O tempo da pedagogia RASTROS

Transcrição

O tempo da pedagogia RASTROS
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Contato
Maio de 2014
Boletim Informativo Docente — Pedagogia Ano 02 número 09
O tempo MAIO
da pedagogia
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA
SABADO
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RASTROS
Sônia Azevedo
O que marca a humanidade
Nessa era de arco-íris e cinzentos
De insone tempo
Senão poder pensar
A autonomia de fazer
"Paisagem
com
Arco-Íris"
Peter
Paul
Rubens
Pintor barroco flamengo (1577-1640). Fonte:
http://
deniseludwig.blogspot.com.br/2013/02/arte-em-arco-iris.html
O gosto de refazer
A capacidade de Ensinar e Aprender.
CONFIRAM NESTA EDIÇÃO!
1. Na Coluna “Dilemas da Pos-modernidade”, Magno Francisco de Jesus Santos analisa a relaçao entre a imprensa desportiva brasileira e o complexo de vira-lata , na pagina 2 e 3.
2. Em “Saberes Discentes” temos o pensamento da academica Idelania Silva, na pagina 3.
3. Na “Pagina Literaria” Sonia Azevedo discute os valores humanos e a amizade, pagina 4 e
5.
4. Na coluna de notícias comentadas o Curso de Pedagogia da Faculdade Pio Decimo revela suas inovaçoes
com a realizaçao de eventos e aulas-passeio, na pagina 6.
Novos tempos, novas roupagens em nosso curso
DILEMAS DA PÓS-MODERNIDADE
nas o campo desportivo, o país figurou como a naçao
dos fiascos, dos tropeços, das derrotas nos momentos
decisivos. No futebol os cinco títulos mundiais se delineiam perante aos debates da imprensa que enfatiza
as derrotas de 1950 para o Uruguai, de 1982 para a
Italia e de 1998 para a França. Nos jogos dos espelhos
entre a derrota e a gloria, a imprensa nacional opta pela primeira, pelo vies pessimista.
OS BRASILEIROS DE PLASTICO, A IMPRENSA E O
COMPLEXO DE VIRA-LATA
Magno Francisco de Jesus Santos
Em 1950 ocorreu o episodio que ainda hoje e tido como a maior tragedia do futebol brasileiro. E o famoso maracanazo, resultante da surpreendente derrota da seleçao nacional para o Uruguai. O país desejoso
de ser grande e respeitado desmoronava nas lagrimas
de jovens senhoritas e de jogadores envergonhados
Nas outras modalidades esportivas o complexo
pela constrangedora derrota no templo maior do fu- de vira-lata ainda e mais notorio. Em competiçoes politebol brasileiro.
esportivas como os jogos olímpicos, o Brasil sempre
foi um ilustre figurante, no qual as esperanças douradas a cada quatro anos recaíam sobre os ombros de
herois fragilizados e desprovidos de apoio, que quase
sempre sucumbiram diante da pressao promovida pela imprensa. Entre os principais casos podemos destacar Maria Lenk (1936, Berlim), Jose Sylvio Fiolo (1968,
Cidade do Mexico), Ricardo Prado (1984, Los Angeles),
Rodrigo Pessoa (2000, Sydney), Daiane dos Santos
(2004, Atenas), Diego Hypolito e Joao Derli (Beijing,
2008) e Fabiana Murer (2012, Londres). Um longa historia de tropeços, de campeoes e recordistas mundiais
que nao suportaram a pressao de ser a grande esperança de vitoria da "patria de chuteiras".
Ainda nos calorosos anos cinquenta o dramaturAlem dos constantes fracassos olímpicos outra
go Nelson Rodrigues passou a designar o trauma da chaga assolava a torcida e a imprensa brasileira. Eram
populaçao brasileira em relaçao a Copa de 50 como os atletas que deixavam o país em busca por melhores
"complexo de vira-lata", ou seja, a derrota teria exacer- condiçoes de treinamento e passavam a competir rebado o sentimento de baixa autoestima da populaçao, presentando outras bandeiras. Sao exemplos dessa sique sempre se via com inferioridade diante do estran- tuaçao a atleta da luta olímpica Patrícia Miranda
geiro. Nas palavras do dramaturgo "o brasileiro é um (bronze pelos Estados Unidos em 2004), a jogadora de
narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a polo aquatico Alexandra Araujo (medalha de ouro pela
verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históri- Italia em 2004), e o tambem atleta de polo Tony Azecos para a autoestima". Assim, diante do outro, o brasi- vedo (prata pelos Estados Unidos em 2008). O exito
leiro tendia a ser menor, incapaz, fraquejante, diminuí- desses atletas em outros países foi visto como a prova
do.
inconteste da precariedade estrutural do país e do perEsse sentimento foi aguçado ao longo da segunda fil nacional para derrotas esportivas.
metade do seculo XX. Tomando como parametro ape-
Todavia, nesse novo ciclo olímpico em que a
cidade do Rio de Janeiro abrigara os jogos, o Brasil
passa por um processo de inversao. Atletas brasileiros que ate entao defendiam outros países ao
vislumbrarem a melhoria das instalaçoes e as maiores possibilidades de apoio, expuseram o interesse de retornarem a defender as cores da bandeira
verde e amarela. Junto aos brasileiros, atletas de
outros países tambem demonstraram interesse em
representar o país na primeira olimpíada realizada
na America do Sul.
Eis entao, que surge novamente o complexo
de vira-lata. A imprensa nacional, unanimemente
passa a criticar essa situaçao, mostrando a incapacidade do país em realizar eventos, preparar atletas e criar condiçoes de fomentar o seu desenvolvimento esportivo. Seria mais um capítulo da vergonha nacional.
Ironicamente a imprensa esportiva passa a
criticar o que alguns anos atras era elogiado na organizaçao britanica dos jogos olímpicos de 2012,
quando cerca de 1/3 das medalhas do país foram
conquistadas por atletas naturalizados (eram chamados de Britanicos de plastico) e ao longo dos jogos era apontado como exemplo de uma eficiente
política desportiva. Entao chegou o nosso momento e o discurso se transforma radicalmente, com
uma campanha explícita contra os chamados
“Brasileiros de plastico”, tendo como estopim a repatriaçao de atletas do polo aquatico e do hoquei
sobre patins, modalidades inexpressivas em terras
tupiniquins.
Os avanços sociais e a estabilidade economica
do Brasil ainda nao foram capazes de superar o velho complexo de vira-lata e no jogo dos espelhos, o
posicionamento da imprensa nacional revela a sua
face perversa do engajamento político associado
aos grupos dominantes. Apesar da democratizaçao
dos meios de comunicaçao, a sociedade brasileira
ainda e alvo de manobras da opiniao publica.
SABERES DISCENTES
P|scoa
Idel}nia Silva
Belém, Ele nasceu, cresceu, desenvolveu, viveu,
padeceu,
Jerusalém foi mais além, lugar do amém, onde
ninguém poderia sofre mais que Ele sofreu.
No Getsêmani, foi enterrado, morto e sepultado,
No Monte Calv|rio, local de todo o pecado l| o
colocaram, amarram, bateram e falaram mal,
Sepultura, local onde o seu corpo foi deixado
Mas no terceiro dia foi ressuscitado
Ser| que Este homem deveria ser condenado?
É possível um homem sofrer tanto assim? Porquê?
Para ensinar que a nossa passagem pela terra é
sofredora, é |rdua.
A vida n~o vale a pena, se n~o houver amor!
O amor é maior que tudo e a tudo suporta;
N~o um amor de palavras, mas atitudes
S~o essas que valem a pena ser compartilhadas
Foi para isto que Ele veio
Para estar entre nós, e após sua morte continuar
conosco
Foi por isto que no terceiro dia Ele voltou, ressuscitou
E n~o mais sozinho. Ele trouxe consigo a esperança
De passar para humanidade a import}ncia da
vida, do amor, da fraternidade e, principalmente, da Humildade. Essa é a palavra chave
Que salva qualquer pessoa.
Ai est| o resultado de todo sofrimento, de todo
tormento, para te dizer meu irm~o:
Sejas humilde, ela é a cura de muitas enfermidades
E esse é o verdadeiro motivo de dizer que,
P|scoa além de ser a passagem de uma vida em
caminhos tortuosos para uma vida de esperança,
de fraternidade, de paz., mas somente com a humildade é que o homem ganha a liberdade, a vida e a salvaç~o.
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PÁGINA LITERÁRIA
AOS AMIGOS VERDADEIROS: TESOUROS INEGOCIÁVEIS QUE FAZEM CADA DIA DA NOSSA VIDA VALER A PENA.
Sônia Azevedo
Tenho certeza que todos nos
temos nossos momentos verdes, de
puro e fertil encantamento, de cantos
e risos, de danças e folguedos, de alegrias e brincadeiras, esperanças, fraternizaçao, amor. Mas, creio que tambem e correto afirmar que todos nos
tambem vivemos momentos secos,
feitos com a temperança das nossas
perdas temporarias sob o fogo das
tensoes que nos consome nos limites
dos problemas diarios e dos sofrimentos que nos aflige e, por vezes, se
tornam maiores do que realmente Painel A amizade. Romero Britto.
sao, especialmente quando nos julgamos sozinhos, imersos num estado de abandono e vazio, que nos remete a margem dos caminhos íngremes, ocultos pelas sombras que escurecem, nesses momentos, a nossa razao.
Mas, entendo tambem que, porque somos humanos, vivemos permanentemente em alternancia, transitando entre esses dois momentos que representam o apice supremo da sabedoria, uma vez
que aprendemos, com cada um, a transpor corajosamente nossas proprias fronteiras.
Assim crescemos na busca do aperfeiçoamento das coisas humanas que fazemos para nos
mesmos e para os outros. Amadurecemos na compreensao da nossa perpetua finitude, imperfeiçao e
incompletude, reconhecendo a importancia da presença do outro com quem devemos compartilhar
nossos desejos, nossas descobertas, nossos acertos e desacertos. Evoluímos quando tomamos consciencia da complexidade que move o mundo humano, feito de necessidades que guiam os nossos passos em direçao a plenitude da saciaçao social e, principalmente, da saciaçao do espírito. Nesse percurso dualístico que nos constroi entre polos dialeticos que aparentam oposiçao, e importante reconhecer que no contrafluxo das tribulaçoes humanas nasce e se afirma o valor insubstituível da verdadeira amizade, como um bem impagavel, de extraordinaria grandeza, que nutre e substantiva a vida
em todos os momentos – dos mais doces aos mais amargos.
A amizade e planta que floresce independente do tempo (sol ou chuva), a partir da cortesia, do
dialogo, do respeito, do desapego as coisas terrenas, mecanicas, monetarizadas. Dessa forma, a amizade e feita de atitudes surpreendentes, muitas vezes inesperadas, que cativam, adoçam, acariciam a
nossa alma. A amizade nos da força para enfrentar os desafios que nos cercam, inquietando a nossa
alma, porque amigos sao Anjos de Deus, que seguram a nossa mao e ajudam a carregar nossos fardos.
Amigos nao julgam, nao condenam, nao ferem, nao maltratam, nao discriminam e, principalmente,
jamais se afastam. Amigos sao pessoas especiais, que olham para nos, com se nos visse com os nossos
proprios olhos, cheios de ternura, compreensao e aceitaçao incondicional. Tenho pra mim que o verdadeiro amigo e aquele que nos salva, apenas porque sabemos que podemos contar com a sua pre-
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sença, a qualquer hora, principalmente quando a hora e
aquela mais dolorosa.
E e por isso que um verdadeiro amigo nao tem preço,
pois como diz a cançao –
“Amigo e coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito, dentro do coraçao”. A
amizade e impagavel com os Os jogadores de cartas. Gaetano Bellei. Modena (1857-1922) Fonte: https://
tesouros da terra. Por isso, rceliamendonca.wordpress.com/2011/02/03/temas-da-pintura-amizade-2/
quero apenas agradecer com
todo o afeto do meu coraçao, aos queridos amigos que representam a comunidade academica
Pio Decimo: gestores, professores, alunos, coordenadores, funcionarios que realizam e marcam
o cotidiano institucional nao so com a força do trabalho competente e adequado, mas, sobretudo porque contribuem para o nascimento de uma comunidade de amigos.
E e por isso que nesse mes de maio, mes que alimenta o amor, devo dizer a todos o que o meu
coraçao sente por cada um que compartilha o ideal de uma formaçao profissional etica, educada, sensível, amparada em praticas sociais que revelam e destacam A AMIZADE como um valor
humano perene e universal – bem maior que deve ser preservado, cuidado, ensinado como LIÇAO NUMERO UM, a ser repetida exaustivamente para o bem de cada um e de todos. Vivamos
entao, exageradamente, a Pedagogia da Amizade.
AMIGOS SAO ANJOS DE DEUS, que nos ajudam
a cerzir os buracos que se abrem, de vez em
quando, em nossas tendas de luz.
Assim, almejo que em cada sala de aula, cada
aluno, cada professor, cada funcionario, possa
refletir sobre o valor da verdadeira amizade
elegendo o seu anjo de luz, instituindo a cada
Anjos. Rafael Sanzio (1483-1520). Fonte: http:// dia, o momento oportuno para demonstrar eswww.bonde.com.br/?id_bonde=1-12--288-20130328
sa amizade. Porque vivemos um tempo arido,
de correrias e desencontros precisamos abraçar mais, trocar aperto de maos, olhar no olho, tocar o coraçao do outro, ficar juntinho, proteger, agradecer...
É por tudo isso que devo dizer a todos os amigos - Muito obrigada pela mão gentil
que repousa sobre os meus ombros, e pelas doces e cariciosas palavras que aquietam a minha alma às vezes tão destrambelhada. Com vocês queridos amigos avisto
horizontes inimagináveis, não vejo barreiras nem pedras e sei muito bem para onde
devo ir, caminhando e cantando de bem com a vida, na companhia desse sincero e
precioso afeto.
MUITO OBRIGADA!
Sônia Azevedo
Coluna Notícias Comentadas
ACADÊMICOS DO CURSO DE PEDAGOGIA NA SEMANA DOS MUSEUS
15 de maio de 2014. No auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe o mundo das artes sergipanas esteve em pauta. Em uma noite aprazível, sob a brisa oriunda do Rio Sergipe mais
de cem alunos do curso de Pedagogia da Faculdade Pio Décimo lotaram as dependências do mais
tradicional auditório sergipano no intuito de participar das atividades alusivas da Semana Nacional de Museus. Na tribuna estava o renomado professor Paulo Knauss, Mais uma vez a Pedagogia
mostra sua roupa nova e ultrapassa os muros do ensino.
II SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR E COMUNICAÇÃO DE PESQUISAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
No dia 29 de maio foi realizado no Campus I da Faculdade
Pio Décimo o II Semin|rio de Integraç~o Curricular e Comunicaç~o de Pesquisas e Pr|ticas pedagógicas, com o
tema “Autonomia Pedagógica, Produç~o Criativa e Diversidade na Sala de Aula”. O evento foi marcado pela culmin}ncia das atividades desenvolvidas nas disciplinas do
Curso de Pedagogia e reforçou o seu car|ter de continuidade investigativa, ao promover a vinculaç~o da docência
{s pr|ticas de pesquisa e extens~o. Ao longo da noite ocorreram apresentações das pesquisas desenvolvidas nas
mais diversas disciplinas, além da apresentaç~o dos relatórios de iniciaç~o científica e dos Trabalhos de Conclus~o
de Curso (TCC). O evento contou ainda com atividades
lúdicas, exposiç~o de recursos e livros did|ticos produzidos pelos discentes, contaç~o de histórias com Coracy
Shueler e a culmin}ncia com a apresentaç~o do samba de
coco de Nossa senhora do Socorro.
AULA-PASSEIO NO MUSEU DA GENTE
SERGIPANA
No dia 17 de os alunos do sexto período do curso de
Pedagogia participaram de uma atividade interdisciplinar no Museu da Gente Sergipana, envolvendo os
professores Geilza Ramos, Maria de Lourdes Porfírio
ramos Trindade dos Anjos e Magno Francisco de Jesus Santos. A atividade pedagógica teve como propósito promover a discuss~o acerca dos usos dos espaços museológicos como recurso para as aulas de Ciências, Geografia e História e contou com ampla participaç~o dos discentes.
CIRCUITO ACADÊMICO DE TEMAS INTERDISCIPLINARES
No dia 22 de maio foi realizada mais uma ediç~o do Circuito Acadêmico, que teve como tema ações de Sensibilizaç~o para o ENADE. O evento foi destinado aos acadêmicos do sexto e sétimos períodos e buscou promover um
debate acerca da relev}ncia do sistema de avaliaç~o para
as instituições e alunos. No primeiro encontro foram palestrantes os professores Clériston S. Silva e Maria AntôII OFICINA DO LÚDICO-SUCATÃO
nia Arimatéia, integrante da Comiss~o Pró-ENADE de PeNo dia 14 de maio foi realizada mais uma ediç~o da Oficina do dagogia.
Lúdico-Sucat~o, coordenada pela professora Norma Rosane
Mangueira Cabral. A oficina apresentou os resultados das atividades desenvolvidas pelos discentes na disciplina “Recreaç~o,
Jogos e brincadeiras na EI e EF”, com ênfase para a proposta da
reciclagem e da responsabilidade social.
WORKSHOP DE ENSINO DA MATEMÁTICA
A professora Terezinha Maria dos Santos organizou no dia 14 de
maio o Workshop sobre jogos matem|ticos, com ênfase para os
usos do lúdico no ensino da matem|tica nas séries inicias. Os
alunos de Fundamentos e Metodologia do Ensino da Matem|tica
nas séries iniciais tiveram uma oportunidade de expor ações
que visavam promover o ensino da matem|tica por meio de jogos. É mais uma aç~o do curso de Pedagogia da Faculdade Pio
Décimo.
Equipe Editorial:
Sônia Maria de Azevedo Viana (Coord. Pedagogia)
Jamily Fehlberg (Psicologia, Pedagogia, NDEPedagogia)
Magno F. de Jesus Santos (Coord. NEPHES)
Maria de Lourdes Porfírio Ramos Trindade dos
Anjos (NUFORD)
Contato:
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