Dificuldades Para Abertura de um Empreendimento – Um Estudo de
Transcrição
Dificuldades Para Abertura de um Empreendimento – Um Estudo de
Dificuldades Para Abertura de um Empreendimento – Um Estudo de Caso da Empresa FBF - Informática Leonardo Francisco Munck Rezende ¹ Fernando Custódio ² Resumo: Neste trabalho são apresentados os alicerces básicos e as dificuldades encontradas no desenvolvimento de um novo empreendimento, usando do testemunho de Fernando Barbosa Faria, 32 anos proprietário e sócio da loja FBF – INFORMÁTICA. A loja física existe há pouco tempo e já possui uma grande e fiel clientela, dos quais uma parte é cliente desde que Fernando atendia em casa. Hoje, superação, persistência e qualidade, a FBFINFORMÁTICA vem crescendo, almejando expandir o negócio. Palavras-chave: Dificuldades encontradas, empreendimento, expandir o negócio. Abstract:In this paper are presented the basic foundations and the difficulties encountered in the development of a new venture, using the testimony of Fernando Barbosa Faria, 32 years owner and partner of FBF-COMPUTER shop. The physical store is there not long ago and already has a large and loyal customer base, of which a part is client since Fernando answered at home. Today, resilience, persistence and quality, FBF-computing is growing, aiming to expand the business. Keywords: difficulties encountered, Enterprise, expanding the business. Resumen:En este trabajo se presentan los fundamentos básicos y las dificultades en el desarrollo de una nueva empresa, mediante el testimonio de Fernando Barbosa Faria, propietario de 32 años y socio de la tienda de FBF-informática. La tienda física no existe hace mucho tiempo y ya cuenta con una gran y leal base de clientes, de los cuales una parte es cliente desde que Fernando respondió en su casa. Hoy, resistencia, persistencia y calidad, FBF-informática está creciendo, con el objetivo de ampliar el negocio. Palabras clave: Dificultades, empresa, expandir el negocio. ¹ Aluno do Curso de Administração da Faculdade Promove de Minas Gerais ² Professor Orientador da Faculdade Promove de Minas Gerais Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. 1-INTRODUÇÃO Empreendedorismo é o estudo voltado a desenvolver técnicas, habilidades e competências a cerca de iniciar determinado negócio ou constituir determinada organização. Assim podemos dizer também que empreendedorismo é o ato de se desenvolver planos, conceitos ou ideias que tenham como objetivo a construção de um negócio. Empreender é o ato de por em prática ideias, planos e conceitos, utilizando suas técnicas e habilidades. Logo empreendedor é aquele que cria, aproveita e desenvolve a ideia, é quem cria algo novo ou reformula o que já existe de maneira inovadora a fim de gerar lucro. Uma das mais antigas e que talvez melhor reflita o espírito empreendedor e descrito por Schumpeter citado por Dornelas (2001, p. 37) que diz: “Empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos materiais”. Portanto, dentre das várias definições do empreendedor podemos afirmar que um indivíduo empreendedor e aquele que se destaca pelo espírito inovador, que possui habilidades técnicas, gerenciais e características pessoais bem estruturadas, que lhe proporciona segurança no momento de tomada de decisões, no momento de criação de novos produtos e desenvolvimento de novos negócios. O empreendedor tem por natureza aventureira, ousado, dinâmico, que está sempre em buscas de novos horizontes, quando envolve algum processo de criação, não mede esforço e nem tempo, para fazer acontecer o que realmente deseja, mesmo que requer tomada de decisões ousadas e com riscos, mesmo que venha acontecer falha ou erros. Todavia, o empreendedor não fica preso a regras e padrões pré-estabelecidos, ele tem uma visão diferenciada do ambiente que o cerca, encara as dificuldades inerentes do processo como um novo desafio a enfrentar, e faz desse desafio uma oportunidade de criar novos produtos, melhorar o sistema organizacional, dinamizar a administração. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. Ainda conforme Dolabela (1999, p. 38) algumas das características do empreendedor está baseada em: - motivação: motivado pela liberdade de ação, auto - motivado, - atividades: arregaça as mangas. Colabora no trabalho dos outros; - competência: têm mais faro para os negócios que habilidades gerenciais ou políticas. Frequentemente tem formação em engenharia; - centro de interesse: principalmente a tecnologia e o mercado; - o erro e o fracasso: considera que o erro e o fracasso são ocasiões para aprender alguma coisa. - decisões: segue a própria visão. Toma suas próprias decisões e privilegia a ação em relação à discussão; - atitude frente ao sistema: se o sistema não o satisfaz, ele o rejeita para constituir o seu; - relações com os outros: as transações e a negociação são seus principais modos de relação. O perfil traçado pelo autor sobre as características do empreendedor mostra um profissional diferenciado do meio na qual está inserido, muito focado no resultado, mas sem pensar no lucro imediato, o lucro e a consequência do seu trabalho; tem uma capacidade enorme de negociação e tomada de decisões. Mas nem sempre é assim. O empreendedor não nasce empreendedor, ele é uma pessoa com grande capacidade de aprendizagem, mas meio em que ele vive também influencia no sucesso da sua carreira, portanto alguns pontos vitais podem ser apontados como importante para ter sucesso como empreendedor; existe uma quantidade infinita de informações no mundo e sempre haverá conhecimento que fará um melhor empreendedor. Saber onde encontrar o conhecimento e conseguir absorvê-lo é vital para qualquer empreendedor que não queira ficar para trás. Se relacionar com os clientes, funcionários e parceiros também e de grande importância para o sucesso, caso não domine a arte da comunicação verbal ou escrita, surgirá problemas, pois afinal de contas quem irá fazer negócios com alguém que seja altamente confuso. Haverá também situações em que o emocional falará mais alto nas suas decisões, portanto nessas horas será necessário muita criatividade, controle emocional e Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. frieza para criar soluções que resolvam o problema e evitar que ele apareça de novo, e com certeza um bom empreendedor saberá qual o caminho certo para o sucesso. Dentre as inúmeras características inerentes ao empreendedor podemos destacar uma marcante que ele carrega consigo “correr riscos”; riscos e tentativas costumam estar presentes em ambientes dinâmicos e hostis, portanto, alguém precisa ter estrutura profissional e emocional, para ir a direção contraria do fluxo praticado dentro de uma organização ou em ambiente externo, mesmo se o momento não seja propicio eles seguem adiante, não aceitam a normalidade das coisas, pois são pessoas que tem a capacidade de enxergar o “invisível”, e até mesmo erram, mas não desistem nunca. Dolabela (1999a, p.68) usa a definição para o termo empreendedor, por ser simples e abrangente: “Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões”. Com base nessa definição, ele faz o seguinte comentário: “Um empreendedor é alguém que define por si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito. Ao definir o que vai fazer, ele leva em conta seus sonhos desejos, preferências, o estilo de vida que quer ter”. Assim, o empreendedor tende a ser uma pessoa extremamente dedicada, pois seu trabalho se confunde com prazer.O empreendedor identifica as oportunidades e, por meio delas, cria algo novo. Dornelas (2005, p.17) diz que o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, antecipa-se aos fatos e tem uma visão futura da organização. Chiavenato (2006, p.3) vai mais além, dizendo que o empreendedor é a energia da economia. Para ele, o empreendedor não é apenas um fundador de novas empresas ou o construtor de novos negócios, “ele é a energia da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de ideias”. Além disso, destaca o autor: “ele é quem fareja as oportunidades fortuitas, antes que outros aventureiros o façam”. Os empreendedores chegam a ser considerados heróis populares do mundo dos negócios, como afirmam Longenecker e Schoen (1975, apud CHIAVENATO, 2006, p.4), pois eles fornecem empregos, introduzem inovações e incentivam o crescimento econômico, não sendo simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fonte de energia que assumem riscos inerentes em uma economia em mudança, transformação ecrescimento. Diante disso, pode-se concluir que empreendedor é aquele que sabe identificar uma oportunidade e faz dela um negócio, assumindo riscos calculados, dedicando-se intensamente, Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. Pois trabalha com prazer, gerando oportunidades e colaborando para o desenvolvimento social. Com o intuito de monitorar as atividades empreendedoras a GlobalEntrepreneurshipMonitor (GEM) 2008, o maior projeto de pesquisa sobre a atividade empreendedora, analisou mais de 60 países, gerando informações e indicadores que reflitam e elucidam a realidade empreendedora e os fatores intervenientes nessa dinâmica em cada país de forma comparativa. E um desses indicadores apontou em seus relatórios, a evolução dos países, quanto ao empreendedorismo gerado por necessidade e o empreendedorismo gerado por oportunidade. De acordo com os resultados do GEM 2013 são bastante favoráveis ao empreendedorismo no Brasil. Com o aumento da taxa de empreendedores iniciais, estima-se que 40 milhões de brasileiros, entre 18 e 64 anos estejam envolvidos com a atividade empreendedora. Além disso, verificou-se também o aumento da proporção de empreendedores por oportunidade, o que reflete uma decisão mais planejada em relação à opção pelo empreendedorismo, aumentando a probabilidade de sucesso do negócio. O estudo revelou também que, pela primeira vez no Brasil, a proporção de mulheres empreendedoras superou a proporção de homens (52,2% contra 47,8%). Como oportunidades de melhorias, o estudo revelou os baixos percentuais de novidade nos produtos e serviços, além da baixa perspectiva de geração de empregos nos próximos cinco anos. Apesar disso, o empreendedorismo desfruta de uma excelente imagem no país, dado que a proporção de pessoas que consideram o empreendedorismo como uma opção de carreira é superior a 80%. E o que contribuiu positivamente para o Brasil atingir essa nova fase, deve-se ao um conjunto de fatores ligado ao empreendedor brasileiro que evoluiu ao longo dos últimos anos. Ainda em uma entrevista recente o Neurocientista GregoryBern’s descreve um tipo especial, que possuem a capacidade de ter uma ideia inovadora, superar o medo da rejeição social e vende tal ideia para os outros, ele o chama de “Iconoclasta”, que na origem, o termo refere-se a “que, quem destrói imagens religiosas ou ídolos”. O Dr. Gregory afirma ainda que “as principais sacadas dos iconoclastas tendem a ser disparada por imagens visuais… o segredo é olhar como nunca se olhou”, e o empreendedor e assim, ele olha de uma forma diferente dos Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. demais, consegue visualizar soluções onde a maioria só enxerga o problema, quebra paradigmas, e às vezes tende a ir ao contrário da ordem administrativa. Portanto podemos afirmar que o empreendedor bem sucedido é um Iconoclasta por natureza, pois são eles os responsáveis pelos grandes avanços na cultura, na tecnologia e no desenvolvimento do país. Este trabalho aborda a história de Fernando Barbosa de Faria, um empreendedor que, movido pela necessidade, começou seu próprio negócio, demonstrando o que é necessário para ter um empreendimento próspero sem menosprezar os pequenos começos. Aqui poderemos analisar cuidadosamente cada passo que Fernando deu até chegar a ser um empreendedor no ramo de manutenção de computadores e TI. Veremos seus erros, as lições aprendidas, os acertos e quais são seus planos para o futuro. 2-JUSTIFICATIVA Com a finalidade de conhecer um empreendimento e descobrir quais foram os caminhos traçados pelo seu idealizador para chegar até a posição na qual está inserido, verificou-se a necessidade de uma entrevista para uma analise do caso. 3 - OBJETIVOS GERAIS. Demonstrar como o empreendedor passou por cima das dificuldades impostas pelo mercado e como abriu o seu próprio empreendimento em um ramo tão difícil e competitivo como o da Manutenção de computadores. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. 3.1 - Objetivos Específicos - Conhecer a historia do empreendedor; - Identificar os possíveis erros e acertos no processo de criação da empresa FBF; - Relacionar as oportunidades identificadas e utilizadas pelo empreendedor; 4-FBF INFORMÁTICA A FBF possui uma loja física para atendimento direto aos clientes onde a esposa faz atendimento inicial. Outro diferencial é o atendimento exclusivo e personalizado para grandes empresas, sendo este, feito diretamente pelo Fernando. Figura 1: Fonte: Empresa FBF Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. 5 - HISTÓRIA DO EMPREENDEDOR Nascido e criado em Belo Horizonte. Meus pais e avós nasceram e foram criados em uma cidadezinha do interior de Minas Gerais, chamada Capela Nova. Iniciou com um curso básico de informática, e com bastante interesse por essa área, aprofundou-se por conta própria. Começoucom a manutenção em computadoresem sua residência e consertando computadores de amigos. Através de divulgação simples (boca a boca) e indicações de amigos, foram surgindo mais máquinas para manutenção. A partir daí e já atuando eatualizando-se em outras áreas de informática (sistema, programas, web sites e etc.), começou a fazer pequenas divulgações em páginas na internet (site de relacionamento) e distribuir cartões de visitas. 6 - CRIAÇÃO DA FBF INFORMÁTICA Em meados de 2012 surgiu a ideia de abrir um negócio próprio neste mesmo seguimento, mas a oportunidade não aparecia. Até que em Fevereiro de 2013, com a saída de sua esposa da empresa no qual ela trabalhava e com o total apoio dela, resolveu arriscar e abrir seu próprio negócio. Começou a trabalhar nesse sentido e abriu a loja em Maio de 2013. A conquista e reconhecimento da loja acontecem diariamente, fazendo com que se tornasse mais dedicado e otimista do que no início. 7 - VISANDO O FUTURO Passando por cima de obstáculos e das dificuldades rotineiras que um empreendimento traz Fernando Barbosa buscaaexpansão do negócio, se possível montar mais uma loja e diversificar seus atendimentos, para ter maior tranquilidade na vida empresarial e pessoal. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. 8 - ENTREVISTA COM O EMPREENDEDOR Entrevista com o empreendedor: Fernando Barbosa de Faria – Empresa FBF – INFORMÁTICA. P: Qual é a sua origem? Dados familiares e infância. R: Nascido e criado em Belo Horizonte. Meus pais e avós nasceram e foram criados em uma cidadezinha do interior de Minas Gerais, chamada Capela Nova. P: Quando foi o início de seu negócio? R: Quando comecei trabalhar por conta própria, no início do aprendizado... Em 2004 comecei a fazer os primeiros atendimentos de conhecidos e amigos. P: Como foi o início e qual foi o motivo que levou você começar o seu negócio? Conte-nos sua história. R: Iniciei com um curso básico de informática, e com bastante interesse por essa área, me aprofundei por conta própria. Comecei a manutenção em computador na minha residência e consertando computadores de amigos. Através de divulgação simples (boca a boca) e indicações de amigos, foram surgindo mais máquinas para manutenção. A partir daí e já atuando e me atualizando em outras áreas de informática (sistema, programas, web sites e etc.), comecei a fazer pequenas divulgações em páginas na internet (site de relacionamento) e distribuir cartões de visitas. Em meados de 2012 surgiu a ideia de abrir um negócio próprio neste mesmo seguimento, mas a oportunidade não aparecia. Até que em Fevereiro de 2013, com a saída de minha esposa da empresa no qual ela trabalhava e o apoio dela, resolvemos arriscar e abrir o nosso próprio negócio. Começamos trabalhar nesse sentido e abrimos a loja FBF Informática em Maio de 2013. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. P: Qual ou quais foram às dificuldades encontradas no início de seu negócio? R: As maiores dificuldades nesse negócio é ganhar a confiança do cliente, por estar nos entregando um bem pessoal e além de ganhar sua confiança, faze-lo concordar e aceitar os valores principalmente por causa da grande concorrência que existe na nossa área de atuação. E, no mercado em geral, a maior dificuldade é a liberação de crédito para aquisições de mercadorias em maior quantidade. Não existe facilidade de parcelamentos para grande volume de compra, e pra compras relativamente pequenas a forma de pagamento não é nada flexível. P: Você acredita que o seu know-how foi suficiente para alcançar o sucesso ou você buscou aprimorar seus conhecimentos em algum lugar? R: Sempre é necessário aprimorar os conhecimentos nessa área. Nunca é suficiente; pois existem novidades tecnológicas surgindo todos os dias. P: Onde você acredita que começou o seu sucesso, qual foi o fato que ocorreu e mudou os rumos do seu empreendimento? R: Estamos no início do nosso negócio, em se tratando de atendimento aberto ao público no geral. Mas, mesmo em pouco tempo de atuação, percebemos que o sucesso do comércio e prestação de serviço ao cliente, está muito no atendimento e pontualidade. Preço é importante, mas não é o principal, nesse aspecto é bom deixar claro para o cliente que está pagando pela garantia do resultado. P: Quais qualidades você definiria sendo essenciais para uma pessoa comum alcançar o sucesso? R: Coragem, perseverança, tranquilidade, inteligência dentre outras... P: Quais são os seus planos para o futuro? R: Expansão do negócio para ter maior tranquilidade na vida pessoal. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. P: Você administra sozinho o seu negócio ou você tem uma equipe que o auxilia? R: Administro junto com minha esposa. P: Qual é a missão de sua empresa? R: Atender bem, para fidelizar sempre. P: Qual é a visão de sua empresa? R: Ser referência no atendimento, facilitando e buscando melhores soluções tecnológicas para o cliente. P: O que você analisa como sendo seu ponto forte em relação à concorrência? R: Atendimento e pontualidade. P: O que você analisa como sendo seu ponto fraco em relação à concorrência? R: No momento; diversidade e disponibilidade total para atender aos chamados de imediato. P: O que acredita que possa fazer para inovar em seu negócio? R: Maior investimento em produtos de tecnologia de ponta. P: Que fatores o influenciaram a se tornar empreendedor? R: Fatores principais, financeiro e tranquilidade no trabalho. P: Que pessoas /empreendedores o inspiraram? R: Ninguém em especial P: Alguém de sua família era empreendedor? R: Sim, cunhada. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. P: Houve algum evento de “disparo” para iniciar o negócio? (demissão? aposentadoria? outro?). R: Ajudou; demissão de minha esposa. P: Você criou seu próprio negócio durante a faculdade/colégio? . R: Não P: Que educação formal você teve? Foi relevante para o negócio? R: Ensino Médio (sem relevância alguma para o negócio), curso de capacitação Informática (onde iniciou o interesse na área). P: Você tinha um plano de negócios? Se não, ele fez algum tipo de planejamento? R: Sem plano de negócio. Apenas me arrisquei P: Que experiência de trabalho anterior você teve antes de abrir o negócio? R: Atendimento a conhecidos e amigos. P: Quais são suas forças e fraquezas? R: Fraquezas são: falta de planejamento para inicialização de um negócio; falta de instrução e planejamento para um plano de negócio. Forças são: coragem em arriscar, perseverança e confiança que vai dar certo. P: Teve sócio? R: Apenas a esposa P: Sua sócia, ela complementa suas habilidades para tocar o negócio? R: Sócia (esposa); a ajuda na administração e vasta experiência em atendimento ao cliente são fundamentais para o seguimento do negócio. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. P: Que recursos (econômico-financeiros) precisaram para implementar o negócio? R: Apenas reservas pessoais P: Onde e como obteve estes recursos? R: Planejamento próprio P: Quando obteve o seu primeiro cliente? R: No inicio, meados de 2004. P: Qual foi o momento mais crítico no início do negócio ou mesmo depois de sua criação? Como foi superado? R: Com pouco tempo de negócio ainda não houve um momento tão crítico ao ponto de ser destacado. P: Qual foi o momento de maior satisfação? R: O momento de maior satisfação foi à abertura das portas comerciais. P: Qual é o lado positivo de ser empreendedor? E o negativo? R: Positivo: Ter a tranquilidade de prestar contas a você mesmo, fazer o seu horário, ter a certeza da receita real da empresa e se o trabalho está valendo a pena em função da recompensa financeira. Negativo: O ponto negativo é o risco financeiro caso o negócio não vá pra frente (“perder” o que investiu), e no caso de comércio, o compromisso dos horários, a privação dos benefícios de feriados, e o trabalho e responsabilidade são dobrados. Pois não tem ninguém por você. P: Como a carreira como empreendedor afetou sua família? R: Como ainda somos um casal, o estresse do trabalho e a falta de horários e tempo para assuntos pessoais geram um pouco de instabilidade emocional no relacionamento, por causa da falta de tempo um para o outro e para si mesmo em função do negócio. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. P: Você faria isso de novo? Caso positivo, o que faria diferente? R: Sim – Faríamos talvez um melhor planejamento e buscaríamos um auxílio de algum programa do Governo, para pesquisa de mercado e para investimento inicial e assim ter um melhor capital de giro. P: Que conselhos você daria a uma pessoa que quer se tornar um empreendedor? R: Ser cauteloso no planejamento financeiro antes de investir; calcular o tempo de lucro e ressarcimento do investimento inicial;Ser perseverante em relação aos altos e baixos do negócio próprio;Saber que no início é muito investimento e trabalho e pouco lucro;Buscar uma opinião profissional antes de fazer qualquer investimento, para ter a certeza de que está no ramo certo e no local correto para o ramo escolhido, entre outros. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. 9-CONCLUSÃO Podemos concluir que o Fernando precisou de mais que uma boa ideia. Possuir características como: visão, ousadia, persistência e iniciativa, como foi o caso citado de Fernando Barbosa, são imprescindíveis para prosperar nos negócios. Como vimos na história do empreendedor, ele teve várias dificuldades principalmente com a demissão da esposa e também a concorrência de empresas maiores que trabalham com o mesmo ramo de atividade dele, sem contar também que, ganhar a confiança dos clientes sempre será a maior dificuldade para quem trabalha com atendimento. Mas superação por ser a palavra que mais descreve a sua trajetória, com foco e determinação buscou com seu trabalho e competência alcançar seus objetivos. Como todo começo de negócio teve seus erros e um que o Fernando destaca é não ter feito um plano de negócios, ou procurado uma ajuda técnica, para que a empresa tivesse um caminho menos árduo. As oportunidades identificadas e utilizadas pelo Fernando foram a de perceber que o sucesso do comércio e prestação de serviço ao cliente, concentra-se no atendimento e pontualidade. Preço é importante, mas não é o principal, nesse aspecto é bom deixar claro para o cliente que está pagando pela garantia do resultado. Hoje, mesmo com um começo complicado por esses fatores acima citados, ele tem empresas conceituadas como clientes tais como: MASTECON – Empresa de Ar Condicionado, DR LASER e SEMPRE BEM ESTETICA – Empresas de Tratamento Estético, ADESÂO IMOVEIS – Imobiliária MOBILIADORA RABELO e MOVEIS CASA NOVA – Empresas de Móveis, CONTACEM CONTABILIDADE – OLIVEIRA E SILVA CONTABILIDADE - Empresas de Contabilidade, DEPÓSITO MARCAO – Material de construção e JS CERIMONIAIS – Empresa de Cerimonial. Ao contrário de Fernando em seu início, se torna necessário nos dias de hoje ter alguma especialização e/ou cursos que auxiliem nos momentos críticos e no surgimento de novas oportunidades. Podemos perceber que no caso da FBF, para ter sucesso é necessário contar sempre com uma boa equipee estar sempre atualizado no mundo dos negócios, e no caso de Fernando nas novas tecnologias que o mercado apresenta. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015. REFERÊNCIAS Portal Administradores – www.administradores.com.bracesso no das 18 de março 2014 Portal Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo acesso 19 de março de 2014 DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1989. Relatório Executivo GEM – Global Entrepreneurship Research Monitor / 2013 FGV – Fundação Getúlio Vargas – Cadernos EBAPE. BR/ Empreendedor: ZAMPIER, Maria Aparecida, TAKAHASHI, Adriana Roseli Wunsch. Empreendedorismo. Disponível em: <http//www.empreendedorismo.com.br/>. Acesso em 18 de Março de 2013. DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor – 6ª ed. – São Paulo: Ed. de Cultura, 1999. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2001 - 11ª reimpressão. BERNS, Gregory. Iconoclastas e as 3 diferenças, HSM Managent, n.76, p.65-68, Out. 2009. Entrevista concedida a Stephen Watt, colaborador daRotman Magazine. CHIAVENATO, 2006, p.4. Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3, n. 2, jan. 2015.