literatura de camomila

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literatura de camomila
LITERATURA DE CAMOMILA
Nome Científico: Matricaria chamomilla L.
Sinônimos Científicos: Chamomilla recutita L., Matricaria recutita L., Matricaria
chamomilla var recutita L., Matricaria courrantiana DC., Chamomilla courrantiana
DC.C. koch.
Nomes Populares: Camomila, Camomila-romana, Maçanilha, Camomila-comum,
Camomila-dos-alemães,
Camomila-da-Alemanha,
Camomilinha,
Camomilaverdadeira, Camomila-legítima, Camomila-vulgar, Matricária, Margaça-das-boticas,
Manssanilha, Macela-galega.
Família Botânica: Asteraceae (Compositae)
Parte Utilizada: Inflorescências e Capítulos Florais
Descrição:
Planta herbácea, anual, aromática, de até um metro de altura com folhas
pinatissectas. Flores reunidas em capítulos compactos, agrupados em corimbos,
com as flores centrais amarelas e as marginais de corola ligulada branca. Fruto do
tipo aquênio, cilíndrico. É nativa dos campos da Europa e aclimatada em algumas
regiões da Ásia e nos países latino-americanos, inclusive na região Sul do Brasil. É
amplamente cultivada em quase todo o mundo inclusive nos estados do Sul e
Sudeste do Brasil. A parte usada para fins terapêuticos é constituída dos capítulos
florais secos ao ar e conservados ao abrigo da luz.
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Constituintes Químicos Principais: Óleo essencial azul – Camazuleno e
Camaviolino, (-)-α-Bisabolol, Polissacarídeos Imunoestimulante, Éteres bicíclicos
com ação espasmolítica, Flavonóides de ação bacteriostática e tricomicidas
(Luteolina, Quercetina e Rutina), Apigenina de ação ansiolítica e sedativa.
Indicação:
É uma das plantas de uso mais antigo pela medicina tradicional europeia, hoje
incluída como oficial nas farmacopeias de quase todos os países. Sua ação
emenagoga foi descoberta empiricamente por Dioscorides na Grécia antiga e
comprovada cientificamente 2 mil anos depois. É usada tanto na medicina científica
como na popular, na forma de infuso e decocto, como tônico amargo, digestivo,
sedativo, para facilitar a eliminação de gases, combater cólicas e estimular o
apetite, agindo também por via tópica pela aplicação de compressas do infuso
ainda quente sobre o abdômen no tratamento de cólicas de crianças.
O cozimento dos capítulos (decocto), misturado ou não com água oxigenada, é
usado para clarear os cabelos. Possui ação espasmolítica, bacteriostática,
triconicidas, sedativa e ansiolítica. A infusão aquosa das flores ou próprio óleo
essencial são empregados ainda em pomadas e cremes, e em preparações
farmacêuticas de uso externo utilizadas para promover a cicatrização da pele, no
alívio da inflamação, das gengivas e como antivirótico no tratamento da herpes,
propriedades estas devidas principalmente ao (-)-α-bisabolol.
Industrialmente a camomila é usada para extração da essência que tem largo
emprego como aromatizante na composição de sabonetes, perfumes, xampus e
loções, bem como para conferir odor e sabor agradáveis a uma grande variedade
de alimentos e bebidas.
A camomila é utilizada para dispepsia, flatulência e enjoos, especialmente quando
distúrbios gastrointestinais estão associados com distúrbios nervosos. É também
utilizada para muco nasal e inquietação. A camomila é amplamente utilizada em
bebês e crianças como um sedativo suave, e para o tratamento de cólicas e dores
nos dentes. Tem sido utilizada topicamente para hemorroidas, mastites e úlceras
nas pernas.
Farmacocinética
Estudos in vitro demonstraram que o extrato etanólico comercial e o óleo volátil da
Matricaria chamomilla inibiram a isoenzima CYP3A4 do citocromo P450. Entretanto
os efeitos foram fracos quando comparados com os do cetoconazol, potente inibidor
da CYP3A4.
O óleo volátil da camomila também inibiu moderadamente a CYP1A2 in vitro.
Similarmente, em um estudo utilizando microssomas hepáticos de ratos pré
tratados com o chá de camomila a 2%, por 4 semanas (preparado a partir dos
capítulos florais secos), foi observado que a atividade da CYP1A2 foi reduzida em
39%, quando comparada com o grupo controle.
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O mesmo óleo volátil não apresentou efeito significativo sobre as isoenzimas
CYP2C9 e CYP2D6 do citocromo P450.
Contraindicação:
Não usar na gestação e lactação.
Revisão de Interação:
Foi reportado um caso isolado de hemorragia em pacientes tratados com varfarina
que estavam utilizando produtos com camomila. Nenhuma outra interação
medicamentosa relevante foi encontrada para camomila.
a) Camomila + Alimentos
Nenhuma interação foi encontrada.
b) Camomila + Compostos de ferro
O chá de Camomila, preparado por infusão, não parece afetar a absorção de
ferro.
c) Camomila + Medicamentos Fitoterápicos
Nenhuma interação foi encontrada.
d) Camomila + Varfarina
Um único relato de caso descreveu uma mulher tratada com varfarina
desenvolveu um pronunciado aumento na sua INR com complicações
hemorrágicas 5 dias após iniciar o uso dos dois produtos com camomila.
Evidências experimentais: Nenhum dado relevante foi encontrado.
Mecanismo: a camomila contém compostos cumarínicos, umbeliferona e
herniarina. Entretanto, esses compostos não apresentam as propriedades
estruturais mínimas (um substituinte C-4 hidroxil e um substituinte C-3
carbono não polar) necessárias para atividade anticoagulante. O óleo volátil
da camomila não parece afetar significativamente a CYP2C9 do citocromo
P450, a principal isoenzima envolvida no metabolismo da varfarina, mas os
efeitos do chá da camomila não foram estudados.
Importância e Conduta: Este parece ser o primeiro relato de interação entre
varfarina e camomila. Não foram encontrados relatos da camomila como
anticoagulante, quando utilizada isoladamente, e os constituintes
cumarínicos da camomila não parecem apresentar atividade anticoagulante,
o que pode sugerir que o risco de um efeito sinérgico é pequeno. Além
disso, a base farmacocinética dessa interação não foi estabelecida. Devido a
muitos outros fatores influenciando no controle anticoagulante, não é
possível atribuir com segurança uma mudança no INR especificamente à
interação medicamentosa de um único relato de caso sem outras evidências
complementares. O ideal seria aconselhar os pacientes a discutirem o uso de
qualquer produto fitoterápico que desejarem utilizar, e aumentarem o
monitoramento, se este for aconselhável. Casos de uso rotineiro devem ser
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reportados, que podem ser tão úteis quanto possíveis casos de efeitos
adversos.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas
de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos.
Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012.
3. CAMOMILA
–
Matricaria
chamomila.
Disponível
em:
http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Matricaria_chamomilla
.htm
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