso Mineral ........................................................ 15-12
15.1.11 Potencial Mineral ................................................................................. 15-14
16
OUTROS DADOS E INFORMAÇÕES RELEVANTES (ITEM 20) ............................... 16-1
17
REQUERIMENTOS ADICIONAIS PARA DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE
EMPREENDIMENTOS (ITEM 25)............................................................................................ 17-1
17.1 Operações de Lavra.............................................................................................. 17-1
17.1.1 Equipamento da Mina ............................................................................ 17-1
17.1.2 Operações de Lavra Relacionadas .......................................................... 17-2
17.1.3 Barragem de Rejeitos ............................................................................. 17-3
17.1.4 Pilhas de Estéril...................................................................................... 17-3
17.2 Processamento ..................................................................................................... 17-3
17.2.1 Usina de Beneficiamento da AVG.......................................................... 17-3
17.2.2 Usina de beneficiamento da Minerminas ................................................ 17-4
17.3 Mercados ............................................................................................................. 17-4
17.4 Contratos ............................................................................................................. 17-5
17.5 Considerações e Licenças Ambientais .................................................................. 17-5
17.5.1 Cauções.................................................................................................. 17-5
17.5.2 Remediação............................................................................................ 17-5
17.5.3 Recuperação........................................................................................... 17-5
17.6 Taxas e Royalties ................................................................................................. 17-5
17.7 Custos Operacionais............................................................................................. 17-6
17.7.1 Mineração .............................................................................................. 17-6
17.7.2 Processamento ....................................................................................... 17-6
17.7.3 Custos de Venda e Transporte ................................................................ 17-6
17.7.4 Custos Operacionais Administrativos e Gerais (G&A) ........................... 17-7
17.8 Custos Capital...................................................................................................... 17-8
17.8.1 Lavra...................................................................................................... 17-8
17.8.2 Processamento e Infraestrutura............................................................... 17-9
18
INTERPRETAÇÃO E CONCLUSÕES (ITEM 21) ....................................................... 18-14
18.1 Pesquisa ............................................................................................................. 18-14
18.2 Dados Analíticos e de Testes.............................................................................. 18-14
18.3 Estimativa de Recursos ...................................................................................... 18-14
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18.4 Lavra ................................................................................................................. 18-14
RECOMENDAÇÕES (ITEM 22) .................................................................................... 19-1
19.1 Dados de QA/QC e Analíticos.............................................................................. 19-1
19.2 Estimativa de Recursos ........................................................................................ 19-1
19.3 Lavra ................................................................................................................... 19-1
REFERÊNCIAS (ITEM 23) ............................................................................................ 20-1
GLOSSÁRIO .................................................................................................................. 21-1
21.1 Recursos Minerais e Reservas .............................................................................. 21-1
21.1.1 Recursos Minerais.................................................................................. 21-1
21.1.2 Reservas Minerais .................................................................................. 21-2
21.2 Glossário.............................................................................................................. 21-3
Lista das Tabelas
TABELA 1: PERFURAÇÃO NA MINA AVG/MINERMINAS....................................................................II
TABELA 1.3.1: PROFISSIONAIS-CHAVE DA SRK PARA ESTE PROJETO ........................................ 1-3
TABELA 2.2.1: ACORDO AVG/MINERMINAS – DIREITOS MINERÁRIOS........................................ 2-5
TABELA 2.5.1.2: COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS E OBRIGAÇÕES EM OPERAÇÕES
BRASILEIRAS DE MINERAÇÃO............................................................................................................ 2-6
TABELA 2.6.3.1: COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS E OBRIGAÇÕES DOS DETENTORES DE
ALVARÁ DE PESQUISA MINERAL ....................................................................................................... 2-7
TABELA 2.6.4.1: ETAPAS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA PROJETOS DE MINERAÇÃO
NO BRASIL .............................................................................................................................................. 2-8
TABELA 2.6.4.2: LICENÇAS AMBIENTAIS NA MINA DE AVG/MINERMINAS ................................ 2-9
TABELA 2.6.4.3: LICENÇAS AMBIENTAIS NA MINA AVG/MINERMINAS ...................................... 2-9
TABELA 4.4.1: DADOS HISTÓRICOS DE PRODUÇÃO DE PLANTA E DA MINA DA AVG............ 4-18
TABELA 4.4.2: DADOS HISTÓRICOS DE PRODUÇÃO DA PLANTA E DA MINA DA MINERMINAS4-19
TABELA 9.1.1: SONDAGEM NA MINA AVG/MINERMINAS............................................................... 9-1
TABELA 11.2.2.1: LIMITES DE DETECÇÃO DE ANÁLISE DE MINÉRIO DE FERRO...................... 11-3
TABELA 11.4.1: ANÁLISE DE GRANULOMETRIA, SGS E MMX-CORUMBÁ ................................. 11-5
TABELA 14.1.2.1: ITABIRITO FRIÁVEL – RESULTADO DO TRABALHO DE TESTE-PILOTO..... 14-2
TABELA 14.1.2.1: ITABIRITO FRIÁVEL – RESULTADO DO TRABALHO DE TESTE-PILOTO
(CONT.)................................................................................................................................................... 14-3
TABELA 14.1.2.2: ALIMENTAÇÃO DO SINTER “GROSSO” DA MINA AVG - DETERMINAÇÕES DA
GRANULOMETRIA E QUÍMICA .......................................................................................................... 14-3
TABELA 14.1.2.3: ALIMENTAÇÃO DO SINTER “GROSSO” DA AVG- ANÁLISE QUÍMICA NO
TESTE DA ESTRATIFICAÇÃO ............................................................................................................. 14-4
TABELA 14.1.2.4: ALIMENTAÇÃO DO SINTER “GROSSO” DA AVG – CONDIÇÕES DO TESTE DE
JIGAGEM DINÂMICA ........................................................................................................................... 14-4
TABELA 14.1.2.5: ALIMENTAÇÃO DO SINTER “GROSSO” DA AVG – BALANÇO METALÚRGICO14-4
TABELA 14.1.2.6: ITABIRITO COMPACTO - AMOSTRA 1 - CARACTERÍSTICAS, COMPOSIÇÃO
QUÍMICA................................................................................................................................................ 14-5
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TABELA 14.1.2.7: ITABIRITO COMPACTO - AMOSTRA 1 - CARACTERÍSTICAS, COMPOSIÇÃO
MINERALÓGICA ................................................................................................................................... 14-5
TABELA 14.1.2.8: ITABIRITO COMPACTO - AMOSTRA 1 - CARACTERÍSTICAS, DISTRIBUIÇÃO
GRANLOMÉTRICA ............................................................................................................................... 14-6
TABELA 14.1.2.9: ITABIRITO COMPACTO - AMOSTRA 1 - DETERMINAÇÕES DO ÍNDICE DE
TRABALHO............................................................................................................................................ 14-6
TABELA 14.1.2.10: ITABIRITO COMPACTO - AMOSTRA 1 - BALANÇO METALÚRGICO............ 14-7
TABELA 15.1.1.1: ANÁLISE GRANULOMÉTRICA, SGS E MMX-CORUMBÁ................................. 15-1
TABELA 15.1.1.2: ESTATÍSTICA BÁSICA DOS ENSAIOS GLOBAIS............................................... 15-2
TABELA 15.1.2.1 .1: ESTATÍSTICAS BÁSICAS DAS VARIÁVEIS DO METAL POR LITOTIPOS
USADOS NA ESTIMATIVA DE TEOR.................................................................................................. 15-4
TABELA 15.1.3.1: ESTATÍSTICAS DAS COMPOSTAS ....................................................................... 15-5
TABELA 15.1.4.1: DENSIDADE DOS LITOTIPOS ............................................................................... 15-6
TABELA 15.1.5.1: PARAMETROS DOS VARIOGRAMAS.................................................................. 15-6
TABELA 15.1.6.1: DIMENSÕES E ORIGEM DO MODELO DE BLOCO ............................................ 15-7
TABELA 15.1.6.2: PARÂMETROS DA ESTIMATIVA......................................................................... 15-7
TABELA 15.1.7.1: ESTATÍSTICAS BÁSICAS DOS BLOCOS ............................................................. 15-9
TABELA 15.1.8.1: CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DO AVG/MINERMINAS .............................. 15-10
TABELA: 15.1.9.1: DECLARAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS DE AVG/MINERMINAS, ATÉ A
DATA DEZEMBRO DE 31, 2008.......................................................................................................... 15-11
TABELA 15.1.10.1: TEORES E TONELADAS MEDIDAS E INDICADAS POR “CUT OFF” DE FE. 15-12
GRÁFICO 1: CURVA DE TEORES E TONELAGEM, MEDIDO E INDICADO................................. 15-12
TABELA 15.1.10.1: TEOR E TONELAGEM, MATERIAL INFERIDO E “CUT OFF “ DE FE. .......... 15-13
GRÁFICO 2: CURVA DE TEOR E TONELAGEM - INFERIDO.......................................................... 15-13
TABELA 17.1.1.1: FROTA DOS EQUIPAMENTOS EXISTENTES NA MINA ..................................... 17-1
TABELA 17.1.1.2: FROTA DE EQUIPAMENTOS DA CONTRATADA .............................................. 17-2
TABELA 17.1.2.1: EQUIPAMENTOS PARA OPERAÇÕES RELACIONADAS À LAVRA DA MMX. 17-2
TABELA 17.1.2.2: EQUIPAMENTO AUXILIAR DA MINA. EMPREITEIRO (SEMPRE VIVA).......... 17-2
TABELA 17.2.1.3: PRODUÇÃO HISTÓRICA, USINA DE BENEFICIAMENTO DA MINERMINAS.. 17-3
TABELA 17.2.2.1: PRODUÇÃO HISTÓRICA, USINA DE BENEFICIAMENTO DA MINERMINAS.. 17-4
TABELA 17.7.1.1: CUSTOS DE OPERAÇÃO DE LAVRA.................................................................... 17-6
TABELA 17.7.2.1: CUSTOS DE PROCESSAMENTO ORÇADO E PROJETADO ................................ 17-6
TABELA 17.7.3.1: PRODUTO PROJETADO E MARKET MIX ............................................................ 17-7
TABELA 17.7.4.1: G&A LOCAL DA AVG/MINERMINAS................................................................... 17-8
TABELA 17.7.4.2: G&A CORPORATIVO ............................................................................................. 17-8
TABELA 21.2.1: GLOSSÁRIO............................................................................................................... 21-3
TABELA 21.2.2: ABREVIATURAS ....................................................................................................... 21-4
Lista das Figuras
FIGURE 2-1: MAPA DE LOCALIZAÇÃO GERAL DO PROJETO ........................................................ 2-10
FIGURA 2-2: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DO “SITE” DO DO PROJETO ........................................... 2-11
FIGURA 2-3: DIREITOS MINERÁRIOS PROJETO MINERMINAS ..................................................... 2-12
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FIGURA 3-1: FOTOGRAFIA AÉREA DO PROJETO - LAYOUT DO SITE ........................................ 3-16
FIGURA 5-1: COLUNA ESTRATIGRÁFICA DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO ............................. 5-26
FIGURA 5-2: CRATON SÃO FRANCISCO CRATON NO QUADRILÁTERO FERRÍFERO ................ 5-27
FIGURA 5-3: LOCALIZAÇÃO DO PROJETO NO CRATON DO SÃO FRANCISCO......................... 5-28
FIGURA 5-4: PRINCIPAIS ESTRUTURAS NA ÁREA DA MINA DA AVG/MINERMINAS .............. 5-29
FIGURA 5-5: SEÇÕES GEOLÓGICAS PROPOSTAS PARA A REGIÃO DA SERRA DO CURRAL .. 5-30
FIGURA 5-6: MAPA GEOLÓGICO DA MINA AVG / MINERMINAS................................................. 5-31
FIGURA 5-7: SEÇÕES NORTE-SUL AO LONGO DA MINA AVG / MINERMINAS.......................... 5-32
FIGURA 7-1: CORTE DE DOBRA ESTREITA DE VEIOS DE QUARTZO EM ITABIRITO
CARBONÁTICO FRIÁVEL ...................................................................................................................... 7-4
FIGURA 7-2: ITABIRITO COMPACTO COM ZONA DE TRANSIÇÃO PARA O ITABIRITO FRIÁVEL7-5
FIGURA 7-3: CONTATO ENTRE ITABIRITOS COMPACTO E FRIÁVEL ........................................... 7-6
FIGURA 7-4: VEIO DE HEMATITA DISCORDANTE ........................................................................... 7-7
FIGURA 7-5: PEQUENOS VEIOS IRREGULARES DE HEMATITA EM ITABIRITO COMPACTO .... 7-8
FIGURA 7-6: ITABIRITO SILICOSO ...................................................................................................... 7-9
FIGURA 9-1: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DE FURO ............................................................................. 9-3
FIGURA 11-1: DISPERSÃO DAS ANÁLISES FE DOS LABORATÓRIOS DA SGS E MMX CORUMBÁ.
FE GLOBAL CALCULADO VERSUS FE GLOBAL CALCULADO ..................................................... 11-8
FIGURA 11-2: GRÁFICOS MOSTRANDO FECHAMENTO QUÍMICO DAS ANÁLISES SGS............ 11-9
FIGURA 11-3: GRÁFICOS MOSTRANDO FECHAMENTO QUÍMICO DAS ANÁLISES MMX
CORUMBÁ ........................................................................................................................................... 11-10
FIGURA 14-1: CIRCUITO ATUAL - ITABIRITO FRIÁVEL - CONCENTRAÇÃO UTILIZANDO
WHIMS ................................................................................................................................................... 14-9
FIGURA 14-2: ITABIRITO FRIÁVEL - CIRCUITO 1 - LIMS + WHIMS............................................ 14-10
FIGURA 14-3: ITABIRITO FRIÁVEL - CIRCUITO 2 - ESPIRAIS + WHIMS .................................... 14-11
FIGURA 14-4: ITABIRITO COMPACTO – TESTE DE BANCADA ................................................... 14-12
FIGURA 14-5: ITABIRITO COMPACTO –TESTE PILOTO ............................................................... 14-13
FIGURA 14-6: AVG SINTER FEED “COARSE” - QUALIDADE QUÍMICA VERSUS TESTE DE
RENDIMENTO ..................................................................................................................................... 14-14
FIGURA 14-7: ITABIRITO COMPACTO – BALANÇO METALÚRGICO DO TESTE DE BANCADA14-15
FIGURA 14-8: ITABIRITO COMPACTO– TESTE PILOTO – FLUXOGRAMA COM BALANÇO
METALÚRGICO................................................................................................................................... 14-16
FIGURA 15-1: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS FUROS DE SONDA, LINHAS DE SEÇÃO
CONCESSÕES DE LAVRA. ................................................................................................................. 15-15
FIGURA 15-2: SEÇÕES OM GEOLOGIA E FUROS DE SONDA - OLHANDO PARA LESTE ......... 15-16
FIGURA 15-3: VISTA OBLÍQUA DAS SEÇÕES APRESENTANDO O MERGULHO DO
ACAMAMENTO................................................................................................................................... 15-17
FIGURA 15-4: VARIOGRAMA OMNI-DIRECIONAL E”DOWNHOLE” DO FE............................... 15-18
FIGURA 15-5: SEÇÕES COM GEOLOGIA, FUROS DE SONDA E MODELO DE BLOCOS OLHANDO PARA LESTE .................................................................................................................... 15-19
FIGURA 15-6: MAPA DE LOCALIZAÇÃO DE CORTES E PLOTAGEM DOS “SWATH CUTS” .... 15-20
FIGURA 15-7: SEÇÕES COM GEOLOGIA, CLASSIFICAÇÃO DO MODELO DE BLOCOS E FUROS
DE SONDA ........................................................................................................................................... 15-21
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FIGURA 17-1: PLANTA DA MINA DE AVG – FLUXOGRAMA GERAL ......................................... 17-10
FIGURA 17-2: PLANTA DE BENEFICIAMENTO AVG – BALANÇO METALÚRGICO ATUALIZADO17-11
FIGURA 17-3: PLANTA DA MINA MINERMINAS – FLUXOGRAMA GERAL................................ 17-12
FIGURA 17-4: MINA DE MINERMINAS – PLANTA DE BENEFICIAMENTO - BALANÇO
METALÚRGICO ATUALIZADO ......................................................................................................... 17-13
Lista dos Apêndices
Appendix A
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Sumário
Descrição da propriedade e sua localização
A mina AVG/Minerminas (o "Projeto") está localizada na área de Serra Azul, no estado de
Minas Gerais, Brasil, perto da cidade de Igarapé, aproximadamente 60 km a sudoeste de Belo
Horizonte / Minas Gerais. O projeto consiste em uma mina e planto de beneficiamento para a
produção de lump e sinter feed.
A propriedade
O projeto é controlado pela AVG Mineração S/A e Minerminas Mineradora Minas Gerais Ltda,
ambas subsidiárias da MMX Sudeste Mineração Ltda. ("MMX Sudeste"), e essa, por sua vez, é
controlada em sua totalidade pela MMX Mineração e Metálicos S.A. ("MMX").
Geologia e Mineralização
O projeto está dentro do Quadrilátero Ferrífero. A geologia do Quadrilátero Ferrífero tem sido
estudada desde o século 18, é uma das mais importantes províncias metalogênicas em todo o
mundo. As litologias desta área incluem o Supergrupo Rio das Velhas e o Supergrupo Minas,
que fazem parte do embasamento cristalino.
Esta área é conhecida por seus depósitos de formações com BIF (Formação Ferífera Bandada =
BIF = Banded Iron Formation). Na área do projeto, a Serra da Farofa é composta de rochas do
Supergrupo Minas que estão sobrepostas ao Supergrupo Rio das Velhas, apresentando uma clara
discordância de contato. O Supergrupo Minas subdivide-se em três grupos, desde o mais recente
até o mais antigo esses são:
•
Grupo Piracicaba;
•
Grupo Itabira; e
•
Grupo Caraça.
Localmente, a sequência estratigráfica é invertida, com as formações de quartzito do Grupo
Piracicaba, mais recentes, circundadas pelos itabiritos da Formação Cauê, do Grupo Itabira, os
quais por sua vez, são limitados pelos filitos e quartzitos do Grupo Caraça.
Dentro da área da mina, a geologia é dominada por quatro formações. Começando da mais
recente e indo até o mais antiga, essas são: Formações Batatal, Cauê, Gandarela e Cercadinho. A
Formação Batatal foi carreada sobre a Formação Cauê, a qual por sua vez foi carreada por sobre
Cercadinho. O depósito é cortado de noroeste por uma falha com “trend” de grande inclinação,
apresentando-se bem fraturado. Essa falha parece ser sido obliterada por falhas mais recentes
vindas de nordeste.
A mineralização no Projeto consiste da formação ferrífera bandada metamorfoseada,
posteriormente com forte evidência de formação singenética hidrotermal com áreas de
enriquecimento supergênico através de intemperismo com caráter laterítico. Isso resulta em uma
variedade de diferentes tipos de mineralização. Há sete distintos litotipos de minério observados
nesta área da Serra do Curral:
•
Canga;
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II
Technical Report on Resources
•
Itabiritos friáveis silicosos;
•
Itabiritos friáveis ricos;
•
Itabiritos compactos;
•
Hematita friável;
•
Hematita compacta; e
•
Itabiritos carbonáticos friáveis.
Pesquisa
Como a maioria das minas de ferro no Brasil, os antigos proprietáios das minas AVG e
Minerminas não desenvolveram programas de pesquisa mineral extensos e detalhados.
Houve uma sondagem de exploração mínima antes do envolvimento da MMX no Projeto. Foram
coletadas apenas amostras de valor muito limitado na área de cava.
Desde 2005, 92 furos de sonda foram feitos no Projeto, totalizando 5.596,67m. Todos os furos
têm o diâmetro HW de testemunho (77,8 mm) e foram perfurados por meio de uma sonda
convencional. A Tabela 1 mostra o total dos furos de sonda por campanha e empresa.
Tabela 1: Perfuração na mina AVG/Minerminas
Campanha
FSAVG and
FSAVGSB
TOTAL AVG
AVGMMX
SEFDSF
FSMNM
FDSB and SEFDSB
FDSF
TOTAL MMX
TOTAL
Numero de
Furos
11
11
9
26
3
40
3
81
92
Periodo
Maio - Set 2005
Maio-Set 2005
Jul-Set 2007
Set-2007 a Jan-2008
Dez-2007 a Jan-2008
Jan-Nov 2008
Maio-Jul 2008
Jul-2007 to Nov-2008
comprimento
(m)
440,45
440,45
694,15
1.459,12
191
2.718,25
93,7
5.156,22
5.596,67
Empresa
Minere
Minere
Geosol
Geosol (14 furos) and Vórtice (12 furos)
Vórtice
Vórtice
Vórtice
Geosol (23 furos) and Vórtice (58 furos)
Além disso, foram feitas pela MMX 20 amostragens de canal na área da mina. Sendo todos os
canais verticais e com 2m de comprimento. Os canais foram feitos em uma malha irregular e não
foram utilizados na estimativa de recursos.
Recursos Minerais
A estimativa dos recursos para a jazida da AVG/Minerminas foi feita para MMX pela Prominas
Projetos e Serviços de Mineração Ltda (Prominas), uma empresa independente de geologia e
engenharia sediada em Belo Horizonte, utilizando o software MineSight da Mintec.
O recurso foi auditado pela Geóloga Leah Mach, QP para este relatório e Consultora Senior de
Recursos da SRK. O banco de dados das amostras dos furos de sonda foi compilado pela MMX,
verificado pela SRK e está evidente ser de alta qualidade e com os adequados métodos para a
estimativa. A SRK recebeu o banco de dados dos furos, contendo variáveis separadas por
vírgulas (csv), as quais são:
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III
Technical Report on Resources
•
Boca: identificação, coordenada, altitude e profundidade total;
•
Dados: profundidade, azimute, inclinação;
•
Recuperação: de > até, comprimento, total recuperado, percentual;
•
Geologia: de > até, litologia e código do furo, modelamento da litologia e código de
seção; e
•
Análises de amostras: Quatro arquivos, sendo um arquivo para cada uma das três frações
granulométricas e um para o total, contendo: Fe, SiO2, Al2O3, P, Mn, PF, Ti, Ca, Mg,
FeO, em percentuais. A SRK também recebeu todo o banco de dados com cada uma das
frações granulométricas em separado.
Vinte e três seções geológicas verticais foram feitas com intervalos de 200m, além de 5 seções
verticais intermediárias com intervalos de 100 m. Os perfis foram utilizados para preparar seções
horizontais com espaçamento de 10m da altitude de 1.000 a 1.370 m.
Sólidos foram gerados pelo método de extrusão de acordo com os polígonos geológicos das
seções horizontais, projetados 10m. O litotipos que foram utilizados na estimativa de teores são
canga (CG), itabiritos friáveis (SE), itabiritos carbonáticos friáveis (IFCA) e itabiritos compactos
(IC).
A MMX compôs as amostras em intervalos 5m, começando no topo dos furos de sonda com
intervalos terminando nos litotipos. A MMX conduziu estudos de variografia na AVG e
Minerminas separadamente, devido à diferença na mergulho das camadas entre as jazidas. O
estudo incluiu variograms direcionais “downhole”, assim como variogramas omnidirecionais.
Um variograma omnidirecional foi escolhido como o que melhor se ajusta aos dados. Foi criado
um modelo de blocos que abrange toda área da AVG/Minerminas. O modelo de blocos contém
variáveis para:
•
Fe, SiO2, Al2O3, Mn, P e PF - total e para cada uma das três frações granulométricas;
•
Percentagem da fração de cada uma das três granulometrias;
•
Litotipos;
•
Percentual acima da topografia;
•
Parâmetros de estimativas - número de compostas, o número de furos de sonda, distância
média das compostas utilizadas na estimativa, e a menor distância entre as compostas
mais próximas; e
•
Classe 1 = medido, 2 = indicado, 3 = inferido, 4 = potencial.
Teores dos blocos foram estimados pela krigagem ordinária em quatro passos do algoritmo.
Blocos estimados no primeiro passo foram excluídos do segundo passo, e assim por diante.
A amplitude de busca foi determinada pelo variograma de ferro, com o primeiro passo utilizando
metade do alcance, o segundo 100% , e o terceiro 150%.
O quarto passo foi um preenchimento de todos os blocos no modelo. A estimativa foi feita
utilizando blocos, litotipos e compostas combinados.
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IV
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Os recursos foram classificados de acordo com a classificação do CIM: Medidos, Indicados ou
Inferidos. Com base no passo no qual o bloco foi estimado e do número de furos de sonda
utilizados na estimativa. A fim de controlar a profundidade na qual os blocos poderiam ser
classificados, uma superfície foi gerada na base dos furos de sonda. Esta superfície foi usada
para limitar a classificação dos recursos medidos, indicados e inferidos.
São apresentados na Tabela 2 em base úmida e em toneladas, os recursos minerais da Mina
AVG/Minerminas, a partir de 31 de Dezembro de 2008.
Tabela 2: Declaração de Recursos Minerais da AVG/Minerminas em 31 de dezembro de
2008
Rocha
IF
IC
CG
IFCA
TOTAL
Classe
Medida
Indicada
Total M&I
Inferida
Medida
Indicada
Total M&I
Inferida
Medida
Indicada
Total M&I
Inferida
Medida
Indicada
Total M&I
Inferida
Medida
Indicada
Total M&I
Inferida
Tonelagem
kt
69.418
116.271
185.689
9.650
25.848
123.250
149.098
111.462
3.090
9.710
12.800
1.641
9.640
23.963
33.603
11.241
107.996
273.194
381.190
133.994
Fe
%
53,41
49,85
51,18
49,69
34,90
34,50
34,57
34,49
58,55
56,10
56,69
51,19
34,34
35,98
35,51
34,27
47,43
41,93
43,49
35,77
SiO2
%
20,06
24,98
23,14
25,39
49,21
49,38
49,35
49,58
5,32
5,73
5,63
14,04
41,63
39,33
39,99
42,18
28,54
36,56
34,29
46,78
Al2O3
%
1,79
1,86
1,83
1,72
0,39
0,50
0,48
0,45
4,86
6,28
5,94
7,11
3,74
4,14
4,03
3,81
1,71
1,60
1,63
0,91
Mn
%
0,02
0,13
0,09
0,05
0,01
0,04
0,04
0,03
0,02
0,03
0,03
0,09
0,76
0,71
0,72
0,65
0,09
0,14
0,12
0,08
P
%
0,05
0,05
0,05
0,04
0,02
0,02
0,02
0,02
0,18
0,26
0,24
0,13
0,08
0,08
0,08
0,08
0,05
0,04
0,04
0,02
PF
%
1,42
1,44
1,43
1,34
0,21
0,29
0,28
0,27
5,24
6,45
6,16
4,90
3,21
3,09
3,12
2,97
1,40
1,25
1,29
0,63
*teor de corte 22% Fe; toneladas em base úmida.
Desenvolvimento e Operações
As operações das minas na AVG/Minerminas são caracterizadas por uma baixa relação
estéril:minério, e múltiplas cavas de itabiritos friáveis. As cavas estão localizadas no topo da
serra, o que resulta em um ambiente topográfico de mineração com grandes desafios técnicos.
A atual explotação de mina abrange cerca de 4, 5 km de leste a oeste, 500m de norte a sul com a
profundidade das cavas limitada pelas fronteiras de itabirito friável/compacto; a cava recobre a
serra.
A lavra é realizada por equipamentos da MMX em combinação com vários empreiteiros; o
equipamento em geral é de pequeno porte, sendo utilizadas escavadeiras como a principal
unidade de carga e caminhões de 20m3 no transporte interno. Detonações estão limitadas ao
itabirito compacto, o qual ocorre inserido no itabirito friável que por sua vez não as requer.
Desde que assumiu o controle da jazida da AVG, em Dezembro de 2007 e da jazida da
Minerminas, em Março de 2008, a MMX tem atualizado o modelo dos recursos, com a contínua
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V
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melhoria em planejamento e operações de mina e conduziu estudos específicos para determinar o
real potencial da jazida. Este processo está em curso.
Beneficiamento
A MMX opera duas plantas de beneficiamento: a da AVG e a da Minerminas.
O atual processo da AVG inclui alimentação de minério RoM para a britagem primária onde é
separado por grelha sendo o over passado a um britador de mandíbulas.
O minério britado no primário segue para o secundário, composto por um britador cônico e
peneiras.
O primeiro produto (lump) é descarregado para uma pilha. O under das telas é concentrado por
meio de espirais para a produção do sinter feed sendo então estocado. Os rejeitos de ambas as
fases são deslamados em hidrociclones e passados num separador eletromagnético de alta
intensidade de onde o concentrado é estocado como o terceiro produto: pellet feed.
A planta da Minerminas é alimentada pelo RoM e os antigos estoques da Emicon.
O RoM é britado em duas etapas sendo o lump e o sinter feed maior, obtidos por peneiras nas
britagens. A fração fina (-1mm) das peneiras é concentrada no separador eletromagnético e
produz sinter feed (-1mm). Os finos da Emicon são peneirados onde o sinter feed maior é
separado. Os finos provenientes das peneiras, adiante são passados no separador
eletromagnético. O produto do separador eletromagnético é deslamado em peneiras e
hidrociclones antes de ser enviado para a pilha. Um espessador é usado para sedimentação das
partículas e proporcionar a reciclagem da água.
Conclusão
Pesquisa Geológica
A MMX adquiriu o Projeto de empresas privadas que operam sem programas de pesquisa
geológica. A formação ferrífera está exposta na superfície e aquelas muitas vezes começavam a
lavra sem ter feito um detalhado programa de pesquisa. Embora a formação de ferro seja fácil de
detectar, não pode ser planejada uma lavra sem um amplo programa de sondagens. A MMX
completou 81 furos de sonda no Projeto e usa isto como parte do seu planejamento mineral.
Além disso, a MMX já completou o mapeamento geológico da área numa escala 1:5000,
ferramenta para a interpretação geológica. A SRK é da opinião de que as sondagens e o
mapeamento geológico são fundamentais para a pesquisa mineral, e que a MMX está usando as
melhores práticas da indústria para essas atividades no Projeto.
A metodologia de amostragem consiste em fixar intervalos com base na litologia e friabilidade.
Intervalos com estéril são geralmente amostrados. A SRK considera que a amostragem está
sendo conduzida de acordo com as melhores práticas da indústria.
Analises e Banco de Dados
MMX-Corumbá, utiliza seus próprios métodos internos da Garantia de Qualidade/ Controle de
Qualidade (QA/QC), com amostras-padrão, métodos que são apropriados para materiais da Mina
63. As amostras da Minerminas também contam com amostras de QA/QC, incluindo padrões e
duplicatas. As amostras-padrão inseridas no Projeto tem valores de P e MnO que estão fora dos
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VI
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limites de detecção utilizados na Mina 63. A MMX deve reconsiderar os padrões que são
utilizados ou utilizar um laboratório comercial que tenha maiores limites de detecção.
Os resultados do OREAS 40 revistos pela SRK e pela Agoratek dão a entender que este padrão é
executado incorretamente e deve ser substituído. Além disso, a MMX pode precisar inserir
brancos para verificar se há erros na preparação das amostras em todas as fases. Se duplicatas
são utilizadas para verificar a existência de erros analíticos e de homonenização, as duplicatas
não devem ser colocadas em ordem sequencial. Nesse caso o QA/QC deve ser revisado e
amostras que apontam discordâncias deverão ser investigadas para identificar o motivo da falha.
As amostras e análises de preparação acompanham as orientações da indústria e o QA/QC indica
que os resultados são adequados para um banco de dados de recursos minerais.
Estimativa de Recursos
A estimativa dos recursos foi conduzida de acordo com as melhores práticas da indústria,
utilizando software e técnicas de estimativa padrões. A quantidade de dados disponível para o
itabirito compacto é limitada e a SRK sugere que perfurações adicionais no itabirito compacto
sejam conduzidas para aumentar a confiança na qualidade e aumentar a indicação de tonelagem
de recursos neste tipo de rocha.
Recomendações
Dados Analíticos e QA/QC
A SRK recomenda que a MMX continue seu programa QA/QC como parte de qualquer
programa de sondagem, que inclui a inserção dos padrões e duplicatas na sequencia das
amostras. Brancos são recomendados em todas as fases de preparação das amostras para eliminar
uma possível falha no QA/QC. O programa QA/QC deve ser monitorado durante todas as fases
de análise de forma que falhas possam ser reconhecidas e corrigidas no início do programa. A
SRK também recomenda a substituição do padrão OREAS 40.
Estimativa de Recursos
A SRK recomenda que a MMX aumente sondagens no itabirito compacto para acréscimo de
amostras e análise adicionais para maior confiabilidade nos teores e recursos desta rocha em
profundidade. A SRK está a par que a MMX começou um programa de sondagem de circulação
reversa (SCR) e recomenda que 2 ou 3 destes furos devam ser perfurados em paralelo pelo
método tradicional, para avaliar uma possível contaminação ou perda de amostra por este
método. O custo estimado do programa SCR é de US $ 500.000, incluindo análises.
Lavra
A SRK sugere que a MMX gere um planejamento de lavra e desenvolva uma declaração de
reservas da propriedade. Recomendações específicas incluem:
•
Um plano de lavra onde sejam considerados apenas os itabiritos friáveis e retirados os
itabiritos compactos, sendo esses últimos considerados estéril. Determinar quando a
recuperação de minério é afetada por materiais compactos, acesso a cava, capacidade de
disposição do estéril e praticidade das operações de lavra;
•
Criar, em fases, um desenvolvimento das cavas com os diferentes acessos à mina, pilhas,
configurações das bancadas, de otimização geotécnica, perfis das pilhas e opções de
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VII
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disposição do estéril. Esse planejamento deve contemplar a produção dentro de modelos
técnicos e econômicos além de modelos de produção e dimensionamento dos
equipamentos;
•
Projeto com suficiente grau de detalhe da fase de construção da barragem de rejeitos que
contemple a remoção de estéril. A quantidade, se alguma, de material de empréstimo e
sua origem devem ser quantificadas para essa construção.
•
Um plano de gestão deve ser incluído integrando a água pluvial com a progressão da
cava.
•
Definição mais completa de recursos, nesse caso os recursos de itabirito compacto
(incluindo a profundidade) devem ser totalmente avaliados a fim de permitir uma futura
análise econômica.
•
Deve ser reportado o peso específico em base seca para estimativa da reserva.
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1
1-1
Technical Report on Resources
Introdução (Item 4)
A SRK Consulting (US), referida ("SRK") foi contratada pela MMX Mineração e Metálicos
S.A.("MMX") para preparar um relatório “National Instrument 43-101 ("NI 43-101") Canadian
Securities Administrators ("CSA"), conforme esses padrões, para a AVG/Minerminas Mine (o
"Projeto"), controlada pela AVG Mineração S/A e Minerminas Mineradora Minas Gerais Ltda,
ambas filiais da MMX Sudeste Mineração Ltda. ("MMX Sudeste"), 100% propriedade
subsidiária da MMX.
O Projeto está localizado na área da Serra Azul no estado de Minas Gerais, Brasil, perto da
cidade de Igarapé, localizada aproximadamente 60 km a sudoeste de Belo Horizonte, a capital de
Minas Gerais.
O Projeto consiste de uma mina em operação e beneficiamento para a produção de “lump” e
“sinter feed”.
O padrão NI 43-101F1 foi usado como modelo para este relatório. Este relatório é preparado
usando o Canadian Institute of Mining, Metallurgy and Petroleum (“CIM”) “Melhores Diretrizes
para Práticas e Relatórios’” (“Best Practices and Reporting Guidelines”), de modo a veicular
informação de exploração mineral. O Canadian Securities Administrators revisou os
regulamentos da NI 43-101 (Padrões de Veiculação para Projetos Minerais) e Companion Policy
43-101, e Definição de Padrões CIM para Recursos e Reservas (11 de Dezembro de 2005).
Definições estabelecidas e usadas nesse sumário executivo foram definidas no corpo desde
Relatório Técnico em Recursos e no Glossário na Seção 21.
1.1
Termos de Referência e Objetivo deste Relatório
A MMX tem a intenção de usar este Relatório Técnico de Recursos para embasar o
desenvolvimento do Projeto, fornecendo uma auditoria independente das estimativas de recursos
minerais e sua classificação.
A MMX também poderá usar este Relatório Técnico de Recursos para qualquer finalidade legal
para qual for cabível. Este Relatório Técnico de Recursos foi preparado de acordo com as
orientações fornecidas nos Padrões NI 43-101 de veiculação de Projetos Minerais.
1.2
Da Confiabilidade em Outros Especialistas (Item 5)
A opinião da SRK aqui contida é embasada na informação fornecida à mesma pela MMX por
todo o curso das investigações da SRK como descrito na seção 1.2.1, que esclarece várias
condições econômicas e técnicas no momento da preparação deste.
A SRK revisou materiais pertencentes a uma quantidade limitada de correspondências, mapas
pertinentes e acordos para endossar a validade e posse das concessões de lavra. Entretanto, a
SRK não conduziu uma revisão minuciosa dos títulos minerários e bens; conseqüentemente,
nenhuma opinião será expressa pela SRK sobre este assunto.
A SRK é da opinião de que as informações relacionadas às propriedades apresentadas neste
relatório (aqui contidas ou aquelas não elaboradas pela SRK) adequadamente descrevem as
propriedades em todas as questões relevantes.
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1-2
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1.2.1 Fontes das Informações
As informações técnicas utilizadas e sobre as quais este Relatório Técnico é embasado, são
representadas por um conjunto de trabalhos realizados pela MMX e firmas independentes de
consultoria.
Os estudos e referências adicionais para este Relatório Técnico de Recursos estão listados na
seção 20. Ao preparar este Relatório Técnico em Recursos, a SRK revisou os dados do Projeto e
agregou seus resultados, com comentários apropriados e ajustes quando necessário.
Os autores revisaram os dados fornecidos pela MMX, incluindo cópias impressas ou arquivos
digitalizados localizados na Mina e no escritório da MMX. Discussões sobre geologia e
mineralização foram conduzidas pela equipe técnica da MMX. O banco de dados das análises
químicas dos furos de sonda foi preparado pela MMX e verificado pela SRK. Leah Mach é uma
Pessoa Qualificada como definido pelo NI 43-101.
1.3
Qualificações dos Consultores (SRK)
O Grupo SRK é composto por mais de 850 profissionais, oferecendo especialização em ampla
gama de disciplinas de engenharia mineral. A independência do Grupo SRK é assegurada pelo
fato de que ela não possui interesses acionários em nenhum projeto e que seu controle acionário
está exclusivamente em poder de suas equipes de profissionais.
Isso permite que a SRK forneça aos clientes um trabalho sem conflitos de interesses e com
recomendações objetivas em casos em que avaliações sejam cruciais. A SRK tem demonstrado
em seu acervo realizações de porte e responsabiliza-se por estimativas independentes de
Recursos Minerais e Reservas Minerais, avaliações e auditorias de projetos, relatórios técnicos e
avaliações independentes de viabilidade em padrões de modo que negociações ficam aos
cuidados das companhias de exploração e mineração além de instituições financeiras mundiais.
O Grupo SRK também trabalhou com um grande número de importantes companhias
internacionais e em seus projetos, fornecendo serviços de consultoria para a indústria de
mineração.
Este relatório foi preparado embasado em uma revisão técnica e econômica por uma equipe de
consultores principalmente do escritório do Grupo SRK Denver, EUA. Estes consultores são
especialistas nos campos da exploração geológica, estimativas e classificações de reservas e
recursos minerais, mina a céu aberto, processamento mineral e economia mineral.
Nem a SRK, nem qualquer um de seus empregados e associados que fizeram este relatório tem
qualquer interesse em se beneficiar ou tirar vantagens da MMX. A SRK terá uma taxa paga para
este trabalho de acordo com a prática de consultoria profissional normal.
Os profissionais que colaboraram para este Relatório Independente de Engenharia, que estão
listados abaixo, têm extensa experiência na indústria de mineração e são membros de boa
reputação de instituições profissionais apropriadas. A Srta. Leah Mach é a Pessoa Qualificada
responsável por todas as seções e praticamente toda a preparação para este Relatório.
O pessoal-chave do Projeto, que contribuiu para este relatório, está listado na Tabela 1.3.1. Os
Certificados do Autor estão disponíveis no Apêndice A.
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1-3
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Tabela 1.3.1: Profissionais-chave da SRK para este Projeto
Nome
Leah Mach
Dorinda Bair
Afrânio Franco Machado
Bret Swanson
George Borinski
Responsibilidade
Geologia, Recursos
Geologia, Relatório
Processo
Lavra
Meio ambiente e Direitos Minerários
1.3.1 Visita ao local
Leah Mach, Pessoa Qualificada para este relatório, fez visitas à Propriedade em 27 de Junho e 7
de Outubro de 2007 além de Fevereiro de 2009. Bret Swanson, George Borinski e Afrânio
Machado, contribuintes deste relatório, visitaram o local no mesmo dia de fevereiro de 2009. As
visitas consistiram em revisar os procedimentos de testemunhos de sondagem e descrição de
furos, visitando a cava aberta e observando os tipos de operação e produção, visitando as plantas
de beneficiamento e fazendo um tour pela propriedade para ver a disposição dos rejeitos e
depósitos de estéril.
1.4
Unidades Utilizadas
Unidades métricas são as usadas por todo este relatório, exceto onde houver uma observação.
1.5
Data-efetiva
A data-base deste Relatório Técnico em Recursos é 27 de Março de 2009. A data-base dos
Recursos é Dezembro de 2008. A estimativa de recurso inclui sondagem até de Novembro de
2008 e análises químicas recebidas em Fevereiro de 2009. A topografia considerada é a de
Dezembro de 2008.
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Descrição e Localização da Propriedade (Ítem 6)
2.1
Localização da Mineração
O projeto está localizado a aproximadamente 60 km a sudoeste de Belo Horizonte, e
aproximadamente a 560km a noroeste da cidade do Rio de Janeiro (Figuras 2-1 e 2-2). Este
projeto detêm três Concessões de Lavra adjacentes na Serra Azul, localizada perto da cidade de
Igarapé na parte sudoeste do Quadrilátero Ferrífero. O Projeto também inclui seis Pedidos de
Pesquisa no entorno das Concessões. Essas estão dispostas entre 20°07’30”S e 20°06’30S e entre
44°17’W e 44°19’W (Figura 2-3). O projeto está situado dentro dos municípios de Brumadinho,
Igarapé, Itatiaiuçu, Mateus Leme e São Joaquim de Bicas.
2.2
Direitos Minerários
Os direitos minerários no Brasil são regidos pelo Código de Mineração e Portarias adicionais do
DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral do Brasil), que é a agência governamental
que controla as atividades de mineração em todo o país. Cada requerimento para pesquisa
mineral ou concessão de lavra é representado por um requerimento ao DNPM. As citadas
concessões de lavra pertencem a terceiros sendo que os titulares têm contratos firmados com a
AVG/Minerminas.
A Tabela 2.2.1 apresenta as concessões de lavra e pedidos de pesquisa controlados pela
AVG/Minerminas na área da Serra Azul. A Companhia de Mineração Serra da Farofa
(“CEFAR”) é detentora de 3 concessões e a AVG/Minerminas tem um contrato com a CEFAR
para cada uma delas. O Código de Mineração permite que os detentores dos Alvarás de Pesquisa
ou Concessão de Lavra passem para terceiros esses Direitos Minerários após a devida
autorização do DNPM.
A AVG tem um acordo de 25 anos com a CEFAR para lavrar na área do DNPM 801.908/68, que
foi assinado no dia 10 de Janeiro de 1996; a Minerminas tem um contrato com a CEFAR pelo
qual a Minerminas pode lavrar uma área de 199,9568ha a oeste da área deste DNPM isso com a
aprovação da AVG. Neste quinto ano, o contrato (na área do DNPM 2.355/79) foi iniciado no
dia primeiro de Julho de 2003 e permite a Minerminas lavrar a área por ferro e manganês. Este
acordo foi estendido até o dia 19 de Maio de 2021.
Um segundo acordo entre a Minerminas e a CEFAR é o DNPM 80.959/77, que foi iniciado no
dia 1º de Março de 1999 e permite que a Minerminas lavre toda a área do DNPM 805.374/71
para extração de minério de ferro. Este acordo é válido até 19 de Abril de 2021.
O terceiro acordo concerne ao Alvará de Pesquisa 5.182/58, que se localiza em uma área
chamada Grota Moinho do Messias. Um pedido foi submetido ao DNPM para que seja
concedida a lavra. Segundo o acordo, a AVG e a Minerminas vão receber, cada uma, 50% da
área, uma vez que o DNPM aprove esta concessão de lavra. O prazo para este acordo será o
mesmo que o acordo de 22 anos, Concessão de Lavra 80.959/77.
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Tabela 2.2.1: Acordo AVG/Minerminas – Direitos Minerários
DNPM
801.908/68
833.379/2004
Titular
Cia. de Mineração
Serra da Farofa CEFAR
Cia. de Mineração
Serra da Farofa CEFAR
Cia. de Mineração
Serra da Farofa CEFAR
AVG
830.632/2006
AVG
830.633/2006
AVG
831.243/2006
AVG
Brumadinho,
Itatiaiuçu
Mateus Leme
832.182/2006
AVG
Itatiaiuçu,Mateus Leme
832.183/2006
AVG
805.374/71
5.182/58
Localização*
Igarapé, Brumadinho e
São Joaquim de Bicas
Mineral(s)
Ferro
Area (ha)
351,64**
Licença
lavra
Brumadinho and Igarapé
Ferro
83,37
lavra
Brumadinho
Ferro
74,7**
lavra
Igarapé,Itatiaiuçu,Mateus
Leme
Brumadinho, Igarapé
Ferro
1.035
Iron
1.896
Iron
1.881,25
Iron
960
Iron
1.400
Pedido
Persquisa
Pedido
Pesquisa
Pedido
Pesquisa
Pedido
Pesquisa
Pedido
Pesquisa
Pedido
Pesquisa
Igarapé,
Brumadinho,
Mateus Iron
Leme
*Cidade ou Distrito ** Minerminas tem acordo com a AVG para 199,9568ha dessa área.
2.3
1.912,5
Validade
de
de
de
de
de
de
Situação Legal
As licenças minerais no Brasil são requeridas por meio de documentação específica e não
requerem, no caso de pedidos de pesquisa, uma locação no campo. O pedido inclui um memorial
topográfico descritivo com as coordenadas geográficas. Esse trabalho deve ser de
responsabilidade de profissional legalmente habilitado. No caso de Pedidos de pesquisa, por
geólogo ou engenheiro de minas. No caso de concessões de lavra somente por engenheiro de
minas.
2.4
Localização da Mineralização
A mineralização descrita neste relatório está inteiramente contida nestas três áreas das
concessões descritas na Seção 2.2. A operação da mina está descrita nas licenças de lavra como
mostra a Figura 2-3.
2.5
Direitos, Acordos e Outros
No dia 13 de Dezembro de 2007, a MMX anunciou (MMX, 2007) que realizou um acordo com a
AVG para compra de 100% das ações da AVG e dessa maneira esta tornar-se subsidiária da
MMX. O preço da compra foi de US$224M, que pode ser acrescido de US$50M uma vez
concedidas determinadas licenças ambientais relacionadas a concessões de lavra. O primeiro
pagamento de US$ 44M foi feito e quarto pagamentos adicionais serão feitos anualmente até 30
de Agosto de 2011.
No dia 3 de Março, a MMX anunciou que estava negociando um acordo de compra com a
Minerminas, pelo qual a MMX Sudeste, subsidiária da MMX, adquiriria 100% das ações da
Minerminas (MMX, 2008). A compra vai custar US$115.625M. O primeiro pagamento, de
US$16,5M foi feito e seis pagamentos adicionais serão feitos a cada Julho e Janeiro até o
pagamento final em Janeiro de 2011.
No acordo para a Concessão de Lavra DNPM 801.908/68, à CEFAR foi garantido o direito de
receber 10% do faturamento líquido mensal da Minerminas (excluindo impostos e taxas). O
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acordo também autoriza livre acesso e garante um título de direito a uso da área da propriedade
limitada pela concessão. O contrato tem cláusulas de modo a permitir à AVG e à Minerminas o
direito para cada uma lavrar metade da área Grota do Moinho do Messias, DNPM 5.182/58. O
que é permitido pelo DNPM. Em função disso, o contrato será sub-dividido entre as partes, com
prazos e condições similares àquelas do acordo existente.
No acordo para a Concessão de Lavra DNPM 805.374/71, à CEFAR foi garantido o direito de
receber 10% do faturamento líquido mensal da Minerminas (excluindo impostos e taxas). O
acordo também autoriza livre acesso e garante um título de direito a uso da área da propriedade
determinada pela licença.
Um imposto, Compensação para a Explotação dos Recursos Minerais (“CFEM”), é arrecadado
na venda de minerais in natura ou beneficiados e outros de ferro produzidos em Minerminas. Os
detalhes deste imposto são mostrados na tabela 2.5.1.2.
Tabela 2.5.1.2: Compensações Financeiras e Obrigações em Operações Brasileiras de
Mineração
Regra
Pagamento da CFEM
Compensação para o superficiário
Relatório Annual de Lavra
2.6
Descrição
O minerador terá que pagar um taxa denominada
Compensação Financeira de Exploração Mineral
(CFEM), baseada na renda da matéria-prima bruta ou
beneficiada na base de (1) 3% para manganês,
potássio,sal mineral e minério de alumínio; (2) 2% para
ferro, fertilizantes, carvão e outras substâncias
minerais; (3) 1% para ouro e (4) 0,2% para pedras
preciosas, pedras lapidáveis, carbonatos e metais
preciosos. E de acordo com a Portaria 439 art. 2
qualquer inadimplência, implica em : não concessão de
alvarás de pesquisa, não concessão da interrupção
temporária da lavra,impedimento para aquisições e
fusões bem como, a transferência de direitos
minerários.Além das penalidades já previstas
O mineradosr terá que pagar ao superficiário o
equivalente a 50% da CFEM, a título de compensação.
O minerador deverá apresentar ao DNPM, todo dia 15
de março de cada ano, um relatório anual das operações
de lavra. O relatório deverá mencionar todos os aspectos
cruciais com relação a lavra durante o ano respectivo.
Caso o relatório não seja apresentado o DNPM irá
impor penalidades.
Lei
Lei Federal 7.990, artigos 1 e
6.
Lei Federal 8.001.
Código de Mineração artigo
11 item “b”
Licenciamento Ambiental e Potenciais Passivos
O projeto está situado nas bacias hidrográficas de Farofa ou Itatiaiuçu, com operações em ambos
os lados da BR 381.
2.6.1 Responsabilidade Ambiental
A auditoria conduzida pela Brandt Ambiental, a Azevedo Sete Advogados e a Carneiro & Souza
Advogados, aos cuidados da MMX, concluiu que não há evidência de passivos com o meio
ambiente associadas ao Projeto. O atual status de conformidade do projeto com as exigências de
licenciamento ambiental mostra que estão em conformidade com as mesmas ou sendo
monitoradas (Brandt, 2009).
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2.6.2 Passivos Ambientais em Potencial
O Relatório Ambiental “Due Diligence” preparado pela Brandt Ambiental identificou potenciais
passivos com o meio ambiente relacionadas aos seguintes itens (conforme Brandt, 2009):
•
Ocorrência de cavernas que restringem a expansão de uma cava;
•
Projeto com partes localizadas dentro da Área de Proteção Ambiental de Rio Manso;
•
Possibilidade de redução de nível do freático e conflitos com os usuários da água da
superfície e deste;
•
Extensão dos processos de licenças ambientais devido à presença de vegetações rupestres
e alterações da topografia e perfil de paisagens da Serra da Farofa.
•
Conflito associado ao uso da água do Rio Paraopeba durante período de baixa
disponibilidade da sub-bacia hidrográfica.
•
Estes riscos poderiam afetar o licenciamento ambiental e a implantação do projeto
(Brandt, 2009), mas a MMX considera que será capaz de mitigar estes riscos.
2.6.3 Licenças requeridas e Status
A legislação mineral brasileira dita que o detentor de um Alvará de Pesquisa pagará um imposto
anual ao DNPM com base no número de hectares do Alvará de Pesquisa. Pagará também os
gastos relacionados às visitas técnicas do DNPM para inspecionar a área do Alvará, e também
submeterá um relatório dos trabalhos de pesquisa ao DNPM antes da expiração da data do
Alvara. Os requerimentos estão detalhados na Tabela 2.6.3.1.
Tabela 2.6.3.1: Compensações Financeiras e Obrigações dos Detentores de Alvará de
Pesquisa Mineral
Regra
Pagamento ao DNPM da taxa anual
Pagamento ao DNPM das despesas de
Inspeção
Relatório de Pesquisa
Descrição
O detentor do Alvará de Pesquisa, deverá pagar ao
DNPM um taxa annual por hectare (TAH) concedido, no
valor de R$ 1,55 até o fim dos trabalhos. Caso haja a
extensão do Alvará, esta taxa passa a ser de R$ 2,00 por
hectare. No caso de inadimplência o DNPM poderá impor
sanções, podendo o DNPM até cancelar o Alvará
O detentor do direito minerário sera responsável pelas
despesas incorridas pelo DNPM para inspeções das áreas.
Antes da data de expiração do direito minérario, o
proprietário do mesmo deverá submeter o relatório de
trabalho de pesquisa ao DNPM
Lei aplicável
Código de
Mineração. Art. 20
Código de
Mineração, artigo
26, parag. 4
Código de
Mineração, artigo
22, V.
Conforme as obrigações mencionadas, é essencial para o detentor dos direitos minerários, manter
suas licenças minerais de acordo com as leis aplicáveis.
O detentor de uma licença Mineral deverá também cumprir regras específicas definidas pelo
Código de Mineração do Brasil. Isso inclui uma taxa chamada de Compensação para a
Explotação de Recursos Minerais (CFEM), a qual é baseada no tipo de “commodity” e
arrecadada na venda de minerais brutos ou beneficiados. O detentor da licença também irá
compensar financeiramente o superficiário, além de submeter ao DNPM um relatório anual
descrevendo a lavra durante o ano precedente. O relatório deve ser recebido no dia 15 de Março
de cada ano. Os requisitos estão listados na Tabela 2.5.1.2 acima.
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2.6.4 Processos de Licenciamento Ambiental
Como requerido pela Legislação ambiental brasileira no dia 31 de Agosto de 1981 pela Lei
Federal #6.938, todas as atividades potencialmente ou efetivamente poluentes estão sujeitas a um
processo de licenciamento ambiental. Regras a respeito do procedimento de licenciar foram
estabelecidas pela Resolução #237 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (“CONAMA”), no
dia 19 de Dezembro de 1997. A autoridade que concede as licenças determina os limites, e as
medidas para o controle e o uso de recursos naturais, e permite a instalação e a execução de um
projeto. A licença é emitida por uma entidade federal, estatal ou municipal. A agência com
autoridade para emitir uma licença é definida pela extensão regional para o impacto em causa e,
geralmente, segue as regras estabelecidas pela Resolução CONAMA #237/97 como listado
abaixo:
•
Entidades federais são responsáveis por licenciar atividades, as quais podem causar
impacto nacional ou regional (mais de dois Estados federais) no meio ambiente;
•
Entidades Estatais e do Distrito Federal são responsáveis por atividades que podem
causar impactos ambientais no Estado (dois ou mais muncípios); e
•
Entidades Municipais são responsáveis por licenciar as atividades, que podem causar
impacto ambiental local (dentro dos limites de uma cidade).
A licença pode ser emitida em uma das formas descritas na Tabela 2.6.4.1.
Tabela 2.6.4.1: Etapas do Licenciamento Ambiental para Projetos de Mineração no Brasil
Licença
Licença Prévia (LP)
Licença de Instalação (LI)
Licença de Operação (LO)
Descrição
Indica a viabilidade ambiental do empreendimento. Aprova a localização e o conceito deste.
Está sujeita a um estudo específico, EIA/RIMA e uma audiência pública.
Autoriza a implantação do projeto. Permite os trabalhos de construção e está sujeita a
apresentação de um Plano de Controle Ambiental - PCA.
Autoriza o início das atividades. A empresa está obrigada a demonstrar que todos os planos e
sistemas de controle foram implementados / instalados devidamente.
Para quaisquer atividades em que o impacto ambiental possa ser considerado significante, um
estudo de impacto no meio ambiente EIA/RIMA devem ser apresentados à agência
governamental de licenciamento apropriada. Além disso, a agência do governo e o projeto estão
comprometidos com o requerido de publicar todas as informações e se disponibilizarem a ouvir a
sociedade se isso for solicitado, de acordo com a regulamentação de cada localidade.
No que diz respeito às áreas deste projeto, os requerimentos já foram arquivados ou concedidos
pelas agências ambientais apropriadas. A Tabela 2.6.4.2 lista os dois tipos de projetos e a
autoridade governamental que emitirá a licença, e o status atual da licença.
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Tabela 2.6.4.2: Licenças Ambientais na Mina de AVG/Minerminas
Licenças Ambientais ( tipo e número )
LO 279
Inclui LO 226
LO 183
Autoridade
LO 314
FEAM
LO 773
FEAM
LO 393
FEAM
LO 185
FEAM
LO 226
FEAM
LO 013
FEAM
FEAM
FEAM
Objeto da Licença
LO para Mineração e Beneficiamento
de minério de ferro
Barragem de Rejeitos (B1 - auxiliar)
“Expansão das operações de lavra e
modificação da unidade de
beneficiamento na Serra das Farofa”.
Modificações na planta de
Beneficiamento
Deposição de rejeitos na caval - Serra
da Farofa
Renovação da LO para lavra e
beneficiamento de minério de ferro
Beneficiamento
Renovação da LO para lavra e
beneficiamento de minério de ferro
A licença operacional 185, concedida pela FEAM que trata da lavra da mina de ferro e o
beneficiamento está em renovação. A LO 186 com validade, para lavra de minério de ferro da
Mineração Serra da Farofa Ltda., está com seu status desconhecido (Brandt, 2009). Licenças
adicionais de situação não conhecida incluem aquelas referentes ao uso da água. As licenças dos
direitos à água são mostradas na tabela 2.6.4.3
Tabela 2.6.4.3: Licenças Ambientais na Mina AVG/Minerminas
Processo
01693/2005
2045/2004
01694/2005
Licença
00240/2006
00241/2006
00276/2006
Válida até
23/02/2011
23/02/2011
08/03/2011
2.6.5 Avaliação de Conformidade
A SRK não revisou as licenças minerais e ambientais e não pode opinar a respeito das mesmas.
A MMX declarou estar em conformidade com as Agências do governo.
Licenças Ambientais são discutidas na Seção 2.4.
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Mina AVG/Minerminas,
Brasil
Mapa de Localização Geral do
Projeto
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 2-1.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/19/2009
Approved: LEM
Figure: 2-1
Mina AVG/Minerminas,
Brasil
Mapa de Localização do Site
do Projeto
SRK Job No.: 162703.06
File Name: Figure 2-2.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/19/2009
Approved: LEM
Figure: 2-2
832182/2006
Mina AVG/Minerminas,
Brasil
Direitos Minerários
Projeto Minerminas
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 2-3.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/19/2009
Approved: DKB
Figure: 2-3
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3
3-13
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Acessibilidade, Clima, Recursos Locais, Infraestrutura e Fisiografia
O Projeto está localizado no estado de Minas Gerais dentro dos limites das cidades de Igarapé,
Brumadinho, Itatiaiuçu, Mateus Leme e São Joaquim de Bicas. O acesso ao complexo é por meio
da rodovia Fernão Dias, que atravessa perto do Projeto o município de Igarapé. A Mina da
AVG/Minerminas está a aproximadamente 60 quilômetros de Belo Horizonte, a capital de Minas
Gerais. A figura 3-1 mostra a vista aérea do site.
A mina AVG/Minerminas está localizada na região sudoeste do Quadrilátero Ferrífero, uma
importante região de ferro, a 20 º Sul e 43 º Oeste e uma altitude de cerca de 1280m de altura. O
clima é tropical e é caracterizada por vegetação do cerrado e relevo montanhoso.
3.1
Topografia, Altitude e Vegetação
O Projeto está localizado no sudeste da extensão da Serra Azul que termina na Serra de Itatiauçú.
A área tem relevo com altitudes entre 1000 e 1400m. Esse está no Complexo Central do Brasil,
que é uma zona de transição entre o Bioma Mata Atlântica e vegetação rasteira. De acordo com
Rizzini (1979), a vegetação de ambos os biomas podem ser encontradas no Complexo. Estes
incluem vegetação da Mata Atlântica, o Cerrado (Sclerophyll Florest), e áreas cobertas por
campos ou áreas rupestres
O projeto está localizado em uma área montanhosa, onde floresta e vegetação campestre foram
identificadas. A primeira ocupa as encostas, sobe as montanhas ao longo dos barrancos, sob a
forma de cerrado vertente ou estreitas faixas de mata coberta. A vegetação campestre é
encontrada nos vales e nos picos. A vegetação corresponde à sucessão ecológica e submontanhosa de floresta característica de alta pluviosidade. Reflorestamento natural das terras
desmatadas resultou em uma distribuição irregular da floresta e campos de gramíneas nativas.
3.2
Clima e Duração da Estação de Operação
De acordo com a classificação de Köppen, o clima regional é do tipo Cwa
caracterizado como subtropical úmido. Esta área é quente, com invernos secos e verões úmidos.
Há meses sem precipitação mensurável. A temperatura média local abrange a partir de 25 º C em
janeiro durante o verão, a 18 º C em agosto durante o inverno. A máxima precipitação ocorre em
dezembro e janeiro e varia entre 240 a 320 milímetros por mês. Maio e junho são os meses com
uma quantidade mínima de chuva. Durante estes meses, a precipitação é inferior a 60 milímetros
por mês. A precipitação total anual é superior a 1.000 mm. As operações não são afetadas
pelo clima e o Projeto opera durante todo o ano.
3.3
Fisiografia
Serra Azul forma a bacia hidrográfica do Ribeirão São Joaquim (declive norte), sub-bacias
hidrográficas do Rio Manso (declive sul) e a bacia hidrográfica do Rio Paraopeba. Área do
projeto é drenada pelos córregos Olaria e Córrego Grande, que fazem parte da sub-bacia
hidrográfica do Ribeirão São Joaquim. A Serra da Farofa tem uma proeminente formação linear
leste-oeste, composta pelas resistentes formações bandadas de ferro (“FFB"). A altitude varia de
1.050m a 1.310 m.
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3-14
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Acesso à Propriedade
O Projeto está localizado na Serra da Farofa área do Maciço Serra Azul, na parte sudoeste do
Quadrilátero Ferrífero. A maior cidade mais próxima à área do projeto é Belo Horizonte. Belo
Horizonte tem dois aeroportos: o Aeroporto Internacional Tancredo Neves ("Confins"), oferece
acesso direto às principais cidades do Brasil e algumas do exterior, enquanto o Aeroporto da
Pampulha oferece vôos para outras cidades no estado de Minas Gerais. Além disso, grandes
rodovias conectam Belo Horizonte com outras grandes capitais brasileiras, incluindo São Paulo
(584 km), Rio de Janeiro (444 km), Salvador (1.372 km), Brasília (716 km) e Vitória (524 km).
A AVG/Minerminas é acessada de Belo Horizonte através de rodovia federal BR-381 que é
também conhecida como Estrada Fernão Dias, ligando Belo Horizonte a São Paulo.
O acesso rodoviário à mina está situado 60 km a sudoeste de Belo Horizonte na BR-381 e as
instalações administrativas das minas estão situadas apenas a oeste da BR-381. A área Serra
Azul fica perto de dois terminais ferroviários. O mais próximo está situado em Brumadinho a 18
km do “site”. A outra é na cidade de Sarzedo, a 35 km de distância. Ambos estão localizados na
área metropolitana de Belo Horizonte. Estas ferrovias proporcionam um acesso fácil para o eixo
de transporte do minério de ferro, portos do litoral como o Porto de Sepetiba e o de Tubarão,
bem como Porto Açu, que atualmente está sendo desenvolvido pelo grupo ao qual pertence a
MMX.
3.5
Direitos Imobiliários
CEFAR detém os direitos imobiliários da maioria das áreas onde estão localizados os direitos
minerários (Figura 2-3). A AVG/Minerminas controla os direitos da superfície na área da mina
através de contratos de locação. AVG é proprietária da área pesquisa “Grota do Moinho do
Messias”.
3.6
Recursos Locais e infra-estrutura
O acesso ao local da mina é através das vias de acesso internas a partir da rodovia federal BR381. Os acessos que atravessam os terrenos são de propriedade da AVG e da CEFAR. Figura 3-1
é uma vista aérea da Mina AVG/Minerminas.
3.6.1 Acesso Rodoviário e Transporte
Atualmente todos os produtos vão de caminhão para a ferrovia da MRS Logística SA (MRS). A
MMX tem um contrato com a MRS para transportar o produto para o porto da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN). A MMX também tem um acordo com uma empresa mineira local, a
Minerita, essa por sua vez tem um contrato com a MRS para transportar produtos via ferroviária
para o porto da Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS), sendo utilizada também a parte
da Minerita sobre o porto. Para 2012, a MMX planeja a construção de uma correia
transportadora para a Ferroviária MRS e depois para a LLX Logística (LLX) localizada no porto
Açu.
3.6.2 Fornecimento de Energia
Atualmente a energia é obtida a partir de uma subestação situada a 60 km de distância de Mateus
Leme, e fornecida pela CEMIG.
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3.6.3 Fornecimento de Água
A água industrial para o projeto vem de uma represa na área da Copasa. Esta se encontra em
funcionamento há mais de dez anos, sendo um reservatório localizado no Córrego Grande,
situado na Sub-bacia 19-Rio Manso que se estende desde as cabeceiras do Rio Manso ao
Reservatório
Águas da mina
A atual operação de lavra desenvolvida pela MMX não tem impacto direto sobre as águas
subterrâneas, pois a empresa ainda não tem uma licença para a disposição destas na drenagem
local.
3.6.4 Porto
Atualmente, a MMX tem um contrato com o porto da CSN e pode usar algumas das partes da
Minerita com o porto CPBS. A partir de 2012 em diante, a MMX planeja usar a LLX no porto de
Açu.
3.6.5 Construção e Instalações de Apoio
O projeto inclui as seguintes construções:
•
Serviços administrativos;
•
Refeitório das minas;
•
Almoxarifado;
•
Três áreas cobertas para armazenagem de amostras da sondagem;
•
Balança para pesagem de caminhões;
•
Oficina mecânica;
•
Área de manutenção da britagem;
•
Planta de beneficiamento; e
•
Laboratório.
3.6.6 Mão de Obra
O estado de Minas Gerais possui muitos distritos onde operam mineradoras e com isso existe um
grande contingente de trabalhadores qualificados, assim como empreiteiros para prestação de
serviços.
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AVG
Minerminas
Mina AVG/Minerminas
Brasil
Fotografia Aérea do Projeto
Layout do Site
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure3-1.doc
Source: Google Earth, 2009
Date: 3/26/2009
Approved: DKB
Figure: 3-1
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AVG/Minerminas Mines
4
Histórico (Item 8)
4.1
A propriedade
4-17
Technical Report on Resources
A MMX detém os direitos minerários e opera a mina AVG/Minerminas. A CEFAR é titular das
três concessões que incluem o Projeto. Antes de a mina ser da AVG/Minerminas a área
abrangida pela concessão DNPM 801.908/68 foi desenvolvida pela Santa Mariana e
Participações Administração Ltda ("Santa Mariana"), que operava este em arrendamento de 10
anos iniciado em 23 de Maio de 1986. Em 1987, Santa Mariana subarrendou essa concessão para
Mineração Serra da Farofa Ltda, a antecessora da AVG.
Oito anos mais tarde, a Santa Mariana cedeu os seus direitos no contrato de arrendamento para
AVG através de um acordo de "Contrato de Cessão de Direito de arrendamento", aprovado pelo
DNPM em 19 de julho de 1996. Ao mesmo tempo, a CEFAR estendeu o arrendamento de 10
anos com um adicional de dois anos, até 2 de junho de 1998. Um novo arrendamento entre a
CEFAR e AVG foi iniciado em 19 de maio de 1998 e em 3 de Maio de 2003, esse arrendamento
foi prorrogado até 2021.
A Minerminas iniciou as operações na área em 1 de julho de 2003 através de um contrato de
arrendamento com a CEFAR, e com a aprovação do AVG. Este acordo atribuiu a Minerminas
direitos de parte da concessão na parte oeste do DNPM 801.908/68 abrangendo
aproximadamente 57% do total.
O primeiro trabalho na concessão de lavra DNPM 805.374/71 foi conduzido pela Mineradora
Rio Bravo Ltda., por meio de um arrendamento de 10 anos com CEFAR. Este contrato foi
iniciado em 04 de junho de 1986 e tinha uma opção de prorrogar o prazo por um período
adicional de 10 anos. Em 1998, a CEFAR assinou um arrendamento de 5 anos com a Mineração
Serra da Farofa Ltda, o qual foi iniciado em 11 de dezembro de 1998 e terminado em 23 de
junho
de
1999.
A
Minerminas
iniciou
as
atividades
de
lavra
nesta
concessão em março de 1999, sob um arrendamento de 22 anos que está em vigor.
4.2
Desenvolvimento e Pesquisas
A mineração de ferro no Quadrilátero Ferrífero começou no século XIX com muitos produtores
de pequeno porte. Depósitos de itabirito foram desenvolvidos na mina Pau de Vinho e de
hematita na área da Mineração Esperança. Ambas as áreas estão localizadas perto da Minerminas
e da AVG e não se encontram atualmente em funcionamento. O primeiro mapeamento geológico
na área fez parte de um programa conjunto entre o DNPM e o United States Geological Survey
(USGS). O documento resultante, da autoria de Dorr et al (1961) foi publicado em Português e
Inglês e tem sido amplamente utilizado no Quadrilátero Ferrífero para dar suporte a pesquisa de
depósitos de minério de ferro. O potencial econômico da região da Serra Azul foi reavaliado pela
Sociedade Mineração da Trindade (“Samitri”) durante o mesmo ano (1961), através de um
acordo com o DNPM e da USGS.
Não existem registros anteriores de pesquisa realizada pela empresa antecessora que operava na
área do projeto, incluindo a Minerminas. Como a maioria dos mineradores de ferro no Brasil, a
Minerminas não realizou um programa de pesquisa em sua área. A partir de 1981, até
recentemente, a área tem sido alvo de pesquisas geológicas intermitentes, sempre mostrando e
incentivando resultados qualitativos, sem, no entanto, estas fornecerem dados conclusivos para o
desenvolvimento de um projeto em grande escala compatível com o tamanho do depósito. A
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4-18
Technical Report on Resources
Mineração foi feita com base em conhecimentos empíricos da equipe técnica que opera na mina.
A mina não era otimizada e carecia de um plano de lavra detalhado. Após a compra dos direitos
minerários pela MMX, AVG e Minerminas, houve a fusão entre ambas. Desde então, a MMX
tem implementado um agressivo programa de pesquisa e desenvolvimento, incluindo sondagens,
mapeamento, amostragens, estimativa dos recursos, otimização de cava, planejamento de mina e
avaliação do beneficiamento utilizando as melhores práticas da indústria.
4.3
Histórico dos Recursos Minerais e Estimativa de Reservas
Até 2008 não há históricos de recursos minerais ou reservas na mina da AVG/Minerminas,
quando então a MMX contratou a SRK para a elaboração de um NI 43-101 - Relatório Técnico.
Os resultados da estimativa forneceram dados classificados conforme definido pelo CIM de
Recursos Minerais Inferidos da ordem de 98,7Mt com 54,9% Fe, em um teor de corte de 20%
Fe, e sobre uma base de tonelagem úmida. A classificação como inferida é baseada no
espaçamento de furos de sonda com 200m de malha.
4.4
Dados Históricos de Produção
A planta da AVG começou em Maio de 2006, com separação magnética, portanto com rejeitos
que poderiam ser recuperados. Desde que a MMX assumiu o controle da AVG, em Dezembro de
2007 e da Minerminas em Março de 2008, e completou seu primeiro ano de produção em 2008,
tem havido uma atualização e uma melhora na produção.
Em 2008, a usina da Minerminas reformou um britador e adicionou um separador magnético
para implementar a recuperação de finos.
As tabelas 4.4.1 e 4.4.2 apresentam a produção de cada unidade.
Tabela 4.4.1: Dados Históricos de Produção de Planta e da Mina da AVG
Descrição
RoM (t)
Finos (t)
Alimentação Total da Planta (t)
Lump (t)
Sinter Feed “coarse”(t)
Sinter Feed “spirals”(t)
Pellet Feed (t)
Produção total (t)
Recuperação (%)
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2005
2.118.225
2.118.225
528.251
633.350
391.951
1.553.551
73,3
2006
2.351.555
2.351.555
419.905
688.847
520.092
1.628.845
69,3
2007
2.259.220
773.452
3.032.672
420.893
978.581
895.556
2.295.030
75,7
2008
2.690.637
1.108.289
3.798.926
636.970
1.280.958
593.615
298.754
2.810.297
74
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4-19
Technical Report on Resources
Tabela 4.4.2: Dados Históricos de Produção da Planta e da Mina da Minerminas
Descrição
RoM (t)
Finos (t)
Alimentação Total da Planta (t)
Lump (t)
Sinter Feed “coarse” (t)
Sinter Feed “ spirals “(t)
Pellet Feed (t)
Produção Total (t)
Recuperação (%)
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2005
1.178.303
1.178.303
392.505
98.382
490.887
41,7
2006
1.314.912
1.314.912
457.177
192.154
66.504
715.835
54,4
2007
1.527.777
1.527.777
561.417
269.776
109.213
940.406
61,6
2008
1.011.226
97.952
1.109.178
317.918
197.206
55.644
21.794
592.561
53,4
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5
Ambiente Geológico (Item 9)
5.1
Geologia Regional
5-20
Technical Report on Resources
O projeto está dentro do Quadrilátero Ferrífero. A geologia do Quadrilátero Ferrífero foi
estudada desde o século 18 e é uma das mais importantes províncias metalogênicas do
mundo. As litologias nesta área incluem os supergrupos Rio das Velhas e Minas, que fazem parte
do embasamento cristalino. Esta área é conhecida por seus depósitos de Itabiritos.
O projeto está situado na zona ocidental do Quadrilátero Ferrífero próximo de Belo Horizonte,
Minas Gerais, no homoclinal Serra do Curral e inserido no supergrupo Minas. As rochas do
supergrupo Minas são predominantemente metassedimentos supracrustais e rochas
metavulcanicas. Rochas intrusivas são raramente encontradas na região, mas quando presentes
são básicas como sills e diques com até 1m de largura. O metamorfismo regional atingiu o facies
“greenschist” durante vários episódios de deformação. A coluna estratigráfica do Quadrilátero
Ferrífero é mostrada na Figura 5-1.
5.1.1 Estruturas Regionais
Área do projeto está dentro da província tectônica do São Francisco na América do Sul,
apresentado na Figura 5-2. O projeto está localizado no extremo oeste da Serra do Curral
homoclinal e ao norte / noroeste do limite do Quadrilátero Ferrífero (Figuras 5-2 e 5-3). Esta
região tem uma história de complexo tectônico-metamórfico e faz parte da cava sul do Craton do
São Francisco. Aqui o Craton Arqueano é composto por um núcleo de trechos graníticos e
“greenstone” e de uma seqüencia do supergrupo Minas. Um ciclo completo de Wilson ocorreu
durante a formação do Craton do São Francisco e é identificado hoje pelo Cinturão Mineiro
(Teixeira et al. 2000).
A província tectônica do São Francisco não foi afetada pela deformação brasileira (Almeida
1977). Conforme pode ser observado na Figura 5-2, é uma porção crustal delimitada pelos
cinturões brasileiros que se desenvolveu durante a orogenia, culminando na sua formação com
cerca de 650 Ma. A base do craton está submetida aos eventos tectônico-metamórficos de
Jequié/Rio das Velhas e Transamazônico que precederam a deformação brasileira. Existem
vários modelos evolucionistas do Quadrilátero Ferrífero proposto para a região, e esta área ainda
é amplamente estudada.
Entre as estruturas do Quadrilátero Ferrífero são:
•
Serra do Curral – homoclinal;
•
Serra da Moeda - sinclinal; e
•
Dom Bosco – sinclinal.
O homoclinal da Serra do Curral está localizado ao Norte e tem uma direção NE-SW e mergulho
SE. A Serra da Moeda está localizada na parte oeste do Quadrilátero Ferrífero e é a parte oeste
de um sinclinal que tem um eixo NS e mergulho para o sul. O sinclinal Dom Bosco, no sul tem
um eixo EW e está ligado ao sinclinal Serra da Moeda do lado Oeste. Há também a zona da falha
do Engenho de cisalhamento trans-corrente, o anticlinal Mariana para o sudeste e do sinclinal
Santa Rita para o leste. Segundo Dorr (1969), o sinclinal Santa Rita corresponde ao maior e mais
complexo dobramento da região. Finalmente, o sinclinal Gandarela situa-se a nordeste com
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mergulho SE- e o sistema de falhas Fundão Cambotas que se estende por quase toda a extensão
da fronteira leste. A figura 5-4 mostra os homoclinais, sinclinais e anticlinais da região.
A polaridade tectônica-metamórfica que é observada no Quadrilátero Ferrífero, (Rosiere et al.
2001; Pires 1994; Lagoeiro 2002), permite a delimitação de três grandes domínios estruturais e
metamórficos. O primeiro, de menor magnitude, inclui o segmento ocidental do homoclinal
Serra do Curral e o sinclinal da Moeda. O segundo, de dimensão intermediária, corresponde à
porção nordeste do homoclinal da Serra do Curral e parte do sinclinal Gandarela. O terceiro
domínio, no qual parte do anticlinal de Mariana e dos sinclinais de Itabira e Monlevade podem
ser incluídos, mostra a maior magnitude da deformação.
Homoclinal da Serra do Curral
Houve cinco interpretações diferentes para a formação do homoclinal da Serra do Curral,
conforme listado abaixo:
•
O homoclinal é uma seção da região da Serra dos Três Irmãos (Eichler, 1964);
•
O homoclinal é a parte sul do sinclinal da Piedade (Dorr, 1969);
•
Pires (1979) interpretou o homoclinal como sendo relacionado a um anticlinal;
•
Alkmim e Marshak (1998) interpretam a estrutura como o flanco invertido de um
anticlinal regional; e
•
Endo et al. (2005) interpretam o homoclinal como a derrubada de uma parte alóctona de
uma macro-falha recumbente.
A figura 5-5 mostra seções esquemáticas mostrando cada autor e sua interpretação sendo que as
interpretações são discutidas em detalhe a seguir.
Dorr (1969), a primeira interpretação foi proposta por Eichler (1964) e mostrada na Figura 5-5
seção esquemática (a). Eichler (1964) interpreta o homoclinal como uma seção da Serra dos Três
Irmãos, região que teria sido afetada por falhas que tenderam para o norte. De acordo com
Simmons (1968), o homoclinal da Serra do Curral é a parte sul do sinclinal da Piedade, como
sugerido por Dorr (1969). Este esquema é mostrado na seção (b) na Figura 5-5
Esta estrutura é bem caracterizada no limite NE da Serra do Curral (Serra da Piedade), onde as
duas extremidades do sinclinal são reconhecidas, um fato que levou Simmons (1968) a acreditar
que o homoclinal representa um dos membros desta mega estrutura. O homoclinal da Serra do
Curral, mergulhando para a SE, é caracterizado por dobras secundárias com planos axiais
oblíquos em direção do cume da montanha. Também foram reconhecidas pequenas falhas
reversas no sentido paralelo ao sinclinal com deslocamento para a SE e falhas normais de alto
ângulo que cortam a mega estrutura.
Pires (1979) foi o primeiro autor a propor que o dobramento regional está relacionado a um
anticlinal. Através do trabalho que foi feito na junção do homoclinal da Serra do Curral com o
sinclinal da Moeda, Pires (1979) propõe seções esquemáticas (c) mostradas na Figura 5-5. Nessa
seção, Pires (1979) mostra um anticlinal, cuja parte invertida (a parte norte) representaria o
homoclinal da Serra do Curral. Esta estrutura é limitada na base pela Falha Curral, de empurrão,
e os xistos ao norte, que fazem parte do supergrupo Rio das Velhas.
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Romano (1989) determinou as características petrográficas e texturais das rochas metavulcânicas
das regiões de Mateus Leme a Esmeraldas e de Pará de Minas a Pitangui. Segundo o autor, essas
rochas representam a continuidade do Supergrupo do Rio das Velhas na parte ocidental da Serra
do Curral. Nesta região, Romano (1989) identificou falhas no supergrupo do Rio das Velhas,
entre outras várias deformações. As estruturas são atribuídas às duas fases de deformação
regional (Dn e D1). A primeira deformação afetou apenas o Supergrupo Rio das Velhas e a
segunda que se estendeu para o Supergrupo Minas na porção oeste do homoclinal da Serra do
Curral. A segunda deformação regional foi caracterizada por uma progressiva compressão.
No contato entre o Grupo Sabará e o complexo metamórfico de Belo Horizonte, na região de
Ibirité, sudoeste de Belo Horizonte, Marshak et al. (1992) e Jordt-Evangelista et al. (1992),
identificaram uma zona de cisalhamento normal e caracterizaram três zonas de contato
metamórfico. Elas são de NW para SE das zonas de cordierita-sillimanita, de estaurolitaandaluzita-cordierita e de biotita. Esta situação exemplifica o aureolas metamórficas que ocorrem
nas zonas de contato do supercrustal com as rochas metamórficas complexas, em resposta à
formação de domos e sinclinais.
Endo (1997) interpreta o homoclinal da Serra do Curral como parte de um sinclinal,
caracterizado pela ausência de um membro ou parte no limite oeste da estrutura. Endo (1997)
observou que no sul do membro parte das rochas do supergrupo Minas estão em condições
normais da seqüência estratigráfica com inclinações que variam de moderadas a elevadas,
enquanto no norte a seqüência está invertida.
De acordo com Endo (1997), a Zona de Cisalhamento Normal (Zona Moeda - Bonfim) em
contato com o complexo metamórfico Bonfim supercrustal e as rochas ao longo da Serra da
Moeda se estendem para o homoclinal da Serra do Curral. Aqui, a Zona de Cisalhamento Normal
é identificada por Souza Nochese como zona de cisalhamento. Assim, as principais
características estruturais são:
•
Sub-ortogonais entre os sinformes Moeda e Curral;
•
Quebra e ausência do membro norte do sinclinal;
•
Cisalhamento Normal dúctil entre os metassedimentos e o Complexo Bonfim; e
•
Inversões estratigráficas no sul do sinformes.
Com base nessas estruturas, Endo (1997) propõe oito eventos de deformação para a região:
quatro no Neo-arqueano e quatro no Proterozóico, todos caracterizados co-axial, Alkmim &
Marshak (1998) observaram dobramento assimétrico e falhas mesoscópicas tendendo para o
Noroeste, no limite ocidental do homoclinal da Serra do Curral. Esta observação levou à
interpretação de que o homoclinal da Serra do Curral pode ser o flanco invertido de um anticlinal
regional com polaridade ao NW. De acordo com Alkmim & Marshak (1996), na junção CurralMoeda, o anticlinal Curral é o sinclinal da Moeda redobrado.
O desenvolvimento do mega-anticlinal estaria relacionado a um evento de compressão durante o
período Transamazônico e com idade superior a prorrogação, o que resultou na formação de
domos e sinclinais. A interpretação de Alkmim e Marshak's (1998) é mostrada na Figura 5-5
seção (d). Finalmente, as relações propostas por Endo et al. (2005) para a região de Itatiaiuçu,
são mostradas na Figura 5-5 secção (e). De acordo com Endo et al. (2005), a xistosidade
observada nas rochas do Supergrupo Minas e Rio das Velhas, em toda a região da Serra do
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Curral, é a mesma que predomina nas camadas sedimentares e xistosidade nas dobras
mesoscópicas com limbos invertidos . Segundo os autores, o homoclinal da Serra do Curral é a
inversão de uma parte de uma mega-falha alóctona recumbente, tendendo a norte-nordeste, e
referido por Endo et al. (2005) como o “ nappe” do Curral .
5.2
Geologia Local
Na área do projeto, a Serra da Farofa é composta de rochas do Supergrupo Minas que são
sobrejacentes ao Supergrupo Rio das Velhas, em uma discordância. O Supergrupo Minas é
subdividido em três grupos, os quais, do mais jovem ao mais antigo, são:
•
Grupo Piracicaba;
•
Grupo Itabira; e
•
Grupo Caraça.
Localmente, a seqüência estratigráfica é invertida, com as mais recentes formações quartzíticas
do Grupo Piracicaba rodeadas pelos itabiritos da Formação Cauê, que faz parte do Grupo Itabira,
o qual, por sua vez, é limitado pelo filitos antigos e quartzitos do Grupo Caraça. Esta inversão
estratigráfica, como discutido na Secção 5.1.1, caracteriza o cume da montanha e é mais
provável ser o topo de uma dobra recumbente.
5.2.1 Litologia Local
O Grupo Caraça está subdividido nas formações Moeda (inferior) e Batatal (superior). A
formação Moeda é composta, principalmente, de quartzitos grosseiros, e metaconglomerados e
filitos. Segundo Renger et al. (1994), a Formação Moeda tem uma idade máxima de 2,65 Ga, e
foi formada em um ambiente fluvial. Ao longo do tempo, esse ambiente deposicional
desenvolveu-se para uma plataforma marinha, identificada como a Formação Batatal. A
Formação Batatal é composta, predominantemente, de filitos e filitos grafitosos. A idade máxima
de sua deposição é 2,5 Ga (Renger et. Al. 1994) e a Formação Batatal tem um contato
gradacional com o Grupo Itabira.
O Grupo Itabira é composto essencialmente de sedimentos químicos, uma característica que o
separa do Grupo Caraça. É de grande importância econômica, uma vez que recebe depósitos de
ferro e manganês de classe mundial, associado a ouro e bauxita. Este é dividido, a partir da base
para o topo, nas formações Cauê e Gandarela. A Formação Cauê é composta de itabiritos,
itabiritos dolomíticos, itabiritos anfibolíticos, itabiritos carbonáticos, lentes de marga e filitos.
Devido à sua resistência ao intemperismo, os itabiritos formam as principais cordilheiras da
região, com amplas escarpas, como a Serra do Curral. A formação Cauê representa o principal
alvo de trabalho de investigação. Uma vez que a Formação Gandarela não ocorre na área
pesquisada, a Formação Cauê está em contato direto com o Grupo Piracicaba.
O grupo Piracicaba está dividido, a partir da base para o topo, nas Formações Cercadinho, Fecho
do Funil, Taboões e Barreiro. A formação Cercadinho é a única deste grupo que é identificada na
área do projeto, sendo composta por quartzitos e filitos grafitosos, de coloração levemente cinza
que ocorre na parte norte da área. Segundo Renger et al. (1994), este grupo representa um novo
período de movimentos tectônicos na Bacia Minas, iniciada cerca de 2,4 Ga. As rochas
apresentam uma direção geral EW com mergulhos variando entre 45 º e 50 º para o sul com
algumas variações locais ocasionadas por dobramento secundário assimétrico transversal e por
falhamentos nas estruturas.
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5.2.2 Alteração
A alteração na área é descrita como intensa silicificação do itabirito compacto, sendo resultante
de atividade hidrotermal.
5.2.3 Estrutura
A estrutura dominante na área do projeto é uma antiforme para o norte. A porção superior foi
completamente erodida, deixando apenas as abas de membros inferiores
Como resultado dos inúmeros episódios de deformações, acamamento é raramente observado,
ocorre apenas nos quartzitos filitos da Formação Cercadinho. No entanto, a principal foliação Sn
é bem desenvolvida em todas as litologias locais. A foliação Sn mergulha aproximadamente 30 °
a 40 ° S na parte norte do projeto e aumenta para cerca de 70 ° S na parte sul da área. Isso sugere
que o projeto está localizado na parte superior invertida de um isoclinal com convergência para o
norte. Em pequena escala há dobras assimétricas com amplitudes de centímetros a metros; são
observados no Projeto também cataclasitos. Estas dobras são tipicamente fortes com eixos E-W.
Intensas dobras são vistas na FFB, muitas vezes obliterando as estruturas primárias.
Os contatos entre formações mostram texturas tectônicas e foram interpretadas como sendo
falhas de empurrão. Falhas normais também são observadas na área do projeto.
5.2.4 Metamorfismo
O metamorfismo identificado na área do projeto está relacionado à colisão continental durante a
orogênese Transamazônica. O grau metamórfico no Quadrilátero ferrífero aumenta de oeste para
leste, tal como descrito por Dorr (1969). As rochas da parte ocidental e central chegaram aos
facies “greenschist” enquanto que as do leste chegaram aos facies almandina - anfibolitos. Na
Serra do Curral, o metamorfismo dos facies “greenschist” predomina.
Itabirito é uma rocha altamente deformada com uma composição derivada de processos
tectônicos e metamórficos. Pequenos núcleos preservados de magnetita no interior dos cristais de
hematita sugerem que a maior parte dessas rochas foram oxidadas por soluções hidrotermais
durante o processo de deformação. Os minerais mais comuns das BIF, com exceção do quartzo,
são siderita, ankerita, dolomita, magnetita, martita e, localmente, clorita. Martita é um produto
alterado da magnetita e ankerita e é muitas vezes um mineral secundário.
5.3
Geologia na Área do Projeto
Dentro da cava, a geologia é dominada por quatro formações. Do mais antigo ao mais novo,
essas são as Formações Batatal, Cauê, Gandarela e Cercadinho. A geologia da cava é mostrada
na Figuras 5-6 e a figura 5-7 mostra as seções transversais norte-sul 573050 e 574250, que
cortam a área de mina. A Formação Batatal foi empurrada acima da Formação Cauê, a qual foi,
por sua vez, acima da Formação Cercadinho. O depósito é cortado por uma falha de intenso
ângulo com “trend” noroeste, a qual aparentemente foi obliterada por falhas mais jovens de
nordeste.
As características estruturais dominantes consistem na foliação Sn e fraturas planas com dobras
menores nos eixos. A foliação é o mais conspícuo elemento planar dentro da cava e é
preferencialmente desenvolvida no itabirito rico. A foliação Sn atinge mergulhos NW-SE e NE e
SW, ambos sugerindo a presença de uma dobra maior. Eixos de dobramentos tipicamente têm
“trend” entre 1500 e 2000. Fraturas planas bem definidas são encontradas tanto nos itabiritos
friáveis quanto nos itabiritos compactos. Normalmente, são mais proeminentes nos itabiritos
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5-25
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compactos. As fraturas planas têm duas orientações predominantes. Uma com direção NW e
mergulho NE, a outra NNE e mergulho SE. Essas estruturas apresentam freqüentemente zonas
de brecha com pontos significativamente enriquecidos com ferro.
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Mina AVG/Minerminas
Brasil
Coluna Estratigráfica do
Quadriláteto Ferrífero
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File Name: Figure 5-1.doc
Fonte: Alkmim & Marshak (1998)
Date: 3/16/2009
Approved: DKB
Figure: 5-1
Atlantic Ocean
Cinturões Brasileiross
Embasamento (>1.8Ga
Cobertura do Fanerozóico
Cobertura do Proterozóico
Cráton São Francisoco
Quadrilátero Ferrífero
Supergrupo Minas
Supergrupo Rio das Vilhas
Mina AVG/Minerminas
Brasil
Cráton São Francisco no
Quadrilátero Ferrífero
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 5-2.doc
Fonte: Alkmim & Marshak 1998
Date: 3/16/2009
Approved: DKB
Figure: 5-2
Formação Três Marias
Supergrupo São Francisco
Outras Unidades do Supergrupo
São Francisco
Supergrupo Espinhaço
Grupos Piracicaba e
Sabará
Grupo Itabira
Grupo Caraça
Supergrupo Rio das Velhas
Embasamento
Falha Normal
Falha de Empurrão
Foliação
Acamamento
Auréola Metamórfica
Mina AVG/Minerminas
Mina AVG/Minerminas
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 5-3.doc
Fonte: Marshak & Alkmim 1989 and
Alkmim & Marshak 1998
Localização do Projeto no
Cráton São Francisco
Date: 3/16/2009
Approved: DKB
Figure: 5-3
Área da Mina
AVG/Minerminas
Mina AVG/Minerminas
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 5-4.doc
Fonte: Modificado de Alkmim & Noce
2006 after Dorr (1969) and Romano (1989)
Principais Estruturas
na Área
da Mina AVG/Minerminas
Date: 3/17/2009
Approved: DKB
Figure: 5-4
Fontes:
a) Seção esquemática proposta por Eichler (1964) na região da Serra dos Três Irmãos;
b) Seção proposta por Dorr (1969), seção NW-SE no Quadrilátero Ferrífero;
c) Seção proposta por Pires (1979) para a região da junção da Serra do Curral com o Sinclinal Moeda;
d) Seção proposta por Alkmim & Marshak (1998) para a região oeste do Homoclinal da Serra do Curral;
e) Seção esquemática proposta por Endo et al (2005) para a região do Itatiaiuçu (Seção Itatiaiuçu). (Fm.
Formação, Gr. Grupo, Sgp. Supergrupo, ST Superfície Topográfica).
Mina AVG/Minerminas
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 5-5.doc
Seções Geológicas Propostas
para a Região da
Serra do Curral
Date: 3/16/2009
Approved: DKB
Figure: 5-5
COMPACT AMPHIPLITIC ITABIRITE
Projeto Minerminas,
Brasil
Mapa Geológico da
Área da Mina AVG/Minerminas
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 5-6.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/18/2009
Approved: DKB
Figure: 5-6
Seção 573050 Norte‐Sul
Seção 574250 Norte‐Sul Projeto Minerminas,
Brasil
SRK Job No.: 162703.06
File Name: Figure 5-7.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Seções Norte-sul
ao longo da Área da Mina
AVG/Minerminas
Date: 05/283/08
Approved: LEM
Figure: 5-7
MMX Mineração e Metálicos S.A.
AVG/Minerminas Mines
6
6-1
Technical Report on Resources
Tipo de Depósito (Item 10)
A mineralização de ferro no Quadrilátero Ferrífero, assim como em outros lugares do mundo, é
controversa. Vários modelos são propostos, mas o modelo mais aceito atualmente é o
hidrotermal singenético e/ou enriquecimento supergênico. De acordo com Guild (1957), os
sedimentos ferruginosos do Supergrupo Minas são precipitações químicas, depositadas quando
as águas dos rios carreando ferro encontraram-se com as águas marinhas rasas em grandes bacias
de baixa energia. Estas bacias foram isoladas dos oceanos de idade Proterozóica por um arco
vulcânico e isso sugere que a cinza vulcânica, que interage com águas salinas da bacia, abaixe o
pH da água, o que causou a deposição do ferro. Além disso, observações petrológicas indicam
que essas bacias receberam material clástico limitado. Os sedimentos ferruginosos, formados por
precipitação, consistem predominantemente de óxido de ferro e sílica coloidal com minerais
carbonáticos limitados. A deposição de minerais carbonáticos foi limitada pelo baixo pH das
águas recebidas na bacia.
Os depósitos do Supergrupo Minas são caracterizados por finas, e alternadas camadas de
minerais de ferro e sílica. Os minerais de ferro são tipicamente a hematita ou a magnetita e os de
sílica são sílex ou quartzo. Muitas dessas formações têm um conteúdo de ferro muito baixo para
viabilizar a explotação. Porém, com a formação de laterita durante intenso intemperismo, a sílica
é lixiviada da rocha, enriquecendo o material residual em ferro e criando uma zona de
mineralização de ferro de potencial econômico. Ocorrências de BIF lixiviadas são as principais
fontes de ferro do mundo. As BIF do Quadrilátero Ferrífero são localmente chamadas de
“itabirito” nomeado pelo Pico do Itabirito, uma localidade-tipo do itabirito. Os itabiritos do
Quadrilátero Ferrífero são compostos por hematita e finos grãos de quartzo.
O extremo intemperismo laterítico produz zonas quase desprovidas de sílica chamadas canga.
Abaixo da canga, são encontrados itabiritos enriquecidos em teor de ferro, com hematitamagnetita. Os itabiritos são caracterizados tipicamente pelo grau de lixiviação. Há três
variedades comuns: itabirito friável, itabirito semi-compacto e itabirito compacto, cada um
desses representa um grau de lixiviação. Itabiritos requerem um tratamento para liberar a
hematita do quartzo, processo esse que é muito eficiente. Conseqüentemente, itabirito e hematita
pulverulenta são processados para produzir concentrado de ferro, ou finos. Os finos são
preferencialmente vendidos como “sinter feed”, mas os produtos que contém uma significante
fração de partículas menor que 1 mm não podem alimentar diretamente o equipamento industrial.
Esses produtos mais finos são vendidos como alimentação para plantas de pelotização, ou “pellet
feed”.
Hematita pura contém no máximo 69,94% de ferro, magnetita pura contém 72,63% de ferro.
Apesar do maior conteúdo de ferro da magnetita, a hematita é mais valorizada pela indústria do
aço devido a sua taxa de redução mais elevada. Durante o processo de produção do aço, a
hematita (Fe2O3) é progressivamente reduzida para magnetita (Fe3O4), então para óxido de
ferro (FeO), e finalmente para ferro (Fe). Hematita e magnetita têm diferentes hábitos
cristalográficos; o hábito da hematita é hexagonal, enquanto que o da magnetita é cúbico. Essa
diferença de empacotamento atômico se deve ao fato de haver um aumento de volume durante a
perda de átomos de oxigênio. Conseqüentemente, uma carga de hematita num alto-forno
submete-se a um aumento de volume muito mais elevado durante o processo de redução do que a
quantidade equivalente de ferro numa carga de magnetita. Esse aumento de porosidade resulta de
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6-2
Technical Report on Resources
uma mudança do volume da carga provocando um marcante aumento da taxa de redução, mais
do que um efeito de deslocamento do teor mais baixo de ferro da hematita.
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7
Mineralização (Item 11)
7.1
Zona Mineralizadas
7-1
Technical Report on Resources
A mineralização no Projeto consiste de BIF metamorfisadas com claras indicações de formação
hidrotermal singenética tendo áreas de enriquecimento supergênico através de posterior
intemperismo laterítico. Isso resulta em uma variedade de diferentes tipos de mineralização. Há
pelo menos sete tipos distintos de litologias de minério observados nesta área homoclinal da
Serra do Curral:
•
Canga;
•
Itabirito friável silicoso;
•
Itabirito friável rico;
•
Itabirito compacto;
•
Hematita friável;
•
Hematita compacta; e
•
Itabirito carbonático friável.
Canga é o produto do intemperismo químico de todos os tipos de minério friável. De modo geral,
tem graus mais elevados de alumínio, fósforo, e com maior perda ao fogo, PF. Ocorre em três
níveis estratigráficos; no topo da BIF, no sul, na parte inferior da Serra da Farofa e ao longo dos
xistos da Formação Batatal. Na Formação Batatal a canga é formada no colúvio do minério de
ferro. Em algumas áreas tem elevados teores de ferro, devido à natureza da rocha fonte. A
presença visível de clásticos de hematita é comum e geralmente ocorre com minerais secundários
como goethita e limonita, aumentando a dureza.
Itabiritos friáveis ricos ocorrem abaixo da canga, como observado na lavra e em alguns
afloramentos onde o intemperismo é profundo o suficiente para expor o contato. É composto
principalmente de bandas de hematita friável intercaladas com quartzo recristalizado.
Localmente, em contato com a canga, o teor de fósforo é maior, mas na média é baixo para esse
litotipo. Não há nenhum contato claro entre esse tipo de minério e os itabiritos friáveis silicosos e
as hematitas compactas.
O itabirito silicoso friável está confinado nas proximidades do itabirito compacto ou nas zonas de
silicificação. Como a própria classificação sugere, as características principais deste tipo de
minério são as classes de sílica que variam entre 6% a 10% e na granulometria que está acima de
19mm. As faixas são compostas de hematita friável intercalada com faixas de quartzo
recristalizado.
Os itabiritos compactos ocorrem na base dos itabiritos friáveis e como pequenos corpos
alongados orientados preferencialmente WNW/ESE dentro do itabirito friável. Estes últimos são
os protolitos do proto-minério que permanecem após intenso intemperismo e/ou alteração
hidrotermal ao longo de determinados sentidos preferenciais tais como a linha central das dobras.
Os corpos friáveis de hematita são encontrados em toda a mina da AVG/Minerminas. São
encontrados no comprimento inteiro da área da AVG, mas restritos às extremidades ocidentais e
do leste da área de Minerminas. São produtos da alteração hidrotermal que ocorreu durante o
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7-2
Technical Report on Resources
evento Transamazônico na Serra do Curral e mostram um forte lineamento ENE com pequeno
mergulho para SE.
O itabirito carbonático friável é caracterizado por intercalações nas faixas da argila que se
alternam com as faixas da hematita friável e compacta. As faixas da argila são geralmente rosa
clara, mas localmente podem ser brancas. Onde essas faixas são brancas a caulinita está
freqüentemente presente. A textura é bandada, com faixas de 40 a 50cm na largura. Onde a
caulinita é comum nas faixas ricas em argila, uma textura interna de brecha é observada. As
faixas da argila igualmente contêm os cristais isolados de quartzo euhedral e de especularita,
ambos grosseiros no tamanho de grãos. O quartzo euhedral e a especularita são produtos da
alteração secundária, desenvolvidos sobre a textura original destas rochas. As faixas de hematita
são finas e ocorrem mesmo como películas intercaladas com os minerais de argila. A hematita
friável ocorre igualmente disseminada dentro das faixas da argila.
7.2
Tipos de Rochas no Entorno
Dentro da área de projeto, a geologia é dominada por quatro formações. Da mais velha a mais
nova, essas são as Formações Batatal, Cauê, Gandarela e Cercadinho. No projeto, a formação
Batatal está acima da Formação Cauê, que por sua vez está acima da Cercadinho. O depósito é
cortado por uma falha de trend noroeste quase vertical que parece estar obliterada por falhas
mais recentes de NE.
7.3
Controle Geológico Relevante
A mineralização na mina de AVG/Minerminas mostra um forte controle estrutural e litológico.
Há igualmente uma evidência de uma origem hidrotermal posterior para a formação do ferro,
com uma alteração supergênica que causou provavelmente o enriquecimento principal além do
“amaciamento” do minério. A fase hipogênica é associada com o dobramento D1, durante o qual
fluidos hidrotermais ascenderam à superfície em conseqüência de descompressão. Isto
igualmente permitiria líquidos meteóricos permearem ao longo das falhas, causando a mistura
para condições oxidantes e a formação de magnetita e carbonatos, como descrito por Rosiere e
outros (2008). Nesse modelo dolomita hidrotermal rica em Fe poderia ter sido formada durante o
rígido dobramento. Mais tarde, a oxidação da dolomita rica em Fe causou a lixiviação do Mg, do
Ca e do CO2, tendo por resultado a formação da hematita. O subseqüente intemperismo resultou
no enriquecimento supergênico e ao “amaciamento” do minério. Estas mesmas falhas seriam as
rotas preferenciais para os fluidos meteóricos circularem a partes mais profundas do sistema. No
projeto, esse falhamento poderia ser representado pelas falhas quase verticais vistas na cava.
7.4
Tipo, Caráter e Distribuição da Mineralização
A gênese do itabirito carbonático friável com características hipogênicas, poderia ter sido
controlada pelo dobramento D1, que canalizou fluidos hidrotermais mineralizantes paralelamente
às camadas ou bandas. A Figura 7-1 mostra uma dobra estreita cortada pelos veios de quartzo. O
minério de alto teor é concentrado nessas áreas dobradas. Nos pontos onde a relação
líquido/rocha era mais elevada, as faixas da hematita compacta foram geradas, possivelmente,
por lixiviação ou total substituição dos carbonatos preexistentes. Próximo, onde a relação do
líquido/rocha era menor, a lixiviação/substituição dos carbonatos não foi completa, algum
carbonato permaneceu e depois lixiviado durante a alteração supergênica, gerando o minério
friável contaminado. Este minério de alto teor é geralmente poroso e contém quase sempre os
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7-3
Technical Report on Resources
restos do carbonato intemperizado, observado como o material de cor laranja ao ocre nos
interstícios.
Uma outra observação no Projeto AVG/Minerminas, primeiramente na AVG, é a relação estreita
entre as brechas e/ou áreas com veios com o minério friável de primeira qualidade e o itabirito
rico. Foi observado que nas áreas com grande quantidade de brechas com veios ou vênulas de
carbonato, é provável que o minério friável ou o itabirito rico estarão presentes. Esta é também a
característica das áreas apenas afetadas pelos veios ou vênulas de carbonato. Os veios de
carbonato podem estar paralelos segundo as indicações de figura 7-2 ou podem cortar a borda do
itabirito. Partes de itabirito compacto são comuns no meio do minério friável e podem ser
observadas nas figuras 7-1 e 7-2.
Os contatos entre os minérios friável e compacto podem ser diretos ou gradacionais. Onde há
veios ou vênulas de carbonato há uma tendência para uma maior friabilidade que nas áreas sem
veios de carbonato, como mostrado na figura 7-3. Veios de carbonato também são igualmente
vistos na figura 7-2.
A remobilização do ferro ocorreu muito provavelmente em associação com líquidos
hidrotermais, tendo por resultado a formação concordante e discordante de veios de hematita,
conforme indicado na figura 7-4. Estes veios são freqüentemente zonas de brechas preenchidas
por hematita (figura 7-5). Algum material remobilizado é composto de magnetita. O processo de
remobilização do quartzo foi muito intenso em alguns pontos, tendo por resultado a formação de
brechas e a silicificação do itabirito (figura 7-6). A remobilização de quartzo conduz
freqüentemente a um grau maior de compactação do itabirito (itabirito duro). Nesses lugares, a
orientação dessas zonas silicificadas parece ser controlada pelas dobras D1, onde é paralela à
borda. Entretanto, em outras áreas o padrão é um pouco mais complexo.
SRK Consulting (US), Inc.
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March 27, 2009
Itabirito Duro
Itabirito
Carbonático
Pulvurulento
Mina AVG/Minerminas
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 7-1.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Corte de Dobra Estreita de
Veios de Quartzo
em Itabirito Carbonático Friável
Date: 3/17/2009
Approved: DKB
Figure: 7-1
Itabirito Compacto
Veios de Carbonato
Itabirito Friável
Rico
Mina AVG/Minerminas
Brasil
Itabirito Compacto com
Zona de Transição para
Itabirito Friável
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 7-2.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/17/2009
Approved: DKB
Figure: 7-2
Itabirito Compacto
Veios de Carbonato
2m
Itabirito Friável
Mina AVG/Minerminas
Brasil
Contato entre Itabiritos
Compacto e Friável
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 7-3.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/17/2009
Approved: DKB
Figure: 7-3
Mina AVG/Minerminas
Brasil
Veio de Hematita Discordante
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 7-4.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/17/2009
Approved: DKB
Figure: 7-4
Mina AVG/Minerminas
Brasil
Pequenos Veios Irregulares de
Hematita em Itabirito Compacto
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 7-5.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/17/2009
Approved: DKB
Figure: 7-5
Mina AVG/Minerminas
Brasil
Itabirito Silicoso
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 7-6.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/17/2009
Approved: DKB
Figure: 7-6
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AVG/Minerminas Mines
8
8-1
Technical Report on Resources
Pesquisa (Item 12)
O primeiro mapeamento geológico na área foi parte de um programa conjunto entre o
Departamento Nacional de Pesquisa Mineral – DNPM e o USGS. O trabalho resultante da
autoria de Dorr et al. (1961) foi publicado em português e inglês, formando a base da
compreensão geológica do Quadrilátero Ferrífero.
O potencial econômico da Serra Azul foi reavaliado pela Sociedade Mineração da Trindade
(Samitri) durante o mesmo ano (1961), em acordo com o DNPM e a USGS.
Como a maioria das mineradoras privadas de ferro no Brasil, AVG, Minerminas e outras
empresas anteriores a elas não executaram programas extensos e detalhados de pesquisa
geológica. Houve pouquíssima sondagem antes da participação da MMX no Projeto. Poucas e
restritas amostras de canal foram coletadas na área da mina.
8.1
Sondagem
A AVG realizou 11 furos de sonda na área do Projeto. Desde o envolvimento da MMX com o
Projeto no inicio de 2007, um adicional de 81 furos de sonda foram feitos. A sondagem será
discutida no item 9.
8.2
Amostras de canal
Vinte canais foram abertos e amostrados pela MMX na área da mina. Todos são verticais e tem 2
metros de comprimento. Os canais foram abertos em malha irregular. O banco de dados dos
recursos estimados não inclui as amostras de canais.
8.3
Mapeamento local
O mais recente mapeamento local foi realizado pela Senior Engenharia Ltda como parte do
relatório de pesquisa preparado pela Minerminas no final dos anos 90. Mais recentemente, a
MMX contratou a Vórtice Consultoria Ltda para realizar um mapeamento local executado em
Março de 2008 na escala de 1:5.000.
8.4
Interpretação
As técnicas de pesquisa anteriormente aplicadas pela AVG e Minerminas são típicas de pequenas
mineradoras brasileiras. O mapeamento local foi eficaz devido a resistência das litologias: canga
e itabirito. A canga foi identificada associada a lateritas, feições estruturais, e o conglomerado.
A MMX implementou técnicas de pesquisa absolutamente conforme as melhores práticas da
indústria de minério de ferro
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9-1
Technical Report on Resources
9
Sondagem (Item 13)
9.1
Tipo de sondagem e Duração
A sondagem na área do Projeto pela MMX foi realizada pela Vórtice Sondagens e Serviços de
Mineração, Ltda. (“Vórtice”) e Geologia e Sondagens Ltda. (“Geosol”), ambas com base na
cidade de Belo Horizonte.
Noventa e dois furos foram feitos no Projeto, totalizando 5.596,67m. Todos os furos são do
testemunho tamanho HW (77,8mm), e foram perfurados usando uma sonda convencional. Vinte
e oito furos são verticais e os 64 remanescentes numa inclinação entre -60° e -75° para Norte. A
profundidade média dos furos é de 60m, mas a maioria destes está entre aproximadamente 35m e
110m. Os furos foram feitos em uma malha parcialmente irregular de 100m x 200m. A tabela
9.1.1 lista o número de furos de sonda por programa e empresa.
Tabela 9.1.1: Sondagem na Mina AVG/Minerminas
Campanha
FSAVG e FSAVGSB
TOTAL AVG
AVGMMX
SEFDSF
FSMNM
FDSB e SEFDSB
FDSF
Numero de
Furos
11
11
9
26
3
40
3
TOTAL MMX
TOTAL
81
92
Período
Maio-Set. 2005
Maio-Set. 2005
Jul-Set. 2007
Set.2007 a Jan-2008
Dez-2007 a Jan-2008
Jan-Nov 2008
Maio-Jul 2008
Jul-2007 to Nov-2008
Comprimento
(m)
440,45
440,45
694,15
1.459,12
191
2.718,25
93,7
5.156,22
5.596,67
Empresa de Sondagem
Minere
Minere
Geosol
Geosol (14 furos) and Vórtice (12 furos)
Vórtice
Vórtice
Vórtice
Geosol (23 furos) and Vórtice (58
furos)
9.1.1 Procedimentos
A locação dos furos de sonda foi primeiramente determinada por um geólogo supervisor. Os
acessos para as praças e movimentação da sondas foram feitos por um trator. Para furos
inclinados, uma linha era desenhada entre duas barras e em direção azimutal, a sonda ficava
alinhada à ela. A inclinação da sonda foi definida pelo técnico da MMX usando o clinômetro de
uma bússola Brunton. Após o final do furo a boca foi levantada pela Prisma Produtos e Sreviços
Ltda. (“Prisma“) usando um Topcon Total Station, 239W, 3003 W ou 3005 W. A Prisma então
gerou uma tabela no Microsoft Excel e/ou um relatório certificado em formado PDF.
A sondagem no Projeto focou a área da cava. No geral, os furos de sonda estavam em linhas de
seções, com centros de 200m na direção norte-sul, locadas a 400m de distância durante a
sondagem. A MMX teve uma malha de sondagem parcialmente irregular que foi de 100m a
200m direção leste-oeste entre as linhas das seções com espaçamento de 100m. A recuperação
do testemunho foi, em geral, acima de 90%. A Tabela 91.1.1 lista a sondagem e a amostragem de
canal que foram feitas até agora. A Figura 9-1 é um mapa mostrando a localização dos furos de
sonda.
9.2
Resultados
Os itabiritos compactos e os friáveis têm diferentes durezas, o que pode resultar em diferentes
recuperações de sondagem e, portanto, possíveis perdas de material em zonas friáveis. Toda a
sondagem apresentou recuperação superior a 90% para todas as zonas. A SRK não observou
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March 27, 2009
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AVG/Minerminas Mines
9-2
Technical Report on Resources
problemas com perda de material em intervalos friáveis. A MMX, no Projeto, está usando as
melhores práticas da indústria para programas de pesquisa por sondagem.
SRK Consulting (US), Inc.
AVG-Minerminas NI 43-101 - Portugues_Rev01.doc
March 27, 2009
7776400
7776200
7776000
7775800
7775600
7775400
Campanha MMX
Campanha AVG
Mina AVG/Minerminas
Brasil
Mapa de Localização de Furo
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 9-1.doc
576450
576250
576050
575850
575650
575450
575250
575050
574850
574650
574450
574250
574050
573850
573650
573450
573250
573050
572850
572650
572450
572250
572050
571850
7775200
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/19/2009
Approved: DKB
Figure: 9-1
MMX Mineração e Metálicos S.A.
AVG/Minerminas Mines
10-4
Technical Report on Resources
10 Método de Amostragem e Avaliação (Item 14)
10.1 Sondagem
Na sonda, o testemunho é colocado em caixas de madeira, e todo o material estranho contido
nele é lavado. Um técnico deposita as caixas na área em que os testemunhos são descritos onde
são postas tanto sob o sol quanto sob um telhado até que estejam completamente secas. O
testemunho é fotografado antes e depois da amostragem para que sejam gravados intervalos de
amostragem e descrições de testemunho. Descrições de testemunhos e identificação de intervalos
de amostra são realizadas pelo geólogo do projeto. Este processo identifica os diferentes
litotipos, contatos geológicos, zonas de falha ou fraturas, zonas oxidadas e estéril interno.
A MMX supervisou pessoalmente toda a segurança da amostragem. O testemunho é coletado de
todos os locais das sondagens, descrito e amostrado sob direção e controle da MMX. A SRK é da
opinião que não houve descuidos com as amostras.
10.1.1 Descrição e Amostragem
O testemunho da sondagem em diâmetro HW é fotografado primeiro, depois descrito por um
geólogo em um formulário padronizado. Os dados da descrição geológica vão para um banco de
dados AcQuire, o sistema de gerenciamento de banco de dados desenvolvido pela AcQuire
Technology Solutions Pty Ltd.. Durante a descrição de testemunho o geólogo marca o início e
fim de cada intervalo de amostra na caixa. Fraturas nas amostras estão nas mudanças na litologia
e friabilidade com algumas considerações situadas em estimativas visuais da porcentagem de Fe.
A amostragem é conduzida apenas dentro de zonas ferruginosas. Os intervalos das amostras têm
um comprimento mínimo de 1m e máximo de 5m. Preferivelmente, os intervalos das amostras
devem variar entre 3m e 5m (80% das amostras). Zonas de estéril interno dentro de intervalos
mineralizados são amostradas e materiais fora da zona ferruginosa não são amostrados.
Amostras são coletadas por um amostrador treinado sob supervisão de um técnico ou geólogo
seguindo um plano de amostragem produzido pela AcQuire. O plano de amostragem contém a
identificação das amostras primárias e das checadas de acordo com a política de QA/QC da
MMX (ver seção 11.4). O testemunho é partido no sentido longitudinal, usando uma serra
diamantada em zonas competentes e uma ferramenta especialmente feita para zonas altamente
intemperizadas. A amostra é colocada em uma sacola plástica com uma etiqueta de identificação.
A sacola plástica da amostra é também marcada em mais dois locais do lado de fora com a
identificação da amostra. As sacolas de amostras são seladas e mandadas ao laboratório para
análises químicas e físicas. Testemunhos remanescentes são guardados para referências futuras.
10.1.2 Fatores impactantes na precisão dos resultados
Os itabiritos compactos e friáveis têm durezas variáveis e terão variáveis recuperações na
sondagem. A dureza variável do material mineralizado obriga o amostrador a usar duas técnicas
para coletar amostras, o que pode dificultar a coleta de uma amostra representativa. A MMX usa
uma serra para materiais compactos e uma pá para materiais friáveis, que é o padrão industrial.
Pelo fato da MMX usar controles litológicos para intervalos de amostras que são baseados em
friabilidade versus solidez, os materiais com durezas diferentes não apresentam problema. Além
disso, a recuperação de testemunho é de boa a excelente, com uma média calculada para mais de
90%. A SRK não viu evidências de problemas de amostragem ou viés de amostra introduzidas
no Projeto devido à dureza variável.
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10-5
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A MMX está conduzindo a amostragem de acordo com as melhores práticas industriais para
depósito de ferro.
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11-1
Technical Report on Resources
11 Preparação de Amostra, Análises e Segurança
(Item 15)
Antes que a MMX tivesse adquirido a propriedade, amostras foram preparadas e análises foram
feitas no laboratório da propriedade da AVG. Durante a fase inicial de explorações, a MMX usou
a SGS Geosol Laboratórios Ltda. (“SGS”) localizado em Belo Horizonte e, por um tempo em
2008, o laboratório na Mina 63 operado pela sua subsidiária, a MMX- Corumbá Mineração Ltda.
(“MMX-Corumbá”). A Mina 63 está localizada a 18 km de Corumbá, no estado Mato Grosso do
Sul.
11.1 Preparação de Amostra
11.1.1 Laboratório da AVG
A preparação de amostras começa com a identificação e avaliação de condições para a
preservação das amostras. O processo de preparação de amostra consiste em:
•
Secagem em um forno a 105 ºC por uma a duas horas;
•
O material britado até 90% passa por uma peneira de 2mm;
•
A fração britada é homogeneizada e dividida num quarteador Jones para reduzi-la até que
tenha de 250g a 300g;
•
A alíquota é pulverizada até que 95% passem na peneira #150;
•
Um quarteador é usado para separar uma amostra de 25g para análises; e
•
O rejeito bruto é guardado para uso futuro.
As amostras são analisadas usando o método de titulação.
11.1.2 Laboratório da MMX-Corumbá
No laboratório, a amostra é inicialmente checada para ter condições de identificação e
preservação. O processo de preparação das amostras consiste em:
•
Pesagem;
•
Secagem em um forno de 105ºC por mais de vinte horas;
•
Britagem em equipamento de mandíbula até 100% das amostras passarem por uma
peneira de 38,1mm;
•
Reduzir o tamanho da amostra a 25% de sua massa inicial em um amostrador rotativo. Os
outros 75% são armazenados para uso futuro;
•
Britagem em equipamento de mandíbula da amostra para 8mm;
•
Reduzir o tamanho da amostra, utilizando um amostrador rotativo, para obtenção de uma
alíquota de 3kg;
•
Britagem cônica até 2mm;
•
Reduzir a amostra, usando um mini-amostrador rotativo, para obter uma alíquota de
200g. O restante das amostras é armazenado;
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11-2
Technical Report on Resources
•
Pulverizar até 95% da amostra para essa passar por uma peneira de 0,106mm;
•
Dividir a amostra e pegar metade do material pulverizado para análises, e pegar uma
réplica de amostra para QA/QC da mesma alíquota; e
•
Armazenar o material bruto restante, do qual são feitas amostras duplicatas.
Todo o material bruto é analisado para Fe, Al2O3, SiO2, P, Mn e TiO2 por Fluorescência de
Raio-X (“XRF”).
11.1.3 Laboratório da SGS
As amostras que chegam à SGS pela MMX variam em tamanho e material. A amostra é
inicialmente conferida para ver se há condições de identificação e preparação. O processo de
preparação da amostra consiste em:
•
Secagem em um forno a 105ºC até que a amostra seque completamente;
•
Britar toda a amostra até que 90% passem por uma peneira de 2mm;
•
Reduzir o volume por homogeneização e quarteamento no Jones para reduzir a amostra
para uma massa de 250g a 300g.
•
Pulverizar a parte dividida até que 95% passem em uma peneira de malha 150.
•
Quartear em um Jones para pesar uma amostra de aproximadamente 125g para análises;
•
Guardar o rejeito grosseiro e polpa e
•
Gravar os testes de classificação durante britagem e pulverização da amostra.
Amostras são analisadas com o uso da técnica de Fluorescência de Raio-X (“XRF”). Os dados
são gravados em Lab’s Information and Management System (“LIMS”).
11.2 Análise de Amostra
11.2.1 Laboratório da AVG
No laboratório da AVG, todas as amostras são analisadas usando métodos de titulação. A
amostra é seca a 100 ºC e depois 0,5g do material é analisado para ver a porcentagem de Al2O3,
Ca, Fe, FeO, Perda ao Fogo (“PF”), Mg, Mn, P, S, SiO2, e TiO2. Os dados analisados são
gravados no Information and Management System of the Laboratory (“LIMS”). Certificados de
análises químicas originais ou assinadas e arquivos de dados do Microsoft Excel são ambos
fornecidos pela MMX.
11.2.2 Laboratório da MMX-Corumbá
Todos os materiais brutos são analisados para conferir a porcentagem de Fe, Al2O3, SiO2, P,
Mn, e TiO2 por Fluorescência de Raio-X (“XRF”). As análises são feitas em pequenos discos
formados pela fusão de uma mistura homogeneizada de 1g de amostra e 9g de solvente contendo
tetraborato e metaborato de lítio.
Os passos em procedimentos analíticos para Perda ao Fogo (PF) consistem em:
•
Secar a amostra em um forno a aproximadamente 110ºC por, no mínimo, uma hora;
•
Pesar o cadinho (CV);
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11-3
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•
Colocar 1g da amostra seca no cadinho e pesar de novo (C+A);
•
Colocar o cadinho com a amostra previamente aquecida e esperar até que a temperatura
alcance 1000±50ºC e deixar que calcine por mais de uma hora.
•
Remover o cadinho do forno, descansá-lo na placa refratária até que perca a
incandescência, e então colocá-lo em um secador fechado até o que o cadinho e a amostra
resfriem;
•
Pesar e anotar o peso final; e
•
Calcular a PF usando a fórmula a seguir:
%FW =
(C + A) − (Final Weight)
x100
(C + A) − (CV)
Os dados são colocados em uma tabela do Microsoft Excel por um técnico de laboratório.
Certificados de análises químicas, originais e assinados, e planilhas de trabalho são fornecidos
pela MMX. Os limites de detecção para análise são mostrados na Tabela 11.2.2.1
Tabela 11.2.2.1: Limites de Detecção de Análise de Minério de Ferro
Análise
Fe
SiO2
Al2O3
MnO
P
TiO2
PF
Limite inferior de detecção
0,01%
0,10%
0,01%
0,01%
0,01%
0,01%
0,10%
11.2.3 Laboratório da SGS
No laboratório da SGS, todas as amostras são analisadas usando a técnica XRF. O tamanho
típico de amostra é 2g e é analisado quanto à porcentagem de Fe, Al2O3, SiO2, P, Mn, TiO2, Ca,
Mg e PF.
Os passos em procedimentos analíticos para PF consistem em:
•
Secar a amostra em um forno a aproximadamente 110ºC por, no mínimo, uma hora;
•
Pesar o cadinho (CV);
•
Colocar de 1,5g a 2g da amostra seca no cadinho e pesar de novo (C+A);
•
Colocar o cadinho com a amostra previamente aquecida e esperar até que a temperatura
alcance 1000±50ºC e deixar que calcine por mais de uma hora.
•
Remover o cadinho do forno, descansá-lo na placa refratária até que perca a
incandescência, e então colocá-lo em um secador fechado até o que o cadinho e a amostra
resfriem;
•
Pesar e anotar o peso final; e
•
Calcular o PF usando a fórmula a seguir:
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%FW =
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(C + A) − (Final Weight)
x100
(C + A) − (CV)
O limite de detecção para PF é de 0,01%. Os dados são gravados em LIMS.
11.3 Laboratório Interno de QA/QC (Controle de Qualidade e Garantia
de Qualidade)
11.3.1 Laboratório da AVG
O controle de qualidade e a garantia de qualidade (“QA/QC”) da AVG consistem em quartzo
puro e padrões de referência introduzidos a cada 40 amostras. Para cada 10 amostras analisadas
em conjunto, uma amostra duplicada e uma replicada são inseridas alternadamente. Os dados são
transferidos diretamente do equipamento e armazenados no LIMS.
11.3.2 Laboratório da MMX-Corumbá
Os procedimentos internos de QA/QC do laboratório da MMX-Corumbá consistem em inserir
amostras de Materiais de Referência Certificados (padrões) dentro de cada lote do laboratório e
inserir uma réplica para cada 10 amostras. A amostra padrão é IPT 123m, um material de
referência certificado produzido pelo Instituto para Pesquisas Tecnológicas no Brasil. Além
disso, um teste de peneiramento é feito para cada 10 amostras para verificar se 95% das amostras
passam pelas peneiras de 8,0, 2,0 e 0,106 mm.
11.3.3 Laboratório da SGS
Para o QA/QC, a SGS insere quartzos puros em cada 40 amostras e desempenha um teste de
peneiramento em todas as 20 amostras. Os dados são gravados com o LIMS. Além disso, uma
duplicata é inserida a cada 20 amostras e uma amostra de referência é inserida em cada remessa
de amostras. Os dados são transferidos diretamente do equipamento e armazenados no LIMS.
11.4 Controle de Qualidade e Garantia de Qualidade da MMX
Antes de a MMX adquirir o Projeto, a AVG fazia todo o trabalho analítico em seu próprio
laboratório no “site”. Para verificar os resultados analíticos obtidos pelos exames de laboratório
da AVG, A MMX enviou 60 amostras de onze furos de sonda para re-análises na SGS. Os
resultados mostraram uma boa relação entre os dois laboratórios com as análises feitas pela SGS
tendo valores levemente mais altos.
Atualmente, no Projeto da MMX, há o seguinte programa de QA/QC:
•
A inserção de padrões;
•
Duplicatas ocultas;
•
Comparações entre o que foi analisado versus os teores globais calculados; e
•
Cálculos estequiométricos (químicos) de fechamento.
A MMX utilizou as propriedades do AcQuire como a ferramenta de gerenciamento de banco de
dados, desde 2007. O AcQuire inclui protocolos de QA/QC acerca de procedimentos de
numeração de amostras. No plano de amostragem, o sistema insere um padrão e uma duplicata
para cada amostra, em posições aleatórias. O tamanho do conjunto-padrão é de 44 amostras, com
as 40 amostras preliminares, as 2 duplicatas de laboratório e os 2 padrões de laboratório.
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Technical Report on Resources
Portanto, dois padrões diferentes podem ser introduzidos em um único conjunto do laboratório
pelo departamento da geologia. Se o conjunto tiver menos de 44, o sistema assegura que pelo
menos dois padrões e uma amostra duplicada estarão introduzidos em cada conjunto.
Os materiais de referência certificados usados pela MMX eram OREAS 40P, produzidos pela
Ore Research and Exploration Pty Ltd. e a APHP (Amapá High Phosphorous), feitos com
minério de ferro da MMX Amapá Mineração Ltda, anteriormente uma subsidiária da MMX. A
APHP foi certificada pelo Dr. Dominique François-Bongarçon da Agoratek International.
A MMX calcula um teor global de ferro e outros elementos determinando uma média ponderada
baseada em análises de diferentes amostras de diferentes granulometrias. Esse procedimento foi
adotado depois que a MMX conduziu uma análise de granulometria em 404 amostras analisadas
na SGS e na MMX-Corumbá. Descobriu-se que a SGS e a MMX-Corumbá usaram
granulometrias levemente diferentes em suas análises, então os tamanhos foram agrupados
dentro das três seguintes escalas: F1, F2 e F3. A Tabela 11.4.1 mostra a divisão dos serviços por
laboratório.
Tabela 11.4.1: Análise de granulometria, SGS e MMX-Corumbá
Laboratório
SGS
MMX Corumbá
Tamanho da fração
Índice
> 31,5 mm
1
< 31,5 mm > 19 mm
2
< 19 mm > 8 mm
3
< 8,0 mm > 6,35 mm
4
< 6,35 mm > 1 mm
5
< 1 mm > 0,3 mm
6
< 0,3 mm > 0,106 mm
7
< 0,106 mm
8
< 38,1 mm > 25,4 mm
1
< 25,4 mm > 9,53 mm
2
< 9,53 mm > 6,35 mm
3
< 6,35 mm > 1 mm
4
< 1 mm > 0,15 mm
5
< 0,15 mm
6
Novo Grupo
F1
F2
F3
F1
F2
F3
A MMX calcula uma média ponderada por frações de granulometria F1, F2 e F3 para cada
laboratório, depois gera um teor global para Fe e outros constituintes analíticos. Estes dados são
plotados contrapostos aos resultados para desempenhos de testes avaliados de laboratório. As
análises globais calculadas são também usadas para avaliar o fechamento dos cálculos
estequiométricos.
MMX calcula o fechamento estequiométrico para análise na SGS de Fe2O3, SiO2, Al2O3,
P2O5, MnO, CaO, MgO TiO2 e PF. Fechamento estequiométrico não inclui Ca, Mg e Ti para
dados da MMX-Corumbá pelo fato de este laboratório não analisar esses elementos (Agoratek,
2009). Isso é praticamente um balanço de massas, a estequiometria é calculada pela MMX
usando a seguinte equação:
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As comparações de análises globais com análises calculadas foram usadas para identificar
amostras com falhas analíticas. A causa para a diferença seria investigada, com uma possível reanálise como conseqüência. A correlação perfeita entre os pares de amostras plotaria por volta de
uma inclinação de 45º no gráfico de dispersão. Aqueles pares de amostras considerados
problemáticos vão para fora 2 desvios padrão (2σ) ou aproximadamente 10% da inclinação de
45º no gráfico de dispersão. A MMX avaliou análises de cálculo global de 163 pares da SGS e
195 pares da MMX-Corumbá. Essas plotagens foram geradas para determinar Fe, SiO2, Al2O3,
P, Mn e PF. Seções de rocha separadas de suas formações originais ou falhas foram
identificadas em todos os gráficos de dispersão. A Figura 11-1 mostra os gráficos de dispersão
para o Fe tanto da SGS quanto da MMX-Corumbá e mostra resultados extremamente similares
para ambos os testes de laboratório.
O fechamento estequiométrico seria considerado aceitável se caísse entre 98% e 102%. A Figura
11-2 mostra um histograma para fechamento estequiométrico para todas as amostras e um
gráfico de dispersão para procurar Fe e por análises na SGS. A Figura 11-3 mostra a mesma
informação para a MMX Corumbá. A SGS executou dentro de uma escala de 98% a 102%,
enquanto MMX Corumbá teve escala mais larga de resultados. A escala da MMX Corumbá foi
de, aproximadamente, 95,5% para, eficazmente, 102,5% (Agoratek, 2009).
A MMX não forneceu à SRK informações sobre o desempenho de seus padrões e duplicatas
durante todo o programa de sondagem de 2008. Dados adiantados envolvendo oito amostras
brutas duplicadas, oito amostras APHP padrão e sete amostras OREAS 40, estavam disponíveis.
Duplicatas brutas mostraram muito boa correlação para amostras preliminares versus duplicatas,
para os resultados de Fe, SiO2, P, Al2O3, Mn e TiO2.
Inicialmente, resultados da MMX Corumbá para o padrão APHP estavam abaixo de 3-sigma
(3σ) do limite para P. O meio aceitável para P no padrão APHP é de 124% com um desvio de
0,003. Pelo fato de o minério da MMX Corumbá estar baixo em P, o laboratório tinha calibrado
o XRF a um limite superior a 1.100%. Depois que o laboratório aferiu novamente o instrumento
de XRF para P, os resultados analíticos estavam dentro de 2σ para este elemento. A análise de
APHP para o Fe, o SiO2, o P, o Al2O3, o MnO e o TiO2 teve resultados para as oito amostras
dentro dos 2 limites do sigma.
O padrão OREAS 40 teve as sete amostras dentro dos limites do 2σ para Fe e SiO2. Al2O3 e
TiO2 não tem valores dentro dos limites 3σ. As planilhas de controle de OREAS 40 para P e
MnO não foram traçadas porque todos os resultados para P estavam abaixo do limite de detecção
e todos os resultados para MnO foram relatados como 0,02%. Os valores certificados para P e
MnO são próximos aos limites de detecção no laboratório. A SRK percebe que a concentração
das amostras-padrão deve estar acima dos limites de detecção devidos para que sejam úteis na
detecção de erros no laboratório. Além disso, a SRK sugere que a MMX substitua esse padrão.
Os resultados de TiO2 para ambos os padrões tendem a mostrar os valores iguais, que podem ser
explicados por resultados perto do limite de detecção e do arredondamento de valores de análises
químicas.
Em 2009, a Agoratek, executou uma revisão e uma avaliação do projeto QA/QC para os
programas de sondagem de 2007 e 2008. Embora isso fosse feito após a conclusão dos
programas de sondagem, a finalidade deste estudo era identificar erros residuais e guiar
programas de QA/QC no projeto durante os programas de exploração futuros.
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A Agoratek (2009) notou o deslocamento estequiométrico de fechamento no laboratório da
MMX-Corumbá e recomendou que o ponto inicial do fechamento estivesse aberto de 97% a
102% para este laboratório, a MMX-Corumbá deveria verificar se havia problemas de calibração
e também verificar se Fe<50% ou SiO2>30% ou se a ambos necessitavam correção de cálculos.
Observou-se que a forma do histograma de ambos os laboratórios da SGS e MMX-Corumbá
eram similares, sugerindo o desempenho similar de laboratório. Agoratek (2009) não detectou
nenhum problema de análise na SGS, mas detectou que a SGS teve ocasionalmente uma análise
da fração do tamanho fora da escala aceitável de 98% a de 100%. Essa falha da análise foi
assinalada e deveria ter sido investigada, uma vez que a SGS filtra esse intervalo e deveria ter
detectado falhas da análise fora do mesmo.
A Agoratek (2009) avaliou o desempenho dos dois padrões, OREAS 40 e ADHP, ao longo do
tempo e informou que havia “problemas fortes de exatidão.” Um número limitado de erros na
troca de amostras foi identificado. Diversas falhas analíticas foram encontradas para ADHP: três
para P, uma para o manganês, quatro para TiO2 e dois para PF. Suspeitou-se que essas eram
trocas de amostra e, precisavam ser investigadas. Descobriu-se que o OREAS 40 tinha muitos
erros analíticos e a Agoratek (2009) sugeriu que esses eram devidos à certificação mal feita. Foi
sua a recomendação que este padrão fosse substituído.
As comparações globais de teor das análises químicas contra resultados calculados e duplicatas
brutas identificaram diversos erros/falhas analíticas, que, de acordo com a Agoratek (2009), já
tinham sido investigados pela MMX.
11.5 Interpretação
A MMX está utilizando seu próprio laboratório da Mina 63 para a análise das amostras de
AVG/Minerminas. A MMX, originalmente, decidiu usar o laboratório por causa dos atrasos de
tempo experimentados em laboratórios comerciais. A SRK visitou o laboratório e notou que
estava funcionando bem. O laboratório usa suas próprias medidas internas de QA/QC, com
amostras-padrão que são apropriadas para o material da Mina 63. As amostras da Mina da
AVG/Minerminas são submetidas com amostras de QA/QC, incluindo padrões e amostras
duplicadas com as amostras-padrão apropriadas ao projeto. Esses padrões têm os valores de P e
de MnO fora dos limites de detecção usados na Mina 63. A MMX pode querer reconsiderar os
padrões que são usados no laboratório de MMX-Corumbá juntamente com as amostras do
projeto ou usar um laboratório comercial que tenha uma escala mais larga de limites de detecção.
Os resultados do OREAS 40 observados pela SRK e pela Agoratek sugerem que este padrão está
incorreto e deve ser substituído. À luz de algumas das falhas identificadas, é interessante utilizar
a amostra-padrão para checar o processo de preparação. Visto que as duplicatas são usadas para
verificar se há erros de amostragem e homogeneidade de amostra, as duplicatas não devem ser
colocadas na ordem seqüencial.
Falhas da amostra de QA/QC são trabalhadas apropriadamente, revistas e investigadas para
determinar a razão do erro. A preparação e as análises da amostragem seguem diretrizes da
indústria e o QA/QC indica que os resultados são apropriados para uma base de dados de
recursos. A SRK recomenda que o QA/QC seja monitorado como parte de um processo em curso
durante todos os programas da sondagem da exploração. O monitoramento deve ser feito durante
os programas de exploração de modo que as falhas analíticas possam rapidamente ser
identificadas, investigadas e solucionadas.
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Mina AVG/Minerminas
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 11-1.doc
Fonte: MMX 2009 modified by SRK
2009.
Dispersão das Análises Fe dos
Laboratórios SGS e MMX Corumbá
Fe Global Calculado versus Fe
Global Analisado
Date: 3/19/2009
Approved: DKB
Figure: 11-1
Mina AVG/Minerminas
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 11-2.doc
Fonte: MMX 2009 modified by SRK
2009.
Gráficos Apresentando
Fechamento Químico das
Análises SGS
Date: 3/19/2009
Approved: DKB
Figure: 11-2
Mina AVG/Minerminas
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 11-3.doc
Fonte: MMX 2009 modified by SRK
2009.
Gráficos Apresentando
Fechamento Químico das Análises
MMX-Corumbá
Date: 3/19/2009
Approved: DKB
Figure: 11-3
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12-1
Technical Report on Resources
12 Verificação dos Dados (Item 16)
12.1 Métodos e procedimentos de controle da qualidade
A MMX importa diretamente os dados recebidos dos laboratórios para sua base de dados. A
SRK comparou certificados do ensaio de 20% da base de dados e não encontrou nenhum erro.
As medidas do laboratório QA/QC são descritas na seção procedente. MMX está monitorando o
núcleo de recuperação e está eliminando intervalos com baixa recuperação da base de dados da
avaliação dos recursos. O pessoal da MMX verifica atualizações topográficas para ter certeza
que os dados são corretos e da verificação da boca do furo em relação à topografia..
12.2 Limitações
As limitações ao programa de QA/QC são descritas na seção precedente. A SRK considera os
dados verificados e apropriadamente adequados para a avaliação do recurso.
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13-1
Technical Report on Resources
13 Propriedades Adjacentes (Item 17)
A mina AVG/Minerminas está situada no Quadrilátero Ferrífero, uma área que historicamente
tem sido e continua a ser uma das líderes na produção mundial de ferro. A MMX não usou
nenhuma informação das propriedades próximas e a SRK não tem informações de dados
públicos em propriedades junto à mina AVG/Minerminas.
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14-1
Technical Report on Resources
14 Processamento Mineral e Testes de Metalurgia (Item
18)
14.1 Processamento Mineral/Análise de testes de Metalurgia
As operações atuais no projeto processam minérios da AVG/Minerminas para obtenção dos
seguintes produtos:
•
Lump por britagem e peneiramento;
•
Sinter Feed alimentação (- 6,35mm + 1,00mm) por peneiramento;
•
Sinter Feed alimentação (- 1,00mm + 0,15mm) por espirais e separação magnética; e
•
Pellet Feed alimentação (- 0,15mm) pela separação magnética
O departamento tecnológico da MMX desenvolveu testes do bancada e em escala piloto com o
itabirito friável, itabirito carbonático friável e itabirito compacto para a possível expansão futura.
Duas plantas adicionais para processar o itabirito compacto com capacidade 2Mt/a estão sendo
previstas. As características principais do trabalho de teste são apresentadas e analisadas nas
seções seguintes. O trabalho de testes foi realizado sob a supervisão da equipe de funcionários do
departamento tecnológico da MMX nos seguintes laboratórios, que têm reputações excelentes no
campo do testes em minério de ferro, bem como outros tipos de minério:
•
Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG;
•
Fundação Gorceix, Ouro Preto, MG (com suporte de UFOP);
•
PCM (JB Consultoria S/C, Processamento e Caracterização Mineral), Mariana, MG; e
•
Laboratórios de fornecedores de Equipamentos (Gaustec, Belo Horizonte, MG; Kuttner
do Brasil, Belo Horizonte, MG).
14.1.1 Procedimentos
Itabirito Friável
Três circuitos foram testados em escala piloto. Fluxogramas simplificados dos circuitos são
apresentados como segue:
•
Circuito atual: concentração usando WHIMS (separação magnética de alta intensidade –
via úmida- (figura 14-1)
•
Circuito 1: LIMS (separação magnética de baixa intensidade) + WHIMS (figura 14-2);e
•
Circuito 2: Separação por gravidade com uso de espirais + WHIMS (figura 14-3).
Itabirito Pulvurulento
O itabirito carbonático friável foi testado em escala piloto usando-se espirais e separadores
magnéticos.
Itabirito Compacto
Itabirito compacto foi testado em bancada e em escala piloto. Os fluxogramas de bancada e da
planta-piloto são mostrados nas figuras 14-4 e 14-5.
SRK Consulting (US), Inc.
AVG-Minerminas NI 43-101 - Portugues_Rev01.doc
March 27, 2009
MMX Mineração e Metálicos S.A.
AVG/Minerminas Mines
14-2
Technical Report on Resources
Os testes metalúrgicos mostraram que o itabirito compacto é parcialmente liberado em 0,075mm.
De acordo com os fluxograma citados acima, a amostra foi moída em 0,212mm e préconcentrada por LIMS (1.200 gauss), por MIMS (7.200 gaus) e por WHIMS (10.000 gaus). O
pré-concentrado foi re-moído então em 10% retido na malha 200 (0,074mm) e submetido aos
testes da flotação e separação magnética (intensidade magnética ajustada em 8.000, 10.000,
12.000, 14.000 e 16.000 gaus).
Uma amostra de 15 t foi tratada em moinho de esferas no circuito aberto com uma tela 1 mm de
classificação na saída. O under e o over alimentaram o WDRE (separador magnético de terras
raras, cilíndrico e via úmida) separadamente. Os rejeitos do WDRE alimentados pelo over foram
considerados os rejeitos finais. Seu concentrado foi misturado com o concentrado de WDRE
alimentado pelo under. Os rejeitos do WDRE fornecidos pelo under foram enviados ao WHIMS
a 10.000 gaus. O concentrado deste WHIMS foi misturado aos concentrados anteriores e seus
rejeitos foram considerados os rejeitos finais. Os três concentrados misturados foram re-moídos
até 200 mesh e foram enviados então ao circuito da flotação de coluna (Veja figura 14-5)
14.1.2 Resultados
Itabirito Friável
Os resultados de teste com itabirito friável são apresentados na tabela 14.1.2.1 abaixo:
Tabela 14.1.2.1: Itabirito Friável – Resultado do Trabalho de Teste-Piloto
Finos Emicon
Circuito
%
Recup.
Alimentação
Circuito Atual
100%
57%
75%
Concentrado WDRE
43%
100%
11%
Rejeito WDRE
Recup.
Metal
% Fe
% SiO2
51,3
21,8
80%
66,7
3,5
55,5
21,8
% Fe
% SiO2
50,9
22,8
Recup.
100%
66,3
3,3
62%
30,3
56
48,9
17,3
38%
100%
26,4
51,3
66,6
1,8
11%
68,3
2,1
57,5
15,5
59,3
11,4
67,9
2,8
65,1
3,5
rejeito WHIMS
23,9
57,2
21,5
64,5
Deslamagem OF
37,2
39,4
38,6
31,4
Deslamagem Uf
Concentrado fino
WHIMS
41,5
44,1
48,4
28,2
66,4
3,6
66
3,8
13,4
78,6
23,1
63,2
67,6
2,7
64%
19,7
56,1
63
17,8
36%
100%
62,1
9,1
51,5
23,8
66,5
4,1
55
20
Concentrado WHIMS
58%
7%
Rejeito fino WHIMS
Concentrado final
Rejeito final
Alimentação
76%
24%
100%
Concentrado Rougher
Rejeito Rougher
Concentrado Cleaner
Circuit 2
Finos Minerminas
%
Concentrado Final
Rejeitos finais
Alimentação
Circuito 1
Recup.
Metal
40%
Rejeitos Cleaner
25%
26%
66
3,4
25
51,3
54,6
21,8
61,9
8,8
52,6
22,1
67
3
47,7
30,3
67,2
2,5
66,4
3,7
22,8
58,7
33,7
47,6
Deslamagem OF
37,2
39,4
38,6
31,4
Deslamagem Uf
Concentrado fino
WHIMS
41,5
44,1
48,4
28,2
66,4
3,6
66
3,8
SRK Consulting (US), Inc.
AVG-Minerminas NI 43-101 - Portugues_Rev01.doc
7%
11%
83%
Rejeito WHIMS
Concentrado WHIMS
29%
91%
28%
25%
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14-3
Technical Report on Resources
Tabela 14.1.2.1: Itabirito Friável – Resultado do Trabalho de Teste-Piloto (Cont.)
Rejeito fino WHIMS
Circuit 2
Concentrado final
75%
Rejeito final
25%
89%
13,4
78,6
66,8
3,4
62%
23,1
24,6
60
38%
80%
63,2
66,5
3,5
26,7
50,3
As amostras coletadas pela MMX são descritas momentaneamente como:
•
Finos Emicon - uma amostra representativa das antigas pilhas produzidas pela Emicon.
Os chamados finos não foram submetidos a nenhum procedimento da concentração antes
de estocados; e,
•
Finos Minerminas (“Rejeito Minerminas Dinâmico”) - Finos produzidos na planta
Minerminas e estocados aguardando processo futura concentração.
As conclusões são:
•
Finos nos tamanhos – 1,68mm + 0,325mm podem ser tratados sem nenhum dano à matriz
magnética do separador, ou seja, nenhuma obstrução da matriz foi observada;
•
Circuitos 1 e 2 mostraram resultados metalúrgicos bons e similares. Não obstante, o
circuito 2 forneceu uma capacidade mais elevada ao separador magnético o que o faz ser
o preferido. Além disso, espirais podem absorver variações mineralógicas do minério,
visto que a baixa ou média intensidade do separador magnético (WDRE) é mais sensível
às flutuações mineralógicas no minério. Conseqüentemente o circuito 2 é o planejado
para a rota de processo industrial;
•
A etapa de limpeza das espirais pode ser otimizada usando-se uma taxa de água mais
elevada; e
•
A abertura da matriz nas WHIMS pode ser aperfeiçoada a fim reduzir o consumo de
potência e aumentar o campo magnético. Isso será feito em outra etapa.
Os testes de jigagem foram realizados igualmente com o sinter “grosso”, tomados da planta de
AVG (- 6,3mm+1,0mm), a fim conseguir um grau mais alto de concentrado. A tabela 14.1.2.2
abaixo mostra a análise química e a distribuição granulométrica da amostra retirada da planta.
Tabela 14.1.2.2: Alimentação do Sinter “grosso” da mina AVG - determinações da
granulometria e química
8,0mm
4,1
6,35mm
10,3
Fe
61,76
SiO2
7,94
Granulometria - % Retido Acumulado
4,75mm
2,0mm
1,00mm
23,7
59,6
76,3
Análise Química (%)
Al2O3
P
Mn
1,22
0,077
0,02
0,50mm
84,1
0.15mm
88,9
P.P.C.
2,28
Estratificação e os testes de jigagem dinâmica foram realizados. A Tabela 14.1.2.3 e a figura 146 mostram os resultados do trabalho destes testes.
SRK Consulting (US), Inc.
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14-4
Technical Report on Resources
Tabela 14.1.2.3: Alimentação do Sinter “grosso” da AVG- análise química no teste da
estratificação
Rendimento
massa (%)
29
52
65
85
100
Fe (%)
SiO2 (%)
66,60
66,23
65,94
64,81
61,76
Al2O3 (%)
2,22
2,51
2,77
3,97
7,94
P (%)
0,60
0,77
0,85
1,04
1,22
Mn (%)
0,063
0,066
0,068
0,073
0,077
PF (%)
0,04
0,03
0,03
0,03
0,02
1,62
1,76
1,85
2,08
2,28
Os resultados dos testes de jigagem dinâmica são mostrados nas tabelas 14.1.2.4 e 14.1.2.5
apresentadas a seguir.
Tabela 14.1.2.4: Alimentação do Sinter “grosso” da AVG – Condições do teste de Jigagem
dinâmica
Condições
Teste 1
Teste 2
Teste 3
Teste 4
Teste 5
Teor dos sólidos
(kg/h)
90,7
299,2
274,0
420,0
506,3
Altura do “Weir”
(mm)
80
80
80
80
70
Amplitude (mm)
Frequência Hz
15
15
15
15
15
34
34
35
38
40
Tabela 14.1.2.5: Alimentação do Sinter “grosso” da AVG – Balanço metalúrgico
Descrição
Alimentação
TESTE DE CONCENTRAÇÃO 1
REJEITO
TESTE 1
TESTE DE CONCENTRAÇÃO 2
REJEITO
TESTE 2
TESTE DE CONCENTRAÇÃO 3
REJEITO
TESTE 3
TESTE DE CONCENTRAÇÃO 4
REJEITO TESTE 4
TESTE DE CONCENTRAÇÃO 5
REJEITO TESTE 5
Análise Química (%)
SiO2
Al2O3
P
7,62
1,47
0,082
3,70
1,39
0,085
Recup. (%)
100,0
53,2
Fe
61,69
64,77
46,9
68,9
50,92
65,19
21,66
3,34
2,16
1,32
31,1
76,2
57,48
64,35
12,54
4,14
23,8
80,4
19,6
60,9
39,1
45,42
64,63
52,15
63,65
58,32
29,07
3,80
19,49
5,24
11,70
Mn
0,05
0,05
PF
2,36
1,92
0,107
0,082
0,04
0,04
3,13
1,88
1,87
1,39
0,093
0,074
0,04
0,04
3,09
2,23
2,22
1,20
2,12
1,24
1,61
0,104
0,080
0,104
0,085
0,099
0,05
0,05
0,05
0,04
0,05
3,57
2,19
3,53
2,31
2,93
Na tabela 14.1.2.5, o teste 4 mostra que classes excelentes de rendimento e concentrado podem
ser alcançadas por agitação. Outro ponto é que o concentrado se torna um pouco mais grosseiro
do que a alimentação, que é interessante para a qualidade do concentrado.
O jig usado na Fundação Gorceix tem as seguintes características:
•
Área de agitação – 0,12m2 (0,42m x 0,28m);
•
Capacidade – 100 to 500 kg/h; e
•
Taxas de água: 1.200L/h (água da diluição); 2.800L/h (água do hutch).
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14-5
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Itabirito carbonático friável (IFCA)
O itabirito carbonático friável é liberado completamente abaixo de 1 mm, sendo concentrado por
gravidade e por meios magnéticos. A presença de hematita microcristalina determina a geração
elevada de partículas ultrafinas no circuito do moinho de bolas. Usar um circuito do moinho de
barras pode diminuir a quantidade de partículas ultrafinas no produto, conseqüentemente
abrandando os efeitos prejudiciais das partículas ultrafinas.
A composição química do concentrado produzido no teste piloto é:
Fe – 62,8 %
SiO2 – 8,4 %
Al2O3 – 0,81 %
P – 0,027 %
Mn – 0,04 %
PF – 0,89 %
O concentrado mostrou um rendimento em massa de 51,8% e uma recuperação do metal de
74,6%. A amostra de 1 t usada para o teste piloto não é considerada inteiramente representativa
do depósito e uma amostra nova é necessária para repetir o teste piloto.
A MMX planeja alimentar simultaneamente a planta com itabirito friável e o itabirito
carbonático.
Itabirito Compacto
Três amostras diferentes foram coletadas, a fim ser usadas no teste.
•
Amostra 1 – Zona dobrada (rejeito interno da mina);
•
Amostra 2 – Itabirito silicificado e
•
Amostra 3 - Itabirito não intemperizado (das amostras de testemunho).
As amostras 2 e 3 foram usadas somente no trabalho de teste de bancada, pois suas massas eram
pequenas. A amostra 1 foi coletada em uma quantidade maior (15 t) para bancada e planta-piloto
As características da amostra 1 são dadas abaixo na tabela 14.1.2.6.
Tabela 14.1.2.6: Itabirito compacto - amostra 1 - características, composição química
Amostra
1
Fe
33,9
Si02
51,5
Al2O3
0,1
P
0,058
Mn
0,01
TiO2
0,01
PPC
0,01
Ca
0,13
Mg
0,1
K2 0
0,01
Na2O
<0,1
FeO
2,79
Tabela 14.1.2.7: Itabirito compacto - amostra 1 - características, composição Mineralógica
Minerais
Hematita lamellar, policristalina
Hematita Nodular
Martita
Magnetita
Goethita/Limonita
Quartzo
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AVG-Minerminas NI 43-101 - Portugues_Rev01.doc
%Peso
2,6
39,2
8,1
0,7
1,4
48
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AVG/Minerminas Mines
14-6
Technical Report on Resources
Tabela 14.1.2.8: Itabirito compacto - amostra 1 - características, distribuição granlométrica
Abertura (mm)
19,0
12,5
8,0
6,4
3,4
1,0
0,50
0,29
0,212
0,15
0,106
0,075
0,053
0,038
< 0,038
% Retido Faixa
42,4
26,1
11,0
3,8
8,9
3,7
1,3
0,4
0,3
0,2
0,2
0,2
0,1
0,4
1,1
Amostra 01
% Retido Acumulado
42,4
68,5
79,5
83,3
92,1
95,8
97,1
97,5
97,8
98,0
98,2
98,4
98,5
98,9
100,0
% Passante
57,6
31,5
20,5
16,7
7,9
4,2
2,9
2,5
2,2
2,0
1,8
1,6
1,5
1,1
O índice foi determinado na amostra 1 para duas dimensões das partículas, segundo as
indicações da tabela 14.1.2.9.
Tabela 14.1.2.9: Itabirito compacto - amostra 1 - determinações do índice de trabalho
Tamanho da Partícula, mm
0,15
0,075
Índice de Trabalho, kWh/t
13,6
15,3
O balanço metalúrgico obtido no trabalho de teste de bancada é apresentado na figura 14-7 e os
resultados metalúrgicos determinados no teste piloto do itabirito compacto são mostrados na
figura 14-8 abaixo. Os resultados metalúrgicos são apresentados igualmente na tabela 14.1.2.10
abaixo.
SRK Consulting (US), Inc.
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14-7
Technical Report on Resources
Tabela 14.1.2.10: Itabirito compacto - amostra 1 - balanço metalúrgico
Flotatção
Moagem e Separação Magnética
Teste
Fluxo
Taxa de
sólidos
(kg/h)
%Massa da
etapa
% Massa no
RoM
% Fe
% SiO2
%Recuperação
do Metal
Nova Alimentação
Descarga do Moinho
Malha OS
Malha US
Concentrado Malha OS WDRE
Rejeito Malha OS WDRE
176,6
176,6
7
169,6
3,5
3,5
100,00%
100,00%
4,00%
96,00%
50,10%
49,80%
100,00%
100,00%
4,00%
96,00%
2,00%
2,00%
32,6
32,6
30,9
32,7
45,1
15,6
51,9
51,9
55,9
51,7
35,3
76,6
100%
Concentrado Malha US WDRE
Rejeito Malha US WDRE
Concentrado Jones
Rejeito Jones
Concentração Final/Alimentação
Flotação
Concentração Rougher
Rejeito Rougher
Concentrado Scavenger
66,2
103,4
22,3
81,1
39,00%
61,00%
21,60%
78,40%
37,50%
58,60%
12,60%
45,90%
56,5
17,5
45,2
9,9
19,1
72,6
34
83,2
65%
18%
14%
92
52,10%
52,10%
53,3
23,4
85%
77,6
40,7
18,2
84,40%
44,20%
44,70%
44,00%
23,00%
10,30%
65,4
22,5
37,5
5,8
68,6
47,4
Rejeito Scavenger
Concentrado Cleaner (Final)
Rejeito Cleaner
Rejeito Final
22,5
69,5
8,1
107,1
55,30%
89,50%
10,50%
12,70%
39,40%
4,60%
60,60%
10,4
67,2
49,7
10,1
85,8
3,1
28,2
83,5
4%
96%
3%
1%
81%
19%
As condições usadas nos testes da concentração são dadas abaixo:
•
Intensidade magnética WDRE – 7.000 Gauss;
•
Intensidade magnética WHIMS– 10.000 Gauss;
•
Dosagem da amina: 70g/t;
•
Dosagem do amido: 400g/t; e
•
Ph: 10,6 controlados por meio da solução de NaOH
As seguintes conclusões foram obtidas a partir dos resultados de bancada e piloto do itabirito
compacto
•
O teor do concentrado foi 67% Fe e 3,1% SiO2. O rendimento em massa foi de 39,1% e a
recuperação foi 81%. O teor da alimentação do RoM foi Fe 32,6%;
•
Os testes de bancada deram base aos testes-piloto, o que os tornou muito valiosos;
•
A operação de concentração magnética, onde um pré-concentrado foi produzido, era
muito satisfatória, com uma recuperação do metal de 85% e um rejeito de 75% do
mineral principal da ganga (quartzo - SiO2) foi alcançada. Esta operação abrandará o
consumo de potência e os custos de flotação, reduzindo Capex e Opex da planta
industrial;
•
O uso único da separação magnética não é praticável, porque o teor do concentrado
alcança um máximo do Fe de 63%. Com a flotação é possível produzir um concentrado
final de Fe com 68%; e
•
Os resultados do teste piloto suportam os parâmetros da engenharia para o projeto da
planta industrial como poderá será constadado adiante neste relatório. (Item 17.3.2).
SRK Consulting (US), Inc.
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AVG/Minerminas Mines
14-8
Technical Report on Resources
É importante dizer que a qualidade e a quantidade de informação obtida pelo trabalho de testes
desenvolvidos pela MMX foram adequadas para o projeto de plantas dos itabiritos compactos e
friáveis. Não obstante, um teste adicional é recomendado a fim de fornecer parâmetros de
engenharia para os trabalhos seguintes de engenharia, tais como testes de bancada de
sedimentação, filtragem e outros.
SRK Consulting (US), Inc.
AVG-Minerminas NI 43-101 - Portugues_Rev01.doc
March 27, 2009
Mina AVG/Minerminas,
Brasil
Circuito Atual - Itabirito Friável
Concentração uitlizando WHIMS
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 14-1.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 14-1
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
Itabirito Friável - Circuito 1
LIMS + WHIMS
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 14-2.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 14-2
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
Itabirito Friável - Circuito 2
Espirais + WHIMS
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 14-3.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 14-3
AVG/Minerminas Mines,
Brazil
Itabirito Compacto
Teste de Bancada
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 14-4.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 14-4
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
Itabirito Compacto – Teste Piloto
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 14-5.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 14-5
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
AVG Sinter Feed "Coarse" –
Qualidade Química versus Massa
Teste de Rendimento
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 14-6.doc
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 14-6
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
Itabirito Compacto – Balanço
Metalúrgico do Teste de Bancada
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 14-7.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 14-7
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 14-8.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Itabirito Compacto – Teste
Piloto – Fluxograma com
Balanço Metalúrgico
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 14-8
MMX Mineração e Metálicos S.A.
AVG/Minerminas Mines
15-1
Technical Report on Resources
15 Estimativa de Recursos Minerais (Item 19)
15.1 Estimativa de Recursos
Este item fornece detalhes das premissas básicas, parâmetros e métodos usados para a estimativa
dos recursos minerais, além da opinião da SRK, seus méritos e possíveis limitações. A estimativa
de recursos AVG/Minerminas foi feita para MMX pela Prominas Projetos e Serviços de
Mineração LTDA (Prominas), uma empresa privada de consultoria em geologia e engenharia de
Belo Horizonte, utilizando o software MineSight da Mintec. O recurso foi auditado por Leah
Mach, QP deste relatório e principal consultora de recursos da SRK.
15.1.1 Banco de dados dos furos de sonda
O banco de dados das amostras dos furos de sonda foi compilado pela MMX e verificada pela
SRK, o mesmo foi considerado de alta qualidade e apropriado para a estimativa de recursos. A
base de dados consiste em ensaios de 88 dos 92 furos de sonda da AVG, Minerminas e MMX; os
ensaios dos outros quatro furos ainda não foram recebidos. A profundidade média dos furos é de
60 metros e a metragem total é de 5.597 m. Aproximadamente um terço dos furos é vertical, e o
restante foram perfurados a -700 com azimute para o norte.
Foram realizadas análises granulométricas para 404 amostras pelos laboratórios SGS e MMXCorumbá. Para o restante das amostras há somente uma única análise para amostra total. A SGS
e MMX-Corumbá usaram tamanhos de granulometria ligeiramente diferentes em suas análises,
então os tamanhos foram agrupados em três como mostra a Tabela 15.1.1.1.
Tabela 15.1.1.1: Análise granulométrica, SGS e MMX-Corumbá
Laboratório
SGS
MMX-Corumbá
Tamanho da Fração
> 31,5 mm
< 31,5 mm > 19 mm
< 19 mm > 8 mm
< 8,0 mm > 6,35 mm
< 6,35 mm > 1 mm
< 1 mm > 0,3 mm
< 0,3 mm > 0,106 mm
< 0,106 mm
< 38,1 mm > 25,4 mm
< 25,4 mm > 9,53 mm
< 9,53 mm > 6,35 mm
< 6,35 mm > 1 mm
< 1 mm > 0,15 mm
< 0,15 mm
Índice
1
2
3
4
5
6
7
8
1
2
3
4
5
6
Novo Grupo
F1
F2
F3
F1
F2
F3
O teor de ferro (e as outras variáveis) foi calculado como uma média ponderada para cada novo
grupo de granulometria e para o valor global. A MMX calculou o balanço químico para cada
granulometria e a global pela equação abaixo:
O balanço químico era aceitável quando o valor ficava entre 97% e 102%. Amostras com valores
fora do grupo não foram usadas para a análise estatística ou estimativa de recurso.
A MMX usou os valores da análise global para amostras, que não tem análise granulométrica e
usou o valor global calculado para amostras onde existiam análises granulométricas.
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AVG-Minerminas NI 43-101 - Portugues_Rev01.doc
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15-2
Technical Report on Resources
A SRK recebeu a base de dados dos furos de sondagem em cinco arquivos (csv) constituídos por:
•
Boca do furo, identificação do furo, coordenadas leste, norte, cota, e profundidade total;
•
Levantamento: Profundidade, azimute, inclinação;
•
Recuperação: de, até, comprimento, recuperação, porcentagem recuperada;
•
Geologia: De, até, litologia e código do log do furo, litologia modelada e código das
seções transversais; e
•
Ensaio: Quarto arquivos, sendo um para cada fração granulométrica e um global,
contendo de, até, Fe, SiO2, Al2O3, P, Mn, LOI, Ti, Ca, Mg, FeO, Fração %. A SRK
também recebeu a base de dados completa com cada fração granulométrica desagrupada.
A Tabela 15.1.1.2 contém a estatística básica para o intervalo do ensaio e as variáveis dos metais
dos valores globais.
Tabela 15.1.1.2: Estatística básica dos Ensaios Globais
Variável
Interval
Fe
SiO2
Al2O3
P
Mn
LOI
Ti
Ca
Mg
FeO
Número
999
999
999
999
999
980
999
703
434
431
124
Mínimo
0,85
5,77
0,70
0,02
0,01
0,00
0,01
0,01
0,01
0,01
0,14
Máximo
16,20
68,25
89,41
29,32
0,76
21,53
13,95
1,93
0,70
0,20
2,73
Média
4,33
42,78
33,31
2,60
0,06
0,25
1,98
0,12
0,04
0,06
1,17
10
Quartil
3,10
32,41
13,87
0,50
0,01
0,00
0,37
0,01
0,02
0,05
0,85
Mediana
4,05
41,62
35,39
1,44
0,04
0,03
1,26
0,04
0,05
0,05
1,14
30
Quartil
4,70
54,71
49,67
3,26
0,07
0,05
2,75
0,15
0,05
0,05
1,48
Desvio
Padrão
1,99
14,06
19,97
3,45
0,07
1,17
2,19
0,22
0,05
0,03
0,46
Variância
3,99
197,57
399,00
11,92
0,00
1,37
4,78
0,05
0,00
0,00
0,21
Coeficiente de
Variação
0,46
0,33
0,60
1,33
1,24
4,64
1,10
1,88
1,09
0,47
0,40
A MMX ademais limitou as amostras a serem usadas na estimativa àquelas com recuperação da
amostra acima de 70%.
15.1.2 Geologia
Vinte e três secções transversais geológicas foram feitas em intervalos de 200m com cinco
seções infill adicionais em 100m. Figura 15-1 é um mapa de locação dos furos de sonda com as
linhas das seções transversais e a topografia como em setembro de 2008. Os seguintes litotipos
foram modelados nos seções transversais:
•
Pilhas
•
Canga;
•
Itabirito Friável
•
Hematita Friável;
•
Itabirito Carbonático Friável;
•
Itabirito Compacto;
•
Hematita Compacta;
•
Intrusiva;
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•
Quartzito;
•
Filito;
•
Brecha; e
•
Veios de quartzo.
15-3
Technical Report on Resources
A Figura 15-2 apresenta seções transversais típicas da AVG e Minerminas.
As seções transversais foram usadas para preparar seções horizontais com 10m de espaçamento
da cota 1.000 até 1.370. Os sólidos foram gerados pelo método da extrusão por meio de
polígonos geológicos nas seções horizontais e projetados 10 m.
Os litotipos que foram usados na avaliação da classe são Canga (CG), Itabirito Friável (IF),
Itabirito Carbonático Friável (IFCA), e Itabirito Compacto (CI). A tabela 15.1.2.1 apresenta as
estatísticas básicas para estes litotipos.
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15-4
Technical Report on Resources
Tabela 15.1.2.1 .1: Estatísticas básicas das variáveis do metal por Litotipos usados na
estimativa de teor
Litotipo
CG
IF
IC
IFCA
Todos
Estastística
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Médiana
Des. Padr.
Contagemt
Fe
56,99
21,95
65,42
57,78
7,10
62
50,40
17,10
68,10
51,39
11,47
478
SiO2
7,26
0,73
65,57
4,11
9,56
62
24,17
0,66
73,75
23,31
16,98
478
Al2O3
5,07
0,30
12,87
4,27
3,18
62
1,87
0,04
14,80
1,35
1,72
478
P
0,2
0,0
0,8
0,1
0,1
62
0,0
0,0
0,7
0,0
0,1
478
Mn
0,0
0,0
0,2
0,0
0,0
61
0,0
0,0
3,4
0,0
0,2
462
LOI
5,30
0,05
10,86
4,88
2,24
62
1,45
0,02
10,11
1,10
1,35
478
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagemt
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
34,18
13,88
62,80
33,65
6,65
206
34,83
10,36
58,68
34,56
10,01
196
44,05
10,36
68,10
42,54
13,07
942
49,88
6,09
77,37
50,33
9,51
206
41,27
4,40
81,22
43,51
14,70
196
32,24
0,66
81,22
34,52
19,39
942
0,51
0,02
4,43
0,22
0,72
206
3,92
0,11
15,57
3,10
3,25
196
2,21
0,02
15,57
1,30
2,51
942
0,0
0,0
0,2
0,0
0,0
206
0,1
0,0
0,3
0,1
0,1
196
0,1
0,0
0,8
0,0
0,1
942
0,1
0,0
6,8
0,0
0,5
204
0,7
0,0
15,9
0,1
1,8
196
0,2
0,0
15,9
0,0
0,9
923
0,32
0,01
2,71
0,13
0,45
206
3,13
0,12
9,36
2,87
1,92
196
1,80
0,01
10,86
1,11
1,94
942
15.1.3 Compostas
O comprimento médio das amostras é 4,03 m com uma variação de 0,02 a 15 m. A MMX
compôs as amostras nos intervalos de 5 m, começando na parte superior do furo de sonda com
paradas nos limites claros do litotipo. As amostras com recuperação menor que 70% foram
excluídas da rotina das compostas. As compostas com comprimentos menores que 2,5m na parte
inferior do furo foram adicionadas à composta precedente, e as amostras superiores ou iguais a
2,5 foram mantidas como tal. A tabela 15.1.3.1 apresenta estatísticas básicas das compostas
usados na avaliação do teor.
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15-5
Technical Report on Resources
Tabela 15.1.3.1: Estatísticas das compostas
Litotipo
CG
IF
IC
IFCA
Todos
Estastística
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Fe
57,60
33,44
65,42
58,63
5,74
78
51,25
18,16
67,66
53,05
11,09
476
34,19
14,75
62,80
34,76
5,89
159
35,09
11,44
57,01
34,70
9,44
161
45,74
11,44
67,66
45,41
12,91
874
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SiO2
6,19
0,73
48,02
3,85
7,18
78
23,20
0,70
72,17
21,49
16,28
476
49,81
6,09
74,76
49,83
8,33
159
40,85
7,88
79,85
42,55
14,10
161
29,77
0,70
79,85
30,70
19,15
874
Al2O3
5,14
0,91
11,62
4,29
2,92
78
1,75
0,08
14,80
1,36
1,50
476
0,50
0,02
3,39
0,26
0,64
159
3,96
0,13
14,19
3,40
3,14
161
2,23
0,02
14,80
1,41
2,41
874
P
0,2
0,0
0,8
0,1
0,2
78
0,0
0,0
0,7
0,0
0,1
476
0,0
0,0
0,2
0,0
0,0
159
0,1
0,0
0,2
0,1
0,0
161
0,1
0,0
0,8
0,0
0,1
874
Mn
0,0
0,0
0,2
0,0
0,0
77
0,0
0,0
2,9
0,0
0,2
462
0,1
0,0
5,0
0,0
0,4
159
0,7
0,0
14,9
0,1
1,8
161
0,2
0,0
14,9
0,0
0,9
859
LOI
5,46
1,75
10,86
4,91
2,27
78
1,34
0,02
9,31
1,04
1,17
476
0,32
0,01
2,55
0,16
0,42
159
3,10
0,18
9,36
2,89
1,84
161
1,84
0,01
10,86
1,17
1,97
874
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15-6
Technical Report on Resources
15.1.4 Estatísticas das Compostas
A MMX conduziu três programas de medidas da densidade no projeto. O trabalho foi executado
pela Prominas sob o contrato da MMX. O primeiro programa foi feito pela AVG, o segundo pela
Minerminas e em terceiro lugar feito pela AVG e pela Minerminas. O método “sand flask” foi
usado para os litotipos friáveis e o método do deslocamento em água para os litotipos
competentes. Os valores médios foram calculados com e sem valores do anômalos por litotipo.
Os valores médios sem anômalos foram usados na avaliação do recurso. A tabela 15.1.4.1
apresenta as densidades pelo litotipo.
Tabela 15.1.4.1: Densidade dos Litotipos
Código
Abreviatura
Descrição
Densidade
1
2
3
3
4
5
6
10
11
12
16
20
21
IF
IC
CG
CG
IN
QTZ
FL
IFCA
BR
HFMN
FS
HC
VQ
Itabirito Friável
Itabirito Compacto
Canga Mineralizada Minerminas
Canga Mineralizada AVG
Intrusivas
Quartizito
Filito
Itabirito Carbonático Friável
Brecha
Hematita Friável
Pila de Finos
Hematita Compacta
Veio de Quartzo
2,70
3,40
2,73
2,90
2,00
2,84
2,35
2,09
2,00
2,70
2,88
4,15
2,60
Tipo
Minério
Minério
Minério
Minério
Estéril
Estéril
Estéril
Minério
Minério
Minério
Minério
Minério
Minério
15.1.5 Análise e Modelagem do Variograma
A MMX conduziu estudos de variografia nas propriedades de AVG e da Minerminas separados,
por causa da diferença no mergulho das camadas entre as duas propriedades. A Figura 15-3 é
uma visualização oblíqua das seções transversais que ilustram a mudança do acamamento num
desvio para leste de aproximadamente 574.650. O estudo incluiu variogramas direcionais e
downhole assim como variogramas omni-direcionais. O variograma omni-direcional foi
escolhido para mostrar o melhor ajuste para os dados. O variograma do downhole foi usado para
determinar o efeito pepita. A Figura 15-4 indica o variograma downhole e o variograma omnidirecional para o ferro. A SRK conduziu um estudo do variografia e produziu resultados
semelhantes, mas com um efeito pepita mais elevado. Os parâmetros dos variogramas usados na
avaliação do recurso são apresentados na tabela 15.1.5.1.
Tabela 15.1.5.1: Parametros dos Variogramas
Parâmetro
Efeito de pepita
Estrutura 1
Patamar
Escala (m)
Estrutura 2
Patamar
Escala (m)
Modelo
Fe
0,06
SiO2
0,06
Valor
Al2O3
0,12
P
0,05
Mn
0,08
LOI
0,13
0,84
88
0,60
78
0,55
82
0,52
85
0,69
77
0,35
82
0,280
300
Esférico
0,210
300
Esférico
0,330
300
Esférico
0,430
250
Esférico
0,235
300
Esférico
0,500
200
Esférico
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15-7
Technical Report on Resources
15.1.6 Estimativa de teor
Um modelo do bloco foi criado com os limites e as dimensões segundo os valores apresentados
na tabela 15.1.6.1.
Tabela 15.1.6.1: Dimensões e Origem do modelo de Bloco
Direção
X Leste
Y Norte
Z Elevação
Mínimo
571.500
7.774.900
900
Tamanho do
Bloco
50
50
10
Máximo
576.550
7.777.050
1.500
Número do
Bloco
101
43
60
O modelo do bloco contém variáveis para:
•
Fe, SiO2, Al2O3, Mn, P, e LOI - global e para cada um dos três tamanhos de frações;
•
Porcentagem da fração para cada um do tamanho das três frações;
•
Litotipo;
•
Parcentual acima da topografia; e
Parâmetros da avaliação - número de compostas, número de furos de sonda, distância média das
compostas usadas na avaliação, e distância à composta mais próxima.
O modelo do bloco foi codificado pelo litotipo dos sólidos litológicos produzidos pelas seções
horizontais. Até quatro litotipos e porcentagens poderiam ser armazenados para cada bloco e
aquelas variáveis foram usadas para validar o volume de cada um dos litotipos modelados. O
código da maioria foi usado na avaliação e na indicação do recurso mineral. A porcentagem do
bloco abaixo da topografia foi atribuída à variável da “topo percentage”. As classes do bloco
foram estimadas por krigagem ordinária em quatro passos. Os parâmetros para cada passo são
dados na tabela 15.1.6.2. Os blocos estimados no primeiro passo foram excluídos do segundo
passo e assim por diante para cada passo. As amostras foram limitadas por quadrantes, com um
máximo de 8 amostras por quadrante.
Tabela 15.1.6.2: Parâmetros da Estimativa
Parâmetro
Compostas
Número Mínimo
Número Máximo
Máximo por furo de sonda
Máximo por quadrante
Distância
Metros Medidores - Omnidirectionais
Como % of Variogram Range
Passagem 1
Passagem 2
Passagem 3
Passagem 4
4
32
4
8
4
32
4
8
4
32
4
8
1
32
4
8
150
50%
300
100%
450
150%
2.000
650%
Os alcances da busca foram determinadas pelos alcances dos variogramas do ferro com a
primeira passagem em 50% do alcance, no segundo em 100% e no terço em 150%. O alcance na
quarta passagem estava no máximo para encher todos os blocos no modelo. A avaliação foi
conduzida usando blocos e compostas de mesmo litotipo.
A figura 15-5 apresenta seções transversais na AVG e Minerminas com classes e furos de sonda
do bloco.
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15-8
Technical Report on Resources
15.1.7 Modelo de Validação
O modelo de blocos foi validado pelos seguintes métodos:
•
A comparação visual de classes dos blocos compostas em seções transversais e em seções
horizontais;
•
Comparação da amostra, da composta, e das estatísticas do bloco; e
•
Plotagens da área.
O exame visual das classes de bloco às classes compostas estava no geral bom, exceto quando
em profundidade no itabirito compacto, que foi estimado na quarta passagem. Por causa da
profundidade limitada do furo no itabirito compacto, há relativamente poucas amostras para
grandes tonelagens do litotipo. Entretanto, os blocos estimados na quarta passagem não são
classificados como medido, indicado, ou inferido e conseqüentemente não tem um efeito na
indicação do recurso mineral.
As estatísticas básicas dos blocos são apresentadas na tabela 15.1.7.1. As estatísticas são para
todos os blocos estimados nas primeiras três passagens.
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15-9
Technical Report on Resources
Tabela 15.1.7.1: Estatísticas Básicas dos Blocos
Litotipo
CG
IF
IC
IFCA
Todos
Estatística
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Média
Mínimo
Máximo
Mediana
Des. Padr.
Contagem
Fe
56,02
43,55
64,49
56,70
4,68
351
51,40
29,00
65,48
52,89
7,23
3.215
34,61
21,53
52,46
35,16
2,93
3.327
35,43
19,53
51,18
35,35
5,61
930
42,57
19,53
65,48
37,86
10,15
7.823
SiO2
6,96
1,09
21,20
4,70
4,95
351
22,82
2,51
53,64
20,89
10,11
3.215
49,38
21,59
64,71
48,87
3,72
3.327
40,14
15,30
59,77
40,46
8,51
930
35,47
1,09
64,71
41,66
15,64
7.823
Al2O3
5,99
1,30
10,85
6,19
2,06
351
1,84
0,51
7,81
1,67
0,78
3.215
0,47
0,11
1,93
0,37
0,31
3.327
4,06
0,25
10,86
3,81
1,89
930
1,71
0,11
10,86
1,20
1,74
7.823
P
0,2
0,1
0,6
0,2
0,1
351
0,0
0,0
0,4
0,0
0,0
3.215
0,0
0,0
0,1
0,0
0,0
3.327
0,1
0,0
0,2
0,1
0,0
930
0,0
0,0
0,6
0,0
0,1
7.823
Mn
0,0
0,0
0,1
0,0
0,0
351
0,1
0,0
1,0
0,0
0,2
3.215
0,0
0,0
1,2
0,0
0,1
3.327
0,7
0,0
6,6
0,2
1,0
930
0,1
0,0
6,6
0,0
0,4
7.823
LOI
5,85
2,57
9,63
5,68
1,49
351
1,44
0,18
5,08
1,35
0,59
3.215
0,27
0,03
1,35
0,16
0,24
3.327
3,10
0,48
6,17
3,06
0,98
930
1,34
0,03
9,63
0,96
1,47
7.823
As médias das compostas são mais elevadas do que as médias das amostras, que podem ser
explicadas pela eliminação das amostras com recuperação menor que 70%. Aquelas amostras
tenderiam a ter uma qualidade inferior e conseqüentemente tornar a média das amostras mais
baixa. As classes das compostas e as classes dos blocos comparam-se completamente bem.
Um vizinho mais próximo, ou estimativa poligonal, foi executado como uma comparação com a
krigagem. Plotagens do tipo “swath plots” foram preparadas como faixas norte-sul, com 200m de
largura e em comparação entre os teores das compostas, dos blocos krigados e dos blocos
estimados por vizinho mais próximo. Os “swath custs” do ferro indicam que blocos krigados e
compostas seguem completamente bem nas áreas onde há uma malha de perfuração mais densa,
como seria esperado.
A Figura 15-6 apresenta um dos “swath plots” para teores globais do ferro. A SRK também
conduziu uma avaliação do recurso usando parâmetros similares como da MMX e reproduziu
seus resultados dentro de 5% de diferença, o que é aceitável. A SRK considera que a MMX usou
boas práticas em sua avaliação do recurso.
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15-10
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15.1.8 Classificação de Recursos
Os recursos foram classificados de acordo com a classificação do CIM como medidos, indicados
ou inferidos, baseados na passagem em que o bloco foi estimado e no número de furos de sonda
que se usou na avaliação. A fim de controlar a profundidade a que os blocos poderiam ser
classificados, uma superfície foi gerada na base dos furos de sondas. Essa superfície, a
profundidade da superfície da perfuração, foi usada para limitar a classificação de recursos
medidos, indicados, e inferidos.
A tabela 15.1.8.1 apresenta os critérios usados na classificação.
Tabela 15.1.8.1: Critérios de Classificação do AVG/Minerminas
Classe
Medido
Indicado
Inferido
Inferido
Estimativa de Passagem e Máxima
Distância
1 (150m)
2 (300m)
3 (450m)
1 ou 2
Furos de sonda
mínimos
3
2
2
3 or 2
Relação da superfície da perfuração
Acima
Acima
Acima ou 20m abaixo da superfície
Máximo de 20m abaixo da superfície
Todos os blocos medidos e indicados deveriam estar obrigatoriamente acima da superfície da
perfuração. Todos os blocos estimados na terceira passagem foram classificados como inferidos
e os blocos estimados na primeira ou segunda passagem e que estavam de 0 a 20m abaixo da
superfície da perfuração foram classificados como inferidos também. A figura 15-7 apresenta
seções transversais da AVG e da Minerminas, apresentando a classificação dos blocos.
Os blocos estimados na quarta passagem, a distâncias maiores que 450m, foram usados para
fornecer uma estimativa dos recursos potenciais para o Projeto. O recurso potencial é conceitual
por sua natureza e deve ser demonstrado com perfurações futuras.
15.1.9 Sensibilidade do Recurso Mineral
Os recursos minerais da mina AVG/Minerminas até à data 31 de dezembro de 2008, em base
úmida e em toneladas, são apresentados na tabela 15.1.9.1.
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Tabela: 15.1.9.1: Declaração dos recursos minerais de AVG/Minerminas, até a data
dezembro de 31, 2008
Rocha
IF
IC
CG
IFCA
TOTAL
Classe
Medido
Indicado
Total M&I
Inferido
Medido
Indicado
Total M&I
Inferido
Medido
Indicado
Total M&I
Inferido
Medido
Indicado
Total M&I
Inferido
Medido
Indicado
Total M&I
Inferido
Tonelagem
kt
69.418
116.271
185.689
9.650
25.848
123.250
149.098
111.462
3.090
9.710
12.800
1.641
9.640
23.963
33.603
11.241
107.996
273.194
381.190
133.994
Fe
%
53,41
49,85
51,18
49,69
34,90
34,50
34,57
34,49
58,55
56,10
56,69
51,19
34,34
35,98
35,51
34,27
47,43
41,93
43,49
35,77
SiO2
%
20,06
24,98
23,14
25,39
49,21
49,38
49,35
49,58
5,32
5,73
5,63
14,04
41,63
39,33
39,99
42,18
28,54
36,56
34,29
46,78
Al2O3
%
1,79
1,86
1,83
1,72
0,39
0,50
0,48
0,45
4,86
6,28
5,94
7,11
3,74
4,14
4,03
3,81
1,71
1,60
1,63
0,91
Mn
%
0,02
0,13
0,09
0,05
0,01
0,04
0,04
0,03
0,02
0,03
0,03
0,09
0,76
0,71
0,72
0,65
0,09
0,14
0,12
0,08
P
%
0,05
0,05
0,05
0,04
0,02
0,02
0,02
0,02
0,18
0,26
0,24
0,13
0,08
0,08
0,08
0,08
0,05
0,04
0,04
0,02
LOI
%
1,42
1,44
1,43
1,34
0,21
0,29
0,28
0,27
5,24
6,45
6,16
4,90
3,21
3,09
3,12
2,97
1,40
1,25
1,29
0,63
* Cut-off Grade 22% Fe; toneladas em base úmida.
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15-12
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Sensibilidade do Recurso Mineral
As curvas da tonelagem foram traçadas separadamente para o total de recurso medido, indicado e
inferido e são apresentadas nas tabelas 15.1.10.1 e 15.1.10 e gráficos 1 e 2.
Tabela 15.1.10.1: Teores e toneladas Medidas e Indicadas por “cut off” de Fe.
Cut-off (Fe%)
22
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
52
54
56
58
60
Mt
Fe (%)
381,1
380,6
378,6
374,3
360,0
340,3
313,4
263,5
207,0
188,6
177,1
166,8
155,7
145,2
129,1
110,0
89,8
67,3
34,3
43,49
43,52
43,62
43,81
44,39
45,16
46,19
48,3
51,39
52,63
53,38
54,02
54,66
55,21
55,98
56,85
57,71
58,60
60,15
18,8
61,80
SiO2 (%)
Al2O3 (%)
P (%)
MN (%)
LOI (%)
1,63
1,63
1,63
1,62
1,64
1,67
1,73
1,89
2,19
2,27
2,24
2,26
2,25
2,23
2,25
2,25
2,31
2,34
2,10
0,045
0,045
0,045
0,045
0,045
0,046
0,047
0,052
0,060
0,063
0,064
0,065
0,067
0,068
0,071
0,075
0,080
0,082
0,075
0,12
0,12
0,11
0,11
0,10
0,09
0,09
0,09
0,08
0,06
0,04
0,04
0,03
0,03
0,03
0,03
0,02
0,02
0,02
1,29
1,28
1,28
1,27
1,29
1,30
1,35
1,50
1,76
1,82
1,81
1,83
1,83
1,85
1,88
1,90
1,97
1,99
1,81
7,29
2,18
0,090
0,02
2,19
34,29
34,26
34,14
33,90
33,07
31,99
30,43
27,11
22,12
20,26
19,28
18,37
17,49
16,71
15,60
14,36
13,03
11,75
10,08
Gráfico 1: Curva de teores e tonelagem, Medido e Indicado
SRK Consulting (US), Inc.
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15-13
Technical Report on Resources
Tabela 15.1.10.1: Teor e Tonelagem, material Inferido e “Cut off “ de Fe.
Cut-off (Fe%)
22
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
52
54
56
58
60
Mt
Fe (%)
133,5
132,9
131,7
128,9
121,6
111,5
91,6
51,0
19,2
12,6
11,3
9,8
8,0
6,6
5,6
4,9
3,6
1,9
1,0
0,6
35,83
35,88
35,98
36,17
36,60
37,09
37,95
40,20
45,76
49,47
50,46
51,61
53,15
54,42
55,37
56,10
57,08
58,88
60,33
61,39
SiO2 (%)
46,73
46,68
46,58
46,36
45,82
45,16
43,88
40,18
30,33
23,80
22,51
20,80
18,78
17,74
16,30
15,44
13,75
10,58
8,87
7,36
Al2O3 (%)
0,90
0,90
0,89
0,87
0,86
0,86
0,91
1,16
2,14
2,85
2,82
2,90
2,76
2,29
2,33
2,19
2,37
2,66
2,72
2,73
P (%)
MN (%)
LOI (%)
0,02
0,02
0,02
0,02
0,02
0,02
0,02
0,03
0,04
0,06
0,06
0,06
0,06
0,05
0,06
0,06
0,07
0,08
0,08
0,07
0,07
0,07
0,06
0,05
0,04
0,04
0,03
0,04
0,07
0,07
0,05
0,04
0,04
0,02
0,02
0,02
0,02
0,02
0,01
0,02
0,62
0,61
0,60
0,58
0,57
0,56
0,59
0,76
1,50
2,00
1,98
2,02
2,00
1,78
1,85
1,84
2,01
2,41
2,20
2,23
Gráfico 2: Curva de teor e tonelagem - Inferido
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15.1.11
15-14
Technical Report on Resources
Potencial Mineral
Os blocos estimados na quarta passagem da avaliação fornecem uma escala das tonelagens
potenciais, que não foram demonstradas ainda como recurso propriamente dito com a perfuração
atual. Os recursos potenciais são conceituais em sua natureza e é incerto que estarão confirmados
pela exploração futura. Os recursos potenciais na AVG/Minerminas variam de 140Mt situado
entre 0 e 40m abaixo da profundidade da superfície da perfuração a 800Mt nos limites máximos
da avaliação. Os recursos potenciais são predominantemente itabirito compacto e até aqui a
sondagem não penetrou esta unidade em sua espessura total. As classes estimadas do ferro são
conseqüentemente incertas abaixo da profundidade da perfuração. A SRK recomenda que MMX
continue a perfurar o itabirito compacto a fim de investigar profundamente as classes do ferro e
aumentar a confiança nesse potencial.
SRK Consulting (US), Inc.
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March 27, 2009
Mina AVG/Minerminas
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 15-1.doc
Mapa, de Localização de Furos de
Sonda, Linhas de Seção e
Concessões de Lavra
Date: 3/17/2009
Approved: LEM
Figure: 15-1
Section 572850, Looking East Section 574950, Looking East Mina AVG/Minerminas,
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 15-2.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Seçõs com Geologia e Furos
de Sonda
Olhando para Leste
Date: 3/19/2009
Approved: LEM
Figure: 15-2
Mina AVG/Minerminas,
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 15-3.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Visualização Oblíqua das
Seções Apresentando o Mergulho
do Acamamento
Date: 3/19/2009
Approved: LEM
Figure: 15-3
Mina AVG/Minerminas,
Brasil
Variogramas Omni-direcional e
Down the Hole do Fe
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 15-4.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/19/2009
Approved: LEM
Figure: 15-4
Base of Drilling
Surface
Section 572850, Looking East Section 574950, Looking East Mina AVG/Minerminas,
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 15-5.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Seção com Geologia, Furos de
Sonda e Modelo de Blocos
Olhando para Leste
Date: 3/19/2009
Approved: LEM
Figure: 15-5
Mina AVG/Minerminas,
Brasil
Mapa de localização de cortes e
Plotagem dos Swath Cuts
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 15-6.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 3/19/2009
Approved: LEM
Figure: 15-6
Measured
Indicated
Inferred
Potential
Base of Drilling
Surface
Section 572850, Looking East Section 574950, Looking East Mina AVG/Minerminas,
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 15-7.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Sessão com Geologia, Classificação
do Modelo de Blocos e Furos de
Sonda
Date: 3/19/2009
Approved: LEM
Figure: 15-7
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16 Outros Dados e informações relevantes (Item 20)
Não há nenhum outro dado e informação relevante que não foi apresentado neste relatório
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17 Requerimentos adicionais para Desenvolvimento e
Produção de Empreendimentos (Item 25)
A MMX está operando a Mina AVG/ MInerminas sem reservas REPORTÁVEIS. As seções a
seguir descrevem a operação da mina.
17.1 Operações de Lavra
As operações de lavra na Mina AVG/Minerminas são caracterizadas por uma baixa relação
estéril:minério, múltipla extração na cava de itabirito friável localizado no topo da serra, o que
pode resultar em um ambiente de topografia complexa para lavra.
As atuais operações de lavra cobrem aproximadamente 4,5 km de leste a oeste, 500m de norte a
sul com as profundidades de cava limitadas às fronteiras do itabirito friável/compacto do itabirito
que capea o topo da montanha. .
A lavra é realizada pelo equipamento da MMX em combinação com diversos empreiteiros
locais; o equipamento de mineração é geralmente pequeno com as escavadeiras usadas como
unidades de carregamento e os caminhões 20m3 para transporte interno. As operações de
detonação são limitadas a deslocar os itabiritos compactos que penetram no itabirito friável
Desde que assumiu o controle da AVG/Minerminas em 2008, a MMX está atualizando o modelo
de recurso, continuando a fazer melhorias para o planejamento de mina e as suas operações da
mina e conduzindo estudos de escopo para determinar o potencial do depósito. Este processo está
em curso.
17.1.1 Equipamento da Mina
A atual frota de lavra é uma combinação de equipamentos próprios da MMX e terceirizados.
A frota atual da MMX está detalhada Tabela 17.1.1.1.
Tabela 17.1.1.1: Frota dos Equipamentos existentes na Mina
Equipmento
Perfuratriz
PW 5000
Ranger 700
Arcominas
Caminhões
SCANIA P420 8X4
Random RK 430 M
Escavadeiras
EC - 460B
EC - 360B
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MMX Mine Equipment
Quantidade
Utilização
Capacidade (m³)
-
2
1
1
Estéril
Estéril
Estéril
12
3
Minério/Estéril
Estéril
20 m³
18 m³
3
3
Minério
Estéril
2,6 m³
2,3 m³
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17-2
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A frota de equipamentos de mina do empreiteiro na mina é detalhada na Tabela 17.1.1.2.
Tabela 17.1.1.2: Frota de equipamentos da contratada
Equipmento
Caminhões
MB Axor 4140
Escavadeiras
CAT – 330D
CAT – 330D
Volvo – 460
Sempre Viva Mine Equipment
Quantidade
Utilização
Capacidade (m³)
8
Minério/Estéril
16 m³
1
1
1
Backup
Estéril
Minério
2,1 m³
2,1 m³
2,6 m³
As principais unidades de transporte são caminhões comuns, no caso de pequenas operações de
lavra no Brasil. Já que os tipos da rocha de sinter são friáveis, as operações de perfuratrizes e
detonação são limitadas ao itabirito compacto dentro da cava e são exigidas em uma base ad-hoc.
17.1.2 Operações de Lavra Relacionadas
As principais operações relacionadas são aquelas do movimento do produto entre armazenagens
e beneficiamentos no local. Este equipamento é igualmente apropriado para trabalhos ambientais
e manutenção do site.
Tabela 17.1.2.1: Equipamentos para Operações relacionadas à lavra da MMX
Equipamento
Caminhões
VOLVO FM 400
FORD/CARGO 2622e
Equipamentos de Suporte
VW/31.260 – Água
Escavadeira
Moto grader Volvo G 940
Carregadeiras
Volvo - L 110 E
Volvo - L 120 E
Volvo - L 120 F
Volvo - L 180 E
CASE - 821 C
Escavadeiras
ES - 215 ME
Quantidade
Utilização
Capacidade (m³)
6
1
Transporte do Produto
Transporte do Produto
14
10
1
1
1
Suporte
Suporte
Suporte
1.5
-
1
1
4
1
4
Carregamento do Produto
Carregamento do Produto
Carregamento do Produto
Alimentação do britador
Crregamento
2,2
2,2
2,2
2,9
2,2
1
Suporte
1,4
Tabela 17.1.2.2: Equipamento auxiliar da Mina. Empreiteiro (Sempre Viva)
Equipamento
Equipamento de Suporte
Ford Cargo 1517 – Fuel
VW/31.320 – Water
Dozer CAT – D6T
Dozer CAT – D8R
Dozer CAT – D8T
Moto grader CAT – 12H
Carregadeira
CAT – 966H
CAT – 980G
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Quantidade
Utilização
1
1
1
1
1
1
Suporte
Suporte
Suporte
Suporte
Suporte
Suporte
1
1
Trajetória do Produto
Backup
Capacidade (m³)
5.000 L
20.000 L
3,0 m³
4,5 m³
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Tabela 17.2.1.3: Produção Histórica, Usina de Beneficiamento da Minerminas
Descrição
Alimentação
RoM (kt)
Finos (kt)
Total Alimentação (kt)
Produtos
Lump (kt)
Sinter “Coarse “ (kt)
Sinter das espirais (kt)
Pellet (kt)
Produção Total (kt)
Recuperação
2005
2006
2007
2008
2.118
2.118
2.352
2.352
2.259
773
3.033
2.691
1108
3799
528
633
392
1.554
73,3%
420
689
520
1.629
69,3%
421
979
896
2.295
75,7%
637
1.281
594
299
2.811
74,0%
17.1.3 Barragem de Rejeitos
Há duas barragens rejeitos operacionais na AVG/Minerminas, que servem às usinas atuais de
sinter. A capacidade atual das barragens é estimada para suportar mais dois anos de mineração na
taxa de produção atual.
17.1.4 Pilhas de Estéril
Na atual taxa de mineração, a quantidade de estéril é pequena e há espaço suficiente nos locais
atuais de pilhas.
17.2 Processamento
A MMX opera duas usinas de beneficiamento de minério nas minas AVG e Minerminas nos
municípios de Igarapé, São João de Bicas e Brumadinho, a aproximadamente 60 km da capital
do estado de Minas Gerais, Belo Horizonte. A AVG também é conhecida como Tico Tico, e a
Minerminas também conhecida por Ipê.
17.2.1 Usina de Beneficiamento da AVG
O fluxograma da usina da mina AVG é apresentado na figura 17-1. O ROM é alimentado ao
britador primário, posteriormente passado por grelha e o over é mandado para um britador de
mandíbulas. O minério britado, da estação primária de britagem, vai à estação de britagem
secundária, composta por um britador cônico e peneiras. O primeiro produto lump (-25mm
+6,3mm) é descarregado para armazenamento. O under das peneiras (-1mm) é concentrado em
dois estágios de espirais . O concentrado das espirais é misturado com a fração intermediária do
tamanho das telas (- 6,3mm +1mm) e forma o produto sinter que vai às pilhas de estoque. Nas
barragens de rejeito de ambos os estágios das espirais é deslamado nos hidrociclones e são
tratados em um separador magnético de alta intensidade, via úmida, (WHIMS) de onde o
concentrado é depositado em pilhas de estoque como terceiro produto, o pellet feed. A usina
pode igualmente ser alimentada pelo itabirito recuperado das antigas pilhas segundo indicações
do fluxograma. Um espessador estático é usado para a sedimentação dos finos e para fazer a
recirculação da água.
O balaço de materiais do Processo AVG é mostrado na Figura 17-2.
A Produção Histórica na AVG é mostrada na Tabela 17.2.1.1.
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17.2.2 Usina de beneficiamento da Minerminas
O Fluxograma da usina da Minerminas está apresentado na Figura 17-3. A usina de Minerminas
é alimentada pelo ROM e pelos finos recuperados das antigas pilhas da Emicon. O ROM é
britado em dois estágios (mandíbula e em seguida cônico). O lump (-25mm +6,3mm) e o sinter
“coarse” (-6,3mm +1mm) são separados por peneiras nas estações de britagem. A fração fina (1mm) das peneiras é concentrada nos WHIMS e produz o sinter fino (-1mm).
Os finos da Emicon são previamente peneirados, fase em que o sinter “coarse” (-6,3mm +1mm)
é separado. Os finos das peneiras (-1mm) são ainda concentrados nos WHIMS para produzir o
sinter fino (-1mm). O produto dos WHIMS é seco nas telas e nos hidrociclones, segundo as
indicações do fluxograma, antes de ser armazenado. Um espessador estático é usado para a
sedimentação dos finos e para fazer a recirculação da água.
O balanço de materiais do Processo Minerminas é mostrado na Figura 17-4.
A Produção Histórica na Minerminas é mostrada na Tabela 17.2.2.1.
Tabela 17.2.2.1: Produção Histórica, Usina de Beneficiamento da Minerminas
Descrição
Alimentação
ROM (kt)
Finos (kt)
Total Alimentação (kt)
Produtos
Lump (kt)
Sinter “coarse” (kt)
Sinter fino (kt)
Pellet (kt)
Produção Total (kt)
Rendimento
2005
2006
2007
2008
1.178
1.178
1.315
1.315
1.528
1.528
1.011
98
1.109
393
98
491
41,7%
457
192
67
716
54,4%
561
270
109
940
61,6%
318
197
56
22
592
53,4%
17.3 Mercados
A MMX usa o Padrão de Sinter Feed Fines produzido pela Vale no seu Sistema Sul e exportado
através do porto de Tubarão para Europa ou Ásia, como o preço de referência. Este preço não
inclui os prêmios ou os descontos específicos à MMX. Se o produto é vendido internamente, os
preços são negociados com cada cliente e não incluem o transporte. Os clientes internos atuais
são VALE, CSN (Namisa), Gerdau e produtores locais de ferro gusa. Todos têm cálculos de
preço relativas ao sinter feed padrão vendido pela Vale ao mercado europeu através do porto de
Tubarão.
A MMX atualmente não está vendendo uma quantidade significativa de produto lump. As poucas
vendas que MMX tem feito atualmente de pellet feed são negociadas diretamente com o
comprador e seus preços são definidos tomando como referência o preço do sinter feed. Hoje, o
preço do pellet feed tem um desconto de aproximadamente US$1,50/t comparado aos preços de
sinter feed
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17.4 Contratos
A MMX tem inúmeros sub-contratados para:
•
Mineração;
•
Transporte;
•
Segurança;
•
Serviços de alimentação; e
•
Venda de produto.
17.5 Considerações e Licenças Ambientais
17.5.1 Cauções
Atualmente a MMX não tem cauções ligados ao Meio Ambiente
17.5.2 Remediação
A MMX informou à SRK que não foi pedida a execução de qualquer remediação ligada ao meio
ambiente.
17.5.3 Recuperação
A MMX não tem um plano de recuperação ambiental a curto prazo.
17.6 Taxas e Royalties
A MMX está, por contrato, obrigada a pagar royalties para três empresas, isso baseado no
faturamento. Isso inclui:
•
Royalties para proprietários da mina – 11%.
Sr. Carlos Hamoi e a CEFAR – Companhia Mineração Serra da Farofa: A CEFAR e o Sr
Hamoi detêm os direitos minerários dos projetos de Serra Azul. A AVG tem um acordo
de 25 anos (Acordo de Mineração 2.355/79) com a CEFAR, o qual foi iniciado no dia
primeiro de Janeiro de 1996. Este acordo permite que a AVG lavre a área de 352ha da
Concessão de Lavra para minério de ferro e manganês e que conduza a pesquisa do
Alvará de pesquisa. A Minerminas tem um contrato (DNPM 805.374/71) de 22 anos com
a CEFAR, que foi iniciado em Março de 1999. A CEFAR detém os direitos minerais da
maioria da propriedade com as Concessões. A MMX paga royalties à CEFAR (10%) e ao
Sr. Hamoi (1%), o que totaliza em 11% de seus rendimentos de minério de ferro, ajustado
por custos de logística e por impostos sobre a venda ; e
•
Impostos do governo: CFEM - 2%.
CEFEM - Compensação Financeira pela Exploração Mineral – Imposto pago ao governo
sobre toda a exploração mineral feita no país. A MMX paga de CEFEM 2% de seus
rendimentos com minério de ferro, ajustados pelo custo de logística e impostos sobre
vendas.
•
Impostos do governo: PIS/Cofins/ICMS - 27,25%.
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17.7 Custos Operacionais
17.7.1 Mineração
Os custos de lavra na MMX são calculados sobre uma base de toneladas produzidas ao invés das
lavradas. Os custos de lavra foram de aproximadamente R$4,44 em 2008 e são projetados em
R$5,01 em 2009. Usando uma recuperação da ordem de 57% (como usado nas projeçõess futuras
de custo) isto se relacionaria a um custo de lavra, de referência da Tabela 17.7.1.1, por tonelada
de US$1,24/RoM.
Tabela 17.7.1.1: Custos de Operação de Lavra
Mineração
Sondagem e detonação
Lavra
Carregamento
Transporte
Abertura de acessos
Manutenção de Estradas
Asperssão de Água
US$/t
$0,43
$0,16
$0,20
$0,32
$0,08
$0,03
$0,01
$1,22
$0,02
$1,24
Total Direct Costs
Total Indirect Costs
Total
17.7.2 Processamento
A mina AVG/Minerminas opera atualmente 2 usinas de sinter feed, cada uma capaz de produzir
4Mt anuais. Custos de operação atuais, excluindo o G&A, são incluído no orçamento para serem
de US$2,14/t para 2009, supondo que 6Mt do produto sejam produzidas. A Tabela 17.7.2.1
ilustra o planejamento vs. despesas de processamento reais para 2008 e custos projetados para
2009.
Tabela 17.7.2.1: Custos de Processamento Orçado e Projetado
Descrição de Custos
Custo do Processo (R$000s)
Remanejo (t)
Custo Unitário (R$/t)
Custo/t (US$/t)
2008
Real
22.082
5.272
6,48
2,82
2008
Orçamento
23.778
3.561
4,53
1,97
2009
Orçamento
20.449
9.947
4,93
2,14
17.7.3 Custos de Venda e Transporte
Os custos de venda estão incluídos no blend, que é uma combinação de minério de lump e de
finos e são mais complicados pelo fato de o operador da ferrovia e porto realizar o seguro desses.
Isso exige uma programação do blend do produto e do transporte a serem calculados a fim se
compreender o custo de venda do produto. Além disso, há vendas internas do ferro dentro do
Brasil e vendas destinadas ao mercado internacional.
Com base no orçamento de 2009, o blend de mercado e necessidades de transporte projetadas, a
Tabela 17.7.3.1 ilustra os custos de venda previstos que incorrem uma vez que o produto sai do
local da mina.
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Tabela 17.7.3.1: Produto Projetado e Market Mix
Ano
Transporte por estrada (US$/t)
Operação de carregamento (US$/t)
Porto de TECAR/LLX (US$/t)
Porto de CPBS (US$/t)
Porto de Pesagem (US$/t)
MRS. estrada de ferro (US$/t)
Parte da Minerita na MRS (US$/t)
Estrada de Ferro com balança (US$/t)
Controle/Expedição (US$/t)
Inspeção/Análises (US$/t)
Custo de Venda no Mercado Interno SF
Custo de Venda no Mercado Externo SF
Custo de Venda SF
Custo de Venda PF
Mercado de Produção Interna SF
Mercado de Produção Externa SF
Produção SF
Produção PF
Produção Total
2009
2,52
1,03
9,1
11,7
10,09
13,76
19,78
16,05
1
0,1
3,55
30,8
10,91
0
5.840
2.160
8.000
8.000
2010
2,52
1,03
8,28
10,65
9,71
13,76
19,78
17,39
1
0,1
3,55
31,75
11,17
0
5.840
2.160
8.000
8.000
2011
2,52
1,03
8,69
11,18
10,19
13,76
19,78
17,39
1
0,1
3,55
32,23
11,3
0
5.840
2.160
8.000
8.000
17.7.4 Custos Operacionais Administrativos e Gerais (G&A)
Os custos administrativos são separados em despesas gerais locais e em gastos gerais
incorporados. Para o orçamento local da MMX em 2009, o G&A é esperado como apresentado
na tabela abaixo:
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Tabela 17.7.4.1: G&A local da AVG/Minerminas
Centro de Custo
Adminstração Industrial
Armazén – Central
Controle de Qualidade
Geologia e Planejamento de Lavra
Geotecnia
Mina/Diretor Geral
Laboratório
Manutenção Industrial
Meio Ambiente
Workshops de Equipamento
Planejamento e Controle de Produção
Refeitório
Segurança Patrimonial
Serviços Gerais – Mina
Segurança e Saúde Ocupacional
“Fat”
Total
R$ Total
837.692
491.616
673.391
1.042.063
2.794.527
535.325
1.573.196
3.524.938
1.283.065
1.767.564
317.115
454.422
947.688
2.471.457
1.331.344
(120.244)
19.925.159
Além de custos administrativos locais, muito do planejamento técnico, as finanças e a gerência
da mina têm base em Belo Horizonte, que está a 60 km do local. Embora haja outros projetos
embrionários controlados pelo escritório de Belo Horizonte, esses não não são significativos.
Tabela 17.7.4.2: G&A Corporativo
Total de Custos Centrais R$
Comunicação
Controladores
Finanças
Gerenciamento Administrativo/Financeiro
Legal
Presidência/Diretoria
Relacionamento com a Comunidade
Recursos Humanos
Serviços Gerais
Suporte
T.I.
Total
R$ Total
632.826
1.567.829
375.822
502.522
725.618
404.035
126.000
516.938
55.307
586.393
785.552
6.278.843
O G&A total para a propriedade da MMX/Minerminas é esperado para ser de US$11 milhões, ou
de US$1,85/t.
17.8 Custos Capital
17.8.1 Lavra
Já que a MMX está operando atualmente, o custo capital da mina pode igualmente ser
considerado como o de capital operativo enquanto se relaciona à melhoria de serviços da mina e
à compra de equipamento novo da mina.
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17.8.2 Processamento e Infraestrutura
Não há investimentos planejados para as usinas de beneficiamento existentes.
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Fluxograma de Processo
MINA TICO-TICO
M
C
R
H
T
C
T
C
SG
CC
SF
PFF
Minas AVG/Minerminas
Brasil
Planta da Mina AVG
Fluxograma Geral
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 17-1.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 17-1
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 17-2.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Planta de Beneficiamento AVG
Balanço Metalúrgico
Atualizado
Date: 02-26-09
Approved: BrS
Figure: 17-2
Britagem IPÊ
Emicon Fines Feed
Britagem Primária
LUMP
Sinter
Feed
Britagem Secundária
Sinter
Feed
Separação Magnética
Tailing
Separação Magnética
Recirculação
Água
Espessador
Sinter
Feed
Rejeito
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
Planta da Mina Minerminas
Fluxograma Geral
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 17-3.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 03-16-09
Approved: AFM
Figure: 17-3
Minas AVG/Minerminas,
Brasil
Mina Minerminas
Planta de Beneficiamento
Balanço Metalúrgico Atualizado
SRK Job No.: 162705.01
File Name: Figure 17-4.doc
Fonte: MMX Mineração e Metálicos S.A
Date: 02-26-09
Approved: BrS
Figure: 17-4
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18-14
Technical Report on Resources
18 Interpretação e conclusões (Item 21)
18.1 Pesquisa
A MMX adquiriu o Projeto de empresas privadas que operavam sem programas de pesquisas
geológicas. A formação ferrífera está exposta na superfície e as empresas frequentemente
operam sem ter feito uma pesquisa extensa. Apesar de a formação ferrífera ser facilmente
identificável, o teor não pode ser estimado sem um programa de sondagem. A MMX executou
81 furos de sonda no Projeto e aplicou a sondagem como parte de seu programa exploratório.
Além disso, a MMX completou o mapeamento local na escala de 1:5.000 a fim de auxiliar na
interpretação geológica. A opinião da SRK é que o avanço do mapeamento e sondagem é parte
de toda mina em operação e que a MMX está usando as melhores práticas para as atividades de
exploração no Projeto.
A metodologia de amostragem consiste em marcar intervalos a serem amostrados baseados na
litologia e friabilidade. Os intervalos internos de estéril geralmente são amostrados. A SRK
considera que os logs e amostragem estão sendo conduzidos de acordo com as melhores práticas.
18.2 Dados Analíticos e de Testes
A MMX-Corumbá usou controle de qualidade interno, com amostras padrão apropriadas para o
material da Mina 63. A Minerminas também fez amostragem com controle de qualidade,
incluindo padrões e duplicatas. As amostras padrão inseridas no Projeto tem valores de P e MnO
fora do limite de detecção usado na Mina 63. A MMX pode reconsiderar os padrões utilizados
ou usar um laboratório comercial que deva ter um amplo range de detecção.
Os resultados do OREAS 40 revistos pela SRK e Agoratek sugerem que este padrão tem
aplicação incorreta e deve ser revisto. Além disso, a MMX precisa inserir amostras blank para
checar erros na preparação e todos os estágios de amostragem. Se duplicatas são usadas para
checar erros de amostragem e homogenização das amostras, elas não devem ser colocadas em
ordem sequencial. O QA/QC é aplicado a fim de identificar as falhas na amostragem e suas
razões.
A preparação das amostras e as análises seguem as diretrizes, o QA/QC indica que os resultados
são apropriados para uma base de dados de recursos.
18.3 Estimativa de Recursos
A estimativa de recurso está sendo conduzida de acordo com as melhores práticas do mercado,
utilizando software e técnicas de estimativa padrões. A quantidade de dados disponíveis para
itabirito compacto é limitada e a SRK sugere que sondagem adicional no itabirito compacto seja
conduzida para aumentar a confiança no teor e na tonelagem do recurso indicado nesse tipo de
rocha.
18.4 Lavra
A SRK está de acordo com a metodologia empregada pela MMX em assumir os desafios futuros
dentro do complexo Serra Azul. A MMX identificou a mina, os equipamentos da planta e de
apoio e está no processo de desenvolvimento e incorporação de uma estratégia para o local. A
futura incorporação da estratégia maximizará o potencial da lavra do depósito com o uso de
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18-15
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novas frotas dos equipamentos de mineração, melhoramento da planta de tratamento da
Minerminas e construção de uma planta de pellet para a utilização do itabirito compacto.
A SRK é da opinião que uma futura avaliação de recurso do itabirito compacto tornará mais
confiável o potencial recurso da mina.
A SRK é da opinião que a avaliação do custo de mina, recuperação na planta e custo do
processo, custo de venda, do laboratório, royalties e fluxo de caixa são razoáveis dada a natureza
do produto e do transporte.
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19-1
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19 Recomendações (Item 22)
19.1 Dados de QA/QC e Analíticos
A SRK recomenda que a MMX continue esse programa de controle de qualidade como parte de
todos os programas de sondagem, o que inclui a inserção de padrões e duplicatas na faixa
amostrada. Blanks são recomendados para todos os estágios da preparação de amostras para
eliminar uma possível falha no QA/QC. O programa de QA/QC deve ser monitorado durante
toda a análise, de modo que as falhas de amostragem possam ser identificadas e corrigidas no
inicio do programa. A SRK também recomenda a substituição do padrão OREAS 40.
19.2 Estimativa de Recursos
A SRK recomenda que a MMX realize sondagem adicional no itabirito compacto para ganho
adicional de amostras e análises para aumento da confiança nos teores em profundidade e
aumentar o recurso indicado deste tipo de rocha. A SRK entende que a MMX iniciou um
programa de sondagem de circulação reversa (SCR) e recomenda que 2 ou 3 desses furos sejam
gêmeos de furos diamantados para avaliar uma possível contaminação ou perda de amostra pelo
método SCR. A estimativa de custo do programa de SCR é de $500.000 incluindo análise das
amostras.
19.3 Lavra
A SRK sugere que a MMX construa uma planta e desenvolva uma declaração de reservas para a
propriedade. As recomendações específicas incluem:
•
Um plano de lavra que trate o minério friável, e considere o itabirito compacto como
estéril. Determine quando o material duro irá afetar a recuperação do minério, o acesso ao
pit, a capacidade de depósito do estéril e a viabilidade de operação da mina;
•
Criar um plano de lavra em fases operacionalizadas com rampas, pilhas de estoque,
configuração geotécnica dos bancos otimizados, perfis de transporte e opções de depósito
de estéril. Essas programações de produção devem conectar os modelos técnicoeconômicos e os modelos da produtividade para o tamanho dos equipamentos;
•
Com o sequenciamento da lavra completo, a construção da barragem de rejeitos pode ser
feita com o estéril da mina. A quantidade (eventualmente) de material extra e sua fonte
deve ser quantificada para a construção.
•
Um plano de gestão integrado da água pluvial deve ser incluído com o avanço do pit.
•
Complementando a definição de recurso, o itabirito compacto (incluindo em
profundidade) deve ser inteiramente avaliado para futura análise econômica;
•
A densidade deve ser relatada em base seca para avaliação da reserva.
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21 Glossário
21.1 Recursos Minerais e Reservas
21.1.1 Recursos Minerais
Os recursos e reservas minerais estão sendo classificados de acordo com o “CIM Standards on
Mineral Resources and Reserves: Definitions and Guidelines” (December 2005).
Consequentemente, os recursos devem ser classificados como Medido, Indicado ou Inferido, e as
reservas como Provadas, e Prováveis baseadas nos recursos medidos e indicados como definido
abaixo.
O Recurso Mineral é a concentração ou ocorrência natural, sólida, inorgânica ou material
orgânico fossilizado dentro ou sobre a crosta terrestre em tal forma ou quantidade e de tal teor ou
qualidade que apresenta prospectos razoáveis para exploração econômica. O local, quantidade,
teor, características geológicas e continuidade de um recurso mineral são conhecidas, estimadas
ou interpretadas das evidencias geológicas ou conhecimentos específicos.
Um ‘Recurso Mineral Inferido’ é aquela parte de um Recurso Mineral para a qual quantidade e
teor ou qualidade podem ser estimados com base nas evidencias geológicas e amostragem
limitada e continuidade razoável suposta, mas não verificada continuidade geologiaca e de teor.
A estimativa é baseada em informações limitadas e amostragem realizada com as técnicas
apropriadas de locação tais como afloramentos, trincheiras, poços, e furos de sonda.
Um ‘Recurso Mineral Indicado’ é aquela parte de um Recurso Mineral para o qual a quantidade,
teor ou qualidade, densidade, forma e características físicas podem ser estimadas com um nível
de confiança suficiente para permitir a aplicação de parâmetros técnicos e econômicos
apropriados, para suportar o planejamento da mina e a avaliação da viabilidade econômica do
depósito. A estimativa é baseada na exploração detalhada e confiável, informações de
amostragem e testes obtidas através de técnicas apropriadas a partir de locais como afloramentos,
trincheiras, lavras a céu aberto, e furos de sonda com espaçamento adequado para assumir
razoavelmente a continuidade da geologia e do teor.
Um ‘Recurso Mineral Medido’ é aquela parte de um Recurso Mineral para a qual quantidade,
teor ou qualidade, densidade, forma e características físicas são tão bem estabelecidas que elas
possam ser estimadas com confiança suficiente para admitir a aplicação apropriada de
parâmetros técnico-econômicos, para suportar o seqüenciamento de lavra e a validação da
viabilidade econômica do deposito. A estimativa é baseada na exploração detalhada e confiável,
informações de amostragem e testes obtidas através de técnicas apropriadas a partir de locais
como afloramentos, trincheiras, lavras a céu aberto, e furos de sonda com espaçamento adequado
para confirmar a continuidade da geologia e do teor.
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21.1.2 Reservas Minerais
Uma Reserva Mineral é economicamente lavrável se parte de um Recurso Mineral Medido ou
Indicado demonstrado por no mínimo um Estudo de Pré-Viabilidade. Esse estudo deve incluir
informações adequadas para lavra, processo, metalurgia, fatores econômicos e outros fatores
relevantes que demonstram, no relatório, que uma extração econômica pode ser justificada. Uma
reserva mineral inclui diluição dos materiais e compensação de perdas que possam ocorrer
quando o material é lavrado.
Uma ‘Provável Reserva Mineral’ é a parte economicamente lavrável de um Recurso Indicado, e
em algumas circunstancias um Recurso Mineral Medido demonstrado pelo menos num Estudo
de Pré-Viabilidade. Este estudo deve incluir informações adequadas para a lavra, processo,
metalurgia, fatores econômicos, e outros fatores relevantes que demonstrem no relatório, que a
extração econômica pode ser justificada.
Uma ‘Reserva Mineral Provada’ é a parte economicamente lavrável de um Recurso Mineral
Medido demonstrado pelo menos em um Estudo de Pré-Viabilidade. Esse estudo deve incluir
informações adequadas de lavra, processo, metalurgia, fatores econômicos, e outros fatores
relevantes que demonstrem no relatório, que a extração econômica pode ser justificada.
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21.2 Glossário
Tabela 21.2.1: Glossário
Termo
Ativos minerais:
Britagem:
Capa:
Capital circulante:
Composto:
Concentrado:
Concessão mineral:
“Cut-off” teor
Desembolsos totais:
Diluição:
Dispêndio de Capital :
Ensaio:
Espessamento:
Estratigrafia:
Falha:
Ganga:
“Haulage”
Ignea:
Krigagem:
Lapa:
Litologico:
LoM:
LRP:
Mergulho:
“Milling”:
Propriedades materiaiss:
Rejeitos:
Reserva de minério:
RoM:
Sedimentário:
“Sill”:
Strike:
Sulfeto:
Teor:
Variograma:
Definição
A propriedade de áreas onde há significativos ativos minerais.
Processo inicial para redução do tamanho do minério de modo a facilitar o processamento adiante
O lado acima de um corpo mineralizado ou corpo.
Estimativas de capital de natureza rotineira, necessárias para as operações.
O combinar de mais de um resultado de análise para se obter um resultado que dê um resultado
médio a uma distância maior.
Um produto metálico enriquecido resultado de um processo p.. ex. Concentração por gravidade ou
flotação, onde a maior parte do mineral desejado foi separado foi estéril no minério
Uma area onde há direitos minerários.
O teor mineralizado da rocha que determina se este é economicamente viável para outras etapas de
processamento ou aplicação.
Todos os desembolsos incluindo aqueles operacionais e de capital.
Estéril que inevitavelmente lavrado com o minério.
Todos desembolsos que não aqueles classificados como operacionais.
Análise química para determinação do teor do metal.
O processo de concentração de partículas sólidas em suspensão.
O estudo de rochas estratificadas em termos de espaço e tempo.
A superfície de uma fratura de rocha ao longo da qual ocorreu um movimento.
Componentes de um minério sem valor econômico.
Transporte de Minério
Rocha cristalina primária formada pela solidificação do magma.
Um método de interpolação de valores designados de amostras para blocos que minimizam o erro de
estimativa.
A parte subjacente de um corpo mineralizado ou corpo.
Descrição geológica pertinente a diferentes tipos de rochas
Planos da vida de lavra.
Plano de longo prazo.
Angulo de inclinação de uma característica geológica/rocha com relação à horizontal.
Um termo geral usado para designar o processo de britagem e moagem e submetido a tratamento
físico ou químico de modo a se extrair metais com valor até um concentrado ou produto final
A propriedade de minas.
Estéril finamente moído do qual metais ou minerais valiosos foram extraídos.
Volume de minério com valor econômico.
Run-of-Mine.
Pertencente a rochas formadas pela acumulaçao de sedimentos, formado pela erosão de outras rochas
Um corpo horizontal a sub-horizontal,,fino,tabular de uma rocha ígnea formado pela injeção de
magma em zonas planares de fraqueza.
Direção de um linha formada pela interseção da superfície dos estratos com o plano horizontal,
sempre perpendicular ao mergulho.
Um mineral com enxôfre.
A concentração de um determinado metal ou mineral dentro de uma rocha mineralizada.
Representação estatística de características ( usualmente teor )
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Abreviaturas
O sistema métrico foi usado durante todo este relatório, quando não, há indicação do(s) outro(s)
sistema(s). Todos os preços estão em dólares americanos. Os preços de mercado são relatados
em US$. As toneladas são métricas. As seguintes abreviaturas são usadas neste relatório.
Tabela 21.2.2: Abreviaturas
Abreviatura
A
AA
A/m2
ANFO
°C
CCD
CIL
CoG
cm
cm2
cm3
cfm
°
dia.
EIS
g
g/L
g-mol
gpm
g/t
ha
hp
ID2
ID3
kA
kg
km
km2
koz
kt
kt/d
kt/y
kV
kW
kWh
kWh/t
L
L/sec
L/sec/m
LHD
LOI
LoM
m
m2
m3
masl
mg/L
mm
mm2
mm3
MW
Unidade ou Termo
ampere
absorção atomica
amperes por metro quadrado
Explosivo à base de óleo combustível e
nitrato de amonia
graus centígrados
decantação contra-corrente
lixiviação por carbono
teor de corte
centímetros
centímetros quadrados
centímetros cúbicos
pés cúbicos por minuto
degree graus
diametro
Declaração de Impacto Ambiental
grama
grama por litro
grama mol
galão por minuto
gramas por toneladas
hectares
cavalos-força
inverso do quadrado da distância
inverso do cubo da distância
Kilo-amperes
Quilograma
Quilômetro
Quilômetros quadrados
mil onças
mil toneladas
mil toneladas por dia
mil toneladas por ano
Kilovolt
Kilowatt
kilowatt-hora
kilowatt- hora por tonelada
Litro
litros por segundo
litros por segundo por metro
Load-Haul-Dump loader
Perda ao fogo
Life-of-Mine
metro
metro quadrado
metro cubico
metros acima do nível do mar
miligramas por litro
milimetros
milimetros quadrados
milimetros cúbicos
milhão de watts
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OSC
oz
%
milhão de anos
Instrumento Canadense Nacional 43-101
“CVM” Canadense - Ontario OSC
onça
Porcento
ppb
ppm
ppb partes por bilhão
partes por milhão
QA/QC
RC
garantia de qualidade/controle de qualidade
RC-sondagem rotativa
RoM
RQD
sec
SG
t
t/h
t/d
t/y
TSF
µm
Run-of-Mine
“Designação da Qualidade da Rocha”
segundos
densidade
tonelada (métrica)
toneladas por hora
toneladas por dia
toneladas por ano
Estocagem de rejeitos –áreamicron or microns, micrometer
micrometers
volts
variable frequency drive
watt
difração de raio-x
ano
V
VFD
W
XRD
y
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Item 24
MMX Mineração e Metálicos S.A., NI 43-101 Technical Report on Resources,
AVG/Minerminas, Brasil, 31de Dezembro de 2008.
27 de Março de 2009.
Leah Mach, CPG, MSc
CPG 10940

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