alquimista - Memória IQ - USP

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alquimista - Memória IQ - USP
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ALQUIMISTA
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Publicação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo
Edição Número 20 – Julho de 2006
Instituto de Química
1º Curso de Espectroscopia Vibracional
Data: de 17 a 21 de julho de 2006. Horário: das 9h às 12h00 e 14h às 17h. Carga
Horária: 30h - Local: Universidade de São Paulo - Instituto de Química.
Docentes: Dalva Lúcia Araújo de Faria - Márcia Laudelina Arruda Temperini,
Mauro Carlos Costa Ribeiro, Oswaldo Sala, Paola Corio, Paulo Sérgio Santos,
Yoshio Kawano (Nº de vagas: 100)
O Workshop Modern Topics in Raman Spectroscopy é um encontro científico voltado à discussão sobre avanços em
aspectos teóricos e instrumentais da Espectroscopia Raman, bem como sobre suas aplicações e interfaces com outras técnicas
e campos do conhecimento.
Os objetivos gerais do evento são a atualização do conhecimento sobre Espectroscopia Raman, através de interação com
especialistas da área, o aprimoramento na quantidade e qualidade das informações proporcionadas pela técnica, o estímulo a
seu uso e a divulgação de novas aplicações para a Espectroscopia Raman.
Data: de 24 a 28 de Julho de 2006, das 9h às 17h –
Local: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Instituto de Química - Av. Professor Lineu Prestes, 748 Cidade Universitária - São Paulo - Anfiteatro Vermelho, Bloco 6 – Superior.
ANIVERSARIANTES
Parabéns aos aniversariantes do IQ
- Mês de Julho 02 - Fernando Rei Ornellas
02 - Muna Cury (Afastada)
04 - Luiza Y. Nakabayashi
05 - Massuo Jorge Kato
06 - Sandra Mara S. F.
07 - Mário Alves De Oliveira
08 - Aluizio Ferreira Santos
08 - Marcelo E. Boaventura
09 - André Marcelo Souza
09 - Antonio Carlos Trindade
09 - Maria Lúcia Delfino
11 - Jose Carlos A. P. Junior
11 - Susana I. C. Torresi
13 - Alexandre José Paula
13 - David Balbino Oliveira
13 - Vera Lúcia Pardini
16 - Alexsandro Souza Lira
16 - Laura Ribeiro Silva
19 - Josef Wilhelm Baader
20 - Elaine Palmezan
20 - Liane Márcia Rossi
21 - Fernando B. Mello
23 - Wellington L. Adriano
24 - Aline Maria Da Silva
24 - Lucia Elena S. Santos
25 - Dalva Alvarez Betim
25 - Sonia Maria R. Carmo
27 - Dorian R. Furtado
29 - Jose Carlos E. A.
29 - Maurício S. Baptista
29 - Roseli M.F. Pinto
30 - Aparecida M.O. Santos
30 - Clélia Ferreira Terra
30 - Jivaldo Rosário Matos
30 - Silvia M. L. Agostinho
31 - Adriano M. Wassef
31 - Tatiana Fátima Reis
Teses e Dissertações
Alunos do Programa de Pós-Graduação do IQ que
defenderão seus trabalhos de mestrado (M) e doutorado (D)
1. Maxuel de Oliveira Andrade - "Caracterização
bioquímica de interações proteína-proteína relacionadas com
o mecanismo de /quorum-sensing/ do /Xanthomonas
axonopodis/ pv /citri/". Orientador: Prof. Dr. Shaker Chuck
Farah. Dia: 06/07/2006, às 14:00 horas (M).
2. Neide Mitsue Fujiya - "Investigação de modos de
extração aplicados a plantas de uso fitoterápico e tópico".
Orientadora: Profa. Dra. Marina Franco Maggi Tavares. Dia:
12/07/2006, às 13:30 horas (D).
3. Leonardo da Silva Bonifácio - "Processos de Agregação
e fusão de nanopartículas de ouro: Uma abordagem
química". Orientador: Prof. Dr. Henrique Eisi Toma. Dia:
14/07/2006, às 13:30 horas (M).
4. Sheila Gregório Purim - "Neurogênese e esquizofrenia:
Estudo molecular de associação". Orientador: Prof. Dr.
Emmanuel Dias Neto. Dia: 28/07/2006, às 13:30 horas (D).
Fonte: Milton C.S. Oliveira
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O desenvolvimento do ensino da Química -1994
Em 1994, o Prof. Ernesto Giesbrecht (IQ-USP) concedeu uma
entrevista ao Instituto de Estudos Avançado da USP (IEA-USP) sobre
desenvolvimento do ensino da Química. Veja a entrevista abaixo.
IEA — Como foi o seu ingresso na Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras? Por que nela fez o curso de Química?
Ernesto Giesbrecht — Iniciei o curso secundário em Curitiba, mas
completei o ginásio em São Paulo, no Liceu Coração de Jesus, onde
também fiz o pré-politécnico — curso de dois anos preparatório para
ingressar na Escola Politécnica. O Liceu localizava-se na Alameda
Glete, próximo à minha residência e ao laboratório de História Natural
e de Química da Faculdade de Filosofia. Por meio de amigos e
conhecidos, soube que o curso de Química iniciava-se no Brasil, e que
a profissão de químico possibilitava uma carreira muito promissora.
Um dado aumentou meu interesse: o fato de o curso ser ministrado
por professores estrangeiros, formados na Alemanha. Todavia,
conheci o professor Heinrich Rheinboldt apenas no vestibular.
No curso secundário, tinha uma certa facilidade para o estudo de
ciências — Física, Química e Matemática. Assim, surgindo essa
oportunidade de fazer um curso novo, concluí que seria muito útil
ingressar na nova faculdade, embora não compreendesse, então, a
potencialidade do curso. No fundo, o que desejava era rapidamente
me formar, o que ocorre com a maioria dos jovens, e o curso de
Química era só de três anos.
Prestei o vestibular em 1941 e em fins de 1943 recebi o título de
bacharel em ciências. As aulas eram ministradas em um casarão na
alameda Glete, esquina com a rua Guaianases. Assim entrei na USP,
da qual nunca mais saí. Fui aposentado compulsoriamente em 1981,
ao completar 70 anos de idade. Porém, continuo com as minhas
atividades no Instituto de Química. Fora deste Instituto, mas na USP,
desempenhei outras funções — vice-diretor da Escola de
Comunicações e Artes (ECA); diretor da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto; e vice-diretor no exercício de
diretor do Instituto de Biociências. Por que atuei nesses cargos que
nada têm a ver com a Química? Simplesmente porque, quando da
instalação dessas unidades, elas não possuíam o número necessário de
professores titulares para a composição das listas sêxtuplas, dentro das
quais a Reitoria escolhe os diretores e vice-diretores das unidades.
O modelo das universidades alemãs
IEA — Todos assinalam que a vinda dos professores Rheinboldt e
Hauptmann foi de extraordinária importância para a evolução da
Química no Brasil e para a formação de pesquisadores nessa área da
Ciência. Por que isso, professor?
EG — O professor Rheinboldt, antes de vir para a USP, era docente
na Universidade de Bonn. Quando o nazismo foi implantado na
Alemanha, ele não se sentia bem em seu país natal. Por isso, quando o
professor Teodoro Ramos lhe transmitiu o convite para trabalhar aqui,
aceitou a oferta. Rheinboldt veio para a Faculdade de Filosofia a fim
de organizar a subseção de Química, nos moldes da tradição
universitária alemã, mas com o objetivo básico de formar professores
de Química para escolas secundárias.
Ele tinha aquela produção meticulosa, de aulas experimentais,
fazendo quase tudo no laboratório. Note-se que ele trouxe para o
Brasil a experiência universitária alemã de ensino e pesquisa em
Química. Nessa área a Alemanha estava muito à frente dos outros
países europeus e dos Estados Unidos, pois sua indústria química era
a mais desenvolvida do mundo.
As aulas do professor Rheinboldt eram brilhantes, revelando uma
didática extraordinária. Cativava e prendia a atenção dos alunos. Suas
aulas eram de Química Geral e Inorgânica, mas nos dava uma visão
completa da disciplina. Possuía uma vasta cultura humanista e com
sua personalidade marcante influenciava a todos.
Inicialmente, suas aulas eram em francês, contudo, logo aprendeu
nosso idioma, que falava com um carregado sotaque. Começava as
aulas às 10 horas e estas se estendiam até às 13 horas. As aulas eram
bem-preparadas por ele e por uma técnica — dona Elvira Bauer. Esta
tinha o maior capricho com as experiências.
Note-se que o objetivo do curso
era,
sobretudo
formar
professores, porque, então, nos
ginásios as aulas de Química
eram dadas por farmacêuticos,
médicos,
engenheiros
—
autodidatas nessa matéria. As
experiências no laboratório da
Alameda Glete eram feitas numa
grande mesa e ali se repetiam os
processos utilizados na indústria
e em todas as etapas da
fabricação de uma substância.
Ernesto Giesbrecht
IEA — Como eram as turmas de alunos e quais foram os
primeiros assistentes do professor Rheinboldt?
EG — Nos primeiros tempos da Faculdade as turmas eram muito
pequenas. Paulatinamente, o curso do professor Rheinboldt
sobressaiu-se, atraindo um número maior de estudantes. Na
primeira turma, contava com apenas quatros alunos: Paschoal
Senise, Simão Mathias, Luciano Barzaghi e Jandira França. Já na
minha turma éramos onze. Senise e Mathias logo se tornaram
assistentes e fizeram uma brilhante trajetória na USP. Jandira
continuou algum tempo na Faculdade como assistente do professor
Hauptmann. Barzaghi, formado, foi trabalhar no IPT, na área de
cerâmica, sendo considerado um notável especialista nesse campo.
Posteriormente, trabalhou em indústrias, como a Cerâmica São
Caetano e a de Porto Ferreira. Os que se formaram nas primeiras
turmas rapidamente conseguiram boas colocações em institutos —
Adolfo Lutz, IPT etc. — bem como na iniciativa privada.
Naquele tempo, os cargos de assistente eram em comissão, depois
de um processo longo de indicação e nomeação. Todo o curso
prático de laboratório era acompanhado por um assistente. Senise
foi o assistente de minha turma. Simão Mathias também se tornou
assistente.
A carreira universitária
IEA — Como foi sua carreira como docente e pesquisador?
EG — Prestei o vestibular em 1941 e, três anos mais tarde,
graduei-me. Continuei na Faculdade porque, já no fim do curso, o
professor Rheinboltd convidou-me para ser um de seus assistentes.
Comecei a fazer pesquisas como aluno e tinha um estreito contato
com os professores. Nos laboratórios vivíamos um clima de
constantes seminários e debates, sempre dirigidos pelos professores
Rheinboldt e Hauptmann. Preciso ressaltar aqui dois nomes
importantes: o do professor Heinrich Hauptmann, que havia sido da
Universidade de Breslau, ministrou Química Orgânica e
posteriormente de Química Biológica — hoje denominada
Bioquímica, e o do professor Giorgio Renato Levi, italiano, que
trabalhou muito tempo nas indústrias Matarazzo. Levi formou-se na
Universidade de Pavia e ministrou aqui aulas de Físico-Química.
Pertenceu ao grupo de professores estrangeiros que exerceu
significativa influência na Faculdade. Na minha turma, como
colega, destacou-se, entre outros, o professor Giuseppe Cilento,
que, posteriormente, foi catedrático de Bioquímica na USP.
Doutorei-me em 1947 e, em 1952, apresentei a minha tese para a
livre-docência. Quando obtive o título, Rheinboldt achou
conveniente que eu fosse para o exterior. Com uma bolsa de estudos
do CNPq, fiz estágio por um ano no Instituto de Química da
Universidade de Zurique, pesquisando a separação de alcalóides do
curare. Trabalhei, então, com o professor Paul Karrer, que pouco
antes havia recebido o Prêmio Nobel por seus trabalhos em
Química Orgânica.
Voltei ao Brasil em 1954 e, no ano seguinte, com o falecimento
do professor Rheinboldt, a cátedra teve de ser reequacionada.
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Hauptmann julgou oportuno que fossem criadas duas disciplinas:
Senise ficou com a de Química Analítica, e eu, interinamente, com a
de Química Inorgânica. Logo depois, obtive da Fundação Rockefeller
uma bolsa de um ano na Universidade de Illinois, onde trabalhei com
o professor Audrieth, estudando terras raras. Em 1962, fiz o concurso
para professor catedrático e fui nomeado.
IEA - Que outras atividades o senhor desenvolveu no intercâmbio
científico com o Exterior?
EG — Em 1969, durante três meses, visitei diversas universidades
alemãs, a convite de seu Serviço de Intercâmbio Acadêmico. Em
1976, lecionei durante um semestre na Universidade de Minnesota,
nos Estados Unidos, no seu pequeno campus em Duluth, perto da
fronteira com o Canadá. Na minha longa carreira, viajei diversas
vezes para o exterior, a fim de participar de congressos, reuniões
científicas e tive a oportunidade de prestar serviços à Organização dos
Estados Americanos, como diretor de um programa interamericano de
Química. Esse programa destinava-se à compra de equipamentos,
contratação de docentes, promoção de intercâmbio científico,
organização de cursos de pós-graduação etc. Posteriormente estive
nos Estados Unidos para observar os novos programas de ensino de
Química. Aliás, agora esse é o meu maior interesse — o
desenvolvimento do ensino de Química.
IEA — A subseção de Química da FFCL dispunha de
equipamentos, de recursos, para os laboratórios? Tem fundamento a
afirmação de que a Faculdade de Filosofia iniciou uma nova fase das
atividades científicas no Brasil porque fez a junção do ensino com o
trabalho de pesquisa?
EG — Sim, essa afirmação tem fundamento, pois, no caso da
Química, pela tradição que trouxeram da Europa, os professores
estrangeiros eram mestres no ensino experimental e mestres na
pesquisa. Senise, Mathias e eu fizemos o doutoramento com
Rheinboldt e este incutiu em todos os seus discípulos a dedicação à
pesquisa, imprimindo caráter fortemente experimental aos nossos
trabalhos. Seus alunos continuaram com esse sistema. Antes, o ensino
era livresco, pois não tínhamos a tradição de pesquisa em nosso país.
Com o exemplo da Faculdade de Filosofia o quadro se alterou, daí
afirmar-se que se deve a ela um empurrão para superar-se, no Brasil, o
ensino livresco nas áreas científicas.
Depois de 1970, com a instalação dos cursos de pós-graduação,
outras universidades brasileiras mandaram para cá seus alunos, que
levaram essa compreensão para suas escolas. Então, nossa faculdade
foi o fermento dessa evolução.
O laboratório da Alameda Glete era acanhado e não tinha sequer o
tamanho de um dos blocos do prédio em que hoje trabalhamos no
Instituto de Química da USP. Os recursos financeiros eram precários,
dificultando a realização de experiências. Além disso, não tínhamos o
suporte de uma boa biblioteca, o que era lamentável, pois o ensino
experimental não é feito só nos laboratórios.
IEA — Como era o contato, o relacionamento, com os professores
estrangeiros? Um aluno da subseção de Química assistia às aulas dos
professores das outras áreas científicas?
EG — Faziam parte do currículo do curso aulas de Física,
Matemática, História Natural (Biologia). Por isso eu assistia às aulas
de Wataghin, Occhialini, Markus, Rawitscher, Fantappié, Albanese
etc. Eles ministravam aulas magníficas, que nos influenciaram muito
pois eram realmente pessoas com uma profunda formação científica.
Com os professores Rheinboldt e Hauptmann, naturalmente, o contato
era permanente. Hauptmann era muito comunicativo e Rheinboldt,
mais fechado.
A relação com outras ciências
IEA — O que acha do atual ensino de Química no Brasil?
EG — De modo geral o ensino brasileiro, a começar do primário, é
pouco evoluído, pois não existe a compreensão da importância da
educação para a formação do indivíduo, do cidadão brasileiro. Não
conseguimos resolver o problema do analfabetismo, e sequer o de
saúde da população. Temos alguns bons cursos de Química, mas,
comparados com os de outros países, estamos algo atrasados, porque
os recursos são limitados, os docentes são poucos e geralmente mal
preparados e mal pagos.
No ensino secundário, poucas escolas ministram aulas de Química
enfatizando a parte experimental. Então, a Química não é ensinada
desde o começo, como deveria ser. Percebemos esse fato nos
alunos que chegam à universidade. Em outras palavras, sua
formação é incompleta.
IEA - Professor, a Ciência avançou muito nas ultimas décadas.
Como vê o surgimento de outras disciplinas e as interfaces, o
relacionamento, entre elas?
EG — Esse relacionamento é essencial. Ensinamos agora
Bioquímica para os estudantes de Biologia, ensinamos Química
para os de Física, de Geociências e assim por diante. Por exemplo,
supõe-se que Química Inorgânica seja exclusivamente dedicada ao
estudo da formação de material sólido. Mas hoje existe uma
disciplina chamada Química Bio-inorgânica, que estuda os demais
elementos alem do carbono. Porque a Química Orgânica, muitas
vezes, é definida como a Química do carbono, quando na realidade
o carbono forma o esqueleto das moléculas orgânicas, mas não
existiria vida se não existissem nitrogênio, enxofre, fósforo,
magnésio, ferro etc. Todos elementos — a exemplo de boro, cloro,
flúor etc. — são fundamentais na formação das moléculas. Tudo
isso determina a criação de disciplinas que mantêm interfaces,
umas com as outras. O leigo não pode avaliar o quanto existe de
comum — e de importância — naquilo que é estudado ao mesmo
tempo nas disciplinas de Física, Química e Biologia. A Química
não depende da Física, mas nos seus fundamentos intersecciona-se
com a Física, e vice-versa.
Uma recomendação
IEA — Professor, se estivesse dando uma aula magna, o que diria
par a os jovens químicos que se iniciam na docência e na pesquisa.
EG — Percebe-se nos exames vestibulares que a procura pela
Química não é grande, não atrai muito a juventude embora seja
uma ciência fascinante e haja carência de químicos. Acredito que
uma das razões de a Química ser pouco atraente entre os jovens
decorre de um fato: o de a Química ser responsabilizada por alguns
erros e certos equívocos, particularmente por desastres ecológicos.
A opinião pública não esquece fatos como o ocorrido em Bopal, na
Índia (muita gente morreu quando houve vazamento de isocianato
em uma fábrica), além de outros absurdos freqüentemente
assinalados pela imprensa, como o vazamento de ácido sulfúrico
em córregos e rios, a talidomida etc. Enfim, vários fatos ligam a
Química a drogas prejudiciais. Dessa forma, essa imagem precisa
ser revista e essa revisão cabe, em primeiro lugar, aos próprios
químicos. Essa é a nossa responsabilidade. Se nos laboratórios são
fabricadas drogas até milagrosas, se neles são preparados produtos
novos de imensa utilidade — como os semicondutores, os novos
materiais etc. — de outro lado também lançam produtos altamente
prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Recentemente, estive nos Estados Unidos para receber um
prêmio internacional de educação de Química, da American
Chemical Society. Na solenidade falei sobre a Química como
ciência universal. Assinalei que, inicialmente, o jovem fica
entusiasmado com as realizações da Química, com suas aplicações
notáveis, mas não percebe, muitas vezes, a importância social da
Química. Por isso tratei da
imagem da Química, apontando a
ganância das fábricas e dos
governos que lançam produtos
sem terem a certeza de que não
provocarão desastres ambientais
e não prejudicarão a saúde dos
seres
humanos.
Portanto,
respondendo a sua pergunta,
numa aula magna, sobretudo
acentuaria a responsabilidade
social dos químicos.
Fonte: Estud. av., set./dez. 1994,
vol.8, no.22, p.115-122. ISSN
0103-4014.
A química brasileira perde o Prof. Eduardo
Fausto de Almeida Neves
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É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do Prof. Dr. Eduardo Neves ocorrido na
tarde de domingo, dia 02 de julho de 2006.
Há quarenta anos, em abril de 1966, no denominado Conjunto das Químicas do campus da
Universidade de São Paulo, São Paulo, foi defendida a tese de doutorado pela Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras. Eduardo F. de Almeida Neves defendeu a tese intitulada “Estudos
sobre a reação entre íons azoteto e cátions metálicos em meio aquoso”, realizada sob orientação
do Prof. Dr. Paschoal Ernesto Américo Senise, atualmente Professor Emérito do Instituto de
Química da Universidade de São Paulo. Com a reforma universitária, em 1970, foi oficializado o
Instituto de Química. O Prof. Eduardo iniciou suas pesquisas em 1958 na Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras da USP. Foi contratado, enquanto aluno de pós-graduação, como Instrutor em
1959 e desenvolveu sua brilhante carreira no IQ-USP até 1991. A partir desse ano, como
Professor Titular, continuou suas atividades na Universidade Federal de São Carlos, onde
Prof. Eduardo Neves
atualmente é Professor Emérito.
Como orientador de alunos de mestrado e doutorado, provenientes de várias regiões do país, disseminou o campo da
eletroanalítica no país. Até o momento, o Prof. Eduardo Neves orientou em torno de 34 teses e 28 dissertações.
Publicou mais de uma centena de artigos científicos em diversas revistas nacionais e internacionais. Vários docentes do
Instituto de Química da Universidade de São Paulo foram orientados pelo Prof. Eduardo Neves.
Fontes: 1) http://allchemy.iq.usp.br/metabolizando/alfa031107.pdf e 2) http://lattes.cnpq.br/.
A física brasileira perde o cientista:
Jose Leite Lopes
A ciência brasileira e a física mundial perderam, na manhã de
segunda-feira (12/6) José Leite Lopes.
Nascido em Recife, em 28 de outubro de 1918, Leite Lopes foi
fundador do CBPF e do Instituto de Física da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Em 1958, previu a existência do
bóson Z0, partícula que só seria observada mais de 20 anos
depois, ao desenhar uma equação que mostrava a analogia entre
as interações nucleares fracas com o eletromagnetismo. A
contribuição, publicada em artigo na revista Nuclear Physics, foi
fundamental para o desenvolvimento da unificação eletrofraca
pelos norte-americanos Steve Weinberg e Sheldon Glashow e o
paquistanês Abdus Salam, que valeu aos três o Nobel de Física
em 1979.
Leite Lopes fez o bacharelado em química industrial na Escola
de Engenharia de Pernambuco, em 1939. Em 1940, ingressou no
Curso de Física da Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de
Janeiro. Em 1943, trabalhou no Departamento de Física da
FFCL-USP. Fez o doutorado na Universidade de Princeton, com
orientação do físico austríaco Wolfgang Pauli (1900-1958). Em
1949, ganhou uma bolsa da Fundação Guggenheim e, a convite
de J. Robert Oppenheimer
(1904-1967), tornou-se membro
do Instituto de Altos Estudos de
Princeton.
Entre 1956 e 1957, convidado
por Richard Feynman (1919Leite Lopes
1988), atuou como pesquisador
visitante no Instituto de Tecnologia da Califórnia.
De 1962 a 1964, foi organizador e coordenador do
Instituto de Física da Universidade de Brasília. De 1964 a
1967, foi professor visitante da Faculdade de Ciências de
Orsay, da Universidade de Paris.
Nos anos seguintes, no exterior, passou pela Universidade
Carnegie-Mellon, nos Estados Unidos, pela Universidade de
Estrasburgo, na França, e foi diretor do Centro de Pesquisas
Nucleares de Estrasburgo. Voltou ao Brasil definitivamente
em 1986, para dirigir o CBPF. É autor de vários livros no pais
e no exterior.
Fonte: Agência FAPESP-
A comunidade do IQ perde um colega
É com grande pesar que comunicamos o falecimento do nosso colega de trabalho ENIO
ROBSON BRAZ, 41 anos, Auxiliar de Laboratório do Departamento de Química
Fundamental do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, ocorrido no dia 12 de
julho de 2006.
Fonte: Mário Ishii
Enio Robson Braz
Desenvolvimento de Porta-Lógica XOR Opto-Eletrônica
5
O Laboratório de Química Supramolecular e
Nanotecnologia,
liderados
pelos Profs.
Henrique
E. Toma
e
Desde as
últimas décadas
do século
passado,
a sociedade
tem
Koiti Araki,
vm uma
atuando
no desenvolvimento
adquirido
conscientização
crescente dea novas
respeito dos
ambientais
e seus efeitos para partindo
a qualidade
espéciesproblemas
moleculares
e supramoleculares,
de de vida
e das futuras
panorama,
as preocupações
unidadesdesta
moleculares
comogerações.
clusteresNeste
trigonais
de acetato
de
o uso e qualidade
da água
adquirem
especial importância
rutênio, com
meso-piridil
e bipiridil
porfirinas,
porfirazinas
e
devidopoliimínicos
à relevância deste
recurso e ao aumento
desenfreado em
complexos
funcionalizados.
Um número
sua de
demanda.
Dentre as
várias
antrópicas que têm
expressivo
supermoléculas
têm
sido atividades
geradas e exploradas.
contribuído
para
a
degradação
da
qualidade
das águas, a
Mais recentemente esforços tem sido concentrados no sentido
atividade
industrial
é
sem
dúvida
uma
das
principais
fontes de
de transpor as fronteiras da Química Supramolecular para
poluição.
Atualmente
as
indústrias
têm
empregado
tratamentos
adentrar no campo da nanotecnologia pela estratégia bottombaseados em processos físicos e biológicos. Os processos físicos
up, ou seja
a estratégia supramolecular para a obtenção de
promovem somente uma transferência de fase do contaminante,
nanomateriais funcionais e dispositivos moleculares, em
não sendo, portanto, um método sustentável a médio/longo
particular
nas áreas de sensores, energia e eletrônica
prazo. Já os processos biológicos possuem uma estreita faixa de
molecular.
Nesse
nanomateriais,
condições
ótimas sentido
nas quais osnovos
microorganismos
são capazes de
principalmente
na
forma
de
filmes
finos,
tem
sido
preparados Além
utilizar os poluentes como fonte de matéria-orgânica.
por técnicas
montagem não
eletrostática
camada
por
disso, como
estes processos
são capazes
de metabolizar
Fig.1: Respostas da porta-lógica XOR em função do
camada compostos
ou intercalação
utilizando
espécies
moleculares,
recalcitrantes ou altamente tóxicos (muitos dos quaiscomprimento de onda de irradiação.
supermoleculares,
nanopartículas
óxidos
lamelares. Eles
desenvolvidos
para controlee de
microorganismos,
tais como:
têm sidofungicidas
utilizados
para a elaboração de novas junções e
e bactericidas).
utilizando-se interfaces supramoleculares. Assim, foi
interfaces Nestes
supramoleculares
híbridas,
em particular
aquelas
casos os processos
químicos
apresentam-se
como uma
demonstrado que a cela FIA anteriormente mencionada pode
com propriedades
fotoeletroquímicas
e eletrocatalíticas.
das alternativas
mais promissoras
para a degradação destas
ser utilizado para mimetizar o comportamento de dispositivos
espécies
químicas
poluentes.noNosso
grupo
de pesquisa tem de
se estado sólido, ou seja, portas lógicas OR, AND e NOT,
Esforços
têm sido
concentrados
sentido
de desenvolver
ao estudo,
desenvolvimento
e aplicação
de uma
sensoresdedicado
FIA de sulfito,
nitrito
e ácido ascórbico
(Fernanda
L. classe
utilizando-se espécies químicas, potencial e luz como entrada
especial
de processos
químicos,
os chamados
Processos
Marzano),
que possam
ser produzidos
a baixo
custo e em
e corrente como resposta.
Oxidativos
Avançados
(POA). aEstes
processos
baseiam-se naPor outro lado, interfaces fotoeletroquímicas baseadas em
larga escala,
visando
principalmente
indústria
alimentícia
de espécies
radicalares,
principalmente
(vinho, geração
sucos, embutidos
e outros
derivados
de carnes) oe radical
filmes de TiO2 nanoparticulado (celas de Grätzel) e
hidroxila
(•OH).
O
•OH
é
um
dos
radicais
livres mais
reativos e
sucro-alcooleira. Para tal estão sendo desenvolvidos
novos
porfirina/V2O5 estão sendo estudadas com o intuito de
um dos derivados
agentes oxidantes
mais fortes
(E0 ≈ 2,7 V) que se
nanomateriais
de porfirinas
e metaloporfirinas
verificar os princípios de funcionamento daqueles sistemas.
Outra complexos
característicadeque
os tornam
muito eficientes
(Régis conhece.
S. Barbieri),
rutênio
polipiridinas,
para
degradar
compostos
poluentes,
é
a
sua
rápida
cinética T
deais estudos culminaram recentemente na proposição de uma
clusteres de acetato de rutênio (Dra.
Anamaria
D.P.
6
10
-1 -1 Alexiou)
porta-lógica
ou-exclusiva optoeletrônica inédita, operada por
reação
(constantes
entreYatsuzuka),
10 e 10 Lnanopartículas
mol s , ou seja,
e acetato
de ródio
(Rebeca
deatingem
feixes
de
350
e 425 nm e tendo corrente ou potencial como
valores da mesma ordem de grandeza da constante de difusão do
ouro (Luis F.O. Furtado, Rebeca Yatsuzuka e Jonnathan J.
resposta (Luis F.O. Furtado et alli, Angew. Chem. Int. Ed.
•OH em meio aquoso). Finalmente, esta espécie tem um tempo
dos Santos) e de hidróxido de níquel (Michele A. Rocha),
Engl. 45 (2006) 3143). O cluster de acetato de rutênio
de meia vida curto (na ordem de nano/micro segundos),
dando transformando-se
continuidade aos
trabalhos dosem Drs.
empregado como fotossensibilizador possui níveis de energia
preferencialmente
O2 e Herbert
H2O (não são
Winnischofer,
Fábio
M. Engelmann
e IldemarIdealmente,
Mayer, embusca-se
no estado excitado e fundamental que possibilitaram a
processos
intrinsecamente
poluentes).
parceriapromover
com vários
outros membros
do Grupo
de Química
inversão do sentido de corrente observado nesses dispositivos
a completa
mineralização
da matéria
orgânica, ou
Supramolecular
e Nanotecnologia.
Aléminorgânicos.
da amperometria,
seja, oxidação
a CO2, H2O e ácidos
em função do comprimento de onda de fotoexcitação, abrindo
estratégiasVários
baseadas
em medidas
resistência
ou impedância
métodos
químicosdepodem
ser utilizados
para a geração
novas perspectivas nesse campo.
tambémdesta
estão sendo
espécieexploradas.
radicalar, nossas pesquisas têm estudado osPrinc. Colabs.: Profs. Drs. L. Angnes, M.S. Baptista, M.N.
Estudos
voltadosfotoquímicos,
para a área de fotocatalíticos,
eletrônica molecular,
mais
sistemas
eletroquímicos
e
Eberlin,
A.F. Nogueira, M. Bertotti, P.V. de Oliveira, T.
especificamente
de condutividade
molecular,
estão
químicos estudos
(com destaque
para os processos
de ozonização
e
Ogawa,
H. Furuta.
sendo realizados
em um
colaboração
comoso Prof.
Takuji
Ogawa
Fenton). De
modo geral,
projetos
buscam
otimizar a
geraçãoPortas
destelógicas
agente moleculares
oxidante emestão
função
de sua
aplicação na
(IMS, Japão).
sendo
geradas
remediação de efluentes industriais, principalmente os oriundos
das indústrias de papel e celulose, têxtil e química. Além disso,
estes projetos também englobam a síntese e caracterização de
nanocatalisadores; desenvolvimento de reatores; métodos de
imobilização; catálise homogênea e heterogênea; modificação
superficial; estudo de reatividade e mecanismo reacional de
Prof. Dr. Koiti Araki (IQUSP)
espécies orgânicas poluentes; determinação de parâmetros
cinéticos; controle analítico; testes de toxicidade e de
Linhas de epesquisa:
biodegradabilidade,
uma série de outros parâmetros físicoLaboratório
Químicana eficiência dos POA.
químicos
que possamde
influenciar
Uma
outra
estratégia
que
tem sido explorada em nosso grupo
Supramolecular e Nanotecnologia
é o emprego de processos redutivos, principalmente no
tratamento de compostos com centros deficientes de elétrons,
tais como compostos halogenados e/ou nitrogenados que
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Aqui, nós temos o torcedor Número 1 do Instituto de
Química – Francisco Divino Filho (Chico), funcionário
há mais de 20 anos no Instituto de Química que
trabalha no setor de xérox. Em grande estilo, Chico,
como todo brasileiro fez a sua parte torcendo por nossa
seleção com todo empenho e alegria. Mas, o sonho
durou pouco, nas oitavas de final a seleção da França
derrotou o Brasil por 1 x 0 deixando a “pátria de
chuteiras” em plena tristeza. E agora José... o sonho
acabou..., a luz apagou... e agora Chicão?
Nessa copa, o Instituto de Química disponibilizou de
telões nos anfiteatros, bem como na Praça da
Integração, onde professores, alunos e funcionários
puderam assistir aos jogos de uma maneira bastante
confortável sem perder os principais lances da Copa2006. Depois dos jogos de voltar ao trabalho. Valeu!!!
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
- Instituto de Química Reitora
Profa. Dra. Suely Vilela Sampaio
Pró-Reitor de Cultura e Extensão
Prof. Dr. Sedi Hirano
Diretor
Prof. Dr. Hernan Chaimovich
Vice-Diretor
Prof. Dr. Walter Terra
Chefe do DQF
Prof. Dr. Ivano G.R. Gutz
Chefe do DBQ
Prof. Dr. Maria Júlia Manso Alves
Edição
Prof. Dr. Hermi F. Brito
Colaboradores
Dr. Ercules E.S. Teotônio
Dr. Roberval Stefani
Marco A. Guedes
Paulo Monteiro
Jailton Cirino Santos
Rafael Henrique
O segredo para o êxito de projetos de preservação ambiental
está na sua sustentabilidade econômica. Os negócios que se
concretizam nas diversas etapas envolvidas são a garantia para a
perenidade e aperfeiçoamento de tais iniciativas.
Neste contexto, a reciclagem tem-se mostrado excelente
oportunidade de alavancagem de novos empreendimentos,
traduzindo-se em geração de emprego e renda para diversos
níveis da pirâmide social. Um aspecto que merece destaque é o
fato de o mercado de materiais recicláveis – que conhecemos por
lixo – e reciclados estar ao alcance do micro e pequeno
empresário. Com investimentos da ordem de R$ 140 mil reais é
possível montar uma recicladora de plásticos diversos. Com R$
50 mil inicia-se um pequeno negócio no mercado de PET
reciclável (ex. garrafas de refrigerantes, óleo comestível, etc.),
que se tem mostrado promissor. Para um pequeno negócio de
reciclagem de papel, visando à fabricação de artefatos de polpa
moldada (ex. bandejas para ovos e frutas, calços para
componentes eletrônicos, entre outros) o aporte é da ordem de R$
150 mil. Até o coco pode ser reciclado. Um pequeno negócio para
transformação de fibras de coco em bancos para a indústria
automotiva ou em carpetes de grande aceitação no mercado,
requer um total de aproximadamente R$ 60 mil de investimento
inicial. Não podemos esquecer das cooperativas de catadores,
alternativa de emprego e renda para grande parte da população
brasileira. Os catadores, aliás, são os maiores responsáveis pelos
altos índices de reciclagem de alguns materiais, tais como latas de
alumínio (73%) e papelão (71%). Em ambos os casos o Brasil
situa-se em posição de destaque no cenário mundial. Tais
cooperativas têm se transformado em empreendimentos cada vez
mais rentáveis.
Entretanto, a falta de incentivos governamentais à atividade de
comércio de sucatas e reciclagem tem sido um obstáculo a um
crescimento mais acentuado do setor. Na verdade, antes de falar
em incentivos é necessário eliminar os “desincentivos”, que não
são poucos na esfera tributária, em nível federal, estadual e
mesmo municipal. Do ponto de vista Federal pode-se destacar o
IPI dos plásticos reciclados (12%) versus o IPI da resina “virgem”
(10%); um contra-senso. Quanto ao ICMS, por que não dar
créditos aos recicláveis e reciclados, comprados e vendidos?
Neste sentido, o Governo do Tocantins está saindo na frente com
uma legislação avançada a respeito.
Apesar das dificuldades encontradas, a reciclagem de resíduos
sólidos, tanto industriais quanto urbanos, ganha cada vez mais
fôlego no Brasil, graças ao espírito empreendedor, movido pela
“garra” e criatividade do empresário brasileiro. As oportunidades
existem. Vamos então aproveitá-las.
Fonte: CEMPRE (http://www.cempre.org.br/pequenas_empresas.php)
Em 25 de maio de 2006 foram concluídas a instalação e configuração de dois Access Point no
Instituto de Química da USP nas seguintes dependências: Bloco 07 - atendendo salas de aula e
laboratório do bloco; Bloco 06 - atendendo salas de aula, anfiteatros e salas de reuniões.
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