ANAIS DA XI Jornada UNISUZ: "EDUCAÇÃO

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ANAIS DA XI Jornada UNISUZ: "EDUCAÇÃO
ANAIS DA XI Jornada UNISUZ:
"EDUCAÇÃO, CIDADANIA E
RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL"
06 e 07 de NOVEMBRO DE 2014
ISSN: 1984-9060
XI Jornada UNISUZ:"Educação, Cidadania e Responsabilidade Socioambiental"
06 e 07 de NOVEMBRO DE 2014
ANAIS - ISSN: 1984-9060
XI JORNADA UNISUZ
A já tradicional jornada Unisuz completa seu 11º ano, como todo processo
em desenvolvimento este ano o evento se apresenta em um novo modelo.
Atingindo um maior grau de maturidade acadêmica o evento passa a ter caráter
estritamente científico .
Neste novo modelo, a Jornada UNISUZ se caracteriza como um
Congresso Multidisciplinar onde trabalhos científicos de todas as áreas do
conhecimento podem ser apresentados ; preferencialmente os que tenham
ênfase no tema central do evento. São inscritos trabalhos de pesquisadores e
estudantes de graduação; profissionais com formação superior das diversas
áreas do conhecimento e de instituições educacionais e empresas públicas e
particulares de todo o território nacional.
Todo trabalhos enviados para inscrições devem ser pesquisas em
andamento ou concluídas ou ainda relatos de experiência, que sejam
conduzidos obedecendo o rigor da metodologia científica.
Todos os trabalho são apresentados na forma de Banners com medidas
padronizadas pela organização do evento. Todos os trabalhos são expostos
em datas e local estipulados pela comissão científica.
Essa vivência garante ao aluno de graduação viver, dentro da sua própria
instituição, os ares de um congresso.
Desta forma a UNISUZ-UNIESP garante a tríplice função do nível
superior. Ensino, pesquisa e extensão.
Prof. Jairo José Matozinho Cubas
Coordenador do Núcleo de pesquisa e Extensão (NUPE) - UNISUZUNIESP.
Organizador e coordenador do evento
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XI Jornada UNISUZ:"Educação, Cidadania e Responsabilidade Socioambiental"
06 e 07 de NOVEMBRO DE 2014
ANAIS - ISSN: 1984-9060
JORNADA UNISUZ- (UNISUZ-UNIESP)
ANAIS JORNADA UNISUZ
ISSN: 1984-9060
ANUAL
2015
1. Educação. 2. Ciências da Computação 3-Licenciatura 4-Direito
5- Ciências Contábeis 6- Administração.
Obs: Todas os artigos aqui plublicados são de inteira responsabilidade
jurídica dos autores. As opiniões e dados contidos nos trabalhos não
refletem necessariamente a posição da organização do evento. Erros
ortográficos e gramaticais também são de responsabilidade dos autores,
embora o material passe por revisões.
1. Educação. 2. Ciências da Computação 3-Licenciatura 4-Direito 5Ciências Contábeis 6- Administração.
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XI Jornada UNISUZ:"Educação, Cidadania e Responsabilidade Socioambiental"
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Sumário:
Sumário
ARTIGOS COMPLETOS ........................................................................................................ 13
A AÇÃO DO CHAMADOR COM ALUNOS DO 8°ANO COM OU SEM DEFICIENCIA, NA
MODALIDADE FUTEBOL DE CINCO...................................................................................... 14
A ANÁLISE SEMIÓTICA NA LETRA DE MÚSICA DE CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, COM
AÇÚCAR, COM AFETO, COM A INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL. ............................................. 25
A AUSÊNCIA DA DANÇA DENTRO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA....................................... 33
A CONTRIBUIÇÃO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NO DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES
MOTORAS FUNDAMENTAIS. ...................................................................................................... 43
A CORRIDA COMO FERRAMENTA PARA DESENVOLVIMENTO MOTOR EM CRIANÇAS EM
CRIANÇAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. ........................................................................... 51
A DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO DURANTE AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO FUTSAL
ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL II .................................................................................... 59
A FÁBRICA DE CHOCOLATES COMO ALTERNATIVA AO EMPREENDEDOR: UM PLANO DE
NEGÓCIOS NO RAMO ALIMENTÍCIO .......................................................................................... 70
A FILOSOFIA DE ENRIQUE DUSSEL COMO PRESSUPOSTO PARA UMA PEDAGOGICA .............. 76
A FRANQUIA COMO OPORTUNIDADE DE EMPREENDIMENTO: UM PLANO DE NEGOCIO NO
RAMO DE PISCINAS. ................................................................................................................... 86
A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ................... 95
A INFLUÊNCIA DA TV NAS ESCOLHAS DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PELAPRÁTICA DE
ESPORTES .................................................................................................................................. 103
A MÚSICA COMO CONTRIBUIÇÃO NA MOTRICIDADE GLOBAL DOS ALUNOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL I....................................................................................................................... 112
A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO PELA PERDA DE UMA CHANCE NA FASE DE
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO CÍVEL .......................................................................................... 122
A TRIBUTAÇÃO NO SISTEMA “CLOUD COMPUTING” E O PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N°
171/12 ....................................................................................................................................... 132
A VISÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE A INSERÇÃO DAS DANÇAS
CIRCULARES NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO ................................................................... 142
ANÁLISE DA RELAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA COM AS MÍDIAS .................... 154
PLANO DE NEGÓCIO: VISÃO E MÉTODOS PARA A CRIAÇÃO DE UMA EMPRESA DE
HIGIENIZAÇÃO A SECO ............................................................................................................. 166
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BULLYING: NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, NO ENSINO FUNDAMENTAL II ...................... 177
FAST FOOD SAUDÁVEL: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL DE EMPREENDIMENTO ....................... 188
PLANO DE NEGÓCIO – INDÚSTRIA DE EMBALAGENS METÁLICAS DECORATIVAS ................. 197
AS MENINAS NO FUTSAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................. 206
CARGAS FRACIONADAS EM OPÇÃO DE FRANCHISING, UM SEGMENTO EM ASCENÇÃO
REFLETIDO EM UM PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................... 217
DANÇA EDUCATIVA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL. ........... 226
ESCALADA INDOOR NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO CONTRIBUIÇÃO
NO DESENVOLVIMENTO MOTOR NO ENSINO FUNDAMENTAL ll ......................... 235
ESTRESSE E TRAUMAS OCORRIDOS NOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II APÓS
CABECEAR A BOLA DE FUTSAL ................................................................................................. 242
PROMOÇÕES DE FAIXAS NO JIU JITSU BRASILEIRO: EXISTE CRITÉRIO? ...... 252
A FRANQUIA COMO OPORTUNIDADE DE EMPREENDIMENTO: UM PLANO DE NEGOCIO NO
RAMO DE PISCINAS. ................................................................................................................. 264
GESTAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO E A NECESSIDADE DE SUA REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA .. 273
CONCEPÇÕES DA FORMAÇÃO CIDADÃ NA EDUCAÇÃO .......................................................... 284
O PAPEL DO EDUCADOR PARA FORMAÇÃO DO CIDADÃO NA CONCEPÇÃO
DOS PENSADORES DA EDUCAÇÃO .............................................................................. 302
EXPANSÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO: SANEANTES E PRODUTOS DE LIMPEZA....................... 315
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO .................................................... 324
JOGOS E BRINCADEIRAS COMO FACILITADOR DO APRENDIZADO NO ENSINO FUNDAMENTAL
I.................................................................................................................................................. 335
O CONFLITO NA COBRANÇA DE IMPOSTO EM ÁREAS IRREGULARES, A GARANTIA DO DIREITO
A MORADIA FRENTE AO PRÍNCIPIO “NON OLET”.................................................................... 344
O DESENVOLVIMENTO DA ESCALADA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL II...................................................................................................................... 351
O LÚDICO COMO FERRAMENTA FUNDAMENTAL PARA APRENDIZADO DA NATAÇÃO EM
CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL l ................................................................................. 362
O OLHAR DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA OS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
AUDITIVA/SURDEZ ................................................................................................................... 375
O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E O USO DA LIBRAS: UMA BREVE ANÁLISE. ................ 384
O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................. 394
O RÚGBI: UMA MOTIVAÇÃO PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL II? .................................................................................................................... 404
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O USO DA LIBRAS COMO FERRAMENTA NO ENSINO DOS JOGOS COOPERATIVOS ............... 416
TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS E SUA CLASSIFICAÇÃO HIERÁRQUICA
NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO. ........................................................................... 425
PLANO DE NEGÓCIO – INDÚSTRIA DE EMBALAGENS METÁLICAS DECORATIVAS ................. 435
PLANO DE NEGÓCIOS DE UM EMPREENDIMENTO DE PÃES INTEGRAIS ................................ 444
PLANO DE NEGÓCIOS: LOJA VIRTUAL – LUXOSMALTE............................................................ 452
RECONHECIMENTO DA LATERALIDADE EM MENINOS E MENINAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL I........................................................................................ 461
SEDENTARISMO EM ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR ............................................................. 470
A ANÁLISE SEMIÓTICA NA LETRA DE MÚSICA DE CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, COM
AÇÚCAR, COM AFETO, COM A INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL. ............................................... 479
Noções sobre a Linguagem e Ideologia ................................................................................. 480
Noções básicas de Análise do Discurso ............................................................................. 480
Figura 2: sentimentos e ideias .................................................................................................. 485
Enfim, pode-se dizer que essa canção provém de uma aguda observação da realidade, de uma
crítica sobre a realidade social e que as representações de gênero aqui verificadas ultrapassam
o que poderia ser mera reprodução de estereótipos banalizados ou naturalizados pelo senso
comum. Ao contrário disso, é a visão de alguém que está atento à realidade social, às relações
de poder presentes na sociedade e também atento às particularidades e subjetividades de
cada um. .................................................................................................................................... 485
Considerações finais .................................................................................................................. 485
Referências ................................................................................................................................ 486
TEORIA DE MASLOW .......................................................................................................... 487
UM PLANODE NEGÓCIOS NO RAMO FITNESS ......................................................................... 493
FOTOGRAFIA: UMA NOVA FORMA DE EMPREENDER ............................................................. 503
UM PLANO DE NEGÓCIOS DIRECIONADO A DECORAÇÕES DE AMBIENTES ROMÂNTICOS ... 512
IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. São Paulo. IBGE. Disponível em:
http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php. Acesso em: 10. Mar.2013. ........... 517
IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. São Paulo. IBGE. Disponível em:
http://www.censo2010.ibge.govbr/sinopse/index php?dado=2R&uf =35. Acesso em:
10.Mar.2013. ....................................................................................................................... 517
IPCBR.O consumo dos brasileiros ultrapassará a marca dos R$ 3 trilhões em
2013. São Paulo: IPCBR. Disponível em: http://www.ipcbr.com/ downpress/Release
_Imprensa_2013.pdf. Acesso em: 10.Mar.2013. .......................................................... 517
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PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA EKOBLOKO DE TIJOLOS ECOLÓGICOS MODULARES COM
REJEITO DE MÁRMORE ............................................................................................................. 519
PLANO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA EKOBLOKO DE TIJOLOS ECOLÓGICOS MODULARES COM
REJEITO DE MÁRMORE ............................................................................................................. 528
FOTOGRAFIA: UMA NOVA FORMA DE EMPREENDER ............................................................. 537
INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/2006 NO QUE TANGE À
VEDAÇÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA PARA O CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS ................. 546
A BOCHA ADAPTADA- MOTIVAÇÃO DE ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL DURANTE AS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................................... 557
A PRÁTICA DE JOGOS TRADICIONAIS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA CRIANÇAS DO
ENSINO FUNDAMENTAL I. ........................................................................................................ 567
O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................. 578
A SUTENTABILIDADE COMO ALTERNATIVA AO EMPREENDEDOR: UM PLANO DE NEGOCIO NO
RAMO DE AQUECEDOR SOLAR................................................................................................. 588
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS - Percepção de Melhoria com a Aplicação do
Treinamento ........................................................................................................................... 594
RESUMOSA OBRIGATORIEDADE DA NOTIFICAÇÃO E ANUÊNCIA DOS CÔNJUGES DOS
CONFRONTANTES NA RETIFICAÇÃO DE REGISTRO DO IMÓVEL ............................................. 604
A OBRIGATORIEDADE DA NOTIFICAÇÃO E ANUÊNCIA DOS CÔNJUGES DOS CONFRONTANTES
NA RETIFICAÇÃO DE REGISTRO DO IMÓVEL ............................................................................ 605
A AFETIVIDADE COMO PROCESSO FACILITADOR NA ALFABETIZAÇÂO NAS SÉRIES INICIAIS 606
A AFETIVIDADE NOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL ... 607
A ANÁLISE SEMIÓTICA NO DISCURSO LITERÁRIO: A LETRA DE MÚSICA DE CHICO BUARQUE
DE HOLLANDA, COM A INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL. ........................................................... 608
A CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL. .................................................................................................................................. 609
A CONTRIBUIÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL ... 610
Este trabalho tem por objetivo apresentar de forma sucinta sobre como identificar as práticas
pedagógicas na Educação Infantil e suas influencias. Explica como as práticas pedagógicas
refletem no desenvolvimento cognitivo.A leitura de referencial bibliográfico pertinente ao
tema propõe que as práticas pedagógicas contribuem muito para o desenvolvimento infantil.
Uma vez que nas creches as práticas educativas tornam-se imprescindíveis, já que nessa fase
os alunos estão em processo de desenvolvimento cognitivo. É necessário um olhar específico,
nesse processo onde o professor como mediador deve estar preparado e qualificado. Além de
comentar sobre o papel do professor no processo ensino aprendizagem. Este trabalho foi feito
por meio de pesquisas bibliográficas. Os resultados obtidos durante a pesquisa elucidam
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fatores determinantes da ação das praticas pedagógicas e concluem que a variação e a
diversificação das práticas refletem para o bom desenvolvimento das crianças que além de
receber amparo assistencial saem da escola com seus conhecimentos ampliados obtidos por
meio das praticas desenvolvidas. Conclui também a eficácia do papel do professor mediante a
ação dessas práticas. Assim acredita-se que as práticas pedagógicas na Educação Infantil visam
aumentar o repertório dos alunos propiciando um ambiente atrativo e estimulador, onde as
atividades precisam desenvolver no aluno o raciocínio e levar o mesmo a refletir e relacionar
as atividades com o seu cotidiano tornando-os participantes ativos de cada ação. Valorizando
assim a autonomia das crianças e auxiliando na preservação da identidade de cada um. ...... 610
A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NAS
SÉRIES INICAIS........................................................................................................................... 611
A DRAMATIZAÇÃO COMO AGENTE FACILITADORA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ...................... 612
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: CONCEITOS E POSSIBILIDADES NO TRABALHO DO
PROFESSOR. .............................................................................................................................. 613
A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO E SEUS DESAFIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA
MATEMÁTICA ........................................................................................................................... 614
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................................................................ 615
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ..................... 616
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL l .................................................. 617
A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................. 618
A INFLUÊNCIA DA AFETIVIDADE NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO. ................................. 619
A INFLUÊNCIA DA POESIA CONCRETA NA OBRA DE ARNALDO ANTUNES ............................. 620
A LEITURA FEITA PELO PROFESSOR COMO ESTRATÉGIA NA FORMAÇÃO DE LEITORES ........ 621
A LITERATURA INFANTIL COMO RECURSO PARA AQUISIÇÃO DA LEITURA NAS SÉRIES
INICIAIS. .................................................................................................................................... 622
LUDICIDADE COMO FACILITADORA DA AQUISIÇÃO DE APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS
ESPECIAIS. ................................................................................................................................. 623
A MATEMÁTICA E A MÚSICA ................................................................................................... 624
Faculdade Unida de Suzano – UNISUZ/UNIESP ............................................................. 624
A PERSPECTIVA DA LEGISLAÇÃO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NA REDE REGULAR DE ENSINO ........................... 625
A TRANSIÇÃO DO ALUNO COM SEIS ANOS DE IDADE DA PRÉ-ESCOLA PARA O PRIMEIRO ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................................................................... 626
Rosimeire Valéria da Silva [email protected] ................................................. 626
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ALFABETIZAR, COMO E QUANDO. ........................................................................................... 627
ALUNOS COMO ALVOS E VITIMAS DE VIOLÊNCIA VERBAL E FÍSICA ....................................... 628
APRENDENDO À APRENDER OS NÚMEROS RACIONAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL –CICLO I DA EDUCAÇÃO BÁSICA ................................................................ 629
Este trabalho tem por objetivo evidenciar dados pesquisados para o seu
desenvolvimento, que dispõe sobre os números racionais nos primeiros anos da
Educação Básica no Ensino Fundamental ciclo I, associados à questão do ensino da
matemática, reavaliando as práticas pedagógicas e recursos utilizados para o
desenvolvimento do aprendizado da matemática entre as crianças . Abordar esse
assunto de números fracionários nesta faixa etária é no mínimo desafiador para o
profissional desta área, uma vez que desde pequenas, as crianças, aprendem a
contar os números naturais sem ter consciência da existência dos números racionais ,
mesmo fazendo uso deles a todo instante em situações tanto no âmbito escolar,
familiar e social. Aprender a ensinar as frações de forma lúdica (sem que
necessariamente se abra mão dos esquemas matemáticos já praticados nas escolas
ou em livros didáticos),a fim de contextualizar e aproximar esse aprendizado abstrato
da linguagem matemática ao aprendizado concreto já vivenciado por elas em
situações rotineiras ( preço dos produtos nos comércios, divisão ou repartição de
lanches , moedas de centavos, outros ), enfim; ensinar frações sobre o olhar
indagador da criança, exige do educador, envolvimento com a educação, disposição à
interação dos conhecimentos já existentes nas crianças; criando não apenas
oportunidades de construção do aprendizado, mas também contextualizando este
aprendizado de forma que tenha significado na vida delas . ......................................... 629
Palavras chave:Ensino Fundamental; Números racionais; Lúdica; Experiências
vividas. ..................................................................................................................................... 629
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIOS DE ORGANIZAÇÃO DE
EVENTOS, NO RAMO DE ASSESSORIA DE CASAMENTOS, ANIVERSÁRIOS E EVENTOS
CORPORATIVOS. ....................................................................................................................... 630
ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE 4 A 5 ANOS ....................................................... 631
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM RELAÇÃO AO ALUNO SURDO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES.
................................................................................................................................................... 632
PLANO DE MARKETING PARA EMPRESA BRICOLAV ................................................................ 633
O BULLYNG NO AMBIENTE ESCOLAR E A IMPORTÂNCIA DE UM DIAGNÓTICO PRECOCE: UMA
REVISÃO .................................................................................................................................... 634
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIO PARA PRODUÇÃO E
COMERCIALIZAÇÃO DE CADEIRAS DE RODAS ......................................................................... 635
DIÁLOGOS ONLINE. AS INTERSEMIOSES DO FACEBOOK ......................................................... 636
DISLEXIA: DESAFIOS NO CONTEXTO ESCOLAR ........................................................................ 637
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ENSINAR A COMPREENSÃO HUMANA: OS VALORES ÉTICOS NAS SÉRIES INICIAIS. .............. 638
ESCRITA DO ALUNO – SONDAGEM, O QUE É ISSO ? ............................................................... 639
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIOS, VOLTADO A ESCRITÓRIO DE
CONTABILIDADE. ...................................................................................................................... 640
ESTUDO DE VIABILIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE UMA INDÚSTRIA NO RAMO VIDREIRO
(VC VIDROS LTDA)..................................................................................................................... 641
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIO DE BARES/RESTAURANTES .... 642
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIO NO RAMO DE PET SERVICE. ... 643
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIOS, VOLTADO A ESCRITÓRIO DE
CONTABILIDADE. ...................................................................................................................... 644
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DO CURSO DE
CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO RAMO DE CAFETERIA. .................................................................... 645
EXATA CONTABILIDADE – PLANEJAMENTO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CONTÁBEIS ........... 646
O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NUMA PERSPECTIVA AFETIVA ENTRE O PROFESSOR E
OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL...................................................................................... 647
GESTÃO DEMOCRÁTICA ................................................................................................... 648
HISTÓRIA DE VIDA DE UMA PROFESSORA DE MATEMÁTICA ................................................. 649
Palavras-chaves: História de Vida; Formação de Professores; Saberes Docentes A
CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ... 649
A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 650
CONSUMIDOR INFANTIL........................................................................................................... 651
INTERTEXTOS E INTERDISCURSOS ENTRE SHERLOCK HOLMES E ED MORT ........................... 652
JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................. 653
JOGOS MATEMÁTICOS COMO RECURSO DIDÁTICO ............................................................... 654
LIDERANÇA ........................................................................................................................... 655
LOGARITMOS PRA QUÊ? .......................................................................................................... 656
LÚDICO: A IMPORTÂNCIA DE JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE
ENSINO/APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................................... 657
A PRODUÇÃO DE SIGNIFICADOS NO ENSINO DE ÁLGEBRA NUMA PERSPECTIVA
VYGOTSKYANA ......................................................................................................................... 658
METODOLOGIAS COMO SOLUÇÃO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA ................................. 659
NOVAS TECNOLOGIAS E A DIDÁTICA DA HISTORIA NO ENSINO FUNDAMENTAL.................. 660
NÚMEROS INTEIROS ................................................................................................................. 661
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O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: REFLETINDO SOBRE ESSA PRÁTICA. ........................... 662
O DISCENTE NO PROGRAMA DA ESCOLA DA FAMÍLIA: O ENSINO DE LIBRAS NA
COMUNIDADE OUVINTE........................................................................................................... 663
O DISCURSO POLÍTICO PRESENTE NO EPISÓDIO “VOCÊ NÃO MERECE VIVER COMO UM
ÁRBITRO” DE OS SIMPSONS ..................................................................................................... 664
O ENSINO DE FUNÇÕES ATRAVÉS DE SITUAÇÕES-PROBLEMA: A MODELAGEM MATEMÁTICA
DO FENÔMENO DA DILATAÇÃO TÉRMICA DE LÍQUIDOS. ....................................................... 665
O IMPACTO DA RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO NO ENSINO FUNDAMENTAL I ..... 666
O IMPACTO DA RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO NO ENSINO FUNDAMENTAL IDific
................................................................................................................................................... 667
O IMPACTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NA ECONOMIA BRASILEIRA E SEU
ATENDIMENTO AS FAMILIAS CARENTES NOS ÚLTIMOS 10 ANOS.......................................... 668
O LÚDICO COMO FACILITADOR NO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL .... 669
O RESGATE DAS CANTIGAS DE RODA PARA O DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE DO 1° ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL I ................................................................................................... 670
O TEATRO COMO PRÁTICA DOCENTE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...... 671
ORFEU DA CONCEIÇÃO: UM ESTUDO DA TRAGÉDIA NA OBRA DE VINÍCIUS DE MORAES .... 672
OS BENEFICIOS DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................................................................................ 673
OS JOGOS LÚDICOS COMO RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL ................................... 674
PLANEJAMENTO EMPRESARIAL ............................................................................................... 675
PLANO DE NEGÓCIO ................................................................................................................. 676
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIO NO RAMO DE ALIMENTAÇÃO.
................................................................................................................................................... 677
LEITURA EM VOZ ALTA: A POSTURA DO PROFESSOR ............................................................. 678
PROJETO INTEGRADOR DA EMPRESA FESTA CHOPP ........................................... 679
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL ......................................................................................... 680
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA NA 4º SÉRIE/ 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL I....................................................................................................................... 681
A PARTICIPAÇÃO EM CONJUNTO DA FAMÍLIA E ESCOLA NA QUALIDADE DE ENSINO DO
ENSINO FUNDAMENTAL 1 ........................................................................................................ 682
ESTUDO DE VIABILIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE UMA EMPRESA NO RAMO DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA (DK CONSULTORIA TRIBUTÁRIA LTDA) ........... 683
SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO DE ATELIER CERÂMICO DE ESTILO ORIENTAL .............. 684
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PROJETO DE NEGÓCIO: UMA EMPRESA CALÇADISTA ............................................................. 685
INFORMATIZAÇÃO DE SISTEMA DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE ....................................... 686
O USO DA TECNOLOGIA MOBILE PARA O ENTRETENIMENTO ................................................ 687
PROJETO ECOUNISUZ ............................................................................................................... 688
SISTEMA DE APOIO A GESTÃO E AGENDAMENTO DE CONSULTAS EM PET SHOPS ............... 689
SISTEMA DE GESTÃO DE CEMITÉRIOS VERTICAIS .................................................................... 690
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIOS DE ORGANIZAÇÃO DE
EVENTOS, NO RAMO DE ASSESSORIA DE CASAMENTOS, ANIVERSÁRIOS E EVENTOS
CORPORATIVOS. ....................................................................................................................... 691
SALA DE RECURSO MULTIFUNCIONAL: DESAFIOS E DIFICULDADES .............. 692
SISTEMA DE GESTÃO DE TREINAMENTO PARA CALL CENTER ................................................ 693
PROJETO INTEGRADOR DE MARKETING: Sol FASHION ........................................................... 694
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA EMPRESA CASTELO DAS CORES ...................................... 695
TRANSFORME SUAS IDEIAS EM UMA EMPRESA DE SUCESSO. ............................................... 696
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE .................................................. 697
UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DE
SÃO PAULO ............................................................................................................................... 698
VIABILIDADE ECONÔMICA FINANCEIRA .................................................................................. 699
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO
INFANTIL ................................................................................................................................... 700
A SUSTENTABILIDADE COMO ALTERNATIVA AO EMPREENDEDOR: UM PLANO DE NEGOCIO
NO RAMO DE AQUECEDOR SOLAR .......................................................................................... 701
INDISCIPLINA DA SALA DE AULA, NA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL I, COM ENFOQUE NO 1°
ANO. .......................................................................................................................................... 702
O USO DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO COGNITIVO DOS ALUNOS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................................................................ 703
A MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM .......................................................... 704
A LITERATURA INFANTIL COMO RECURSO PARA AQUISIÇÃO DA LEITURA NAS SÉRIES
INICIAIS. .................................................................................................................................... 705
O JOGO E A BRINCADEIRA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................................................................ 706
A POSTURA ÉTICA DO EDUCADOR DIANTE DAS DIVERSIDADES CULTURAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL I....................................................................................................................... 707
A DANÇA COMO HABILIDADE CINESTÉSICA PARA O ALUNO SURDO ..................................... 708
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SURDEZ: REDIRECIONAMENTO DO OLHAR PEDAGÓGICO ...................................................... 709
TÍTULO: ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIOS NO RAMO CALÇADISTA
................................................................................................................................................... 710
O IMPACTO DA RELAÇÃO AFETIVA PROFESSOR E ALUNO NO ENSINO FUNDAMENTAL I. .... 711
ESTUDO PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE NEGÓCIO NO RAMO DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS RELACIONADOS À BUFFET. ...................................................................................... 712
O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA
PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA. .............................................................................................. 713
PROJETO INTEGRADOR DA EMPRESA FESTA CHOPP ........................................... 714
O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA
PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA. .............................................................................................. 715
A INCLUSÃO EDUCACIONAL DA CRIANÇA SURDA NAS SÉRIES INICIAIS ................................. 716
A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS.
................................................................................................................................................... 717
Estratégias de Leitura na formação da competência leitora para alunos do 9° ano do ensino
fundamental II .......................................................................................................................... 718
COMPETÊNCIA E HABILIDADE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA COM ALUNOS SURDOS NA SALA
REGULAR DE ENSINO ................................................................................................................ 719
A PRESENÇA DA CRIANÇA COM TDAH NA ESCOLA E A PROPOSTA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA
................................................................................................................................................... 720
A DIVERSIDADE DE GÊNEROS LITERÁRIOS QUE CIRCULAM NO ÂMBITO ESCOLAR ............... 721
JORNAL ESCOLAR: A MÍDIA COMO UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR NO CONTEXTO DE
UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS ................................................................................................ 722
A FUNÇÃO DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL ................................................................................................................................... 724
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL......................................................................................... 725
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A AÇÃO DO CHAMADOR COM ALUNOS DO 8°ANO COM OU
SEM DEFICIENCIA, NA MODALIDADE FUTEBOL DE CINCO
Gleison Silva Alves –[email protected]
Ronaldo Gonçalves de Oliveira email - [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira, email –[email protected]
Faculdade Unida de Suzano
UNISUZ/UNIESP
RESUMO
Este trabalho apresenta elementos que auxiliam na pratica do futebol de cinco
para deficientes visuais ou não. Nos dias atuais falar da inclusão social e
bastante comum no meio educacional e na sociedade, no entanto, como
educadores sabemos que para efetivar esta inclusão e mais complicado do que
pensamos, ou seja, a falta de profissionais capacitados e outros fatores como o
preconceito que contribuem para não realização.com isso o objetivo de nosso
estudo foi analisar a ação do chamador com alunos do 8°ano com ou sem
deficiência na pratica do futebol de cinco. a inclusão do deficiente visual na
pratica do futebol de cinco nos permite trabalhar com elementos fundamentais
para o seu desenvolvimento, pois neste esporte podemos trabalhar com o
posicionamento de corpo, questões de seguranças, ou seja, à partir do
momento que o aluno está praticando esta modalidade ele se sente mais
confiante pois o mesmo terá uma postura melhor, melhorando a coordenação
motora, locomoção, a afetividade e a psicomotora que faz que tenha um
interação social. Em relação à questão do futebol de cinco foi aplicado um
método de analise com questionário sobre a ação do aluno o chamador guia
que é fundamental para que o educando sinta se mais seguro no seu
desenvolvimento, pois é ele quem guia e orienta nas atividades e nas suas
ações. Conforme foi analisado nos resultados e discussões que confirma as
nossas pesquisas que a inclusão de alunos com DV nas aulas necessita de
apoio tanto do professor quanto dos pais.
PALAVRA CHAVE: Futebol de cinco; Ensino Fundamental; Deficientes
Visuais.
INTRODUÇÃO
Quando o assunto é inclusão social todo cidadão tem alguma coisa pra
falar, no entanto na pratica é raro vermos alguém contribuindo para que essa
inclusão seja real, afinal a nossa sociedade não esta preparada para conviver
com crianças com alguma deficiência não só pelo fato de condições estruturais,
mas emocionais, ou seja, alem do fato que não disponibilizamos de espaço
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físico adequado para acolher essas crianças existe o preconceito, por não
saber como fazer ou lidar com tal situação dificultando o processo inclusivo.
Pensando nesses fatores e sabendo que o Brasil é conhecido como o
país do futebol, com base nessa idéia escolhemos o futebol de cinco, mesmo
que não sendo conhecido pela maioria da população é considerada uma
potencia nessa modalidade. Sendo assim podemos considerar que é possível
desenvolver um trabalho sobre inclusão relacionado a essa modalidade para
deficientes visuais integrando-o a sociedade e amenizando o pré-conceito
existente em nosso país, não apenas no contexto escolar, mas em vários
segmentos da nossa sociedade.
Reforçando essa idéia temos Castro (2005) corrobora com o relato
acima dizendo, que a Atividade Física para alunos com deficiências, é como
um corpo de conhecimentos, dirigido à identificação e solução de problemas
psicomotores, ao longo do período, esses problemas podem ter origem nos
indivíduos, no entanto, só se tornam visíveis, à medida que as demandas de
tarefas, não são satisfeitas, devido a limitações ou atrasos nas atividades
aplicadas.
Sendo assim por meio do futebol de cinco os alunos com algum tipo de
deficiência visual podem desenvolver outros sentidos, como o tato, olfato e
audição, este contribuir de forma acentuada para as questões corpóreas e de
locomoção, pois muitos apresentam algumas limitações, como má postura,
coordenação motora, locomoção insegura, socialização etc.
De acordo com Souza (2002) a importância da prática do futebol de
cinco é o aprendizado do posicionamento do corpo e a orientação de um tutor
chamador durante o jogo, até mesmo por questão de segurança, pois os
choques são inevitáveis e todos devem estar preparados para impedi-los, ou
melhor, absorvê-los. Já a orientação deve ser para que o aluno discrimine os
tipos de sons e também se habitue a dar atenção ao seu técnico, ao chamador
(posicionado atrás do gol adversário) e ao goleiro (no setor de defesa). Sobre o
posicionamento corporal, um dos braços deve manter-se à frente do tronco, à
altura do peito e a cabeça em posição erguida.
Reforçando essa idéia temos que estudiosos que afirmam que existem
algumas conseqüências que prejudicam o desenvolvimento motor, sendo
essas as restrições de oportunidades que o deficiente pode ter, existe ainda os
aspectos psicológicos, como a baixa auto-estima, e a super proteção, que
ocorre em algumas famílias, causando atrasos na suas capacidades motoras,
cognitivas e sociais.
Oliveira (2006) concorda com a idéia do autor referido acima que a
pessoa com deficiência visual, a interação com o mundo deverá se feita pela
percepção tátil através de um tutor chamador, por ela ser mais analítica e lenta,
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e pela audição que propiciará uma percepção à distância, ausente na
percepção tátil, a audição dará condições de a pessoa cega orientar-se mesmo
afastada de um lugar ou objeto e fornecendo dados para a ação independente,
enquanto no sujeito com baixa visão este sentido funcionará como apoio, ao
resíduo visual.
É importante ter o sistema de apoio sempre que necessário ao seu lado
seja ele um professor, tutor/chamador ou pais do aluno com deficiência visual.
No caso da modalidade futebol de cinco existe o chamador, ou seja, um
auxiliar, que durante o jogo orienta os jogadores na questão da locomoção com
a bola.
O professor de Educação Física pode adequar um plano de aula a partir
das particularidades de cada indivíduo, respeitando a diversidade de cada um e
auxiliando-os para uma vida independente sem qualquer tipo de diferença.
Partindo dessa idéia acreditamos que o deficiente físico que está envolvido
nesse esporte consegue interagir mais facilmente com a sociedade, pois ele se
sente seguro diante dos obstáculos encontrados no dia-dia. Reforçando nossa
idéia temos a afirmação de Ribeiro (2001) que a inclusão proporciona a
participação de pessoas com deficiência em ambientes que eram considerados
exclusivos, sob este aspecto é interessante que o professor de educação física
possa compreender o processo pelo qual a inclusão ocorre. O esporte pode
viabilizar uma ação inclusiva, e que as atividades esportivas fizeram e ainda
fazem parte do processo de construção do homem no seu meio cultural, a
inclusão através da prática da atividade esportiva pode ser efetivada a partir da
compreensão de possibilidades de jogar.
De acordo com Carvalho (1998) reforçando essa idéia de que todas as
pessoas têm o direito de ir para a escola, sem exceção, devem participar de
uma vida acadêmica, seja ela em escolas publica ou particular em um ensino
regular onde deve ser desenvolvido o trabalho pedagógico que sirva a todos,
precisando que haja uma grande importância na participação de todos os
alunos na construção deste processo, contribuindo de forma global para seu
melhor desenvolvimento tanto cognitivo, afetivo ou psicomotor do educando
com deficiência.
O professor de educação física ao lecionar para um aluno com
deficiência visual, não pode esquecer que ser deficiente não é um fator
limitador nas aulas de Educação Física. Assim o Deficiente Visual, ou que
tenha baixa visão pode fazer todos os movimentos que os demais alunos, isso
requer alguns cuidados, algumas adaptações como muda a cor da bola por um
tom que tenha contraste, mas forte, ou bolas sonoras para facilitar a percepção
através do som, para saber se esta próxima do objeto ou sua localidade Alem
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da possibilidade de comando (cinestésicos), ou seja, o toque no aluno e o
auditivo para ter maior percepção.
O objetivo deste trabalho foi analisar a ação do aluno chamador (orienta
o deficiente visual ou não o vendado na locomoção da bola), na modalidade
Futebol de cinco, e com base nas suas orientações que é desenvolvida durante
atividade no processo de inclusão.
MÉTODO
Segundo Lakatos; Marconi (2007) pesquisa de campo é aquela utilizada
com o objetivo de conseguir informação e/ou conhecimentos acerca de um
problema, para qual se procura uma resposta, ou de hipótese, que se queria
comprovar, ou, ainda descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
AMOSTRA: Foi composta por 10 chamadores, alunos de salas, de uma escola
da rede publica estadual da cidade de Itaquaquecetuba, 8°ano que participarão
das aulas pratica do futebol de cinco como conteúdos escolares, todos os
indivíduos da amostra têm entre 13 e 14 anos do sexo masculino.
INSTRUMENTO: Foi utilizado o manual de procedimentos pedagógicos no
tratamento com o deficiente visual do Sesi-SP, (2013) para os chamadores dos
alunos que serão vendados, após a explicação para os alunos da modalidade
de Futebol de cinco, os alunos que serão chamadores terão que responde um
questionário para coletas de dados como procedimentos pedagógicos.
PROCEDIMENTO: O procedimento de execução primeiramente foi com a
direção da escola, após entrega o termo de consentimento livre e esclarecido
(TCLE) para que os pais dos alunos assinem e autorizem o aluno a participar
da pesquisa. Em seguida aplicarei um questionário para os alunos que
desempenharam a função de chamador no futebol de cinco.
Foi feita uma análise sobre escola que desenvolve um trabalho de
inclusão de pessoas deficientes, para que possamos fazer a escolha da escola
priorizamos os seguintes aspectos: a) possuir aluno com deficiência física e/ou
visual, pois serão avaliadas estas questões pelo qual os objetivos e interesses
desta pesquisa.
Foram escolhidos 10 chamadores da turma do 8°ano para modalidade
de futebol de cinco, explicaremos as regras aos alunos na sala também na
quadra durante o jogo, estes alunos serão observados quanto ao cumprimento
ou não dos procedimentos pedagógicos com o deficiente visual ou não. Na
aula seguinte será realizada uma explanação sobre a modalidade futebol de
cinco e novamente foi feita uma atividade para maior percepção do aluno
chamador.
PLANO DE ANÁLISE DE DADOS:
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Foi feita a coleta de dados, realizamos o confronto entre os dados
obtidos e discussão com os autores selecionados a fim de verificarmos alguma
mudança de comportamento.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Gráfico 1. Como você enquanto chamador avalia o desempenho do aluno
deficiente ou não nas aulas de Educação Física (na pratica do futebol de
cinco)?
80%
60%
40%
20%
0%
Se encontram inseguros A falta de empenho no
aluno
Maior dificudade de
locomoção
De acordo com Oliveira (2013) É importante que o professor adote
meios que perceba se o DV é adotado de técnicas de condução, para que na
hora de se locomover durante o jogo venha favorecer seus desempenhos nas
atividades deixando de lado a sua insegurança.
Com base nessa idéia podemos considerar que o professor tem que
adotar técnicas de treinamentos para facilitar o aprendizado do aluno nas aulas
praticas para que ele se sintam mais seguro em se locomover perdendo o
medo que dificulta a sua locomoção.
Gráfico 2. Como que o chamador pode influenciar no jogo de futebol de cinco
para aluno deficiente ou não vendado?
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90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Não sabe
Atraves da batidas na
trave e a utilização da
bola com quizos
Atraves da fala e de
utilização de objetos
De acordo com Carvalho (2012) O professor que realiza trabalho com
pessoas com deficiência visual, seja cego ou de baixa visão, destaca que num
primeiro momento o processo de informação verbal é muito importante, pois
está associado aos movimentos do corpo do professor. Com o passar do
tempo os movimentos serão associados aos obstáculos e as informações
verbais passarão a ser menos importantes.
Partindo desta idéia consideramos que através de um bom dialogo com
o aluno DV com explicações claras e informações que faça o educando se
sentir mais seguro e sempre que for sai de perto dele sempre comunicá-lo para
estabelecer um laço de confiança entre o professor e o educando.
Gráfico 3. Você como chamador qual métodos e equipamentos sonoros são
utilizados para obter melhor percepção do aluno deficiente ou não?
80%
60%
40%
20%
0%
Atraves da fala e de
objeto sonoros
Dizem que a batida na
trave e a utilização da
bola com quizos
Fazer o
reconhecimento do
local
Com base nos resultados apontados no gráfico fica claro que é de
extrema importância que o professor de educação física faça o reconhecimento
do espaço que vai ser desenvolvido as atividades com o educando deficiente
visual para que se sinta mais seguro na aula pratica com isso o educando
consegue se locomover sem medo do desconhecido por conhecer o local
previamente.
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Para reforçar nossa idéia temos Mataruna (2005) que afirma que é
necessário que o professor de educação física desenvolva o trabalha de
fundamental importância e de princípios básicos que se faça o reconhecimento
do local a onde será inserida as atividades dessa maneira pode facilitar o
desenvolvimento do educando nas aulas praticas reconhecendo as trajetórias
por onde deve se locomover e pela as marcações que foram adaptadas.
Gráfico 4. Você executa comandos auditivos claros para deixa o deficiente
visual ou não o vendado para deixá-lo mais confiante?
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Não sabe responder
Atraves da fala
De acordo com Carvalho (2012) O professor pode realizar um trabalho
com deficiência através dar fala e deverá estar sempre atento para suprir as
informações visuais para o educando. Ao aproximar-se ou afastar-se do grupo,
deverá informar suas ações, sendo que com o tempo o grupo vai sentindo
maior segurança, dispensando-se, assim, informações mais detalhadas.
Com base na pesquisa é na idéia do autor acima é de fundamental
importância que o professor de educação física junto com o chamador
desenvolva um trabalho de comando de voz com o aluno DV para que tenha
uma melhor percepção auditiva durante as atividades na aula pratica.
Gráfico 5. Qual o método que você utiliza para explicar os movimentos por
meio sonoros para o deficiente visual ou não obter melhor desenvolvimento na
pratica do futebol de cinco?
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Atraves da fala e com
simples explicações
Com equipamentos
sonoros
Não souberam
responder
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De acordo com Diehl ( 2006). Afirma que o professor deve estar ciente
que o comando verbal é o primeiro contato para boa relação com o educando
que tem DV e com explicações de forma simples e objetivas, não mudar o local
da atividade, para que o aluno não perca a direção da origem e das
informações que já foram adquiridas, quando o comando verbal não for
suficiente, poderão passar as informações através do tato, ate que tenha
autonomia, orientando sobre o espaço físico onde estão os materiais da
quadra, para que organize seu mapa mental.
É de fundamental importância que o professor de educação física utilize
de métodos de aprendizagem com o educando com falas simples clara e
objetivas de modo que facilitar o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e
psicomotor do aluno com deficiência visual.
Gráfico 6. Quais estratégias você utiliza para explicar as ações condutivas
para os alunos deficientes ou não?
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Atraves da fala e do
toque
1° fazer a demarcação
do local e depois o
reconhecimento
Não sabe responder
O professor de educação física antes de conheça as atividades com o
educando deve primeiramente fazer a demarcação do local e depois o
reconhecimento isso é de uma fundamental importância na pratica do futebol
de cinco.
Com base nessa idéia temos Cidade, Freitas (2002), que defende que é
de fundamental importância que o professor faça as demarcações necessárias
do local e depois o reconhecimento para assegurar-se de que o educando
estejam familiarizados com o espaço físico, percursos, inclinações da quadra.
Estas informações são úteis, pois previnem acidentes, lesões e quedas. É
importante que toda instrução seja verbalizada, dando possibilidade para que o
DV se sinta mais seguro nas atividades proposta.
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Gráfico 7. Qual a maneira mais adequada que o professor junto com o
chamador deve adotar para possibilitar o conhecimento do local, com
explicação verbal e pelo tato para que o deficiente se sinta mais seguro?
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Com orientações
atraves da fala em
direta e esquerda e
com as demarcações
do local
Com fala clara e
objetiva
De maneira objetiva e
com a demarcação do
local
É fundamental que o professor esteja sempre falando e orientando o
tempo todo o educando com deficiência visual, porque senão o educando ficar
sem a noção a onde estar se sentindo inseguro para atividade.
Defendendo essa idéia temos Fonseca (2004) Afirma que desenvolver
um trabalho de inclusão com aluno com deficiência requer muito esforço mais
ao final de um desempenho prolongado chegaremos ao êxito, por isso é valido
sempre estarmos orientando-os nas aulas de educação física.
Gráfico 8. Enquanto chamador como deve agir no momento em que você for
distanciar do aluno deficiente visual ou não?
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Devo comunica o aluno
Devo informa ao
que vou sai
deficiente que vou se
retira
Não souberam
responder
O profissional que desenvolver um trabalho de inclusão de alunos com
deficiência visual deve toma algumas precauções com o educando antes de se
sai de perto devesse comunicá-los que estará se retirando para que ele não
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fique perdido falando sozinho pensando que esta na companhia do seu
professor.
Reforçando essa idéia temos Mataruna (2005), que afirma que tanto
guia quanto o professor de educação física deve toma alguns cuidados com DV
na hora de se retira de perto dela comunicado o educando que precisa sai para
que não fique falando sozinho e nem perdido no lugar a onde foi deixado.
Considerações finais.
O objetivo deste estudo foi verificar a ação do aluno chamador ( que
orienta o deficiente visual ou não o vendado na locomoção da bola), na
modalidade Futebol de cinco, e com base nas suas orientações que é
desenvolvida durante atividade no processo de inclusão.
Em relação à inclusão de alunos com deficiência visual nas aulas de
educação física com a interação dos alunos do 8°ano do ensino fundamental
na rede publica de ensino na pratica da modalidade de futebol de cinco. Neste
trabalho foi utilizado um questionário do SESI/SP com adaptações para o
futebol de cinco com resultado satisfatório de acordo com a pesquisa que foi
realizada com aluno deficiente visual ou não avaliando a ação do chamador.
Conclui-se que de acordo com este pesquisa que é de fundamental
importância a presença de um chamador guia na pratica da modalidade do
futebol de cinco para que o professor possa desenvolve um trabalho com os
alunos com ou sem deficiência nas aulas de educação física trazendo mais
segura e conforto para o educando.
Referenciais
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NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA; Universidade de Brasília – Polo
Ariquemes – RO. 2012.
CARVALHO, Rosita edler; Temas em Educação Especial. Rio de Janeiro:
WVA. 1998.
CASTRO, Maurberg de. Atividade física adaptada. Ribeirão Preto: Tecmedd,
2005
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inclusão: considerações para a prática na escola. In: Integração: educação
física adaptada. Brasília: MEC/SEF, 2002.
DIERHL, Rosilene Moraes. Jogando com as diferenças: jogos para crianças
e jovens com deficiências. São Paulo: Phorte, 2006.
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FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade: perspectivas multidisciplinares. Porto
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MATARUNA, Leonardo et al. Inclusão social: esporte para deficientes
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PÁTRIA, Claudinei Marques da, FLORÊNCIO, Ronaldo Pazini. Divisão de
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SESI-SP editora, 2013
OLIVEIRA FILHO, Ciro Winckler, et al; As relações do jogo e o
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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamento de
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RIBEIRO, Samuel. Inclusão e esporte: um caminho a percorrer. In:
Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada. Temas em educação
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SOUZA, Ramon Pereira de; Futsal para cegos: uma proposta para a
iniciação. Futsal brasil. com. br, 2002.
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A ANÁLISE SEMIÓTICA NA LETRA DE MÚSICA DE CHICO
BUARQUE DE HOLLANDA, COM AÇÚCAR, COM AFETO, COM
A INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL.
Andréa Castro Silva- [email protected] - Faculdade Unida de Suzano
UNISUZ/UNIESP.
Resumo
Este trabalho tem como base a análise Semiótica voltado à canção de
Chico Buarque de Hollanda, utilizando a semiótica francesa como arcabouço
teórico para desvendar os mecanismos e procedimentos que constroem os
efeitos de sentido no texto. Interessa-nos particularmente a apreensão de
figurativização, Temporalização, Espacialização e Tematização que nele se
tecem. O texto é analisado não só do ponto de vista de sua estruturação
interna, mas também de suas relações com o contexto. Com objetivo de
analisar a canção como objeto Semiótico, apresentando, na canção as formas
discursivas dos sentidos e dos valores ideológicos considerando o texto como
um todo de significação, e evidenciando a visão de mundo da sociedade
brasileira em relação à canção. A metodologia utilizada foi dedutiva e o
procedimento, o de compilação. As leituras feitas subsidiaram as análises e
permitiram a relação de alguns valores que subjaz a canção.
Palavras chave: Semiótica; Estrutura Superficial; Estrutura Narrativa; Estrutura
Profunda; Canção MPB; Chico Buarque;
Introdução
O tema deste trabalho apresenta como base a análise Semiótica
direcionado a música de Chico Buarque de Hollanda. A Semiótica como a
ciência da Significação está inserida dentro da área de linguística, sendo esta
uma área de extremo valor por tratar de assuntos concernentes a todo e
qualquer tipo de linguagem. A pesquisa irá possibilitar uma melhor reflexão
acerca da linguagem e também a compreensão das produções discursivas
presente na letra de música.
Na elaboração do primeiro capítulo foram utilizados autores que
explicitaram todas as concepções sobre os estudos linguísticos, passando pelo
campo da ideologia, linguagem, análise do discurso, discurso literário e
semiótica.
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Já no segundo capítulo houve a elaboração da análise utilizando os
teóricos apresentados numa junção em relação à Semiótica e a letra de música
selecionada, mostrando a produção discursiva existente. Trazendo a
compreensão da letra, apresentando riquezas discursivas implícitas e
explicitas, e os percursos de ação, manipulação, sansão, suas personagens, as
espacialização, temporalização, tematização e na estrutura mais profunda com
suas tendências contrarias definindo a tensão dialética, mostrando assim os
sistemas de valores na semântica profunda.Seguem as Considerações Finais e
Referências.
O objetivo é analisar por meio do percurso gerativo de sentido a letra
Com açúcar, Com afeto de Chico Buarque de Hollanda, relacionando as
estruturas narrativas, discursivas e profundas, mostrando como cada discurso
é apresentado e a verdadeira mensagem deixada por ela.
Metodologia
A metodologia utilizada no presente artigo é a dedutiva tendo em vista a
racionalização de ideias em sentido interpretativo partindo de dados gerais
para particulares, com isso podemos apontar que a aplicação da Semiótica na
música de Chico Buarque acarretará o leitor a localização dos valores
ideológicos e a produção discursiva existente.
Noções sobre a Linguagem e Ideologia
Inicia-se esta pesquisa trazendo as considerações de linguagem e ideologia,
definindo a necessidade do ser humano em viver em sociedade utilizando a
fala.
Segundo Fiorin (1998), a fala é a exteriorização psicofísico-fisiológica do
discurso, sendo o ato concreto, e individual de manifestação da linguagem.
Para viver em sociedade o homem utiliza um sistema para se comunicar, unido
com seus conhecimentos de mundo, por meio deste sistema interage com seus
semelhantes, compartilhando da mesma cultura, formada pela ideologia.
Constituída pela realidade e constituinte da realidade. Não é um
conjunto de ideias que surge do nada ou da mente privilegiada de
alguns pensadores. Por isso, diz-se que ela é determinada, em última
instância, pelo nível econômico. (FIORIN, 1998, p. 29).
Segundo Fiorin (1998),a semântica discursiva é o campo da determinação
ideológica propriamente dita.
Noções básicas de Análise do Discurso
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Ao dissertar sobre linguagem e ideologia, vem à necessidade de entrar
no campo dos textos, o discurso. Nos textos são demonstradas as formas
discursivas dos sentidos e dos valores ideológicos. Para isso será necessário o
aprofundamentona análise do discurso, que é uma teoria Linguística, que visa
a estudar as produções textuais, buscando em cada uma delas o objeto de
sentido.
Para Orlandi (2002), a palavra discurso, etimologicamente, tem a ideia
de curso, de percurso, é a palavra em movimento, isto é, observar o ser
humano falando, compreendendo a língua fazendo sentido através da história,
na vida social. Por meio da análise do discurso a linguagem torna-se mediação
entre o homem a realidade natural e social, considerando a produção de
sentidos enquanto parte de suas vidas. Colocando assim, a análise do discurso
entre a Linguística e as Ciências Sociais.
Orlandi diz que para compreender o funcionamento do discurso, isto
é, para explicitarmos as suas regularidades, é preciso fazer intervir a
relação com a exterioridade, ou seja, compreendermos a sua
historicidade, pois o repetível a nível do discurso é histórico e não
formal (ORLANDI, 2004, p. 29).
Em suma, Orlandi (2004) mostra que a análise do discurso tem função
da linguagem com a exterioridade conhecendo os sentidos trabalhados nos
textos em sua discursividade, do qual transforma a noção de linguagem em sua
forma material, deslocando a própria noção de social, histórico e ideológico.
Noções básicas do Discurso Literário
Após ser definida a análise do discurso, será estudado o discurso
literário para mais entendimento das formas discursivas dos sentidos e dos
valores ideológicos considerando o texto como um todo de significação.
Bertrand (2003) considera o texto propriamente dito como um todo de
significações que produz condições contextuais de sua leitura, e que o texto
ditoliterário, diferente dos outros textos, incorpora seu contexto e contém em si
mesmo o seu código semântico atualizado por seu leitor, indiferente das
intenções do seu autor, trazendo condições de ser legitimado.
Bertrand (2003) afirma que o escritor ao redigir consegue tornar-se
estrangeiro em sua própria língua, deixando possibilidades inéditas não
percebidas antes, forçando a se tornar outra. Mostrando que o texto literário
exerce na naturezauma função crítica sobre a língua em relação a si mesma
em cada obra.
Noções básicas da Semiótica
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Nesta fase, o aprofundamento será feito por meio dos estudos da
Semiótica científica, como uma das ciências humanas e sociais, no processo
de significação, mostrando as dimensões do discurso num contexto literário,
trabalhando a estrutura Narrativa, a estrutura Discursiva e a estrutura Profunda,
seguindo a linha francesa de Algirdas Julien Greimas.
Bertrand (2003) apresenta a Semiótica como modelo de análise da
significação, além da palavra, além da frase, na dimensão do discurso, tendo
suas raízes na teoria da linguagem, e suas estruturas e concepções da língua
como instituição social.
Prados (2009) ratifica que a Semiótica é a ciência da significação, pois a
transmissão, conservação, transformação e aprendizagem da cultura ocorrem
por meio das práticas sociais, com o estudo de uma comunidade.
Os sistemas e discursos são historicamente determinados e
geograficamente delimitados, pois a “visão de mundo” de uma
comunidade sociocultural e linguística, bem como sua ideologia e
sistema de valores, acha-se sempre em processo de (re)formulação e
um constante processo de “vir a ser” que paradoxalmente transmite a
seus membros o sentido de estabilidade e continuidade, ou melhor,
os processos culturais são apreendidos no convívio social, uma vez
que, as semióticas-objeto (linguagem verbal, música, gestualidade,
literatura, artes, etc) são particulares em cada sociedade (PRADOS,
2009, p. 15).
A semiótica, de que se trata neste estudo, segundo Prados (2009), tem suas
raízes na teoria da linguagem, em que se concebe a língua como instituição
social, considerando o sentido gerado no desempenho da fala. Analisando a
música em diferentes etapas na realização discursiva, desde a superficialidade
de um discurso até as estruturas fundamentais e mais profundas. Para isso
será utilizado a Figuratividade, as Estruturas Narrativa, Discursiva e a
Profunda.
Para Fiorin (2006) a estrutura discursivaé responsável por revestir as
formas abstratas da estrutura narrativa por termos que as concretizem,
nomeando os atos, os seres, o espaço, o tempo e a figurativizações dos seres,
mostrando qual éou quais são as pessoas do discurso, enquanto a narrativa
realiza a análise de um determinado sujeito em busca de um objeto de valor.
Já a estrutura profunda do discurso constitui a primeira etapa do
percurso gerativo do sentido, da qual é gerada a significação, e mostrará o que
pode ocorrer num nível mais profundo, sendo possível ser representado
topologicamente pelo quadro semiótico (GREIMAS apud PRADOS, 2008, p.
80).
Neste contexto é possível descrever os sistemas de valores na
semântica profunda utilizando modalidades aléticas, ser/parecer (do
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verdadeiro/falso), no modelo dinâmico da lógica dialética (PAIS apud PRADOS,
2008, p. 82).
A análise Semiótica da canção de Chico Buarque de Hollanda,
Com açúcar, Comafeto.
Para realizar esta análise serão utilizados os três níveis do percurso
gerativo de sentido, a estrutura narrativa, a discursiva e a profunda. A música
selecionada, Com açúcar, com afeto, uma composição de aspecto social, do
qual se utilizará da Semiótica para mostrar seus valores discursivos e
ideológicos.
Com a análise do nível narrativo podemos identificar neste texto
complexo três etapas narrativas: o sujeito (eu), a ação praticada pelo sujeito
(você) e o sujeito (você) recobrando o contato com o sujeito (eu), isto é, o
sujeito (eu) manipulando o outro sujeito (você) para que não saísse de casa,
em um fazer ou não fazer. Em seguida, do verso “qual o quê” até “pra você
rememorar”, temos a ação realmente praticada pelo sujeito (você), que rejeita a
manipulação do primeiro, e que desenvolve o percurso em sentido oposto ao
que o narrador desejava, e que passa a fazer o que o outro não deveria fazer.
E por fim, quando o sujeito (você) volta à noite para casa recobrando o contato
com o sujeito (eu) e se submetendo ao processo de julgamento/sanção que irá
decidir sua sorte, a estrutura narrativa determinará o sujeito em busca de um
objeto de valor.
Já na análise da estrutura discursiva serão mostradas as formas
abstratas do nível narrativo passando para formas concretas, nomeando de
forma mais precisa as personagens, o tempo, o espaço e a figurativização em
que ocorre a narrativa.
Destinatário
Marido
confiança
Destinador
Adjuvante
Busca
da
Suprimir a liberdade
Sujeito
Oponente
Objeto de valor
Marido
Ócio/lazer
mantê-lo em casa
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Figura 1: ação e manipulação do sujeito
Neste início de análise observa-se a manipulação do sujeito (eu/mulher),
tentando persuadir o sujeito (você/ marido), despertando sua confiança em
fazer crer que ficar em casa é bom (seu objeto de valor), assim suprimindo sua
liberdade (adjuvante), num processo de manipulação, tendo como oponente o
lazer e o ócio, do qual seu marido quer viver.
No trecho Com açúcar, com afeto, “fiz seu doce predileto Pra você parar
em casa”, fica clara a intenção de manipulação, despertando o querer do
destinatárionas vantagens de se parar em casa, em que o destinador ira fazer
o seu doce predileto.
Da ação mostrada nesta letra verifica-se que as ações desenvolvidas
pelo destinatário não correspondem ao do destinador, que em vez de ficar em
casa, ele se entrega aos prazeres da rua.
No trecho “Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança Pra
chorar o meu perdão” o destinatário está cansado de perambular pelas ruas e
regressa ao lar, que assume a função de julgamento/sançãopelo destinador.
Finalmente, Com açúcar, com afeto apresentam as três fases típicas de uma
narrativa completa: a manipulação, ação e sanção.
Nas estruturas Discursivas podem-se ver as Personagens: eu (mulher),
você (marido), a Temporalização: tempo da enunciação: presente,oTempo do
enunciado: música composta em 1966, a Espacialização: casa, bar, oficina,
rua, esquina, praia, a Figurativização: doce, açúcar, afeto, terno que mostra o
sujeito (você) ao sair para o trabalho, maltrapilho ao regressar a sua casa,
amigo, futebol, samba, copo e a Tematização: manifestações de paciência do
ator (eu), a vadiagem incorrigível do ator (você).
Já a estrutura Profunda mostrará a tentativada mulher, de fazer o
sujeito/marido, integrar-se aos hábitos domésticos, a transgressão, e a
sequência de ações efetivamente realizadas pelo sujeito.
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Integração
transgressão
(Ser)
(não parecer)
Não transgressão
(parecer)
(não ser)
Não integração
Figura 2: sentimentos e ideias
Como a passagem de um polo ao outro da categoria, integração e
transgressão, jamais se dá diretamente, pois um termo para ser negado,
precisa que o outro seja afirmado, o sujeito/marido não acolhe a manipulação,
tendo a consequência não integração. E para ser reintegrado, o sujeito/marido,
se submete ao fazer interpretativo do destinador/mulher, reunindo esforços
para anular o peso da transgressão, não transgressão, até conseguir o perdão,
“Quando a noite enfim lhe cansa/você vem feito criança”, por fim, a
reintegração, “Dou um beijo em seu retrato/E abro os meus braços pra você”,
portanto, estão atribuindo-lhe, no quadrado semiótico, valores tensivos.
Enfim, pode-se dizer que essa canção provém de uma aguda
observação da realidade, de uma crítica sobre a realidade social e que as
representações de gênero aqui verificadas ultrapassam o que poderia ser mera
reprodução de estereótipos banalizados ou naturalizados pelo senso comum.
Ao contrário disso, é a visão de alguém que está atento à realidade social, às
relações de poder presentes na sociedade e também atento às particularidades
e subjetividades de cada um.
Considerações finais
Essa pesquisa teve como alvo a análise Semiótica da letra de música de
Chico Buarque de Hollanda, Com açúcar, Com afeto. Com o objetivo de
mostrar na estrutura da canção uma linguagem verbal interligada a um
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contexto sociocultural, as formas discursivas dos sentidos e dos valores
ideológicos subentendido em seu texto.
As informações colhidas acerca da linguística foram de grande valor
para a compreensão de seu uso e funcionamento.
Por meio desta análise foi possível entender que cada discurso inserido
na sociedade apresenta um duplo sentido, o sentido oculto e o explicito, e que
a Linguística nos dá a possibilidade de afirmar que esses fatores são usados
pelos compositores para compor. Esta linguagem extraordinária, que pode ser
utilizada na escrita sem dizer o seu real significado, deixando implícito no texto.
A semiótica tem esse papel de analisar o discurso de forma mais
próxima, destrinchando o texto, e tentando entender o que o mesmo quer
passar. Estão claras as relações com a sociedade e a história na construção
dos sentidos dos textos que revelam, de alguma forma, as determinações
sociais inconscientes por meio das relações intertextuais e interdiscursivas que
os textos mantem com o que dialogam.
Portanto é cabível afirmar que o sentido presente na canção foi
desvendado com a realização da análise Semiótica.
Referências
BERTRAND, Denis. Caminhos da Semiótica literária. Bauru, SP: ESDUSC,
2003.
FIORIN, José Luiz. Linguagem e Ideologia. São Paulo, 6ª ed. Ed. Ática, 1998.
FIORIN, José Luiz. Introdução à linguística- I Objetivo Teórico. São Paulo,
6ª ed. Ed. Contexto, 2012.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo, 14º ed.
Ed. Contexto, 2006.
MELO, Eliana Meneses de, PRADOS, Rosália Maria Netto. GARCIA, Wilton.
Linguagens. Tecnologias, culturas: discursos contemporâneos. São
Paulo, 1ª ed. Editora Factash, 2008.
ORLANDI, Eni P. Análise do Discurso: princípios & procedimentos.
Campinas, SP: Pontes, 4ª edição, 2002.
PRADOS, Rosália Maria Netto (org.). Semiótica, Discursos e Cultura. São
Paulo: Factash Editora, 2009.
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A AUSÊNCIA DA DANÇA DENTRO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA.
Geovane de Oliveira Vieira –[email protected]
EspSilvana de Jesus Santos – [email protected]
Ms Marilene Ferreira de Lima [email protected]
Faculdade Unida de Suzano – Unisuz/Uniesp
RESUMO:
Quando falamos de Educação Física estamos falando de movimento, pois com
a dança posso trabalhar várias habilidades como ritmo,lateralidade,
corporeidade, tempo e espaço, mostrando sua contribuição nas aulas de
Educação Física. O objetivo para esse estudo é analisar a ausência da dança
dentro das aulas de Educação Física e verificar a exclusão da dança no âmbito
escolar. O método utilizadofoi entregue para 20 professores de Educação
Física do ensino fundamental I, um questionário adaptado contendo 10
questões. Vimos que nas discussão e resultados desta pesquisaque os
professores mostraram-se não apto a aplicar uma aula após terminarem a
graduação, mais todos acham importante, observamos que ainda temos
professores que não trabalham com a dança. Sobre a importância da dança na
escola, onde comparamos se os professores de Educação Física trabalham
com a modalidade dança em seu planejamento escolar, verificando e
analisando o olhar e a grande importância deste profissional relacionado a
dança. Conclui-se que ao analisar a possibilidade da dança dentro das aulas
de Educação Física, precisamos de mais estudos relacionados a essa área,
para obter melhores resultados, onde a educação física como cultura corporal
do movimento se tornou essencial na educação dos alunos.
Palavras –chaves: dança, Educação Física, movimento.
INTRODUÇÃO:
A dança é rica em movimento considerando queo professor de educação
física trabalha osaspectos cognitivos, psicomotores, afetivo e social, pode
contribuir para o aprimoramento das habilidades básicas além de favorecer a
criatividade do aluno, a dança é rica em movimento que envolve o corpo,
espírito, mente e emoções que enriqueça a aprendizagem, a escola é um lugar
privilegiado para que isso aconteça, o professor tem o dever de mostrar o
significado da dança para sua vida e não execução da alta qualidade técnica.
A dança é um movimento de expressão completo e complexo, presente
em todas as épocas e etapas da historias, e também considerado umas das
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artes mais antigas criadas pelo humano, usada para exprimir os sentimentos
na necessidade de expandir- se por movimentos e vínculos emocionais,
portanto ao falar do homem aplica também falar do seu corpo e falar do seu
espaço multidisciplinar (SILVA, et al 2012).
No entanto, falar de educação física estamos falando em movimento e
cultura corporal, e atualmente sem dúvidas a dança é movimento, ritmo e
expressão, pois o professor de educação física trabalha com o movimento e
por que não trabalhar com a dança nas suas aulas pois ela trabalha vários
aspectos de diversas habilidades motoras, podendo também contribuir para o
aprimoramento das habilidades básicas, além de favorecer a criatividade do
aluno, a dança é rica em movimento que envolve o corpo, espírito, mente e
emoções que enriqueça a aprendizagem.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação
Física(1997),num país em que pulsam o samba, o bumba-meu-boi, o maracatu,
o frevo, o afoxé, a catira, o baião, o xote, o xaxado entre muitas outras
manifestações, é surpreendente o fato de a Educação Física ter promovido
apenas a prática de técnicas de ginástica (eventualmente) danças europeias e
americanas. A diversidade cultural que caracteriza o país tem na dança uma de
suas expressões mais significativas, constituindo um amplo leque de
possibilidades de aprendizagem.
O professor de educação física tem como conteúdo atividades rítmicas,
não podendo deixar de lado, pois é capaz, depende como transmite o
conteúdo, tratar se de um pensamento crítico e reflexivo, através da realidade
do aluno da sua cultura local, trazendo um pouco das outras culturas para o
aluno e uma crítica através da atividade rítmica, podendo ver as diversas
culturas.
Segundo Silva, et al (2012), A dança traz inúmeros benefícios sociais,
culturais, emocionais, cognitivos emotores de maneira conceitual, atitudinal e
procedimental que favorecem a conscientização do corpo e do senso crítico,
formando um cidadão autônomo, ciente de seus direitos e deveres.
Segundo LDB 93/94/96, Brasil (1996), A escola tem o dever de
educação de liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento a arte e o saber, e o dever de educar tendo ao acesso aos níveis
mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um.
O aluno tem o direito de expressar seus sentimentos, pois a dança traz
essa possibilidade de se expressar com o corpo, às vezes um aluno tímido,
tem vergonha de se apresentar numa dança, e colocando uma máscara ele se
descobre se liberta dessa timidez que lhe inibe, pois a dança consegue trazer o
aluno para aula, através da música dos movimentos do ritmo. E trazendo
cultura de movimento para o aluno.
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Mais ainda vimos uma resistência dos professores de educação física
trabalhar com a dança, será por quais motivos afinidades, não ter tido uma
base na universidade, à dança ainda é realizada de forma muito restrita, isto se
dá, principalmente, devido ao despreparo na formação dos profissionais,
embora a dança tenha crescido nas principais universidades, mais ainda vem
sendo pouco explorada no âmbito escolar. (GARIBA, FRANZONI 2007)
Segundo Silva, et al (2012), foi apontado que na maioria das vezes a
dança é aplicada apenas em datas comemorativas quando isso acontece, não
é de forma coerente com os objetivos da Educação Físicaque os profissionais
de Educação Física não conseguem utilizar o conteúdo dança em suas aulas
por falta de afinidade com ele, preconceito, por não terem tido essa disciplina
de forma eficiente na graduação, despreparo dos professores, falta de
conhecimento dos profissionais ou por falta de instalações e materiais.
O professor de educação física tem essa ideia de saber fazer para
ensinar, temos que acabar com essa ideia que existe, têm que saber executar
o movimento na pratica para ser um bom profissional, e sim saber ensinar e
corrigir os movimentos corporais dos alunos, não ser uma cópia onde eu
mostro o movimento para o aluno e ele tenta imitar meus movimentos, e sim
deixar o aluno usar a criatividade em cima de alguns temas dado.
Segundo Silva, et al (2012), os futuros profissionais e profissionais de
Educação Física devem refletir, pois os alunos não podem ser prejudicados
aprendendo apenas aquilo com o que seus professores têm mais afinidade,
aprendendo os mesmos conteúdos em todos os anos escolares, e sim explorar
o máximo de vivências corporais possíveis, pois tudo se torna um desafio.
Na educação física estamos falando de movimento e a dança é rica em
movimento que é a essência da vida que toda forma de expressão seja falar,
escrever, cantar e pintar, em tudo que fazemos tem ritmo no que faz, pois o
professor pode pegar qualquer movimento simples e transforma em dança.
(LABAN, 1990).
Do contrário, matem-se possibilidades de desenvolvimento da
criatividade, pois é difícil ser criativo num ambiente hostilizado, que não aceita
ideias novas e/ou.
que reprime o que é fora do comum. (FIAMONCINI, 2003).
O professor o que se pode concluir, entretanto, dessas concepções é
que o mais importante não é o campo de trabalho a ser escolhido por meio de
um ou outro estilo de dança, mas de que forma se pode trabalhar com os
elementos considerados importantes para o desenvolvimento da dança em
suas aulas. (GARIBA, FRANZONI 2007).
O objetivo desta pesquisa é analisar a ausência da dança dentro das
aulas de educação físicae verificar a exclusão da dança no âmbito escolar.
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MÉTODO
Amostra:Esta pesquisa foi realizada com 20 professores do ensino
fundamental I de ambos os sexos, em 8 escolas de Suzano.
Instrumentos /Materiais: Foi utilizado um questionário Texeira (2009),
adaptado que contem 10 questões, sendo 6 abertas e 4 fechadas que foi
aplicado para os professores.
Procedimento: Foi feito primeiramente um contato com a direção escolar,
depois foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido o (TCLE),
onde em algumas escolas foi entregue o questionário para a direção ou
coordenador que entregaram para os professores e marcando um dia só para
retirar os questionários deixados, já em algumas escolas teve o contado com
os professores assinando e respondendo na hora.
Plano de Análise de Dados: Após a coleta de dados, os mesmos foram
tabulados, analisados por meio da literatura e apresentados em forma de
gráficos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
GRAFICO 1 –Ao terminar sua graduação, você se sentia apto para
aplicar uma aula de dança?
60%
50%
40%
55%
45%
30%
20%
10%
0%
sim
não
De acordo com o gráfico 45% dos professores entrevistados disseram
que sentiam apto a aplicar uma aula de dança após terminarem a graduação,
já 55% não se sentiam apto a aplicar uma aula de dança. Os professores que
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se sentiam apto afirmaram que dava para aplicar uma boa aula conforme teve
em sua graduação, e também afirmando já ter um conhecimento fora da
universidade, tendo uma facilidade com a dança, elogiando a matérias e o
conteúdo do professor na graduação. Os professores que falaram que não se
sentiam apto afirmaram que por falta de tempo hábil e o conteúdo sendo
insuficiente, tendo dificuldade em trabalhar com a dança até hoje.
Verificamos que a carga horário destinada a dança, se comparada aos
esportes é reduzida, os acadêmicos vivenciam apenas duas disciplinas que
desenvolvem as atividades rítmicas e expressivas. Nesta primeira analise
podemos afirmar que os acadêmicos podem sair do curso sem a experiência
corporal e teórico necessária para desenvolver a dança como conteúdo em
suas práticas, os licenciados em educação física não se sentem aptos a
ensinar a dança nas escolas, porque não receberam os subsídios para exercer
tal conteúdo, pois os currículos destes cursos apresentam uma lacuna que se
refere as questões especificas a este ensino. ( NACIMENTO, KLEE, 2012 ).
Podemos ver que nessa questão os professores que se sentiam apto a
aplicar uma aula de dança, já tem um conhecimento fora da graduação,
gostando da dança antes mesmo de cursa tendo mais felicidade e
compreendendo mais a dança, já os professores que faram que não se sentiam
apto a aplicar tem dificuldades com a dança, nunca tendo um vivencia e
acabam deixando de lado um conteúdo importante, vimos que tem ainda
professores saindo da graduação que não sabem o que como ou até mesmo
por que ensinar dança nas aulas de educação física.
Gráfico 2 - Você acha importante a dança na escola? Por que?
120%
100%
80%
100%
60%
40%
20%
0%
0%
sim
não
Dos professores entrevistados 100% acham importante a dança nas
escolas mesmo vendo que ainda tem uma porcentagem na questão anterior
que não se senti apto a trabalhar com a dança nas aulas após a formação,
mais todos alegaram que a dança e importante trabalhando ritmo, expressão,
coordenação, autonomia, corpo e mente, cognitivo e ao sócio afetivo,
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possibilitando a inclusão de todos nas aulas, afirma também que além de ser
um conteúdo importante e bom para um bom desenvolvimento, trabalhando a
cultura do movimento sendo um conteúdo técnico e lúdico, e atraente para os
alunos.
Segundo Gariba, Franzoni (2007), fala que a dança enquadra-se como
linguagem que deve ser ensinada, aprendida e vivenciada, na medida em que
favorece o desenvolvimento de vertentes cognitivos, éticas e estéticas e
contribui qualitativamente para as questões da socialização a expressão,
atividades corporais advindas da expressividade, comunicação, alegria são,
liberdade são elementos relevantes na vida do ser humano
Podemos ver que na questão anterior tivemos um número grande de
professores que não se sentiam apto a trabalhar com a dança, mais nessa
questão todos consideram a dança importante, até mesmo citando algumas
habilidades motoras, ao falar da importância da dança apresentamos bastante
autores como podemos ver no trabalho que falam dos benefícios de se
trabalhar com a dança, podemos ver que os professores conhecem os
benefícios e a importância da dança na escola.
GRAFICO 3 - A dança está incluída no seu planejamento escolar?
Porque?
80%
60%
75%
40%
20%
25%
0%
sim
não
Em relação a esta questão os professores que falam que esta incluído no seu
planejamento escolar a dança 75% falaram que sim, e 25% faram que não está
incluído no seu planejamento.
Os professores que falaram que trabalha com a dança nesta questão,
por que é importante e faz parte do currículo da educação física e dentro dos
parâmetros curriculares, trabalhando a cultura corporal e também auxilia na
alfabetização, socialização, autoconfiança, coordenação motora, ritmo,
expressão e criatividade, os professores que falaram que não está incluído no
seu planejamento escolar, pois não domina esse conteúdo tendo dificuldade
não considerando apto a dar uma aula de dança, pois faram que falta uma
vivencia ou oportunidade para preparar uma aula voltada a dança.
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Os professores podem sim utilizar a dança nas escolas, dar parâmetros
para sistematização e apropriação crítica, consciente e transformação e
apropriação crítica, consciente e transformadora dos conteúdos específicos da
dança e portanto da sociedade. O professor teria, assim, o papel não de
reproduzir, mais de instrumentalizar e de construir conhecimento através da
dança com seus alunos, pois ele é formado de conhecimento, elementos
essenciais para educação de um ser social. (MARQUES, 1997).
Como vimos ao longo do trabalho que a dança é rica em uma aula de
educação física, mesmo todos professores considerando a dança importante,
temos um número que não trabalha, podendo ver também conforme a questão
6 podemos analisar que temos um número maior de não se sentiam apto a
trabalhar com a dança, do que nesta questão discutida onde a grande maioria
trabalha com a dança, que mesmo professores tendo dificuldade e não se
sentindo apto a aplicar uma aula de dança após o termino da graduação, mais
está no seu planejamento trabalhando com a dança.
GRAFICO 4 - Você considera a proposta do PCN, importante na
elaboração de suas aulas? Porque?
120%
100%
80%
100%
60%
40%
20%
0%
0%
sim
não
Nessa questão 100% dos professores consideram a proposta do PCN
importante, trabalhando em suas aulas alguns adaptando conforme a
necessidade de seus alunos, também não fugindo da proposta dos
professores, ajudando na elaboração do planejamento, uns falam que tem
dificuldade em elaborar suas aulas e o PCN auxiliam na elaboração do
planejamento e organização, um dos professores falam que ajudam e muito no
fundamental I, pois no fundamental ll e ensino médio tem o currículo do estado
de São Paulo.
Segundo Vieira (2007), fala que ao ser tratada na escola, tanto pelo
ensino da arte, quanto pelo ensino da educação física, a dança contribui para a
sua desmistificação no âmbito escolar proporcionando o conhecimento e a
vivencia desta manifestação artística, reconstruindo o transito entre os vários
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gêneros de dança, sem privilegiar um único gênero em detrimento de outros,
estabelecendo-se, dessa forma como comunicação com outras formas de
saberes em dança.
A dança tendo nos PCN de arte como atividade expressiva, e de
educação física como atividades rítmicas que entra a dança, são importantes
para trabalha nas escolas, pois é uma ferramenta adequada para os
professores utilizar nos seus planejamentos, proporcionando o conhecimento e
vivencia historias e corporal em suas aulas, pois todos consideram importantes
os PCN na elaboração de suas aulas, mais ainda tento um número de
professores que não trabalha com a dança, mesmo achando importante e
tendo no PCN.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo analisar a ausência da dança dentro
das aulas de educação físicae verificar a inclusão da dança no âmbito escolar.
Observou-se nesta pesquisa de campo realizada, que a ausência da
dança dentro das aulas de educação física na qual fundamentamos em alguns
autores como os Parâmetros Curriculares Nacional e Leis de Diretrizes de
Bases, que trazem a dança como um fundamento importante para trabalhar
nas escolas falando dos benefícios e importância.
Vimos que nas discussão e resultados dessas pesquisa os professores
mostraram-se não apto a aplicar uma aula após terminarem a graduação, mais
todos acham importante, observamos que ainda temos professores que não
trabalham com a dança, mesmo tendo vários autores, PCN e LDB falando da
importância, ainda o número que trabalham com a dança e não se sentem
apto a aplicar são bem inferiores, quando comparados os gráficos temos um
número maior de professores que não se sentem aptos, e que não trabalhar
com a dança, pois vimos que mesmo um número que não se sente apto ao
terminar a graduação, mais mesmo assim trabalham com a dança.
Conclui-se que ao analisar a possibilidade da dança dentro das aulas de
educação física, precisamos de mais estudos relacionados a essa área, para
obter melhores resultados, onde a educação física como cultura corporal do
movimento se tornou essencial na educação dos alunos.
REFERÊNCIAS
BRASIL
Leis
de
Diretrizes
bases1996,
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/idf.pdf., acessado em 14 de Abril de 2014
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BRASIL Parâmetros Curricular Nacional: Educação Física/Secretaria de
Educação Fundamental. – Brasília MEC/SEF, 1997.
FIAMONCINI, Luciana. Dança na educação: A busca de elementos na arte e
na estética. Pensa a Pratica 6: 59-72, jul/jun, 2002-2003.
GARIBA, Chames Maria Stalliviere, FRANZONI Ana. Dança escolar: uma
possibilidade na Educação Física-movimento. Porto Alegre,v.13,n.02,p.155171,maio/agosto de 2007.
LABAN, Rudolf. Dança educativa moderna. Tradução maria da conceição
parayba campos. São Paulo: Ícone, 1990.
MARCONI Marina de Andrade, LAKATOS Eva Maria, Fundamentos de
Metodologia Científica. 5. Ed.-SãoPaulo : atlas 2003.
MARQUES, Isabel A. Dança na escola. Motriz- Volume 3, Número 1,
Junho/1997.
NASCIMENTO, Flávia Marchi. KLEE, Maria Helena Oehlsclarger. A dança
como componete curricular no curso de educação física da ESEF/UFPEL.
Revista didática sistêmica,.V. especial, n.1, 2012.
SILVA Monique Costa de Carvalho, et al, Aimportancia da dança nas aulas de
educação física, revisão sistemática. Revista Mackenzie de Educação Física
e Esporte-V.11,n.2,2012,p.38-54.
TEXEIRA, Marcio da Silva. A concepção de professores formados em
educação física quando à inclusão da dança no planejamento das aulas
de educação física de ensino fundamental. Rondônia, MT. Faculdade de
educação, saúde e meio ambiente – FAEMA, 2009.
VIEIRA, Marcilio de Souza. O sentido do ensino da dança na escola. Revista
educação em questão, Natal, v.29,n.15,p.103-121, maio/ago. 2007.
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A
CONTRIBUIÇÃO
DESENVOLVIMENTO
FUNDAMENTAIS.
DA
GINÁSTICA
ARTÍSTICA
NO
DAS
HABILIDADES
MOTORAS
Tatiane de Lima Novaes- [email protected]
Eduardo [email protected]
Marilene Ferreira de Lima [email protected]
FACULDADE UNIDA DE SUZANO- Unisuz- Uniesp
RESUMO:A Ginástica Artística é uma modalidade que embora pouco praticada
nas aulas de Educação Física, tem uma grande contribuição no
desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais. Este trabalho teve
como objetivo analisar e verificar o desempenho motor de crianças do sexo
feminino com a faixa etária de 10 a 11 anos, o método utilizado foium teste de
rolamento para frente do corpo para analisar e verificar a coordenação motora
das alunas com base nos estágios inicial, elementar e maduro. Constatou – se
que os professores que trabalham com os conteúdos de Ginástica Artística
com seus alunos apresentaram uma melhoria na coordenação motora e os
professores que não trabalham não apresentam um resultado
significante.Conclui-se que a escola que tem em sua proposta curricular e
contempla os conteúdos de Ginástica Artística,seus alunos apresentam uma
boa coordenação motora, precisamos de mais estudos relacionados a essa
área, para obter melhores resultados.
Palavra – Chave: Ginástica Artística, Habilidades motoras fundamentais,
Rolamento do corpo para frente.
INTRODUÇÃO
Entre as modalidades esportivas a Ginástica Artística (G.A) é uma das
modalidades que se destaca pela beleza da execução dos movimentos e
complexidade dos movimentos e também pela contribuição que esta
modalidade proporciona aos praticantes, enriquecendo o desempenho motor
através dos exercícios propostos.
Este tema se justifica pela necessidade dos conteúdos de Ginástica
Artística serem trabalhados no âmbito escolar e pela influencia e contribuição
que estes conteúdos proporcionam no desenvolvimento motor das crianças, e
pela observação a partir da vivencia no estágio de como esses elementos
podem ser trabalhados e de como são trabalhados nas escolas.
A G.A tem inteira contribuição para a prática de outros esportes, pois
através da G.A, a criança desenvolve flexibilidade, agilidade, força, equilíbrio,
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resistência e habilidades motoras bem coordenadas como: correr, saltar, rolar,
manter-se em equilíbrio, fazer rotações e giros, proporcionando melhoria nas
capacidades físicas e dando suporte a outros esportes, que exploram e utilizam
dessas capacidades físicas.
Publio (2002),relata que a Ginástica Artística é uma modalidade que foi
iniciada por Friedrich Ludwig Jahn e difundida pelo mundo em virtude do
“bloqueio ginástico” de 1820- 1842, na Alemanha, teve seu início no Brasil com
a colonização Alemã no Rio Grande do Sul, em 1824.
Os exercícios feitos durante a prática da G.A são exercícios
fundamentais para o corpo humano, pois desde o principio da história da
humanidade esses mesmos são utilizados, tanto para uma boa saúde como
preparação para guerras e hoje a G.A é muito utilizada e tem grande
importância no desenvolvimento motor, desde a infância, onde há necessidade
de aprendizagem das capacidades físicas e habilidades motoras fundamentais.
Embora pouco praticada nas aulas de educação física a G.A pode ser
contemplada no âmbito escolar, pois o professor pode se basear em um
programa de iniciação para aplicar os conteúdos de G.A e fazer adaptações de
materiais caso haja falta desses.
Conforme afirma Schiavon (2005), a G.A é um dos principais motivos
para o desenvolvimento das crianças, seja no aspecto físico, motor, cognitivo,
afetivo e social, exatamente por estes aspectos que a G.A deve ser trabalhada
nas escolas.
Nascimento (2010),destaca que é importante que as escolas
contemplem a G.A em seus projetos pedagógicos, pois pode – se aplicar com
materiais adaptados, para as escolas com poucos recursos financeiros e essa
pratica possibilita ao aluno um melhor desenvolvimento e formação
psicomotora.
O ser humano tem necessidade de se locomover, manipular objetos e
manter-se em equilíbrio e entre outras capacidades físicas que a G.A
proporciona.
Como destaca Gallhaue e Ozmun (2005), a locomoção é um dos fatores
fundamentais no aprendizado do movimentar- se efetivamente e
eficientemente, pelo ambiente que envolve projeção do corpo no espaço
externo, alterando sua localização relativamente e a pontos fixos da superfície
atividades como caminhar, correr, pular, escorregar e saltar obstáculos são
consideradas movimentos locomotores fundamentais.
Para Ferreira Junior (2012), existem fatores para a exclusão desta
modalidade tais, o mito da baixa estatura a falta de qualificação, a falta de
material pedagógico e a desinformação dos gestores contribuem para a
exclusão desta modalidade no âmbito escolar.
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Uma dos fatores que também contribui para a exclusão da G.A são os
mitos e verdades sobre a modalidade e uma das questões que mais abrange
os mitos e verdade é a questão da baixa estatura, pois ao observarmos as
características físicas dos atletas desta modalidade e de outras é bem comum
que existam biótipos específicos da modalidade e é bem comum que alguns
pais não surgiram esta modalidade, para seus filhos, pois existe o medo da
criança não crescer.
Em todas as modalidades esportivas é possível identificar certas
características físicas, motoras e psicológicas necessárias para que
se obtenha sucesso. Esses traços particulares criam estereótipos de
atletas como jogadores de basquetebol altos, ginastas de G.A baixos
e fortes, nadadores com envergadura avantajada, e corredores de
velocidade com músculos bem desenvolvidos. O sucesso alcançado
por esses atletas transforma suas figuras em “modelo”. A circulação
de suas imagens pela mídia leva muitos a acreditarem que se a
criança praticar basquete atingirá facilmente os dois metros de altura
ou se a criança praticar G.A terá problemas de crescimento. Sem
dúvida, essa é uma visão limitada que não leva em consideração
fatores importantes como a carga genética, as características da
modalidade e do treinamento. (Tsukamoto e Nunomura 2008 p.123).
Existem muitas pessoas que acreditam que a intensidade de treinamento
prejudica no crescimento dos praticantes e atletas de G.A, pois no alto nível há
uma carga de treinamento de 5 a 6 horas por dia e isso acaba influenciando no
pensamento dos pais e pessoas leigas no assunto, pois assim como no alto
nível da G.A, no vôlei e no basquete e em outras modalidades de alto
rendimento também existe há essa necessidade de carga horária de
treinamento.
Como nos relata Ferreira Filho(2006), se o problema estivesse na carga
de treinamento a maioria dos atletas de alto rendimento apresentaria
problemas de estatura, mas podemos visar que não é isto que ocorre, pois
existem características físicas e especificas predominantes, em virtude das
próprias exigências de cada modalidade.
No ponto de vista da biomecânica seria mais interessante o praticante
ter baixa estatura, pois ele ganha vantagens em algumas situações de giros
nos diferentes eixos do corpo e é o que colabora para um bom desempenho.
MÉTODO
Esta pesquisa é uma pesquisa de campo, qualitativa, pois será necessário
analisar a coordenação motora de escolares do ensino fundamental I de 10 a
11 anos, praticantes e não praticantes de Ginástica Artística.
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Pesquisa de Campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir
informações e / ou conhecimentos acerca de um problema, para qual
se procura uma resposta de uma hipótese, que se queira comprovar
ou, ainda descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
Marconi (1990, p.75)
Amostra: A amostra foi composta por 20 crianças de 10 a 11 anos do
sexo feminino sendo elas 10 praticantes e 10 não praticantes de G.A.
Instrumentos:Foi utilizado para coleta de dados o teste de sequência de
desenvolvimento para rolamento do corpo da tabela 11.3 (GALLAHUE E
OZMUN 2005).
Plano de Análise de Dados: após a coleta de dados, os mesmo foram
tabulados, analisados e apresentados em forma de tabelas e em forma de
analise.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
TABELA 1
SEQUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ROLAMENTO DO CORPO.
NÃO PRATICANTES DE GINÁSTICA ARTÍSTICA.
ESTÁGIO
CABEÇA
CORPO
FINALIZAÇÃO
DO
ROLAMENTO
INICIAL
ELEMNTAR
MADURO
80%
20%
0%
50%
50%
0%
90%
10%
0%
No rolamento do corpo percebemos que em relação a posição da
cabeça 80% das alunas encontram – se no estágio inicial, enquanto 20%
encontram – se no estagio elementar e nenhuma das alunas encontram – se
no estágio maduro.
Em relação a posição do corpo verificamos que 50% das alunas estão
no encontram – se no estágio inicial, 50% no estágio elementar e nenhuma
encontra- se no estágio maduro.
Na finalização do rolamento percebemos que 90% das alunas
encontram – se no estágio inicial, 10% no estágio elementar e nenhuma
encontra- se no estágio maduro.
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De acordo com Gallahue e Ozmun (2005), os movimentos de rolamento
são considerados como movimentos estabilizadores fundamentais e a
estabilidade é destacada como um aspecto fundamental no aprendizado de
movimentar – se, os autores afirmam que a estabilidade envolve a habilidade
de se manter em equilíbrio e também a relação do individuo com a força da
gravidade.
Ao observarmos a tabela, podemos chegar ao conceito de que os
conteúdos de G.A devem ser trabalhados nas aulas de Educação Física, pois o
ideal seria que todas ou a maioria das aulas com essa faixa etária estivessem
no estágio maduro.
O professor deve apresentar preocupação de que seus alunos se
expressem nem adequado nível de desenvolvimento, os movimentos que ele
considera básico como, andar, correr, girar, rolar, lançar, etc. (FREIRE, 2009).
Gallahue e Ozmun (2005) nos apresenta a ampulheta, como modelo de
desenvolvimento motor durante o ciclo de vida, a ampulheta é dividida em
fases, como fase motora reflexa, fase motora rudimentar, fase motora
fundamental e fase motora especializada, a faixa etária de 10 a 11 anos é
considerada a fase motora especializada.
Por isso devemos nos atentar para os conteúdos de G.A que temos que
trabalhar nas aulas de Educação Física, para que as habilidades motoras
fundamentais sejam trabalhadas durante a infância e trabalhar com os
conteúdos de G.A contribuiu para um bom desenvolvimento das habilidades
motoras fundamentais.
O programa de Educação Física deve se atentar em fazer parte do
desenvolvimento do ser humano desde os primeiros anos de vida. (PICCOLO,
1995).
“É inteiramente possível uma criança de 10 anos trabalhar na fase de
movimentos especializados, no estagio de utilização permanente, em
atividades estabilizadoras que envolvam movimentos de ginástica.”
(GALLAHUE E OZMUN, 2005 p. 64)
A G.A adquiri um papel importante no desenvolvimento das habilidades
motoras, pois poderemos verificar no teste realizado com as alunas praticantes
de G.A,
Ao analisarmos a tabela podemos observar os resultados e perceber
que as crianças que não tiveram contato com a G.A, se apresentam no estagio
inicial e elementar em relação ao rolamento do corpo.
Go Tani et al (1998), relata que não é pequeno o número de indivíduos
que não atingem o padrão maduro nas habilidades básicas rudimentar e que
prejudica o desenvolvimento posterior.
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Sendo assim o professor deve se atentar a relevância de trabalhar com
os conteúdos de G.A, nas aulas de Educação Física.
TABELA 2
SEQUÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ROLAMENTO DO CORPO.
PRATICANTES DE GINÁSTICA ARTÍSTICA.
ESTÁGIO
CABEÇA
CORPO
FINALIZAÇÃO
DO
ROLAMENTO
INICIAL
ELEMENTAR
MADURO
10%
20%
70%
10%
10%
80%
0%
30%
70%
No rolamento do corpo percebemos que em relação à posição da
cabeça 70% das alunas estão no estagio maduro, enquanto 20% estão no
estágio elementar e 10% no estágio inicial.
Em relação à posição do corpo podemos verificar que 80% das alunas
encontram- se no estágio maduro, 10% no estágio elementar e 10% no estágio
inicial.
Em relação à finalização do rolamento percebemos que 70% das alunas
encontram- se no estágio maduro, 30% no estágio elementar e nenhuma no
estágio inicial.
Como definem Gallahue e Ozmun (2005), o estágio inicial de uma fase
de movimentos representa as primeiras tentativas da criança, o estágio
elementar envolve maior controle e melhor coordenação rítmica dos
movimentos fundamentais e o estágio maduro na fase de movimentos
fundamentais é caracterizado por desempenhos mecanicamente eficientes,
coordenados e controlados, é sugerido pelos autores que as crianças de 5 a 6
anos estejam no estágio maduro.
Como podemos verificar e analisar nas tabelas apresentadas, as alunas
que praticam G.A, apresentam um melhor desempenho motor em relação as
que não praticam, sendo que são todas da mesma faixa etária.
Darido (2011), afirma que o principal objetivo da Educação Física é
proporcionar e oferecer experiências adequadas para o nível de crescimento e
desenvolvimento, pois a criança deve aprender a se movimentar para adaptar
aos desafios motores.
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O professor que consegue incluir em suas aulas de Educação Física os
conteúdos de G.A, consegue obter uma melhoria no acervo motor de seus
alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho onde o objetivo foi, analisar e verificar o desempenho
motor de crianças do sexo feminino de 10 a 11 anos praticantes e não
praticantes de Ginástica Artística, verificamos, que as meninas que praticam
Ginástica Artística, apresentam um melhor desenvolvimento motor em relação
meninas que não praticam e nem vivenciaram os conteúdos de Ginástica
Artística no âmbito escolar.
Com os resultados da pesquisa, podemos refletir sobre os conteúdos de
Educação Física e de como eles deveriam ser aplicados de acordo com o PCN
e a faixa etária dos alunos, respeitando assim suas etapas de desenvolvimento
e contribuindo para o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais.
Neste trabalho verificamos que a falta de materiais adequados não é um
empecilho para que possamos trabalhar com os conteúdos de Ginástica
Artística, pois na falta desses temos a possibilidade de adapta – los, podendo
aplicar no mínimo o básico dos conteúdos de Ginástica Artística, que já
possibilita uma melhoria no desenvolvimento motor dos alunos.
Conclui- se que a escola que em sua proposta curricular os professores
de Educação Física que trabalham com a Ginástica Artística, seus alunos
apresentam uma boa coordenação motora, precisamos de mais estudos
relacionados a essa área, para obter melhores resultados.
REFERENCIAS
DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na escola Questões e
reflexões.Ed. Guanabara Koogan S.A. 2003
FERREIRA FILHO Raul Alves et al . Ginástica Artística e estatura: mitos e
verdades na sociedade brasileira.Revista Mackenzie de Educação Física e
Esporte, v 5(2):21-31- 2006
FERREIRA JUNIOR, Celso Ferreira et al. A ginástica Artística como
conteúdo da educação física. perps. Online: biol & saúde, campos dos
Goytacazes, 5 (2), 12-22, 2012.
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FREIRE, João Batista. Educação Física de corpo inteiro, teoria e pratica da
Educação Física. Ed. Scipione, 2009. 5º Ed.
GALLAHUE, David L; OZMUN John C. Compreendendo o desenvolvimento
motor bebês, crianças, adolescentes e adultos. Ed. Phorte 2005. 3º Ed.
GO TANI, et al. Educação Física escolar: fundamentos de uma abordagem
desenvolvimentista. Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
PICCOLO, Vilma Leni Nista (org). Educação Física Escolar: ser... ou não
ter?. Editora da Unicamp 1995. 3ºEd.
SHAVION, Laurita Marconi. Materiais alternativos para a Ginástica Artística,
In:NUNOMURA,M.; PICCOLO,V.L. (org) Compreendendo a ginástica
artística. São Paulo: Ed.Phorte 2005.
TSUKAMOTO Mariana Haruni Cruz e NUNONURRA Myrian: Considerações
sobre crescimento e maturação na Ginástica Artística. São Paulo: Ed
Phorte, 2005. In: NUNOMURA,M.; PICCOLO,V.L. (org) Compreendendo a
ginástica artística. São Paulo: Ed.Phorte 2005
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A CORRIDA COMO FERRAMENTA PARA DESENVOLVIMENTO
MOTOR EM CRIANÇAS EM CRIANÇAS NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA.
Douglas Martins de Amorim - [email protected]
Hélio Gunji – [email protected]
Marilene Ferreira De Lima – [email protected]
Faculdade Unida de Suzano – (UNISUZ- UNIESP).
RESUMO: este estudo se caracterizou por ser de pesquisa de campo e teve
por objetivo ilustrar a deficiência nos conteúdos das aulas de Educação Física
mostrando uma nova opção de atividades, o atletismo “corrida” para a melhora
da coordenação motora. A metodologia adotada baseou-se na aplicação de
teste SHUTTLE RUN (corrida de ir e vir), com crianças do Ensino Fundamental
I em duas escolas da região de Mogi das Cruzes, no ano de 2014 sendo uma
que pratica o atletismo e outra que não pratica. Os resultados do estudo
revelaram a importância da diversidade de atividades nas aulas de Educação
Física ilustrando como trabalhar uma competência que é inata do ser humano,
a locomoção. Conclui-se dessa forma que o atletismo mostra-se importante
para a melhora do desenvolvimento motor em crianças do Ensino Fundamental
I, podendo colocar em prática essa melhora no desenvolvimento em outras
atividades correntes nas aulas de Educação Física, por isso a importância
deste estudo.
Palavras chave: Atletismo; corrida; desenvolvimento motor; educação física.
INTRODUÇÃO
Havendo uma aplicação maior e melhor do atletismo “corridas” dentro
das aulas de Educação Física, levará a um desenvolvimento motor maior nas
crianças melhorando sua vida escolar pelo fato da corrida ser um esporte
básico que influenciará em outros esportes em sua trajetória escolar e fora da
escola.
Justificando-se importante para professores de Educação Física
por ser um esporte de fácil aplicação e de suma importância para o
desenvolvimento motor dos alunos nessa faixa etária que está sendo
pesquisada.
É cada vez mais necessária, a atuação de profissionais competentes e
conscientes na formação esportiva de crianças e jovens, com o objetivo inicial
o desenvolvimento motor e contribuindo para sua formação enquanto cidadãos,
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visando uma criança mais equilibrada e melhor preparada para o futuro. Dessa
forma, terá obtido uma contribuição da prática esportiva que foram
incorporadas a sua vida escolar. Além, de a corrida ajudar a melhorar o
condicionamento físico em crianças esta pratica vem diminuindo muito.
Essa melhora ocorre segundo Fernandes (2003), a partir do aumento da
capilarização muscular, porque são colocados em funcionamento uma grande
quantidade de vasos capilares que não são ativados em crianças com estilo de
vida sedentário.
Segundo Teixeira, (1993), o esporte olímpico Atletismo, que serve como
base para a maioria das demais modalidades, é uma atividade natural por
excelência. No início dos tempos, essa prática era realizada, visando à
conservação e à preservação da espécie e foi sendo incorporada à cultura
humana.
Assim começou o Atletismo, chamado esporte de base, por não
apresentar grande dificuldade em sua prática, ser de fácil assimilação, e por
utilizar as formas básicas do movimento: andar, correr, saltar, saltitar, lançar,
arremessar. "Adotou-se a arte desses movimentos no lazer, medindo-se
velocidade (rapidez), destreza e em relação aos outros”, segundo as regras
oficiais do Atletismo.
Já Barros; Ricieri (1990), afirma que o atletismo ao mesmo tempo em
que pode ser considerado de fácil aplicação e de boa aceitação pela maioria
dos professores, isto é, pode incluir-se como ponto comum, é também uma das
menos realizadas. Tendo a corrida como base para a maioria dos esportes. Por
que a corrida propriamente dita pouco é trabalhada em aulas de Educação
física?
Para esta pergunta pouco há resposta, pois o que acontece na maioria
das vezes é que, os professores de Educação Física sabem de sua
importância e competências, porém muitas vezes preferem dar uma bola para
os alunos ou atividade lúdica sem muita preocupação com o que se está
ensinando e o nível de aprendizagem do aluno. Deixando assim o aluno
ausente do contato com a modalidade, contribuindo para um circulo vicioso de
apenas esportes coletivos.
Sendo que para Fernandes, (2003), a locomoção é inata, o homem
nasce e já sente uma necessidade de se locomover, primeiro em quatro
apoios, depois em bipedia em pé andando para só depois começar a correr
sendo natural essa evolução. Tendo a característica de uma forma inata de
locomoção.
Por que não trabalhar e utilizar essa evolução para melhorar o seu
desenvolvimento? Para que possa ter uma evolução maior e melhor na sua
vida escolar. Pois possibilitará uma maior participação e melhor aproveitamento
em aulas práticas de Educação Física, esportiva para ter uma melhor técnica e
social, sendo um indivíduo que teve uma maior vivência em atividades práticas,
terá uma melhor desenvoltura em atividades corriqueiras.
Weineck, (1991), afirma que crianças e adolescentes necessitam para
um desenvolvimento psicofísico harmonioso, uma dose suficiente de
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movimentação. Esta necessidade geralmente é conduzida pela própria criança
através de seu acentuado ímpeto de movimento.
Sabendo da necessidade que crianças e adolescentes sentem em se
movimentar, faz-se importante as aulas práticas de Educação Física visto que
em tempos que internet e jogos de vídeo game estão tirando de crianças a
possibilidade de uma atividade extraescolar, o papel do professor de educação
física torna-se muito importante no desenvolvimento motor.
Já Nascimento, (2010), destaca que o brincar, o jogar e o se movimentar
para o ser humano e, principalmente para a criança, é importante no seu
desenvolvimento emocional, social e cognitivo.
No momento do jogar a criança testa suas ideias e conceitos, podendo
desfrutar dos momentos de alegria ou medo, incerteza, frustração e
experimentar o mundo que o cerca.
Por isso é cada vez mais necessária, a atuação de profissionais
competentes e conscientes na formação esportiva de crianças e jovens,
contribuindo para sua formação escolar e enquanto cidadãos.
Segundo Nascimento, (2010), o atletismo tem importante contribuição no
desenvolvimento corporal e psicológico de quem o pratica, principalmente
crianças e adolescentes, que estão em fase de desenvolvimento e
crescimento, a qual se faz necessária a diversidade de movimentos. A
contribuição do atletismo não é somente no aspecto físico, se dá também nos
aspectos psicológico e social.
Embora o atletismo seja um esporte em sua maioria de prática
individual, os treinamentos com jovens e crianças geralmente ocorrem em
grupos, trabalhando o aspecto social, que está diretamente ligado ao fato do
atletismo ser um esporte de fácil acesso econômico, portanto, sua prática
atinge todas as classes sociais.
Barros; Ricieri, (1990), Se realmente queremos fazer do atletismo, um
esporte praticado pela nossa juventude escolar, o padrão de exigências
atenderia não somente aos problemas específicos do atletismo, mas daria por
certo um melhor nível de preparo físico aos alunos, principalmente com as
corridas, cuja não utilização, tem sido uma das grandes falhas da Educação
Física brasileira.
Assim reafirmo a importância da diversidade e aperfeiçoamento de
movimentos básicos na infância, nas aulas de Educação Física, tendo a corrida
como um dos mais inatos do ser humano, sendo sua evolução natural, o
professor tem essa liberdade de trabalhar para acentuar e melhorar essa
evolução mesmo a corrida não sendo o foco, mas nunca esquecendo de que é
uma atividade que praticamos quase em todos os esportes e momentos da
nossa vida dentro e fora da escola.
Sendo o objetivo desta pesquisa, analisar a contribuição da corrida para
o desenvolvimento motor em crianças do Ensino Fundamental I e mostrar a
diferença de praticantes e não praticantes, destacando a importância desta
prática nas aulas de Educação Física.
MÉTODO
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Este estudo se caracteriza como pesquisa de campo qualitativa e
quantitativa e tem por objetivo a coleta de dados para analise e obtenção de
resultados que comprovem que a prática do atletismo melhora o
desenvolvimento motor em crianças praticantes e mostrando a diferença de
crianças que não praticam.
Amostra: A amostra será composta por 30 alunos de ambos os sexos,
em duas escolas públicas na região de Jundiapeba Mogi das Cruzes SP.
Instrumentos: Será utilizado para coleta de dados o teste SHUTTLE
RUN (corrida de ir e vir), onde os alunos realizaram na quadra da escola, o
teste, de acordo com explicação dada pelo professor responsável pela
aplicação.
Procedimento: Será entregue um Termo de Consciente Livre
Esclarecido (TCLE), para a assinatura dos responsáveis e após receber os
termos assinados de volta será aplicado o teste.
Tempo de execução: Anotado em segundos para o masculino e
feminino sendo alunos praticantes e não praticantes.
Plano de analise dos dados: Os dados após coletados foram tabulados
e apresentados em forma de tabela. E analisados.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
TABELA 1
Escola Não Praticante
Meninos
Suj. 1
Suj. 2
Suj. 3
Suj. 4
Suj. 5
Suj. 6
Total:
Meninas
Suj. 1
Suj. 2
Suj. 3
Suj. 4
Suj. 5
Suj. 6
Suj. 7
1ª Tentativa
2ª Tentativa
Média
13.00
13.10
12.50
13.00
12.00
12.80
12.73
12.40
12.50
12.20
12.50
13.10
12.00
12.45
12.70
12.80
12.35
12.75
12.55
12.40
12.59
15.40
14.90
15.00
13.50
14.30
13.40
14.00
15.40
12.80
15.10
12.60
13.40
13.40
14.00
15.40
13.85
15.05
13.05
13.85
13.40
14.00
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Suj. 8
Suj. 9
13.50
13.80
13.40
13.80
13.45
13.80
Total
14.20
13.76
13.98
SUJ.= (SUJEITO).
Na primeira tabela percebemos que os meninos foram melhores na
segunda tentativa do que na primeira tentativa obtendo um resultado de 12.45
na segunda tentativa e 12.73 na primeira tentativa.
As meninas também apresentaram um melhor desempenho na segunda
tentativa do que na primeira tentativa, obtendo um resultado de 13.76 na
segunda tentativa e 14.20 na primeira tentativa
Para Vilma; Piccolo (1995), embora ainda hoje muitos professores de
Educação Física procurem resultados imediatos em seus trabalhos, sabendo
que um programa adequado às necessidades da criança deve ter um processo
contínuo e prolongado.
Podendo ser notado isso se comparando as duas escolas, uma tem o
atletismo como pratica corrente há mais tempo nas aulas de educação física e
a outra não tem, essas escolas obtiveram resultados diferentes mesmo as duas
escolas sendo na mesma região e teoricamente os alunos tendo as mesmas
condições de desenvolvimento fora da escola, pois convivem como amigos no
bairro onde não tem condições de prática de esportes diferentes do que o
futebol.
Para Freire (2009), o homem pode apresentar movimentos cada vez
mais bem coordenados, sendo possível conseguir tanto pelas necessidades
impostas pelo meio como por uma educação sistemática, orientada na escola
sendo perfeitamente cabível focar a educação diretamente em termos de
habilidades motoras e serem desenvolvidas.
Para apresentar esses movimentos mais bem coordenados terá que ser
introduzida uma diversidade maior de esportes que com isso propicie maior
vivência motora nos alunos que receberão essa diversidade, assim vamos
minimizar essas diferenças de resultados de alunos que vivam no mesmo
bairro e em outros também.
TABELA 2
Escola Praticante
Meninos
Suj.1
Suj.2
Suj.3
Suj.4
1ª Tentativa
2ª Tentativa
Média
13.00
12.90
11.80
11.40
11.50
11.40
13.70
12.40
11.30
11.60
12.20
13.30
12.10
11.35
11.55
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11.60
11.30
12.00
11.80
11.92
11.50
11.30
11.80
11.80
11.86
11.55
11.30
11.90
11.80
11.89
Meninas
Suj. 1
Suj. 2
Suj. 3
Suj. 4
Suj. 5
Suj. 6
13.70
12.30
12.30'
12.50
12.80
12.80
12.00
12.00
12.00
12.90
13.00
12.70
12.85
12.15
12.15
12.70
12.90
12.75
Total:
12.70
12.40
12.58
Suj.5
Suj.6
Suj.7
Suj.8
Suj.9
Total:
SUJ.= (SUJEITO)
Na primeira tabela percebemos que os meninos foram melhores na
segunda tentativa do que na primeira tentativa obtendo um resultado de 11.86
na segunda tentativa e 11.70 na primeira tentativa.
As meninas também apresentaram um melhor desempenho na segunda
tentativa do que na primeira tentativa, obtendo um resultado de 12.40 na
segunda tentativa e 12.70 na primeira tentativa.
De acordo com Gallahue e Ozmun (2005) o desenvolvimento motor é a
contínua alteração no comportamento motor ao longo do ciclo da vida,
proporcionando pela interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do
indivíduo e as condições do ambiente.
Podemos observar isso na tabela acima onde percebemos que na
primeira tentativa obtivemos uma média superior do que na segunda, mesmo
os alunos estando mais descansados, mas apresentaram grande dificuldade na
realização do teste, já na segunda tentativa apresentaram-se mais cansados
após uma tentativa já realizada com um período curto de recuperação entre as
tentativas, mas observamos uma melhora na execução e consequentemente
nos tempo, pois já tinham realizado uma tentativa e reforçado a explicação
sobre como proceder no teste, mesmo os alunos que se queixaram do cansaço
elevado obtiveram melhora nos tempos devido já terem realizado uma vez.
Ficando evidente segundo Vilma; Piccolo, (1995), que dos 7 aos 10- 12
anos, o desenvolvimento é caracterizado pelo refinamento e diversificação na
combinação dessas habilidades em padrões sequências cada vez mais
complexos.
Isso se traduz nas tabelas acima, os alunos de ambas as escolas
(praticantes e não praticantes), obtiveram uma média melhor na segunda
tentativa salvo algumas exceções e esse refinamento só se da com uma
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continuidade de movimentos por isso é tão importante a diversidade nas aulas
de educação física, não só esportes coletivos mas sim os individuais são
importantes também.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho onde o objetivo foi analisar contribuição da corrida para o
desenvolvimento motor em crianças do ensino fundamental I, destacando a
importância desta pratica nas aulas de educação física, que foi verificado
através do teste de SHUTTLE RUN (CORRIDA DE IR E VIR).
Observou-se uma diferença entre as duas escolas, o que já era
esperado, pois sabemos da importância da diversidade motora para alunos do
ensino fundamental I, e com o resultado da pesquisa podemos refletir sobre os
conteúdos a serem aplicados nas escolas, respeitando sempre as etapas de
desenvolvimento de cada aluno.
Os alunos da escola que tem o atletismo como prática corrente ha mais
tempo obtiveram uma média mais baixa do que os que não têm essa prática,
os meninos em ambas as escolas obtiveram uma média inferior do que as
meninas, mas a média dos meninos que não praticam com frequência o
atletismo foi maior do que as meninas que praticam.
Foram notadas que ambas as escolas conseguiram diminuir o tempo
após uma tentativa, depois de uma breve explicação e após uma vez já
realizado mostrando que com a prática apesar de estarem cansados fica mais
fácil a realização da atividade uma vez já feita.
Conclui-se que uma diversidade motora se faz necessário para o
desenvolvimento pleno dos alunos e uma melhora no desenvolvimento motor
dos mesmos, necessitando de mais estudos sobre esse tema para obtermos
melhores resultados e ampliar e educação física nas escolas.
REFERÊNCIAS
BARROS, Nelson, RICIERI Dezem, O Atletismo 2ªedição, São Paulo, 1990.
FERNANDES, José Luis. Atletismo corridas 3º Ed, EPU 2003.
NASCIMENTO, Marilândia. Contribuições da inclusão do atletismo no
currículo escolar do ensino fundamental1, Mafra, v.17, n 2, 2010 disponível
em: <http://WWW.periodicos.unc.br> acessado em: 11/04/2014.
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TEIXEIRA, M. S. Atletismo da iniciação a técnica: corridas, saltos,
arremessos. São Paulo: Obelisco, 1993.
WEINECK, Jourgen. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 1991.
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A DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO DURANTE AS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA NO FUTSAL ESCOLAR NO ENSINO
FUNDAMENTAL II
Adriano Santos Andrade – [email protected]
Elcio Antonio Adami Terra – [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira –[email protected]
Faculdade Unida de Suzano
UNISUZ/UNIESP
RESUMO
Podemos observar que a aula de Educação Física sempre está relacionada
com o esporte e o futebol, mas precisamente o futsal está presente na vida
escolar dos alunos desde os primeiros anos, contribuindo para uma melhor
coordenação motora, equilíbrio, agilidade e etc.O objetivo dessa pesquisa foi
investigar se existe o preconceito contra as meninas em âmbito escolar no
ensino fundamental II.Na pesquisa de campo, foi usado um questionário
estruturado com nove perguntas, sendo composto por sete questões fechadas
com base em Darido e Junior (2002), acrescido de uma questão aberta e uma
questão fechada.A amostra foi composta por alunas de uma escola estadual do
Município de Suzano, que cursam o Ensino Fundamental II no ano de 2014.Ao
analisar os resultados dos questionários, pudemos perceber que o campo de
atuação das meninas no futsal escolar aumentou, muitas jogam de igual pra
igual com os meninos, muitas ocupam a quadra em horários antes dominados
pelos meninos, mas ainda impera o preconceito quando se fala em jogar juntos
meninos e meninas. Diante da situação apresentada, podemos concluir que a
interação de meninos e meninas no futsal escolar é essencial para que esse
preconceito diminua cada vez mais.
Palavras chave:futsal escolar; meninos; meninas.
INTRODUÇÃO
Vendo situações que ocorreram nos estágios, escola da família, trabalho
e na própria faculdade, escolhi estudar esse fenômeno que é a discriminação
de gênero, meninas que são sempre excluídas do esporte, em especial o futsal
escolar e só os meninos que ficam com o “direito” de jogar.
O Brasil é conhecido nacionalmente e internacionalmente como o “país
do futebol”, entretanto, devido às questões machistas, preconceito e
principalmente as questões envolvendo gêneros,sendo assim, poderíamos
rotular e modificar para“O país do futebol masculino”. Podemos explicar como
gênero, algum conceito que se baseia nas diferenças biológicas entre homem e
mulher, e que, acabam por separá-los, de modo geral, determinando o que um
ou outro pode ou não fazer.
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Tentando investigar as relações entre gêneros na educação física
escolar, podemos identificar alguns pontos negativos, que até o momento não
foram vistos, atentados pelos professores, ou seja, pela escola em si, que
desde a base escolar já divide meninos e meninas dos esportes, Romero
(1994) expõe que nas atividades físico-desportivas, detecta-se uma
discriminação sexual quando os meninos são conduzidos e direcionados às
atividades que requerem, em maior grau, a motricidade ampla, e as meninas, a
motricidade fina.
É fundamental que, os docentes compreendam, de que modo ocorrem
os conflitos envolvendo qualquer tipo de discriminação na Educação Física,
para que sejam tomadas medidas adequadas, visando transmitir ao educando
conhecimento necessário para que possa ser levado para sua vida fora da
escola, para que conviva com os demais membros da sociedade.
Durante toda historia a mulher manteve-se a margem das decisões da
sociedade. Em diversos setores sofreram, de certo modo, com exclusões,
restrições, etc. No esporte em geral, seja em veículos de comunicação em
massa, seja por reconhecimento profissional, o gênero femininofoi subjugado
pelo masculino em relações de domínio e poder, na antiguidade grega, por
exemplo, a possibilidade de vida das mulheres era muito restrita, sendo
reservado a elas o papel de procriar e cuidar dosfilhos. Neste contexto, o
esporte era uma prática geralmente proibida para elas. Desde os Jogos
Olímpicos da Antiguidade, somenteas jovens e solteiras tinham a permissão de
assistir as competições com a finalidade explícita de escolher um marido e
informar seusirmãos ou o pai sobre a escolha. (MIRAGAYA, 2002).
Vale lembrar que por um período a mulher foi impedida de praticar
alguns esportes considerados sem qualquer tipo de embasamento teórico,
impróprios, em função de sua natureza frágil. Dado semelhante, de certo modo,
foi transferido para a Educação Físicaque atua como meio social desde o inicio
da vida do indivíduo. Sempre houve uma separação entre meninos e meninas,
equivocadamente.
Para as meninas sempre foram aplicadas atividades mais “leves”,
esportes de pouco contato físico, para que não se machuquem e os meninos
são vistos como preparados para um esporte forte e violento.
Supõe-se que, práticas, comportamentos considerados adequados ou
inadequados, possam ser transferidas de modo a atuar na vida fora da escola
dos discentes. É essencial a investigação, o entendimento de todos os
escolares, a fim de que sejam tomadas decisões de modo adequado, pensadas
e executadas, no sentido de que a sociedade seja mais tolerante e justa no que
diz respeito aos comportamentos.
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Como aponta Swain (2009), o feminismo como movimento político
transformador interroga e desconstrói a naturalização dos corpos em papéis e
práticas sociais, e, como conhecimento crítico, interroga os discursos sociais,
em seus desdobramentos de etnia, raça, classe, gênero e sexualidade, além
de interrogar o próprio sexo biológico na constituição do sujeito “mulher”.
Analisando o assunto abordado, para que não haja a discriminação de
gênero na Educação Física escolar, desde o início da vida escolar deve ter a
inclusão das meninas com os meninos, para que quando chegue às séries
mais adiante, não ocorra nenhum tipo de preconceito, discriminação ou algo
similar, todos têm a mesma capacidade de desenvolver qualquer trabalho em
âmbito escolar, independente de sexo.
Diante da breve ideia exposta, o presente estudo tem como objetivo
investigar como é trabalhado o futsal na escola, analisando as relações entre
meninos e meninas nas aulas de educação física.
MÉTODO
Foi feito uma pesquisa de campo de forma quantitativa, que segundo
Marconi; Lakatos (2003) é utilizada com o objetivo de conseguir informações,
conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta,
ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos
fenômenos ou as relações entre eles.
AMOSTRA: A amostra foi composta por10 alunas de uma escola estadual
doAlto Tietê, do Ensino Fundamental II no ano de 2014.
INSTRUMENTOS: Foi aplicado um questionário estruturado com nove
perguntas, sendo composto por sete questões fechadas com base em Darido e
Junior (2002), acrescido de uma questão aberta e uma questão fechada.
PROCEDIMENTOS: Dentre as salas disponíveis, foram selecionadas duas
salas aleatoriamente para a realização da pesquisa.
Foi entregue para as alunas das salas selecionadas, um termo de
consentimento para que o pai ou responsável autorizasse a participação das
alunas na pesquisa.
PLANO DE ANÁLISE DE DADOS
Após os resultados coletados, os mesmos foram tabulados e
apresentados em forma de gráfico.
Resultados e Discussões
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De acordo com o gráfico número 1, as turmas nas aulas de Educação Física,
em relação aogênero, são de 60% mistas e 40% separadas.
Dentre esses espaçosestá o futebol que, conforme Vaz (2005) é um
esporte construídopor homens e para homens.O futebol aparece, portanto,
como uma configuração social de gênero, que se reflete em quase todos os
espaços sociaisonde a participação feminina ainda é inferior à dos homens.
Analisando a opinião dos dois autores, vejo que existe sim a
possibilidade das meninas jogarem ou serem inseridas no futebol, levando em
consideração que a estrutura física não é a mesma dos meninos e o jogo
sendo disputado em âmbito escolar com o respaldo do professor para que não
haja situações constrangedoras ou de riscos físicos para ambos os sexos,
entretanto o preconceito persiste quando os meninos dizem que as meninas
não sabem ou não aguentam jogar como eles.
Gráfico 1 - Como são as turmas nas suas
aulas de Educação Física em relação ao sexo
dos (as) alunos (as)?
60%
40%
MISTAS
SEPARADAS
Gráfico 2- Você já teve alguma experiência com
o futebol nas aulas de Educação Física neste ou
nos outros anos? E as meninas jogam?
100%
100%
Experiência com Futebol nas Aulas de Ed. Física
Meninas jogam futebol na Escola
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De acordo com o gráfico número 2, 100% dos alunos já tiveram alguma
experiência com o futebol nas aulas de Educação Física neste ou em outros
anos.
De acordo com SARAIVA-KUNZ (1994), diz que o esporte masculino,
futebol, ganha uma valorização e atenção especial de toda a sociedade
brasileira e que as meninas ganham uma notoriedade maior em outros
esportes, mas não no futebol. A mulher ganhou destaque, espaço em muitas
modalidades, mas no futebol ainda não teve um reconhecimento, um campo
maior para mostrar seu potencial.
Para Altmann (1999), quando meninas jogam contra meninos, ao invés
deles se sentirem-se desafiados, acabam se sentindo ameaçados com medo
de serem derrotados, porque as meninas podem, a qualquer instante ou
ocasião, superar as expectativas e apresentarem-se com grande desenvoltura
para os esportes.
Analisando os autores citados, eu vejo que a sociedade dá um destaque
especial ao futebol, evidenciando que as meninas ganham espaço em outros
esportes, mas não no futebol, em contrapartida, os meninos se sentem
ameaçados em jogar contra as meninas, com receio ou diria certo medo de
serem vencidos.
De acordo com o gráfico número 3, 100% das meninas costumam jogar
futebol na escola.
Vendo a posição dos dois autores, entendemos que, de um lado deve
ser feito um trabalho para a inclusão da menina no futsal escolar, como forma
educativa e pedagógica, por outro lado, o futebol é um esporte “pesado” para
as meninas praticarem, porque as deixaram com o corpo fisicamente
modificado.
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Gráfico 3 - Como são compostas as turmas
que jogam futebol em sua escola quanto ao
sexo: turmas exclusivamente femininas ou
turmas mistas?
60%
40%
FEMININAS
Gráfico 4 - Como ocorre a ocupação da
quadra fora do horário da aula de Educação
80%
Física?
10%
0%
MENINOS
10%
MENINAS
De acordo com o gráfico número 3, as turmas que jogam futebol na
escola, em relação ao gênero são de 40% femininas e 60% mistas.
Segundo Oliveira (2004) ratifica que através de um estudo realizado com
alunos do ensino fundamental, mostra que a discriminação é notável durante o
período escolar e que as meninas são o sexo frágil dito pela sociedade e
durante as aulas dizem que são menos privilegiadas. Contudo, desde a base
escolar já existe a exclusão de gênero, meninas não se juntam aos meninos
para participarem de todas as atividades, em especial o futebol.
De acordo com Haertel; Gonçalves Júnior (2007) algumas atividades
recreativas devem ser implantadas para que diminua a discriminação, supere a
questão de gênero e a supremacia masculina. Entretanto deve ser colocados
jogos, para que não ocorra a discriminação de nenhum tipo, cor, raça, religião,
e aconteça a inclusão.
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Observando a visão dos autores, vemos que existem pesquisas
verídicas que mostram turmas são exclusivas de meninos, mostrando que as
meninas ficam “de lado” da prática do futsal, entretanto, através do professor
pode ser feito um trabalho para que possa incluir as meninas juntamente com
os meninos para praticar o futebol.
Gráfico 6 - Indique o seu esporte
preferido para jogar dentre: basquete,
futebol, handebol ou voleibol.
80%
20%
VÔLEI
FUTEBOL
0%
0%
HANDEBOL BASQUETE
De acordo com o gráfico número 4, 80% dos alunos não ocupam a
quadra fora do horário da aula de Educação Física e em outras duas ocasiões,
10% dos meninos ocupam a quadra fora do horário da aula de educação física
e outros 10% são ocupadas igualmente por ambos os sexos.
Segundo Ventura, Hirota (2007) enfatizam que apesar do aumento no
número de meninas que ingressam no futebol e começam a praticá-lo hoje,
perdura o machismo da sociedade sobre o tema e excluía oportunidade de se
destacarem em relação ao futebol profissional.
Observando essa situação acima mencionada, vemos que os meninos
são quem usam com mais frequência à quadra em horários fora do horário
escolar, às meninas também poderiam usar a quadra, mas talvez pela falta de
garotas osuficiente para formarem times não consiga frequentar a quadra na
mesma proporção dos meninos.
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De acordo com o gráfico número 5, para 90% dos alunos, o futebol deve
fazer parte do programa nas aulas de Educação Física e para 10% dos alunos,
o futebol não deve fazer parte do programa nas aulas de educação física.
Segundo os estudos de Silveira (2008) ao pesquisar uma equipe de
futsal feminino encontrou em suas entrevistadas respostas semelhantes às
descritas pelos adolescentes da escola quando indagadas sobre seu inicio no
esporte, percebe-se que a inserção das meninas na prática do futsal se deu
predominantemente, através de jogos e brincadeiras realizados próximos às
suas residências, como forma de lazer e de socialização, vividos por elas em
seu cotidiano.
Entendendo o futebol como uma modalidade escolar, ele deve sim fazer
parte das aulas de Educação Física, porque faz com que todos os alunos se
interajam. Procurando que através do esporte, todos participem sem exclusão.
Gráfico 5 - O futebol deve fazer parte do
programa de suas aulas de Educação
90% Física?
10%
SIM
NÃO
De acordo com o gráfico número 6, 80% dos alunos preferem o futebol e
20% preferem praticar o voleibol.
Assim, o entendimento dos motivos pelos quais as adolescentes se
envolvem com a prática dos esportes, em nosso caso o voleibol, tem sido fonte
de várias pesquisas para profissionais e pesquisadores da área. Nas ultimas
décadas, o esporte que mais se popularizou foi o voleibol. Hoje o voleibol é o
segundo esporte mais praticado no Brasil. As recentes conquistas das seleções
brasileiras e o patrocínio de grandes empresas fizeram com que sua
popularidade crescesse de maneira considerável na última década. Sua prática
ocorre tanto na forma recreativa e de lazer, quanto profissional (BOJIKIAN,
1999).
Analisando essa questão de preferência, vimos que o futebol ainda é o
primeiro esporte mais praticado no Brasil, mas o vôlei veio crescendo
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consideravelmente, chegando em alguns lugares, a ser mais praticado do que
o próprio futebol.
Gráfico 7 - Você participa dos jogos de
futsal?
40%
40%
20%
0%
SEMPRE
QUASE SEMPRE
De acordo com o gráfico número 7, 40% dos alunos sempre participam
dos jogos de futsal, outros 40% quase sempre participam dos jogos de futsal e
20% quase nunca participa dos jogos de futsal.
Conforme Vaz (2005) aoposição à participação das meninas nos jogos
de futsal,tem diminuído sensivelmente, entretanto, as que topam jogar e são
aceitas pelos times dos meninos só são porque aceita praticar o futsal do jeito
que ele é jogado pelos meninos. Ou seja, um jogo para homens, no qual não
se pode reclamar, deve-se jogar duro, de forma viril, usando a força de forma
desproporcional, tanto para chutar a bola, quanto para tirá-la do adversário, é
legal por todos os praticantes.
Avaliando esse impasse de jogar ou não os jogos de futsal, a
modalidade deveria ser igual para ambos os sexos, o mesmo direito de jogar
que os meninos têm as meninas também, muitas jogam melhor do que muitos
meninos.
Considerações Finais
O objetivo desse estudo foi verificar a existência de preconceito em
relação ao gênero no futsal escolar no ensino fundamental II. Em relação à
discriminação dos meninos para com as meninas. Como visto, o futsal é um
esporte praticado em todo o mundo, em especial no Brasil, entretanto, sendo
que é o primeiro esporte do país, detentor de cinco títulos mundiais, mas
observando a modalidade sendo praticada em âmbito escolar, pude constatar
que numa escola do Alto Tietê onde foi feita à pesquisa, o futsal acaba ficando
restrito somente aos meninos, só eles praticando e as meninas ficando
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“jogadas” de lado, muitas sendo excluídas ou se excluindo, embora em
algumas escolas, tem turmas de futsal exclusivas de meninas, onde jogam de 2
a 3 vezes por semana, fazem treinos específicos e etc.
Alguns professores não abrem espaço para que as meninas joguem com
isso muitas delas no momento da aula de educação física vão jogar voleibol ou
ficam sentadas conversando ou mexendo no celular.
Conclui-se que a iniciativa de incluir meninos e meninas nas aulas de
futsal deve ser do professor que está no comando da situação, que leva a aula
de acordo com a sua filosofia de trabalho, motivando meninos e meninas a se
interagirem e praticarem o futsal em conjunto.
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educação física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.21, p. 112-117;
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A FÁBRICA DE CHOCOLATES COMO ALTERNATIVA AO
EMPREENDEDOR: UM PLANO DE NEGÓCIOS NO RAMO
ALIMENTÍCIO
Aline Serafim da Silva¹
Diana Mondeck Gaffo²
Elisabete de Carvalho Silva Santos³
Rodrigo Hidaka4
ProfºAntonio Eduardo Batista
Profº Fernando Souza Cáceres
Profª Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
RESUMO
O presente projeto tem como principal propor um plano de negócios
para a implantação de empresa no ramo Alimentício, na cidade São Paulo.
Para atingir este objetivo foram aproveitados os principais conceitos que
compõem a estrutura de um plano de negócios, utilizando a visão de autores
renomados. O processo metodológico desenvolveu-se por meio de pesquisa de
mercado pelas referências da internet, na qual foi possível identificar que o
segmento de Chocolates Finos é um mercado favorável e que possui uma
grande aceitação, devido o chocolate ser apreciado por milhares de pessoas,
visando esta oportunidade de negócio e o constante crescimento do mercado
de Chocolates, decidimos atender essa demanda, introduzindo como proposta
Bombons Gourmet, uma linha sofisticada.
Palavras chaves: Plano de negócios, Chocolates Gourmet, demanda.
1
INTRODUÇÃO
2
1
Aline Serafim da Silva, Graduada do curso de Administração – Faculdade Unida de Suzano (Unisuz).
E-mail: [email protected]
2
Diana MondeckGaffo, Graduada do Curso de Administração – Faculdade Unida de Suzano (Unisuz)
E-mail: [email protected]
3
Elisabete de Carvalho Silva Santos, Graduada do Curso de Administração – Faculdade Unida de Suzano
(Unisuz). E-mail: [email protected]
4
Rodrigo Hidaka, Graduando do Curso de Administração – Faculdade Unida de Suzano (Unisuz).
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Para desenvolvimento do projeto que segundo Chiavenato (2004)“[...] é um
conjunto de dados e informações sobre o futuro empreendimento, definindo
suas principais características e condições, para proporcionar uma análise de
sua viabilidade e dos seus riscos, bem como para facilitar sua implementação”,
na qual foi aplicado todo o conhecimento adquirido no decorrer do curso de
administração, com o objetivo de abrir um empreendimento no ramo de
chocolates.
Conforme o estudo de mercado e dados obtidos pela ABICAB (Associação
Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), o
Brasil é o terceiro maior mercado de chocolates do mundo, esta atrás apenas
dos Estados Unidos e Reino Unido, mas logo alcançará a segunda posição até
2016, à porcentagem que mostra esta tendência é a taxa de crescimento de
3,6%, sendo que a média mundial é de 2%. Este mercado de chocolates
movimenta9 bilhões no Brasil, e todos buscam uma participação ou aumentar
sua fatia nesse mercado. No ano de 2013 foram consumidas cerca de 180
toneladas de chocolate no país, tendo um consumo per capita de 2,2 quilos por
ano, na cidade de São Paulo esta média esta acima da média nacional, sendo
este percentual de 3,8 quilos por pessoa. Uma pesquisa encomendada pela
ABICAB, constatou que 75% da população consome o alimento e 35% não
troca o chocolate por nenhum outro alimento ou bebida e 56% desses
consumidores são do sexo feminino.O faturamento no segmento de bombons
no Brasil é de 1,5 bilhão e a linha gourmet cresce 20% ao ano.
O Brasil é o segundo maior fabricante de chocolates do mundo, atrás da
Inglaterra, com cerca de 60 mil agricultores cultivando o cacau, o Brasil tem
seis estados produtores da commoditie. A Bahia possui a maior parcela, com
61% da produção nacional e o Pará vem em segundo, com 23%. Os estados
de Roraima, Espírito Santo e Amazonas respondem por 15%.
Através das pesquisas citadas e estudos de mercado, conhecimentos sobre a
concorrência instalada, preço praticados, poder aquisitivo do publico alvo
predominante da região que se pretende atender e cultura, é possível projetar
bons resultados para este empreendimento na qual se compreende que são
critérios da análise SWOT, que segundo Chiavenato (2004)“Trata-se de
relacionar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo e com
as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da organização.”
E-mail: [email protected]
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Para o desenvolvimento do projeto, foi escolhida a cidade de São Paulo por ter
um fator econômico elevado, e possuir um grande número de atacadistas e
distribuidoras de chocolates fazendo que o produto chegue de forma rápida ao
consumidor final.
Como o objetivo específico, analisamos o mercado que possui atratividade
devido à alta aceitação do produto, o que corresponde ao fato do chocolate ser
apreciado por pessoas de todas as idades e gêneros o que faz do produto um
item muito requisitado. Foram utilizadas as ferramentas de planejamento
estratégico, análise SWOT, As Cinco Forças de Porter, cálculo de demanda,
insumos, investimentos necessários e por fim os resultados dos índices
financeiros TMA, TIR, VPL e PAYBACK para constatar a viabilidade do
negócio.
METODOLOGIA
A metodologia aplicada foi análise de mercado, com embasamento em livros e
artigos tanto virtuais, como físicos, avaliando o segmento a ser trabalhado e o
tipo de pesquisa desenvolvido foi a Descritiva, que segundo Malhotra (2001) é
o “Tipo de pesquisa que se destina a descrever características de determinada
situação ou funções do mercado.”, pois ela auxilia a realizar previsões
especificas de consumo e determinar as percepções dos consumidores em
relação ás características do produto. Outra pesquisa aplicada foi à pesquisa
quantitativa que teve por principal objetivo quantificar os dados para obter um
resultado de amostra para determinar a demanda.
DESENVOLVIMENTO
Para iniciar o planejamento deste projeto foram pesquisados dados sobre o
ambiente interno e externos, relacionado à implantação de uma indústria de
Chocolates Gourmet, uma linha sofisticada, e para isso foram feitas análises
sobre o setor econômico no Brasil de movimentação de chocolate, e estudouse o consumo per capita.
Para mensurar a demanda foram pesquisados junto a ABICAB (Associação
Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados),
baseando-se nos dados do ano de 2013, o consumo de Bombons no Brasil
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onde foi retirada uma fatia de 10% do mercado para abranger a cidade de São
Paulo, cidade que foi escolhida para o desenvolvimento do presente projeto.
Com base nessas informações foram selecionados o público alvo, que será
destinado para todas as idades tanto do gênero feminino e masculino
pertencendo às classes A, B e C, com a renda familiar R$ 10.200,00 à R$
2.040,00, a princípio será oferecido para as pessoas que residem na cidade do
estado de São Paulo, que gostam de consumir chocolates regularmente, que
buscam produtos mais sofisticados e diferenciados e que possuem o hábito de
presentear familiares e amigos com o chocolate. Outra ferramenta utilizada
foram as Cinco forças, que segundo Porter (1989, p.04), “[...] determinam a
rentabilidade da indústria, porque influência os preços, custos e o investimento
necessário, os elementos do retorno sobre o investimento.” Onde são
analisados a rivalidade entre os concorrentes, ameaças de novos entrantes,
ameaça de produtos substitutos, poder de barganha dos fornecedores e com
compradores, para aplicabilidade no negócio. Na força Intensidade da
rivalidade entre os concorrentes, existem alguns concorrentes diretos e
indiretos, porém a conquista dos clientes deve ser feito por meio da
diferenciação, criando um sentimento de lealdade e preferência, o que gera
isolamento contra os concorrentes. Já para Ameaças de novos entrantes,
criaremos barreiras aos novos entrantes a empresa terá que estar sempre se
antecipando aos seus concorrentes, através de desenvolvimento e lançamento
de novos produtos, com freqüência, tendo em vista as informações
necessárias, em um mercado de rápida evolução.
O método de apreçamento adotado para o preço do produto é de preço de
mercado, que para Kotler (1996.p. 306), “Quando uma empresa fixa seus
preços principalmente baseados no que seus concorrentes estão cobrando,
sua política de preços pode ser descrita como orientada para concorrência.”
Neste caso a empresa se baseará nos seus concorrentes e todas as ações de
promoções que os mesmos realizarem será acompanhado para que assim
possa ser igualado dentro do mercado de chocolates.
A estratégia escolhida para esse empreendimento será a estratégia de
diferenciação, Conforme Porter (1989, p.111) “Diferenciação é a capacidade
que uma empresa tem de ser percebida como diferente dos concorrentes, em
função de suas vantagens competitivas”. O Diferencial do empreendimento
será na sua produção a matéria prima que será utilizada é de altíssima
qualidade e as embalagens possuirão um toque de sofisticação e design, serão
latas de metais, que serão decoradas em forma de presente, para que assim, o
cliente se sinta totalmente satisfeito com um produto completo, pois não será
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necessário embrulhar caso seja oferecido como presente, o que irá gerar valor
percebido aos clientes.
A praça escolhida é a cidade de São Paulo, segundo Crocco, Telles, Gioia,
Rocha e Strehlau (2010), “praça está relacionada à logística e distribuição do
produto para que ele chegue ao seu destino, o consumidor.” O projeto do canal
vai ser de distribuição indireta, de nível dois, pois terá a principio apenas dois
intermediários facilitadores para os clientes, sendo para distribuidoras de
chocolates e atacadistas, e depois para mercado de varejo, situados na cidade
de São Paulo. A estratégia deste canal tem como objetivo, que o produto
chegue de forma rápida ao consumidor final, pois os intermediários farão a
distribuição do produto para as vendas no varejo. As entregas nos
estabelecimentos serão realizadas com o veiculo da empresa pelo motivo da
necessidade do transporte ter padrões específicos, refrigeração no veículo, que
tem que estar em temperatura ambiente adequada para a conservação dos
produtos.
Referente à análise das projeções financeiras e o balanço patrimonial,
observamos que a empresa possui uma lucratividade considerável ao longo
dos cinco anos. Os investimentos no projeto serão realizados com 100% de
capital próprio, na análise da Taxa Mínima de Atratividade (TMA) de 25%, o
Valor Presente Líquido (VPL) é maior que a Taxa Interna de Retorno (TIR) de
51%, e o PAYBACK Descontado é o período de tempo necessário para
recuperar o investimento, considerando-se o valor do dinheiro no tempo, a
empresa terá este retorno em 4 anos.
CONCLUSÃO
Para o desenvolvimento do negócio foram utilizadas referências bibliográficas
de autores renomados, e conhecimentos adquiridos ao longo da vivência
acadêmica do curso de Administração de Empresas, através deles foram
possíveis aplicar na prática o conteúdo para criar um projeto empreendedor
conforme apresentado neste artigo.
Concluímos que para criar um plano de negócios é necessário estudar e
analisar o mercado e as ferramentas que devem ser trabalhadas no
empreendimento como a pesquisa de mercado, análise SWOT, as Cinco
Forças de Porter e os índices financeiros, nos demonstraram o quanto são
importantes para identificar a viabilidade do negócio.
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A FILOSOFIA DE ENRIQUE DUSSEL COMO PRESSUPOSTO
PARA UMA PEDAGOGICA
Fábio Junio Soares [email protected]
Marco Aurélio Pinheiro [email protected] Coordenador adjunto
Faculdade Unisuz
Resumo
A Filosofia da Libertação traz para a América Latina um modo de pensar que principia
da significação de mundo deste continente. A necessidade de sistematização de um
pensamento circunstancial se fundamenta quando se olha para a realidade, essa é o
norteador da Filosofia da Libertação, que é uma tentativa de afirmação de um
pensamento oriundo de sua terra, que foi negada pelo processo de colonização. Essa
discussão norteia os trabalhos de Enrique Dussel. A pesquisa bibliográfica realizada
encontrou-se com o pensamento deste autor e sua proposta metafísica, que é a devida
afirmação deste sujeito negado, esse processo de afirmação, de ressignificação passa
pela metafísica da libertação, que um de seus momentos é sua Pedagógica, que abre
caminhos para o futuro político de determinado grupo.
Palavras chave: Filosofia da libertação; Pedagógica; Enrique Dussel.
Introdução
O que aqui é abordado é o fazer filosófico latino americano. No século passado
ficou conhecido em nosso continente um movimento chamado da “libertação”, que
abrange várias áreas do conhecimento, este artigo concentrará na chamada filosofia da
libertação, e sua Pedagógica.
Cada grupo, tribo, povo tem seus aspectos que lhes são peculiares, que
caracteriza o que se entende por identidade, essa é o significado existencial desse povo,
negar, romper, destruir estas suas características é destruir o próprio povo. No processo
de colonização das Américas é ocorrida esta destruição, uma negação de um povo que
já estava instituído dentro do mundo e, o que hoje chamam de crise de identidade
provém da decorrência histórica vivida, por isso é preciso refletir uma proposta que
reafirme, resgata, liberta da negação velada.
O caminho traçado para alcançar o objetivo final deste artigo acontece com a
apresentação dos fundamentos da Filosofia da Libertação e o desembocar disso na
prática é a ética, pois é o lugar que a vida acontece e, analisar a Pedagógica de Enrique
Dussel, como projeto de esperança para o futuro.
Metodologia
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Foi realizado uma revisão bibliográfica dos últimos trabalhos éticos de Enrique
Dussel, com ênfase a sua obra “Ética da libertação na idade da globalização e da
exclusão” e com apoio a seus trabalhos primeiros foi feito uma releitura de sua obra
“Método para uma filosofia da libertação”.
Filosofia da libertação
A história de nossa América já é de nosso conhecimento, passamos por longo
período de colonização explícita e, vivemos as consequências no desenrolar histórico
deste fato. A filosofia da libertação, um movimento filosófico que nasce em território
latino com a proposta de criticar a hegemonia imposta pelos grandes centros culturais e,
demostrar a negação ocorrida ao nosso povo.
Com estabelecimento do sistema colonizador, ocorre a negação da identidade do
povo latino americano, pois já ocorria toda uma significação de mundo, uma linguagem
específica, que o rompimento disso, desmonta um ethos, para a construção de outro, no
entanto essa passagem foi realizada impossibilitando a Alteridade, de modo que
estabeleceu uma crise de identidade (PANSARELLI, 2013).
Dussel com a filosofia da libertação, fala sobre o mito da modernidade, ou seja,
uma modernidade que faz a Universalização de seus conceitos, e não observa, e até
mesmo justifica com isso as consequências na Mundialidade. Essa observação é
fundamental para toda a arquitetônica filosófica da filosofia da libertação.
Com o levantamento dos problemas apontados, vemos que Dussel propõe uma
tarefa desconstrutiva, para depois propor uma tarefa construtiva e a ética da libertação.
O autor que utilizamos para demonstrar a crítica de Dussel é o filosofo Hegel.
Hegel em seu método dialético propõe um caminho ao conhecer, porém o
conhecimento está em uma relação entre sujeito e objeto, e Hegel pretende estabelecer
uma unidade entre esses dois. Para Dussel, Hegel entenderá o ser como uma síntese
entre sujeito e objeto, superando a oposição entre eles, chegando a uma unidade que
abarcará toda a compreensão.
Isso significa dizer que o processo dialético torna-se o próprio conhecimento,
uma vez que conhecer, como ação exige, pelo menos, um sujeito (que
conhece) e um objeto (cognoscível). A síntese promovida pela dialética, que
reúne objeto e sujeito, superando-os em uma unidade, inviabiliza todo o
conhecimento, ou, antes, faz com que todo conhecimento seja única e
exclusivamente autoconhecimento. (PANSARELLI, 2013 p.82).
Após a apresentação deste recorte e de jogarmos luz sobre como Dussel faz sua
leitura ao filósofo Hegel, fica mais claro sua intenção de mostrar que a dialética
hegeliana elimina a diversidade, para estabelecer um sistema dialético, que culminará na
transformação do diferente no mesmo. Isso implicará na negação da exterioridade, ou
pelo menos, na eliminação do direito a exterioridade, não possibilitando a alteridade.
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A superação deste sistema aparece na proposta de um novo método, que ele
chama: “analético”, este método é uma tentativa de superação do dialético de Hegel,
que “...é o caminho que a totalidade realiza em si mesma: dos entes ao fundamento e do
fundamento aos ente.” (DUSSEL, 1986 p196). A Analética parte do outro livre, que está
além da totalidade, ou seja, é um falar, é a palavra pronunciada pela exterioridade. A
diferença entre os métodos consiste em que para Dussel “O método dialético é a
expansão dominadora da totalidade desde si; a passagem da potência para o ato de ‘o
mesmo’. O método analético é a passagem ao justo crescimento da totalidade desde o
outro e para servi-lo criativamente” (1986 p.196).
O revelar do outro é agora um ato extensivo a totalidade, não mais voltando ao
mesmo, mas o Outro enquanto Outro, livre, e ele diz, e o escutar de seu dizer, produz,
cria, expande o total, porém não se finda como um retorno abarcante ao mesmo, pois o
outro é sempre outro e, todo o dizer dele é uma nova criação, uma nova realidade.
Vemos aqui rapidamente quais são os pressupostos do pensamento da filosofia
da libertação, vale lembrar, que Enrique Dussel, foi influenciado pela filosofia de
Levinas, que tem á ética como metafísica, e aponta o outro como a exterioridade, no
entanto enquanto o filósofo lituânio fala de um Outro Absoluto, abstrato, Dussel fala de
uma existência real desse Outro, que é as periferias mundiais. Com essa existencial real,
é preciso estabelecer uma ética que seja a partir deste Outro livre e consciente de sua
condição, que ele chama de ética da libertação.
A metafísica da filosofia da libertação se dá em quatro momentos que são: a
erótica, pedagógica, política e o anti-fetichismo. Assim se dará as relações éticas de
alteridade que subjaz a proposta ética da libertação.
A erótica é a relação homem e mulher, a negação que ocorre nessa relação se dá
por meio do machismo, que nega a mulher em sua alteridade. A superação desta
negação não acontece somente com a igualdade dos direitos concedidos ao homem, mas
uma afirmação da sua real distinção e respeitada em sua realidade.
A pedagógica acontece na relação pai-filho, o machismo que impera na relação
erótica, também está presente na pedagógica, com a negação da criança como outro.
Com a relação homem-mulher liberta, também faz necessário a educação libertadora
dos filhos, respeitando sua exterioridade, que futuramente esta criança também estará
constituindo uma relação política.
A política é a relação irmão-irmão, o ombro-a-ombro, em que se faz presente a
alteridade, não observando os desejos individualistas, mas aquilo que se faz comum.
Essa relação se dá dentro de um sistema político estruturado, em que cada qual tem sua
função, este momento é a condicional condicionante dos outros momentos, pois é a
partir dos sistemas instaurados que acontece os outros momentos.
O anti-fetichismo acontece para que não se divinize o que foi acordado, todo
sistema tem a tendência à divinização, de se tornar uma totalidade abarcante. O antifetichismo é a garantia histórica da libertação, pois todo sistema que hoje abrange a
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exterioridade, futuramente será inviável para uma nova exterioridade que grita por
justiça.
A ética da libertação fundamenta-se em três princípios que são: Material, Formal
e Factível.
“Esta é uma ética da vida”, afirma Dussel, “a vida humana é conteúdo da ética”
(2012, p.93), ela não se restringe em apenas uma vida biológica, mas em uma vida
humana, a diferença entre os demais animais e o animal humano é sua vida ética.
A vida humana é o modo de realidade do sujeito ético, que dá o conteúdo a
todas as suas ações, que determina a ordem racional e também o nível das
necessidades, pulsões e desejos, que constitui o marco dentro do qual se
fixam fins. Os fins são colocados a partir das exigências da vida humana. Isto
é, o ser humano enquanto vivente constitui a realidade como objetiva na
medida exata em que determina como mediação da vida humana. Se se
defronta com algo, de fato, empírica e cotidianamente, é sempre
necessariamente como aquilo que de alguma maneira é recortado do meio
que constitui nosso entorno conducente à vida do sujeito ético (DUSSEL
2012, p. 131)
Dussel assim fundamenta seu princípio material, que deve desenvolver, produzir
e reproduzir vida, o material dito por ele é em sentido forte, ou seja, não só relações de
produções, mas tudo que realiza o sujeito ético humano.
O princípio moral formal baseado no reconhecimento do sujeito ético vivente,
inicia a execução da formalidade que será vivenciada pela comunidade da vida, mas a
intenção desta ética da libertação é a afirmação da vida humana, por isso esse consenso
formal terá como base de formulação o critério e o princípio material, e isso implica que
a consensualidade teórica deve coincidir com a possibilidade de ser real, e não buscar
uma utopia.
Vemos que:
“O critério procedimental da argumentação se transforma no princípio moral
de validade, quando se reconhecem os outros e a si mesmo como sujeitos
morais iguais, e se permite que participem na argumentação
cossolidariamente enquanto afetados éticos em sua necessidades”. (DUSSEl,
2012, p.215)
Partindo do Outro livre, formula-se o que será seguido comunitariamente, é a
afirmação daquele que estava negado, que agora participa dos acordos estabelecidos,
essa formalização moral deve observar o princípio material e respeitar o Outro como
Outro, não se trata de inclui-lo no sistema vigente, mas reconhecer como existente a ele
e toda sua significação de mundo.
Já discorremos por outros dois princípios que junto com esse constituem o
fundamento desta proposta. Com isso Dussel sintetiza sua ética, somente quando
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observando os dois primeiros princípios e sendo eles factíveis com as condições reais é
que se deve iniciar o ato ético (MENDIETA, 1998). Analisaremos o princípio factível
da ética da libertação.
Depois dessa pequena introdução já é possível perceber o rumo que Dussel
pretende seguir para sua fundamentação ética, para isso ele estabelece primeiro o
critério de factibilidade, esse critério estabelece a relação do homem e sua natureza, ou
seja, a vida humana biológica é material, tem suas necessidades vitais para seu
desenvolvimento e reprodução, e a comunidade vivente humana tem necessidades
técnicas, com isso podemos dizer que o critério de factibilidade é entendido da seguinte
maneira:
“Quem projeta realizar ou transformar uma norma, ato, instituição, sistema
de eticidade, etc, não pode deixar de considerar as condições de possibilidade
de sua realização objetivas, materiais e formais, empíricas, técnicas,
econômicas, políticas, etc, de maneira que o ato seja possível levando em
conta as leis da natureza em geral e humanas em particular. Trata-se de
escolher as mediações adequadas ou eficazes para determinados fins”
(DUSSEL, 2012, p.268).
Com isso vemos que o projeto filosófico da libertação não se trata somente de
uma fundamentação teórica sem influências práticas para vida, no entanto é inevitável a
pergunta. Em que este pensamento filosófico influencia um projeto pedagógico?
A Filosofia da Libertação parte desde o Outro, que tem sua significação de vida,
como já mencionado, isto se dá também em uma educação libertadora, em que olhe o
Outro que será educado, sendo que o educará livre, observando que futuramente
constituirá uma relação política, como já explicitado na metafísica da libertação. A
concentração deste trabalho será na pedagógica de Enrique Dussel.
A Pedagógica
Em cada um dos pontos a ser analisados desde a proposta da ética da libertação
Dussel propõe o mesmo método. Começa por uma hermenêutica dos símbolos presentes
na história da cultura latino americana (partindo das culturas ameríndias, passando pela
colonial até os dias atuais). Utilizava os mitos, as narrativas épicas, as tradições orais, as
novelas contemporâneas, entre outras. Na fase seguinte era necessário situar o problema
ontologicamente, afim de possibilitar: 1) a penetração do outro na Totalidade vigente (a
mulher oprimida na erótica machista; o filho/filha – juventude povo na pedagógica de
dominação; o pobre na política de dominação capitalista; 2) a negação dessa Totalidade;
3) o processo de libertação com vistas ao projeto de libertação.
Concentraremos a nossa atenção na pedagógica dusseliana, considerando a sua
maior colaboração no que concerne a aplicação de sua teoria ao tema educação.
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O texto começa precisando o termo pedagógica e distinguindo-o de pedagogia.
O segundo é a ciência do ensino e da aprendizagem (DUSSEL, 1977 p. 123), diferente
da pedagógica que é o processo de relação cara-a-cara com o Outro de onde advém um
conhecimento. Esse processo vai além dos espaços pedagógicos formais e se propõe na
relação entre filósofo e não filósofo, mãe ou pai e seu filho, médico e paciente, é o que
constitui o que aprendemos do outro, diferente do que criamos por nós mesmo. Outra
referencia importante é que a pedagógica está no processo de transição da erótica para o
político. A erótica é a relação homem e mulher que tende a geração de uma nova vida, a
política é a forma como as pessoas se organizam socialmente. A pedagógica é o
caminho entre a geração e o processo de aprendizagem para a vida em grupo. Esse entre
se confunde no sentido de formar um ciclo entre as duas partes do processo: os meninos
e meninas que nascem em uma família (erótica) e são educados por ela (pedagógica)
serão futuramente adultos vivendo em sociedade (política) que terão os seus filhos
(erótica). A relação entre os três seguimentos se auto-implica em vista da constituição
da pessoa em sua circunstancia. Mas podemos analisar o fenômeno pedagógico com
uma certa autonomia sem destacá-lo do complexo de relações no qual está inserido.
O primeiro passo dessa análise é constituir os elementos simbólicos da
pedagógica.
E passaram quatro dias e o sol o céu estava quieto. A terra toda tremia embaixo das
sombras se eternizavam. Os deuses se unem e formam o concílio: o que acontece?
Porque o sol não se move? O sol era uma divindade machucada vestida de sol em
seu trono. Vai o mensageiro e pergunta: os deuses querem saber porque razão não te
moves! E o sol respondeu: Sabe porque? Quero sangue humano. Quero que me
dêem seus filhos, quero que me dêem sua prole.” Essa é uma situação pré-edípica,
pré-hispânica, porque Huitzilopchtli, o sol, foi um pequeno deus (filho) imolado
pelos outros deuses para servir-lhes de comida. Por isso que exige a imolação dos
filhos (DUSSEL, 1977 p. 126)
O mais importante desse mito é a certeza que o filho é a esperança de renovação,
dos rituais de iniciação, de um novo início para todo o grupo. Mas o seu sangue é a
marca da manutenção da ordem estabelecida. Deve ser educado dentro da tribo para
seguir o ethos daquele grupo e, nesse sentido, manter a sobrevivência pacífica.
É possível perceber na cultura ameríndia a falocracia machista do pai que se
cristaliza no Estado. A conseqüência desse processo é a morte do filho que pode ser
oferecido em sacrifício, e a negação da mãe (compreendida como a cultura que se opõe
ao Estado). Esse processo erótico (machista, falocrático) e político (cristalização do
papel do macho no Estado e a oposição á cultura), estão nas duas pontas do processo
pedagógico latino americano. Para compreendê-lo precisamos perceber que o filho
latino americano já não tem mais uma identidade definida depois do processo de
colonização. O macho colonizador que encarna o Estado que domina as pessoas e as
decisões desde então (político) toma á força a mulher índia (erótica). Dessa relação
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nasce algo que nega o pai, não é colonizador, e nega a mãe, não é colonizado. O mestiço
é um hibrido que nasce desse processo erótico e pedagógico violento, e representa o
totalmente Outro, o desconhecido, a negação de uma Totalidade que já existia e daquela
que se instaura de forma violenta. Assim começa também a nova forma de educação dos
moços na perspectiva Cristã e nos moldes coloniais. Se o processo erótico começa na
dominação do colonizador sobre a índia e o político no assassinato do índio, o processo
pedagógico tem início com a doutrinação do mestiço e do índio que antecede e se
prolonga com o processo de dominação.
Contemporaneamente esse processo não acontece de forma diferente. A cultura
liberal se instala na forma de produção, consumo e organização do Estado de tal modo
que a cultura local, ou cultura popular passa a ser menos importante do que a cultura da
grande nação capitalista liberal. Dominada a mãe e o pai, os filhos devem ser educados
para viver nesse novo espaço social e reproduzir os seus valores. (DUSSEL, 1977 p.
131). A revolução é um processo de consciência histórica e luta pela manutenção da
cultura popular, libertando-a das cadeias que a oprimem o Estado Liberal. Os filhos se
lançam em vista de libertar a sua mãe (cultura) contra a falocracia. As revoluções
nacionais do século XX, como o zapatismo, por exemplo, atendem a necessidade de
estabelecer processos de libertação desde a consciência da história cultural de um povo.
Passando para o segundo passo, ou seja, em perspectiva de negar esse processo
de Totalidade em que foi inserido o processo pedagógico, faz-se necessário
compreender em qual matriz se estabelecem as relações pedagógicas na América latina
afim de traçar projeto de libertação.
Dussel afirma que a matriz da proposta pedagógica se instala desde a negação de
um projeto de cristandade medieval, e por isso grego-latina e segue a proposta kantiana
de organização do conhecimento e da sua transmissão. Nega um modelo pedagógico
anterior, feudal, que oferece total poder ao Papa para decidir sobre questões de fé e de
comportamento, mas não afirma o novo modelo. É um caminho de negação sem a
necessária afirmação do que se deve por em lugar dessa autoridade paternal, que ensina
a forma como as pessoas devem agir. O Estado-pai nega a cultura popular-mãe fazendo
de seu filho um órfão. Se o filho apega-se a mãe o Estado-pai deseja a sua morte,
porque a cultura popular destruiria os valores do Estado-pai burocrático. Deve ser antiedípico o Estado e manter o filho sob a condição de orfandade, o Estado tem, dessa
forma a possibilidade de ser seu tutor e formá-lo para os valores burgueses nascentes. O
modelo que nasce nessa época e de grande impacto nas colônias latino americanas é o
Emilio de Jean Jacques Rousseau. Esse autor nos torna órfãos quando nega a autoridade
da organização social feudal e cristã anterior dizendo que negavam a natureza humana,
ou o seu estado anterior a civilização. Sendo assim, o menino que vivia a sua vida no
palácio era pouco afeito ao aprendizado, mimado e de corpo flácido, em contrapartida
aquele que vivia no campo era afeito ao trabalho manual e pronto á disciplina da vida
rude e submetida às intempéries. Se seguimos com a leitura desse autor percebemos que
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existe uma relação muito próxima entre os valores burgueses e a sua proposta
pedagógica: a educação dos jovens pobres não deve ser um problema, mesmo porque
não precisam dela, mas a educação dos jovens ricos estava a errada, pois seguia os
padrões antigos, ligados aos valores feudais e cristãos. O jovem deve ser órfão de sua
cultura popular para ser educado pela nova cultura da revolução burguesa. Não apenas
Rousseau, mas também Hobbes instala esse processo de forma ainda mais imperativa
quando afirma que as pessoas devem renunciar da sua liberdade e não interferir na
educação dos filhos em função da paz e convivência social saudável, que se protege da
guerra de todos contra todos.
O próximo passo é instituir a superação dessa pedagógica de opressão em vista
de um projeto de libertação. Esse projeto é a possibilidade de um sistema nãopedagógico, ou seja, de possibilitar pessoas não instaladas, diferentes da proposta de
Hegel (DUSSEL, 1977 p. 145). A condição de progenitores assume um caráter de
grande dignidade, porque instala o novo no Mesmo, propõe o Outro que irrompe como
incerteza de continuidade do Estado e dos valores defendidos por ele. Pro-criar é
assumir a tarefa de, a partir do amor, do face-a-face, criar o novo irreversível, dis-tinto.
O ser surgente não é um produto que se informa a partir dos pressupostos dos pais, mas
é um evento que assume condição metafísica e transontológica, no sentido que o novo
que se instala é liberdade, é possibilidade, condição possibilidade para existir
efetivamente. Existe uma assincronia em relação as duas gerações, diferente da erótica e
da política, a pedagógica sempre se dispõe em encontros de pessoas que não coincidem
cronologicamente. Esse fenômeno pode nos ajudar a entender a tradição. A pedagógica
entende que a tradição é própria da assincronia. Quando se celebra um evento como um
ato litúrgico, festivo, as pessoas que o fazem o atualizam, e o fazem viver desde a sua
circunstância. Não é reprodução automática de palavras e atos, mas é a revitalização de
um processo que oferece identidade dinâmica ao grupo que pertence. Não podemos nos
afastar de nossa ancestralidade, mas não podemos pretender que ela torne-se absoluta. O
professor não pode, sob pena de tornar-se dominador de um grupo de pessoas, pretender
que o seu conhecimento e a forma como o conquistou é a única e melhor forma de fazêlo, esvaziando o Outro de significado e dando ao mestre a total responsabilidade de
construção do estudante.
Nem o preceptor é autônomo ou incondicionado, nem é o filho. Ambos são
momentos da Totalidade, mas ambos são, ao mesmo tempo Exterioridade metafísica. Essa dupla dialética analética constitui a anti-pedagógica e a pedagógica da
libertação, situação ertoticamente na-edípica e politicamente pós-imperial, filial e
popular (anti-filicídio e anti-plebicídio). O cara-a-cara pedagógico é então o respeito
pelo Outro, seja ele mestre ou filho. Para o pro-genitor e mestre o Outro é o filhodiscípulo: o sagrado ante o qual nenhum amor é suficiente nenhuma esperança é
excessiva, e nenhuma fé é adequada (DUSSEL, 1977 p. 149)
Se o Estado-pai não for aquele que pretende sacrificar o seu filho porque a sua
cultura-mãe o faz voltar-se contra o seu projeto, mas do amor entre o Estado-pai e da
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cultura popular-mãe nasce o filho que já não é mais órfão, tem uma história que o
precede, e que respeita a sua Alteridade, o novo que se abre desde o seu nascimento.
Não há necessidade de destruição de um pelo outro, mas está aberto o campo de
convivência entre os diferentes.
A pedagógica é compreendida para além do espaço escolar e se inscreve nas
relações que se estabelecem entre as pessoas em vários ambientes: educação, saúde e
bem estar compreendido como segurança na velhice, tranquilidade na casa, transporte
entre outros. A passagem da pedagógica-erótica para a política-pedagógica mostra que
as relações ampliam as possibilidades de construção de si e do mundo que o cerca.
Considerações Finais
Após a pesquisa foi percebido como a colonização foi e é determinante no
processo de formação do individuo latino americano, e que inconscientemente celebra
sua própria rejeição, e assume um papel de dominador sem saber que é dominado, é isso
que a Filosofia da Libertação em sua proposta tenta demostrar.
A dominação sem consciência é dominação? A resposta poderá seguir pelo
pressuposto que pode ser uma negação, e para a justa afirmação precisa conscientizar a
dominação. A pedagógica de Enrique Dussel vem de encontro com isso, pois é a
esperança desse novo que surge, um totalmente Outro, que respeitado sua Alteridade,
interrompe a dialética de dominação para uma nova realidade liberta.
O pensamento de Enrique Dussel se inicia desde uma ética, no entanto a ética
proposta é a da libertação, que prepara o caminho de fuga da dominação, que espera por
esse processo pedagógico libertador.
Referências:
DUSSEL, Enrique D. Ética da libertação:na idade da globalização e da exclusão. Rio
de Janeiro: Vozes, 2012.
______. Filosofía etica latinoamericana: de la erótica a la pedagógica. México:
Editorial Edicol S.A., 1977.
______. Método para uma filosofia da libertação. São Paulo: Loyola, 1986
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MAIDA, Marco A. P. O grito do outro: condições de emergência da alteridade
na teoria de Enrique Domingos Dussel:releitura dos escritos pré-Levinas. 2012.
94 f.Dissertação (Mestrado em Educação)–Faculdade de Educação,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
MENDIETA, Eduardo. La vulnerabilidade traumática de la víctma: uma ética de la vida
y la liberación. Revista Antropos, Barcelona: Plural, n. 90-92, set/out. 1998
PANSARELLI, Daniel. Filosofia Latino-Americana: a partir de Enrique Dussel. São
Paulo: UFABC, 2013.
REGINA, Jesus Eurico Miranda. Filosofia Latino-Americana e Filosofia da
Libertação: a proposta de Enrique Dussel em relação às posições de Augusto Salazar
Bondy e de Leopoldo Zea. Mato Grosso do Sul: CEFIL, 1992
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A FRANQUIA COMO OPORTUNIDADE DE EMPREENDIMENTO:
UM PLANO DE NEGOCIO NO RAMO DE PISCINAS.
Arislaine Batista Inácio Barboza3
Denise Silveira Brasil Dasan
Maria Isabel Ferrari
Profº Fernando Souza Cárceres
Profº Antônio Eduardo Batista
Profª Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
Profº Jairo José Matozinho Cubas
RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar um estudo sobre o sistema de
franquias no Brasil abordando suas características e resultados, uma excelente
oportunidade de negócio devido ao suporte padronizado que o franqueado
recebe do franqueador. O estudo do setor tem apontado um crescimento
expressivo, com as técnicas utilizadas neste projeto, conforme a análise de
orçamento de capital as tendências e os números apresentados e as fontes
citadas se comprovam verdadeiros.Para a realização desta pesquisa foram
utilizadas as seguintes metodologias: pesquisas descritiva, exploratória e
bibliográfica, como visitas e coleta de dadosna Franquia IGUI Piscinas,
informações da ABF (Associação Brasileira de Franchising) e referências de
autores ligados ao estudo da administração e de franquia, entre eles Idalberto
Chiavenato e Michael Porter. Adquirimos também orientações com professores
responsáveis, onde o mesmo nos guiou na realização do projeto.Avaliamos
que o setor de franquias é realmente promissor, visto que este setor vem
apresentando um crescimento considerável, tanto na economia quanto na
aceitação por parte dos brasileiros, que buscam uma nova oportunidade de
empreender.
3
Arislaine Batista Inácio Barboza, Graduanda do curso de Administração de Empresas- Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ)
E-mail: [email protected]
2 Denise Silveira Brasil Dasan, Graduanda do curso de Administração de Empresas- Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ)
E-mail: [email protected]
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Palavras Chaves: Plano de Negócios, Franquia, Empreendedorismo.
INTRODUÇÃO
3 Maria Isabel Ferrari, Graduanda do curso de Administração de Empresas- Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ)
E-mail: [email protected]
Plano de negocio de acordo com Salim (2005 , p. 3) significa “... um
documento que contém a caracterização do negócio sua forma de operar, suas
estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de
despesas, receitas e resultados financeiros “
O plano de negócio é um documento de planejamentoque irá descrever
o empreendimento, é uma ferramenta que concilia a estratégia com a realidade
empresarial, ele irá projetar estratégias financeiras e operacionais, análise
completa do mercado e os resultados financeiros que poderão ser
alcançados.Durante o curso de administração aplicamos todo conhecimento
adquirido em sala para um estudo que tem como objetivo estudar a viabilidade
de implantarmos uma Franquia de Piscinas IGUI na cidade de Mogi das
Cruzes.
Como objetivo especifico tivemos como foco estudar o mercado de
Lazer e entretenimento com intuito de mensurar a demanda a ser atingida pela
empresa, aplicar as estratégias de planejamento, analisar investimentos,
calcular mão de obra e insumos necessários, enxergar através de técnicas
financeiras as oportunidades do segmento, o desenvolvimento e a viabilidade
do capital financeiro e humano.
Segundo dados do site da ABF (Associação Brasileira de Franchising) o
setor de franquias em geral cresceu cerca de 12% no ano de 2013, tendo um
faturamento total de R$ 115 bilhões de reais trazendo boas expectativas para o
mercado.
O mercado de piscinas esta em crescimento constante, segundo dados
da ABF o segmento de lazer, em 2013 obteve um aumento de 23,9% (
faturamento em bilhões de reais) em relação a 2012, o que nos define um
mercado bastante promissor. O estudo também revelou que 73 novas marcas
ingressaram neste segmento. Dentre as novas redes, vale destacar as
seguintes marcas: Essencial Care, Nagis e Body Concept. As cinco marcas de
maior faturamento em Esporte, Saúde, Beleza e Lazer são O Boticário, Ri
Happy/ Pbkids, Farmais, Ótica Diniz, e GUI Piscinas.
Referente a marca IGUI São mais de 200 franquias no Brasil, 70 na
argentina 30 no México e 40 na Europa de franquias espalhadas no Brasil, com
um faturamento no ano de 2013 de R$ 4,5 bilhões.percebe-se que foi um dos
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ramos que teve
apresentados.
um
grande
Desenvolvimento
devido
aos
números
Através da análise desde dados acima notamos que o mercado
estudado representa grandes oportunidades de negócio, pois vem mostrando
um crescimento em destaque nos últimos anos.
Mauro (2006, p.24), descreve que:
... O franchising em si não é sinônimo de sucesso, mas sim , uma
maneira de multiplicar sucessos [...] terá uma expansão significativa no Brasil
nos próximos anos, podendo vir a ser uma das molas propulsoras de nosso
desenvolvimento...
Esta citação foi feita por dos maiores estudiosos sobre franquias que
menciona uma visão com boas perspectivas deste método de empreender.
Segundo Cherto( 2006 pag. 19) diz: “ O franchising têm importância cada vez
maior na economia de diversos países, incluindo o Brasil, que hoje é um dos
primeiros colocados no ranking mundial de franchising...”. Estes estudos
mencionados por grandes autores de Franchising no Brasil, mostra que o tema
vem se destacando de forma que alcance um nível de importância cada vez
maior.
Outro fator relevante que justifica a importância do tema abordado,é
baseado em uma característica de nosso pais. Visto que esta característica
relatada refere-se ao fato de que, após a realização de uma pesquisa sobre os
países com maiores quantidades de empreendedores, feitos pelo Serviço
Brasileiro de apoio ás Micros e Pequenas empresas( SEBRAE) e o instituto
Brasileiro de produtividade e qualidade (IBPQ), citada em matéria publicada
no site de notícias Infomoney, voltado a área de economia, divulgado no
começo do ano de 2013, aponta que o Brasil é o terceiro país com maior
numero de empreendedores no mundo, atrás da China o primeiro da lista é os
Estados Unidos.
Portanto todos estes dados reforçam a concepção dos autores referente
ao estudo de Franchising, conforme relatado a seguir:
Não é de hoje que o Franchising brasileiro vem crescendo num
ritmo exponencial, superior ao próprio PIB do país, e se
mantendo com alto faturamento nos últimos anos. Isso significa
que o setor se encontra em uma posição consolidada, o que
justifica a crescente adesão dos empresários que demandam
por um negocio seguro e lucrativo. ( Melo e Andreassi
2002(orgs.) apud Bomeny, 2012)
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Este plano de negócio para ser colocado em prática sobre a criação de
uma unidade franqueada, o local escolhido de estudo e instalação foi o
município de Mogi das Cruzes, localizado no alto Tietê, apresentando assim as
características da população e a demanda da região estudada.
METODOLOGIA
Para a realização desta pesquisa foram utilizadas as seguintes
metodologias: pesquisas descritiva, exploratória e bibliográfica, como visitas e
coleta de dadosna Franquia IGUI Piscinas, informações da ABF (Associação
Brasileira de Franchising) e referências de autores ligados ao estudo da
administração e de franquia.
Segundo Cervo e Bervian (1996, p.49): “A pesquisa descritiva observa,
registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulálo".
No plano de negócio desenvolvido a partir da pesquisa foi possível observar
diversas situações em nosso segmento envolvendo as áreas econômicas,
políticas e sociais. Analisamos o cenário envolvido, e correlacionamos os fatos
com as nossas projeções.
O estudo exploratório, designado por alguns autores como pesquisa
quase cientifica ou não cientifica é, normalmente, o passo inicial no
projeto de pesquisa pela experiência e auxílio que traz na formulação
de hipóteses significativas para posteriores pesquisas. (CERVO E
BERVIAN, 1996, p.49)
Foram utilizadapesquisa
administrativa:
bibliográfica
em
livros
específicos
da
área
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de
referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada
independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou
experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as
contribuições culturais ou cientificas do passado existentes sobre um
determinado assunto, tema ou problema. (CERVO E BERVIAN, 1996
P.48)
Para a realização deste trabalho na busca pelo referencial teórico foi
imprescindível utilizar algumas técnicas especiais como: coleta de dados direta
através da visita a uma franquia existente como a indireta em sites e livros
referenciais.Segundo CERVO e BERVIAN (1996, p.134) ...” A coleta de dados,
tarefa importante na pesquisa,envolve diversos passos, como a determinação
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da população a ser estudada, a elaboração do instrumento de coleta, a
programação, os dados e a própria coleta...”.
DESENVOLVIMENTO
Para a realização deste projeto foram pesquisados dados sobre os
ambientes interno e externo referente à implantação de uma franquia no
municipio e para isto foram realizadas análises sobre a economia do Brasil e
estudou-se a demanda no mercado de Franquias.
A Demanda de crescimento no mercado de Franquias de
entretenimento e lazer vem crescendo em média 21,4% ao ano. Demonstra
crescimento maior que o do PIB e muitas oportunidades de diversos nichos de
mercado proporciona suporte para quem pretende iniciar os trabalhos pela
primeira vez assim como treinamentos, auxílio no desenvolvimento da franquia
e no planejamento das operações, por este motivo as franquias tem se tornado
uma alternativa bem atrativa para novos empreendedores.Percebemos esta
oportunidade que se encontra em constante crescimento e salientamos estas
vantagens durante a montagem deste estudo, pois é fundamental demonstrar
em embasamento teórico e dados comprovados como este segmento e a IGUI
em destaque pode ser vantajoso para qualquer empreendedor interessado,
desde que utilizando as ferramentas adequadas ao objetivo e metas da
franquia assim como:
“O processo de marketing consiste em analisar oportunidades de
marketing, pesquisando e selecionando mercados-alvo, delineando
estratégias, planejando programas, organizando, implementando e
controlando o esforço de marketing.” (KOTLER, 2000, p.108).
A cidade escolhida para abrir a franquia IGUI Piscinas foi à de Mogi das
Cruzes, na pesquisa realizada ela se destaca por possuir o 64° PIB do País
entre os 5.562 município brasileiro, entre os 100 maiores, é o que apresenta o
maior nível de crescimento. Todo esse avanço é resultado de uma política
ousada para atração de novos negócios e de apoio para o crescimento e
fortalecimento das empresas já instaladas, que vai além de incentivos fiscais e
doações de área. Toda consultoria e acompanhamento serão oferecidos pela
marca para a abertura da franquia. Pesquisamos um ponto estratégico e
observamos que a cidade investe em setores essenciais para a melhoria da
qualidade de vida, como a construção de escolas, unidades de saúde, a
expansão do saneamento básico, a preservação do meio ambiente, além de
bastante área verde aos redores, a cidade possui o maior centro comercial do
alto tiete. O desenvolvimento da cidade estimula a abertura de dezenas de
novos empreendimentos todos os meses.
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Partindo das pesquisas apresentadas, o plano de negócio teve por
objetivo, atingir um parcela da população para compor a demanda inicial no
qual se buscou 2% de participação de mercado do municipio de Mogi das
Cruzes, e um aumento no faturamento de 5% anualmente.
Observando o mercado, analisamos um assunto de grande importância
do autor Porter (1980), referente a teoria das cinco forças, que vem abordar
dimensões detalhadas para aplicabilidade no plano de negocio. O autor define
as cinco forças da seguinte forma:
As cinco forças competitivas - entrada, ameaça de substituição,
poder de negociação dos compradores, poder de negociação
dos fornecedores e rivalidade entre os atuais concorrentes refletem o fato de que a concorrência em uma indústria não
está limitada aos participantes estabelecidos. Clientes,
fornecedores, substitutos e os entrantes potenciais são todos
"concorrentes" para as empresas na indústria, podendo ter
maior ou menor importância, dependendo das circunstâncias
particulares. Concorrência neste sentido mais amplo poderia
ser definida como rivalidade ampliada. Todas as cinco forças
competitivas em conjunto determinam a intensidade da
concorrência na indústria, bem como a rentabilidade, sendo
que a força ou as forças mais acentuadas predominam e
tornam-se cruciais do ponto de vista da formulação de
estratégias. (PORTER,1980, p. 05)
O estudo se inicia com abordagem sobre a entrada de concorrentes,
esta força é considerada como a mais significativa das cinco forças (Serra,
Torres & Torres, 2004)
A IGUI não possui concorrentes diretos, atua no segmento de piscinas
com domínio. De mercado, seus concorrentes são indiretos, pois sua
liderança no mercado ainda não foi alcançada por nenhuma outra
organização.Os pedreiros fazem um trabalho por fora, constroem piscinas
de alvenaria, mas é importante levar em consideração que os
procedimentos de manutenção se alteram e traz um custo muito maior de
mão de obra e se haver necessidade de mudança, não há como.
Os fornecedores de matéria prima possuem poder de barganha quando
o setor possui poucos fornecedores de determinada matéria prima.No caso
da franquia a própria empresa fornece o principal produto que são as
piscinas, isto traz garantia de um produto com a qualidade esperada e
confiança na hora das vendas, sem falar de outros fornecedores como a
Progeu fabricante de filtros para piscinas e a Cidral Química de produtos,
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fornecedores da IGUI que precisam trazer produtos de qualidade para
garantir que a confiabilidade da marca continue, e sua liderança no mercado
seja ainda mais forte.
De acordo com Porter (1980), todas as empresas em uma indústria
estão competindo, em termos amplos, com indústrias que fabricam produtos
substitutos.
Novos concorrentes surgem e depende da organização agregar cada
vez mais valor a marca e fidelizar os clientes, os consumidores estão cada
vez mais exigentes e querem satisfazer suas necessidades atentas a
segurança e confiabilidade que só as empresas sérias podem oferecer.
As piscinas de plástico vêm sendo consideradas produtos substitutos devido
a grande utilização principalmente por crianças, sendo utilizadas mais no
final de semana para quem não tem lugar hábil para implantação de uma
piscina convencional.
A IGUI possui força no mercado em que atua e por ser líder de mercado
no Brasil possui poder de barganha devido a força da empresa em
conseguir se manter competitiva no mercado.
Partindo da coleta de informações de várias pesquisas qualitativas sobre
o mercado interno e externo da empresa estudada, e tendo como
caracteristicas as cinco forças de Porter, nossa estratégia de mercado é a
de diferenciação e os resultados que esperamos alcançar é atingir o público
alvo escolhido, gerando uma satisfação do cliente e consumidor, valorizando
o produto dos nossos clientes com qualidade.
Na análise do estudo sobre finanças, foram pesquisadas técnicas de
orçamento de capital com o uso de ferramentas como o Valor presente
Liquido e o payback, que juntos serviram de apoio na identificação da
viabilidade do projeto no prazo estipulado de cinco anos.
Referente ao Valor presente líquido, Gitman afirma (2002, p. 329) “ é
uma técnica sofisticada de orçamentos de capital, obtida subtraindo-se o
investimento inicial de um projeto do valor presente das entradas de caixa,
descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresas”. Ainda para
o autor: “Se o VPL for maior que zero, aceita-se o projeto; se o VPL for
menor que zero, rejeita-se o projeto” (GITMAN, 2002, p.330). O nosso plano
de negócios apresentou o valor presente positivo em R$ 78.546,52. O nosso
custo de capital foi de 30% ao ano.
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A ferramenta de auxilio financeiro o payback consiste segundo Gitman
(2002, p.327) em: “... o período de tempo exato necessário para a empresa
recuperar seu investimento inicial em um projeto...”, sendo que para
conhecer se o projeto é considerado aceitavel Gitman (2002, p. 327)
descreve: “... Se o periodo de payback for menor que o periodo de payback
máximo aceitável, aceita-se o projeto...”. Transferindo para este plano de
négocio, pôde ser observado que o seu prazo para recuperação teve o
retorno no tempo aproximado de quatro anos e seis meses estabelecido no
projeto, de cinco anos, considerando aceitavel.
CONCLUSÃO
Durante a construção deste projeto foram feitos vários estudos sobre o
setor, e estes dados tem apontado um crescimento expressivo, fundamentando
boas oportunidades para empreendedores dispostos a investir neste segmento,
foram utilizadas técnicas de levantamento de dados, pesquisas sobre o setor e
análise de orçamento de capital, focando nas tendências de mercado, e análise
de informações através das fontes citadas, fontes estas que comprovam a
veracidade das informações e viabilidade do projeto apresentado.
Concluímos com o estudo da metodologia cientifica e os dados
apurados, que o embasamento de informaçõesnos forneceu indícios de que o
projeto pode ser viável, se utilizado as ferramentas corretas para construção e
manutenção do negócio.Além de proporcionar uma visão em longo prazo de
como será a realização do projeto, sua viabilidade econômica e financeira
durante as projeções realizadas, demonstrando de forma clara e concreta que
os dados apresentados são reais e dão a perspectiva real do projeto em sua
totalidade.
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06 e 07 de NOVEMBRO DE 2014
ANAIS - ISSN: 1984-9060
REFERÊNCIAS
Disponivel
em:http://www.infomoney.com.br/negocios/noticia/2662860/brasilterceiro-pais-com-maior-numero-empreendedores Acesso em 27/09/2014
Disponível em:HTTP//Iguipiscinas.com. brAcesso em: 20/09/2014.
Disponível em: http://www.portaldofranchising.com.bracesso em: 30/09/2014
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edição. São Paulo: MAKRON Books, 1996.
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São Paulo: Harbra,2002.
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estratégias,
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atualizada. Rio de Janeiro:Elsevier,2005.
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A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NA ÁREA DE TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO
FABIANE MENDES BOTELHO¹
Prof° Ms Antonio Eduardo Batista
Prof° Ms Eliane Fátima Oliveira da Silva
Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória e qualitativa, realizada com
11 colaboradores e 1 gestor em uma empresa de Tecnologia da Informação na
cidade de São Paulo, no período de 08/2012 à 10/2014, com a finalidade de
verificar a importância da motivação nessa área, a maneira como os
colaboradores são motivados, o ambiente em que trabalham, a influência deste
na motivação interna e quais são os métodos utilizados para transformar o
ambiente em uma esfera motivacional. Para tanto, foi utilizado um questionário
com 10 questões abertas. Após a análise das respostas, foi possível verificar
que a qualificação dos colaboradores e o empenho do gestor estão diretamente
ligados ao favorecimento de um ambiente agradável, os feedbacks e a
preocupação com o lazer também podem fazer a diferença para impulsionar o
crescimento da empresa e de seus colaboradores.
Palavras-Chave: Aspectos motivacionais, Informática, colaboradores.
¹ Fabiane Mendes Botelho, Graduanda no curso de Administração de Empresas - Faculdade
Unida de Suzano (UNISUZ). E-mail: [email protected]
Introdução
O presente artigo tem como objetivo apresentar que o profissional da área
de Tecnologia da Informação, mesmo com as qualificações exigidas pelo
mercado, tem, periodicamente, necessidade de ser estimulado pelo ambiente
para possibilitar o desenvolvimento das atividades com mais desempenho. De
acordo com pesquisas relacionadas à motivação é possível verificar que
empresas que trabalham com uma equipe da área da Tecnologia da
Informação precisam de um ambiente motivacional, que permita momentos de
relaxamento, e de saída da rotina. Em empresas em que as equipes sejam
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gestoras, focadas e organizadas, o ambiente de convívio torna- se mais
prazeroso e de fácil interação entre os colaboradores e superiores. Neste
sentido Souza (2011), afirma:
“Os “profissionais de tecnologia”, por mais competentes e atualizados
que seja também precisam de motivação, é importante que as
organizações se preocupem e tragam cada vez mais a motivação
para dentro do ambiente de trabalho, proporcionando condições e
melhorias de sucesso, fazendo com que todos tenham uma maior
capacidade e prazer em se trabalhar”. (SOUZA, 2011).
Outro fator que justifica o estudo do tema é o número de colaboradores
da área de Tecnologia da Informação que deixam seus postos para atuar em
outras áreas cresce cada dia mais, e uma possível explicação para esse fato
pode ser a falta de estimulo (motivação), fornecida pelas organizações. Assim,
torna-se necessário a criação de uma gestão voltada para despertar a
motivação de seus colaboradores. Nesse sentindo Maciel (2007), destaca:
“É imprescindível deixar claro que a tarefa da administração não é a
de motivar as pessoas que trabalham numa organização. Até porque
isto é impossível, levando-se em consideração que a motivação é um
processo intrínseco, intimo para cada pessoa. No entanto, a
organização pode e deve criar um ambiente motivador onde as
pessoas devem buscar satisfazer suas necessidades próprias”.
(MACIEL 2007, p.62.).
O artigo aborda a teoria e prática da importância da motivação dentro das
organizações, ou seja, o estudo transpassa o conceito da motivação, como
deve ser um ambiente motivacional, como os colaboradores são motivados e o
papel do gestor para o estimulo da motivação interna do colaborador, com isso
trazendo resultados satisfatórios para as empresas.
Metodologia
A pesquisa foi realizada através de levantamento bibliográfico sobre a
motivação nas organizações, em seguida foi feita a pesquisa de campo
exploratório qualitativa em uma empresa na cidade de São Paulo, aplicando se
um questionário com 10 questões abertas sendo a última questão para o gestor
no ano de 2013. A análise sobre as respostas dos entrevistados foi comparada
com o estudo do referencial teórico dos autores Chiavenato, Bergamini, De
Mais entre outros. Esta pesquisa teve a duração de 08/2012 a 10/2014.
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Desenvolvimento
Para abordar o assunto foram pesquisados o conceito da motivação, a
gestão das empresas voltadas para Tecnologia da Informação e a importância
da Liderança. Segundo Bergamini (1997), a palavra Motivação deriva
originalmente da palavra “movere”, que significa mover. Essa origem de
palavra encerra a noção de ação que é a principal tônica dessa função
particular da vida psíquica. É importante que se leve em consideração a
existência das diferenças individuais e culturais entre as pessoas quando se
fala em motivação. E esse diferencial não só pode afetar significativamente a
interpretação de um desejo, mas também o entendimento da maneira particular
como as pessoas agem na busca dos seus objetivos. A motivação, portanto, só
pode ser considerada como um processo intrínseco.
Nesse sentido, Levy – Leboyer (1994) vem nos dizer que:
“O verbo motivar não pode existir sem complemento. Os
responsáveis por empresas cometem o erro de solicitar pessoal ‘
motivado’ dentro do mesmo espírito, como se isso significasse uma
qualidade permanente e distribuída de forma homogênea; não existe
o pequeno gênio da motivação que transforma cada um de nós em
trabalhador zeloso ou nos condena a ser o pior dos preguiçosos. Em
realidade, a desmotivação não é nem um defeito de uma geração,
nem uma qualidade pessoal, pois ela está ligada a situações
especificas. Um indivíduo motivado aqui será diferente em outro
lugar”. (LEVY- LEBOYER 1994, p.43).
Bergamini (2013), ainda ressalta que quando se assume a possibilidade
de motivar as pessoas, é comum confundir motivação com condicionamento.
Uma vez que se aborda condicionamento, esta sabendo que, quando as forças
que condicionam desaparecerem, sejam eles reforçadores positivos ou
negativos, essas pessoas param, precisando de novos estímulos para que
voltem a movimentar-se em qualquer direção. É indiscutível então, que
ninguém consegue motivar alguém, uma vez que a motivação nasce no interior
de cada um. No entanto, é possível, de acordo com a mesma autora, manter
pessoas motivadas quando se conhece suas necessidades e se lhes oferece
fatores de satisfação para tais necessidades. O desconhecimento desse
aspecto poderá levar à desmotivação das pessoas. Assim, a grande
preocupação da administração não deve ser em adotar estratégias que
motivem as pessoas, mas acima de tudo, oferecer um ambiente de trabalho no
qual a própria pessoa mantenha - se motivada.
O que vemos hoje em muitas organizações é um grande contingente de
pessoas que não nutrem a menor motivação por aquilo que fazem. Esses
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trabalhadores não experimentam, portanto, nenhuma satisfação pessoal
gerada por aquilo que fazem em seu trabalho. É nesse momento que o
trabalho deixa de exercer seu papel como referencial de autoestima e
valorização pessoal, passando a ser fonte de sofrimento e não oportunidade de
realização saída dos desejos interiores que cada um tem .
Para entender como funciona a motivação do profissional dentro da
empresa, foram abordadas também teorias de conteúdo e de processo
seguindo:
Teoria da hierarquia das necessidades de Abraham Maslow, segundo
Chiavenato (2004), “A teoria da hierarquia das necessidades de Abraham
Maslow (1908-1970), estão organizadas e dispostas em níveis, em uma
hierarquia de importância e de influenciação”. Essa hierarquia de necessidades
pode ser visualizada como uma pirâmide. Na base da pirâmide estão às
necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as
necessidades mais elevadas (as necessidades de autorrealização). Necessidades Fisiológicas - Necessidades de Segurança - Necessidades
Sociais - Necessidade de Estima - Necessidade de Auto-Realização.
Teoria de McClelland na década de 1960, David McClelland citado por
Robbins (2005), utilizou como base, assim como Maslow, a questão das
necessidades e as identificou como sendo três importantes necessidades:
poder, afiliação e realização. A diferença entre essa teoria e a de Maslow é que
McClelland diz que tais necessidades podem ser aprendidas, não nascemos
com elas: são adquiridas socialmente, dentro da família, da sociedade.
Teoria de Herzberg: Conforme citado por Chiavenato (2004), “Frederick
Herzberg desenvolveu dois fatores para explicar o comportamento das pessoas
dentro de seu ambiente profissional”, os higiênicos e os motivacionais.
Segundo Herzberg citado por Chiavenato (2004), é possível um colaborador
estar descontente e satisfeito ao mesmo tempo, pois, ele pode estar insatisfeito
com as regras e normas da empresa, mas verdadeiramente satisfeito com seu
desempenho profissional. Conforme explana o autor, identificar os fatores
higiênicos e motivacionais é a base para definir a motivação do colaborador.
A teoria da equidade de Adams em 1963, John Stacy Adams
estabeleceu uma relação entre os resultados obtidos e as suas contribuições,
então estará motivado a agir. Ele reconhece que os colaboradores não se
preocupam apenas com a quantidade absoluta de recompensas que recebem
pelos seus esforços, mas também com a relação de suas recompensas em
comparação com as dos outros, sendo que se houver algum tipo de
desigualdade nesta relação eles poderão se sentir desmotivados.
A teoria Motivacional de Vroom em 1964 apud por Chiavenato (2004),
afirmou que “motivação é o processo que governa a escolha de
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comportamentos”. Segundo ele, a motivação do indivíduo ao fazer uma escolha
depende de alguns fatores: Valência – Quando uma pessoa deseja um
resultado específico. É o valor subjetivo relacionado a incentivo ou
recompensa; Instrumentalidade – Este relacionado ao conseguir o resultado
almejado, pensando nas recompensas que isso trará. Se os esforços do
indivíduo forem devidamente recompensados haverá uma relação positiva,
caso contrário será negativo; Expectativa – É a expectativa de poder alcançar o
resultado.
A teoria da expectação de Lawler III, em 1971, retomou o pensamento
de Taylor ao afirmar que encontrou fortes evidências de que o dinheiro é fator
de motivação para o trabalho, desempenho e outros comportamentos
humanos, como companheirismo e dedicação à organização.
Afirma-se hoje em dia que o mundo se encontra envolto em uma
revolução tecnológica que gerou a denominada “sociedade da informação”, se
pensa, em primeira estância, nos computadores e na sua capacidade de
armazenar, processar e, principalmente transportar informação. Pode se dizer
que o que particulariza a “era da informação” é a capacidade que o ser humano
tem em manejar e processar informações, bem como a velocidade com que
esses processos ocorrem (GAMBOA, 1977).
Esta “sociedade da informação” é decorrência de uma revolução
tecnológica cujas origens remontam ao final da Segunda Guerra Mundial e cujo
desenvolvimento transcorreu durante a segunda metade do século XX. Embora
elementos inovadores tenham colaborado para essa transformação, dois
pontos podem ser destacados como determinantes para o seu crescimento:
Computação e Comunicação. Tal elemento que leva a dois produtos
tecnológicos que possibilitaram esse crescimento em uma velocidade nunca
veja até então: microcomputador e a internet.
A TI (Tecnologia da Informação) afeta profundamente qualquer
organização, tanto o eu funcionamento interno como o seu relacionamento com
o mercado (competidor, consumidor e potencial). A TI afeta a organização de
tal modo que vem se tornando um dos instrumentos gerenciais mais utilizados
pelas empresas como alavanca para o processo de adequação ao novo
cenário de negócios.
Atualmente as gestões das empresas estão passando por mudanças
significativas reconhecendo o capital humano. Para criar um ambiente
motivacional é necessário identificar os fatores motivacionais intrínsecos e
extrínsecos, pois quando estes se concretizam em um desejo específico,
orientam as atividades ou a conduta na direção de alcançar os objetivos e a
satisfação das necessidades.
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A partir deste ponto é possível compreender que as organizações têm a
necessidade de ampliar a visão sobre gestão de pessoas, ou seja, cuidar das
pessoas, reconhecê-las, entender as suas expectativas profissionais e
pessoais.
Manter a motivação dos colaboradores não é uma tarefa fácil e exige uma
atenção, pois já foi comprovado que a remuneração não é única que os motiva,
pois as pessoas desejam ser reconhecidas, valorizadas e recompensadas pelo
que fazem.
São poucas as empresas que estimulam a criatividade do colaborador, já
as de tecnologia são em grande parte inovadoras por possuir modelos de
gestão flexíveis, optando por um plano de carreira bem estruturada, permite
que as equipes façam seu horário de trabalho, os profissionais preferem
desafios que tenham autonomia tudo isso proporciona liberdade.
Hoje em dia a motivação depende diretamente de um fator primordial que
é o bom desempenho do gestor, para Chiavenato (2004), o líder moderno o
qual ele denomina e classifica como renovador é que neste contexto, os
liderados de maneira geral esperam que o líder apresente algumas
características, que são: Focalização nos objetivos; Orientação para a ação;
Autoconfiança; habilidades no relacionamento humano; criatividade e Inovação;
flexibilidade; tomada de Decisão; padrões de Desempenho; visão de Futuro;
Percebe-se que é muito fácil apontar as características de um líder,
porém, ele precisa de dinamismo para coloca-las em prática, pois há a
necessidade de considerar que todo profissional tem suas características, e
que para se conseguir gerar um ambiente agradável, ambos (líder e
colaborador), precisam exercer a flexibilidade. Lembrando que o papel do líder
é influenciar através da comunicação interpessoal, ficar a frente realizando
mudanças e é ter em mente que a todo estante serão barreiras e desafios
novos, pois a mudança é constante.
Resultados e Discussão
Para comprovar as hipóteses, foi aplicado um questionário individual para
os colaboradores da área da Tecnologia de Informação da empresa Acesso
Digital ela esta presente no mercado de Tecnologia da Informação há seis
anos, foi eleita a melhor empresa de médio porte nacional para trabalhar, a
segunda melhor para trabalhar de TI e Telecom do Brasil, em 2013, e a 13ª da
América Latina em 2012, de acordo com dados do instituto Great Place To
Work.
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De acordo com os resultados constatou que se o ambiente for
motivacional explorará do colaborador seus melhores frutos e a empresa
Acesso Digital realmente se preocupa em manter seus colaboradores com alto
nível de motivação criando ambientes descontraídos, com atividades que
acabam “quebrando” a rotina dentro do escritório, pois os colaboradores se
sentem valorizados e com a inspiração transpassada do gestor para eles,
impulsiona o colaborador a trabalhar com ânimo, com prazer, só aumentando o
clima harmônico e o desempenho da empresa.
Conforme as respostas dos colaboradores, a Acesso Digital estimula a
motivação dos colaboradores o tempo todo com os programas de
reconhecimento, de lazer, de desafios profissionais, comprovando o que
Bergamini (2013), destaca: “Não são os fatores existentes no meio ambiente
que criam necessidades interiores, mas essas necessidades que destacam do
meio daqueles fatores lhes são complementares”. “Por isso, ninguém consegue
motivar ninguém”.
Conclusão
A partir dos dados explorados no artigo podemos compreender que a
motivação é um fator principal dentro de uma empresa, pois com colaboradores
motivados, o seu desempenho e produtividade aumentam gradativamente nas
atividades do dia a dia. Por isso a empresa precisa ter programas de
desenvolvimento, de valores e reconhecimento para os profissionais. E o
ambiente motivacional surge a partir de um gestor bem organizado que consiga
focar com toda a equipe, e mesmo assim atingindo cada colaborador
individualmente. Estes passos são possíveis através da realização de
feedback, momentos de lazer para a equipe, ambientes descontraídos que
transpareçam harmonia.
Portanto criar um ambiente que estimule a motivação dos colaboradores,
programas de valorização e reconhecimento e a inspiração do gestor no
trabalho em equipe, são fatores cruciais para o crescimento da organização no
mercado.
Referências:
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. 4ª Ed. São Paulo:
Atlas, 1997.
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BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. 6ª Ed. São Paulo:
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CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria da Administração. 7ª Ed. Rio de
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SOUZA, Gomes Albaneide Josefa, Motivação Dos Profissionais de Tecnologia.
2011.
Disponível
em
<http://www.administradores.com.br/informese/artigos/motivacao-dos-profissionais-detecnologia/56002/>. Acessado em
Novembro de 2012.
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A INFLUÊNCIA DA TV NAS ESCOLHAS DOS ALUNOS DO
ENSINO MÉDIO PELAPRÁTICA DE ESPORTES
Leonel Gonçalves Ribeiro - [email protected] Carlos Contiero [email protected]
Ferreira
de
Lima
Oliveira
[email protected]
Faculdade Unida de Suzano – UNISUZ – UNIESP
RESUMO
Diante da força influente que a mídia vem exercendo na vida das pessoas, onde quase
tudo que fazemos e consumimos é influenciado pela mídia, percebemos a necessidade de
realizar uma pesquisa, no intuito de trazer à reflexão tal assunto. Este trabalho visa analisar,
através de pesquisa de campo, o quanto a televisão pode influenciar os jovens na escolha de
determinados esportes, tanto para prática quanto para entretenimento. A metodologia aplicada
neste trabalho foi em forma de pesquisa de campo do tipo exploratória com um questionário
semiaberto.Percebemos que a mídia influencia a juventude no que tange ao consumo
excessivo de produtos, muitas vezes desnecessários, alterando a formação psicológica,
intelectual e social desses jovens. A referida pesquisa foi elaborada através de entrevista e
seus resultados foram apresentados em gráficos com discussões das perguntas e
consequentes respostas. Concluiu-se que, em relação a este grupo entrevistado, não ficou
evidente essa influência na prática do esporte, mas que, de certa forma, a TV exerce alguma
influência em relação ao modo de agir, pensar e consumir desses jovens em relação aos
produtos atrelados a esses esportes, através do marketing televisivo.
Palavras-chave: Televisão; Influência; Prática Esportiva.
INTRODUÇÃO
Diante da força influente que a mídia vem exercendo na vida das
pessoas, onde quase tudo que fazemos e consumimos é influenciado pela
mídia, percebemos a necessidade de realizar uma pesquisa, no intuito de
trazer à reflexão tal assunto, julgando que possa ser do interesse da sociedade
como um todo, pois, as famílias podem analisar se essa influência está
prejudicando a formação intelectual, física e cidadã de seus filhos; o poder
público pode criar leis que permitam um melhor uso dessa mídia; a escola pode
instruir melhor seus alunos no que tange o consumo através dos meios de
comunicação; enfim, todos podem ser beneficiados com essa discussão,
podendo chegar a uma ideia de como fazer melhor uso da mídia sem que essa
nos influencie negativamente na tomada de decisões importantes para o nosso
desenvolvimento.
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Esta pesquisa justifica-se também pelo fato de vários pensadores
estarem trazendo à reflexão essa relação mídia/esporte e sua influência nas
escolhas principalmente dos jovens em relação ao esporte a praticar.
Grande parte dos alunos criam uma visão, uma imagem distorcida do
que vem a ser realmente esporte coletivo, porque muitos se baseiam apenas
naquilo que veem pela televisão, internet, enfim muitos jovens possuem o
conceito de que o esporte coletivo está relacionado ao esporte de auto
rendimento. E este pensamento dos jovens pode ser modificado se trabalhado
de forma intensa e contínua.
O papel da escola é estimular e enfatizar o fato de que o esporte coletivo
emuitas
modalidades
esportivas
são
acessíveis
a
todas
as
pessoas,independentemente de suas habilidades, pois se mesmo aquele aluno
que possui dificuldade na prática do esporte analisar com cuidado suas
capacidades, irá encontrar algum esporte com o qual se identifique e sinta
prazer em praticar, aproveitando este momento, para trabalhar com a questão
de que as diversas modalidades não podem ser vistas apenas destacando o
espetáculo do esporte e sim sua prática com o objetivo de melhoria da
qualidade de vida.De acordo com isso, Neira (2009) afirma que o objetivo da
escola é colaborar na formação das pessoas para que elas possam ler
criticamente a sociedade e participar dela atuando para melhorá-la. Ele
também relata que cada disciplina poderá aprofundarparte da cultura.E como
futuro profissional na área da Educação Física, preocupado com essas
questões, resolvi realizar essa pesquisa, pois acredito que isso me
proporcionará uma melhor visão na hora de sugerir e aplicar projetos
esportivos com os alunos.
Então, as intervenções pedagógicas referentes aos meios de
comunicação devem também possibilitar experiências que permitam fazer uma
leitura ampliada dos fenômenos midiáticos na sociedade e transportada pelos
códigos e signos do esporte espetáculo. É fundamental que a mediação do
professor desencadeie um processo de questionamento, sobre conflitos e
entendimentos, para que as práticas corporais sejam reconstruídas explorando
algumas temáticas veiculadas pela mídia, principalmente aquelas que formam
identidades.O âmbito escolar deveria exigir uma abordagem reflexiva que
analise a importância de se trabalhar com a mídia no processo pedagógico; a
ideia é conseguir relacionar todo o aparato tecnológico para fazer com que se
reflita e se discuta o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula. Ao mesmo
tempo em que passamos a lidar com a linguagem da mídia de maneira
pedagógica, necessitamos ter a habilidade de nos apropriarmos dessas novas
ferramentas que não devem ser despercebidas pelo professor, pois, já se
constituem presentes na vida cotidiana do aluno.
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Este trabalho de pesquisa de campo visa analisar a influência da
televisão em alunos do Ensino Médio e suas escolhas em relação ao esporte.
METODOLOGIA
Segundo Pinsky e Luca (2009),a pesquisa de campo provêda
observação de acontecimentos e fenômenos precisamente como ocorrem na
realidade, à coleta de dados em relação aos mesmos e, finalmente, à análise e
interpretação desses dados, de acordo com uma fundamentação teórica
consistente, com o objetivo de compreender e explicar o problema pesquisado.
Ciência e áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia,
Economia, História, Arquitetura, Pedagogia, Política e outras, utilizam
constantemente a pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos,
comunidades, instituições, objetivando compreender os mais diferentes
aspectos de uma determinada realidade.
A metodologia aplicada neste trabalho foi realizada em forma de
pesquisa de campo do tipo exploratória com um questionário semiaberto.
Participantes: o questionário foi aplicado para 20 alunos do ensino
médio de uma unidade escolar da rede estatual de educação, localizada em
Itaquaquecetuba. Estaescola foi escolhida pelo fato do pesquisador ter um
acessomais fácil com a unidade escolar.
InstrumentoseMateriais: foi estregue aos alunos um questionário
semiaberto. As perguntas foram adaptadas da pesquisa de Behmoiras (2011).
Procedimento: escolhida a escola houve um contato com a diretora
para liberaçãodo estudo em questão com responsabilidade de voltar e falar o
resultado final deste trabalho, logo em seguida foi feito contato com os alunos
para que estes conhecessem o trabalho e se dispusessem em participar da
pesquisa, respondendo às questões. Foi entregue o Termo de Livre
Consentimento e esclarecido que só estaria habilitado a participar do estudo
aquele que trouxesse o termo autorizado pelo responsável.
Foi marcado um dia para realização do questionário e neste mesmo dia
foram recolhidas as autorizações.
Planoda Análises:oplano de análise de dados foi trabalhado e
apresentado em forma de gráfico para melhor visualização e interpretação no
momento da discussão dos resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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GRÁFICO 1:Articulação entre as questões relacionadas à quantidade de TVs
em casa, se possuem TV por assinatura, o tempo em que se dedica em frente
à TV e o tipo de programa que mais aprecia.
quantidade de TVs
20
possuem TV assinatura
tempo na TV
o que mais gosta
15
10
5
0
90%
40%
60% 55%
35%
40% 45%
%
10% 15%
10%
Nesta questão podemos perceber que a maioria dos entrevistados
possuem mais de uma TV em casa, o que mostra um grande interesse por
esse tipo de mídia.
Grande parte desses jovensnão possuem TV por assinatura, preferindo
a TV aberta, com um certo limite de variedade de programação.
Também verificou-se que boa parte dos entrevistados utilizam a TV por
mais de 3h/dia. Nesse tempo a maior parte são dedicadas a programas de
entretenimento.
Segundo Foucault (1992), a mídia acaba por criar uma identidade
cultural nas pessoas, sobretudo através da TV, pois exerce um controle social,
um poder de decisão que faz com que, sutilmente, os indivíduos passam a
pensar e agir de acordo com as ideias apresentadas por esse importante
veículo de comunicação.
Fica evidente que por darem considerável importância à TV, o que se
passa nela tende a influenciar as pessoas em seu modo de vestir, falar, pensar
e agir.
GRÁFICO 2:Em relação a qual mídia mais gosta:
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qual mídia + gosta
20
15
10
31%
27%
5
23%
8%
4%
0
4%
4%
Nesta questão podemos perceber um interesse maior pelas mídias
visuais, como TV, vídeo e PC/net.
Betti (2003) afirma que ao perceber esse interesse maior das pessoas
pelas imagens, as TVs passam a se preocupar mais com o como se apresenta
tal evento quanto com o que se apresenta.
Isso faz com que os patrocinadores se preocupem mais com os
uniformes, que ficam cheios de propagandas, com a parte visual (show do
evento), tornando a prática do esporte em si como evento de segundo plano.
GRÁFICO 3:Em relação ao que fazem ao voltar da escola:
o que faz após a escola
20
15
10
30%
5
0
17%
13%
13%
7%
7%
6%
6%
2%
Esta questão nos mostra que o tempo gasto com a mídia visual após a
escola é consideravelmentealto, visto que antes da escola os entrevistados
também têm contato com esse tipo de mídia.
Essa parcela considerável de jovens, potenciais consumistas, são
levados pelo modismo da mídia televisiva a, segundo Freitas (1991), se
transformarem numa geração passiva, que não pensa, ou que pensa uma
realidade inexistente.
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Tudo é produzido para o jovem pensar o menos possível, o que importa
é que ele decida rapidamente por adquirir os produtos anunciados ao invés de
incentivarem-no a praticar aquele esporte.
GRÁFICO 4:Assistem TV todos os dias da semana:
assistem TV todos os dias
20
15
10
90%
5
10%
0
Já aqui percebemos que em todos os dias da semana, praticamente, é
despendido um bom tempo com a mídia televisiva.
Durães; Feres Neto (2004), afirmam que os programas esportivos
aliaram-se às emissoras de TV, aumentando a audiência. Percebendo que as
pessoas passam um bom tempo na TV, houve um crescimento na divulgação
desses eventos, tornando-os verdadeiros espetáculos.
Com isso, o marketing bate firme na mente desses jovens, estimulando
o consumo até excessivo de determinados produtos.
GRÁFICO 5:Articulação entre as perguntas relacionadas a qual programa
esportivo assistem e o que aprendem ao assisti-los.
assistem progama esportivo
20
aprendem algo
15
10
80%
5
35%
20%
0
20%
15%
15%
10%
5%
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Aqui a predominância dos programas esportivos mais vistos são
dedicados ao futebol, sendo que o mais visto foi o Globo Esporte, em segundo
Esporte Espetacular, Jogo Aberto e Donos da bola ficaram em terceiro,
seguidos por Bola Dividida e Pesca Alternativa, que ficou em último. O que,
segundo os entrevistados auxilia a grande maioria a aprender regras e táticas
do esporte.
Para Kenski (1995), a TV passa a imagem do atleta super star,
campeão, que tudo pode, e aliena a mente dos espectadores, fazendo com que
pensem ser fácil chegar ao estrelato, mas atrelando a conquista deste aos
produtos utilizados por esse atleta poderoso.
O jovem passa então a consumir tais produtos na esperança de um dia
se tornar como seu ídolo. Não que isso não posso ocorrer um dia, mas o
caminho não é tão fácil e não necessariamente se precisará usar esse ou
aquele determinado produto.
GRÁFICO 6:Enquanto realiza atividades escolares a TV, rádio ou som ficam
ligados?
realiza tarefas com mídia ligada
10
8
6
4
2
40%
35%
25%
0
Aqui nota-se uma influência possivelmente negativa da mídia na
execução de atividades escolares, pois não podem se concentrar nas tarefas
com precisão, visto que aparelhos eletrônicos ficam ligados em quase todos os
casos.
Valdemar Waingort Setzer, em seu artigo “A TV Antieducativa”, (2009),
afirma que a TV influencia negativamente crianças e jovens, afetando seu
cognitivo, prejudicando seu desenvolvimento normal, seu desenvolvimento
acelera-se sem que sua mente esteja preparada para isso, gerando graves
consequências ao seu progresso intelectual.
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Percebe-se que os jovens chegam a ter uma espécie de paralisia
mental, não conseguindo raciocinar coerentemente, sendo levados a consumir
sem necessidade produtos que acham ser necessário.
GRÁFICO 7:Se costuma ir ao cinema e com quem vai:
se costuma ir ao cinema
14
12
10
8
6
60%
4
35%
2
0
5%
Percebe-se um maior interesse em permanecer em casa do que ir a um
local externo para acessar conteúdo áudio visual. Isso se dá pelo maior acesso
a esse tipo de entretenimento através do computador e TV.
Neste mesmo artigo, Valdemar Waingort Setzer diz que a TV torna as
pessoas antissociais.
Isso fica evidente pelo fato de preferirem assistir filmes em casa do que sair
com outros para ir a um cinema, por exemplo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acreditamos que esta pesquisa poderá contribuir para novas reflexões
acerca do assunto visto que nunca se tem um projeto pronto, mas ideias e
reflexões que visam estimular os leitores a continuarem pesquisando,
aprofundando o assunto com novas pesquisas neste ou em vertentes desse
assunto tão complexo que é a influência que a TV exerce na vida das pessoas,
principalmente dos jovens, que estão em fase de amadurecimento de caráter e
personalidade.
Fica o alerta para que sociedade e poder público possam unir forças
para auxiliarem esses jovens a não permitir que a mídia televisiva os influencie
de tal maneira que impeça seu pleno desenvolvimento, sua visão crítica, sua
realidade, suas reais necessidades de consumo, enfim, que possam utiliza-la
como recurso de aprendizado e progresso cognitivo e intelectual.
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REFERÊNCIAS
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Interface Com o Esporte e a Mídia. Dissertação apresentada à Faculdade de
Educação Física da Universidade de Brasília. 2011.
BETTI, MAURO. Educação Física e Mídia: Novos Olhares, Outras Práticas.
São Paulo: Hucitec, 2003.
DURÃES, GERALDO MAGELA; FERES NETO, ALFREDO. Programas
Esportivos Televisivos: Contribuições para a Educação Física Escolar.
Revista Digital EFDeportes.com, Buenos Aires, ano 10, nº 74, jul. 2004.
Disponível
em:
http://www.efdeportes.com/efd74/tv.htm.
Acesso
em
28/09/2014.
FOUCAULT, MICHEL. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1992.
FREITAS, FRANCISCO MAURI DE CARVALHO. A Miséria da Educação
Física. Campinas: Papirus, 1991.
KENSKI, VANI MOREIRA. O Impacto das Mídias e das Novas Tecnologias
de Comunicação na Educação Física. V Simpósio Paulista de Educação
Física. In: Revista Motriz. [s.l.:s.n.], vol. 1, nº 2, p. 129-133, dez. 1995.
NEIRA, MARCOS GARCIA. O Papel da Educação Física nas Escolas.
Revista Nova Escola, são Paulo, ed. 224, ago. 2009. Disponível em:
http//www.revistaescola.abril.com.br/formação/vez-formar-atletas-analisacultura-corporal-487620.shtml. Acesso em 06/10/2014.
PINSKY, CARLA BASSANEZI; LUCA, TÂNIA REGINA DE. O Historiador e
Suas Fontes. São Paulo: Contexto, 2009.
SETZER, VALDEMAR WAINGORT. A TV Antieducativa. Departamento de
Ciência da Computação da USP. http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/tvantieducativa.html. Acesso em 04/10/2014.
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A MÚSICA COMO CONTRIBUIÇÃO NA MOTRICIDADE GLOBAL
DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Manoel Gomes da Silva, email - [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira, email - [email protected]
Faculdade Unida de Suzano
UNISUZ/UNIESP
RESUMO
Nas aulas de educação física observamos que a maioria das atividades estão
sempre relacionadas aos esportes. Deixando de lado as atividades rítmicas
que também tem uma grande contribuição para o desenvolvimento da criança
durante o período escolar. O objetivo desta pesquisa foi verificar se a música
tem uma contribuição na motricidade global, orientação temporal e ritmo em
alunos do ensino fundamental l. Na pesquisa foi aplicada a metodologia de
campo e como instrumento o manual de avaliação motora de Rosa Neto. A
amostra foi constituída por vinte crianças com oito anos de idade, sendo dez
crianças de uma escola com música em seu currículo e dez de uma escola que
não tem música em seu currículo. Ao analisar os resultados da pesquisa para
motricidade global as crianças que tem música em suas atividades escolares
ficaram dentro do padrão, enquanto as crianças que não tem a música em suas
atividades escolares tiveram um rendimento abaixo do padrão. Já no teste de
estrutura temporal/ritmo, os alunos com música no currículo tiveram resultados
acima do padrão com uma classificação proposta para crianças de onze anos,
e as crianças que não tem a música no currículo escolar tiveram resultados
dentro do padrão. Diante destes dados pode-se concluir que a música e
essencial no ambiente escolar. Portanto é de suma importância que o professor
de educação física ao aplicar suas aulas práticas utilize a música como
ferramenta.
Palavras chave: Motricidade; Música; Ritmo.
INTRODUÇÃO
Durante alguns meses de estágio no ensino fundamental observamos que
a maioria das atividades, mesmo com um aspecto lúdico estão sempre
relacionadas aos esportes, como: futsal, vôlei, basquetebol e handebol,
limitando o repertório de atividades que contribuem para o desenvolvimento
motor nas aulas de educação física. Será que só trabalhando estas atividades,
haverá uma contribuição significativa para o desenvolvimento motor dos alunos
do ensino fundamental l?
A música, assim como a dança, está no bloco de atividades rítmicas, que
é conteúdo previsto no Parâmetro Curricular Nacional (PCN) de educação
física (2000), a serem abordados na prática docente. É percebida uma grande
resistência do profissional de educação física em utilizar destes recursos
pedagógicos no ambiente escolar.
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É necessário que os docentes de educação física escolar venham a
refletir sobre a música como um dos conteúdos a serem abordados em suas
aulas. Sendo a música uma das vertentes artísticas presente em quase todos
os momentos do nosso dia e particularmente na vida cotidiana de crianças e
jovens, ela deve ser explorada de forma mais intensa. (BRAGA; OLIVEIRA,
2009)
A criança tem como principal aliado do seu desenvolvimento, as vivências
práticas. É através da diversidade de situações que ela passa no seu dia-a-dia
que ela recebe estímulos para que, o seu desenvolvimento motor seja
completo.
Para Ferreira (2005), a educação física escolar deve ser uma proposta
que valorize a democratização e a diversificação, mas o que se tem percebido
na maioria das escolas é somente a prática de desportos competitivos,
relegando-se a dança e as atividades expressivas deixando-as em segundo
plano ou ate mesmo excluindo-as do plano de ensino. O profissional de
educação física deve proporcionar ao seu aluno um repertório maior de
atividades e nessas atividades inserir a música como motivação nas aulas de
educação física, melhorando a qualidade da sua aula tornando-a mais atraente.
Quanto mais variadas forem as experiências motoras na infância melhor
será o desenvolvimento motor do individuo, visto que os movimentos fornecem
o principal meio pelo qual a criança explora, relaciona e controla o seu
ambiente.
Para Go Tani (1988), o desenvolvimento motor é um processo continuo e
demorado, e as mudanças mais acentuadas estão nos primeiros anos de vida,
embora seja necessário cerca de vinte anos para que o organismo se torne
maduro especialistas defendem que os primeiros anos de vida são cruciais
para o individuo.
A música como ferramenta pedagógica nas aulas de educação física ou
em qualquer outra atividade escolar, pode contribuir diretamente para o
desenvolvimento motor do individuo tornando-o um ser mais bem relacionado
na sociedade e apto a realizar melhor os seus afazeres do cotidiano como:
andar, saltar, dançar.
Para Gallahue; Ozmun (2005), o aprendizado è um processo interno e
individual que tem como consequência alterações em decorrência da interação
da experiência, educação e do treinamento com processos biológicos. Sua
construção tem fortes vínculos com o estado de desenvolvimento de um
indivíduo tendo relação direta com a prática, ou seja, o aprendizado é um
fenômeno em que a experiência esta ligada diretamente com o
desenvolvimento.
Tanto a música quanto a dança tem uma relação direta com o ritmo, não
se consegue executar de um simples passo de dança a uma complexa
coreografia ou de um simples acorde musical a uma complexa frase musical,
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se não tiver ritmo. O ritmo tem uma relação direta com o desenvolvimento
motor.
Atividades musicais oferecem inúmeras oportunidades para que a criança
aprimore suas habilidades motoras, aprenda a controlar seus músculos e
mova- se com desenvoltura. O ritmo tem um papel importante na formação e
equilíbrio do sistema nervoso. Isto porque toda expressão musical ativa age
sobre a mente, favorecendo a descarga emocional, a reação motora e aliviando
as tensões. Qualquer movimento adaptado a um ritmo é resultado de um
conjunto completo de atividades coordenadas. Atividades como cantar fazendo
gestos, dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a
criança, pois elas permitem que se desenvolva o senso rítmico e coordenação
motora. (CHIARELLI; BARRETO 2005)
A música pode ser usada como recurso pedagógico nas aulas de
educação física, cabe ao educador usar este recurso em suas aulas. Espera-se
dos professores que propiciem aos seus alunos formas diferenciadas de se
movimentar, para que reflitam sobre o seu espaço no mundo em que vivem e a
música vem ampliar e facilitar esta aprendizagem.
O desenvolvimento deve ser sempre estimulado de forma gradativa em
todas as fases da infância. Há uma grande capacidade de aprendizado nestas
fazes, quanto maior o repertório de movimentos melhor a coordenação. Ou
seja, o professor deve criar novas possibilidades de aprendizado facilitando as
atividades dos alunos quando solicitado. (WEINECK 2000)
Este trabalho tem como objetivo verificar a contribuição da música para, a
motricidade global, orientação temporal e ritmo nos alunos de oito anos nas
aulas de educação física do ensino fundamental l.
MÉTODO
A pesquisa foi desenvolvida em campo, que segundo Marconi e Lakatos
(2010), pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir
informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se
procura uma resposta, ou de uma hipótese que se queira comprovar, ou, ainda,
de descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
Amostra: A amostra foi feita com vinte alunos cursando o terceiro ano do
ensino fundamental do ciclo l de duas escolas do município de Suzano, sendo
dez alunos de uma escola que não tem música em seu currículo e dez de uma
escola que tem música em seu currículo,
Instrumento: Foi utilizado o teste de Escala de Desenvolvimento Motor- EDM
(ROSA NETO, 2002), coordenação motora grossa e orientação temporal.
Procedimento: Foi feito um primeiro contato com as escolas para que fosse
aplicada a pesquisa de campo.
Foi entregue um termo de consentimento livre e esclarecimento, para
cada pai ou responsável. Nesta pesquisa foi analisada a motricidade global,
estrutura temporais e ritmo, em alunos de oito anos, por meio de teste proposto
por Rosa Neto (2002).
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Teste para motricidade global: Com os pés juntos: saltar sem impulso uma
altura de 40cm. Material: dois suportes com uma fita elástica fixada nas
extremidades dos mesmos, altura: 40cm. Erros: tocar no elástico; cair (apesar
de não ter tocado no elástico); tocar no chão com as mãos. Tentativas: três no
total, sendo que duas deverão ser positivas.
Teste estruturas temporais/ ritmo: o teste foi feito em quatro etapas, aonde
cada etapa analisou-se aspectos relacionados ao desenvolvimento temporal/
rítmico. Material: cartões com estruturas temporais, carteira escolar, dois lápis,
uma caixa de papelão. Em cima da carteira escolar uma caixa de papelão
impedindo que a criança visse os movimentos do pesquisador. O pesquisador
usando o lápis dava pequenos golpes na carteira, reproduzindo com som as
estruturas temporais impressas nos cartões.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Escolas:
A= com música no currículo escolar
B= sem música no currículo escolar
Tabela l - Motricidade global - Saltar uma altura de 40 cm.
Escolas
Acertos
Erros
A
100%
0%
B
50%
50%
De acordo com a tabela l, em relação aos alunos da escola A,
percebemos 100% de acertos e os alunos da escola B, tiveram 50% de acertos
e 50% de erros.
Sobre isto Rondon et al (2010), cita que as atividades motoras são de real
importância para o desenvolvimento infantil e as relações interpessoais. Assim
o processo de ensino e aprendizagem por meio das atividades rítmicas deve-se
apresentar como intermédio entre o saber, corpo e movimento.
Articular a música e o movimento, utilizando a dança ou a expressão
corporal, pode contribuir para que algumas crianças, em situação difícil possam
se adaptar. A criança entre sete e oito anos entra em um período chamado
transitório aonde o indivíduo começa a combinar e a aplicar habilidades
motoras fundamentais ao desempenho de habilidades especializadas, no
esporte e em ambientes de recreação. (GALLAHUE; OZMUN 2005)
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Percebemos que as atividades rítmicas podem vir a colaborar diretamente
no desenvolvimento motor das crianças do ensino fundamental l, pois corpo e
movimento estão ligados diretamente por meio do ritmo
Tabela ll - Teste de estrutura espaço-temporal (reprodução de som) - Nesta
etapa a criança reproduziu por meio de golpes 20 estruturas temporais, aonde
o pesquisador dava golpes em uma carteira escolar e ela repetia.
Escolas
Acertos Erros
A
60%
40%
B
35,5%
64,5%
Conforme a tabela ll apresenta, os alunos da escola A, destacaram-se no
teste de estrutura espaço temporal com uma média de 60% de acertos, já os
alunos da escola B tiveram uma média de 35,5% de acertos.
Para Artaxo; Monteiro (2008) a partir de referências sonoras e visuais
realiza-se o ajustamento temporal do movimento. As crianças de seis aos dez
anos devem ser encorajadas a desenvolver a flexibilidade, coordenação e o
equilíbrio e ritmo como capacidades coordenativas devem ser bastante
solicitados nesta fase.
Trabalhar com o corpo tem como conseqüência, a consciência corporal.
O aluno questiona-se e começa a compreender o que passa com ele e ao seu
redor, torna-se mais espontâneo e expressa seus desejos de modo mais
natural, o que pode criar dificuldades para a prática pedagógica autoritária, que
ainda acredita que o aluno só aprende sentado na carteira. O aluno, ao entrar
na sala de aula, reprime seus sentimentos e experiências corporais,
descobertas do cotidiano, desvinculando a emoção da ação, volta à educação
fracionária, que visa formar partes do ser. (SCARPATO, 2001)
Portanto o professor de educação física tem que estimular o
desenvolvimento rítmico de seus alunos através das atividades rítmicas, pois
estas auxiliam no desenvolvimento do equilíbrio, ritmo e coordenação.
Tabela lll - Simbolização (desenho) de estruturas espaciais. - Nesta etapa a
criança reproduziu através de desenhos as estruturas espaciais, apresentadas
pelo pesquisador em um total de 10 cartões.
Escolas Acertos Erros
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A
91%
9%
B
73%
27%
De acordo com a tabela lll, em relação aos alunos da escola A,
percebemos 91% de acertos e os alunos da escola B, tiveram 73% de acertos.
Este resultado vem ressaltar mais uma vez a necessidade do professor de
educação física incluir em suas aulas a música e outras atividades que
desenvolva o ritmo em seus alunos.
Para Daólio (1996), nas séries iniciais o conhecimento a respeito da
cultura corporal será desenvolvido prioritariamente de forma vivencial. Nesse
momento, as aulas de Educação Física devem propiciar uma ampla gama de
oportunidades motoras, a fim de que o aluno explore sua capacidade de
movimentação, descubra novas expressões corporais, domine seu corpo em
várias situações, experimente ações motoras com novos implementos, com
ritmos variados.
Ao brincar, jogar, imitar, criar ritmos e movimentos, a criança também se
apropria do repertório da cultura corporal na qual esta inserida. É de
responsabilidade das instituições educacionais favorecerem um ambiente físico
e social no qual a criança se cinta estimulada a vencer novos desafios. Quanto
mais rico e desafiador for esse ambiente, mais ele lhe possibilitará a ampliação
de conhecimentos. (NEIRA 2006)
Por tanto percebemos que as crianças nas séries iniciais absorvem com
mais facilidade as novas experiências. Quanto mais amplo for o repertorio de
atividades melhor será o seu desenvolvimento.
Tabela IV - Simbolização de estruturas temporais - Nesta etapa a criança
reproduziu por meio de golpes as estruturas representadas nos cartões num
total de 5, apresentadas pelo pesquisador.
Escolas Acertos Erros
A
88%
12%
B
84%
16%
De acordo com a tabela lV, em relação aos alunos da escola A,
percebemos 88% de acertos e os alunos da escola B, tiveram 84% de acertos,
no teste de simbolização de estruturas temporais.
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Sobre a relação da música com o movimento Chiarelli; Barreto (2005), cita
que a fonte de conhecimento da criança são as situações que ela tem
oportunidade de experimentar em seu dia-a-dia. Dessa forma, quanto maior a
riqueza de estímulos que ela receber melhor será seu desenvolvimento
intelectual. Nesse sentido, as experiências rítmicas musicais que permitem
uma participação ativa, favorecem o desenvolvimento dos sentidos das
crianças. Ao trabalhar com os sons ela desenvolve sua acuidade auditiva; ao
acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a
atenção, ao cantar ou imitar sons ela esta descobrindo suas capacidades e
estabelecendo relações com o ambiente em que vive.
Por isto o profissional de educação física deve dar importância a alguns
indicativos de pré-disposição ao aprendizado musical, dos dois aos onze anos
de idade, fase que inclui o período crítico para o desenvolvimento da
musicalidade. As crianças, nessa fase, estão muito receptivas aos trabalhos
que envolvam música e movimentos. (BRAGA, 2002)
Percebemos que através da música a criança pode desenvolver: ritmo,
coordenação motora, orientação temporal, capacidade auditiva e também ajuda
a ela a interagir com o meio em que esta inserida.
Tabela V -Transcrição das estruturas temporais (ditado) - Nesta etapa a
criança irá transcrever as estruturas temporais no papel, (transcrição de sons
produzidos pelo pesquisador) num total de cinco testes.
Escolas Acertos Erros
A
78%
22%
B
58%
42%
Os resultados da tabela V mostram que os alunos da escola A tiveram
78% de acertos e os alunos da escola B tiveram 58% de acertos. Este
resultado mostra mais uma vez uma diferença entre a escola com música em
seu currículo escolar (escola A) e escola sem música em seu currículo escolar
(escola B).
De acordo com Braga; Oliveira (2009), a música nas aulas de educação
física escolar é uma ferramenta auxiliar no desenvolvimento de vários fatores
relacionados à educação física, dentre eles o rítmico, além de agregar uma
vivência significativa aos movimentos corporais das crianças. A criança para
se expressar corporalmente, com significado, necessita vivenciar uma grande
variedade de movimentos corporais, principalmente na fase de
desenvolvimento dos movimentos fundamentais, sendo que para compreender
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a Música, ela precisa primeiramente desenvolver o sentido auditivo, aprender a
“ouvir”.
Rosa Neto (2002), em seu manual de testes disponibiliza uma tabela com
a classificação do desenvolvimento temporal/ritmo, de acordo com a idade uma
determinada pontuação que deve ser alcançada no termino do teste de
estrutura temporal/ritmo.
A classificação para a criança de oito anos com seu desenvolvimento
dentro do padrão é de 19 a 23 pontos de um total de 40 pontos. Os alunos da
escola A (com música em seu currículo) ficaram acima da classificação, 60%
dos alunos conseguiram um resultado entre 32 e 40, este resultado é padrão
para criança de onze anos. Os alunos da escola B (não tem música em seu
currículo) tiveram o resultado dentro da classificação com 40% dos alunos
entre 19 e 23 pontos, seu melhor desempenho foi de 30% acima da
classificação com pontuação entre 24 e 26 pontos, sendo esta classificação
para idade de nove anos. (ROSA NETO, 2002).
Sobre isto Artaxo; Monteiro (2008) cita que em praticamente todas as
atividades corporais trabalha-se o ritmo e este não pode ser desassociado das
atividades motoras ou da própria vida. Assim, é esperado que as atividades
rítmicas educacionais mereçam maior atenção no programa de educação
física. Os métodos educacionais devem permitir que a criança crie, expressese, produza e não somente observe.
Portando se torna mais do que evidente a necessidade do professor de
educação física rever o que usa como conteúdo pedagógico em suas aulas
práticas. Se necessário procurar novos meios de aumentar o repertório de
experiências de seus alunos.
Considerações Finais
O objetivo deste estudo foi verificar a contribuição da música para o
desenvolvimento dos alunos do ensino fundamental l. Em relação à motricidade
global foi percebida nos alunos que tem o contato com a música durante o
período em que estão na escola um desenvolvimento dentro do padrão. Os
alunos que não tem a música em seu cotidiano escolar mostraram um
desenvolvimento abaixo do padrão para a idade de oito anos. No teste de
estruturas temporal/ritmo, os alunos que tem contato com a música no período
em que estão na escola tiveram um resultado acima do padrão para idade
chegando a uma classificação proposta para crianças de onze anos. Já os
alunos que não tem contato com a música na escola ficaram dentro da
classificação de acordo com o manual de avaliação motora.
Conclui-se que de acordo com o que a literatura diz a música tem uma
relação direta com o desenvolvimento tanto na motricidade global como no
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desenvolvimento de espaço temporal e ritmo dos alunos do ensino fundamental
l. Através dos dados da pesquisa e da revisão literária percebemos a
necessidade do professor de educação física usar a música como ferramenta
pedagógica em suas aulas, para que o seu aluno tenha o maior número de
vivências possíveis dentro do ambiente escolar. O professor de educação física
tem a responsabilidade de estimular o desenvolvimento psicomotor de seu
aluno por trabalhar diretamente com o movimento.
Serão necessários novos estudos aprofundando-se no tema, pois apesar
de ser relevante não há muitos estudos na área.
REFERÊNCIAS
ARTAXO, Inês; MONTEIRO, Gisele de Assis. Ritmo e Movimento Teoria e
Prática. São Paulo: Forte, 4ª edição 2008.
BRAGA, Anai Leite; OLIVEIRA, Ronaldo Gonçalves. Educação Física e
Música: uma visão dos professores de educação física escolar. Interfaces,
Suzano, Ano 1, nº 1, 2009.
BRAGA, Joseni Marlei Paula. Elementos Musicais a Serem Abordados na
Formação
Profissional.
2002.
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000252280&fd=y
acesso em: 14 maio,2014.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Educação Física/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 2000.
CHIARELLI, Lígia Karina Meneghetti; BARRETO, Sidirley de Jesus. A
Importância da Musicalização na Educação Infantil e no Ensino Fundamental: a
música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser. 2005.
http://www. iacat. com/revista/recrearte/recrearte03. htm. Acesso em: 19 abril,
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A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO PELA PERDA
DE UMA CHANCE NA FASE DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
CÍVEL
Aline Cristina Rodrigues da Silva
Fabrício Ciconi Tsutsui
Waldir Teixeira de Jesus
Faculdade Unida de Suzano - UNISUZ
RESUMO
O presente trabalho procura pontuar algumas posições existentes no
estudo da responsabilidade civil do advogado, em relação a danos que
ocasione ao seu cliente por, no exercício de suas atividades profissionais,
deixar de interpor o recurso cível devido, fazendo com que o cliente deixe de
obter uma decisão favorável. A teoria da responsabilidade civil pela perda de
uma chance é criação da doutrina, já que não há norma específica para
delinear a matéria. O trabalho se justifica porque vigoram, na jurisprudência e
na doutrina, posicionamentos diversos sobre a responsabilização, ou não do
advogado. Veremos que pela inexistência de norma específica para tratar do
assunto não há um posicionamento unitário para aplicação no caso concreto,
ficando ao arbítrio do aplicador do direito, defender uma ou outra tese para
solução do caso. Para o desenvolvimento da pesquisa utilizamo-nos de um
estudo comparado, por meio de análises das diferentes posições doutrinárias e
jurisprudências acerca do assunto, fazendo-se, ao final, uma compilação de
tudo quanto lido para formação da ideia e estruturação lógica do trabalho.
Palavras-Chave: Responsabilidade Civil; Perda de uma Chance; Recurso;
Advogado; Dano.
INTRODUÇÃO
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A presente pesquisa abordará a responsabilidade civil do advogado pela
perda de uma chance na fase de interposição de recurso cível, ou seja, tratará
da responsabilização do advogado quando, no exercício de sua profissão,
deixar de interpor o recurso devido, ocasionando prejuízo ao seu cliente ou
retirando-lhe a possibilidade de obter uma vantagem ou benefício.
Trata-se de um tema de discussões constantes e ardentes entre os
profissionais do direito, e, por isso, permanece acesa a controvérsia sobre a
responsabilidade civil do advogado pela perda de uma chance. Perceptível tal
afirmação ao observamos os mais diversos posicionamentos sustentados pelos
doutrinadores e por nossos tribunais, conforme serão apontados no curso
deste trabalho.
O estudo acerca da responsabilização pela perda de uma chance se
mostra de suma importância nos dias atuais, pois o aumento de demandas
judiciais e de advogados atuantes influencia na qualidade da prestação de
serviço jurisdicional, elevando o número de falhas e, conseguintemente, o
dever de ressarcimento por esses erros.
O tema explorado neste estudo expressa relevante importância em
razão do inconformismo da população que sofre com a má conduta de alguns
advogados e muitas vezes olham para a classe com desconfiança em razão da
pequena parcela de membros que irresponsavelmente causa prejuízos a seus
clientes por condutas negligentes, imprudentes ou imperitas.
Podemos afirmar, então, que a pesquisa visa, mormente, esclarecer em
quais hipóteses o advogado poderá ser responsabilizado a indenizar por não
interpor o devido recurso no prazo legal.
Afinal, é sabido que o causador de um dano deve ser responsabilizado a
ressarci-lo, com o objetivo, inclusive, de evitarem-se injustiças, é por isso que a
sociedade deve saber a que título responderá em caso de danos ocasionados
a terceiros e quais os limites de sua responsabilidade no exercício de suas
atividades profissionais e no cotidiano da vida em comum.
Como posto acima, encontramos posicionamentos divergentes referente
ao tema, isso se dá pela ausência de legislação específica para solucionar o
caso concreto, devendo o operador do direito interpretar a lei existente e aplicála em conformidade com as peculiaridades do instituto.
Há quem entenda que o dever de indenizar independerá da indagação
do possível resultado, pois o dano reside na perda do direito de um novo
julgamento pela instância superior, outros defendem que o juiz deve fazer
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duplo raciocínio, primeiro analisando a teoria da perda de uma chance e, após,
considerando o grau de perspectiva favorável dessa chance. Alguns entendem
ainda, pela inviabilidade de aplicação da teoria da perda de uma chance à
atuação do advogado.
Com o término da pesquisa será possível avaliar os aspectos positivos e
negativos de cada posicionamento/ entendimento e direcionar a uma solução
mais viável na hora de responsabilizar, ou não, o advogado por ter deixado de
interpor um recurso cível.
METODOLOGIA
A proposta do presente trabalho é a verificação da aplicabilidade da
teoria da perda de uma chance, na fase recursal de uma ação, para
responsabilizar o advogado.
Utilizamos o método dedutivo, pois foram analisadas diferentes posições
doutrinárias e jurisprudenciais acerca do assunto para ao final chegarmos a
uma conclusão, tornando-se possível o desenvolvimento e estrutura do estudo.
Realizamos pesquisa histórica em razão da evolução que sofreu a
responsabilidade civil e do constante progresso ainda presente.
Realizamos um estudo comparado para o desenvolvimento da pesquisa.
Comparamos as mais diversas posições doutrinárias, bem como os
entendimentos jurisprudenciais sobre o assunto e verificamos a aplicação
prática do tema nos tribunais brasileiros.
Para tanto foi necessária a leitura de diversos livros, artigos científicos e
jurisprudências, fazendo-se ao final uma compilação de tudo quanto lido para
formação de uma idéia e estruturação do trabalho.
DESENVOLVIMENTO
1.
A Responsabilidade Civil e sua Evolução na História
A responsabilidade civil é um tema de discussões constantes e ardentes
entre os profissionais do direito.
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Ela existe desde os primórdios da civilização da sociedade, quando, no
entanto, prevalecia a vingança coletiva, por meio de reação conjunta de
pessoas contra o ofensor pelo dano causado a um de seus componentes.4
Após passamos a vingança privada, gerando a parte lesada o direito de
vingança física, podendo defender-se pessoalmente.
Posteriormente evoluímos para o período da composição, quando, ao
invés do pagamento com a integridade física, a vingança era feita pela
composição econômica.5
Depois veio a interferência estatal que vedava à vítima fazer justiça
pelas próprias mãos. A Lex aquilia (plebiscito aprovado no final do século III ou
início do século II a.C.), que possibilitava a reparação aquele que tivesse seus
bens destruídos, pode ser considerado o marco da responsabilidade civil, pois
a partir daí considerava-se a culpa como pressuposto da responsabilidade.
Assim podemos observar que a responsabilidade civil evoluiu e continua
evoluindo de acordo com as garantias fundamentais do ser humano.
No início vigia a reparação com o próprio corpo, hoje, não é sequer
permitida a restrição da liberdade de locomoção, garantindo-se ao lesado, tão
somente, a reparação econômica. Essa constante evolução fundamenta-se nas
garantias constitucionais dos direitos do homem, como a vida e a dignidade da
pessoa, bens jurídicos maiores do ser humano.
Silvio Rodrigues afirma que: “A responsabilidade civil é a obrigação que
pode incumbir uma pessoa a reparar o prejuízo causado a outra, por fato
próprio, ou por fato de pessoas ou coisas que dela dependam”6
Assim sendo, podemos compreender a responsabilidade civil como a
possibilidade de exigência de indenização pela vítima ao seu ofensor em
decorrência de um dano sofrido, visando o equilíbrio econômico entre as
partes.
4
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Responsabilidade Civil: 7º Vol. 20.
ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 10.
5
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Responsabilidade Civil: 7º Vol. 20.
ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 10/11.
6
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. Responsabilidade Civil: Vol. 4. 20. ed. São Paulo:
Saraiva, 2007, p. 06.
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2.
A teoria da perda de uma chance
A perda de uma chance é a retirada da vítima da probabilidade de ter
acolhido algum benefício ou evitado prejuízo por uma ação ou omissão de
outrem.
Assim, se o indivíduo tinha a possibilidade de obter uma vantagem, ou,
pelo menos, de não ter um prejuízo, e essa chance foi tolhida por ação ou
omissão de outra pessoa, pode surgir o dever de indenizar.
Nessa linha de pensamento Lisiane Pietroski define a perda de uma
chance como “a supressão da oportunidade de obter uma vantagem futura ou
de evitar um prejuízo, já ocorrido ou porvir, que alguém sofre em virtude de
ação ou omissão de outrem.” 7
A perda de uma chance foi criada pelo direito francês e se espalhou por
outros países.
Conforme nos relata Lisiane Lazzari Pietroski o exemplo mais antigo de
aplicação da teoria na jurisprudência francesa é de 1889:
“(...) Trata-se de uma decisão proferida pela Corte de Cassação
conferindo indenização pela atuação culposa de oficial ministerial que extinguiu
todas as possibilidades de uma demanda lograr êxito mediante o seu normal
procedimento (...).8
No Brasil, teve referência na jurisprudência pela primeira vez no ano de
1990, em acórdão proveniente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. No
caso, a autora pretendia ser indenizada pela perda de uma chance em virtude
de intervenção cirúrgica corretiva de miopia mal sucedida que acabou lhe
causando hipermetropia e cicatrizes na córnea, mas, o tribunal entendeu se
tratar de dano direto e imediato, não aplicando a teoria da perda de uma
chance.9
Somente em 1991 o mesmo tribunal proferiu acórdão aplicando a teoria
da perda de uma chance. Naquele episódio o advogado sabia do extravio dos
7
PIETROSKI, Lisiane Lazzari. Perda de uma Chance e Responsabilidade Civil dos
Profissionais Liberais. Florianópolis: Conceito, 2013, p. 55.
8
PIETROSKI, Lisiane Lazzari. Perda de uma Chance e Responsabilidade Civil dos
Profissionais Liberais. Florianópolis: Conceito, 2013, p. 53.
9
PIETROSKI, Lisiane Lazzari. Perda de uma Chance e Responsabilidade Civil dos
Profissionais Liberais. Florianópolis: Conceito, 2013, p. 54.
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autos processuais e não informou a cliente e nem promoveu a restauração,
impossibilitando a autora de obter prestação jurisdicional.10
3.
Responsabilidade Civil do Advogado pela perda de uma
chance na fase de interposição de recurso cíveil
Se o dano sofrido por uma pessoa decorrer da má atuação do
advogado, principalmente da falta de interposição de um recurso cível, será
esse profissional responsabilizado a indenizar?
Estamos tratando da responsabilidade civil do advogado pela perda de
uma chance na fase de interposição de recurso cível, ou seja, da
responsabilização do patrono quando, no exercício de sua profissão, deixa de
interpor o recurso devido, ocasionando prejuízo ao seu cliente ou retirando-lhe
a possibilidade de obter uma vantagem ou benefício.
Apesar de parecer um questionamento ingênuo e de fácil resolução, ao
analisarmos os posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais acerca do
assunto, verificaremos o quão debatido e controvertido é o tema.
Para uns é extremamente viável a condenação do advogado pela perda
de uma chance, independentemente, inclusive, do possível resultado final.
Para outros, deve-se analisar a real probabilidade de vitória.
Há ainda, quem compreenda ser inviável a aplicação da teoria ao
advogado.
Vejamos algumas posições doutrinárias encontradas:
Sérgio Cavaliere Filho defende ser direito da parte o pedido de novo
julgamento, portanto, o advogado que perde o prazo do recurso deve
responder independentemente da indagação do possível resultado, porque o
dano reside na perda de um direito, o de novo julgamento por instância
superior, especialmente, tratando-se de recurso ordinário.11
Assim, para referido autor, o direito da vítima que se perdeu foi o de
novo julgamento e não o de possível procedência dos seus pedidos, portanto,
10
PIETROSKI, Lisiane Lazzari. Perda de uma Chance e Responsabilidade Civil dos
Profissionais Liberais. Florianópolis: Conceito, 2013, p. 55.
11
FILHO, Sérgio Cavalieri. Programa de Responsabilidade Civil. 11. ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2014, p. 469.
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pela não interposição de recurso no prazo legal deverá o advogado ser
responsabilizado, independentemente da probabilidade de vitória caso o
recurso fosse interposto.
Carlos Roberto Gonçalves entende que o juiz deve, em caso de
reconhecer que houve a perda de uma chance, criar um segundo raciocínio,
analisando a probabilidade ou grau de perspectiva favorável dessa chance.12
Para este autor, destarte, o direito da vítima não decorre
necessariamente do direito de novo julgamento, mas, sim, da chance de ter
uma decisão favorável caso o recurso fosse interposto.
Porém, não será qualquer prazo perdido capaz de gerar o dever de
indenizar ao advogado, deverá o magistrado analisar as reais possibilidades de
vitória na demanda.
Com o mesmo pensamento defendem, Cristiano Chaves de Farias,
Nelson Rosenvald e Felipe Peixoto Brago Netto, a necessidade de uma análise
sobre as possibilidade de êxito do cliente:
“A perda do prazo processual não configura, nesse contexto, dano in re
ipsa. Exige-se mais: uma análise acerca das possibilidades, reais e razoáveis,
de êxito do cliente, e dos danos que sofreu em virtude da conduta negligente
do advogado. A teoria da perda da chance pode ser aplicada, mas exige essa
ponderação contextualizada que mencionamos.”
Flávio Tartuce, por sua vez, não adere à indenização civil pela perda de
uma chance, em suas palavras:
“(...) tais danos seriam, em muitos casos, hipotéticos ou eventuais,
sendo certo que os artigos 186 e 403 do Código Civil exigem o dano presente e
efetivo. A perda de uma chance, na verdade, trabalha com suposições, com o
se.” 13.
Os tribunais brasileiros também apresentam posicionamentos diversos.
Há quem defenda a não incidência de reparação quando o prazo perdido
for de recurso meramente protelatório.
12
GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2014,
p. 365.
13
TARTUCE, Flávio. Direito Civil 2: Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil. 09.
ed. São Paulo: Método, 2014, p. 448
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Outros, e essa me parece ser a corrente majoritária, defendem que a
simples perda do prazo para recorrer não enseja automática responsabilização
civil sendo necessária a análise da probabilidade de vitória do cliente caso o
recurso fosse interposto.
A autonomia profissional do advogado também é instrumento de defesa
para a isenção de punibilidade do causídico. É o que defende Paulo Luiz Netto
Lôbo conforme segue:
“Na defesa dos interesses sob seu patrocínio, o advogado nunca deve
fazer concessões a sua independência, inclusive em face do próprio cliente. Na
escolha dos meios jurídicos e na condução de seu trabalho profissional, o
advogado nunca deve permitir que haja tutela direta ou indireta do cliente, de
terceiro ou do magistrado. É sua, inteira e indelegável, a responsabilidade pela
direção técnica da causa ou da questão.
Alem da independência técnica, o advogado deve preservar sua
dependência política e de consciência, jamais permitindo que os interesses do
cliente confundam-se com os seus. O advogado não é e nuca pode ser o
substituto da parte; é o patrono. Por outro lado, em momento algum deve o
advogado deixar levar-se pelas emoções, sentimentos e impulsos do cliente,
que serão retidos à porta de seu escritório.”14
Para outros o advogado tem sim o direito de convencimento, o direito de
dirigir a causa como melhor lhe aprouver, entretanto, não pode contrariar à
vontade de seu cliente, e, havendo divergência de pretensões deverá utilizar-se
do instrumento colocado a sua disposição, qual seja: renúncia ao mandato.
É o que aponta Sérgio Cavaliere Filho:
“No que respeita a conveniência ou não de recorrer, entendemos que,
sendo o advogado o primeiro juiz da conveniência de se ajuizar ou não a ação,
deve sê-lo, também, da conveniência de recorrer, mormente tratando-se de
recurso especial ou extraordinário, sujeitos a requisitos rigorosos ou
específicos. O advogado, principalmente quando zeloso do seu bom nome, não
pode ser obrigado a interpor um recurso manifestamente incabível. Não deve,
entretanto, deixar de recorrer no caso de indiscutível necessidade, ou
contrariando a vontade do cliente.Nesse último caso, se tem convicção
jurídica contrária, o caminho será a renúncia. (...)
14
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Comentários ao Estatuto da Advocacia. 2. ed. Editora Brasília
Jurídica, 1999, p. 138
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Assim como não está obrigado a aceitar a causa, pode o advogado
renunciar ao mandato sempre que, no curso do processo, surgir impedimento
pessoal ou qualquer outro motivo de convicção íntima. Não importa, isso,
quebra do contrato, desde que o advogado dê ciência da renúncia ao cliente,
para que este o substitua. Deverá contudo, continuar praticando os atos
processuais urgentes durante o prazo previsto em lei (Código de Processo
Civil, art. 45, e Lei nº 8.906/1994, art. 34, XI).”15 (grifo nosso)
Concluímos deste modo, que a responsabilidade civil do advogado pela
perda de uma chance não é, nem de longe, matéria pacífica entre os
intérpretes/ aplicadores do direito. Para apaziguar as controvérsias será
necessária a criação de lei delimitando o assunto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o desenvolvimento deste artigo evidenciamos não haver um
posicionamento engessado para tratar da responsabilização do advogado que
deixa de interpor recurso ao seu cliente.
Verificamos o quanto a doutrina e os tribunais são divergentes ao tratar
do tema. Alguns defendem que o advogado deverá ser responsabilizado se
perder o prazo do recurso independentemente do possível resultado favorável
à parte. Outros entendem que é necessário o exercício de um segundo
raciocínio para responsabilizar o advogado, qual seja: o estudo da
probabilidade de vitória na demanda caso o recurso fosse interposto. E ainda,
há quem não se afilie à ideia de indenização pela chance perdida, sob
argumento de que o direito não trabalha com incertezas.
Examinamos que pela inexistência de norma jurídica expressa acerca do
assunto os tribunais e a doutrina acabam fazendo ginásticas interpretativas
para aplicação em cada caso específico.
FONTES CONSULTADAS
15
FILHO, Sérgio Cavalieri. Programa de Responsabilidade Civil. 10. ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2012, p. 434
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DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro:
Responsabilidade Civil: 7º Vol. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
FILHO, Sérgio Cavalieri. Programa de Responsabilidade Civil. 11. ed.
São Paulo: Editora Atlas, 2014.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. 15. ed. São
Paulo: Saraiva, 2014.
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Comentários ao Estatuto da Advocacia. 2.
ed. Editora Brasília Jurídica. 138
PIETROSKI, Lisiane Lazzari. Perda de uma Chance e
Responsabilidade Civil dos Profissionais Liberais. Florianópolis: Conceito,
2013.
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. Responsabilidade Civil: Vol. 4. 20.
ed. São Paulo: Saraiva, 2007..
TARTUCE, Flávio. Direito Civil 2: Direito das Obrigações e
Responsabilidade Civil. 09. ed. São Paulo: Método, 2014.
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A TRIBUTAÇÃO NO SISTEMA “CLOUD COMPUTING” E O
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° 171/12
[email protected] - Claudia Ferreira Saraiva
[email protected] - Gabriel Bazzeggio da Fonseca
[email protected] - Fabrício Ciconi Tsutsui
Faculdade Unida de Suzano (Unisuz)
RESUMO
Até pouco tempo atrás a utilização de softwares se dava através de aquisição da mídia
física, entretanto com o advento do “cloud computing”, esta realidade mudou. Hoje é
possível utilizar estes softwares sem que a compra ocorra, já que estes estarão
disponíveis para uso na nuvem. Se analisarmos os gastos que a instalação de um
software gera, veremos que a sua disponibilização no ambiente virtual é muito atrativa.
A relação custo-benefício será diretamente atingida. O assunto em tela é polêmico,
pois se discute a possibilidade de tributar a utilização de um software na nuvem. Dizse polêmico, pois o primeiro questionamento acerca do tema é se o usuário compra e
possui o software ou somente adquire o direito de acesso e utilização mediante
pagamento. Adiciona-se a estes questionamentos, a matéria tributária, que carece de
cobertura quando se trata da computação em nuvem. Não se sabe ainda qual tributo
se deveria cobrar, ora ISSQN ou ICMS, entretanto com o projeto de lei complementar
nº 171/12, esta perspectiva pode passar por alterações. O presente trabalho pretende
identificar a fundamentação legal do projeto de lei complementar citado, verificandose, portanto, a aplicabilidade deste ao sistema em tela. Foi necessário também,
compreender a construção política, social e tributária no Estado, bem como sua
finalidade. A partir das premissas apontadas pelos autores, ter-se-á uma conclusão.
Constatou-se que a posição majoritária apresenta maior relevância e condiz com o
mundo fenomênico.
Palavras-Chave: Cloud computing; Tributação; ICMS; ISSQN
1. INTRODUÇÃO
O assunto se encontra em estágio inicial, no que diz respeito às suas
dimensões e proporções no tempo e no espaço. Pode se dizer que a transmissão de
informações evoluiu para a internet, no final do século XIX e início do século XX. Claro
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que neste período a Era de Informação não era a mesma que hoje, mas a transmissão
de informações já estava presente na Revolução Industrial e, subsequentemente, na
Segunda guerra mundial, através de TV, rádio, telefone e outros.
A Internet surgiu na década de 1970, no Departamento de Defesa Dos Estados
Unidos, em que vários centros de pesquisas de ordem militar eram conectados, além
de se intercomunicarem e transmitirem informações e documentos. Posteriormente
esta intercomunicação foi expandida às universidades, agências governamentais e
Institutos de Pesquisa. Evoluindo ainda, para um sistema de comunicação externa
entre computadores, a partir de uma linha telefônica em comum. Como resultado
desta evolução tecnológica, surgiu a internet, como uma rede internacional de
comunicações.
O sistema de computação chamado “cloud computing” ou, em português,
sistema de nuvem ou computação de nuvem, mostra-se recente e atual na realidade
mundial.
Em decorrência do Contrato Social de Rousseau, a sociedade concedeu ao
Estado o poder soberano de decidir, regular e, obedecendo a sua finalidade, interferir
nas relações particulares. Entretanto, a sociedade continuaria sendo a detentora do
poder soberano, sendo esta soberania concedida ao Estado, somente nos momentos
de decisão. Sendo assim, o Estado estaria atrelado ao bem estar e deveria garantir a
qualidade de vida da sociedade.
Desta forma, o Estado precisa de recursos que o possibilitem a ele garantir e
manter o bem estar, a qualidade de vida e outros ambientes da sociedade. O Estado
precisa de mecanismos pecuniários, a fim de arcar com os custos de manter a
sociedade em boas condições. Como todo empregado precisa de salário, o Estado
precisa de fonte de recursos.
Desta necessidade, surgiu a ideia de que o Estado cobraria dos membros da
sociedade, valores com propósitos específicos, e que assim, em colaboração, a
finalidade social estaria protegida e guarnecida. Instituiu-se então, a criação e
cobrança de tributos.
Para manter a guarnição social, viu-se também a necessidade de criar normas
reguladoras. Observa-se a ingerência estatal, ao passo que se passou a criar leis que deveriam ser cumpridas, do contrário haveriam penas – para organizar a
sociedade.
Se o Estado deve cobrar impostos que visam à manutenção social, a
computação em nuvem deveria se encaixar em um de seus instrumentos normativos.
Há discussão quanto à possibilidade de tributar o ambiente em nuvem. Ao admitir a
tributação, surge outra discussão quanto ao tributo que se aplicaria. Teoricamente,
seria tributado, ora como ISSQN (Imposto sobre serviço de qualquer natureza) ora
como ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços). A discussão
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jurídica encontra-se neste campo, pois nossa legislação vigente não inclui o “cloud
computing” na lista de serviços ou mercadorias tributáveis. Entretanto, há projeto de lei
que inclui o “cloud computing” na lista de serviços com incidência de ISSQN.
Ao que se refere ao cloud computing, este é um tema bem extenso e possui
diversas ramificações. O trabalho em tela abordará a utilização do ambiente de
nuvem, enquanto “SaaS (Software as a service)”, ou em português, software como um
serviço, além da utilização de softwares na nuvem, como por exemplo o “Onedrive”,
qualquer pessoa com uma conta Microsoft pode utilizar-se da nuvem; se for o Google,
há o “Googledrive” e assim por diante.
Nos exemplos citados, trata-se de nuvem gratuitas. O enfoque do trabalho, no
entanto, são as nuvens pagas. As nuvens podem ser públicas, mistas ou privadas,
contudo, abordar-se-á as públicas.
Há “clouds” que oferecem gratuitamente certa quantidade de gigabytes e
oferecem a opção de aumentá-la a título oneroso. É justamente na onerosidade que
se aplicaria a tributação, pois, enquanto é gratuita não há o que se tributar.
Ao entender o que são tributos, poderemos discutir suas implicações no
sistema de nuvem e seus reflexos perante a sociedade. Espera-se daqui em diante,
esclarecer esta nebulosidade jurídica.
Realizou-se a leitura de livros e artigos referentes à tributação, ao sistema de
nuvem e sua subsunção, bem como a construção estatal, abordando suas vertentes
sociais e tributárias. Buscou-se também a evolução tecnológica no espaço e no tempo,
a fim de compreender o presente momento. Procurou-se traçar um cronograma
evolutivo, tanto ao que se refere ao Estado, como a criação tributária e o surgimento
de tecnologias que possibilitaram a transmissão de informações.
Foi necessário um estudo do contrato social de Rousseau, para que
pudéssemos vislumbrar o papel estatal e como consequência, o papel da sociedade.
Para que entendamos a finalidade da criação de impostos, ou ainda, a interferência do
Estado em nossas relações, desde as pessoais até as virtuais, é imperativo o estudo
do que venha ser o Contrato Social.
O método utilizado será o dedutivo, pois a partir das premissas apontadas
pelos autores, ter-se-á uma conclusão. As obras deverão ser esgotadas para que o
seu suprassumo dê origem a uma conclusão correta.
Através de pesquisa histórica pretende-se encontrar o momento ou
circunstância fática que deu origem a este moderno sistema. Para tanto, será
necessário compreender o que é o Estado e sua construção histórica e social. A partir
desta ideia, poderá se verificar a instituição de impostos e sua finalidade. Também se
faz necessário, traçar um cronograma histórico-evolutivo dos meios tecnológicos de
comunicação.
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Estudar-se-á os autores que dizem ser possível a cobrança de ISSQN e os
autores que discordam. Visa-se encontrar os argumentos favoráveis e desfavoráveis
de cada posicionamento, para assim, identificar os momentos em que se
complementam e os momentos em que se distinguem.
Como objetivo geral, pretende-se encontrar a fundamentação legal do projeto
de lei n° 171/12 e verificar sua aplicabilidade na computação de nuvem. Além disso,
procura-se encontrar seus efeitos aos usuários, caso o projeto de lei venha a ser
aceito.
Pretende-se ainda, traçar um comparativo no que diz respeito à evolução
tecnológica no espaço e no tempo.
2. METODOLOGIA
A metodologia aplicada foi a dedutiva, para que a partir dos posicionamentos
doutrinários encontrados, fosse possível extrair uma conclusão una. O estudo às obras
utilizadas foi profundo, para que houvesse precisão nos conceitos e posicionamentos
encontrados.
Foram aplicados os procedimentos de pesquisa histórica, pesquisa por
comparação e pesquisa por compilação. Através de pesquisa histórica pretendeu-se
encontrar o momento ou circunstância fática que deu origem a este moderno sistema.
Para tanto, foi necessário compreender o que é o Estado em sua construção histórica
e social. A partir desta ideia, possibilitou-se verificar a instituição de impostos e sua
finalidade. Também se fez necessário traçar um cronograma histórico-evolutivo dos
meios tecnológicos de comunicação.
Estudaram-se os autores que dizem ser possível a cobrança de ISSQN e os
autores que discordam. Objetivou-se encontrar os argumentos favoráveis e
desfavoráveis de cada posicionamento, para assim, identificar os aspectos divergentes
e similares entre si.
Depois de identificados e separados os autores favoráveis e desfavoráveis foi
necessário observar as fundamentações destes de acordo com seus posicionamentos.
Os favoráveis à cobrança de ISSQN possuem motivos contundentes, os quais foram
estudados até se obter uma linha de raciocínio única. Aos autores contra tal cobrança
foi aplicado o mesmo estudo.
3. DESENVOLVIMENTO
A autora Patrícia Peck Pinheiro (Direito Digital, 2013) diz em seu livro que ao
se falar na tributação na nuvem, devem-se observar os parâmetros para eventual
cobrança. Considerando que a nuvem é abstrata, como se pode quantificar algo
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imaterial? O objetivo desta indagação é justamente encontrar sobre o quê será
aplicada uma base de cálculo e alíquota. Tanto no ICMS, como no ISSQN, deve-se ter
um patamar como forma de mensuração.
A nuvem não pode ser quantificada, a mérito de tributação, mas o que há em
seu ambiente e como é exercido sim. A questão aqui presente será o software,
enquanto parte da nuvem.
A autora Liliana Minardi Paesani (Direito de Informática: Comercialização e
Desenvolvimento Internacional do Software, 2005) disciplina que software seria um
conjunto de regras ou instruções capazes de serem operadas em um computador 16.
Entretanto não há definição legal a respeito, dificultando, por consequência a
subsunção do software em um único regime tributário.
Quanto ao imposto a ser cobrado há o acórdão da 1ª turma, Recurso Especial
n° 176.626/SP de 11 de Dezembro de 1998, do Superior Tribunal de Justiça, que se
manifesta no sentido da concessão de direitos de uso de software, não implicar na
cobrança de ICMS. Isto porque não há entrega do software, mas sim, seu direito de
uso. O usuário não possuirá o software, este continuará pertencendo ao provedor ou
àquele que o tenha concedido o uso.
Tratando-se de um projeto de lei, pretende-se a relação jurídico-tributária, o
que leva a questionar como seria o fato gerador e a obrigação tributária nestes
moldes.
A doutrina estudada diz não ser possível haver cobrança de ICMS, pelo
simples fato de não existir a circulação de mercadoria. Se o ambiente da nuvem é
abstrato, como poderia haver a circulação de uma mercadoria? Quando se fala em
transferir a cessão de direito de uso da nuvem ao particular, através da internet, o que
ocorre é a transferência do software e não importação ou exportação que justifique a
tributação por ICMS.
No que diz respeito à Relação Jurídico-Tributária, a priori não se pode falar em
relação jurídico-tributária, por não haver ainda previsão legal para a computação de
nuvem, neste sentido, vale explicar que tal relação é composta por:
Lançamento
“Software is a set of statements or instructions to be used directly or indirectly in a computer
in order to bring about a certain result” (PAESANI, Liliana Minardi. Direito de Informática:
Comercialização e Desenvolvimento Internacional do Software. 5 ed. São Paulo: Atlas,
2005, p.28.).
16
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I------------------------I-------------------I------------------I-----------------I------------- Hipótese
Fato
Obrigação
Crédito
de incidência
gerador
tributária
Obrigação
principal
tributário
Obrigação
acessória
HI (Hipótese de Incidência) – É a previsão legal, hipótese apontada pelo
legislador no texto legal. A letra da lei trará as situações abstratas que quando
concretizadas no mundo fenomênico, resultarão em obrigação tributária e após o seu
lançamento, formalizará o crédito tributário.
FG (Fato Gerador) – É o momento em que a previsão legal torna-se concreta
no mundo fenomênico. Os artigos 114, 115 e 116 do Código Tributário Nacional
dispõem sobre a obrigação principal e sobre a acessória. A partir desta definição
pode-se analisar a obrigação tributária em seu teor e peculiaridades.
OT (Obrigação Tributária) – É o momento em que ocorre a subsunção, ou
seja, a hipótese legal torna-se concreta. A Obrigação tributária se divide em obrigação
principal e obrigação acessória. A primeira, como o próprio nome diz é a obrigação
matriz e tem por finalidade a obrigação de dar ou efetuar pagamento. Já a segunda, é
a obrigação secundária, tendo por finalidade a obrigação de fazer ou não fazer.
É o vínculo jurídico que permite ao sujeito ativo (pessoa jurídica de direito
público competente para a cobrança) exigir o que lhe é devido do sujeito
passivo (àquele obrigado a adimplir), obedecendo aos parâmetros legais.
Lançamento – É um ato administrativo que constitui o crédito tributário.
Primeiramente se verifica a existência de previsão legal; em seguida se o fato gerador,
ou seja, a prática humana se encaixa na hipótese legal, caso encaixe, ocorrerá a
subsunção; consequentemente deverá haver o lançamento do imposto a ser pago. A
previsão legal encontra-se no artigo 142 do Código Tributário Nacional.
No estudo das formas de lançamento do crédito tributário admite-se ser
possível de três formas: por homologação, “ex officio” ou por declaração.
Na modalidade de lançamento por homologação (art.150 do CTN), o sujeito
passivo (contribuinte) possui 100% de autonomia, ou seja, o lançamento é realizado
integralmente pelo contribuinte. Como exemplo temos o Imposto de Renda, em que o
contribuinte lança os dados, emite a guia de recolhimento e paga por conta própria.
Neste caso caberá ao Fisco a conferência e caso haja alguma irregularidade, este
deverá tomar as medidas cabíveis.
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Pode haver ainda, a homologação expressa, quando a Fazenda Pública se
manifesta explicitamente (prazo de cinco anos) a fim de declarar efetivo o lançamento
realizado pelo sujeito passivo (possuindo o prazo decadencial de cinco anos para o
lançamento). Ou ainda, a homologação tácita, quando por decurso de tempo (cinco
anos), a Fazenda Pública não se manifesta (favorável ou desfavoravelmente) a
respeito do lançamento realizado17.
Há ainda o lançamento “ex officio”, ou de ofício (art.149 do CTN), que significa
dizer ser aquele realizado precipuamente pelo sujeito ativo da relação tributária, o
Fisco. Não há anuência do sujeito passivo, existindo sim, lapso temporal para que este
se manifeste no caso de discordância. Como exemplo tem-se o IPTU, em que
havendo divergência de valores, cabe ao sujeito ativo se manifestar
administrativamente18.
E por último tem-se o lançamento por declaração (art. 147 do CTN), em que
tanto o sujeito ativo quanto o sujeito passivo participam de sua formalização. A
exemplo tem-se o ITBI, pois o sujeito passivo informará à Prefeitura sobre a compra
de um imóvel, fornecendo as informações necessária, desta forma a Prefeitura emitirá
a guia de pagamento do imposto citado19.
CT (Crédito Tributário) – É o resultado da obrigação tributária. Na falta de
qualquer elemento que constitua o crédito tributário, este é inexistente. Em resumo
este é a prestação pecuniária tributária, portanto, quando se diz pagamento de tributo,
significa que já houve a sua hipótese de incidência, concretizou-se através do fato
gerador, gerou uma obrigação – seja principal ou acessória -, o lançamento foi
realizado e o crédito tributário formalizado.
No que versa sobre o lançamento do crédito tributário, há duas correntes. A
corrente minoritária acredita que basta o lançamento para surgir o crédito tributário,
enquanto que a doutrina majoritária acredita que o crédito tributário surge a partir do
lançamento e esgotados os meios de manifestação administrativa por parte do
contribuinte20.
Percebe-se a importância da regulamentação do sistema “cloud computing” no
ordenamento jurídico. Somente poderá discutir-se a relação jurídico-tributária, a partir
da aprovação do projeto de lei complementar nº 171/12. Enquanto não houver a
hipótese de incidência (ou regra matriz de incidência tributária), não se poderá falar
17
JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Manual de Direito Financeiro e Tributário. 11 ed. São
Paulo: Saraiva, 2010, p. 441.
18 JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Manual de Direito Financeiro e Tributário. 11 ed. São
Paulo: Saraiva, 2010, p. 441.
19 JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Manual de Direito Financeiro e Tributário. 11 ed. São
Paulo: Saraiva, 2010, p. 441.
20 JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Manual de Direito Financeiro e Tributário. 11 ed. São
Paulo: Saraiva, 2010, p. 436.
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em fato gerador, não resultando em uma obrigação tributária, excluindo assim, a
existência de qualquer crédito.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa possuía como objetivo geral, a pretensão de analisar o
teor do projeto de lei complementar nº 171/12, para que se pudesse identificar a sua
efetiva aplicabilidade e produção de efeitos ao sistema de computação em nuvem.
Pretendia-se ainda analisar historicamente a evolução tecnológica no espaço e no
tempo, bem como a construção política, social e tributária do Estado além da
finalidade deste último.
Sem dúvida consideram-se atingidos os objetivos gerais do projeto anterior. De
acordo com a fundamentação legal do, anteriormente citado, projeto de lei
complementar, no que tange a cobrança de ISSQN ou ICMS, concorda-se que o mais
correto é justamente a incidência do ISSQN, sendo viável por consequência, a
aprovação da emenda à Lei Complementar, incluindo assim, a computação em nuvem
na lista de serviços.
Os apontamentos doutrinários mostram-se contundentes e lógicos, ao passo
que não há o que se falar em cobrança de Impostos sobre circulação de mercadoria e
serviços, pelo simples fato de não existir, materialmente, o principal elemento que
seria justamente a mercadoria.
A disponibilização virtual da utilização do software realmente não pode ser
comparada à detenção física da mercadoria software. O mundo jurídico está em
constante desenvolvimento e por certo há situações em que o próprio direito não
consegue definir concretamente as relações comerciais, devido a sua constante
modernização.
É imperativo que a analogia não é a regra quando da aplicação jurídica,
cabendo ao legislador individualizar e normatizar cada qual com os seus devidos
parâmetros. Por certo a utilização desenfreada da analogia pode trazer riscos à
segurança jurídica, pois a partir desta, não se analisaria conceitualmente ou
materialmente o caso concreto, mas sim, o compararia a um existente previamente.
Os objetivos específicos, os quais abordavam os procedimentos adotados
preteritamente, resultaram no alicerce da presente pesquisa científica.
Foram elaboradas inúmeras leituras a respeito do que seria o sistema de
computação em nuvem, das peculiaridades de cada imposto envolvido, das questões
polêmicas apresentadas pela doutrina, ao mesmo tempo, foi realizada analise do texto
legal e verificada sua aplicabilidade e efetividade, quando da transcendência abstrata
ao mundo fenomênico.
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Para que se atingisse a finalidade do trabalho foi aplicada a metodologia
dedutiva, em que leituras foram realizadas e a partir das premissas identificadas
procurou-se traçar conceitos e teorias em comum. A presente conclusão sustenta-se
nas premissas estudadas.
Ao que se referem aos procedimentos aplicados, estes se concentraram na
pesquisa histórica, comparativa e por compilação. Através da pesquisa histórica foi
possível contextualizar o momento atual vivido, uma vez que ao olhar para trás foi
possível entender o presente.
O estudo iniciou-se pela sociedade e sua construção, além de sua relação com
o Estado. Este estudo foi importante, pois se verificou a transformação
comportamental, tanto no âmbito humano, quanto estatal. Em tempos remotos nós
(quer-se dizer sociedade) vimos a necessidade de transferir nossa organização ao
Estado, dando lhe poderes para que garantisse e preservasse nosso bem comum.
A partir desta premissa passa-se a entender qual seja a finalidade do Estado e
porque este normatiza e cria mecanismos de controle. Não cabem aqui discussões
quanto à corrupção e/ou outras formas de desvio de finalidade e de verbas,
justamente, por ser um debate jurídico através da óptica crítica de um operador do
direito.
Outro ponto forte do trabalho foi a analise da evolução histórica dos meios de
transmissão de dados, pois através desta, identificou-se os meios que contribuíram
para o sistema existente na atualidade. Os Estados Unidos mostram que a tecnologia
está em constante transformação e que as formas de comunicação virtual se
modernizam a todo instante. O que era uma forma secreta de transferir dados em
períodos de guerra, com o passar do tempo, tornou-se uma cadeia de conectividade
em massa e uma ferramenta de grande potencial.
Igualmente foi necessário estudar a origem da instituição de impostos e suas
finalidades, porquanto, para compreender a atual cobrança de impostos, faz-se
imperativo entender o porquê destas cobranças, novamente retirando da interpretação
o senso comum atualmente empregado.
Foi interessante analisar a evolução histórico-tributária, bem como sua
interferência econômica, não se excluindo os parâmetros constitucionais também
estudados. Esta miscelânea de conceitos, fatos históricos e diferentes momentos
políticos, trouxeram ao trabalho grande contribuição e riqueza de informações.
Compreende-se melhor qual seja a finalidade estatal e por consequência, a
motivação para que se cobrem impostos. O senso comum pensa em tributos como
fonte confiscatória de bens e não como uma forma de manter os serviços essenciais à
nossa sociedade, garantindo o pleno guarnecimento do bem comum.
Por essas e outras razões que o operador do direito não pode se deixar
contaminar pelo senso comum, uma vez que somente este possui conhecimento
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técnico-jurídico para criticar e analisar os fatos concretos, bem como sua subsunção
ao mundo jurídico em abstrato.
Outro procedimento utilizado foi a pesquisa comparativa, que em outras
palavras, significa dizer o estudo de vários autores sobre mesmo assunto e a partir
deste, compará-los em seus posicionamentos. Portanto foram analisadas obras de
posições diversas a fim de identificar os argumentos apresentados e posteriormente,
confrontá-los.
E por último temos a pesquisa por compilação, que significa a distinção
argumentativa dos autores e a partir desta cisão, aglomerar os argumentos conforme
posicionamento favorável ou não. Logo, aglomerou-se um grupo de autores a favor e
um grupo contra.
Ante o exposto, conclui-se que o projeto de lei regulamentará um fato social
com abrangência em todo território nacional. Os usuários deste sistema são os mais
variados, abrangendo desde empresas a usuários domésticos.
Nossa sociedade mudou no sentido de passar muito tempo conectada às
mídias digitais. É notória a expansão de meios digitais, tais como Ipads, tablets,
netbooks, notebooks, aparelhos de televisão com acesso à internet, e o principal meio
de acesso, o celular.
Verifica-se uma modernização e expansão legislativa para que o bem comum
seja atingido, atendendo desta forma a mais sensível e presente finalidade do Estado
e, naturalmente, sua garantia.
Os efeitos práticos da aprovação da PLP 171/12 são notórios. Os usuários que
até hoje pagam suas nuvens, desembolsarão um valor extra, devido à tributação. As
relações jurídicas passarão a ter mais segurança, haja vista agora haverá uma melhor
definição do sistema em tela.
Todavia, a maior transformação seria justamente o reconhecimento legal de um
fenômeno já utilizado e divulgado por todos. O Direito se aproximará da sociedade e
acompanhará o seu desenvolvimento.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Manual de Direito Financeiro e Tributário. 11ª
edição. São Paulo: Saraiva, 2010.
PAESANI, Liliana Minardi. Direito de Informática: Comercialização
Desenvolvimento Internacional do Software. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2005.
e
PINHEIRO, Patrícia Peck. Direito Digital. 5ª edição. São Paulo: Saraiva, 2013.
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A VISÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE
A INSERÇÃO DAS DANÇAS CIRCULARES NO CURRÍCULO DO
ENSINO MÉDIO
Luciana Rodrigues [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira – [email protected]
Faculdade Unida de Suzano
RESUMO
O objetivo do presente trabalho foi verificar como os professores de Educação
Física entendem a possibilidade de inserção das danças circulares no currículo
do Ensino Médio. As danças circulares valorizam as diferenças, promovem a
socialização e trabalham aspectos motores e cognitivos com muito ritmo e
musicalidade. Esta pesquisa se define como pesquisa de campo, os
participantes foram 10 professores de Educação física que trabalham
atualmente com as salas de Ensino Médio. O instrumento utilizado foi um
questionário com 12 questões, sendo 07questões fechadas e 05 abertas. Os
resultados obtidos na pesquisa revelam a importância das danças circulares
como prática em aulas de Educação Física para o Ensino Médio principalmente
no que se refere à integração do grupo e ao trabalho rítmico. Conclui-se que a
falta de conhecimento sobre essas danças é a maior dificuldade encontrada
pelos professores para colocá-las em prática e realizar um trabalho efetivo com
este conteúdo, tendo em vista que a pouca vivência proporcionada nos cursos
superiores foi muito básica e os cursos e capacitações complementares não
são acessíveis a todos.
Palavras-chave: Educação Física; Ensino Médio; Danças Circulares.
INTRODUÇÃO
As turmas do Ensino Médio se dispersam ensino se dispersam das
aulas de Educação Física com facilidade, o que faz com que o professor acabe
por restringir o conteúdo das aulas ao futsal e rodinhas de vôlei enquanto
alguns poucos alunos preferem jogar conversa fora.
Ao observar o desenvolvimento das vivências em danças circulares
pude compreender sua riqueza enquanto prática social, pois valorizam as
diferenças e favorecem a integração do grupo, promovem a socialização,
desenvolvem cognição e trabalham o aspecto motor com muito ritmo e
musicalidade, tratando desse modo o indivíduo em sua totalidade. As danças
circulares podem servir como mediadora da troca de experiências e do convívio
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social e contribuir para a realização de uma Educação Física mais crítica e
democrática.
Marques (2012) afirma que em nossos corpos aprendemos ainda que
inconscientemente a ter uma postura crítica diante da vida. Quem somos o que
queremos e de como devemos nos comportar, frente à diversidade de relações
com a sociedade em que vivemos.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) no ensino
médio as turmas se apresentam em condições heterogêneas em relação aos
aspectos motores, afetivos e cognitivos e propõe que a Educação Física
busque sua identidade como área de estudo fundamental para compreensão e
entendimento do ser humano enquanto produtor de cultura.
Para que se produza cultura é fator relevante tornar-se conhecedor e
multiplicador da mesma. É pela manifestação de outros que passamos a
construir a nossa identidade em relação ao que podemos e queremos
expressar como próprio.
De acordo com Neira e Nunes (2009) o ensino da Educação Física é
um canal privilegiado de produção de cultura, pois permite a reflexão crítica da
realidade contempla os sentimentos, a criatividade, o lúdico e o patrimônio
sócio-histórico relacionado à corporeidade de todos os grupos que compõem a
sociedade multicultural. Segundo os autores é necessário que os profissionais
da área assumam tal conteúdo, pois aulas de Educação Física para o ensino
médio são desmotivantes tanto para alunos quanto para os professores .
Segundo Couto (2008) a dança é um dos conteúdos da cultura corporal
e tem papel fundamental na produção de cultura, pois sempre foi e ainda é
uma maneira de expressão humana. Assim é possível dizer que tanto dança
quanto Educação Física estão correlacionadas enquanto cultura corporal de
movimento.
Na educação Ramirez (2012) compreende que as danças circulares
sagradas são ferramentas para trabalhar valores éticos, sociais e a diversidade
cultural, atendendo a proposta de inclusão de forma ampla.
A escola é palco de diversidades, no interior dos muros escolares
podemos encontrar variado público e situações capazes de nos fazer refletir
em muitas possibilidades para a prática docente, e com isso, levar aos nossos
alunos um novo olhar sobre as diferenças e fazer com que eles repensem a
sua própria história.
Andrada (2014) ao tratar da dança circular na dimensão de relações
estabelecidas na escola, considera a mesma como mediadora dos afetos dos
professores favorecendo reelaborações afetivas de sua vivência dentro da
escola, fazendo pensar em novos sentidos e significados à sua prática.
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No mesmo raciocínio Bardini;Bardini;Diez (2009) alega que a escola é
um dos espaços propícios para o ensino e pesquisa das danças circulares, seja
como patrimônio histórico acumulado pela humanidade, assim como, espaço
de produção de novos modos de celebrar a vida. Portanto podemos entender
na escola, um local apropriado não só a didática do aprendizado e as suas
metodologias pedagógicas, mas também um local de vivências lúdicas e
manifestações livres e espontâneas.
Os PCNs (1997) para o ensino médio sugerem aos profissionais de
Educação Física que desenvolvam meios que proporcionarão aos alunos a
totalidade, e que os aproximem das aulas da disciplina, utilizando-se de
recursos lúdicos e que eduquem para o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos nos anos anteriores.
Nas aulas de Educação Física na escola o coletivo é fator
preponderante. Grande parte de suas atividades requerem espírito de equipe e
colaboração dos grupos entre si,quando alcançamos essa condição com a
nossa turma,percebemos que o nosso trabalho atingiu seus objetivos.
De acordo com Bardini(2009) ao favorecer a cooperação as danças
circulares promovem o respeito e valoriza a presença de cada um,e nessa
perspectiva ao ser vivenciada na escola poderá propiciar a igualdade.
Para Ramos (2010) as danças circulares sagradas propõem objetivos
específicos dentro do sistema educacional que são: resgatar ritmos, cantos e
danças de diferentes povos e culturas; proporcionar aos participantes o bem
estar, físico e mental e apresentar os passos básicos dessa prática.
A autora oferece uma proposta de contextualização das danças
circulares nas dimensões físicas, ao tratar da postura, ativação do sistema
muscular circulatório, lateralidade, ritmo, consciência corporal, construção e
desconstrução do gesto; e social, pela tomada de consciência das diferenças,
experimentação de novas possibilidades e quebra da dicotomia acerca do certo
e errado.
Segundo Azevedo e Reis (2013) o Ensino Médio está em crise devido a
sua falta de adequação o que está concretizado por sua incapacidade em
responder as necessidades formativas da juventude. Neste nível não se produz
uma educação que viabilize qualidade social. Para os autores, nessa fase os
alunos deveriam ter acesso a conhecimentos que estimulassem a construção
de seu projeto de vida e fossem pertinentes a formação de cidadão.
Para de Ostetto (2010) as danças circulares são mediadoras dos afetos
entre educadores e educandos e parte das dificuldades e possibilidades
oriundas da escola, tendo no compromisso com a educação pública de
qualidade o desafio de compartilhar alternativas que somem para o resgate da
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pessoa em si e contribuam com a construção de fatores formativos na vida
escolar, visando práticas que não dissociem ,mente corpo e sentimentos.
A prática das danças circulares configura-se na compreensão do novo
de uma forma mais ampla. É preciso integrar o ser e dissolver o seu todo
original em forças que se unem e tomam sentido na dinâmica do fazer.
(WOSIEN, 2000, p.144).
Neste sentido temos como objetivo verificar como os professores de
Educação Física entendem a possibilidade de inserção das danças circulares
no currículo do Ensino Médio.
MÉTODO
A presente pesquisa foi de campo de acordo com Lakatos, Marconi
(2006), pois consiste na coleta de dados que se referem ao campo de atuação,
após uma pesquisa bibliográfica sobre o mesmo.
Participantes
Participaram da pesquisa 10 professores de Educação Física atuantes
no Ensino Médio das escolas estaduais e particulares do município de Suzano.
Instrumento
Foi utilizado um questionário adaptado de Preiss (2011) com 12
questões sendo 07 perguntas fechadas e 05 abertas. As questões implicaram
sobre a concepção dos professores de Educação Física do Ensino Médio em
relação às danças circulares.
Procedimento
Foi realizado inicialmente um contato presencial entre o pesquisador e a
escola e posterior com os professores, entregue os Termos de Consentimento
Livre e Esclarecido ANEXO A e após o questionário ANEXO B.
Plano de análise dos dados
Após coletados os dados, estes foram apresentados por meio de
gráficos que foram analisados a partir da análise do conteúdo de Bardin (2011),
pois é um recurso que possibilita uma interpretação mais relevante em relação
ao objetivo proposto e se organiza por meio de três fatores.
1) A pré-análise, que consiste na organização do material a ser
analisado , em formular questões norteadoras e elaborar indicadores que
fundamentem a interpretação.
2) A exploração do material,que fundamenta-se na realização das
decisões tomadas durante a pré-análise,onde os dados passam a ser
organizados e permitem a descrição das características que compõem o
conteúdo.
3) O tratamento dos resultados,que orientam-se pelo princípio de que
numa comunicação há sempre o emissor e o receptor,sendo a mensagem o
ponto de partida de qualquer análise pois por meio dela é possível estudar
continente e conteúdo,significantes e significados.
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
Gráfico 1 – Conteúdos de dança aplicados nas aulas de Educação
Física
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Danças
Dança
Folclóricas Educativa
Dança
Criativa
Danças
Populares
Outros
Ao observar o gráfico podemos verificar que 50% das respostas
elencaram as danças populares como o street-dance e hip-hop como conteúdo
mais trabalhado, as danças folclóricas atingiram 40% assim como a dança
criativa,no caso da dança educativa a marca foi de 30% e ainda 5% que
procuram desenvolver outros conteúdos relacionados a dança.
Acreditamos que o street-dance e hip-hop são ritmos que estão mais
próximos da realidade dos alunos e dessa forma torna o trabalho com eles
mais acessível, um dos ritmos que foi citado pelos professores e tem
apresentado um bom resultado é o forró.Podemos perceber que neste sentido
o principal veículo para que a produção de determinada cultura está
relacionado a mídia.
Para Marques (2012) Os alunos têm seus próprios repertórios de
dança,assim como suas escolhas no que condiz ao movimento para
improvisação ou criação,e para que nossas escolhas enquanto professores
sejam significativas é preciso considerar o contexto em que estão inseridos.
Gráfico 2 – Identifica alguma dificuldade em desenvolver conteúdos
de dança para o Ensino médio?
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80%
60%
40%
20%
0%
sim
não
ás vezes
Os dados coletados nos mostra que 60% dos professores identificam
alguma dificuldade em desenvolver a dança em suas aulas, 30% responderam
que ás vezes tem dificuldade e apenas 10% não encontram dificuldades.
Nesta questão os professores apresentaram uma justificativa e quase de
uma forma geral relataram que os alunos não demonstram interesse pela
dança e que acreditam que a mesma não faz parte das aulas de Educação
Física, participando da prática somente se estiver relacionada algum ritmo
atual. Também foi considerado o pouco conhecimento do professor em relação
á dança, porém se ele estiver disposto a encaminhar o processo terá bons
resultados no que tange a prática, mesmo que os alunos demonstrem pouco
entusiasmo.
Segundo Neira;Nunes (2009) para que se desenvolva as atividades de
ensino de maneira positiva ,o professor deve questionar sobre o interesse de
seus alunos em relação ao assunto e mapeá-los para construir novas
possibilidades,e propor então situações que desafiem os alunos a organizarem
os próprios conhecimentos para organizar uma vivência corporal na qual se
manifeste o objeto de estudo.
Gráfico 3 - Aspectos mais relevantes das danças circulares nas
aulas de Educação Física para o Ensino Médio
100%
80%
60%
40%
20%
0%
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Sobre o trabalho com as danças circulares para o Ensino Médio, os
professores creem que os aspectos mais relevantes são de acordo com as
respostas dessa questão, 100% a integração do grupo 70% o resgate de
valores como respeito mútuo, preconceito e inclusão 50% a diversidade
cultural, 40% ritmo e 20% a consciência corporal.
As danças circulares se adéquam positivamente ao repertório das
atividades rítmicas trabalhadas na Educação Física, possibilitando por meio
dessas aulas tratar tanto do ponto de vista motor, como cognitivo, emocional,
social e cultural.
Para Bardini; Bardini; Diez (2009) as danças circulares promovem de
forma consciente a percepção de si, o respeito e valoriza a presença de cada
um por meio da cooperação. Neste sentido podemos dizer que ao cooperar o
aluno estará interagindo e tornando-se parte do grupo, que se integra em sua
totalidade.
Gráfico 4- Fatores que impossibilitam o trabalho com as danças
circulares na escola
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
De acordo com as respostas da questão de número 11 os fatores
apontados não ultrapassam a média de 30%.Os ritmos da moda,a falta de
vivência dos professores e a falta de aceitação dos alunos empatam entre si
,atingindo os 30% os outros fatores apontados foram o preconceito com
relação a dança,a religiosidade e a dança não estar na cultura escolar todos
chegando aos 20% cada um.
A maneira como cada jovem enxerga a escola e suas possibilidades de
exercícios e práticas corporais são várias de acordo com as Orientações
Curriculares Para o Ensino Médio (2006) que entende como um dos papéis da
Educação Física o de compreender os valores e significados que envolvem
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essas práticas e quais as relações e valores que se estabelecem a partir dos
meios de comunicação de massa podendo compor um tema de investigação
em conjunto para professores e alunos.
As aulas de Educação Física favorecem a troca de experiências entre
professores e alunos. Assim como seus alunos o professor também deve estar
aberto ao diálogo e aprendizado, posicionando-se como mediador em relação á
prática podendo assim agregar maiores significados ao conteúdo proposto.
Gráfico 5- Alguns cursos de formação não dispõem o conteúdo das
danças circulares, porém elas estão presentes em capacitações para as
redes educacionais. Como entende esse processo?
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Os dados acima nos mostram que 60% dos professores reconhecem a
importância dos cursos de capacitação no contexto escolar, 30% das respostas
consideram que os mesmos são importantes para a formação dos professores,
20% entendem que o sistema educacional falha ao priorizar algumas práticas
que já são conhecidas e trabalhadas e desmerecem outras que podem
oferecer novas possibilidades para as aulas, 20% acreditam que as
capacitações valorizam o repertório e coloca a disposição novas abordagens
muitas vezes desconhecidas e 20% não tem conhecimento de tais
capacitações, principalmente para a área de Educação Física.
Na opinião de Gimenez; Souza (2011) a criação de cursos que
capacitem os professores de Educação Física que tenham a postura de
educador a fim de que dominem tanto os aspectos técnicos quanto os
pedagógicos no que condiz a cultura corporal do movimento; conceitos sobre a
complexidade humana concernente a sua cultura e conteúdos que vão além do
conhecimento das partes do corpo humano e levem em consideração o ser
humano, apresenta-se como um desafio.
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Compreendemos que ainda que estas capacitações existam as mesmas não
estão acessíveis em todas as redes educacionais, que acabam se
diferenciando geograficamente, o que não deveria acontecer. Outro fator
relevante refere-se ao fato de que as mesmas deveriam ser de direito do
professor, porém uma das falhas com relação a área de Educação Física é que
muitas escolas priorizam tais momentos a outras disciplinas e se não for
debatida a questão pelo professor interessado ele tornar-se-á esquecido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificar as possibilidades de inserção das danças circulares no currículo
de Educação Física para o Ensino Médio nos fez perceber a carência das
diversas formas de manifestação da cultura corporal dentro do ambiente
escolar.
Vale lembrar que a dança está presente do currículo de Educação Física
para o Ensino Médio, e no caso específico das danças circulares os
professores entendem que os aspectos de maior relevância para este nível de
ensino são a integração do grupo, que facilita a cooperação e o respeito mútuo,
e o trabalho rítmico.
A dança valoriza o repertório corporal dos alunos pela sua diversidade
de expressões, contudo foi possível perceber que os professores sentem-se
despreparados em fazer uso de tal modalidade por fatores como, a falta de
vivência para realizar a prática, falta de interesse dos alunos, até situações que
envolvem a quebra de paradigmas estabelecidos pelo modelo tradicional das
aulas de Educação Física.
Conclui-se que a falta de um conhecimento mais aprofundado por parte
dos professores sobre as danças circulares restringem a sua prática, para que
se realize um trabalho mais efetivo com este conteúdo.
Compreendemos que os cursos e capacitações complementares não
estão acessíveis a todos os professores e acreditamos que para que a prática
da dança alcance maiores efeitos no Ensino Médio, ela deve ter uma
sequência desde os primeiros anos escolares.
REFERÊNCIAS
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ANÁLISE DA RELAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
FÍSICA COM AS MÍDIAS
Rafael Henrique Cardoso Moraes – [email protected]
Profº Esp Ronaldo Gonçalves Oliveira – [email protected]
Profº Ms Marilene Ferreira de Lima Oliveira – [email protected]
Faculdade Unidas de Suzano Unisuz – Uniesp
Resumo
O objetivo central deste trabalho é o de analisar como o professor
trabalha com as mídias em suas aulas e qual o impacto das mídias na
aprendizagem dos esportes coletivos nas aulas de Educação Física. Este
estudo nasceu a partir de uma observação feita nas aulas de Educação Física,
no primeiro ano do ensino fundamental I, pois a ideia da professora era o de
passar uma atividade adaptada do Handebol, e quando a mesma foi falar do
esporte para eles, nenhum aluno da sala sabia sobre o que se tratava tal
modalidade. Desta forma, a professora os levou para a sala de informática e
por meio de vídeos mostrou um pouco sobre a modalidade em questão, para
depois leva-los a quadra e passar a atividade planejada. Para chegar ao
objetivo final deste tema foi distribuído para professores de Educação Física do
ensino fundamental I, questionário com 12 questões, sendo 3 fechadas e 9
abertas sobre mídia. Como resultado foi observado a grande importância que a
mídia tem sobre o conhecimento dos alunos, facilitando a aprendizagem
através de equipamentos mediáticos, que auxiliam o professor para o
desenvolvimento da sua aula. Concluímos então que o professor de Educação
Física deve estar sempre atualizado com o que acontece no mundo, sendo
estes acontecimentos no mundo esportivo ou não, pois a mídia está por toda
parte inserida no cotidiano da sociedade, fazendo com que os alunos tragam
para as aulas conhecimentos e dúvidas adquiridas através dos meios
mediáticos.
Palavras – Chave: Mídia; Educação Física; Professor.
Introdução
A palavra mídia vem do Inglês “mass media”, e se característica por ser
um meio de divulgação, sendo ela em massa ou não.
Para Machado (2000) a ideia de mídia nós traz intuitivamente a
imagem da televisão, porém para ele a mídia não está apenas ligada a TV,
mas também a tudo que tenha “passagem de informação”.
Nos dias atuais vemos que a TV, o Jornal e o Rádio, ganharam um
novo companheiro, ainda mais rápido para a divulgação de informações,
chamado internet, que pode ser encontrado em computadores, tabletes,
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notebooks, celulares e até mesmo nos televisores mais modernos, meio este
que faz com que todos possam divulgar informações, seja ela boa ou ruim.
E é justamente por meio destas mídias que as crianças tem acesso as
informações gerais e também sobre a cultura corporal e os esportes, fazendo
assim, com que o professor seja sempre exigido com seus conhecimentos.
(RADESPIEL 1999).
Todo professor deve estar atento com o que acontece no mundo, e
com o professor de Educação Física não é diferente, pois ele deve estar
preparado para tirar as dúvidas que surgirem durante as aulas.
Para Santos Junior (2007) as mídias no cotidiano das crianças fazem
aparecer frequentemente dúvidas sobre práticas esportivas e corporais,
principalmente através da Televisão que transmite inúmeras informações sobre
a cultura corporal de movimentos, por meio de propagandas, programas
esportivos e transmissões esportivas, cabendo ao professor a responsabilidade
de ajudar o aluno a tirar suas duvidas.
Tal exigência não pode ser feita apenas sobre a busca de informações
destes profissionais, pois o professor também necessita de uma formação mais
especifica, para ser capaz de passar estas informações de forma mais clara e
motivadora para seus alunos.
De acordo com Betti; Mendes; Pires (2009), a inclusão de mídia nas
instituições escolares deve ser feita após uma formação docente, capacitando
os professores para uma observação crítica e criativa dos conteúdos e
recursos midiáticos, pois se não acabam sendo apenas mais um recurso
didático pedagógico para as práticas educativas tradicionais, gerando uma
falsa impressão de modernização do ensino.
Desta forma deve-se entender que não cabe apenas ao professor a
busca de novas informações para se atualizar, mas também deve haver um
comprometimento da escola, em se atualizar com o mundo fora da sala de aula
e da quadra.
O professor deve ser considerado uma espécie de mediador entre
mídia e aluno, utilizando os desafios impostos pela mídia sem negar o seu uso
pelos alunos, realizando uma seleção das informações a respeito do que se
deve trabalhar em aula. (RODRIGUES 2010).
Educação Física e mídia podem caminhar juntas, uma auxiliando a
outra, ajudando o professor a motivar com mais eficiência e mais qualidade
seus alunos.
De acordo com Betti (2001), a utilização das mídias nas aulas de
Educação Física, apresentaria de certa forma muitas vantagens para o
professor como motivar o debate e a reflexão dos alunos, pois trata de
assuntos atuais e polêmicos, pelo fato dessas mídias possuírem uma
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linguagem mais atraente e informal. As produções audiovisuais conseguem dar
destaque aos conteúdos e com muita rapidez.
Hoje em dia as crianças crescem com muitas informações ilusórias e
consumistas em que o “corpo perfeito” está logo ali, pois se ele consegue,
todos conseguem. Mas isso também pode ser bom, pois ter um modelo de
pessoa em um determinado movimento, pode se tornar um meio motivador
para que ele possa atingir seu objetivo.
Observa-se ainda que crianças e adolescentes obtenham contato com
os conteúdos da cultura corporal apenas como telespectadores, e não como
praticantes de atividades físicas. (BETTI 2001).
Cabe então ao professor, saber utilizar estas mídias para que motive
seus alunos na aula, que não deixe com que uma parte da sala participe da
aula, e outra parte fique sentada, mexendo em seus celulares de última
geração, por isso é importante essa motivação do professor na prática de
atividades físicas.
Segundo Ferrés (2011 apud. MOREIRA, 1996, p. 262), as crianças
aprendem melhor através da visão, com dados de 83% para estes estudantes,
sendo 11% através da audição e 6% através do paladar, tato e olfato.
A Educação Física, sempre foi muito ligada a atividades esportivas,
atividades essas que ganham o conhecimento e a simpatia da sociedade e
principalmente das crianças, através das mídias, com suas transmissões e
divulgações constantes em nosso dia a dia.
E é através de transmissões esportivas, seja ela em narrações,
discussões feitas por cronistas, jornalistas, técnicos, ex-atletas e ate mesmo
ex-árbitros, que vemos como a prática esportiva está muito ligada com a
Educação Física escolar, pois temos uma prática esportiva que privilegia a
execução padronizada de movimentos, desconsiderando os menos aptos a
realizar tal movimento, pois uma pessoa “comum”, pode buscar um movimento
semelhante a de um atleta e logo ver que não leva jeito para tal movimento.
(MOREIRA 2011).
Com tanta informação sendo passada a estes jovens, que surge a
motivação, os sonhos, desejos que se manifestam, pois qual criança nunca
sonhou em ser um Neymar jogando futebol ser um Arthur Zanetti praticando
ginástica ou uma Maurren Maggi no salto em distância.
De acordo com Chagas; Mezzaroba (2012), nos dias atuais, assistir
televisão ou consumir outro tipo de mídia, significa o ponto inicial da prática
esportiva, pois é por esse motivo que acabamos conhecendo algumas novas
modalidades, mesmo sendo algo distante da nossa cultura de movimento.
Diversos esportes aparecem ainda com mais força nas mídias em anos
de Megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo, as Olimpíadas e os
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Jogos Pan-americanos, alimentando ainda mais o conhecimento esportivo das
crianças, fazendo com que eles se motivem a praticar uma determinada
modalidade que as vezes é até mesmo desconhecida pelo professor, por isso
então há necessidade de estar sempre atento com o que acontece ao redor do
mundo para utilizá-los em suas aulas.
A pesquisa deste trabalho teve como objetivo o de analisar como o
professor trabalha com as mídias em suas aulas e qual o impacto das mídias
na aprendizagem dos esportes coletivos nas aulas de Educação Física.
Método
Neste trabalho foi realizada uma pesquisa de campo, que segundo
Marconi e Lakatos (2010), é uma pesquisa que procura encontrar uma resposta
para determinado problema, buscando afirmar e descobrir assuntos
contemporâneos, para a realização desta pesquisa é importante um
levantamento bibliográfico sobre o assunto abordado, para a coleta de dados.
Amostra
A amostra foi composta por dez professores de Educação Física, de
ambos os sexos, que atuam no ensino fundamental I, a partir de três anos de
atuação, em escolas públicas municipais, na região de Ferraz de Vasconcelos
SP.
Instrumentos e Materiais
Para a pesquisa foi utilizado um questionário adaptado de Antunes
(2007), com 12 questões, sendo 3 fechadas, com apenas uma alternativa para
escolher e 9 questões abertas, onde o entrevistado teve que descrever sobre
suas práticas, destacando sua opinião.
Procedimento
O primeiro passo deste trabalho teve como objetivo a descrição e
classificação de livros, artigos, revistas e tudo que pode contribuir
cientificamente com o trabalho, documentos esses que necessitam estar em
sintonia com o assunto abordado no projeto. (SEVERINO 2002).
Em seguida foi feito contato com alguns professores de Educação
Física para a realização da pesquisa, depois disso foi entregue para os
professores um Termo de Consciente Livre e Esclarecimento (TCLE), junto
com o questionário.
Plano de Análise de Dados
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Ao término da coleta de dados, foi realizada a tabulação do
questionário em forma de gráficos, para por fim ser realizada a discussão dos
resultados com os autores escolhidos.
Resultado e discussões
Gráfico 01 – Você faz planejamento anual, semestral ou bimestral das
atividades a serem realizadas na escola?
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sim Anual
Sim
Sim
Semestral Bimestral
Não
Entre os professores entrevistados 50% deles afirmaram fazer um
planejamento anual de suas aulas, 50% disseram que realizam um
planejamento bimestral e 40% fazem um planejamento semestral, ainda nesta
questão ouve 20% dos entrevistados que responderam as três alternativas,
fazendo com que a porcentagem desta questão ultrapassasse os 100%.
Segundo Silva (2010), o planejamento deve dialogar com o Projeto
Politico Pedagógico da escola, sendo construído de maneira, onde todos os
alunos possam estar participando das aulas, estarem motivados a discutirem
os conteúdos e objetivos propostos pelo professor, incentivando a estes alunos
a experimentar novas atividades, para que o professor possa utilizar como
instrumento de coleta, a observação participante, respeitando a não exclusão,
evitando que nenhuma atividade planejada por ele, possa excluir algum aluno.
Diante disso, observamos a grande importância de se ter um bom
planejamento, no qual possa ser abrangente á todos ou na maioria de seus
alunos.
Gráfico 02 – Você já utilizou ou utiliza mídias em suas aulas?
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90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sim
Não
Em relação a utilização de mídias nas aulas de Educação Física, 80%
dos professores afirmaram fazer uso de algum tipo de mídia e 20% afirmaram
nunca terem utilizado algum tipo de mídia em suas aulas.
Para Betti (2006) as mídias são uma base essencial para cultura
corporal de movimentos, e devem ser trabalhadas como um objeto e meio de
educação, preparando o aluno á estabelecer uma relação critica e criativa com
os discursos estabelecidos pelos meios mediáticos, caracterizando assim a
importância de saber trabalhar com este meio, para informar e motivar seus
alunos para a prática de atividades físicas.
É importante que o professor leve para a suas aulas os meios de
comunicações e as informações transmitidas por eles, e não somente usa-los,
pois é necessário adaptar as informações de cada meio com sua aula,
possibilitando ao aluno a chegar á uma reflexão (PAULA; LEMOS 2013).
Utilizar mídias nas aulas de Educação Física é de uma grande
importância, já que por algum motivo os alunos podem não compreender o que
o professor quer dizer, e através das mídias pode-se ter diversos exemplos de
movimentos, feitos de forma certa e errada, fazendo com que os alunos
possam ter uma compreensão melhor do proposto pelo professor.
Gráfico 03 – Sua escola possui equipamentos para trabalhar com mídia? Quais
equipamentos existem na sua escola? Você tem acesso á eles?
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200%
150%
100%
50%
0%
]
Nesta questão 100% dos professores entrevistados responderam que a
escola onde trabalham possui equipamentos para trabalhar com mídia, já para
o uso destes equipamentos 60% disseram ter acesso a eles, através de
agendamento, 10% revelaram que não possuem acesso a estes equipamentos
e 30% dos entrevistados não responderam á está questão. Em relação á quais
equipamentos existem na escola, 160% revelaram ter uma sala de informática,
com Datashow, Tablet, Computador, Lousa Digital e Notebook, 70% afirmou ter
em sua escola Televisão e DVD, enquanto apenas 10% revelou ter Revistas.
De acordo com o decreto relacionado com o Programa Nacional de
Tecnologia Educacional – ProInfo – (2007) fica decidido o uso pedagógico de
tecnologias de informática e telecomunicações nas escolas públicas de ensino
fundamental e médio, sendo ela municipal ou estadual, disponibilizando
conteúdos educacionais, viabilizando e incentivando a capacitação dos
professores a utilizar este meio para uma melhor aprendizagem de seus
alunos.
A escola deve integrar essas tecnologias em seu âmbito escolar, pelo
fato das mesmas já fazerem parte do cotidiano da vida do aluno, cabendo para
a escola, principalmente para a pública, compensar a desigualdade social e
regional, que através do acesso desigual á estas mídias geram por todo o
mundo (BELLONI 2005).
É através da escola que muitos alunos conhecem um mundo diferente,
culturas diferentes e comunicações diferentes, portanto se torna muito
importante a escola ter equipamentos de mídias para que o professor possa
utilizar em suas aulas, levando seus alunos a obterem informações com mais
ênfase e com maior facilidade de aprendizado.
Gráfico 04 – Você como professor, se sente preparado para trabalhar com
mídias nas suas aulas de Educação Física? Você já realizou algum trabalho
utilizando mídias na sua escola? Explique.
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100%
50%
0%
Entre os entrevistados 90% deles revelaram que se sentem preparados
para trabalhar com mídias, revelando ainda a sua importância de estar sempre
se atualizado com o mundo e com o universo esportivo, desde que utilize
equipamentos de fácil manuseio, onde fica fácil ministrar as aulas, 10% dos
entrevistados ainda disseram que não se sentem preparados, mas vê uma
grande necessidade de sua utilização, para mostrar conteúdos do não
cotidiano de seus alunos. Se já utilizaram mídia em algum momento dentro das
suas aulas, 90% dos entrevistados disseram já ter utilizado mídias em suas
aulas, afirmando ter utilizado para mostrar esportes não conhecidos no Brasil e
eventos grandiosos, utilizando equipamentos como Datashow, lousa digital,
vídeos e pesquisas em jornais e revistas, 10% deles revelaram que nunca
trabalharam com mídia, apenas realizaram conversas antes e depois das
atividades.
Diniz; Rodrigues; Darido (2012) explica que em um primeiro momento
trabalhar com materiais provenientes de mídia pode gerar algumas
dificuldades, sendo necessária uma preparação prévia para com os
professores, para que este recurso não seja mal utilizado dentro das aulas,
com os professores bem capacitados, os mesmos, poderão auxiliar os alunos a
lidar com está nova linguagem, á interpreta-la e fundamenta-la na formação do
pensamento crítico.
Nos dias atuais crianças e adolescentes tem fascinação pelos recursos
midiáticos e tecnológicos, mas assim como o próprio professor, os mesmos
encontram dificuldades em ver estas tecnologias como uma forma de
aprendizagem de novos conteúdos, principalmente em relação á Educação
Física, que é vista como uma disciplina totalmente prática (SOUZA; HAMMES
2011).
Atualmente encontramos diversos tipos de tecnologias para serem
trabalhadas nas escolas, restando assim ao professor ter o interesse e vontade
de se apropriar destes recursos, já que existem equipamentos de fáceis
manuseios, podendo assim auxiliar o professor á realizar uma aula mais rica e
motivadora para com seus alunos, utilizando mídia para mostrar aos alunos
como vivem alguns países e como o esporte pode ajudar socialmente a essas
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pessoas, conhecer novas culturas e crenças, além de poder usar modelos de
movimentos para a motivação da prática destes alunos.
Gráfico 05 – Você como professor, tem acompanhado as noticias sobre os
Megaeventos (Copa do Mundo, Olimpíadas, Pan Americanos)? Durante suas
aulas, você tem comentado com os alunos sobre estes Megaeventos?
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Sim
Não
Sim
Não
Entre os professores entrevistados, 100% responderam estar
acompanhando os Megaeventos a serem realizados no Brasil e no Mundo,
afirmando estar acompanhando na medida do possível e por gostar destes
Eventos Internacionais. Em relação á comentar com seus alunos, 100% dos
entrevistados disseram estar comentando com seus alunos sobre os
Megaeventos, discutindo com eles sobre o que eles representam, sobre a
importância de ser o país sede destes eventos e realizando pesquisas junto
com os alunos, além ainda de fazer comentários informais sobre o tema.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1997), as
crianças se encontram muito motivadas á praticar esportes através de
conhecimento adquirido pela mídia, que por sua vez mostra com riqueza de
detalhes os Megaeventos (Copa do Mundo, Olimpíadas, Pan Americanos),
aguçando a curiosidade e motivando o aluno a praticar alguma atividade física.
Os Megaeventos possuem um objetivo politico, com interesses
transitórios e externos a sua realidade, por isso a Educação Física escolar
deve estar totalmente virada para o objetivo da escola e não dos Megaeventos,
não sendo confundida a Educação Física escolar com o esporte de alto nível, o
esporte então deve ser considerado como mais um elemento da Educação
Física, assim como a ginastica, o jogo, a luta e a dança (MASCARENHAS
2012).
Deste modo vemos que os Megaeventos são esportes de alto nível, e
que não podem ser confundidos com a Educação Física, apesar de influenciar
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as aulas na quadra, não se pode exigir do aluno o mesmo que é exigido pelos
atletas de alto rendimento.
Considerações finais
A pesquisa deste trabalho teve como seu objetivo, o de analisar como o
professor trabalha com as mídias em suas aulas e qual o impacto das mídias
na aprendizagem dos esportes coletivos nas aulas de Educação Física.
Concluímos então que o professor de Educação Física deve estar
sempre atualizado com o que acontece no mundo, sendo estes acontecimentos
no mundo esportivo ou não, pois a mídia está por toda parte inserida no
cotidiano da sociedade, fazendo com que os alunos tragam para as aulas
conhecimentos e dúvidas adquiridas através dos meios mediáticos, o professor
então deve trabalhar como um mediador destas informações, filtrando o que é
de mais importante para o conhecimento da criança, pois a mídia muitas vezes
dá informações “rasas” sem um aprofundamento maior diante de tal
informação.
Observamos também neste trabalho que é de extrema importância, o
professor estar bem capacitado para trabalhar com equipamentos mediáticos,
desde os mais simples como a Televisão, o Rádio e o DVD, até os mais
complexos como, Datashow, Lousa Digital e Computador, pois estes
equipamentos podem auxiliar o professor em suas aulas, ajudando os alunos a
absorver de forma mais fácil e eficaz o que o professor pretende passar para a
turma nas aulas de Educação Física.
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PLANO DE NEGÓCIO: VISÃO E MÉTODOS PARA A CRIAÇÃO
DE UMA EMPRESA DE HIGIENIZAÇÃO A SECO
Alan Kardec Santos Alves21
Daniele da Silva Carvalho22
Marcos Luan Prado de Almeida23
Morgana Galhardo Riatto24
Telma Pereira Osaki25
Fernando Souza Cáceres
Eduardo Antonio Batista
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
RESUMO
O presente artigo tem como principal objetivo propor um Plano de Negócio para
a implantação de uma empresa de higienização a seco, na região do Alto Tietê.
Para atingir este propósito foram utilizados primeiramente os principais
conceitos que compõe a estrutura de um plano de negócio, segundo a visão de
vários estudiosos. O procedimento metodológico desenvolveu-se por meio de
pesquisa de mercado, questionário, na qual foi possível identificar o perfil dos
clientes, bem como os aspectos relacionados aos mesmos. Neste contexto,
avaliam-se também os concorrentes da organização, verificando o que poderá
ser desenvolvido para possuir um diferencial competitivo. Na análise financeira
da empresa foram realizadas pesquisas quanto ao volume de recursos
necessários para iniciar o empreendimento. Para chegar à conclusão da
viabilidade foram calculados os seguintes indicadores financeiros: margem de
contribuição, ponto de equilíbrio, taxa interna de retorno e volume de demanda.
Alan Kardec Santos Alves, Graduando do curso de Administração – Faculdade Unida de
Suzano – Grupo UNIESP. E-mail: [email protected]
22 Daniele da Silva Camargo, Graduanda do curso de Administração – Faculdade Unida de
Suzano – Grupo UNIESP. E-mail: [email protected]
23 Marcos Luan Prado de Almeida, Graduando do curso de Administração – Faculdade Unida
de Suzano – Grupo UNIESP. E-mail: [email protected]
24 Morgana Galhardo Riatto, Graduanda do curso de Administração – Faculdade Unida de
Suzano – Grupo UNIESP. E-mail: [email protected]
25 Telma Pereira Osaki, Graduando do curso de Administração – Faculdade Unida de Suzano –
Grupo UNIESP. E-mail: [email protected]
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Após o cálculo dos indicadores financeiros, conclui-se a viabilidade econômica
nos cenários pessimista, realista, e otimista.
Palavras-chave: Plano de negócio; Empreendedorismo; Pesquisa de Mercado.
INTRODUÇÃO
Para a concretização de um plano de negócio é necessário analisar toda a
hierarquia de recursos relacionados ao planejamento do projeto, o que permite
ao
empreendedor
transformar
suas
visões
originais
em
melhores
oportunidades.
De acordo com Batocchio e Biagio (2005, p.03)”...o plano de negócio é um
documento usado para descrever o negócio e apresentar a empresa aos
fornecedores, investidores, clientes, parceiros, empregados, etc.” O estudo
desse projeto foi baseado no conhecimento assimilado durante o curso de
Administração, tendo como maior benefício e objetivo, organizar oportunidades
de negócio da forma mais eficaz para as partes interessadas.
Com a finalidade de desenvolver um serviço no ramo de higienização a seco
em veículos,em carpetes, cortinas e estofados em geral foram levantados
alguns dados, a partir de pesquisa de campo, identificando possibilidades de
penetração no mercado na região do Alto Tietê, a fim de atingir o público alvo
que será as concessionárias e agências. O estudo procura estruturar o plano
de negócio em torno das Teorias e Práticas Administrativas, demonstrando
situações financeiras e oportunidades, cujos modelos possam ser empregados
para entender os paradigmas atuais, utilizados por toda a comunidade
acadêmica e empresarial.
O presente artigo demonstra que à procura de índices de mercado é primordial
para lançar um novo produto ou serviço.
Baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)o
setor de PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), informou que a
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partir do ano de 2012 os lares brasileiros estavam cada vez mais com veículos
em suas garagens. No país, o percentual de domicílios em que ao menos um
morador possuía carro chegou a 42,4%, o que corresponde a 26,7 milhões de
lares.
Segundo a associação que representa o setor, a ANFAVEA (Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em 2012, as vendas no
mercado interno chegaram a 3,8 milhões de unidades, o que representou um
recorde para a indústria.
Dados do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) também apontam
para um crescimento que, em dez anos, supera em três vezes o da população.
O número de veículos circulando nas ruas cresceu 115%, contra 36% de
aumento no número de habitantes. Segundo os dados do Denatran, em julho
de 2013, havia 79 milhões de veículos circulando nas ruas.
Estes números revelam que a propriedade de veículos no Brasil está deixando
de ser privilégio de uma pequena elite e a popularização do consumo formou
um mercado consumidor heterogêneo e concentrado nas cidades. Segundo
reportagem da revista PEGN (Pequenas Empresas Grandes Negócios),
publicada em 25/01/2009 os serviços de lavagem a seco, compreendem
somente uma parcela de 5% do total de serviços de lavagens de automóveis
realizados no Brasil. Devido ao apelo ecológico, este tipo de serviço tem sido
mais procurado por pessoas preocupadas com o meio ambiente, em geral
pertencente às classes de renda média e alta da população.
Fundamentado nos índices citados, é perceptível que o mercado apresenta
grande oportunidade de negócio, visto que o crescimento é favorável para o
setor de higienização.
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A quantidade de água disponível para a vida humana está escassa, o que é
preocupante, devido apenas 0,44% da água do planeta Terra estar disponível
para os seres vivos, o que justifica a importância do estudo referente à
higienização a seco que é a falta de água, o que torna positivo o serviço a ser
prestado devido o consumo de água ser extremamente baixo, sendo 5 litros de
água por higienização, produtos biodegradáveis e inofensivos ao meio
ambiente, ao contrario do que ocorre nas lavagens tradicionais em que de
acordo com a Sabesp ”Muita gente gasta até 30 minutos ao lavar o carro. Com
uma mangueira não muito aberta gastam-se 216 litros de água e com meia
volta de abertura o desperdício alcança 560 litros.”
Num conjunto deprocedimentos estratégicos,o artigo evidencia que a atuação
no mercado deve ser de forma conjunta e sustentável, apontando e
demonstrando a importância na conduta ética nos relacionamentos para atingir
a excelência na prestação dos serviços, bem como, o seguimento de boas
condições de trabalho visando sempre à regulamentação nas áreas ambientais
e de segurança no trabalho.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada junto a concessionárias da região do Alto Tietê
localizada no município de Suzano. Para estudar o setor de higienização, foram
realizadas pesquisas descritivas que de acordo com Malhotra (2004, p. 101) “...
o objetivo da pesquisa descritiva é descrever alguma coisa – normalmente
características ou funções de mercado.” Acompanhando este raciocínio o
estudo da coleta de dados, foi realizado através da pesquisa direta e indireta,
onde foi feita uma análise das relações entre as variáveis,referente o mercado
estudado em concessionárias obtendo uma demanda de 48 veículos por
semana, esses clientes serão diretamente atrelados ao negócio.
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Foi realizada uma pesquisa com enfoque qualitativa e quantitativa. A pesquisa
qualitativa orientou as percepções dos estudos realizados, fornecendo o
detalhamento sobre os hábitos, tendências de comportamento e o serviço a ser
prestado.
Baseado em Fabiane ( 2007) apud MINAYO(2003, p. 16-18)
“É o caminho do pensamento a ser seguido. Ocupa um lugar central
na teoria e trata-se basicamente do conjunto de técnicas a ser
adotada para construir uma realidade. A pesquisa é assim, a
atividade básica da ciência na sua construção da realidade. A
pesquisa qualitativa, no entanto, trata-se de uma atividade da ciência,
que visa a construção da realidade.”
Já a pesquisa quantitativa de acordo com o estudioso Malhotra (2004, p. 155)
significa “Metodologia de pesquisa que procura quantificar os dados e,
geralmente aplica alguma forma de análise estatística.”, orientando este plano
de negócio na percepção referente à quantidade de possíveis clientes a serem
atendidos permitindo uma compreensão muito rica na formulação de estratégia
de marketing.
Quanto aos objetivos, consiste em uma pesquisa descritiva com o apoio de
uma pesquisa bibliográfica, “... que procura explicar um problema a partir de
referências teóricas publicadas em documentos.” (CERVO; BERVIAN,
1996,p.48)
De acordo com Cervo e Bervian (1996, p. 138). “O questionário é a forma mais
usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se
deseja.” Tendo como base esta referência os dados foram coletados mediante
a aplicação de um questionário visando um grupo de concessionárias e
empresas que utilizam o serviço de higienização, o que possibilitou quantificar
uma possível demanda para o atendimento.
O estudo do tema surgiu combase em um discente do grupo com experiência
no mercado onde o mesmopossui uma loja no ramo automobilístico, o que
permitiu interesse de todos envolvidos no estudo deste plano de negócio.
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Após análise, os dados coletados foram interpretados visando atender o que foi
proposto nos objetivos do projeto, de acordo com os autores e livros
pesquisados.
DESENVOLVIMENTO
O primeiro estágio do planejamento é o que auxilia o empresário a focar nos
pontos principais da empresa. Os pontos fracos e fortes são fatores internos da
empresa. Oportunidades e ameaças são fatores externos.Segundo Westwood
(2007, p. 80) “A análise SWOT envolve entender e analisar seus pontos fortes
e fracos e identificar as ameaças ao seu negócio, bem como as oportunidades
do mercado”.
Ao analisar ambiente interno da empresa identificamos que o recurso
tecnológico utilizado será através das máquinas, onde todo o trabalho é
executado. O grande objetivo oferecido é alcançar a Vantagem Competitiva
Sustentável através dos recursos, visando à sustentabilidade, criando
estratégias de inovações e uma infraestrutura capaz de dar suporte as ações
de construção da marca, mantendo uma maneira sólida e eficaz nos resultados
obtidos pela empresa.
Em relação ao ambiente externo o mercado é disputado por empresas
prestadoras de serviços de higienização em geral, sendo que muitas prestam
serviços exclusivamente para pessoa física, enquanto outras tendem para
pessoas jurídicas. Além disto, muitas empresas que prestam serviços de
limpeza tradicional, também são concorrentes.
Os clientes deste tipo de negócio são muito diversificados, um segmento de
clientes em potencial é constituído por concessionárias que através de
parceria, teriam um serviço executado pela mão de obra especializada. Outra
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alternativa, será o público constituído por mulheres que trabalham fora do lar,
que necessitam de serviços de limpeza de sofás, carpetes e cortinas, que
também terá uma demanda favorável.
Para se estimar a demanda no ramo de higienização, foipesquisado, junto ao
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) a quantidade de carros
na cidade de Suzano, o que atinge a média de 68.452 mil carros e com base
nestes índices demonstrados, o plano de negócio teve por objetivo obter uma
parcela de 2.076 veículos a serem higienizados o que corresponde a 3% da
demanda e em termos de valores R$394.440,00/ano.
Baseado no estudioso Almeida (2003, p.13), “Planejamento Estratégico é uma
técnica administrativa que procura ordenar as ideias das pessoas de forma que
se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir (estratégia)”, este
raciocínio orienta aabordar alguns pontos para o planejamento estratégico em
médio e longo prazo, que se trata do objetivo em relação às premissas que a
organização deve respeitar para que todo o processo siga no mesmo prumo.
O sucesso de uma organização está diretamente ligado à maneira em que ela
lida com suas forças externas. Existem cinco forças competitivas básicas que
são determinantes na lucratividade da empresa, e o conjunto dessas forças
determina o potencial de lucro final da empresa, que de acordo com Porter
(1989, p.3) “... aestratégia competitiva deve surgir de uma compreensão
sofisticada das regras da concorrência que determinam a atratividade de uma
indústria.”
Ao fazer uma análise dos fornecedores, é perceptível o poder de barganha
sobre os participantes do mercado ao ameaçar, aumentar os preços ou reduzir
a qualidade dos produtos e serviços comprados.
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Os compradores influenciam o mercado ao forçar os preços para baixo,
demandar maior qualidade ou mais serviços e, portanto possui a capacidade
de acirrar a concorrência em um determinado mercado. O poder de cada grupo
de compradores depende das características, do volume e da importância de
seus serviços em relação ao mercado total.
O presente estudo demonstra que é inevitável o ingresso de novos entrantes
no mercado, e orienta a organização atentar-se a essas novas condições, o
que possibilita o desejo de ganhar marketing share, sendo possível reduzir a
ameaça, através da criação de uma imagem de marca/marketing. Quando o
mercado é altamente concentrado ou dominado por uma ou mais empresas,
ele tende a ser mais estável e é muito fácil definir quem são os líderes. A
disputa entre os concorrentes evidencia-se por posições táticas que envolvem
preço, propaganda, introdução de novos produtos ou melhoras na execução
dos serviços, (PORTER,1989).
A forma estabelecida do preço de um serviço na fase de introdução no
mercado segue junto com os objetivos estratégicos da empresa, onde foi
considerado a estimativa de custo do serviço e o valor agregado. Kotler
(2007,p.280) cita que:
“Em vez de estabelecer um preço inicial alto para retirar a nata que puder de
um segmento pequeno, algumas empresas utilizam a determinação de preço
de penetração de mercado.” Seguindo este conceito é possível atrair uma fatia
do mercado da região, a estratégia de penetração, estabelece inicialmente um
preço baixo com a finalidade de fidelizar o público alvo, conquistando uma
participação efetiva na região.
O mercado de agências e concessionárias automotivas permite parcerias com
o serviço de higienização a seco dos veículos seminovos ou usados, para
chegar até o público alvo permite usar um plano de comunicação de venda
direta com o cliente, ou seja, a cada agência que utilizar o serviço de
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higienização receberá gratuitamente o serviço mostrando o diferencial como:
rapidez, agilidade e conforto com o sistema delivery.
Analisando a parte financeiraa taxa mínima de atratividade encontrada no
plano de negócio é de 25% representa o mínimo que o investidor irá recuperar
ao fazer o investimento inicial de R$ 114.000,00,
este investimento, refere-
se a 100% do capital próprio.
Em relação a taxa interna de retorno – TIR, Gitman (2002, p.330) afirma que “ a
TIR é definida como taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas
de caixa ao investimento inicial referente a um projeto.” Seguindo este
pensamento é possível visualizar que a organização terá 65,6% de retorno dos
recursos investidos durante um período de 2 anos e 6 meses de acordo com o
Pay Back, e com uma porcentagem da TIR maior que a porcentagem da Taxa
Mínima de Atratividade.Ainda para o Autor o VPL representa “...uma técnica
sofisticada de análise de orçamentos de capital.” ou seja, refere –se ao retorno
mínimo que deve ser obtido por um projeto. A organização apresenta R$
205.702,33, que indica o valor do dinheiro no tempo, o que demonstra o quanto
a organização receberá no futuro.
De acordo com os valores alcançados através das ferramentas utilizadas
verificou se que o plano de negócio demonstrou peculiaridades positivas,sendo
economicamente atrativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de tais constatações, o objetivo deste artigo foi analisar o serviço de
higienização a seco, a partir de conceitos de mercado, visando à possibilidade
da instalação do serviço de higienização na cidade de Suzano.
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Por conseguinte, oestudo foi possível com o embasamento nos estudiosos
citado na metodologia, que permitiu analisar o mercado. Os assuntos
abordados no artigo foram de grande valia, permitindo verificar a viabilidade do
projeto de higienização a seco,por parte dos envolvidos, como agências e
concessionárias.
Visto que a região do Alto Tietê possui uma grande concentração de
automóveis, isto possibilita uma demanda de mercado favorável para o serviço,
podendo assim ser aproveitado da melhor maneira possível.
Diante disso, o crescimento da prestação de serviço no ramo de higienização,
é notório, uma vez que os estudos apontam está possibilidade e o mercado
oferece um leque de oportunidades para este segmento.
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BULLYING: NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, NO ENSINO
FUNDAMENTAL II
Jeferson Check Santos e-mail: [email protected]
Luiz Carlos Contieiro – [email protected]
Marilene Ferreira De Lima – [email protected]
Faculdade Unida de Suzano – (UNISUZ- UNIESP).
Resumo:
Este estudo vêemmostrar uma realidade do bullying nas escolas de todo
o Brasil.tem como objetivo de auxiliar na identificação do problema tendo em
vista as consequências negativas para todos que estão envolvidos, não
somente para quem é agredido. Foi realizado uma pesquisa de campo
quantitativa, feita com 30 alunos do ensino fundamental I, sendo 10 questões 3
abertas e 7 fechadas sendo que o objetivo da pesquisa e realizar a coleta dos
dados para identificar se realmente ocorre o bullying nas escolas e nas aulas
de educação física. Os resultados apontaram que esse tipo de agressões pode
acorrer em qualquer local da escola, geralmente é ocasionada em lugares que
tem muitas pessoas e ocorre empurra-empurra onde esta pessoa se aproveita
da situação para agredir as outras pessoas. Conclui-se que é preciso tomar
medidas preventivas sobre o assunto, através de informações e conteúdos
sobre o tema, assim especificando o problema e mostrando as consequências
que traz para a sociedade e principalmente para a escola.
Palavra chave: Bullying, Escola, Educação Física e Agressão.
Introdução:
O primeiro estudo sobre a violência escolar era para caracterizar
homicídio, roubos, uso de drogas, associado muito mais a bandido do que
alunos e os conflitos vivenciados como ato de indisciplinas. (NOGUEIRA
2007)
A violência escolar no ano de 1990 ocorria através de pichações e danos
ao patrimônio publico já no inicio dos anos 2000 começou a surgi casos de
agressões de contra o aluno e professor, segundo (CHALITA ,2008).
A forma de violência que primeiro veio a se manifestar foi por meio de
palavras, gestos e ações e tem na linguagem gestual sua concretização mais
comum, geralmente começa pela chacota e humilhação podendo ocasionar
com medidas que descriminam e aterroriza o individuo. (OLIVEIRA E VETRO,
2006)
O bullying envolve os comportamentos agressivos com intenção de causar
algum dano a vitima. As provocações e coroações presentes na escola feitas
variam às vezes este tipo de brincadeira e feita por um amigo brincalhão onde
não se constitui o bullying. (CANTINI, 2004)
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Nogueira (2007) O bullying é identificado quando o individuo tem intenção
de ferir, agravar e de continuidade, deixando sua vitima constrangida e
indefesa.
A atitude do agressor é comum em todas as escolas, tornando um
fenômeno social, onde o estudante desempenha um papel de autor e agressor
do bullying que é testemunhado ou observado. (NETO, 2007)
Chalita (2008) Destaca que é preciso um profundo esforço ético de
educadores, pais e sociedade, almejando a mudança de concepção e de
valores. Quando mudamos o modo de ver e sentir, mudamos a maneira de agir
e reagir.
Para Silva (2008) as características mais frequentes deste tipo de
comportamento são: apelidar, humilhar, insultar, ameaçar, descriminar
ameaçar, excluir, assediar, agredir fisicamente epsicologicamente, roubar, etc.
Nos seres humanos aprendemos o que é certo e o que e errada desde
cedo, pois ninguém nasce com vontade de matar. Ninguém e intolerante ou
desequilibrado por vontade própria. É preciso despertar o que já é parte da
natureza humana, e essa natureza é de solidariedade.(CHALITA, 2008).
Consequência do Bullying
Fobia escolar: caracterizado por um medo intenso de frequentar a
escola, levando o aluno a repetir por falta, dificuldade de aprendizagem,
evasão escolar (fugir). Quem sofre esta fobia escolar sente o transtorno do
pânico, não conseguindo ficar dentro do âmbito escolar pelas lembranças
traumática do bullying ou por algum trauma familiar. (SILVA 2010)
Depressão: É uma doença que não da apenas a sensação de tristeza,
fraqueza ou baixa astral. Trata de uma doença q afeta o humor a saúda e o
comportamento da vitima, os sintomas são: tristeza persistente, ansiedade ou
sensação de vazio, sentimento de culpa, inutilidade ou desamparo, insônia ou
excesso de sono, perda ou aumento de apetite, fadiga ou sensação de
desânimo, irritabilidade ou inquietação, dificuldade de concentração e de
tomada de decisões.(SILVA, 2010).
Anorexia e bulimia:Este problema de anorexia e bulimia dentro da
escola parecer ser pouco comum, mas muitos alunos que sofrem o bullying
dentro escola e por conta do seu sobre peso, muitos desses alunos acabando
realizando o ato dessas doenças compulsivas..
A anorexia e uma doença grave e muito difícil de ser controla que pode
levar à pessoa a morte por desnutrição, desidratação ou outras complicações
clinicas.(SILVA, 2010).
Bullying nas aulas de Educação física
Segundo Chrispino; Álvaro (2007)A disciplina já cria a idéia de que só os
melhores podem participar. Os próprios alunos começam a selecionar quem
eles querem em seu time, tentando encontrar os mais aptos.
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Neste processo começa a surgi o Bullying nas aulas de educação física,
tendo a exclusão dos alunos menos habilidoso com características especifica
meninas por serem mais lentas também acabando não frequentando a aulas
por exclusão dos outros alunos.
As vezes o professor não consegui identificar este tipo de agressão por
conta de um grande numero de aluno possui dentro da sala de aula, mas
algumas das vezes e possível identificar este tipo de agressão, porém por falta
de informação o profissional não saber lhe dar com este tipo de situação.
Os pais e os professores devem ficar atentos a vários aspectos
comportamentais das crianças e dos adolescentes,pois cada um deles pode
desenhar uma situação diferente relacionada ao bullying na escola.(SILVA
2010).
Oliveira e Vetro (2006) O aluno acaba sendo alvo de discriminação por
partedos professores, que a difamam por causa de seu desempenho; arejeição
de algumas pessoas da classe pode estar associada aoutro grupo discente,
que explora a difamação, na Educação Física,ela é objeto de
bullyingdoscolegas, seja por ela apresentar características físicas que destoam
dosdemais colegas, quer ainda por ser baixinha e frágil.
O professor que critica constantemente o seu aluno, comparando-o com
outro a respeito da sua capacidade intelectual e motora, o ignora, e o expõe a
ser mais uma vítima do Bullying. Os outros alunos ao verem esta atitude do
professor poderão pensar que humilhar é uma atitude normal de
relacionamento, podendo se basear nas atitudes desse docente,
desrespeitando seus colegas e até mesmo ao professor promovendo na sala
de aula um ambiente de insegurança com conflitos constantes. (ABRAPIA,
2003)
Trata-se de um quadrode constrangimento comum nas escolas, em que
as crianças,em forma de brincadeira, discriminam, agridem e principalmente
excluem colegas. (OLIVEIRA E VETRO, 2006).
Botelho e Souza (2007) cita que muitas crianças, perseguidas e
rotuladas negativamente, são excluídas de brincadeiras, de times de futebol, de
grupos de trabalho da escola, de círculos de amizades, guardando assim,
lembranças negativas da época escolar.
Já para Matos, Zoboli e Mezzaroba (2012) citam que o individuo acaba
sendo discriminadas nas aulas de educação física por sua condição corporal: o
gordinho, estrábico, deficiente, magricela, os menos aptos fisicamente frente
uma habilidade motora ou desempenho esportivo, bem como outros mais.
Uma estratégia utilizada, para discutir as questões das diferenças entre
os alunos e tentar convence-los através de uma conversa sobre a obrigação de
cada um dos alunos, da não discriminação do outro durante as aulas.
Método
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Será realizado uma pesquisa de campo quantitativa, sendo que o
objetivo da pesquisa e realizar a coleta dos dados para identificar se realmente
ocorre o bullying nas escolas e nas aulas de educação física.
Segundo Marconi, Lakatos (2003) pesquisa de campo é aquela a
utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ ou conhecimento acerca
de um problema, para qual e procura uma resposta de uma hipótese, que se
queira comprovar ou, ainda descobrir novos fenômenos ou as relações entre
elas.
Amostra:
Será realizada uma pesquisacom 30 alunos do ensino fundamental II de
ambos os sexos, com a faixa etária de 13 a 15 anos em uma escola publica da
região de Suzano-SP.
Instrumento
O pesquisa será aplicado através de um questionário para os alunos em
uma folha de sulfite A4, com um questionárioadaptado de Rolim (2008)
aplicado com 10 questões, sendo 7 perguntas fechadas e 3 perguntas abertas.
Procedimento
Primeiramente será feito o contato com a escola onde sera aplicado a
pesquisa, depois será entregue termo consciente livre e esclarecido para os
alunos para entregarem aos seus pais assim eles tendo ciência da pesquisa
que será realizada, logo após será entregue o questionário aos alunos onde
responderam. Para que em uma próxima aula o termo consciente livre será
recebido para a realização da tabulação dos dados coletados.
Plano de analise de dados
Após coleta será feito a tabulação dos dados coletados na pesquisa de
campo onde será apresentado através de gráfico.
Com as informações adquiridas na pesquisa serãoelaborados gráficos
para apresentar os resultados da pesquisa.
Resultado e Discussão
Grafico 1 - Você sabe o que bullying?
100%
Sim
Com um resultado mostrado pela pesquisa realizado 100% dos alunos
definem o bullying como agressão física, como: bater, agredir, empurrar, chutar
e verbais como: xingamentos e apelidos pejorativos.
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Camargo (2014) refere o bullying como todas as formas de atitudes
agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem
motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, levando a
vitima a sentir dor e angustia onde ela não tem possibilidade ou capacidade de
se defender.
Gráfico 2- Você foi agarrado ou
empurrado com violência
90%
10%
SIM
NÃO
Dos alunos que participaram da pesquisa 90% deles não foram
empurrados, agarrados em nem uma dependência da escola, porém 10%
alunos mencionaram que já sofreram algumas das agressões citada, 3%
mencionou que foi empurrado em uma briga ocorrida na escola, onde ele
acabou se envolvido no meio da confusão.
3% mencionou que esta agressão ocorre na entrada, no recreio e na
saída da escola, onde os demais alunos empurram os outros propositalmente
apenas para machuca-los. 3% dos alunos não especificou a resposta.
Os autores envolvidos na condição de agressores ou agredidos entender
por violência física: as brigas, depredações, agressões físicas, e por violência
não física: Ofensas verbais, institucionais, discriminações, segregações e
humilhações que desconhecem o que é bullying nas escolas. (NOGUEIRA
2007).
Esse tipo de agressões pode acorrer em qualquer local da escola,
geralmente é ocasionada em lugares que tem muitas pessoas e
ocorreempurra-empurra onde esta pessoa se aproveita da situação para
agredir as outras pessoas.
Botelho e Souza (2007) cita que é um comportamento deliberado
(premeditado) para ofender e machucar; é repetitivo, frequentemente durante
um período de tempo; para os agredidos, é difícil se defender; para os que
agridem, é difícil aprender novos comportamentos socialmente aceitos; a
pessoa que pratica o bullyingtem e exerce poder de forma inapropriada sobre a
vítima.
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Grafico 3 - Alguem te descriminou por
algum motivo fisico
15%
SIM
NÃO
85%
85% dos alunos afirmaram que não tiveram nem um tipo de
descriminação por nem um dos alunos na escola, porém 15% desses alunos
afirmaram que sofrem ou já sofreram algum tipo de descriminação.
Segundo Oliveira e Votre (2006) é uma forma primaria de violência, que
pode manifestar-se por meio de palavras, gestos e ações, pois geralmente
começa pela chacota e humilhação verbal, podendo ou não vir acompanhada
de ações que discriminação e que aterrorizam o aluno.
Este tipo de agressão é uma das mais utilizadas pelo agressor, ainda
mais sabendo que sua vitima fica constrangida pela atitude tomada pelo
invidiou e com isso sua vitima não sabe como se defender deste tipo de
descriminação.
Grafico 4 - Alguém lhe agrediu
propositalmente
5%
95%
SIM
NÃO
95% deles mencionaram que ninguém os agrediu. 5% dos alunos
responderão que já foram agredidos propositalmente dentro da escola.
Porém tem como destaque que as agressões sofridas não ocorrem com
frequência, geralmente ocorre por desentendimento entre eles.
Silva (2010) cita que a um pequeno predomínio dos meninos sobre as
meninas, no entanto, os meninos por serem mais agressivos e utilizarem a
força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis, abrangendo as meninas
agora, elas costumam a pratica o buulying através de intrigas e fofocas e
isolamento de suas colegas, podendo ser passado a despercebido na escola e
no âmbito escolar.
Em grande parte das agressões que ocorre fisicamente geralmente é
ocasionado pelo gênero do sexo masculino, mais podendo ocorrer também
pelo sexo feminino, mais geralmente o gênero feminino agredi sua vitima
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psicologicamente, através de fofocas, intrigas e exclusão de seu colega do
grupo de amigas.
Grafico 5- Algum objeto de sua
propriedade foi danificado
4%
SIM
96%
NÃO
Com os dados adquiridos, 96% alunos citaram que nunca danificaram seu
material propositalmente, porém 4% alunos citaram que alguns alunos já
furtaram seus materiais, quebraram, com isso podemos entender que os esse
agressores se aproveitam da fragilidade desses alunos.
Silva (2010) Define que tais comportamentos não apresentam
motivações especificas ou justificada. Isso ocorre de forma “natural”, os mais
fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder,
com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar furtar ou destruir
pertences da vítima suas vítimas.
Grafico 6 - Você participa das aulas de
Ed. física
0%
SIM
NÃO
100%
O gráfico demonstra que 100% dos alunos participam das aulas de
educação física, tendo muitas citações por ser uma aula divertida de participar.
Volpato (2011) cita quem a educação física pode desperta nos alunos o
sentimento de prazer e cooperativismos, companheirismos e inclusão, mais
tendo em criar situações de competitividade, agressividade e discriminação em
meio às quais a pratica de bullying podem surgir apelidos e habilidade motora
diferenciada: como gordinho é lento, meninas é mais lenta é mais fraca.
A Educação Física na escola tem como um objetivo de fazer com os
alunos participem das atividades por prazer, fazendo cada um deles
respeitarem a essência e as habilidades de cada um que irá participa, assim
despertas nos alunos o trabalho em equipe, o cooperativismos, fazendo
daquela aula prazerosa de participar.
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Grafico 7- Nas aulas de Ed. física você é
escolhido?
3%
23%
Inicio
74%
Meio
Fim
74% dos alunos assinalaram que são escolhidos no inicio das equipes,
23% dos mesmos são escolhidos no meio, 3% são escolhidos no final.
Para Matos, Zoboli, Mezzaroba (2012) percebem que na escola,
especificamente nas aulas de educação física, crianças e adolescentes sendo
descriminadas por sua característica corporal como: gordinho, estrábico,
deficiente, magricelo, e os alunos que não possui habilidade motora ou
desempenho esportivo.
Os alunos que não possuem habilidades especificas para se destacar no
esporte ou alguma característica corporal diferenciada dos demais, geralmente
é excluído no inicio da escolha do time, com isso ficando sempre para o meio e
final, assim desmotivando o aluno a participar das aulas.
Grafico 8- Você já presenciou alguma
agressão na escola
23%
Sim
Não
77%
23% dos alunos nunca presenciaram qualquer tipo de agressão ou briga
na escola, porém 77% dos alunos já presenciaram algum tipo de agressão e
essas agressões foram agressões físicas e verbais essas agressões ocorrem
com muita frequência na hora do intervalor, principalmente as agressões
físicas.
Essa pluralidade de conceito torna a violência um termo carregado de
subjetividade e complexo de ser apreendido, envolve vários tipos de agressões
assim com varias atitudes de indisciplina é indiscutível a relevância deste
problema e banir da sociedade, principalmente do âmbito escolar. (MENEZES
E BRANCO, 2010).
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Grafico 9- Vendo seu colega sendo
agredido, o que faria?
7%
43%
Defenderia o
colega
50%
Chamaria o
funcionário
falava com o
individuo
50% dos alunos defenderia sua colega se tivesse sendo agredido ou
sofrendo bullying, 43% chamaria os funcionários da escolha para os
agressores, assim os funcionários já tomariam as medidas necessários para a
punição do agressor, 7% conversaria com o individuo para pararem com esta
atitude inadequada que estão realizando.
Silva (2010) aponta que não a realização material ou profissional que
apague o sofrimento vivenciado por uma criança ou adolescente que sofreu
bullying, todos que já passaram por este situação constrangedoracarregam
com sigo uma cicatriz por toda vida, e a marca tendo ser mais intensa quando
ocorre na infância.
Sendo assim esta pessoa pode ficará com marcas eternas, podendo
prejudicar sua vida social e profissional, tendo dificuldade de interação com a
sociedade.
Considerações finais
A pesquisa teve como objetivo especifico verificar as consequências do
bullying dentro da escola e nas aulas de educação física.
O bullying hoje é considera um grande problema social, assim tendo
umreflexo dentro da escola, foi constatado que ocorrem tanto as agressões
verbais quanto as agressões físicas, delimitando este problema é possível
constata que a escola não esta preparada para encarar esta realidade.
Conclui-se que é preciso tomar medidas preventivas sobre o assunto,
através de informações e conteúdos sobre o tema, assim especificando o
problema e mostrando as consequências que traz para a sociedade e
principalmente para a escola.
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FAST FOOD SAUDÁVEL: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL DE
EMPREENDIMENTO
Ana Paula Soares de Oliveira¹
Flúvia Aparecida de Lemos²
Gilson Santana da Silva³
Valdirene Maria dos Reis4
Fernando de Souza Cáceres
Antônio Eduardo Batista
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
Resumo
Este artigo tem como objetivo, apresentar um estudo sobre o crescimento do
franchising no Brasil, e como ele tem atraído a maior parte dos
empreendedores, investidores e ainda atraído a atenção das mais diversas
mídias e como influencia na vida da sociedade como um todo. Abordaremos
também sobre a preocupação da população brasileira passou a ter com sua
alimentação e o sucesso da franquia Subway no Brasil devido a essa mudança
de hábito na alimentação da população e conseguiu ser o maior concorrente da
maior franquia de fast-food no mundo, o McDonald’s. Ainda neste estudo,
abordaremos como esse mercado tem crescido e como se comporta as demais
franquias de fast-food neste novo cenário, suas estratégias para alcançar esse
público sem perder suas características originais. Depois disto, a viabilidade da
implantação de uma franquia Subway na área central da cidade de Suzano,
onde até o presente momento, não há nenhum estabelecimento voltado para
este público alvo.
Palavras-chave: Fast-food, comida saudável, Franquia, Subway
__________________________
¹ Ana Paula Soares de Oliveira, Graduanda do curso de Administração de Empresas –
Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ). E-mail: [email protected]
² Flúvia Aparecida de Lemos, Graduanda do curso de Administração de Empresas –
Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ). E-mail: [email protected]
³ Gilson Santana da Silva, Graduando do curso de Administração de Empresas –
Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ). E-mail: [email protected]
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Valdirene Maria dos Reis, Graduanda do curso de Administração de Empresas –
Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ). E-mail: [email protected]
Introdução
Segundo o site portal do franchising (2014), o termo franquia empresarial é o
sistema pelo qual o um franqueador cede ao franqueado o direito de uso da
marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso
de tecnologia de implantação e administração de negócios ou sistema
operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante a
remuneração direta ou indireta sem que no entanto fique caracterizado vínculo
empregatício. (Lei 8.955/94)
O desenvolvimento estratégico deste projeto foi possível através da utilização
da ferramenta Análise Swot, que o autor abaixo, define essa ferramenta da
seguinte forma:
Segundo Chiavenato e Sapiro (2013), sua função é cruzar as oportunidades
e as ameaças externas à organização com seus pontos fortes e fracos. A
avaliação estratégica realizada a partir da matriz SWOT é uma das
ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica competitiva. Trata-se de
relacionar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo com
as forças e fraquezas mapeadas no ambiente interno da organização. As
quatro zonas servem como indicadores da situação da organização.
Através dessa análise, pode-se concluir que, no ambiente interno a franquia
Subway oferece inúmeros pontos fortes, como por exemplo, o treinamento
oferecido pela própria franquia antes da implantação do projeto, ajuda na
escolha do ponto onde será instalada a loja, sem contar no peso e boa
reputação da marca a nível mundial e ainda todo o acompanhamento na
compra dos equipamentos necessários para a produção e comercialização dos
produtos.
Como pontos externos fortes, temos a busca da população por alimentação
rápida e saudável, e o aumento da renda dessa população.
Os pontos fracos são a perda de matéria-prima, uma vez que se trata de
produtos perecíveis, as bebidas comercializadas na loja são exclusivas da
Coca-Cola, a falta de mais opções de sobremesa, hoje apenas comercializa-se
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cookies, e ainda temos como barreira, um único fornecedor, homologado pelo
franqueador, o que demanda em perda de poder de negociação do franqueado.
As ameaças ainda são a falta de hábito da maioria da população em adquirir
alimentos saudáveis, principalmente do público mais jovem, que já tem em sua
cultura, o ingestação de lanches considerados “junkie food” como McDonald’s e
o mercado informal.
Essas empresas, no entanto, diante do crescimento da procura da população
em geral por alimentos saudáveis estão, aos poucos, introduzindo em seus
cardápios, opções mais saudáveis, como saladas, sucos naturais e pães
integrais na confecção de alguns lanches. O que há vinte décadas era
inconcebível neste segmento, principalmente nos Estados Unidos.
Para chegarmos a um plano de negócios, tivemos que primeiramente, entender
o motivo do sucesso da franquia no Brasil recentemente, logo após uma
tentativa de introdução da marca na década passada sem sucesso algum.
Nesta análise, concluímos que a Subway percebeu uma mudança de
comportamento do brasileiro com relação à preocupação com sua alimentação
e voltou a investir neste mercado, agora muito promissor.
Ao escolher o local para implantação, o levantamento de dados da população
local como salários, hábitos alimentares, gastos com refeições fora do lar foram
fundamentais para o desenvolvimento do escopo.
O fator alimentação saudável, foi o principal motivo da escolha da franquia para
este plano de negócios, uma vez que a tendência à busca por alimentos
saudáveis e dentro do padrão fast-food, ou seja, comida rápida e saudável é
crescente em todo o país, e outro fator levado em consideração é a falta deste
tipo de empreendimento na área central da cidade, onde há uma grande
concentração de comércios, faculdades, escolas e outras instituições, que,
apesar de estarem razoavelmente próximas ao Shopping Center da cidade,
encontram dificuldades de realizar suas refeições lá devido ao tempo de
intervalo para almoço/jantar ser muito pequeno.
Em 2012 o faturamento do setor de alimentos processados foi de R$ 100,5
bilhões, o que corresponde a um terço do consumo no mercado interno que foi
de R$ 328,2 bilhões. Na cadeia de alimentos In Natura e industrializados
absorvidas pelo setor de alimentação.
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Esses dados confirmam o quão promissor é o ramo de comida saudável no
Brasil, e do ponto de vista do empreendedor, em se tratando de uma franquia
cujo nome é reconhecido mundialmente, as vantagens se tornam ainda mais
palpáveis, pois a quantidade de informações disponíveis sobre a franquia e o
apoio que o franqueador oferece ao seu franqueado é bastante sólido).
Metodologia
Segundo Richardson et al. (1999:70), “caracteriza-se pelo emprego da
quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações quanto no
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples
como percentual, média, desvio padrão, às mais complexas como coeficiente
de correlação, análise de regressão, etc.”
No método quantitativo, os pesquisadores utilizam de amostras amplas e
informações numéricas.
Para dados mais consistentes, foi realizado uma entrevista quantitativa com a
sócia de uma franquia Subway localizado dentro do Suzano Shopping Center,
via e-mail, com um questionário com questões como tempo de vivência com a
franquia, método de aquisição de matéria-prima, quantidade média de lanches
vendidos nos dias úteis e fins de semana, funcionograma da Empresa,
quantitativo de funcionários, meios de pagamento e recebimento.
Através desta entrevista obtivemos importantes informações sem as quais não
poderíamos realizar boa parte da parte financeira do nosso plano de negócio.
Primeiramente, houve uma pesquisa no site da própria franquia, sobre a
história da franquia, sua entrada no país, seu perfil de trabalho e perfil do
empreendedor para aquisição de uma unidade.
Como os dados no site eram muito vagos, solicitamos mais informações via email e obtivemos os valores para iniciar uma loja bem como a história da
Subway.
Logo após, procuramos avaliar a viabilidade da implantação para uma loja no
centro da cidade de Suzano, uma vez que já existe uma loja dentro da praça de
alimentação do Shopping da cidade.
Para isso, levantamos, através do IBGE, informações sobre a população do
município, como número de habitantes, classe social, renda familiar, hábitos
alimentares.
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Desenvolvimento
Na junção de todas essas informações chegamos a seguinte análise de
mercado:
A escolha da franquia Subway se deu principalmente pelo seu diferencial no
mercado em que atua, pois oferece a melhor alternativa à tradicional comida
gordurosa dos fast-food. Em seu próprio site a empresa oferece informações
de como fazer o lanche submarino mais saudável e menos sódio e com mais
fibras. Essa preocupação em oferecer produtos com qualidade superior, pães
feitos e assados na hora, ganha um grande respeito do consumidor.
Nos últimos dez anos, os setores ligados à alimentação fora do lar (food
service) cresceram 292,3%, ante o índice de 209% do varejo alimentício
tradicional. O crescimento da alimentação preparada fora do lar cresceu a
taxas médias de 12% neste período.
Em 2002, o faturamento do setor foi de R$ 25,9 bilhões, considerados apenas
os alimentos processados, o correspondente a um quarto do consumo no
mercado interno, que foi R$ 100,65 bilhões. As cadeias de alimentos In Natura
e industrializadas absorvidas pelo setor de alimentação fora do lar alcançaram
R$ 36 bilhões em 2002.
Já em 2012, o faturamento do setor de R$ 100,5 bilhões, considerados apenas
os alimentos processados, o correspondente a um terço do consumo no
mercado interno, que foi R$ 328,2 bilhões. As cadeias de alimentos In Natura e
industrializados absorvidas pelo setor de alimentação fora do lar alcançaram
R$ 88,3 bilhões.
Como podemos observar, o setor de fast-food teve um crescimento muito
significativo no ano passado, segundo a ABF, o crescimento em 2013, foi de
16,6% comparado ao mesmo período em 2012.
Segundo o site franquia.com.br (2014), a boa fase da economia do país,
impulsionada pelo crescente consumo da nova classe C, leva ao aumento da
alimentação fora do lar.
Uma pesquisa realizada pelo IBGE revela que a população gasta 30% do
orçamento com alimentação em refeições fora de seus lares. Por essa razão,
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as franquias de fast-food estão se multiplicando em grande escala, o que
resulta em mais opções para o consumidor.
Segundo o site Dinheiro S/A, os brasileiros têm gasto mais com alimentação
fora do lar do que com frutas, legumes e verduras. Enquanto os gastos, em
média, 35,4% da renda familiar com alimentação, para frutas e verduras são
destinados apenas 6,2 da renda. Já para comer fora de casa, incluindo
delivery, os brasileiros gastam 21,2% do total destinado à alimentação.
Os dados da pesquisa encomendados pela CNA (Confederação da Agricultura
e Pecuária do Brasil), para avaliar os hábitos alimentares da população
revelam que o gasto mensal das famílias brasileiras com frutas, legumes e
verduras são, em média, R$ 91,50. Os gastos com alimentação fora do lar
somam R$ 110,00.
Essa mudança de hábito dos brasileiros se dá principalmente a ascensão das
classes D e C, que antes, não tinham acesso a esse tipo de refeição.
Outro fator relevante a favor da implantação da franquia é a análise da faixa
etária dos consumidores. Segundo o perfil analisado pela Subway, encontramse como público alvo, consumidores da faixa etária entre 20 e 40 anos, e isso
representam dentro da realidade do centro de compras 60% dos visitantes.
Além do foco nesta classificação etária, a rede Subway ainda oferece em seu
mix de produtos, uma linha voltada para o público infantil, atingindo assim, mais
de 6% dos consumidores nesta faixa etária também, uma vez que, a cada dia
mais, os pais se preocupam em oferecer alimentos saudáveis para seus filhos.
Para demonstrar os dados que serão representados na próxima tabela foi feito
um levantamento através de várias pesquisas, no qual foram inseridos valores
referentes à renda per capita da população de Suzano e o quanto é destinado
à alimentação fora do lar mensalmente.
Os dados desta próxima tabela foram extraídos do IBGE, em que, representa o
total de habitantes no município de Suzano, com suas respectivas rendas
mensais. Levando em consideração esses números, estabeleceremos metas
no que tange qualidade, uma vez que esta é primordial para a manutenção da
marca Subway, seguindo todos os padrões de qualidade e método de trabalho.
Em termos quantitativos, a meta de crescimento anual é de 5% ao ano,
levando em consideração as médias de outras franquias Subway instaladas em
áreas externas aos shoppings.
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Outro fator relevante a favor da implantação da franquia é a análise da faixa
etária dos consumidores. Segundo o perfil analisado pela Subway, encontramse como público alvo, consumidores da faixa etária entre 20 e 40 anos, e isso
representam dentro da realidade do centro de compras 60% dos visitantes.
Além do foco nesta classificação etária, a rede Subway ainda oferece em seu
mix de produtos, uma linha voltada para o público infantil, atingindo assim, mais
de 6% dos consumidores nesta faixa etária também, uma vez que, a cada dia
mais, os pais se preocupam em oferecer alimentos saudáveis para seus filhos.
Para demonstrar os dados que serão representados na próxima tabela foi feito
um levantamento através de várias pesquisas, no qual foram inseridos valores
referentes à renda per capita da população de Suzano e o quanto é destinado
à alimentação fora do lar mensalmente.
Os dados desta próxima tabela foram extraídos do IBGE, em que, representa o
total de habitantes no município de Suzano, com suas respectivas rendas
mensais. Levando em consideração esses números, estabeleceremos metas
no que tange qualidade, uma vez que esta é primordial para a manutenção da
marca Subway, seguindo todos os padrões de qualidade e método de trabalho.
Em termos quantitativos, a meta de crescimento anual é de 5% ao ano,
levando em consideração as médias de outras franquias Subway instaladas em
áreas externas aos shoppings.
Agora, sabendo o tamanho do mercado em termos de valores em reais, vamos
identificar o número de habitantes que se alimentam fora do lar. Começando
esta etapa, um ponto importante para a estimativa de demanda de nosso
restaurante, é referente a um estudo feito pelo Instituto Data Popular, feito em
2011 e divulgado no site da Francap, uma consultoria especializada em
franquias, no qual é citado que 65,3% dos brasileiros, realizam pelo menos
uma de suas refeições diárias fora de casa. A seguir a próxima tabela vai
demonstrar esses dados para o município de Suzano.
Baseados em informações da própria franquia, o público que frequenta os
restaurantes da Subway são os que têm renda mensal entre R$1.020,00 a R$
10.200,00, o que nos dá um público alvo de 64.254 habitantes a serem
conquistados, com uma movimentação financeira para este segmento de R$
14.248.337,78.
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Como a pretensão da nossa loja é de alcançar 5% desta fatia de mercado.
Chegou-se então a uma taxa interna de retorno (TIR) de 41,1% e uma taxa
mínima de atratividade (TMA) de 30%, por tanto há viabilidade na implantação
deste projeto.
Considerações Finais
Avaliando os dados deste plano de negócios, conclui-se que sem a ajuda das
técnicas e teorias administrativas seria praticamente impossível à avaliação da
viabilidade de implantação deste projeto.
Com base nisto, conclui-se que a implantação do projeto é viável, não só pelo
apelo da marca em si, mas também devido à mudança de hábito alimentar do
brasileiro, ao aumento da renda das classes B e C, e ainda, pela falta de uma
opção com esta a população da cidade de Suzano.
Referências
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria.
Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 314p.
Metodologia
Disponível
em:
http://www.portaldofranchising.com.br/central/Content/UploadedFiles/Arquivos/
PDFs/O-que-e-franquia.pdf
Acesso em: 01/10/2014 ás 18:10 hs.
Disponível em:
http://www.dinheiro.br.msn.com/guias/franquia-ou-neg%C3%B3ciopr%C3%B3prio-como-escolher
Acesso em: 22/08/2014 ás 10:24 hs.
Disponível em:
http://www.portaldofranchising.com.br/guia-de-franquias/nao-anunciante/408
Acesso em: 16/07/2014 ás 14:35 hs.
Disponível em:
http://www.francap.com.br
Acesso em: 18/06/2014 ás 10:00 hs.
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Disponível
em:
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=355250&search=||inf
ogr%E1ficos:-informa%E7%F5es-completas
Acesso em: 24/07/2014 ás 13:30 hs.
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PLANO DE NEGÓCIO – INDÚSTRIA DE EMBALAGENS
METÁLICAS DECORATIVAS
Ana Paula de Sousa Sérgio¹
Cristiane Pereira Gomes²
Hilda Janaina dos Santos³
Fernando Souza Cáceres
Antonio Eduardo Batista
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar a aplicação dos conhecimentos teóricos
adquiridos ao longo dos semestres cursados e a importância do Plano de
Negócio e do Planejamento Estratégico, identificando as características
atribuídas a um empreendedor onde organização depende de um bom
planejamento para saber qual direção deve ser tomada e conhecer o tamanho
do desafio a ser enfrentado, planejar cada detalhe, encontrar a melhor solução,
ser persistente, analisar os riscos, preparar-se, acreditar no seu potencial,
permanecer o crescimento e solidez empresarial.
Palavras-Chaves: Plano de Negócios; Planejamento Estratégico; Embalagem.
¹Ana Paula de Sousa Sérgio, Graduando do curso de Administração de Empresas - Faculdade
Unida de Suzano (UNISUZ).E-mail: [email protected]
²Cristiane Pereira Gomes, Graduando do curso de Administração de Empresas - Faculdade
Unida de Suzano (UNISUZ).E-mail: [email protected]
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³Hilda Janaina dos Santos, Graduando do curso de Administração de Empresas - Faculdade
Unida de Suzano (UNISUZ).E-mail: [email protected]
Introdução
Com o intuito de vivenciar e praticar as teorias estudadas ao longo do curso de
Administração elaboramos o plano de negócio de uma empresa de
embalagens metálicas decorativas que irá atender a demanda do estado de
São Paulo. De acordo com Dornelas (2000) a definição de um plano de
negócio é geralmente usada para descrever minuciosamente o negócio. Por
meio do plano de negócio pode:identificar os riscos e propor planos para
minimizá-los e até mesmo evitá-los; identificar seus pontos fortes e fracos em
relação concorrência e o ambiente de negócio em que você atua; conhecer seu
mercado e definir estratégias de marketing para seus produtos e serviços;
analisar o desempenho financeiro de seu negócio, avaliar investimentos,
retorno sobre o capital investido; enfim, você terá um poderoso guia que
norteará todas as ações de sua empresa. Segundo aAssociação Brasileira de
Embalagem de Aço (ABEAÇO, 2012) a embalagem de aço é, tecnicamente,
uma das melhores formas de se acondicionar produtos, por evitar desperdícios
e proteger adequadamente a integridade de seu conteúdo no transporte e
comercialização, portanto esse setor vem apresentando um aumento
considerável na economia e para os consumidores que buscam oportunidades
de empreender. Inicialmente, o desenvolvimento das embalagens de aço foi, só
então, impulsionado pela Revolução Industrial, que possibilitou a mecanização
da fabricação das latas, e também a de chapas de aço de baixo teor de
carbono.A partir daí, o tempo moldou novas descobertas do aço para
embalagem.As latas de aço são embalagens mais ecológicas e tem por
principal característica a resistência, inviolabilidade e opacidade, são altamente
resistentes e capazes de evitar a deterioração de produtos agrícolas, além da
decomposição em apenas 5 anos. Esse material quando exposto as
intempéries retorna para a natureza sem agredi-la e na forma original de
minério de ferro, por isso as latas de aço são valorizadas na preservação de
nosso planeta. Na atualidade, o consumidor tem valorizado, cada vez mais, a
embalagem do produto.O avanço da tecnologia tem contribuído
consideravelmente nesse sentido, uma vez que osprodutos aparecem nas
gôndolas ou nas prateleiras do varejo envolvidos em embalagenscoloridas e
chamativas, o que constitui um fator de persuasão para a decisão de compra.
Com base neste fator decidimos estudar o ramo de embalagens com o objetivo
de analisar a viabilidade de implantarmos umaempresa fabricante de
embalagens metálicas decorativas e conhecer os processos a serem seguidos
por um empreender.Portanto para realização do mesmo buscamos recursos
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nas empresas de embalagens metálicas, associações do ramo, livros, revistas,
sites e com o próprio publico, pois colocamos em prática a pesquisa
mercadológica para o obtermos o resultado eficaz. Além das fontes citadas
acima, contamos com a colaboração do nosso professor orientador, que
compartilhou conosco seus conhecimentos na área empresarial.
Metodologia
Para elaboração do plano de negócio fez-se necessária à utilização de
pesquisa Qualitativa, para conhecer o ramo definido para elaboração do
projeto.
A
metodologia
de
pesquisa
qualitativa,
para
Minayo
(Administradores,2003) é o caminho do pensamento a ser seguido; ocupa um
lugar central na teoria e trata-se basicamente do conjunto de técnicas a ser
adotada para construir uma realidade. A pesquisa qualitativa, no entanto, tratase de uma atividade da ciência, que visa à construção da realidade, mas que
se preocupa com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode
ser quantificado, trabalhando com o universo de crenças, valores, significados
e outros, que as relações que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.
Em relação ao levantamento bibliografico e estudo das teorias (cinco forças de
Porter, análise de Swot, matriz BGC e a pesquisa mercadológica) aplicadas no
plano, utilizamos a pesquisa exploratória, consultamos obras de autores
consagrados como Porter, Gioia, Dornelas, entre outros. Outro recurso
conhecido neste tipo de pesquisa é a entrevista focalizada, definida a seguir.
Há um roteiro de tópicos relativos ao problema que se vai estudar e o
entrevistador tem liberdade de fazer as perguntas que quiser: sonda razões,
motivos, dá esclarecimentos, não obedecendo, a rigor, a uma estrutura
formal. Para isso são necessários habilidades e perspicácia por parte do
entrevistador.(Lakatos, p. 197, 1991).
A mesma foi utilizada, para coletar dados com pessoas (entrevistados:
representante da ABEAÇO e fundador de uma empresa de embalagens)
exeperientes no ramo de embalagens metálicas decorativas, cuja finalidade foi
esclarescer duvidas, conhecer as particularidades, necessidades e
investimentos necessários no setor de embalagens; para a formulação precisa
do planejamento e de táticas, abordadas posteriormente.
Para analise e definição da demanda fizemos uso da pesquisa quantitativa,
este tipo de pesquisa considera que tudo pode ser quantificável, é a tradução
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em números das opiniões e informações coletadas. Está técnica foi utilizada da
seguinte forma: coletamos os dados dos segmentos que utilizam a embalagem
metálica decorativa para envase de seus produtos (volume de compras nos
anos anteriores em R$ e quantidade de embalagens), para complementar esta
parte inicial delimitamos estes dados ao estado de São Paulo, e as empresas
fabricantes de alimentos (balas, chocolates, biscoitos finos e panetones),
eletrodomésticos portáteis e produtos promocionais. Após estratificação dos
dados realizamos as analises necessárias, concluindo definimos a demanda.
Por meio da metodologia empregada obtemos dados concretos e confiaveis
que nos permitiu fomentar as ações tomadas durante a elaboração do plano de
negócio.
Desenvolvimento
Para abordar a formação deste projeto foram realizados estudos que abrangem
as particularidades do segmento, dados dos ambientes internos e externos
relacionados à implantação de uma indústria de embalagens na cidade de
Suzano; tendo como necessidade preparar-se para o futuro, haja vista que o
plano contempla os 5 (cinco) anos iniciais da empresa; por este motivo foram
realizadas as etapas que serão descritas a seguir.
Iniciamos o desenvolvimento do plano de negócio com o estudo do mercado de
embalagens. A embalagem é um elemento indispensávele crucialpara o
sucesso comercial de praticamente todos os produtos. É um instrumentoque
viabiliza o atendimento da população global para a sua alimentação, saúde e
bem-estar, possibilitando a conservação dos produtos, a sua distribuição e
divulgação.Através dela, empresas de todos os portes e em todo o território
nacional podem agregar maior valor a seus produtos, consolidando posições
no mercado atual e possibilitando o acesso a mercados mais sofisticados.
Com influência direta nos custos e na tecnologia de fabricação, na
distribuição e na conquista de consumidores e na forma de consumo dos
produtos, a embalagem exige conhecimentos especializados para ser bem
projetada e garantir a preservação de seu conteúdo. (ABEAÇO, 2014)
Mundialmente a embalagem movimenta mais de US$ 500 bilhões,
representando, dentre 1% e 2,5% do PIB de cada país. No Brasil, esta
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movimenta atualmente, R$ 47 bilhões e gera mais de 200 mil postos de
emprego diretos e formais (ABEAÇO, 2014).
Dando continuidade a análise do mercado, realizamos o estudo e aplicação da
teoria das cinco forças de Porter, definida a seguir pelo autor.
As cinco forças competitivas: entrada, ameaça, de substituição, poder de
negociação dos compradores, poder de negociação dos fornecedores e
rivalidade entre os atuais concorrentes - refletem o fato de que a
concorrência em uma indústria não está limitada aos participantes
estabelecidos (PORTER, 2004, p.5)
Por meio da aplicação desta ferramenta deu-se continuidade na análise do
segmento escolhido, na qual absorvermos as dificuldades e oportunidades da
fabricação de embalagens, dentre elas as forças mais significativas ao negócio
são: o poder de barganha dos fornecedores, nosso poder de barganha é
pequeno, pois para o fornecimento da matéria-prima o aço (folha de flandres) o
único fornecedor no Brasil é a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a
mesma apresenta políticas de lote mínimo de venda e condição de pagamento
fixas; dificultando a negociação e compra da matéria-prima para uma empresa
que está iniciando, o cliente também fica exposto aum possível aumento
estridente do valor aço; devido a este fator tornou-se necessário um
planejamento para obter o menor custo nos demais itens que compõe o custo
de produção. Em relação à ameaça de produtos substitutos, o plástico é o mais
forte substituto do mercado, representa a maior participação no valor bruto da
produção física de embalagens que em 2013 atingiu R$ 52,4 bilhões, o plástico
correspondente a 37,47% do total, seguido pelo setor de embalagens
celulósicas com 35,05% (somados os setores de papelão ondulado com
19,40%, cartolina e papel cartão com 9,90% e papel com 5,75%), metálicas
com 16,03%, vidro com 4,86% e madeira com 2,56% (ABEAÇO, 2014). Para
neutralizar a força dos produtos substitutos e potencializar a embalagem
metálica, definimos ações especificas no plano de marketing.A ultima força
definida como significativa em relação ao nosso negócio é o poder de barganha
de compradores/clientes, temos três concorrentes diretos no estado de São
Paulo, cujo apenas uma empresa, está voltada somente para a produção de
embalagens decorativas, o produto ofertado é sustentável e geralmente
necessário para melhor acondicionamento, conservação e atratividade dos
produtos que serão envazados; por este motivo o poder de barganha dos
clientes é baixo.
Para conhecermos a demanda efetuamos uma coleta de dados, delimitada ao
publico alvo definido (fabricantes de alimentos, eletrodomésticos portáteis e
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produtos promocionais, instalados no estado de SP). Com base nesta coleta
apuramos a demanda a seguir.
Demanda- Enfoque Embalagens Metálicas
2015
2016
2017
Segmentos
2018
2019
1 Alimentício
R$ 1.267.200,00 R$ 1.728.000,00 R$ 2.534.400,00 R$ 3.801.600,00 R$ 5.068.800,00
2 Eletrodomésticos
R$ 528.000,00
R$ 720.000,00
3 Promocionais
R$ 844.800,00
R$ 1.152.000,00 R$ 1.689.600,00 R$ 2.534.400,00 R$ 3.379.200,00
TOTAL
R$ 2.640.000,00 R$ 3.600.000,00 R$ 5.280.000,00 R$ 7.920.000,00
%
Em
relação
à
demanda do estado de 0,61%
SP
0,82%
R$ 1.056.000,00 R$ 1.584.000,00 R$ 2.112.000,00
1,48%
2,00%
R$
10.560.000,00
2,63%
Para o progresso e aprofundamento do mercado estudado, efetuamos a
aplicação da análise de Swot, segundo GIOIA (2006) a identificação de forças
e fraquezas do negócio e de oportunidades e ameaças do ambiente externo
constituem um processo de construção das bases para uma análise conjugada
desses quatro fatores, possibilitando um cruzamento de condições que apoia a
identificação de estratégias, limitando assim a definição dos objetivos. Com
base nesta definição e após análise das forças, fraquezas, ameaças e
oportunidades; estabelecemos uma estratégia para neutralização das
fraquezas e ameaças,potencializando as forças e oportunidades.
Com base nos estudos descritos e demais pesquisas, elaboramos o
planejamentoestratégico e demais diretrizes para a empresa. De acordo com
Salim (2005) o planejamento estratégico consiste no entendimento e analise de
cenários futuros para uma empresa, majorando os caminhos e objetivos, com a
definição das ações que permitam alcançar objetivos e metas para o
empreendimento. O planejamento estratégico contemplou as ações, objetivos e
metas a curto e longo prazo, definindo as responsabilidades das principais
áreasque deverão concentrar esforços para a concretização e conquista do
objeto planejado.
Com base nos estudos e no planejamento a estratégia competitiva adotada foia
de liderança em custo, ou seja, ofertar produtos a um preço menor, mantendo a
qualidade e requinte das embalagens. Segundo Porter (1989) com preços
equivalentes ou mais baixos do que seus rivais, a posição de baixo custo de
um líder no custo traduz-se em retornos mais altos. Somado a estratégia citada
iremos focar nos clientes de pequeno e médio porte, existem alguns fabricantes
de latas decorativas que não conseguem satisfazer as necessidades deste
nicho de mercado por adotarem uma política de quantidade mínima de lote de
produção elevado se comparada à quantidade que os clientes necessitam e
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desejam comprar. A proposta do projeto é de conseguir o maior lucro possível
utilizando o menor custo desde que não haja o comprometimento da missão,
visão e valores da organização. Isso fará com que nossa empresa se destaque
mediante aos concorrentes e se consolide no mercado.
Para o andamento adequado de uma empresa há necessidade do estudo e
definição das praticas a serem adotadas para captação, manutenção e
utilização dos recursos necessários para o seu funcionamento.Na área
operacional foram coletadas informações sobre a utilização do maquinário
necessário, para o processo de produção na as linhas de montagem de
embalagens, de acordo com os requisitos da ABNT e prática do mercado,
observamos as tecnologias disponíveis buscando implementarmos
na
empresa as propostas viáveis nos quesitos técnicos e financeiros. Dando
continuidade a está área analisamos a questão da seleção de fornecedores
que é de suma importância para o resultado final do produto, os fornecedores
devem suprir as necessidades inerentes ao negócio, atendendo as solicitações
nos prazos estabelecidos e com qualidade. Realizou-se também o estudo dos
estoques e das operações logísticas, na qual definimos a política de
distribuição que será por meio de canal direto, a Enfoque Embalagens não se
responsabiliza pela entrega do produto, esta condição se dá, devido à
precificação baixa como estratégia de venda, pois, havendo acréscimo de frete
embutido, perderíamos o diferencial de preço baixo, tendo em vista que esta
pratica é adotada por empresas do ramo.
Os recursos financeiros são de suma importância para a introdução e
desenvolvimento de uma empresa, com base no levantamento da necessidade
de investimentos, despesas e custos das áreas existentes na empresa,
chegou-se a um montante de investimento total; que deveria ser integralizado
por meio do capital social das sócias; haja vista que inicialmente optou-se por
não captar recursos de terceiro sem longo prazo. Com base nas premissas:
previsão de volume de vendas, preço unitário, estoque final (período), custo
unitário, condições de pagamento e recebimento, DRE, ponto de equilíbrio,
fluxo de caixa, projeção do capital do giro liquido epay-back; foram realizados o
planejamento, controle e projeções financeiras; concluímos que o projeto é
viável.
Conclusão
A partir dos dados e informações abordados no artigo, pôde-se observar que
com a conclusão do plano de negócio, foi adquirido o conhecimento pretendido
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no objetivo inicial, não somente sobre o estudo do setor de embalagens no
Brasil, mas também em relação à metodologia utilizada, as pesquisas de
mercado nos trouxeram uma visão mais abrangente sobre a forma de
compreender as informações para empreender. Em especial o estudo e
elaboração da área financeira que conglomerou as técnicas de orçamento de
capital com uso de ferramentas como pay-back, valor presente líquido (VPL) e
taxa de retorno interno (TIR), que interligadas foram fundamentais para analisar
a viabilidade do negócio, dentro do prazo estabelecido cinco anos. As técnicas
de orçamento de capital com uso de ferramentas como pay-back, valor
presente líquido (VPL) e taxa de retorno interno (TIR), que interligadas foram
fundamentais para analisar a viabilidade do negócio, dentro do prazo
estabelecido, cinco anos.
Na técnica pay-back apuramos o prazo máximo para recuperação do
investimento, aproximadamente 4 (quatro) anos, um período aceitável haja
vista que o plano contempla cinco anos. Em relação ao VPL obtemos o valor
de R$ 1.022.933,27 considerado significativo e positivo; que reforça a
viabilidade do plano.
Após estudos sobre a necessidade de embalar com sofisticação, de forma a
agregar valor ao produto, foi percebido que o ramo de embalagens no estado
de São Paulo, apresenta um grande potencial para se empreender, devido ao
tamanho que o mercado proporciona e a oportunidade de explora-lo, a fim de
aumentar o Market-share da empresa. Portanto, além de identificar a demanda
e particularidades do segmento selecionado, conquistamos um grande
aprendizado em várias áreas do conhecimento como, marketing, produção,
logística, finanças, recursos humanos e sistemas de informação, durante o
desenvolvimento do plano de negócio.
Referências
GITMAN, L. J, Princípios de administração financeira. 12º Ed, São Paulo :
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Disponível
em:
http://www.abre.org.br/setor/apresentacao-do-setor/aembalagem/
Acesso em: 05/10/14 as 23:49 hs
Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/pesquisaqualitativa-exploratoria-e-fenomenologica-alguns-conceitos-basicos/14316/
Acesso em: 05/10/14 as 23:50 hs
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AS MENINAS NO FUTSAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Ronaldo Farias- e-mail: [email protected]
Ronaldo Pazini e -mail: [email protected]
Marilene Ferreira de Oliveira Lima [email protected]
Faculdade Unida de Suzano (Unisuz / Uniesp)
RESUMO: Este estudo tem como objetivo verificar se há uma necessidade de
buscar a igualdade e despertar o desejo nas alunas quando se trata das aulas
de Educação Física quando se aborda o tema futsal, a questão do preconceito
e em muitas vezes a falta de interesse das meninas em jogá-lo durante suas
aulas, e por meio dessa questão busquei realmente descobrir se há ou não
preconceito, e por qual motivo ainda existam barreiras que impeça as meninas
de praticá-lo. A abordagem metodológica foi uma pesquisa de campo, onde foi
entrevistados 30 alunas do sexo feminino, do Ensino Médio com média de 14 e
16 anos de idade, através de um questionário contendo nove perguntas, sendo
composta por oito perguntas fechadas e uma questão aberta. Através, dos
resultados dessa pesquisa foi identificado que por uma grande parte das
entrevistadas, que elas não gostam de jogar o futsal nas aulas de Educação
Física, e por meio dos resultados obtidos conclui que não foi verificado nenhum
tipo de preconceito, mais sim uma barreira imposta por elas mesmas na hora
de jogar o futsal.
Palavra Chave: Futsal, Escola e Meninas.
INTRODUÇÃO: Por meio de vivências no futebol tenho observado que as
mulheres estão a cada dia ganhando mais espaço no mundo esportivo, tanto
profissional como amador e um dos responsáveis por isso é a escola que
proporciona a alguns alunos e alunas uma vivência e descoberta de novos
esportes e em algumas vezes esportes conhecidos e praticado por muitos
como o Futsal, que será o tema abordado nesse trabalho, muitas garotas se
apaixonam de vez pelo Futsal já outras não. Muitas vezes pelo medo de
sofrerem algum tipo de preconceito por parte dos demais que estão no meio
que elas vivem.
Segundo Welzer-lang, (2001), é fato as mulheres serem menos valorizadas
do que os homens no futsal, e a sociedade achar isso normal, enfatizando a
dúvida da real sexualidade das meninas praticantes do futsal, dizendo que a
mulher é frágil, delicada, sensível e passiva, mesmo cem saber isso já se torna
um ato homo fóbico com as mulheres, e assim desvalorizando a categoria
feminina.
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A participação feminina no esporte seja ela fazendo atividades moderadas
como lazer, dança ou até mesmo nas escolas, gera um conflito entre os
gêneros e a cultura também não apóia essa idéia, pelo motivo das meninas
não terem o mesmo apoio e espaço comparado aos homens nos dias de hoje.
Para Damo (2007), que realizou uma pesquisa que constata que meninos
quando estão associados no mesmo ambiente que meninas, desenvolvem um
certo tipo de receio na hora da prática de esportes, por isso é difícil fazer aulas
com turmas mistas nas escolas, isso pode ser considerada uma barreira
grande e um começo de masculinizarão que já vem da escola sem que os
Professores percebem.
No entanto essa barreira está ai para ser quebrada através de uma
igualdade que tem que ser construída a cada dia não só pelos professores,
mas também em conjunto com a sociedade e deixar de lado a cultura
masculina e machista e incluir de vez os direitos de ambos os sexos quando
comparados entre si.
Galvão (2002), afirma que cabe aos professores de Educação Física ter um
perfil e buscar a valorização do ser humano, e ter como objetivo global
descobrir o corpo, em seu desenvolvimento global.
Na atualidade é possível encontrar, observar e ouvir alguns comentários, ou
um olhar diferente e sexista dos próprios alunos ou até da própria cultura que
vêem as garotas praticantes e amantes do futsal seja ele como um hobby ou
uma escolha para a vida inteira como lésbicas ou até como homens pelo estilo
de jogar ou até de se vestirem.
Mas muitas estão praticando essa modalidade em busca de um estilo de
vida mais saudável e em alguns casos pelo prazer e diversidade de benefícios
que o futsal ou futebol proporciona a vida de seus praticantes e assim descobrir
os limites e movimentos corporais através do futebol.
Darido, Souza Júnior (2010), sugerem aos professores de Educação Física
analisar, interpretar, problematizar, relacionar, as amplas manifestações do
corpo com seus alunos, para que eles possam interpretar e entender as
manifestações dos movimentos usados durante as aulas.
Para que haja um momento de reflexão e possa analisar as modalidades
como futebol, vôlei, basquete, handebol, não pelo sexo ou gênero das pessoas
que os praticam mais sim pelos movimentos exigidos e objetivos a serem
alcançados durante as aulas e temas abordados.
Segundo Oliveira (2008), o apoio familiar é importante no desenvolvimento
de qualquer prática esportiva, principalmente quando a sociedade enxerga as
mulheres de um modo diferente dependendo da modalidade, o papel da família
se torna de apoio ou barreira, sendo que é difícil permanecer praticando o
futsal sendo que dentro de casa o pensamento de preconceito é existente.
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Para acabar de vez com esse problema cabe aos professores de Educação
Física acabar de definitivamente com isso, fazendo uma reflexão como os
alunos sobre esportes e jogos que integram meninos e meninas no mesmo
ambiente ou equipe, jogos cooperativos, coibir no ato, conversa e práticas,
atividades lúdicas que envolvam meninos e meninas para que eles se
respeitem e se vejam em igualdade.
Segundo o estudo de Silva; Machinski (2010), o futsal feminino é umas das
práticas esportivas que mais cresce no mundo, hoje já é possível ver em
escolas, praças, clubes ou até mesmo nas ruas meninas jogando futsal ou
futebol no meio de garotas Os mesmos autores afirmam que em quanto os
homens buscam status, popularidade e dinheiro através do futsal, as mulheres
buscam aceitação na sociedade.
As mulheres passam por barreiras todos os dias quando vão para os seus
treinos de futsal ou futebol, pelo simples motivo de praticarem uma modalidade
dita por muitos como única e exclusivamente do sexo masculino, ou seja, uma
mulher é proibida de participar de um esporte onde o contato físico é quase
inevitável, isso acaba deixando de lado os benefícios do que o esporte
proporciona para seus praticantes pelo simples motivo da sociedade ser muito
preconceituosa com as jogadoras.
Muitas pessoas ainda olham o Futebol/Futsal como um esporte masculino,
onde o contato físico muitas vezes é inevitável e isso faz com que se
estabeleça uma barreira muito grande quando garotas queiram praticá-lo, cabe
a cada um de nós mostrarmos que o Futebol/Futsal é um esporte democrático
que não delimita raças, sexo e tamanho para ser praticado, dessa maneira o
Futebol/Futsal pode ser praticado em qualquer lugar e horário por todos e não
único e exclusivo por homens (meninos).
Uma maneira de diminuir essa barreira enfrentada pelas meninas que
praticam o futsal nas escolas é mostrar tanto para os alunos como para os pais
que o futsal é uma modalidade inclusiva de ambos os sexos e transformar as
aulas de futsal em uma aula democrática aonde venha ser trabalhado turmas
mistas e promover palestras, trabalhos para que o preconceito e a não
aceitação das meninas no futsal venha ser banida como dentro e fora da
escola.
Dessa forma Esse trabalho de pesquisa tem com objetivo verificar se as
meninas já sofreram ou ainda sofrem algum tipo de preconceito na escola ou
em seu próprio âmbito familiar, pelo motivo delas praticarem o Futsal/Futebol.
MÉTODO
Será realizada uma pesquisa de campo para verificar se o teste proposto
indicara resultados importantes para as analises dos dados. Pesquisa de
campo tem como significado ou objetivo obter dados relevantes que serão
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computados e isso ocorre por meio técnicos no qual são utilizados um tipo de
instrumento onde a pessoa que será o avaliador tem contato direto com o
avaliando, seja por formulários, observações, questionários, entrevistas, etc.,
para obtenção dos dados pra a pesquisa.(LAKATOS e MARCONI, 2009).
Sujeito: Serão entrevistadas 30 alunas do sexo feminino, do Ensino
Médio com média de 14 a 16 anos de idade, das escolas públicas do Estado de
São Paulo na região do Alto Tietê na cidade de Mogi das Cruzes.
Instrumentos: Será utilizado um questionário contendo nove perguntas,
sendo composta por sete questões fechadas com base em Darido e Junior
(2002), acrescido de uma questão aberta e uma questão fechada.
Procedimentos: Será entregue um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido após o contato com a unidade escolar, depois de receber os
termos será entregue o questionário.
Plano de análise de dados: Após a coleta dos dados, o mesmo serão
tabulados e analisados e apresentados em forma de gráfico, tabelas e análise.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Gráfico 1 :
Turmas mistas ou separadas nas aulas e como são
compostas no futebol
80%
60%
mistas
40%
20%
separadas
0%
Masculinas/Fem
ininas
Em relação ao gráfico 1 percebemos que 70% meninas dizem que as
turmas nas aulas de educação física são mistas, e 30% delas dizem que as
turmas são separadas.
E quando se fala sobre as equipes no futsal , 30% dizem que as equipes
são formadas somente por elas, e 70% afirmam que as equipes são mistas.
Segundo Teixeira (2007), cabe aos profissionais de educação física, seja
ele treinador ou professor, evitar um modo de selecionar os alunos, ou seja
despertar o desenvolvimento integral dos alunos trabalhando as turmas sem
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divisão de gênero, para uma formação igual para cada individuo,para que a
aula ou a modalidade se torne um lazer.
Por isso é essencial a inclusão de todos os alunos durante as aulas de
educação física independente do sexo, modalidade esportiva ou gênero.
Gráfico 2: Experiência nas aulas de Educação Física e se as meninas
costumam jogar futebol na escola.
90%
80%
Experiência com futebol
70%
60%
Experência com futebol
50%
40%
Meninas costumam jogar
futebol
30%
20%
Meninas costumam jogar
futebol2
10%
0%
sim
não
sim
não
Segundo o gráfico acima 85% das entrevistadas responderam que já
tiveram experiência com futsal em suas aulas, no entanto 15% disseram que
não tiveram a vivencia com o futsal em suas aulas de educação física.
E em relação ao costume de jogar o futsal 70% das alunas disseram que
costumam jogar futsal, 30% delas responderam que não costumam jogar em
suas aulas.
Dacosta (2005), relata que o lazer ou a prática de qualquer esporte é
direito do ser humano, independente do sexo, e assim como vimos no gráfico
acima o número de entrevistadas que costumam jogar e tiveram experiência
como futsal teve um numero maior de respostas, e relata também a diversidade
de cultura do nosso país onde cada região tem um olhar diferente da mulher
que joga o futsal.
Por isso muitas vezes as meninas (alunas) entrevistadas, tiveram algum
receio ou ainda tem, na hora da prática do futsal.
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Gráfico 3 : Ocupação da Quadra fora do horário de educação física
60%
50%
40%
Meninos
30%
Meninas
20%
Igual
10%
Não Usam
Igual
Não Usam
Meninas
Meninos
0%
Quando perguntado sobre a ocupação da quadra fora do horário de
aula, 24% delas disseram que a quadra é ocupada pelos meninos, nenhuma
delas disseram que a quadra não é ocupada por meninas, já 21% delas
disseram que a quadra é usada por ambos os sexos, e 55% disseram que a
quadra não é utilizada fora do horário de aula.
Segundo Mendes (2004), relata que é por causa de uma cultura,onde o
indivíduo nasce, com um estilo de comportamento estabelecido pela
sociedade, independente se ela é uma mulher esportista praticante do futebol,
á uma certa limitação dentro e fora da escola por conta desse paradigma que
se cria desde o inicio da vida da aluna(mulher), com barreiras impostas para tal
prática de um esporte que até hoje é visto como exclusivamente masculino.
Por esse motivo que quando foi comparado o publico que quando tem a
oportunidade de usar a quadra nas horas livres,os e meninos tem a maior
porcentagem comparado com as meninas, ou seja elas por algum motivo
preferem ficar sem praticar o futebol ou usar a quadra.
Gráfico 4 : O Futebol deve fazer parte do programa de suas aulas de
Educação Física e qual o esporte preferido
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120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Conforme as respostas das alunas entrevistadas 98% delas disseram
que o futsal deve , fazer parte do programa de suas aulas de educação física,
já 2% disseram que o futsal não deve fazer parte do programa de atividades
propostas nas aulas.
Quando perguntado sobre o esporte preferido de cada aluna 50% delas
responderam que o Vôlei é seu esporte preferido, 10% responderam o Futsal,
38% Handebol, e 2% optaram pelo basquete como seu esporte referido
Para Lima (2007), a real importância das aulas de educação física, é
proporcionar o bem estar do ser humano, e trabalhar com a melhor forma de
utilizar o organismo, e o utilizar a energia necessária. Conforme a atividade
proposta, sendo ela toda e qualquer modalidade, por isso a importância do
futebol como um instrumento a ser trabalhado, na escola.
E percebemos nas alunas o desejo e prazer de participarem de qualquer
modalidade, sendo ela a preferida ou a que elas menos se identificam,
promovendo o bem estar e uma saúde boa, por conta da atividade física
executadas por elas.
Gráfico 5: Participação nos jogos de Futsal
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60%
50%
40%
30%
Sempre
20%
Quase
sempre
10%
Quase nunca
0%
Nunca
Segundo as alunas quando perguntadas sobre a sua participação nas
aluas de Educação Física nenhuma delas responderam que participam sempre
da aula, 15% delas quase sempre, 55% quase nunca e 30% disseram que
nunca participam das aulas quando o esporte proposto é o futsal.
Já Goellner (2005), relata que há um certo temor, por parte das
mulheres, na hora de praticarem o futsal ou qualquer modalidade onde se é
exclusivamente masculina, pelo receio de como será o olhar da sociedade, e
até do meio escolar pelo restante da sala de aula, e isso pode ser um dos
motivos pela certo medo, e no entanto a maioria das entrevistadas
responderam, que quase nunca participam das aulas de futsal.
Por isso nos dias atuais, ainda em alguns lugares a cultura de gênero,
ainda é grande e por isso o real motivo, de nós os professores em conjunto
com a sociedade diminuir esse ponto de vista e estabelecer a igualdade de
gêneros, no meio que nos cerca.
Gráfico 6: Exposição das escolhas
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90%
80%
70%
60%
Não gostam
50%
40%
30%
Os meninos não
deixam elas jogar
20%
10%
0%
Quando perguntado sobre o real motivo de cada resposta 80% delas disseram
que não gostam do futsal, e 20% das alunas afirmaram que, quando é a hora
de jogar futsal na escola os me meninos não deixam elas participarem
Para Galvão (2002), depende da formação do profissional, para que ele saiba o
modo correto de trabalhar, e assim encontrar estratégias ou métodos como
uma abordagem tradicional para envolver as alunos (a), em suas aulas e
fazendo com que todos gostem e tenham prazer de fazer a atividade proposta.
Como podemos perceber o resultado do gráfico acima, cabe a nós os
professores mudarmos esse pensamento de que futsal é exclusivamente para
os homens, e assim acabar com o preconceito por partes dos meninos, e
despertar o interesse das meninas de jogarem o futsal com mais freqüência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desse trabalho através da pesquisa foi verificar se as meninas
já sofreram ou ainda sofrem algum tipo de preconceito na escola ou em seu
próprio âmbito familiar, pelo motivo delas praticarem o futsal/futebol, e não foi
possível verificar nenhum tipo de preconceito.
Mais sim uma certa rejeição das alunas com o futsal, por alguns motivos
como a falta de vontade, motivação, e acima de tudo o número de alunas que
queiram jogar o futsal nas escolas quando elas têm a oportunidade, esse
número é muito pequeno,e isso faz com que seja impossível jogar o futsal.
E quando se tem um número de alunas que possa executar a
modalidade, os meninos em muitos casos se negam a jogar com elas, não por
conta do preconceito, mais sim para que o professor acabe convencendo as
meninas para que elas deixem a quadra e o local seja dominado somente pelos
alunos (meninos).
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Conclui-se que cabe aos profissionais de educação física estimular,
incentivar e despertar o interesse e o desejo nas alunas de praticarem o futsal
com mais freqüência durante as aulas, e mostrar que o esporte como modo
geral, todos esportes não exclusivamente o futsal, é um direito de todos e
somente depende da vontade de praticá-lo
REFÊRENCIAS
DACOSTA, Lamartine Pereira. Atlas do Esporte no Brasil: Atlas do esporte,
educação física, atividades físicas de saúde e lazer no Brasil. Rio de Janeiro:
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CARGAS FRACIONADAS EM OPÇÃO DE FRANCHISING, UM
SEGMENTO EM ASCENÇÃO REFLETIDO EM UM PLANO DE
NEGÓCIOS
Diogo Gomes da Cruz¹
Paulo Sergio Batista dos Santos²
Thatiane Correa³
Antônio Eduardo Batista
Fernando Souza Cáceres
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
RESUMO
Este artigo, tem como objetivo compreender o estudo realizado no setor de
cargas fracionadas, sob o regime de franquia. Setor de amplo crescimento, que
é atrativo por padronizar as atividades e agregar credibilidade ao
desenvolvimento da atividade. As vantagens disponibilizadas pelo franqueador
são o atrativo para os investidores, que possuem ferramentas e facilitam a
administração e controle com custos reduzidos. O Segmento, que acompanha
a evolução digital do modelo de comércio atual e-commerce, está em destaque
no cenário econômico atual, e já conquistou a credibilidade da maior parte da
população, hoje já é fator determinante na obtenção vantagem competitiva e
representa qualidade na prestação de serviços de entregas e cargas
fracionadas.
Palavras-chaves:Empreendedorismo, Plano de negócios, Cargas Fracionadas
INTRODUÇÃO
_____________________
¹Diogo Gomes da Cruz, Graduando do curso de Administração de Empresas – Faculdade Unida Suzano
(UNISUZ)
E-MAIL: [email protected]
² Paulo Sergio Batista dos Santos, Graduando do curso de Administração de Empresas – Faculdade
Unida Suzano (UNISUZ)
E-MAIL: [email protected]
³Thatiane Correa, Graduando do curso de Administração de Empresas – Faculdade Unida Suzano
(UNISUZ)
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E-MAIL: [email protected]
O objetivo proposto no plano de negócio é de auferir a viabilidade financeira da
instalação de uma franquia da empresa GOLLOG na cidade de Suzano, para
traçar e delimitar custos de investimento, e para cativar o mercado de coletas
de cargas fracionadas da Franqueada GOLLOG.
O planejamento é uma ferramenta administrativa que possibilita
perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial
futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo
ao que o planejamento se destina. Trata-se de um processo de
deliberação abstrato e explicito que escolhe e organiza ações,
antecipando os resultados esperados. Essa deliberação busca
alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos.
(CHIAVENATO, 2004, p. 101)
Realizou-se o plano, de acordo com os conceitos das melhores práticas
aplicadas na administração moderna fundamentadas e estudadas pelos
grandes administradores e mestres compreendidos no curso de administração
da Faculdade Unida Suzano,
objetivando acompanhar o segmento em
ascensão de e-commerce atuando como parceiro em cargas fracionadas, o
plano estuda a cidade de Suzano por possuir um grande parque industrial e
empresas de grande projeção de crescimento, que hoje necessitam de serviços
qualificados de entrega, para garantir a fidelização de seus clientes, em um
cenário de grande concorrência o diferencial é com certeza a credibilidade e a
qualidade dos serviços prestados ao cliente.
Para Kirzner (1973) apud Dornelas (2008, p. 22) O empreendedor é aquele que
cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente
de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente.
O mercado de Franquias é a opção escolhida para inserção do plano por
oferecer vantagens como por exemplo a credibilidade da marca, ferramentas
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de apoio para administração e para adequação de recursos humanos como
sistemas, servidores e profissionais de TI especializados, além da grande
redução de custos, uma vantagem competitiva quetorna o empreendimento
atrativo e singular.
METODOLOGIA
Para Lakatos e Marconi (1991, p. 188) “Pesquisas de campo é aquela utilizada
com objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um
problema, para qual se procura uma resposta”. A metodologia utilizada para a
consecução do provisionamento de demanda foi realizada a partir das
pesquisas realizadas em campo (exploratória), em visita a GOLLOG no
aeroporto internacional de Guarulhos, em entrevistas realizadas com
colaboradores da empresa de maneira informal. Lakatos e Marconi (1991, p.
174) diz que “toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas
fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas empregadas”. Foram
analisados cenários econômicos, mercado e economia de acordo com as
pesquisas veiculadas na mídia, entre os canais destacam-se jornais, revistas e
sites. Também foram observados especialistas em micro empreendimentos e
levamos em conta pesquisas disponíveis pela ABF (Associação Brasileira de
Franchising), porém o material fornecido para o projeto pelo franqueador nos
traz informações sobre a empresa em si, e seu fluxo estimado, que foi o
balizador de todo o projeto. Os autores (1991) descreve que a pesquisa
bibliográfica engloba toda a bibliografia que já foi publicada para o tema de
estudo, no qual foi utilizado livros de autores que ofereceram meios para
conclusões inovadoras.
DESENVOLVIMENTO
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O setor de franquias cresceu 11,9% e faturou R$115 bilhões em 2013, segundo
ABF (Associação Brasileira de Franchising). O Franchising ultrapassou a marca
de um milhão de empregos diretos e formais, inaugurou quase 10 mil novos
pontos de venda.
A Associação Brasileira de Franchising anunciou os números consolidados
sobre o desempenho das redes de franquia que atuam no País, referentes ao
ano de 2013. Anualmente, a entidade pesquisa o setor com o intuito de
subsidiar os empresários em suas decisões de negócio. Os dados divulgados
pela ABF balizam o setor e são utilizados pelo mercado, instituições
financeiras, governo e entidades internacionais. Para levantar e prover os
dados oficiais do franchising, a ABF conta com uma empresa especializada e
isenta, responsável pelo levantamento dos dados e análise técnicas dos
mesmos.
O faturamento total do setor atingiu R$ 115 bilhões no ano de 2013, o que
representa um crescimento de 11,9% em relação ao ano de 2012. Mais uma
vez, o franchising brasileiro obtém um desempenho positivo, diversas vezes
superior ao PIB nacional, que neste período cresceu 2,3%, segundo os dados
divulgados recentemente pelo IBGE.
A fim de auxiliar a compreensão de forma breve e objetiva carga fracionada, é
denominada ao tipo que ocupa apenas uma parte ou fração do espaço
disponível no meio de transporte.A carga fracionada tem o objetivo de reunir,
muitas vezes, produtos de localidades diferentes e produtos diversos, tendo
cada destino final seu prazo de entrega.
De acordo com projeções da Infraero, a demanda pelo transporte aéreo de cargas
deve crescer quase 3 vezes até 2017, alcançando 3,4 milhões de toneladas e para
dar apoio ao crescimento, o plano de investimento da infraero para os próximos
anos prevê R$ 300 milhões em recursos até 2015 na melhoria das condições de
logística de cargas aérea.
Segundo a Infraero, Nos últimos 5 anos, demonstram crescimento médio em
torno de 9,7% na movimentação de carga aérea e os investimentos previstos dão
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conta da demanda estimada à movimentação aérea de cargas, advindas a Copa
do Mundo e as Olimpíadas de 2016 no Brasil.
Setor econômico aquecido por vendas de produtos pela internet, o mercado
virtual tem ganhado cada vez mais credibilidade e confiança dos consumidores
brasileiros, e com as alterações que veem sendo realizado nas legislações em
favor do consumidor, este mercado tende a se consolidar. Para a conclusão das
vendas as empresas necessitam de transportes ágeis, confiáveis e pontuais para
concluir as vendas de seus produtos, uma vez que estará diretamente vinculado a
imagem de sua empresa levando a credibilidade do negócio diretamente a prova
perante os seus clientes.
Segundo pesquisa do IBOPE, já são 70,9 milhões de brasileiros com acesso à
Internet no país, mostrando grande evolução e crescimento das classes C e D.
Em 2012 o faturamento de vendas de e-commerce nacional foi de R$ 24
milhões.
Através do estudo de Porter, concluiu-se as 5 principais análises quedevem ser
consideradaspara o estudo de viabilidade financeira de um empreendimento,
estas denominadas por Porter como:as 5 forças de Porter; são elas: Ameaças de
novos entrantes, Poder de barganha de fornecedores, Poder de negociação dos
compradores, Ameaças de produtos/serviços substitutos, Rivalidade entre os
concorrentes.
Para análise da ameaça de novos entrantes, destaca-se as empresas já
existentes com nome no mercado, tornando-se um mercado restrito,
dificultando para estas novas empresas, pois o serviço de entregas rápidas
estão muitas vezes vinculadas as empresas de grande porte e conhecida no
mercado, uma vez que a credibilidade e confiança é o ponto mais analisado na
escolha para se firmar essa parceria, tornando-se assim também uma barreira
para a entrada de novos concorrentes.
De acordo com Porter (2004, p.26) “Os compradores competem com a
indústria forçando os preços para baixo, barganhando por melhor qualidade ou
mais serviços e jogando os concorrentes uns contra os outros.”
Conforme o aumento do cenário, a procura pelo tipo de serviço é grande, e a
procura pelos serviços necessitam de urgência em suas entregas, assim
facilitando a força de negociação de uma empresa consolidada, com a
confiabilidade e pontualidade da GOLLOG.
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Segundo Porter (2004, p.28), “Os fornecedores podem exercer poder de
negociação sobre os participantes de uma indústria ameaçando e elevar os
preços ou reduzir a qualidade dos bens e serviços fornecidos”.No plano de
negócios de franchising o franqueado GOLLOG possui a assistência do
franqueador que viabiliza negociações mais rentáveis em adquirir suprimentos
com fornecedores a preços mais atrativos do que os praticados no mercado
comum.
Porter (2004, p. 18) “Afirma que a rivalidade ocorre porque um ou mais
concorrentes sentem-se pressionados ou percebem a oportunidade de
melhorar sua posição”.No setor que a empresa irá atuar, o transporte de
encomendas expressas, visamos a agilidade, prazo, sendo seu principal
transporte aéreo, neste sentido, as empresas de transportes rodoviário podem
substituir este serviço, porém com restrições de entrega devido a distância e
tempo.
Visando atuar em um mercado crescente, a Franquia GOLLOG utilizará a
estratégia enfoque na diferenciação, por se tratar de um serviço específico de
encomendas expressas, com a proposta de satisfazer cada cliente suprindo
suas necessidades, focamos em ser líder em qualidade nas prestações de
serviço de transporte de cargas expressa.
Para obter um bom desempenho de marketing dentro da organização, é
necessária uma boa administração, no qual faça o consumidor um elo
importante dessa corrente. Para Crocco (2010, p.6), “Por tanto marketing pode
ser entendido como o processo de dinamização e intensificação das trocas
entre pessoas e organizações, com o objetivo de alcançar a satisfação
recíproca de consumidor e produtor”.
Por se tratar de uma rede de franquias de transporte de encomendas
expressas, as estratégias de preços e divulgação da marca da empresa são
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realizadas pelo franqueador. Dentro do projeto o objetivo é alcançar a
fidelidade de clientes e cativar novos com a qualidade da prestação de serviço,
desta forma o projeto já possui base sólida de marketing sem custos adicionais
ao franqueado. A franquia, por estar consolidada já possui a credibilidade da
marca atribuída, o que garante um retorno satisfatório e por si só já possui um
crescimento
flutuante
em
maior
proporção
que
os
empreendimentos
individuais.
De acordo com Gitman (2002, p. 327) “Os períodos de payback são geralmente
usados como critério para a avaliação de investimentos propostos.” Podendo
classificar que o período de payback é um tempo exato para que a organização
consiga obter a recuperação ou retorno do seu capital investido por meio das
entradas e saídas de caixas.
Se tratando do VPL (Valor presente líquido), Gitman afirma (2002, p. 329) “que
é explicitamente o valor do dinheiro no tempo, o valor presente líquido é
considerado uma técnica sofisticada de análise de orçamentos de capital”. Com
base em estudos financeiro realizados, foi constatado que quando o VPL atinge
um valor acima de zero é considerado um projeto viável.
Segundo Gitman (2002, p. 330) “A taxa interna de retorno, apesar de ser
consideravelmente mais difícil de calcular a mão do que o VPL, é
possivelmente a técnica sofisticada mais usada para a avaliação de alterativas
de investimentos”. Por meio de pesquisas foi alcançado na planilha financeira
do plano de negócios Franquia GOLLOG, uma TIR 41,1%, no qual se
deparando com a TMA estipulada que é de 20%, conseguindo arcar com seus
custos e também o retorno esperado.
CONCLUSÃO
Por meio de pesquisas realizadas neste artigo, foi adquirido o embasamento
esperado para conclusão do objetivo inicial, mostrando o poder econômico do
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setor de franquias no Brasil, que veem crescendo a cada ano. O estudo
realizado
trouxe
uma
visão
mais
abrangente
na
compreensão
de
empreendedorismo.
O estudo realizado no setor de transporte de cargas expressas, apresenta um
grande potencial, devido ao crescimento do setor logístico e poder aquisitivo de
Suzano e região.Por tanto, após pesquisas realizadas para consecução do
plano de negócio, foram adquiridos conhecimentos em todas as áreas
relacionadas ao curso, que foram importantes para a realização do plano de
negócio GOLLOG.
Através da metodologia, o estudo de pesquisa de campo trouxe a visão mais
abrangente do plano de negócio Franquia GOLLOG, informações sobre a
empresa em si, seu fluxo estimado e mercado de atuação.
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em:
<http://www.fiesp.com.br/noticias/brasil-tem-condicao-de-crescer-35-em-
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<http://www.e-smart.com.br/blog/ecommerce-no-brasil-deve-crescer-35-em2013/>. Acesso em 28de Dezembro de 2013.
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disponível
em:<http://www.expofranchising.com.br/canal/?franchising-no-brasil/5371/osetor-de-franchising>.Acesso 25 de Setembro de 2014.
Gestão
integrada
de
redes
de
franquia,
disponível
em:
<http://www.aedb.br/seget/artigos08/278_Gestao_Integrada_de_Redes_de_Fra
nquias_-_Artigo_Submetido_SEGeT.pdf>. Acesso em 04 Abril de 2014.
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Logística
deve
alcançar
22%
do
PIB
em
2018,
disponível
em:<http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/logistica-deve-alcancar-22-do-pibem-2018-no-brasil_136671.html>. Acesso em 2 de Março de 2014.
Transporte aéreo, disponível em:<http://dglogtransportes.com.br/blog/?p=21>.
Acesso em 28 de Fevereiro de 2014.
CHIAVENATO,
Idalberto.
Gestão de Pessoas:
O
novo
papel
dos
recursoshumanos nas organizações. Rio de Janeiro:ed. Elsevier, 2004.
CROCCO, Luciano; GIOIA, Ricardo M; TELLES, Renato; ROCHA, Thelma,
STREHLAU, Vivian I. Fundamentos de marketing conceitosbásicos Vol. 1.
São Paulo: ed. Saraiva, 2010.
DORNELAS, Jose C. A. Empreendedorismo: Transformando ideias
emnegócios. Rio de Janeiro: ed. Elsevier, 2008.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo:
ed. Harbra, 2002.
LAKATOS, Eva M; MARCONI, Marina A. Fundamentos de metodologia
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PORTER, M. E. Estratégia competitiva: Técnicas para análise de
industrias e daconcorrência. 2 Ed. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2004.
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DANÇA EDUCATIVA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO INFANTIL.
GABRIELA CARRARA ROCHA – [email protected]
MARILENE FERREIRA DE LIMA OLIVEIRA - [email protected]
FACULDADE UNIDA DE SUZANO
RESUMO
A ideia para este estudo é de analisar se a dança educativa contribui para o
desenvolvimento da coordenação motora geral e no espaço temporal da
criança incluída nas aulas de educação física. Para isso foi realizado dois
testes o primeiro do caminhar e o segundo do pé manco, feito com crianças de
6 á 7 anos, onde dez alunos tem aula de dança como conteúdo escolar e os
outros dez não tem aulas de dança para analisar e diferenciar a coordenação
motora geral e o espaço temporal dos alunos. Os resultados foram notórios
quanto as diferenças de coordenação motora dos alunos que tem aulas de
dança e os que não tem, em base os alunos conseguiram alcançar o objetivo
da pesquisa porem percebemos que as aulas de dança deveriam ser
praticadas por mais vezes, pois em relação aos alunos notamos que pode-se
trabalhar mais as habilidades motoras.
Palavras- chaves: dança educativa; desenvolvimento infantil; conteúdo
escolar.
Podemos adaptar a dança ao meio educativo para contribuição do
desenvolvimento motor da criança. O professor que tem a dança como
conteúdo pode influenciar a criança a imitações de gestos, fazendo com que o
mesmo tenha o primeiro contato com os movimentos rítmicos e com seu
próprio corpo.
Para Godoy e Antunes (2010) quando compreendemos a necessidade
da dança no âmbito educacional e na sua formação de sujeito critico, cultural e
ético, percebemos o quanto é importante que a dança seja conteúdo
indispensável nas aulas de educação física na pré escola, podendo-se
trabalhar a ética e os valores humanos da sociedade, deixando com que o
aluno tenha espaço para colocar em pratica sua imaginação, respeitando o
espaço do outro e mantendo-se mais próximo da sociedade. Pode ser um
conteúdo de aprendizagem do próprio corpo e do ambiente em que vivemos, o
trabalho com o corpo possibilita o conhecimento de si e do outro, como
conhecer os limites e a expansão do ser humano.
Sendo o movimento uma forma de expressão e comunicação do aluno,
faz-se necessário desenvolver o pensar em termos de movimento, a busca
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pelo método de dança, até então desenvolvendo uma aprendizagem que
mostre algumas formas de se trabalhar o que se faz; como se faz; e o que
poderia ser feito com movimentos corporais, junto aos fatores que envolvem o
movimento.
Segundo Nanni (2008, p. 168) “A dança é a linguagem do corpo, às
vezes mais adequada do que a linguagem verbal para informar sobre as
atitudes e emoções de uma pessoa”. Como podemos perceber a dança na
perspectiva educacional defende um ensino mais criativo dos conteúdos da
dança, incentivando a comunicação pelo espontâneo de cada movimento, ou
seja, expressar-se criativamente pelo movimento. Desta forma, a dança acaba
proporcionando a criança um conhecimento sobre o próprio corpo, seus limites
e suas percepções.
Como pontuado por Strazzacappa (2001) O professor pode trabalhar
várias culturas diante da dança, como, diferenças entre gêneros que envolvem
meninos e meninas que têm comportamentos diferentes onde podem ser
facilmente notados e trabalhados por meio da dança, domínio corporal e o
ritmo onde existe um domínio lógico de espaço temporal, dominando assim os
ritmos, passos e tempos. As diversidades culturais e os variados estilos de
região para região, variam bastante, pois na cultura brasileira existem várias
culturas regionais que são formadas de acordo com o modo de vida de seus
habitantes.
A dança pedagógica no âmbito educativo ensina tanto quanto os
esportes, jogos e brincadeiras, esta ligada à estética e a valores pedagógicos,
podendo trabalhar não apenas com o movimento, mas com sensações e
sentimentos de aprendizagem. É um forte estímulo de percepções sensoriais,
ritmo, sonoridade, visão e expressão, são capacidades levadas ao extremo
nessa prática corpórea.
Ainda como Strazzacappa (2001) acredita-se que pesquisar sobre a
dança, pode contribuir com informações importantes na implantação de
programas de atividades rítmicas ou dança nas aulas de Educação Física a fim
de auxiliar os alunos no seu desenvolvimento motor ou detectar defasagens
motoras presente neles. A dança remete a sensações de prazer e alegria,
proporcionando de uma forma lúdica a criatividade e espontaneidade, abrindo
espaço a sensações rítmicas, que é uma de nossas experiências mais
primitivas.
Com isso torna-se um conteúdo que auxilia no aprendizado do próprio
corpo e do ambiente em que vivemos, a inclusão da dança nas aulas de
educação física na pré escola são essenciais, trazendo aos alunos o
conhecimento do próprio corpo, ritmo, coordenação motora, espaço- temporal e
uma infinidade de melhorias em seu desenvolvimento.
Assim como Londero (2011) Ainda tratando-se de ritmo e
desenvolvimento temporal, podemos colocar em foco as danças como forma
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de experiência com o corpo promovendo o reconhecimento do ritmo, onde é
gerada a comunicação com o corpo, sendo devidamente motivado e sempre
compreendendo a intenção dos movimentos. Unindo à música aos movimentos
permitimos a maior compreensão da dança e das expressões corporais,
fazendo com que haja a contextualização do movimento, colaborando na
definição dos objetivos e no cumprimento das metas estabelecidas para a
atividade.
A partir de tudo que foi citado, percebemos que a dança é um conteúdo
muito valioso para o ensino da aprendizagem infantil, porém segundo Marques
(2012), no Brasil encontramos muitos preconceitos em relação à dança,
preconceitos esses que acabam afetando na formação do professor. Na grande
maioria dos casos, os professores não sabem exatamente o que, como ou ate
mesmo porque ensinar a dança na escola. Uma das informações mais valiosas
atualmente é tirar o aluno das quatro paredes da sala e leva-lo a sentir, ouvir,
perceber entre outros sentimentos dentro do meio ambiente, conscientizá-lo
que ele pode cuidar do mundo em que vive e pode também ter o contato da
dança juntamente.
O professor de educação física que aplica a dança em suas aulas não
precisa demonstrar amplo domínio de estilos e técnicas de dança, mas, sua
principal dificuldade devera ser para lidar com o preconceito dos alunos.
Portanto, os aluno que tem vivencia dês da pré escola, fazendo com que a
dança seja compreendida como uma modalidade comum.
De acordo com Nanni (2008) o processo de ensino aprendizagem da
dança educação permitira o desenvolvimento da criatividade, onde o professor
devera dar estímulos ao aluno para que possa ampliar suas expressões
corporais e o aluno por sua vez explorar suas capacidades , criatividades
fazendo com que haja uma melhor absorção do conteúdo.
Os alunos que tem como conteúdo as aulas de dança na escola tem
uma visão diferenciada de sociedade, podendo compreender melhor culturas
diferentes. Alem disso esse conteúdo nas aulas melhora a capacidade física do
aluno, a coordenação motora geral, amplia o conhecimento de cultura, novas
experiências com diversas regiões e desenvolve a habilidade espaço temporal.
METODO
Este trabalho foi realizado através de uma pesquisa de campo que para
Lakatos (2007) é utilizada com o objetivo de adquirir as informações e os
conhecimentos dentro de um problema que se procura a resposta, ou ate
mesmo algumas hipóteses onde queira chegar a uma resposta comprovada de
algo, e ainda descobrir novos fenômenos e as relações que se tem entre eles.
Foi composta por 20 alunos, de uma escola Municipal da cidade de
Itaquaquecetuba, sendo 10 alunos que tem e participam da dança como
conteúdo escolar e 10 que não tem e/ou não participaram das aulas de dança.
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Todos os indivíduos da amostra têm entre seis e sete anos, foi utilizado o teste
de coordenação motora global, de Rosa Neto, (2002).
No primeiro momento foram realizado um contato com a direção da
escola para a autorização da pesquisa de campo na U.E, entregamos o termo
de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para os alunos, onde o
responsável tiveram que autorizar a participação do aluno na pesquisa.
Aplicamos o primeiro teste realizado sobre uma linha reta de 2 metros,
onde os alunos deveriam andar com os olhos abertos, posicionando
alternadamente o calcanhar de um pé contra a ponta do outro, após o segundo
teste onde o aluno com os olhos abertos, saltou ao longo de uma distância de 5
metros com a perna esquerda, a direita flexionada em ângulo reto com o
joelho, os braços relaxados ao longo do corpo. Após um descanso de 30
segundos, o mesmo exercício com a outra perna.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
TESTE COM ALUNOS QUE TEM AULAS DE DANÇA
Grafico 1 –TESTE DO CAMINHAR
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Alunos que
acertaram
Alunos que erraram
Em relação ao grafico 1 notamos que os alunos que tem dança como
conteudo escolar 20% se afastaram da linha e 80% não se afastaram da linha.
JÁ em relação aos balanceios, 30% dos alunos não fizeram o balanceio e
70% fizaram de acordo com o teste. Dentre os que afastaram um pé do outro
30% afastaram e 70% manteram os pé unidos. Os alunos que tiveram uma
execução ruim foram de 20% e 80% tiveram a execução boa.
Segundo Bertazzo (2004), como o ser humano não nasce pronto, seu
aparelho locomotor tambem não e então é preciso uma grande influencia nas
experiencias para que estimule seu aparelho locomotor a funcionadade junto
ao aparelho neurologico.
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A dança é uma influencia para o aparelho locomotor, com isso podemos
observar que os alunos que tem dança na escola tem um bom
desenvolvimento em relação a corpo por influencia da musica, porem isso
precisa ser bem mais trabalhado.
Grafico 2-TESTE DO PÉ MANCO
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Alunos que acertaram
Alunos que erraram
Em relação ao gráfico 2 feito com os alunos que tem dança como
conteúdo escolar podemos observar que em relação ao distanciar-se da linha
mais de 50cm 90% dos alunos acertaram e 10% erraram distanciando –se
mais de 50cm. Sobre o teste tocar a outra perna no chão 60% dos alunos
encostaram o pé e 40% não encostaram o pé no chão. Em relação aos
balanceios dos braços 80% balançaram os braços e 20% não balançaram.
Quanto a execução dos alunos 70% tiveram uma execução boa e 30% uma
execução ruim.
Para Ferreira (2005) ao se trabalhar o ritmo paralelamente desenvolvese um conjunto de outras capacidades, como flexibilidade, velocidade,
resistência e principalmente a coordenação e equilíbrio sendo isso o que ajuda
a criança na descoberta de seu próprio corpo.
Podemos concluir através deste teste do pé manco que talvez as aulas
de dança dos alunos deveriam ser continuamente, pois podemos notar que as
crianças não desenvolveram algumas capacidades físicas, e que necessitam
ser trabalhadas mais.
TESTE DOS ALUNOS QUE NÃO TEM AULA DE DANÇA
Grafico 3-TESTE DO CAMINHAR
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90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Alunos que
acertaram
Alunos que
erraram
Em relação ao grafico 3 feito o teste do caminhar com alunos que não
tem a dança como conteudo escolar, notamos que ao afastar-se da linha 70%
afastaram-se e 30% não afastaram. Em relção ao balanceio 80% fizeram o
balanceio e 20% não tiveram o balanceio do corpo. 70% dos alunos afastaram
um pé do outro e 30% não afastaram.Em relação a execução ruim e 40%
fizeram com que a execução saísse boa.
Para Gonçalves (2004) a construção do esquema corporal se da apartir
da maturação neurologica da evolução sensorio-motora e da relação com o
corpo do outro. Sendo o movimento uma resposta mucular a estimulaçao
sensorial, levando em consideração a informação motora.
Podemos perceber que o aluno recebe diversos tipos de estimulações
em relaçao a coordenação motora, porem esses estimulos podem ser os de
dança ou os de qualquer outra atividade. Como observamos o grafico 3 os
alunos que não tem a dança como conteudo escolar, não deixa de ser
estimulada por outras atividades, mesmo não sendo esta uma das melhores
execuções.
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Grafico 4-TESTE DO PÉ MANCO
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Alunos que
acertaram
Alunos que
erraram
Em relação ao gráfico 4 realizado o teste do pé manco, com alunos que
não tem a dança como conteúdo, notamos que 20% dos alunos distanciaramse da linha mais de 50cm e 80% não. Em relação ao tocar uma perna ao chão
60% tocaram o pé ao chão e 40% não tocaram no chão. Quanto aos
balanceios 70% tiveram o balanceio do corpo e 30% não tiveram o
balanceio.Quanto a execução ruim 60% tiveram uma ruim execução e 40%
tiveram uma boa execução.
Segundo Levine (2003) diversos fatores influenciam no desenvolvimento
de cada criança. Sendo alguns fatores mutáveis que podem ser modificados
pelos pais e educadores, há outros que são fixos e que, portanto, estão além
do controle humano. Como exemplo, a herança genética que a criança recebe
dos pais, apesar de todos os avanços científicos dos últimos tempos, ainda não
pode ser alterada. Querendo ou não, há certas características dos pais (como a
facilidade para aprender línguas estrangeiras ou a aptidão especial para jogar
futebol) que também são transmitidas aos seus filhos.
Alem das habilidades e competências realizadas em sala de aula o
aluno ainda tem potencialidade da genética onde alguns pontos do
desenvolvimento podem ser notórios, mesmo que este não tenha aula de
dança, como observamos no gráfico 4 onde tiveram erros, mas a pratica que
quase igualou se a dos alunos que tem a dança como conteúdo.
Podemos perceber que os testes mostraram algumas diferenças entre
as turmas que tem a dança como conteúdo escolar e as que não têm, os
alunos que tem dança como conteúdo é notório uma melhor capacidade
corporal e ate mesmo quanto a concentração, porem ainda não é o suficiente
para que o aluno desenvolva suas capacidades físicas. Quanto aos alunos que
não tem dança como conteúdo escolar, suas execuções não foi de todo ruim,
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mas notamos que esses precisão sim ter a dança como conteúdo para um
melhor desenvolvimento da coordenação, do equilíbrio e da noção espaço
temporal, sendo esses os nossos objetivos trabalhados neste trabalho.
Alguns dos alunos foram melhores na execução dos movimentos ate
mesmo pelo fato de participar de atividades esportistas fora da escola,
trabalhado assim cada vez mais suas capacidades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o meu trabalho pude notar o tamanho da importância da dança
para o desenvolvimento do corpo e das habilidades motoras, o quanto é
necessário que a criança tenha as aulas de dança para trabalhar e ate mesmo
descobrir ainda aquilo que ela não sabe, na dança alem da sua importância
para o corpo ainda é uma ótima opção para a mente, para o respeito e o
entendimento das culturas e manifestações que ainda não conhecemos.
Quanto ao teste pude notar as dificuldades das crianças que não tem a
dança como conteúdo escolar, sendo este talvez o fator que impediu uma
melhor execução dos mesmos. Para os alunos que tem dança como conteúdo
escolar o espaço temporal, o equilíbrio e principalmente a concentração
mostraram- se presentes nos alunos, mesmo que nos testes os alunos não
atingiram o 100% do que precisávamos deles porem as diferenças foi notórias.
Concluímos que as aulas de dança contribuem muito no
desenvolvimento motor da criança, abrangendo a coordenação motora geral e
o espaço- temporal, dentre outras habilidades, porem precisamos de mais
estudos como este para conseguirmos chegar totalmente ao nosso objetivo
final, sem falar que é necessário e de suma importância que as aulas de dança
sejam mais presentes e continuas na vida do aluno para que este desenvolva
melhor suas habilidades motoras e seja bem mais estimulado.
BERTAZZO, Ivaldo, Espaço e corpo: guia de reeducação do movimento.
São
Paulo: SESC, 2004.
FERREIRA, Vanja. Dança escolar: um novo ritmo para a Educação
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ESCALADA INDOOR NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO
CONTRIBUIÇÃO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR NO ENSINO
FUNDAMENTAL ll
Marcelo Rodrigues, e-mail - [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira, email - [email protected]
Claudio Borges Castro, e-mail – [email protected]
Faculdade Unida de Suzano
UNISUZ/UNIESP
Resumo
Nas aulas de Educação Física, percebemos que os esportes convencionais
predominam em sua grande massa, deixando de lado outras atividades e
privando os alunos de novas experiências essas quais até mesmo de outras
culturas e muitas vezes proposto nos Parâmetros Curricular Nacional (PCN),
atividades quais também têm de grande contribuição para o desenvolvimento
de crianças no âmbito escolar. O objetivo desta pesquisa é de verificar se a
escalada pode contribuir na motricidade global em escolares do ensino
fundamental ll. Na pesquisa foi aplicada a metodologia de campo e o manual
de avaliação motora de Rosa Neto. A amostra foi constituída por 20 crianças
com 11 anos de idade, do sexo masculino, sendo 10 de uma escola com
parede de escalada e 10 de uma escola que não tem parede de escalada. Ao
analisar os resultados da pesquisa para motricidade global as crianças que tem
contato com a parede de escalada nas aulas de Educação Física estão dentro
do padrão, enquanto as crianças que não tem contato com a parede de
escalada nas aulas de Educação Física tiveram um rendimento abaixo do
padrão. Diante deste dado pode-se concluir que a escalada é uma fonte de
recurso pedagógico para a escola. Portanto é de suma importância o professor
de Educação Física aplicar a escalada em suas aulas para que os alunos
tenham essa vivência com um esporte de outra cultura.
Palavras chaves: Motricidade; Escola; Escalada.
INTRODUÇÃO
Ao trabalhar na escola da família e estagiar em algumas escolas tanto
prefeitura, como estado, tive a oportunidade de observar que as modalidades
convencionais são predominantes em todos os ambientes.
Com a vivência na escalada no âmbito universitário e algumas escaladas
por vivência própria nasceu o interesse de levar algo não convencional como
conteúdo para as aulas de educação física.
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Para os alunos a escalada traz novas vivências, por ser um esporte não
convencional e de outra cultura, onde pode contribuir diretamente no
desenvolvimento motor do individuo tornando-o um ser mais bem relacionado
na sociedade e apto para realizar seus afazeres do cotidiano.
Para Antunes, (1998), muros artificiais são fontes de recursos
pedagógicos para a escola, eles proporcionam uma vivencia para as crianças e
os adolescentes que transcende os domínios corporais e envolve as relações
intra e interpessoal como o conceito de superação, autoconfiança,
concentração. O espaço da escalada também favorece as relações
multidisciplinares no que diz respeito à ligação direta com as disciplinas
curriculares, ocorre o fato de o aluno fazer a segurança do outro encanto seu
colega esta na via sua atenção e seu comprometimento esta sendo estimulado
a todo tempo.
Com o aumento de praticantes de escalada e com forte divulgação na
mídia, as crianças estão sendo atraídas para esse esporte é relevante o
professor de educação física ter no mínimo o brevê conhecimento no assunto
para não privar seu aluno de uma nova vivência tanto motora como cultural.
Segundo Velasco (1994). O educador deve ser um profundo conhecedor
do desenvolvimento da criança. Deve ter sensibilidade para reconhecer as
etapas ou fases pelas quais seus alunos vão passar e entender o
comportamento da cada um. Assim, pode oferecer condições para a criança se
reconhecer e se relacionar com os objetivos e as pessoas que convive e, assim
integrar-se ao mundo.
Souza, (2001), afirma que a escalada é a atividade motora que estimula
a tomada de decisão e resolução de problemas e que melhor apresenta a
manifestação da inteligência corporal na educação física, a escalada indoor se
caracteriza como atividade privilegiada, em situações problema, nas quais há
predominante exigência motora, gerando desequilíbrios no comportamento
motor e estimulando os alunos a criarem formas de solucionar problemas e
estabelecer relações com experiências já realizadas.
Diante disto, este trabalho propõe-se a investigar se a Escalada, atividade
tida como não convencional, ou seja, enquadrada dentro dos esportes
alternativos, proposto pelo currículo universitário, pode contribuir na
motricidade global em escolares do ensino fundamental II.
MÉTODO
Segundo Marconi; Lakatos (2010) pesquisa de campo é aquela utilizada
com o objetivo de conseguir informação e/ou conhecimentos acerca de um
problema, para qual se procura uma resposta, ou de hipótese, que se queria
comprovar, ou, ainda descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
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Amostra: Foi composta por 20 alunos, de duas escolas do Municipal da cidade
de Suzano, sendo 10 alunos que tiveram e participaram da atividade de
escalada como conteúdo escolar e 10 que não tiveram e/ou não participaram
das aulas de escalada. Todos os indivíduos da amostra têm entre 11 anos do
sexo masculino.
Instrumento: Este trabalho teve o direcionamento do teste de coordenação
motora, considerando o teste aplicado por Rosa Neto, no manual de avaliação
motora (2002).
Procedimento: Primeiramente foi feito contato com a direção das escolas,
após foi entregue o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para
que os pais dos alunos assinassem a autorização para que o aluno pudesse
participar da pesquisa.
Teste motricidade global: Saltar sobre a cadeira:
Saltar sobre uma cadeira de 45cm a 50cm com uma distância de 50cm da
mesma. O encosto será sustentado pelo examinador. Erros: perder o equilíbrio
e cair, agarrar-se no encosto da cadeira. Tentativas: três.
Plano de analise: Após a coleta de dados, os resultados serão apresentados
como forma de tabela.
Resultado e discussão
Tabela 1- Teste de Motricidade Global dos alunos não praticantes de escalada
Saltar sobre uma cadeira 45cm a 50cm em uma distancia de 50cm da mesma
Sujeitos
Tentativa
01
S1
S2
S3
S4
S5
S6
S7
S8
S9
S10
Tentativa
02
E
NE
NE
NE
E
NE
NE
E
NE
NE
Tentativa
Total
E
NE
NE
E
E
NE
NE
NE
NE
NE
E
NE
NE
NE
E
NE
NE
E
NE
NE
03
E
NE
NE
NE
E
NE
NE
E
E
NE
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NE= Não executou
E= Executou
Em relação aos sujeitos 70% não executaram o salto sobre uma cadeira
nas três tentativas, e 30% executaram o teste.
De acordo com Rosa Neto (2002), no teste de motricidade global alunos de
11 anos de idade deveriam estar aptos para fazer o salto sobre uma cadeira de
45 a 50 centímetros de altura e 50 centímetros de distancia.
Nessa primeira tabela aponta-se um quadro negativo de êxito na execução
do teste onde alunos não tiveram nenhum contato com paredes de escalada
nas aulas de Educação Física, e sua grande maioria de participantes desta
pesquisa não conseguiu executar a tarefa.
Para Pereira, (2007), as técnicas de escalada são criadas para trazer maior
equilíbrio, poupar gasto energético e menor esforço, essas técnicas foram
sendo desenvolvidas para facilitar as mudanças de direções, as posições nas
diversas inclinações e diminuindo o esforço exercido nas pontas dos dedos de
apoio em cada situação.
Percebemos que a escalada pode vir a colaborar diretamente no
desenvolvimento motor das crianças do ensino fundamental ll, pois suas
técnicas são criadas para desenvolver melhor o equilíbrio e facilitar mudanças
de direções.
De acordo com Dante de Rose JR, (2009), crianças de mesma idade
podem estar em estágios maturacionais muito distinto, maturação referem-se
ás sucessivas alterações estruturais e funcionais que nos ocorrem diferentes
tecidos e órgãos do corpo até se atingir um estágio ou forma final, adulta ou
madura.
Por tanto percebemos que algumas crianças têm suas tomadas de
decisões mais afloradas do que as outros. Quanto mais rico seu repertorio de
atividades melhor será seu desenvolvimento motor.
Tabela 2- Teste de Motricidade Global dos alunos praticantes de escalada
Saltar sobre uma cadeira 45cm a 50cm em uma distancia de 50cm da mesma.
Sujeitos
Tentativa
01
S1
S2
S3
S4
Tentativa
02
E
E
E
E
Tentativa
Total
E
E
E
E
E
E
E
E
03
E
E
E
E
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S5
S6
S7
S8
S9
S10
E
E
NE
NE
E
E
E
E
NE
NE
E
E
E
E
E
NE
E
E
E
E
NE
NE
E
E
NE= Não executou
E= Executou
Em relação aos sujeitos 80% executaram o salto sobre uma cadeira nas
três tentativas, e 20% não executaram o teste.
De acordo com Parâmetros Curriculares Nacional, (2000), o conhecimento
e o controle do corpo permitem que os alunos do segundo ciclo comecem a
monitorar seu desempenho, adequando o grau de exigência e dificuldades de
algumas tarefas, podem também pela percepção do próprio corpo, começar a
compreender as relações entre as práticas de atividades corporais, o
desenvolvimento das capacidades físicas e os benefícios que trazem à saúde,
nessa etapa da escolaridade a apreciação das mais diversas manifestações da
cultura corporal pode ocorrer com a incorporação de mais aspectos e detalhes.
Podemos perceber que crianças com variabilidade de movimentos têm
vantagens no que leva respeito ao desenvolvimento motor, quanto mais rico for
esse repertório de atividade maior é a chance deste indivíduo se desenvolver.
De acordo com pereira, (2007), a escalada em paredes artificiais ou indoor
pode ser construída em madeira colocando-se agarras artificiais, feitas de
resina, presas nas quais apoiam os pés e as mãos, são paredes onde pode ser
moveis ou fixas dependendo do seu local de prática, onde o aluno pode ter sua
vivência proporcionada nas aulas de educação física e aumentando seu
repertório motor, trabalhando força, agilidade, tônus muscular, flexibilidade e
equilíbrio.
Percebemos que através da escalada a criança pode desenvolver:
Coordenação motora, agilidade, tônus muscular, flexibilidade e principalmente
equilíbrio.
De acordo com Pereira, (2007), em relação às movimentações, o equilíbrio
estático é considerado mais preciso porque há mais certeza no alcance da
agarra seguinte e melhor manutenção do equilíbrio durante a movimentação.
No movimento em equilíbrio dinâmico o escalador lança seu corpo para a
próxima agarra ás vezes, desprendendo-se totalmente dos pontos de apoio, a
vantagem nesse caso está economia de energia, pois a inércia ajuda a
economizar energia muscular, porém perde-se em precisão.
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Portanto fica evidente que crianças que pratica escalada desenvolvem o
seu equilíbrio, por estarem em constante uso desta habilidade motora.
Considerações Finais
O objetivo deste estudo foi verificar a contribuição da escalada para o
desenvolvimento dos alunos do ensino fundamental ll. Tendo em vista os
resultados obtidos nesta pesquisa ficou evidente que os alunos que tem
contato com a parede de escalada nas aulas de Educação Física, estão dentro
do padrão esperado. Os alunos que não tem essa vivência em suas aulas de
Educação Física mostraram um desenvolvimento abaixo do padrão para a
idade de 11 anos.
Conclui-se que de acordo com o que a literatura diz a escalada pode sim
contribuir com o desenvolvimento na motricidade global dos alunos do ensino
fundamental ll. Através dos dados da pesquisa e da revisão de literária
percebemos a necessidade das aulas de Educação Física ter o maior
repertorio de atividades possíveis, onde cabe ao professor de Educação Física
diversificar suas aulas e não perder aquela parede ociosa próximo da quadra
ou do pátio, fazendo da escalada uma ferramenta que possa auxiliar suas
aulas, e ser inclusa no seu planejamento anual de aulas.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. As Inteligências Múltiplas e seus estímulos: São Paulo:
Papiros, 9º Edição 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Educação Física/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 2000
DANTE DE ROSE JR, e colaboradores. Esporte e atividade física na
infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre:
Artmed, 2009.
MARCONI, Maria de Andrade; Lakatos, Eva Maria. Fundamentos de
Metodologia Cientifica. São Paulo: Atlas, 7 edição 2010.
PEREIRA, Dimitri Wuo. Escalada: Agôn, o espírito do esporte: São Paulo:
Odysseus, 2007.
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ROSA NETO, Francisco. Manual de Avaliação Motora. São Paulo: Artmed,
2002.
http://www.motricidade.com.br/kit/escala-de-desenvolvimento-motoredm-3-aos-10-anos/. Acesso em: 9 abril, 2014
SOUZA, Mauricio Teodoro. A Inteligência Corporal: cinestésica como
manifestação da inteligência humana no comportamento de crianças.
2001.http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000243564
Acesso em: 6 de Maio,2014.
VELASCO, Cacilda Gonçalves. Natação segundo a psicomotricidade. Rio de
Janeiro: Sprint, 1994.
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ESTRESSE E TRAUMAS OCORRIDOS NOS ALUNOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL II APÓS CABECEAR A BOLA DE
FUTSAL
João Barbosa Silva, email- [email protected]
João Faria, email - [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira, email - [email protected]
Faculdade Unida de Suzano
UNISUZ/UNIESP
RESUMO
Nossa cultura futebolística dominante apresenta alunos/atletas em situações de
vulnerabilidade durante o treinamento repetitivo do cabeceio na bola de futsal
que, mal equacionados, podem durar anos e perdurar subjetivamente,
deixando Trauma e Estresse Neuropsicofisilógicos para o resto da vida.
Portanto, o objetivo desta pesquisa foi investigar se havia Traumas ou Estresse
elevado nos alunos/atletas que praticam de forma repetitiva o cabeceio na bola
de futsal e se este fundamento pode causar o abandono precoce e definitivo
deste esporte. Utilizamos uma pesquisa de campo quantitativa para
analisarmos o emprego repetitivo do treinamento, verificar os efeitos
Neuropsicofisiológicos e as respostas para estes fenômenos, ou explicitar
relações entre eles. Os alunos foram avaliados de acordo com o questionário
adaptado composto de oito questões fechadas com base em Darido e Junior
(2002), acrescido de duas questões mistas. Na amostra Analisamos doze
alunos/atletas com idade escolar entre doze e catorze anos, do sexo
masculino, que treinam futsal na Escola. Ao analisarmos os resultados da
pesquisa, observamos que há uma quantidade relevante de alunos que são
cobrados por um bom desempenho nos treinos, e isso gera ansiedade e
reações inadequadas já que ele não se sente apto a atender às expectativas.
Diante destes dados, concluímos que o professor deve se embasar nas áreas
da sociologia, psicologia e fisiologia para fundamentar seu treinamento, e não
se descuidar de avaliar os alunos individualmente para evitar o Bullying e
outras práticas que ocorram durante e após os treinos que possam causar
Traumas e Estresse, interferindo no desempenho.
Palavras chave: Futsal; Cabeceio; Traumas.
INTRODUÇÃO
A partir de vivência pessoal e por me fazer desistir de tentar uma
carreira profissional, houve a necessidade de estudar sobre o cabeceio que é
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uma das habilidades fundamentais utilizada e praticada por aproximadamente
120 milhões de pessoas, tornando o futebol um dos esportes mais populares
do mundo.
Muitos professores de educação física conhecem o chamado ensino
tradicional ou tecnicista e o identificam como aquele que ensina as técnicas
esportivas através da repetição de movimentos, exercícios, gestos e atitudes,
(BENTO 2006). A dificuldade do professor de educação física em compreender
o mundo do ensino pedagógico para os jovens atletas, boa parte das vezes, os
torna inimigos cruéis dos alunos. (FREIRE,2009)
Há quem diga que essa metodologia imediatista (tecnicista) é eficaz para
descobrir novos talentos esportivos, por isso a especialização esportiva vem
sendo cada vez mais usada por professores e treinadores em clubes e escolas,
contudo, devem ser observados os métodos repetitivos do cabeceio, freqüência
e peso da bola.
Nos jogos, os garotos cabeceiam a bola em média, de seis a 12 vezes,
onde a bola pode atingir uma velocidade aproximada de 50 quilômetros ou
mais por hora, chacoalhando o cérebro para frente e para trás. Durante a
prática de exercícios, as crianças geralmente cabeceiam a bola 30 vezes ou
mais, diz estudo de Lipton (2011), alertando os profissionais de Educação
Física e atletas que utilizam as técnicas esportivas através de repetições dos
movimentos de cabeceio, observando que os jogadores que cabeceavam a
bola com mais freqüência tinham sinais evidentes de lesão cerebral traumática
leve.
No Brasil, especialmente, o futebol é uma paixão nacional, amplamente
jogado por pessoas de todas as idades e para os jogadores é impossível evitar o
cabeceio que segundo Mutti (2003), é o ato de golpear a bola com a cabeça,
deve ser executado preferencialmente com a testa (parte frontal) e com os
olhos abertos, para que o jogador possa determinar com maior precisão para
onde a bola é lançada.
E Tenroller (2004), diz que: É a ação de golpear a bola com a cabeça,
dependendo do lugar da cabeça onde ocorre o contato com a bola, está
ganhará maior ou menor velocidade ou direção. O cabeceio poderá ter
propósito defensivo quando usado para afastar a bola da zona de defesa, há o
cabeceio passe, que ocorre quando a bola é impulsionada até um colega de
equipe e o cabeceio ofensivo, que é o que resulta na consecução do gol. É
importante a quem executa o cabeceio fazê-lo com a boca fechada, a fim de
evitar morder a língua. Também deve se possível, cabecear com os olhos
abertos para que possa ver antes e depois da trajetória da bola e se o alvo será
atingido.
Jogadores mais jovens são incentivados a começarem mais cedo a
cabecear a bola e podem ter receio por medo de se machucar. A coragem é
um fator primordial no cabeceio, pois os alunos/atletas sabem que ocorrerá um
efeito Neuropsicofisiológico, ou seja, traumas e estresse, assim que a bola
tocar-lhe a cabeça.
Para o professor de Educação Física se torna necessário conhecer as
formas e planejamentos pedagógicos para executar este fundamento e não
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incorrer em métodos que possam causar distúrbios graves nos alunos que
treinam esta habilidade.
Por estes fatores, nos últimos anos tem aumentado o interesse pela
investigação sobre patologias causadas em alunos que treinam este fundamento
do futebol visando o auto rendimento e a formação completa do atleta.
O treinamento dos fundamentos e das habilidades nos alunos/atletas vem
sendo cada vez mais usada por professores em clubes e escolas. Isso reflete a
busca de treinadores e de instituições por mais status na sociedade, passando
despercebidos os riscos camuflados pelo cérebro.
Um estudo feito pelo pesquisador Lipton (2011) utilizando técnicas
avançadas de imagem e testes cognitivos que avaliaram memória, demonstrou
que cabecear muito a bola no futebol pode causar lesões cerebrais e
anormalidades semelhantes àquelas encontradas em pacientes com
concussão (traumatismo crânio-encefálico leve). O principal aqui é a aceleração
e desaceleração da cabeça, no momento do impacto da bola contra a cabeça o
cérebro “chacoalha” dentro do crânio e isso pode danificá-lo.
Os atletas não possuem conhecimentos técnicos para entenderem as
conseqüências relacionadas a traumas e estresse causados pelas repetições
de gesto com o impacto da bola contra a sua cabeça.
Durante os treinamentos foi verificado que cinco regiões do cérebro foram
danificadas - áreas na parte frontal do cérebro e da parte posterior do crânio,
onde processos como atenção, memória, funcionamento executivo e funções
de ordem superior visuais acontecem. O lobo frontal, que inclui o córtex motor
e pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e
movimento, assim como no pensamento abstrato. (LIPTON,2011)
Todos esses fenômenos são resultado do impacto da bola, que em
milésimos de segundos causam danos psíquicos e fisiológicos. Necessitamos
observar o comportamento dos atletas no tocante às repetições de movimentos
relacionados ao cabeceio para prevenir possíveis traumas e situações
estressantes irreversíveis.
Portanto, o objetivo desta pesquisa foi investigar se há Traumas ou
Estresse Neuropsicofisiológicos nos alunos/atletas que praticam de forma
repetitiva o cabeceio na bola de futsal e se este fundamento pode causar o
abandono precoce e definitivo deste esporte.
Método
Foi utilizada uma pesquisa de campo quantitativa, que segundo Marconi
e Lakatos (2001), são aquelas que se caracterizam pelo emprego das
quantificações na coleta de dados e nos objetivos na procura dos efeitos e
resultados das respostas para fenômenos ou explicitar relações entre eles.
Amostra: Analisamos 12 Alunos/atletas com idade escolar de 12 e 14 anos
do sexo masculino, que treinam futsal na escola Estadual E.E.TOCHICHICO
YOCHICAVA na Cidade de Suzano-SP.
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Instrumento: Os alunos forão avaliados de acordo com o questionário
adaptado composto de oito questões fechadas, acrescido de duas questões
mistas.
Procedimentos: Os processos de seleção seguirão os seguintes critérios: Os
alunos deviam estar devidamente matriculados e não apresentarem nenhum
tipo de deficiência física ou intelectual, autorização por escrito dos pais ou
responsáveis, conforme o (TCLE), Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
Plano de análise de dados: Após a coleta de dados os resultados forão
tabulados, descritos e apresentados em forma de gráficos, sendo a análise
representadas com base na literatura.
Resultados e Discussões
Gráfico
Gráfico
1 1
Você pratica Futsal a quantos anos?
82,00%
18,00%
Sim
Não
Os alunos com idade entre doze e catorze anos que responderam o
questionário, 18% afirmaram que treinam futsal num período de “um a dois
anos”, 22% de “três a quatro anos” e 60% responderam que treinam a “mais de
cinco anos”.
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Percebemos que as crianças são iniciadas na prática do futebol na sua
idade mais tenra e o surgimento de uma cultura esportiva é dependente das
experiências que tiveram durante a iniciação, ou seja, a criança deve ser
independente das exigências que o esporte de alto rendimento requer.
As turmas aceitam bem o treinamento da habilidade do
cabeceio na bola de futsal? E todos participam?
Gráfico 2
84%
82,00%
18,00%
Sim
Não
16%
Sim
Não
Neste gráfico, 80% responderam que sim, aceitam bem o treinamento e
20% responderam que não, enquanto 80% responderam que participam dos
treinos, 20% responderam que não participam.
Voser (1999) diz que, tudo o que acontece com os educando neste
período vai marcá-los para toda a vida, consciente ou inconscientemente.
iniciação esportiva requer conhecimentos e cuidados especiais. As crianças
vão se lembrar das suas primeiras partidas de futsal, das alegrias e frustrações
essa realidade aumenta a responsabilidade do profissional de educação física
que irá desenvolver a iniciação dentro do esporte com as crianças.
Devemos considerar que há um número expressivo de alunos que não
aceitam bem este treinamento. É preciso que haja diálogo entre professor e
praticantes para corrigir alguns aspectos do fundamento, respeitando e
direcionando estas habilidades através de formas pedagógicas que facilitem a
aprendizagem, sem incorrer no risco e na predisposição para desenvolver nos
alunos sintomas psicofisiológicos.
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Gráfico 3
Você tem medo de cabecear a bola de futsal? E como você
avalia este treinamento?
80%
60%
30%
20%
sim
10%
naõ
bom
regular
ruim
Quanto ao resultado deste Gráfico, mostrou que 80% dos alunos não
têm medo de cabecear a bola de futsal, porém 20% responderam que têm
medo. Perguntado como eles avaliam este treinamento, 60% responderam que
o consideram bom, 30% regular, enquanto 10% avalia como ruim.
Conforme Lucena (2001) ao respeitarmos as diferentes etapas de
desenvolvimento da criança, conhecer seu perfil nas diferentes faixas etárias e
estabelecer uma linha de ensino bem elaborada, fortalecem o aprendizado,
tornando-o seguro e duradouro.
As respostas dos alunos foram coerentes quanto às questões, se
compararmos a grande maioria não têm medo de cabecear a bola e acham o
treinamento bom, enquanto alguns que têm medo de cabecear a bola
classificam o treinamento como regular ou ruim.
Entre os alunos que responderam que têm medo de cabecear a bola, foi
questionado por quê? E as respostas foram variadas, a bola é pesada e tenho
medo de errar a bola e acertar a cabeça do colega.
Gráfico 4
Durante o treinamento, você cabeceia a bola com que
frequência? E o que sente?
60%
40,00%40,00%
20,00%
20%
10% 10%
1 A 5 VEZES
5 A 10
MAIS
VEZES
DE 10 VEZES
6. Durante o treinamento, você cabeceia
a bola com que freqüência?
DORTONTURA
MAL ESTAR
NADA
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Neste gráfico, 40% dos alunos responderam que durante o treinamento
cabeceiam a bola de uma a cinco vezes, igualando-se aos que cabeceiam de
cinco a dez vezes, enquanto 20% cabeceiam mais de dez vezes.
Quanto à pergunta sobre o que sentem após cabecear a bola de futsal? 60%
responderam não sentir nada, 10% mal estar, igual aos que sentem tontura
10%, diferenciando-se dos que sentem dor, 20%.
Giusti (2002) faz com que o profissional de Educação Física possa
refletir ao lembrar que a criança não é um adulto (atleta) em miniatura, e o
treinador ou professor, além da sua tarefa técnica, também tem sua
responsabilidade pedagógica com o futuro do aluno a ele confiado.
Os dados apresentados acima deixam claro que a interferência do
educador, diferente de treinador, se torna extremamente necessárias, uma vez
que a aprendizagem e manutenção desse relevante número de alunos está
ameaçada por fatores potenciais. O profissional de Educação Física deve se
atentar e conhecer a fase de maturação biológica e individual de cada aluno,
mantendo sempre o diálogo para que não haja o distanciamento entre aluno e
professor.
Percebemos que durante o treino de futsal, os adolescentes têm no seu
comportamento pessoal o processo de afirmação e o futebol que está incluso
nos conteúdos de blocos do esporte e jogos dos Parâmetros Curricular
Nacional (PCN) esclarece que o aluno passa pela necessidade de inserção
social, desde os grupos de convivência cotidiana até os grupos socioculturais
mais abrangentes. Ser reconhecido pelo grupo é subsídio para o autoreconhecimento e, em alguns momentos até, negar-se a participar pode ser
uma forma de ser percebido por ele. Pertencer a um determinado grupo
significa experimentar um estilo diferenciado de ser onde, paradoxalmente,
comportamentos, posturas e valores padronizados contribuem para a
construção da identidade pessoal. , ou quando sofrem Bullying ao se descuidar
e deixar transparecer aos colegas toda sua fragilidade, pois havia uma
preocupação explicita quanto ao sigilo das informações prestadas no
questionário, inclusive gerando dúvidas quanto a fidelidade das respostas.
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O treinamento da habilidade cabeceio faz parte da sua
prática no futsal? E o que você acha desse treino?
Gráfico 5
100,00%
90,00%
0,00%
SIM
NÃO
10%
importante que não
hovesse
Este gráfico nos mostra que 100% dos alunos confirmam que o
treinamento do cabeceio faz parte da prática deles no futsal, todavia 90%
acham este treinamento importante, enquanto 10% gostariam que não
houvesse.
Questionamos os alunos porque gostariam que não houvesse o
treinamento do cabeceio durante as aulas de futsal? Os motivos foram
variados, entre eles; Porque a bola é pesada.
Para Lopes (2009), o ensino do futebol pode seguir um caminho
educativo, retilíneo e harmonioso (nas mãos de um bom profissional) tanto
quanto pode seguir um caminho pouco educacional, sinuoso e cheio de pedras,
dependendo do entendimento e conhecimento que o professor tem a respeito
de como (e baseado em que) deve ser o ensino do futebol.
Baseado no que nos mostra o gráfico, percebemos que o método de ensino
está nas mãos do professor, que através do seu conhecimento irá avaliar se a
sua forma de ensinar esta condizente a fatores extras, não se descuidando dos
fatores intrínsecos individuais e se o treinamento da modalidade esta em
evolução.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo verificar o Estresse e Traumas
Neuropsicofisiológicos causados nos alunos que cabeceiam a bola de futsal
repetidamente durante o treinamento dessa habilidade no âmbito escolar.
Nesta pesquisa percebemos o quanto é importante o acompanhamento do
profissional de Educação Física, que sensibilizado, irá analisar os fenômenos
ocorridos para se ter um melhoramento dos seus comportamentos, já que cabe
ao interventor captar o instante psicológico de seus atletas/alunos para
identificar os motivos de sua manifestação, buscando amadurecimento e
independência, para produzir uma melhor performance global.
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Observa-se que uma significativa parte de alunos sofre alterações
Neuropsicofisiológicos causada pelo cabeceio. Essa Ciência nos faz acreditar
que os fenômenos psicológicos e fisiológicos alteram o comportamento, quer
seja no momento do cabeceio repetitivo, onde os alunos sentem dores na
cabeça,Tontura ou Mal Estar, conforme o gráfico 4.
Percebemos que os alunos neste momento estão passando pela fase
da auto-afirmação e não admitem que seus pares os menosprezem ao expor
as causas e os efeitos das ocorrências físicas e psíquicas que se apresentam
antes, durante e após o exercício repetitivo do cabeceio.
Concluímos através dos resultados apresentados que o cabeceio
repetitivo na bola de futsal causa Estresse e Traumas nos alunos, e Pesquisas
recentes alerta que o impacto da bola contra a cabeça causa, em milésimos de
segundos danos psíquicos e fisiológicos ao cérebro, cabendo único e
exclusivamente ao profissional de Educação Física usar todo seu
conhecimento cientifico para observar as demandas implícitas nas atividades,
assim como os processos e conseqüências da regulação Neuropsicofisiológico
em diferentes dimensões.
Há necessidade de pesquisas mais aprofundadas para esclarecer se os
fatos acima relacionados causam o abandono precoce dos alunos deste
esporte ou até mesmo o pedido de transferência da escola, pois apesar de ser
relevante não há muitos estudos na área.
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Nacionais: Educação Física/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 2000.
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PROMOÇÕES DE FAIXAS NO JIU JITSU BRASILEIRO: EXISTE
CRITÉRIO?
FABIANO
XAVIER
DOS
SANTOS
[email protected]. Universidade Estácio
–
RESUMO: Um dos elementos que constituem grande parte das artes marciais
atualmente é a graduação, ou seja, promoções envolvendo colações de graus
e trocas de cores de faixas. Entre elas o Jiu Jitsu Brasileiro. Como não há
nenhum tipo de fiscalização adequada dentro da modalidade entorno dessa
situação, podem ocorrer cerimônias envolvendo distribuições um tanto
inadequadas. O que de certo modo, é considerado desrespeito pelo contexto
geral da arte marcial. Com o intuito de investigar isso, foi proposta uma
discussão entre literatura acadêmica, e informativa, quais se fizeram limitadas
quanto à produção. No entanto, há indícios que determinadas graduações
estejam ocorrendo de modo inadequado. Parece que o “drama” da questão
mora na falta de fiscalização de entidades, além de “profissionais” mal
intencionados respaldados pelo status quo da faixa preta.
Palavras-Chave: Graduação; Critério; Jiu Jitsu Brasileiro
ABSTRACT: One of the elements that constitute a large part of martial arts is
the graduation, or promotions involving the collation of degrees and color
changes of belts. Among these martial arts we have the Brazilian Jiu Jitsu. As
there isn’t any kind of adequate inspection about the Graduation it may occur
inadequate ceremonies involving distributions. What is considered disrespect by
the general context of the martial arts. In order to investigate it, it was proposed
a discussion between academic literature, and information, giving limited
answers about the subject. However, there is evidence that certain graduations
are occurring inappropriately. It seems that the "drama" of the subject lives in
the lack of entities supervision, besides malicious “instructors” supported by the
status quo of black belt.
Keywords: Graduating; Belt; Brazilian Jiu Jitsu
1. INTRODUÇÃO
De modo geral, a literatura diverge quanto ao nascimento, ou seja,
“onde”, “quando” e “qual” a origem das artes marciais. No entanto, relatos
encontrados, de certo modo concordam entre si em relação à essência delas,
portanto sobrevivência, necessidade de se defender, o combate bélico etc.
(BREDA, 2010; SANTOS, 2012; ROBBE, 2011).
À medida que o tempo passou, os combates corporais foram sendo
disseminados e culturalmente sofreram inúmeras transformações em relação
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às características, elementos, vestimentas, implementos, filosofia, ou seja,
rituais, costumes, cerimônias, etc. Entre as transformações, as diferentes cores
de faixas é um dos aspectos que chamam a atenção no universo das lutas
atualmente. (BREDA, 2010).
O Jiu Jitsu brasileiro é uma das diversas artes marciais que possui
internamente um conjunto de regras, regulamentos, princípios e valores que
foram surgindo diante de sua evolução desde seu surgimento. Um dos
elementos presentes é a graduação, portanto, promoções envolvendo colações
de graus/dan’s ou cores de faixas dependentes do desenvolvimento do
praticante (SENA, 2013).
Do ponto de vista esportivo, as graduações funcionam no sentido de
melhor organizar o contexto geral do Jiu Jitsu. Conforme IBJJF (2012, p.3): “o
Sistema Geral de Graduação busca tornar simples o entendimento do processo
de evolução de cada praticante dentro do esporte desde a faixa-branca até a
faixa vermelha.”
Entretanto, apesar da “hierarquia” ser representada na atualidade por
meio dessas graduações, pouco é mencionado a respeito disso em âmbito
acadêmico (CORREIA; FRANCHINI, 2010). As Promoções de faixas em artes
marciais existem, no entanto, permanecem como questões a serem abordadas,
dada a grande transformação sócio-cultural que estas detêm, além de supostas
ocorrências, talvez inadequadas, que podem acontecer (TATAME, 2013).
Tais ocorrências, talvez se baseiem em uma espécie de status quo,
onde se estabelece uma relação de poder entre praticantes e professores. Os
adeptos tornam-se submissos aos transmissores de conhecimento. Tal
metodologia adotada como critério no momento de graduar um aluno é
passada de geração para geração. Portanto, atentar-se a essa suposta
situação é fundamental para tentar sanar um problema que, com a veloz
expansão da modalidade, tal fato pode ganhar proporções ainda maiores
(FETT; FETT, 2009).
Devido à carência de estudos que chamam a atenção tanto a esse tipo
de manifestação quanto para suas graduações, o conhecimento acerca disso
ainda é limitado (CORREIA; FRANCHINI, 2010). Sabe-se que, com a migração
de orientais para o ocidente as artes marciais foram sendo cada vez mais
difundidas. Junto a toda essa difusão, transformadas, e, portanto, aderidas por
grande parte de diferentes camadas da sociedade, ganharam popularidade
(RUFINO; DARIDO, 2009).
A arte marcial adquire com o passar do tempo, características de
esporte. No entanto, fazem parte de uma história recente, questões envolvendo
graduações. Critérios para graduar os alunos, são ao mesmo tempo diferentes
tanto quanto aos sistemas adotados por cada modalidade, professores ou
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maneiras, portanto formas variadas para se executar a mesma situação
(TATAME, 2014; VIRGILIO, 2000; SANTOS, 2007).
Tal “liberdade”, ou por que não chamar, de “despadronizacao”,
envolvendo os critérios em relação aos diversos modos de efetuar uma
graduação que, tem como responsável o professor/mestre de Jiu Jitsu, pode
acabar por tratar tal elemento de maneira banal, de modo que, este nasce com
intuito de hierarquizar criando respeito dentro do contexto (IBJJF, 2012).
Portanto, tal ocorrência quando inadequada acaba por desmerecer ou,
desvalorizar tanto praticantes quanto a própria modalidade.
Partindo do breve exposto, supõe-se que, com a “esportivizacao” da
modalidade em questão, inicia-se o processo pelo qual se começa a
sistematicamente inserir regras, regulamentos, para ocorrência das
graduações, portanto, organizar a arte marcial de modo adequado. (CBJJE,
2014; IBJJF, 2012)
Em algum momento, não se sabe quando, estas graduações podem
começar a sofrer com distribuições de faixas discriminadas causando uma
espécie de fato negativo, qual se encontra inserido na arte. Mas “quem” e “o
que” determina a maneira de avaliar e, conseqüentemente conceder
determinada graduação ao praticante? Essa é a questão central (TATAME,
2013).
Conforme o exposto, este trabalho objetiva investigar o que há acerca de
questões envolvendo graduações de faixas no Jiu Jitsu Brasileiro
fundamentando-se em revisão bibliográfica/documental de caráter exploratório
qualitativo.
2. JIU JITSU
O Jiu Jitsu (jiu = arte + jitsu = suave) no Brasil nasce na figura de Mitsuyo
Maeda, aluno de Jigoro Kano, este, considerado criador do Judô. Arte esta
que, provem do Jiu Jitsu criado por monges budistas para auto defesa. No
entanto, a própria literatura adverte quanto à imprecisão de sua origem
(GRACIE, 2011; RUFINO; DARIDO, 2009).
Maeda, após seu ingresso no Brasil, tem contato com a família Gracie,
qual funciona para o Jiu Jitsu como um “divisor de água”, tornando-se uma
forte corrente da modalidade, em função de toda adaptação proposta
consolidada, histórico de desafios, comprovação de eficiência que esta família
demonstra desde seu primeiro contato até a atualidade (ROBBE, 2011).
Relacionando este breve registro histórico com o “problema” da presente
pesquisa, na bibliografia utilizada no desenvolvimento, não há relatos ou
indícios sobre as formas de como os considerados patronos do Jiu Jitsu no
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Brasil, ou seja, a família Gracie tenha passado pelo processo de avaliação
envolvendo promoções de faixa (GRACIE, 2011).
3. GRADUAÇÕES
As graduações das artes marciais dependem de cada modalidade e/ou
órgão regente, ou mesmo, filosofia que cada mestre/professor/escola emprega
no momento de promover cada aluno/praticante. Este tipo de ocorrência pode
ser por meio de exame, curso, ou critério subjetivo que, cada contexto impõe
(IBJJF, 2012; CBJJE, 2013).
A idéia de que a faixa corresponde apenas a um complemento, talvez
faça com que determinados valores sejam esquecidos. Virgilio (2000, p35) tece
críticas ao senso comum que, de certo modo, acaba por destituir a relevância
em relação ao que a representação que determinada cor de faixa carrega.
Segundo o autor a idéia de que a faixa se limita a funcionalidade, apenas, de
prender o quimono fechado é algo, alem de nefasto, um absurdo, portanto, um
tipo de pensamento a ser banido da filosofia das artes marciais.
Revistas de circulação têm remontado o contexto que cerca as
graduações no Jiu Jitsu, dizendo que, o valor da faixa de determinado
individuo, é medido de acordo com a figura de determinado professor que a
concede. Isso, segundo Tatame (2013, p. 40) ocorre por meio de uma pergunta
clássica: “você é faixa preta de quem?”. No entanto, parece que há um conflito
envolvendo pontos de vista distintos em relação a atribuição de valores.
Ao mesmo tempo em que entidades impõem, ou seja, qualquer
graduação somente de fato valerá caso a promoção tenha sido atribuída por
uma faixa preta ligado a tal órgão, uma faixa cedida por algum professor
tradicional, mesmo que, referência na arte marcial, não seria reconhecida?
Recentemente supostas ocorrências obtidas por meio do empirismo, ou
seja, em depoimentos de professores faixas preta, referencias do esporte em
Tatame (2013 p.39) tem relatado formas inadequadas de se tratar à temática
“graduação”, como segue dizendo: “O Jiu Jitsu em si nunca teve um sistema de
faixas. Cada escola criou o seu sistema, cada professor desenvolveu seu
método”.
Embora pareça difícil encontrar vestígios que possam comprovar as
primeiras graduações, uma coisa é regra: não existe “auto-graduacao”.
Portanto, nenhum individuo pode atribuir a si mesmo respectiva promoção de
faixa. O ato remete-se a meritocracia. A recomendação se dá ao mérito, ou
seja, merecimento em função da evolução, experiência, tempo de pratica,
aspectos morais envolvidos em todo percurso. E que, portanto, deve ser
atribuída após a avaliação de um superior hierarquicamente concebido. A faixa
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deve ser uma conquista, portanto, não algo ganho sem critério algum
(SANTOS, 2007).
Calcada no oriente, alem de uma representação da evolução e do
envolvimento que cada praticante busca conquistar conquista dentro de
determinada arte, tal representatividade varia de modalidade pra modalidade,
de filosofia marcial para filosofia marcial. Enquanto que, para determinada
cultura de modalidade de combate atributos físicos serviam da base para se
conceder uma graduação em outras, práticas morais ou espirituais seriam os
pilares (FETT; FETT, 2009).
Do ponto de vista tradicional, poder-se-ia dizer que as trocas de faixas,
as graduações em diversas artes marciais fossem uma espécie de “divisor de
águas”, quase que transcendente. Parte do processo que significaria algo que
comprovasse uma elevação no desenvolvimento pessoal de determinado
praticante em sua respectiva arte (MAZZONI; JUNIOR, 2011).
Uma critica comum ao contexto das graduações no Jiu Jitsu, diz respeito
maneira que professores concedem faixas a seus alunos, baseando-se em
vínculos de afinidade e interesse (TATAME, 2013). Isso sobrepõe todo
repertorio de signos que tal ritual detém, remetendo-se a essência da arte
marcial, conforme estudo de Sena (2013, p.6) diz: “É um momento de retorno à
tradição do jiu-jitsu, onde os símbolos são relembrados, uma maneira de
reforçar a existência e a estabilidade presente do grupo e de confirmar o
estabelecimento de laços emocionais e afetivos além do contato físico.”
3.1 Graduações e o Jiu Jitsu Contemporâneo
Há uma corrente entorno das graduações no Jiu Jitsu advertindo sobre
supostas discrepâncias que podem estar ocorrendo. Segundo Tatame (2013
p.10) depoimentos de “colaboradores” diretos dentro do Jiu Jitsu Brasileiro
especificamente diz: “[...] (o faixa preta é o faixa branca que nunca desistiu)
mostra como e’ árduo o caminho ate’ a graduação máxima. São anos de
treinamento, dedicação e, talvez por isso, muitos desistam no meio do trajeto.”
Portanto, desse modo, é possível crer que, a arte marcial em sua
essência não objetivasse qualquer tipo de promoção ou reconhecimento que
colocasse o praticante em posição de superioridade, seja pelo seu
desempenho, capacidade, dedicação e, este não fosse o fim, mas
conseqüência de todo caminho percorrido. Com as transformações que
ocorreram, tais conceitos foram sendo mudados e, nesse momento os valores
são atribuídos dependendo da cor de faixa que o individuo tenha em sua
cintura. (ARRUDA; SOUZA, 2014)
Na era da informação acelerada, nunca se soube tanto e com tanta
velocidade como atualmente. O acesso à informação torna as coisas tão
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rápidas como em outros tempos não ocorria. Aquilo que antes necessitava de
orientação adequada, concreta, física e, sensibilidade do professor, hoje
facilmente se consegue, por exemplo, por meio de vídeo-aula no âmbito da
internet, bem como certificações em determinados cursos, etc., (CAZZETO,
2010; TATAME, 2013). Trata-se da “contemporânea” EAD, ou seja, Educação
a Distancia. Cabe a reflexão: Será esse tipo de conhecimento suficiente? Tal
meio é eficiente em manifestações de natureza prática, como no caso do Jiu
Jitsu Brasileiro?
Órgãos internacionais regentes em determinadas modalidades
esportivas são autoridades no que diz respeito às graduações. Por meio de
cursos específicos as entidades decidem sobre a possível promoção. Portanto,
percebe-se algo que, de certo modo torna tais ocorrências, no mínimo
padronizadas (SANTOS, 2007). Talvez em âmbito esportivo essa procedência
seja a mais adequada, em função da fiscalização de tais entidades.
Partindo especificamente do objeto estudado, dentro da modalidade
proposta pelo presente trabalho, esta é na atualidade, muito difusa. É possível
encontrar na internet, vídeos de professores, praticantes demonstrando
posições, falando sobre a arte, bem como, de lutas ou competições que
ocorrem por todo mundo, entre outros assuntos relacionados como posições
técnicas, filosofias, etc. Nesse meio, é possível qualquer pessoa se colocar na
posição de transmissor de um saber (ARRUDA; SOUZA, 2014; CAZZETO,
2010).
Tatame (2013 p.10) adverte sobre esse que pode ser um meio arcaico
de se obter tanto informação, quanto conhecimento e, conseqüentemente
certificado nessa que é uma manifestação de natureza prática, pois tal método
substitui de modo prejudicial algo que talvez seja essencialmente parte da arte
marcial, portanto, a figura do professor/mestre. Aquele que alem da
sensibilidade em relação a didática e que, convive durante todo caminho com
seu aluno/praticante. Em artigo a revista cita:
É cada vez mais comum alunos graduados através de cursos on-line
e planos de graduação. Você pode até aprender por meio de vídeos,
mas certamente não terá o refino sem um professor para lhe mostrar
os detalhes e parceiro de treino que o ajude a executar a técnica. Não
tem como mensurar o tempo que ficará em cada faixa, pois cada
aluno tem seu ritmo de aprendizagem. (TATAME, 2013 p.10)
No entanto, tudo o que é discutido acerca da modalidade, tem ao
mesmo tempo grande proporção em redes sociais, visto que alem da facilidade
relacionada ao acesso, existe a questão ligada ao status quo, onde habitam
diversos faixas pretas, mas que detêm o ethos inquestionável de quem carrega
todo saber dentro da arte, bem como características físicas, como no caso do
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praticante de Jiu Jitsu (TEIXEIRA, 2010). Portanto, tal figura,
independentemente do critério adotado, inquestionavelmente acaba fazendo
uso do poder, ora talvez, de modo inadequado.
Portanto, não interessa o que o individuo tenha para passar em relação
a determinado saber, desde que este aparente ser o detentor de tal saber.
Determinadas promoções desprovidas de devido critério funciona como forma
de auto-promover aquele que recebe a graduação. Isso se dá pela
representação que a faixa possui (FETT; FETT, 2009).
Este forte elemento presente nessa arte marcial é dependente dos
critérios adotados pelos professores onde a promoção ocorrerá conforme seu
desenvolvimento e/ou aptidão, tempo de pratica, etc. (VIRGILIO, 2000; SENA,
2013). Segundo uma das entidades, o sistema de graduação deve ser dividido
entre categorias. Conforme proposto por CBJJE (2014):
4) Artigo - A GRADUAÇÃO DIVIDIDA EM 3 CATEGORIAS
I – Praticante
Praticante, é aquele que executa a pratica do esporte, para seu bem
estar, e eventualmente possa competir em torneios e campeonatos, e
não tem a finalidade de ser um atleta de alto rendimento.
II - Competidor
É aquele que pratica o esporte com a meta de ser um atleta de alta
performance, se preparando tecnicamente e fisicamente com o
objetivo de se projetar através dos campeonatos.
III - Professor
É aquele que após receber a faixa Preta, procura realizar todos os
cursos necessários e indicados para ensinar a Arte Marcial. Esta
sempre atualizado nos temas principais, como; regras, arbitragem,
técnicas e outros que a CBJJE venha a indicar. Esta sequência de
graduação é somente para os Professores na ativa, uma vez
afastado, deverá utilizar a Graduação de Praticante ou Competidor no
caso que se amoldar.
Dentro dessa sugestão, o tempo que cada indivíduo deve permanecer em
cada faixa, depende da avaliação proposta descrita para cada divisão. A
entidade ordena que o responsável respeite tal sistema, desde que, toda parte
burocrática esteja organizada. Portanto, tal graduação valerá somente, caso os
sujeitos estejam filiados a respectiva federação/confederação. (CBJJE, 2014;
IBJJF, 2012)
Embora a hierarquia representada dentro do Jiu jitsu por meio das
respectivas cores de faixa seja algo que, tanto literatura que aborda os
conceitos marciais quanto do ponto de vista contemporâneo, portanto, aquela
calcada no esporte sugira determinado padrão em relação à graduação, isso
pode não estar ocorrendo (TATAME, 2013).
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Questões envolvendo promoções de faixas ainda são, de certo modo,
recentes. O que ocorre é que, com a esportivização da arte marcial, algumas
etapas podem estar sendo puladas e, princípios podem estar sendo
esquecidos, tornando inadequado o tratamento dessa parte que surge com
intuito de uniformizar o contexto geral da manifestação. Tudo em função de
interesses dos mais variados que podem existir. (TATAME, 2013; VIRGILIO,
2000).
Por falar em interesse, Tatame (2013, p.39) relata em sua publicação ao
discutir sobre possíveis situações envolvendo graduações no Jiu Jitsu
envolvendo profissionais que podem estar tratando com desleixo o presente
assunto. A revista diz: “A banalização da faixa”. A revista expõe o aspecto
financeiro como sendo forte e, negativo aspecto qual tem sido um dos meios
para se adquirir uma promoção de faixa.
Percebe-se que, talvez, a falta de fiscalização de entidades contribui
para supostas ocorrências inadequadas, pois, federações e/ou confederações,
por exemplo, propõem sistemas de graduações, de modo a organizar
adequadamente, tanto praticas pedagógicas pertinentes quanto a arte marcial
levada do ponto de vista esportivo. Ou seja, com regras, regulamentos, sem
esquecerem-se de questões financeiras que sempre cercam determinada
manifestação quando esta conquista uma dimensão maior. Portanto, o contexto
confuso que cerca a modalidade pode influenciar de modo negativo (ARRUDA
E SOUZA, 2014).
A grande quantidade de órgãos existentes e que, não concordam entre
si levanta a questão envolta dos interesses que podem surgir em função da
falta de padrão, falta de critério confundindo o contexto.
Tal exigência feita, ou seja, toda parte burocrática que abrange questões
envolvendo filiações e graduações, talvez cause que, princípios filosóficos e
morais presentes na essência das artes marciais se percam e, sejam
substituídos por certificações, documentos que comprovem determinado titulo
a determinado individuo (ARRUDA; SOUZA, 2014).
Visto que, quanto mais filiados forem vinculados a cada órgão regente
no Jiu Jitsu brasileiro, naturalmente acaba por gerar economicamente mais
lucros a estes que usufruem mandando e regendo o esporte. Portanto,
graduações podem ser distribuídas indiscriminadamente, onde profissionais
responsabilizados sendo incapazes de avaliar a situação adequadamente, a
faixa vai sendo ostentada de modo inadequado, sem critério algum, portanto
vaidosamente em maior número, à medida que o tempo passa (FETT; FETT,
2009). A quantidade acaba por sobrepujar a qualidade dos serviços prestados
ao esporte.
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3.2 O problema
Propor-se a estudar um assunto que somente aparece na literatura
cientifica, apenas como descrição, “o que é?”, de certo modo, torna difícil o
aprofundamento em determinado espaço (CORREIA e FRANCHINI, 2010).
Portanto, partindo de dados empíricos de revistas de circulação contendo,
depoimentos de referencias no esporte, estes servem de fundamentação, em
função do que pode estar ocorrendo, na intenção de se discutir o possível
problema (FETT; FETT, 2009; TATAME, 2013).
Quando estudos eventuais tentam tratar de assuntos relacionados ao
tema das lutas e artes marciais, parece que pouco é discutido no sentido de
intervenção profissional e, portanto, em relação a métodos utilizados, ou seja,
de que modo a prática docente é tratada pelos profissionais ou, “pseudoprofissionais”, responsáveis por transmitir conhecimento de determinada
modalidade em determinado contexto (CORREIA; FRANCHINI, 2010).
Os autores indicam que, de modo geral, maior parte das pesquisas que
voltam suas atenções às artes marciais/lutas/esportes de combate, são
direcionadas a assuntos bem específicos, que tratam da parte fisiológica, do
movimento em si. Pouco se discute, em relação a questões sócio-culturais, por
exemplo. Percebe-se a insuficiência, portanto, em relação a um componente
essencial, ou seja, a graduação.
Por este dado, talvez a reflexão seja pertinente sobre o mantimento do
status quo entorno de algo historicamente construído, onde habitam os
hierarquicamente “privilegiados”, quais instrutores/professores/mestres/ que,
em posições de superioridade tem a função de decidir sobre o modo de
graduar um aluno. Tal fato pode acabar por ser conseqüentemente incorporado
pelos alunos no caso daqueles que recebem determinada promoção de um
superior que trata desta questão de modo arcaico. (FETT; FETT, 2009)
Portanto, talvez haja necessidade de fiscalização adequada por parte de
organismos que tentam organizar o esporte, alem da discussão acerca deste
tema. Algo que envolva tanto entidades quanto profissionais atuantes,
praticantes assíduos, ou seja, a população que prega e defende promoções
que sejam, minimamente justas, dentro de determinado critério, visando desse
modo, adquirir respeito por parte de quem cultua o Jiu Jitsu.
Concordando com o tipo de reflexão proposta, Fett e Fett (2010 p.181)
dizem: “Não é de um “suplemento espiritual” que necessitamos, mas de novas
políticas voluntaristas, de organismos criteriosos, de sistemas educativos
universais em consonância com a marcha acelerada das mudanças.”. Portanto
deve haver certo olhar critico sobre práticas inadequadas que podem existir.
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As entidades que se propõem cuidar do Jiu Jitsu brasileiro, apesar de
discordarem em relação a regras, regulamentos, etc., tentam na medida do
possível uniformizar o contexto da modalidade, de modo que, por meio de
sugestões classificando, por exemplo, situações e indivíduos segundo sua
hierarquia (CBJJE, 2012; IBJJF, 2014). No entanto, com a quantidade
excessiva de órgãos criados para tal, podem surgir junto a isso, conflitos de
idéias. Muita gente mandando e “organizando”, acabando por desorganizar, em
função de cada entidade ter sua própria identidade, ou, seu próprio “interesse”.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o intuito de abordar um tema ainda pouco discutido em âmbito
acadêmico, basicamente, “Promoções de faixas dentro do Jiu Jitsu brasileiro”,
dada à dificuldade de encontrar bibliografia que se ocupe de investigar este
fenômeno, nos restou utilizar alem de artigos, o que noticiosos e periódicos de
circulação da modalidade dizem a respeito.
Conforme exposto, nota-se que, pela quantidade de entidades que são
criadas, segundo elas para melhor organizar o esporte, parece na realidade
criar confusão, em função da gama de regras e regulamentos e, apenas
sugestões que indiquem modos de se promover determinado praticante. Não
há fiscalização, mas, sobretudo, somente recomendação. Com a crescente
evolução do Jiu Jitsu, talvez isso em algum momento mude.
A presente pesquisa sugere alem de fiscalização adequada que, só pode
partir dos órgãos regentes, estudos futuros a fim de investigar de que maneira
instrutores/professores/mestres podem estar tratando algo fundamental para o
desenvolvimento e reconhecimento do Jiu Jitsu seja ele dentro de uma visão
“marcial” ou “esportiva”.
Alias, parece haver uma confusão que as próprias entidades que regem o
Jiu Jitsu fazem no que diz respeito a definições da questão que envolve as
terminologias: Arte Marcial e Esporte. Ao passo que dizem considerar o Jiu
Jitsu uma arte marcial hierarquizada, e que, isso deve ser respeitado, em seus
estatutos, produzem regras e condições em relação a graduações de faixas.
Isso parece confundir, sobretudo, em questões envolvendo a maneira de se
conduzir esta situação.
Portanto, parece adequado haver uma discussão que envolva
academias, praticantes, federações, confederações sobre tal ocorrência que,
como é percebido fundamenta-se no respaldo que determinada cor de faixa
pode representar, mantendo, talvez injustamente, o “status quo”, onde ao invés
de avaliação criteriosa e justa, o responsável por conceder determinada
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promoção acabe por agir com irresponsabilidade, agindo de modo autoritário,
portanto, inadequado.
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A FRANQUIA COMO OPORTUNIDADE DE EMPREENDIMENTO:
UM PLANO DE NEGOCIO NO RAMO DE PISCINAS.
Arislaine Batista Inácio Barboza26
Denise Silveira Brasil Dasan
Maria Isabel Ferrari
Fernando Souza Cárceres
Antônio Eduardo Batista
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
Jairo José Matozinho Cubas
RESUMO
Este artigo tem por objetivo apresentar um estudo sobre o sistema de
franquias no Brasil abordando suas características e resultados, uma excelente
oportunidade de negócio devido ao suporte padronizado que o franqueado
recebe do franqueador. O estudo do setor tem apontado um crescimento
expressivo, com as técnicas utilizadas neste projeto, conforme a análise de
orçamento de capital as tendências e os números apresentados e as fontes
citadas se comprovam verdadeiros.Para a realização desta pesquisa foram
utilizadas as seguintes metodologias: pesquisas descritiva, exploratória e
bibliográfica, como visitas e coleta de dadosna Franquia IGUI Piscinas,
informações da ABF (Associação Brasileira de Franchising) e referências de
autores ligados ao estudo da administração e de franquia, entre eles Idalberto
Chiavenato e Michael Porter. Adquirimos também orientações com professores
responsáveis, onde o mesmo nos guiou na realização do projeto.Avaliamos
que o setor de franquias é realmente promissor, visto que este setor vem
apresentando um crescimento considerável, tanto na economia quanto na
aceitação por parte dos brasileiros, que buscam uma nova oportunidade de
empreender.
Palavras Chaves: Plano de Negócios, Franquia, Empreendedorismo.
INTRODUÇÃO
26
Arislaine Batista Inácio Barboza, Graduanda do curso de Administração de Empresas- Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ)
E-mail: [email protected]
2 Denise Silveira Brasil Dasan, Graduanda do curso de Administração de Empresas- Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ)
E-mail: [email protected]
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3 Maria Isabel Ferrari, Graduanda do curso de Administração de Empresas- Faculdade Unida de Suzano (UNISUZ)
E-mail: [email protected]
Plano de negocio de acordo com Salim (2005 , p. 3) significa “... um
documento que contém a caracterização do negócio sua forma de operar, suas
estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de
despesas, receitas e resultados financeiros “
O plano de negócio é um documento de planejamentoque irá descrever
o empreendimento, é uma ferramenta que concilia a estratégia com a realidade
empresarial, ele irá projetar estratégias financeiras e operacionais, análise
completa do mercado e os resultados financeiros que poderão ser
alcançados.Durante o curso de administração aplicamos todo conhecimento
adquirido em sala para um estudo que tem como objetivo estudar a viabilidade
de implantarmos uma Franquia de Piscinas IGUI na cidade de Mogi das
Cruzes.
Como objetivo especifico tivemos como foco estudar o mercado de
Lazer e entretenimento com intuito de mensurar a demanda a ser atingida pela
empresa, aplicar as estratégias de planejamento, analisar investimentos,
calcular mão de obra e insumos necessários, enxergar através de técnicas
financeiras as oportunidades do segmento, o desenvolvimento e a viabilidade
do capital financeiro e humano.
Segundo dados do site da ABF (Associação Brasileira de Franchising)
o setor de franquias em geral cresceu cerca de 12% no ano de 2013,
tendo um faturamento total de R$ 115 bilhões de reais trazendo boas
expectativas para o mercado.
O mercado de piscinas esta em crescimento constante, segundo dados
da ABF o segmento de lazer, em 2013 obteve um aumento de 23,9% (
faturamento em bilhões de reais) em relação a 2012, o que nos define um
mercado bastante promissor. O estudo também revelou que 73 novas marcas
ingressaram neste segmento. Dentre as novas redes, vale destacar as
seguintes marcas: Essencial Care, Nagis e Body Concept. As cinco marcas de
maior faturamento em Esporte, Saúde, Beleza e Lazer são O Boticário, Ri
Happy/ Pbkids, Farmais, Ótica Diniz, e GUI Piscinas.
Referente a marca IGUI São mais de 200 franquias no Brasil, 70 na
argentina 30 no México e 40 na Europa de franquias espalhadas no Brasil, com
um faturamento no ano de 2013 de R$ 4,5 bilhões.percebe-se que foi um dos
ramos que teve um grande Desenvolvimento devido aos números
apresentados.
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Através da análise desde dados acima notamos que o mercado
estudado representa grandes oportunidades de negócio, pois vem mostrando
um crescimento em destaque nos últimos anos.
Mauro (2006, p.24), descreve que:
... O franchising em si não é sinônimo de sucesso, mas sim , uma
maneira de multiplicar sucessos [...] terá uma expansão significativa no Brasil
nos próximos anos, podendo vir a ser uma das molas propulsoras de nosso
desenvolvimento...
Esta citação foi feita por dos maiores estudiosos sobre franquias que
menciona uma visão com boas perspectivas deste método de empreender.
Segundo Cherto( 2006 pag. 19) diz: “ O franchising têm importância cada vez
maior na economia de diversos países, incluindo o Brasil, que hoje é um dos
primeiros colocados no ranking mundial de franchising...”. Estes estudos
mencionados por grandes autores de Franchising no Brasil, mostra que o tema
vem se destacando de forma que alcance um nível de importância cada vez
maior.
Outro fator relevante que justifica a importância do tema abordado,é
baseado em uma característica de nosso pais. Visto que esta característica
relatada refere-se ao fato de que, após a realização de uma pesquisa sobre os
países com maiores quantidades de empreendedores, feitos pelo Serviço
Brasileiro de apoio ás Micros e Pequenas empresas( SEBRAE) e o instituto
Brasileiro de produtividade e qualidade (IBPQ), citada em matéria publicada
no site de notícias Infomoney, voltado a área de economia, divulgado no
começo do ano de 2013, aponta que o Brasil é o terceiro país com maior
numero de empreendedores no mundo, atrás da China o primeiro da lista é os
Estados Unidos.
Portanto todos estes dados reforçam a concepção dos autores referente
ao estudo de Franchising, conforme relatado a seguir:
Não é de hoje que o Franchising brasileiro vem crescendo num
ritmo exponencial, superior ao próprio PIB do país, e se
mantendo com alto faturamento nos últimos anos. Isso significa
que o setor se encontra em uma posição consolidada, o que
justifica a crescente adesão dos empresários que demandam
por um negocio seguro e lucrativo. ( Melo e Andreassi
2002(orgs.) apud Bomeny, 2012)
Este plano de negócio para ser colocado em prática sobre a criação de
uma unidade franqueada, o local escolhido de estudo e instalação foi o
município de Mogi das Cruzes, localizado no alto Tietê, apresentando assim as
características da população e a demanda da região estudada.
METODOLOGIA
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Para a realização desta pesquisa foram utilizadas as seguintes
metodologias: pesquisas descritiva, exploratória e bibliográfica, como visitas e
coleta de dadosna Franquia IGUI Piscinas, informações da ABF (Associação
Brasileira de Franchising) e referências de autores ligados ao estudo da
administração e de franquia.
Segundo Cervo e Bervian (1996. P.49): “A pesquisa descritiva observa,
registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-lo
No plano de negócio desenvolvido a partir da pesquisa foi possível observar
diversas situações em nosso segmento envolvendo as áreas econômicas,
políticas e sociais. Analisamos o cenário envolvido, e correlacionamos os fatos
com as nossas projeções.
O estudo exploratório, designado por alguns autores como pesquisa
quase cientifica ou não cientifica é, normalmente, o passo inicial no
projeto de pesquisa pela experiência e auxílio que traz na formulação
de hipóteses significativas para posteriores pesquisas. (CERVO E
BERVIAN, 1996 P.49)
Foram utilizadapesquisa
administrativa:
bibliográfica
em
livros
específicos
da
área
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de
referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada
independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou
experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as
contribuições culturais ou cientificas do passado existentes sobre um
determinado assunto, tema ou problema. (CERVO E BERVIAN, 1996
P.48)
Para a realização deste trabalho na busca pelo referencial teórico foi
imprescindível utilizar algumas técnicas especiais como: coleta de dados direta
através da visita a uma franquia existente como a indireta em sites e livros
referenciais.Segundo CERVO e BERVIAN (1996, p.134) ...” A coleta de dados,
tarefa importante na pesquisa,envolve diversos passos, como a determinação
da população a ser estudada, a elaboração do instrumento de coleta, a
programação, os dados e a própria coleta...”.
DESENVOLVIMENTO
Para a realização deste projeto foram pesquisados dados sobre os
ambientes interno e externo referente à implantação de uma franquia no
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municipio e para isto foram realizadas análises sobre a economia do Brasil e
estudou-se a demanda no mercado de Franquias.
A Demanda de crescimento no mercado de Franquias de
entretenimento e lazer vem crescendo em média 21,4% ao ano. Demonstra
crescimento maior que o do PIB e muitas oportunidades de diversos nichos de
mercado proporciona suporte para quem pretende iniciar os trabalhos pela
primeira vez assim como treinamentos, auxílio no desenvolvimento da franquia
e no planejamento das operações, por este motivo as franquias tem se tornado
uma alternativa bem atrativa para novos empreendedores.Percebemos esta
oportunidade que se encontra em constante crescimento e salientamos estas
vantagens durante a montagem deste estudo, pois é fundamental demonstrar
em embasamento teórico e dados comprovados como este segmento e a IGUI
em destaque pode ser vantajoso para qualquer empreendedor interessado,
desde que utilizando as ferramentas adequadas ao objetivo e metas da
franquia assim como:
“O processo de marketing consiste em analisar oportunidades de
marketing, pesquisando e selecionando mercados-alvo, delineando
estratégias, planejando programas, organizando, implementando e
controlando o esforço de marketing.” (KOTLER, 2000, p.108).
A cidade escolhida para abrir a franquia IGUI Piscinas foi à de Mogi das
Cruzes, na pesquisa realizada ela se destaca por possuir o 64° PIB do País
entre os 5.562 município brasileiro, entre os 100 maiores, é o que apresenta o
maior nível de crescimento. Todo esse avanço é resultado de uma política
ousada para atração de novos negócios e de apoio para o crescimento e
fortalecimento das empresas já instaladas, que vai além de incentivos fiscais e
doações de área. Toda consultoria e acompanhamento serão oferecidos pela
marca para a abertura da franquia. Pesquisamos um ponto estratégico e
observamos que a cidade investe em setores essenciais para a melhoria da
qualidade de vida, como a construção de escolas, unidades de saúde, a
expansão do saneamento básico, a preservação do meio ambiente, além de
bastante área verde aos redores, a cidade possui o maior centro comercial do
alto tiete. O desenvolvimento da cidade estimula a abertura de dezenas de
novos empreendimentos todos os meses.
Partindo das pesquisas apresentadas, o plano de negócio teve por
objetivo, atingir um parcela da população para compor a demanda inicial no
qual se buscou 2% de participação de mercado do municipio de Mogi das
Cruzes, e um aumento no faturamento de 5% anualmente.
Observando o mercado, analisamos um assunto de grande importância
do autor Porter (1980), referente a teoria das cinco forças, que vem abordar
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dimensões detalhadas para aplicabilidade no plano de negocio. O autor define
as cinco forças da seguinte forma:
As cinco forças competitivas - entrada, ameaça de substituição,
poder de negociação dos compradores, poder de negociação
dos fornecedores e rivalidade entre os atuais concorrentes refletem o fato de que a concorrência em uma indústria não
está limitada aos participantes estabelecidos. Clientes,
fornecedores, substitutos e os entrantes potenciais são todos
"concorrentes" para as empresas na indústria, podendo ter
maior ou menor importância, dependendo das circunstâncias
particulares. Concorrência neste sentido mais amplo poderia
ser definida como rivalidade ampliada. Todas as cinco forças
competitivas em conjunto determinam a intensidade da
concorrência na indústria, bem como a rentabilidade, sendo
que a força ou as forças mais acentuadas predominam e
tornam-se cruciais do ponto de vista da formulação de
estratégias. (PORTER,1980, p. 05)
O estudo se inicia com abordagem sobre a entrada de concorrentes,
esta força é considerada como a mais significativa das cinco forças (Serra,
Torres & Torres, 2004)
A IGUI não possui concorrentes diretos, atua no segmento de piscinas
com domínio. De mercado, seus concorrentes são indiretos, pois sua
liderança no mercado ainda não foi alcançada por nenhuma outra
organização.Os pedreiros fazem um trabalho por fora, constroem piscinas
de alvenaria, mas é importante levar em consideração que os
procedimentos de manutenção se alteram e traz um custo muito maior de
mão de obra e se haver necessidade de mudança, não há como.
Os fornecedores de matéria prima possuem poder de barganha quando
o setor possui poucos fornecedores de determinada matéria prima.No caso
da franquia a própria empresa fornece o principal produto que são as
piscinas, isto traz garantia de um produto com a qualidade esperada e
confiança na hora das vendas, sem falar de outros fornecedores como a
Progeu fabricante de filtros para piscinas e a Cidral Química de produtos,
fornecedores da IGUI que precisam trazer produtos de qualidade para
garantir que a confiabilidade da marca continue, e sua liderança no mercado
seja ainda mais forte.
De acordo com Porter (1980), todas as empresas em uma indústria
estão competindo, em termos amplos, com indústrias que fabricam produtos
substitutos.
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Novos concorrentes surgem e depende da organização agregar cada
vez mais valor a marca e fidelizar os clientes, os consumidores estão cada
vez mais exigentes e querem satisfazer suas necessidades atentas a
segurança e confiabilidade que só as empresas sérias podem oferecer.
As piscinas de plástico vêm sendo consideradas produtos substitutos devido
a grande utilização principalmente por crianças, sendo utilizadas mais no
final de semana para quem não tem lugar hábil para implantação de uma
piscina convencional.
A IGUI possui força no mercado em que atua e por ser líder de mercado
no Brasil possui poder de barganha devido a força da empresa em
conseguir se manter competitiva no mercado.
Partindo da coleta de informações de várias pesquisas qualitativas sobre
o mercado interno e externo da empresa estudada, e tendo como
caracteristicas as cinco forças de Porter, nossa estratégia de mercado é a
de diferenciação e os resultados que esperamos alcançar é atingir o público
alvo escolhido, gerando uma satisfação do cliente e consumidor, valorizando
o produto dos nossos clientes com qualidade.
Na análise do estudo sobre finanças, foram pesquisadas técnicas de
orçamento de capital com o uso de ferramentas como o Valor presente
Liquido e o payback, que juntos serviram de apoio na identificação da
viabilidade do projeto no prazo estipulado de cinco anos.
Referente ao Valor presente líquido, Gitman afirma (2002, p. 329) “ é
uma técnica sofisticada de orçamentos de capital, obtida subtraindo-se o
investimento inicial de um projeto do valor presente das entradas de caixa,
descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresas”. Ainda para
o autor: “Se o VPL for maior que zero, aceita-se o projeto; se o VPL for
menor que zero, rejeita-se o projeto” (GITMAN, 2002, p.330). O nosso plano
de negócios apresentou o valor presente positivo em R$ 78.546,52. O nosso
custo de capital foi de 30% ao ano.
A ferramenta de auxilio financeiro o payback consiste segundo Gitman
(2002, p.327) em: “... o período de tempo exato necessário para a empresa
recuperar seu investimento inicial em um projeto...”, sendo que para
conhecer se o projeto é considerado aceitavel Gitman (2002, p. 327)
descreve: “... Se o periodo de payback for menor que o periodo de payback
máximo aceitável, aceita-se o projeto...”. Transferindo para este plano de
négocio, pôde ser observado que o seu prazo para recuperação teve o
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retorno no tempo aproximado de quatro anos e seis meses estabelecido no
projeto, de cinco anos, considerando aceitavel.
CONCLUSÃO
Durante a construção deste projeto foram feitos vários estudos sobre o
setor, e estes dados tem apontado um crescimento expressivo, fundamentando
boas oportunidades para empreendedores dispostos a investir neste segmento,
foram utilizadas técnicas de levantamento de dados, pesquisas sobre o setor e
análise de orçamento de capital, focando nas tendências de mercado, e análise
de informações através das fontes citadas, fontes estas que comprovam a
veracidade das informações e viabilidade do projeto apresentado.
Concluímos com o estudo da metodologia cientifica e os dados
apurados, que o embasamento de informaçõesnos forneceu indícios de que o
projeto pode ser viável, se utilizado as ferramentas corretas para construção e
manutenção do negócio.Além de proporcionar uma visão em longo prazo de
como será a realização do projeto, sua viabilidade econômica e financeira
durante as projeções realizadas, demonstrando de forma clara e concreta que
os dados apresentados são reais e dão a perspectiva real do projeto em sua
totalidade.
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GESTAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO E A NECESSIDADE DE SUA
REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA
[email protected] Duarte
[email protected] Rodrigues Guimarães
[email protected] CiconiTsutsui
Faculdade Unida de Suzano-Unisuz/Uniesp
Resumo
Devido aos inúmeros avanços no campo da biomedicina, a busca pela “cura”
da infertilidade ou da esterilidade tem se tornado cada vez mais crescente, e a
gestação por substituição apesar de não ter nenhum amparo legal é
atualmente utilizada por casais que pretendem ter um filho ligado ou não por
vínculo biológico e que por problemas reprodutivos não podem procriar de
forma natural, daí a necessidade de se estabelecer regras e impor limites
legais para sua utilização. Dessa forma, considerando que a técnica é
regulamentada apenas pela Resolução do Conselho Federal de Medicina- CFM
2013/2013 destaca-se a necessidade de regulamentação específica a ser
elaborada com urgência, sendo este, o objetivo geral da pesquisa. O objetivo
específico visa trazer à baila as implicações jurídicas decorrentes da utilização
da técnica, bem como suas divergências doutrinárias. Para uma melhor
compreensão do tema foi utilizado o método dedutivo tendo como conteúdo
norteador livros, artigos científicos e doutrinas com diversos posicionamentos.
Nesse viés, nos permitiu vislumbrar uma gama de indagações que ensejam
acaloradas discussões. Pudemos concluir que o avanço tecnológico no campo
da reprodução, tem causado grande insegurança jurídica, isto porque, a
legislação não conseguiu acompanhar a evolução das ciências biológicas,
deixando um grande vazio jurídico no que se refere as técnicas de reprodução
assistida, em especial da gestação por substituição. Em que pese, a doutrina
divergir em vários aspectos, em se tratando da necessidade de uma legislação
específica que a autorize ou proíba, o entendimento é unânime.
Palavras-chave: Gestação por substituição; Barriga de aluguel; Cessão
temporária de útero; Maternidade substituta; Reprodução assistida.
INTRODUÇÃO
O avanço científico da medicina em especial no campo reprodutivo criaram
instrumentos para driblar a infertilidade e esterilidade. Tradicionalmente a única
esperança para casais que queriam alcançar a maternidade ou paternidade era
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através da adoção. Hoje em dia com o advento das novas técnicas de
reprodução foi possível expandir as possibilidades para àqueles que pretendem
ter um filho ligado ou não por vínculo biológico.
Em 1978, nasceu o primeiro bebê de proveta do mundo, e em meados de
1984 houve o nascimento do primeiro bebê de proveta brasileiro sendo
utilizada como modalidade de gestação por substituição somente anos após e
com ela vários impasses surgiram.
Atualmente muitas crianças têm nascido através das práticas reprodutivas, o
que nos permite concluir que milhares de pessoas, sobretudo as mulheres, têm
buscado soluções para os problemas de infertilidade e esterilidade,
submetendo-se as referidas técnicas para alcançar a tão desejada
maternidade.
A Constituição Federal em seu art. 226 § 7º instituiu o direito ao planejamento
familiar, nele estão inseridos os princípios da dignidade da pessoa humana, o
princípio da paternidade responsável e o melhor interesse da criança. Sendo o
citado artigo regulado pela lei 9.263/96, que visa à proteção a satisfação dos
interesses dos filhos e o convívio familiar relacionando-o com o princípio da
afetividade e dignidade humana.O princípio da dignidade da pessoa humana
pressupõe o direito a saúde e a procriação, sendo essa garantia devida, deve o
Estado auxiliar quanto aos tratamentos ligados à função reprodutiva,
maternidade, tratamento contra doenças e oferecer todos os meios disponíveis
para a concepção, desse modo, o direito à vida proclamada na Constituição
Federal tem sua dupla acepção, sendo a primeira relacionada ao direito de
continuar vivo e a segunda de se ter vida digna quando à subsistência.
Todavia, o avanço tecnológico no campo da reprodução assistida, trouxe para
a sociedade inúmeros dilemas éticos, religiosos e jurídicos. Essa crescente
evolução nas ciências da vida, apesar de assegurar benefícios para a
humanidade trouxe desafios e medo para o ser humano, a utilização das
técnicas suscitou questionamentos e implicações jurídicas que até então não
haviam sido tratadas pelo Direito.
Diante desse quadro a criação de legislação específica é imprescindível,
principalmente na gestação por substituição que merece uma atenção especial.
A Resolução do Conselho Federal de Medicina – CFM 2013/2013, é a única
que regula a atividade médica para a Reprodução Humana Assistida e
estabelece normas para sua utilização, especialmente nessa modalidade onde
existe figura de uma terceira pessoa que doará temporariamente o útero
tornando- se a hospedeira, vulgarmente conhecida como “barriga de aluguel”.
A necessidade de se criar uma legislação específica em nosso ordenamento
que regulamente a técnica, se justifica pelos diversos questionamentos e
implicações jurídicas decorrentes da sua utilização, dentre eles no que se
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refere: a validade jurídica do contrato firmado entre as partes; a
contraprestação no aluguel do útero; a atribuição da maternidade em um
possível conflito entre mãe gestacional, socioafetiva ou biológica, sendo que
nesse último aspecto, embora a mãe gestacional tenha sido apenas a barriga
solidária, gestando o filho de outra mulher, poderá recusar-se à entregar o
bebê, dessa situação surge o maior impasse jurídico relacionado à técnica.
Tais questionamentos são considerados como pontos mais polêmicos do tema
destacando assim, a necessidade de criar leis específicas para regulamentar
as técnicas de reprodução assistida, em especial a gestação por substituição.
Metodologia
Para se chegar aos resultados apresentados no trabalho, foram pesquisados e
utilizados através do método dedutivo, livros, artigos científicos e doutrinas com
diversos posicionamentos em relação aos mais variados questionamentos
acerca dos aspectos jurídicos que rodeiam a técnica. Foi pesquisada a
evolução histórica da família na sociedade e suas transformações ao longo dos
anos, bem como, o sistema de filiação e sua abordagem constitucional, a
evolução cientifica, bioética, biodireito e a reprodução humana medicamente
assistida, dessa forma, permitiram vislumbrar uma gama de indagações que
ensejam acaloradas discussões.
Desenvolvimento
A Gestação por substituição é uma técnica de reprodução humana
assistida que consiste na inseminação artificial ou fertilização in vitro aliada a
possibilidade da mulher conceber um filho biológico fora de seu ventre. Essa
técnica é entendida pelos doutrinadores como sendo o ato em que uma mulher
cede temporariamente seu útero para gestar o filho de outra, com a intenção de
entregá-lo após o nascimento. Aparece muitas vezes como o único ou último
recurso, quando todos os demais tratamentos foram inviáveis. Considerada
uma das técnicas mais polêmicas da reprodução assistida, a gestação por
substituição é conhecida por diversas denominações, tais como, mãe de
empréstimo, gestação por outrem, mãe sub-rogada, gestação sub-rogada,
cessão temporária de útero, barriga de aluguel,mãe hospedeira, dentre muitas
outras, as quais serão tratadas como sinônimo neste trabalho. Entretanto, a
terminologia mais conhecida é “barriga de aluguel.”
Em tempos passados, era comum recorrer ao adultério consentido, ao
útero escravo ou até mesmo a caridade para resolver os problemas de
infertilidade e esterilidade. A prática é ancestral, inclusive com passagens na
bíblia, como na história de Abraão, no qual Sara impossibilitada de gestar pede
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para que seu marido Abraão conceda-lhe um filho através de sua serva
Hagar.27,28
Isto posto, é possível afirmar que há muito tempo tem-se buscado uma
solução para amenizar os problemas de infertilidade ou esterilidade.
Entretanto, nessa época a mãe de substituição era a mãe biológica da
criança, hoje, com as técnicas de reprodução, em especial a fertilização “in
vitro”, pode-se fazer uma mãe natural, uma mãe por substituição, possibilitando
emprestar seu útero temporariamente sem que não haja ligação genética com
o embrião.29
Pode-se dizer que essa evolução da ciência no campo da reprodução
humana formou uma nova identidade materna, tornando possível que uma
criança tenha sua filiação titulada por três ou mais pessoas, tanto em relação a
maternidade quanto a paternidade.
No Brasil esse assunto está cercado de diversos questionamentos e
implicações jurídicas devido ao vazio normativo, apesar de ser uma prática que
vem crescendo em vários países do mundo. A primeira implica em saber a
quem deverá ser atribuída a maternidade de uma criança gerada por essa
técnica: a “mãe” genética, que forneceu o óvulo? a “mãe” doadora temporária
do útero, que gestou a criança e suportou o parto? ou a “mãe” social, aquela
que externou sua vontade procriante e que deu início ao projeto de nascimento,
visando acompanhar todo seu desenvolvimento? Deve-se considerar ainda a
possibilidade da mãe substituta participar do processo utilizando o seu próprio
óvulo, ou seja, a mãe é, ao mesmo tempo, genitora e gestante.
Nesse aspecto, as complicações jurídicas relativa a atribuição de
maternidade são extremamente complexas. Outro ponto a ser questionado se
refere a validade jurídica do contrato firmado entre as partes para a realização
da técnica e também sobre a onerosidade e gratuidade desses contratos.
Questões de difícil resposta devido a complexidade que alcançam e que
passaremos a analisar.
De acordo com os princípios norteadores da bioética, o médico deve
tentar evitar ao máximo a barriga de aluguel e utilizar tal método somente em
último caso, tem também o dever de informar aos envolvidos todas as
implicações referentes ao procedimento o qual serão submetidos, sendo
SEVERO, Hryniewicz. REGINA, Fiuza Sauwen. O direito “in vitro” da bioética ao
biodireito.3 ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2008,p.103
28Cf.passagem da Bíblia citada pelo autor-Gênesis 16, versículo 1-16
29
LEITE, Eduardo de Oliveira. Procriações artificiais e o direito: aspectos médicos,
religiosos. Psicológicos, éticos e jurídicos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1995,
p.184.
27
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imprescindível que as partes estejam cientes das particularidades do caso,
para enfim, darem o consentimento consciente30.
A Resolução do Conselho Federal de Medicina 2013/2013 dispõe sobre
a obrigatoriedade do consentimento informado e contrato entre os pais
genéticos e a doadora do útero, estabelecendo claramente a filiação da
criança.
A respeito da validade jurídica do contrato de gestação por substituição
existem duas vertentes, a primeira diz que o contrato de gestaçãodeve ser feito
para regular o serviço de prestação de serviço, e a segunda que se trata de
comércio de pessoas, sendo assim, completamente ilegal.31
Em Washington de Barros Monteiro vamos encontrar o seguinte
esclarecimento sobre o conceito de contrato: “podemos conceituá-lo como o
acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir um direito.”32
Abordando a questão sobre a ótica do Código Civil 2002, para que o
contrato seja considerado existente deve atender aos requisitos: capacidade
genérica; aptidão para contratar; e o consentimento. E no campo da validade
deve atender aos requisitos objetivos: objeto lícito, possível, determinado ou
determinável, por sua vez, o art. 5º da CF, declara a inviolabilidade do direito a
vida, dessa forma, sendo a vida humana direito indisponível não pode ser
considerado como objeto de contrato.
Neste contexto cabe ainda citar o art. 199 § 4º da Constituição Federal:
Art. 199 § 4º CF –“A lei disporá sobre as condições e os requisitos
que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas
para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta,
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo
vedado todo tipo de comercialização”.33
Nesse sentido, para Maria Berenice Dias34, a gestação por substituição
é vedada constitucionalmente, em contrapartida, Eduardo de Oliveira Leite,
defende que a disposição prevista no §4º do art. 199 da Constituição Federal
não se aplica a matéria em questão.
“É evidente que a utilização do útero não se encontra incluída no
referido dispositivo constitucional. O procedimento não é assimilável
ao transplante de órgão, nem à pesquisa, nem ao citado tratamento.
Também não ocorre remoção de órgãos, tecidos ou substâncias
humanas.”35
30
ALMEIDA, Aline Mignon. Bioética e biodireito. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2000, p.
47
31 ALMEIDA, Aline Mignon. Bioética e biodireito. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2000,
p.49.
32 MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das obrigações, vol.5.
34.ed.rev. e atual. por Carlos Alberto Dabus Maluf e Regina Beatriz Tavares da Silva. São
Paulo: Saraiva, 2003,p.5
33CF, art.199 § 4º
34
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 4 ed. rev. atual. eampl. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2007.p.332.
35 LEITE, Eduardo de Oliveira. Tratado de direito de família: origem e evolução do
casamento. São Paulo: Juruá, 1991, p. 405
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A doutrina contrária a validade do contrato defende que tendo em vista
que o objeto de entrega seria a própria criança a ser gerada a invalidade é
explicita, pois contraria o ordenamento jurídico pátrio e a moral.Em
contrapartida a doutrina que defende sua validade, fundamenta que o objeto do
contrato é a prestação do serviço de aluguel do útero e não a criança a ser
gerada.
Severo Hryniewicz e Regina Fiuza Sauwen comentam em sua obra que
um dos argumentos defendido pelos opositores ao contrato de gestação é que
apesar de estar previsto que a criança deve ser aceita pelos locadores em
qualquer situação, até mesmo no caso de má formação, ainda assim, existe a
possibilidade dos pais solicitantes rejeitarem a criança, tornando-a candidata
ao abandono. De outro modo, entendem os favoráveis que justamente por
estar previsto em clausula contratual, os locatários são obrigados a assumir a
criança, e alegam inclusive que o abandono de crianças é um fenômeno que
não diz respeito somente ao útero de aluguel.36
Do ponto de vista de Eduardo de Oliveira Leite, em matéria referente às
“mães de substituição” mesmo levando em consideração os interesses das
partes envolvidas na técnica, os interesses da criança deverá sempre se
sobrepor as demais considerações.37
Monica Sartori Scarparo salienta que embora utilizada a expressão
“contrato de locação de útero” com relativa frequência, não existe juridicamente
condições que afirmem a viabilidade de seu objeto.38
Quanto a contraprestação no aluguel do útero a Resolução
2013/2013do CFMimpõe a realização da técnica somente a título
gratuito, tratando assimde coibir o aspecto comercial de forma
expressa, dispondo que “a doação temporá ria do útero não poderá ter
caráter lucrativo ou comercial”. 39
A contraprestação na locação do útero é condenada por muitos, uma
vez que entendem que a remuneração implica em uma coisificação do ser
humano, simplesmente pelo fato do cliente estar pagando pela criança que
recebe. Argumentam que pelo ponto de vista ético, esses acordos atentam
contra a dignidade da pessoa humana. Em contrapartida, os que defendem a
SEVERO, Hryniewicz. REGINA, Fiuza Sauwen. O direito “in vitro” da bioética ao
biodireito. 3ªed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2008, p.109
37
LEITE, Eduardo de Oliveira. Procriações artificiais e o direito: aspectos médicos,
religiosos. Psicológicos, éticos e jurídicos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1995,
p.411
38 SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos científicos
e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991, p.54
39CFM 2013/2013
36
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prática, alegam que não se trata de venda de criança, mas um pagamento por
serviços prestados. Assim como ocorre com qualquer outra profissão.40
Outro argumento contrário a técnica diz respeito a exploração de
mulheres pobres que necessitadas de dinheiro aceitam facilmente tais tarefas,
pois veriam na utilização do próprio corpo, um meio de sobrevivência.41 Os
defensores rebatem tal argumento, sustentando que a exploração da pobreza
ocorre em todas as esferas da atividade humana.
Além desse aspecto, do ponto de vista jurídico, sendo vedada
constitucionalmente a remuneração na doação de órgãos, a gestação também
segue a mesma linha. Nesse sentido, a doutrina favorável a técnica, entendem
que se trata de situações completamente distintas, sendo o doador um doador
e a mãe substituta uma profissional.42
Eduardo de Oliveira Leite, relata que existem circunstâncias que o
procedimento ocorre independentemente dos interesses pecuniários, nesses
casos,os acordos normalmente envolvem mães, irmãs, ou uma amiga, são
motivados pela compaixão, decorrem de um ato de amor e generosidade.Por
outro lado o autor revela, embora, o CFM-2013/2013 tenha imposto que a
gestação por substituição seja realizada sem fins comerciais e lucrativos,
indaga-se se não seria exigir demais que uma mulher disponibilize seu tempo,
dedicação, sua vida, submetendo a esse tipo de gestação, disponibilizando seu
útero para gerar uma criança que não manterá em seu poder, e que por fim
será entregue ao contratante sem que haja uma compensação.43
Nas palavras de Aline Mignon Almeida, vamos encontrar o seguinte
esclarecimento:
“Se uma mulher utiliza seu corpo para aparecer nua na tv, fazerfilmes
pornográficos, posar para revistas masculinas, fazer shows de
striptease e sexo explícito, e se prostituir por dinheiro, esses são
ofícios pouco nobres, mas não há punição considerado crime, a
punição nestes casos é mais social, Já o útero de aluguel, tem como
‘pano de fundo’ um motivo nobre, relevante, que é garantir à mulher
infértil o direito a maternidade”44
Entende ainda,que não há lesão de autonomia pessoal. Tanto a mãe
hospedeira, quanto os contratantes buscam algum modo um tipo de satisfação,
e não se pode dizer que estejam ferindo o direito alheio.
No que se refere a atribuição de maternidade, podemos dizer que até
pouco tempo, o direito pregava com relativa segurança o fato de ser a
maternidade sempre certa e a paternidade presumida. Não havia dúvidas
Hryniewicz. REGINA, Fiuza Sauwen. O direito “in vitro” da bioética ao
biodireito. 3ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2008, p. 108
41 SCALQUETTE, Ana Claudia. S. Estatuto da reprodução assistida. São Paulo: Saraiva,
2010, p.195
42SEVERO, Hryniewicz. REGINA, Fiuza Sauwen. O direito “in vitro” da bioética ao
biodireito. 3ªed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2008 p. 109
43
LEITE, Eduardo de Oliveira. Procriações artificiais e o direito: aspectos médicos,
religiosos. Psicológicos, éticos e jurídicos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1995,
p.406.
44 ALMEIDA, Aline Mignon. Bioética e biodireito. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2000,
p.52.
40SEVERO,
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quanto à atribuição da maternidade, pelo fato da mãe ser aquela que gestou e
deu a luz ao filho.
Entretanto, as técnicas de reprodução artificial com a utilização de “útero
de aluguel” colocaram em dúvida o principio “matersemper certa est”. 45
Antigamente não havia dúvidas quanto a maternidade, uma vez que não
existia a possibilidade de fecundar o óvulo fora do corpo, bem como transferi-lo
para outra mulher. Desse modo, era possível afirmar que a “mãe” era aquela
que estava gestando o filho.
Atualmente, com o advento das técnicas de reprodução medicamente
assistida, as consequências em matéria de filiação relativa às “mães” são as
que mais suscitam discussões. Em razão da ausência de regulamentação legal
referente a técnica, a mãe gestacional, aquela que por nove meses carregou
em seu ventre um bebê que sabe ser de outrem pode se recusar a entregá-lo a
contratante. Diante desta situação, indaga-se: quem é a verdadeira mãe?
A Resolução CFM- 2013/2013 com o propósito de evitar conflitos
judiciais e a comercialização de bebês, estabeleceu que a doadora temporária
de úterodeve pertencer a família dos pais solicitantes num parentesco
consanguíneo até o 4º grau,vinculando as duas mães a família. Sendo os
demais casos sujeitos a autorização pelo Comitê médico.
Embora a Resolução tenha acertadamente estabelecido algumas regras
para seu uso, não conseguiu evitar as implicações referentes a atribuição da
maternidade.
Se considerarmos que a maternidade deve ser atribuída a mãe
biológica, estaremos apontando para aquela que doa o material genético, o que
pode ser um equivoco, pois a mãe solicitante pode ter utilizado de óvulo doado
para a fecundação. 46
Se pensarmos em mãe como sendo aquela que independente da origem
do óvulo, carrega a criança no ventre, distanciaríamos da condição materna a
mulher que impedida de gestar por problemas reprodutivos, conta com o auxilio
de outra para gestar seu filho, atribuindo a doadora do útero a filiação.47
Logo, a maternidade deve ser atribuída aquela que independente do
óvulo ou útero utilizado para gestar a criança, teve a vontade procriante e deu
inicio ao processo de filiação, que buscou alcançar seu objetivo de ser mãe.48
SEVERO, Hryniewicz. REGINA, Fiuza Sauwen. O direito “in vitro” da bioética ao
biodireito. 3ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2008, p101.
46 SCALQUETTE, Ana Claudia. S. Estatuto da reprodução assistida. São Paulo: Saraiva,
2010, p.199.
47 SCALQUETTE, Ana Claudia. S. Estatuto da reprodução assistida. São Paulo: Saraiva,
2010, p.199.
48 SCALQUETTE, Ana Claudia. S. Estatuto da reprodução assistida. São Paulo: Saraiva,
2010, p.199.
45
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Atualmente a doutrina e a jurisprudência têm estabelecido a filiação com
base no princípio do melhor interesse da criança, reconhecendo o afeto como
fator primordial, se sobrepondo ao fator biológico.
A tomada de decisão de um litígio desse gênero não é nada fácil e longe
de ser pacífica dada a complexidade da situação a qual envolve de um lado a
mãe biológica ou socioafetiva, que por nove meses aguarda a chegada do tão
sonhado filho e por outro, a mãe gestacional que pelos mesmos nove meses,
sentiu todas as transformações em seu corpo e uma vida nele desenvolver,
podendo inclusive, criar uma ligação afetiva com a criança.Desse modo,
podemos concluir que os posicionamentos aqui expostos demonstram a
complexidade do tema em questão. As técnicas de Reprodução medicamente
assistida apresentam situações extraordinárias para a sociedade, deixando
todos perplexos com os desafios e polêmicas trazidas por esse avanço
biotecnológico.
Há que se dizer que em verdade, não apenas o conceito de mãe foi
alterado, opróprio Direito de família evoluiu, aceitando hoje em dia vários
formatos de núcleos familiares e provavelmente serão acolhidas novas
modalidades, uma vez que o Direito se presta a regulamentar as necessidades
da sociedade que vem se alterando naturalmente ao longo dos anos, ao passo
que é impossível impedir a evolução científica, que se baseia nas
necessidades do homem.
Alguns projetos de lei sobre reprodução humana, em especial sobre a
gestação por substituição foram apresentados ao Senado. Dentre eles está o
PL nº1184/2003 apresentado pelo Senador José Sarney, aprovado pelo
senado está aguardando parecer da Comissão de Constituição e Justiça antes
de seguir para o plenário. Defende o relator do projeto, o deputado Coubert
Martins que o assunto em pauta não deve ser regulamentado apenas por uma
resolução e que sua importância necessita de regulamentação por lei.49
Atualmente, o PL 1.184/03 aguarda ocorrência de audiência pública para que a
Comissão manifeste emitindo parecer sobre o projeto e para que seja dado
andamento ao processo legislativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo exposto, percebe-se que as discussões jurídicas abordadas no
tema são de extrema importância e exige um estudo de contextos
indisciplinares que envolvem direito, bioética, medicina genética e psicologia.
No plano normativo Brasileiro no que se refere a gestação por
substituição há um verdadeiro vazio jurídico, contudo, existem projetos de lei
em tramitação na Câmara dos Deputados que tem por finalidade regulamentar
49
Relatório PL 1184/03
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a técnica de gestação por Substituição ou até mesmo proibi-las, porém, até o
momento, nenhum deles chegou a termo.
A Resolução 2013/2013 do Conselho Federal de Medicina é única
regulamentação existente, no entanto, por ser uma norma infralegal, não
possui força de lei.
A gestação por substituição estudada neste trabalho vem ao encontro da
expectativa de muitos casais, por outro lado, acarretam severas críticas por ser
uma técnica que utiliza uma terceira pessoa como hospedeira de um embrião
alheio, que levará a termo a gestação e posteriormente entregará o bebê ao
casal solicitante.
Na opinião de muitos doutrinadores a maternidade substitutiva estaria
possibilitando um suposto mercado de bebês, em outras palavras, ensejando a
“coisificação” do ser humano, além desse aspecto, alegam que a técnica
distorce a relação entre mãe e filho e que haveria a exploração de mulheres
pobres.
Desse modo, conforme demonstrado seus opositores entendem quea
prática deve ser proibida, por constituir uma afronta a dignidade da gestante e
do nascituro, no entanto, resta um questionamento: Se uma mulher pode ceder
seu filho para adoção, porque não poderia da mesma forma, ceder seu útero
para gerar um filho de outra e entregá-lo ao nascer? Ora, se a sociedade aceita
que uma mulher entregue a adoção uma criança que apesar de ser
biologicamente sua não pretenda criar, poderia entender ser completamente
normal, que essa mesma mulher queira ajudaroutra que por algum problema
reprodutivo não consiga alcançar seu desejo procriante.
Para os defensores, a técnica é considerada a “cura” da infertilidade,
sendo que o desejo da mulher em procriar não pode ser cerceado pelo Estado.
A Constituição Federal institui o direito ao planejamento familiar,
compreendendo o direito das pessoas em buscar a concepção do desejado
filho, dessa forma não se pode admitir sua proibição. Necessário se faz criar
leis, ainda que severas, no entanto, permitindo aos profissionais da área da
biomedicina que continuem a erguer meios para as curas, no qual muitos
necessitam e somem-se a isto, experimentos com finalidade sanar os
problemas de esterilidade e infertilidade.
Portanto, a legislação Brasileira deve acompanhar a evolução da
sociedade amparando e regulamentando esse novo cenário que vem
crescendo no mundo todo sobre a moderna constituição de família, dessa
forma, permitindo sua utilização e dando maior segurança aos que necessitam
desse meio para alcançar o sonho da procriação utilizando a ciência como
aliada.
Entendemos finalmente que a prática deve ser regulamentada com
urgência, estabelecendo limites claros, obrigatórios e seguros, visando
respeitar e valorizar a realização pessoal no que se refere ao desejo
procriacional.
O direito Pátrio deve criar leis para proteger a instituição familiar, não
devendo ignorar a realidade, nem tampouco se acanhar diante dos problemas,
optando pela proibição, mas sim, solucionar e enfrentar as mais variadas
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situações que poderão surgir, desfazendo os obstáculos, permitindo o avanço
da ciência e assegurando o amplo direito a saúde reprodutiva.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Aline Mignon. Bioética e biodireito. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris,
2000.
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 4 ed. rev. atual. eampl. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.
DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. 9 ed. rev. e atual. de
acordo com o Código de Ética Médica. São Paulo: Saraiva, 2014.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Procriações artificiais e o direito: aspectos médicos,
religiosos. Psicológicos, éticos e jurídicos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
1995.
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das obrigações,
vol.5. 34.ed.rev. e atual. por Carlos Alberto Dabus Maluf e Regina Beatriz Tavares da
Silva. São Paulo:Saraiva, 2003.
SCALQUETTE, Ana Claudia. S. Estatuto da reprodução assistida. São Paulo:
Saraiva, 2010.
SCARPARO, Monica Sartori. Fertilização assistida: questão aberta: aspectos
científicos e legais. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991.
SEVERO, Hryniewicz. REGINA, Fiuza Sauwen. O direito “in vitro” da
bioética ao biodireito. 3ªed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2008.
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CONCEPÇÕES DA FORMAÇÃO CIDADÃ NA EDUCAÇÃO
Leandra Silveira de Moraes
Jairo José Matozinho Cubas
Faculdade Unida de Suzano
RESUMO
Este trabalho tem como tema central a formação cidadã por meio da Educação
brasileira, garantida na atual legislação. Apresenta como principais objetivos
compreender a terminologia em questão, com base nas contribuições de teóricos das
áreas da Sociologia e da Filosofia. Outro ponto em destaque desta pesquisa é o
reconhecimento de que realmente a educação é um dos pilares básico para a
concretização dessa formação para a cidadania e apresenta com as argumentações
dos pensadores da Educação os principais aspectos que fundamentam o papel da
escola e docentes para a realização desse novo desafio, formar a base para uma vida
pública e política consciente. Para ampliar a compreensão foi de extrema importância
abordar o papel do professor com foco nas problemáticas da relação entre os
educadores e seus alunos e um olhar para a importância da intencionalidade da
prática docente para fazer valer essa concepção de uma educação como formadora
da cidadania plena.
Palavras chave: Cidadania, Educação, Professor
INTRODUÇÃO
A presente trabalho aborda o conceito de cidadania na sociedade
contemporânea, uma vez que se apresenta como novo desafio da Educação brasileira
a formação para o seu exercício, garantidos nos documentos oficiais.
Por meio de pesquisas bibliográficas, tem como objetivo compreender a
relação da escola para essa formação do indivíduo pleno, a importância de uma
conscientização para efetivar essa formação cidadã de maneira democrática a todos
os indivíduos, defendendo a escola como o ambiente propício para sua efetivação,
apresenta também como complemento para essas considerações, diversos
argumentos dos teóricos da educação com um olhar para o papel do professor e os
desafios encontrados nesse espaço escolar para a efetivação da formação
democrática dos legítimos cidadãos dessa Nação.
O problema inicial era compreender qual o conceito que se entende da
terminologia “formar para o exercício da cidadania plena”, entender também quais são
os atuais desafios da escola para alcançar esse objetivo propostos na legislação e a
função dos seus protagonistas, os educadores para efetivar essa formação, partindo
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do questionamento de que se muitos são os desafios a se enfrentar para uma
educação global devemos nos perguntar quem são os educadores da renovação e da
inovação educacional.
Para tal, este trabalho se divide em partes. Na primeira, aborda
a
necessidade de se inferir um conceito base para o termo cidadão, tão utilizada no
atual contexto da nossa educação.
Na segunda apresenta a relevância ao lincar esse novo aspecto de formar
para a cidadania, com o olhar atual do papel da escola para esse fim, sua
responsabilidade em garantir de forma democrática e consciente a formação dos
indivíduos participativos e capacitados para as transformações que se façam
necessárias para o desenvolvimento da sociedade em um todo.
E finalmente na terceira, a pesquisa se afunila para o papel do professor na
prática dessa formação plena. Levantando questionamentos pertinentes sobre a real
intencionalidade em sala de aula, o envolvimento social e político necessário ao
educador, às contradições de prática educativa baseada muitas vezes em
autoritarismo ao invés da autoridade para que de fato se contribua com uma relação
professor-aluno que fecunde a formação de indivíduos capacitados com consciência,
valores e a credibilidade de que são capazes de intervir e modificar o mundo em que
vivem.
DESENVOLVIMENTO
1-CONCEITOS
DE CIDADANIA
Este capítulo visa apresentar os conceitos do termo cidadania, uma vez que
sua temática, no atual contexto do Brasil, desperta interesses em distintos ambitos do
saber. Como instrumento teórico para uma possível investigação de seu significado
essa pesquisa busca contribuições na área da Sociologia e da Filosofia para uma
compreensão de seu sentido para a Educação, que apresenta também como papel da
escola, essa formação cidadã.
Primeiramente buscamos apresentar a definição
do termo cidadania pela etimologia da palavra: “qualidade
de cidadão”, logo, como complemento de sentido,
“cidadão é o termo que representa o habitante de uma
cidade; aquele que goza dos direitos civis e políticos de
um Estado”. (FERREIRA, 1999, p.63).
O termo deriva da palavra cidade como menciona Gallo (2003, p. 32), “É da
palavra latina cive que se origina a palavra cidade, no português, e é também dela que
vem a palavra cidadão. Portanto, cidadania é sinônimo de política no sentido grego,
assim como cidadão e político são a mesma coisa”.
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Essa “idéia de cidadania, referindo-se à qualidade
daquele que pertence à ‘cidade’, isto é, de quem tem a
permissão de participar da vida política” (RODRIGUES,
2006, p.4), originalmente criado na antiguidade da polis
grega, resumia-se teoricamente a participação de todos
no exercício do poder e a justiça era determinante para se
instaurar a ordem, como cita Aranha (2003, p.82), “a
ordem humana da origem ao cidadão da polis”,
claramente demonstra que desde os primeiros filósofos,
que denominaram a formação de um povo regido pelo
senso de justiça, a política deu a forma para a cidadania e
juntamente o direito a reflexões e questionamentos
permitiu ao homem perceber-se como sujeito de seus
atos, porém unificado com o corpo social.
Ainda segundo a autora:
A noção de justiça assume caráter político, e não apenas moral, ou seja, não
diz respeito apenas ao indivíduo e aos interesses de tradição familiar, mas a
sua atuação na sociedade. (ARANHA, 2003, p.82).
Embora Silva e Silva (2010, p. 48) explica que “cidadania era antes de tudo a
condição de quem pertencia a uma cidade e sobre ela tinha direitos” enfatizamos que
essa origem do termo na polis grega restringia apenas aos homens livres a
participação ao seu exercício, onde se torna claro como o tema gerou contradições ao
longo da história da construção da sociedade humana.
De acordo com Silva e Silva (2010, p. 47), na atualidade democrática em que
nos encontramos, “a noção de cidadania está atrelada à participação social e política
em um Estado”, assim como, do ponto de vista de Andrade (1993, p.17): “É no
elemento povo que o discurso da cidadania se inscreve”.
Como complemento desses pensamentos, Galliano (1981) explica:
Pertencer a uma coletividade é partilhar com os outros membros dela
um número suficiente de ideias ou traços comuns que permita
reconhecermo-nos no “nós” por ela formado, ou seja, é identificarmonos com esse “nós” a ponto de extrair dele, pelo menos em parte,
nossa identidade psíquica e social, (GALLIANO, 1981, p. 305).
Essa cidadania é uma construção constante que se dá a partir da articulação
do conjunto dos seres humanos e como afirma Luckesi (1994, p. 110) “Não se dá
isoladamente. A sua prática é dimensionada por suas relações com os outros”.
Estando de acordo, Galliano (1981, p.193) menciona que “Cada pessoa, cada
geração, precisa assim internalizar as normas da sociedade onde vive por um
processo que é ele próprio social”.
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O texto Revisitando o conceito de cidadania: notas para uma educação
politécnica, de Adriana Geisler,(2006) menciona que “A cidadania, todavia, não é
unicamente um conceito jurídico-legal, mas um fenômeno histórico-social. Conceituar
cidadania hoje implica, portanto, reconhecer que o próprio conceito está em disputa,
dadas as contradições do capitalismo em dar continuidade ao processo civilizatório de
universalização dos direitos do homem”. (GEISLER, 2006, p.2).
A maneira que foram se desenvolvendo as organizações políticas e
econômicas e a percepção da participação no sistema social foi moldando a nova
estrutura da nossa cidadania democrática. Logo, a união da cidadania com a
democracia se apresenta como fator revolucionário para uma possível reorganização
social. De acordo com Carrijo (2013):
Sem a vivencia da democracia, há inevitavelmente, ausência ou
limitação dos direitos de cidadania. O que demonstra que a forma
como uma sociedade concebe a democracia irá influenciar direta e
significativamente no modo como esta concebe e exerce sua
cidadania. (CARRIJO, 2013. p.25).
Referindo-se ao acima exposto, Gallo (2003) explica que:
A ação democrática consiste em todos tomarem parte do processo
decisório sobre aquilo que terá consequência na vida de toda a
coletividade. Quem pode dizer o que é bom para todos? Aquele
mesmo que irá provar – o próprio ser humano. Se não for dessa
forma direta, pelo menos por meio de seus representantes, desde
que ele se mantenha ativo e vigilante, acompanhando o trabalho
daquele que elegeu. (GALLO, 2003. p.30).
A título de reflexão, a característica da construção da cidadania se
fundamenta nas ações humanas exercidas coletivamente com bases em noções de
direitos e deveres e em nome de uma Nação. Deste modo a democracia reafirma a
igualdade como base da realidade cidadã.
O autor Severino (1994) apresenta uma reflexão sobre o termo:
Quando falamos de cidadania estamos nos referindo a uma
qualificação da condição de existência dos homens. Trata-se de uma
qualidade de nosso modo de existir histórico. O homem só é
plenamente cidadão se compartilha efetivamente dos bens que
constituem os resultados de sua tríplice prática histórica, isto é, das
efetivas mediações de sua existência. Ele é cidadão se pode
efetivamente usufruir dos bens materiais para a sustentação de sua
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existência física, dos bens simbólicos necessários para a sustentação
de sua existência subjetiva e dos bens políticos necessários para a
sustentação de sua existência social. (SEVERINO, 1994, p.98)
Para que cada ser humano tenha essa consciência de seus direitos a serem
compartilhados com o grupo social a qual está diretamente ligado, Pinsky (2004)
acrescenta que:
Ter consciência da necessidade de se ter consciência, para buscar
conhecer os direitos e de exigir o direito de ter direito, e entender que
essa consciência não se compra, não se vende, não se barganha
nem se acha na rua, ao contrário, se constrói, este é o ponto mais
alto da cidadania. (PINSKY, 2004, p.50).
Complementando seu pensamento, o autor define cidadania como:
Ser cidadão, ou cidadã, é poder ter condições de romper barreiras da
ignorância moral, espiritual e intelectual. É ter a capacidade de
pensar e refletir a vida pública, econômica, cultural e social em que
vive, local e globalmente. Ser capaz de adquirir, e ter sempre
presente em si, uma consciência histórica, democrática e
internacional, cuja plataforma seja o direito de igualdade de
oportunidade, a tolerância, a solidariedade, o respeito, a paz e a
justiça. (PINSKY, 2004, p. 50).
A cidadania se dá a partir da junção de três aspectos fundamentais para a
existência humana, uma base econômica, social e política e é no fato de poder usufruir
desses aspectos com plena consciência desses direitos que se vivencia a cidadania
plenamente. Essa cidadania plena não esta enraizada na perfeição do ser, mas
visando uma concepção praxista, ou seja, o homem como centro de sua construção
histórica consciente de suas responsabilidades coletivas.
Essa responsabilidade coletiva de todo cidadão é denominada de contrato
social na visão de Pinsky (2011, p.18), como descreve “a cidadania autêntica prendese à ideia de contrato social, ou seja, um complexo de direitos e deveres, que cada um
de nós tem para com todos os outros.” E detalha com maior propriedade que:
Cidadania enfeixa uma série de direitos, deveres e atitudes relativos
ao cidadão, aquele indivíduo que estabeleceu um contrato com seus
iguais para a utilização de serviço em troca de pagamento (taxas e
impostos) e de sua participação, ativa ou passiva, na administração
comum. (PINSKY, 2011, p. 18).
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O autor reforça que “exigir direitos é parte da cidadania, mas respeitar os
contratos sociais é sua contrapartida” (PINSKY, 2011, p. 19), ou seja, sem que haja o
devido respeito às regras sociais estipuladas democraticamente o fato de ter garantido
seus direitos não garante a cidadania plena, pois o homem é um ser social que
depende de sua atuação para viver com plenitude seus direitos sem que impeça o
outro de tê-los garantidos também.
Dentro dessa visão, Gallo (2003), cita uma particularidade de um poema do
poeta inglês John Donne, e explica como apresenta com clareza essa característica
humana mencionada acima:
O poeta inglês John Donne começou um poema com o verso: “
Homem algum é uma ilha” Somos seres sociais, “ animais políticos”
como já definiu Aristóteles há 2500 anos atrás, o que nos leva
necessariamente tomar parte de grupos humanos, a viver nossa vida
junto a muitas outras pessoas iguais a nós.(GALLO, 2003, p. 26).
Estando de acordo, Fernandes (2013, p. 2) reforça que:
A cidadania nada é se não a exercitarmos. Sendo inerente à condição
de humano, ela depende de nossas ações. [...] a cidadania está em
nós, mas só existe de fato quando pertencemos ativamente a uma
comunidade da qual tomamos parte que faz de nós cidadãos de fato.
(GALLO, 2001, apud FERNANDES, 2013, p. 135-136).
A associação desses grupos humanos com base na igualdade de direitos e
deveres, é uma base para a consolidação de uma democracia cidadã, como observa o
autor:
Pela associação de todos os cidadãos manter-se-á viva a noção de
que o ser humano con-vive e far-se-á a defesa da democracia como
forma de governo que permite essa efetiva participação. E, com ela,
os membros da sociedade não esperarão o chamamento, pois
estarão participando por livre e espontânea vontade. (GALLO, 2003,
p. 32).
Haja vista que o fato de tomar parte das questões políticas, econômicas e
sociais deva ser inerentes características de cada ser humano o autor chama a
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atenção para que “o ato de participar é uma condição humana da qual não podemos
escapar. Quem pensa que escapa, está iludindo a si mesmo”, (GALLO, 2003, p. 26).
Logo, o autor evidencia o envolvimento que cada individuo tem com a
sociedade na qual está inserido e afirma que “O cidadão sabe que é preciso buscar; é
preciso conquistar. É uma ação que não se acaba. O cidadão é sobretudo o
participante.” (GALLO, 2003, p.32).
A julgar pelas considerações do autor entende-se que igualmente, Silva e Silva
(2010, p. 50) valoriza essa participação dos indivíduos quando diz que “A cidadania
não é apenas um conjunto formal de direitos e deveres, mas a prática cotidiana para
garantir e vivenciar esses princípios.”
Considerando, pois a análise feita sobre o conceito do termo cidadania na
atualidade trata-se de uma questão histórica e em constante variação, como menciona
Fernandes (2013, p.1) em Educação em Revista, Marília, v. 14, n. 1, p. 65-78, Jan.Jun., 2013 :
Alguns compreendem o cidadão como o individuo que possui direitos
políticos, outros, como aquele que possui deveres sociais; outros
ainda, como aquele que, no contexto de uma sociedade de mercado,
tem acesso aos bens de consumo. (GALLO, 2001 p. 137 apud
FERNANDES, 2013, p.1).
Sendo determinante o tempo e o espaço dentro da complexidade das relações
coletivas e suas responsabilidades e direitos como integrantes de uma sociedade,
Silva e Silva (2010) afirma:
A rigor podemos definir cidadania como um complexo de direitos e
deveres atribuídos aos indivíduos que integram uma Nação,
complexo que abrange direitos políticos, sociais e civis. “Cidadania é
um conceito histórico que varia no tempo e no espaço.” (SILVA e
SILVA, 2010, p. 47).
A relevância em se pesquisar sobre a concepção da educação como
formadora da cidadania plena torna-se clara quando compreendemos que a
construímos a partir de constantes variações, envolvendo os contextos político, social
e histórico dos habitantes em nome de uma nação. Também se reforça ao ter clareza
sobre a necessidade da conscientização dos direitos e deveres, das responsabilidades
coletivas de modo que se possa garantir um exercício ativo de sua prática cotidiana.
Reconhecer que o regime político ao qual fazemos parte está atrelado a essa
concepção, pois, como visto, não existe cidadania sem democracia da mesma forma
que é incabível fazer parte da democracia sem reconhecer-se como um cidadão ativo
dessa política, é um avanço que deverá se encaminhar para o reconhecimento de que
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por meio da educação será formada a
consciente.
base para uma vida pública e política
O próximo passo dessa pesquisa é buscar compreender a legitimidade da
formação cidadã por meio da educação na perspectiva de uma democratização efetiva
e concreta que contemple as transformações necessárias à nossa sociedade.
2-O
PAPEL DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO CIDADÃ E
SEUS ASPECTOS NOS DOCUMENTOS OFICIAIS
Ao longo dos anos algumas conquistas foram alcançadas nas instâncias
educacionais para a formação democrática do indivíduo e estão explícitas nos
documentos oficiais, entre elas, a formação para a cidadania como um novo olhar para
a formação no campo social e político.
De acordo com a atual Constituição Federal Brasileira:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, Art.205,
1988).
Essa lei constituída sob o regime democrático em vigor no nosso país reflete
a relação que Gadotti (1991), apresenta sobre o fato de o conhecimento ser base para
uma democracia ativa e baseada na igualdade quando menciona que:
Não se pode criar um país democrático e desenvolvido sem que a
educação tenha se estendido a todos. Um país democrático não
precisa de grandes luminares da ciência e da técnica como precisa
de um povo esclarecido, instruído. (GADOTTI, 1991, p.125).
Logo, essa democratização de nossa legislação se apresentou como
beneficio adquirido pela sociedade para garantir de forma legal, uma formação
igualitária e consciente, um momento histórico e de transição significativa para nossa
sociedade e que não poderia, a educação, ser pensada de outra forma quando o
objetivo está no benefício e desenvolvimento de um povo, como menciona Freire
(2003):
[...] uma sociedade em transição como a nossa, inserida no processo
de democratização fundamental, com o povo em grande parte
emergindo, era tentar uma educação que fosse capaz de colaborar
com ele na indispensável organização reflexiva de seu pensamento.
Educação que lhe pusesse à disposição meios com os quais fosse
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capaz de superar a captação mágica ou ingênua de sua realidade,
por uma dominantemente crítica. Isto significa então colaborar com
ele, o povo, para que assumisse posições cada vez mais identificadas
com o clima dinâmico da fase de transição.(FREIRE, 2003, p.114).
Do ponto de vista de Libâneo (2002) a escola é o espaço de integração e
síntese onde essa educação irá assumir importância crucial para as transformações
do mundo atual. Pensar no aluno que será formado para essa realidade transitória nos
faz reconhecer, de acordo com o autor, que;
[...] é preciso que a escola contribua para uma nova postura éticovalorativa de recolocar valores humanos fundamentais como a
justiça, a solidariedade, a honestidade, o reconhecimento da
diversidade e da diferença, o respeito à vida e aos direitos humanos
básicos, como suportes de convicções democráticas. (LIBÂNEO,
2002, p.09)
“A prática educativa tem também a finalidade intrínseca de inserir os sujeitos
oriundos das novas gerações no universo social, uma vez que eles não poderão existir
fora do tecido social” (SEVERINO, 1994, p.71)
Diante do exposto, a escola tem papel primordial na formação democrática de
um povo, pois tem como objetivo a formação totalitária dos indivíduos que compõe
essa nação, como defendido por Libâneo, à que se valorizar a formação baseada na
ética e nos valores, porém, trata-se de aspectos essenciais não apenas na postura
dos educandos como devam ser passadas na forma de exemplos pela própria prática
docente democrática.
Estendendo a discussão, Perrenoud (2000) nos adianta que:
A classe é, evidentemente, o primeiro lugar de participação
democrática e de educação para a cidadania. É nela que se enfrenta
a contradição entre o desejo de emancipar os alunos e a tentação de
moldá-los, entre a assimetria inscrita na relação pedagógica e a
simetria requerida pela democracia interna. (PERRENOUD, 2000,
p.106).
Nos leva a compreender a significância do olhar para a formação cidadã nos
espaços educacionais de nossa sociedade, afinal “não é a escola que institui a
sociedade, mas, é, ao contrário, a sociedade que institui a escola para o seu serviço”
(LUCKESI, 1994, p.48) e complementando esse discurso observa-se um apontamento
para a questão da mudança como essência para a adequação dessa democracia:
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A própria essência da democracia envolve uma nota fundamental,
que lhe é intrínseca – a mudança. Os regimes democráticos se
nutrem na verdade de termos em mudanças constantes. São
flexíveis, inquietos, devido a isso mesmo, deve corresponder ao
homem desses regimes, maior flexibilidade de consciência. (FREIRE,
2003, p.98).
A consciência necessária aos homens, aqui referida, parte da constatação de
que “fazer com que a democracia ocorra é prever uma transição, saber de antemão
que o caminho é incerto, que haverá injustiças, abusos de poder, momentos de
desorganização [...]” (PERRENOUD, 2000, p.106).
Na atual Constituição, onde se reafirma os valores democráticos, chama-se a
atenção para o poder do Estado e seu compromisso com a educação no sentido de
formação plena dos indivíduos em conjunto com a família, servindo de fundamento
para a elaboração da nova LDB, sancionada sob o nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996. Santos (2003, p.52), explica que “a LDB é a lei que determina os fins da
educação, os caminhos a serem percorridos e os meios adequados para atingi-los,
enfim, regulamenta a Educação Escolar Nacional”.
Considerando que temos como princípios da formação cidadã a liberdade e a
igualdade,
vale ressaltar que a educação é um dos pilares básico para a
concretização dessa democracia, sem conscientização os indivíduos não reconhece a
essência do seu direito de ter direitos, no pensamento de Dimenstein (1996, p.145), “A
democracia é o regime que garante a liberdade de todos escolherem seus
governantes. Mas só existe liberdade quando se pode optar. E só existe opção quando
se tem informação[...]”.
Esse foco para formar cidadãos apresentado nos documentos oficiais vem de
encontro com esse pensamento, porém, vale ressaltar que atualmente esse termo
vem sendo utilizado com grande frequência e que é preciso deixar claro o sentido que
se busca alcançar ao direcionar a escola como base para essa formação, tarefa
complexa e que tem deixado lacunas a serem preenchidas para uma real
concretização, afinal como menciona o autor “[...] a cidadania avança mais no papel do
que na prática” (DIMENSTEIN, 1996, p. 149).
Se por hora a incerteza dos caminhos para a efetivação da nossa democracia
visando uma cidadania autentica mostra-se presente, novamente a formação cidadã
como parte dos princípios e fins da Educação Nacional para se efetivar o
desenvolvimento consciente dos indivíduos com amparo legal do Estado, demonstra
um olhar em favor do progresso social que estamos buscando alcançar, como fixa o
documento:
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o
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pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, art.2º, 1996).
Essa inspiração, citada no documento, nos princípios e ideais de liberdade e
solidariedade chama a atenção para o atual contexto da sociedade que se encontra
“[...] afirmada no anseio de liberdade, de injustiça, de luta dos oprimidos, pela
recuperação de sua humanidade roubada” (FREIRE, 2003, p.30). Complementando
esse pensamento:
O desenvolvimento do homem na sua totalidade só se dará com a
supressão da alienação, com a superação do antagonismo de
classes. Enquanto persistirem relações de produções, o homem se
encontrará ainda na sua própria “pré-história”. (GADOTTI, 1997,
p.43).
Nos leva a refletir que desde a Constituição de 1988 até a nova LDB oito anos
se passaram e onde se legitimou a educação democrática e direcionada para o
desenvolvimento pleno de todas as pessoas sem distinções? Neste conflito de direitos
e deveres igualitários que acredito estar inserida as afirmações dos autores, citadas a
cima, com a crítica da luta de um povo que tem sua humanidade roubada pela
opressão sofrida pelas classes dominantes em virtude de questões políticas,
econômicas e sociais.
Ainda de acordo com Gadotti (1991), que reforça a influencia das questões
econômicas sofridas pelo povo na educação:
[...] o quanto a educação, como sistema, é um sistema dependente
do sistema econômico; ele é um subsistema que, dentro de uma
sociedade de classes, exerce um papel ideológico, o de ocultar o
projeto social e econômico da classe dominante, além de reproduzir a
divisão dessa sociedade em classes. (GADOTTI, 1991, p.57).
Em partes, Severino (1994) concorda com o autor que a escola reproduz as
ideologias do Estado reforçando a dominação sofrida pela grande massa devido às
questões econômicas e principalmente políticas e sociais, porém frisa a dualidade de
seu papel, quando é também mediadora na interface desse mesmo processo.
[...] o processo educacional consolida e reforça os processos de
dominação atuantes na sociedade, à medida que seus mecanismos
reproduzem sem reelaboração as referências ideológicas e as
relações sociais. Mas, ao mesmo tempo, constatamos que,
contraditoriamente, a educação também atua no sentido de criticar e
superar esses conteúdos ideológicos e, consequentemente, de agir
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na linha da resistência à dominação e da transformação da
sociedade, contribuindo para o estabelecimento de relações políticosocial com menor força de opressão. Ela pode, portanto, constituir-se
ainda em prática social transformadora. (SEVERINO, 1994, p. 73)
A julgar pelas considerações acima, Imbernón (2000) considera que:
Embora a escola dificilmente possa corrigir, mesmo que seja de
forma parcial, tais iniquidades, pode sim criar consciência sobre elas
e fomentar o desenvolvimento de um pensamento autônomo, capaz
de processar criticamente tal conhecimento de acordo com as
necessidades e os interesses de formações sociais concretas.
(IMBERNÓN, 2000, p.189)
Transpor as barreiras das ideologias e contribuir por meio da educação com
conscientização para que a cidadania seja exercício de todos, depende dessa visão da
escola com real objetivo de igualdade, reconhecendo o valor da educação para as
transformações que levem ao progresso do indivíduo e como consequência de toda a
nação.
Neste sentido a escola tem um grande comprometimento com essa formação
societária e política dos indivíduos, pois a questão de poder e das divisões de classes
é um problema central na relação da educação com a sociedade e “a pedagogia
socialista é o prolongamento de um desenvolvimento histórico da teoria e da prática
educacional, resolvendo os problemas e conflitos que a educação burguesa idealista
coloca para a sociedade atual” (PONCE,1981 apud GADOTTI, 1997, p.39), afinal
como evidencia Alves (2003, p. 65) “ a sociedade é um produto humano que pode ser
mudado”.
Deste modo, é possível acreditar que a escola é capaz de auxiliar a formar
cidadãos e defender a garantia dos direitos e compreensão dos deveres , o que não
quer dizer que a escola dará conta sozinha de transformar essa realidade contraditória
de nossa sociedade. “A educação não é, certamente, a alavanca da transformação
social. Porém, se ela não pode fazer sozinha a transformação, essa transformação
não se efetivará, não se consolidará, sem ela”. (GADOTTI, 1991, p.63).
Neste pensamento Cunha (1981) chama a atenção para o fato de que muitas
vezes a escola é pressuposta como a reparadora da sociedade:
A educação tem sido julgada, também, como um instrumento
privilegiado para a “correção” das iniquidades existentes na
sociedade contemporânea. Através das alterações produzidas nas
pessoas na época em que elas são suscetíveis de interiorização de
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hábitos duradouros, pensa-se poder alterar as relações sociais, vale
dizer, construir uma sociedade nova. (CUNHA, 1981, p.20).
Estando de acordo com a abordagem da questão apresentada pelos autores
acima, Freire (2003) considera a educação como uma forma de política popular capaz
de despertar novas perspectivas para o futuro quando diz que:
Apesar de que ninguém possa aceitar a ideia ingênua da educação
como “a alavanca da revolução, caberia considerar a possibilidade de
que, neste caso, a educação se antecipa a uma verdadeira política
popular e lhe sugere novos horizontes”. (FREIRE, 2003, p.34).
Para o autor a educação é uma prática para a liberdade, porém ressalta que
“ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em
comunhão”, assim a consciência de seus direitos e deveres terá significância na
comunhão de todos em defesa de seus interesses.
Em complemento ao raciocínio apresentado, Dimenstein (1996, p.85) ressalta
que “a primeira regra de todo indivíduo que preza sua liberdade é questionar tudo que
ouve e lê, independente de quem fala ou escreve [...]”, para tal postura a educação
deverá oferecer autonomia e despertar a reflexão crítica levando os indivíduos a uma
percepção de seu lugar no mundo e com o mundo em que vive.
“A libertação, por isso, é um parto. E um parto doloroso. O homem que nasce
deste parto é um homem novo que só é viável na e pela superação da contradição
opressores-oprimidos, mas homem libertando-se”. (FREIRE, 2003, p.35). Essa
questão da liberdade é um ponto marcante da formação para a cidadania e representa
uma luta contra a dominação de consciências. Entretanto Coraggio (2000) chama a
atenção para a contradição de conceito do termo liberdade:
O conceito de liberdade é controvertido e polêmico: um deles é a
conceito individualista, segundo o qual a liberdade consiste no direito
de cada um fazer o que quiser, desde que não prejudique os direitos
do próximo; o outro é o socialista, segundo o qual a liberdade
consiste na obrigação que tem o ser humano de cumprir as tarefas
sociais que lhe competem. Logo, mesmo no conceito individualista,
ela não pode ser absoluta, cabendo ao Estado e a sociedade fixarlhes os limites por normas jurídicas e morais. (CORAGGIO, 2000,
p.34).
Para Libâneo (2002, p.47) essa ideia de liberdade é definida como “[...] o
direito dos indivíduos de viver e de ser reconhecidos como sujeitos, capazes de fazer
opções e respeitar as dos outros [...].”
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Até mesmo a liberdade sofre suas limitações quando se trata da vivência
coletiva e na escola se intensifica a questão de uma liberdade contida para o bem
estar social, conforme indica Gadotti (1997):
Toda pedagogia que deseja realizar um princípio de liberdade para
formar um indivíduo em si, isolado dos outros, é uma abstração e
uma ilusão. A liberdade não é um princípio metafísico, mas um modo
de comportamento do indivíduo através de responsabilidades de tal
forma que o conceito de liberdade não pode ser separado do de
responsabilidade. (GADOTTI, 1997, p.73).
Ainda que se perceba a ligação de liberdade com a obrigação de
responsabilidade a escola não deve “educar como adestramento, como moralização
para termos um povo ordeiro e trabalhadores submissos” (ARROYO, 2001, p.50),
embora, como afirma o autor, essa é uma visão bastante divulgada ainda na
atualidade o que compromete a autoconstrução da humanidade.
A propósito disso, voltar o olhar para a cidadania na formação escolar reflete
consideravelmente na postura do educador que deve se atentar ao fato de que:
Torna-se a falar da educação cívica ou, como se diz hoje, da
“educação para a cidadania”. As boas intenções não bastam, nem
uma hábil mistura de convicção e realismo. É preciso que se criem
situações que facilitem verdadeiras aprendizagens, tomadas de
consciência, construção de valores, de identidade moral e cívica [...]
(PERRENOUD, 2000, p.142).
Como base para essa compreensão os PCNs, que são documentos
elaborados para servir de padrão auxiliando ao trabalho docente, se descrevem
falando diretamente aos educadores como apresentado a seguir:
Nosso objetivo é auxiliá-lo na execução de seu trabalho,
compartilhando seu esforço diário de fazer com que as crianças
dominem os conhecimentos de que necessitam para crescerem como
cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em
nossa sociedade.
Sabemos que isto só será alcançado se oferecermos à criança
brasileira pleno acesso aos recursos culturais relevantes para a
conquista de sua cidadania. Tais recursos incluem tanto os domínios
do saber tradicionalmente presentes no trabalho escolar quanto as
preocupações contemporâneas com o meio ambiente, com a saúde,
com a sexualidade e com as questões éticas relativas à igualdade de
direitos, à dignidade do ser humano e à solidariedade”. (BRASIL,
vol.1, 1997).
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É possível compreender que o foco principal dos Parâmetros Curriculares
Nacionais está no reconhecimento da vida social e na consciência crítica dos temas
relevantes para a evolução da humanidade de forma responsável e como frisa Freire
(2003):
[...] ninguém se conscientiza separadamente dos demais. A
consciência se constitui como consciência do mundo. Se cada
consciência tivesse o seu mundo, as consciências se
desencontrariam em mundos diferentes e separados – seriam
nômades incomunicáveis. (FREIRE, 2003, p.15).
Na visão de Gadotti (1991):
A conscientização na educação, no processo educativo é apenas
uma pequena província dessa consciência da vida, do mundo, de si
mesmo, à qual os homens devem ter acesso para serem plenamente
e enfrentarem os desafios do presente. (GADOTTI, 1991, p.41).
Embora a formação cidadã passe pela construção dessa consciência coletiva,
há que se pensar também na necessidade em se valorizar a individualidade, onde se
manifesta a diversidade.
Cunha (1981) estabelece muito bem esta relação entre individualidade e
coletividade:
Os homens não são individualmente iguais, é impossível querer que
sejam socialmente iguais. Pelo contrário, a igualdade social é nociva,
pois provoca uma padronização, uma uniformização entre os
indivíduos, o que é um desrespeito à individualidade de cada um.
(CUNHA, 1981, p.31).
Nas palavras de Pinsky (1997, p.70) “ser nacional é identificar-se com, fazer
parte de e ser diferente de”, ou seja, afirmar sua nacionalidade sem menosprezar sua
individualidade.
Mediante a esse ponto dialético da questão, da individualidade do ser
humano e sua adequação as normas estipuladas pelo sistema educativo para sua
formação cidadã, o olhar se volta para a possível realidade de um ajuste aos padrões
da sociedade e deste prisma, Gadotti (1997) questiona:
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O importante para a liberdade de cada um é saber como cada
indivíduo singular conseguirá incorporar-se ao homem coletivo, e
como a pressão educativa operará sobre os indivíduos para obter o
consentimento e a colaboração, transformando a liberdade individual
em necessidade. (GADOTTI, 1997, p.73).
Seu questionamento se apresenta como uma crítica ao sistema, não se pode
falar em cidadania sem que se possa adequar essa formação coletiva com o respeito
as singularidades, de forma que se privilegie os educandos concebendo
conhecimentos sociais e políticos para uma formação realmente lúcida e libertadora e
não apenas servil, mesmo que vivemos da união com o outro esse homem coletivo
deverá conscientemente estar de acordo com as regras impostas, desde que seja de
fato base para o bem comum, se beneficiando e não sendo levado a engessar suas
ações.
Como decorrência de tal explanação, sem que se considere o caráter distinto
do indivíduo, Alves (2003, p.89) nos mostra seu receio quando diz: “Temo que
estejamos formando milhares de bonecos que movam as bocas e falam com a voz de
ventríloquos. Especialistas em dizer o que os outros disseram, incapazes de dizer sua
própria palavra”.
“Cabe a educação do futuro cuidar para que a ideia de unidade da espécie
humana não apague a ideia de diversidade e que a da sua diversidade não apague a
da unidade. Há uma unidade humana. Há uma diversidade humana”. (MORIN, 2001,
p.55). O autor especifica que se trata de duas esperas: a individual que evidencia a
singularidade anatômica de cada ser humano e a social que é sua ligação com a
sociedade, organizações sociais e a cultura, tornando cada individuo ao mesmo tempo
singular e múltiplo, diante dessa complexidade a finalidade da educação deverá se
voltar para a identidade e consciência terrena.
Afinal, “[...] todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o
desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias
e do sentimento de pertencer à espécie humana”. (MORIN, 2001, p.55)
Como podemos concluir a formação cidadã é complexa e envolve ter com
clareza o objetivo que se busca alcançar, para tal, visando auxiliar essa compreensão
os PCNs indicam, como objetivos para atender com qualidade a formação cidadã nas
escolas, o caminho de compreensão que os educadores devam ter do termo
cidadania:
Compreender a cidadania como participação social e política, assim
como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais,
adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e
repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo
respeito. (BRASIL, vol.2, 1997).
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Novamente percebemos que sob o olhar legal muitos são os esforços em
qualificar a formação de nossos educandos de modo democrático e que a educação é
um trampolim para esse desenvolvimento dos indivíduos, bem como para sua
compreensão e adaptação nas relações sociais. É na escola, portanto, que as
crianças iniciam a consciência de sua condição humana e da sua ligação com a vida
pública, afinal “[...] não nascemos humanos, nos fazemos. Aprendemos a ser”.
(ARROYO, 2000, p.53).
Tal disposição tem como pressuposto o status que a educação opera tanto à
sociedade como em cada indivíduo pertencente, como reforça Imbernón (2000):
A participação política, a estruturação das classes sociais, o
desenvolvimento e a distribuição da riqueza não operam à margem
dos níveis e tipos de educação dos cidadãos. Portanto, o que
indivíduos e sociedades são, o que poderão ser, não pode ser
explicado ou projetado, sem serem considerados os efeitos dos
sistemas educativos. (IMBERNÓN, 2000, p.41).
Como objetivo “[...] a escola também deve cumprir um papel relevante na
formação de cidadãos, como sujeitos políticos, para uma democracia substantiva que
os exige protagonistas, ativos e organizados: formar governados que possam ser
governantes” (IMBERNÓN, 2000, p.189) e se a própria educação está entrelaçada
com as questões sociais e políticas da sociedade, é justo que cada cidadão seja
formado com a compreensão das implicações da vida coletiva, porém mais do que
compreender deverá ser formado para agir e transformar e não apenas seguir as
regras como um indivíduo limitado.
Seria de bom alvitre salientar que a educação forma gerações, e “[...] não é o
homem que transforma, que faz história, mas a massa de homens, isto é, os homens
juntos” (GADOTTI, 1991, p.67), logo, o caráter coletivo deve ser reconhecido na
formação de nossa história que deve ser construída a partir da consciência de todo
contexto da sociedade em que vive o indivíduo, consciência essa que deverá ser
despertada por meio do processo educacional.
Assim o papel social e político da escola tornam-se relevante para a
construção da história de uma nação e com relação a nossa legislação o apoio e a
intenção de formar os indivíduos em suas plenitudes já estão muito bem embasados,
mas o que questionamos é onde se encontra o entrave para se legitimar a formação
cidadã? “Todos têm liberdade para se educar, mas não têm, igualmente, as mesmas
condições, porque a realidade sócio-econômica das diversas classes dentro da
sociedade burguesa não lhes permite uma mesma instrução”. (CUNHA, 1981, p.44).
Mediante a questão, podemos dizer que a escola tem como obrigação clarear
os fatos políticos, econômicos e sociais para permitir que todos tenham a oportunidade
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e a capacidade de converter as divergências, intervindo em sua realidade, exercendo
a cidadania plena. “Trata-se não apenas de pensar na formação da criança, mas na
formação de um novo tipo de homem que seja capaz de participar ativamente na
transformação da sociedade” (GADOTTI, 1997, p.71).
A julgar pelas considerações apresentados, reforçamos que, como já
conceituamos inicialmente ser cidadão não é apenas cumprir com seus deveres de
maneira domesticado e inocente, mas usufruir de seus direitos de igualdade e
liberdade garantidos por meio das ações educativas para a conscientização e a
criticidade levando a partilhar ideias, unidos ao corpo social, com possibilidade de
ação e somente assim exercendo sua democrática cidadania, afinal, “[...] cabe ao
professor papel fundamental na formação de jovens com consciência de cidadania
plena, direitos e deveres”. (PINSKY, 1997, p.29), e se muitos são os desafios a se
enfrentar para uma educação igualitária devemos nos perguntar quem são os
educadores da renovação e da inovação educacional? É o que buscaremos
compreender no capítulo a seguir abordando o papel do educador na formação cidadã
da sociedade contemporânea.
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O PAPEL DO EDUCADOR PARA FORMAÇÃO DO CIDADÃO NA
CONCEPÇÃO DOS PENSADORES DA EDUCAÇÃO
Na pedagogia contemporânea a relação entre professor e aluno,
fundamentada nas bases democráticas, têm como intuito beneficiar o processo de
aprendizagem, contribuir para a formação de personalidades maduras formando
cidadãos conscientes e participativos.
Nesse tipo de relação às normas são democraticamente estipuladas
pelo próprio grupo e espera-se que elas consagrem a participação
responsável, a liberdade de expressão e a igualdade de participação,
além da confiança e do respeito mútuo. (FERREIRA, p.200, 1996).
Um dos desafios atuais, entretanto, é romper com a antiga concepção do
papel do professor como mediador coercitivo, moralizador e normatizador para atender
a nova proposta educacional de um educador transformador, crítico e principalmente
emancipador para formar os alunos com base nesta cidadania democrática. Em
conformidade com a questão, Imbernón (2000) acrescenta:
O professor deve ser requalificado como profissional e como
protagonista. Essa requalificação deve incluir a modificação racional
da formação docente, o substantivo melhoramento de suas condições
de trabalho e a eliminação dos mecanismos de controle técnico, de
modo que fortaleça sua autonomia e valorize sua prática.
(IMBERNÓN, p.191, 2000).
Como estímulo a uma reflexão sobre as práticas educativas, levanta-se um
grande questionamento sobre a relação de poder embutida na conexão entre o
professor e os aluno no cotidiano da sala de aula, supostamente apontado como
grande empecilho dessa formação emancipadora que se espera para a construção
dos indivíduos, assim como nos apresenta Ferreira (1996):
A grande discussão que agita os meios pedagógicos atualmente é a
de se saber como o poder do professor pode deixar de ser
meramente um agente repressor para passar a ser também um
agente criador de atitudes e capacidades intelectivas que contribuirão
para fazer o aluno um ser criativo, responsável e atuante. Em suma,
consiste em saber que formas de exercício de poder pelo professor
possibilitam a formação de alunos confiantes, informados e críticos.
(FERREIRA, p.197, 1996).
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Ainda no pensamento do autor “ não há como negar que são bem vastas as
áreas sobre as quais a vontade do professor pode se impor sobre os aluno”
(FERREIRA, p.197, 1996) e compreender como esse aspecto pode ser trabalhado em
favor de uma qualidade educativa, que beneficie o processo escolar vivenciado por
eles leva ao reconhecimento de sua ligação direta com o ser humano que irão
formar, deste modo, “ a autoridade deve fecundar a relação educativa e não cerceála”.(LIBÂNEO, p.251, 1994)
Vale frisar que “a educação reflete a estrutura do poder, daí a dificuldade que
tem um educador dialógico de atuar coerentemente numa estrutura que nega o
diálogo. Algo fundamental pode ser feito: dialogar sobre a negação do próprio
diálogo”.(FREIRE, p. 62,1987)
Nesta perspectiva o autor ainda explica que:
A existência, porque humana, não pode ser muda, silenciosa, nem
tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras
verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. O mundo
pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos
pronunciantes, a exigir deles novos pronunciar. (FREIRE, p.78, 1987)
O autor se refere às falsas palavras, com relação à postura errônea de muitos
professores que deveriam se perguntar “como posso dialogar, se alieno a ignorância,
isto é, se a vejo no outro, nunca em mim?” (FREIRE, p.80, 1987)
Deste modo chama a atenção para o fato de que:
Se o diálogo é o encontro dos homens para ser mais, não pode fazerse na desesperança. Se os sujeitos do diálogo nada esperam de seu
que fazer, já não pode haver diálogo, o seu encontro é vazio e
estério. É burocrático e fastidioso. (FREIRE, p.82. 1987)
Essa menção que o autor faz com relação ao diálogo, porém, se encaixa em
uma nova perspectiva, de acordo com a definição do autor que se apresenta a seguir:
Num primeiro momento a pedagogia do diálogo tinha por objetivo
estabelecer relações amigáveis entre mestres e discípulos na sala de
aula. Agora é diferente: o diálogo visa a atingir diretamente o coração
das relações sociais. (GADOTTI, p.15, 1998)
A propósito disso, a que se reconhecer que “ toda prática educativa
intencional envolve capacidades comunicativas” (LIBÂNEO, p. 39, 2003)
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O educador deverá levantar uma crítica à concepção mecânica da
consciência e em contra partida entender que “sua função é permitir uma tomada de
consciência pessoal no ajustamento do indivíduo com o mundo e com os outros”
(GUSDORF, p. 15, 2003) e que essa capacidade comunicativa, faz parte das
competências específicas para uma prática educativa coerente tendo por finalidade
conduzir o educador a uma reflexão de que “[...] sua ação deve estar infundida da
profunda crença nos homens. Crença no seu poder criador” (FREIRE, p. 62, 1987)
Tem se avolumado pesquisas sobre essas ações pedagógicas que atendam
a tendência contemporânea de se conceber o ensino como atividade reflexiva, dentre
elas, Libâneo (2002) explica que:
Trata-se de um conceito que perpassa não apenas a formação de
professores como também o currículo, o ensino, a metodologia de
docência. A idéia é a de que o professor possa “pensar” sua prática,
ou em outros termos, que o professor desenvolva a capacidade
reflexiva sobre sua própria prática. Tal capacidade implicaria por
parte do professor uma intencionalidade e uma reflexão sobre seu
trabalho. (LIBÂNEO, 2002, p.85)
Muito discutido entre os pensadores da educação, o fato de que “para dar
conta da formação dos educandos e não apenas de sua instrumentalização, será
necessário outro perfil de mestre que assuma que seu papel vai além de passar a
matéria e avaliar se foi aprendida. Que incorpore outros saberes e competências”.
(ARROYO, p.106, 2001).
O questionamento de uma diferença entre professor e mestre, embora por
muito tempo essas duas palavras pudessem ser utilizadas como sinônimos, emerge
entre os pensadores da educação como argumento de que existe grande
diferenciação da prática docente no que diz respeito aos termos e sua real postura
diante da prática docente, diferença essa que mudará o ruma que a formação dos
alunos poderá tomar ao longo de sua vida escolar.
Assim, como atualmente se defende uma formação global dos alunos com
ênfase na cidadania o profissional, para tal, também é visto com diferenciação. “Ao
professor só se pede que saiba. Do mestre reclama-se uma outra competência que
supõe a ultrapassagem e a relativização do saber”. (GUSDORF, p.104, 2003)
Complementando o pensamento do autor:
O mestre é aquele que alcança para lá das operações discursivas da
inteligência e da memória, uma expressão imediata e direta de si.
Sua obra, seus atos, suas palavras nascem dele sem premeditação,
na graça de uma espontaneidade perfeitamente justificada.
(GUSDORF, p.60, 2003)
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Dando continuidade a essa reflexão, Arroyo (2000) acrescenta que:
Como docentes podemos nos ver preparados, dominando e
carregando conteúdos bem organizados e planejados para a aula, em
qualquer matéria e para qualquer série ou aluno, em qualquer idade.
Essa docência poderá alimentar uma auto-imagem neutra. Sem
paixão. Sem amor e ódio. Sem começo. Sem o permanente reportarnos à infância, adolescência ou juventude como começos, como
possíveis. Entretanto, como pedagogos, mestres-educadores, essa
prática não é possível. Nossa auto-imagem se constrói cada dia em
relação à infância, adolescência e juventude como possibilidades,
inclusive em nós. O que nos confronta com o nosso próprio percurso
humano. ( ARROYO, p. 42, 2000)
De forma poética, Alves (2003) também oferece contribuição a esse
pensamento quando diz que:
Talvez que um professor seja um funcionário das instituições que
gerenciam lagoas e charcos, especialistas em reprodução, peça num
aparelho ideológico de Estado. Um educador, ao contrário, é um
fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos.
(ALVES, p.37, 2003).
Após essa diferenciação entre o papel do educador como mestre ao invés de
apenas professor, apresentada pelos autores acima, Alves (2003) ainda questiona:
Educadores, onde estão? Em que cova terão se escondido?
Professores, há aos milhares. Mas o professor, não é algo que se
defina por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão;
é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma
grande esperança. (ALVES, p.16,2003)
Fica a questão, se o século XX nos lançou vários desafios com uma forte
pressão em adequar o ensino à formação ampliada dos indivíduos, os profissionais
para aplicá-los estão capacitados para tais mudanças? No pensamento apresentado
anteriormente por Alves, podemos acrescentar as observações de Perrenoud (p.161,
2000) que aponta que [...] “ os professores de hoje não estão nem dispostos, nem
preparados, em sua maioria, a praticar uma pedagogia ativa e diferenciada, a envolver
os alunos em procedimentos de projetos, a conduzir uma avaliação formativa, a
trabalhar em equipe”. Faltando a muitos o envolvimento citado por Alves que
diferencia as práticas entre esse professor despreparado e desmotivado do educador
que a sociedade necessita para auxílio do desenvolvimento da humanidade.
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Fica claro que os autores citados entendem que para formar os cidadãos
estamos diante da necessidade de um profissional com pretençõe que vá além da
instrumentalização, um profissional mestre em sua arte de ensinar consciente do ser
humano que pretende formar. Essa arte se explica a seguir na palavra do autor que a
analisa:
As artes de instruir e educar, de colocar os saberes e competências
técnicas e científicas acumuladas pelo ser humano a serviço do
desenvolvimento, da autonomia, da emancipação e da liberdade e
igualdade, enfim dos valores humanos, é nossa arte. São as
delicadas artes do nosso ofício de mestre. (ARROYO, p. 82, 2000)
O autor simplifica, porém, essa questão acrescentando que não se trata de
formar esse novo profissional com novas competências e habilidades e sim que sua
postura e engajamento em sala faça a diferença na formação de seus alunos, que haja
com intencionalidade, como bem define a seguir:
Em realidade, as professoras e os professores não precisarão
incorporar novos saberes e competências a seu ofício, apenas ser
bons docentes, competentes transmissores de seus conteúdos que
estes produzirão cidadãos por acréscimo. (ARROYO, p.107, 2000)
Vale ressaltar que além de delicada a arte do nosso ofício é complexa, envolve
muito mais do que um profissional apaixonado por sua prática e embora o autor
simplifique seus argumentos visando uma postura adequada e ética, com
comprometimento para que consequentemente possamos formar cidadãos por meio
da educação, é importante frisar que a concepção política desse profissional também
terá grande contribuição para definir o ser humano que essa escola pretende formar.
Pode-se denominar como uma competência ética política, no sentido do
comprometimento com o ato de educar formando o indivíduo para o adequado
exercício da cidadania, também tarefa específica do educador que tem como dever
adequar suas ações para o desenvolvimento dos grupos sociais, uma vez que se
garante legalmente a função da escola para tal objetivo. Sob este ponto de vista, “o
pedagogo, fazendo “prática social”, está exercendo seu papel específico na sociedade,
que é o de vincular o ato educativo e o ato político, a teoria e a prática da
transformação”. (GADOTTI, p.54, 1991).
Fica evidente o papel do professor neste espaço que ocorre o processo de
socialização pelas reflexões de Alves(2003) citadas a seguir, quando se refere a
questão dando curso a apreciação de Gadotti (1991):
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A vida social só é possível na medida em que seus futuros membros
são iniciados no conhecimento de suas regras. Toda sociedade,
assim, exige a existência de mestres e aprendizes. Tornamo-nos
socializados na medida em que essas regras são introjetadas e
incorporadas à nossa estrutura de consciência. (ALVES, 2003,
p.103).
Essa questão leva às indagações de Gadotti (1997), que busca uma
compreensão sobre o papel da nossa atual educação pública:
Será apenas um processo de formação do homem para adapta-lo a
viver numa sociedade “dada”? Não existirá uma concepção de
educação que, ao contrário, vise despertar as novas gerações para a
construção de outra sociedade, uma educação emancipadora que as
desafie a construir outra? O que representa o educador nessa outra
educação e como pode ela surgir no interior de uma sociedade velha
e opressiva? (GADOTTI, p.13, 1997).
Da mesma maneira, Alves (p. 106, 2003) se vê consumido por
questionamentos a respeito da formação dos indivíduos na sociedade contemporânea
quando interroga:
Será verdade que a educação é um processo para fazer com que
cada indivíduo atualize suas potencialidades ou exatamente o
inverso, um processo pelo qual a sociedade leva o indivíduo a
domesticar essas mesmas potencialidades, canalizando-as de sorte a
transformá-lo em pensamento e comportamento socialmente aceitos?
A educação transforma ou reproduz a sociedade? (ALVES, p.106,
2003)
Imbernón (p.188, 2000) defende que a finalidade da escola de século XXI “ é
construir uma cultura orientada para o pensamento crítico que pretende dotar o sujeito
individual de um sentido mais profundo de seu lugar no sistema global e de seu
potencial papel protagônico na construção da história”.
Como já foi visto legalmente a sociedade tem amparo para sua formação
plena, porém nos resta compreender porque mesmo que “jamais, em nosso passado
histórico, tivemos ao alcance de nossas mãos tantos utensílios e ingredientes para o
preparo da mais deliciosa refeição para a felicidade de todos os homens. Mas o que
cozinhamos é um angu de caroço infernal”.(ALVES, p.131, 2003).
O autor em uma reflexão poética assemelha a educação ao ato de cozinhar
que se feito com envolvimento real dá prazer a quem prova, mas ao contrário o gosto
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ruim faz sofrer quem o experimenta, assim vive os educandos com o agravamento de
ter a escola bons utensílios e ingredientes, mas ainda assim estão à mercê de uma
educação servil, como aparelho ideológico do Estado no controle da grande massa, e
de acordo com o autor “sobra-nos poder, falta-nos sabedoria” vale exaltar que “o
Estado pode ser definido como o conjunto de instituições que organizam politicamente
a vida de um povo” (FERREIRA, p.166, 1996), entre elas está a escola que forma o
cidadão, mas que devido às questões econômicas já vista anteriormente não
representa o povo com igualdade e partir dessa consciência obtemos um dos
princípios para se pensar em uma reforma educacional e no educador que não deve
subestimar a importância do seu papel nesse jogo político da nossa sociedade.
Em detrimento, Freire (p.45, 2003) reforça que:
Na medida em que deixam em cada homem a sombra da opressão
que o esmaga. Expulsar esta sombra pela conscientização é uma das
fundamentais tarefas de uma educação realmente libertadora e por
isso respeitadora do homem como pessoa. (FREIRE, p.45, 2003).
As indagações acima não são atuais, mas se arrastam no tempo de uma
reflexão acumulada sob a dialética dos direitos educacionais e posturas pedagógicas
para a liberdade e superação das lutas dos opostos nessa sociedade capitalista, que
forma para o consumo e para competição e não para amplitude de conhecimentos e
para humanização, porém “porque esperamos que alguém nos diga o que é a
educação para que possamos acreditar nela?” (GADOTTI, p.133,1991) se a educação
está em um processo histórico de transformação devemos nos perceber sujeito dessa
construção refletir e atuar consciente das consequências em nossa vida e na vida
daqueles ao qual serão afetados pela nossa prática.
A educação é um lugar onde toda a nossa sociedade se interroga a
respeito dela mesma, ela se debate e se busca: educar é reproduzir
ou transformar, repetir servilmente aquilo que foi. Optar pela
segurança do conformismo, pela fidelidade à tradição ou, ao
contrário, fazer frente à ordem estabelecida e correr o risco da
aventura; querer que o passado configure todo o futuro ou partir dele
para construir outra coisa. (GADOTTI, p. 43, 1998)
O que aponta para o fato de que:
Somente professores isolados em uma zona muito protegida, tendo
decidido não refletir sobre todas essas questões, ou animados por
uma fé ingênua, podem julgar que o caminho está todo traçado. Para
os outros, há mais dilemas e incertezas do que respostas. Se nossas
sociedades falam tanto de educação para a cidadania é porque nada
é evidente. A competência dos professores é tomar consciência
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lúcida dessa situação e assumir suas responsabilidades sem
ultrapassar seu mandato. Pode-se desejar-lhes retidão, coragem,
otimismo e mil outras qualidades. Sem esquecer que competências
de análises, de descentralização, de comunicação, de negociação
são também indispensáveis para navegar dia após dia, nas
contradições de nossos sistemas sociais. (PERRENOUD,
p.154,2000)
Portanto é possível adiantar que “o educador é aquele que não fica
indiferente, neutro, diante da realidade. Procura intervir e aprender com a realidade em
processo. (GADOTTI, P.29, 1998) e que os conflitos sempre presentes no cotidiano
devem levá-los a um engajamento ainda maior para as ações transformadoras que se
fazem necessárias para atender as suas próprias interrogações.
Cabe, por fim, chamar a atenção que talvez esse modelo de educador,
mestre esteja distante da realidade das nossas escolas por um detalhe que pode estar
sendo o grande comprometedor desse processo, que é o fato de que o próprio saber
do professor está relacionado com a pessoa e a identidade deles, com a sua história
pessoal e profissional, e sua própria compreensão dessa formação cidadã pode estar
distorcida. Devemos lembrar que o professor não é, se constitui ao longo de sua
prática e deve preencher suas próprias lacunas, tomar consciência das competências
técnicas, éticas, estéticas e científicas que são parte integrantes do exercício de sua
função, fundamentado num compromisso político. Educar-se constantemente na
busca do mestre completo que deseja tornar-se, olhar para essa nova exigência
imposta pela Educação como um grande avanço para o possível desenvolvimento
dessa humanidade que se renova com o crescimento de cada novo ser que nela vive
e se desenvolve e nas palavras de Dimenstein (1996):
A criança é o elo mais fraco e exposto da cadeia social. Se um país é
uma árvore, a criança é o fruto. E está para o progresso social e
econômico como a semente para a plantação. Nenhuma Nação
conseguiu progredir sem investir na educação, o que significa investir
na infância. Por um motivo bem simples: ninguém planta nada se não
tiver uma semente. (DIMENSTEIN, p.8, 1996)
É fundamental, porém, depois de tudo o que se expos, acrescentar para
reflexão que as lutas e exigências pela melhoria na formação, nas condições de
trabalho, na remuneração adequada, na motivação por uma formação continuada,
entre tantos outros fatores conflituosos a serem discutidos pela valorização da
Educação brasileira e de seus responsáveis diretos, os educadores, não devem
cessar, porém essa pesquisa nos mostra que a criança não deve ser prejudicado
neste fogo cruzado que estamos expostos a cada dia e ao contrário, talvez seja parte
das soluçãos de muitos desses problemas mais adiante, dependendo em grande parte
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da base de educação que vivenciam e recebem como exemplos nas escolas para
desenvolver uma compreensão renovada da necessidade da construção de uma
sociedade justa e harmoniosa.
Em virtude disso, é imprescindível que a prática educativa transponha as
barreiras que se fazem presentes nos ambitos políticos, sociais, intelectuais e também
pessoais e com ética, responsabilidade e foco priorize alcançar um só objetivo:
educar e formar cada criança conscientes de que poderão vir a se tornarem os futuros
governantes dessa Nação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após analisar os pontos de vista de teóricos conceituados em educação
sobre a temática da cidadania nas escolas, bem como refletir sobre toda base legal
que defende essa formação cidadã fica claro que esse aspecto representa um grande
avanço para o desenvolvimento da sociedade.
Podemos considerar que formar-se cidadão significa inicialmente se
conscientizar de que somos seres que vivemos na coletividade e para que haja a
harmonia necessária para nossa evolução é preciso garantir nossos direitos com
justiça e igualdade e assumir as responsabilidades com os deveres que nos cabe
dentro de uma comunidade, vivenciando na prática o nosso sistema democrático com
o objetivo de atuar com consciência nos processos constantes de transformação dos
indivíduos em nome de um progresso igualitário.
Para embasar essas primeiras constatações, temos a legislação brasileira
que defende essa justiça e espírito de irmandade quando reconhece que todos são
iguais perante a lei e, com relação à educação, temos ciência de que desde a antiga
Constituição de 1988 esses princípios já foram defendidos quando se validou que a
educação é a base para o pleno desenvolvimento da pessoa, pontuando também seu
papel para preparar os indivíduos para o exercício da cidadania, e fortalecendo essa
concepção de formação cidadã, foi explicitado posteriormente na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação em 1996, a necessidade de agir de acordo com os ideais de
solidariedade humana, definindo a prática cidadã não somente pelo modo como cada
indivíduo deve agir estando de acordo com os conhecimentos dos direitos e deveres
atribuídos na forma da lei, mas também abrangendo as questões éticas dessas
relações humanas, tendo na escola um espaço de integração que deverá nortear a
introdução dos indivíduos à vida pública.
Diante desse entendimento da atual visão que devemos ter a respeito de
cidadania é preciso que a escola, de fato, assuma o seu papel enquanto formadora de
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cidadãos plenamente reconhecidos e, além de oferecer amplo acesso aos recursos
culturais deve atender a uma formação do ser humano em sua totalidade,
contemplando uma educação que tenha também como pressuposto a ética, o respeito
mútuo, a igualdade de direitos, trabalhando em função de integrar os alunos a
sociedade com base em responsabilidade, capacitando-os para o raciocínio crítico em
todos os aspectos da vida, como nos apresentou Gadotti (1997, p.71) “ trata-se não
apenas de pensar da formação da criança, mas na formação de um novo tipo de
homem que seja capaz de participar ativamente na transformação da sociedade”.
O personagem central para efetivar esse processo é o professor que atua
diariamente e diretamente com essas crianças em formação, deve ter a lucidez de seu
papel fundamental como um mediador emancipador, estar ciente das consequências
de sua ações na formação de seus alunos e pautar-se na intencionalidade de uma
prática que contemple essa conquista da sociedade, auxiliando no progresso social
de sua Nação. Acredito que a nomenclatura: Educador, Docente, Mestre ou professor
deverá referir-se a um só tipo de profissional que tenha também como objetivo fazer
valer na prática essa importante conquista para a civilização e, se preciso for, também
se educar para capacitar-se plenamente para o exercício adequado de sua função.
É desafiador discutir essa temática quando a educação apresenta avanços
tão lentos em vista da necessidade da sociedade em geral, e talvez esse seja um dos
motivos para se pesquisar o tema em questão, evidenciar a urgência de se
desenvolver uma consciência da necessidade de uma formação global mais imediata
dos indivíduos e fazer refletir aqueles que possuem em suas mãos grande parte
dessa responsabilidade que são os docentes, com a função de educar também para o
coletivo, educar também para que sejam capazes de transformar positivamente o
próprio espaço que ocupam, sem deixar-se contaminar pelos empecilhos que insistem
em ocupar o caminho e assim possam, de fato, contemplar os alunos com uma
educação completa e com qualidade.
E ainda que os desafios sejam muitos, pesquisas como essa chama a
atenção para alguns aspectos que se apresentam como entraves para uma real
conquista de cidadania nas escolas e que, sem ter a pretensão de fornecer uma
fórmula pronta que solucione os conflitos no setor educacional, possa nos remeter a
um processo de contribuição do conhecimento e corroborar com base nos
apontamentos pré- existentes dessas questões, com uma prática pedagógica reflexiva
que contribua com a construção de uma humanidade renovada formando desde a
infância as bases para uma real cidadania plena.
REFERÊNCIAS
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EXPANSÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO: SANEANTES E
PRODUTOS DE LIMPEZA
Danilo Andrade dos Santos
Douglas Martins dos Santos
Henrique Antônio Davila
Ítalo Rossato Martins Filho
Lucas Bastos Portela
Fernando Souza Cáceres
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
RESUMO
Este artigo tem como finalidade apresentar um estudo de investimentos
de expansão para uma empresa existente, que abordará a ampliação de uma
fábrica de produtos de limpeza no segmento de saneantes, apresentando as
tendências mercadológicas, bem como as técnicas administrativas para sua
efetivação. Com a difusão das tendências de crescimento neste setor,
sustentados pela alta demanda observada, o artigo aborda a aplicabilidade do
projeto em torno de atendimento na região do Alto Tietê potencializado pelas
classes C e D.
DAVILA, Henrique Antônio / FILHO, Ítalo Rossatto Martins / PORTELA, Lucas Bastos /
SANTOS, Danilo Andrade / SANTOS, Douglas Martins. Expansão de uma Organização:
Saneantes e Produtos de Limpeza. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Administração) – Faculdade Unida de Suzano, Suzano, 2014.
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Palavras-Chave: Saneantes; Alto Tietê e Plano de Negócio.
INTRODUÇÃO
A inspiração para a execução do projeto, bem como os estudos de
viabilidade deste negócio, foi dada pela iniciativa de integrar o trabalhode
implementação de uma fábrica de saneantes aos planos de uma empresa já
existente, cujo proprietário é interessado no estudo. Essa interação trouxe,
para ambas as partes, o conhecimento de campo para formação e resultados
significativos, utilizando os métodos, teóricos e práticos, aprendidos no curso.
Sendo assim, com as análises de crescimentos do setor, identificação de
oportunidades de penetração avaliar a viabilidade do projeto e aceitação de
uma nova marca no mercado.
METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa de mercado para analisar o ambiente interno
e externo do segmento, a partir daí foi feita uma pesquisa quantitativa, afim de
obter uma avaliação mais precisa da quantidade de clientes. Foi utilizado
informações a partir de bibliografias, conhecimento de campo e também foi
realizado uma pesquisa exploratória nas atividades afins com visita a
fornecedores e a própria organização a ser ampliada.
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DESENVOLVIMENTO
Para iniciarmos o projeto foi fundamental a elaboração do planejamento
estratégico que utilizamos o método da análise das Cinco Forças de
Porterpara, assim, definir a melhor estratégia para nosso plano de negócio.
O propósito de planejamento pode ser definido como o
desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes
administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de
avaliar as implicações futuras de decisões presentes em
função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de
decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e
eficaz. (DJALMA, 2007, p.5)
A metodologia serve como base para uma análise do comportamento
mercadológico do segmento, o que permitiu definir os melhores meios para
alcançar o objetivo, de modo que a organização cresça de forma sustentável e
competitiva.
As forças mercadológicas existentes são: A ameaça de entrada – que
“[...] determina a probabilidade de novas empresas entrarem em uma indústria
e conquistarem mercado, passando tais benefícios para os compradores na
forma de preços mais baixos ou elevando os custos da concorrência.”
(PORTER, 1989 P. 7).
O poder dos compradores– que “determina até que ponto eles retém
grande parte do valor criado para eles mesmos, deixando as empresas de uma
indústria apenas com modestos retornos.” (PORTER, 1989, p. 7).
A ameaça de substitutos– que “[...] determina até que ponto algum outro
produto pode satisfazer as mesmas necessidades do comprador, colocando,
assim, um teto no montante que um comprador está disposto a pagar pelo
produto de uma indústria.” (PORTER, 1989, p. 7).
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Poder dos fornecedores– que “determina até que ponto os fornecedores,
e não empresas em uma indústria irão apoiar-se do valor criado para
compradores.” (PORTER, 1989, p. 8).
Intensidade da rivalidade– que “[...] determina até que ponto as
empresas que já estão em uma indústria irão conquistar o valor criado por elas
para compradores entre si próprias, passando este valor para compradores na
forma de preços mais baixos.” (PORTER, 1989, p. 8).
[...] a metodologia das cinco forças permite que uma empresa
perceba a complexidade e aponte os fatores críticos para a
concorrência em sua indústria, bem como permite que ela
identifique as inovações estratégicas que melhorariam da
melhor forma a rentabilidade da indústria, e também [...] visa,
no processo, a levantar as possibilidades da descoberta de
uma inovação estratégica aconselhável. (PORTER, 1989, p. 6).
Muitas indústrias, fabricantes de produtos de limpeza surgem no
mercado. Essas empresas que subitamente surgem, sem um estudo do
segmento e do comportamento do público alvo, não são grandes ameaças para
um empreendimento bem estruturado. Neste sentido, Porter (1989, p. 6), diz
que as empresas que projetam “[...] um novo produto que corta barreira de
entrada ou aumenta a volubilidade da rivalidade, por exemplo, pode minar a
rentabilidade ao longo prazo de uma indústria, embora o iniciante possa
desfrutar lucros mais altos temporariamente”
Contudo, com a boa perspectiva mercadológica para este segmento, é
evidente que há grandes possibilidades de novos ingressantes para produtos
transformados industrialmente. Segundo dados colhidos do SEBRAE (Serviço
brasileiro de apoio às Micro e Pequenas empresas) o destaque do crescimento
econômico brasileiro, embora não tenha sido tão expressivo, deu-se por conta
das indústrias de transformação química, que computou elevação de 0,3% no
PIB.
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Os compradores do segmento de Saneantes, que no caso da
organização apresentada nesse projeto são distribuidores de pequeno porte,
com faturamento mensal em torno de cem mil reais, têm pouca força para as
composições de preços, não interferindo significativamente na margem.
Nas análises mercadológicas para as indústrias de pequeno porte em
produtos de limpeza, que têm como público alvo os distribuidores, foi analisado
que cerca de 80% dos gastos desses compradores estão concentrados em
apenas um fabricante de produtos saneantes, dando grande vantagem no
momento da negociação para as empresas que estão vendendo.
Segundo Porter (1989, p. 7), bens substitutos são "os produtos de um
concorrente que não são similares ao da sua empresa, mas que atendem a
mesma demanda de necessidade dos clientes. Não competem na mesma
proporção, mas tiram uma fatia de seu mercado".
Os fornecedores são bem reconhecidos no segmento e região que
atuam, porém não há produtos exclusivos que prendam seus clientes ao seu
negócio, ou seja, os produtos vendidos por eles são encontrados com
abundância no mercado. O que diferencia uns dos outros são apenas
características em alguns determinados produtos, fazendo com que a
rivalidade entre eles forcem preços baixos, pois, caso o cenário fosse contrário
e nosso fornecedor tivesse alguma diferenciação, ele seria um competidor
acima da média em sua indústria, se seu preço-prêmio fosse superior aos
custos extras a que ela fica sujeita por ser única.
A grande rivalidade dos concorrentes neste segmento e a ascendente
crescente do mercado como um todo, tendem a influenciar preços cada vez
mais próximos aos custos de produção, o que leva aos fabricantes uma
posição de desconforto e pouca lucratividade. Por isso é necessário que se
tenha uma liderança em custo sustentável, de modo que os aumentos dos
preços, ocasionados pelas forças mercadológicas, não coloquem em risco ao
negócio.
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Tendo como base as informações mercadológicas coletadas para a
análise das Cinco Forças de Porter, foi definida a Estratégia Competitiva como
Liderança em Custo, que avaliamos como viável para o cenário atual. Isso se
deu devido ao grande potencial em explorar a fraqueza dos concorrentes do
segmento, que não estavam optando por investimentos tecnológicos, melhorias
de processos e novas oportunidades com a crescente demanda.
Nesta situação do mercado foi importante concentrar esforços na
liderança em custo. Segundo Porter (1989, p. 11) “se uma empresa pode
alcançar e sustentar a liderança no custo total, então ela será um competidor
acima da média em sua indústria”, pois “[...] com preços equivalentes ou mais
baixos do que seus rivais, a posição de baixo custo de um líder no custo
traduz-se em retornos mais altos”.
Sendo assim esses retornos esperados
seriam convertidos em mais investimentos, tanto em tecnologia, melhorias de
processos, especialização da mão de obra, ou aquisições de insumos.
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O crescimento da demanda de produtos de limpeza foi um dos fatores
que sustentaram a perspectiva para esse negócio. O setor de saneantes tem
crescido muito nos últimos anos, como mostra dados pesquisados através da
Pyxis Consumo (2012), que explica que“[...]com a boa perspectiva de
crescimento, o faturamento estimado pela indústria de produtos de limpeza em
2012 foi de 2% a 3% acima da média da economia, que, segundo analistas,
deverá ficar em 3% em 2013”, visando assim grande perspectiva neste
mercado.
Com pesquisas do mercado, produto, região do público alvo, seguindo
orientações dos professores de como elaborar esta implantação, percebeu-se
que a região do alto-tietê apresentou maior viabilidade para a realização, uma
vez que através das informações colhidas dos clientes já existentes teríamos
maior know-how deste segmento.
Para sustentação de escolha do público alvo, baseando-se em uma
pesquisa feita pelo SEBRAE (2013) que apontou uma migração de 32 milhões
de consumidores das classes D e E para a classe C, entre 2003 e 2011, o que
faz com que os consumidores dessa classe passem a representar mais da
metade da população (54%). O que fundamentou a escolha pela distribuição
com foco nas classes C e D.
Juntamente com todo esse estudo, foram definidos os 4P’s de
Marketing, o ciclo de vida do produto, o processo de gestão de produção, como
MRP e PCP, toda a cadeia de gestão de suprimentos e distribuição, e o
planejamento financeiro com os conceitos de margem de contribuição, ponto
de equilíbrio, taxa interna de retorno e período de payback.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto teve como objetivo desenvolver um plano de negócio visando
a elaboração da indústria química o segmento de saneantes, que são produtos
para higienização domiciliar, na região do Alto Tietê. A partir daí, foi
investigado, identificado e estabelecido os melhores métodos da administração
em torno das Teorias e Práticas Administrativas (Clássica, Moderna e
Contemporânea), demonstrando situações, cujos modelos fossem empregados
para entendermos os paradigmas atuais utilizados por toda a comunidade
acadêmica e empresarial.
O planejamento foi criado de acordo com pesquisas primárias e
secundárias, designando assim nossas atuações de acordo com teses já
testadas anteriormente. Também foi avaliado as tendências mercadológicas
para traçar e designar a organização em diferenciais competitivos.
Os indicadores financeiros foram pesquisados e estudados no que tange
ao recurso material e humano para cumprimento da produção em pró do
atendimento à demanda. Estes indicadores foram: margem de contribuição,
ponto de equilíbrio, taxa interna de retorno e período de payback. Feito isso,
concluiu-se a viabilidade do negócio no cenário mercadológico atual.
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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Vanessa Ester Ferreira Nunes ([email protected])
Solange Tomiyama ([email protected])
Fabrício Cicone Tsutsui([email protected])
Faculdade Unida de Suzano - UNISUZ
RESUMO
A remuneração auferida pelo advogado referente aos serviços prestados denomina-se
honorários advocatícios. Existem quatro espécies de honorários advocatícios,
contratuais, arbitrados, sucumbenciais e trabalhistas. A pesquisa refere-se aos
honorários advocatícios na Justiça do Trabalho, pois, embora haja a prestação
de serviços do advogado e naturalmente parte vencida e vencedora nos autos,
não há previsão legal para a condenação de honorários de sucumbência ao
advogado contratado. No processo do trabalho os honorários são os
contratuais, advogado e cliente, através de um contrato pactuam o valor que
será pago ao profissional. A representação por advogado na Justiça do Trabalho
é facultativa, devido à capacidade postulatória, jus postulandi, conferido as
partes nesse ramo do direito, previsto no artigo 791 da Consolidação das Leis
do Trabalho. A Lei nº 5584/1970, concede honorários somente ao advogado do
sindicato que esteja prestando assistência ao trabalhador necessitado e não há
previsão legal ao advogado particularmente contratado, porém, os honorários estão
sendo concedidos, contrariando a Lei. Expomos a problemática do tema com os
entendimentos variados pesquisados em obras de renomados doutrinadores.
Utilizamos nesse trabalho o método dedutivo através de silogismo, compilação com
conexão de raciocínios em sentenças, acórdãos e opiniões de doutrinadores.
Realizamos pesquisa de campo entrevistando o Juiz do trabalho da Comarca de Arujá
SP, buscando o seu entendimento sobre os honorários e a eficácia do jus postulandi.
Tramitam projetos de Leis que visam alterar o jus postulandi e os honorários na
Justiça do Trabalho. Por ora, Juízes e Tribunais possuem entendimentos variados
sobre esse assunto.
Palavras-Chave: Honorários; Advocatícios; Justiça; Trabalho;
INTRODUÇÃO
A contraprestação recebida pelo profissional advogado, referente aos
serviços prestados, é denominada honorários advocatícios.
Originária do latim, honorariu significa honra, no plural essa palavra é
definida como a contraprestação recebida pelo profissional liberal, trata-se do valor
pecuniário recebido pelo advogado pelos serviços prestados.
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Existem quatro espécies de honorários, sendo contratual ou
convencionado, pactuado entre advogado e cliente através de contrato de honorários.
Honorários arbitrados são aqueles fixados pelo Juiz, mediante conflito
entre advogado e cliente, sobre o valor pactuado para remuneração do advogado e na
ausência de contrato de honorários.
Outra espécie são os honorários de sucumbência, são concedidos pelo
Juiz em sentença ao advogado da parte vencedora, condenando o vencido ao
pagamento dessa verba honorária.
Por último, honorários trabalhistas, também é denominada comumente
como honorários da pobreza, sindical ou da miserabilidade, pois, não há dependência
da sucumbência da parte contrária, mas do estado de necessidade da parte
vencedora nos autos.
A pesquisa desse trabalho tem como pilar os honorários trabalhistas,
tema polêmico, pois, embora haja a prestação de serviços do advogado no processo
do trabalho e naturalmente parte vencida e vencedora nos autos, não há previsão
legal para a condenação de honorários de sucumbência ao advogado particularmente
contratado.
No processo do trabalho os honorários do advogado são os
convencionados, advogado e cliente através de um contrato pactuam o valor que será
pago pelos serviços prestados, geralmente é fixado em porcentagem sobre o que o
cliente virá receber no processo, porém, se nada vier a receber o advogado também
não será remunerado.
Entende Homero Batista Mateus da Silva que as principais fontes de
renda do advogado trabalhista não são visíveis dentro do processo, pois, não há
previsão de sucumbência ao advogado particularmente contratado.50
A contratação do advogado na Justiça do Trabalho é dispensável, tendo
em vista que as partes possuem capacidade postulatória, devido ao jus postulandi
conferido as partes nesse ramo do direito.
O jus postulandi tem como base o artigo 791 da Consolidação das Leis
do Trabalho dispondo que as partes poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça
do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
50
SILVA, Homero Batista Mateus da. Curso de direito do trabalho aplicado: processo do
trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 147.
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O entendimento disposto na Lei nº 5584/1970 é conceder honorários
advocatícios somente ao advogado do sindicato que estiver prestando assistência ao
trabalhador necessitado e ao advogado particular, por ser opcional a sua contratação,
não há condenação em sucumbência, quem o contratou arcará com os honorários.
Atualmente os honorários advocatícios estão sendo concedidos em
sentença em processos trabalhistas, como reembolso de despesas processuais, com
base no princípio da reparação integral do Código Civil nos artigos 389 e 404, quais
dispõem que a reparação do dano deverá ser de forma integral, com correção
monetária, juros de mora e honorários advocatícios, sobre a aplicação desse princípio
entende Mauro Vasni Paroski:
“Não há incompatibilidade com as regras e princípios fundamentais
do Direito do Trabalho a aplicação subsidiária desses dispositivos da
lei civil no âmbito do contrato de trabalho, uma vez que essa matéria
não é regulada pela lei especial (...)”51
Essa concessão de honorários advocatícios traz consigo essa antiga
discussão, pois, na Justiça do Trabalho a presença de advogado é opcional,
diferentemente da Justiça Comum, na qual o advogado possui capacidade postulatória
e é indispensável às partes para ingresso ou defesa em processos.
Os entendimentos dos Magistrados e Tribunais estão divididos sobre
essa concessão ter validade ou não, dessa forma, algumas sentenças concedem
honorários e alguns Tribunais mantêm ou reformam as decisões.
O Tribunal Superior do Trabalho já criou súmulas a respeito desse
tema, sendo a 219 e 329, quais informam o não cabimento dos honorários, súmulas
criadas devido à quantidade reiterada de decisões concedendo honorários.
O Supremo Tribunal Federal restringiu o acesso às partes sem a
presença de advogado em sede de recurso extraordinário, porém, criou a súmula 633
não concedendo honorários, mesmo com a presença indispensável do advogado.
Tramitam no Senado Federal projetos de Leis 33/2013 e 728/2007, que
visam alterar o jus postulandi e a concessão dos honorários na Justiça do Trabalho,
visto que a presença do advogado atualmente não é opcional, tendo em vista, o
aumento da demanda processual com temas complexos e variados.
Em virtude da Emenda Constitucional 45/2004 foi ampliada a
competência da Justiça do Trabalho, passando a processar e julgar reclamações que
contenham dano moral, acidente de trabalho e ações oriundas de relação de trabalho,
51
PAROSKI, Mauro Vasni. Gratuidade e honorários de advogado na justiça do trabalho.
São Paulo: LTR, 2010, p. 126.
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não somente relação de emprego, consequentemente as demandas judiciais
aumentaram de forma complexa.
De forma inovadora nas lides de relação de trabalho há
condenação em honorários de sucumbência, nessa esteira segue o
entendimento de Carlos Roberto Ramos:
“Portanto, a reforma do Judiciário, com a emenda 45/2004, trouxe
tantas mudanças, por vezes positivas ao âmbito da Justiça do
Trabalho, bem como concretizou a tese de que são devidos os
honorários de sucumbência no processo do trabalho.”52
Atualmente as ações trabalhistas abordam temas que dificilmente sem a
representação do advogado as partes conseguirão defenderem-se, o aumento de
ações com a representação de advogado, os pedidos de concessão de honorários
advocatícios em sentença cresceram demasiadamente e por esse motivo Tribunais
estão abordando essa questão com novos entendimentos.
OBJETIVOS
O objetivo desse trabalho é a análise da situação atual do tema
abordado, demonstrando ao leitor sobre a polêmica que envolve o jus postulandi e a
concessão dos honorários advocatícios na Justiça do Trabalho, divergências
jurisprudenciais, aumento da quantidade de demandas judiciais com pedidos de
honorários com as mais diversas fundamentações e entendimentos.
Para melhor análise inserimos os dispositivos de leis, súmulas e
princípios que norteiam os pedidos de honorários advocatícios na Justiça do Trabalho,
teses defendidas e lógicas jurídicas, bem como, analisamos os projetos de Leis em
andamento e pendentes de análise para aprovação, seu conteúdo e proposta.
METODOLOGIA
O método utilizado nesse trabalho acadêmico é o dedutivo pelo meio de
silogismo, através da compilação e conexão de raciocínios em sentenças, acórdãos,
pesquisa de opiniões de doutrinadores, sendo essas ferramentas importantes para o
entendimento da problemática constante nessa questão jurídica.
DESENVOLVIMENTO
Para a realização das pesquisas e estudos envolvidos no presente
trabalho perdurou o prazo de 9 meses, período qual foram pesquisadas obras de
renomados juristas com posicionamentos favoráveis e contrários, bem como análise
52
RAMOS, Carlos Roberto. Os honorários advocatícios na justiça do trabalho. 2. ed.
Florianópolis: Conceito, 2013.p. 85.
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de decisões judiciais monocráticas e colegiadas, com relação as obras, brevemente
veremos abaixo.
O jus postulandi
O Jus postulandi trata-se do direito de estar em Juízo pessoalmente
praticando todos os atos necessários para o exercício do próprio direito de ação, não
dependendo do patrocínio de profissional habilitado, previsto no artigo 791 da
Consolidação das Leis do Trabalho. Segue definição, segundo Carlos Henrique
Bezerra Leite:
“O “ius postulandi” nada mais é do que a capacidade de postular em
juízo. Daí chamar-se, também, de capacidade postulatória, que é a
capacidade reconhecida pelo ordenamento jurídico para a pessoa
praticar pessoalmente, diretamente, atos processuais”.53
A intenção era não desestimular o trabalhador com a contratação de
advogado para o ingresso da demanda judicial, pois geraria custos, burocratizaria algo
que no início eram reclamações de menor potencial, segundo Wagner D. Giglio e
Claudia Giglio Veltri Corrêa defendem o jus postulandi na Justiça do Trabalho: “(...)
não há dúvida que o propósito do preceito foi de favorecer ao trabalhador o acesso à
Justiça (...)”.54
Em continuidade a pesquisa, compulsamos a obra de José de
Albuquerque Rocha: “Indispensável à administração da justiça significa que o
legislador ordinário não pode elaborar normas impedindo a participação do advogado
em qualquer processo, embora possa considerar facultativa a sua participação.”55
Nesse contexto o Tribunal Superior do Trabalho emitiu as súmulas 219
e 329, mantendo o jus postulandi, sendo essa uma forma de garantir o livre acesso à
justiça, mas isso não significa que a parte que ingressará com a reclamação sem
patrocínio de advogado terá o mesmo êxito como se estivesse assistida por advogado,
pois, esse profissional possui conhecimento técnico para defender direitos e pleitear a
justiça de forma técnica.
Pesquisamos o posicionamento contrário sobre a eficácia do jus
postulandi na Justiça do Trabalho na visão de Francisco Antonio de Oliveira:
53
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 6.ed. São
Paulo: LTR, 2008, p. 401.
54 GIGLIO, Wagner D., e Claudia Giglio Veltri CORRÊA. Direito processual do trabalho. 16.
ed. São Paulo: Saraiva, 2007. p.213.
55 ROCHA, José Albuquerque. Teoria geral do processo. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2003, p.
231.
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“A capacidade postulatória das partes na Justiça do Trabalho é ranço
pernicioso originário da fase administrativa e que ainda hoje persiste
em total discrepância com a realidade atual. O Direito do Trabalho
constitui hoje, seguramente, um dos mais, senão o mais, dinâmico
dentro do ramo do Direito e a presença do advogado especializado já
se faz necessária. Pretender que leigos penetrem nos meandros do
processo, que peticionem que narrem fatos sem transformar a lide em
desabafo pessoal, que cumpram prazos, que recorram corretamente,
são exigências que não mais se afinam com a complexidade
processual, onde o próprio especialista, por vezes, tem dúvidas
quanto à medida cabível em determinados momentos. E é a esse
mesmo leigo a quem, em tese, é permitido formular perguntas em
audiência, fazer sustentação oral de seus recursos perante os
tribunais. Na prática, felizmente, a ausência do advogado constitui
exceção e ao leigo não se permite fazer perguntas em audiência
mesmo porque sequer saberia o que perguntar”.56
Com o mesmo raciocínio Mauro Vasni Paroski entende que é ingênuo
crer que o litigante pode defender adequadamente seus direitos em juízo quando age
pessoalmente, sem o patrocínio de advogado, pois não basta somente levar a termo a
reclamação verbal, mas o rito processual em continuidade, com audiências
complexas, contrarrazões de recursos, entre outros atos que exigem conhecimento
técnico.57
Em Abril de 2010, houve uma limitação ao jus postulandi pelo Tribunal
Superior do Trabalho com a edição da súmula 425, os atos praticados em Juízo
sofreram reduções, a capacidade postulatória das partes está limitada até os Tribunais
Regionais do Trabalho, não incluindo a ação rescisória, mandado de segurança,
cautelar e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho, para esses
atos será indispensável à representação por advogado, tanto para o empregado
quanto ao empregador.
Honorários advocatícios na Justiça do Trabalho
Pesquisamos nas obras de doutrinadores posicionamentos favoráveis e
contrários sobre a concessão de honorários, bem como o posicionamento da
Associação dos Advogados de São Paulo.
Devido ao jus postulandi conferido às partes na Justiça do Trabalho, ao
advogado particular os honorários são contratuais, pois, a representação por
profissional habilitado é opcional.
56
OLIVEIRA, Francisco Antonio de. Manual de processo do trabalho. 3. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2005, p. 243.
57 PAROSKI, Mauro Vasni. Gratuidade e honorários de advogado na justiça do trabalho.
São Paulo: LTR, 2010. p.83.
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Os honorários trabalhistas, conforme Homero Batista Mateus da Silva,
são polêmicos: “Os honorários destinados à remuneração pelos serviços dos
advogados jamais tiveram convivência pacífica com o processo do trabalho.”58
A Associação dos Advogados de São Paulo entende que: “Nas causas
trabalhistas, não tem sido aplicado o Princípio da Sucumbência e as regras do Código
de Processo Civil, em prejuízo do intenso trabalho dos Advogados e Advogadas”.59
Mesmo diante da Lei nº 5.584/1970, que prevê fixação de honorários
somente para advogado do sindicato que presta assistência ao empregado de baixa
renda, o entendimento de alguns juízes a respeito dos honorários advocatícios tem
sido conflitante, algumas sentenças concedem honorários com o caráter de
ressarcimento de custas como espécie de despesas processuais, utilizando como
fundamento do princípio da restituição integral do Direito Civil. Conforme entende
Mauro Schiavi:
“Os honorários advocatícios previstos no Código Civil (arts. 389 e
404) têm natureza jurídica indenizatória, pois visam à compensação à
parte do montante do crédito que despenderá com o pagamento de
advogado particular. Caso a parte tenha contratado advogado
particular, terá de destinar parte do seu crédito ao pagamento deste
e, portanto, não terá seu direito reparado integralmente, desse modo,
mostra-se justo e razoável o deferimento dos honorários advocatícios
no Processo do Trabalho com suporte no Código Civil, por força do
Permissivo dos arts. 8º e 769 da CLT”.60
Segue o entendimento de Francisco Ferreira Jorge sobre a concessão
de honorários, conforme abaixo:
“(...) pondere-se que não há expressa previsão legal quanto ao
cabimento ou não da sucumbência. Também não se pode falar em
aplicação subsidiária no processo civil, na medida em que o instituto
da sucumbência é incongruente com o processo laboral (art. 769,
CLT). O procedimento laboral sofre a influência do princípio protetor,
o qual é a razão histórica e doutrinária do Direito do Trabalho.” 61
O entendimento de Carlos Roberto Ramos é defender a concessão de
honorários na Justiça do Trabalho com caráter de sucumbência, conforme veremos:
58
SILVA, Homero Batista Mateus da. Curso de direito do trabalho aplicado: processo do
trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier , 2010, p.147.
59 SÃO PAULO, Associação dos Advogados de. Honorários. São Paulo. Junho de 2011.
<http://www.aasp.org.br/aasp/informativos/honorarios/editorial.asp> Acesso em: 13 set.2014.
60 SCHIAVI, Mauro. Manual de direito processual do trabalho. 4. ed. São Paulo: LTR, 2011,
p.79.
61 JORGE NETO, Francisco Ferreira; CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. Manual de
direito processual do trabalho. São Paulo: Lumen Juris, 2004, p. 369.
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“Se as partes escolheram por contratar o profissional da advocacia,
devem arcar com a sucumbência, exatamente como ocorre na Justiça
Comum, pois tal prática se consolida em uma reiterada discriminação
ao profissional militante na Justiça do Trabalho.” 62
No decorrer da pesquisa, como demonstramos, há uma
gama de posicionamentos favoráveis e contrários à concessão de
honorários em processos trabalhistas.
Está em tramite perante o Congresso Nacional o projeto de lei
na Câmara nº 33/2013 redigido pela Deputada Dra. Clair da Flora Martins que
dispõe sobre o jus postulandi e os honorários advocatícios na Justiça do
Trabalho. 63
Acredita a deputada Dra Clair da Flora Martins que o jus
postulandi já não mais exista, pois as reclamações verbais são cheias de
vícios, péssima formulação e reflete em inúmeros prejuízos aos cidadãos,
também entende ser incoerente a concessão dos honorários somente ao
reclamante representado pelo sindicato, pois o que custeou de seu próprio
bolso não será ressarcido.
O andamento atualizado desse projeto em 03 de Setembro de
2014 a informação que está aguardando o parecer da Comissão de Assuntos
Sociais e aguardando a designação do Relator em conjunto com outro Projeto
de Lei com o teor semelhante, número 728/200764 Senador Valter Pereira,
ambos encontram-se com o mesmo status e com tramitação conjunta para
análise e possibilidade de aprovação.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como pesquisa de campo, fizemos entrevista com o Juiz do Trabalho
da Comarca de Arujá SP, qual buscamos o entendimento do Magistrado sobre os
honorários advocatícios na Justiça do Trabalho, bem como sobre seu entendimento da
eficácia do jus postulandi conferido as partes no processo do trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
62
RAMOS, Carlos Roberto. Os honorários advocatícios na justiça do trabalho. 2. ed.
Florianópolis: Conceito, 2013. p.23.
63 MARTINS, Clair Flora. Câmara dos deputados. Projeto de Lei n. 33 de 2013. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=112973 Acesso em:
14.09.2014.
64 PEREIRA, Valter. Senado Federal. Projeto de Lei n. 725 de 2007. Disponível em: <
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=112973> Acesso em:
14 set. 2014.
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O presente trabalho procurou demonstrar em que pese à capacidade
postulatória conferida as partes no processo do trabalho, a ausência do patrocínio de
profissional técnico especializado pode trazer danos irreparáveis aos direitos
pleiteados em juízo, porém, uma vez contratado o profissional, a sua remuneração faz
parte desse procedimento.
O crédito trabalhista tem caráter alimentar e o desconto desse crédito
para remuneração do advogado, faz com que a reparação pleiteada em juízo seja
efetuada de forma parcial e não integral como norteia o Princípio da Reparação
Integral do Processo Civil, assim, como a Consolidação das Leis do Trabalho não
dispõem sobre esse tema, utiliza-se o Código Civil e Processo Civil como
preenchimento dessa lacuna.
O advogado para desempenhar suas funções dispõe tempo, despesas
operacionais, gastos com qualificação profissional e os honorários de sucumbência
visam repará-lo desses custos para o atendimento satisfatório da defesa dos direitos
de seu cliente.
É com base nas afirmações acima que os pedidos de honorários estão
baseados, a faculdade da presença do advogado nas lides trabalhistas praticamente
não existe mais, os casos estão complexos, os pedidos variados e as ações dotadas
de complexidade nos ritos processuais.
Ao analisar a pesquisa efetuada, podemos concluir que o patrocínio de
ações com advogados e a concessão dos honorários advocatícios na Justiça do
Trabalho está acompanhando a evolução da sociedade.
Embora o entendimento de parte dos Tribunais reconheça a concessão
de honorários, outros entendem não conceder, dessa forma, por ora, não há decisão
pacificada sobre o assunto e continuaremos aguardando uma solução em definitivo
sobre essa questão através dos projetos de leis em andamento.
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REFERÊNCIAS
GIGLIO, Wagner D., e Claudia Giglio Veltri CORRÊA. Direito processual do
trabalho. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
JORGE NETO, Francisco Ferreira, Jouberto de Quadros
CAVALCANTE. Direito do trabalho. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Pessoa
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 6.
ed. São Paulo: LTR, 2008.
MARTINS, Clair Flora. Câmara dos deputados. Projeto de Lei n. 33 de 2013.
Disponívelem:<http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod
_mate=112973> Acesso em: 14.09.2014.
OLIVEIRA, Francisco Antonio de. Manual de processo do trabalho. 3. ed.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
PAROSKI, Mauro Vasni. Gratuidade e honorários de advogado na justiça
do trabalho. São Paulo: LTR, 2010.
PEREIRA, Valter. Senado Federal. Projeto de Lei n. 725 de 2007. Disponível
em:
<http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=11297
3> Acesso em: 14 set. 2014.
RAMOS, Carlos Roberto. Os honorários advocatícios na justiça do
trabalho. 2. ed. Florianópolis: Conceito, 2013.
ROCHA, José Albuquerque. Teoria geral do processo. 7.ed. São Paulo: Atlas,
2003.
SÃO PAULO, Associação dos Advogados de. Honorários. Disponível em:
<http://www.aasp.org.br/aasp/informativos/honorarios/editorial.asp>
Acesso
em: 13 set. 2014.
SCHIAVI, Mauro. Manual de direito processual do trabalho. 4. ed. São
Paulo: LTR, 2011.
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SILVA, Homero Batista Mateus da. Curso de direito do trabalho aplicado:
processo do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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JOGOS E BRINCADEIRAS COMO FACILITADOR DO
APRENDIZADO NO ENSINO FUNDAMENTAL I
Luciano Leite, e-mail, - [email protected]
Ms Marilene Ferreira de Lima Oliveira, email - [email protected]
Claudio Borges Castro, e-mail - [email protected]
Faculdade Unida De Suzano
UNIESP/UNISUZ
RESUMO
Nas aulas de Educação Física, percebemos que os esportes como futsal, vôlei
e queimada predominam em sua grande maioria das escolas, deixando de lado
outras atividades e privando os alunos de experimentarem atividades de seu
cotidiano
atividades quais também têm grande contribuição para o
desenvolvimento de crianças no âmbito escolar. Este trabalho tem por objetivo
verificar as contribuições que os jogos e as brincadeiras podem oferecer à
aprendizagem e ao desenvolvimento cognitivo infantil, identificando a
importância dos Jogos e Brincadeiras na vida dos estudantes do ensino
fundamental I. Na pesquisa foi aplicada a metodologia de campo de forma
qualitativa. A amostra neste estudo se caracterizam por cerca de 10
professores de ambos os sexos, que ministram aulas nos 4º e 5º anos do
ensino fundamental I de duas Escolas Estaduais do Município de Suzano .
Tendo em vista os resultados obtidos nesta pesquisa ficou evidente que os
alunos que tem contato com jogos, brincadeiras e brinquedos nas aulas de
Educação Física, aprendem muito enquanto brincam além de se desenvolver
na esfera motor e cognitivo, dentro dos padrões esperados de acordo com a
faixa etária. Conclui-se que de acordo com a pesquisa feita percebe-se que
jogos e brincadeiras podem sim contribuir para o
aprendizado e
desenvolvimento cognitivo e motor além da parte social das crianças. Portanto
é de extrema importância o professor de Educação Física, aplicar os jogos e
brincadeiras em suas aulas para que os alunos tenham essa experiência com
atividades simples e grande valor social.
Palavras chaves: jogos, brinquedos, brincadeiras.
INTRODUÇÃO
Por meio de experiências vividas em estágios e outras atividades
desenvolvidas, pude perceber que com brincadeiras e/ou jogos, as crianças
assimilam melhor as atividades e aprendem o real valor das brincadeiras no
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seu aprendizado e desenvolvimento infantil, de forma satisfatória e prazerosa
de aprender.
De acordo com Kishimoto (2008), o jogo livre oferece à criança
oportunidade inicial de aprendizagem, que é a mais importante para atrever-se
a pensar, a falar e ser ela mesma. É por meio do jogo simbólico que a criança
se apropria da realidade do adulto, assimilando e conhecendo sua cultura,
permitindo que a criança revele parte de si mesma.
A forma como o professor trabalha as atividades lúdicas, jogos e
brincadeiras com regras são de fundamental importância para ajudar a criança
na
construção
da
sua
afetividade,
ampliar
sua
linguagem,
seus conhecimentos, suas competências psicomotoras e, enfim, seu
desenvolvimento cognitivo e sócio-relacional.
Neste trabalho são apresentadas as principais ideias dos diferentes
papeis que o jogo e as brincadeiras exercem no trabalho pedagógico com o
intuito de estimular no profissional docente a reflexão sobre a utilização do
lúdico na aprendizagem é feita uma discussão sobre a utilização das definições
dos termos brinquedo, brincadeira e jogo, utilizar a brincadeira e os jogos como
recursos escolar e aproveitar uma motivação própria das crianças para tornar a
aprendizagem mais atraente as brincadeiras e os jogos lúdicos confirmam
que as crianças aprendem com mais facilidade brincando, pontuar a
importância do aspecto lúdico para o desenvolvimento cognitivo e
emocional da criança.
São conhecidos muitos benefícios dos jogos e brincadeiras, mas é
importante que o profissional da Educação Infantil, ao utilizar um jogo, tenha
definidos objetivos a alcançar e saiba escolher o jogo ou a brincadeira certa ao
momento educativo, enquanto a criança está simplesmente brincando, ela
incorpora valores, conceitos e muitos conteúdos. (LOPES, 1999).
Este trabalho tem por objetivo verificar as contribuições que os jogos e
as brincadeiras podem oferecer à aprendizagem e ao desenvolvimento
cognitivo infantil, identificando a importância dos Jogos e Brincadeiras na vida
dos estudantes do ensino fundamental I.
MÉTODO
Será feito uma pesquisa de campo de forma qualitativa. Segundo
Marconi e Lakatos (2003) é utilizada com objetivo de adquirir problemas
informações, conhecimentos e comprovações sobre o assunto da pesquisa.
AMOSTRAS
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Os participantes neste estudo se caracterizam por cerca de 10
professores de ambos os sexos, que ministram aulas nos 4º e 5º anos do
ensino fundamental I de duas Escolas Estaduais do Município de Suzano.
INSTRUMENTOS
Será utilizado questionário para os professores, estes questionários
terão o objetivo de avaliar se a prática de jogos e brincadeiras nas aulas é um
fator facilitador no aprendizado cognitivo infantil para os alunos de Educação
Física. O questionário conterá 10 questões e será analisado de forma
qualitativa. Questionário adaptado de autoria de Santos, 2010.
PROCEDIMENTOS
Primeiro será realizado um contato com a direção das Escolas, estando
em anexo uma copia do questionário a ser aplicado, juntamente com o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Explicaremos o objetivo da
pesquisa e pediremos a autorização para a aplicação do questionário aos
professores nas aulas de Educação Física e aguardaremos a confirmação da
mesma.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
GRÁFICO:1 TEMPO DE ATUAÇÃO
40%
40%
DE 3 A 6 ANOS
DE 10 A 15 ANOS
ACIMA DE 15 ANOS
20%
No gráfico 1: Os professores que são base dessa pesquisa estão no
exercício da profissão em períodos variados entre 3 a 27 anos. 40% dos
professores tem mais de 10 anos, e 40% têm acima de 15 anos, com certeza
eles têm propriedade para explanar suas experiências.
Paulo Freire diz: “que ensinar não é transmitir conhecimentos, mas criar
as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção” (2001,p.52)
Os resultados dessa pesquisa foi bem satisfatório, afinal os profissionais
da pesquisa são bem experientes, na maior parte dos professores tem mais de
10 anos de profissão suas respostas foram muito enriquecedor para essa
pesquisa.
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GRÁFICO 2:O que você sabe sobre o uso do
brinquedo nas aulas de educação física?
IMPORTANTE AUXILIO
PARA COORDENAÇÃO
MOTORA
10%
20%
70%
UTILIZA OS BRINQUEDOS
SOMENTE EM SALA
Foi observado no Gráfico 2, na pesquisa que todos professores
consideram muito importante o uso do brinquedo nas aulas de educação física
para auxilio e desenvolvimento da coordenação motora. Ou seja não podemos
ignorar esses números pois 100% dizem que é de extrema
importância.Atualmente,com o crescimento dos meios de comunicação como
televisão e a internet, as crianças estão deixando de lado as
brincadeiras,buscando “brincar” apenas nos jogos de computador, vídeosgames, dentre outros brinquedos eletrônicos que limitam as crianças.
Segundo Kishimoto (2008), se considerarmos que a criança em idade
pré-escolar aprende de modo intuitivo, os brinquedos e as brincadeiras podem
desempenhar um papel muito importante na construção do conhecimento, já
que enquanto brinca, a criança constrói em seu pensamento noções de
afetividade, interação social, desenvolvimento da coordenação motora, visual e
sonora.
GRÁFICO 3: VOCÊ UTILIZA O BRINQUEDO COMO
ATIVIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA?
10%
SIM
AS VEZES
90%
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Gráfico 3:O uso do brinquedo é de muita importância em vários aspectos
como mostra no gráfico acima. Apenas 10% dos professores só usa as vezes,
mas não deixa de usar.Esperava-se que todos dissessem que usariam sempre
mas o importante é que ainda mesmo que as vezes estão utilizando essa
ferramenta como auxílio.
Segundo Brougère (2008), é através do brinquedo que a criança entra
em contato com o discurso cultural sobre a sociedade ,realizado para ela,como
é feito,nos contos, nos livros e nos desenhos animados,é também por meio do
brinquedo que a criança se situa em seu universo,respondendo ás solicitações
que lhe são destinadas, construindo uma estratégia diante da autonomia e
percebe que a brincadeira é um processo de relações inter individuais,portanto,
de cultura,leva a uma aprendizagem social, isto é a criança aprende-se a
brincar.
GRÁFICO 4:QUAIS SÃO ELES?
JOGOS DE TABULEIRO
30%
JOGOS VIRTUAIS
60%
10%
PEBOLIM, TENIS DE
MESA, PETECA
Durante a pesquisa do gráfico 4 foi observado que 100% dos
entrevistados afirmaram utilizar os brinquedos com a finalidade de desenvolver
a coordenação motora, ludicidade e raciocinio.E mesmo com a tecnolologia a
preferencia ainda é pelo Brinquedos físicos, na maioria dos professores ainda
preserva esse material.
Brotto (2001) considera os jogos e as brincadeiras como ferramentas
necessárias para a interpretação do mundo em que a criança vive, já que é
pelo ato de jogar e brincar que elas representam simbolicamente a realidade
em que vivem.
É no jogo que a criança encontra uma ocupação voluntária que é
exercida dentro de um tempo e um espaço, dotado de regras obrigatórias e
acompanhadas de muitos sentimentos como:alegria,prazer, ansiedade, etc.
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GRÁFICO 5: QUAL A DISPONIBILIDADE DE ESPAÇO
QUE A ESCOLA OFERECE PARA AS CRIANÇAS
BRINCAR?
10%
SÓ O PATIO
20%
70%
SÓ A QUADRA
Gráfico 5: Em relação ao espaço que as escolas oferecem, não é
problema para os professores desenvolverem suas atividades, pois 70% dos
professores tem espaço suficiente de sobra para trabalhar!
O espaço físico escolar é muito importante para os alunos visto que eles
passam parte de sua vida presente neste ambiente e não apenas para serem
educados, mas também para aprenderem a se socializar com as demais
pessoas ao seu redor.
Segundo Bracht (2003) afirma que quando o professor adjetiva a quadra
como espaço de “aulas práticas” e a sala como espaço para as “aulas
teóricas”, quando se percebe que os locais destinados às aulas de Educação
Física apresentam-se conforme de acordo com as modalidades esportivas,
encontramos significados importantes, pois isso denuncia o tipo de prática aí
realizada e condiciona de alguma forma, as suas possibilidades.
Portanto, pode-se dizer que a aprendizagem tem certa relação com o
espaço físico em que se desenvolve uma atividade de ensino. O espaço físico
e estrutural de uma escola deve ser organizado de modo que atenda as
necessidades sociais, cognitivas e motoras do aluno.
GRÁFICO 6:QUAIS OS BRINQUEDOS
DISPONÍVEIS NA ESCOLA?
TÊNIS DE MESA,
PEBOLIM
20%
GAMES
10%
70%
BOLAS,QUEBRA
CABEÇA, JOGOS DE
TABULEIRO
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No Gráfico 6, percebemos na pesquisa acima, falta de brinquedos já não
é mais desculpas para que os professores não passem atividades utilizando os
brinquedos, 10% citaram games,mas a escola disponibilizava os demais
brinquedos também.
Huizinga (2000), foi um dos autores que mais examinou o jogo. O autor
pesquisou os jogos em diferentes culturas e línguas e descobriu que o sentido
da palavra jogo significava apenas gracejar ou traçar. Existem vários tipos de
jogos como: jogos de tabuleiro, jogo de futebol, jogos de azar, jogos de
palavras entre outros. Quanto à sua importância todos os tipos jogos e
brinquedos desempenham importante papel no desenvolvimento físico e
espiritual do indivíduo.
GRÁFICO 7: O ATO DE BRINCAR INFLUÊNCIA NO
DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM? PORQUE?
10%
40%
SIM PORQUE
BRINCANDO SE APRENDE
50%
SIM PORQUE AUXILIA O
APRENDIZADO
SIM PORQUE DESPERTA
O IMAGINÁRIO
Nesse Gráfico 7, foi bem explícito o resultado que realmente todos os
professores acham de muita importância o ato de brincar, pois como mostra no
gráfico todos dizem que o brincar auxilia de alguma forma no aprendizado da
criança!
O jogo, a brincadeira e o brinquedo, tudo isso pode ser útil para
estimular o desenvolvimento do aluno, para Santos (1997), a ludicidade é uma
necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas
como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborando para uma boa saúde
mental, prepara para o estado fértil facilita os processos de socialização,
comunicação, expressão e construção do conhecimento.
Considerações Finais
Percebemos que o objetivo deste estudo foi verificar a contribuição dos
jogos e brincadeiras como facilitador para os alunos do ensino fundamental l.
Tendo em vista os resultados obtidos nesta pesquisa ficou evidente que os
alunos que tem contato com jogos, brincadeiras e brinquedos nas aulas de
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Educação Física, aprendem muito enquanto brincam além de se desenvolver
na esfera motor e cognitivo, dentro do padrão esperado.
Conclui-se que de acordo com a pesquisa feita diz-se que jogos e
brincadeiras podem sim contribuir para o aprendizado e desenvolvimento
cognitivo e motor além da parte social das crianças. Por meio dos dados da
pesquisa e da revisão literária percebemos a grande necessidade das aulas
de Educação Física ter o maior repertorio de atividades se utilizando de jogos,
brinquedos e brincadeiras possíveis, onde cabe ao professor de Educação
Física diversificar suas aulas e não perder a oportunidade de contemplar nas
atividades dos alunos as brincadeiras e jogos de diferentes aspectos seja eles
físicos ou virtuais, fazendo das brincadeiras uma ferramenta que possa auxiliar
suas aulas, e torná-las mais prazerosas para seus alunos.
REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. Pesquisa em ação: Educação Física na escola. Ijuí/RGS:
Unijuí, 2003
BROTTO, Fabio Otuzzi. Jogos cooperativos: O jogo e o esporte como um
exercício de convivência. 1ª edição. ed. Santos: Re-novada, 2001.
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. 7ª edição. ed. São Paulo: Cortez,
2008
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. Coleção leitura. Editora Paz e Terra, 2001, 17 ed.
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como Elemento Cultural. 4ª Edição reimpressão. ed. São Paulo: Pespectiva, 2000.
KRAMER, Sônia. Com a pré-escola nas mãos. São Paulo: Ática, 2000.
KISHIMOTO, Tizuko Machida. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira
Thomson learning, 2008.
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LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação: Criar, fazer e jogar. 2ª Edição.
ed. São Paulo: Cortez, 1999.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de
metodologia científica. 5ª Edição. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
SANTOS, Rosana Cerqueira dos. Brincando e aprendendo: A importância do
brincar no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança na educação
infantil.
Salvador,
2010.
http://
www
.uneb.br/
salvador/
dedc/files/2011/05/Monografia-Rosana-Cerqueira-dos-Santos.pdf acessado em
02/05/2014
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: O lúdico em diferentes
contextos. Petrópolis, RJ. Vozes, 1997
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O CONFLITO NA COBRANÇA DE IMPOSTO EM ÁREAS
IRREGULARES, A GARANTIA DO DIREITO A MORADIA
FRENTE AO PRÍNCIPIO “NON OLET”
Rita de Cássia Gonçalves da Luz ([email protected])
Carla Alessandra Branca Ramos da Silva ([email protected])
Fabrício Ciconi Tsutsui ([email protected])
Faculdade Unida de Suzano - UNISUZ
Resumo
O problema da moradia irregular surgiu no Brasil desde o seu descobrimento e
permanece até os dias de hoje. A Constituição de 1988 assegurou o direito à
moradia (irregular ou não), porém manteve o direito do Estado de cobrar
impostos sobre essas moradias. Propõe-se a observar a possibilidade do
Estado cobrar impostos das moradias segundo o principio tributário da pecúnia
“Non Olet”. Independente de a área ser regular ou não, devera ocorrer à
cobrança de impostos. Por meio de pesquisas bibliográficas qualitativas e com
uso de método dedutivo, procedeu-se a leitura de doutrinadores, legislação e
literaturas especifica sobre o tema. O estudo preocupou-se com a história da
moradia no Brasil desde seu descobrimento até os dias de hoje. Constatou-se
que um dos maiores problemas enfrentados pelos moradores de áreas
irregulares é a insegurança jurídica da posse mesmo contribuindo com
impostos. Observou-se que Estado vem tentando ao longo da historia
promover a moradia popular, porém sem grande sucesso e que atualmente foi
transferido para particulares através de programas de construção de casas
populares denominados “minha Casa, Minha Vida” a responsabilidade de
construir tais moradias com incentivo do Governo aos mais carentes através de
financiamentos da Caixa Econômica. Também foi observado que novas leis,
especificamente a lei 10.257/00, vieram para organizar a vida urbana e tentar
dar diretrizes para que os municípios possam promover o acesso a moradia e
regularizar aquelas que se encontram em áreas que não atendam aos padrões
exigidos pela atual legislação de parcelamento do solo.
Palavras-Chave: Direito a Moradia; Tributo; Pecúnia “Non Olet”; Conflito entre
direitos;
Introdução
A finalidade é esclarecer quanto à devida cobrança de impostos em áreas que
estejam em situação irregular.
Ao se referir o direito Fundamental a moradia Jose Afonso da Silva declara que
o fato de o legislador garantir constitucionalmente a moradia não torna esse direito
absoluto e o governo não está obrigado a fornecer casas aos mais pobres, mas sim
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promover o seu acesso a moradia. E quanto à irregularidade da propriedade a
doutrinadora Bethania Alfonsín declara que a regularização fundiária gera grande
intervenção do Estado sobre a vida dos moradores das áreas irregulares.
O conflito de terras é amplamente conhecido, pois a questão das ocupações
irregulares ocorre desde o descobrimento do Brasil, o que não ocorre com o principio
“non olet” utilizado para tributação dessas áreas e previsto no art. 118 do CTN.
A cobrança de tributos gera nos moradores dessas áreas a falsa idéia que isto
lhes dará direito de regularizar a propriedade, pensamento que esta longe da
realidade, e que necessita ser esclarecido.
Para beneficiar e implantar o acesso a moradia tem-se utilizado a Lei
10.257/01, pois ela estabelece diretrizes gerais da política urbana, da desapropriação
mesmo com pagamento de impostos progressivos, dá poder ao Estado de conceder
uso especial da terra para fins de moradia, porém não trata da regularização das
dessas áreas e nem sobre a cobrança de impostos.
Ao longo dos capítulos será demonstrado o que são áreas irregulares, suas
características e a relação do Estado na prática de cobrar tributos dessas áreas. Para
realização do trabalho também se faz necessário traçar um paralelo entre a garantia
fundamental a moradia e a cobrança de impostos através de um breve histórico da
ocupação irregular no Brasil e das leis que trazem a cobrança de impostos. Também
será baseada na Constituição Federal, no Estatuto da Cidade (Lei 10.257/00) e
principalmente em artigos do Código Tributário Nacional.
O problema levantado nasce do estudo da Lei 10.257/00 da Constituição
Federal e do Código Tributário Nacional vez que a primeira trata do planejamento
urbano das cidades, porém em momento algum faz menção ao fato de existirem áreas
que necessitam ser regularizadas e o segundo fala em seu artigo 118 que o imposto é
devido, pois há o fato gerador, mas não prevê como uma destinação que possa ser
dada aos impostos além de dar uma falsa idéia a quem paga de que conseguira
regularizar sua área.
Os doutrinadores têm o posicionamento de que a tributação deveria estar
voltada para tornar o ambiente das áreas irregulares saudável, por meio de políticas
públicas, que efetivassem o direito garantido constitucionalmente, onde o Estado
poderia interferir na ordem econômica como agente regulador e normativo e orientador
não servindo o tributo apenas com forma de arrecadação, fazendo do contribuinte
torne-se um parceiro na aplicação dos recursos arrecadados.
Segundo as pesquisas realizadas existem ações de órgãos tanto da
administração pública quanto de entidades sociais autônomas da Justiça para
solucionar o problema das áreas irregulares, através de implantação de
programas como de reforma agrária, aproximação de proprietários e posseiros
no intuito de promover a regularização de loteamentos através da venda
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regular, de modo parcelado desses imóveis e a entrada efetiva dos Estados
com infraestrutura necessária para torná-los dignos de serem chamados de
bairros.
As soluções desses problemas passam pela simples aplicação da Lei e pela
intervenção tanto estatal quanto judicial, pois o próprio Estatuto das Cidades traz
diretrizes básicas que se aplicadas minimizariam os problemas.
Do Direito a Moradia
O direito à moradia está relacionado com os direitos da personalidade, com
base na garantia da dignidade da pessoa humana, que necessita não só de um abrigo
para se resguardar das intempéries, mas também de um espaço para o convívio
familiar, com as mínimas condições de saúde e higiene, desvinculado do direito à
propriedade.
O Estado na atualidade deixou por conta do particular a construção de
moradias populares promovendo-a através do programa de empreendimento
denominado “Minha Casa, Minha Vida” cujo financiamento fica por conta da Caixa
Econômica Federal através das verbas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.65
Paralelo ao direito a propriedade caminha o direito a posse, há milênios.
“E diferente do direito de propriedade, a posse pode ser de
direito ou de fato. “66
A posse muitas vezes da origem a loteamentos irregulares que são lotes que
não atendem as regras de parcelamento do solo, e para conseguir ser considerado
regular é necessário que cumpra alguns requisitos que fazem parte da Lei 6.766/79.
Para ser regular um loteamento têm de apresentar aos órgãos competentes
além da planta do imóvel uma série de outras informações que estão elencadas no
artigo 6º da Lei.
Tributos
Tributo é definido no artigo 3º do Código Tributário Nacional e é a prestação
pecuniária, obrigatória e compulsória, imposta legalmente sem depender da vontade
do contribuinte conforme previsto no artigo 113, § 1º do Código Tributário Nacional.
65
http://censo2010.ibge.gov.br/noticiascenso?view=noticia&id=3&idnoticia=2508&busca=1&t=cen
so-2010-mostra-caracteristicas-territoriais-aglomerados-subnormais-suas-diferencas-demaisareas-cidades acessado em 10.06.2014
66
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Coisas, 4 ed., São Paulo, Saraiva, 2001, p. 82.
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Segundo a orientação de Eduardo Sabbag:
“a cobrança Tributos se mostra como a principal fonte das
receitas públicas, voltadas ao atendimento dos objetivos
fundamentais.” 67
O tributo somente nascera ou será modificado por imposição legal conforme
determina o artigo 150, I da Constituição Federal. Ele não pode ter caráter punitivo e
não pode constitui sanção de ato ilícito.
Tributo é considerado pelos doutrinadores como sendo o gênero e que se
divide em espécies. Porém o entendimento doutrinário sobre as espécies de tributos
não é pacifica, havendo diversas correntes.
Porém seguindo a maioria do pensamento doutrinário admitem-se apenas três
espécies de tributos: impostos, taxas e contribuição de melhoria conforme previsto no
artigo 145, da Constituição e no Código Tributário Nacional ao prever em seu artigo 5º
que “os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Embora haja
posicionamento contrario do STF que acrescenta uma espécies: o empréstimo
compulsório.
Engels ao se referir a cobrança de os impostos pelo Estado preconizava que:
“para sustentar essa força pública, são exigidas contribuições
por parte dos cidadãos ao Estado: os impostos.” 68
Impostos estão discriminados no Código Tributário Nacional em seu artigo 16 e
são contribuições em dinheiro que é arrecadado pelo Estado para atender as
necessidades publicas, porém não há obrigação de retribuí-lo diretamente a quem
pagou.
Os impostos que recaem sobre a moradia são denominados de impostos sobre
propriedade imóvel e são pagos por quem é proprietário ou possuidor de imóvel ou por
quem vende ou herda um imóvel e são em numero de quatro: IPTU, ITBI, ITCMD e
Imposto de Renda sobre Lucro Imobiliário.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 3 Ed. – São Paulo: Ed. Saraiva, 2011, p.
38.
67
68
ENGELS, Friedrich. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Tradução
Ciro Mioranza. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal. 3. ed. São Paulo: Escala,
2009, p. 211.
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Princípio do “Non Olet”
Este princípio está presente e é consagrado no nosso ordenamento jurídico
infraconstitucional, através do artigo 118 do Código Tributário Nacional que trata da
incidência de tributação referente a um fato que tenha origem em prática de atos
ilícitos.
No contexto histórico a expressão “non olet” teria origem na Roma antiga
quando em uma conversa do Imperador Vespasiano com seu filho Tito logo após ter
instituído o imposto que recaia sobre o uso de banheiros públicos o filho lhe inquiriu
sobre tal tributo. O pai teria tomado uma moeda e perguntado ao filho: “tem cheiro?”
Este, por sua vez, teria lhe respondido: “Não tem cheiro.”
A máxima “non olet”, conforme mencionado está inserida no direito brasileiro
através do artigo 118 do Código Tributário Nacional, dizendo que não existe relevância
se a situação que gerou a ocorrência do fato gerador foi oriunda de um ato ilícito.
Fato gerador é o ato praticado pelo contribuinte definido de forma prévia. Por
exemplo, a aquisição de um imóvel.
O STF já se posicionou no sentido de que é perfeitamente possível a aplicação
deste principio para cobrança de impostos.
O Conflito entre o Poder de Tributar do Estado e o Di reito a
Moradia
Um dos dilemas que assolam a administração pública na atualidade é a
questão tributária, visto ser necessário ter cada vez mais recursos para investir e
garantir os direitos sociais implícitos na Constituição Federal.
Podemos verificar que ocorreu uma evolução na visão do Estado com relação
ao problema da moradia visto que se em 1500 quando do descobrimento do Brasil ele
simplesmente ignorou como viviam os índios, hoje se preocupa com a manutenção de
serviços sociais. 69
O direito a moradia também vem de encontro ao poder de tributar do Estado,
visto que o texto constitucional traz definido como direito fundamental a moradia como
sendo um direito de todos e não somente dos menos favorecidos.
69
MEIRELLES, Helly Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. Editora Malheiros. 32. ed. São
Paulo, 2006, p. 103.
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Outro fator confrontante entre direito a moradia e poder de tributar do Estado
esta em um princípio denominado principio da coletividade, visto que ao alegar que
não pode pagar tributos em razão da irregularidade de sua propriedade, o morador
infringe-o, já que na sua ausência de contribuição outro será penalizado com uma
carga maior de tributo.
Do apurado em julgados realizados por nossas cortes maiores (STF e STJ) o
equilíbrio torna-se evidente, assim com a utilização coerência dos juízes para decidir
quando se deparam com o conflito entre direitos fundamentais e o direito de tributar do
Estado, tem preferido optar pela eficiência e garantia dos direitos questionados.
Conclusão
A Constituição Federal de 1988 define que o Brasil é uma Republica Federativa
e cabe a ela enquanto Estado Democrático cumprir a função de garantidor da
dignidade da pessoa humana e para que possa cumprir esse objetivo ele necessita de
meios para obtenção de renda.
Para tanto tem no tributo a sua principal fonte através do qual o Brasil cumpre
suas funções essenciais. Sendo assim, tributar serve como meio do país alcançar os
recursos necessários ao Estado para realização de seus fins.
Assim como os tributos, o direito a moradia também se encontra pactuado na
Constituição Federal no artigo 6º do Titulo II que trata dos direitos e garantias. Ao
exercer o direito de tributar ocorre o conflito com o direito de moradia garantido, porém
este conflito deve ser resolvido de forma coerente a não prejudicar o direito dos
demais cidadãos.
Diante desse conflito, entendem os doutrinadores aqui apresentados não ser
possível o contribuinte alegar que não deseja ou não pode pagar os tributos
relacionados à moradia embasados no fato de ser um direito garantido
constitucionalmente senão estariam ferindo o principio da solidariedade com os
demais contribuintes. Assim sendo, não pode o contribuinte utilizar como argumento
para não pagar impostos devidos o fato de ter ocorrido qualquer crime praticado na
aquisição de sua moradia ou que a situação dela esteja irregular com referência tanto
a lei de parcelamento do solo ou quanto às novas normas infraconstitucionais
referentes ao tema, visto tais argumentos não se referem à tributação, pois um dos
fatos geradores dos tributos é ter a posse ou ser proprietário do bem imóvel e não a
forma como esta ou foi adquirido.
O posicionamento judicial atual vem de encontro à igualdade tributária quando
reconhece que o morador de área irregular não tenha que pagar impostos referentes à
moradia, pois ainda com isto esta promovendo a prevalência do direito individual sobre
o social.
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Referencias
ENGELS, Friedrich. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado.
Tradução Ciro Mioranza. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal. 3. ed.
São Paulo: Escala, 2009.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Coisas, 4 ed., São Paulo, Saraiva,
2001.
MEIRELLES, Helly Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. Editora Malheiros. 32.
ed. São Paulo, 2006.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 3 ed. – São Paulo: Ed. Saraiva,
2011.
IBGE:
http://censo2010.ibge.gov.br/noticiascenso?view=noticia&id=3&idnoticia=2508&busca=
1&t=censo-2010-mostra-caracteristicas-territoriais-aglomerados-subnormais-suasdiferencas-demais-areas-cidades acessado em 10.06.2014
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O DESENVOLVIMENTO DA ESCALADA NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Carvalho, Luan Conceição - [email protected]
Leandro Gomes Crippa - [email protected]
Marilene Ferreira De Lima - [email protected]
Faculdade Unida de Suzano – (UNISUZ/UNIESP)
RESUMO: Este estudo teve como objetivo verificar a preparação dos
professores de Educação Física em suas aulas, destacando a preparação do
professor para ministrar um conteúdo fora do tradicional, uma prática
diferenciada. O método utilizado nesta pesquisa foi a aplicação de um
questionário com 10 Professores de escolas estaduais do município de
Suzano-SP, que atuam no Ensino Fundamental II, com um questionário
adaptado do autor Teixeira (2009) contendo 10 questões, compostas por 6
questões abertas e 4 questões fechadas, o resultado desse estudo mostra que
o esporte escalada não esta presente no ambiente escolar pois além de não ter
uma estrutura necessária, os profissionais não estão capacitados ou não
possuem conhecimento/técnicas necessárias para o desenvolvimento de uma
aula. Conclui-se que o Educador deve se especializar, procurar buscar novos
conhecimentos e alternativas para inserir em seu plano de ensino, a fim de
diversificar seu conteúdo, promovendo vivencias através de novas experiências
trazendo novidades a seus alunos que usaram durante sua vida.
Palavra Chave: Escalada, Educação Física Escolar, Professores.
INTRODUÇÃO: A escalada é uma ferramenta educacional onde esta
ganhando espaço na sociedade assim como outras modalidades físicas de
esporte radical ou de aventura, observei que a sua prática no ambiente escolar
é um pouco restrita, pois alguns profissionais da área não dão a devida
importância ou não possuem o conhecimento necessário, fazendo com que os
seus alunos não tenham a vivência desse esporte alternativo ou não
convencional, podendo ser praticada por pessoas de todas as idades e de
ambos os sexos, inclusive crianças, porém é preciso ter uma boa orientação do
educador para a prática desse esporte, onde é uma atividade desafiadora em
que o praticante desafia a si mesmo tendo que superar suas dificuldades e
seus limites.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, PCN (2008)
refere-se que a escola deve proporcionar ao aluno que tenham a vivencia e o
conhecimento sobre o jogo, esporte, ginástica, luta, atividade rítmica e
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exercício físico com esse propósito a escalada é uma forma diferenciada de ser
trabalhada a cultura corporal em movimento, entrando diretamente nesse
conteúdo.
Mendes (2009) reforça que a cultura em movimento onde relaciona
corpo, natureza e cultura, organiza um conhecimento que vai sendo construído
e reconstruído ao longo de nossas vidas, abrangendo como o indivíduo faz o
uso de seu corpo, como ele cria e vivência suas técnicas corporais,
compreendendo o mundo por meio do corpo em movimento no ambiente,
cultura e história.
Armbrust (2011) diz que a cultura expressiva do movimento na escola,
ira preparar o aluno para o pleno exercício da cidadania e no seu
desenvolvimento da autonomia, cooperação e participação social, valorizando
os princípios de igualdade para todos e estimulando varias dimensões de
aprendizagem.
Junior e Souza (2008) aponta algumas sugestões em que poderiam ser
aplicadas e desenvolvidas atividades especificas para uma melhor
compreensão do processo de ensino aprendizagem com algumas sugestões
pedagógicas onde poderá incluir exercícios, jogos, atividades de modo a
proporcionar um máximo de oportunidade para uma participação mais efetiva e
atuante da criança, fazendo o possível para que as aulas praticas sejam
constituídas de ocasiões de prazer para todas as crianças, em todas as idades,
e nos vários contexto de atuação em Educação Física, dando importância
também a cooperação, espirito esportivo, o respeito ao adversário e
encorajando- as fazendo com que participem de exercícios com certo nível de
dificuldade para que possam identificar o problema e procurar a solução para
tal exercício.
Pereira (2010) aponta que o esporte radical é um aglutinador de todas
as atividades esportivas de risco onde ocorre a situação perigosa tendo a
probabilidade de ocorrência e de consequências de um determinado evento
perigoso, tendo uma diferenciação entre eles, sendo que perigo é uma situação
que ameaça a existência de uma pessoa ou coisa e risco é uma situação
calculada ou fictícia.
Neste caso a escalada é considerada um esporte de risco onde a
situação em que o individuo estará será totalmente prevista e calculada
evitando assim possíveis acidentes.
É preciso que sejam criadas etapas a serem seguidas e respeitadas,
onde o professor cria suas estratégias desde a elaboração ate o final do
processo, porem algumas vezes são desconsideradas, pois o alunos se quer
compreendem “oque” e “quando” devem se movimentar e ate mesmo não
entendem o “por que” e “como fazer” (JUNIOR E SOUZA, 2008)
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Oliveira (2010) diz que é importante que as pessoas se movimentem
tendo a consciência dos seus gestos e que precisam estar pensando e
sentindo oque realizam.
Além de outro aspecto importante que diz Pereira (2007), são as
estratégias do professor relacionadas ao ensino aprendizagem dos alunos,
como jogos e brincadeiras, estimulando o caráter lúdico da atividade, sem se
esquecer da segurança necessária, e ate mesmo no modo de avaliar seu aluno
tendo em mente avaliações físicas através de testes, observações e
comportamento das habilidades, que de alguma forma terá um
desenvolvimento satisfatório de seus alunos.
Pereira (2008), diz que a implantação da escalada como um conteúdo
na escola, em que são desenvolvidas atividades que trabalham o ser humano
de uma forma integral, trazendo diversos benefícios como conhecimento da
expressão corporal, resistência física, força, coordenação motora, equilíbrio,
autoconfiança, superação de limites, companheirismo, bem estar, educação
ambiental, favorecendo também a relação entre aluno x aluno e professor x
aluno despertando o prazer em praticar atividade física.
Seguindo esses passos o aluno terá uma melhoria no gesto, fluidez no
movimento dando mais prazer e consciência. O aluno ao executar a atividade,
tendo em vista que existem diversas técnicas, poderá desenvolver de maneira
diferente, construindo assim a sua movimentação para uma eficiência pessoal,
a comunicação será muito importante nesse momento, proporcionando a
qualidade de vida em que temos: á saúde, os aspectos como as relações
interpessoais, a autoconfiança e a superação do medo; e no aspecto cognitivo
a tomada de decisões.
Auricchio (2009) afirma que é papel principal do professor é auxiliar os
alunos no seu desenvolvimento, principalmente em seu desenvolvimento
motor, em que as atividades de movimento serão de grande importância e
servira de base para um desenvolvimento global do aluno, o professor não se
arrisca e preserva-se de situações difíceis passando os mesmo conteúdos
tradicionais, usando velhas formas de conteúdos para garantir bons resultados
ao longo de sua carreira, se o educador não procurar novas alternativas para o
seu trabalho seu estilo poderá ser rejeitado por parte dos alunos e das próprias
instituições de ensino.
A partir de uma reflexão e a vivencia através de estágios, observei que
são apenas desenvolvidos atividades e esportes tradicionais, onde o
profissional não busca alternativas para diversificar o seu conteúdo,
trabalhando todos os anos a mesma didática, por esse motivo resolvi
aprofundar a pesquisa e investigar se a escalada esta incluída no planejamento
do professor nas suas aulas de Educação Física, o educador buscando
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capacitação adequada poderá até mesmo confeccionar um muro de escalada
afim de sair da rotina, desta forma com a realização desta pratica nas aulas de
Educação Física ira trazer possibilidades de conteúdos e estratégias e uma
forma nova e divertida para os aluno.
MÉTODO
Foi realizada uma pesquisa de campo, qualitativa e quantitativa com o
objetivo de coletar dados que comprovem a existência da prática da escalada
no ambiente escolar, no planejamento do professor de Educação Física.
A pesquisa de campo tem como objetivo, conseguir informações e
conhecimentos referentes a um problema, pela qual se procura uma resposta,
que consiste na observação de fatos, fenômenos e no registro de variáveis
para analisa-lo (LAKATOS E MARCONI, 2003).
Sujeito: Foram entrevistados 10 professores de ambos os sexos que
ministram aula no Ensino Fundamental II, de escolas públicas do Estado de
São Paulo na região do Alto Tietê na cidade de Suzano.
Instrumentos: Foi utilizado um questionário adaptado com base no
autor Teixeira (2009) contendo 10 questões, sendo 04 questões fechadas e 06
questões abertas.
Teste: Questionário.
Materiais: Foi utilizado sulfite A4, caneta azul ou preta.
Procedimentos: Primeiramente foi feito um contato com as unidades
escolares para a realização da pesquisa, Após a permissão da Diretora/Diretor
foi entregue aos professores de Educação Física um Termo de Consciente
Livre e Esclarecido em que estejam cientes a participar da pesquisa de campo.
Plano de análise de dados: Após a coleta dos dados, o mesmo foram
tabulados e analisados e apresentados em forma de gráfico.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Gráfico 1 – Na graduação teve a disciplina esportes alternativos escalada
e esta apto a aplicar uma aula?
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100%
90%
80%
70%
Na sua graduação, voce teve a
disciplina esportes alternativos
(escalada)?
60%
50%
Ao terminar sua graduação,
você se sentia apto para aplicar
uma aula de escalada?
40%
30%
20%
10%
0%
Sim
Não
A partir do gráfico acima, os dados mostram que 20% dos professores
entrevistados tiveram a modalidade escalada em sua graduação, enquanto
80% não tiveram essa modalidade, e em comparação a outra questão que foi
tabulado, onde foi obtido os seguintes resultados se estariam apto para aplicar
uma aula de escalada, 10% dos professores responderam que estão
capacitados, enquanto 90% não se sentem apto para aplicar a mesma.
Auricchio (2009) diz que muitos profissionais ainda não têm a habilitação
para ministrar as aulas, pois os esportes radicais não são em todos os cursos
de Educação Física que essa disciplina esta presente, fazendo com que o
professor busque formação técnica para ministrar suas aulas garantindo a
segurança e a forma correta dos equipamentos e a segurança dos alunos á
pratica, concluindo que assim como nos outros esportes, ginasticas ou lutas os
profissionais que trabalham na escola devem se aperfeiçoar em cursos,
palestras, congressos de Educação Física, ate mesmo em encontros de
escaladores afim de adquirir experiências para se trabalhar a escalada de
forma correta aos educando.
A partir dos dados analisados observamos que a maioria dos
professores não estão capacitados a ministrar uma aula de escalada, pois não
tiveram em sua graduação a disciplina ou não tiveram a convivência com o
esporte ou o conhecimento necessário, assim evitando o conteúdo em seu
planejamento, assim não passando um conteúdo diferenciado aos seus alunos.
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Gráfico 2 – Você acha importante a escalada na escola?
90%
80%
70%
60%
50%
Sim
40%
Não
30%
20%
10%
0%
Segundo o gráfico acima, 80% dos professores responderam que
acham a escalada importante na escola, enquanto 20% disserem que não. Os
professores que responderam que sim relatam que a modalidade é uma prática
diferenciada em que foge do tradicional diversificando as aulas baseada em
esportes com bola, sendo um conteúdo novo e atrativo despertando o interesse
nos alunos a pratica, estimulando o aluno a conhecer novos esportes e
trazendo melhorias no desenvolvimento de suas habilidades motoras e no seu
desenvolvimento cognitivo (coordenação, força, estratégia) em que poderá
auxiliar nas demais disciplinas, e os 20% dos professores que responderam
que não, disseram que é um esporte individual e que no ambiente escolar deve
se trabalhar o coletivo, e ao implantar uma parede de escalada deve saber
quais os objetivos que quer alcançar (desenvolvimento da autoconfiança,
autoestima, força), sendo esses objetivos eles podem ser alcançados de outras
formas.
Pereira (2007) diz que a escalada na escola é uma forma de educar
para a vida, suas incertezas e a necessidade de adquirir confiança em si e
responsabilidade, tendo como estratégia inicial, a construção de paredes,
desenvolvendo nos alunos aptidões físicas como força, resistência flexibilidade,
aspectos fisiológicos como a concentração, motivação e medo e aspectos
táticos sendo, experiências, tática de escalada e planejamento.
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Ao analisar as questões discutido acima, os a maioria dos professores
(80%) deram uma grande importância para essa modalidade no ambiente
escolar, como um conteúdo novo fora do tradicional, diversificando os esportes
com bola e com grande importância no desenvolvimento de suas capacidades
físicas, habilidades motora e habilidades cognitivas e que a minoria (20%), não
deram importância pois essas capacidade e habilidades podem ser
desenvolvidas de outra forma.
Gráfico 3 – A escalada esta incluída no seu planejamento
escolar?
100%
90%
80%
70%
60%
50%
Sim
Não
40%
30%
20%
10%
0%
Referente ao gráfico acima, 10% dos professores incluíram sua pratica
no seu planejamento escolar com o intuito de ser uma modalidade diferenciada
para os alunos melhorando suas habilidades motoras enquanto 90% dos
professores não á incluíram no seu planejamento pois a maioria não estão
capacitados, não possuem técnicas/conhecimento adequados para a aula
principalmente na parte de segurança ou por não fazer parte do seu plano de
aula, além de não ter espaço/materiais para a pratica do esporte.
Auricchio (2009) afirma que muitos profissionais que trabalham com
escalada que trabalham a escalada indoor não tem formação acadêmica em
Educação Física que em sua maioria são pessoas com vasta experiência em
sua área, ao passar do tempo, de uns anos pra cá os esportes radicais se
tornam matéria nos cursos de Educação Física aumentando o número de
praticantes, os profissionais que ingressam na escolas levam o seu
conhecimento adquirido na universidade para as suas aulas, porém muitos
deles nem se quer sabem a origem do esporte ou já tiveram a experiência de
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um dia de escalada em alguma parede, não podendo levar esse conhecimento
para os alunos.
A partir dessas informações, os professores não estão capacitados
para incluir a escalada no seu planejamento por falta de conhecimento/técnicas
ou até mesmo por falta de espaço (parede de escalada e matérias) para a
aplicação, outra questão que pode ser discutida é que os professores que se
formam não buscam outras estratégias de ensino e seguem o padrão que é
proposto, não buscando novos conhecimentos, novas alternativas e maneiras
para diversificar o método de ensino aprendizagem.
Gráfico 4 – Em sua opinião, quais os benefícios que a escalada
pode trazer para a educação escolar?
100%
Melhora da auto estima
90%
80%
Auxilio na socialização
70%
60%
50%
40%
30%
Agente complementar da
educação
Uma forma de transmitir
valores
20%
Auxilio no desenvolvimento
motor (leitura, escrita,
esquema corporal)
10%
Melhora do raciocinio logico
0%
Observando o gráfico acima, estão os benefícios que a escalada pode
trazer ao ser desenvolvido no ambiente escolar, destacando os 90% em que os
professores responderam que pode trazer um auxilio no desenvolvimento
motor (leitura, escrita, esquema corporal), 80% á melhora do raciocínio lógico,
70% como um agente complementar da educação, 60% no auxilio na
socialização e uma forma de transmitir valores.
Souza (2001) afirma que escalada é uma atividade motora que que
estimula a tomada de decisão, a resolução de problema e que melhor
apresenta a manifestação da inteligência corporal na educação física em que
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há a predominância motora estimulando os alunos a criar formas de solucionar
problemas.
Outro autor completa Bertuzzi
et al (2001) dizendo que o
desenvolvimento da força também esta presente ao escalar, principalmente
nos membros superiores.
Pereira (2007) finaliza trazendo os benefícios ao escalar quando
trabalhado de forma correta e lúdica, desenvolvendo nos alunos a velocidade,
resistência, força, estratégia, habilidades motoras, trabalho em grupo,
percepção, atenção, equilíbrio dinâmico e a precisão de movimentos.
Assim como todos os esportes, a escalada também tem sua grande
importância ao ser trabalhado com os alunos, desenvolvendo o aluno como um
todo, além de proporcionar habilidades e conhecimentos diversificados que
podem ser utilizados em outras disciplinas, no seu dia-a-dia e que levará para a
sua vida inteira.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema proposto teve como finalidade verificar a preparação do
professor de Educação Física, a inclusão da escalada no seu plano de ensino,
pois ao refletir e observar, os profissionais da área seguem apenas um padrão
de ensino, principalmente com esportes com bola não variando suas aulas e
não procurando algo para diversificar.
No ambiente escolar, o professor deve levar aos seus alunos
atividades que permitam uma movimentação variada, que possam conhecer o
seu próprio corpo e o ambiente em que estão inseridos, dando espontaneidade
de movimentos auxiliando no seu desenvolvimento físico, social e cognitivo.
Como mostra os resultados obtidos, os professores não estão
capacitados a ministrar uma aula de escalada devido a diversos fatores,
principalmente por falta de capacitação e materiais, fazendo com que não
diversifique seu conteúdo de aula, a minoria trabalha com esse conteúdo
fazendo com que seus alunos tenham vivenciado algo novo no ambiente
escolar.
Concluindo assim que o Educador deve se especializar, procurar
buscar novos conhecimentos e alternativas para inserir em seu plano de
ensino, a fim de diversificar seu conteúdo, fazendo com que seus alunos
tenham e vivenciem novas experiências para sua vida, para um
desenvolvimento pleno e global.
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adequada para a prática segura. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital Bueno Aires, ano.14 - Nº.139, dez 2009. Acesso em: 30 mar. 2014.
ARMBRUST, Igor. Os esportes radicais como potenciais geradores de
saberem interdisciplinares. São Paulo, 2011.
BRASIL, Ministério da Educação. Proposta Curricular do Estado de São
Paulo: Educação física. São Paulo: SEE, 2008.
JUNIOR, Rubens Venditti; SOUSA, Malus Alexandre. Tornando o jogo
possível: Reflexões sobre a pedagogia do esporte, os fundamentos dos jogos
despotivos e coletivos e a aprendizagem esportiva. Pensar a pratica 11/1: 4758, jan./jul. 2008.
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia
Científica. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2003.
MENDES, Maria Isabel Brandão de Souza; NOBREGA, Terezinha Petrucia de
Nobrega. Cultura de movimento: Reflexões a partir da relação entre corpo,
natureza e cultura. Pensar a pratica 12/12: 1-10, mai./ago. 2009.
OLIVEIRA, Vitor Marinho. O que é educação física. São Paulo: Brasiliense,
2011.
PEREIRA, Dimitri Wuo. A escalada chega na escola. In: Anais 11º Congresso
Paulista de Educação Física. Jundiaí – SP, 8 de junho de 2007.
PEREIRA, D. W.; CARVALHO, G. S.; RICHTER, F. Programa de escalada em
rocha como educação física para alunos do ensino médio. In: Anais do 12º
Congresso Paulista de Educação Física. Jundiaí – SP, 23 de junho de 2008.
PEREIRA, Dimitri Wuo; ARMBRUST, Igor. Pedagogia da aventura: Os
esportes radicais, de aventura e de ação na escola. Jundiaí: Fontoura, 2010.
TEIXEIRA, Marcio da Silva. A concepção de professores formados em
educação física quanto a inclusão da dança no planejamento das aulas de
educação física no ensino fundamental. www.def.unir.br/ Departamento de
Educação Física DEF. Rondônia-UNIR. mar 2009. Acesso em 30 mar. 2014.
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O LÚDICO COMO FERRAMENTA FUNDAMENTAL PARA
APRENDIZADO DA NATAÇÃO EM CRIANÇAS DO ENSINO
FUNDAMENTAL l
Jan Paul ane dos santos – [email protected]
Esp Leandro Gomes Crippa – [email protected]
Ms Marilene Ferreira de Lima Oliveira – [email protected]
Faculdade Unida de Suzano – Unisuz/Uniesp
RESUMO
Neste estudo onde o objetivo foi verificar se as atividades podem
melhorar o processo de aprendizagem da natação no ensino fundamental l, em
crianças de 8 a 10 anos. Para isso foi aplicado um questionário adaptado para
10 professores de Educação Física pertencentes a escolas particulares e
públicas do município de Suzano e região, o questionário contem 9 questões
sendo 4 fechadas e 5 abertas. Este é um tema que ainda é pouco discutido nas
escolas, diante de todas as informações obtidas através dos resultados é
importante relatar que 100% dos professores consideram importante a
ludicidade durante as aulas, porém ainda não tem uma organização, os alunos
são dividos por idade e não pelo nivel de aprendizagem, em 80% das escolas
as aulas são desenvolvidas como atividades extra curriculares fora do horário
da Educação Física, o aprendizado da prática natatória será levada pelo resto
da vida do aluno, podendo em algum dia tirar o mesmo de uma situaçao de
dificuldade, até mesmo previnindo o riscos de afogamento. Conclui-se que os
profissionais que atuam nas escolas lecionando aulas de natação, vão além de
ensinar os quatros estilos, alcançam grandes resultados com o lúdico,
promovendo ganhos cognitivos, sociais, físicos entre outros. Desenvolvimento
pleno e global dos alunos que praticam natação em escolas.
Palavras chaves. Lúdico; Natação; Ensino Fundamenta l.
Segundo Pereira (2009) A natação é uma atividade pré-histórica que
existe a mais de cinco mil anos, como a água é um elemento predominante em
nosso planeta, temos diversas fontes onde se prática a natação, como: lagos,
praias, piscinas e rios. Mas naquela época essas práticas eram feitas em
piscinas naturais e com águas quentes na Índia, já era notável que as pessoas
faziam atividades físicas de forma rudimentar, os homens se lançavam na água
em busca de alimentos, como forma de proteção contra os animais, e acabou
aprendendo a se locomover na água como forma de sobrevivência, nessa
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época acreditava-se que homens que nadavam eram pessoas educadas, os
nobres se orgulhavam dos filhos que sabiam nadar.
No entanto na idade média e idade moderna veio à decadência da
prática da natação, as pessoas acreditavam que a água causava epidemias,
por isso os grandes castelos eram protegidos por água ao seu redor. No século
XVI vem o resurgimento da natação com uma inovação de um estilo de nadar
chamado “peito” servia para que as pessoas levassem armas, roupas e
armaduras nas costas para guerra, a partir do século XIX e XX veio outros
estilos de nado como: crawl, costas e borboleta. Com aparecimento de vários
estilos a natação passou a ser sistematizada, onde a Educação Física teve um
papel importante para que isso acontecesse. (KRUG, 2012).
Conforme podemos observar a natação é uma atividade física muito
conhecida em nossa sociedade, o interesse pela natação aumentou não só
para os alunos e atletas, mas também para professores e pesquisadores. A
natação teve uma grande evolução da era pré-histórica até a era moderna,
passou a existir técnicas de movimento para que o aluno pudesse se
locomover com mais eficiência na água, nesse sentindo entende-se que o
professor de Educação Física foi essencial para essa evolução (PEREIRA,
2009).
No entanto as primeiras literaturas escritas não se pensavam nos
alunos, apenas no movimento correto da técnica, não eram respeitadas as
fases de maturação do aluno, isso fazia com que eles desistissem das aulas
brevemente, por não ter capacidade de suportar essas pressões de treinos
intensos. Hoje existem literaturas que foram adaptadas respeitando a idade
biológica de cada aluno para o aprendizado dos movimentos específicos da
natação (LIMA, 2009).
Porém ainda é discreta a aplicação de conhecimento sobre a área da
natação, mas hoje temos o apoio da ciência e de outras matérias como: a
biomecânica, fisiologia do exercício e nutrição. (VELASCO 1994). Foi buscar
na psicomotricidade conhecimentos para ampliar a qualidade dos movimentos
motores específicos em natação, fazer com que os alunos aprendessem a
nadar com técnica de movimentos corretos.
Conforme Corrêa; Massaud (2004), o professor que é capaz de elaborar
uma boa aula, de uma forma que todos os alunos participem da atividade. Vai
logo perceber a evolução dos seus alunos nas aulas, não apenas nos aspectos
motores, e sim na sua motivação, autoestima e consequentemente a melhora
do seu desempenho nas aulas, dessa forma podemos observar a importância
do professor, para que o aluno consiga se desenvolver nas aulas de natação.
De acordo com Velasco (1994), é muito mais fácil trabalhar com o aluno
que deseja realizar o que esta sendo proposto, do que com o que está sendo
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forçado a realizar, nesse sentindo entende-se que as primeiras aulas aplicadas
são muito importantes para que o aluno tenha a confiança do professor no
processo de aprendizagem, o aluno precisa sempre se sentir valorizado pelos
professores e os amigos. A importância da natação não foca apenas o
desenvolvimento físico, mas também na formação social.
Segundo Bahia (2007) As atividades lúdicas funcionam de uma forma
mais agradável e eficaz, portanto a aprendizagem por meio de jogos e
brincadeiras se torna mais prazerosa do aluno conseguir compreender o
conceito dos movimentos da natação; equilíbrio, controle da respiração e
mudança da posição do corpo, o aluno por sua vez, consegui perceber a sua
evolução nos movimentos, portanto o mesmo precisa ser estimulado a ser
“curioso”, e que vivencie novas possibilidades de movimentos, para que ele
possa conhecer seu corpo em totalidade.
Conforme kishimoto (2008) A existência de regras são características
marcantes nos jogos, as atividades lúdicas dão liberdade para que os alunos
use seu conhecimento próprio, podendo haver modificações de regras.
Kishimoto ainda acredita que é muito importante os alunos terem essa
liberdade de criar, nesse sentindo entende-se que as ações precisam ser
compartilhadas e os benefícios das atividades serem para todos.
Conforme Lima (2009 p.16)
Não adianta termos somente o conhecimento, precisamos
também da alma dos artistas, de ensinarmos através da
interpretação. Cada idade necessita de uma estratégia
diferente por parte dos professores, crianças gostam de viver
no mundo da fantasia, jovens de desafios e os adultos de
atenção. O professor deverá ser um artista da comunicação.
O professor por meio de seus conhecimentos deve proporcionar uma aula
prazerosa e motivadora aos seus alunos.
Segundo Pereira (2003) Umas das pedagogias mais utilizadas
atualmente nas aulas de Educação Física para crianças é a ludicidade, abrindo
mão de recursos técnicos e específicos, crianças procuram sempre a diversão,
e nas aulas de natação não é diferente, o lúdico proporciona as crianças o
aprender brincando. Muitas das vezes as crianças iniciam a natação por
imposições dos pais que querem ver seus filhos nadando, podendo no futuro
minimizar os riscos de afogamento, e o aluno acaba se interessando pela
natação.
A experiência em um meio líquido deve ocorrer o mais cedo se possível
desde bebes, seja na piscina da escola, no banho ou em qual seja o local que
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você possa se familiarizar-se com a água, essas experiências de adaptação
terão grandes relevâncias em um futuro próximo ,quando o aluno começar a
fazer a prática da natação em alguma escola, terão possibilidades maiores de
gostar das aulas, e consequentemente não desistir brevemente. (SOARES,
2001).
O lúdico na natação é uma pedagogia inovadora, fazendo com que o
professor possa usar outros tipos de estratégias em suas aulas, chamar a
atenção dos alunos com jogos, rodas cantadas e materiais diferenciados,
tirando aquela ideia que só se aprende natação com aulas técnicas, e que a
natação é uma aula chata repetitiva e complexa. Porém deverão ter os
objetivos da aula bem definidos para que não se torne uma brincadeira sem
orientação do professor. (PEREIRA, 2009).
MÉTODO
Foi feita uma pesquisa de campo de forma qualitativa, que segundo
Lakatos; Marconi (2007) é utilizada com objetivo de adquirir problemas
informações, conhecimento e comprovações sobre o assunto da pesquisa.
Foram realizados contatos em 4 instituições de ensino, sendo uma
particular no município de Itaquera, uma particular no município de Mogi das
Cruzes, uma particular no município de Suzano e uma pública no município de
Arujá, onde foi explicado o projeto de pesquisa para os responsáveis,
solicitando autorização para aplicação do questionário, e entregue um Termo
de Consentimento Livre e Esclarecimento (TCLE).
Participaram desta pesquisa 10 professores de Educação Física de escolas
particulares e pública, de ambos os sexos.
Foi aplicado um questionário adaptado contendo 9 questões, sendo 4
fechadas e 5 abertas, relacionado ao processo de aprendizagem da natação
através das aulas lúdicas. (MACEDO; ETAL, 2007)
O questionário foi entregue para os professores de Educação Física
participantes desta pesquisa.
Gráfico 1 - As aulas de natação são desenvolvidas nas aulas de Educação
Física?
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100%
80%
60%
40%
20%
0%
Em relação ao gráfico 1, sobre se as aulas de natação são
desenvolvidas nas aulas de Educação Física escolar. 90% disseram sim e 10%
não, porém foi questionado porque nas escolas as aulas de natação não fazem
parte do conteúdo escolar, 30% são atividades extracurriculares, 10%
gratuitamente, 80% paga uma taxa extra e outros 10%.
Segundo Ribeiro (2011) A natação é pouco desenvolvida nas escolas,
no entanto foram percebidos que as aulas são desenvolvidas em horário
diferente da educação física, os alunos fazem a natação como atividade
extracurricular e paga uma taxa para poder praticar as aulas.
Portanto é notável que as dificuldades de implantar a natação nas
escolas, é devido a falta de um espaço adequado, onde se pode fazer a pratica
da natação durante as aulas de educação física.
Gráfico 2 – como são divididas as turmas de natação?
50%
40%
30%
20%
10%
0%
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Em relação ao gráfico 2, sobre como são dividas as turmas de natação,
percebemos que 50% são divididas por faixa etária, 50% por nível de
aprendizagem, 40% por serie e outras formas 0%.
Para Lima (2009) As aulas de natação devem ser separadas por nível de
aprendizagem e faixa etária, há o uso de uma sequência pedagógica para
facilitar o aprendizado dos alunos.
No entanto percebemos que nas escolas não há uma diferenciação de
quem está em um nível avançado para os iniciantes, todos costumam fazer as
aulas juntos, são diferenciados apenas pela idade e não pelo nível de
aprendizagem.
Gráfico 3 - Qual o numero de alunos em cada turma?
Qual o numero de professor por turma?
Há auxiliares ou estagiários para apoio ao trabalho do professor?
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Em relação ao gráfico 3, sobre qual o numero de alunos em cada turma
foi feito uma média e percebido que, de 1 a 5 alunos por turma 10%, de 6 a 8
alunos 30%, de 10 a 12 anos 40% e acima de 25 alunos 20%.
Segundo Lima (2009) o ideal quando se trata de criança seria para cada
turma de três alunos ter um professor em uma piscina que “não da pé”, já em
uma piscina adequada para criança com uma profundidade onde os mesmos
possam encostar o pé no chão esse numero aumentaria para 6 alunos por
professor.
De acordo com a pergunta, qual é o numero de professores por turma foi
feito uma média onde percebemos que 40% tem um professor por turma, 40%
2 professores por turma, 10% 3 professores por turma e 10% 4 professores por
turma em uma aula de natação.
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Conforme Lima (2009) para que os alunos tenham uma segurança e não
correrem riscos de afogamento a cada 3 alunos um professor, nesse sentido
entende-se que os professores conseguiriam dar uma atenção maior para os
alunos onde os mesmo teriam um desenvolvimento pleno nas atividade
proposta pelo professor
No entanto sabemos que seria um custo muito grande para conseguir
implantar este método nas escolas, a maiorias das escolas não tem mais que 3
professores de educação física.
Conforme a questão se há auxiliares ou estagiários para apoio ao
trabalho do professor percebemos que 60% disseram sim e 40% não. Porém
foi feito uma média de quantos estagiários ou auxiliares tinha em cada aula, e
foi constatado que 30% tem 1 estagiário ou auxiliar, 30% 2 estagiários ou
auxiliar.
Gráfico 4 - Quais os conteúdos abordados?
80%
60%
40%
20%
0%
4 ESTILOS DE INICIAÇAO AO NADO CRAWL E
NADOS E
MEIO LIQUIDO/
COSTAS
FUNDAMENTOS
NADOS
Em relação ao gráfico 4 sobre, quais os conteúdos abordados nas aulas
de natação escolar, podemos perceber que 60% disseram que é trabalhado os
4 estilos de nados e seus fundamentos, 30% iniciação ao meio liquido/nados e
10% nado crawl e costas.
Segundo Lima (2009) quando a criança atingi os 9 anos ela já é capaz
de conseguir aprender os 4 estilos de nado, para Allen (2003) é possível que
se alcance os fundamentos de 2 formas as formais e a lúdica, porém com a
ludicidade foi percebido que os alunos consegui atingir um nível maior de
aprendizagem, e não há muitas desistências em aula.
Gráfico 5 - Há o uso de brincadeiras lúdicas durante as aulas?
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100%
80%
60%
40%
20%
0%
SIM/ USAM O
LUDICO NAS
AULAS
NÃO
Em relação ao gráfico 5 sobre, se há o uso de brincadeiras lúdicas
durante as aulas de natação percebemos que, 100% disseram sim e não 0%.
Segundo Pereira (2009) o lúdico é superimportante em qualquer
atividade física, e se torna mais ainda na natação devido à modalidade ser um
esporte complexo e repetitivo. para Weinberg (2001) os alunos se motivam
quando é proposto uma brincadeira lúdica e conseguem atingir os objetivos
proposto em aula .
Gráfico 6 - As aulas atingem os objetivos da educação física
escolar?
Quais os objetivos das aulas de natação?
80%
60%
40%
20%
0%
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Em relação ao gráfico 6. De acordo com a pergunta, se as aulas da
natação atingem os objetivos da educação física escolar percebemos que 80%
disseram que sim e 20% não.
Para Bahia (2007) O principal instrumento da educação física é o
movimento, devido a natação não ter muito impacto podemos fazer exercícios
físicos mas rigorosos e movimentos diferentes, sem correr riscos de lesão,
nesse sentido entende-se que podemos trabalhar muitos tipos de movimentos
motores aumentando a capacidade de movimentos dos nossos alunos.
Conforme a pergunta quais os objetivos das aulas de natação podemos
perceber que houve muitos objetivos diferentes 10% disseram
condicionamento físico e aprendizado dos nados, 10% adaptação e
sobrevivência, 40% adaptação ao meio liquido, 20% vivencia e iniciação a
natação e 20% qualidade de vida.
Gráfico 7- As aulas de natação relacionam-se com as aulas de
educação física escolar? Como?
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Em relação ao gráfico 7 sobre, se a aula de natação se relaciona com as
aulas de Educação Física escolar, podemos perceber que 80% disseram que
sim e 20% não, porem foi questionado como há esse relacionamento e
percebemos que 20% disseram que através das capacidades físicas e
habilidades motoras e 40% o alongamento e as brincadeiras.
Conforme ribeiro (2011) a natação tem um grande relacionamento com a
educação física escolar, através de aulas bem aplicadas percebemos o retorno
dos alunos no desenvolvimento social, físico e cognitivo, respeito ao próximo,
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concentração, procura levar uma vida saudável e consequentemente isso vai
influenciar na sua vida escolar.
A natação é uma atividade “diferenciada” saímos dos movimentos
básicos do nosso dia- dia, ela nos proporciona grandes possibilidades de
movimentos motores, fazendo com que criamos estratégias e estimulamos a
curiosidade para aprender movimentos novos.
Gráfico 8 - Há planejamento de educação física escolar?
Há planejamento de natação?
100%
80%
60%
40%
20%
0%
SIM
NÃO
SIM
NÃO
Em relação ao gráfico 8 sobre, se há planejamento de Educação Física
escolar percebemos que 90% disseram que sim e 10% não.
Conforme citado por Libaneo (2002) o conteúdo a ser aplicado durante o
ano letivo é uma tarefa que deve envolver todos da escola, diretores,
coordenação e principalmente o professor de educação física. Este
planejamento deve se pensar sempre no desenvolvimento dos alunos.
Em relação ao gráfico sobre, se há planejamento de natação
percebemos que, 100% disseram que sim e 0% não.
Gráfico 9 - O lúdico nas aulas de natação melhora a aprendizagem
no meio liquido?
Os alunos praticantes de natação na escola apresentam melhoras
em alguns aspectos?
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100%
80%
60%
40%
20%
0%
Em relação ao gráfico 9, se o lúdico na natação melhora a aprendizagem
no meio liquido percebemos que 100% disseram sim e 0% não, porem 10%
disseram que ajuda na adaptação ao meio liquido e 40% motiva e falicita.
Segundo Pereira (2003) a melhor maneira de aprender natação é
através da ludicidade, para lima (2009) os movimentos natatórios são muitos
mecanizados e quando se trata de iniciação, a criança aprende com aulas
lúdicas e muitas vezes nem percebe que está se desenvolvendo durante a
aula, pensa que esta apenas brincando, aprende sem nenhuma cobrança e
“responsabilidade”.
Foi percebido que em todas as escolas que passei os professores usam
o lúdico, não importa a idade, alguns usam como premiação nos finais das
aulas, mas quem não gosta de se divertir e ter desafios durante as aulas, a
ludicidade proporciona este prazer de aprender brincando.
Em relação a pergunta, se os alunos praticantes de natação na escola
melhoram em alguns aspectos podemos perceber que 80% disseram que sim
em todos, cognitivo, social e físico, 10% físico e 10% outros.
Para ribeiro (2011) não tem como praticar a natação sem que os alunos
não estimulem os aspectos cognitivos, físico e social, a uma melhora da
concentração, os alunos se relacionam melhor entre eles, melhorando o
cardiovascular e sobre peso, todos esses benefícios vão ajudar o aluno dentro
da escola.
Considerações finais
Durante este trabalho notou-se a importância da natação para os alunos
praticantes da mesma, sobretudo de atividades lúdicas para o aprendizado da
natação, principalmente nesta fase do ensino fundamental l, as crianças não
querem aulas técnicas, o lúdico é um ambiente que oferece condições para o
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desenvolvimento pessoal e descobrimento de novas possibilidades sem
exclusão.
No entanto foram percebidas as dificuldades que temos para aplicar a
natação nas escolas, é uma modalidade pouco discutida por professores de
Educação Física, muitos professores relataram a falta de estrutura para a
prática das aulas, porém reconhece que é de extrema importância a prática em
todas as escolas. O objetivo desta pesquisa foi verificar se o lúdico pode
melhorar o processo de aprendizagem da natação; as dificuldades para o
professor poder trabalhar esta disciplina em suas aulas de Educação Física.
. Conclui-se que os profissionais que atuam nas escolas lecionando
aulas de natação, vão além de ensinar os quatros estilos, alcançam grandes
resultados com o lúdico, promovendo ganhos cognitivos, sociais, físicos entre
outros. Desenvolvimento pleno e global dos alunos que praticam natação em
escolas.
ALLEN, Márcia Stella. Lançando novos olhares sobre o ensino da natação:
relato de experiência. In: Marcellino Nelson Caravalho (org.) Lúdico educação
e educação física. Rio grande do sul: Unijui 2º edição, 2003
BAHIA, Antonio Luiz Ferreira. Aprendizagem da natação por crianças cegas:
Desafios e possibilidades. Dissertação de mestrado, Salvador, 2007.
CORRÊA, Célia Regina; MASSAUD, Marcelo Garcia. Natação na pré- escola.
Rio de Janeiro: Sprint, 2004.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. Cengage
Learning, 2008.
KRUG, Dircema Franceschetto; MAGRI, Patricia Esther Fendrich. Natação:
aprendendo para ensinar. São Paulo: All Print, 2012.
LAKATOS, Eva Maria; Marconi Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. São Paulo: Atlas, 6º edição, 2007.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? : novas
exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez 6º edição,
2002.
LIMA, William Urizzi de. Ensinando natação. São Paulo: Phorte, 4º edição,
2009.
PEREIRA, Mauricio Duran. Aprendendo nadar em ludicidade. São Paulo:
phote editora, 2009.
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PEREIRA, Mauricio Duran. Brincando com a água: o componente lúdico da
cultura no processo de ensino-aprendizagem da natação. In: Marcellino Nelson
Caravalho (org.) Lúdico educação e educação física. Rio grande do sul:
Unijui 2º edição, 2003.
RIBEIRO, Andrea Raquel de Freitas. Actividades físicas e desportivas de
caracter lúdico nos jovens (alunos do 3º ciclo do ensino básico).
Dissertação de mestrado, vila real, 2011.
VELASCO, Cacilda Gonçalves. Natação segundo a psicomotricidade. Rio de
Janeiro: Sprint, 1994.
WEINBERG, Robert; Goud Daniel. Fundamentos da psicologia do esporte e
do exercício. São Paulo: Artmed, 2001.
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O OLHAR DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA OS
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA/SURDEZ
Luis Roberto Fernandes Junior – [email protected]
Rogata AparecidaAtanes Netto - [email protected]
Marilene Ferreira de Lima [email protected]
Faculdade Unida de Suzano – Unisuz/Uniesp
RESUMO:
A deficiência auditiva e a surdez é essencial paraque seja possível a
realização de uma intervenção pedagógica como professor de Educação
Física, o objetivo desta pesquisaé verificar a experiência do olhar do
profissional de educação física para o deficiente e dos demais alunos que
desfrutam da aprendizagem junto com os mesmos deficientes Auditivos/Surdez
nas aulas de Educação Física. O método utilizado foi um questionário para os
professores de Educação Física do Ensino Médio contendo 10 questões de
inclusão para os alunos surdos/ deficientes auditivos, onde foi observada a
grande importância que o profissional de educação física deve ter no olhar, no
conhecimento, na didática e na experiência com os alunos surdos e conseguir
transmitir a aprendizagem para o seu aluno fazendocom que os mesmos
tenham um bom desenvolvimento da sua aula.Vimos que nas discussão e
resultados desta pesquisa foi verificado que a maioria dos professores utiliza
recursos visando facilitar a aprendizagem dos alunos com deficiência auditiva,
que os mesmos alunos modificam o comportamento depois das aulas de
educação física, as dificuldades de avaliar esse aluno e a quanto tempo o
profissional de Educação Física conhece a Língua de sinais. Conclui-seque
precisamos de mais estudos relacionados a essa área, para obter melhores
resultados onde um professor de educação física inclusivo é aquele que se
constrói a cada dia buscando por meio da pesquisa aprimorar as suas ações
educacionais e uma escola inclusiva se dá por meio de professores inclusivos
de fato.
Palavras –chaves: Inclusão, Educação Física, Libras.
INTRODUÇÃO:
De acordo com o currículo do Estado de São Paulo o professor deve
enxergar mais a criança do que a deficiência para ter um melhor
desenvolvimento durante a atividade física considerando suas limitações.
Enfatizando suas capacidades e estabelecendo limites, isto significa trabalhar
com as potencialidades do aluno e não ficar ressaltando as suas fragilidades
sendo que o olhar do profissional deve ser primordial e deve ser assumido com
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responsabilidade para que não haja constrangimento nenhum do deficiente
nem do restante dos alunos.
Os educadores e os professores de educação Física devem fazer com
que seus alunos com deficiência auditiva/surdez aprimorem suas práticas de
aprendizagem para o sucesso, pois a escola é muito importante na formação
do indivíduo em qualquer aspecto, onde devem apresentar alternativas
voltadas as necessidades linguísticas do surdo proporcionando uma educação
escolar e favorecendo aos alunos o desenvolvimento de suas habilidades
atendendo as exigências
de seu conhecimento e construção de uma
sociedade justa e igualitária no processo da inclusão no âmbito escolar.
Segundo Quadros (1997), a língua de sinais é uma língua natural
adquirida de forma espontânea pela pessoa surda em contato com pessoas
que usam essa língua e se a língua oral é adquirida de forma sistematizada,
então a pessoa surda tem o direito de ser ensinadas na língua de sinais, onde
a proposta bilíngue busca captar esse direito.
Segundo Oliveira (2014), Nas aulas de educação física o profissional
deve desenvolver a criança a partir de aspectos cognitivos, afetivos,
psicomotores e sociais buscando a formação integral da criança e
desconsiderando o aspecto que o deficiente é um ser insignificante como era
antigamente, hoje durante as aulas de educação física a participação e o
envolvimento dos alunos é total e a dificuldade de comunicação é superada
através da leitura labial, ou algumas palavras soletradas também com o
conhecimento da LIBRAS.
As pessoas surdas tem inteligência normal, a não ser que apresenta
outra patologia associada que possa de certa forma afetar seu
desenvolvimento cognitivo, se não tiver qualquer outro tipo de patologia o
deficiente auditivo é completamente normal em sua inteligência podendo ser
matriculado em escola regular e podendo estar desenvolvendo suas atividades
em aula sem problema algum, construindo seus conhecimentos e participando
de todas as aulas normalmente, e nunca ser excluído por família e pela
sociedade.
Dentro da escola é fundamental que o profissional de educação física
fique atento e observe qual a melhor forma de se comunicar com o seu aluno
surdo/Deficiente auditivo. O surdo/D.A tem a capacidade intelectual semelhante
a dos ouvintes, nesse caso a má comunicação pode retardar ou levar as
conclusões precipitadas quanto ao rendimento intelectual do deficiente, o
professor jamais poderá falar de costas para seu aluno surdo/D.A, sempre
deverá falar de frente ou nas laterais para não haver a ma interpretação do
mesmo, tendo seu olhar total para o aluno e não para a deficiência. (Marques,
2000).
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Segundo Manieri (2011) além da importância de aprender a língua de
sinais para interagir com o filho, a escola deverá orientar as famílias a
acompanharem o processo educacional de seus filhos surdos como o de
qualquer outro, pois na dinâmica familiar o filho surdo deverá ser parte da
família, e não o centro dela.
Hoje, em alguns países do mundo como a Venezuela, existe uma
filosofia adotada oficial e obrigatoriamente em todas as escolas publicas para
surdos (no caso, a filosofia bilíngue), mas, como no Brasil, a maioria dos países
convive com essas diferentes visões sobre os surdos e sua educação,
acreditando que a verdade única não existe e, portanto, todas as abordagens
seriamente estudadas devem ter espaço (GOLDFELD, 2002).
O professor de educação física deve buscar diversas alternativas de
aprendizagem para o aluno para que venha a se sentir seguro ao participar de
suas aulas, se for o caso o profissional deve até realizar cursos para a
formação continuada. É interessante lembrar que o ritmo de aprendizagem da
criança com deficiência auditiva é menor, pois a mesma necessita de um
tempo maior para entender o que o professor fala. Isto não a impede de
aprender só constata que a aprendizagem deverá ser maior.
Após terem sido levantadas as razões que motivaram o bilinguismo,
ainda nesta seção, analisam-se os aspectos que configuram tal proposta
educacional. A partir dessas informações, em ‘’ Experiências de alguns países’’
são apresentados relato de experiências de escolas onde tal proposta esta
sendo articulada que são necessárias para a inclusão social efetiva destes
sujeitos onde uma construção cultural utilizada como forma de transmissão de
conhecimentos e da cultura da comunidade que a utiliza para sua comunicação
com a presença de tradutores e intérpretes de Libras. (QUADROS 1997).
O profissional de educação física tem que trazer o aluno com deficiência
para dentro da escola mostrando para o mesmoque ele é normal igual aos
outros alunos, apresentando-lhe que todos vão aceitá-lo normalmente
independente de sua característica,deficiência, cor ou raça e sempre alertando
que não é só a educação física que ele deve praticar mais sim as outras
disciplinas que também são muito importantes para o seu crescimento escolar
e seu desenvolvimento de aprendizagem dentro da escola. (Soler, 2005).
O deficiente auditivo não pode ser excluído de forma alguma ele deve
ser respeitado e tratado normalmente pela sociedade, pelos colegas de sala,
professores, e funcionários da rede escolar, em uma aula de educação física o
professor deve ter o olhar normal voltado para esse aluno, não podendo excluir
e ministraratividades diferenciadas, esse profissional de educação física deve
tratar igualmente sem restrições trazendo para esse aluno o conforto da escola
e o conhecimento das atividades físicas como traz para os demais alunos.
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A pesquisa deste trabalho teve como objetivo o de analisar como o
professor trabalha com os alunos deficientes auditivos/surdez em suas aulas e
qual o olhar deste profissional para os mesmos alunos nas aulas de Educação
Física.
MÉTODO
Este trabalho foi realizado através de pesquisa de campo, que segundo
Marconi e Lakatos (2003), é uma pesquisa que procura encontrar uma resposta
para determinado problema, buscando afirmar e descobrir assuntos
contemporâneos, para a realização desta pesquisa é importante um
levantamento bibliográfico sobre o assunto abordado, para a coleta de dados.
Amostra: Esta pesquisa foi realizada com 10 professores do Ensino Médio de
ambos os sexos da sala regular com inclusão de alunos surdosno alto tiete em
escolas públicas estaduais do município de Suzano.
Instrumentos/Materiais: Foi utilizado um questionário Silva (2009) adaptado
que contém 10 questões, sendo 05 abertas e 05 fechadas que foi aplicado para
os professores de Educação Física.
Procedimento: Primeiramente foi realizado um contato com a direção escolar
de 4 escolas, depois foi entregue o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido o (TCLE), e depois foi entregue o questionário aos professores,
onde em 3 escolas o questionário foi entregue diretamente ao professor
durante suas aulas, janelas e intervalos, em 1 escola o questionário foi deixado
na secretaria junto a direção para que o mesmo entregasse aos professores.
Plano de Análise de Dados: Após a coleta de dados, os mesmos estão sendo
tabulados e analisados por meio da literatura e apresentados em forma de
gráficos.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Gráfico 01– Os alunos surdos modificam o comportamento após as
aulas de Educação Física.
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70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
SIM
NÃO
Entre os professores entrevistados 60% deles disseram que os alunos
surdos modificam seu comportamento após as aulas de educação física e 40%
disseram ao contrário dos mesmos.
Segundo Duarte; Dalpiaz (2009), de fato, os alunos surdos modificam
atitudes e comportamentos, inclusive no que se refere à educação física. Nos
últimos anos, muito se tem discutido sobre o movimento de inclusão escolar,
professores que até então encaravam crianças com deficiências como uma
realidade muito distante, agora fazem cursos e a se atualizam para atendê-los,
aprimorando as ideias, fundamentando o assunto inclusão de alunos surdos
em aulas de educação física.
A modificação de comportamento dos alunos surdos depende também
dos aspectos cognitivos, afetivos e emocionais pelo qual na atividade física ele
se expressa corporalmente, ele se interage com os outros alunos de uma forma
mais agradável tendo mais proximidade dos mesmos.
Gráfico 02 - Você utiliza recursos em suas aulas visando facilitar a
aprendizagem dos seus alunos surdos.
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
SIM
NÃO
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Nessa questão 70% dos professores entrevistados afirmam que utilizam
recursos em suas aulas visando facilitar seus alunos com deficiência auditiva e
surdez, 30% dos professores afirmam que não utilizam recursos em suas
aulas.
Segundo Casarin (2011), o professor pode utilizar alguns recursos como:
slides, retroprojetor, dramatização, o professor deve usar uma linguagem
correta, simples e clara. Deve falar olhando para a criança, adolescente ou
adulto como também enriquecer a exposição com expressões faciais.
Os professores devem utilizar os recursos em suas aulas para facilitar o
entendimento dos alunos surdos para realizarem a atividade física, onde eles
possam compreender melhor o objetivo daquela determinada aula.
Gráfico 03 – Quanto tempo você sabe que o ensino de LIBRAS é
obrigatório para os surdos.
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
DE 2 A 10 ANOS
DE 10 ANOS A MAIS
As respostas dos professores entrevistados são que 80% sabe que o
ensino de LIBRAS é obrigatório para os deficientes auditivos e surdos de 2 a
10 anos, e 20% dos professores afirmam que sabe da lei a mais de 10 anos.
Segundo Souza et al (2014), nesse sentido, o tema inclusão é
importante, pois, relata cada vez mais que, os deficientes auditivos estão
presentes na sociedade e no âmbito educacional. Logo, observa-se na
formação de professores que a libras está inserida como componente
curricular, pois hoje é obrigatório para os profissionais de licenciatura o
conhecimento sobre libras e é mais importante ainda que esse profissional dê
continuidade em um curso especializado em libras, e facilite a comunicação e o
aprendizado do aluno.
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A libras é obrigatória no ensino porque os surdos e deficientes auditivos
tem e devem ter o mesmo direitos e deveres de qualquer outro ser humano, a
libras é o meio de comunicação do surdo onde ele aprende, fala e demonstra.
Gráfico 04 - Quais são as dificuldades em avaliar os alunos surdos?
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Depende da experiencias que o
aluno tem em libras
Aulas teóricas e compreensão do
aluno e comunicação dos
professores
Em relação aos professores entrevistados 20% deles disseram que a
dificuldade depende da experiência que o aluno tem em libras e 80% disseram
que nas aulas teóricas depende muito da compreensão do aluno e da
comunicação dos professores.
Segundo Ribas (2013), na educação, a avaliação do desempenho
escolar do aluno, por si só já é um tema complexo, quando pensamos em uma
educação especializada envolvendo o aluno surdo torna-se mais complexo
ainda, pois muitos dos métodos avaliativos são elaborados por professores
ouvintes, fazendo com que, muitas vezes, esqueça-se que a linguagem, a
cultura e a forma de obtenção da aprendizagem são diferentes para o aluno
surdo, não levando em consideração as especificidades do aluno.
Avaliar um aluno surdo depende dos dois lados o do professor e o do
aluno, as comunicações entre eles devem ser bem clara e o entendimento do
aluno deve ficar claro para não haver dúvidas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos que o objetivo deste trabalho destinou a verificar a
experiência do olhar do profissional de educação física para os surdos e
deficientes auditivos.Ao analisarmos o currículo oficial do estado de são Paulo
e com base nos autores pesquisados observamos que a escola ainda não se
considera inclusiva e as transformações estão ocorrendo a longo prazo
mediante a pesquisa de campo realizada, verificamos nos seguintes gráficos
que abordam o olhar dos professores , onde alguns ainda demonstram uma
falta de compreensão em relação ao principio inclusivo, no qual o preconceito
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surge como a falta de preparo deste professor para enfrentar uma escola
inclusiva.Felizmente temos outros professores que possuem um olhar inclusivo
e isso se demonstra na sua pratica, na sua postura, na sua linguagem e na
sua forma de agir com esses alunos.
Conclui-se que precisamos de mais estudos relacionados a essa área,
para obter melhores resultados onde um professor de educação física inclusivo
é aquele que se constrói a cada dia buscando por meio da pesquisa aprimorar
as suas ações educacionais e uma escola inclusiva se dá por meio de
professores inclusivos de fato.
REFERÊNCIAS
CASARIN, Melânia Melo, ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
PARA ALUNOS SURDOS – MÓDULO VII, 05 de novembro de 2011.
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aulas de Educação Física adaptadas para surdos,Revista Digital - Buenos
Aires - Ano 14 - Nº 134 - Julio de 2009.
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escola plural. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 19, Nº 191, Abril de
2014.
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Metodologia científica: 5ª edição. São Paulo. Editora Atlas. 2003.
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MARQUES, Luciana Pacheco. O professor de alunos com Deficiência
Mental: Concepções e práticas pedagógicas. (Doutorado). Campinas: Graf.
FE/UNICAMP, 2000.
OLIVEIRA, Flávia Fernandes Dialogando Sobre Educação, Educação Física
e Inclusão Escolar,EFDeportes.comRevista Digital, Buenos Aires, Ano 8,
nº 51, agosto de 2002.
QUADROS, Ronice Muller. Educação de Surdos – A aquisição da
linguagem, Porto Alegre, 1997.
RIBAS, Valdemir Aguiar, MAHL, Eliane AVALIAÇÃO ESCOLAR PARA
ALUNOS SURDOS: ENTENDIMENTOS DOS PROFESSORES SOBRE ESTE
PROCESSO, Londrina, 2013.
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O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E O USO DA LIBRAS:
UMA BREVE ANÁLISE.
Margarete Pereira da Silva - [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira - [email protected]
RESUMO: Este estudo tem como objetivo realizar uma investigação sobre o
professor de Educação Física e o uso da Libras e mediante a prática da
inclusão do aluno deficiente auditivo. A metodologia adotada baseou-se em
uma entrevista semi-estruturada, com professores da rede regular de ensino
(municipal, estadual e particular), que lecionem há no mínimo um ano com
aluno deficientes auditivos matriculados no ensino fundamental I e II. Com este
estudo obtemos o resultado de que a maioria dos professores gostariam de
atuar com alunos deficientes e dizem que estão preparados para promover a
inclusão, porém não se sentem aptos para atuar devido a maioria não terem
tido a disciplina de libras na grade curricular do curso e que não tem o auxílio
do interlocutor e que não são todas as escolas que tem esse recurso devido
estar sendo implantado nas escolas há pouco tempo, e é considerado tão
importante para promover a inclusão e sociabilização do aluno deficiente.
Concluímos que mesmo que a disciplina tenha se tornado obrigatória no curso,
os professores tem de sempre estar atualizados e participar de capacitações
para que possa proporcionar ao aluno um ensino de qualidade e que possa
promover a inclusão no meio em que esta inserido.
Palavra-Chave: Educação Física, Libras, Escola.
INTRODUÇÃO
No Brasil, o Estado oferece apoio na forma de ensino, incluindo períodos
extras de ensino para os alunos surdos com atendimento educacional
especializado na sala de recurso com D.A o que consiste na Articulação das
linhas teóricas junto às concepções de aprendizagem, utilizando o método ativo
misto a fim de promover a interação entre: alunos, familiares e professores do
ensino regular, pautando-se no currículo o foco que envolve: os alunos, os
professores e os gestores, o que historicamente retrata-se em “trabalho em
equipe”.
Entretanto, os métodos utilizados carecem oferecer recursos
diferenciados para que o surdo tenha um aprendizado significativo em razão de
criar seu próprio conhecimento. Conforme apontado pelo Serviço de Apoio
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Pedagógico Especializado – SAPE, que deu início a partir da Resolução SE 11,
de 31/01/2008 dispôs sobre a educação escolar de alunos com necessidades
educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino. O objetivo é
melhorar a qualidade da oferta da educação especial para favorecer novas
metodologias de trabalho, obtendo uma melhor inclusão dos alunos nas
classes comuns, o que, infelizmente, não tem sido alcançado.
Segundo Vygostky (2007), a aquisição se dá devido à sua interação com
o ambiente que o rodeia e, principalmente, ao convívio com a mesma espécie.
Nesse sentido, a utilização de materiais lúdicos é a melhor forma de
fazer com que o aluno surdo consiga memorizar e aprender em diferentes
áreas, facilitando assim sua produção escrita. Esses materiais são ideais para
a alfabetização do aprendiz surdo, tanto para língua materna LIBRAS como
para a segunda língua, a língua portuguesa.
A Educação Inclusiva tem o objetivo de assegurar que todos os alunos
possam ter acesso a todas as formas de oportunidades educacionais e sociais
oferecidas pela escola. Não sendo assim uma meta a ser alcançada e sim com
o propósito de ampliar os conhecimentos, experiências e habilidades, mas
tendo o objetivo de alcançar todos os alunos especiais. E com isso o papel do
professor tem sido bastante enfatizado devido no que evolve a inclusão de
alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular.
Segundo Mittler 2003, devido à falta de oportunidades de treinamento
os fazem acreditar que a capacitação especializada é um requisito para a
inclusão, devido a poucos professores terem tido a oportunidade de ensinar a
comunidade local pelo fato de alguns alunos terem sido transferidos para
escolas especiais ou dependentes. Apesar de isso não justificar a falta de
capacitação.
É de suma importância que os professores tenham o conhecimento da
língua de sinais, pois se torna cada vez mais comum termos alunos surdos em
nossas escolas, devemos trabalhar e nos aperfeiçoar para podermos
proporcionar aos alunos um ensino de qualidade e igualdade. Com o uso da
língua de sinais o professor pode proporcionar ao aluno um maior
entendimento e esclarecimento da atividade, utilizando gestos, leitura labial,
mostrando o que deve ser feito. E aplicando no dia-a-dia hábitos que fazem
toda a diferença para a comunicação aluno/professor.
A Educação Física adaptada procura tratar do aluno sem desigualdades,
tornando a autoestima e autoconfiança mais elevada, onde possibilita o aluno a
executar a atividade, e consequentemente o incluindo as aulas e a turma.
Segundo Winnick (2004), A educação física adaptada designa a
individualidade de cada aluno de acordo com sua aptidão física e motora,
habilidades padrões motores fundamentais e habilidades de esportes aquáticos
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e dança, alem de jogos e esportes individuais e coletivos, sendo assim um
programa elaborado para suprir as necessidades especiais de cada um.
E com isso estará dando a oportunidade não somente aos alunos
deficientes e sim para todos com a intenção de promover a inclusão e
consequentemente a melhora na afetividade, no cognitivo, no físico e social.
Deve ser adaptado de uma forma com que todos sejam tratados da mesma
forma.
A Educação Física pode contribuir com a inclusão na escola, preparando
as pessoas com deficiência para o mercado de trabalho, para a vida em
sociedade. E que por meio desses esportes os alunos deficientes aprendem a
se locomover com mais facilidade, assim melhorando na realização de
movimentos cotidianos.
Este trabalho tem por objetivo analisar se o Professor de Educação
Física tem formação adequada para atuar com a inclusão de alunos D.A.
(Deficiente Auditivo).
MÉTODO
Será uma pesquisa de campo quantitativa, pois se faz necessário analisar a
relação do professor de Educação Física com os alunos da inclusão, sendo
que o foco será os alunos surdos.
Pesquisa de Campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir
informações e / ou conhecimentos acerca de um problema, para qual
se procura uma resposta de uma hipótese, que se queira comprovar ou,
ainda descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. (MARCONI
1990, p.75),
Amostra: O público alvo desta pesquisa serão 10 professores que ministram
aulas de Educação Física no Ensino Fundamental I e II das escolas públicas
Municipais,
Estaduais e Particulares da cidade de Suzano, sendo de ambos os sexos e
todas as faixas etárias, e que lecionem por no mínimo há um ano com alunos
surdos.
Instrumentos / Materiais: Será entregue um questionário com 10 perguntas,
sendo 3 perguntas abertas e 7 perguntas fechadas, de acordo com o autor
Almeida (2012), Adaptado.
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Procedimentos: Primeiro será entregue o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. Após o termo será entregue o questionário que será realizado na
própria escola.
Plano de Análise de Dados: após a realização da aplicação do questionário,
será realizada a análise dos dados por meio de tabulação dos mesmos, após a
tabulação os resultados serão apresentados em forma de gráficos ou tabelas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
GRÁFICO 1 - HÁ QUANTO TEMPO LECIONA COM ALUNOS SURDOS E
SE SENTE APTO PARA ATUAR NUM CONTEXTO EDUCACIONAL INCLUSIVO?
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 a 2 anos
3 a 4 anos
10 anos
SIM
NÃO
Em relação há quanto tempo lecionam com alunos surdos 60% lecionam
de 1 a 2 anos, 30% de 3 a 4 anos e apenas 10% há 10 anos. No caso de se
sentir apto 70% dizem estar aptos para atuar com a inclusão e 30% dizem não
estar preparados para trabalhar em um contexto educacional inclusivo.
Segundo CARVALHO (1997), para desenvolver um ensino inclusivo
deve desenvolver uma pedagogia a centra na criança e assim poderão ensinar
todos, inclusive aquelas que possuem a necessidade especial.
O professor deve estar capacitado e preparado para aplicar aulas de
forma que inclua o aluno deficiente auditivo.
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GRÁFICO 2: VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER ALUNOS SURDOS EM SUA SALA DE
AULA E CONCORDA QUE A DISCIPLINA DE LIBRAS SEJA OBRIGATÓRIA NO
CURSO?
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Sim
Não
Concordam
Não concordam
Nesta questão 80% gostariam de receber alunos surdos em suas aulas,
enquanto 20% dizem que não gostariam de receber. E 80% gostariam de
receber para mostrar que conseguem entender o contexto e a deficiência do
aluno, podendo assim estimular a cooperação entre os alunos no processo de
ensino aprendizagem, aumentar as suas práticas, conhecer e vivenciar o
processo de inclusão. No entanto 20% não gostariam, pois acreditam no
atendimento especializado em escolas especiais e pelo fato de não serem
capacitados para atuar com alunos deficientes.
Segundo Soller (2009, p.53), A educação inclusiva se entende não só o
processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de
distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus.
É muito importante o convívio de alunos ouvintes/não ouvintes para que
haja interação, respeito, cooperação e com isso os alunos terão de conviver
com as diferenças, é isso que a sociedade nos promove. Nesta questão 90%
concordam com a obrigatoriedade da disciplina no curso e 10% não
concordam.
Segundo a Lei 10.436 onde a Libras tornou-se obrigatório nos cursos de
formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e
superior, em instituições de ensino público e privado.
Deve ser obrigatória, pois o professor na sua carreira terá o contato com
alunos deficientes, de diversas patologias. E tem que estar preparado para
ministrar aulas, de forma que o aluno fique interagido e entenda o conteúdo
proposto.
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GRÁFICO 3: VOCÊ TEVE A DISCIPLINA DE LIBRAS NA GRADE CURRICULAR E
SE SENTIU DIFICULDADES PARA APRENDER OS CONTEÚDOS PROPOSTOS?
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Sim
Não
Sentiu dificuldades
Não sentiu dificuldades
Cerca de 90% disseram não ter tido a disciplina na grade curricular e
apenas 10% afirmou ter tido a disciplina.
Dos professores entrevistados somente 10% apresentou dificuldades
para aprender os conteúdos abordados, e 90%não sentiram dificuldades, pois
não tiveram a disciplina na grade curricular. Devido à lei 10.436 ser implantada
no ano de 2002 onde se tornou obrigatório a disciplina de Libras nos cursos
superiores, verificar no gráfico que 90% dos professores não apresentaram
dificuldades devido não terem tido a disciplina no curso.
GRÁFICO 4: HÁ INTERLOCUTOR EM SUAS AULAS?
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sim
Não
Em relação a interlocutores nas salas de aula, 60% dizem não ter e
apenas 40% têm o auxílio do profissional.
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Na questão seguinte discutimos sobre o papel do interlocutor de Libras
na sala de aula no ensino regular.
Verificamos que 100% dos entrevistados disseram que o papel do
interlocutor é intermediar as informações passadas pelo professor, para facilitar
o ensino aprendizado do aluno e assim o tornar mais independentes.
Para Quadros (2004 p.60), O Intérprete Especialista para atuar na área
da educação deverá ter um perfil para intermediar as relações entre os
professores e os alunos, bem como, entre os colegas surdos e os ouvintes.
O interlocutor é muito importante nas aulas e no processo de ensino
aprendizagem, para que haja o contato entre os alunos e professor, facilitando
assim na comunicação e compreensão dos conteúdos abordados. E que este
recurso venha crescendo cada vez mais, pois é de extrema importância no
aprendizado dos alunos.
Gráfico 5: quais os saberes necessários ao professor no atual contexto
educacional para promover a inclusão dos alunos surdos?
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Capacitação Preparação Motivação
(LIBRAS) do ambiente
escolar
Exemplos Letramento Patologias
Práticos
Inclusão
A realidade
educacional
não permite
a inclusão.
Podemos verificar no gráfico que os professores citam vários saberes
necessários para que haja a inclusão dos alunos surdos, onde 50% disseram
que tem de capacitar os professores na Língua de Sinais (Libras), e todos os
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demais mencionaram a preparação do ambiente escolar, motivação, exemplos
práticos, letramento, patologias, inclusão e a porcentagem de todos esses foi
de 10%, discordando com esses professores, 10% disseram que a realidade
educacional não proporciona, permite a inclusão.
Para Carvalho (1997, p.58),O processo de ensino aprendizagem deve
ser adaptado às necessidades da criança e não a criança se adaptar ao que se
pensa, preceituosamente, a respeito de sua aprendizagem.
Os professores têm de estar atualizados e preparados para adaptar as
atividades para os alunos de acordo com suas necessidades, adaptando o
meio para ele.
GRÁFICO 6: OS ALUNOS SURDOS DEVEM ESTUDAR NO ENSINO REGULAR OU EM
ESCOLAS ESPECIAIS?
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Ensino Regular
Ensino em Escolas Especiais
Em relação a essa questão 90% diz que devem estudar no ensino
regular e 10% em escolas especiais.
Portanto 90% dizem ter que estudar no ensino regular porque vivemos
em uma sociedade, onde devemos respeitar as diferenças, e com isso haverá
a sociabilização e respeito. Resultando assim na inclusão do aluno no meio em
que está inserido. Ao contrário das escolas especiais que ao invés de incluir
estão cometendo a exclusão do aluno deficiente, pelo fato de não estar o
preparando para a vida na sociedade, ser um cidadão. E 10% dizem que
devem estudar em escolas especiais, devido a péssima qualidade do ensino
público que não permite essa inclusão do aluno deficiente.
Segundo Carneiro (2012, p.61) LDB FÁCIL do Art. 4° Do direito à
Educação e do dever de Educar III- Atendimento educacional especializado
gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na
rede regular de ensino.
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É de suma importância que o aluno deficiente seja incluso em escola de
ensino regular para tenha contato com alunos ouvintes e com isso estará
sendo preparado para uma vida mais independente de modo a ser inserido na
sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve por objetivo verificar se o professor tem formação
adequada para atuar com a inclusão de alunos D.A (Deficiente Auditivo),sendo
realizado com professores da rede estadual, municipal e particular da cidades
de Suzano.
Com o resultado da pesquisa podemos verificar que muito dos
professores entram em contradição, dizendo que os alunos com necessidades
especiais devem estudar em escolas regulares e que gostariam de ter alunos
surdos, mas não tem a capacitação, formação adequada, pois muitos dos
professores não tiveram a disciplina de libras no curso, pois não era
obrigatória. E somente um dos professores disse que a disciplina não deveria
ser obrigatória e que devido a péssima qualidade de ensino os alunos devem
estudar em escolas especiais.
Neste trabalho podemos verificar que mesmo não tendo a formação
adequada em libras o professor tem possibilidades de adaptar a aula e através
de exemplos práticos e gestos podem proporcionar a inclusão do aluno
deficiente auditivo.
Concluímos que mesmo que a disciplina tenha se tornado obrigatório no
curso, os professores tem de sempre estar atualizados e participar de
capacitações para que haja a maior interação entre aluno/professor e
consequentemente promovendo a inclusão de todos, porém é necessário mais
estudos relacionados a essa área, para obter melhores resultados.
REFERÊNCIAS
BRASIL Lei 10.436/02. Site http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/lei10436.pdf
Acesso 30/08/2014.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDB Fácil: Leitura Crítico compreensiva artigo a
artigo. Editora Vozes, 2012 p.61.
CARVALHO, Rosita Edler. A Nova LDB e a Educação Especial. Editora WVA,
1997 p.58
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MARCONI, Mariana de Andrade . Introdução à metodologia do trabalho
científico, editora Atlas S.A 1990.
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva, Contextos Sociais, Ed. Artmed S.A
2003 p.184.
QUADROS, Ronice Muller de. O Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira
de Sinais e língua Portuguesa, editora Mec Seesp, 2004 p.60.
SOLLER, Reinaldo. Educação Física Inclusiva na Escola: em busca de uma
Escola Plural. 2° edição, editora sprint, 2009 p.53.
VYGOTSKY, Lev. S. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos
processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
WINNICK, Joseph P. Educação Física e Esportes Adaptados, Ed. Manole
Ltda, 1° Edição Brasileira 2004.
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O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Thais Aparecida Lopes Beligoli– [email protected]
Ms Marilene Ferreira de Lima Oliveira- [email protected]
Faculdade Unida de Suzano Unisuz-Uniesp.
RESUMO
O presente trabalho tem como tematica o professor de educação física na
educação infantil. Essa pesquisa tem por objetivo relatar o papel do professor
de educação fisica na educação infantil, que é dar estimulos envolvendo e
transmitindo valores que visam o desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da
criança. Desse modo, utilizou- se um questionario adaptado com nove qustões
abertas, para dez professor que atuam na educação física trabalhando com a
educação infantil,sendo os mesmos da escola escola municipal, estadual e
particular de Suzano e Itaquaquecetuba. De forma mais especifica veriificou se através desse quastíonario o andamento das aulas de educação física,sua
importância, e dificuldades encontradas na educação infantil. Logo após a
coleta de dados, foram analisadas as perguntas e respostas feita aos
professores, em seguida os mesmos foram tabulados e feito em forma de
gráficos. Diante de todas as informaçoes obtidas através desse estudo é
importante relatar que 100% dos professores consideram importante trabalhar
com os alunos atividades, de aspecto congnitivo afetivo e social, e suas
pratícas estão associadas a esses aspectos, foi observado que a maioria dos
professores escolheram atuar nessa área por amor e identificação com a
Educação Infantil, e que a maoria dos problemas encontrados foram devido a
falta de professores capacitados, assim tornando alunos indisciplinados , que
vinham atrapalhando as aulas. Desta forma conclui- se a importância da
educação física em todos os aspectos perante a vida dos alunos, da educação
infantil.
PALAVRAS CHAVES:Educação Infantil; Educação Física; Desenvolvimento.
INTRODUÇÃO
A partir da vivência que estou tendo no curso de Educação Física na
licenciatura sobre a educação infantil, pude observar a importância que o
profissional de Educação Física desempenha para os alunos do ensino infantil.
Com isso me interessei pelo assunto, e resolvi me aprofundar mais nessa
questão, analisando qual a importância e a contribuição da disciplina para o
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desenvolvimento, onde o aluno irá conhecer seu próprio corpo, e começará
enfrentar desafios, conhecendo seus limites.
De acordo com os estudos feitos por meio de pesquisas em artigos e
livros, o papel da escola e do professor é de dar esses estímulos, envolvendo
em clima afetivo, e transmitindo valores que visam o desenvolvimento da
criança. Em que começará a formação pessoal e social do indivíduo,
desenvolvendo habilidades e aprendizagens significativas que contribuem para
a formação social, afetiva, e moral, fazendo com que a criança aprenda
interagir com os outros, e com o meio em que vive, aprendendo a respeitar a si
mesmo, se aceitando e confiando.
Conforme Gallahue (2005) nesse período de vida o movimento passa
a ser um dos meios mais importantes de aprendizado, é um aspecto muito
valioso na vida de uma criança. É nessa fase que começam a conhecer e
explorar suas habilidades, esses primeiros movimentos são essenciais para o
aprendizado e desenvolvimento, onde as crianças têm mais facilidade de
aprender todo dia algo diferente, e se tornarem adultos sem dificuldades
motoras, principalmente nos dias de hoje, onde só se pensam em tecnologias.
De acordo com Referencial Curricular Nacional (1998) o papel da
Educação Infantil é de grande importância, no entanto deve ser acessível a
todos, pois, é uma fase muito complexa, onde as crianças têm
desenvolvimento cognitivo, afetivo, psicomotor e social. Nesta fase de fato é
bem ampla, pois é onde as crianças estão começando a se conhecerem a
desenvolverem sua personalidade, aprendendo um pouco sobre seus medos e
desafios, onde ocorre mudança tanto na aparência, quanto no meio em que
vivem, elas começam a aprenderem a amarrar o sapato, a escovar os dentes,
aprendem a importância de cada atitude.
Segundo Freire (2005) O especialista da educação física deverá ser
um estudioso da ação corporal, ou seja, não deve só trabalhar em cima da
coordenação motora, mas sim na ação corporal, facilitando o relacionamento
interpessoal e com o meio ambiente, e estimulando a criatividade do aluno,
para que possam criar e recriarem. Compreendemos então que a educação
física tem um papel importante na vida dos seus alunos, principalmente para a
Escola Infantil, pois é na educação infantil o inicio da vida educacional, ela
fornecerá para as crianças os meios essenciais para o desenvolvimento
integral de suas capacidades fundamentais, (movimento, lúdico e
corporeidade) onde irá conhecer seu próprio corpo e começar a enfrentar
desafios, conhecendo seus limites, percebendo a origem dos movimentos, e
expressarem sentimentos, utilizando a linguagem corporal.
De acordo com Mello (2001) a Educação Física não se trabalha
somente o Físico, como se não estivesse junto às emoções e os pensamentos,
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hoje em dia a Educação Física se preocupa com o movimento humano,
relacionando com o mental, social e emocional, não em trabalhar somente o
corpo para educar as crianças, mas também está preocupada com o
desenvolvimento por um todo, não tem como trabalhar só o corpo ou só a
mente, pois o individuo é um só, com essa visão pode se entender que a
Educação Física tem relação em conjunto com o aluno.
Conforme Barbosa (2006), os profissionais que se encontram na
Educação Infantil precisam entender que o afastamento dos pais, talvez,
Provoque um choque nessas crianças, podendo levar a um comportamento
descontrolado, com crises de choro, berros, e outros. Pois eles se sentem
acuados, não conhecem ninguém, principalmente nessa fase que a criança é
concentrada nela mesma, afinal ela se sente perdida naquele ambiente, para
elas é tudo novo. O que diferencia o professor de Educação Física dos demais
é que eles entram em comunicação com as crianças, não somente através da
fala, mas também utilizam a expressão corporal, jogos e atividades lúdicas.
Conforme Mattos e Neira, (1998) O professor deve agir em diferentes
situações de forma eficiente, sabendo solucionar problemas decorrentes do
cotidiano escolar, que consiga ter domínio de seus conhecimentos. O professor
deve saber ser profissional, saber conversar e li dar com as crianças,
principalmente da escola Infantil onde o ciclo do estudo começa naquele
momento, deve passar para o aluno segurança e confiança, para que não
tenham medo de questionar, dizer que não entendeu, pois se não conseguirem
tirar as duvidas nessa fase, depois começa a dificultar mais, pois quando
criança é o melhor momento para se aprender
De acordo com Basei (2008), a escola é um local de descobertas onde
a criança utiliza seu corpo e o movimento como forma de interagir com as
outras crianças e com o meio em que vivem, essas culturas está embasadas
com a ludicidade, a criatividade e imaginação. Cada criança tem sua própria
maneira de se manifestar, brincar, jogar, conversar, ouvir, mais é através do
movimento corporal que conseguem explorar o mundo.
Para isso, entendemos que o ensino não pode ser uma mera aplicação
de normas técnicas pré-estabelecidas, mas como um local de vivências, de
busca de conhecimento e de experiências nas atitudes. Pois essa fase é a
porta de entrada delas para o mundo pedagógico, este presente trabalho
durante a infância é para que possam tornar se adultos que saibam conviver
em sociedade, e sem delimitação corporal, fazendo com que a mesma aprenda
a ter confiança, conheça mais a si próprio, ou seja, para que se tornem adultos
melhores e mais capacitados fisicamente, psicologicamente e socialmente.
O objetivo desta pesquisa é analisar o papel do professor de Educação
Física na educação Infantil.
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METODOLOGIA
Segundo Lakatos (2010) a pesquisa de campo é reconhecida como um
instrumento para analise de um determinado problema, e pode ser considerado
um caminho para adquirir o que se quer analisar.
Será composto por dez professores de ambos os sexos da rede municipal
e particular de Itaquaquecetuba e Suzano, que atuam na área da Educação
Infantil um
questionário adaptado de Lopes (2003) com dez questões abertas.
No primeiro momento será realizado um contato com a direção da escola
para a autorização da pesquisa de campo na U.E, onde será entregue o termo
de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para os professores que
responderão o questionário.
Após coletado todos os dados coletados, os mesmos serão tabulados e
apresentados em forma de gráfico.
Resultados e discussões
grafico 1 - Porque ser Professor? Fez especialização?
1
0,8
0,6
0,4
Por amor
Pela pratica
Ampliar o conhecimento
Sim
Não
0,2
0
Em relação ao 1° gráfico, 90% dos profissionais dizem ter feito
especialização, enquanto 10% dizem não ter feito. Quando foi perguntado o
porquê ser Professor, 60% dizem ser por amor, os outros 30%, diz ser para
ampliar seus conhecimentos e 10% pela pratica.
Segundo Freire (2002) não há uma Educação sem amor, aquele que
não for capaz de amar o que faz, não será capaz de educar.
Ou seja, para ser um bom profissional é necessário saber ensinar, ter
paciência e saber ser digno de explicar várias vezes, porém de formas
diferentes, para que todos aprendam.
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GRÁFICO 2 - Porque escolheram atuar na Educação Infantil?
0,50
0,45
0,40
0,35
0,30
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
Pode atuar
até o Ensino
médio
Apresenta
resultados
Identificação
Não
responderam
Sim tiveram
não tiveram
Não
responderam
De acordo com o gráfico 2 50% dos professores dizem que atuam na
educação infantil pela identificação, já 20% Porque a educação física pode
atuar do infantil até ao médio, 20% dizem por que é uma área que apresenta
resultados,
enquanto 10% não responderam. Quando foram questionados se tiveram
influencia de alguém, 40% dizem que tiveram 30% não tiveram, e os outros
30% não responderam.
Segundo Lopes (2001) o professor é uma “(caridade cristã), ele faz uma
doação do seu tempo para ajudar ao próximo.
Ou seja, mesmo não tendo um salário digno, ele está sempre se
preocupando com o aprendizado do seu aluno, não só nas horas que estão
dentro da sala de aula, mas fora também, na preparação das aulas, em busca
de seus conhecimentos, para se manter sempre atualizado.
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GRÁFICO 3- Há quanto tempo é professor? você se arrepende de ter
escolhido essa profissão?
3 Anos
0,90
0,80
0,70
20 Anos
4 Anos
23 Anos
0,60
0,50
16 Anos
0,40
22 Anos
0,30
13 Anos
0,20
0,10
0,00
Sim se
arrepende
Não se
arrepende
Conforme o gráfico 3, há quanto tempo é professor, 30% diz ser a 3
anos, 20% a 20 anos, 10% a 4 anos, 10% 23 anos, 10% 16 anos, 10% 22
anos, 10% 13 anos. Quando questionados se haviam se arrependido, 100%
disseram que não, já 10% que sim devido à falta de reconhecimento.
De acordo com Silva (2014) ninguém nasce sendo professor, mais o
professor nasce dentro daquele que é capaz de ser um.
Ou seja, nasce dentro daquele que está habito a estudar e irem à busca
dos seus conhecimentos todos os dias,e saber ensinar para o próximo sempre
se mantendo atualizado para passar isso aos seus alunos.
GRÁFICO 4-Como você descreveria sua pratica na Educação
Física hoje?
0,30
Constante aprendizado
Experiente e preparada
0,20
Dedicação e retorno
Condições do aluno
0,10
Atividades Adaptadas
Variada
0,00
Pratica saúdavel
De acordo com o gráfico 4, 30% descrevem sua pratica na educação em
constante aprendizado, enquanto 10% experiente e preparado, 10% dedicação
399
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e retorno, 10% de acordo com as condições dos alunos. 10% atividades
adaptadas, e os outros 20% variadas, e 10% sendo um pratica saudável.
Segundo Freire (2010) O homem é um ser inacabado, não sabe nada
por completo, só Deus sabe de tudo.
Portanto, o homem deve sempre estar em constante aprendizado,
sempre em busca de seus conhecimentos, procurando sempre estar
atualizado, nunca pode parar de estudar.
GRÁfiCO 5- Como você trabalha a Educação Física em suas
aulas?
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
Aulas
ludicas
Varias
habilidades
Atividades
diversifica
das
Eixos
tematicos
Faixa etaria
0,00
Conforme o gráfico 5, é notável dizer que em suas aulas 50% dos
professores trabalham eixos temáticos, enquanto 10% aulas lúdicas, 10%
várias habilidades, 10% atividades diversificadas e os outros 30% depende da
faixa etária.
De acordo com RCN (1998) Para ser um bom profissional na área da
educação infantil, o professor deve trabalhar com vários conteúdos.
Um bom professor deve ensinar seus alunos desde cuidados básicos até
os conhecimentos específicos que ajudam no desenvolvimento motor, social,
afetivo e cognitivo da criança, assim suprindo as necessidades de todos.
400
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GRÁFICO 6- Você considera importante trabalhar o aspecto cognitivoafetivo
e social da criança? Quais experiências você acha que as crianças tem com as
1,00
Sim
0,80
0,60
0,40
Novos
conhecimentos
Socialização
0,20
0,00
De acordo com o gráfico seis e sete, que pergunta sobre a importância
de serem trabalhados com as crianças os aspectos cognitivo, afetivo e social
100%, respondem que sim, quando foram perguntadas quais experiências que
as crianças têm com as aulas de Educação Física 60% responderam novos
conhecimentos, enquanto 40% dizem Ser socialização.
Segundo Mello; Rubio (2013) a afetividade é um dos pontos mais
importantes na educação de uma criança, pois aquela que é educada com
amor e carinho, ela se torna um ser humano pronto para enfrentar seus
problemas, e é capaz de ser solidaria com o próximo.
É muito importante os professores trabalharem o afetivo da criança,
assim até os mesmos conseguem fazer com que os alunos tenham um
rendimento melhor nas aulas, realizando aquilo que lhe foi proposto, pois, o
professor não pode levar somente o corpo da criança para a sala de aula, mas
o conjunto, assim trabalhando a mente do individuo.
GRÁFICO 7- Quais as dificuldades encontrdadas nas aulas de
Educação Física?
0,40
0,35
0,30
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
Falta de
professores
capacitados
Falta de
materiais
adequados
Influência das
tecnologias
Alunos
indisciplinados
Necessidade de
ter mais aulas
De acordo com o gráfico 8, foi perguntado sobre as dificuldades
encontradas nas aulas de Educação Física, podemos observar que 40% dizem
401
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que é por conta da falta de disciplina, enquanto 30% acredita que é pelo fato
de terem poucas aulas, já os outros 30%, 10% diz ser pela falta de materiais,
os outros 10% pela falta de professores, e 10% pela influência das tecnologias.
Conforme Rossini (2001) Os professores não podem ser bonzinhos
demais com seus alunos, e esquecer-se de ter pulso firme.
Portanto ele tem que impor respeito para ser respeitada, afinal nenhuma
criança respeita aquele professor que é bom demais, e que não coloca limite
na sala, pois, assim eles se sentem no direito de fazerem o que querem e
quando querem.
De acordo com a questão nove, onde foi perguntado de que maneira as
dificuldades encontradas nas aulas atrapalham, 100% dos professores
responderam que no andamento das aulas.
Segundo Zagury (2002) Hoje parte dos alunos são indisciplinados nas
escolas por parcela de culpa dos pais, por conta dos mesmos trabalharem
muito, acabam deixando seus filhos muito tempo na escola, e o pouco tempo
que ficam com eles, não conseguem impor limites .
Ou seja, assim quando vão para a escola se sentem no direito de fazer o
que bem entenderem, já que são mimados pelos pais, e nunca escutaram um
não.
Considerações finais
Este presente trabalho tem por objetivo analisar o papel do professor de
educação física na educação infantil.
Conclui- se que o professor tem uma extrema importância na vida dos
seus alunos, principalmente na Educação Infantil, onde começa um ciclo
educacional na vida dessas crianças, e o professor passa ser uma referencial
para esses alunos, é através dele que iram desenvolver o aspecto motor,
cognitivo, afetivo e social, assim conseguindo estabelecer uma relação com as
outras pessoas que estão a sua volta, é através desse processo que vão
aprender a construir sua própria identidade, e conhecer seus limites.
Referência
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O RÚGBI: UMA MOTIVAÇÃO PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO
FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL II?
Carina Maria Sampaio do Nascimento [email protected]
Profº Esp. Claudio BorgesCastro [email protected]
Profª Ms. Marilene Ferreira de Lima Oliveira- [email protected]
Faculdade Unida de Suzano – Unisuz/Uniesp
RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi analisar se o Rúgbi é um fator motivacional para a
prática de Educação Física.O Rúgbi tem o papel fundamental de trabalhar com
a psicomotricidade da criança. São esportes que podem estimular a motivação
para a prática de Educação Física. Esta pesquisa foi caracterizada como
pesquisa de campo, onde os participantes deste estudo se caracterizaram por
15 alunos na faixa etária de 11 a 12 anos, de ambos os sexos, devidamente
matriculados no 7º ano do ensino fundamental II da rede privada.Utilizamos
como instrumento um questionário composto por 3 questões com 14
afirmações no total, e uma questão aberta referindo-se aos motivos que levam
praticar o Rúgbi. O resultado desta pesquisa foi analisar se o Rúgbi é um fator
motivacional para a prática da Educação Física escolar. Concluímos que o
Rúgbi além de ser um esporte disciplinar, envolve vários aspectos sociais,
psicológicos que trazem consigo um beneficio imenso para as crianças, tais
como: solidariedade, cooperação, disciplina e afetividade. É nesse contexto
que podemos incluir o Rúgbi frequentemente nas aulas de Educação Física,
concluindo que é um esporte muito motivador, tanto para sua prática como
para a prática das aulas de Educação Física.
Palavras-chave:Motivação; Rúgbi; Educação Física.
INTRODUÇÃO
A Educação Física ainda sofre sobre a influência do modelo
esportivista, onde os professores acabam focando somente nas modalidades
mais influenciadas do currículo, que são o Futebol, Basquete, Vôlei e Handball,
e raramente o Atletismo e Ginástica, considerando também o modelo
tecnicista, que acaba englobando o monotonismo nas aulas do ensino
fundamental II, mesmo com as atividades recreativas, acabam sempre
retornando para essas principais modalidades.
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Segundo Pereira; Armbrust (2010), os esportes alternativos como o
Frisbee, o Bitoque Rúgbi (adaptação do Rúgbi), Escalada, o Beisebol, o
Punhobol, entre outros, tem o papel fundamental de trabalhar com a
psicomotricidade da criança, a cooperação, a cognição, o afetivo e social, entre
outros que podemos mencionar. São esportes que adaptados e praticados de
forma recreativa, podem diminuir a rotina nas aulas de Educação Física e
estimular a motivação dos alunos.
Freire (2009), diz que o professor utilizando este método como
ferramenta pedagógica tornaria o esporte como mediador na transformação
social do aluno, excluindo aquela visão ruim da competição, conscientizando o
aluno de que um vencedor não seria útil ou importante sem um perdedor.
Sendo assim, o erro e o acerto seriam de certa forma um ato educativo e
reflexivo para o aluno, pois diante disto, os valores éticos, morais ficariam
destacados, e ainda sim acarretariam mudanças qualitativas.
Assim o esporte sendo compreendido com uma forma de cultura
corporal, e não de maneira excludente, podemos tornar as aulas de Educação
Física, uma aula prazerosa e motivadora, onde os alunos irão aprender valores
através de jogos e brincadeiras que o esporte proporciona. E possivelmente
podendo inserir o Rúgbi como um reforço para esse atual problema, a falta de
conteúdos a serem inseridos nas aulas de Educação Física, assim através de
uma nova modalidade, a motivação de nossos alunos para a prática esportiva
na escola.
De acordo com a Federação Portuguesa de Rúgbi (FPR, 2014),o Rúgbi
é jogado de acordo com as leis do jogo, e para isso acontecer não pode
depender de uma só pessoa. Então é graças a esta disciplina, o respeito e o
espírito de jogo, mesmo podendo ser considerados antiquados, é o que torna o
Rúgbi um esporte tão valorizado. É também por sua conduta e seus princípios,
mesmo aparentemente sendo um jogo onde só os fortes pratiquem, acaba
assim prevalecendo a camaradagem e o caráter dos participantes.
Sendo assim, o Rúgbi como esporte alternativo pode fazer uma grande
diferença nas aulas de Educação Física, tornando-se cada vez mais motivador
e empolgante tanto para o aluno quanto para o professor. Neves et al. (2013),
afirma que buscando novas modalidades semelhantes ao Rúgbi, pode ajudar
no processo de inserção de uma prática nova. O professor pode utilizar o
futebol, com todo o seu contexto histórico e cultural e comparar com os do
Rúgbi, assim melhorando a adaptação, e auxiliando na compreensão do aluno
quanto à modalidade.
Alves; Campos (2010), afirma que o rúgbi é um jogo fácil para
aprendizagem, graças a sua simplicidade técnica do desenvolvimento de cada
atleta e com suas funções táticas do jogo, já carrega consigo um fator
motivacional para as aulas de Educação Física. Através desta progressão
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individual, é necessário que o ensino do rúgbi seja de forma adaptada e o mais
recreativo possível. Cabe ao professor se salientar ao espaço físico e a
adequação do jogo quanto ao material e principalmente às possibilidades
pedagógicas.
Pereira; Freire (2009), completa que as mudanças curriculares
caminham junto com a motivação dos jovens que frequentam as escolas.
Diante desta afirmação a pedagogia do professor de educação física é
essencial para novas motivações. Com a inclusão do rúgbi como ferramenta de
aprendizagem, de forma adaptada, pode-se abrir um leque com imensas
possibilidades pedagógicas e metodológicas para a prática da Educação Física
escolar.
Conclui Mendes et. al. (2012), que o Rúgbi na escola é uma atividade
onde todos os alunos podem participar independente do padrão físico, e é o
esporte ideal para a socialização, pois neste esporte um jogador depende do
outro. E com estas características a motivação em participar das aulas com
caráter lúdico, seria a melhor forma de se aprender brincando e tornando-se
cada vez mais frequente o hábito dos alunos participarem das aulas de
Educação Física.
Nessa perspectiva o objetivo desta pesquisa é analisar se o Rúgbi
pode ser um fator de motivação para a prática das aulas de Educação Física
do Ensino Fundamental II.
MÉTODO
Esta pesquisa foi caracterizada como, pesquisa de campo, que de
acordo com Lakatos;Marconi (2010), tem como objetivo, conseguir informações
através de um problema, onde se procura uma resposta, que se queira
comprovar o mesmo. Onde se envolve um experimento, que após a pesquisa
bibliográfica seleciona e enuncia o problema, levando em consideração a
metodologia, apresenta os objetivos da pesquisa, estabelece a amostra em
relação à área da pesquisa e estabelece os grupos que serão pesquisados.
Os participantes neste estudo se caracterizaram por 15 alunos na faixa
etária de 11 a 12 anos, de ambos os sexos, devidamente matriculados no 7º
ano do ensino fundamental II da rede privada.
Primeiramentefoi realizado ocontato com a direção da Escola, estando
em anexo uma cópia do questionário adaptado por Kobal (1996), composto por
3 questões com 14 afirmações no total, e uma questão aberta a ser aplicado
para a turma do 7º ano, juntamente com o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Após os termos entregues à direção, aguardamos a
confirmação de interesse.Logo após os termos entregues e assinados pelos
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pais, esclarecemos o objetivo da pesquisa para os alunos, e em seguida
aplicamos os questionários durante a aula de Educação Física, sob orientação
do pesquisador. O questionário foi recolhido após o preenchimento pelos
alunos. Após a coleta de dados, os mesmos foram tabulados e apresentados
em forma de tabela e a questão 4 em forma de gráfico, de acordo com a escala
tipo Likert (1=1, 2=2, 3=3, 4=4, 5=5), sendo 1- discordo muito, 2- discordo, 3estou em dúvida, 4- concordo, 5- concordo muito.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 1 – Pratico o Rúgbi nas aulas de Educação Física por quê?
Questão 1
Pratico o Rúgbi nas aulas Discordo
de Educação Física por muito
quê?
Faz parte do currículo da
escola
Discordo
Estou
em
Concordo
dúvida
Concordo
muito
-
80 %
10 %
30%
30%
-
-
30%
70%
50%
Gosto de aprender novas
habilidades
-
-
-
50%
100%
Acho
importante
aumentar
meus
conhecimentos
sobre
esportes
e
outros
conteúdos
-
10%
-
20%
120%
Total
-
90%
40%
170%
300%
As aulas me dão prazer
Podemos perceber nesta tabela, que 80% dos entrevistados discordam
que praticam o Rúgbi por ser um conteúdo que faz parte do currículo da escola.
70% concordam que praticam o esporte, pois o mesmo lhe dá prazer, 100%
concordam muito que, gostam de aprender novas habilidades praticando o
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Rúgbi, e 120% concordam muito que, a prática do Rúgbi é importante para
aumentar os conhecimentos sobre esportes e outros conteúdos.
Segundo Vaz (2005), os professores de Educação Física sentem
dificuldades em abordar o Rúgbi como conteúdo, devido a sua fama de esporte
violento, evitando assim a iniciação do esporte. Mas de acordo com Alves;
Campos (2010), o Rúgbi é um jogo fácil de aprender, devido a sua simplicidade
técnica, por isso acaba carregando consigo o fator motivacional para as aulas
de Educação Física e assim torna-se mais fácil que o professor saliente-se ao
espaço físico e desenvolva o jogo de acordo com suas possibilidades
pedagógicas.
Segundo Murcho (2012), o Rúgbi é um esporte que carrega consigo
valores, que do ponto de vista social, possibilita a prevenção dos
comportamentos de riscos nos jovens, e promove comportamentos positivos, e
pode ser praticado por crianças e jovens de ambos os sexos e de todas as
formas e tamanhos. Conclui Abreu; Santos (2011), que o aprendizado do Rúgbi
na escola, auxilia no desenvolvimento social, como o trabalho em equipe,
devido às regras do jogo, associa-se a cooperação e a valorização das ações
individuais e coletivas que o Rúgbi propicia.
De acordo com as afirmações dos autores e resultados apresentados
na Tabela 1, podemos perceber que o Rúgbi, mesmo com toda sua fama de
esporte violento, é uma motivação a mais para a prática das aulas de
Educação Física, onde a porcentagem maior se concentra em aprender
habilidades novas e aumentar o conhecimento do esporte e seu conteúdo.
Levando em consideração estas afirmações, o professor de Educação Física
deve estar sempre preparado para inserir a prática de modalidades novas e
acabar de vez com os modelos tradicionais nas aulas, e estimular através
destes esportes alternativos o desenvolvimento social do aluno, tanto cognitivo
como afetivo.
Tabela 2 – Eu gosto do Rúgbi nas aulas de Educação Física quando?
Questão 2
Eu gosto do Rúgbi nas Discord
aulas de Educação Física o muito
quando?
Aprendo
uma
habilidade
nova
-
Discordo
10%
Estou
em
dúvida
10%
Concordo
80%
Concordo
muito
50%
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Dedico-me ao máximo à
atividade
-
20%
-
60%
70%
Compreendo
benefícios do Rúgbi
-
10%
40%
80%
20%
-
20%
10%
60%
60%
10%
20%
10%
20%
90%
10%
80%
70%
300%
290%
os
O que eu aprendo me faz
querer praticar mais
Movimento meu corpo
Total
Percebemos nesta tabelaque, 80% dos entrevistados responderam que
concordam que gostam do Rúgbi quando aprende uma nova habilidade, 80%
concordam que gostam do Rúgbi quando compreendem os seus benefícios, e
90% concordam muito que gostam, pois movimentam o corpo. 60% dos
entrevistados ficaram empatados entre concordo e concordo muito quando o
assunto foi dedicação à atividade. E também 60% ficaram empatados, entre
concordo e concordo muito, na afirmação de que gosto do Rúgbi quando o que
eu aprendo me faz querer praticar mais.
Segundo Alves; Campos (2010), não se trata de aprender um jogo pelo
jogo em si, mas todos os conteúdos a serem apresentados devem ter um
conceito, um objetivo a ser explicado, para que o aluno compreenda o
significado e interprete positivamente o que esta praticando. De acordo com a
F.P.R. (2014), o Rúgbi é um esporte muito valorizado. É graças a estes valores
como, respeito, espírito de jogo, disciplina e cooperação, que acaba sempre
prevalecendo a camaradagem e o caráter dos participantes, onde os mesmos
podem identificar o valor do esporte através da sua prática.
Diante dos resultados, podemos concluir que o gosto pelo esporte, está
relacionado a diversos motivos, entre eles a aprendizagem de novas
habilidades e o os benefícios que elas podem trazer. Sendo assim, o professor
de Educação Física deve sempre estar atualizado em relação ao interesse de
seus alunos e a falta de motivação em realizar a prática de Educação Física.
Assim, a inclusão de uma modalidade não muito conhecida pelos alunos, e que
não faz parte de seu dia-a-dia, pode ocasionar um extremo choque positivo
onde desperte vários interesses por esta nova prática, aumentando então o
nível de motivação na realização de atividades físicas, entre elas, os esportes
alternativos e a compreensão de seus benefícios.
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Tabela 3 – Não gosto do Rúgbi nas aulas de Educação Física quando?
Questão 3
Não gosto do Rúgbi nas Discordo
aulas de Educação Física muito
quando?
Não
bem
consigo
Concordo
Concordo
muito
realizar
Não sinto prazer
atividade proposta
na
Quase
não
tenho
oportunidade de jogar
Exercito
corpo
pouco
Não há
praticar
gostaria
tempo
tudo
Total
Discordo
Estou
em
dúvida
60%
10%
20%
60%
-
90%
20%
30%
10%
-
60%
30%
10%
10%
40%
90%
20%
-
20%
20%
70%
20%
10%
40%
10%
370%
100%
70%
140%
70%
meu
para
que
Podemos perceber que nesta tabela, 90% dos entrevistados,
discordam muito que não gostam do Rúgbi porque não sentem prazer na
atividade proposta, 90% discordam muito que exercitam pouco o corpo, 60%
dos entrevistados ficaram empatados entre discordo muito e concordo, em
relação a não conseguir realizar bem o Rúgbi. 60% discordam muito, que não
gostam do Rúgbi, pois quase não tem oportunidade de jogar. E 70% dos
entrevistados discordam muito que não há tempo para praticar tudo que
gostaria.
Segundo Mendes et. al. (2012), o Rúgbi é uma atividade onde todos os
alunos podem participar independente do padrão físico, e ele inserido na
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escola é um ótimo aliado para a socialização devido à dependência de um
jogador com o outro. Com essas características o Rúgbi ajuda a incentivar a
participação nas aulas de Educação Física.
De acordo com Samulski (2002), a motivação para a prática esportiva
dependente muito dos fatores pessoais e ambientais, pois há um nível de
ativação e uma determinante de direção de comportamentos, ou seja, varias
influências sociais. E essa motivação corresponde principalmente do prazer
pela atividade realizada, manter-se em forma, melhorar o condicionamento
físico entre outros motivos.
Diante das afirmações, o Rúgbi é um esporte que pode ser um fator
motivacional para a melhoria pessoal e social dos alunos, e principalmente em
realizar atividades físicas com mais frequência. É necessário combater o
preconceito contra os esportes menos conhecidos e pouco praticados, pois
muitos professores se prendem a uma realidade e esquecem que o novo pode
ativar o nível de motivação em relação à prática esportiva.
Gráfico 1 - O Rúgbi é importante para você nas aulas de Educação Física?
Por quê?
90%
80%
70%
Sim, porque gosto muito
do esporte
Sim, porque aprendo
coisas novas
40%
Sim, porque exercito o
corpo, mas não tenho
oportunidade de jogar
Sim, porque aprendo
habilidades novas
30%
Sim, porque é divertido
60%
50%
20%
10%
0%
Sim, porque é importante
desenvolver a agilidade
De acordo com o gráfico acima, podemos notar que 90% dos
entrevistados acham importante o Rúgbi nas aulas de Educação Física, pois
aprendem coisas novas e 20 % porque gostam muito do esporte. E 10% dos
entrevistados gostam do Rúgbi, pois exercita o corpo, 10 % gostam porque
acham divertido, 10% porque acham importante para desenvolver a agilidade,
e 10% gostam porque aprendem habilidades novas.
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Segundo Bidutte (2001), os fatores como as experiências individuais e
o ambiente escolar, podem influenciar na motivação da prática de Educação
Física, tanto de maneira positiva como negativa. Por isso é necessário que o
professor conheça sobre a motivação para que melhore a qualidade de vida de
seus alunos, tanto no aspecto social como afetivo. Isso corresponde também à
reflexão dos conteúdos propostos e principalmente a introdução de esportes
novos.
De acordo comAraujo et. al. (2008), devido à tecnologia atual, as aulas
de educação física acabam se tornando um desafio, onde o desinteresse e a
falta de motivação impendem a prática esportiva, juntamente com a
incapacidade de desenvolver as habilidades motoras. Isso entre outros
problemas acabam prejudicando o desenvolvimento social e psicológico do
aluno.
Podemos concluir que o desinteresse e a falta de motivação nas aulas
de Educação Física esta presente em vários aspectos. Sendo assim o
professor de Educação Física deve sempre estar disposto a propor conteúdos
novos, para que os alunos não caiam na rotina dos quatro esportes. Assim a
inclusão dos esportes alternativos pode auxiliar na motivação e no interesse
dos alunos em realizar esportes que não estão no seu dia-a-dia, onde possam
extrair todo o conteúdo, compreendendo seus benefícios, tornando cada vez
mais frequente a participação nas aulas de Educação Física.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desta pesquisa foi analisar se o Rúgbi pode ser um fator de
motivação para a prática das aulas de Educação Física do Ensino Fundamental
II. Podemos concluir através dos resultados e discussões, que Rúgbi é um fator
motivacional para as aulas, onde os alunos veem o esporte como uma nova
ferramenta de aprendizagem para coisas novas, habilidades novas, e o
conhecimento sobre novos esportes no meio escolar.
Atualmente nas escolas públicas, existe uma grande falha em relação à
inclusão de esportes alternativos, e isso acaba acarretando a rotina e junto com
ela a desmotivação da prática esportiva. Conclui-se que o Rúgbi além de ser
um esporte disciplinar, envolve vários aspectos sociais, psicológicos que
trazem consigo um beneficio imenso para as crianças, tais como:
solidariedade, cooperação, disciplina e afetividade. É nesse contexto que
podemos incluir o Rúgbi frequentemente nas aulas de Educação Física,
concluindo que é um esporte muito motivador, tanto para sua prática como
para a prática das aulas de Educação Física.
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06 e 07 de NOVEMBRO DE 2014
ANAIS - ISSN: 1984-9060
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O USO DA LIBRAS COMO FERRAMENTA NO ENSINO DOS
JOGOS COOPERATIVOS
Thiago da Silva – [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira - [email protected]
FACULDADE UNIDA DE SUZANO
UNISUZ / UNIESP
RESUMO
Nos dias de hoje fala-se muito em inclusão, de alunos que se afastam do grupo
por algum motivo emocional, estético ou por uma deficiência. Na educação
física é uma das grades curriculares onde pode brotar com mais evidencia,
dependendo de como for ministrada a aula pelo responsável, pois ele tem um
leque muito grande de atividades e jogos. Muitos jogos trazem a exclusão de
alguns alunos, mas alguns como os jogos cooperativos, conseguem fazer a
inclusão de todos. Por isso o objetivo dessa pesquisa é analisar se o uso da
LIBRAS auxilia como ferramenta no ensino dos jogos cooperativos. Para isso
foi feito um questionário adaptado para 12 alunos em sala em uma escola
estadual onde houvesse um aluno com deficiência auditiva. Ao analisar os
resultados do questionário, foi constatado que o uso da LIBRAS como
ferramenta para o aluno, auxilia não somente nos jogos cooperativos, mas
também em todas as outras disciplinas escolares. Então podemos concluir que
é muito importante que haja LIBRAS como grade curricular ou um interprete
dentro da escola e assim os alunos possam realmente ser inclusos. No
ambiente escolar.
Palavras chave: Inclusão; LIBRAS; Jogos Cooperativos.
INTRODUÇÃO
Nas aulas de LIBRAS podemos imaginar como é importante esse tipo de
comunicação para os alunos com deficiência auditiva e não conseguimos
imaginar eles se comunicando sem a linguagem de sinais, mas como faziam no
passado para dialogar.
No Brasil segundo Oliveira (2011), a comunicação dos surdos teve início
no ano de 1855, quando o imperador Dom Pedro II trouxe um professor
Francês surdo, seu nome era Ernet Huet. Com um método Francês, ou seja,
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com uso da escrita e a linguagem de sinais, ele começou seu trabalho com
duas crianças e nesse período os surdos tiveram seu primeiro contato com a
língua de sinais. Depois disso ele fundou um instituto no Rio de Janeiro em
1857, mas em 1862 deixou-o e Dr. Manuel de Magalhães assumiu, mas como
ele não era especialista comprometeu todo a atendimento aos surdos.
Só em 2002 foi decretada a LIBRAS como a segunda língua brasileira
através da lei número 10436/2002 artigo quatro, diz que todo sistema
educacional seja ele municipal, estadual ou federal, devem ter a inclusão da
Libras como parte do currículo escolar e deve ser inserida como disciplina
curricular obrigatória para professores no exercício de magistério, em nível
médio e superior. No artigo cinco, para o ensino da Libras no ensino infantil e
início do ensino fundamental, a formação dos decentes deve ser realizada em
curso de Pedagogia ou curso normal superior. (BRASIL, 2002).
As escolas terão que passar por várias mudanças e os professores são o
principal elemento escolar que precisa de mudança, principalmente sua
conduta e metodologia, começando a ouvir o aluno com deficiência, assim
como o outro, pois a linguagem se constrói a partir da interação e do diálogo.
(FERNANDEZ, 2005).
Para Santos; Paulino (2006), sem dúvidas nenhuma que na educação é
que está a maior ferramenta para a transformação social. Por causa do
desrespeito as diferenças e as desigualdades sociais, os indivíduos são
banalizados e assim refletidos na escola nos dias atuais e é por isso que a
educação inclusiva é essencial, pois a todo o momento a escola busca
aumentar o nível de participação individual e coletivo. Mas a inclusão e a
exclusão são totalmente ligadas, pois ninguém lutaria pela a inclusão se não
houvesse a exclusão, então podemos ver que nesse ponto de vista, a luta pela
inclusão sempre existirá e será sempre um processo.
O professor de Educação Física é muito importante que saiba como
aplicar as técnicas ou comunição gestual? Com aluno surdo ou ouvinte, ajuda
muito no desenvolvimento do aluno, seja cognitivo, afetivo ou motor. Se como
professor eu não conseguir entender meus alunos em geral, com certeza não
vou conseguir fazer com que ele desenvolva em nenhum desses aspectos.
Dentro de todo conteúdo escolar, as disciplinas tentam de algum jeito
fazer a sua avaliação, não muito diferente, a educação física faz a sua
avaliação sobre os alunos, mas é muito mais complexo em comparação com
outras disciplinas.
Segundo Freire (2006), a avaliação do aluno é uma das grandes
preocupações dos professores, pois no final de todo aprendizado querem saber
o que aprenderam com o conteúdo, seja através da avaliação quantitativa ou
qualitativa. Como os professores de Educação Física avaliam mais a parte
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motora do aluno do que o cognitivo fica ainda mais difícil fazer uma avaliação,
pois sabemos que há vários aspectos que possam influenciar durante a
avaliação e algumas vezes são colocados jogos como conteúdo avaliativo.
Mas também colocando jogos como avaliação, ficará mais difícil de se
avaliar o aluno, pois é muito fácil observarmos em vários jogos dentro do
âmbito escolar, alguns alunos ficam sem participar, ou eles estarem disputando
alguma bola, com isso os alunos habilidosos se destacam, enquanto isso os
que não são habilidosos, não se destacam ou até mesmo nem participam do
jogo. Por outro lado existem vários tipos de jogos e um deles é colocado como
base para os alunos se interagir um com o outro, chamado de jogo cooperativo.
Depois do deficiente auditivo consegui uma própria língua e a inclusão
na escola, o outro passo muito importante a seguir é a inclusão dentro da
sociedade, que não está preparada para conviver ainda com o diferente, ou
seja, com um indivíduo que tenha alguma deficiência. Assim, é preciso
intervenções, como políticas públicas que possam assegurar o acesso tanto na
educação como na sociedade. Assim, o objetivo desse trabalho é analisar se o
uso da língua de sinais, a Libras, contribui para o desenvolvimento do ensino
dos jogos cooperativos nas aulas de educação física e como deve ser aplicado
para que o ensino seja significativo. .
METODO
Segundo Lakatos (2010) uma pesquisa de campo é utilizada com o
objetivo de conseguir informações, conhecimentos para se chegar a um
resultado de uma hipótese ou até mesmo em descobrir outros fenômenos, não
podendo esquecer que a pesquisa de campo não é só uma simples coleta de
dados, é necessário que haja controles adequados e objetivos que sejam
preestabelecidos
.
Amostra: Foi feito com doze alunos do nono ano, em uma escola estadual da
cidade de Itaquaquecetuba, com alunos que tiveram e participaram de jogos
cooperativos em escola com professor que use a língua de sinais e que tenha
em aula tenha alunos com deficiência auditiva.
Instrumento de avaliação: Foi utilizado um questionário adaptado de Silva
(2009), com oito questões, sendo quatro abertas e quatro fechadas. Segundo
Lakatos (2010) o questionário é utilizado como instrumento de coleta de dados
constituído por perguntas ordenadas que seja respondidas sem a presença do
próprio entrevistador e junto com o questionário, será enviado uma carta
explicando a importância, a natureza e a necessidade da resposta, para que os
alunos preencham e devolvam o questionário dentro do prazo.
Procedimentos: No primeiro momento realizei um contato com a direção da
escola para a autorização do questionário, entreguei o termo de consentimento
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livre e esclarecido (TCLE) para os alunos, onde o responsável autorizou a
participação do aluno no questionário. Apliquei o questionário para os alunos
ouvintes, para saber a eficiência da linguagem de sinais, se de alguma forma
eles notam uma maior e melhor participação dos alunos com deficiência
auditiva.
Plano de analise de dados: Após os questionários todos os dados foram
coletados, tabulados, analisados e apresentados em forma de gráfico.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
GRAFICO 1 – O que você entende por inclusão de alunos deficientes?
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
Inclusão é
incluir o
deficiente
Não souberam
opinar
Sobre a questão acima, 77,8% dos alunos, disseram que a inclusão é
apenas incluir os alunos deficientes em um grupo e que acham normal ter um
aluno deficiente em sala de aula. Enquanto isso 22,2% dos alunos, não
souberam opinar sobre a questão, por não ter muito contato com um deficiente.
De acordo com Mitller (2003), a inclusão é incluir uma pessoa dentro de
um grupo, o que até hoje está difícil de acontecer, muitas coisas devem mudar
na sociedade e principalmente nas escolas, pois todos precisam se adaptar às
necessidades das pessoas com deficiência, dividindo espaços com igualdade,
com respeito e aceitação as diferenças. As formas limitadas como as escolas e
instituições, ainda atuam e tem levado parcela considerável dos alunos a
exclusão.
A inclusão não é uma questão muito fácil de resolver, nossa sociedade
evoluiu um pouco sobre essa questão, mas ainda existe muito para se fazer,
começando nas escolas que é onde o individuo começa se interagir com
muitas pessoas ao mesmo tempo, por isso algumas escolas estão se
adaptando para esse processo de inclusão.
GRAFICO 2 - Você se comunica normalmente com seu amigo surdo?
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Qual é a participação do seu amigo surdo nas aulas de Educação Física?
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
comunicam-se
normalmente
não se
comunicam
participa
normalmente
não participa
Nessa pesquisa, 55,5% dos alunos disseram que se comunicam
normalmente com seu amigo surdo e 44,5% dos alunos disseram que não se
comunicam normalmente com seu amigo surdo.
Em relação à participação do surdo nas aulas, 77,8% dos alunos
disseram que o aluno com deficiência auditiva, participa normalmente das
atividades dadas e 22,2% dos alunos argumentaram que aos olhos deles,
acham que o aluno com deficiência auditiva fica um pouco confuso em algumas
atividades.
Segundo Oliveira (1997), para que a comunicação aconteça é
necessário que exista a linguagem e o pensamento, mesmo que ambos sejam
independentes em certa fase da vida acabam se encontrando, quando isso
acontece se torna em uma linguagem verbal. A associação entre eles é
atribuída durante uma atividade ou trabalho entre os indivíduos, para que isso
aconteça foi criado um sistema de comunicação que permitisse a troca de
informações e assim agir coletivamente entre eles.
Não importa como todos se comunicamos, o importante é transmitir tudo
o que pensamos através de uma linguagem, seja verbal, expressiva ou
corporal. A comunicação é essencial em nossas vidas.
GRAFICO 3 - A explicação do professor é clara para o aluno surdo?
Você acha que o seu amigo surdo participaria mais das aulas se houvesse um
interprete ou se o professor pudesse se comunicar melhor com ele? Por quê?
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100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
Sim
Não
melhorou com a pergunta mais
interprete
dos alunos do
que da aula
Quando foi perguntado se a explicação do professor é clara, 66,7% dos
alunos falaram que sim, enquanto 33,3% dos alunos falaram que não.
Nessa questão, 88,9% dos alunos disseram que depois da interprete ter
entrado na escola, seu amigo com deficiência auditiva melhorou muito nas
aulas e 11,1% dos alunos disseram que ela fica perguntando mais dos alunos
do que da própria aula dada.
De acordo com Lacerda (2013), a palavra interprete educacional em é
usado em vários países para diferenciar daquele que atua na sala de aula , em
outros países eles até destacam os interpretes como tradutores de língua,
principalmente porque ele é um profissional que deverá versar conteúdos para
a língua de sinais. A sua tarefa não é ocupar o lugar do professor e sim a de
favorecer a aprendizagem por parte do aluno surdo.
O trabalho de um interprete para o aluno surdo é muito importante para
que favoreça o aprendizado do aluno com deficiência auditiva, pois ele terá as
mesmas informações que seus colegas de sala têm e com isso sua capacidade
de informações e aprendizagem só aumentará.
GRAFICO 4 - Você acha que ele está adaptado com a escola?
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
Sim
Não
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Em relação a sua adaptação, 77,8 % dos alunos comentaram que seu
amigo deficiente esta adaptado com a escola, enquanto 22,2% dos alunos
comentaram que seu amigo deficiente não esta adaptado com a escola.
Mineto et al (2011) diz que a presença de um aluno com necessidades
especiais, pode ser tomada como um ato de democracia, o desafia da escola é
garantir o ingresso de todos os alunos e oferecer-lhes respostas educativas de
qualidade. Para isso é necessário repensar sobre o sistema educacional em
favor do outro pautado na lógica da inclusão.
A adaptação do aluno não depende apenas de si próprio, mas também
da escola como estrutura e sistema educacional, pois todos os alunos
independentemente se há ou não uma necessidade especial, a escola tem que
está preparada para eles e garantirem toda possível gama de conhecimento.
GRAFICO 5 - Você saberia me dizer qual é a relação da família dele com a
escola? Eles participam da vida escolar do filho? De que maneira?
120,00%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
Não tem contato
com os pais
Não tem contato
com os pais
Nesse gráfico 100% dos alunos disseram que não tem muito contato
com os pais do aluno deficiente auditivo e não sabe dizer qual é a relação da
família dele com a escola.
De acordo com Manieri (2011), dentro do processo de escolarização
todos os alunos devem ingressas juntamente com a sua família, logo após a
escola deverá orientar seu pais sobre as metodologias e a ciência do processo
de aprendizagem e se os pais aprenderem a língua de sinais, ele se sentirá
totalmente parte da família.
O envolvimento dos pais com o seu filho e junto com a escola, muda
totalmente a vida do aluno, pois ajuda ele na interação com todos com mais
segurança, os pais também se sentiriam mais seguros conhecendo todo o
sistema educacional e por isso seria muito importante eles estarem sempre
acompanhando o que a escola oferece ao seu filho.
GRAFICO 6 - Você já estudou LIBRAS?
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80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
Não
Sim
Quando foi perguntado sobre quem havia tido aula de LIBRAS, 66,7%
dos alunos disseram que não tiveram nenhuma aula de LIBRAS e 33,3% dos
alunos disseram que tiveram aula de LIBRAS.
Segundo Gesser (2009), a palavra LIBRAS significa língua brasileira de
sinais, ou seja, é uma segunda língua brasileira, assim como nossa linguagem
materna a língua de sinais não igual em todo mundo e foi criada para que todos
os deficientes auditivos pudessem se comunicar gestualmente e
corporalmente. Antes os surdos eram obrigados a tentarem aprender a nossa
língua e devido a esses e outros erros, entendeu-se que a melhor opção foi
criar uma nova língua.
A língua de sinais deveria ser incluída na grade curricular dos alunos,
assim como o português, pois já que é uma língua brasileira, todos deveriam
aprender a LIBRAS, com certeza ajudaria no seu próprio conhecimento e seria
um dos grandes pontos na ajuda do aluno surdo para sua interação com o
outro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo dessa pesquisa foi analisar se o uso da LIBRA como
ferramenta no ensino dos jogos cooperativo, ajudaria os alunos surdos no
aprendizado.
Procuramos analisar uma sala de alunos onde houvesse alunos com
deficiência auditiva e que já tiveram um jogo cooperativo, pois esse tipo de jogo
é um dos principais conteúdos da educação física que auxilia na interação.
Analisamos também se a escola e o corpo docente estão preparados
realmente para incluir um aluno com deficiência auditiva.
Então podemos concluir que é muito importante que haja LIBRAS como
grade curricular ou um interprete dentro da escola e assim os alunos possam
realmente ser inclusos. No ambiente escolar.
REFERÊNCIAS
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TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS E SUA
CLASSIFICAÇÃO HIERÁRQUICA NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO.
Weder dos Santos – [email protected]
Solange Tomiyama – [email protected]
Fabrício Cicone Tsutsui – [email protected]
Faculdade Unida de Suzano - UNIZUZ
Resumo: O ordenamento jurídico brasileiro é formado hierarquicamente por normas
internas e externas, dentre estas os Tratados Internacionais de Direitos Humanos.
Esses tratados, devido sua importância no cenário internacional, ao serem inseridos
no direito interno podem ser classificados como norma constitucional ou norma
supralegal. A doutrina majoritária defende que esses tratados são equivalentes às
normas constitucionais (tese da constitucionalidade) com fundamento no Artigo 5º, §2º
da Constituição Federal, entretanto, o Supremo Tribunal Federal defende que esses
tratados devem ser classificados abaixo da Constituição Federal, mas acima das
normas infraconstitucionais (tese da supralegalidade) com fundamento no Artigo 5º,
§3º do mesmo diploma legal. A pesquisa teve como objetivo analisar qual o
posicionamento hierárquico atribuído aos Tratados Internacionais de Direitos Humanos
ao serem inseridos no ordenamento jurídico brasileiro. Para tanto, foram utilizadas
bibliografias acerca do tema, bem como análise da evolução jurisprudencial da
Suprema Corte até a formação do entendimento atual. Contudo, devido às limitações
da pesquisa monográfica, não foi possível chegar ao resultado esperado sendo
necessário um estudo mais amplo e profundo sobre o tema com abordagem a outras
variáveis. Por fim, a divergência entre a doutrina e a jurisprudência persiste no nosso
ordenamento jurídico, prevalecendo até o momento, o entendimento da Suprema
Corte em suas decisões.
Palavras-chave: Tratados Internacionais de Direitos Humanos; constitucionalidade;
supralegalidade; hierarquia.
1. INTRODUÇÃO
O ordenamento jurídico brasileiro é formado por normas que estão organizadas
hierarquicamente de acordo com sua importância. Além das normas de direito interno
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existem as normas externas ou internacionais, conhecidas como convenções ou
tratados internacionais que, após um processo legislativo, pode vir a integrar o
ordenamento jurídico brasileiro.
Após os tratados integrarem o sistema jurídico do Estado há a necessidade de
classificá-lo hierarquicamente no ordenamento jurídico interno a fim de evitar possíveis
conflitos com as normas já existentes e saber qual a sua importância frente as normas
internas.
Entretanto, a pesquisa limita-se a analisar a inserção
dos tratados
internacionais de direitos humanos devido a sua importância no cenário mundial,
principalmente após o término da Segunda Guerra Mundial, momento em que a
humanidade passou a questionar sobre o comportamento desumano de alguns povos.
Dessa forma, se faz necessário um estudo para definir qual a classificação
hierárquica os Tratados Internacionais de Direitos Humanos, após serem inseridos no
nosso ordenamento jurídico, afim de garantir uma melhor efetividades dessas normas.
2. METODOLOGIA
Para a pesquisa foi utilizado o método dedutivo pelo qual foi analisado o
posicionamento dos doutrinadores em relação ao tema bem como o entendimento e a
jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal ao longo do tempo.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 Evolução histórica
Os primeiros contornos históricos dos Tratados Internacionais, remontam há
mais de doze séculos antes de Cristo.
Valério de Oliveira Mazzuoli descreve como foi firmado o primeiro tratado
internacional que se tem registro em documentos históricos:
“O primeiro marco seguro da celebração de um tratado internacional,
de natureza bilateral, diz respeito àquele instrumento firmado entre o
Rei dos Hititas, Hattusil III, e o Faraó egípcio da XIXª disnatia,
426
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Ramsés II, por volta de 1280 e 1272 a.C., e que pôs fim à guerra nas
terras sírias (conhecida como batalha de Kadesh).” 70
Assim, com o passar do tempo, a partir de 1815 devido a intensificação da
solidariedade internacional começou uma mudança no cenário internacional,
inicialmente com os tratados multilaterais e no início do século XX surgiram as
organizações internacionais de caráter permanente que passaram a deter a
capacidade de celebrar tratados, juntamente com os Estados.71
No entanto, fatores como a importância dos Tratados Internacionais como fonte
do Direito Internacional, levou a necessidade de uma codificação do Direito
Internacional que ficasse claro tudo que era pertinente ao Direito dos Tratados.
Para Valério de Oliveira Mazzuoli a codificação foi necessária, no plano da
ordem jurídica interna, para melhor compreensão das normas de um determinado
ramo do direito, assim expõe:
“na órbita do Direito Internacional Público, em geral, e na do Direito
dos Tratados, em especial, tal não foi diferente. Com a criação das
Nações Unidas, em 1945, determinou-se na Carta respectiva caber à
Assembleia-Geral iniciar estudos e fazer recomendações destinados
a “incentivar o desenvolvimento progressivo do direito internacional e
a sua codificação””.72
De acordo com a necessidade de disciplinar e regular o processo de formação
dos tratados internacionais, conforme ensina Flávia Piovesan, resultou na elaboração
da Convenção de Viena, concluída em 1969, que teve por finalidade servir como a Lei
dos Tratados.73
No mesmo sentido ensina Valério de Oliveira Mazzuoli que:
“A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados começou a
vigorar internacionalmente decorridos mais de dez anos de sua
conclusão, mais precisamente em 27 de janeiro de 1980, quando foi
atingido, nos termos de seu art. 8474, o quórum mínimo de trinta e
cinco Estados-ratificantes.”75
70
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. Pag. 32
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. Pag. 31
72
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. Pag. 34
73
PIOVESAN. Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 14ªed. São Paulo:
Saraiva, 2013 pg. 106
74
O art. 84 – 1. A presente Convenção entrará em vigor no trigésimo dia que se seguir à data do
depósito do trigésimo quinto instrumento de ratificação ou adesão. 2. Para cada Estado que ratificar a
Convenção ou a ela aderir após o depósito do trigésimo quinto instrumento de ratificação ou adesão, a
71
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A Convenção de Viena é um dos mais importantes documentos internacional já
concluído na história do Direito Internacional Público é também conhecido como a Lei
dos Tratados, Código dos Tratados ou Tratados dos Tratados.
Dessa forma podemos observar como a codificação e a sistematização dos
tratados internacionais foram importantes para que a relação entre os Estados
obtenham uma maior credibilidade proporcionando uma segurança jurídica no âmbito
internacional.
3.2 Princípios dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos
3.2.1 Princípio da Prevalência dos Direitos Humanos
A Carta Magna de 1988 é a primeira Constituição brasileira a elencar o
princípio da prevalência dos direitos humanos como princípio fundamental a reger o
Estado nas relações internacionais.76
Ao adotar o princípio da prevalência dos direitos humanos nas suas relações
internacionais, o Estado brasileiro está ciente e concorda que não mais possui a
soberania absoluta, pois por se tratar de relações internacionais, há a necessidade de
se submeter às normas do Direito Internacional a fim de garantir que as normas que
protegem as pessoas possam ter sua eficácia alcançada.
Sendo assim, a soberania do Estado brasileiro fica submetida a regras
jurídicas, tendo como parâmetro obrigatório a prevalência dos direitos humanos.
Dessa forma, rompe-se com a concepção tradicional de soberania absoluta, dando
espaço ao processo de flexibilização e relativização em prol da proteção dos direitos
humanos.77
3.2.2 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
Um dos princípios estampados no Art. 1º da Constituição Federal de 1988 está
no inciso III que é o da “dignidade da pessoa humana”. Este é um princípio que é difícil
de ser traduzidos em palavras e o Constituinte foi sábio ao estabelecê-lo como tal,
Convenção entrará em vigor no trigésimo dia após o depósito, por esse Estado, de seu instrumento de
ratificação ou adesão.
75
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. Pag. 38
76
PIOVESAN. Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 14ªed. São Paulo:
Saraiva, 2013 pg. 99
77
PIOVESAN. Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 14ªed. São Paulo:
Saraiva, 2013 pg. 103
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haja vista a dificuldade de previsão de todas as infinitas situações que poderiam
acontecer.
O princípio da dignidade da pessoa humana adquiriu importância internacional
após ser incluso no preâmbulo da Declaração Universal de Direitos dos Homens da
seguinte maneira: “Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos
os membros da família humana (...)”. Após expressar no artigo 1º, proclamou que
“todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.”
Por ser um direito personalíssimo e universal, e tendo em vista as diversas
diferenças culturais, religiosas, étnicas, entre outras diferenças, não pode justificar a
violação por parte do Estado, pelo contrário, este deve promover a proteção aos
Direitos Humanos independentemente do sistema adotado.
Desta forma, sabendo que a dignidade da pessoa humana é um bem primordial
não só no âmbito interno do Estado, há que se reafirmar que as soberanias dos
Estados passam a ser relativa nas relações internacionais, haja vista a necessidade
de intervenção externa nos casos de abusos ou omissões por parte dos seus
governantes.
3.3 A celebração do Tratado Internacional no Brasil
3.3.1 Celebração de Tratados no Brasil
Temos que inicialmente enfatizar que, embora os tratados internacionais sejam
negociados e aprovados, a inserção no ordenamento jurídico brasileiro não é
tranquila.78
No mesmo sentido ensina Valério de Oliveira Mazzuoli que:
“Os documentos que o Governo brasileiro assina em nome da
República são, pelo nosso Direito interno, objeto de um tratamento
complexo, que, no âmbito dos Poderes da União, dá-se pelos atos do
Poder Executivo em colaboração com o Poder Legislativo”.79
A competência para a celebração dos tratados foi intensamente discutida na
Assembleia Constituinte de 1987 a 1988. Dessa maneira, Valério de Oliveira Mazzuoli
ensina que por um imperdoável lapso do legislador, no encerramento dos trabalhos, a
comissão de Redação não foi fiel à vontade do Plenário e provocou o surgimento de
dois dispositivos aparentemente antinômicos: os arts. 49,I e 84,VIII80, que dispõem as
seguintes redações:
78
HUSEK. Carlos Roberto. Curso de Direito Internacional Público. 12ª ed. São Paulo: LTr, pg.105
MAZZUOLI.Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014, pg. 421
80
MAZZUOLI.Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014, pg. 421
79
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“Art. 84 - Compete privativamente81 ao Presidente da República:
(...)
VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional;”
Art. 49. É de competência exclusiva82 do Congresso Nacional:
I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos internacionais que
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio
nacional;”
Cabe reforçar que desde o momento em que o tratado internacional passou por
todas as etapas processuais até a sua publicação, consequentemente passa a
produzir efeitos no âmbito interno. Passa a obedecer, com pouquíssimas variações, às
mesmas regras sobre vigência e eficácia aplicáveis às demais leis do País.
O imediato e primeiro efeito gerado por um tratado no ordenamento jurídico
interno é o de revogar todas as disposições em contrário ou incompatível da legislação
infraconstitucional (aí compreendidas, à exceção das emendas constitucionais, todas
as demais espécies normativas que compõem o arcabouço normativo doméstico).83
Por isso, o que estiver abaixo da Constituição Federal, os tratados comuns
“(não os dispõem sobre direitos humanos, que tem índole e nível constitucional)”84
vogam ou modificam, se com eles incompatíveis ou expressamente em contrário.
Quando há incompatibilidade entre as disposições convencionais e as normas de
Direito interno, resolve-se eventual antinomia sempre em favor do tratado, que é
hierarquicamente superior a qualquer disposição interna infraconstitucional.
3.4 Posicionamento hierárquico dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos
3.4.1 Os Tratados Internacionais de Direitos Humanos após a Emenda
Constitucional nº 45 de 2004
A Emenda Constitucional nº 45 de 2004, alterou, dentre outros dispositivos, o
artigo 5º da Constituição Federal de 1988 com o intuito de acabar com a divergência
doutrinária e jurisprudencial sobre o status hierárquico dos tratados internacionais de
direitos humanos.
Em decorrência dessas controvérsias doutrinárias e jurisprudenciais, existentes
no Brasil, e com o objetivo de pacificar as discussões relativas à hierarquia dos
tratados internacionais que versem sobre direitos humanos no ordenamento jurídico
81
Competência que pode ser delegada ao Vice Presidente, por exemplo.
Competência que não pode ser delegada.
83
MAZZUOLI.Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014, pg. 461
84
MAZZUOLI.Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014, pg. 461
82
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interno, o Legislador, na Reforma do Judiciário, incluiu no art. 5º, o § 3º com a seguinte
redação:
“Art. 5º (...)
§ 3º - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.”
A redação dada a esse dispositivo é materialmente semelhante à do art. 60, §
2º da Constituição Federal de 1988, segundo o qual toda proposta de Emenda à
Constituição “será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros.”
Porém, mesmo com a adição deste parágrafo no artigo 5º, a divergência
persistiu.
3.4.2 Posicionamento doutrinário
Internacionais de Direitos Humanos
sobre
a
constitucionalidade
dos
Tratados
Analisaremos qual o posicionamento doutrinário, na atualidade, que justifica a
defesa da tese da constitucionalidade dos Tratados Internacionais de Direitos
Humanos. Tese esta que tem como embasamento legal o artigo 5º, §2º da
Constituição Federal de 1988.
A Carta Magna consagrou expressamente de forma inédita que os direitos e
garantias expressos na Constituição “não excluem outros decorrentes do regime e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte” (artigo 5º, §2º).
Assim, a Carta Constitucional de 1988, inclui no catálogo de direitos
constitucionalmente protegidos, os direitos enunciados nos tratados internacionais que
o Brasil seja signatário.
A nenhuma norma constitucional se pode dar interpretação que lhe retire ou
diminua a razão de ser. Flávia Piovesan finaliza seu pensamento em relação à
interpretação das normas constitucionais:
“(...) o princípio da máxima efetividade das normas constitucionais é
hoje sobretudo invocado no âmbito dos direitos fundamentais – no
431
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caso de dúvidas deve preferir-se a interpretação que reconheça maior
eficácia aos direitos fundamentais.”85
Na medida em que a Constituição não excluiu os direitos humanos
provenientes de tratados, é porque ela própria os inclui no seu catálogo de direitos
protegidos, ampliando seu bloco de constitucionalidade, atribuindo-lhes hierarquia de
norma constitucional.
Por fim, percebemos como a vontade declarada do constituinte originário se
distanciou da interpretação que o §2º do artigo 5º da Constituição Federal de 1988
efetivamente recebeu. E a jurisprudência formada pela Suprema Corte, por enquanto,
não entende pela constitucionalidade dos Tratados Internacionais de Direitos
Humanos com base no dispositivo acima citado.
3.4.3 Posicionamento do Supremo Tribunal Federal sobre a supralegalidade dos
Tratados Internacionais de Direitos Humanos.
Após a introdução do §3º no artigo 5º pela Emenda Constitucional nº 45 de
2004, o Supremo Tribunal Federal foi motivado a revisar seu posicionamento
majoritário com relação a hierarquia dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem se orientado pelo julgado do
Recurso Extraordinário 466.343, destacando-se um amplo repertório jurisprudencial
que o adota como referência interpretativa que consolidou a tese da supralegalidade
desses tratados.86
No mesmo sentido, ensina André de Carvalho Ramos, a nova posição da
Suprema Corte, iniciada pelo Ministro Gilmar Mendes, que retomando o entendimento
do Ministro Sepúlveda Pertence, sobre a necessidade dos Tratados Internacionais de
Direitos Humanos de passar pelo sistema de votação exigido no §3º do artigo 5º da
Constituição Federal de 1988, senão vejamos:
“A nova posição prevalecente no STF foi capitaneada pelo Min.
Gilmar Mendes, que, retomando a visão pioneira de Sepúlveda
Pertence (em seu voto no HC 79.785-RJ87), sustentou que os
tratados internacionais de direitos humanos – anteriores ou
posteriores à EC n. 45/2004 -, que não forem aprovados pelo
Congresso Nacional pelo rito especial do artigo 5º, §3º, da CF/88, têm
85
PIOVESAN. Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 14ªed. São Paulo:
Saraiva, 2013 pg. 120
86
PIOVESAN. Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 14ªed. São Paulo:
Saraiva, 2013 pg. 141
87
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Ordinário em Habeas Corpus 79785. Recorrente: Jorgina
Maria de Freitas Fernandes. Recorrido: Ministério Público Federal. Relator Ministro Sepúlveda Pertence,
julgamento em 29 de março de 2000, publicado no DJ de 23/05/2003.
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natureza supralegal: abaixo da Constituição, mas acima de toda e
qualquer lei”88
Portanto, consagrou-se na Suprema Corte a teoria do duplo estatuto dos
Tratados Internacionais de Direitos Humanos, ou seja, supralegalidade para os que
não foram aprovados pelo rito do artigo 5º, §3º da Carta Magna, quer sejam anteriores
ou posteriores à Emenda Constitucional nº. 45 de 2004 e constitucionalidade para os
aprovados de acordo com o rito mencionado.
Ademais, ficou demonstrado que a intenção do legislador de acabar com a
divergência doutrinária e jurisprudencial existente não obteve êxito com a promulgação
da Emenda Constitucional nº. 45 de 2004. O Supremo Tribunal Federal alterou seu
entendimento, porém não com base no §2º do artigo 5º da Constituição Federal de
1988, mas sim no §3º do mesmo artigo.
Por fim, em relação aos Tratados Internacionais de Direitos Humanos, a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal continua a divergir da doutrina. Somente
com o decorrer do tempo, com uma nova composição da Corte e com novos
julgamentos que poderemos ter uma interpretação que unifique os entendimentos e
que finalize a divergência sobre o assunto.
4. Conclusão
Nesta pesquisa buscou-se analisar qual deveria ser a classificação hierárquica
dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos recepcionados pelo ordenamento
jurídico brasileiro, ou seja, se o posicionamento defendido pelos doutrinadores com a
tese da constitucionalidade desses tratados ou contrário a esse entendimento o
Supremo Tribunal Federal que defende a supralegalidade dos tratados internacionais
de direitos humanos.
Por fim, ficou demonstrado que todo o esforço legislativo para resolver essa
situação não surtiu o efeito desejado, pelo contrário, somente alterou a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, mas os doutrinadores ainda continuam a entender que
os Tratados Internacionais de Direitos Humanos tem status de norma constitucional,
pois assim a própria Constituição Federal garante.
Referências:
HUSEK. Carlos Roberto. Curso de Direito Internacional Público. 12ª ed. São Paulo:
LTr
88
RAMOS. André de Carvalho. Teoria Geral dos Direitos Humanos na ordem internacional. 4ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2014, pg. 283
433
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MAZZUOLI.Valério de Oliveira. Direito dos Tratados. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
2014
PIOVESAN. Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional.
14ªed. São Paulo: Saraiva, 2013
RAMOS. André de Carvalho. Teoria Geral dos Direitos Humanos na ordem
internacional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014
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PLANO DE NEGÓCIO – INDÚSTRIA DE EMBALAGENS
METÁLICAS DECORATIVAS
Ana Paula de Sousa Sérgio¹
Cristiane Pereira Gomes²
Hilda Janaina dos Santos³
Fernando Souza Cáceres
Antonio Eduardo Batista
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar a aplicação dos conhecimentos teóricos
adquiridos ao longo dos semestres cursadose a importância do Plano de
Negócio e do Planejamento Estratégico, identificando as características
atribuídas a um empreendedor onde organização depende de um bom
planejamento para saber qual direção deve ser tomada e conhecer o tamanho
do desafio a ser enfrentado, planejar cada detalhe, encontrar a melhor solução,
ser persistente, analisar os riscos, preparar-se, acreditar no seu potencial,
permanecer o crescimento e solidez empresarial.
Palavras-Chaves: Plano de Negócios; Planejamento Estratégico; Embalagem.
¹Ana Paula de Sousa Sérgio, Graduando do curso de Administração de Empresas - Faculdade
Unida de Suzano (UNISUZ).E-mail: [email protected]
²Cristiane Pereira Gomes, Graduando do curso de Administração de Empresas - Faculdade
Unida de Suzano (UNISUZ).E-mail: [email protected]
³Hilda Janaina dos Santos, Graduando do curso de Administração de Empresas - Faculdade
Unida de Suzano (UNISUZ).E-mail: [email protected]
Introdução
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Com o intuito de vivenciar e praticar as teorias estudadas ao longo do curso de
Administração elaboramos o plano de negócio de uma empresa de
embalagens metálicas decorativas que irá atender a demanda do estado de
São Paulo. De acordo com Dornelas (2000) a definição de um plano de
negócio é geralmente usada para descrever minuciosamente o negócio. Por
meio do plano de negócio pode:identificar os riscos e propor planos para
minimizá-los e até mesmo evitá-los; identificar seus pontos fortes e fracos em
relação concorrência e o ambiente de negócio em que você atua; conhecer seu
mercado e definir estratégias de marketing para seus produtos e serviços;
analisar o desempenho financeiro de seu negócio, avaliar investimentos,
retorno sobre o capital investido; enfim, você terá um poderoso guia que
norteará todas as ações de sua empresa. Segundo a Associação Brasileira de
Embalagem de Aço (ABEAÇO, 2012) a embalagem de aço é, tecnicamente,
uma das melhores formas de se acondicionar produtos, por evitar desperdícios
e proteger adequadamente a integridade de seu conteúdo no transporte e
comercialização, portanto esse setor vem apresentando um aumento
considerável na economia e para os consumidores que buscam oportunidades
de empreender. Inicialmente, o desenvolvimento das embalagens de aço foi, só
então, impulsionado pela Revolução Industrial, que possibilitou a mecanização
da fabricação das latas, e também a de chapas de aço de baixo teor de
carbono.A partir daí, o tempo moldou novas descobertas do aço para
embalagem.As latas de aço são embalagens mais ecológicas e tem por
principal característica a resistência, inviolabilidade e opacidade, são altamente
resistentes e capazes de evitar a deterioração de produtos agrícolas, além da
decomposição em apenas 5 anos. Esse material quando exposto as
intempéries retorna para a natureza sem agredi-la e na forma original de
minério de ferro, por isso as latas de aço são valorizadas na preservação de
nosso planeta. Na atualidade, o consumidor tem valorizado, cada vez mais, a
embalagem do produto.O avanço da tecnologia tem contribuído
consideravelmente nesse sentido, uma vez que os produtos aparecem nas
gôndolas ou nas prateleiras do varejo envolvidos em embalagens coloridas e
chamativas, o que constitui um fator de persuasão para a decisão de compra.
Com base neste fator decidimos estudar o ramo de embalagens com o objetivo
de analisar a viabilidade de implantarmos uma empresa fabricante de
embalagens metálicas decorativas e conhecer os processos a serem seguidos
por um empreender.Portanto para realização do mesmo buscamos recursos
nas empresas de embalagens metálicas, associações do ramo, livros, revistas,
sites e com o próprio publico, pois colocamos em prática a pesquisa
mercadológica para o obtermos o resultado eficaz. Além das fontes citadas
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acima, contamos com a colaboração do nosso professor orientador, que
compartilhou conosco seus conhecimentos na área empresarial.
Metodologia
Para elaboração do plano de negócio fez-se necessária à utilização de
pesquisa Qualitativa, para conhecer o ramo definido para elaboração do
projeto.
A
metodologia
de
pesquisa
qualitativa,
para
Minayo
(Administradores,2003) é o caminho do pensamento a ser seguido; ocupa um
lugar central na teoria e trata-se basicamente do conjunto de técnicas a ser
adotada para construir uma realidade. A pesquisa qualitativa, no entanto, tratase de uma atividade da ciência, que visa à construção da realidade, mas que
se preocupa com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode
ser quantificado, trabalhando com o universo de crenças, valores, significados
e outros, que as relações que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.
Em relação ao levantamento bibliografico e estudo das teorias (cinco forças de
Porter, análise de Swot, matriz BGC e a pesquisa mercadológica) aplicadas no
plano, utilizamos a pesquisa exploratória, consultamos obras de autores
consagrados como Porter, Gioia, Dornelas, entre outros. Outro recurso
conhecido neste tipo de pesquisa é a entrevista focalizada, definida a seguir.
Há um roteiro de tópicos relativos ao problema que se vai estudar e o
entrevistador tem liberdade de fazer as perguntas que quiser: sonda razões,
motivos, dá esclarecimentos, não obedecendo, a rigor, a uma estrutura
formal. Para isso são necessários habilidades e perspicácia por parte do
entrevistador.(Lakatos, p. 197, 1991).
A mesma foi utilizada, para coletar dados com pessoas (entrevistados:
representante da ABEAÇO e fundador de uma empresa de embalagens)
exeperientes no ramo de embalagens metálicas decorativas, cuja finalidade foi
esclarescer duvidas, conhecer as particularidades, necessidades e
investimentos necessários no setor de embalagens; para a formulação precisa
do planejamento e de táticas, abordadas posteriormente.
Para analise e definição da demanda fizemos uso da pesquisa quantitativa,
este tipo de pesquisa considera que tudo pode ser quantificável, é a tradução
em números das opiniões e informações coletadas. Está técnica foi utilizada da
seguinte forma: coletamos os dados dos segmentos que utilizam a embalagem
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metálica decorativa para envase de seus produtos (volume de compras nos
anos anteriores em R$ e quantidade de embalagens), para complementar esta
parte inicial delimitamos estes dados ao estado de São Paulo, e as empresas
fabricantes de alimentos (balas, chocolates, biscoitos finos e panetones),
eletrodomésticos portáteis e produtos promocionais. Após estratificação dos
dados realizamos as analises necessárias, concluindo definimos a demanda.
Por meio da metodologia empregada obtemos dados concretos e confiaveis
que nos permitiu fomentar as ações tomadas durante a elaboração do plano de
negócio.
Desenvolvimento
Para abordar a formação deste projeto foram realizados estudos que abrangem
as particularidades do segmento, dados dos ambientes internos e externos
relacionadosàimplantação de uma indústria de embalagens na cidade de
Suzano; tendo como necessidade preparar-se para o futuro, haja vista que o
plano contempla os 5 (cinco) anos iniciais da empresa; por este motivo foram
realizadas as etapas que serão descritas a seguir.
Iniciamos o desenvolvimento do plano de negócio com o estudo do mercado de
embalagens. A embalagem é um elemento indispensávele crucialpara o
sucesso comercial de praticamente todos os produtos. É um instrumentoque
viabiliza o atendimento da população global para a sua alimentação, saúde e
bem-estar, possibilitando a conservação dos produtos, a sua distribuição e
divulgação.Através dela, empresas de todos os portes e em todo o território
nacional podem agregar maior valor a seus produtos, consolidando posições
no mercado atual e possibilitando o acesso a mercados mais sofisticados.
Com influência direta nos custos e na tecnologia de fabricação, na
distribuição e na conquista de consumidores e na forma de consumo dos
produtos, a embalagem exige conhecimentos especializados para ser bem
projetada e garantir a preservação de seu conteúdo. (ABEAÇO, 2014)
Mundialmente a embalagem movimenta mais de US$ 500 bilhões,
representando, dentre 1% e 2,5% do PIB de cada país. No Brasil, esta
movimenta atualmente, R$ 47 bilhões e gera mais de 200 mil postos de
emprego diretos e formais (ABEAÇO, 2014).
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Dando continuidade a análise do mercado, realizamos o estudo e aplicação da
teoria das cinco forças de Porter, definida a seguir pelo autor.
As cinco forças competitivas: entrada, ameaça, de substituição, poder de
negociação dos compradores, poder de negociação dos fornecedores e
rivalidade entre os atuais concorrentes - refletem o fato de que a
concorrência em uma indústria não está limitada aos participantes
estabelecidos (PORTER, 2004, p.5)
Por meio da aplicação desta ferramenta deu-se continuidade na análise do
segmento escolhido, na qual absorvermos as dificuldades e oportunidades da
fabricação de embalagens, dentre elas as forças mais significativas ao negócio
são: o poder de barganha dos fornecedores, nosso poder de barganha é
pequeno, pois para o fornecimento da matéria-prima o aço (folha de flandres) o
único fornecedor no Brasil é a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a
mesma apresenta políticas de lote mínimo de venda e condição de pagamento
fixas; dificultando a negociação e compra da matéria-prima para uma empresa
que está iniciando, o cliente também fica exposto aum possível aumento
estridente do valor aço; devido a este fator tornou-se necessário um
planejamento para obter o menor custo nos demais itens que compõe o custo
de produção. Em relação à ameaça de produtos substitutos, o plástico é o mais
forte substituto do mercado, representa a maior participação no valor bruto da
produção física de embalagens que em 2013 atingiu R$ 52,4 bilhões, o plástico
correspondente a 37,47% do total, seguido pelo setor de embalagens
celulósicas com 35,05% (somados os setores de papelão ondulado com
19,40%, cartolina e papel cartão com 9,90% e papel com 5,75%), metálicas
com 16,03%, vidro com 4,86% e madeira com 2,56% (ABEAÇO, 2014). Para
neutralizar a força dos produtos substitutos e potencializar a embalagem
metálica, definimos ações especificas no plano de marketing.A ultima força
definida como significativa em relação ao nosso negócio é o poder de barganha
de compradores/clientes, temos três concorrentes diretos no estado de São
Paulo, cujo apenas uma empresa, está voltada somente para a produção de
embalagens decorativas, o produto ofertado é sustentável e geralmente
necessário para melhor acondicionamento, conservação e atratividade dos
produtos que serão envazados; por este motivo o poder de barganha dos
clientes é baixo.
Para conhecermos a demanda efetuamos uma coleta de dados, delimitada ao
publico alvo definido (fabricantes de alimentos, eletrodomésticos portáteis e
produtos promocionais, instalados no estado de SP). Com base nesta coleta
apuramos a demanda a seguir.
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Demanda- Enfoque Embalagens Metálicas
2015
2016
2017
Segmentos
2018
2019
1 Alimentício
R$ 1.267.200,00 R$ 1.728.000,00 R$ 2.534.400,00 R$ 3.801.600,00 R$ 5.068.800,00
2 Eletrodomésticos
R$ 528.000,00
R$ 720.000,00
3 Promocionais
R$ 844.800,00
R$ 1.152.000,00 R$ 1.689.600,00 R$ 2.534.400,00 R$ 3.379.200,00
TOTAL
R$ 2.640.000,00 R$ 3.600.000,00 R$ 5.280.000,00 R$ 7.920.000,00
%
Em
relação
à
demanda do estado de 0,61%
SP
0,82%
R$ 1.056.000,00 R$ 1.584.000,00 R$ 2.112.000,00
1,48%
2,00%
R$
10.560.000,00
2,63%
Para o progresso e aprofundamento do mercado estudado, efetuamos a
aplicação da análise de Swot, segundo GIOIA (2006) a identificação de forças
e fraquezas do negócio e de oportunidades e ameaças do ambiente externo
constituem um processo de construção das bases para uma análise conjugada
desses quatro fatores, possibilitando um cruzamento de condições que apoia a
identificação de estratégias, limitando assim a definição dos objetivos. Com
base nesta definição e após análise das forças, fraquezas, ameaças e
oportunidades; estabelecemos uma estratégia para neutralização das
fraquezas e ameaças,potencializando as forças e oportunidades.
Com base nos estudos descritos e demais pesquisas, elaboramos o
planejamento estratégico e demais diretrizes para a empresa. De acordo com
Salim (2005) o planejamento estratégico consiste no entendimento e analise de
cenários futuros para uma empresa, majorando os caminhos e objetivos, com a
definição das ações que permitam alcançar objetivos e metas para o
empreendimento. O planejamento estratégico contemplou as ações, objetivos e
metas a curto e longo prazo, definindo as responsabilidades das principais
áreasque deverão concentrar esforços para a concretização e conquista do
objeto planejado.
Com base nos estudos e no planejamento a estratégia competitiva adotada foia
de liderança em custo, ou seja, ofertar produtos a um preço menor, mantendo a
qualidade e requinte das embalagens. Segundo Porter (1989) com preços
equivalentes ou mais baixos do que seus rivais, a posição de baixo custo de
um líder no custo traduz-se em retornos mais altos. Somado a estratégia citada
iremos focar nos clientes de pequeno e médio porte, existem alguns fabricantes
de latas decorativas que não conseguem satisfazer as necessidades deste
nicho de mercado por adotarem uma política de quantidade mínima de lote de
produção elevado se comparada à quantidade que os clientes necessitam e
desejam comprar. A proposta do projeto é de conseguir o maior lucro possível
utilizando o menor custo desde que não haja o comprometimento da missão,
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visão e valores da organização. Isso fará com que nossa empresa se destaque
mediante aos concorrentes e se consolide no mercado.
Para o andamento adequado de uma empresa há necessidade do estudo e
definição das praticas a serem adotadas para captação, manutenção e
utilização dosrecursos necessários para o seu funcionamento.Na área
operacional foram coletadas informações sobre a utilização do maquinário
necessário, parao processo de produção na as linhas de montagem de
embalagens, de acordo com os requisitos da ABNT e prática do mercado,
observamos as tecnologias disponíveis buscando implementarmos
na
empresa as propostas viáveis nos quesitos técnicos e financeiros. Dando
continuidade a está área analisamos a questão da seleção de fornecedores
que é de suma importância para o resultado final do produto, os fornecedores
devem suprir as necessidades inerentes ao negócio, atendendo as solicitações
nos prazos estabelecidos e com qualidade. Realizou-se também o estudo dos
estoques e das operações logísticas, na qual definimos a política de
distribuição que será por meio de canal direto, a Enfoque Embalagens não se
responsabiliza pela entrega do produto, esta condição se dá, devido à
precificação baixa como estratégia de venda, pois, havendo acréscimo de frete
embutido, perderíamos o diferencial de preço baixo, tendo em vista que esta
pratica é adotada por empresas do ramo.
Os recursos financeiros são de suma importância para a introdução e
desenvolvimento de uma empresa, com base no levantamento da necessidade
de investimentos, despesas e custos das áreas existentes na empresa,
chegou-se a um montante de investimento total; que deveria ser integralizado
por meio do capital social das sócias; haja vista que inicialmente optou-se por
não captar recursos de terceirosem longo prazo. Com base nas premissas:
previsão de volume de vendas, preço unitário, estoque final (período), custo
unitário, condições de pagamento e recebimento, DRE, ponto de equilíbrio,
fluxo de caixa, projeção do capital do giro liquido epay-back; foram realizados o
planejamento, controle e projeções financeiras; concluímos que o projeto é
viável.
Conclusão
A partir dos dados e informações abordados no artigo, pôde-se observar que
com a conclusão do plano de negócio, foi adquirido o conhecimento pretendido
no objetivo inicial, não somente sobre o estudo do setor de embalagens no
Brasil, mas também em relação à metodologia utilizada, as pesquisas de
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mercado nos trouxeram uma visão mais abrangente sobre a forma de
compreender as informações para empreender. Em especial o estudo e
elaboração da área financeira que conglomerou as técnicas de orçamento de
capital com uso de ferramentas como pay-back, valor presente líquido (VPL) e
taxa de retorno interno (TIR), que interligadas foram fundamentais para analisar
a viabilidade do negócio, dentro do prazo estabelecido cinco anos. As técnicas
de orçamento de capital com uso de ferramentas como pay-back, valor
presente líquido (VPL) e taxa de retorno interno (TIR), que interligadas foram
fundamentais para analisar a viabilidade do negócio, dentro do prazo
estabelecido, cinco anos.
Na técnica pay-back apuramos o prazo máximo para recuperação do
investimento, aproximadamente 4 (quatro) anos, um período aceitável haja
vista que o plano contempla cinco anos. Em relação ao VPL obtemos o valor
de R$ 1.022.933,27considerado significativo e positivo; que reforça a
viabilidade do plano.
Após estudos sobre a necessidade de embalar com sofisticação, de forma a
agregar valor ao produto, foi percebido que o ramo de embalagens no estado
de São Paulo, apresenta um grande potencial para se empreender, devido ao
tamanho que o mercado proporciona e a oportunidade de explora-lo, a fim de
aumentar o Market-share da empresa. Portanto, além de identificar a demanda
e particularidades do segmento selecionado, conquistamos um grande
aprendizado em várias áreas do conhecimento como, marketing, produção,
logística, finanças, recursos humanos e sistemas de informação, durante o
desenvolvimento do plano de negócio.
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Referências
GITMAN, L. J, Princípios de administração financeira. 12º Ed, São Paulo :
Pearson Prentice Hall, 2010.
DORNELAS, José Carlos Assis, Empreendedorismo: transformando ideias
em negocios.3.ed.Rio de Janeiro: Elsevier,2008.
GIOIA, Ricardo Marcelo. Marketing Aplicado: O Planejamento de Marketing.
(Coleção de Marketing; V.3): São Paulo; Saraiva, 2006.
KOTLER, P.; KELLER, K. L.Administração de marketing.12.ed.São Paulo:
Prentice Hall,2006.
PORTER, Michael.Vantagem competitiva: criando e sustentando um
desempenho superior.15.ed.Rio de Janeiro: Campus,1989.
SALIM, Cesar Simões et al.Construindo Planos de negócio.3.ed.Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
LAKATOS, Eva Maria.Fundamentos de metodologia científica.3.ed.São
Paulo: Atlas,1991.
Disponível
em:
http://www.abre.org.br/setor/apresentacao-do-setor/aembalagem/
Acesso em: 05/10/14 as 23:49 hs
Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/pesquisaqualitativa-exploratoria-e-fenomenologica-alguns-conceitos-basicos/14316/
Acesso em: 05/10/14 as 23:50 hs
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PLANO DE NEGÓCIOS DE UM EMPREENDIMENTO DE PÃES
INTEGRAIS
Ana Paula Valério Alves89
Jaqueline dos Santos Guimarães Linhares90
Tatiane Aparecida de Medeiros Costa91
Thatiane Tiemi Uno92
Fernando Souza Cáceres
Eliane Fátima Oliveira da Silva
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
RESUMO
Na realização do plano de negócio foi verificada a viabilidade de uma fábrica de
pães naturais, localizada na cidade de Suzano. Foram utilizados como dados
de estudo fontes primárias e secundárias. Ele refletirá a realidade, as
perspectivas e estratégias da empresa. Foi desenvolvido um planejamento
estratégico na qual foi definido os objetivos, as metas, os valores da empresa,
a visão, missão e a análise dos pontos fracos e fortes, oportunidades e
ameaças. O plano de marketing é de suma importância para definir a forma de
como a empresa será vista no mercado e a definição de produto, praça, preço
e promoção. Foi aplicado um questionário com 60 participantes com sete
questões fechadas e três abertas, e uma entrevista com o gestor de uma
indústria de referência no setor de panificação.O planejamento operacional é
onde está traçadaas estratégias de execução e distribuição do produto. Por fim,
o planejamento financeiro faz uma análise da viabilidade econômica definindo
os investimentos, capital de giro, custo operacionais, os indicadores de vendas
e a receita esperada. O objetivo geral é desenvolver um plano de negócio para
o setor de panificação.
89
Ana Paula Valério Alves, E-mail: [email protected].
90Jaqueline
dos Santos Guimarães Linhares, E-mail:
[email protected].
91Tatiane
Aparecida de Medeiros Costa, E-mail: [email protected].
92Thatiane
Tiemi Uno, E-mail: [email protected]
Faculdade Unida de Suzano - UNISUZ
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Palavras-chave: Panificação; planejamento empresarial; marketing.
INTRODUÇÃO
Para o desenvolvimento do projeto foram realizadas pesquisas nosetor de
panificação, especificamente no de produtos naturais, é um ramo promissor
segundo dados obtidos no site da ABIP (Associação Brasileira da Indústria de
Panificação e Confeitaria). Atualmente, como a divulgação na mídia em
questão de consumo por produtos naturais está bastante em evidência, o perfil
dos consumidores estão sendo modificados para uma alimentação mais
balanceada, criando uma tendência de consumo por produtos naturais e
saudáveis e consequentemente abrindo novos nichos de mercados, segundo
informações divulgadas pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e
Marketing). Foi identificado que estes tipos de produtos não vendem somente
em lojas especializadas do setor e observando que em pequenos ou grandes
mercados estão dedicando seções de suas lojas para a categoria de naturais.
Segundo informações obtidas no site Natural Tech (2013), o programa de
TV ‘Pequenas Empresas e Grandes Negócios’ divulgou que até este ano de
2014, o mercado de alimentos saudáveis pode movimentar cerca de R$ 20
bilhões, com um crescimento estimado de até 40%.
Após levantamento de dados foi constatado que a busca de produtos de
origem natural e integral, está em constante crescimento, na qual os brasileiros
estão cada vez mais preocupados com a qualidade de vida, aumentando assim
a procura por produtos que ofereçam adicionais a saúde o que abre
possibilidades para uma mudança no perfil do consumidor, que inclui na lista
de compras produtos integrais, funcionais e orgânicos. Conforme um estudo
realizado pela consultoria Around Research, realizada com 650 pessoas,
identifica que na hora de comprar produtos em mercados cerca de 403 dos
pesquisados procuraram produtos integrais. Este aumento na procura deste
tipo de produto é estimulado a partir de reportagens divulgadas em TV e nos
jornais.
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Portanto, este artigo tem como objetivo geral retratar as etapas para a
elaboração de um plano de negócios de uma Indústria de Pães Integrais,
através de pesquisas realizadas no setor a ser estudado juntamente com os
conhecimentos adquiridos durante a vivência acadêmica.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória, transversal, realizada
em dois momentos, a saber: uma entrevista concedida pelo gestor de uma
empresa da mesma segmentação na cidade de Suzano- SP e um teste de
mercado.
O teste de mercado foi aplicado na Faculdade Unida de Suzano, no mês
de Setembro de 2012, com duração aproximada de duas horas e com a
participação de 60 pessoas (colaboradores e alunos), de ambos os gêneros,
com idade média de 30 anos. Foi montado um stand para a degustação do
produto, que era um pão integral com sabor de frutas, nas opções de goiaba,
maçã, abacaxi e banana. Os participantes se direcionaram ao stand e
receberam uma amostra do produto. Em seguida preencheram um questionário
que continha sete questões fechadas e três questões abertas, sobre o sabor,
preço e qualidade.
Em outro momento, foi realizada uma entrevista, com duração
aproximada de duas horas, com o gestor de uma grande empresa do ramo de
panificação da região de Suzano. O mesmo foi indicado por uma das
pesquisadoras que agendou a entrevista por e-mail no mês de Abril de 2013. O
intuito desta coleta de dados foi o de obter informações referentes ao mercado,
demanda e aceitação do produto.
Após a aplicação do questionário e a entrevista com o gestor, os dados
foram analisados de acordo com a teoria fenomenológica, a qual faz referência
a interpretação dos dados, da maneira em que se apresentam, sem a
intervenção do pesquisador.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
O planejamento do projeto foi iniciado a partir da aplicação de
conhecimentos acadêmicos e pesquisas cientificas e informações obtidas da
análise do mercado.
De acordo com os dados coletados no site do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), foi constatado que o foco do plano de negócios é na
classe C, na cidade de Suzano especificamente em mulheres na faixa etária de
20 a 59 anos, que consumam algum tipo de pão no dia-a-dia. A quantidade
total deste público é de aproximadamente 77.506 pessoas, porém a
capacidade de abranger este total é bem limitada, por estar iniciando as
atividades de fabricação.
Segundo dados coletados, a cidade de Suzano possui 219 bairros, em
média cada bairro possui quatro estabelecimentos comerciais de pequeno
porte. Desta maneira chegou-se ao montante de 876 pontos de vendas. Cada
estabelecimento vende cerca de 10 pães por dia e no total diário será de 8.760
unidades, na qual foi realizado uma estimativa de que em 24 dias úteis serão
vendidas 105.120 unidades ao mês, com uma demanda anual de 2.522.880
pães.
Segundo KOTLER (1998), planejamento estratégico é definido como
processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os
objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado.
O objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e
produtos da empresa.
O projeto é a criação de uma indústria de pães integrais que utiliza a
estratégia de diferenciação, como principal recurso no seu planejamento.
Segundo PORTER (1989, p.13), a estratégia genérica de enfoque na
diferenciação é a busca constante desta premissa em seu segmento-alvo,
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explorando assim as necessidades especiais dos compradores em certos
segmentos.
A premissa acima citada foi utilizada por se tratar da principal força a ser
explorada, uma vez que não será possível utilizar a barganha com
fornecedores e compradores.
Segundo PORTER (1989), o poder de barganha dos fornecedores é um
fator determinante para a lucratividade da organização, pois eles podem
aumentar os preços ou até mesmo modificar a qualidade da matéria- prima,
esta pode ocasionar mudanças no produto final que será entregue ao
consumidor. Para barganhar com fornecedores é necessário a aquisição de
uma grande quantidade de insumos, porem no projeto não haverá viabilidade
financeira e capacidade de armazenamento.
A deficiência encontrada no relacionamento com os compradores, é em
questão da produtividade e valor de produto.
A ameaça de produtos substitutos determina até que ponto outro produto
consegue atender as necessidades de seus clientes. Para serem minimizadas
as ameaças existentes, é necessário evidenciar a marca nos pontos de
vendas, ampliando a visibilidade com os consumidores e destacando sempre o
diferencial sabor de frutas e também enfatizando os benefícios que o produto
fornece.
De acordo com PORTER (1989), a altura das barreiras de entrada diminui
a probabilidade de inserção de novos entrantes em uma indústria evitando a
queda dos preços. Uma empresa de pequeno porte tem suas limitações por
não possuir uma marca consolidada no mercado.
A rivalidade entre os concorrentes é considerada uma das forças mais
agressiva, pois os concorrentes usam de diversos artifícios para se destacar
uns dos outros. Um fator que pode diferenciar a empresa é o foco em um
produto específico, pois os concorrentes trabalham com outros produtos
similares e buscam inserir todos de uma vez só no mercado, o que pode dividir
a atenção dos clientes.
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Para fazer este produto estudou-se técnicas como o Just in Time que tem
como objetivo principal a busca contínua pela melhoria do processo produtivo,
que é alcançada e trabalhada através da redução dos estoques. Estes
permitem a continuidade do processo produtivo mesmo quando há problemas
nos estágios de produção. Ao se reduzir o estoque, os problemas que antes
não afetavam a produção, torna-se agora visíveis, podendo, assim serem
eliminados, permitindo um fluxo mais suave da produção. Este sistema procura
utilizar a capacidade produtiva dos colaboradores, estoques mais baixos e
melhor qualidade do que os sistemas convencionais.
Na política de distribuição, segundo FRAZIER (1999), o planejamento dos
recursos e necessidades de distribuição, é de extrema importância para que a
organização consiga atender a demanda dos clientes, capacidade de
armazenamento e veículos de transportes necessários.
Para atender características do plano de negócios, foi estudada a
distribuição através de transporte próprio, por fatores tais como: captação de
novos clientes e fixação da marca com o veículo logomarcado.
Quando se trata de premissas financeiras, pode-se afirmar que a mesma
é encontrada em qualquer tipo de empresa. A função financeira tem um papel
muito importante no desenvolvimento de todas asatividades operacionais,
contribuindo significativamente para o sucesso do empreendimento. (BRAGA,
1989)
Na análise da viabilidade econômica de uma empresa, deve-se utilizar
algumas ferramentas: Taxa Interna de Retorno, Payback e Capital de Giro,
entre outras.
De acordo com Gitman (2002, p. 330) “(...) A Taxa Interna de Retorno
(TIR) é definida como a taxa de desconto que iguala o valor presente das
entradas de caixa ao investimento inicial referente a um projeto.” Um dado que
deve-se observar é se a TIR atende a taxa de atratividade esperada pela
empresa.
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O VPL leva em consideração o valor do dinheiro no tempo, desconta
todas as entradas e saídas do fluxo de caixa do projeto. Essa taxa também é
conhecida como taxa de desconto ou custo de oportunidade.
Trazendo o VPL (Valor Presente Líquido) ao plano de negócios, pode-se
observar o valor presente positivo de R$ 16.631,57, na qual Gitman afirma
(2002. p. 330) que: “Se o VPL for maior que zero, aceita-se o projeto; se o VPL
for menor que zero, rejeita-se o projeto. Se o VPL for maior que zero, a
empresa obterá um retorno maior do que seu custo de capital”
Segundo Gitmam o payback é uma ferramenta que mensura (2002), o
período de tempo exato necessário para a empresa recuperar o investimento
inicial de um projeto, a partir das entradas de caixa. Fazendo uma analogia ao
plano de negócio desenvolvido, o retorno do investimento acontecerá em um
período de quatro anos e seis meses, constatando que está dentro do prazo
estimado de cinco anos.
Ao analisar a viabilidade financeira do projeto, foi possível perceber que
se trata de um investimento viável, porem com algumas fragilidades, tais como:
variação de demanda e ponto de equilíbrio, que podem afetar a margem de
lucro almejada impossibilitando a sua estabilidade no mercado. Estes fatores
devem ser acompanhados minuciosamente para que se necessário, seja
implantado um plano de ação para reverter esse possível cenário.
CONCLUSÃO
A partir das pesquisas realizadas para o desenvolvimento do artigo, foi
possível verificar que o consumo de alimentos naturais obteve um crescimento
em todo o país. O mercado estudado, que é a cidade de Suzano, tem uma
grande tendência a este tipo de consumo. Deste modo, existe uma
oportunidade de um empreendimento com as características que atendam este
nicho de mercado.
O embasamento teórico trouxe uma visão de negócio onde pode
compreender o processo de criação de um novo empreendimento.
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Portanto, foi possívelobservar que todas as ferramentas disponibilizadas
no processo acadêmico foram utilizadas para elaboração de um plano de
negócios, abrangendo todas as áreas de estudo.
REFERÊNCIAS
ABIP (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria).
Disponível em: <www.abip.org.br>. Acesso em: 15.02.2014, 09:43.
GAITHER, N.; FRAZIER, G.; Administração da produção e Operações. 8. ed. São
Paulo: Cengage Learning, 1999.
GITMAN, L. J. Administração Financeira: Uma Abordagem Gerencial. São
Paulo: Addison Wesley, 2002.
GOMES, A. N. O novo consumidor de produtos naturais: Consumindo conceitos
muito
mais
do
que
produtos.
Disponível
em:
<http://www2.espm.br/sites/default/files/novoconsumidorprodutosnaturais.pdf>. Acesso
em: 24.10.2013, 19:56.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). População de Suzano.
Disponível em: < www.ibge.com.br>. Acesso em: 15.02.2014, 11:42.
KOTLER, P. Administração de Marketing. 5ª ed. São Paulo: Editora Atlas,
1998.
PORTER, M. E. Vantagem Competitiva: criando e sustentando um
desempenho superior. 31º reimpressão. Rio de Janeiro: Elsevier, 1989.
RIBEIRO, F.; BRAGA, M. Mercado de produtos naturais deve crescer 40%.
Disponível
em:<http://www.naturaltech.com.br/modulos/include/modulo_popupRelease.as
p?release_ID=1767&idioma=1>.
Acesso
em:
11.09.2013,
14:32.
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PLANO DE NEGÓCIOS: LOJA VIRTUAL – LUXOSMALTE
Allan De Paula Medeiros - [email protected]
Bianca Breviglieri Bernardo - [email protected] - UNIESP
Eliane Fabiano - [email protected] - UNIESP
Thawane da Silva Benedito - [email protected] - UNIESP
Antônio Eduardo Batista
Fernando de Souza Cáceres
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
RESUMO
Este artigo tem por finalidade relatar um estudo realizado sobre a venda de
esmaltes por uma loja virtual, e-commerce, no Brasil, abordando as
características e crescimento no setor de beleza do país, especificamente em
esmaltes, sendo o Brasil o terceiro país em âmbito global que mais consome
este produto, segundo pesquisas realizadas. Apresentando o grande
crescimento de tendências e ganho na confiança dos brasileiros, para a
realização de compras online, o que confirma o setor e-commerce hoje em dia
ter se tornado um dos meios mais seguros, rápidos e confiáveis para a
realização de compras.
Palavras Chave: Plano de Negócios; E-Commerce; Comodidade; Esmaltes.
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INTRODUÇÃO
Mediante estudos realizados para elaboração deste Plano de Negócios foi
identificado uma oportunidade no setor de beleza no mercado brasileiro. Aliado
ao forte crescimento nas vendas on-line procuramos direcionar o presente
estudo para elaborar o Plano de Negócios voltado para ambiente e-commerce
na venda de esmalte, com o nome comercial de Luxo Smalte e seu slogan Suas mãos em um click de cores.
Caracteriza-se um Plano de Negócios por ser um “documento usado para
descrever um empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a
empresa” Dornelas (2008, 84). O autor acrescenta ainda, que um negócio bem
planejado e estruturado terá maiores chances de sucesso do que aquele sem
planejamento. O objetivo deste projeto é torna-lo viável para uma possível
abertura da empresa online planejada e adequada aos moldes
empreendedores do ramo.
Através de pesquisas realizadas pela WebShoppers, em seu relatório número
28°, divulgado no primeiro semestre de 2013 relata que o comércio eletrônico
brasileiro faturou neste período cerca de R$ 12, 74 bilhões, 24% maior que o
mesmo período de 2012. O valor do ticket médio das operações financeiras
registradas foi de R$ 359,49. A categoria de Cosméticos e Perfumaria ficou em
terceiro lugar com 12,2% das vendas pela web, perdendo para a categoria de
Modas e Acessórias com 13,7% e Eletrodomésticos com 12,3% das vendas.
Com perspectiva de faturamento para o ano de 2013 é de R$ 28 bilhões de
reais. 25% a mais que 2012. Faturamento total de 2012 foi de R$ 22,5 bilhões.
Até o final do ano completará 8,9 milhões de novos e-consumidores.
Com relação ao perfil dos consumidores, o estudo aponta que a maioria das
pessoas que consomem online são mulheres, por volta de 55% das pessoas;
na faixa etária de 25 a 49 anos, cerca de 67%; com renda familiar até R$ 3 mil
59%, e 46% possui ensino fundamental e médio. Isso caracteriza a forte
presença da classe C na internet.
O que vem ao encontro do público alvo que o plano de negócios apresentado
almeja atingir. Mulheres da faixa de 25 a 50 ano economicamente ativas. Estes
consumidores estão mais concentrados na região Sudeste (65%), Nordeste
(13%) e Sul (13%) do país.
Para operacionalizar este Plano de Negócios foi estabelecido que a matriz de
distribuição dos produtos e administrativa se localizaria no município de
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Suzano/SP. O que, de acordo com as informações acima, em muito contribui
para a logística de distribuição dos produtos.
O e-commerce é uma ferramenta de vendas a varejo online que possibilita
comodidade para os clientes. Limeira, define a ferramenta do e-commerce
como:
“O comércio eletrônico ou e-commerce (...)
engloba a realização de negócios por meio da
internet, incluindo a venda não só de produtos
e serviços físicos, entregues off-line, isto é, por
meios tradicionais, mas de produtos como os
softwares, que podem ser digitalizados e
entregues on-line, por meio da internet.”
(LIMEIRA, 2007, p. 50)
O plano de negócios elaborado teve como propósito a aplicação do conceito
assimilado durante o curso em uma possível abertura de empresa, mediante
conteúdo bibliográfico pesquisado. Quais decisões e posicionamentos os
administradores, podem trabalhar no mercado ao abrir uma empresa.
METODOLOGIA
Este plano de negócios foi elaborado através de estudos sobre o mercado de
beleza, que parte da relação em vendas de esmaltes,na classificação das
pesquisas realizadas, conforme (Gil, 2002, p.41), “...toda e qualquer
classificação se faz mediante algum critério, com relação as pesquisas...”,
tomando como base, optou-se a aplicar as Pesquisas Descritivas, pois se trata
no objetivo de estudar a descrição das características de determinada
população, distribuição por idade e sexo, procedências e nível de escolaridade,
sendo realizadas em institutos de pesquisa como a Nielsen e sites confiáveis
como a Rede Globo.
Juntamente da pesquisa descritiva, também foram realizadas as Exploratórias,
que segundo (Gil, 2002, p.41) “...têm como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vista de torna-lo mais explícito, com o
principal aprimoramento de ideias...”, sendo utilizados as técnicas de coletas de
dados em pesquisas realizadas com três empresas do segmento de
cosméticos na região e do Alto Tietê e Grande São Paulo, para adquirir
quantidade demandada e aproximada de venda de acordo a categoria dos
produtos, com análise de exemplos que estimulam a compreensão. Para
(Marconi e Lakatos, 2007, p.167), “...a coleta de dados é uma tarefa cansativa
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e toma quase sempre, mais tempo que se espera e exige do pesquisador
paciência...”. Para realizar o levantamento de acordo as pesquisas e
apresentar análise quantitativa de pessoas que compram esmaltes em diversas
tonalidades e lançamentos conforme tendências e obter-se conclusões para a
estruturação deste plano de negócios, foi importante obter o entrosamento das
tarefas administrativas com as científicas, pois precisa-se saber quais aspectos
que são mais importantes e através desta seleção que poderá apontar tanto o
excesso como a falta de informação.
As informações foram adquiridas através de entrevistas e formulários com
questionários, que geraram tabelas e trouxeram a apresentação em
porcentagem de consumidores, regiões e faixa etárias, e para isso foi preciso o
entrosamento das tarefas e assim evidenciar os resultados.
Para acompanhar o projeto realizado, foram utilizados estudos bibliográficos de
livros de autores específicos como Porter em Marketing, Chiavenato em
Recursos Humanos e Laudon em Tecnologia da Informação, e também
pesquisa em periódicos que apresentavam o crescimento e procura dos
produtos e recursos mais indicados, para que pudessem assegurar as
condições nos dados obtidos.
DESENVOLVIMENTO
Para atingir o objetivo esperado do plano de negócio, foram realizadas
pesquisas no mercado virtual, o e-commerce, assim também como o segmento
de cosméticos, com o foco na venda de esmaltes e também estudado o
conceito das áreas.
Para identificar a viabilidade do varejo on-line, e-commerce, no Plano de
Negócios apresentado, foram realizados estudos, onde através de pesquisas
foram identificados que, a WebShoppers em parceria com a eBit, em dados
anteriormente relatados,mostra sobre o comportamento das pessoas que
utilizam a web para realizar suas compras. O faturamento das empresas que
operam em ambiente virtual, em comparação do ano de 2013 com o anterior
teve um aumento 24% maior que o mesmo período de 2012.
No Plano de Negócios exposto, para estabelecer a demanda para a venda de
esmaltes, foirealizado pesquisas juntamente com a Associação Brasileira de
Embalagem (ABRE), que o mercado de esmaltes movimentou cerca de R$
575,64 milhões. O número de unidades vendidas alcançou 220,5 milhões de
frasquinhos, no ano de 2012 no Brasil, onde será aplicado o presente
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estudo.Pesquisa do Instituto Data Popular de junho/2013 revela que os gastos
com a beleza cresceram 124% nos últimos 10 anos.
No Plano de Negócios, para identificar o público alvo, foi realizado um estudo
onde aponta que a maioria das pessoas que consomem online são mulheres,
por volta de 55% das pessoas; na faixa etária de 25 a 49 anos, cerca de 67%;
com renda familiar até R$ 3 mil, 59%, e 46% possui ensino fundamental e
médio. Isso caracteriza a forte presença da classe C na internet.A partir desta
informação que foi estipulado o público alvo do Plano de Negócios: mulheres
da classe C, entre 25 e 50 anos de idade economicamente ativas.
Com base nessas informações,o Plano de Negócio apurou como a melhor
estratégia para aplicar na venda de esmaltes no varejo on-line, a estratégia de
liderança em custo, que segundoPorter (1986, p.51), propicia a empresa uma
vantagem no mercado em relação aos produtos diretos e produtos substitutos
existentes no mercado. Porter afirma ainda, que a liderança em custo
possibilita altas margens que podem ser reinvestidas no próprio negócio para o
fim de sustentar tal estratégia.
“Uma posição de baixo custo defende a
empresa contra compradores poderosos
porque os compradores só podem exercer seu
poder para baixar preços ao nível do
concorrente mais eficiente. Baixo custo
proporciona uma defesa contra fornecedores
poderosos trazendo maior flexibilidade para
enfrentar os aumentos de custos dos insumos.
... Uma vez atingida, a posição de baixo custo
proporciona margens altas que podem ser
reinvestidas
em
novo
equipamento
e
instalações mais modernas de modo a manter
a liderança de custo.” (PORTER, 1986, p. 51)
Após análise de e-commerce, os autores identificaram que é necessário
investir em marketing. De acordo com Philip Kotler (KOTLER, 1998), existem
dois tipos de objetivos que devem ser obedecidos: financeiro e de marketing;
atingir objetivos e metas com esforços quantitativos e qualitativos. A partir
desta informação o Plano de Negócios mensurou que é possível tais esforços
quantitativos como: aumento crescente na participação de mercado, atingir um
total de 50.000 produtos vendidos em três meses, aumentando o sortimento de
produtos e serviços, lançando 3 novas categorias anualmente. Assim como os
esforços qualitativos: melhorando a distribuição de logística, visando o
crescimento estimado, reduzindo custos operacionais, treinamento constantes
para colaboradores, entre outros.
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Verificou-se durante a análise de mercado que o segmento de venda de
esmaltes no comercio e-commerce é um mercado vasto, com concorrentes no
mesmo segmento de negócio, porém com preços de seus produtos elevados.
O plano de negócio da empresa tem como estratégia a liderança no custo.
Segundo Armstrong e Kotler (ARMSTRONG, KOTLER 2007) “o preço é o
elemento mais importante na determinação da participação de mercado e
lucratividade de uma empresa”, preço inicial baixo, com finalidade de penetrar
rápido no mercado e atrair cliente.
No plano, adotou-seo critério para seleção dos fornecedores, algo
extremamente importante para o tipo de produto, visto que é um produto
comum, com muitos concorrentes, porém, a qualidade, após o preço, é que
impactará na compra do cliente. No Plano de Negócios, a seleção de
fornecedores foi realizada com os produtos da marca RISQUÉ, que segundo
Revista H&C – Household& Cosméticos, é a líder de mercado no Brasil, e
também com os concorrentes diretos COLORAMA e IMPALA, os mais
elevados no padrão de qualidade no ramo de esmaltes, segundo estudos
apresentados no Plano de Negócios. O padrão adotado para seleção dos
fornecedores é: Possuir inspeção de processo; Possuir inspeção final (produto
acabado); A fábrica deve ser organizada e identificada; Deve possuir
armazenagem, manuseio e entrega adequada ao produto e Os produtos não
conformes devem ser identificados.
É fato que a logística é um dos setores cruciais da empresa. Uma empresa
com um ótimo produto, mas uma logística morosa e sem planejamento, podem
comprometer severamente a imagem da empresa no negócio. A logística é
encarregada do armazenamento dos materiais, em seus estoques e
distribuição dos materiais de forma rápida com baixo custo.
“Logística é o processo de planejamento,
implementação e controle eficiente e eficaz do
fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços
e informações relacionadas desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o objetivo
de atender às necessidades do cliente”
(BALLOU, 2007).
O Plano de Negócios definiu sua atividade logística como terceirizada. Será
trabalhado com os Correios para a entrega dos produtos, pois o Plano
evidencia que a empresa Correios, é uma empresa confiável, fundamentada e
já conhecida de todos os brasileiros, visto que, a proposta do Plano de
Negócios é uma empresa que atuará a nível nacional. Dos cinco objetivos de
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desempenho de produção que uma empresa deve ter, qualidade,
confiabilidade, flexibilidade, rapidez e custo, os Correios como distribuidor
logístico agregará qualidade e confiabilidade na logística dos produtos. No
Plano de Negócios, a definição desse serviço deu-se pela agilidade,
credibilidade e valores atrativos ao negocio da empresa, auxiliando a atingir os
objetivos traçados, em atender aos clientes nos prazos combinados, além de
permitir comodidade e segurança no recebimento da mercadoria.
Segundo (Turban, 2013, p.158) “...com a explosão online, transferiu-se ao
cliente de hoje um controle maior sobre quando e como ele deseja interagir
com uma empresa, ou com uma marca por meio de um mix de meios e canais
online...”. Para isso, competir com sucesso nesse ambiente online, foram
realizados estudos do que é preciso para compreender e responder as
mudanças de comportamento do consumidor ou as necessidades, pois os
sistemas da Informação, em uma organização é uma combinação de
esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos.
Sabendo-se que, o caminho inicial deste plano de negócio para a realização de
vendas, é a partir do investimento em softwares e recursos que possam fazer
os clientes obterem um amplo acesso e atendimento a dúvidas, para que não
fique vago e complete a compra confortavelmente.
De acordo com (Maximiniano, 1992, p.89), “...por meio de uma organização
torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para
uma pessoa, pois ela é formada por máquinas, recursos financeiros e outros...”.
Portanto, o Plano de Negócios aponta que o resultado da combinação de todos
esses elementos orientados a um objetivo comum, é estar on-line, tudo isso,
sem contar o fato de que estar na Internet é preciso ficar 24 horas no ar, sete
dias por semana durante todo o ano, como uma espécie de antena de alcance,
pronta para trocar informações, com um mercado crescente de mais de meio
bilhão.
Finalizando o processo que comprova a capacidade de sucesso do Plano de
Negócios apresentado, foi empregada técnicas de Orçamento de Capital no
qual foi possível identificar o sucesso financeiro e econômico do
empreendimento. Através da TIR, VPL e PayBack o Plano de Negócios aponta
o êxito em se investir na empresa apresentada neste artigo. O PayBack é uma
ferramenta que em que se analisa o tempo de retorno do dinheiro investido; a
TIR (taxa interna de retorno) e VPL (valor presente líquido) onde se mede o
valor futuro da empresa descontada a taxa de retorno exigida igualando-a a
zero.
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CONCLUSÃO
A partir da análise dos dados colhidos através de fontes bibliográficas,institutos
pesquisas e entrevistas não estruturadas no ramo de vendas de esmaltes,
conclui-se que o tema proposto para a Elaboração deste Plano de Negócios é
moderno e atual para as empresas que buscam uma nova abordagem na
venda de seus produtos, além de conseguir atingir uma parcela maior do seu
público.
Acreditamos que as pesquisas realizadas foram suficientes para fornecer
bases sólidas para comprovar o projeto apresentado. Os dados colhidos e as
técnicas de financeiras empregadas levaram a acreditarmos que este
empreendimento é atrativo para investimentos e consequente aberta da
empresa.
REFERÊNCIAS
EBIT A CERTIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES. Relatório WebShoppers
2014:
A
Evolução
do
E-commerce
e
mais.
Disponível
em:
(www.ebit.com.br/webshoppers) Acesso em 12.set.2014.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo; Atlas,
2002.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: Análise, Planejamento,
Implementação e Controle. Trad. Ailton Bomfim Brandão. 5° Ed. São Paulo.
Atlas, 1998.
MAXIMINIANO, A. C. A. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 1992.
PORTER, Michael E. Vantagem Competitiva: criando e sustentando um
desempenho superior. Rio de Janeiro: Elsevier, 1989. 30ª Impressão.
______. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da
concorrência. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.9ª Reimpressão.
REDEGLOBO.GLOBO. Brasil é o terceiro país do mundo em consumo de
produtos
de
beleza.
Disponível
em:
redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2013/11/brasil-e-o-terceiro-paisdo-mundo-em-consumo-de-produtos-de-beleza.html. Acesso em 15.fev.2014.
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TURBAN, Efrain. Tecnologia da informação para gestão: Em busca do
melhor desempenho estratégico e operacional. Tradução: Aline Evers; Porto
Alegre, 8.ed. – editora Nookman, 2013
VIDIGAL, Tania Maria. E-Marketing. O marketing na internet com casos
brasileiros, São Paulo; 2.ed – Saraiva, 2007
VASQUEZ, Carlos Eduardo. Análise de pontos de Função; medição,
estimativa e gerenciamento de projetos de software, São Paulo; 13.ed – Editora
Erica, 2013
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RECONHECIMENTO DA LATERALIDADE EM MENINOS E
MENINAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO
FUNDAMENTAL I
Juliana Almeida Marinho - [email protected]
Esp.Claudio Borges Castro – [email protected]
Ms. Marilene Ferreira Lima Oliveira - [email protected]
FACULDADE UNIDA DE SUZANO UNISUZ - UNIESP
RESUMO
O objetivo desse trabalho é deanalisar e comparar o reconhecimento de
direita e esquerda em alunos de 8 a 9 anos, ambos os sexos, durante as aulas
de Educação Física.A pesquisa foi de campo, realizada com 23 crianças (13
meninas e 10 meninos). Os testes utilizados foram Direita e Esquerda
reconhecimento sobre o outro e Reprodução de movimento – Reprodução
humana da Escala desenvolvimento motor (EDM). Os resultados obtidos no
primeiro teste reconhecimento de direita e esquerda sobre o outro, mostra que
os meninos tem uma porcentagem desse reconhecimento do que as meninas,
já o segundo teste reprodução de movimento – reprodução humana conclui se
que tanto os meninos como as meninas tiveram um percentual
favorável.Comparando esses resultados podemos concluir que o
reconhecimento de direita e esquerda em crianças de 8 anos é mais evidente
nos meninos, onde em crianças de 9 anos tanto os meninos como as meninas
reproduziram os movimentos de representação humana, apesar dissonão
foram todos que atingiram êxito exigido pelo teste que é de 6/8 acertos,Porém
com o objetivo da pesquisa alcançado é preciso que se faça um maior
aprofundamento sobre o tema abordado onde esta pesquisa ficará em aberto
para mais estudos.
Palavras chave: Educação Física, Psicomotricidade, Lateralidade.
INTRODUÇÃO
Durante alguns anos trabalhando no âmbito escolar e ao observar
que muitas crianças tinham dificuldades para reconhecer o seu lado
esquerdo e direito quando solicitado nas atividades recreativas, como
também, durante o acompanhamento nas aulas de Educação Física, durante
o estágio que foi desenvolvido em Escola Pública Estadual. Surgiu um
questionamento pessoal e profissional de que a aprendizagem da
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lateralidade direita e esquerda é desenvolvida o suficientemente para que a
criança obtenha esse conhecimento e reconhecimento nas aulas de
Educação Física.
Pellegrini et al.(2003), diz que para que haja a identificação de qual
lado é o esquerdo e qual é o direito, depende muito do cognitivo e do
procedimento de aprendizagem da criança, onde este aprendizado é
aprendido quando alguém lhe ensina e a partir dai a mesma é capaz de
identificar o lado esquerdo e direito do seu corpo. A criança se depara com
objetos e com uma outra pessoa em movimento essa identificação se torna
muito mais difícil, quando a referencia não é o seu próprio corpo, onde ao
longo da sua infância todos estes elementos de representações físicas vão
se desenvolvendo onde são muito importantes para o processo de
escolarização.
Le boulch (1982), afirma que a consciência de direita e esquerda
ajudará a criança a perceber os movimentos do corpo no espaço e no
tempo. A relação direita e esquerda é possível adquirir quando a
interiorização é trabalhada o suficientemente e quando a criança apresenta
condições de sentir as suas próprias sensações.
Entende-se que a Educação Física escolar tem um laço estreito com a
psicomotricidade, que têm como base a necessidade das crianças em integrarse com si própria e com o ambiente em que se vive, onde por meio de ações e
movimentos conscientes e de experiências vivenciadas e adquiridas em todas
as etapas da vida.
Para Mosconi (2013), a psicomotricidade é vista como uma atividade
que proporciona para a criança o sentir, o pensar e a realização do ato motor
sendo que a criança convive em um ambiente que a estimule e possibilite a ter
e aumentar os seus conhecimentos de si mesma como também dos outros e
do meio em que se esta inserida. Através da educação psicomotora que
proporciona para a criança desenvolver todas as suas potencialidades através
de ações pedagógicas.
Observa-se que nas aulas de Educação Física, ou até mesmo no dia a
dia das crianças é de tal importância o reconhecimento e identificação dos
lados direito e esquerdo.Seja do seu próprio corpo ou até mesmo no espaço
em que se encontramalgumas crianças têm dificuldades em fazer este
reconhecimento.
Jobim (2008), fala que as noções de esquerda, direita e outros conceitos
são fundamentais para a orientação do ser humano, fazendo com que o
mesmo tenha uma autonomia e seja independente. Onde a Educação
Psicomotora é uma ação pedagógica para o trabalho desenvolvido nos
primeiros anos escolares, havendo a necessidade se colocar o conhecimento
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nesta faixa etária em que a criança se encontra, podendo também aplicar nas
séries finais ou em adultos que muitas vezes são os que mais precisam, não
tendo uma dominância do seu próprio corpo.
Para que a criança possa ter vivências com base na psicomotricidadee
adquirir a noção de lateralidade ter o conhecimentodo seu próprio corpo é de
essencial importância que o profissional de Educação Física possa conhecer e
desenvolver com seus educandos os fatores da psicomotricidade, onde a
lateralidade e a noção espacial fazem parte desses fatores havendo uma
ligação entre os mesmos.
Segundo Barreto (2000), a psicomotricidade nas aulas de Educação
Física auxilia na aprendizagem escolar das crianças, onde há uma contribuição
na formação do individuo através das ações psicomotoras exercidas nos
mesmos de maneira que pode auxilia no comportamento e nas transformações.
É de grande importância inserir os conhecimentos da psicomotricidade nas
aulas de Educação Física auxiliando na aprendizagem como um todo dos
alunos.
Os alunos quando se deparam com uma aula de educação física que
estimula a sua curiosidade que se torna desafiadora para criança, a mesma
terá vontade de participa, fazendo com que obtenha suas capacidades.
Kerscner;Cauduro(2013),diz que o professor deve ter um maior
conhecimento e levar em consideração a vida das crianças considerando
também o biológico e a cultural importante para o seu desenvolvimento, sendo
que o cuidado do professor com o aluno torna-se importante para o seu
desenvolvimento, permitindo que a mesma desenvolva de forma prazerosa
pelas atividades onde ao mesmo tempo esteja desenvolvendo suas
capacidades.
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de educação física(2001),
citam que nas aulas de Educação Física para um melhor aprendizado das
crianças, as aulas devem ser lúdicas, que propiciem prazer as crianças, sendo
exploratória e social, possibilitando aos indivíduos exercícios corporais, como
também desenvolvendo nas aulas alguns aspectos como a lateralidade, Sendo
assim, a criança terá oportunidade de se descobre em suas possibilidades e
limitações onde é de fundamental importância que o professor motive seus
alunos, fazendo intervenções quando necessário.
Este estudo tem como objetivo analisar e comparar o reconhecimento de
direita e esquerda em alunos de 8 a 9 anos, ambos os sexos, durante as aulas
de Educação Física.
MÉTODO
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PARTICIPANTES
Para alcançar o objetivo da pesquisa, participaram 23 criançasde
ambos os sexos (10 meninos e 13 meninas), com idade ente 8 a 9 anos. A
pesquisa foi efetuada em uma escola Estadual de Mogi das Cruzes, no Distrito
de Braz Cubas. Os testes foram realizados individualmente de acordo com a
faixa etária de cada criança.
MATERIAL
Para o teste deDireita e Esquerda Reconhecimento sobre o outro,
foi utilizado uma bola de Tênis Wilson Championshipcom peso de
56 gramas e 6,35 cm.Os testes foram realizados em local aberto.
Para avaliar os alunos,foi utilizado os testes da Escala
desenvolvimento Motor (EMD) do Rosa Neto(2002).
PROCEDIMENTOS
Foi realizado um contato com a direção da Escola, onde foi entregue
aos pais dos alunos o Termo de Consentimento e Esclarecimento (TCLE) e
após, em apenas um dia no período Vespertino, em um espaço aberto foi
realizado os testes com alunos individualmente, dois exercícios práticos de
reconhecimento direita e esquerda: O primeiro teste realizado com base na
Direita/ esquerda – reconhecimento sobre o outro, onde o examinador se
colocou de frente ao examinado e perguntou: “ agora você ira identificar minha
mão...”, onde foi dado os comandos da mão direita, esquerda, e aquela que
poderia conter uma bola. O segundo teste foi reprodução de movimentos –
representação humana, frente a frente o examinador executou alguns
movimentos e o examinado teria que prestar muita atenção nos movimentos
das mãos. O examinador fez movimentos que consistirão em levar a mão
esquerda ou direita ate o rosto indicando as partes como olho esquerdo, olho
direito, orelhas esquerda, orelha direita, fazendo variações como tocar com a
mão direita no olho esquerdo. A criança não deveria fazer os movimentos
espelhados onde caso a criança não obtivesse o teste seria dado uma segunda
explicação para que a mesma possa entender.
PLANO DE ANALISE
Após a coleta de dados, os mesmos foram tabulados e apresentados em
forma de gráficos e tabela.
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RESULTADOS E DISCUSSOES
Tabela 1 - DIREITA / ESQUERDA – RECONHECIMENTO SOBRE O OUTRO
TESTES
MENINAS
MENINOS
Toque- me a mão
Sim 62,5%
Sim 100%
Não 37,5%
Não 0%
Sim 50%
Sim 87,5%
Esquerda.
Toque- me a mão
Direita.
Não 12,5%
Não 50%
Em qual mão a bola
Sim 62,5%
Sim 87,5%
Não 37,5%
Não 12,5%
Esta?
Em relação a questão Toque-me a mão esquerda 62,5% das meninas
responderam corretamente, enquanto 37,5% apresentaram dificuldade
respondendo errado. No entanto os meninos responderam corretamente com
100% de acerto.
Na questão Toque-me a mão direita 50% das meninas responderam
corretamente onde 50% não reconheceram a mão direita respondendo errado,
já 87,5 % dos meninos responderam corretamente onde 12,5% não souberam
identificar a mão direita.
Na terceira questão 62,5% as meninas identificaram em qual mão estava
a bola onde 37,5% não identificaram respondendo de forma errada, já 87,5%
dos meninos responderam de forma correta em qual mão estava a bola, 12,5%
erraram não identificando em qual mão estava a bola.
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Segundo Gonçalves (2008), afirma que por volta dos 7 a 8 anos a
criança já começa a compreender o conceito de direita e esquerda em si
mesma, em outras pessoas e nas suas relações como um todo, fazendo com
que tenha uma discriminação e uma verbalização adequada para sua faixa
etária.
Quando o desenvolvimento da aprendizagem do conceito de direita e
esquerda, percebe se que há dificuldade, seja na escola ou ate mesmo em
casa, pois a criança tem problema em fazer esse reconhecimento não somente
em seu próprio corpo como também em uma outra pessoa.
Conforme Magalhães (2001), a criança quando não adquire uma
boalateralização pode ter alguns problemas como apresentar dificuldade para
aprender e a reconhecer os dois lados do seu corpo, como também em
aprender os conceitos de esquerda e direita.
Diante dos resultados obtidos fica evidente que os meninos receberam
oportunidades para práticas e vivências corporais onde possibilitaram a
aprendizagem desse conceito de direita e esquerda, demostrando um
percentual de resultados superiores do reconhecimento sobre o outro.
Gráfico 1 - Reprodução de Movimentos
80%
72%
71%
70%
57%
60%
43%
50%
40%
30%
28%
58%
42%
71%
57%
57%
43%
43%
29%
57%
43%
29%
SIM
NÃO
20%
10%
0%
Mão
Mão
Mão
Mão
Mão
Mão
Mão
Mão
esquerda direita na direita no esquerda direita no esquerda direita na esquerda
no olho
orelha
olho
na orelha
olho
na orelha orelha
no olho
direito
direita esquerdo esquerda direito
direita esquerda esquerdo
Os dados acima mostra a analise feita com meninos e meninas com
faixa etária de 9 anos sobre a reprodução de movimentos – reprodução
humana onde pode ser observado que tanto os meninos como as meninas tem
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uma porcentagem favorável a essa reprodução ou seja identificaram nelas
mesmas de forma positiva os dois lados do seu corpo direito e esquerdo.
Lima et al (2012), afirma que aos 9 anos a criança já consegue imitar
movimentos realizados por outras pessoas, com o mesmo lado esquerdo ou
direito do corpo no qual a pessoa realiza o movimento, isto é o lado da pessoa
passa a ser pensado pela criança para que ela possa identificar em si mesma.
A criança quando se encontra na faixa etária de 9 anos a mesma já
tem a capacidade de fazer essa reprodução de movimentos desde que a
mesma tenha tido estímulos anteriormente suficientes para que ao chegar
nessa faixa etária possa desenvolver com êxito essa reprodução.
Segundo Leandro (2013), por volta dos 8 ou até aos 9 anos de idade, é
possível perceber uma adaptação do corpo da criança, tendo uma posição
positiva de si própria. Onde nestafase, a mesma faz uma representação mental
tendo um controle de si mesma.
Gráfico 2 - Exito e Não exito
reprodução de movimento
60%
exito
40%
não exito
20%
0%
exito
não exito
Porém podemos observa o gráfico 2. que apenas 43% das crianças
obtiveram êxito no teste realizado de reprodução de movimentos –
representação humana. Com base no manual de avaliação motora (EDM).
Segundo Rosa Neto (2002), diz que a criança só terá êxito se a mesma
não tiver dificuldade em reproduzir os movimentos da representação humana,
onde só é considerado que a criança realiza essa reprodução em si mesma se
tiver êxito de 6/8 acertos.
A criança não tendo uma boa aprendizagem do conceito direita e
esquerda em si mesma nas suas faixas etárias anteriores ao se encontrar com
9 anos a mesma não consegui ou terá muita dificuldade em fazer essa
reprodução movimentos em si mesma.
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ANAIS - ISSN: 1984-9060
Podemos perceber através dos dados coletados que as crianças de 8 a
9 anos que participaram dos testes tiveram dificuldade em identificar em si
mesmas e em outra pessoa o lado direito e esquerdo. Sendo assim a
lateralidade deveria ser trabalhada com mais ênfase no âmbito escalar já que
nesta faixa etária a criança deveria ter adquirido esse conceito.
Leandro (2013), diz que é a partir de experiências vivenciadaspela
criança para que a mesma diferencie a esquerda e a direita, onde a
lateralidade possa ser representada por atividades do cotidiano o indivíduo
deve saber quando um objeto está à sua esquerda ou direita, precisando da
mesma noção ao andar pelas ruas da cidade, ou para se orientar, e até mesmo
para escrever.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este presente estudo teve como objetivo analisar e comparar o
reconhecimento de direita e esquerda em alunos de 8 a 9 anos, ambos os
sexos, durante as aulas de Educação Física.
Conclui-se que tanto os meninos como as meninas tem uma reprodução
de movimento favorável.Com o resultado do trabalho obtido, pode se dizer que
muitos Professores de Educação Física desconhecem ou não dão uma
importância para desenvolver atividades com base nos fatores da
psicomotricidade, com ênfase no fator da lateralidade que em um simples
alongamentos ou ate mesmo em um aquecimentopoderia ser desenvolvido
esse conceito de direita e esquerda durante as aulas, fazendo com que haja
um maior enriquecimento do conhecimento e reconhecimento da lateralidade
em seus alunos. Onde os alunos levando consigo esse conceito que
futuramente os mesmos precisaram conhecer a sua direita e esquerda para
executar atividades do seu cotidiano, para se localizar ao andar pelas ruas ou
até mesmo para dirigir.
Porém com o objetivo da pesquisa alcançado é preciso que se faça um
maior aprofundamento sobre o tema abordado onde esta pesquisa ficará em
aberto para mais estudos.
REFERÊNCIAS
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Disponível em <http://www.motricidade.com.br/> acesso em mai.2014.
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SEDENTARISMO EM ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR
Alan Sandro da [email protected]
Marco Aurélio Pinheiro [email protected]
Marilene Ferreira de Lima Oliveira – [email protected]
Resumo
O presente estudo tem como objetivo principal analisar a influencia do fator
social no sedentarismo e do sedentarismo no fator social. Utilizou–se como
método a pesquisa de campo, tendo como base o questionário de qualidade de
vida individual (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2000),a amostra foi
composta por dez educandos de cada curso. No resultado comparou-se em
especial os níveis de sedentarismo e a qualidade da nutrição dos cursos de
Educação Física, Direito e Pedagogia de uma faculdade de Suzano,
percebendo de maneira evidente as diferenças, ficando notório que os alunos
do curso de educação física foram muito melhor, obtendo índice positivo, os
alunos do curso de direito conseguiram índice regular e os alunos da
pedagogia índice negativo,O sedentarismo é um mal que afeta de maneira
relevante a totalidade da sociedade contemporânea, tendo em vista que
mesmo quem não é sedentário é afetado pelo comportamento dos outros
indivíduos de sua sociedade, de várias formas, especialmente em um mundo
globalizado. Conclui-se que o sedentarismo é na maioria dos casos causada
pelo fator social, embora em alguns casos a causa é a falta de repertório motor,
causado pela falta de estímulo na idade apropriada, também constatou-se
diferenças enormes entre indivíduos da mesma faixa etária e da mesma
faculdade, apenas em cursos diferentes.
Palavras-chave: Sedentarismo, Sociedade pós-industrial, Ensino Superior,
Método questionário de qualidade de vida individual.
Introdução
O trabalho coloca as pessoas em um lugar social: afirma a sua condição de
ser no mundo e as relações possíveis de serem estabelecidas com os outros
sujeitos sociais. O trabalho que o sujeito escravo realiza não é vulgarizado,
pelo contrário, é valorizado em altíssimo grau, sem o qual a vida de família e,
por conseguinte, a vida no Estado, seria impossível. Ainda assim, o escravo
estava restrito ao seu trabalho, e ao lugar social em que onde o trabalho o
colocava, e tudo isso porque os instrumentos para a manutenção da terra não
se movem sozinhos. Esse será um elemento muito importante na
contemporaneidade. (FARIA, 2006)
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“A injustiça nas práticas produtivas se caracteriza pelo processo de
Alienação que se configura de diferentes formas em diferentes
tempos históricos, mas sempre com a mesma condição, instalando os
sujeitos sociais em dois lugares distintos: os Burgueses como donos
e os Proletários como aqueles que devem vender a sua força trabalho
para conquistar as condições de possibilidade para manter-se vivo.”
(MARX, 1848, p. 03).
O caráter simbólico desse processo de Alienação se configura desde o
status ocupado pelo sujeito social, a saber, se assume o lugar de Burguês nas
práticas produtivas têm direito sobre a vida e as decisões das outras pessoas,
tem direito sobre o que é produzido, sobre a forma como se dará a distribuição
da produção determinando o quando cada sujeito receberá pelo seu trabalho, e
se ocupa o lugar de Proletário, deve sujeitar-se a obedecer aquele que
organiza a produção e a distribui. (CHAUÍ, 2005)
“O Estado é a melhor forma de conceder a cada pessoa o que lhe é
devido. Há pessoas que nasceram para governar, dada capacidade
de escolher o bem para todos e não apenas para si, e outras que
nasceram para serem governadas dada sua incapacidade de
deslocar-se do bem para si. Essa capacidade não era desenvolvida,
mas existia como condição fundamental do ser humano, como seu
estado de natureza”. (ARISTÓTELES, 1999, p. 149).
Trabalhar é realizar-se e expressar a forma como um grupo percebe o
mundo e o organiza. Depois da Revolução Industrial o Trabalho assume
características diferentes, e passa a tornar-se uma forma de alienar as pessoas
da possibilidade de decidir, e trocam a decisão por salário. Marxistas
contemporâneos acreditam que o problema não é o salário, porque as pessoas
não consomem em função de acumular dinheiro, mas o salário existe em
função de consumir produtos que oferecem as pessoas que o consomem uma
condição existencial. (ARANHA e MARTINS, 2003)
Para De Masi (2000), o individuo tem hábitos fixos, deixando de perceber a
si mesmo para perceber o ofício que escolheu, não aplica sua inteligência em
outra coisa a não ser em resolver problemas de seu trabalho, este individuo
mesmo tendo muitas possibilidades não consegue perceber por causa da sua
inércia gerada pela padronização do comportamento.
Este tipo de comportamento é facilmente notado em nosso cotidiano, por
exemplo uma pessoa que da aula em dois períodos, ela tem certeza que não
tem tempo para fazer mais nada, especialmente tempo para praticar atividade
física, masPara Ghorayeb e Barros (2004) O estilo de vida Sedentário é um
fator de risco para o desenvolvimento de doenças do coração, assim como
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distúrbios no metabolismo lipídico, principalmente alterações no colesterol.
Para De Masi (2000), todo homem tem potencial para genialidade, mas
o homem “criativo” é raro e a genialidade dificilmente é encontrada, pois são
sufocadas desde a infância por esquemas e modelos de comportamento
queresponde a lógica socialmente aceita. A falta de incentivo e reconhecimento
à inovação e a criatividade impedem o seu desenvolvimento.
Todo individuo poderia então ter autonomia para entender e fazer o que
é melhor para ele, mas não faz, pois a capacidade de compreensão do que é
melhor fui suprimida ou diminuída a ponto do individuo fazer apenas o que se
acostumou a fazer.
A padronização do comportamento do individuo ao seu contexto
sociocultural começa desde cedo, por isso a importância de desenvolver
hábitos saudáveis desde cedo.
Para Weineck (2005), a escola, como órgão de formação geral tem a
possibilidade de interferir positivamente no comportamento do individuo, por
meio de informações adequadas: mostrando claramente aos educandos, a
relação entre atividade física e capacidade funcional do organismo e o bem
estar (saúde).
O individuo vai fazer o que normalmente a maioria das pessoas fazem,
sem refletir no que é melhor para ele .
Segundo Weineck (2005), na primeira infância a criança deve ser
dirigida a acentuar o prazer ao se movimentar e desenvolver o gosto pelo
aprendizado, para que tenha uma ampla base de habilidades sobre um grande
número de exercícios elementares, a criança deve ter varias oportunidades de
aprendizagem. , para ele a inatividade física é potencializada por alguns fatores
entre eles estão fatores psíquicos e inibitórios (por exemplo, medo),
dependência, superproteção, baixa motivação, isolamento social, insegurança,
obesidade com crescente aversão a atividade física, nível obrigatório de
atividade física reduzida (exemplo ter que ficar sentado na escola)
possibilidades inadequadas ou insuficientes de movimento, atividades passiva
de laser (por exemplo televisão).
Falando do contexto social para Menezes (2012), compreender o
contexto socioeconômico representa um dos mais importantes aspectos, que
podem favorecer estilos de vida cada vez mais ativos e redução de peso das
pessoas, pois as politicas para o desenvolvimento da saúde poderiam ser mais
especificas.
Para Carvalho (1999), são muitos estudos que comprovam a associação
entre um estilo de vida ativo e menos possibilidade de morte e ganho na
qualidade de vida.
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METODOLOGIA
O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa de campo, que
segundo Marconi e Lakatos (2010), essa “pesquisa de campo” é aquela que se
usa com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos a cerca de
um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que
se queira comprovar ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações
entre eles.
Foram definidos as amostras, os instrumentos, procedimentos e plano de
análise de dados a serem aplicados na pesquisa, como seguem:
Amostra: Foi composta por universitários do quarto semestre da
Faculdade Unida de Suzano das turmas da manhã dos cursos de pedagogia,
direito e educação física. Os alunos foram escolhidos de maneira aleatória,
num total de dez alunos para cada um destes cursos.
Instrumentos: Foi utilizado o questionário de qualidade de vida
adaptado, conhecido como Pentáculo do Bem Estar: Base conceitual para
avaliação de estilo de vida de indivíduos ou grupos, (NAHAS, BARROS,
FRANCALACCI, 2000).
Procedimento: Foi entregue o Termo de consciente livre (Anexo A) e
esclarecido para cada um dos alunos, que em seguida preencheram o
questionário (Anexo B).
Plano de análise de dados: Após coleta de dados os mesmos foram
colocados em forma de gráficos e analisados.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
os resultados foram divididos em temas, e em cada um destes
analisaram-se as diferenças e semelhanças dos resultados entre os cursos de
educação física, direito e pedagogia de uma faculdade de Suzano como pode
ser observado nas figuras de 1 e 2
Para este estudo foi utilizada uma adaptação do perfil do estilo de vida
individual (Nahas,Barros,Fracalacci, 2000) conhecido também como pentáculo
do bem estar.
As respostas foram pontuadas de zero a três, onde pode-se somar nove
pontos em cada item. Sendo que (0) corresponde a nunca, tal pratica
absolutamente não faz parte do seu estilo de vida, (1)raramente, (2)quase
sempre e (3)sempre.
Utilizou-se o seguinte padrão:
1) Índice negativo: Menos de um
2) Índice regular: Entre um e um vírgula noventa e nove
3) Índice positivo: Entre dois e três
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Figura 1: Gráficos da nutrição dos alunos do curso de educação física, direito e pedagogia.
Os resultados obtidos para os alunos do curso de educação física para a
questão A do questionário, ou seja, se estes incluem em sua alimentação cinco
porções de frutas e verduras, foi de 30% para raramente, 30% quase sempre e
40% sempre, como pode ser observado no gráfico da Figura 1.
Já os alunos do curso de direito apresentaram um porcentagem de 40%
para raramente, 50% quase sempre e 10% sempre para a questão A.
E para os alunos do curso de pedagogia a resposta desta questão foi de
70% raramente, 20% quase sempre e 10% sempre.
Ainda sobre ingestão de frutas e verduras, observou-se que os alunos
do curso de educação física apresentaram uma média de 2,1. Tal índice foi
considerado positivo, sendo este o melhor entre os cursos estudados.
Os alunos do curso de direito e pedagogia obtiveram um índice de 1,7 e
1,4, respectivamente, sendo que ambos foram considerados como regulares.
O curso de pedagogia apresentou o índice mais baixo quando
comparado com os demais cursos, além de estar bem próximo de 1,0, que
seria um índice negativo
.Com relação à ingestão de alimentos gordurosos e doces (Figura 1),
questão B, os resultados obtidos para os alunos do curso de educação física
foram de 40% para raramente, 20% quase sempre e 40% sempre. 20 % dos
alunos do curso de direito responderam raramente para a questão B, 40%
quase sempre e 40% sempre. Já os resultados obtidos para alunos os alunos
do curso de pedagogia foram: 10% nunca, 30% raramente, 40% quase sempre
e 20% sempre.
Com base nas respostas obtidas com relação à ingestão de alimentos
gordurosos e doces, verificou-se que a melhor média foi dos alunos do curso
de direito, com um índice de 2,2 que é considerado positivo. Assim como os
alunos de direito, a média dos alunos do curso de educação física também foi
considerada positiva para a questão B, com um índice igual a 2,0. Já os alunos
de pedagogia apresentam um índice regular, com uma média de 1,7.
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As respostas dos alunos do curso de educação física para a questão C
foram que 10% raramente fazem quatro ou cinco refeições por dia, 20% quase
sempre e 70% sempre (Figura 1). Já os alunos do curso de direito
apresentaram 70% das respostas para quase sempre e 30% sempre para a
questão C, e os alunos do curso de pedagogia 40% para raramente, 40%
quase sempre e 20% sempre.Com base nas respostas da questão C para os
três cursos, observou-se que a melhor média, de 2,6, foi do curso de educação
física, sendo este índice considerado como positivo. Assim como os alunos de
educação física, os alunos do curso de direito também obtiveram índice
positivo, com um valor de 2,3 e os alunos do curso de pedagogia apresentaram
uma média de 1,8, índice considerado regular.
A Figura 1 mostrou os resultados obtidos com relação à nutrição dos
alunos dos cursos de educação física, direito e pedagogia. Neste primeiro tema
foram expostas três questões, com base nas respostas e análises destas,
verificou-se que, no geral, os cursos de direito e, principalmente, de educação
física apresentaram índices positivos, comportamento não observado para os
alunos do curso de pedagogia que apresentaram índices regulares para todas
as questões relacionadas à nutrição dos alunos.
Para Barbanti (1990), os alimentos devem ser consumidos em
quantidades suficientes para satisfazer as necessidades metabólicas do corpo,
fornecendo material suplementar (como vitaminas e minerais) para o
crescimento, reparos e para atividade física.
Figura 2 - Gráfico da atividade física, dos alunos dos cursos de educação física, direito e
pedagogia.
Observando o gráfico da Figura 2 o componente atividade física é
dividido em três questões.A primeira questão é você realiza ao menos 30
minutos de atividade física, de maneira continua ou acumulada, 5 ou mais dias
da semana.A esta pergunta os alunos do curso de educação física
responderam 20% raramente, 10% quase sempre e 70% sempre, obtendo
índice de 2,7 considerado positivo.
Os alunos do curso de direito a mesma questão responderam10%
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nunca, 50% raramente, 10% quase sempre e 30% sempre, obtendo índice de
1,6 coconsiderado regular.
Os alunos do curso de pedagogia responderam 60% nunca, 20%
raramente e 20% quase sempre, obtendo índice de 0,6 considerado negativo.
No primeiro item deste componente percebemos que os alunos do curso de
educação física foram muito bem, conseguindo, segundo questionário de
Nahas índice positivo, os alunos do curso de direito conseguiram índice regular
e os alunos de pedagogia índice negativo, o que é muito preocupante dado a
importância da pratica de atividade física.
No segundo item deste componente se ao menos duas vezes por
semana realiza exercícios que envolvam força e alongamento muscular, a
resposta dos alunos de educação física 10% respondeu raramente, 30% quase
sempre e 60% sempre, obtendo índice de 2,5, considerado positivo.
Os alunos do curso de direito a esta pergunta responderam 40% nunca,
10% quase sempre e 50% sempre, obtendo índice de 1,7 considerado regular.
Os alunos de pedagogia responderam 80% nunca 10% raramente e
10% quase sempre, obtendo índice de 0,3 índice considerado por Nahas
negativo.
No segundo item deste componente fica ainda mais clara a diferença
entre os cursos percebendo claramente neste item do gráfico a diferença no
estilo de vida entre as turmas.
O terceiro item deste componente é se no dia a dia caminha ou pedala
como meio de transporte e, se dá preferencia a escada em vez do elevador.A
esta pergunta os alunos do curso de educação física responderam 10% nunca,
20% raramente, 20% quase sempre e 50% sempre, obtendo índice de 2,1
considerado positivo.
Os alunos do curso de direito a esta questão responderam 20% nunca,
30% raramente, 30% quase sempre e 20% sempre, obtendo índice de 1,5
indice considerado por Nahas regular.
Os alunos do curso de pedagogia responderam 20% nunca, 20%
raramente 30% quase sempre e 30% sempre, obtendo neste item índice 1,7
considerado regular.
No terceiro item deste componente foi o único que os alunos do curso de
pedagogia não obtiveram índice negativo, embora sem poder mensurar o
tempo de atividade com tais praticas saudáveis não tem como não considerar
uma grande parcela da turma como sedentário.
Para Barbanti (1990) A atividade física aumenta o rendimento físico da
pessoa. Este aumento melhora a eficiência funcional de todas as células do
corpo. Tal eficiência é chamada aptidão física. Para ele investir em aptidão
física é ganhar com juros e correções saúde.
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Para Araújo (2000) É comprovado os benefícios da atividade física e as
pessoas são aconselhadas a sua pratica, mesmo assim a falta de pratica ou de
conhecimento especifico limita esta pratica. Para ela o ato de exercitar-se
precisa estar incorporado não somente ao cotidiano das pessoas, mas também
a, cultura popular, aos tratamentos médico, ao planejamento familiar e a
educação infantil.
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A ANÁLISE SEMIÓTICA NA LETRA DE MÚSICA DE CHICO
BUARQUE DE HOLLANDA, COM AÇÚCAR, COM AFETO, COM
A INFLUÊNCIA SOCIOCULTURAL.
Andréa Castro Silva- [email protected] - Faculdade Unida de Suzano
UNISUZ/UNIESP.
Resumo
Este trabalho tem como base a análise Semiótica voltado à canção de
Chico Buarque de Hollanda, utilizando a semiótica francesa como arcabouço
teórico para desvendar os mecanismos e procedimentos que constroem os
efeitos de sentido no texto. Interessa-nos particularmente a apreensão de
figurativização, Temporalização, Espacialização e Tematização que nele se
tecem. O texto é analisado não só do ponto de vista de sua estruturação
interna, mas também de suas relações com o contexto. Com objetivo de
analisar a canção como objeto Semiótico, apresentando, na canção as formas
discursivas dos sentidos e dos valores ideológicos considerando o texto como
um todo de significação, e evidenciando a visão de mundo da sociedade
brasileira em relação à canção. A metodologia utilizada foi dedutiva e o
procedimento, o de compilação. As leituras feitas subsidiaram as análises e
permitiram a relação de alguns valores que subjaz a canção.
Palavras chave: Semiótica; Estrutura Superficial; Estrutura Narrativa; Estrutura
Profunda; Canção MPB; Chico Buarque;
Introdução
O tema deste trabalho apresenta como base a análise Semiótica
direcionado a música de Chico Buarque de Hollanda. A Semiótica como a
ciência da Significação está inserida dentro da área de linguística, sendo esta
uma área de extremo valor por tratar de assuntos concernentes a todo e
qualquer tipo de linguagem. A pesquisa irá possibilitar uma melhor reflexão
acerca da linguagem e também a compreensão das produções discursivas
presente na letra de música.
Na elaboração do primeiro capítulo foram utilizados autores que
explicitaram todas as concepções sobre os estudos linguísticos, passando pelo
campo da ideologia, linguagem, análise do discurso, discurso literário e
semiótica.
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Já no segundo capítulo houve a elaboração da análise utilizando os
teóricos apresentados numa junção em relação à Semiótica e a letra de música
selecionada, mostrando a produção discursiva existente. Trazendo a
compreensão da letra, apresentando riquezas discursivas implícitas e
explicitas, e os percursos de ação, manipulação, sansão, suas personagens, as
espacialização, temporalização, tematização e na estrutura mais profunda com
suas tendências contrarias definindo a tensão dialética, mostrando assim os
sistemas de valores na semântica profunda.Seguem as Considerações Finais e
Referências.
O objetivo é analisar por meio do percurso gerativo de sentido a letra
Com açúcar, Com afeto de Chico Buarque de Hollanda, relacionando as
estruturas narrativas, discursivas e profundas, mostrando como cada discurso
é apresentado e a verdadeira mensagem deixada por ela.
Metodologia
A metodologia utilizada no presente artigo é a dedutiva tendo em vista a
racionalização de ideias em sentido interpretativo partindo de dados gerais
para particulares, com isso podemos apontar que a aplicação da Semiótica na
música de Chico Buarque acarretará o leitor a localização dos valores
ideológicos e a produção discursiva existente.
Noções sobre a Linguagem e Ideologia
Inicia-se esta pesquisa trazendo as considerações de linguagem e ideologia,
definindo a necessidade do ser humano em viver em sociedade utilizando a
fala.
Segundo Fiorin (1998), a fala é a exteriorização psicofísico-fisiológica do
discurso, sendo o ato concreto, e individual de manifestação da linguagem.
Para viver em sociedade o homem utiliza um sistema para se comunicar, unido
com seus conhecimentos de mundo, por meio deste sistema interage com seus
semelhantes, compartilhando da mesma cultura, formada pela ideologia.
Constituída pela realidade e constituinte da realidade. Não é um
conjunto de ideias que surge do nada ou da mente privilegiada de
alguns pensadores. Por isso, diz-se que ela é determinada, em última
instância, pelo nível econômico. (FIORIN, 1998, p. 29).
Segundo Fiorin (1998),a semântica discursiva é o campo da determinação
ideológica propriamente dita.
Noções básicas de Análise do Discurso
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Ao dissertar sobre linguagem e ideologia, vem à necessidade de entrar
no campo dos textos, o discurso. Nos textos são demonstradas as formas
discursivas dos sentidos e dos valores ideológicos. Para isso será necessário o
aprofundamentona análise do discurso, que é uma teoria Linguística, que visa
a estudar as produções textuais, buscando em cada uma delas o objeto de
sentido.
Para Orlandi (2002), a palavra discurso, etimologicamente, tem a ideia
de curso, de percurso, é a palavra em movimento, isto é, observar o ser
humano falando, compreendendo a língua fazendo sentido através da história,
na vida social. Por meio da análise do discurso a linguagem torna-se mediação
entre o homem a realidade natural e social, considerando a produção de
sentidos enquanto parte de suas vidas. Colocando assim, a análise do discurso
entre a Linguística e as Ciências Sociais.
Orlandi diz que para compreender o funcionamento do discurso, isto
é, para explicitarmos as suas regularidades, é preciso fazer intervir a
relação com a exterioridade, ou seja, compreendermos a sua
historicidade, pois o repetível a nível do discurso é histórico e não
formal (ORLANDI, 2004, p. 29).
Em suma, Orlandi (2004) mostra que a análise do discurso tem função
da linguagem com a exterioridade conhecendo os sentidos trabalhados nos
textos em sua discursividade, do qual transforma a noção de linguagem em sua
forma material, deslocando a própria noção de social, histórico e ideológico.
Noções básicas do Discurso Literário
Após ser definida a análise do discurso, será estudado o discurso
literário para mais entendimento das formas discursivas dos sentidos e dos
valores ideológicos considerando o texto como um todo de significação.
Bertrand (2003) considera o texto propriamente dito como um todo de
significações que produz condições contextuais de sua leitura, e que o texto
ditoliterário, diferente dos outros textos, incorpora seu contexto e contém em si
mesmo o seu código semântico atualizado por seu leitor, indiferente das
intenções do seu autor, trazendo condições de ser legitimado.
Bertrand (2003) afirma que o escritor ao redigir consegue tornar-se
estrangeiro em sua própria língua, deixando possibilidades inéditas não
percebidas antes, forçando a se tornar outra. Mostrando que o texto literário
exerce na naturezauma função crítica sobre a língua em relação a si mesma
em cada obra.
Noções básicas da Semiótica
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ANAIS - ISSN: 1984-9060
Nesta fase, o aprofundamento será feito por meio dos estudos da
Semiótica científica, como uma das ciências humanas e sociais, no processo
de significação, mostrando as dimensões do discurso num contexto literário,
trabalhando a estrutura Narrativa, a estrutura Discursiva e a estrutura Profunda,
seguindo a linha francesa de Algirdas Julien Greimas.
Bertrand (2003) apresenta a Semiótica como modelo de análise da
significação, além da palavra, além da frase, na dimensão do discurso, tendo
suas raízes na teoria da linguagem, e suas estruturas e concepções da língua
como instituição social.
Prados (2009) ratifica que a Semiótica é a ciência da significação, pois a
transmissão, conservação, transformação e aprendizagem da cultura ocorrem
por meio das práticas sociais, com o estudo de uma comunidade.
Os sistemas e discursos são historicamente determinados e
geograficamente delimitados, pois a “visão de mundo” de uma
comunidade sociocultural e linguística, bem como sua ideologia e
sistema de valores, acha-se sempre em processo de (re)formulação e
um constante processo de “vir a ser” que paradoxalmente transmite a
seus membros o sentido de estabilidade e continuidade, ou melhor,
os processos culturais são apreendidos no convívio social, uma vez
que, as semióticas-objeto (linguagem verbal, música, gestualidade,
literatura, artes, etc) são particulares em cada sociedade (PRADOS,
2009, p. 15).
A semiótica, de que se trata neste estudo, segundo Prados (2009), tem suas
raízes na teoria da linguagem, em que se concebe a língua como instituição
social, considerando o sentido gerado no desempenho da fala. Analisando a
música em diferentes etapas na realização discursiva, desde a superficialidade
de um discurso até as estruturas fundamentais e mais profundas. Para isso
será utilizado a Figuratividade, as Estruturas Narrativa, Discursiva e a
Profunda.
Para Fiorin (2006) a estrutura discursivaé responsável por revestir as
formas abstratas da estrutura narrativa por termos que as concretizem,
nomeando os atos, os seres, o espaço, o tempo e a figurativizações dos seres,
mostrando qual éou quais são as pessoas do discurso, enquanto a narrativa
realiza a análise de um determinado sujeito em busca de um objeto de valor.
Já a estrutura profunda do discurso constitui a primeira etapa do
percurso gerativo do sentido, da qual é gerada a significação, e mostrará o que
pode ocorrer num nível mais profundo, sendo possível ser representado
topologicamente pelo quadro semiótico (GREIMAS apud PRADOS, 2008, p.
80).
Neste contexto é possível descrever os sistemas de valores na
semântica profunda utilizando modalidades aléticas, ser/parecer (do
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verdadeiro/falso), no modelo dinâmico da lógica dialética (PAIS apud PRADOS,
2008, p. 82).
A análise Semiótica da canção de Chico Buarque de Hollanda,
Com açúcar, Comafeto.
Para realizar esta análise serão utilizados os três níveis do percurso
gerativo de sentido, a estrutura narrativa, a discursiva e a profunda. A música
selecionada, Com açúcar, com afeto, uma composição de aspecto social, do
qual se utilizará da Semiótica para mostrar seus valores discursivos e
ideológicos.
Com a análise do nível narrativo podemos identificar neste texto
complexo três etapas narrativas: o sujeito (eu), a ação praticada pelo sujeito
(você) e o sujeito (você) recobrando o contato com o sujeito (eu), isto é, o
sujeito (eu) manipulando o outro sujeito (você) para que não saísse de casa,
em um fazer ou não fazer. Em seguida, do verso “qual o quê” até “pra você
rememorar”, temos a ação realmente praticada pelo sujeito (você), que rejeita a
manipulação do primeiro, e que desenvolve o percurso em sentido oposto ao
que o narrador desejava, e que passa a fazer o que o outro não deveria fazer.
E por fim, quando o sujeito (você) volta à noite para casa recobrando o contato
com o sujeito (eu) e se submetendo ao processo de julgamento/sanção que irá
decidir sua sorte, a estrutura narrativa determinará o sujeito em busca de um
objeto de valor.
Já na análise da estrutura discursiva serão mostradas as formas
abstratas do nível narrativo passando para formas concretas, nomeando de
forma mais precisa as personagens, o tempo, o espaço e a figurativização em
que ocorre a narrativa.
Destinatário
Marido
confiança
Destinador
Adjuvante
Busca
da
Suprimir a liberdade
Sujeito
Oponente
Objeto de valor
Marido
Ócio/lazer
mantê-lo em casa
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Figura 1: ação e manipulação do sujeito
Neste início de análise observa-se a manipulação do sujeito (eu/mulher),
tentando persuadir o sujeito (você/ marido), despertando sua confiança em
fazer crer que ficar em casa é bom (seu objeto de valor), assim suprimindo sua
liberdade (adjuvante), num processo de manipulação, tendo como oponente o
lazer e o ócio, do qual seu marido quer viver.
No trecho Com açúcar, com afeto, “fiz seu doce predileto Pra você parar
em casa”, fica clara a intenção de manipulação, despertando o querer do
destinatárionas vantagens de se parar em casa, em que o destinador ira fazer
o seu doce predileto.
Da ação mostrada nesta letra verifica-se que as ações desenvolvidas
pelo destinatário não correspondem ao do destinador, que em vez de ficar em
casa, ele se entrega aos prazeres da rua.
No trecho “Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança Pra
chorar o meu perdão” o destinatário está cansado de perambular pelas ruas e
regressa ao lar, que assume a função de julgamento/sançãopelo destinador.
Finalmente, Com açúcar, com afeto apresentam as três fases típicas de uma
narrativa completa: a manipulação, ação e sanção.
Nas estruturas Discursivas podem-se ver as Personagens: eu (mulher),
você (marido), a Temporalização: tempo da enunciação: presente,oTempo do
enunciado: música composta em 1966, a Espacialização: casa, bar, oficina,
rua, esquina, praia, a Figurativização: doce, açúcar, afeto, terno que mostra o
sujeito (você) ao sair para o trabalho, maltrapilho ao regressar a sua casa,
amigo, futebol, samba, copo e a Tematização: manifestações de paciência do
ator (eu), a vadiagem incorrigível do ator (você).
Já a estrutura Profunda mostrará a tentativada mulher, de fazer o
sujeito/marido, integrar-se aos hábitos domésticos, a transgressão, e a
sequência de ações efetivamente realizadas pelo sujeito.
Integração
transgressão
(Ser)
(parecer)
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(não parecer)
Não transgressão
(não ser)
Não integração
Figura 2: sentimentos e ideias
Como a passagem de um polo ao outro da categoria, integração e
transgressão, jamais se dá diretamente, pois um termo para ser negado,
precisa que o outro seja afirmado, o sujeito/marido não acolhe a manipulação,
tendo a consequência não integração. E para ser reintegrado, o sujeito/marido,
se submete ao fazer interpretativo do destinador/mulher, reunindo esforços
para anular o peso da transgressão, não transgressão, até conseguir o perdão,
“Quando a noite enfim lhe cansa/você vem feito criança”, por fim, a
reintegração, “Dou um beijo em seu retrato/E abro os meus braços pra você”,
portanto, estão atribuindo-lhe, no quadrado semiótico, valores tensivos.
Enfim, pode-se dizer que essa canção provém de uma aguda
observação da realidade, de uma crítica sobre a realidade social e que as
representações de gênero aqui verificadas ultrapassam o que poderia ser mera
reprodução de estereótipos banalizados ou naturalizados pelo senso comum.
Ao contrário disso, é a visão de alguém que está atento à realidade social, às
relações de poder presentes na sociedade e também atento às particularidades
e subjetividades de cada um.
Considerações finais
Essa pesquisa teve como alvo a análise Semiótica da letra de música de
Chico Buarque de Hollanda, Com açúcar, Com afeto. Com o objetivo de
mostrar na estrutura da canção uma linguagem verbal interligada a um
contexto sociocultural, as formas discursivas dos sentidos e dos valores
ideológicos subentendido em seu texto.
As informações colhidas acerca da linguística foram de grande valor
para a compreensão de seu uso e funcionamento.
Por meio desta análise foi possível entender que cada discurso inserido
na sociedade apresenta um duplo sentido, o sentido oculto e o explicito, e que
a Linguística nos dá a possibilidade de afirmar que esses fatores são usados
pelos compositores para compor. Esta linguagem extraordinária, que pode ser
utilizada na escrita sem dizer o seu real significado, deixando implícito no texto.
A semiótica tem esse papel de analisar o discurso de forma mais
próxima, destrinchando o texto, e tentando entender o que o mesmo quer
passar. Estão claras as relações com a sociedade e a história na construção
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dos sentidos dos textos que revelam, de alguma forma, as determinações
sociais inconscientes por meio das relações intertextuais e interdiscursivas que
os textos mantem com o que dialogam.
Portanto é cabível afirmar que o sentido presente na canção foi
desvendado com a realização da análise Semiótica.
Referências
BERTRAND, Denis. Caminhos da Semiótica literária. Bauru, SP: ESDUSC,
2003.
FIORIN, José Luiz. Linguagem e Ideologia. São Paulo, 6ª ed. Ed. Ática, 1998.
FIORIN, José Luiz. Introdução à linguística- I Objetivo Teórico. São Paulo,
6ª ed. Ed. Contexto, 2012.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo, 14º ed.
Ed. Contexto, 2006.
MELO, Eliana Meneses de, PRADOS, Rosália Maria Netto. GARCIA, Wilton.
Linguagens. Tecnologias, culturas: discursos contemporâneos. São
Paulo, 1ª ed. Editora Factash, 2008.
ORLANDI, Eni P. Análise do Discurso: princípios & procedimentos.
Campinas, SP: Pontes, 4ª edição, 2002.
PRADOS, Rosália Maria Netto (org.). Semiótica, Discursos e Cultura. São
Paulo: Factash Editora, 2009.
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TEORIA DE MASLOW
Juan Junior Marques da Silva – [email protected]
Elias Costa Santos - [email protected]
Willian Francisco Correa - [email protected]
Rogata Aparecida Atanes Neto e Douglas de Matteu.
RESUMO
Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas
necessidades humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos
estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para
que haja ação ou reação é preciso que um estimulo seja implementado, seja
decorrente de coisa externa ou interna. Esta teoria nos dá ideia de um ciclo, o
Ciclo Motivacional. Justifica-se que é necessário, como profissional de
marketing, conhecer e compreender os comportamentos e necessidades do
consumidor, de forma a usar tal conhecimento como estratégia no mercado,
que está cada vez mais exigente e competitivo.Os fatores psicológicos estão
sendo deixados de lado pelas empresas, sem investimento no estudo deste
âmbito, sendo um dos fatores que influenciam na decisão da compra, sem
depender do produto ou preço. Buscar entender o consumidor analisando suas
necessidades, desejos, comportamentos e critérios que impulsionam a compra,
para assim poder obter vantagens competitivas sobre os concorrentes. A
Teoria de Maslow, aponta as necessidades do ser humano em grau de
hierarquia como: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança,
necessidades sociais, necessidades de auto-estima e necessidades de autorealização. A metodologia busca por meio de entrevistas verificar se existe a
compreensão dos profissionais em relação à Teoria de Maslow, influenciando o
dia-a-dia dos profissionais de Marketing. A pesquisa segue como metodologia:
a pesquisa de compilação e a pesquisa de campo.
PALAVRAS-CHAVE: Teorias de Maslow; Necessidades Humanas; Pirâmide
de Maslow.
INTRODUÇÃO
A busca por explicações para a conduta humana sempre despertou interesse
dos estudiosos, precipuamente os da psicologia. Essa busca se justifica pela
fato do comportamento humano ser bastante diferente em relação aos demais
animais e objetos inanimados. Estes últimos, aparentemente nada fazem,
mostram-se inertes. O comportamento dos animais difere-se dos objetos
inanimados, porque de certa forma agem, realizam ações, porém, dentro de
certa previsibilidade ditadas pelo seu aparato biológico. Pode se dizer que o
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aparelho biológico deles está programado a ser o que é, não tem perguntas
diferentes e, por isso, não precisam buscar respostas diferentes do repertório
pré-existente. Quão diferente é o comportamento humano. Se por um lado
carrega também uma herança genética, o que em determinados
comportamentos o assemelha aos animais, por outro, essa herança diz muito
pouco, porque o homem vai além de seu corpo. Esse aspecto do homem ir
além de suas programações biológicas, fez com que os estudiosos indagassem
a todo tempo: o que de fato motiva o comportamento humano?
Dentre muitos estudiosos dessa indagação, o presente artigo privilegiará a
Teoria da Motivação de Abraham Maslow, que muito contribuiu para o
entendimento dos motivos para as ações humanas. O objetivo geral desse
artigo é conceituar o que se entende por motivação. Como objetivos
específicos procurará: caracterizar o conceito de motivação em Maslow e
descrever sua visão de ser humano que resultou na sua teoria das
necessidades humanas. A coleta de dados informativos, em nível teórico, foi
efetuada através da consulta bibliográfica; inicialmente efetuada junto ao
acervo da Biblioteca Central da FAEF (Faculdade de Agronomia e Engenharia
Florestal), a partir do levantamento de fontes. Os materiais foram selecionados
com base nos seguintes critérios: pertinência ao assunto; confiabilidade da
fonte e adequação ao objetivo da pesquisa. Efetuou-se, a seguir, a etapa da
leitura e fichamento dos textos pertinentes ao objetivo da pesquisa e a
descrição compreensiva dos achados que resultou na redação final deste
artigo. Considerando a literatura consultada, ficou evidente que a motivação
humana é um assunto de grande importância para o trabalho do psicólogo, pois
pode subsidiar sua atuação junto aos mais diferentes campos da sociedade em
que está inserido. Pode subsidiar pesquisas e estudos sobre o comportamento
humano dando condições melhores para visualizar as pessoas em suas ações,
posturas em relação à vida e aos desafios, estruturas, setores. A visão do ser
humano a partir do conceito de motivação em Maslow é capaz de revolucionar
pessoas, grupos, organizações e alterar a existência dos homens.
Objetivo
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Apontar as necessidades do ser humano em uma hierarquia e grau de
necessidades.
Justificativa
Justifica-se que é necessário, como profissional de marketing, conhecer e
compreenderos comportamentos e necessidades do consumidor, de forma a
usar tal conhecimento como estratégia no mercado, que está cada vez mais
exigente e competitivo. Muitas empresas não dão valor aos fatores psicológicos
ou investem pouco no estudo deste âmbito, que é um dos fatores que
influenciam na decisão da compra, independente da marca de produto ou
preço.
Histórico
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O século XX foi prodígio em termos de teorias, foram criadas diversas, entre
elas a teoria de Maslow.
Abraham Maslow (01 de Abril de 1908, Nova Iorque – 08 de Junho de 1930,
Califórnia) foi um psicólogo americano, conhecido pela proposta e hierárquica
de necessidades de Maslow. Ele era o mais velho de sete irmãos, de uma
família judia do Brooklyn, Nova Iorque, trabalhou no MIT laboratório, fundando
o centro de pesquisa NationalLaboratories for Group Dynamics.
A pesquisa mais famosa foi realizada em 1946, em Connecticut, numa área de
conflitos entre as comunidades negras e judaicas. Aqui, ele concluiu que reunir
grupos de pessoas era uma das melhores formas de expor as áreas de conflito.
Esses grupos, denominados T-groups (o << T >> significa Training, ou seja,
formação), tinham como teoria subjacente o fato de os padrões
comportamentais terem que ser << descongelados >> antes de serem
alterados e depois << Congelados >> novamente – os T-groups eram uma
forma de fazer com que isto acontecesse.
Metodologia
Atualmente é necessário maximizar o conhecimento do consumidor,
analisando suas necessidades, desejos, comportamentos e critérios que
impulsionam a compra, para satisfazê-los, de modo que se possam ter
vantagens competitivas sobre os concorrentes.
Pesquisa
Esta pesquisa de campo foi realizada em maio de 2014, externamente, sendo
entrevistados apenas vendedores, para identificar se há conhecimentos sobre
as teorias e se estão sendo colocadas em práticas.
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8
6
4
Sim
2
Não
0
É necessário divulgar a Teoria de
Maslow no ambiente de trabalho?
10
8
6
4
2
0
Sim
Não
Conhecer as pessoas para poder
abordá-las é importante para o
profissional de MKT?
7
Necessidade
6
5
Auto estima
4
Prestígio
3
2
Afeto
1
Segurança
0
Atrás de um produto
existe:
Auto Realização
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Sim
Não
O auto conhecimento contribui para o
conhecimento dos clientes na sua
opinião?
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4
3
Sim
2
Não
1
0
É importante para agilizar as escolhas do conhecimento geral dos clientes?
Considerações Finais
Concluímos que as necessidades humanas descritas por Maslow podem ser
consideradas motivações humanas, ou seja, são as diversas necessidades que
fazem com que o homem tenha motivações para agir.
REFERÊNCIAS
BERGAMINI, Cecília. Motivação nas Organizações, SP, Atlas, 1997.
KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do Consumidor, SP, Atlas, 1999.
GIGLIO, Ernesto. O Comportamento do Consumidor, RJ, Thomson, 2005.
ENGEL, James; Blackwell, Roger; Miniard, Paul.Comportamento do
Consumidor,RJ, LTC, 1995.
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UM PLANODE NEGÓCIOS NO RAMO FITNESS
Andreia Ferreira Baiano1
Eliane Pereira de Souza Araujo2
Emerson Freitas Alcântara Passos3
Fernanda Aparecida Ramos4
Silmara Soares do Rosário5
Thaís Simão Feijó6
Fernando Souza Cáceres
Antonio Eduardo Batista
Cristiane Gomes de Carvalho Fontana
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo demonstrar tendências de
expansão de Stúdio de Pilates, levando mais qualidade de vida. O setor fitness
no Brasil está em expansão, pois as pessoas estão se conscientizando de que
precisam cuidar do seu bem estar. Através de pesquisas identificamos que as
mulheres de 30 a 40 anos, buscam qualidade de vida e bem estar, por meio de
exercícios mais leves. Para atingir este propósito foram utilizados
primeiramente os principais conceitos que compõem a estrutura de um plano
de negócio com baixo custo segundo a visão de vários estudiosos. O
procedimento metodológico desenvolveu-se por meio de artigos científicos,
entrevistas, internet e livros, na qual foi possível identificar o perfil dos clientes,
bem como os aspectos relacionados neste contexto, avaliou-se também os
concorrentes da STAFE Pilates, verificando o que poderá ser desenvolvido,
para possuir um diferencial competitivo. Na análise financeira da empresa
serão realizadas pesquisas quanto ao volume de recursos necessários para
iniciar o empreendimento. Para chegar a conclusão da viabilidade serão
calculados os seguintes indicadores financeiros: margem de contribuição,
ponto de equilíbrio, taxa interna de retorno e período de payback, todos esses
cálculos serão feitos com ajuda de software. Após o cálculo dos indicadores
financeiros, conclui-se a viabilidade econômica, nos cenários realista,
pessimista e otimista.
Palavras – chave: Plano de negócio, baixo custo, qualidade de vida, saúde e
bem estar.
_______________________________
1Andreia
Ferreira Baiano, Graduanda do curso de Administração de Empresas – Faculdade
Unida de
Suzano ( UNISUZ). E-MAIL: [email protected]
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2
Eliane Pereira de Souza Araujo, Graduanda do curso de Administração de Empresas – Faculdade
Unida de Suzano ( UNISUZ). E-MAIL: [email protected]
3
Emerson Freitas Alcântara Passos, Graduando do curso de Administração de Empresas – Faculdade
Unida de Suzano ( UNISUZ). E-MAIL: [email protected]
4
Fernanda Aparecida Ramos, Graduanda do curso de Administração de Empresas – Faculdade
Unida
de Suzano ( UNISUZ). E-MAIL: [email protected]
5
Silmara Soares do Rosário, Graduanda do curso de Administração de Empresas – Faculdade
Unida
de Suzano ( UNISUZ). E-MAIL: [email protected]
6
Thaís Simão Feijó, Graduanda do curso de Administração de Empresas – Faculdade
Unida de Suzano
( UNISUZ). E-MAIL: [email protected]
INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo é apresentar o plano de negócio de um Stúdio de
pilates que atuará no ramo fitness, atendendo a necessidade de cada pessoa,
sendo o principal objetivo oferecer bem-estar e qualidade de vida, tendo como
público alvo mulheres da cidade de Suzano, com a faixa etária entre 30 a 40
anos.
Na atualidade, a comunidade científica tem dedicado considerável
destaque a discussão sobre a relação existente entre exercícios físicos,
condições de saúde e qualidade de vida. E é amplamente divulgado e
conhecido como um estilo de vida sedentário que pode ter influência direta no
inicio, no desenvolvimento e na recuperação de vários problemas vasculares e
metabólicos. Da mesma forma se tem conhecimento de que a prática de
atividade física regular é reconhecida como medida capaz de diminuir os níveis
de risco desses problemas e grande parte dos profissionais de saúde
consideram a atividade física um importante aliado para um envelhecimento
saudável.
Considerando que a atividade física, é de indiscutível importância de um
estilo de vida ativo à promoção de saúde e de melhor qualidade de vida para
todos os gêneros e idades.
Entretanto exercícios físicos se tornaram um dos pilares de manutenção
da saúde nas sociedades modernas. Com a evolução dos tempos, novas
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modalidades foram surgindo para dar conta das necessidades sociais
emergentes, neste sentido destacamos o Pilates como um método de
exercícios desenvolvido originalmente por Joseph Pilates em 1918 com
finalidades terapêuticas e atualmente sendo praticado com finalidades de
condicionamento físico.
O pilates é uma modalidade criada por Joseph Pilates na Alemanha, que
apresenta como característica principal o uso de molas como resistências
corporais, a sua pratica iniciou-se no Brasil por meio da bailarina Alice Becker
nos anos 90, é hoje uma das praticas mais procurada para acondicionamento
físico e fitness em todo país. O mesmo é um alongamento que pode ser
aplicado desde a adolescência até a 3° idade, onde o índice da demanda esta
em alta, esta crescendo em média 40% ao ano com a procura de exercícios
leves com poucas repetições tornando-os mais prazerosos integrando corpo e
mente.
Para auxiliar junto aos exercícios de Pilates existe também uma
atividade aeróbica para quem quer perder peso, tirar o impacto e não quer
sofrer com as articulações, denominada KangooJump, aumentando assim, a
demanda de clientes, não ficando apenas refém dos clientes que procuram por
Pilates.
O setor movimenta anualmente R$ 1,6 bilhões e cresce em torno de
30% a 50% ao ano. De acordo com Waldyr Soares, presidente da Fitness
Brasil, promotora de eventos na área, entre os motivos dessa evolução estão à
busca por uma vida saudável e a mudança de perfil das academias, que
passaram a oferecer atividades ligadas ao bem-estar. É nesse cenário que o
Pilates ganhou terreno e abriu espaço para as pessoas que não querem
esforços físicos agressivos.
Para a realização do presente projeto tivemos como objetivo estudar o
mercado fitness a fim de buscar bases para aplicar estratégias de
planejamento, calcular mão de obra e investimentos necessários e por fim
analisar a viabilidade do negócio.
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METODOLOGIA
A escolha por um estudo aprofundado no segmento de Pilates deu-se
devido ao aumento repentino na procura por essa atividade, visto que as
pessoas estão cada vez mais interessadas na prática do Pilates, por ser um
exercício leve que traz inúmeros benefícios trazendo aos empreendedores e
investidores a oportunidade de um negócio de grande sucesso.
O método utilizado para a realização deste artigo trata-se de um estudo
de pesquisa exploratória conforme o conceito abaixo:
Segundo GIL (2007, p.41) “Pesquisas exploratórias tem como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícitos ou a constituir hipóteses.”
O estudo realizado teve como base artigos sobre Pilates, levantamentos
bibliográficos de autores na área administrativa, pesquisa de campo com os
concorrentes do município de Suzano para se obter a demanda e a média de
preço por pacotes. Realizaram-se também pesquisas na internet e entrevistas
com profissionais da área - fisioterapeutas e professores de educação física
para o amplo conhecimento do Pilates. Entretanto foi efetuada uma pré-seleção
de textos com temas relativos ao Pilates com aplicações diversificadas, tendo
em vista identificar quais artigos se adequavam mais ao desenvolvimento do
estudo.
DESENVOLVIMENTO
Para alcançar o objetivo do presente trabalho foi realizado um estudo
através de pesquisas de mercado nos stúdios da região, dessa forma
obtivemos dados de suma importância, tais como, o público alvo, a demanda, a
precificação, entre outros que nos auxiliaram no desenvolvimento deste plano
de negócios, pois segundo CHIAVENATO ( 2008 p. 132) " O Plano de negócio
descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos
mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos [. . .] ".
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O Pilates é um exercício físico feito através de alongamento no qual se
utiliza o peso do próprio corpo para a sua execução. É uma técnica de
reeducação do movimento, capaz de restabelecer e aumentar a flexibilidade,
melhorar a força muscular, a respiração, a postura, a coordenação, o equilíbrio,
ajuda a reduzir o stress e aumentar a autoestima. Tais benefícios ajudam
também quanto à prevenção de lesões e proporciona um alívio nas dores
crônicas. O mesmo, quando aplicado na população idosa, melhora a força e a
mobilidade, que geralmente estão alteradas devido à presença de doenças
degenerativas auxiliando também na manutenção da pressão arterial, além de
influenciar na calcificação óssea.
O método Pilates pode ser praticado no solo (com ou sem o uso de
acessórios) e em equipamento próprio para o método (desenvolvido
especialmente para a prática de um repertório especifico de movimentos).
Na prática do Pilates de solo, o corpo é a própria carga a ser vencida
durante a realização dos movimentos, além é claro, da força da gravidade. Na
prática do Pilates em equipamento, os movimentos são realizados tracionando
resistências elásticas (molas) que podem assistir ou resistir ao movimento.
O Pilates é recomendado para quase todos os perfis de público, no
entanto é importante saber que existem contraindicações de alguns
movimentos para patologias específicas. Por essa razão, é necessário que o
instrutor de Pilates conheça seu cliente antes de dar início ao trabalho. Desta
forma, podemos escolher o repertório de movimentos mais indicado para cada
praticante.
Praticá-lo três vezes por semana é o ideal, mas, com apenas duas
sessões por semana já se verificam algumas mudanças.
“A constatação de que o número de praticantes de Pilates tem aumentado
muito nas últimas décadas só vem incentivar e respaldar a necessidade do
embasamento científico aos profissionais que atuam nessa área” (ROSA;
LIMA, 2009).
Considerando a pesquisa divulgada pela IHRSA (International Health,
Racquet& Sports Club Association), o Brasil é o sétimo país em número de
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praticantes de atividades físicas e atualmente 2% da população se exercita
com acompanhamento profissional, o que corresponde a 3,7 milhões de
brasileiros.
Segundo a Revista Original Pilates, a Organização das Nações Unidas
considera o período entre 1975 à 2025 a “ Era do Envelhecimento”, onde
haverá na população idosa um crescimento de 54% nos países desenvolvidos,
enquanto nos países em desenvolvimento isto alcançará 123%. O fato das
pessoas estarem vivendo mais é uma noticia positiva, mas, contudo, viver mais
não significa necessariamente viver com qualidade de vida que envolve uma
série de aspectos dentre os quais se destacam a capacidade funcional e o
meio social de convívio do idoso.
De acordo com estudos efetuados as vantagens da prática de atividades
físicas para idosos são inúmeras e dentre elas pode-se citar: Aumento da
capacidade aeróbica, melhoria da flexibilidade corporal, melhoria de índices de
glicose, maior presença de minerais nos ossos, melhor capacidade
cardiovascular, redução de lipídeos e tais circunstâncias levam melhor
qualidade de vida.
Pensando na demanda e na concorrência para fim de planejamento
estratégico aplicamos as cinco forças competitivas.
Segundo PORTER (1989, p.04), “As cinco forças determinam a
rentabilidade da organização, porque influenciam os preços, os
custos e o investimento necessário das empresas – os elementos
de retorno sobre o investimento”.
O surgimento de novos entrantes no ramo de Pilates é fácil, pois o custo
para investir nesse negócio é baixo o que possibilita o aumento do interesse
das pessoas para esse ramo de atividade.
O poder de barganha com os fornecedores de equipamentos é necessário
para a abertura do empreendimento, pois os mesmos têm um alto custo.
Portanto, pesquisaremos diversos fornecedores, que ofereçam equipamentos
de qualidade com um custo mais baixo.
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Os
compradores
têm
alto
poder
de
barganha,
pois
qualquer
estabelecimento de prestação de serviços fitness pode oferecer serviços
similares.
Os serviços que podem ser parcialmente substitutos ao Pilates são as
ginásticas aeróbicas, ginástica olímpica, musculação, yoga entre outras
atividades e exercícios físicos que geralmente são encontrados nas academias,
stúdios ou ginásios esportivos.
No ramo de Pilates existem vários concorrentes devido ao baixo custo de
investimento, ao aumento da demanda nesse ramo de atividade e por ser um
negócio novo no mercado atuando no Estado de São Paulo desde 2009.
Analisando o mercado, podemos observar, por meio da tese de Porter
no plano de negócio. O mesmo traz a seguinte definição:
Conforme PORTER (1986, p. 13) “O enfoque procura obter uma
vantagem competitiva em seus segmentos alvo, muito embora não possua uma
vantagem competitiva geral”.
De acordo com os estudos realizados foi identificado que a melhor
estratégia a ser adotada é a de enfoque em custo, com o objetivo de atender
um nicho de mercado oferecendo um preço menor que o dos concorrentes
diretos e indiretos.
Outra ferramenta abordada dentro do marketing foi à análise SWOT que
resulta da
conjugação
das iniciais das palavras,
Strengths (forças),
Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades), e Threats (ameaças).
Para dar base no projeto, utilizou-se o conceito de GIOIA (2006, p.56),
que afirma que:
“[...] a identificação de forças e fraquezas do negócio e de
oportunidades e ameaças do ambiente externo constituem um
processo de construção das às bases para uma análise conjugada
desses quatro fatores, possibilitando um cruzamento de condições
que apoia identificação de estratégia, limitando assim a definição dos
objetivos".
A análise SWOT do projeto corresponde à identificação por parte de
uma organização e de forma integrada dos principais aspectos que
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caracterizam a sua posição estratégica num determinado momento, tanto no
nível interno quanto externo proporcionando a base para o planejamento
estratégico. As forças identificadas foram a carência do serviço na região, custo
acessível e a localização estratégica da empresa. As fraquezas identificadas
foram o nome da empresa desconhecido, alto custo de mão de obra,
equipamentos de alto custo e a falta de parceiros por ser uma empresa nova
no mercado. As oportunidades identificadas foram o aumento crescente da
demanda, a grande circulação de pessoas e veículos na localização do stúdio,
as dores musculares causadas pelo sedentarismo e a preocupação das
pessoas com saúde, bem estar e qualidade de vida. E as ameaças
encontradas foram os serviços substitutos e os concorrentes próximos.
Na área financeiraGITMAN (2010, p. 547) afirma que" o ativo circulante
comumente chamado de capital de giro, representa a porção do investimento
que circula, de uma forma para outra, na condução normal dos negócios".
Para atingir os objetivos é necessário uma análise de investimentos
quanto ao custo da prestação dos serviços, manutenção, fluxo de caixa, e as
variáveis decorrentes do mercado bem como da economia. Visto que o
recebimento á vista reduz a necessidade de capital de giro, dando base para
análise realizada que demonstrará a viabilidade do negócio por meio da taxa
mínima de atratividade (TMA), que representa o mínimo que um investidor se
propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que um tomador de
dinheiro se propõe a pagar quando faz um financiamento além da realização de
divulgações através de canais de comunicações eficientes.
Essas demonstrações financeiras serviram como base para análise
realizada por meio de métodos, tais como, Taxa interna de Retorno (TIR), Valor
Presente Líquido (VPL) e Payback.
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CONCLUSÃO
Durante o estudo do respectivo projeto, percebe-se que, para o
desenvolvimento de uma empresa acontecer de forma eficaz, é necessário que
todos os setores se envolvam e participem, buscando alcançar os objetivos da
organização.
O projeto trouxe os objetivos esperados pelos pesquisadores, visto
que
obteve-se
amplo
aprendizado
no
ramo
de
Pilates
envolvendo
conhecimentos específicos de Marketing, Planejamento estratégico, produção,
e financeiro, os conceitos que são fundamentais e que devem ser seguidos e
colocados em prática na abertura e sucesso de um negócio.
Conclui-se que as pesquisas elaboradas no decorrer deste artigo,
foram baseadas nas áreas estudadas no período do curso de Administração,
em que se buscaram informações concretas para a realização e conclusão
deste trabalho. O estudo alcançou os objetivos gerais e específicos propostos,
e ainda assim, a problemática da pesquisa foi respondida, pois entende-se a
importância que o Pilates trás para a saúde e bem estar das pessoas e o
quanto um empreendimento deve visar oferecer serviços eficientes e
personalizados.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PILATES- Original Pilates -São Paulo: [2008].
Disponível em: http://www.abpilates.com.br/site/template.asp?idPagina=24
Acesso em: 29 Set. 2013
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao es

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