visualizar
Transcrição
visualizar
CARACTERIZAÇÃO DAS FEIÇÕES GEOLÓGICAS QUE PODEM DIFICULTAR A COMERCIALIZAÇÃO DAS ROCHAS ORNAMENTAIS EXPLOTADAS DO MACIÇO INTRUDIDO CASTELO – ES AGOSTIM, L.; MEYER, A. P.; Instituto Federal de Educação do Espírito Santo, Campus Cachoeiro de Itapemirim, [email protected], [email protected] O Estado do Espírito Santo apresenta um grande destaque no cenário nacional com relação ao setor de rochas ornamental sendo o maior exportador de rochas brutas e manufaturadas, concentrando 30 % das empresas de exportação de rochas ornamentais do país. Entre as rochas ornamentais explotadas no estado, destacam-se os mármores e os granitos com uma produção na ordem de 3 milhões de toneladas/ ano. No município de Castelo na porção sul do Estado do Espírito Santo, ocorre uma intrusão ígnea que compreende uma área aproximada de 75 km2, apresentando forma elíptica, marcada por um núcleo diorítico e uma espessa borda granítica. Em virtude da ocorrência desse corpo ígneo a região do município de Castelo - ES ganhou destaque no setor de rochas ornamentais através a extração de granitos Cinza. Os materiais ornamentais extraídos na região apresentam coloração predominantemente cinza sendo destinados exclusivamente ao mercado interno e utilizados, sobretudo, como revestimentos de pisos e fachadas. A localização prévia das pedreiras foi feita através das análises em fotografias aéreas do ortofotomosaico digital do Instituto Estadual de Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo (IEMA) coordenadas em UTM (WGS84) em conjunto com dados do DNPM, além do auxilio do Google Earth Online. De posse das localizações das pedreiras, foi efetuado o estudo de campo nas áreas de lavra para a investigação das feições geológicas que descaracterizavam o padrão cromático dos materiais ornamentais extraídos. Durante o trabalho foram estudadas oito pedreiras, sendo duas de extração de Granito Cinza Andorinha, uma de Granito Corumbazinho e as demais de Granito Cinza Corumbá. Nas pedreiras visitadas foram vistos veios pegmatíticos com espessuras bastante variadas podendo ser observada às dimensões milimétrica a centimétricas. Em algumas pedreiras de Granito Cinza Corumbá observou-se que o contorno desses veios se tornam difusos a medida que a lavra se aprofunda no maciço rochoso. Nas áreas de extração de Granito Cinza Corumbá são frequentes as concentrações de cristais de biotita (rajas) que formam manchas escuras lenticulares concordantes com a foliação de fluxo da rocha chegando as dimensões de 1 metro. As enclaves de material gnáissico apresentam na sua grande maioria contorno arredondado, podendo apresentar diâmetro de até 1 metro, por vezes, observa-se concentrações de biotita nas bordas dessas enclaves. As enclaves ovaladas de biotita podem atingir até 20 mm de comprimento e concordam com a foliação de fluxo. Tanto as enclaves de biotita quanto as de rocha gnáissica são frequentemente encontradas nas pedreiras de Granito Cinza Andorinha e Corumbazinho. Os diques são menos frequentes e apresentam textura fina com cristais inferiores a 2 mm e composição granítica similar aos granitos cinza da região onde se encontram encaixados. A espessura do dique encontrado na área de extração de Granito Cinza Corumbá foi de aproximadamente 11 cm. Acredita-se que o uso do material pétreo com as tais características (heterogeneidades) poderiam ser explorados para a confecção de peças de design exclusivo. As jazidas de material ornamental configuram bem não renovável o que reforça a importância de uma exploração consciente buscando o seu máximo de aproveitamento. Palavras-chave: Rochas Ornamentais, heterogeneidades, Maciço Castelo .