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Director: José Luís Araújo | N.º 210 | 30 de Setembro de 2013 | Preço 2,00 Euros
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O utros destaques
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“Kelman”: um nome a reter no Dão
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Brasil
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MAGRIL
Manchete
Máquinas Agrícolas Lda
Juliana e Rafael Kelman são dois jovens que decidiram
apostar no mundo dos vinhos. A escolha recaiu no Dão,
região que dizem ter um enorme potencial. Juliana Carvalho Kelman nasceu no Brasil, mas tem raízes no Minho, e por isso decidiu que queria ter, também, nacionalidade portuguesa, a mesma que escolheu para os filhos.
Já Rafael, o marido, é brasileiro e acompanha a esposa
nesta aventura.
Lusovini compra totalidade da Brasvini
A distribuidora de vinhos portugueses Lusovini anunciou a compra ao
grupo Rui Costa e Sousa & Irmão de 50% da Brasvini, ficando com
todo o capital desta sua filial do Brasil. “Depois de Angola e Moçambique, a prioridade é o Brasil: a Lusovini adquiriu à Rui Costa e Sousa &
Irmão os restantes 50% da Brasvini”.
Beja
“Experiências a Sul” regressam em Outubro
O Parque de Feiras e Exposições de Beja volta a ser o grande palco do
Alentejo, seis meses volvidos sobre a “OVIBEJA”. O conjunto de eventos “Experiências a Sul” regressa já no primeiro fim-de-semana de Outubro, de 4
a 6, com pretextos bem convidativos para partilhar com a família e amigos.
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Penalva do Castelo
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Viseu- Festival do Frango
SEDE: Lugar o Barbeiro - Est. Aeródromo 3515-342 CAMPO VISEU
Tel.: 232 424 182 - E-mail: [email protected] - www..magril.pt
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Arouca
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Viseu
Festa da maçã Bravo de Esmolfe
O Parque de Exposições de Esmolfe, em Penalva do Castelo, recebe no
próximo dia 12 de Outubro mais uma edição da Festa da Maçã Bravo de
Esmolfe. O reforço da promoção é um dos objectivos do certame deste ano.
O Rodízio do Gelo, restaurante da Visabeira Turismo, localizado no Palácio do Gelo Shopping, em Viseu, promove, entre os dias 4 e 6 de Outubro,
o “Festival do Frango” em harmonização com os vinhos do Dão.
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Festival gastronómico em 2014?
A proposta surgiu e José Artur Neves promete pensar no assunto.
Arouca pode vir a receber, em meados do próximo ano, uma mostra
de gastronomia, com restaurantes de todo o país.
Formação Agrícola em alta
A agricultura está na moda e com ela a necessidade de novos conhecimentos por parte dos novos actores do sector. Maria de Lurdes
Simões, da ÍndiceMáximo, diz que os interessados aparecem das mais
diversas áreas e profissões, desde enfermeiros, a gestores ou contabilistas, em busca de conhecimentos na área dos pequenos frutos,
mas também na apicultura e na helicicultura.
Alentejo
Turismo de caça
A Turismo do Alentejo está a preparar um projecto de desenvolvimento do turismo de caça na região, em parceria com associações
do sector, cujo objectivo é promover a economia local e dinamizar a
actividade turística.
Da natureza...
até à mesa ...
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Juliana e Rafael Kelman são dois jovens que decidiram
apostar no mundo dos vinhos. A escolha recaiu no Dão, região
que dizem ter um enorme potencial. Juliana Carvalho Kelman
nasceu no Brasil, mas tem raízes no Minho, e por isso decidiu
que queria ter, também, nacionalidade portuguesa, a mesma
que escolheu para os filhos. Já Rafael, o marido, é brasileiro e
acompanha a esposa neste projecto.
Juliana foi executiva de marketing e tem, neste momento,
uma loja de decoração no Rio de Janeiro. Já Rafael é engenheiro e trabalha na área da energia, diretor de uma empresa de
consultoria no Rio de Janeiro. É também director da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, dá aulas na universidade e,
no âmbito do seu trabalho como consultor, viaja pelo mundo.
O vinho é uma paixão comum. Vilar Seco, na região do Dão,
foi a escolha para este investimento, onde adquiriram uma vinha com seis hectares e cerca de 15 anos, que pertencia a José
Correia, antigo presidente da Câmara de Nelas.
Nesta fase a nova empresa vinícola aproveitará infraestruturas existentes na região para fazer os seus vinhos, tendo
usado este ano as instalações da Quinta de Santo António do
Serrado, em Vilar Seco, sendo que, para já, todo o investimento
vai ser feito na vinha. Vinhos brancos e tintos que não estarão
no mercado nos próximos tempo, mas que, com certeza, irão
deixar água na boca aos apreciadores mais exigentes. O responsável enológico é António Narciso, que tem agora mais um
enorme desafio, num projecto que aposta em vinhos de gama
alta, como fizeram questão de revelar à Gazeta Rural Juliana e
Rafael. ‘Kelman’ é, por isso, um nome a reter na região do Dão.
Há novos investidores na região
“Kelman”:
um nome a reter nos vinhos do Dão
Gazeta Rural (GR): Apaixonaram-se pelo Dão. Que vinhos vão fazer?
Juliana Carvalho Kelman (JCK): Queremos produzir vinhos
de alta qualidade. Estamos a fazer este investimento para tirar o
melhor da vinha. Este ano vamos aproveitar somente uma pequena percentagem das uvas tintas. O ‘blend’ ainda não está definido.
Vamos estudar isso ao longo do processo, mas a qualidade é o
objectivo, pois queremos fazer um vinho de gama alta.
GR: O que vos trouxe para o Dão?
JCK: Em primeiro lugar a gente. Numa visita a Portugal, já
com um olhar para o vinho como um negócio, comparámos
o Dão com outras regiões produtoras de vinho e percebemos
que aqui havia um enorme potencial pelas condições únicas
para se produzir excelentes vinhos. Por isso, tornou-se, para
nós, uma decisão muito atraente. O Dão está a passar por
um momento favorável e tem seus encantos: a paisagem,
a tranquilidade, que é algo diferente para nós, que vimos de
uma cidade grande, como é o Rio de Janeiro. A região tem
uma paisagem muito bonita, que mistura a natureza com as
vinhas. O Dão tem esse diferencial, comparativamente com
outras regiões, onde só vemos vinhas e onde tudo é igual. Aqui
não. Aqui cada plantação, cada vinhedo tem uma característica própria em função do que tem à volta, como pinheiros ou…
frutas silvestres e isso nos encantou. Eu e o Rafael curtimos a
natureza da região. Estamos encantados com a receptividade
das pessoas. Até ao momento só tivemos boas experiências na
relação com as pessoas da região, que são muito simpáticas,
muito receptivas e educadas. Para além disso, a comida é boa
e o vinho… nem se fala.
GR: O que vos levou a investir no vinho?
JCK: Investir no vinho já era uma ideia nossa. Portugal foi
a nossa primeira opção, apesar de termos vinho no Brasil, no
Chile e na Argentina. A partir do momento em que a relação da
família se tornou mais estreita com Portugal e me tornei cidadã
portuguesa, tal como os meus filhos, Portugal ficou mais próximo. É como se o mar se tivesse encolhido. Para além disso,
apaixonamo-nos pela região.
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Devido a alterações climáticas
Até ao próximo dia 17 de Outubro
Estudo alerta para mudanças
no mapa vitícola em Portugal
Alteração do Plano de Ordenamento da Paisagem
Protegida da Vinha do Pico em consulta pública
As alterações climáticas podem modificar o mapa vitícola
em Portugal, já a partir de 2041, com impactos na produção e na
qualidade dos vinhos, revela um estudo divulgado pela Universidade
de Vila Real. A investigação está a ser desenvolvida pelo Centro de
Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB)
da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
A eventual transformação das características dos vinhos
portugueses, tal como são conhecidos, em menos de 30 anos,
é apontada como uma provável consequência das alterações
climáticas, caso não sejam tomadas medidas de adaptação. “O
clima português vai ficar muito mais quente. Por exemplo, o clima
no Minho vai ficar parecido ao que temos hoje no Douro. No Douro
passaremos a ter um clima semelhante ao interior do Alentejo e
existe a possibilidade de, no Alentejo, virmos a ter zonas de vinha
que, para subsistirem, terão de ser regadas”, afirmou o investigador
Hélder Fraga.
De acordo com este especialista, “este aumento da temperatura
pode fazer com que muitas das regiões portuguesas possam ter
condições para uma maturação mais rápida ou deficiente, com
consequências na produção e na qualidade do vinho”.
Além disso, acrescentou, as projecções apontam para uma
tendência de homogeneização do clima a nível nacional. “O nosso
trabalho vai mais no sentido da prevenção de problemas futuros,
não constituindo uma fatalidade para o sector”, salientou o
orientador do estudo, João Santos.
Este responsável acrescentou que o trabalho “deve ser
encarado como um instrumento essencial para a sustentabilidade
da viticultura”.
E há, de acordo com os investigadores, “várias medidas que
podem ser tomadas para contrariar os efeitos previstos das
alterações climáticas”. Ou seja, segundo Hélder Fraga, “através
de práticas culturais, os agricultores podem rever os sistemas de
condução (forma como a vinha está disposta, tipo de exposição
solar ou sistemas de regas) ou optar pela plantação de uma casta
e/ou porta enxerto que se adaptem melhor ao clima da região”.
“Mas também as entidades responsáveis, nomeadamente o
Ministério da Agricultura, poderão lançar um plano de prevenção
à escala nacional”, frisou.
De acordo com o investigador, a “única região que poderá vir
a beneficiar dos efeitos das alterações climáticas e que poderá
mesmo dispensar a adopção de medidas preventivas é o Minho,
pois poderá ter condições climáticas favoráveis a uma maior
variedade de castas, o que trará vantagens em termos de práticas
enológicas”.
O estudo “Zonagem Bioclimática de Alta resolução das regiões
vinícolas portuguesas: presente e cenários futuros” faz parte da
tese de doutoramento de Hélder Fraga e foi seleccionado para a
revista científica Regional Environmental Change.
Neste trabalho, os investigadores analisaram o clima em todas
as regiões de Portugal Continental entre 1950 e 2000. Depois,
utilizaram essas bases de dados históricos para calcular os índices
bioclimáticos e que permitem averiguar, por exemplo, a secura de
uma região ou qual a casta que melhor se adapta ao clima de um
território específico.
E, pela primeira vez a nível mundial, o CITAB analisou uma
base de dados climáticos do território de apenas um quilómetro
quadrado, quando normalmente a área examinada é de 25
quilómetros quadrados.
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A Secretaria Regional dos Recursos Naturais está a promover,
até ao próximo dia 17 de Outubro, um período de auscultação pública destinado recolher sugestões para o processo de alteração
ao Plano de Ordenamento da Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico (POPPVIP). “Os cidadãos
e entidades interessadas, de acordo com a portaria publicada esta
quinta-feira, podem formular sugestões e apresentar questões que
possam ser consideradas no âmbito do procedimento de alteração
do Plano”, disse o director Regional do Ambiente.
No decorrer de uma visita a uma vinha em reabilitação, na
área da Paisagem Protegida da Vinha da Ilha do Pico, Hernâni
Jorge revelou ainda que a Direcção Regional do Ambiente vai
promover acções de auscultação da população e das entidades
públicas e privadas com interesses na área de intervenção do
POPPVIP. Ainda, serão realizadas reuniões com os municípios e
uma sessão pública, no dia 2 de Outubro, no Gabinete Técnico
da PPCVIP, no Lajido de Santa Luzia, na ilha do Pico.
Recorde-se que o POPPVIP foi elaborado com os propósitos
de salvaguardar os valores ambientais, de paisagem, de conser-
vação da biodiversidade e de fomento ao desenvolvimento sustentável da ilha do Pico, tendo como objectivos estratégicos a
recuperação, reabilitação e conservação da paisagem da cultura tradicional da vinha do Pico em currais, entre outros.
Tendo em conta a evolução das condições económicas, sociais, culturais e ambientais e as conclusões apresentadas no
primeiro Relatório de Avaliação do POPPVIP, nomeadamente no
que respeita ao regulamento e respectiva cartografia, revela-se
necessário proceder a uma alteração, sem interferir com os objectivos que presidiram à sua elaboração.
Para Hernâni Jorge, a vinha que visitou hoje na freguesia da
Candelária, concelho da Madalena, “ constitui um bom exemplo do processo de reabilitação em curso”. “Desde a criação
dos mecanismos de incentivos, foram contratados apoios à
reabilitação de mais de 70 hectares de vinha e assegurada a
manutenção de uma área que ultrapassa os 200 hectares, estancando o processo de abandono das vinhas e consolidando
uma paisagem vitícola viva, com características únicas e uma
crescente relevância económica e social”, revelou.
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Adriana Malta, directora de Qualidade da Franckork
“A rolha de cortiça é o único vedante
que mantem as características
originais do vinho”
A discussão em torno do melhor vedante para o vinho tem
vindo a ser dissipada. A cortiça, definitivamente, ganhou claramente a corrida aos vedantes sintéticos, que têm vindo a ser
preteridos. Os estudos realizados pelo sector têm demonstrado
que a rolha de cortiça, como diz Adriana Malta, “é o único vedante que mantem as características originais do vinho”.
A directora de Qualidade da Franckork, empresa sedeada em
Vila da Feira, à Gazeta Rural, diz que “a tecnologia está muito mais
evoluída”, para além de que “os estudos comparativos são cada
vez mais rigorosos, comprovando que a rolha de cortiça não interfere na qualidade do vinho e cumpre a sua função de vedante.
Gazeta Rural (GR): A parte técnica é importantíssima
para a obtenção de uma rolha de qualidade?
Adriana Malta (AM): Sim, muito. Sempre trabalhei com engarrafadores, desde os meus 20 anos. Esta empresa estava mais
vocacionada para importadores e com a minha entrada, há 3
anos, segmentámos a produção para engarrafadores finais.
Claro que há um trabalho importante de ajuda ao cliente,
desde a recepção e análise da garrafa, qual a rolha mais adequada e a relação qualidade/preço, ao tipo de vinho, ao tempo
de estágio na garrafa, passando por outras fazes, como a escolha da marcação na rolha, o tipo de tratamento de superfície e,
depois, todo o controlo laboratorial, desde a recepção da cortiça até ao produto final definido para cada cliente.
GR: Que importância tem a rolha de cortiça na qualidade
de um vinho?
AM: Existem estudos a comparar rolhas naturais com outros vedantes alternativos. Para o sector da cortiça, estudos
efectuados por laboratórios independentes, a rolha natural tem
vindo a ganhar terreno e a recuperar espaço perdido para outros vedantes, porque a tecnologia está muito mais evoluída, os
estudos comparativos são cada vez mais rigorosos e, efectivamente, está comprovado que a rolha de cortiça cumpre a sua
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função de vedante, que outros não conseguem a nível de estanquicidade, a nível de trocas gasosas entre o vinho e o exterior,
a nível sensorial adequado à qualidade do vinho, entre outros.
Felizmente para o sector, a rolha de cortiça é o único vedante que mantem as características originais do vinho, que não
interfere na sua qualidade e cumpre a sua função de vedante.
GR: E temos rolhas para todos os ‘gostos’ e preços?
AM: Temos rolhas de flor, que é o topo, até rolhas de sexta.
A rolha ‘flor’ é feita com a melhor cortiça que existe. No fabrico é escolhida manualmente, rolha a rolha, e é, também, a mais
cara, destinada a vinhos de estágio, de qualidade excepcional,
que têm que ter um vedante natural compatível. O processo de
fabrico é igual a uma rolha de sexta qualidade, que tem um preço
bastante inferior. A única diferença é que é escolhida uma a uma.
GR: Quando ouvimos dizer: “este vinho sabe a rolha”, o
que se quer dizer?
AM: O gosto a rolha não existe. É confundido com o gosto a
cortiça, porque é muito parecido. É um composto aromático, infelizmente para o sector, que é detectado por pessoas que têm
alguma sensibilidade a valores muito baixos de concentração e
que está relacionado com a proveniência da cortiça. Porém, tem
outras origens, nomeadamente nas barricas, nas madeiras, nas
caixas de papel ou cartão É nas madeiras tratadas com pentaclorofenóis que está na origem do famoso TCA, um tricloroanisol, conhecido por gosto a rolha. O sector da cortiça tem feito
evoluções tecnológicas imensas para tentar combater este problema e já existem imensos produtos funcionais.
A base está na forma como se trata a matéria-prima e todo
o seu processo, mas também durante o fabrico da rolha existem
produtos capazes de eliminar o TCA.
Na Franckork, controlamos o TCA em laboratório independente para que os nossos clientes tenham certeza do produto
que levam. Para nós, felizmente, não é um problema.
Empresa sedeada em Nelas reforça aposta no Brasil
Lusovini compra totalidade da Brasvini
A distribuidora de vinhos portugueses Lusovini anunciou a
compra ao grupo Rui Costa e Sousa & Irmão de 50% da Brasvini,
ficando com todo o capital desta sua filial do Brasil. “Depois de
Angola e Moçambique, a prioridade é o Brasil: a Lusovini adquiriu à Rui Costa e Sousa & Irmão os restantes 50% da Brasvini”,
anunciou, em comunicado.
O objectivo é “duplicar a facturação já no próximo ano e
trabalhar os mercados mais exigentes daquele país em crescimento”, sendo os vinhos do Dão considerados “um elemento
diferenciador nesta nova fase”.
Até Setembro, a Brasvini - uma empresa de direito brasileiro
e de capitais exclusivamente portugueses - era detida em partes
iguais pela Lusovini e pelo grupo Rui Costa e Sousa & Irmão, líder
na importação e distribuição de bacalhau no mercado brasileiro.
A filial brasileira foi criada em 2011, no âmbito da estratégia de
internacionalização do grupo, “com o objectivo de criar uma cadeia
de distribuição na maioria dos estados do Brasil, trabalhando em
todos os canais, desde o retalho à grande distribuição”.
Ao ficar com todo o seu capital, o grupo de distribuição de
vinhos presidido por Casimiro Gomes faz uma “aposta forte” naquele que é o seu segundo mercado de exportação a seguir a
Angola. “Os objectivos foram conseguidos, tendo a associação
com os senhores Rui e Sérgio Costa e Sousa, da empresa Rui
Costa & Sousa, funcionado bem: a associação dos vinhos portugueses ao bacalhau fez sentido como estratégia de entrada
dos nossos vinhos”, considerou Casimiro Gomes. No entanto
- explicou - agora pretende trabalhar o mercado brasileiro “de
uma forma mais intensa”, uma vez que a Lusovini tem “um portfolio completo, com vinhos das principais regiões e, acima de tudo,
a possibilidade de oferecer um serviço integrado” aos clientes. “Já
temos todas as condições para crescer, nomeadamente nos segmentos que procuram vinhos originais e exclusivos”, garantiu.
Caberá a Carlos Moura, um dos sócios da Lusovini e o rosto da
Brasvini no Brasil desde 2012, liderar a segunda fase da entrada das
marcas portuguesas no mercado brasileiro, com o objectivo de, em
2014, “superar os dois milhões de dólares de vendas”. “Iremos privilegiar, ainda mais, um serviço diferenciado com várias opções de
oferta à rede de clientes”, avançou Carlos Moura.
Na sua opinião, “há uma grande apetência no Brasil” para os
vinhos “mais identitários” da Lusovini, nomeadamente da região
do Dão, e entre estes, o Pedra Cancela e Quinta de Pinhanços.
A aposta forte do grupo Lusovini nos vinhos Pedra Cancela
- do produtor, enólogo e académico João Paulo Gouveia - foi
comprovada com o lançamento, no início do mês, do Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho do Dão, que tem o nome de
“Nelas Wine & Culture - Lusovini by Pedra Cancela” e representa
um investimento superior a 1,5 milhões de euros.
Sediada em Nelas, a Lusovini aposta na distribuição de vinhos portugueses para os mercados lusófonos - sobretudo Angola, Moçambique e Brasil -, tendo também uma presença importante nos mercados do Norte da Europa, nos Estados Unidos
da América e no mercado asiático. A maioria dos vinhos distribuídos pela Lusovini são marcas que resultam de parcerias entre
a empresa e produtores e enólogos portugueses.
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Com uma quebra de 15% na produção nesta campanha
Decorreu no mês de Setembro em 50 restaurantes
Vinhos de Lisboa à conquista
da África do Sul e Namíbia em 2014
“Dão à Prova na Restauração”
atingiu os objectivos
também consegue aumentar as suas receitas com a venda de mais
selos de certificação”, disse Vasco Avillez.
O principal mercado externo dos vinhos de Lisboa é Angola,
seguida do Brasil, Estados Unidos da América, Europa do norte
e China. Em 2012, devido às exportações, os vinhos de Lisboa
aumentaram as vendas em 14%, a que corresponderam 30
milhões de euros facturados, que somaram aos 80 milhões de
euros anuais de volume de negócios.
Em 2012, a região produziu 1100 milhões de hectolitros de
vinhos, dos quais 22 milhões de litros são de vinhos certificados.
Entre a produção certificada, 60% é vendida no mercado
externo e 40% no mercado interno.
A Estremadura, região da CVR de Lisboa, é a segunda maior
do país em área, com 26 mil hectares de vinha, produzindo 22
milhões de garrafas por ano, ou seja 20% dos vinhos portugueses.
Além disso, é a maior região a exportar vinhos certificados e a
única a produzir vinhos leves. A região possui oito vinhos com
Denominação de Origem Controlada (Alenquer, Arruda, Torres
Vedras, Óbidos, Encostas D’Aire, Bucelas, Carcavelos, Colares),
dois vinhos regionais de Lisboa (sendo um deles o único leve
do país) e uma aguardente (Lourinhã) com Denominação de
Origem Controlada.
Vinhos de Lisboa ganham 10 medalhas de ouro em Berlim
A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) de Lisboa divulgou
em Torres Vedras a sua estratégia de investimento e de
internacionalização para 2014 a 2016, anunciando que vai
deixar, por dificuldades orçamentais, de realizar a promoção dos
vinhos nos Estados Unidos da América e na Rússia, deixando-a
a cargo dos distribuidores, e vai virar-se para África do Sul e
Namíbia a partir de 2014.
“São mercados potenciais a desbravar porque há
consumidores e apetite para o vinho e, por outro lado, os
investidores estão a vender para Angola, o primeiro mercado,
e Moçambique e conhecem bem o mercado africano”, explicou
Vasco Avillez, presidente da CVR Lisboa.
Para o próximo triénio, a CVR vai investir um milhão de euros
na promoção dos vinhos, menos um terço do que neste último
triénio. No mercado dos vinhos, a CVR espera fechar 2013 com um
aumento de mais de 5,4% as vendas para exportação face a 2012.
Quanto às vindimas deste ano, que estão a decorrer, há uma
previsão de quebra de 15% na produção, devido às alterações
climáticas e à falta de água desde Maio. Contudo, essa quebra é
contrabalançada pelo aumento da qualidade das uvas, que poderá
favorecer os agentes económicos nos mercados externos. “Sendo
as uvas de maior qualidade, há expectativa que os produtores
certifiquem esse vinho de mesa como vinho regional e tirem
maiores lucros, pois há potencial para ser exportado e, assim, a CVR
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Os Vinhos de Lisboa arrecadaram um total de 17 medalhas
para Portugal – 10 medalhas de ouro e 7 de prata – no âmbito
da 19ª edição do prestigiado concurso internacional de vinhos
‘Berlin Wine Trophy 2013’, disputado na capital alemã entre os
dias 26 e 28 de julho.
Foram 7500 os vinhos de todo o mundo que participaram
neste concurso, sendo que 52 dos vinhos premiados são
portugueses. “32% dos vinhos nacionais premiados no concurso
de Berlim, de um total de 1051, são da região de Lisboa, o que,
naturalmente, nos deixa muito satisfeitos. Temos feito um esforço
muito grande para nos posicionarmos no mercado como vinhos
de grande qualidade e estes resultados são parte do retorno dos
investimentos que temos feito nacional e internacionalmente”,
afirma Vasco d’Avillez, presidente da Comissão Vitivinícola da
Região de Lisboa (CVR Lisboa).
Do total de 185 agentes económicos que fazem parte da
CVR Lisboa, foram quatro os produtores que se distinguiram
neste concurso.
A produtora DFJ – Vinhos, SA arrecadou um total de 11 medalhas,
5 de ouro e 6 de prata; a Casa Santos Lima – Companhia das
Vinhas, SA trouxe para Portugal 3 medalhas de ouro; a Companhia
Agrícola do Sanguinhal foi distinguida com uma medalha e ouro e
outra de prata e a Sociedade Agrícola do Conde conquistou um
ouro. “Habitualmente os vinhos tintos portugueses são os mais
premiados nos concursos. Os vinhos brancos e os vinhos rosés,
apresentam, em geral, um palmarés mais reduzido de prémios. No
total das medalhas arrecadadas por Portugal apenas duas dizem
respeito a vinhos rosé e ambos são da região de Lisboa, tratando-se
de medalhas de ouro, o que nos deixa, também, muito agradados”,
refere o presidente da CVR Lisboa. Refira-se que o painel de jurados
deste concurso foi composto por mais de 130 elementos, vindos
de vários cantos do mundo, entre eles sommeliers, compradores,
importadores, jornalistas e críticos de vinhos.
A campanha “Dão à Prova na restauração”, que decorreu no mês
de Setembro em 50 restaurantes de Lisboa, Porto, Braga e Coimbra e
que teve como objectivo aumentar a notoriedade dos Vinhos do Dão
e reforçar a presença dos mesmos neste sector, teve saldo positivo.
O entusiasmo dos restaurantes fez-se sentir desde o início, tendo
alguns estabelecimentos solicitado um número superior ao previsto
de materiais promocionais, para decorarem montras e divulgarem em
diversos sítios a campanha.
Também no que toca aos menus gastronómicos ocorreram algumas alterações, tendo diversos restaurantes adaptado os seus menus
aos vinhos que seleccionaram.
Na primeira semana, várias referências de vinhos esgotaram, o
que demonstrou uma forte adesão dos consumidores a esta iniciativa, que beneficiando das condições da campanha (venda de vinho
a copo e preço promocional simbólico) aproveitaram para conhecer
novos Vinhos do Dão.
As notícias na comunicação social e as dezenas de referências ao
“Dão à Prova na Restauração” em sites e redes sociais demonstram
um claro aumento da notoriedade da Região Demarcada do Dão.
A campanha, promovida pela CVR do Dão, atingiu os objectivos
a que se propôs: reforçar a presença dos Vinhos do Dão no sector da
restauração, fomentar uma maior relação de interesse comercial entre restaurantes e produtores, incentivar os consumidores a optarem
pelos vinhos do Dão, aumentar a notoriedade da Região Demarcada
do Dão.
Pelo êxito alcançado, é, segundo a CVR do Dão “uma iniciativa a
repetir”.
IPAC considera CVR do Dão Organismo
de Certificação para diversos produtos
O Instituto Português de Acreditação (IPAC) atribuiu à CVR do Dão
a Acreditação de Organismo de Certificação, segundo a Norma NP EN
45011:2001. A Acreditação foi atribuída no dia 20 de Agosto de 2013,
depois de um processo longo e pormenorizado de avaliação por parte
do IPAC.
Do âmbito da certificação estão contemplados os seguintes produtos: Vinho com Denominação de Origem “Dão”, Vinho com Denominação de Origem “Lafões”, Vinho com Indicação Geográfica “Terras
do Dão”, Vinho Espumante com Denominação de Origem “Dão”. Na
prática, a CVR do Dão é agora reconhecida como a entidade competente para a atribuição do Selo de Garantia aos produtos referidos.
Esta nova acreditação comprova o esforço da CVR do Dão em
se manter actualizada e a satisfazer os requisitos agora legalmente
exigidos, de forma a satisfazer as necessidades dos seus clientes e a
responder a novos desafios apresentados pelo mercado vitivinícola.
A certificação dos produtos envolve várias etapas que vão desde
a inscrição dos Agentes Económicos até à atribuição do Selo de Garantia, passando pelo processo de avaliação do produto em si, quer
em termos Físico-químicos, quer em termos de Análise Sensorial. Esta
etapa de avaliação é executada no laboratório da CVR do Dão também acreditado, pelo IPAC, segundo a NP EN ISO/IEC 17025.
Criar uma imagem de credibilidade, de imparcialidade, de confidencialidade, de confiança e de rigor técnico na prestação dos seus
serviços, fornecer respostas num tempo e custos aceitáveis, actuar
em conformidade com procedimentos sistematizados e no cumprimento de requisitos das normas, legislação e regulamentos aplicáveis, são alguns dos pilares da Politica da Qualidade da CVR do Dão.
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Adiantou o presidente da CVRVV
2013 vai ser ano recorde
de exportações de vinho verde
O presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos
Verdes (CVRVV), Manuel Pinheiro, afirmou que 2013 vai ser um ano
recorde de exportações daquela bebida, com um crescimento de 12 a
13% face a 2012. “Vamos exportar cerca de 36, 37% do nosso negócio,
que é o maior valor de sempre. Esperamos aumentar as exportações
em cerca de 12, 13% em relação ao ano passado”, disse Manuel Pinheiro, ressalvando que ainda faltam três meses para o fim do ano,
mas que não devem modificar os resultados obtidos desde Janeiro.
O crescimento deste ano tem sido feito à custa de três mercados
principais, referiu o presidente da CVRVV, com os Estados Unidos à
cabeça, seguidos de Alemanha e França, compensando as perdas em
termos internos, onde o mercado está “estagnado”.
Numa altura em que se assinalaram os 105 anos da demarcação da
região dos Vinhos Verdes, Manuel Pinheiro disse esperar uma vindima,
este ano, com “um bocadinho mais de vinho do que no ano passado, o
que é preciso porque a região tem uns ‘stocks’ historicamente baixos”.
O facto de os Estados Unidos liderarem os níveis de crescimento
nas exportações não é um acaso, salientou Manuel Pinheiro, que lembrou que, dos três milhões de euros investidos em promoção, metade
se destina ao mercado norte-americano, onde se tem verificado uma
aposta de longo prazo.
No final de Junho, o diário New York Times intitulava “Vinho Verde:
Português para ‘barato e agradável’” e escrevia que, “nos últimos anos, o
vinho verde disparou em termos de popularidade [nos EUA]” e que “se a
sede por vinho verde ainda não chegou à loucura geral de que o rosé beneficia, pelo menos já ultrapassou uma mini-moda como a ‘txakolina’, o
vinho basco que se tornou popular”. “O seu nome, traduzido à letra, quer
dizer vinho verde e quando servido é um dos mais invulgares no mercado.
No copo, cai com um tom prata e esverdeado, oferecendo notas florais
vívidas e odores frutados ligeiros que podem ir da pera à toranja”, descreveu, por seu lado, o Wall Street Journal, em Julho.
Assim, Manuel Pinheiro sublinha que os vinhos verdes já cruzaram
a fronteira do mercado da emigração portuguesa e encontram-se
hoje em locais como a Califórnia ou Washington, onde a presença
emigrante é menor.
Nas escolas profissionais de agricultura, hotelaria e turismo
Fenadegas investe 40 mil euros em formação
A Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal
(FENADEGAS), aposta, neste ano lectivo, na intensificação das
acções da campanha ‘Vinho e Saúde’ junto dos estudantes das
escolas profissionais, agrícolas e escola de hotelaria e turismo
de todo o país. O objectivo deste programa, financiado pelo IVV
em 40 mil euros para 2013, é sensibilizar os jovens para o benefício do consumo responsável de bebidas alcoólicas, e seus
malefícios, quando consumidas em excesso.
Coma alcoólico, condução perigosa e mortes nas estradas
por excesso de álcool são as consequências mais frequentes do
consumo desregrado por parte dos mais jovens. Se o papel da
Fenadegas é, por um lado, impulsionar e apoiar as vendas de vinhos portugueses, por outro a associação tem um papel fundamental na sensibilização dos jovens para os perigos do consumo
de álcool.
Em 2013, a Federação visitou as Escolas Profissionais Agrícolas de Odivelas, Abrantes, Grândola, Alter do Chão, Belmonte
e Vagos, tendo já prevista, para estes quatro últimos meses do
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ano, a formação de milhares de jovens das escolas de Farão em
Alcobaça, Marco de Canavezes e Santo Tirso e dos alunos das
Escolas de Hotelaria e Turismo do Fundão, Mirandela, Caldas da
Rainha, Óbidos, Portimão, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real
de Santo António.
A par destas acções direccionadas às Escolas, a FENADEGAS tem promovido ainda a mensagem de responsabilidade e
moderação no consumo de Vinho em algumas feiras da especialidade de maior notoriedade em Portugal, como a Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, Festival do Vinho no Bombarral e FATACIL, em Lagoa. O Festival das Adiafas no Cadaval é
a próxima paragem.
Com o programa ‘Vinho e Saúde’ a Fenadegas já formou
milhares de jovens que aprenderam as regras da moderação e
da responsabilidade no consumo, fazendo do vinho, em simultâneo, um bem alimentar importante para a saúde, e um produto
essencial para a actividade económica portuguesa.
Vinipax, Olivipax, Beja Gourmet, Beja Kids e Beja Brava
“Experiências a Sul” regressam a Beja
com programa para toda a família
O Parque de Feiras e Exposições de Beja volta a ser o grande palco do Alentejo, seis meses volvidos sobre a “OVIBEJA”. O
conjunto de eventos “Experiências a Sul” regressa já no primeiro
fim-de-semana de Outubro, de 4 a 6, com pretextos bem convidativos para partilhar com a família e amigos.
Desde logo, a sexta edição da “VINIPAX – Vinhos e Sensações do Sul” voltará a reunir dezenas de produtores das regiões
do Alentejo, Algarve, Península de Setúbal e Tejo. Aquele que é o
maior evento de vinhos que se realiza a sul da Lisboa “comprovará que existe, efectivamente, um perfil comum aos vinhos do
Sul de Portugal, por norma vinhos mais redondos, mais suaves,
mais macios e aromáticos”, realça Aníbal Coutinho, enólogo e
director técnico da “VINIPAX”.
Uma comitiva de 12 jornalistas estrangeiros, oriundos de alguns dos principais países importadores de vinhos portugueses
(Estados Unidos, Canadá, Brasil, Inglaterra, França, Espanha,
Holanda, Polónia e Hungria, entre outros), estará em Beja a visitar o evento, bem como Anne Meglioli, secretária-geral da FIJEV – Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores sobre
Vinho.
Além das múltiplas degustações de vinhos que os visitantes
poderão realizar, incluindo as mais recentes novidades disponíveis no mercado, do programa da “VINIPAX” consta ainda um
workshop sobre escrita de vinhos (dia 4, pelas 10 horas, na Pousada de Beja), bem como um seminário no aeroporto de Beja,
organizado pela ANA Aeroportos de Portugal, dirigido a agentes
económicos do sector do vinho e focado em procedimentos e
oportunidades que aquela infraestrutura está na actualidade a
proporcionar em matéria de carga aérea para exportação de
produtos.
No mesmo pavilhão da “VINIPAX” decorrerá ainda nova edição da “OLIVIPAX”, com a presença de uma dezena de empresas
produtoras de azeite. A olivicultura, as mais notáveis variedades
de azeitona, provas de azeites e, claro, os novos lançamentos
serão os destaques da mostra.
O conjunto de experiências em Beja é mais lato e abrange
ainda o “BEJA GOURMET”, evento que reunirá alguns dos mais
emblemáticos restaurantes da região, com a confecção de degustações gastronómicas, bem como apresentações de cozinha
ao vivo, com chefes alentejanos e a trabalhar no Alentejo. A carne bovina do Alentejo vai dominar este capítulo, sendo dado um
particular enfoque à raça mertolenga. A interacção entre chefes
e público será igualmente privilegiada em sessões práticas de
cozinha e nas apresentações, que também incluem degustação.
O “BEJA BRAVA” dedica-se à tauromaquia e inclui espectáculos na arena de Beja e uma exposição de artigos relacionados
com a área, que certamente despertarão a curiosidade de aficionados. O “BEJA KIDS” fará as delícias das crianças, em particular com os espectáculos “Sid Ciência”, “Dudu” e “Ruca”, no
sábado, dia 5, “Winx” e “Vila Moleza”, domingo, dia 6.
Por fim, do lado da música realce para os concertos de Tiago
Bettencourt (sexta, dia 4) e André Sardet (sábado, dia 5).
“Conseguimos concretizar uma programação de qualidade
e muito diversificada, capaz de atrair vários públicos. Vamos
demonstrar boa parte do melhor que o Alentejo tem para proporcionar a quem nos visita e também dar a oportunidade à população da região de contactar com o mundo enogastronómico
de uma forma diferente, mais cosmopolita mas acentuando o
ADN dos nossos produto. Depois, toda a programação musical
e animação são motivos extra, que tornam Beja um destino particularmente convidativo no primeiro fim-de-semana de Outubro”, afirma Miguel Góis, vereador da Cultura da Câmara de Beja.
“Experiências a Sul” é uma organização do Município de
Beja, com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo
e produção da EV - Essência do Vinho.
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Selecção de Dirceu Viana Júnior foi apresentada em S. Paulo
Revelados os 50 grandes vinhos
de Portugal para o Brasil
A convite da ViniPortugal, Dirceu Viana Júnior
divulgou a lista dos 50 grandes vinhos de Portugal
para o mercado brasileiro, elaborada após degustação de 460 vinhos. Uma selecção que combinou
qualidade com boa relação qualidade preço, muito
dirigida ao gosto do consumidor brasileiro, que Dirceu Viana Júnior pretende guiar e educar.
As nove regiões vitícolas estão representadas
nesta lista, o que demonstra o potencial vitivinícola
do país. Douro, Verdes, Alentejo e Dão demarcam-se
na selecção.
A lista apresenta ainda uma grande heterogeneidade de preços, havendo vinhos para diferentes
bolsas (24% abaixo dos R $100, 33% entre os 100
e os 200,14% entre os 200 e 300 e 19% acima dos
300%).
O único Master of Wine sul-americano e de língua portuguesa revela que “ficou claro durante todo
o processo da minha selecção que a qualidade dos
vinhos portugueses nunca esteve tão alta como
agora. Estamos no momento certo”. E acrescenta
“Tenho plena confiança que esta é uma óptima selecção de vinhos. Espero que sirva como um catalisador tanto para o consumidor quanto para importadores e distribuidores explorarem mais a riqueza
e a diversidade que os vinhos portugueses têm a
oferecer”.
A sua selecção “ inclui alguns vinhos muito bons
e não caros, perfeitos para o dia-a-dia. Contém
exemplos das principais regiões produtoras. Inclui
vinhos com verdadeira personalidade de estilos distintos, tradicionais e modernos. Alguns produtores
emblemáticos de vinhos tranquilos figuram nesta
lista assim como alguns dos grandes e mais respeitados produtores de vinho fortificado do mundo.
Espero que o consumidor consiga encontrar vários
nomes familiares nesta lista, mas também espero
que muitos sejam uma nova revelação”.
Portugal integra o grupo dos principais países
produtores de vinho que exporta para o mercado
brasileiro e Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal salienta que “Consolidar a quota de Portugal no
Brasil sem perda de posicionamento é o objectivo da
ViniPortugal para este mercado prioritário, almejando aumentar 25% as vendas em três anos. Embora
muito alinhados com os vinhos da América do Sul, os
consumidores brasileiros possuem uma grande apetência pelos vinhos portugueses. Acreditamos que
existe ainda um longo trabalho a promover ao nível
da divulgação e educação tanto dos consumidores,
como do canal Horeca brasileiro para os vinhos portugueses”.
O mesmo responsável explica que esta iniciativa
segue o propósito de “colocar um especialista brasileiro a falar para o consumidor brasileiro. Considerando a ViniPortugal que a afirmação da qualidade
dos nossos vinhos por um especialista tem mais impacto e que a sua opinião credibiliza a imagem dos
vinhos portugueses”.
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Lista dos 50 vinhos seleccionados
Covela Escolha Branco - de William Smith & Lima Lda, 2012, Branco
Quinta da Levada - de Quinta da Levada – Sociedade Agrícola
Unipessoal, Lda, 2012, Branco
Soalheiro – de VinuSoalleirus, Lda, 2012, Branco
Quinta de Gomariz Grande Escolha – de Quinta de Gomariz, Lda,
2012, Branco
Casa da Senra – de Abrigueiros - Produções Agrícolas e Turismo,
S.A, 2012, Branco
Tapada dos Monges - de Manuel Da Costa Carvalho Lima & Filhos,
Lda, 2012, Branco
Muros Antigos – de Anselmo Mendes Vinhos, 2012, Branco
Portal do Fidalgo – de Provam, Lda, 2011, Branco
Muros de Melgaço – de Anselmo Mendes Vinhos, 2011, Branco
Royal Palmeira – de IdealDrinks, Serviços e Distribuição, Lda,
2009, Branco
Quinta da Fonte do Ouro Encruzado – de Sociedade Agrícola Boas
Quintas Lda, 2011, Branco
Morgado de Santa Catherina – de Companhia das Quintas - Vinhos, S.A., 2010, Branco
Redoma Reserva – de Niepoort (Vinhos) S.A , 2011, Branco
Conceito Branco – de Conceito Vinhos lda, 2010, Branco
Cortes de Cima Trincadeira – de Cortes de Cima, S.A., 2011, Tinto
Terra D’Alter Touriga Nacional – de Terras de Alter, Companhia de
Vinhos, 2010, Tinto
Herdade da Pimenta Grande Escolha – de Logowines SA, 2010,
Tinto
Tinto da Talha Grande Escolha - de Roquevale, S.A., 2009, Tinto
Canto X – de Herdade da Madeira Velha, Agro-alimentar, Lda.,
2009, Tinto
Cartuxa – de Cartuxa - Fundação Eugénio de Almeida, 2009, Tinto
Cortes de Cima Reserva – de Cortes de Cima, S.A., 2009, Tinto
Dona Maria Reserva – de Júlio Bastos - Dona Maria, 2008, Tinto
Conde D’Ervideira Private Selection Tinto – de Ervideira, Sociedade Agrícola, Lda, 2008,Tinto
Aliança Bairrada Reserva – de Aliança Vinhos de Portugal, SA,
2011, Tinto
Vinha Pan – de Luís Pato, 2009, Tinto
Marquesa de Alorna Reserva - de Quinta da Alorna Vinhos Lda,
2009, Tinto
Julia Kemper – de Cesce Agrícola, S. A., 2009, Tinto
Quinta da Fonte do Ouro Touriga Nacional – de Sociedade Agrícola Boas Quintas Lda, 2009, Tinto
Casa da Passarela Vinhas Velhas – de O Abrigo da Passarela LDA,
2009, Tinto
Quinta do Serrado Reserva – de Sociedade Agrícola Castro Pena
Alba, SA, 2009, Tinto
Quinta do Perdigão Touriga-Nacional – de Quinta do Perdigão,
2008, Tinto
Quinta da Bica Reserva – de Quinta da Bica Sociedade Agrícola
Lda, 2005, Tinto
Quinta do Vallado Reserva Field Blend Douro Tinto 2011 – de Quinta do Vallado Sociedade Agrícola, Lda., 2011, Tinto
Quinta da Casa Amarela Grande Reserva – de Laura Valente Regueiro, Lda, 2011, Tinto
Casa Ferreirinha Callabriga - de Sogrape Vinhos S.A., 2010, Tinto
Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas – de Quinta do Crasto,
S.A. , 2010, Tinto
Pintas – de Wine & Soul, Lda. 2010, Tinto
Poeira – de Jorge Moreira Produção e Comercialização de Vinhos,
2010, Tinto
Batuta – de Niepoort (Vinhos) S.A, 2010, Tinto
Passadouro Touriga Nacional – de Quinta do Passadouro Sociedade Agrícola, Ldª. 2010, Tinto
Quinta do Pessegueiro – de Quinta do Pessegueiro - Sociedade
Agrícola e Comercial, Lda, 2010, Tinto
CV-Curriculum Vitae – de Lemos & Van Zeller, lda, 2010, Tinto
Quinta de la Rosa Reserva – de Quinta da Rosa Vinhos SA, 2009,
Tinto
Chryseia – de Symington Family Estates Vinhos Lda, 2009, Tinto
Quinta do Noval Touriga Nacional 2009 – Quinta do Noval, 2009,
Tinto
Quinta do Portal AURU – de Quinta do Portal, 2009, Tinto
Bacalhôa Moscatel Roxo - Bacalhôa Vinhos de Portugal, SA,
2001, Tinto
Justino’s Madeira Colheita 1995 – de Justino’s, Madeira Wines, S.A.,
1995, Ambar
Graham’s Tawny 30 anos – de Symington Family Estates Vinhos
Lda, NA Tinto
Burmester Porto Colheita 1963 – de Sogevinus Fine Wines S.A.,
1963, Tawny
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Celebrando o passado, de olhos postos no futuro
Em Vila Verde de 3 a 6 de Outubro
Marvão celebra a Al Mossassa
Festa das Colheitas candidata
a Evento de Interesse para o Turismo
Marvão une-se a Badajoz para celebrar a Al Mossassa, numa justa homenagem à cultura islâmica e a
Ibn Marúan, fundador das duas localidades. De 4 a 6
de Outubro o desafio lançado aos visitantes é recuar
no tempo, até ao séc. IX, para recordar as nossas origens. Música, teatro de rua, dança do ventre, workshops,
o “Mercado das 3 Culturas” e tasquinhas de todos os
sabores são motivos mais do que suficientes para não
perder este genuíno evento.O “Mercado das 3 Culturas”,
situado na parte alta da vila, pretende recordar o ambiente da época, num espaço aberto à imaginação e à
história, repleto de fabulosas recriações e animadores
que interagem com os visitantes. Neste local encontrará
mais de 70 pontos de venda, para que viva a história e a
cultura como nunca.
No recinto poderá encontrar gastronomia islâmica,
chás e ervas medicinais de fazer recuar no tempo, artesãos que trabalham ao vivo, uma exposição permanente
de aves e passeios de burro. Esta é uma oportunidade
para encontrar um vasto leque de produtos e objectos
relacionados com o Islão e a sua cultura.
A inauguração oficial do “Mercado das 3 Culturas”
está agendada as 17,30 horas do dia 4, estando prevista,
meia hora mais tarde, a realização do desfile geral, com
a participação de músicos, bailarinas de dança oriental,
aves de rapina, encantadores de serpentes e figuras da
época. Este espectáculo repete-se nos restantes dias de
Festival.
A associação da Delta Cafés, com uma acção de divulgação da imagem da Festa das Colheitas, através de
pacotes de açúcar distribuídos em sete capitais de distrito, e uma campanha de solidariedade, a decorrer durante
o evento, em que a venda do café no quiosque da marca
reverterá a favor de instituições sociais locais, assim como
a transmissão em directo, no domingo 6 de Outubro, do
programa da TVI ‘Somos Portugal’, foram alguns dos argumentos enumerados por parte da entidade de turismo do
Porto e Norte de Portugal, para anunciar que a Festa das
Colheitas vai candidatar-se ao selo de Evento de Interesse
para o Turismo.
“Face a esta aposta massiva na divulgação e à exposição a uma audiência de milhões de pessoas, através destes
vários canais, estão reunidas as condições para elaborar
uma candidatura da Festa das Colheitas ao título de Evento de Interesse para o Turismo junto do instituto Turismo de
Portugal”, anunciou Marco Sousa, representante da Porto
e Norte, durante a apresentação do programa do certame.
E adiantou mais, revelando confiança. “No país só há mais
10 ou 15 com este estatuto. Para o ano, já com este título,
poderemos estar a revelar um programa mais arrojado e
com outra projecção”. O representante do Porto e Norte
acrescentou outras vantagens que o título traz: “Criam-se condições para garantir outro tipo de financiamento
e projecção”.
Perante os números revelados pelo presidente do
Município de Vila Verde, António Vilela, sobre o investimento feito na organização desta Festa das Colheitas,
que passa essencialmente pela estrutura e logística, no
valor de 70 mil euros, Marco Sousa chamou a atenção
que “com este título, o retorno será de três ou quatro
vezes mais”, destacando que “Vila Verde vai tornar-se
no primeiro concelho do país com dois eventos com o
selo de Interesse para o Turismo”, numa alusão também
à gala Namorar Portugal.
António Vilela realçou que a Festa das Colheitas de Vila
Verde é um evento muito especial “porque conta com o
espírito voluntarista de todos os que se envolvem na concretização deste empreendimento grandioso que promove
e dignifica o nome de Vila Verde pelo país”. Salientou que
se não fosse o contributo das parcerias envolvidas, mais
de 50, “em vez de 70 mil, se calhar pesariam no orçamento
centenas de milhares de euros”.
Carisma, arrojo e animação,
na celebração da ruralidade
Vila Verde pode tornar-se o primeiro concelho do país com dois
eventos com o selo de Interesse para o Turismo, atribuído pelo Instituto Turismo de Portugal. A revelação foi feita na apresentação do programa da Festa das Colheitas 2013, pelo representante da entidade de
turismo, parceira do evento, Porto e Norte. A edição 2013 da Festa das
Colheitas, que vai decorrer entre 3 e 6 de Outubro, na Praça das Comunidades Geminadas (Campo da Feira) promete ser a mais mediática
de sempre, com um programa denso e atractivo e uma organização
que aposta no carisma e na criatividade das suas iniciativas.
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A Festa das Colheitas de Vila Verde - XXII Feira Mostra
de Produtos Regionais revela este ano várias novidades.
Duas delas vão ser dinamizadas pela AMUTER, Associação
dos Amigos do Museu de Terra de Regalados. Um desfile
de chapéus de época, a acontecer, na tarde de sábado, e
que vai incluir uma tentativa de bater o recorde da maior
concentração de chapéus do mundo, entrando assim no
Guiness Book. “O recorde mundial é de 342 chapéus”, informou entusiasmada com a iniciativa, a vereadora da Cultura, Júlia Fernandes, que acrescentou em tom de mobilização, “eu já tenho o meu chapéu, mas não revelo como o
vou personalizar”.
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Segundo o presidente da Junta de Esmolfe
Internacionalizar a Maçã Bravo de Esmolfe “é importante”
“Há quebra na produção
de maçã Bravo de Esmolfe”
O ano agrícola de 2013 tem sido difícil
para todas as culturas. Também a fruticultura sentiu os efeitos de um inverno
longo e um verão bastante quente. No
caso da maçã Bravo de Esmolfe, para
além do atraso na maturação, há uma
quebra de produção, que segundo o presidente da Junta de Esmolfe de cifra entre
os 20 e os 30%. Apesar disso, garante
Rogério Craveiro, não vai faltar maçã na
Feira que irá decorrer no próximo dia 12
de Outubro e que “será um sucesso”.
O autarca, apesar da cor política diferente, promete prestar uma singela
homenagem a Abel Marques, que este
ano ‘desapareceu’. Rogério Craveiro quer
lembrar “o homem que sempre se disponibilizou para a freguesia e que deu um
contributo primordial para que a Feira da
Maçã seja o que é hoje”.
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Gazeta Rural (GR): Que feira teremos
este ano em Esmolfe?
Rogério Craveiro (RC): Vamos ter uma
boa feira, na medida em que ainda há
uma boa quantidade de Bravo Esmolfe,
onde os nossos fruticultores vão marcar presença. Aliás é de todo o interesse
que estejam presentes, para termos uma
grande feira de promoção de um produto
que tem origem na nossa terra. Acredito,
por isso, que vai ser uma feira de sucesso, não só para a maçã Bravo de Esmolfe,
mas também para os nossos fruticultores.
GR: Em termos de produção tem noção como será o ano?
RC: Há uma quebra na produção, na
ordem dos 20 a 30%, em relação ao ano
passado, mas ainda há muita maçã, que
não vai faltar na feira.
Penalva do Castelo celebra
festa da rainha das maçãs
GR: A marca “Bravo de Esmolfe” o que
significa para a freguesia?
RC: É uma sigla que identifica até o
próprio esmolfense, que tem muito orgulho neste produto, que é único a nível
mundial. É, de facto, um orgulho grande
para a nossa freguesia sermos o berço da
maçã Bravo de Esmolfe.
GR: A freguesia tira proveito disso?
C: Claramente. A prova disso é que
a freguesia tem sido procurada para a
plantação de novos pomares. Lembro
que no ano passado foi plantado mais um
pomar, com quatro hectares, cerca de
metade de Bravo de Esmolfe.
O Parque de Exposições de Esmolfe, em Penalva do Castelo, recebe no próximo dia 12 de Outubro
mais uma edição da Festa da Maçã
Bravo de Esmolfe. O reforço da promoção é um dos objectivos do certame deste ano.
“Iremos procurar dignificar, como
temos vindo a fazer ao longo dos
anos, a rainha das maçãs, promovendo-a ainda, para que seja ainda
mais valorizada”, referiu o presidente
da Câmara de Penalva do Castelo.
Leonidio Monteiro diz que é importante “reforçar esta valorização” em
relação ao que tem sido feito, tanto
pela Câmara, como a Associação de
Desenvolvimento do Dão (ADD), a
FELBA, entidade gestora da Denominação de Origem “Bravo de Esmolfe”,
assim como todas as entidades que
tem a ver com a fruticultura, tanto
produtores individuais, organizações de produtores e cooperativas.
“Temos que promover ainda mais
um produto, que é genuíno e que
tem o seu berço em Esmolfe, a nível
nacional, mas também ir alargando
as fonteiras, internacionalizando a
maçã Bravo de Esmolfe, apesar de
ainda ter uma grande margem de
progressão a nível nacional”, refere
o autarca, defendendo, todavia, que
“não nos podemos limitar ao nosso
território, mas temos que alargar
fronteiras para, desse modo, valorizar ainda mais este produto”.
Para tal, defende Leonidio Monteiro, há que fazer uma aposta maior
na certificação, que “passa por critérios mais selectivos e simplificados,
de maneira que seja, de facto, um
produto genuíno”. Para isso, prossegue, “é preciso ter em consideração
uma série de fatores que poderão
e deverão ser tidos em conta, no
sentido do que quem efetivamente
produz maçã Bravo de Esmolfe na
Região Demarcada, desde de que
respeite as regras normais, possa ter
o seu produto certificado”, defende
o autarca.
Quanto à produção deste ano,
o presidente da Câmara de Penalva
diz que “há um atraso na maturação”, mas não haverá “uma grande
variação em relação aos anos anteriores”.
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Câmara da Lousã apoia certificação de mel
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Medida tem como objectivo apoiar a actividade apícola
A Câmara da Lousã aprovou um
apoio equivalente a 50% do processo de certificação de mel, até ao valor
máximo de 50 euros. Esta medida, destinada exclusivamente aos apicultores
do concelho e sócios da Cooperativa
Lousãmel que se inscrevam na Feira do
Mel da Lousã que decorre de 8 a 10 de
Novembro, tem como objectivo apoiar
a certificação, levando uma maior qualidade para o consumidor final, através
da adopção de boas práticas no maneio
das colmeias e das abelhas. O apoio será
atribuído à Cooperativa Lousãmel de
acordo com a apresentação dos comprovativos de certificação dos associados do Concelho.
Para o presidente da Câmara, “a
apicultura é uma actividade importante
no concelho e contribui para a dinamização da economia local, sendo o Mel
Dop Serra da Lousã um importante produto endógeno da Lousã”, referiu Luís
Antunes.
Formação Básica de Agricultura – 48h
Formação específica p/ orientação
Produtiva da Exploração – 60h
Formação de Gestão da
Empresa Agrícola – 45h
Componente Prática em
Contexto Empresarial – 60h
Jovens Agricultores (entre os 18 e os 40
anos) com projetos submetidos no âmbito
do PRODER - medida 1.1.3 “Instalação de
Jovens Agricultores”
Locais: Viseu I Moimenta da Beira I Coimbra I Bragança I Leiria
Castelo Branco
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Experiência gastronómica
inclui vinhos premiados do Dão
Rodízio do Gelo promove
“Festival do Frango”
O Rodízio do Gelo, restaurante da Visabeira Turismo, localizado no Palácio do Gelo Shopping, em Viseu, promove, entre os dias
4 e 6 de Outubro, o “Festival do Frango” em harmonização com os
vinhos do Dão. A segunda edição desta experiência gastronómica
convida à degustação dos mais saborosos pratos confeccionados com frango e dos melhores vinhos da região, num restaurante
com um conceito original e diferenciado na área do rodízio.
Ao longo destes três dias, o buffet do Rodízio do Gelo dá a conhecer as mais diversas formas de degustar a tão apreciada ave.
O início deste original desfile de paladares, começa com arrojadas
combinações como a de peito de galinha enrolado com tâmara,
quiches de galinha ou ainda uma inovadora pizza de frango.
Na refeição principal destacam-se iguarias como Frango em
néctar vinho do Dão, Cabidela de galo do campo, Frango com molho de cerveja, Caril de Frango à moçambicana ou Frango à Zambeziana. O menu termina com um buffet de sobremesa composto
por doces e frutas variados.
Para cada um dos diferentes pratos, o Rodízio do Gelo aconselha, especificamente, um vinho do Dão, como o Casa da Ínsua
reserva Branco, o Tinto colheita 2009, entre outros.
A refeição tem um preço fixo de 14.75 euros por adulto. As
crianças entre os 3 e os 12 anos beneficiam de 50% de desconto.
Até 13 de Outubro em mais
de quarenta restaurantes
Festival da Ostra
2013 decorre
em Setúbal
Gastronomia, degustações, exibições de culinária
com chefs e uma exposição compõem o programa do
Festival da Ostra, evento a decorrer até 13 de Outubro
em Setúbal, com o envolvimento de mais de quarenta
restaurantes. O certame é promovido pela Câmara de
Setúbal, com os apoios da Lallemand e da Neptuno
Aquacultura.
Além das propostas gastronómicas, há uma apresentação da empresa setubalense de produção de
ostras Neptuno Aquacultura, conduzida por Célia Rodrigues, e uma exposição de peças artesanais concebidas com ostras, da artista By’Ana.
Durante os dias do Festival da Ostra, 41 restaurantes da cidade apresentam pratos especiais nas
ementas. Às tradicionais ostras ao natural, juntam-se
propostas mais criativas de confecção desta iguaria
setubalense.
No último dia do certame gastronómico, 13 de Outubro, decorre uma mostra e degustação de receitas
nas quais a ostra é o elemento principal. Participam
nesta sessão, com início às 18 horas, na Casa da Baía,
os chefs dos restaurantes Espaço Setúbal, Nova Boia
e Tasca do Malão.
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O segundo capítulo dos festivais “Super Gastronómicos”
“Francesinha na Baixa”
regressa ao Porto de 3 a 13 de Outubro
O segredo estará no molho e na integridade dos ingredientes.
Uns preferem-na com ovo e batata frita, outros mantêm-se fiéis ao
tradicional pão bijou. A confecção termina com o abraço do molho
aveludado ao queijo derretido, que entretanto já envolveu o bife,
a salsicha e a linguiça frescas. Tem sido assim nos últimos 60 anos
e já a partir do próximo dia 3 de Outubro a francesinha volta a ser
celebrada no coração da cidade do Porto, na Praça D. João I, na
segunda edição do “Francesinha na Baixa”. O evento será acompanhado pela Super Bock, ideal para harmonizar com francesinhas, e
uma nova cerveja especial, perfeita para combinar com os sabores
de outono, será lançada sob a chancela Selecção 1927.
Durante 11 dias, até 13 de Outubro, portuenses e visitantes
da Invicta poderão apreciar a iguaria tripeira que o popular sítio de Internet “AOL Travel” elegeu como uma das 10 melhores
sanduíches do mundo e que o jornal brasileiro “O Estado de São
Paulo” considerou de degustação obrigatória, advertindo que
“ir ao Porto e não saborear uma francesinha equivale a visitar
Roma e não ver o Papa”.
“Francesinha na Baixa” reúne cinco das mais emblemáticas
cervejarias do Porto: BB Gourmet, Café Santiago, Capa Negra,
Cufra e Porto Beer. Todas apresentarão propostas de francesinhas,
a 8€, 10€ e 12€. Entradas e sobremesas completam o menu.
Tal como na anterior edição, o evento vai ainda desafiar
conceituados chefes de cozinha a reinterpretarem a francesinha, aguardando-se criações com fortes pitadas de criatividade.
Música ao vivo e animação completam a programação.
Super Bock lança
nova cerveja artesanal
E porque os verdadeiros apreciadores de francesinha não
dispensam a companhia de uma boa cerveja, a Super Bock vai
lançar no festival uma nova cerveja artesanal da colecção “Super Bock Selecção 1927”. Trata-se do mais recente elemento
de uma família já constituída pela Imperial Stout e a Premium
American Lager. A mais recente criação dos mestres cervejeiros
da Unicer irá proporcionar novas experiências de degustação e
harmonização. As cervejas artesanais, tais como as Super Bock
de sempre, estarão disponíveis nos beer bars que a marca terá
em funcionamento contínuo no evento.
“Queremos reforçar a ligação da Super Bock à gastronomia,
transmitindo aos portugueses que as nossas cervejas, incluindo
as novas artesanais da Selecção 1927, têm uma elevada capacidade de harmonização com os mais diversos tipos de cozinha.
No caso específico da francesinha, a cerveja é por tradição a
bebida eleita para acompanhar esta iguaria que se afirmou
como um dos principais cartões de visita da cidade do Porto.
Combinamos, por isso, o melhor de dois mundos, dois símbolos
que dizem particularmente muito a esta cidade”, refere João Esteves, director de marketing cervejas da UNICER.
“Francesinha na Baixa” é uma organização da Super Bock e EV
- Essência do Vinho, com o apoio da Câmara Municipal do Porto.
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Uma proposta bem recebida pelo autarca
Arouca pode vir a realizar
festival gastronómico em meados de 2014
referimos apenas ao que vem do campo,
mas é também a colheita de turismo que se
gerou durante o ano, a colheita económica aos mais diversos níveis, que se podem
mostrar nas atividades económicas que
também têm uma presença acentuada na
Feira. É a colheita de inovações diversas ao
nível de novos produtos que vão surgindo e
a colheita até cultural, com algumas inovações desta natureza.
Portanto, este é o momento da colheita, da expressão máxima desse significado
que é colher aquilo que se semeou, que é
positivo e tem um significado muito grande.
A proposta surgiu e José Artur Neves
promete pensar no assunto. Arouca pode
vir a receber, em meados do próximo
ano, uma mostra de gastronomia, com
restaurantes de todo o país. “O Festival
Gastronómico já se realizou há uns anos
e não teve repercussões positivas, porventura por estar mal organizado, e isso
contribuiu para quer fosse abandonado”,
referiu o autarca, que, todavia, se mostra
disponível para discutir o assunto. “Numa
lógica idêntica ao que aqui se organiza,
por ocasião da Feira das Colheitas, associado a restaurantes de outras regiões do
país, poderá ter-se aqui um festival gastronómico ao nível, ou muito próximo, do
Festival Gastronómico de Santarém. Isso
é algo a pensar. Avaliaremos e veremos
se vale a pena, mas é um desafio muito
interessante e para pensar seriamente”,
afirmou o autarca à Gazeta Rural, no rescaldo da Feira das Colheitas 2013, marcada pela chuva, que prejudicou o certame.
“Faz parte do risco”, afirmou José Artur
Neves, referindo que a feira “tem uma
data marcada para a última semana de
Setembro e outra data que não faz sen24
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tido, porque o fim das colheitas coincide
com o fim de Setembro”. Ainda assim
muitas dezenas de milhares de pessoas
acabaram por passar pelo certame.
Na conversa com a Gazeta Rural o
autarca abordou outras questões, como
a ligação rápida ao litoral, um velho anseio ainda não concretizado, devido à
crise que assola o país.
Gazeta Rural (GR): Este é um momento de celebração de um sector
primário que vem em crescendo em
Portugal e também em Arouca?
José Artur Neves (JAN): Um momento de celebração para intensificar
em termos de realização, de puxar pela
nossa matriz rural e pelas pessoas que
tradicionalmente cultivam os campos.
É um momento de colher aquilo que se
semeou, que se lançou a terra e isso tem
muito significado. Não é só a componente agrícola em si, é também tudo aquilo
que o sector primário, enquanto actividade económica, produz ao longo do ano
e que é mostrado na Feira das Colheitas.
Quando falamos de colheitas não nos
GR: O que gostaria de ter feito neste último mandato e que pretende fazer no próximo?
JAN: Do que dependia de mim fiz o
que entendi que deveria fazer. O que não
dependia de mim, como é o caso da via
de ligação ao Litoral, naturalmente que
sentimos um grande desapontamento.
Mas também percebemos que esse insucesso só resultou por força das contingências económicas do país e daí a nossa
insatisfação, que é mais geral. A insatisfação decorrente da crise económica e financeira que esta instalada no país e, por
isso, sentimos que tivemos azar, porque,
de outro modo, teríamos a via de ligação
ao litoral construída seguramente. Porém, isso aconteceu um pouco por todo
o país, em muitas vias rodoviárias que se
foram construindo, algumas delas em excesso. Nós tivemos azar na altura, porque
quando ia para concurso rebentou a crise
e acabou por ser suspensa, como muitas
outras obras publicas neste país. Mas,
não devemos desanimar e vamos encontrar uma solução para resolver esse que
é, de facto, o nosso maior problema.
De resto, já temos tudo, ao nível de
equipamentos públicos e escolares. Temos os melhores equipamentos sociais,
os melhores equipamentos desportivos,
dos melhores equipamentos de serviços
de saúde e de serviços de segurança. Não
sentimos que tenhamos aqui qualquer
falta de equipamentos públicos ou de investimentos públicos.
Feira foram apresentados projectos de sucesso, na área dos pequenos frutos, como o mirtilo, kiwis e plantas aromáticas. É um
projecto chamado “Arouca Agrícola” que evolve a Associação
Florestal Entre o Douro e o Vouga. Sente-se que o sector primário em Arouca, tal como no resto do país, está a rejuvenescer
e a redireccionar muitos dos seus actores, que são, agora, mais
qualificados. Estão a aparecer mais jovens, também, com outra
formação e que são valor acrescentado para o resultado final.
Portanto, é um sector que contribui com mais de 20% das
exportações nacionais e Arouca também está a sentir isso. É
um sector que pode, verdadeiramente, ajudar a economia local
e estamos a sentir isso. Temos um conjunto grande de agricultores, que estão colectados e que fazem parte do “Arouca Agrícola”,
como fornecedores de produtos agrícolas que, por sua vez, são
fornecidos as cantinas escolares, a instituições particulares de solidariedade social e até aos restaurantes locais, numa lógica de produzir e consumir cá dentro, evitando que se compre fora os produtos que alimentem os arouquenses, inclusive nas médias superfícies
aqui instaladas estamos em vias de ter uma banca de produtos de
Arouca, a competir com as outras que vêm do exterior. Deste modo,
fazemos com que os produtos locais tenham mais importância e
que sejam uma mais-valia para a nossa economia.
ram produzir e manter a cria no curral sem a vender para o talho
para poder reproduzir mais animais.
Sente-se que há novos criadores e alguns até a abandonar a produção de leite e viraram-se para a produção de carne
arouquesa, que é cada vez mais procurada. A certificação, neste
âmbito, é importante, para poder ter o escoamento que se pretende.
GR: Houve um tempo em que se apostou na produção
de leite, em detrimento da produção de carne. Esse é um
caminho que se inverteu?
JAN: Houve um tempo em que isso aconteceu, mas que
agora se inverteu, fruto de alguns incentivos que têm sido dados, inclusive pela Câmara Municipal, que tem agora um regulamento que apoia os produtores, que vejam a sua cria nascer no
curral e que lá a mantenham para o ano seguinte, sem a abater.
Cria normalmente fémea para poder reproduzir. Atribuímos um
subsídio importante e já são muitos os beneficiários que procu-
GR: A Feira das Colheitas é uma
mostra do sector primário do concelho. Como está ao sector no concelho?
JAN: O sector primário do concelho
redirecionou muito a sua actividade económica para o leite e abandonou outras
áreas. Hoje estão a aparecer novos produtores, novos agricultores com novas
ideias e gente bem formada. Durante a
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Formação agrícola em alta
Pequenos frutos
e apicultura
são as áreas
mais procuradas
A agricultura está na moda e com ela
a necessidade de novos conhecimentos
por parte dos novos actores do sector.
A ÍndiceMáximo é uma empresa de serviços integrados, vocacionada e orientada
nas áreas de recrutamento e selecção de
recursos humanos e de formação profissional em todo o país. Uma das áreas é
a formação de jovens agricultores, onde
aparecem cada vez mais candidatos, que
procuram adquirir conhecimentos nas
mais diversas áreas.
Maria de Lurdes Simões, em conversa
com a Gazeta Rural, diz que os interessados aparecem das mais diversas áreas e
profissões, desde enfermeiros, a gestores
ou contabilistas, em busca de conhecimentos na área dos pequenos frutos, mas
também na apicultura e na helicicultura.
Gazeta Rural (GR): Qual o público-alvo da acção de formação para jovens agricultores em curso?
Maria de Lurdes Simões (MLS): É
para jovens agricultores, com idades
compreendidas entre os 18 e os 40 anos,
e que tenham projectos submetidos no
âmbito do ProDeR. Os projectos não têm
que estar aprovados, mas tem que estar
submetidos.
Porém, temos formação não financiada, ou autofinanciada, também em
agricultura e, neste caso, já não há necessidade de preencher aqueles requi26
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sitos e que qualquer pessoa que tenha
interesse em adquirir competências na
área da agricultura pode fazer.
GR: Quem se candidata a estas acções de formação já têm conhecimentos ou vêem de outras áreas e querem
experimentar?
ML: Há as duas situações. Há jovens
agricultores que são de outras áreas e
que nunca tiveram nenhum contacto
com a agricultura, de áreas diversificadas como, por exemplo, da enfermagem,
havendo também engenheiros agrícolas
que optaram pela agricultura e que, naturalmente, já têm alguns conhecimentos
prévios dos temas que estamos a falar.
GR: Que áreas, ou que orientações
produtivas, as pessoas mais procuram?
ML: Vai aparecendo muita gente na
área dos pequenos frutos, como mirtilo,
groselha, framboesas, mas também nos
frutos silvestres e frutos vermelhos. Há
muitos jovens agricultores a procurarem
conhecimentos na área da apicultura, na
helicicultura (caracóis) e nos cogumelos
também vão aparecendo alguns formandos. Basicamente são estes os grandes
grupos. Depois aparece um ou outro para
aves e para a criação de outro tipo de
animais nomeadamente na porcinocultura. Já temos um grupo interessante.
GR: Com que conhecimentos estas
pessoas se apresentam?
ML: Há indivíduos que vêem sem conhecimentos previsos nenhuns, que são jovens agricultores de outras áreas, como, já
referi, enfermeiros, gestores, contabilistas,
portanto, de todas as áreas e alguns que
até já têm produções agrícolas a funcionar
e que têm formação. A maioria do público-alvo é para licenciados.
GR: Quando saem alguns mudam a
sua orientação?
ML: Raramente mudam. Porém vamos verificando que têm interesse em
ter competências noutras orientações
produtivas e tivemos casos recentes de
formandos que começaram o módulo 4,
que é em contexto real de trabalho na
área da apicultura, e quiseram assistir a
formação prática na área dos mirtilos.
Portanto, percebemos há um certo interesse noutras orientações produtivas, o
que é bastante curioso.
GR: A agricultura está na moda?
ML: Está, indiscutivelmente. Durante
um tempo desvalorizou-se muito a agricultura, que em Portugal esteve parada e
que, neste momento, está em alta. Pode-se dizer que é a moda de novos agricultores, altamente qualificados, porque são
maioritariamente licenciados. Em cada
grupo apanhamos um ou dois jovens com
o XII ano, sendo os restantes licenciados.
No encerramento do XXVIII Concurso Nacional de Ovinos Serra da Estrela
Nuno Vieira e Brito visitou a ANCOSE
e discutiu problemas do sector
O Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação
Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, presidiu à sessão de encerramento do XXVIII Concurso Nacional de Ovinos Serra da Estrela
e LXII Concurso Regional de Ovinos Serra da Estrela promovido pela Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da
Estrela (ANCOSE). Na ocasião marcaram também presença a
Directora Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Adelina
Martins, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José
Carlos Alexandrino, os órgãos sociais da ANCOSE, para além
cerca de 300 associados.
Na sessão de encerramento o presidente da ANCOSE, Manuel Marques, agradeceu a presença de todos, em especial do
governante, dizendo que “era uma honra recebê-lo num dia de
festa para os criadores de ovinos Serra da Estrela.
Na ocasião, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital
destacou o papel que a ANCOSE representa para os criadores
de ovinos Serra da Estrela, enquanto Adelina Martins, directora
Regional de Agricultura, referiu a importância do sector para a
pequena economia da região.
Por fim Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar começou por referir que já se “sentia em
casa”, pois desde sempre teve uma ligação muito profunda com
as gentes das Beiras. Nuno Vieira de Brito disse estar “perfeitamente consciente dos principais problemas com que os criadores se debatem”, manifestando “todo o seu interesse em ajudar
a ultrapassar estes constrangimentos em franco diálogo com a
ANCOSE”, como representante dos criadores.
O governante referiu-se ainda à proposta da ANCOSE, através de um pedido de derrogações submetido ao Ministério da
Agricultura, acerca das medidas de flexibilidade à produção de
leite e lacticínios de pequenos ruminantes, adiantando que a
mesma “estava a ser tratada com a Comissão Europeia”.
Depois de uma visita ao local de exposição dos animais
a concurso e de um almoço convívio com todos os criadores,
houve uma reunião de trabalho entre a Ancose e Nuno Vieira
de Brito, onde foram focados vários aspectos que preocupam
a Associação na defesa dos seus associados. Na ocasião a
ANCOSE deu especial ênfase à exigência para legalização das
pequenas explorações de leite de pequenos ruminantes numa
zona de minifúndio; à entrada de leite vindo de outros países;
a baixa utilização das Denominações de Origem Protegida Serra da Estrela; do não cumprimento do Estado com os acordos
celebrados com a Associação no que diz respeito à sanidade
animal, nomeadamente pagamentos em atraso; a política para
o sector dos pequenos ruminantes a médio e longo prazo e o
próximo quadro comunitário 2014-2020.
“Obtivemos do Senhor Secretário de Estado a melhor atenção para as nossas propostas, tendo desde logo procedido ao
agendamento de reuniões de trabalho na Secretaria de Estado
da Alimentação e Investigação Agroalimentar e na Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro”, refere o presidente da
ANCOSE em comunicado.
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Revelou o comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos
Projecto Da_Vide foi iniciado há um ano
Resíduos das vindimas
transformados em papel e cartão
O projecto Da_Vide apresentou, em Matosinhos, vários tipos
de papel e cartão constituídos exclusivamente por fibras de vides,
cujos resíduos queimados anualmente no Douro poderiam resultar
em aproximadamente mil toneladas de papel. A apresentação destes materiais foi feita no “Mercado Consciente e Saudável”.
Esta iniciativa marcou também o primeiro aniversário do
projecto que está a ser desenvolvido por Pedro Teixeira, a residir
em Peso da Régua, e que se propõe aproveitar as vides. Trata-se de resíduos resultantes da limpeza das videiras após as vindimas, e que, até agora, estavam a ser desperdiçados. Teixeira
estima que as vides produzidas e queimadas todos os anos na
Região Demarcada do Douro poderiam resultar em aproximadamente mil toneladas de papel.
Segundo o investigador, as aplicações para estes materiais
vão desde o artesanato, à produção energética, indústria, componentes e acessórios, engenharia e tecnologia e ainda ‘design’,
decoração e moda. Agora, Pedro Teixeira avança com o papel e
cartão 100% ecológico, que tem como “vantagem importante o
facto de ser obtido a partir de resíduos, não implicando o abate
de árvores”. “A utilização de vides evita ainda que as mesmas
sejam queimadas reduzindo-se as emissões de CO2”, salientou
o investigador referindo ainda a “não utilização de químicos na
produção” do papel como um “aspecto muito relevante do ponto de vista ambiental”. E, segundo acrescentou, as características “muito especiais das fibras utilizadas permitem a obtenção
de papéis que apresentam uma suavidade invulgar”.
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Pedro Teixeira disse que foram desenvolvidos processos de
produção que diferem significativamente dos habitualmente
utilizados neste tipo de materiais. Destaca o processo de “extracção e selecção de fibras”, sendo, na sua opinião, “a mais
relevante inovação a utilização de campos magnéticos, sem
consumo energético, que geram uma distribuição espacial e
temporal de forças que garante uma ligação mais eficiente das
fibras”. O resultado é, segundo Pedro Teixeira, um papel “mais
resistente sem recorrer a colas ou outros aglomerantes”.
O desenvolvimento destes materiais constitui também, para
Pedro Teixeira, um “passo importante” no projecto “Vinho do
Porto com ciclo fechado na vinha”, uma vez que “já torna possível a produção eficiente de rótulos e das caixas das garrafas de
vinho”. Até ao final do ano serão apresentados vários tipos de
madeira, assim como materiais semelhantes à cortiça, também
construídos com fibras de videira. Desta forma, para o investigador, será possível produzir de forma eficiente as caixas em
madeira e as rolhas.
No âmbito do “Da_vide” foi criado o “combustível sólido inteligente”, que queima à medida, com mais chama ou mais brasa, quer seja para um assador ou para uma lareira, e a “super
madeira”, um material cuja matéria base é igual às madeiras naturais, mas em que as fibras de vide são estruturadas de forma
diferente, permitindo, por exemplo, obter uma resistência mecânica muito superior em todas as direcções, num aglomerado
mais leve e facilmente moldável, na fase de produção.
O comissário europeu da Agricultura
anunciou a criação de um observatório para
o mercado do leite e sublinhou que estão
previstas novas ferramentas para apoiar regiões com maiores dificuldades com o fim das
quotas leiteiras. As posições do comissário
europeu da Agricultura, Dacian Ciolos, foram
assumidas na abertura de uma conferência
em Bruxelas sobre o futuro do sector leiteiro
na União Europeia.
O responsável romeno adiantou que vai
propor a criação de um observatório para
o sector leiteiro no quadro da União Europeia (UE), que terá como principal função a
elaboração de fazer análises de curto prazo
sobre a evolução deste mercado. “Isso implicará, obviamente, a participação do sector
a nível regional e nacional, dos produtores e
das empresas de lacticínios. No próximo mês
apresentaremos mais detalhes sobre o funcionamento e a estrutura deste observatório”,
acrescentou.
Antes, Dacian Ciolos referiu que os mecanismos de apoio ao sector leiteiro precisam de
ser utilizados com transparência e que, para
serem utilizados com eficácia, é necessário
haver uma análise mais detalhada do contexto de mercado. “Não podemos começar
a resolver um problema seis meses depois de
ele ter aparecido, precisamos de ter uma visão
mensal ou trimestral do mercado. Com o fim
das quotas precisamos de um novo sistema de
dados para o sector do leite”, defendeu.
O comissário da Agricultura sublinhou
ainda que a nova estrutura de pagamentos
directos permite maior flexibilidade. “Os Estados-membros podem adaptar os pagamentos
à especificidade dos seus territórios e à realidade do sector do leite. Existe também a possibilidade de acordar pagamentos associados
ou ajudas reforçadas a zonas mais desfavorecidas”, sublinhou.
Ciolos assinalou a existência de um fundo
de crise que pode ser utilizado pelos Estados-membros, referindo, contudo, que este deve
ser utilizado da forma mais eficaz devido às
consequências nos pagamentos directos, sublinhando ainda que “com estas ferramentas
os países podem apoiar de forma complementar o sector leiteiro e as explorações mais
frágeis de algumas regiões”.
UE vai criar observatório
para o mercado do leite
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Cerca de três dezenas de hortas, com aproximadamente 40 metros quadrados, vão estar disponíveis para famílias carenciadas de Viseu que se queiram candidatar a um espaço onde possam cultivar
alguns produtos agrícolas.
A Lofilagro – Associação para a Inclusão Sócio-Económica e de Formação Agrícola, Florestal e Jardinagem é a entidade responsável pela gestão, manutenção e limpeza das hortas comunitários criadas
pela autarquia viseense na Quinta da Cruz, propriedade adquirida pela Câmara de Viseu na freguesia
de São Salvador e que irá albergar diversas iniciativas nos 9,2 hectares de terrenos de que dispõe.
O protocolo de apoio financeiro, entre o município e a Lofilagro, garante que seja a associação a
gerir o espaço, onde cerca de três dezenas de hortas
serão disponibilizadas a famílias carenciadas, que,
dessa forma, poderão poupar nas despesas.
Cândida Martinho, da Lofilagro, garantiu que o
projecto “jamais seria possível” sem o empenho da
autarquia, responsável pela requalificação do terreno, localizado junto ao Campo de Futebol da Quinta
da Cruz. Aquela responsável explicou que, além das
hortas, as famílias terão à disposição vários edifícios, onde poderão guardar as alfaias e os produtos agrícolas, contando também com uma cozinha
e um espaço para convívio. Haverá ainda um tanque de captação de água, com água corrente para
o Rio Pavia, onde será semeado agrião, que ficará
à disposição de todos. “Queremos criar um espírito
comunitário de interajuda, como acontecia antigamente”, sublinhou.
Nas hortas comunitárias os interessados poderão cultivar produtos hortícolas, constituindo um
complemento ao orçamento familiar como também um propósito pedagógico ao promover as boas
práticas agrícolas e incentivar à produção da terra
e à preservação e conhecimento da natureza. Para
a autarquia viseenses “as hortas pedagógicas são
também instrumentos salutares e importantes para
o desenvolvimento de competências e onde todos
podem aprender sobre os ciclos e as culturas e conhecer os diferentes aspectos da gestão de um espaço rural, espécies, particularidades, propriedades
e técnicas agrícolas utilizadas nas actividades desenvolvidas. O projecto das Hortas Comunitárias e
pedagógicas “procura assim responder a estas considerações e necessidades, criando condições que
permitam aos cidadãos que assim o pretendam o
acesso a um espaço para cultivar e aprender, inseridos num ambiente comunitário, com acesso a apoio
técnico e aconselhamento”
J. Fonseca
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Na Quinta da Cruz,
na freguesia de São Salvador
Hortas comunitárias
chegam a Viseu
Em parceria com associações do sector
Alentejo prepara projecto
de turismo de caça
A Turismo do Alentejo está a preparar um projecto de desenvolvimento do turismo de caça na região, em parceria com associações
do sector, cujo objectivo é promover a economia local e dinamizar a
actividade turística. O projecto está ainda a ser trabalhado “nos bastidores”, a nível técnico, fase que se tem desenrolado “no último ano”,
adiantou o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo,
António Ceia da Silva.
No final de Setembro ficou concluído o processo para apresentação de uma candidatura a fundos comunitários, no âmbito do programa InAlentejo, prevendo-se que a fase de execução “no terreno” avance no início de 2014. “A caça, enquanto produto turístico, aquilo que se
designa genericamente por turismo cinegético, tem uma importância
estratégica fundamental para o Alentejo, que é, de facto, uma das principais zonas produtoras de caça e onde se encontram muitas zonas de
caça turística e zonas de caça associativa”, justificou.
A caça assume, nesta região, um papel de “elemento catalisador”,
capaz de contribuir para o desenvolvimento económico e de dinamizar
a actividade turística, “nomeadamente nas alturas, do ponto de vista da
sazonalidade, de menor ocupação”, frisou o dirigente.
O “primeiro nível” de implementação do projecto consiste na elaboração de um “plano de desenvolvimento para o turismo cinegético”
no Alentejo, que implica a “sistematização da oferta” existente no território. “É necessário saber o que é que existe, onde existe e como está.
Obviamente, sistematizar a oferta é importantíssimo para a melhoria e
a requalificação do produto”, sustentou Ceia da Silva.
Está também prevista a criação de uma plataforma virtual, onde
será possível promover “toda a espécie de produtos que existam nesta área”, como as montarias e as largadas. Esta ferramenta vai servir
como uma “plataforma de venda”, cuja dinamização irá caber aos operadores turísticos e deverá estar disponível a partir do segundo semestre do próximo ano.
Outro aspecto “fundamental” do projecto, segundo o presidente da
Turismo do Alentejo, é a “promoção”. São parceiros da entidade, entre
outros, o Clube Português de Monteiros, a Federação Portuguesa de
Caça (Fencaça) e a Associação Nacional de Zonas de Caça Turística,
indicou o responsável.
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Alertam especialistas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Por parte da Comissão Europeia
Aquecimento global vai afectar produção
agrícola de estuários e rias portugueses
Copa-Cogeca satisfeito com publicação
da nova Estratégia Florestal
O aquecimento global e a subida do nível do mar terão efeitos devastadores
nos estuários e rias portugueses provocando a redução da produção agrícola,
alertam especialistas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A temperatura do planeta poderá aumentar até 4,8ºC este século e o nível
do mar poderá subir até 82 centímetros, com danos relevantes na maior parte
das regiões costeiras do globo, segundo o quinto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas, recentemente divulgado.
As zonas do sul da Europa vão ter menos precipitação”, alertou Nuno Lourenço,
do IPMA, explicando que a redução das chuvas, que serão mais concentradas no
tempo e associadas a cheias, vão aumentar os fogos florestais e reduzir a produção agrícola.
O relatório, divulgado em Estocolmo, indica que o nível médio global do mar continuará a aumentar, variando entre um mínimo de 26 centímetros e um máximo de
82. “Algumas pessoas podem achar que um aumento do nível do mar de 40 centímetros é pouco, mas os efeitos dessa mudança serão muito grandes”, alertou Nuno
Lourenço, explicando que “a subida do nível das águas do mar será uma intrusão nas
salinas””. Nas aluviões, por exemplo, a produção de cereais poderá ficar comprometida, contou.
Os estuários são um dos sistemas costeiros mais sensíveis às alterações climatéricas que vão afectar os tempos de residência e a qualidade da água, assim
como a flora e habitats que se encontram na orla estuarina. “O aquecimento global está aqui e está agora. O que temos hoje veio para ficar. O que não é seguro
é a escala desse aumento”, alertou Nuno Lourenço, defendendo que “a janela
de oportunidades para as respostas pertence a esta geração e vai-se fechar”.
O especialista lembrou ainda que o oceano absolve parte do CO2 que existe na
atmosfera, mas “parece que já não está a ter capacidade de absorção”.
Pedro Viterbo é director de um departamento do IPMA e foi um dos investigadores portugueses que participou na elaboração do relatório divulgado sexta-feira e hoje apresentou as principais linhas do relatório que alerta ainda para a
forte probabilidade de a camada de gelo do Árctico continuar a diminuir e que o
volume glacial continuar a decrescer.
Revela o Projecto Rur@l Inov, desenvolvido pela UTAD
Crise acentuou inovação
das micro e pequenas empresas rurais
A crise acentuou a dinâmica de inovação e de internacionalização das micro e pequenas empresas das áreas rurais, afirmou a
coordenadora do projecto Rur@l Inov, que está a ser desenvolvido
pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Lívia Madureira, que falava à margem de um workshop de divulgação do projecto, referiu que o estudo desenvolvido permite
concluir que há cada vez mais inovação nestes meios rurais e
que, muitas vezes, essa inovação passa também despercebida.
“A crise acentuou muito esta dinâmica de inovação e de internacionalização. As pessoas têm que sobreviver e é mais difícil de
facto criar novos negócios que sejam sustentáveis”, salientou.
Neste workshop, que decorreu em Vila Real, foram também
revelados alguns exemplos de empresas. O responsável pela
empresa Aromáticas Vivas, Alexis Simões, referiu que a “inovação vem da necessidade de ser melhor do que a concorrência”.
Neste sentido, a empresa, localizada em Viana do Castelo,
implementou iluminação led que já permitiu reduzir, em dois
anos, 20% do custo de electricidade, bem como estufas em vidro, que permitiram também aumentar a eficiência energética.
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Também em destaque neste encontro esteve o empreendimento turístico “Moinhos da Tia Antoninha”, no Douro Sul, que é
completamente autónomo do ponto de vista energético, sendo
a produção assegurada por um sistema hídrico solar e hídrico.
O Rur@l Inov é coordenado pela UTAD em parceria com a Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR).
O projecto pretende conhecer e divulgar as inovações que
são desenvolvidas e implementadas por diferentes tipos de organizações nas áreas rurais portuguesas, correspondentes a
territórios de baixa densidade.
No âmbito deste trabalho foi efectuado um inquérito a 120
organizações de todo o país. Lívia Madureira referiu que estudo
destaca a diversidade das micro e pequenas empresas, em termos de dimensão, de produtos e serviços que são oferecidos,
desde os hortofrutícolas, vinhos, azeites, sabonetes, turismo
ou até mesmo caracóis. Depois também se destaca a atitude
empreendedora e a elevada qualificação dos empresários, que
conseguem “recolher, mobilizar e integrar diferentes tipos de
conhecimento”.
O Comité das Organizações Profissionais
Agrícolas - Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia (Copa-Cogeca)
mostrou-se satisfeito com a publicação, por
parte da Comissão Europeia, da nova Estratégia
Florestal da União Europeia, considerando ser
fundamental dispor de um quadro coerente para
garantir uma aproximação consistente entre todos os âmbitos políticos que tenham impacto nas
florestas.
O secretário-geral do Copa-Cogeca Pekka
Pesonen, declarou que “as florestas representam 40 por cento da superfície da União Europeia
(UE), para além de proteger os ecossistemas, são
motor de crescimento e emprego nas zonas rurais
da União. Na actualidade, as normas estão fragmentadas e repartidas entre os diversos âmbitos
políticos, pelo que é crucial proporcionar um foco
coerente”. Pesonen relembra que o Copa-Cogeca tem pressionado para a publicação desta Estratégia, mediante a qual se actualize a de 1998.
A nova Estratégia Florestal da UE tem como
base um conceito de gestão sustentável das floretas e reconhece o papel multifuncional das mesmas.
Tem em conta os novos desafios para o sector no
que se refere às alterações climáticas, energia renovável, biodiversidade, a eficiência dos recursos e
a economia ecológica.
Confirma também a contribuição de capital
do sector para a Estratégia Europa 2020, entre
outros objectivos para este mesmo ano. Serve como resposta aos desafios e oportunidades
presentes a enfrentar pelo desenvolvimento da
bioeconomia. Pekka Pesonen prosseguiu, assinalando que, “à semelhança da Comissão”, consideram que o forte compromisso e o apoio político
de todas as partes “será fundamental para fazer
avançar este texto legislativo tão Importante”.
A maior riqueza do concelho
Brigadas móveis defendem floresta em Mortágua
Sete brigadas de vigilância têm estado este verão a patrulhar
os 22 mil hectares de floresta do concelho de Mortágua, integradas numa estratégia delineada pela Câmara para defender aquela que é considerada a maior riqueza do concelho.
Convencida de que “floresta povoada é floresta defendida”,
a Câmara de Mortágua colocou há mais de 20 anos em marcha
uma estratégia que se tem traduzido em números reveladores do
seu sucesso.
Apesar de a mancha florestal ocupar 85% do território do
concelho, nos últimos anos tem ardido apenas cerca de um hectare, ou seja, o equivalente à dimensão de um campo de futebol.
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Houve consenso em Bruxelas
Fechado acordo para a reforma
da política agrícola comum 2014-2020
Conclusão do projecto Forestake
Donos da floresta estão à margem
das políticas florestais
A política florestal nacional “não passa do papel” porque
Portugal tem inúmeros proprietários florestais que estão alheados dela, conclui o projecto Forestake, apresentado na Universidade de Aveiro.
Celeste Coelho, que coordena o projecto de investigação
iniciado em 2010, envolvendo a Universidade de Aveiro, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a Escola Superior
Agrária de Coimbra, foi taxativa: “Portugal dispõe de orientações
nacionais e instrumentos de planeamento para uma gestão florestal sustentável, mas é geral o desconhecimento e a reduzida
participação dos proprietários nos processos de decisão”.
Os incêndios são identificados como um dos principais
constrangimentos que afectam a floresta e a sua gestão, mas
também o abandono e despovoamento rural, os conflitos de interesses, a dimensão da propriedade e a falta de ordenamento.
Sandra Valente, uma das investigadoras que participou no
“Forestake”, concretizou alguns dados, ao falar das políticas
nacionais e das visões técnicas e institucionais sobre a floresta.
“Nos últimos 30 anos, a média anual de área ardida ultrapassou os 3% da área florestal”, disse, alertando ainda que o uso
do solo florestal tem o mesmo peso que a média dos países europeus, tendo como função dominante a produtiva, mas difere
do contexto global quanto ao domínio da propriedade.
Mais de 90 por cento da floresta é privada e no norte e centro
do País predominam pequenas propriedades com menos de 0,5
hectares, ocupadas por pinheiro-bravo e eucalipto. Junta-se a bai34
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xa rentabilidade, além da alteração dos modos de vida rural. “Temos
muitos proprietários e poucos produtores florestais, numa decisão
que podemos reconhecer como racional porque não têm retorno
para o investimento necessário”, observa a investigadora. Acresce que Portugal está abaixo da média europeia e internacional nas
áreas para a conservação da biodiversidade (5%) e para protecção
do solo e da água (7%) da área florestal nacional.
Numa floresta maioritariamente privada, o Estado desenvolveu na última década o enquadramento político, legal e
institucional para o sector, com vista a facilitar a organização
e cooperação dos proprietários florestais, para uma gestão florestal sustentável, mas o seu desconhecimento pelos principais
interessados, os “donos” das matas, “é notório”.
Sandra Valente conclui que “a gestão florestal em Portugal
tem ficado aquém dos objectivos nacionais, não pela falta de
instrumentos, mas pela falta de concretização” e adianta uma
explicação: “A maior parte dos instrumentos foi desenvolvida
pelos serviços públicos, de forma centralizada” e “repetem-se
as reestruturações, quer nos ministérios, quer nos serviços públicos florestais, dificultando a célere operacionalização do planeamento e da gestão florestal”, expôs.
O Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a um consenso em relação às questões que tinham ficado em aberto
após o acordo obtido no Conselho de Ministros de Agricultura
da UE, realizado em Junho sobre a reforma da PAC para 20142020.
Segundo o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo
Albuquerque, “o maior ganho para Portugal é que se fechou o
acordo da reforma da PAC e isso vai permitir-nos começar em
2014 com um novo quadro comunitário e um novo Programa
de Desenvolvimento Rural. Estes apoios são fundamentais para
o sector responder e, com isso, ajudar a economia portuguesa.
Não podíamos correr o risco de ter um hiato entre programas,
no qual os agricultores ficariam desprovidos de investimento. A
subida de 75% para 85% vai possibilitar uma maior estabilidade
no futuro Programa de Desenvolvimento Rural”.
Com a nova PAC, estão asseguradas as condições necessárias para que a agricultura portuguesa mantenha o seu actual
dinamismo e ritmo de crescimento. “Com a participação do sector, iremos definir as escolhas nacionais para que a agricultura
se assuma cada vez mais como um importante motor para a recuperação económica de Portugal”, referiu o governante.
Governo satisfeito com flexibilização
de co-financiamento para a PAC
O secretário de Estado da Agricultura mostrou-se satisfeito
com a “flexibilização” da taxa de co-financiamento do programa
de desenvolvimento rural alcançada, destacando que a conclusão deste processo permitirá avançar com a reforma da Política
Agrícola Comum (PAC).
“Queremos que em 2014 haja dinheiro para o sector e para o
investimento e essa é a prioridade máxima», afirmou José Diogo
Albuquerque, sublinhando que o importante era fechar as negociações “para não ultrapassar o tempo limite” e conseguir avançar com a reforma da PAC no início do próximo ano.
O governante lembrou que o grosso da reforma da PAC e
das questões orçamentais já estava resolvido em Junho, tendo
ficado apenas algumas questões por decidir, nomeadamente as
taxas de co-financiamento, as transferências de fundos entre
pilares, ou seja, pagamentos directos e desenvolvimento rural,
e a redução das ajudas, a partir de um determinado montante.
Portugal pode aplicar 250 ME da PAC noutros sectores
Portugal poderá canalizar pelo menos 250 milhões de euros
verbas europeias do desenvolvimento rural para sectores mais
necessitados nos próximos sete anos, anunciou o eurodeputado
Capoulas Santos, em Bruxelas.
“Há um ganho para Portugal objectivo de 250 milhões de
euros (ME) e, naturalmente, estou muito feliz por ter imposto
esta decisão ao Conselho de Ministros da Agricultura, que já a
tinha tomado em sentido contrário”, sublinhou Luís Capoulas
Santos, responsável por dois dos principais relatórios do Parlamento Europeu (PE) sobre a reforma da Política Agrícola Comum
(PAC).
Isto porque, depois de mais de 50 reuniões do trílogo, Parlamento Europeu (PE), Conselho e Comissão Europeia (CE), o
“dossier” da reforma da PAC foi fechado com um aumento do
co-financiamento comunitário no segundo pilar da PAC, respeitante ao desenvolvimento rural, de 85 para 95 por cento para
os países sob programas de ajustamento e, consequentemente,
uma redução das verbas nacionais baixam de 15 para cinco por
cento do Orçamento do Estado.
Capoulas Santos estimou esta redução em “pelo menos 250
ME” que Portugal poderá aplicar entre 2014 e 2020 noutros
sectores, o que representa cerca de 36 milhões por ano.
O eurodeputado, que participou nas reuniões em nome do
PE, salientou que esta alteração, que terá de ser aprovada em
sessão plenária do hemiciclo europeu, será aplicada já no próximo Orçamento do Estado.
Capoulas Santos disse ainda ter estado em contacto permanente com o Governo português durante as negociações do
trílogo, sublinhando que “quando está em causa o interesse nacionais, as questões partidárias esbatem-se”.
Para além de Portugal, a norma aplica-se à Grécia e à Irlanda, países que também estão sob programas de ajustamento da
“troika” As reuniões sobre a reforma da PAC foram concluídas
depois de meses de negociações. Esta é a primeira vez que o
PE tem co-decisão em questões de agricultura, uma alteração
introduzida pelo Tratado de Lisboa.
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Noticias Verallia
Fotografia de Pedro
Nóbrega com garrafa
de espumante
Verallia premiada
O primeiro concurso fotográfico Photo Museu do Vinho Bairrada, promovido pelo Município de Anadia, incidiu sobre a temática
“Espumante Bairrada” e atribuiu o prémio máximo a uma garrafa da
Verallia Portugal artisticamente fotografada por Pedro Nóbrega.
No âmbito das comemorações dos 10 anos do Museu do Vinho
Bairrada, a Câmara de Anadia organizou o primeiro concurso de
fotografia, o Photo Museu do Vinho Bairrada subordinado ao tema
“Espumante Bairrada”. Este concurso fotográfico culminou com a
inauguração da exposição de fotografia com as nove candidaturas
vencedoras.
Dos nove fotógrafos seleccionados o grande prémio foi atribuído a Pedro Nóbrega que fotografou e apresentou uma garrafa
de espumante da Verallia Portugal artisticamente recortada. A particularidade do recorte e o evidente talento fotográfico de Pedro
Nóbrega foram reconhecidos por um júri exigente que contou com
a presença de grandes vultos portugueses da fotografia, tais como,
Eduardo Gageiro e João Carlos (Hasselblad Master).
Para além do prémio monetário o vencedor terá o seu trabalho
exposto no núcleo de exposições temporárias do Museu do Vinho
Bairrada e verá ainda as suas fotografias editadas na publicação
dedicada à comemoração do décimo aniversário deste espaço museológico.
Produzido na região de Trás-os-Montes
Adega Cooperativa Ribadouro
lança vinho biológico
Uma adega cooperativa de Sendim, Miranda do Douro, anunciou o lançamento no
mercado dos primeiros 10.000 litros de um vinho biológico produzido na região vinícola de Trás-os-Montes.
Da quantidade produzida, o que corresponde a cerca de 12.200 garrafas, as primeiras 600 já foram exportadas para mercados como os Estados Unidos, França e
Nepal, explicou o dirigente Adega Cooperativa Ribadouro (ACR) Paulo Teixeira.
“Trata-se de um vinho jovem, elaborado partir e três castas de referência: Touriga
Nacional, Tita Roriz e Touriga Franca. É um vinho fácil de se beber e que está muito próximo do vinho produzido pelos agricultores, ou seja, não foi trabalhado com produtos
enológicos de referência”, disse Paulo Teixeira.
Ano X - N.º 210
Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.
Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Helena Antunes
Opinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo
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Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores - Telf. 232 422 364 | E-mail: [email protected] | Marzovelos - Viseu
Tiragem média Versão Digital: 73000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplares
Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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BREVES
Ecomuseu de Carvalhal de Vermilhas promove natureza e tradições do concelho de Vouzela
A Câmara de Vouzela e a Junta de
Carvalhal de Vermilhas inauguraram o
Ecomuseu de Carvalhal de Vermilhas, um
espaço que tem como principais objectivos valorizar a identidade da freguesia e
do concelho e reforçar o conhecimento e
valorização do património rural.
A obra consistiu na requalificação do
antigo edifício da escola primária de Carvalhal de Vermilhas e ascendeu a 39.040
euros, mais IVA, sendo comparticipada
pela ADDLAP (Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva), no
âmbito do Programa de Desenvolvimento
Rural (ProDeR).
“Este é um ato simbólico, mas encerra em si dois grandes objectivos que tínhamos quando demos início à obra, por
um lado a continuidade na recuperação
do património do nosso concelho e por
Município de
Penalva do
Castelo efectua
intervenções
silvícolas nos
rios do concelho
O Município de Penalva do
Castelo, apoiado pelo programa
PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), está a realizar intervenções silvícolas nas margens
dos principais cursos de água que
atravessam o concelho, Rios Dão,
Carapito, Côja e Ludares. Pretende-se com estas intervenções
limpar, manter e valorizar esteticamente a paisagem das galerias
ripícolas associadas aos referidos
cursos de água.
Dado que estes espaços se
encontravam muito degradados
e intransitáveis, as acções, a decorrer, compreendem a limpeza de
matos, corte de árvores tombadas
e/ou secas, desbaste selectivo e
desramação do restante estrato
arbóreo.
A conformação geral das galerias ripícolas será preservada por
forma a promover o cumprimento
das suas funções de protecção da
rede hidrográfica e controlo dos
fenómenos erosivos, garantindo
também a sua valorização ambiental e paisagística.
outro o esforço que fizemos na tentativa
de preservar a nossa memória, a memória de Carvalhal de Vermilhas e a memória
do concelho de Vouzela”, referiu Telmo
Antunes, presidente da Câmara, durante
a inauguração. Satisfeito com a obra, o
autarca desafiou a população da freguesia a “dar vida” àquele espaço, tornando-o no “guardião do património natural e
das tradições de Carvalhal de Vermilhas e
do concelho”, finalizou.
Enaltecendo a importância daquele
investimento na freguesia, o presidente
da Junta de Carvalhal de Vermilhas, referiu que a obra ainda não está concluída,
sendo objectivo da autarquia colocar um
parque infantil e fazer um campo de futebol. “A nossa intenção é que todas as faixas etárias possa usufruir deste espaço”,
concluiu Paulo Meneses.
UDACA premiada no
“Asia Wine & Spirits
Awards”
Os vinhos da UDACA foram de novo premiados num concurso internacional, desta vez com
mais três medalhas no prestigiado Concurso Asia
Wine & Spirits Awards 2013.
Adro da Sé Reserva 2005: Medalha de Ouro;
Tesouro da Sé Private Selection: Medalha de
Prata e UDACA Colheita 2010: Medalha de Prata
foram os galardoados. Estas três medalhas vêem
aumentar o número de prémios alcançados pelos
vinhos UDACA em concursos de Vinhos na Ásia,
mercado no qual a UDACA aposta. Em Concursos
Internacionais de Vinhos, e só nos últimos 12 meses,
contabilizam-se já mais de 20 medalhas e prémios
alcançados pelos vinhos atuais da UDACA.
“Desenhos da Vinha e
do Vinho” em exposição
no Cine-Teatro de Nelas
No âmbito da programação do Instituto Português da Juventude de Viseu e da Fundação
Lapa do Lobo, foram lançadas as oficinas de desenho que funcionaram durante o mês de Julho e
Agosto com jovens entre os 6 e os 13 anos.
Nestas oficinas de desenho os jovens das duas
instituições desenvolveram em ambiente de educação não formal a sua criatividade e partilha de experiencias, onde trabalharam perto de 30 desenhos
sobre o tema do vinho lançado pela Civilização Activa, para apresentação na 22.ª Feira do Vinho do
Dão. Estes desenhos estão em exposição no hall do
Cine-Teatro de Nelas e podem ser apreciados até
ao dia 12 de Outubro.
Na companhia do vinho
“Dona Berta”
Quinta
do Carrenho
promove
programa especial de vindima
A Quinta do Carrenho, em Foz Côa,
promove sábado, dia 5 de Outubro, um
programa recheado, de acompanhamento do processo de vindima e de elaboração dos vinhos “Dona Berta”. Como
é habitual, há um programa excepcional
que, para além de uvas, do vinho e da
gastronomia local, incluirá um passeio
nas Ruínas Romanas de Romancil, onde
poderão disfrutar a paisagem impar do
Douro e conhecer um pouco da história
da época, sempre na companhia do Vinho Dona Berta.
Programa para o dia 5 de Outubro,
Sábado:
09H00 - Chegada à Quinta do Carrenho para a vindima;
11H30 – Prova dos Vinhos Dona Berta
e a degustação de sabores regionais;
13H00 - Almoço regional na Quinta
do Carrenho, com porco no espeto e sardinhas assadas na brasa e especialidades
da nossa chef Dª Leonor que tão bem
acompanham os vinhos Dona Berta.
16H00 - Visita às Ruínas de Romancil, com oportunidade de vivenciar-se as
vindimas na época romana, guiados pelas palavras do Prof. Couchão.
20H00 - Regresso à Quinta do Carrenho para Arraial com caldo verde, fumeiro regional e animação.
22H00 - Pisa de uvas no Lagar (actividade a confirmar).
24H00 - Fim
Caso não seja possível a presença às
9h para a vindima, poderá iniciar a atividade mais tarde, às 11h30 para a Prova
dos Vinhos Dona Berta e a degustação
de sabores regionais.
Para facilitar a organização do encontro, agradecemos as vossas inscrições com a brevidade possível. As inscrições serão registadas rigorosamente por
ordem de chegada.
www.gazetarural.com
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Centro de Congressos do Estoril de 3 a 6 de Outubro
Economia da Partilha é o tema
do Greenfest 2013
A Economia da Partilha é
o tema central da VI edição
do GREENFEST. De 3 a 6 de
Outubro o principal festival de
sustentabilidade em Portugal
volta ao Centro de Congressos do Estoril e oferece diversas actividades direccionadas
para todas as idades.
Os visitantes poderão,
assim, participar num conjunto alargado de acções como
palestras, conferências e debates sobre esta nova economia em desenvolvimento,
em que a partilha e a colaboração ocupam um lugar central.
Mas muitas outras iniciativas estão agendadas.
Desde palestras e sessões de
esclarecimento
alterações
climáticas, desperdício de
água, eficiência energética,
arquitectura, entre muitos
outros temas. O festival contará ainda com workshops de
culinária, yoga, taekwondo e
biodanza, rastreios, feng shui,
shiatsu e muitas outras actividades totalmente gratuitas.
Deste modo, o festival
sensibiliza os cidadãos para a
temática da sustentabilidade
ambiental, social e económica, assinalando ainda o Ano
Internacional da Cooperação
pela Água, o Ano da Arquitectura Portuguesa e o Ano
Europeu do Cidadão.

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