Médico-veterinário atesta infarto nas aves de corte

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Médico-veterinário atesta infarto nas aves de corte
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O calor é a causa de morte de milhares de francos no Sudoeste
Médico-veterinário atesta infarto nas aves de corte, provocado por picos de temperatura
Pelo menos 30 aviários da região Sudoeste do Paraná registraram perdas significativas este ano por causa do calor. A
informação é do médico-veterinário responsável pelo serviço público de defesa sanitária animal na região, Darci
Lucini. Para ele, as altas temperaturas são a causa de inúmeras mortes de aves de corte e muitos produtores já
acumulam prejuízos.
Sempre que ocorrem perdas acima de 10% dos animais alojados em uma granja, é obrigatória a vistoria do órgão
competente para descobrir se a causa é relacionada a problemas sanitários ou não, antes de encaminhar para o
devido descarte dos animais.
Durante as recentes visitas técnicas às propriedades, Lucini, que é encarregado de emitir esses laudos, tem atestado
não a presença de problemas sanitários, mas a incidência de infarto devido aos picos de calor. "As aves de corte não
suportam as altas temperaturas e em picos de calor elas ficam sujeitas a morrer por complicações cardiovasculares, o
chamado infarto", disse.
Na semana passada, um raio atingiu o transformador de uma propriedade no município de Itapejara d'Oeste e a falta de
energia elétrica durante toda a madrugada interrompeu os serviços de ventilação e nebulização do aviário, que são
técnicas usadas para baixar a temperatura ambiente.
Com o calor excessivo, a perda foi de mais de quatro mil aves que estavam prestes a atingir o ponto de abate e isso
significa, no sistema integrado, que os prejuízos econômicos sejam de aproximadamente cinco mil reais para o produtor e
entre dez a doze mil reais para as agroindústrias.
O médico-veterinário da Seab investigou mortes ocorridas em outras duas propriedades localizadas no município de
São João, onde ocorreram perdas acima de 10% dos plantéis e também atestou que o calor está matando os animais.
Previsão do tempo:De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, o calor não deve dar trégua ao Sudoeste paranaense
nos próximos dias. Apesar das pancadas de chuva que estão sendo esperadas para domingo e segunda-feira, a previsão
é de que o tempo continue quente. A diminuição da quantidade de chuvas também está no horizonte da região, uma vez
que a falta de umidade do solo não favorece a formação dessas precipitações.
As médias máximas de temperatura neste verão sudoestino têm praticamente se mantido acima das médias históricas
das altas temperaturas: em dezembro de 2008, janeiro e fevereiro de 2009, o Simepar registrou respectivamente
médias máximas de 29,4ºC, 27,6 ºC e 29,3 ºC, contra 28,6 ºC, 28,7 ºC e 28,7 ºC registrados como médias máximas
históricas nesses meses do ano. Março, que mal começou, apresentou até agora a média de 32,2 ºC frente a uma marca
histórica de 28,8ºC.
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Gerado em 02/10/2016 13:31:23