História do Islamismo

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História do Islamismo
Mapa do islamismo no Oriente Médio
História do Islamismo
Maomé nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro de animismo e idolatria. Como
qualquer membro da tribo Quirache, Maomé viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai,
Abdulá, morreu logo após seu nascimento, e sua mãe, Amina, quando ele tinha seis anos.
Aos 40 anos, Maomé começou sua pregação.
Maomé sai em retiro espiritual pelo deserto e diz ter recebido a visita do anjo Gabriel, e o
mesmo disse que ele era o enviado de Alá na Terra. Volta para Meca, se prosta frente à
Caaba e declama ao povo que ele estava alí para obedecer as normas de Alá, e o anjo havia
lhe soprado aos ouvidos as Suras ( Capítulos do Alcorão).
Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as quais lhe
foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados infalíveis. É
dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o maior 286 versos. A
segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos ahadith
(ditos e feitos do profeta).
O Alcorão foi escrito pelo escravo de Maomé, pois ele era
analfabeto, então, ele ditou as suras para Said.
Se casa com Khadija, uma viúva rica que se casou com Maomé,
investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina.
Maomé passou a pregar publicamente sua mensagem, encontrando uma
crescente oposição. Perseguido em Meca, foi obrigado a emigrar para Yatreb, que
passou a se chamar Medina( cidade do profeta), no dia 20 de Junho de 622. Esse
acontecimento, chamado Hégira (emigração), é o marco inicial do calendário
muçulmano até hoje. Maomé faleceu no ano 632.
Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as
quais lhe foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são
considerados infalíveis. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho,
tendo o maior 286 versos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto
de preceitos baseados nos ahadith (ditos e feitos do profeta).
Maomé transformou as igrejas da era de Constantino em Mesquitas, cada uma
delas contendo uma quibla ( parede voltada para Meca)
O nome Muhammad na grafia árabe
De onde vem o termo Islã?
Em árabe, Islã significa "rendição" ou "submissão" e se refere à
obrigação do muçulmano de seguir a vontade de Deus.
O termo está ligado a outra palavra árabe, salam, que significa "paz" o que reforça o caráter pacífico e tolerante da fé islâmica. O termo surgiu por
obra do fundador do islamismo, o profeta Maomé, que dedicou a vida à
tentativa de promover a paz em sua Arábia natal.
Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos: os Sunitas e
os Xiitas. Os Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas,
Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da
tradição do profeta, continuada por All-Abbas ( um dos Califas), seu tio. Os
Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os
líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé.
A chahada ou shahada ( ‫ﺍﻟﺷﻬﺎﺩﺓ‬, "testemunho") é a profissão de fé dos
muçulmanos e o primeiro dos pilares do Islão (arkan al-Islam). Se divide em três
partes:
1
*Não há outro deus além de Deus; Muhammad é o mensageiro de Deus.
*Não outra divindidade além de Allah; Muhammad é o seu profeta.
*Não há outro deus além de Allah; Muhammad é servo e mensageiro de Allah
2
Salat
Os muçulmanos devem realizar cinco orações diárias, na ordem seguinte:
*Ao alvorecer;
*Depois do meio-dia;
*Entre o meio-dia e o pôr-do-sol;
*Logo após o pôr-do-sol;
Aproximadamente uma hora após o pôr-do-sol.
Os muçulmanos podem realizar estas orações em qualquer local, desde que este seja
um local limpo. É obrigatório virar-se no sentido da cidade de Meca para realizar as
orações.
Antes da oração, o crente prepara-se através de abluções, realizadas com água (ou
com areia caso não exista água). As partes que são lavadas são a cara, os braços, a
cabeça e os pés até aos tornozelos.
As orações devem ser ditas na língua árabe, mesmo que a pessoa não conheça o
idioma.
3 Ramadã ( Jejum)
Durante o mês do Ramadã, os muçulmanos abstêm-se de comida, de bebida, de
fumar, de relações sexuais ou de pensamentos negativos durante o período que
decorre entre o amanhecer até ao pôr-do-sol. As pessoas idosas, os doentes e as
mulheres grávidas estão dispensadas deste jejum, mas devem realizá-lo noutra
altura ou então alimentar pobres durante um período de dias correspondente aos
dias que faltaram ao jejum. As crianças também não realizam o jejum. A primeira vez
que um muçulmano realiza o jejum funciona como uma espécie de ritual de entrada
na vida adulta comparável ao B'nai Mitzvá no judaísmo.
4
Zakat
A palavra zakat significa purificação e crescimento. Cada muçulmano deve calcular
anualmente a sua zakat, que em geral corresponde a 2,5% dos seus rendimentos. As
pessoas pobres não precisam pagar zakat, visto que um dos objetivos deste dever
religioso é precisamente ajudar os mais pobres. No passado a maior parte dos países
muçulmanos cobravam a zakat, mas a prática foi abandonada.
5
Hajj, a peregrinação a Meca
Todos os muçulmanos que tenham capacidade financeira e de saúde devem
realizar uma vez na sua vida uma peregrinação à cidade de Meca durante o mês de
Dhu al-Hija. Se a peregrinação for realizada noutro mês do calendário islâmico, é
considerada um ato positivo, mas não corresponde e nem dispensa à Hajj. Em Meca
os muçulmanos realizam uma série de rituais, como dar voltas em torno da Kaaba.
Ibaditas- “ os que cindiram” – foram os primeiros a formar- se no Islã.minoria , concentram-se em Omã, mas com pequenos núcleos na Argélia.
Xiitas- Segundo maior grupo do Islão, consideram Ali, o genro e primo de
Maomé como seu sucessor e olham com indiferença os três dos quatro Califas.
Sunitas- Maioria no Islão- 84%- acreditam nos ensinamentos baseados aos
quatro Califas .
Educação
A educação é obrigatória para todas as crianças entre os 6 e os 10 anos de idade. De acordo com dados de
2005, 81,3% da população com mais de 15 anos de idade encontra-se alfabetizada. Desde a Revolução
Islâmica de 1979 que todas as escolas e universidades devem promover os valores do islão, tendo se
verificado um afastamento em relação a modelos educativos seculares.
A educação primária é seguida por um ciclo de três anos que procura avaliar as aptidões dos alunos e orientálos para os vários tipos de ensino secundário.
Existem no Irão mais de 100 instituições de ensino superior. Após a Revolução Islâmica muitos académicos
foram forçados a abandonar os seus lugares devido às suas ligações com a monarquia ou pela sua
identificação com valores seculares, o que provocou uma falta de pessoal nestas instituições. Algumas
universidades foram mesmo encerradas no início da década de 80 e outras mudaram de nome. Muitos
iranianos encontram-se a estudar no estrangeiro devido a este fenómeno e também porque existe no país a
mentalidade que uma educação no exterior é superior. As universidades iranianas mais importantes são a
Universidade de Teerão (fundada em 1934), a Universidade de Shiraz (fundada em 1945) e a Universidade
de Isfahan (fundada em 1950).
Soltaniyeh; A maior atração das
muitas ruinas de Soltaniyeh é o
Mausoléu de Öljaitü, mais conhecido
por Cúpula de Soltaniyeh.
Interior da cúpula do Soltaniyeh
Bisotun ( documento que decifra a língua- cuneiforme, texto
mais importante é a Declaração de Dario I da Persa)
Inscrições de Behistun
Ruínas de Pasárgada
Bam e a sua paisagem cultural - cidade do período
aqueménida fundada entre o século VI e o século IV
a.C.. Os seus monumentos foram danificados devido
ao terremoto de 2003;
Bam e sua Paisagem Cultural
Tchogha Zanbil- Zigurate
Tchogha Zanbil - capital religiosa
do reino elamita fundada em 1250
a.C. e que é hoje um sítio
arqueólogico;
Ruínas de Persépolis
Persépolis - antiga capital persa, fundada por Dário I em 518 a.C.;
Meidan Emam- Maior praça do mundo –
centro da cidade de Asfahan - Irã
O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. Não há um fundador
desta religião, ao contrário de tantas outras - no Islamismo, por exemplo, temos Maomé, e no
Budismo, o próprio Buda. O Hinduísmo, na verdade, se compõe de toda uma intersecção de
valores, filosofias e crenças, derivadas de diferentes povos e culturas.
Para compreender o Hinduísmo, é fundamental situá-lo historicamente. Por volta de
3 000 a.C., a Índia era habitada por povos que cultuavam o Pai do Universo, numa espécie de
fé monoteísta. Pouco depois, em 2 500 a.C., floresceu a civilização dravídica, no vale do rio
Indo, região que hoje corresponde ao Paquistão e parte da Índia. Os drávidas eram adeptos
de uma filosofia de louvor à natureza, de orientação matriarcal e baseada no princípio da nãoviolência. Porém, em 1 500 a.C., os arianos invadiram e dominaram aquela região, reduzindo
os antigos drávidas à condição de "párias" - espécie de sub-classe social, que até hoje
permanece sendo a casta mais baixa da pirâmide social indiana.
Hinduísmo Védico e Hinduísmo Bramânico
Na primeira fase do Hinduísmo, que recebe o nome de Hinduísmo Védico , temos o culto aos
deuses tribais. Dyaus, ou Dyaus-Pitar ("Deus do Céu", em sânscrito), era o deus supremo, consorte
da Mãe Terra. Doador da chuva e da fertilidade, ele gerou todos os outros deuses. O Sol (Surya), a
Lua (Chandra) e a Aurora (Heos) eram os deuses da luz. Divindades menores e locais são as
árvores, as pedras, os rios e o fogo. A partir da influência ariana, o simbolismo de Dyeus passou
por uma transformação e tornou-se Indra, jovem divindade que rege a guerra, a fertilidade e o
firmamento. Indra representa os aspectos benevolentes da tempestade, em contraposição a Rudra,
provável precursor do deus Shiva, o destruidor. Também nesse período surgiram diversas outras
divindades, inclusive Asura, representante das forças maléficas.
Na segunda fase do Hinduísmo, que recebe os nomes de Vedanta (fim dos Vedas ) ou
Hinduísmo Bramânico, ocorre a ascensão de Brahma, a divindade que simboliza a alma universal.
Brahma é um dos deuses que compõem o Trimurti (Trindade) do Hinduísmo. Ele representa a força
criadora. Os dois outros deuses são Vishnu, o preservador, e Shiva, o destruidor. Neste momento,
surge a figura dos brâmanes, que compõem a casta sacerdotal da tradição hindu. Os rituais
ganham uma série de componentes mágicos e elaboram-se idéias mais complexas acerca do
Universo e da alma, inclusive conceitos como o de reencarnação e o de transmigração de almas.
As Escrituras Sagradas
VEDAS: Primeiros livros do Hinduísmo, surgidos aproximadamente no ano de 1 000 a.C.,
que aglutinam quatro coletâneas de textos. Dentre eles, destaca-se o Mahabharata, que
contém o poema épico Bhagavad Gita (A Canção do Senhor). O conteúdo dos Vedas oscila
entre o Monoteísmo (culto a um deus único) e o Politeísmo (culto a diversos deuses).
UPANISHADS: Essas escrituras, que podem ser traduzidas como Doutrinas Arcanas, foram
redigidas por místicos que representam o expoente máximo do Bramanismo (uma das
vertentes do Hinduísmo). Sua estrutura é a de uma série de diálogos entre mestres e
discípulos, cujo ensinamento fundamental é o seguinte: o mundo em que vivemos é feito
de maya (ilusão), e embora possamos ter a impressão de que o mundo é real, a única
verdade é Brahma, a divindade suprema.
Fundamentos importantes
Para o Hinduísmo, as pessoas possuem um espírito (atman), que é uma força perene e
indestrutível. A trajetória desse espírito depende das nossas ações, pois a toda ação
corresponde uma reação - Lei do Carma.
Enquanto não atingimos a libertação final - chama de moksha -, passamos continuamente
por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual só saímos
após atingirmos a Iluminação.
Os rituais se compõem de dois elementos principais: Darshan, que é a meditação /
contemplação da divindade, e o Puja (oferenda).
A alimentação vegetariana é um dos pontos essenciais da filosofia hindu. Isso porque é livre
da impureza (morte / sangue), e como todo alimento deve ser antes oferecido aos deuses,
não se poderia ofertar algo que fosse "sujo".
As preces são entoadas como cânticos no idioma sânscrito, língua "morta" que deu origem
ao hindi e a um grande número de dialetos praticados na Índia. Essas preces recebem o
nome de mantras. Os mantras são dirigidos a diversas divindades, ou estimulam qualidades
pessoais. Em geral, são entoados 108 vezes, e para sua contagem utiliza-se o japa-mala
(colar de contas), uma espécie de "rosário", confeccionado em sândalo ou com sementes de
rudraksha (árvores consideradas altamente auspiciosas pela tradição indiana).
O mantra mais importante é o OM, "sílaba sagrada" que representa o próprio nome de Deus.
OM é a semente de todos os mantras e princípio da criação. Foi dele que derivou toda a
matéria - neste aspecto, podemos até traçar um paralelo com o gênesis da Bíblia: "E o som
se fez carne".
Shiva, a divindade mais popular da Índia
Shiva é a divindade que representa o princípio masculino. É o deus da morte, da destruição e das
transformações profundas. Sua atuação é fundamental, porque do caos que ele promove, é que se faz a
nova vida.
Em geral, é mostrado em movimento de dança, no meio de uma roda de Fogo, elemento da natureza ao
qual ele está associado. Sua dança, denominada Tandava, simboliza o eterno movimento do universo. Com o
pé direito, ele esmaga a cabeça de uma figura bestial - a ignorância - e com o pé esquerdo ele faz um
movimento ascendente, indicando a liberação espiritual.
Na Índia, é comum encontrarmos os saddhus - homens "santos", que renunciam ao mundo e vagueiam em
busca de sabedoria e iluminação. Devotos de Shiva, os saddhus costumam andar seminus, têm os cabelos
bastante compridos e emaranhados e dedicam-se à prática da ioga, que seria uma expressão da dança de
Shiva.
O princípio feminino da criação é Shakti, que se manifesta como Parvati (a mãe), Durga (a deusa da beleza),
Lakshmi (senhora da arte e da criatividade) e Kali (senhora da destruição). Todas elas são esposas de Shiva.
-
Um Deus Único com Tríplice Manifestação (Trindade Divina: Brahma, Vishnu e Shiva). "O Ser
Supremo se imola a Si próprio e Se divide para produzir a Vida Universal".
2 - A Natureza Eterna do Mundo "Ele sempre foi e sempre será. O mundo e os seres saídos de Deus
voltam a Ele por uma evolução constante".
3 - A Reencarnação "Há uma parte imortal do homem que é aquela, ó Agni, que cumpre aquecer com
teus raios, inflamar com teus fogos. De onde nasceu a Alma? Umas vêm para nós e daqui partem,
outras partem e tornam a voltar".
4 - O Karma "Se vos entregardes aos vossos desejos, só fareis condenar-vos a contrair, ao morrerdes,
novas ligações com outros corpos e outros mundos".
5 - O Nirvana "Estado de não desejo". O mais puro e íntegro da alma, livrando-a em definitivo da roda
das encarnações. Considerado o coroamento da Perfeição. As Escolas Iniciáticas demonstravam
cabalmente, na teoria e na prática, a relevância de alcançar o Nirvana, para se chegar a Deus. Para
atingir essa condição, o Ego precisa se libertar de todos os desejos, mesmo os originados de
sentimentos bons e altruístas. O Nirvana é um estado de consciência tão íntegro que toda doação é
prestada naturalmente e não em decorrência de inclinação sentimental.
Budismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Siddhartha
Gautama, ou Sakyamuni (o sábio do clã dos Sakya), o Buda histórico, que viveu
aproximadamente entre 563 e 483 a.C. no Nepal. De lá o budismo se espalhou através da
Índia, Ásia, Ásia Central, Tibete, Sri Lanka (antigo Ceilão), Sudeste Asiático como também
para países do Leste Asiático, incluindo China, M yanm ar , Coréia , Vietnã e Japão. Hoje o
budismo se encontra em quase todos os países do mundo, amplamente divulgado pelas
diferentes escolas budistas, e conta com cerca de 376 milhões de seguidores.
Os ensinamentos a básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e cultivar a própria
mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o
entendimento da realidade última - o Nirvana.
A moral budista é baseada nos princípios de preservação da vida e moderação. O
treinamento mental foca na disciplina moral (sila), concentração meditativa (samadhi), e
sabedoria (prajña).
Apesar do budismo não negar a existência de seres sobrenaturais (de fato, há muitas
referências nas escrituras Budistas), ele não confere nenhum poder especial de criação,
salvação ou julgamento a esses seres, não compartilhando da noção de Deus comum à
maioria das religiões.
Nirvana (do sânscrito -- ***pali : Nibbāna -- Chinês: Nie4 Pan2 (涅槃), literalmente
"extinção", é a culminar da busca budista pela libertação. De acordo com a concepção
Budista, o Nirvana seria uma superação do apego aos sentidos, da ignorância e a superação
da existência, que é pura ilusão. Siddhartha Gautama, o Buda, descreveu o Budismo como
uma jangada que após atravessar um rio, permite ao passageiro alcançar o nirvana. O
Hinduísmo também usa nirvana como um sinônimo para suas idéias de moksha, e fala-se a
respeito em vários textos hindus tântricos bem como na Bhagavad Gita. Os conceitos
hindus e budistas de nirvana "não devem ser considerados equivalentes". É o ápice, ou seja
é o ponto mais alto de meditação,diz que o espírito se liberta do corpo temporariamente.
O Nobre Caminho Ótuplo
Tem sido sugerido que a form a de ex posição da doutrina das "Quatro Nobres Verdades" segue um
padrão que se assem elha ao do diagnóstico de um a doença: depois de ter apontado as origens do
m al, o Buda m ostrou um rem édio que leva à cessação desse m al. Esse "rem édio" é conhecido
com o o "Nobre Cam inho Óctuplo" (em sânscrito: Astingika-M arga), e deve ser adoptado pelos
budistas. Consiste em :
Visão correta: implica o conhecimento das Quatro Nobre Verdades;
Intenção correta: desejo de permanecer no Caminho que conduz à iluminação;
Palavra correta: falar de uma forma clara, e sobretudo, não fazer uso de uma linguagem
agressiva ou maliciosa
Actividade correta: implica seguir cinco regras básicas, que são não matar, não roubar, não
mentir, não ingerir substâncias intoxicantes e não ter uma conduta sexual incorreta;
Meios de subsistência corretos: ter uma forma de ganhar a vida que não implique o sofrimento
dos outros seres e a desonestidade;
Esforço correto: praticar a autodisciplina de modo a evitar as paixões;
Memória ou atenção correta: implica a auto-análise constante dos pensamentos e ações;
Concentração correta: é o objetivo final, que é entrar no estado de Nirvana.
Judaísm o (do hebraico ‫יהדות‬, vindo do termo ‫ יהודה‬Yehudá ) é o nome dado à
religião do povo judeu, e é a mais antiga das três principais religiões monoteístas
(cristianismo e islamismo).
Torá: livro sagrado do judaísm o
Introdução
O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na
história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus, o criador de
tudo. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles
se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida.
Atualmente a fé judaica é praticada em várias regiões do mundo, porém é no
estado de Israel que se concentra um grande número de praticantes.
Conhecendo
a
história
do
povo
judeu
A Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo. De acordo com as escrituras sagradas, por
volta de 1800 AC, Abraão recebeu uma sinal de Deus para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã (atual
Palestina). Isaque, filho de Abraão, tem um filho chamado Jacó. Este luta , num certo dia, com um anjo de Deus
e tem seu nome mudado para Israel. Os doze filhos de Jacó dão origem as doze tribos que formavam o povo
judeu. Por volta de 1700 AC, o povo judeu migra para o Egito, porém são escravizados pelos faraós por
aproximadamente 400 anos. A libertação do povo judeu ocorre por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi
comandada por Moisés, que recebe as tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos ficam
peregrinando pelo deserto, até receber um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã.
Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de Salomão, filho de Davi, as
tribos dividem-se em dois reinos : Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momento de separação, aparece a
crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo.
Em 721 começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. O imperador da Babilônia, após invadir o reino de
Israel, destrói o templo de Jerusalém e deporta grande parte da população judaica.
No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém. No século seguinte, destroem a
cidade de Jerusalém, provocando a segunda diáspora judaica. Após estes episódios, os judeus espalham-se pelo
mundo, mantendo a cultura e a religião. Em 1948, o povo judeu retoma o caráter de unidade após a criação do
estado de Israel.
Os livros sagrados dos judeus
A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado que foi revelado
diretamente por Deus. Fazem parte da Torá : Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os Números e o
Deuteronômio. O Talmude é o livro que reúne muitas tradições orais e é dividido em quatro livros:
Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.
Rituais e símbolos judaicos
Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um
sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do judaísmo é o memorá, candelabro com
sete braços.
Memorá : candelabro sagrado
Entre os rituais, podemos citar a iniciação na vida adulta para os meninos e a Bat Mitzvah
para as meninas ( aos 12 anos de idade ).
Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento
das orações.
Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo Judeu. Nesta arca
são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.
As
Festas
Judaicas
As datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um calendário lunisolar. As
principais
são
as
seguintes:
Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro.
Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300
AC.
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.
Rosh
Hashaná
é
comemorado
o
Ano-Novo
judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para
purificar
o
espírito.
Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito.
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.
HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
O cristianismo é uma das chamadas grandes religiões. Tem aproximadamente 1,9 bilhão
de seguidores em todo o mundo, incluindo católicos, ortodoxos e protestantes.
Cristianismo vem da palavra Cristo, que significa messias, pessoa consagrada, ungida.
Do hebraico mashiah (o salvador) foi traduzida para o grego como khristos e para o
latim como christus.
A doutrina do cristianismo baseia-se na crença de que todo o ser humano é eterno, a
exemplo de Cristo, que ressuscitou após sua morte. A fé cristã ensina que a vida
presente é uma caminhada e que a morte é uma passagem para uma vida eterna e feliz
para todos os que seguirem os ensinamentos de Cristo.
Os ensinamentos estão contidos exclusivamente na Bíblia, dividida entre o Antigo e o Novo
Testamento.
O Antigo Testamento trata da lei judaica, ou Torah. Começa com relatos da criação e é todo
permeado pela promessa de que Deus, revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas enviaria à Terra
seu próprio filho como Messias, o salvador.
O Novo Testamento contém os ensinamentos de Cristo, escritos por seus seguidores. Os
principais são os quatro evangelhos ("mensagem", "boa nova"), escritas pelos apóstolos Mateus,
Marcos, Lucas e João. Também inclui os Atos dos Apóstolos (cartas e ensinamentos que foram
passados de boca em boca no início da era cristã, com destaque para as cartas de Paulo) e o
Apocalipse.
O nascimento do cristianismo se confunde com a história do império romano e com a história
do povo judeu. Na sua origem, o cristianismo foi apontado como uma seita surgida do judaísmo e
terrivelmente perseguida.
Quando Jesus Cristo nasceu, por volta do ano 4 AC, na pequena cidade de Belém, próxima a
Jerusalém, os romanos dominavam a Palestina. Os judeus viviam sob a administração de
governadores romanos e, por isso, aspiravam pela chegado do Messias (criam que seria um grande
homem de guerra e que governaria politicamente), apontado na Torá (VT)como o enviado que os
libertaria da dominação romana.
Até os 30 anos Jesus viveu anônimo em Nazaré, cidade situada no norte do atual Israel. Aos
33 anos seria crucificado em Jerusalém e ressuscitaria três dias depois. Em pouco tempo,
aproximadamente três anos, reuniu seguidores (os 12 apóstolos) e percorreu a região pregando
sua doutrina e fazendo milagres, como ressuscitar pessoas mortas e curar cegos, logo tornou-se
conhecido de todos e grandes multidões o seguiam.
Mas, para as autoridades religiosas judaicas ele era um blasfemo, pois autodenominava-se o
Messias. Não tinha aparência e poder para ser o o líder que libertaria a região da dominação
romana. Ele apenas pregava paz, amor ao próximo. Para os romanos, era um agitador popular.
Após ser preso e morto, a tendência era de que seus seguidores se dispersassem e seus
ensinamentos fossem esquecidos. Ocorreu o contrário. É justamente nesse fato que se assenta a fé
cristã. Como haviam antecipado os profetas no Antigo Testamento, Cristo ressuscitou, apareceu a
seus apóstolos (Apóstolo quer dizer enviado.) que estavam escondidos e ordenou que se
espalhassem pelo mundo pregando sua mensagem de amor, paz, restauração e salvação.
O cristianismo firmou-se como uma religião de origem divina. Seu fundador era o
próprio filho de Deus, enviado como salvador e construtor da história junto com o
homem. Ser cristão, portanto, seria engajar-se na obra redentora de Cristo, tendo como
base
a
fé
em
seus
ensinamentos.
Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela região do Mediterrâneo e chegou
ao coração do império romano.
A difusão do cristianismo pela Grécia e Ásia Menor foi obra especialmente do apóstolo Paulo,
que não era um dos 12 e teria sido chamado para a missão pelo próprio Jesus. As comunidades
cristãs se multiplicaram. Surgiram rivalidades. Em Roma, muitos cristãos foram transformados em
mártires, comidos por leões em espetáculos no Coliseu, como alvos da ira de imperadores atacados
por corrupção e devassidão.
Em 313, o imperador Constantino se converteu ao cristianismo e concedeu liberdade de culto,
o que facilitou a expansão da doutrina por todo o império. Antes de Constantino, as reuniões
ocorriam em subterrâneos, as famosas catacumbas que até hoje podem ser visitadas em Roma.
O cristianismo, mesmo firmando-se como de origem divina, é, como qualquer religião,
praticado por seres humanos com liberdade de pensamento e diferentes formas de pensar.
Desvios de percurso e situações históricas determinaram os rachas que dividiram o
cristianismo em várias confissões (as principais são as dos católicos, protestantes e ortodoxos).
O primeiro grande racha veio em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, Miguel
Keroularios, rompeu com o papa, separando do cristianismo controlado por Roma as igrejas
orientais, ditas ortodoxas. Bizâncio e depois Constantinopla (a Istambul de hoje, na Turquia), seria
até 1453 a capital do império romano do Oriente, ou Império Bizantino.
O império romano do Ocidente já havia caído muito tempo antes, em 476, marcando o
início da Idade Média. E foi justamente na chamada Idade Média, ainda hoje um dos períodos
mais obscuros da história, que o cristianismo enfrentou seus maiores desafios, produzindo
acertos e erros.
Essa caminhada culminou com o segundo grande racha, a partir de 1517. O teólogo alemão
Martinho Lutero, membro da ordem religiosa dos Agostinianos, revoltou-se contra a prática da
venda de indulgências e passou a defender a tese de que o homem somente se salva pela fé.
Lutero é excomungado e funda a Igreja Luterana. Não reconhece a autoridade papal, nega o
culto aos santos e acaba com a confissão obrigatória e o celibato dos padres e religiosos. Mas
mantém os sacramentos do batismo e da eucaristia.
Mais tarde, a chamada Reforma Protestante deu origem a outras inúmeras igrejas
cristãs, cada uma com diferentes interpretações de passagens bíblicas ou de
ensinamentos de Cristo.Outras levantadas pelo próprio Espírito Santo, dão continuidade
aos propósito do Senhor Deus.
Protestantismo:Martinho Lutero
Ortodoxia- Igrejas Orientais- católicos de ritos orientais ou Uniata, mas
estão em comunhão completa com o Papa. Celebram ritos bizantinos- se
originou na fusão dos costumes litúrgicos. Aceitam somente os primeiros sete
Concílios.
* Concílio de N icéia- Constantino I - prim eiro a aderir o
cristianism o ariano em 325- lidou com questões levantadas pela
opinião ariana ( Jesus subordinado a Deus, não o próprio Deus)
* Concílio de Constantinopla- 381- debate da natureza de Cristo.
Em Alex andria, a Bíblia era vista sob holofotes da filosofia- “ ênfase à
divindade de Jesus”.
* Concílio de Éfeso- 431- Divindade de M aria ( m aternidade de
M aria) – Condenação de N estório- ( se opôs ao term o Theotokosusado para referência à M aria, afirm ando que M aria não foi
progenitora da divindade, m as sim , da hum anidade de Jesus.
* Concílio da Calcedônia- 451- Dualidade da natureza de Jesus
Cristo- Condenação de Eutiques, que ensinava o m onofisism o-(Jesus um a
só natureza, a divina). Doutrina considerada herética.
* Concílio de Constantinopla I I - 553- Condenou obras escritas
pelos seguidores de N estório- herege.
* Concílio de Constantinopla I I I - 680- Dualidade de vontades de
Jesus Cristo, a vontade hum ana sujeita à vontade divina. Condenação do
m onotelism o( heresia surgida na I greja- oposição ao N estorianism oacreditava haver em Cristo duas pessoas, a divina e a hum ana).
*Concílio de N icéia I I - Condenação da I conoclastia- oposição ao
culto de ícones religiosos.
Catedral Ortodoxa
O X I N TOÍ SM O
A única religião que pode ser considerada genuinamente japonesa, com origens que
se confundem com a do próprio povo, há pelo menos dois milênios predomina na
mística do arquipélago do país do sol nascente.
Demorou a receber essa denominação adaptada do chinês xin-tao, "via dos deuses",
por volta do século XI, embora muitos japoneses utilizassem o termo nativo kami-nomichi, com o mesmo significado.
Diferente do Budismo, que têm origem indiana e influência chinesa, o Xintoísmo é
dominante apenas em seu país de origem, embora sua prática não implique no
abandono total ou repúdio a outras formas de crença. Não se trata de uma
concepção exclusivista, convivendo pacificamente e até complementarmente com
outras práticas religiosas.
Na verdade por muitos estudiosos nem chega a ser considerada uma religião devido
a ausência de elementos como códigos de leis explícitas, filosofia textualmente
definida, profetas ou um livro sagrado mais elaborado.
O estudo do Xintoísmo é vital para o entendimento da cultura japonesa, sua visão de
mundo determina boa parte do comportamento nipônico, como sua capacidade de
adaptação e absorção de novas idéias ao mesmo tempo que preserva as antigas, sua
boa recepção a novas culturas e idéias, seu comportamento que valoriza a ética e a
saúde e seu sentimento de nacionalismo.
O termo japonês Kami (deus) significa "algo elevado", "divino", "superior" "absoluto".
Não existe tradução precisa mas o termo é atribuído aos espíritos sagrados, deuses e
divindades em geral. Como ocorre muitas vezes com traduções, muito do significado
original do termo pode se perder, e talvez o melhor a ser feito, no caso do conceito de
kami, é não traduzi-lo, e sim entender que tipo de seres espirituais são englobados no
conceito de kami.
A deusa Amaterasu
O chinês segue o Sankiao - Uma mistura de Taoísm o- Budism o e
Confucionism o.
Taoísm o- Uma escola de pensamento filosófico chinês que se baseia nos
textos do Tao Te Ching atribuídos a Lao Tse e nos escritos de Chuang
Tse .
O Taoísmo propõe um trabalho de equilíbrio- nem muito ao céu, nem
muito à terra, água- fogo, quente- frio, tudo tem que estar em harmonia,
equilíbrio.
Confucionism oCriado por Confúcio- Entre as preocupações do confucionismo estão a
m oral , a política, a pedagogia e a religião. Conhecida pelos chineses como
Junchaio (ensinamentos dos sábios). Fundamentada nos ensinamentos de
seu mestre, o confucionismo encontrou uma continuidade histórica única .
Os mais altos cargos chineses são dados as pessoas letradas, isto é, a
intelectuais.
O Budismo já foi visto.
Martinho Lutero
O protestantismo é um dos grandes ramos do cristianismo. As grandes linhas
divisórias do cristianismo têm sido delineadas da seguinte forma: catolicismo
romano, igrejas orientais e ortodoxas e protestantismo
Protestantes são representados pelas igrejas originadas da Reforma ou que,
embora surgidas posteriormente, guardam os princípios gerais do movimento.
Estas igrejas compõem a grande família da Reforma: luteranas, presbiterianas,
metodistas, congregacionais e batistas. Estas últimas, as batistas, também resistem
ao conceito de protestantes por razões de ordem histórica, embora mantenham os
princípios da Reforma. Creio não ser, por isso, necessário criar para elas uma
categoria à parte. São integrantes do protestantismo chamado tradicional ou
histórico, tanto sob o ponto de vista teológico como eclesiológico. Estes cinco
ramos ou famílias da Reforma multiplicam-se em numerosos sub-ramos, recebendo
os mais diferentes nomes, mas que, ao guardar os princípios fundantes, podem ser
incluídos no universo do protestantismo propriamente dito.
A Contra-Reforma, de modo geral, consistiu em um conjunto de medidas
tomadas pela Igreja Católica com o surgimento das religiões protestantes.
Longe de promover mudanças estruturais nas doutrinas e práticas do
catolicismo, a Contra-Reforma estabeleceu um conjunto de medidas que atuou
em duas vias: atuando contra outras denominações religiosas e promovendo
meios de expansão da fé católica.
Considerada a primeira religião fundada durante as Reformas
Protestantes, o Luteranismo foi uma religião criada em meio às
questões sócio-políticas do Sacro Império Germânico. Ainda arraigado
aos entraves do feudalismo, o Sacro-Império contava com um
conjunto de principados que tinham mais de um terço de suas terras
dominados pela Igreja Católica.
Tolhidos pelo poder de decisão dos clérigos, a relação entre a nobreza e a Santa
Igreja já se mostrava abalada mesmo antes de chegarmos ao surgimento das polêmicas
levantadas pelas idéias do padre e professor Martinho Lutero. Durante seus estudos,
Lutero começou a criticar pontos vitais da doutrina católica. No ano de 1517, ele
censurou a venda de indulgências e outras práticas da Igreja na obra As 95 Teses.
Escrita em alemão, a obra ganhou popularidade e chegou ao conhecimento dos clérigos
católicos.
Repudiando as idéias de Lutero, o papa Leão X, em 1520, redigiu uma carta
condenando sua obra e exigindo a retratação do monge, ameaçando-o de excomunhão.
Em 1521, sob ordens do imperador Carlos V, Lutero foi convocado a negar suas idéias
num encontro chamado Dieta de Worms. Durante o encontro Lutero reafirmou suas
crenças e foi considerado herege. Mesmo com a oposição da Igreja, setores da nobreza
alemã resolveram proteger Martinho Lutero.
Durante esse período, Lutero se dedicou a traduzir do latim para o alemão e
publicar a chamada Confissão de Augsburgo. Essa última publicação continha
as bases da doutrina luterana que, entre outros pontos, defendia a salvação
pela fé, a livre interpretação do texto bíblico, a negação do celibato e da
adoração à imagens, a realização de cultos em língua nacional e a subordinação
da Igreja ao Estado.
A nova religião, mesmo contendo pontos que favoreciam o poder
nobiliárquico, também foi responsável pela incitação de uma série de revoltas
populares contra a ordem estabelecida. Nesse período, várias terras foram
invadidas e igrejas foram saqueadas pelos alemães. Condenando os
movimentos insurgentes, Lutero apoiou as forças senhoriais que reprimiram o
movimento.
Somente em 1555, com a assinatura da Paz de Augsburgo, os conflitos sociais
e religiosos cessaram de vez. No tratado estabelecido, os príncipes alemães
teriam o direito de adotar livremente qualquer tipo de orientação religiosa
para si e seus súditos.
Por Rainer Sousa
ESPIRITUAL E MATERIAL
A religião tradicional africana distingue dois aspectos da realidade:
aquilo que é visível, físico, material..., e aquilo que é invisível e
espiritual. Estes dois aspectos fundem-se entre si: nenhuma coisa do
mundo físico é tão material que não contenha em si elementos do
mundo espiritual. Isto conduziu à crença de que há espíritos nas
pedras, nas montanhas, nos rios, nas árvores, nos trovões, no Sol e na
Lua... Daí a religião tradicional africana ser muitas vezes chamada
também de religião animista.
Seus praticantes vivem em profunda harmonia com todo o universo e
esforçam-se para comportar-se de maneira adequada, conforme as leis
morais. Isso não significa que não existem momentos religiosos mais
destacados de outros, considerados profanos, mas toda a vida é
sustentada pelo elemento religioso que une os seres, o cosmo, o
mundo invisível e o Ser Superior. Todo o universo tem uma alma.
RELIGIÃO TRADICIONAL AFRICANA
Para falarmos disso, precisamos, em primeiro lugar, deixar claro sobre qual
região da África ou qual religião iremos abordar. Para isso, dividimos a África
assim:
1) África do norte: desde o Atlântico e Mediterrâneo até o Saara, incluindo o
Egito e a Etiópia. Esta região é dominada pelo Islamismo e pelo Cristianismo.
2) África centro-sul: desde a Rep. Dos Camarões, Quênia..., até o extremo
sul. Esta parte da África, povoada principalmente por tribos aborígenes, é
dominada pelas religiões tradicionais, exceto uma relevante percentagem que
praticam o cristianismo, o islamismo e até o hinduísmo.
Um erro comum é supor que todos os povos africanos são da mesma raça e
que tiveram a mesma origem, o que leva a supor que tenham também os
mesmos costumes e a mesma religião.
Queremos aqui falar da religião tradicional dos africanos negros e não da
população cristã e muçulmana presente, há muitos séculos, no continente.

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