Mudanças - AAI Brasil/RS
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Mudanças - AAI Brasil/RS
Os últimos dez anos foram marcados por uma série de transformações sociais, econô micas e culturais no mundo. Entre 2002 e 2012, chegou-se a 7 bilhões de pessoas no planeta, uma revolução tecnológica garan tiu ainda mais mobilidade e interatividade à população e, pela primeira vez em suas histó rias, os Estados Unidos e o Brasil elegeram, respectivamente, um negro e uma mulher para o cargo de presidente. Foi ainda o pe ríodo em que os brasileiros passaram a viver sem inflação e viram seu poder aquisitivo aumentar, abrindo oportunidades para ad quirir bens de consumo e investir em lazer. Andre Cavalheiro / Acervo arq. Adriana Coradini Mudanças Transformações também na dinâmica, nos interesses e na rotina das famílias, as quais impactaram também na arquitetura, que precisou adaptar-se às novas realidades de seus clientes, suas formas de viver e com posições familiares. Modificações que fo ram acompanhadas de perto pela AAI em revista, que completa uma década e faz uma reflexão sobre a evolução do segmento nes sa edição. A crescente procura por vivências em condomínios fechados e pela proximida de da natureza; a customização dos proje tos; a difusão do design do mobiliário; a busca pela sustentabilidade ambiental e econômica dos trabalhos e o aumento da consciência da sociedade em geral sobre a relevância de ter uma casa em que seus habitantes sintam-se bem, como é o caso da tecnologia empregada nas cozinhas, o que permitiu a integração das mesmas aos espaços de estar. Essas são as principais mudanças da década, para os especialis tas, relacionadas à valorização dos profis sionais do setor e de sua atuação, que vem sendo entendida como um investimento. Páginas 10 e 11 Ano X | jul/ago/set | 2012 # 60 Publicação da Associação de Arquitetos de Interiores do Brasil/RS profissão MERCADO Os avanços e os desafios da Arquitetura na última década As transformações do segmento de interiores Página 8 Página 12 de comunicação com os arquitetos, com o merca do e com a sociedade, aproveitamos para relem brar as principais mudanças ocorridas na Arquite tura e Urbanismo neste período, em especial na de Fotos: AAI Brasil/RS dez anos deste veículo de informação, nosso meio A A I B R A SIL / RS ed i t o r i a l Uma década de transformações. No aniversário de Interiores. Vivenciamos essa realidade no dia a dia profissional, em geral levados pelas novas deman workshops aai brasil/rs das técnicas, pelas novas necessidades das pes A arq. e urb. Léa Japur ministrou o workshop sobre Paisagismo promovido pela AAI Brasil/RS em parceria com a Puxadores & Cia, em Porto Alegre. O evento foi realizado nas dependências da loja, no dia 17 de abril. No dia 3 de maio, o workshop da Entidade teve como temas “O que muda com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)”, ministrado pela arq. e urb. Gislaine Saibro, conselheira federal suplente do CAU/BR; e “Honorários Profissionais – Guia de Orientação Profissional (GOP)”, pela arq. e urb. Maria Bernadete Sinhorelli, diretora de Exercício Profissional da AAI Brasil/RS. O encontro foi realizado na loja Dell Anno, parceira do evento. soas, pelas novidades de mercado, pelas possibi lidades tecnológicas... É fato que um novo tipo de uso de espaço, na residência, surgiu nestes últimos dez anos. Com uma planta com espaços integra dos, mais amplos e com aberturas maiores, os imó veis de hoje estão sendo transformados por nós, arquitetos e urbanistas. Somos nós, também, con duzidos pelos desejos dos novos clientes, que bus camos espaços mais eficientes, econômicos e que consumam menos recursos naturais. Igualmente, tivemos – e temos sempre – de nos transformar nu ma velocidade crescente. Pela internet, ficamos “conectados” internacionalmente com relação às tecnologias, materiais e cores – ferramentas do nos so trabalho. Entretanto, e felizmente, é pelo con tato direto com os clientes que podemos compreen CONSELHO DO LEITOR 2012 der o que fazer para aplicá-las. Sem desviar da mis Os membros do Conselho do Leitor 2012 da AAI em revista estiveram reunidos no dia 15 de maio, na sede da AAI Brasil/RS, com a presidente da Entidade, arq. e urb. Silvia Barakat, e com a arq. e urb. Gislaine Saibro, representante do Conselho Editorial da publicação oficial da Associação. Na oportunidade, trataram dos custos e da linha editorial do informativo trimestral e de sugestões às pautas para as próximas edições. Fazem parte do Conselho do Leitor 2012 os arquitetos e urbanistas Cármen Adegas, Diarna Gus, Lygia de Almeida Marques, Marcelo John e Martha Poetsch. O grupo voltará a se reunir em julho. são de prover qualidade, conforto e segurança às pessoas, os arquitetos e urbanistas têm se depa rado com programas de necessidades cada vez mais complexos. Reflexo dos novos tempos. Arq. e urb. Silvia Barakat Presidente da AAI Brasil/RS - 2012-2013 Projeto Empresarial AAI B r a s i l / RS Rua Sport Club São José, 67/407 Porto Alegre/RS CEP 91030-510 Fone 51 3228.8519 www.aaibrasilrs.com.br Estas empresas garantiram participação nos eventos e projetos da AAI Brasil/RS em 2012. Informações na Arte Sul: [email protected] ou fones: 51 3228.0787 e 51 9981.3176. DIRETORIA - Gestão 2012/2013 PresidênciaSilvia Vice-Presidência Cármen Lila Gonçalves Pires Relações Acadêmicas Ana Paula Bardini E xercício Profissional Maria Bernadete Sinhorelli EventosRosinha Tesouraria CONSELHO EDITORIAL Arq. e urb. Gislaine Saibro Letícia Wilson Monteiro Barakat Rodrigues Elisabeth Sant’Anna JORNALISTA RESPONSÁVEL EDIÇÃO GRÁFICA Letícia Wilson (Reg. 8.757) [email protected] Paica Estúdio Gráfico | Tiba Colaboração Arte Sul Marketing & Comércio 51 3228.0787 - 51 9981.3176 [email protected] Tatiana Gappmayer (Reg. 8.888) Tiragem 3.000 exemplares COMERCIALIZAÇÃO Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião do informativo e de seus editores. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Publicação trimestral, com distribuição dirigida a arquitetos, entidades de classe, instituições de ensino e empresas do setor. Órgão oficial da AAI Brasil/RS. 2 eventos AAI BRASIL/RS PROMOVE MAIS UMA VIAGEM CULTURAL E LEVA grupo de arquitetos e urbanistas A MENDOZA E BUENOS AIRES, NA ARGENTINA. NO ROTEIRO, ARQUITETURA DA MELHOR QUALIDADE Pelo país vizinho Aos pés da Cordilheira dos Andes, na Argentina, os arquitetos gaúchos deslumbraram-se com a exuberân cia da paisagem natural de Mendoza e com a arquite tura de primeira qualidade desenvolvida por lá. A “ca pital” do vinho do país vizinho foi a primeira parada do grupo de profissionais reunido pela AAI Brasil/RS em maio, em mais uma Viagem Cultural organizada pela Entidade. Os arquitetos e urbanistas partiram de Porto Alegre para cumprir um roteiro de sete dias, entre Men doza e Buenos Aires. O grupo conheceu o primeiro hamam tradicional da América Latina, o Entre Cielos, que reúne a sequ ência de relaxamento dos autênticos banhos turcos e um hotel boutique. A visita foi guiada pelos arquitetos do A4 Estúdio, que assinam a obra, planejada como uma “escavação em uma rocha”, considerando que a edificação, totalmente de concreto aparente, está a um metro abaixo do nível natural do terreno. “Esta visita nos revelou uma arquitetura competente, contempo rânea, que me agrada muitíssimo”, ressaltou a arq. e urb. Lígia Maria Bergamaschi Botta, uma das integran tes do grupo. Como não poderia deixar de ser na “terra do vinho”, os arquitetos gaúchos conheceram bodegas de desta que projetadas pela equipe do escritório Bórmida & Yanzón, especializado na área. Os arq. Eliana Bórmida e Mario Yanzón já desenvolveram e executaram mais de 30 bodegas vitivinícolas, como a moderna O. Four nier, incluída no roteiro, com 12 mil m2 de área constru ída entre magníficos vinhedos andinos, inaugurada em 2007. Projetada para produzir 600 mil litros de vinho fino, a bodega está articulada em vários edifícios, in dependentes, mas interconectados. Impressionante é a adega, a nove metros de profundidade, um espaço com estrutura de concreto, de 50x50m, com uma cruz de luz centralizada. “Acompanhamos, ‘ao vivo e a co res’, uma arquitetura que nós sonhamos um dia proje tar. Melhor ainda foi conhecer a arq. Eliana Bórmida que, além de competente, soube dar uma aula de con cisão, postura discreta e, porque não, de humildade, mesmo com um acervo de obras qualificado e invejá vel”, complementa Lígia. Em Buenos Aires, o grupo conheceu o premiado arq. Paulo Gastón Flores, que há dois anos divide es critório com o arq. Leandro Barreiro. Com ele, seguiram em visitas técnicas por alguns de seus projetos. Eles ainda pararam no Dique 4 de Puerto Madero, especi ficamente na Colección Fortabat – museu criado pelo arq. uruguaio Rafael Viñoli, idealizado e financiado pe la empresária argentina Amalia Lacroze de Fortabat, proprietária das obras, que vão de Rodin, Picasso e Van Gogh a Andy Warhol. 4 “Todas as viagens da AAI contribuem muito para o nosso trabalho, nosso repertório, conhecimento, arquitetura e vida”, avalia a arq. e urb. Lígia Maria Bergamaschi Botta Entre Cielos Hamam SPA, Mendoza. projeto desenvolvido pelos arquitetos Juan Manuel Filice e Leonardo Codina, do A4 estúdio BODEGA O. FOURNIER, em Mendoza, projetada pela equipe do escritório Bórmida & Yanzón Grupo conhece a vinícola Salentein, mais um projeto assinado por Bórmida & Yázon 6 IB RA SIL AA UIVO ARQ FICHA TÉCNICA Cursos sequenciais, o caos do mobiliário urbano de Porto Ale gre, a história da arquitetura de interiores, os 10 anos da Reuniã- Almoço da então AAI-RS. Estes foram os principais assuntos da primeira edição da AAI em revista, lançada em julho de 2002, e retratam bem a diversidade de temas que, desde então, vêm sen do abordados nas páginas do veículo de comunicação da AAI Bra sil/RS. Completando dez anos de circulação, o informativo hoje tem status de revista, contabilizando 60 edições ininterruptas e 3.000 leitores fiéis. A AAI em revista é considerada uma referên cia no setor, devido ao seu conteúdo técnico e abrangente e à sua qualidade editorial. “Devemos esse sucesso ao comprometimento da equipe de pro dução, que permanece a mesma até hoje, e a todas as diretorias que passaram pela Entidade neste período, além, é claro, das empresas parceiras, que ajudam a viabilizar este projeto”, ressalta a arq. e urb. Gislaine Saibro, atual coordenadora do Conselho Editorial. Como uma “vitrine” da AAI Brasil/RS, o informativo sempre expôs aos pro fissionais, ao mercado, à comunidade acadêmica e à sociedade, a filosofia da Associação, revelando a seriedade do trabalho realiza do e as bandeiras defendidas. Assim, tanto a Entidade como a sua publicação ganharam em credibilidade e reconhecimento. “Sempre nos preocupamos em abordar temas atuais e interessantes para a classe, independentemente do segmento de atuação, mesmo que fossem polêmicos ou complexos. Esse sempre foi o diferencial da AAI em revista”, detalha a jornalista Letícia Wilson, responsável pe lo veículo desde a sua criação. Em 2003, assim que entrou em vigor, o novo Código Civil foi pauta de matéria na AAI em revista, desta cando as responsabilidades assumidas pelos arquitetos. A repre sentatividade da AAI-RS no CREA-RS; a formação autodidata dos arquitetos de interiores pela falta de disciplinas específicas na gra duação; a valorização do arquiteto que trabalha em paisagismo; a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo; a defesa do direi to autoral; a concorrência dos “escritórios-modelo”, e a tentativa de regulamentação da profissão de decorador foram temas abordados pelo informativo ainda nos seus primeiros anos de vida. Nas páginas da AAI em revista, também estão registradas ativi dades importantes desenvolvidas pela Associação, como as viagens técnicas e culturais, iniciadas em 2003, por São Paulo; o lançamen to da AAI em revista - arquitetos, naquele mesmo ano; a aproxima ção com as universidades; o trabalho voluntário desenvolvido junto à creche Alan; o fortalecimento do seminário de Qualificação Pro fissional; as ações do Fórum das Entidades Estaduais de Arquitetos; a transformação do Guia de Orientação Profissional (GOP) em livro, com o apoio da editora UniRitter; e a criação da AAI Brasil, em 2009, quando a Entidade completava 20 anos de existência. Obras e pro jetos importantes na cidade e no Estado também foram apresenta dos e acompanhados. E profissionais de destaque prestaram sua contribuição a esta publicação, valorizando-a, como os arquitetos Albano Volkmer, César Fasoli e Carlos Maximiliano Fayet, já faleci dos. “Sempre contamos com o apoio e o reconhecimento de toda a classe, o que colaborou sobremaneira, para o engrandecimento da publicação”, destaca Cristina Azevedo, em cuja gestão foi criada a AAI em revista. /RS Dez anos de notícias Fo to e s p ec i a l AAI em revista completa uma década, consolidado como importante veículo de comunicação do setor A ORIGEM A AAI em revista é a retomada do projeto editorial original da revis ta AAI arquitetura de interiores, criada em 1998 pela editora SDE na gestão da presidente Denise Carazza. Com 44 páginas, a publi cação foi paralisada dois anos de pois, por questões técnicas. RETOMADA A Em 2002, por iniciativa conjunta das arq. e urb. Cristina Azevedo, presidente, e Gislaine Saibro, ex -presidente, que participara do processo anterior, a publicação é retomada, com oito páginas e pe riodicidade bimestral. FORTALECIMENTO O O informativo foi ganhando credi bilidade, conquistando o apoio de empresas do setor. Assim, teve o número de páginas ampliado. hoje Conquistando status de revista, com 20 páginas e periodicidade trimes tral, a publicação ganha novo pro jeto gráfico e completa 10 anos. profissão AUMENTO DA RESPONSABILIDADE E CRIAÇÃO DO CAU SÃO APONTADOS PELOS DIRIGENTES DO SETOR NO eSTADO COMO OS PRINCIPAIS PROGRESSOS NA CARREIRA NA ÚLTIMA DÉCADA O novo arquiteto Quais foram os avanços e o que precisa ser melhorado com relação à carreira? Roberto: A elaboração de projetos completos e detalhados sob a coordenação e supervi são dos arquitetos representa um avanço importante. Já a conscientização dos contratantes sobre a necessidade de participação mais efetiva dos profissionais precisa ser aperfeiçoada. Cicero: A principal melhoria foi na questão legal. No CREA, as atribuições eram definidas em um plenário em que outras profissões decidiam sobre as nossas responsabilidades. Ago ra, elas estão regulamentadas em Lei. Isso dá outro peso para a Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Houve também uma atividade mais intensa das entidades, que estavam fora das dis cussões na década de 1990 e que, agora, reconquistam espaço nos meios de comunicação. Tiago: Ainda falta o trabalho ser valorizado. Os arquitetos são pouco entendidos pela socie dade e recebem muito menos do que merecem pela qualidade e relevância de seus projetos. Cristina: O reconhecimento profissional do arquiteto perante à sociedade foi um grande avanço, mas a valorização da profissão não caminhou junto. Os arquitetos precisam reco nhecer sua importância e suas responsabilidades para conquistarem seu verdadeiro “valor”. O que representa a criação do CAU para os profissionais? Do campo tecnológico ao político, diversas Roberto: Tem um significado muito grande para o próprio conceito da profissão. Com um mudanças marcaram o dia a dia dos Conselho específico, definiu-se também um processo de valorização da identidade e dos arquitetos entre 2002 e 2012. O dinamismo que as novas ferramentas digitais trouxeram ao mercado aliado à necessidade de elaborar projetos cada vez mais completos projetos. Cicero: O Conselho nasceu faz pouco e seu potencial é formidável para a profissão. Tiago: O marco, o ponto de inflexão rumo ao nosso reconhecimento e crescimento no País. Cristina: Agora temos somente arquitetos pensando na Arquitetura e Urbanismo e em seus realizadores. O trabalho é focado e o exercício profissional está em destaque. e detalhados elevaram a demanda por respostas rápidas aos pedidos dos clientes e a uma maior responsabilidade diante dos contratantes. Em contrapartida, houve um reconhecimento da sociedade sobre o papel desses profissionais para o planejamento e execução de obras com eficiência e qualidade. Na esfera pública, iniciativas como a aprovação da Lei da Assistência Técnica também impactaram a atuação dos arquitetos, assim como o aquecimento da construção civil. Contudo, uma das mais significativas modificações veio através da Lei 12.378/2010, que regulamentou o exercício da Arquitetura e Urbanismo e instituiu o conselho da categoria: o CAU. Para saber mais sobre a evolução da profissão na última década, a Quais modificações destacaria quanto às atribuições profissionais na última década? Cicero: Houve uma mudança legal com a Resolução 1010 do Confea, que visava modificar as atribuições que se mantinham praticamente inalteradas desde 1973. Mas, existem ques tões como a de acessibilidade que só passaram a ter exigência na lei em 2004 e a de efici ência energética e de conforto ambiental, que vieram com NBR 15575. Outro viés é a popu larização da computação gráfica e o aumento da exigência da visualização prévia por parte dos clientes. E no que se refere às oportunidades para os profissionais nesse período? Cicero: O incentivo à construção civil é uma chance ímpar, mas é fundamental que a popu lação saiba que somos os profissionais mais adequados para a elaboração e fiscalização da execução desses projetos. Devemos retomar o papel de mestres construtores que nos cabe. Contudo, esse aquecimento da economia não se reflete em maiores salários, em ampliação de direitos e benefícios aos profissionais empregados em empresas. Cristina: Acho que o reconhecimento da sociedade quanto ao papel e a importância do tra balho dos arquitetos abriu várias oportunidades profissionais. Na questão da formação e especializações, que melhorias podem ser apontadas? Roberto: O CAU terá condições de interagir com as instituições de ensino e com o Ministé rio da Educação (MEC) com o objetivo de qualificar o desempenho dos cursos no Brasil. AAI em revista conversou com o presidente do CAU/RS, Roberto Py Gomes da Silveira; com o presidente do Saergs, Cicero Alvarez; com o presidente do IAB/RS, Tiago Holzmann da Silva; e com a a arq. e urb. Cristina Azevedo, conselheira do CAU/RS e ex-presidente da AAI Brasil/RS. 8 Quais serão os desafios para os profissionais na próxima década? Cicero: O principal é a retomada do papel social e político do arquiteto e urbanista. Deve mos ter participação mais ativa nas decisões e isso ocorre com a presença na comunidade, por meio dos Conselhos, das entidades de categoria e na própria vida pública. Tiago: Consolidar o CAU e reforçar a atuação das entidades. Cristina: A constante atualização profissional sempre foi e será o grande desafio dos pro fissionais, com relação à aplicação de novos materiais, tecnologias e técnicas construtivas. ca p a Metamorfose tecnológica Duas mudanças revolucionaram a forma de se relacionar e de viver das pessoas na úl tima década. De um lado a tecnologia derru bou fronteiras e permitiu o acesso a um uni verso de informações, referências, materiais e produtos que modificaram os ambientes de viver e trabalhar. E de outro as alterações cli máticas e o uso impensado dos recursos na turais levaram as cidades a enfrentarem pro blemas decorrentes dessas situações, incluin do a palavra sustentabilidade de vez no dia a dia da sociedade contemporânea. Os reflexos da evolução da tecnologia no interior das moradias podem ser observados na difusão de sofisticados aparelhos de se gurança, automação e iluminação, nos espa ços de lazer e de trabalho em casa – que re ceberam novos utensílios e desenhos, com a adoção do modelo de cozinhas americanas e espaços mais abertos. Essas são, na opinião da professora doutora da Faculdade de Ar quitetura e Urbanismo da PUCRS Leila Nes ralla Mattar, a expressão das mudanças co mentadas anteriormente. A massificação dos aparelhos splits em todos os recintos para melhorar o conforto térmico é outro exemplo dado por ela. “No entanto, percebe-se ainda, 10 NESTE PROJETO NO LITORAL GAÚCHO, o arq. e urb. SALUS FINKEL racionalização DE MATERIAIS, VALORIZAÇÃO DA ILUMINAÇÃO N no que se refere às esquadrias, que há pouca utilização de vidros duplos, componentes de con trole de proteção solar, e outros quesitos de qualidade”, aponta. O estilo de vida contemporâneo também tem sua tradução nas plantas dos imóveis, espe cialmente num ambiente específico. “As cozinhas estão se tornando espaços de ‘lazer e conví vio’, uma vez que os próprios moradores as utilizam em momentos de descontração e reunião familiar”, afirma a arq. e urb. Adriana Coradini, baseada em sua experiência profissional. Na sua opinião, essa valorização do espaço acontece em função de uma rotina cada vez mais agitada que exige que as refeições sejam feitas fora de casa durante o dia. “Assim, a cozinha tornou-se um ambiente ‘nobre’, muitas vezes integradas com o estar, recebendo um maior investimento na sua composição, em busca de beleza, praticidade e funcionalidade”, destaca. MATERIAIS MAIS ACESSÍVEIS e novas técnicas Cimento queimado, aço inox e vidros temperados e curvos são materiais que ficaram mais aces síveis nesses dez anos, na opinião da coordenadora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do UniRitter e docente da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, Marta Peixoto. Para ela, isso é consequência do aperfeiçoamento do modo de fabricação, da abertura ao mercado externo – que levou a indústria nacional a se qualificar – e do barateamento desses itens. O arq. e urb. Salus Finkelstein acrescenta que a combinação de novos elementos com o desenvolvimento tecnológico está tornando os projetos arquitetônicos mais ousados e as estruturas mais leves, com opções de planejar o uso de grandes placas e chapas de cerâmica e vidro. Além disso, ele relata que técnicas construtivas conhecidas, mas até então pouco empregadas, estão nas obras, como as de Drywall e Steel Frame. “Tudo isso causou alterações na arquitetura e provocou o desaparecimento de determinados estilos, prevalecendo o bom senso. Estamos abandonando a mediocridade”, sentencia. Finkelstein afirma que a cultura e história não podem ceder lugar aos modismos como, exemplifica, sentar em um sofá de plástico duro, porém de estilo proven çal. Para ele, o conforto é o “verdadeiro correto”. Andre Cavalheiro / Acervo arq. Adriana Coradini Fotos Stéphane Vandenwyngaert/Banco de Imagem em busca de beleza e funcionalidade, as cozinhas integradas com o estar receberam maior investimento na última década, conforme este projeto da arq. e urb. adriana coradini LSTEIN ADOTOU SOLUÇÕES COMO MISTURA e NATURAL E AMBIENTES AMPLOS E INTEGRADOS os projetos arquitetônicos residenciais e comerciais foram impactados diretamente pelas inovações introduzidas no mercado na última década. tecnologia e meio ambiente entraram, de vez, em pauta um novo jeito de trabalhar A arq. e urb. Cláudia Palludo acrescenta que a tecnologia modificou ainda a forma de elaborar e a linguagem ao apresentar os projetos. Formada pelo UniRitter 12 anos atrás, ela argumenta que começou a desenhar plantas à mão até o meio do curso, quando então passou a utilizar o computador. A profissional acredita que essa mudança facilitou e agilizou o desenvolvimento dos conceitos e permitiu traduzir de maneira mais simples as ideias aos clientes. “Eles conse guem enxergar melhor as propostas visualizando-as em programas específicos da área e to mam decisões rápidas”, informa. Finkelstein concorda que a principal alteração na atuação dos arquitetos, na última década, vem das tecnologias de informação e comunicação, que ofere cem recursos de linguagem audiovisual e de interatividade que modificaram o jeito de traba lhar. Hoje, um projeto é elaborado em parceria com outros profissionais ao mesmo tempo, ca da um em seu espaço, seja ele na mesma cidade, estado ou país. “Como sou da velha guarda, assim como vejo vantagens nessa facilidade de contato virtual, existe um prejuízo que é a falta de troca de opiniões e do contraponto direto”, pondera. Conforme ele, a tecnologia mexeu com a criatividade e deu ferramentas para agilizar o planejamento, mas questiona se isso não dei xou os arquitetos e urbanistas presos a padrões pré-estabelecidos. Desenvolvida pelo escritório do arq. e urb. Salus Finkelstein, a residência de 300 m2 locali zada em um condomínio horizontal da praia de Remanso (fotos), no Litoral Norte gaúcho, reú ne algumas soluções representativas das transformações que vêm ocorrendo na arquitetura. Valorização da iluminação natural e ambientes amplos e que se comunicam são destaques da proposta. A cozinha foi integrada ao restante da casa através da criação de uma abertura para a sala de convivência, explica o profissional. Para os materiais, foram escolhidos tijolos e ma deira de demolição, presentes na lareira, churrasqueira, pisos das varandas e parte da área de estar. “A integração entre o lado externo e interno da moradia é feita pelo pavimento superior, onde ficam as suítes, através da colocação de vidro”, detalha Finkelstein. Sobre o aumento de planos privilegiando a integração de espaços, com cozinhas americanas, Finkelstein defende que esse movimento é uma volta às antigas cozinhas com mesa grande, contudo em uma ver são atualizada, que precisa incorporar os equi pamentos modernos destinados a esses am bientes e suas instalações especiais. MERCADO E OS DESAFIOS Os arquitetos entrevistados são unânimes em concordar que as diversas faculdades de Arqui tetura e Urbanismo vêm formando um contin gente expressivo de profissionais anualmen te, massificando o mercado atual. “Estamos trabalhando o dobro para ganhar a metade. Por isso, associações como a AAI Brasil são necessárias para não perdermos o rumo”, afir ma Salus, diante do desafio. Mesmo com es se quadro, a docente Leila Nesralla Mattar en fatiza que os arquitetos ainda têm pouca in fluência aspecto da paisagem urbana. “Mudar essa situação, tornado as cidades e os espa ços mais humanos é o nosso grande desafio”, avalia. Cláudia Palludo aponta que o fato de lidar com clientes mais informados e com aces so a referências diversas eleva a exigência dos profissionais estarem mais atualizados e pre parados para argumentar suas escolhas. Ou tro objetivo, indicado por ela, é o de unir mais a categoria para resolver questões como a dos honorários pagos hoje em dia. 11 A realidade comercial Assim como a arquitetura residencial, a comercial passou por adequações nos últi mos dez anos. A arq. e urb. Vera Zaffari viven ciou as consequências da expansão das fran quias no Brasil, que acabou reduzindo o mer cado, uma vez que os projetos arquitetônicos são os mesmos da matriz das empresas. “Ocor reu uma padronização dos desenhos”, consta ta. Esse cenário, segundo ela, exigiu que os escritórios de arquitetura que atuam nesse setor evoluíssem também, contando com in fraestrutura para atender a clientes com negó cio em todo o País, funcionários qualificados e fluxo financeiro. Com ampla experiência na área, Vera mudou a estratégia de trabalho para acompanhar as alterações do segmento. Para isso, focou em empreendimentos maio res e tem atuado bastante em shopping centers, como o Canoas Shopping e na rede hote leira, na qual o fenômeno de reforço das mar cas vem levando a uma repetição dos concei tos das companhias proprietárias. A melhora na economia nacional provo cou modificações nas necessidades das lojas. Sem inflação, houve a diminuição dos espaços para depósito e, agora, é possível avaliar o ren dimento dos materiais aplicados em pisos, pa redes e estruturas, uma vez que a oscilação dos preços não é mais tão acentuada. No vare jo, assinala Vera, os custos são a principal pre ocupação e, por isso, as escolhas dos arqui tetos precisam ser bem fundamentadas. “Os empresários prezam pela eficiência, diminui ção do retrabalho, qualidade, produtividade e cumprimento de prazos”, completa. Outro aspecto verificado foi o da responsabilidade dos arquitetos, que aumentou com o Código de Defesa do Consumidor e com clientes que estão mais cuidadosos e bem informados. Além disso, a falta de tempo exige que os pro fissionais ajam como gerenciadores de equi pe, já que muitos contratantes não querem lidar com os responsáveis pela parte elétrica, hidráulica e outros em uma obra. cadeia evolui com a arquitetura de interiores As empresas que atuam no segmento, forne cendo produtos e recursos que complemen tam os projetos de arquitetura de interiores, também passaram por mudanças nesta últi ma década. Para o diretor de Marketing e P&D 12 Foto: ARQUIVO PESSOAL Arq. e urb. VERA ZAFFARI me r cad o A EXPANSÃO DAS FRANQUIAS NO BRASIL PROMOVEU A QUALIFICAÇÃO DO VAREJO, MAS REDUZIU O MERCADO, UMA VEZ QUE OS PROJETOS ARQUITETÔNICOS SEGUEM O PADRÃO DA MATRIZ DAS EMPRESAS O VAREJO QUER DURABILIDADE DOS ELEMENTOS, RACIONALIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO E MENOS DESPERDÍCIO da Unicasa Móveis, Edson Busin, houve uma quebra de regras nos desenhos dos espaços e uma preocupação maior com quem habita ou trabalha em determinado local, com as pessoas que rendo manifestar mais sua personalidade. Esse movimento tem sido acompanhado pelas com panhias, principalmente, aquelas que trabalham focadas no comportamento do consumidor, buscando entender esse momento dos clientes. Busin defende que, nesse tempo, o mobiliário tornou-se mais usual e que as escolhas vão além da forma e função. “Quando compro um mó vel, não avalio apenas a estética e funcionalidade, analiso o que ele vai representar para mim, para minha família, para meus amigos. Ele tem que fazer parte da minha história de vida. Acre dito que isto seja um avanço quanto a um novo sentido de morar”, observa. Com relação aos conceitos introduzidos nesse período ele comenta que a tecnologia, que tem facilitado a vida de todos, e a sustentabilidade são os que mais se destacam. Mesmo que este último ainda em menor escala, mas com grande potencial para se desenvolver, a partir do fomento de práticas do governo e das empresas que possibilitem criar móveis e outros produ tos dentro dessa perspectiva. O diretor salienta que na última década inventou-se e reinventou- se de tudo. E, em se tratando de mobiliário, isso significa terem sido empregadas na confecção das peças matérias-primas como papel, aço, sabugo de milho e cristal, exemplifica. Busin pon dera que os desafios para o setor serão o de estar constantemente reinventando-se e o de in terpretar o comportamento humano e encontrar soluções inovadoras. A preocupação crescente das pessoas em terem ambientes aconchegantes em suas residên cias e que os representem também é percebida pelo proprietário da Expresso do Oriente e da Balbueno Tapetes, Gelson Balbueno, que está no mercado há 17 anos. Ele credita isso ao fato de se passar cada vez mais tempo em casa. O empresário conta que, no começo, havia uma procura maior por artigos clássicos, como os tapetes persas. Atualmente, com a presença mais intensa de designers do Oriente Médio e da Europa, existe uma ampla variedade de opções de padrões e tendências, que se aproximam muito das dos tecidos. “O patchwork, por exemplo, é encontrado em todas as marcas em 2012”, descreve. O moderno e o tradicional convivem har moniosamente na loja e na preferência de seus clientes, descreve. Balbueno salienta que, nos últimos anos, aumentou o número de arquitetos que acompanham seus contratantes na hora de selecionar os elementos que irão compor suas moradias ou locais de trabalho. “Um projeto sem tapetes, cortinas e quadros não está completo no visual e na parte prática. Além da esté tica, auxiliam no conforto acústico”, assinala. Sob uma atmosfera de paz acervo pessoal de t a l h e A ARQ. e urb. CRISTINA LEAL REVELA A SUA IMPRESSÃO SOBRE OS ENCANTOS DA ÍNDIA. “ LÁ A VIDA FICA COLORIDA” Muitos palácios construídos para marajás hoje abrigam hotéis, museus e galerias de arte 14 “Falar sobre a Índia fica fácil. Basta dizer que é lá que a vida fica colorida e que a atmosfera é de paz.” Ainda sob “os efeitos” da sua recente viagem à Índia, a arq. e urb. Cristina Leal revela um pouco do que viu e sentiu por lá, destacando uma arquitetura de dois momentos: um próspero e outro de crescimento. “A arquite tura atual é cosmopolita, ou seja, perdeu em características re gionais o mesmo que ganhou em visão de mundo e conhecimen to internacional”, conta. “Na antiguidade, a Índia, como fornecedor e provedor inter nacional de especiarias, era uma civilização competente e rica. Fica meio impossível e improvável falar em arquitetura sem ligar isso com o momento econômico vivido por uma sociedade”, des taca. E argumenta que arquitetura de boa qualidade exige conhe cimento, tecnologia e, obviamente, investimento. “Talvez tenha sido por isso que, depois de construir o Taj Mahal para abrigar o túmulo de sua amada esposa, o Imperador Shah Jahan foi depos to por um de seus filhos e interditado”, avalia. Foram 22 anos de trabalho para erguer uma das sete maravilhas do mundo moder no, entre 1630 e 1652, envolvendo cerca de 20 mil homens na construção. “Nesta mesma época se construiu mais do que nun ca na Índia, como palácios para cerca de 500 marajás, nas capi tais, nas cidades de lazer, no campo. Muitos deles hoje são mu seus, hotéis, galerias de arte e monumentos de incomparável be leza”, atesta, acrescentando que muito mais poderia ser feito, pois a “grandiosidade das obras é imensurável”. As novas edificações, de acordo com Cristina, seguem as ten dências de arquitetura praticadas internacionalmente. “Mas a mão de obra é tão deficitária quanto são ricos os revestimentos. Até por tradição e cultura, o desenvolvimento em relação a texturas e cores é rico, como suas estampas, bordados e pedrarias. Muito mais traduzida na arquitetura de interiores, que mantém o peso e a riqueza de detalhes, que são fortes na Índia”, frisa. A arquiteta reconhece que, apesar da enorme quantidade de mão de obra disponível, a população não está treinada adequa damente para trabalhar com a tecnologia necessária à construção de alta qualidade internacional. “Percebe-se nos canteiros de obras, por mais luxuosos que sejam os empreendimentos, o mesmo mé todo de construção utilizado há 500 anos, no qual mulheres de sáris carregam pedras na cabeça e misturam o cimento para er guer um grande complexo industrial em Jaipur, por exemplo. Mui tas vezes, elas têm os filhos aos pés ou ajudando nos serviço”, des creve. Para ela, a Índia possui duas faces, como o Brasil: “rico e pobre, desenvolvido e atrasado, com potencial enorme. Porém, muito pouco investimento no que realmente contribui para o cres cimento da população. Educação ainda é para poucos”, lamenta. E como um povo que luta para comer e sobreviver no dia a dia, pode se preocupar mais com a cultura local?, questiona Cristina. “De qualquer sorte, percebi que o respeito ao patrimônio arquitetôni cos do País tem acontecido, e muito provavelmente mais ampa rado na participação da iniciativa privada.Assim, os tesouros da Índia, como fonte inesgotável de cultura, pela grandiosidade que a civilização teve em seus tempos áureos, tem a sorte de se man terem preservados com boa quantidade de amostragem”, diz. Foto divulgação marel / projeto arq. e urb. andreia galvan perfil ga l e r i a O contraste do branco com o rústico confere modernidade e proporciona a sensação de aconchego. Essa é a proposta da Marel Móveis Planejados com o lançamento dos padrões Ra venna Vitrio, com acabamento em ver niz acrílico, e Vecchio, com textura si milar a da madeira. A coleção 2012 traz, ainda, outras 18 novas opções. Infor mações no site www.marel.com.br convivendo juntos em família e no escritório, o casal de arquitetos lisete e carlos jardim divide as tarefas e não leva trabalho para casa Casamento de ideais Publicitário e enge Foto acervo JARDIM ARQUITETURA nheira civil. Essas se A cortina Open Roman Shade é a no vidade da Persol neste segundo semes tre. Produzida 100% em poliéster, con trola a luminosidade natural e oferece privacidade sem impedir a visibilidade externa. O modelo está disponível nas cores branco, marfim e bege mescla, com acionamento standard. Saiba mais em www.persol.com.br riam as profissões de Carlos e Lisete Jardim caso não tivessem se apaixonado pela Arqui tetura e Urbanismo. A escolha, no entanto, já parecia natural. “Desde a escola eu já demons trava habilidades na ex pressão gráfica”, diz Carlos. Sua colega, sócia e esposa foi fortemente influenciada pela ati vidade do pai, proprietário de uma revenda Recriando um contexto lúdico e divertido, a proposta do puxador Identifique-se, da Obispa Design, é “encantar” os ambientes, numa exibição de design emocional e envolvente. Sua proposta conjuga desenhos neutros com a imponência do tama nho, resultando em metais para uma linguagem despojada, em sintonia com o per fil das cozinhas modernas. Com quatro identificações, está disponível nas opções de tamanho 128, 224, 320 e 544 milímetros e nos acabamentos cromo, black silk e níquel velho. Mais informações em www.obispadesign.com.br de materiais de construção. “Eu frequentava a loja e depois acompanhava as obras em an damento, encantando-me com o material to mando forma”, conta Lisete. Natural de San ta Rosa, ele se formou na UFRGS em 1980. Ela, nascida em Lagoa Vermelha, graduou-se pela Ritter dos Reis, quatro anos mais tarde. Assim que recebeu o diploma, Lisete ingres Fotos divulgação sou na Secretaria de Estado da Cultura, via concurso público. Também registra uma pas sagem pelo MARGS antes de fundar o escri tório Jardim Arquitetura ao lado do marido. Carlos já havia trabalhado na Secretaria de Obras do Estado e na Casa de Cultura Mário Quintana. No escritório, a dupla discute a concep ção do projeto e divide-se nas tarefas: Carlos coordena os trabalhos enquanto Lisete res ponsabiliza-se pelos orçamentos, contrata ções, acompanha as obras e os clientes na escolha dos materiais. “Ao final do dia, vamos juntos para casa, mas procuramos não levar Com design moderno e imponente, o estofado Palace da Sofá Shopping traz módulos componíveis, com opções de 70, 85 e 100 cm. Os encostos, em fibra siliconizada, são reclináveis em três níveis e os assentos expansíveis em até 50 cm, produzidos com espuma soft de alta qualidade. Está disponível na opção baú, com ou sem braços. Mais em www.sofashopping.com.br 16 assuntos profissionais”, explicam. Conduzem com a mesma parceria a educação da filha de treze anos, as atividades esportivas, e a programação cultural e gastronômica, mes mo quando um prefere culinária asiática e ou tro não abre mão da italiana. 18 PRO D U TOS & S E RVIÇOS 19
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