ANÁLISE DE “DESIGNER DRUGS” (ÊXTASE E EVE), POR
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ANÁLISE DE “DESIGNER DRUGS” (ÊXTASE E EVE), POR
ANÁLISE DE “DESIGNER DRUGS” (ÊXTASE E EVE), POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊCIA (HPLC), EM MATERIAL BIOLÓGICO, COM FINALIDADE FORENSE. JOSÉ LUIS DA COSTA, J. L e ALICE A M CHASIN Trabalho apresentado no 41st TIAFT - The International Association of Forensic Toxicologists (Associação Internacional de Toxicologistas Forenses), realizado de 16 a 20 de novembro de 2003 em em Melbourne, Austrália INTRODUÇÃO: A cada ano tem se observado um aumento mundial no consumo de drogas de abuso sintéticas conhecidas com designer drugs. Os principais representantes desta classe são o “êxtase” ou 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) e o “Eve” ou 3,4metilenodioxietilanfetamina (MDEA), substâncias com efeitos estimulantes e alucinógenos. No Brasil é crescente sua divulgação pela mídia e o uso recreacional tem sido constatado em vários pacientes que buscam tratamento nas clínicas para dependentes de São Paulo. OBJETIVO: O presente trabalho visa a elaboração de metodologia analítica para o diagnóstico laboratorial do uso de MDMA, MDEA e seu produto de biotransformação, o 3,4-metilenodioxianfetamina (MDA), em material biológico, por cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por fluorescência (HPLC/FD). RESULTADOS: As análises cromatográficas estão sendo realizadas em coluna octadecil (HP ODS2, 125 x 4 mm; 5µm), com comprimento de onda de excitação fixado em 288 nm e emissão em 324 nm e inicialmente testou-se a fase móvel tampão fosfato 20 mM pH=3,8:acetonitrila (85:15). Na tentativa de obtenção das melhores condições de resolução e eficiência, foram avaliados fatores como composição da fase móvel (fluxo, pH, concentração salina, adição de modificadores iônicos). DISCUSSÃO: Observou-se que a diminuição no pH e o aumento na concentração de sal no tampão, alterações que geralmente são suficientes para melhorar a separação de substâncias, não mostraram resultados satisfatórios pois a separação dos analitos era insuficiente. A utilização de gradiente de eluição, melhorou a separação mas causou alargamento dos picos de MDA e MDMA, pois era necessário iniciar as análises com fase móvel mais fraca. A utilização de pareamento iônico, onde se utiliza um a adição à fase móvel de um composto que apresente radical nucleofílico capaz de se ligar as aminas protonadas, diminuindo sua interação com os silanóis foi a melhor solução encontrada, permitindo boa separação e eficiência. CONCLUSÕES: o desenvolvimento de métodos para análise por HPLC, principalmente para análise de várias substâncias, é trabalho que demanda tempo, perseverança e bons conhecimentos da técnica, principalmente quando os analitos forem substância de caráter básico, pois a interação com radicais silanóis da coluna, ainda que minimizada, não podem ser eliminadas. O método elaborado será agora validado e utilizado na análise de amostras de urina provenientes do Núcleo de Toxicologia Forense do IML de São Paulo, para um delineamento epidemiológico do uso destas substâncias neste Estado.
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