jogadores do fc porto calçam meias produzidas em avidos

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jogadores do fc porto calçam meias produzidas em avidos
PAG 02
ECONOMIA
29 OUTUBRO 2015
ALZIRA OLIVEIRA
Meias da marca norte-americana New Balance, que os
jogadores do Futebol Clube
do Porto e do Liverpool calçam, são produzidas em
Famalicão, na empresa Manuel Fernando Azevedo, SA.
Esta empresa, com sede em
Santo Tirso, mas que há um
ano expandiu o seu negócio
para Avidos (Famalicão) é
concessionária desta e de
outras marcas de meias.
O presidente da Câmara
escolheu esta empresa, no
âmbito do roteiro made in,
para conhecer em pormenor o processo de instalação
e os projetos em curso, que
receberam apoio da autarquia famalicense ao nível da
isenção de taxas de licenciamento.
Assim, a empresa pretende
aumentar, até 2017, a produção de meias que passará
dos 24 milhões atuais para
os 30 milhões de pares/ano
e o volume de faturação pode atingir os 24 milhões de
euros; significa também
que o número de postos de
trabalho pode chegar aos
300, sendo que atualmente
já passa dos cem.
A empresa Manuel Azevedo
fabrica todo o tipo de meias.
«Posso dizer que sou um fabricante desportivo, técnico
e funcional», afirmou Manuel Azevedo filho. Quer dizer que produzem meias de
diferentes qualidades, para
mercados diversos, com
preços que também variam.
A qualidade também se
mede no tempo de produção de uma meia que pode
demorar 35 segundos ou
sete a oito minutos.
Esta é uma empresa sem
marca própria que trabalha
para grandes marcas e ultimamente ganhou mais um
cliente, a Ridgeview Irland,
POLO INDUSTRIAL NASCE NA ANTIGA FITOR
JOGADORES DO FC PORTO
CALÇAM MEIAS PRODUZIDAS
EM AVIDOS
com 68 teares afetos e com
produção destinada aos países nórdicos. Aliás, Manuel
Azevedo assume-se como o
maior fabricante de meias
da Europa ocidental é 100%
do que produz é para exportação, com o Reino Unido
no topo.
Com 21 anos de idade, a
Manuel Fernando Azevedo
começa a dar os primeiros
passos na investigação,
numa parceria com o
CITEVE, cujos pormenores
Manuel Azevedo espera
poder revelar em 2017, sinal de que as meias entraram no mercado. Foi também autorizada a comercializar a marca Rohner
para toda a Europa, com
exceção da Suíça.
A aquisição da FITOR, com
uma área de 55 mil m2,
surgiu há um ano, por necessidades de expansão da
empresa. Além da Manuel
Azevedo e da Ridgeview,
duas unidades na produção
de meias, existe a Trivialtex,
uma startup de fio que dá
emprego a 49 pessoas e
cuja produção está concessionada apesar do equipamento ser da empresa Ma-
A entrega dos prémios Mobis decorreu, recentemente, no salão Preto&
Prata, do Casino do Estoril,
com a presença do Presidente da República, Cavaco
Silva.
Este evento, de um dos setores que mais contribui
para as exportações nacionais, reuniu cerca de 400
três espaços disponíveis e
um deles poderá ser ocupado pela Fiofibra. No total,
e daqui a poucos anos, este
polo industrial poderá dar
emprego a 500 pessoas.
«Beneficiamos de um apoio
da autarquia valioso que
nos permitiu atingir o patamar em que estamos», reconheceu Manuel Azevedo,
no dia da visita à empresa.
Além dos apoios financeiros
e de desburocratização, a
criação deste complexo industrial na antiga Fitor implica a abertura de um novo
acesso nas traseiras do edifício, projeto que está em
curso numa parceria que
também envolve a Junta de
Freguesia de Avidos.
O presidente da Câmara
Municipal, Paulo Cunha, disse que a autarquia apoia
sempre projetos quando
está em causa a criação direta e indireta de postos de
trabalho. O autarca sublinhou que a «taxa de desemprego em Famalicão está substancialmente abaixo
da média nacional, mesmo
assim entendemos que
devemos fazer tudo para
que continue a descer».
Neste caso, o autarca valoriza também a recuperação do património industrial
e ambiental, «que muitos
imaginariam para demolir».
Para o presidente da Câmara, «reavivar este espaço significa a região voltar
a ter vida e isso é excelente
para a comunidade que aqui
vive, para os comerciantes
e para os prestadores de
serviços».
Paulo Cunha, que todas as
semanas visita uma empresa no âmbito do programa made in, mostra-se
«satisfeito por ver empresários a escolherem Famalicão como território de expansão» porque «significa
que Famalicão oferece boas
condições para que isso
aconteça».
PROGRAMA
FINICIA APOIA
DOIS NOVOS
PROJETOS
EMPRESARIAIS
GALA PRÉMIO
MOBIS CONSAGRA
“ALMA DE LUCE”
Helena Costa, da Alma de
Luce, venceu a categoria
Mulher de Sucesso, na décima segunda Gala Prémio
Mobis, evento que premeia,
anualmente, o que de bom
e de bem se faz em Portugal
no setor do mobiliário, da
decoração, do design, da
arquitetura.
A Alma de Luce é uma empresa com sede em Joane,
fundada por Helena e Carlos
Costa, dois jovens arquitetos que criam mobiliário que
são autênticas obras de arte. Todos os móveis são numerados e de edição limitada, sendo manufaturados
por artesãos locais, destinando-se a um segmento
de gama alta.
nuel Azevedo.
Porém, a empresa tem em
campo um reaproveitamento total do edifício, arrendando espaços a outras
empresas. Teve aí instalada
uma unidade de tratamento
de lixo; há uma empresa
relacionada com transformação de plástico e a própria Fitor (essencialmente
comércio de fio). Há mais
CIDADE HOJE
pessoas na XII Gala. Empresários, entidades públicas, investidores e figuras
internacionais abrilhantaram a noite. Foram premiadas várias empresas e muitos jovens empresários,
criativos e designers subiram ao palco para ver a sua
perseverança distinguida.
Este ano o Prémio Mobis
apresentou novas distinções como Geração Gold,
Geração Empreendedora e
Mulher de Sucesso, em que
se distinguiu o percurso dos
fundadores de empresas de
excelência, bem como o
empreendedorismo da nova
geração, e distinguiu-se,
também, a tenacidade das
mulheres de sucesso.
Mais dois projetos empresariais nasceram com o apoio do
Programa Finicia II. Os contratos entre os promotores do
Finicia e os empreendedores foram assinados no dia 15,
no espaço Famalicão Made In.
Um dos projetos é a Noctuare Produce Design, uma agência
de publicidade de Calendário que conta com um
financiamento de 45 mil euros; o outro projeto, com
financiamento de 40 mil euros, chama-se Wavenet, está
na freguesia de Bairro, e dedica-se ao comércio a retalho
de produtos profissionais para cabeleireiros.
Foram aprovados quatro projetos no âmbito do Finicia II e
estão mais três candidaturas em análise. Estes sete
processos representam um montante de investimento que
atinge quase na totalidade o valor do fundo (250 mil euros).
Recorde-se que o Finicia II entrou em vigor a 27 de outubro
de 2014 com a assinatura do protocolo financeiro e de
cooperação entre o município de Famalicão, a Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, a Norgarante –
Sociedade de Garantia Mútua e o IAPMEI.