o documento na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho
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1 ESTUDO SIAL 2008 Oportunidades para Alimentos e Bebidas na Europa Segmentos: Bebidas Destiladas Café Carnes ( Bovina, Suína e de Aves) Chocolates, Balas e Confeitos Frutas e Sucos de Frutas Massas e Preparações Alimentícias Produtos Orgânicos Vinhos e Vermutes Elaborado pelas: Unidade de Inteligência Comercial Apex-Brasil Tel: +55 61 3426.0202 Fax: +55 61 3426.0263 www.apexbrasil.com.br Copyright © 2008 Apex-Brasil Todos os direitos reservados Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 2 ESTUDO SIAL 2008 Oportunidades para Alimentos e Bebidas na Europa Segmentos: Bebidas Destiladas Café Carnes ( Bovina, Suína e de Aves ) Chocolates, Balas e Confeitos Frutas e Sucos de Frutas Massas e Preparações Alimentícias Produtos Orgânicos Vinhos e Vermutes Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. i Alessandro G. Teixeira PRESIDENTE DA APEX-BRASIL Maurício Borges DIRETOR DE NEGÓCIOS Ricardo Schaefer DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO Ana Paula Repezza Ex-Coordenadora da Unidade de Inteligência Comercial Coordenadora da Unidade de Relações com Clientes Marcos Tadeu Caputi Lélis Coordenador da Unidade de Inteligência Comercial (UIC) EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL COLABORAÇÃO Articulação Internacional Assessoria Econômica Inteligência Competitiva Mercados Regionais Unidade de Investimentos SEDE Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco B, Edifício CNC, 10 º andar. CEP 70.041-902 Brasília – DF Tel. 55 (61) 3426.0202 Fax. 55 (61) 3426.0263 E-mail: [email protected] Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 2 © 2008 Apex-Brasil Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. Autores: Maria Paula Velloso Sophia Cavalcanti Costa Apoio: Rafaela Albuquerque e Guilherme Lima Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 3 Índice 1. Introdução.............................................................................................................................................................. 4 1.1. Características da SIAL.................................................................................................................................. 4 1.2. Metodologia ................................................................................................................................................. 5 2. Visão Geral da Europa para o setor de Alimentos e Bebidas ................................................................................. 6 2.1. Projeções de consumo dos principais países europeus ............................................................................... 7 3. Comércio Exterior – Brasil e alguns países selecionados ....................................................................................... 9 4. Logística, Medidas Tarifárias e Não-Tarifárias e Distribuição .............................................................................. 10 4.1. Logística...................................................................................................................................................... 10 4.2. Barreiras Tarifárias, Não-tarifárias e Segurança Alimentar ........................................................................ 11 4.3. Sistema de Transporte ............................................................................................................................... 12 4.4. Perfil Varejista ............................................................................................................................................ 15 5. Oportunidades setoriais para Alimentos e Bebidas ............................................................................................. 16 5.1. Bebidas Alcoólicas ...................................................................................................................................... 16 5.1.1. Bebidas Destiladas ............................................................................................................................ 17 5.1.2. Vinhos e Vermutes ............................................................................................................................ 26 5.2. Café ............................................................................................................................................................ 35 5.3. Carnes......................................................................................................................................................... 48 5.3.1. Carne Bovina ......................................................................................................................................... 49 5.3.2. Carne Suína............................................................................................................................................ 62 5.3.3. Carne de Aves ........................................................................................................................................ 67 5.4. Chocolates, Balas e Confeitos .................................................................................................................... 77 5.5. Frutas e Sucos de Frutas............................................................................................................................. 89 5.6. Massas e Preparações Alimentícias .........................................................................................................105 5.7. Produtos Orgânicos ..................................................................................................................................114 6. Conclusão ...........................................................................................................................................................118 Anexo 1 .....................................................................................................................................................................119 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 4 1. Introdução O estudo analisa oportunidades para os produtos brasileiros dos setores de Alimentos e Bebidas apoiados pela Apex-Brasil que estarão presentes na Feira SIAL, na França, no período de 19 a 23 de outubro de 2008. Os setores escolhidos foram frutas e sucos de frutas, café, carne bovina, carne de aves, carne suína, bebidas destiladas, vinhos e vermutes, chocolates, balas e confeitos, massas e preparações alimentícias e produtos orgânicos, baseados na classificação desenvolvida pela SECEX, listada no anexo 1. Para cada setor, foram identificados os cinco principais mercados europeus, levando em consideração o aumento do consumo do país nos últimos anos, a evolução das importações mundiais e das exportações brasileiras para a região. Optou-se pelos países da Europa, incluindo o Leste Europeu, uma vez que o evento será realizado na França e que, de acordo com o levantamento das edições anteriores da SIAL, 65% do público é europeu. Nesse sentido, serão aqui apresentadas as principais oportunidades e tendências de consumo do mercado europeu, para auxiliar na elaboração de estratégia de inserção nesses mercados. 1.1. Características da SIAL A SIAL, “Salon International de l'Agroalimentaire 2008”, será realizada no período de 19 a 23 de outubro, em Paris. A feira ocorre a cada dois anos e é reconhecida como uma das mais importantes feiras mundiais voltada ao setor de alimentos e bebidas, antecipando tendências e mobilizando formadores de opinião do setor. A última edição ocorreu em 2006 e, de acordo com dados da própria feira, estiveram presentes aproximadamente 5.300 expositores de 99 países. Já o público presente totalizou 140 mil visitantes de 191 países, sendo 45% franceses e 55% estrangeiros. Além disso, estima-se que 1.400 jornalistas participaram da edição de 2006. De acordo com as estatísticas obtidas durante o evento, 80% dos visitantes tem poder de decisão no processo de compra em seus países. Os gráficos abaixo apresentam a participação por região dos visitantes da SIAL em 2006. SIAL 2006 - Participação dos visitantes África; 5% Ásia e Oriente Médio; 14% Fonte: Site SIAL , Elaboração UIC Apex-Brasil Trading; 5% Oceania; 2% América Latina; 7% América do Norte; 7% Europa (fora EU); 12% SIAL 2006 - Perfil dos visitantes Serviços de alimentação; 17% Distribuidores ; 44% União Européia; 53% Indústria de alimentos; 34% Fonte: Site SIAL , Elaboração UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 5 1.2. Metodologia Para cada país, foram elaborados gráficos e tabelas que serão explicados, a seguir: Gráfico: Matriz de Posicionamento A Matriz de Posicionamento tem o objetivo de mostrar o posicionamento do Brasil frente aos dez principais países concorrentes. Além de indicar a posição que cada país ocupa no mercado-alvo em análise, mediante o ranking destacado entre parênteses junto ao nome de cada país, mostra o crescimento das exportações desses países e a variação da participação de mercado (market share). O objetivo é visualizar não só a posição estática do último ano em análise, mas também analisar como os países vêm se comportando na pauta de importações do mercado-alvo ao longo dos 5 anos, com perda ou ganho de competitividade. Nos casos onde o Brasil não está entre os dez maiores fornecedores para o mercadoalvo, o país será incluído e destacada a sua posição no ranking. A construção da Matriz de Posicionamento para os setores seguiu as seguintes padronizações: Bolhas: representam os dez principais países fornecedores para o mercado-alvo daqueles setores selecionados; Tamanho da bolha: representa o total exportado em US$ por cada um dos 10 principais países fornecedores para o mercado-alvo. Portanto, quanto maior a bolha, maior volume aquele país exporta para o mercado-alvo; Eixo X: representa a média do crescimento das exportações dos grupos de produtos dos setores selecionados para o mercado-alvo entre 2002 e 2007; Eixo Y: representa a variação da participação de mercado (market share) no mercado-alvo de cada país fornecedor. Essa variação foi estabelecida como a diferença percentual da participação entre o último ano (2007) e o primeiro ano (2002) do período em análise; Valor de referência: ajuda a visualização do quanto representa o tamanho da bolha em US$. Visualização de um exemplo de Matriz de Posicionamento: Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos percentuais) Matriz de Posicionamento de setor "A" no mercado-alvo "B" Dez Principais Fornecedores 2002/2007 6,0 eixo: Y França (3) Bélgica (2) 4,0 Brasil (1) 2,0 Polônia (8) Itália (6) 14% 18% 0,0 0% -2,0 -4,0 10% 20% República Tcheca (10) 30% eixo: X 40% Espanha (9) Suíça (7) Países Baixos (5) -6,0 Irlanda (4) -8,0 Valor de Referência = US$ 100 mi -10,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008 Tabela: Seleção de produtos com maior potencial para negócios Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios, são pesquisados os produtos relacionados a cada setor, por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se pelo menos as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 6 a) b) c) d) e) f) g) Crescimento das exportações brasileiras do produto para o mercado-alvo; Crescimento das importações mundiais do produto pelo mercado-alvo; Valor total das importações mundiais do produto pelo mercado-alvo; Percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo; Oscilação do valor das importações do produto pelo mercado-alvo, ao longo do período analisado; Informações setoriais; Contexto econômico mundial, brasileiro e do mercado-alvo. Esses produtos são apresentados em uma tabela no final da seção de cada setor. Gráfico dos Preços Médios Para alguns setores foram elaborados gráficos de preços médios que consistem na comparação dos preços dos dez principais países fornecedores para o mercado-alvo. O preço médio foi calculado dividindo valor das importações em dólar pelo volume de importações (expressado em Kg ou Ton). O gráfico de preços médios não será apresentado quando as unidades de medidas de volume forem diferentes, impossibilitando a comparação entre os países. Tabela: Barreiras Tarifárias Para cada setor foi elaborada uma tabela com as tarifas alfandegárias aplicadas pelo mercado-alvo para os 5 principais fornecedores + Brasil. Vale destacar que nos casos que os países fornecedores estão localizados na União Européia, os mesmos foram retirados da análise de barreiras tarifárias, pois o intercâmbio de produtos entre esses países beneficia-se de tarifa de 0,00% (zero). Nesses casos, foram selecionados os principais países fornecedores para determinado mercadoalvo que não fossem membros da União Européia. 2. Visão Geral da Europa para o setor de Alimentos e Bebidas Durante a leitura das informações contidas nesse estudo, deve-se ter em mente as divergências existentes entre os países localizados na região da Europa. Mesmo com grandes diferenças geográficas, no entanto, ao analisar os padrões de consumo nos países europeus foi possível observar tendências convergentes, na sua maior parte ligadas a fatores como: o aumento da renda e qualidade de vida, a globalização e a exposição a uma variedade maior de alimentos e bebidas, bem como forte penetração das grandes redes varejistas de países de alta renda em outros países. Um dos primeiros aspectos observados é o declínio dos gastos com alimentos e bebidas à medida que a renda das famílias aumenta. É comum que os países mais pobres apresentem maior percentual de seu consumo privado total com alimentação, restando menos renda para outras atividades importantes, como saúde, educação e de lazer, por exemplo. No caso dos países mais desenvolvidos, o percentual gasto com alimentação em relação ao consumo privado total é relativamente menor, possibilitando gastos outros, como em atividades culturais e lazer. Isso é possível porque, apesar de existir um percentual mínimo essencial destinado aos gastos com alimentação, a partir do aumento da renda dos indivíduos, esses passam a destinar proporcionalmente menos de sua renda ao consumo de produtos alimentícios. 1 Nos gráficos abaixo, faz-se uma comparação do crescimento anual do PIB com a variação dos gastos com alimentos e bebidas na Romênia e no Reino Unido. De acordo com o que foi mencionado acima, nota-se, por exemplo, que no período de 2006-2007 o crescimento do PIB do Reino Unido foi de 3,1%, enquanto os gastos com alimentos registraram variação de 12,5%. No caso da Romênia, o aumento dos gastos com alimentação acompanha o crescimento do PIB. No último ano o PIB cresceu 6,0%, enquanto os gastos com alimentação variaram 35,4%. 1 Trata-se aqui, do crescimento anual do PIB em US$. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 7 40 Romênia PIB vs Consumo de Alimentos e Bebidas (%) 40 35 35 30 30 25 25 20 20 15 15 10 10 5 5 0 0 2002-03 2003-04 2004-05 2005-06 2006-07 Gastos com alimentos e bebidas (%) Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC, Apex-Brasil PIB - % Reino UnidoPIB vs Consumo de Alimentos e Bebidas (%) 2002-03 2003-04 2004-05 2005-06 2006-07 Gastos com alimentos e bebidas (%) PIB - % Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Uma segunda tendência observada é o aumento da preocupação com a saúde, o que motivou o bom desempenho dos produtos mais saudáveis, como produtos frescos, orgânicos e outros. Exigente, 90% dos consumidores europeus consideram importante melhorar os hábitos alimentares, o que se reflete na busca por alternativas de boa qualidade e na preocupação com os benefícios que os produtos podem proporcionar à saúde. Essa preocupação com o bem-estar, alimentação saudável e prevenção de problemas de saúde deverá motivar crescimento das vendas desses produtos da ordem de 10% nos próximos cinco anos, e as empresas que souberem comunicar as qualidades de seus produtos deverão ter maior êxito no mercado europeu. Além disso, os consumidores se mostram dispostos a pagar mais caro por esse tipo de mercadoria. Outro ponto a ser observado é o ritmo de vida cada vez mais estressante em alguns países. Por essa razão, produtos de conveniência e “comfort food” são uma tendência crescente e foram considerados importantes para 82% dos consumidores europeus e americanos. Na Europa e América o consumo de produtos de rápido preparo e refeições prontas deverão dobrar em dez anos. Alimentos que se adequarem a questão da conveniência somada à saúde têm ótimo potencial e deverão dobrar até 2017. Ainda, a globalização facilita o acesso a alimentos de culturas e sabores diferentes. Aliado a isso, os consumidores de hoje estão procurando experiências mais intensas e se mostram mais dispostos a experimentar novos produtos. 2.1. Projeções de consumo dos principais países europeus O gráfico a seguir apresenta as projeções da variação do PIB vs a variação do consumo privado dos principais países europeus para o período de 2008 a 2012. No eixo “x” estão apresentadas as variações do PIB real e no eixo “y” as variações do consumo privado. Nota-se que quanto maior for a variação do consumo privado em comparação a variação do PIB, maior a necessidade do país em importar os produtos para consumo privado para suprir a sua demanda interna, como ocorrerá com a Rússia, Ucrânia, Romênia e Lituânia. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 8 Projeções de consumo 2008-2012 - Europa PIB x Consumo Privado 12,0 Variação do Consumo Privado (%) - 2008-2012 Rússia 10,0 Ucrânia 8,0 Romênia Lituânia 6,0 Sérvia 4,0 Chipre Eslovênia França Suécia Letônia Suíça Áustria Dinamarca Alemanha Hungria Irlanda Países Baixos Bélgica Reino Unido Espanha Itália Noruega 2,0 Eslováquia Croácia Polônia Turquia Estônia Finlândia Grécia República Tcheca Bulgária 0,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 Fonte: The Economist Intelligence Unit. Elaboração: UIC/Apex-Brasil 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 Variação do PIB real (%) - 2008-2012 2 Nos próximos gráficos estão apresentadas as projeções da variação % das vendas de alimentos e bebidas não alcoólicas e bebidas alcoólicas no varejo na Europa no período de 2008-2012. Como se pode perceber, os maiores crescimentos estão nos países do Leste Europeu que enfrentaram no passado anos de estagnação econômica e agora vivenciam crescimento da economia, o que reflete em um aumento do poder de compra da população, especialmente para produtos do setor de alimentos e bebidas. Ucrânia Bielo-Rússia Letônia Rússia Romênia Lituânia Turquia Bulgária Polônia Croácia Noruega Portugal Eslovênia Estônia Grécia Eslováquia Espanha Suécia República Tcheca França Bélgica Hungria Países Baixos Dinamarca Reino Unido Itália Finlândia Áustria Suíça Alemanha Irlanda 23,60% 14,02% 13,14% 13,10% 13,04% 9,80% 7,49% 7,21% 6,57% 6,47% 5,07% 4,40% 4,10% 4,05% 4,00% 4,00% 3,15% 3,15% 3,07% 3,05% Projeção da variação % das vendas de alimentos e bebidas não alcoólicas no varejo: 2008-2011 Europa e Leste Europeu 2,87% 2,72% 2,52% 2,42% 2,22% 2,15% 1,92% 1,87% 1,37% 1,12% -0,35% Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC Apex-Brasil 2 Nota: Refere-se à estimativa de aumento no total das vendas no varejo, sem considerar o efeito no aumento do preço ao longo dos anos. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 9 Ucrânia Bielo-Rússia Bulgária Romênia Estônia Lituânia Letônia Rússia Polônia Noruega Grécia Hungria Reino Unido Croácia Itália Portugal Bélgica Irlanda Dinamarca França Suécia Finlândia Eslovênia Eslováquia Áustria Espanha República Tcheca Suíça Alemanha Países Baixos Turquia 24,3% 15,6% 12,0% 11,4% 10,6% 10,4% 8,5% 8,2% 6,2% 6,1% 5,9% Projeção da variação % das vendas de de bebidas alcoólicas no varejo 2008-2011 Europa e Leste Europeu 4,7% 4,4% 4,4% 4,2% 3,3% 3,0% 3,0% 2,9% 2,8% 2,6% 2,6% 2,6% 2,5% 1,6% 1,6% 1,1% 0,9% 0,6% -0,2% -2,9% Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC Apex-Brasil 3. Comércio Exterior – Brasil e alguns países selecionados 3 No período de 1999 a 2007 as exportações brasileiras de alimentos e bebidas para Europa aumentaram 146%. Nota-se que o crescimento foi constante ao longo dos anos. Em 2007, o total exportado pelo Brasil desses produtos para a União Européia totalizou US$ 14,3 bilhões. Vale destacar que esse grupo de produtos inclui itens manufaturados, 4 semimanufaturados e básicos, baseados nos setores SECEX . Corrente Comercial Brasil x União Européia Alimentos e Bebidas US$ milhões 6.258 7.008 6.654 6.614 6.070 11.349 14.345 10.436 10.827 10.021 10.323 10.715 408 414 503 634 769 2003 2004 2005 2006 2007 8.694 7.068 15.113 8.285 5.823 5.640 435 430 414 394 1999 2000 2001 2002 Exp. Brasileiras Imp. Brasileiras Corrente Comercial Fonte: GTIS - Elaboração UIC Apex-Brasil 3 Para esta análise foram considerados os 27 países da União Européia: Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Reino Unido. 4 Setores SECEX para Alimentos e Bebidas: Açúcar e álcool; Água mineral e refrigerantes; Bebidas destiladas; Cacau e prod. de confeitaria ; Café; Carne bovina; Carne suína; Cereais em grão e esmagados; Cerveja; Chá, mate e especiarias; Chocolates; balas e confeitos; Demais carnes; Frutas; Leite e laticínios; Gorduras e óleos animais e vegetais; Massas alimentícias e preparações alimentícias; Outros açúcares; Peixes e crustáceos; Preparações de carnes, peixes e crustáceos; Sementes oleaginosas; Soja ; Sucos e Vinhos, vermutes e vinagres. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 10 Destino das exportações brasileiras de alimentos e bebidas para os países da União Européia (27) 2007 Portugal 3% Reino Unido 8% Suíça 1% Outros 9% Países Baixos 28% França 8% Alemanha 13% Bélgica 9% Itália 9% Espanha 12% Fonte: GTIS, Elaboração UIC - Apex Brasil Os principais destinos das exportações brasileiras para os países da União Européia, em 2007, estão listados no gráfico abaixo. Mais da metade (53%) das exportações brasileiras se concentraram em três países: Países Baixos, Alemanha e Espanha. A situação do Leste Europeu é bem diferente do restante da Europa. Se considerarmos o Leste Europeu, o país mais representativo em termos de valor é a Rússia, uma vez que a participação dos outros países em relação ao fornecimento brasileiro é muito inferior. Em 2007, o Brasil exportou US$ 3,21 bilhões do setor de alimentos e bebidas para o mercado russo e importou do país US$ 7,3 milhões, o que torna o Brasil superavitário em US$ 3,2 bilhões neste setor. 4. Logística, Medidas Tarifárias e Não-Tarifárias e Distribuição 4.1. Logística O gráfico a seguir apresenta o índice de performance logística de autoria do Banco Mundial para os países da Europa. O índice considera sete critérios para criar um ranking dos países: aduana, infra-estrutura, facilidade de embarque, serviços logísticos, facilidade de rastreamento, custo interno de logística e tempo logístico. Para cada um destes critérios, é atribuída uma pontuação de 1 (menos competitivo) a 5 (mais competitivo). Juntos, os critérios compõem o Índice de Performance Logística, cuja a pontuação máxima é 5. Índice de peformance logística dos Principais Países da Europa Sérvia e Montenegro Moldávia Rússia Macedônia Bósnia e Herzegovina Bielo-Rússia Ucrânia Lituânia Bulgária Romênia Estônia Letônia Polônia República Tcheca 2,31 2,37 2,43 2,46 2,53 2,55 2,78 2,87 2,91 2,95 3,02 3,04 3,13 Eslovênia 3,14 Hungria 3,15 3,15 Turquia Grécia Portugal Espanha Luxemburgo Itália França 3,36 3,38 3,52 3,54 3,58 3,76 Noruega 3,81 Finlândia 3,82 3,86 3,89 3,91 3,99 Dinamarca Bélgica Irlanda Reino Unido De acordo com este ranking os Países Baixos obtiveram a maior pontuação na Europa, 4,18 pontos. Isso pode ser explicado pela 2,28 Suíça Áustria 4,02 4,06 Suécia 4,08 Alemanha 4,10 Países Baixos 4,18 Fonte: Banco Mundial - Elaboração: UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 11 característica do país como re-exportador de produtos, especialmente alimentos e bebidas, para a região européia. Em seguida, estão destacados os países, a saber: Alemanha (4,10 pontos), Suécia (4,08 pontos), Áustria (4,06 pontos) e Suíça (4,02 pontos). Na mesma análise o Brasil obteve 2,75 pontos. Embora distante dos principais países europeus, o desempenho do Brasil foi superior ao desempenho da Rússia (2,37 pontos), mercado selecionado para alguns produtos brasileiros. Os mercados dos Países Baixos, Alemanha, Reino Unido, França, Polônia e Rússia foram selecionados para o detalhamento dos critérios que compõem o índice de performance logística, por serem identificados como mercados potenciais para diversos setores apresentados nesse estudo. Os dados do Brasil foram aduana (2,39 pontos), infra-estrutura (2,75 pontos), facilidade de embarque (2,61 pontos), serviços logísticos (2,94 pontos), facilidade de rastreamento (2,77 pontos), custo interno de logística (2,58 pontos) e tempo logístico (3,1 pontos). Pontuação dos principais países europeus nos critérios que compõem o Índice de Performance Logística 4,0 3,9 4,3 4,2 4,1 3,7 4,1 3,9 3,9 3,8 4,3 4,2 4,0 4,1 4,1 4,1 3,8 3,6 4,4 4,3 4,3 3,9 3,6 3,5 2,9 2,7 3,1 3,0 2,9 3,2 2,7 2,5 2,2 4,0 2,5 2,3 2,2 2,3 2,2 2,9 2,4 1,9 Aduanas Infra-estrutura Países Baixos Facilidade de embarque Alemanha Serviços logísticos Reino Unido Facilidade de rastreamento França Custos de logística interna Polônia Duração Rússia Fonte: Banco Mundial - Elaboração: UIC Apex-Brasil 4.2. Barreiras Tarifárias, Não-tarifárias e Segurança Alimentar As barreiras tarifárias aplicadas pelos mercados europeus selecionados para o Brasil e os principais países fornecedores são apresentadas em cada setor. Vale destacar, no entanto, que as tarifas existentes no comércio entre os países membros da União Européia são de 0,00% (zero), o que se configura como uma desvantagem para os países exportadores não pertencentes ao Bloco, como é o caso do Brasil. Como este estudo aborda uma diversidade de setores e produtos, seria inviável analisar as barreiras tarifárias e nãotarifárias para todos os potenciais produtos brasileiros no mercado europeu. As informações referentes a barreiras tarifárias e não-tarifárias, como certificações necessárias para exportar mercadorias, podem ser visualizadas na base de dados TARIC, que congrega todas as medidas relacionadas ao assunto: - http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds/cgi-bin/tarchap?Lang=PT Informações atualizadas relativas à Segurança Alimentar - controles fitossanitários, embalagem e rotulagem de produtos, e outros temas específicos - são disponibilizadas no site da União Européia: Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 12 - http://ec.europa.eu/food/index_pt.htm Outras informações podem ser obtidas através de consultas a Direção-Geral da Saúde e da Defesa do Consumidor da Comissão Europeia: - http://ec.europa.eu/food/index_pt.htm 4.3. Sistema de Transporte Fator importante para aumentar a competitividade da indústria e serviços de um país, a infra-estrutura de transporte da Europa Ocidental diverge bastante das condições encontradas no Leste Europeu, pois algumas ex-repúblicas soviéticas passam por processo de transformação, sem ainda apresentar boas condições de infra-estrutura. 5 Nos países membros do EU-25, enquanto o transporte de bens cresceu a uma média de 2,8% a.a. no período de 1995 a 6 2005, o transporte de passageiros cresceu a 1,8% de 1995 a 2004. É interessante observar que a variação do transporte de bens superou o aumento do PIB, em valor constante, que foi de 2,3% para esse grupo de países. No total, o PIB registrou um acréscimo de 25% entre 1995 e 2005 e o transporte de bens acumulou variação positiva de 31%, como pode ser observado no gráfico abaixo. Fonte: Eurostat e Comissão Européia. Panorama dos Transportes. Luxemburgo, 2007. 174 p. A publicação pode ser obtida através do site: http://ec.europa.eu/eurostat. Os principais fatores responsáveis pelas mudanças que vêm ocorrendo no sistema de transportes europeus são as alterações na estrutura e locais de indústrias manufatureiras, as transformações dos processos produtivos em detrimento 5 6 Para fins da análise o transporte de bens foi mensurado em toneladas por quilômetro. No caso do transporte de passageiros, a medida usada é de passageiros por quilômetro. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 13 7 da crescente demanda por entregas “just in time” , aumento da demanda pela mobilidade de pessoal do setor de serviços e maior número de pessoas com automóvel próprio, dentre outros. No gráfico seguinte, nota-se a participação dos diferentes modais de transporte em relação ao total contabilizado em frete no ano de 2005, para os países que compõem o EU-25. Percebe-se que 44,2% envolvem o transporte rodoviário, enquanto 39,1% correspondem ao modal marítimo. O transporte aéreo, ferroviário e aquaviário (sem o marítimo) têm pouca representatividade. Nesse contexto, a demanda tem impacto direto nas mudanças ocorridas no sistema de transportes e no conseqüente aumento de participação do modal rodoviário, que registrou o maior crescimento dentre todos os modais: 37,9%. Tal aumento segue tendências como a procura crescente pelos serviços “door-to-door” e “just-in-time”, anteriormente comentado. Após o transporte rodoviário, o transporte marítimo registrou a segunda maior variação, 34,6%. * Para o transporte aéreo e marítimo foram usados apenas os dados do tráfico intra-União Européia. Fonte: Eurostat e Comissão Européia. Panorama dos Transportes. Luxemburgo, 2007. 174 p. A publicação pode ser obtida através do site: http://ec.europa.eu/eurostat. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. A seguir, são apresentados os números de rodovias e ferrovias para os países que compõem o grupo EU-25 e Estados Unidos. A União Européia possui uma das maiores redes de transportes do mundo, chegando a ultrapassar o número de ferrovias dos Estados Unidos. A preponderância das ferrovias é uma realidade para maioria dos países europeus, como exposto no gráfico abaixo, na comparação entre 2003 e 1995, É importante frisar que o leitor desse estudo deve levar em consideração as dimensões territoriais dos países ao interpretar as diferenças apresentadas no mesmo. No quesito rodoviário, a Europa também apresenta melhor infra-estrutura que os Estados Unidos se consideradas as estradas, avenidas, rodovias estaduais e municipais. Todavia, os dados apresentados abaixo estão subdimensionados, pois a classificação das estradas diverge entre os vários países europeus, não sendo possível uma mensuração acurada do número de rodovias, em específico. Por este motivo, no gráfico a seguir os Estados Unidos apresentam um maior número de rodovias em 2003. A comparação em 1995 não pode ser realizada, pois não existiam dados disponíveis do EUA, naquele ano. 7 A expressão é usada para indicar quando o processo produtivo está planejado de modo a responder às demandas rapidamente, sem existir a necessidade de qualquer estoque adicional. Produz-se o necessário, na quantidade necessária, no momento necessário. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 14 Fonte: Eurostat e Comissão Européia. Panorama dos Transportes. Luxemburgo, 2007. 174 p. A publicação pode ser obtida através do site: http://ec.europa.eu/eurostat. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. A Alemanha apresenta a maior rede ferroviária com 36.054km, o que representa 18% do total do EU-25. A França e Polônia vêm logo atrás da Alemanha, com 14,7% e 10%, respectivamente. Em termos de densidade da rede de infra-estrutura, no entanto, a República Tcheca fica em primeiro lugar, com 122 km por 1000 km2, na frente da Bélgica e Luxemburgo com 115 km e 106 km. A Alemanha cai para quarta posição com 101 km. Fonte: Eurostat e Comissão Européia. Panorama dos Transportes. Luxemburgo, 2007. 174 p. A publicação pode ser obtida através do site: http://ec.europa.eu/eurostat. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. O declínio de 8% no número de ferrovias do bloco (EU-25) resultou de diminuições nas três principais redes ferroviárias da Alemanha (12%), França (14%) e Polônia (24%). Em relação à rede rodoviária, também a Alemanha fica em primeira posição, com uma participação de 21% no total dos países que compõem o EU-25. A França e Espanha ficam em segundo, empatadas com 18%. Em relação ao transporte, aéreo a situação não é muito diferente: a Europa possui um dos espaços aéreos mais ocupados do mundo. Em 2004, os países membros da EU-25 tinham cerca de 370 aeroportos, dos quais 255 eram aeroportos com fluxo de pessoas de pelo menos 150 mil passageiros, e 112 eram aeroportos grandes ou muito grandes com fluxo de pelo menos 1,5 milhões de pessoas ao ano. Os aeroportos passam a ter papel mais importante para o transporte de mercadorias, em especial para os produtos perecíveis, como as frutas, por exemplo. Alguns países europeus, seguindo a tendência por produtos saudáveis, já apresentam demanda disposta a pagar mais caro pelos produtos mais frescos. No caso da Polônia, o país se destaca pela sua localização, entre a Europa Ocidental e o Leste Europeu. Entretanto, o sistema de transporte precisa de melhorias. Algumas cidades oferecem serviços de qualidade como é o caso de Cracóvia. Todavia a malha ferroviária como um todo carece de grande reestruturação. Como o país é novo membro da União Européia, seu governo sofre pressões do bloco para privatizar e reestruturar os serviços de transporte. Além disso, a decisão da União das Associações Européias de Futebol (UEFA) de sediar a Euro 2012 na Polônia e Ucrânia deverá aumentar Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 15 o fluxo de investimento externo para esses países, e conseqüentemente melhorias na malha ferroviária e rodoviária nos próximos anos. Para a maioria das ex-repúblicas soviéticas a situação da infra-estrutura de transporte é bem diferente. Na Rússia, após ser negligenciada por duas décadas, a infra-estrutura do sistema de transportes russo passa por mudanças. Em 2006, os fretes relacionados a todos os modais de transporte, com exceção dos oleodutos, movimentaram 2,100 bilhões de toneladas/quilômetro, dos quais 90% correspondem ao transporte ferroviário. O sistema ferroviário soma 87.000 km de comprimento, mas apenas metade funciona com energia elétrica e carece de modernização e reparações técnicas. Em 2001 foi lançado um programa com intuito de privatizar o sistema até o ano de 2010. O sistema rodoviário, por sua vez, conta com 870.000 km de estradas (est. 2005), com apenas 738.000 km pavimentados, número baixo em relação ao padrão ocidental. Em relação ao transporte aéreo, o número de passageiros aumentou bastante, mas continua menor do que no período soviético, em virtude de crise aérea da aviação civil e fim dos subsídios soviéticos. Ademais, existem no país 43 portos marítimos, cujos maiores são São Petesburgo, Kaliningrad, Novorossisk, Sochi, Vladivostok, Nakhodka, Magadan e Petropavlovsk, que passam por expansão agressiva por causa dos interesses no petróleo russo. 4.4. Perfil Varejista Quando da comercialização de produtos alimentícios, tem-se que atentar para os melhores pontos de venda para cada tipo de produto. A partir dos quadros seguintes, percebe-se a maior penetração das mercearias, tanto no Leste Europeu, como na Europa Ocidental. Os supermercados, no entanto, estão mais presentes na Europa Ocidental, com 81.632 estabelecimentos registrados no ano de 2007. Número de Lojas - Europa Ocidental 2007 500.000 433.702 450.000 425.978 400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 75.881 91.286 81.632 32.150 5.254 101.190 41.410 6.701 2002 Hipermercado Lojas de Desconto Outros 2007 Supermercado Mercearia Fonte: Euromonitor. Elaboração:UIC-Apex-Brasil 2 A definição mais utilizada para supermercados é baseada na área do estabelecimento, que deve ter entre 400 e 2.500 m e vender ao menos 70% de produtos alimentícios ou de uso cotidiano. As lojas com menos de 400 metros podem ser classificadas como supermercados em países que, afora a dimensão do armazém, levam em consideração outros aspectos, como o mix de produtos comercializados, o horário de funcionamento e o formato do estabelecimento. Como exemplo tem-se Superettes na Itália e Tesco Metro, Spar no Reino Unido. 2, Já os hipermercados são lojas com área maior que 2.500 m com pelo menos 35% da área destinada a produtos nãoalimentícios. Normalmente são localizadas em shoppings fora do centro urbano ou são lojas-âncora em shopping centers. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 16 2 As lojas de desconto, introduzidas inicialmente na Alemanha, com a Aldi, apresentam entre 300 e 900 m e armazenam no máximo 1000 linhas de produtos, na sua maior parte mantimentos empacotados. As mercadorias são em sua maioria de marca própria. Outros exemplos são o Lidl, Eda, etc. As mercearias são as lojas de menor porte, também como lojas de bairro, e que se especializam na venda de poucos produtos. Na categoria “Outros” estão contemplados bazares, quiosques, vendedores de rua, clubes, lojas de departamento e as vendas por meio de máquinas de refrigerantes e alimentos. Nos gráficos expostos a seguir pode ser observado o crescimento dos Hipermercados e Lojas de desconto no Leste Europeu, impulsionado pela forte penetração das grandes redes varejistas de países de alta renda. Além disso, o aumento da renda per capita nos países do Leste Europeu tem contribuído para maiores gastos com alimentos por parte da população, e, indiretamente, para os investimentos em novos pontos de venda. Variação do Número de Lojas Leste Europeu (2002-2007) Mercearia; 0,2% Variação do Número de Lojas Europa Ocidental (2002-2007) Outros; 2,5% Outros; 11% Hipermerca do; 119% Mercearia; -2% Hipermerca do; 28% Lojas de Desconto; 172% Supermerc ado; 26% Fonte: Euromonitor. Elaboração:UIC-Apex-Brasil Lojas de Desconto; 29% Supermerc ado; 8% Fonte: Euromonitor. Elaboração:UIC-Apex-Brasil 5. Oportunidades setoriais para Alimentos e Bebidas 5.1. Bebidas Alcoólicas O panorama abaixo retrata o consumo mundial de bebidas alcoólicas, onde estão incluídas cervejas, cidras, bebidas prontas para beber com sabor, vinhos, uísques, conhaque, rum, tequila, licor e outros. Esses dados indicam a tendência de consumo por região e países europeus o que auxiliará nas análises a seguir sobre bebidas destiladas e vinhos e vermutes. De acordo com o gráfico abaixo, o consumo mundial de bebidas alcoólicas cresceu em média 4% nos últimos 5 anos. A 8 maior região consumidora de bebidas alcoólicas foi a Ásia, que totalizou, em 2007, 46,6 bilhões de litros. Todavia, o Leste Europeu foi a região que apresentou o maior aumento de consumo destes produtos. No mesmo ano a região consumiu 8 Para elaboração dos gráficos foram considerados os seguintes produtos de bebidas alcoólicas: cervejas, cidras, bebidas prontas para beber com sabor, vinhos, uísques, conhaque, rum, tequila, licor e outros. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 17 26,1 bilhões de litros, o que representou um aumento de 33% em relação à demanda de 2002. Esse fato pode ser explicado pelo maior acesso aos produtos de consumo, após anos de estagnação econômica, aliado ao clima da região, que tem invernos rigorosos com baixas temperaturas na maior parte do ano. Em relação à Europa Ocidental, o consumo permaneceu estável. Em 2007, a região consumiu 27,1 bilhões de litros, valor apenas 1% maior do que o consumido no ano anterior e 4% acima do consumo de 2002. Evolução mundial de consumo de bebidas alcoólicas * (milhões de litros) 200.000 150.000 100.000 50.000 Ásia 2002 2003 2004 Europa Ocidental América do Norte América Latina 2005 2006 Leste Europeu 2007 África e Oriente Médio Oceania Fonte: Euromonitor - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Na Europa Ocidental, o maior país consumidor de bebidas alcoólicas no período foi a Alemanha. Entretanto, o consumo em 2007 foi 2% inferior ao total de 2002, quando os alemães consumiram 8,4 bilhões de litros. Além desse país, destaca-se o Reino Unido, França, Itália e Espanha. Em 2007, esses cinco países consumiram 74% do total da região. Desses, o Reino Unido e a Espanha foram os países que apresentaram maiores taxas de crescimento de consumo, 13% em relação a 2002. No Leste Europeu, o país de maior destaque é a Rússia, que totalizou 12,7 bilhões de litros consumidos em 2007, aproximadamente 49% do total consumido na região. Esse valor representou um aumento de 27% em relação ao total consumido em 2002 no país. Os demais países em destaque na região foram a Polônia, Ucrânia e Romênia, que obtiveram um crescimento no consumo de 46%, 76% e 64%, respectivamente, em relação a 2002. Consumo de Bebidas Alcoólicas na Europa Ocidental (milhões de litros) Consumo de Bebidas Alcoólicas no Leste Europeu (milhões de litros) 10000 8000 6000 4000 2000 0 2002 2007 2002 2007 Fonte: Euromonitor - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil 5.1.1. 14000 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 Bebidas Destiladas 9 Em 2007, o consumo mundial de bebidas destiladas representou 9% do total de bebidas alcoólicas. Da mesma forma que bebidas alcoólicas, a Ásia foi a região que mais consumiu bebidas destiladas em 2007. Todavia, o consumo aumentou 3% em relação a 2006 e 2% em relação a 2002. Ao contrário da demanda por bebidas alcoólicas, o Leste Europeu consumiu mais do que Europa Ocidental. No último ano, o consumo foi de 2,9 bilhões de litros, enquanto que a Europa Ocidental consumiu apenas 1,3 bilhão. 9 Para elaboração dos gráficos foram considerados os seguintes produtos de bebidas destiladas: uísques, conhaque, rum, tequila, licor e outros. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 18 consumo em '000 litros Evolução do consumo de bebidas destiladas por região 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 2002 Ásia América do Norte Oceania 2003 2004 Leste Europeu América Latina 2005 2006 2007 Europa Ocidental África e Oriente Médio Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil Na Europa Ocidental, os países que apresentaram maior consumo de bebidas destiladas foram a Alemanha, França, Reino Unido e Espanha. O consumo permaneceu estável na maioria dos países, exceto na Alemanha e nos Países Baixos, que apresentaram queda de 3% e 22%, respectivamente em relação a 2002. No Leste Europeu, a demanda por bebidas destiladas atingiu 2,9 bilhões de litros em 2007. Esse valor representou 11% do total de bebidas alcoólicas consumido na região. Nesse mesmo ano, o país que mais consumiu essas bebidas foi a Rússia, 1,9 bilhão de litros (66% do total da região). Todavia, a demanda do mercado russo foi 11% menor do que em 2002. Consumo de Bebidas Destiladas na Europa ('000 litros) Consumo de Bebidas Destiladas no Leste Europeu ('000 litros) 400.000 300.000 200.000 2002 100.000 2007 - Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil 2.000.000 1.600.000 1.200.000 800.000 400.000 - 2002 2007 Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil A tabela a seguir apresenta as importações mundiais de bebidas alcoólicas na região. Nota-se que os países que mais consomem esses produtos são os que mais importam mundialmente também, como por exemplo, a Espanha, Alemanha, França, Rússia e Reino Unido. Em 2007, esses países juntos foram responsáveis por 27% do total importado mundialmente de bebidas destiladas. Em 2007, os maiores destinos das exportações brasileiras de bebidas destiladas foram para França (US$ 2,04 milhões), Alemanha (US$ 1,82 milhão) e Portugal (US$ 1,71 milhão). Em relação às maiores taxas de crescimento das exportações brasileiras, a França foi o destino na Europa que mais cresceu no último ano, 47% em relação a 2006. E quando comparado com o ano de 2002, o crescimento foi de 187%, quando o Brasil exportava para o país US$ 713,5 mil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 19 SETOR - Bebidas Destiladas País Exportações Importações Totais Brasileiras 2007 2007 (US$ Milhões) (US$ Milhões) Espanha Alemanha França Rússia Reino Unido Bélgica Países Baixos Itália Grécia Dinamarca Estônia Suécia Portugal Noruega Finlândia 1.427 1.397 1.024 1.017 759 560 446 423 365 231 221 172 166 160 155 1,00 1,82 2,04 0,08 0,46 0,55 0,78 0,74 0,17 0,03 0,00 0,06 1,71 0,01 0,00 Crescimento Importações Mundiais 2002/2007 Crescimento Exportações Brasileiras 2002/2007 9% 10% 11% 35% 6% 27% 7% 8% 11% 18% 76% 11% 0% 18% 17% 15% -10% 23% -16% 1% 11% 9% 4% 55% -13% 0% 13% 19% -15% 0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Os gráficos a seguir apresentam a evolução das importações totais de bebidas destiladas dos principais importadores mundiais desses produtos e também os principais destinos das exportações brasileiras desses produtos para a região. Com relação às importações, vale destacar o rápido crescimento das importações russas e também o consistente crescimento das exportações brasileiras para o mercado francês. Um fato importante a ser destacado é a perda de participação de mercado do produto brasileiro na Espanha, que será explorado no tópico a seguir. Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Bebidas Destiladas da Europa 2002 Espanha Reino Unido US$ Milhares US$ Milhões Principais Importadores de Bebidas Destiladas da Europa 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 2003 2004 Alemanha Bélgica Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil 2005 2006 França Países Baixos 2007 Rússia Itália 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 2002 2003 2004 França Alemanha Países Baixos Itália 2005 Portugal Bélgica 2006 2007 Espanha Reino Unido Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Considerando o consumo, as importações mundiais e as exportações brasileiras para a região, os principais destinos com maior oportunidade para os produtos brasileiros da categoria de bebidas destiladas são a Espanha, Alemanha, França, Rússia e Reino Unido. Apesar de Portugal ser o 3º maior destino das exportações brasileiras e em 2007 totalizar US$ 1,7 milhão e as vendas brasileiras para o país crescerem anualmente 19% em média, esse país não foi selecionado para o maior aprofundamento nas análises, pois as suas importações mundiais permaneceram estáveis nos últimos 5 anos. Em 2002, o país importou US$ 168,5 milhões e US$ 166,4 milhões em 2007. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 20 • Espanha Em 2007, apesar de a Espanha ser o maior importador de bebidas destiladas na região, o Brasil ficou na 27ª posição no ranking dos maiores fornecedores destes produtos para o mercado espanhol. Em 2002, o Brasil exportou apenas US$ 0,5 milhão. Em 2003 e 2004, a Espanha era o maior país comprador das bebidas destiladas brasileiras, onde o Brasil forneceu US$ 2,8 milhões em cada ano. Em 2005, o total exportado foi US$ 0,7 milhão e nos últimos dois anos o Brasil exportou US$ 1 milhão em cada ano. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) O Reino Unido continua sendo o principal fornecedor para a Espanha, apesar da perda de 6 pontos percentuais. Mesmo assim, o país ainda fornece metade do total importado pelo mercado espanhol. Os demais países fornecedores para a Espanha são França, Irlanda e Itália. Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a Espanha Dez Principais Fornecedores 2002/2007 4,0 República Dominicana (6) 2,0 0,0 -10% Irlanda (3) EUA (8) Cuba (10) França (2) Itália (4) Países Baixos (9) 10% 30% Venezuela (5) -2,0 50% Brasil (27) Bahamas (7) -4,0 Valor de Referência = US$ 250 mi -6,0 50% Reino Unido (1) -8,0 O Brasil ficou na 27º colocação no ranking de fornecedores no último ano. Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil De acordo com a tabela a seguir, os principais produtos importados pelo mercado espanhol e que constaram na pauta exportadora brasileira para a Espanha foram “Uísques”, “Cachaça e caninha” e “Outras bebidas alcoólicas”. Em 2007, uísques representaram 36% do total importado pelo país. Todavia, o total importado pelo país ficou um pouco abaixo do valor importado no ano anterior. As exportações brasileiras desse setor para a Espanha ficaram concentradas principalmente nos produtos “cachaças e caninha (rum e tafiá)”, 91% do total exportado para o mercado espanhol. Nota-se o aumento das exportações brasileiras desses produtos. Em 2002, o Brasil exportou apenas US$ 312,2 mil. Já em 2007, o total exportado foi US$ 903,9 mil, o que representou um aumento de 190% em relação ao ano de 2002. No entanto, em relação a 2006, não houve aumento das exportações brasileiras desse produto. Os demais produtos exportados pelo Brasil para o mercado espanhol tiveram uma baixa participação no total importado pela Espanha. No caso de “Uísques”, as exportações brasileiras caíram 3%, em relação a 2006. No caso de “Outras bebidas alcoólicas”, as exportações brasileiras cresceram 2.812%, quando o país exportou apenas US$ 1.199 em 2006. Vale destacar, que em 2004, o Brasil exportou US$ 449,9 mil de outras bebidas alcoólicas, recorde no período de 2002 a 2007. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 21 SETOR: BEBIDAS DESTILADAS SH6 Var. Exp. Partic. das Exp. Partic. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Imp. Mundiais do Brasileiras Brasileiras em Brasileiras em Mundiais do para o MercadoMercado-alvo em para o relação às Imp. relação às Exp. Mercado-alvo alvo em 2007 2007 (US$) Mercado-alvo Mundiais do Mercado- Totais do Brasil 2007/2006 (US$) 2007/2006 alvo 2007 (em valor) 2007 (em valor) Descrição 220830 Uísques 518.361.440 220840 Cachaça e caninha (rum e tafiá) 220890 Outras bebidas alcóolicas -1% 58.426 -3% 0% 1% 278.080.130 -2% 184.826.902 370% 903.984 0% 0% 7% 34.909 2812% 0% 1% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. O quadro ao lado apresenta as tarifas alfandegárias aplicadas pela Espanha para o setor de bebidas destiladas. Dos países listados, apenas a República Dominicana e Bahamas são isentas de tarifação para os produtos selecionados. No caso dos Uísques (SH6 220830), todos os países selecionados, inclusive o Brasil, não sofrem tarifação (alíquota zero). Para o produto cachaça e caninha (rum e tafiá) SH6 220840, o Brasil sofre a mesma Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil tarifação de seus concorrentes. Vale destacar, que a maioria (99% do total) das exportações da Venezuela deste setor está concentrada neste produto e sofre a mesma alíquota aplicada ao Brasil (9,09%). Já para o produto outras bebidas alcoólicas (SH6 220890), apenas o Brasil e os Estados Unidos sofrem a incidência da alíquota de 7,38%. Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Espanha BEBIDAS DESTILADAS País 220830 220840 220890 Venezuela (5) 0,00% 9,09% 0,00% República Dominicana (6) 0,00% 0,00% 0,00% Bahamas (7) 0,00% 0,00% 0,00% EUA (8) 0,00% 9,09% 7,38% Brasil (27) 0,00% 9,09% 7,38% • Alemanha Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) De acordo com a Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a Alemanha, os principais fornecedores para o país foram o Reino Unido, França e Itália. Apesar, de permanecer na primeira colocação do ranking, o Reino Unido perdeu 3,9 pontos percentuais no fornecimento desses produtos para o mercado alemão, totalizando 19% de participação. Em 2007, o Brasil exportou US$ 1,8 milhão e ficou na vigésima posição dos maiores fornecedores para a Alemanha. Todavia, as exportações brasileiras desses produtos para a Alemanha caíram em média 10% ao ano, no período de 2002 a 2007. Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a Alemanha Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 4,0 França (2) Espanha (7) 2,0 Itália (3) Irlanda (6) Brasil (20) 0,0 EUA (5) Países Baixos (8) -10% Dinamarca (9) 10% 30% México (10) -2,0 Bahamas (4) -4,0 19% Reino Unido (1) Valor de Referência = US$ 250 mi -6,0 O Brasil ficou na 20º colocação no ranking de fornecedores no último ano. -8,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 22 Na tabela a seguir, foram selecionados os principais produtos importados pela Alemanha e que estiveram presentes na pauta exportadora brasileira para o país. O produto “Uísques” foi o item de maior destaque dos produtos importados pela Alemanha, 26% do total importado pelo país, ou seja, US$ 358,5 milhões em 2007. Esse valor representou um aumento de 22%, com relação ao ano anterior. O Brasil forneceu apenas US$ 118 mil desse produto. O produto de maior destaque da pauta exportadora brasileira para o país foi a “Cachaça e caninha (rum e tafiá)”. Em 2007, o Brasil exportou US$ 1,7 milhão, ou 93% do total exportado para o país nessa categoria de produtos. Vale destacar, que apesar desse produto ser o principal item exportado para o país, o mesmo vem perdendo participação no mercado alemão. Em 2002, o Brasil exportou US$ 3,1 milhões. Em 2007, o total exportado foi US$ 1,7 milhão. No período, as exportações brasileiras caíram na média 12% ao ano. Já com relação ao último ano, a queda foi de 38%. Mesmo com a queda na participação brasileira, este produto foi mantido na relação de oportunidades devido ao aumento de 48% das importações mundiais da Alemanha, além de representar 12% do total exportado pelo Brasil para o mundo desse produto. Em 2007, os principais fornecedores para a Alemanha dessa categoria de produtos (cachaça e caninha) foram Bahamas (65% do total), Espanha (11%) e México (10,7%). Neste mesmo ano, a participação brasileira foi 1%. Em 2002, a participação de Bahamas no total importado pela Alemanha era bem maior (86% do total), mas a demanda vem aumentando ao longo dos anos e novos países fornecedores entraram nesse mercado. SETOR: BEBIDAS DESTILADAS SH6 Var. Exp. Partic. das Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Imp. Mundiais do Brasileiras Brasileiras em relação Mundiais do para o MercadoMercado-alvo em para o às Imp. Mundiais do Mercado-alvo alvo em 2007 2007 (US$) Mercado-alvo Mercado-alvo 2007 2007/2006 (US$) 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 220830 Uísques 358.543.157 22% 118.054 0% 0% 2% 220840 Cachaça e caninha (rum e tafiá) 235.047.208 49% 1.684.976 -38% 1% 12% 220890 Outras bebidas alcóolicas 177.095.937 0% 17.987 -77% 0% 0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. As tarifas alfandegárias aplicadas pela Alemanha para as bebidas destiladas estão listadas na tabela ao lado. Os países da União Européia fornecedores para o mercado alemão não sofem a tarifação. Bahamas, que fornece a mesma categoria de produtos exportada pelo Brasil para a Alemanha (cachaça e caninha – rum e tafiá, SH6 220840) não sofre a incidência de alíquota, enquanto que o produto brasileiro é tarifado em 9,09%. As exportações americanas para o mercado alemão estão concentradas na categoria de produtos uísques (SH6 220830), 91% do total. Para esse produto, a Alemanha não aplica tarifa para nenhum de seus países fornecedores. Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Alemanha BEBIDAS DESTILADAS País EUA (3) Bahamas (4) México (10) Rússia (15) Brasil (20) 220830 220840 220890 0,00% 9,09% 7,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 9,09% 7,38% 0,00% 9,09% 5,17% 0,00% 9,09% 7,38% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 23 • França Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Em 2007, os principais fornecedores de bebidas destiladas para a França foram Reino Unido, Itália, Estados Unidos e Irlanda. Esses quatro países participaram com 81% do total importado pelo mercado francês. E, apesar da perda de 5 pontos percentuais no fornecimento desses produtos, o Reino Unido permanece o líder do ranking com 64% de participação neste mercado. As exportações brasileiras cresceram 47% no último ano e 23% no período, classificando o Brasil como 17º maior fornecedor desses produtos para o país. Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a França Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 8,0 6,0 O Brasil ficou na 17º colocação no ranking de fornecedores no último ano. Itália (2) 4,0 EUA (3) Irlanda (4) 2,0 Alemanha (6) Espanha (5) Hungria (10) Polônia (8) 0,0 -20% 0% Países Baixos (7) -2,0 20% 40% 60% 80% 100% Brasil (17) Suécia (9) -4,0 64% Reino Unido (1) Valor de Referência = US$ 250 mi -6,0 -8,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 As principais oportunidades para os produtos brasileiros no mercado francês estão listadas na tabela abaixo. Em 2007, as importações mundiais francesas do produto “cachaça e caninha” cresceram 28%, com relação ao ano anterior. Nesse mesmo ano, as exportações brasileiras desse produto cresceram 56%. Quando comparamos o total exportado em 2007 vs. 2002, o crescimento é ainda maior, 498%, o que demonstra uma maior penetração do produto no mercado francês. Em 2007, a participação brasileira foi 4% do total importado desses produtos pela França. Nesse mesmo ano, os principais concorrentes do Brasil no mercado francês para “cachaça e caninha” foram Alemanha (39% do total), Espanha (28%) e Países Baixos (8%). Dos mercados selecionados deste setor, a França foi o único país onde o produto “Uísque” foi o principal produto exportado pelo Brasil para o país. Em 2007, o Brasil exportou US$ 1 milhão do total de US$ 738,7 milhões importados pela França. Esse valor representou um aumento de 37% das exportações brasileiras, em relação ao ano anterior. Os principais concorrentes do Brasil no mercado francês para esse produto foram o Reino Unido (82% do total), Estados Unidos (8%) e Irlanda (3%). SETOR: BEBIDAS DESTILADAS SH6 Descrição Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 220830 Uísques 738.779.073 14% 1.063.661 37% 0% 220840 Cachaça e caninha (rum e tafiá) 23.151.030 28% 896.753 56% 4% 15% 6% 220890 Outras bebidas alcóolicas 57.600.794 13% 84.319 96% 0% 2% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 24 Tarifas Alfandegárias aplicadas pela França BEBIDAS DESTILADAS País 220830 220840 220890 EUA (3) 0,00% 9,09% 7,38% Índia (13) 0,00% 9,09% 5,17% Canadá (14) 0,00% 9,09% 7,38% Cingapura (15) 0,00% 9,09% 7,38% Brasil (17) 0,00% 9,09% 7,38% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Conforme já mencionado, os produtos comercializados entre os países da União Européia não sofrem tarifação alfandegária, por isso não foram incluídos na tabela abaixo, onde constam os quatro maiores fornecedores para a França, exceto os países membros do bloco. Para cachaça e caninha (rum e tafiá) SH6 220840, a tarifação sofrida pelo Brasil é a mesma aplicada aos seus principais concorrentes (9,09%). Já para outras bebidas alcoólicas, apenas a Índia (5,17%) sofre tarifação inferior aos demais concorrentes, incluindo o Brasil (7,38%). Rússia No último ano, os principais países fornecedores de bebidas destiladas para a Rússia foram a França, Reino Unido, Ucrânia e Armênia. Estes países foram responsáveis por 76% do total importado pelo país. A Ucrânia apresentou um crescimento médio de 95% ao ano e aumentou a sua participação de mercado em 17 pontos percentuais em comparação a 2002. Naquele ano, o país exportou para a Rússia US$ 7,1 milhões (3% de participação de mercado). Já em 2007, a Ucrânia exportou US$ 201,2 milhões (20% de participação de mercado), sendo mais da metade em exportações de “Vodka”. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Em 2007, o Brasil ficou na 37ª posição no ranking dos principais fornecedores para a Rússia. O único produto exportado pelo Brasil para o mercado russo foi a “Cachaça e caninha (rum e tafiá)”. As exportações brasileiras desse produto totalizaram US$ 75,6 mil. Todavia, a participação da “Cachaça e caninha” no total da pauta de importação russa ainda é muito baixa, apenas 2,5% do total importado pelo país de bebidas destiladas. Os principais concorrentes do Brasil no mercado russo para essa categoria de produtos são Porto Rico (65% do total), Cuba (12%) e Bahamas (7%). Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para a Rússia Dez Principais Fornecedores 2002/2007 20,0 O Brasil ficou na 37º colocação no ranking de fornecedores no último ano. 16,0 Ucrânia (3) 20% 12,0 Reino Unido (2) 8,0 México (6) 20% 4,0 Porto Rico (10) França (1) Azerbaijão (7) 0,0 EUA (8) 0% 20% 28% 40% -4,0 -8,0 60% 80% 100% 120% Irlanda (5) Finlândia (9) Armênia (4) Valor de Referência = US$ 100 mi -12,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. A tabela a seguir, apresenta o único produto exportado para o país no período de 2002 a 2007. Nota-se que as importações mundiais da Rússia deste produto cresceram 111% de 2007 a 2006. Apesar do Brasil não ter exportado os produtos “uísques”, “vodkas” e “outras bebidas alcoólicas” nos últimos anos e exportar esses produtos para os países vizinhos, a importação mundial desses produtos para o mercado russo cresceram 108%, 33% e 41%, respectivamente. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 25 SETOR: BEBIDAS DESTILADAS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição 220840 Cachaça e caninha (rum e tafiá) 25.177.017 111% 75.679 0% 0% Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 1% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Rússia BEBIDAS DESTILADAS País 220840 França (1) 43,90% Reino Unido (2) 43,90% Ucrânia (3) 0,00% Armênia (4) 0,00% Irlanda (5) 43,90% Brasil (37) 43,90% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • A análise, a seguir, apresenta as tarifas médias aplicadas pela Rússia para o produto “cachaça e caninha (rum e tafiá)”. Os dados revelam que todos os países listados sofrem restrições tarifárias, com exceção para os que fazem 10 parte da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) , que se beneficiam da tarifa zero. Os países que não fazem parte da CEI são tarifados de acordo com outros regimes. No caso ao lado, os países da União Européia (França, Reino Unido, Irlanda) e o Brasil sofreram a mesma tarifação para esse produto (43,90%). Reino Unido Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Os principais países fornecedores de bebidas destiladas para o Reino Unido foram a Irlanda, França, Estados Unidos e Itália. Em 2007, esses países forneceram 80% do total importado pelo Reino Unido. No último ano, o Reino Unido importou US$ 759 milhões, o que representou uma queda de 4% em relação a 2006. Os principais produtos importados pelo país foram “Licores” (32% do total) e “Uísques” Matriz de Posicionamento de Bebidas Destiladas para o Reino Unido (26% do total). Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 20,0 O Brasil ficou na 32º colocação no ranking de 16,0 fornecedores no último ano. 12,0 EUA (3) Irlanda (1) 27% 8,0 Países Baixos (6) 26% 4,0 Suécia (5) México (10) Alemanha (7) 0,0 -20% Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil 0% -4,0 Itália (4) 20% 40% 60% Espanha (9) Jamaica (8) -8,0 França (2) No último ano, as exportações brasileiras para o Reino Unido desse setor totalizaram US$ 458,4 mil, o que representou uma queda de 10% em relação a 2006. O Brasil ficou na 37ª posição no ranking dos maiores fornecedores de bebidas destiladas para o Reino Unido e exportou apenas “Cachaça e caninha (rum e tafiá)” e “Outras bebidas alcoólicas”. Valor de Referência = US$ 100 mi -12,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. 10 A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) foi formada em 1991 com muitos países da antiga União Soviética. São eles: Armênia, Azerbaijão, Bielo-Rússia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. Em 1993, os países membros concordaram com a criação da União Econômica com livre circulação de bens, serviços, mão-de-obra e capital. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 26 A tabela abaixo apresenta os produtos exportados pelo Brasil do setor de bebidas destiladas. Em 2007, as importações mundiais de “cachaça e caninha” sofreram uma queda de 71% em relação ao ano anterior. Já com relação às exportações brasileiras desse produto, a queda foi de apenas 15%. O produto “outras bebidas alcoólicas”, a queda das importações mundiais do Reino Unido foi de 10%. Apesar do baixo volume exportado pelo Brasil para o país desse produto, a variação permaneceu estável. Os principais concorrentes do Brasil para o produto “cachaça e caninha” são a Jamaica (28% do total), França (21%) e Barbados (12%). De acordo com a tabela abaixo, a participação brasileira no fornecimento desse produto foi de 1% no ano de 2007. SETOR: BEBIDAS DESTILADAS SH6 Descrição Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 220840 Cachaça e caninha (rum e tafiá) 29.564.893 -71% 435.528 -15% 1% 3% 220890 Outras bebidas alcóolicas 53.238.110 -10% 22.576 0% 0% 1% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. A tabela a seguir apresenta as tarifas aplicadas pelo Reino Unido para os seus principais fornecedores, exceto União Européia e também o Brasil para os produtos identificados como oportunidade para o exportador brasileiro no país. Destes, apenas a Jamaica possui preferência tarifária (alíquota zero). Para cachaça e caninha, a alíquota aplicada ao Brasil é a mesma de seus concorrentes (9,09%). Já para outras bebidas alcoólicas, os Estados Unidos e Brasil sofrem a mesma tarifação (7,38%), enquanto o México e África do Sul, a alíquota aplicada é menor (5,17%). Tarifas Alfandegárias aplicadas pelo Reino Unido BEBIDAS DESTILADAS País 220840 220890 EUA (3) 9,09% 7,38% Jamaica (8) 0,00% 0,00% México (10) 9,09% 5,17% África do Sul (15) 9,09% 5,17% Brasil (32) 9,09% 7,38% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil 5.1.2. Vinhos e Vermutes O consumo mundial de vinhos se manteve praticamente estável na comparação entre o ano de 2007 e o ano de 2006, o que representou um aumento de apenas 1,7%. Nesse contexto, a Europa é a região que mais consome o produto no mundo. Em 2007, foram consumidos 8,4 bilhões de litros apenas na Europa Ocidental, 46% do consumo mundial do produto, que ultrapassou 18,4 bilhões de litros. O Leste Europeu vem logo em seguida com uma participação de 15%, referente ao consumo de 2,7 bilhões de litros, o que contribuiu para que a região alcançasse o maior crescimento acumulado em relação ao ano de 2002: 20%. Na América Latina, o consumo apresentou pequena redução na comparação com 2002. Já o consumo norte-americano experimentou variação de 17% em relação ao ano de 2002, com total consumido em 2007 em 2,3 bilhões de litros. Em 2007, a região asiática demandou 2,4 bilhões de litros de vinhos, o que representou um aumento de 16% em relação a 2002. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 27 consumo em milhões de litros Evolução do consumo de Vinhos por região 20000 16000 12000 8000 4000 0 2002 Europa Ocidental América do Norte África e Oriente Médio 2003 2004 Leste Europeu América Latina 2005 2006 Ásia Austrália 2007 Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil Como anteriormente mencionado, a Europa Ocidental corresponde à região que mais consome vinhos no mundo, em parte impulsionado pela tradição cultural e pela produção local. A Alemanha, França e Itália são os principais consumidores, no entanto, esse primeiro país apresenta variação positiva na comparação com 2002 e também em relação ao ano de 2006, ao contrário dos outros dois mercados. Bem a frente dos outros países do Leste Europeu, a Rússia foi responsável por 40% do consumo regional. Entre 2002 e 2007, a demanda por Vinhos no país cresceu 34%. A taxa de crescimento anual de consumo é relativamente estável, com média de 6% ano no período de 2002 a 2007. Apenas em 2006, verificou-se um decréscimo do consumo, -2%, em relação a 2005. Todavia, em 2007 o consumo cresceu 7%, significando uma retomada da taxa de crescimento anterior a queda de 2005. Consumo de Vinhos na Europa Ocidental (milhões de litros) 2000 1600 1200 800 400 0 Fonte: Euromonitor - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Consumo de Vinhos no Leste Europeu (milhões de litros) 1200 900 2002 2007 600 300 2002 2007 0 Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil No que tange as importações, o Reino Unido se destaca como o principal importador de Vinhos e Vermutes no mundo, com valor total importado em 2007 de US$ 5,3 bi. Em seguida, tem-se a Alemanha, Bélgica, Países Baixos e a Suíça, que somados ao Reino Unido corresponderam a 42% das importações mundiais totais desses produtos (ver quadro abaixo). Em relação aos países europeus, o fornecimento brasileiro é baixo, mas vem apresentando um aumento significativo em alguns países. O maior destino das exportações brasileiras deste setor em 2007 foi para os Países Baixos, US$ 365,8 mil, seguido pela Alemanha com US$ 248,2 mil e Rússia US$ 173 mil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 28 SETOR - Vinhos e Vermutes Importações Exportações Totais 2007 (US$ Brasileiras 2007 (US$ Mil) Mil) País Reino Unido Alemanha Bélgica Países Baixos Suíça Rússia França Dinamarca Suécia Itália Irlanda Espanha Noruega Finlândia Polônia 5.291.681 2.855.324 1.492.125 1.084.446 1.048.204 923.217 843.413 711.011 619.977 505.559 398.923 340.081 328.067 238.262 211.728 Taxa de crescimento médio anual das Importações Mundiais 2002/2007 Taxa de crescimento médio anual das Exportações Brasileiras 2002/2007 11% 9% 14% 10% 10% 23% 12% 11% 14% 18% 15% 32% 18% 16% 24% 62% 51% -27% 131% 106% 55% 6% 1% 2% 69% 0% 0% 0% -29% 0% 153,5 248,2 6,1 365,9 70,7 173,2 15,4 11,6 13,3 19,9 0,0 0,0 17,9 8,4 0,0 Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil No gráfico abaixo, pode-se perceber a evolução das importações de Vinhos e Vermutes dos oito maiores importadores da Europa. Rússia, Bélgica, Suíça e Reino Unido registraram os maiores crescimentos nos valores totais importados em 2007, 46%, 33%, 22% e 20%, respectivamente. No período anterior, 2005-2006, percebe-se certa estabilidade. No que concerne às exportações brasileiras desses produtos, começa-se a perceber uma melhor participação do Brasil como fornecedor de vinhos, com um crescimento das exportações mundiais de 288% em relação a 2002, passando de US$ 2,5 milhões para US$ 9,8 milhões, em 2007. Os principais destinos das exportações brasileiras para a Europa foram Países Baixos, Alemanha, República Tcheca e Portugal. Todavia, os maiores crescimentos foram Países Baixos (16.987%), Estônia (1.080%) e Portugal (516%). Isto pode ser explicado pelo baixo volume exportado pelo Brasil para esses países em 2006. Fica claro, por meio do gráfico das exportações brasileiras para Europa, o expressivo aumento do fornecimento brasileiro para os países analisados, em especial, a partir de 2006, apesar de o valor exportado ser relativamente baixo. As importações dos Países Baixos do Brasil, principal destino das exportações brasileiras, foram de US$ 365,9 mil, em 2007. US$ Milhões Principais Importadores de Vinhos e Vermutes na Europa 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 - Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Vinhos e Vermutes na Europa 400.000,00 300.000,00 200.000,00 100.000,00 2002 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Reino Unido Alemanha Bélgica Países Baixos Suíça Rússia França Dinamarca Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil 2003 Países Baixos Portugal Suíça 2004 Alemanha Rússia Estônia 2005 2006 2007 República Tcheca Reino Unido Itália Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 29 Os países selecionados para apresentar as maiores oportunidades para os produtos brasileiros foram o Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, Suíça e Rússia. • Reino Unido Em 2007, as importações mundiais de vinhos e vermutes do Reino Unido totalizaram US$ 5,3 bilhões, o que representou um aumento de 20% em relação ao ano anterior e 70% maior do que 2002. As exportações brasileiras para o mercado inglês dessa categoria de produtos totalizaram US$ 153,5 mil, aumento de 188% em relação a 2006. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Vale destacar que o Brasil ficou na 44ª posição como fornecedor para esse mercado e que antes de 2005, o Brasil não exportava absolutamente nada desses produtos para o Reino Unido. No último ano, os principais países fornecedores para o Reino Unido foram a França, que possui 35% de participação de mercado e apresentou um crescimento de 2,5 pontos percentuais em relação a 2002, Austrália com 18% de market share e Itália com 9%. A Austrália perdeu 2 pontos percentuais e a Itália manteve a sua participação de mercado igual a 2002. Matriz de Posicionamento de Vinhos para o Reino Unido Dez Principais Fornecedores 2002/2007 4,0 O Brasil ficou na 44ª colocação no ranking de 3,0 fornecedores. França (1) 35% Irlanda (10) Nova Zelândia (8) 2,0 Chile (5) 1,0 Itália (3) 0,0 -20% 0% 20% Alemanha (9) -1,0 40% 60% 80% Espanha (4) África do Sul (6) -2,0 Austrália (2) 18% EUA (7) Valor de Referência = US$ 500 mi -3,0 -4,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 De acordo com a tabela abaixo, as importações mundiais do Reino Unido ficaram concentradas nos produtos outros vinhos com capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421), 74% do total. As importações mundiais desse produto cresceram 19% em relação ao ano anterior. As exportações brasileiras desse produto para o mercado inglês aumentaram 293%. O Brasil não tem tradição ainda no fornecimento de vinhos para o mercado inglês, no entanto, as exportações brasileiras tiveram um crescimento médio de 62% no período de 2005 a 2007, quando o país passou a efetivamente a exportar para o mercado inglês. SETOR: VINHOS E VERMUTES SH6 220421 220429 220410 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade =< 2 litros Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade > 2 litros Vinhos espumantes e espumosos Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 3.835.347.820 19% 133.915 283% 0% 4% 319.727.524 18% 10.329 -31% 0% 2% 882.489.950 20% 9.260 161% 0% 5% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 30 Na tabela ao lado estão apresentadas as tarifas aplicadas pelo Tarifas Alfandegárias aplicadas pelo Reino Unido Reino Unido para os seus cinco principais países fornecedores não VINHOS E VERMUTES membros da União Européia e o Brasil. Os países que pertencem a País 220421 220429 220410 5,64% 10,16% 11,17% União Européia não sofrem incidência de tarifas. Todavia, as Austrália (2) 2,30% 3,87% 2,40% tarifas aplicadas ao Brasil são as mesmas aplicadas à Austrália. Dos Chile (5) África do Sul (6) 5,27% 8,33% 5,28% países listados, o Chile é o país que possui tarifas reduzidas e EUA (7) 5,64% 10,16% 11,17% aumentou o fornecimento de vinhos para o mercado inglês em Brasil (44) 5,64% 10,16% 11,17% 53%, em relação a 2006, além de aumentar 1 ponto percentual a Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil sua participação de mercado, quando comparada com o ano de 2002. • Alemanha Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Em 2007, os principais países fornecedores de vinhos para a Alemanha foram a Itália com participação de mercado de 35%, França com 30% e Espanha com 14%. Com isso, 79% do total importado pelo país desses produtos, o que totalizou US$ 2,8 bilhões, estão concentrados nesses três países. O Brasil ficou em 44º lugar entre os fornecedores de vinhos para o mercado alemão. Todavia, o Brasil vem apresentando crescimento na sua participação no mercado nos últimos anos. O crescimento médio anual das exportações brasileiras para o país foi de 51%, sendo que o crescimento no último ano foi de 175%. Matriz de Posicionamento de Vinhos para Alemanha Dez Principais Fornecedores 2002/2007 2,0 Espanha (3) África do Sul (4) Chile (5) EUA (6) 1,0 Áustria (7) Austrália (8) Itália (1) Dinamarca (9) 35% 0,0 0% 20% O Brasil ficou na 44º colocação no ranking de fornecedores. 40% -1,0 30% -2,0 França (2) Valor de Referência = US$ 500 mi -3,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Em 2007, de acordo com a tabela abaixo, o principal produto importado pelo mercado alemão foi outros vinhos com capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421 - 61% do total) e que teve um aumento das importações de 8% em relação ao ano anterior. Essa mesma categoria de produtos foi responsável por 91% do total exportado pelo Brasil no último ano para a Alemanha. Esse valor representou um aumento nas exportações brasileiras de 154%, em relação a 2006. Outra categoria de produtos que apresentou um elevado crescimento foram os vinhos espumantes e espumosos (SH6 220410), 998% em relação a 2006, quando o Brasil exportou apenas US$ 928. Vale destacar que em 2002 e 2003, o Brasil não era conhecido como fornecedor desses produtos e não exportou esses produtos para o mercado alemão. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 31 SETOR: VINHOS E VERMUTES SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo (US$) 2007/2006 Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 220421 Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade =< 2 litros 1.736.993.123 8% 226.650 154% 0% 7% 220429 Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade > 2 litros 463.601.222 23% 11.402 0% 0% 2% 220410 Vinhos espumantes e espumosos 503.687.969 -1% 10.192 998% 0% 5% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Alemanha VINHOS E VERMUTES País Itália França Espanha África do Sul Chile Brasil 220421 0,00% 0,00% 0,00% 5,27% 2,30% 5,64% 220429 220410 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 8,33% 5,28% 3,87% 2,40% 10,16% 11,70% De acordo com a tabela ao lado, os concorrentes do Brasil fora da União Européia no mercado alemão, África do Sul e Chile, sofreram a aplicação de tarifas menores do que as aplicadas ao Brasil, nos produtos exportados pelo Brasil para o mercado alemão no setor de vinhos. • Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Países Baixos Em 2007, as importações mundiais de vinhos totalizaram US$ 1,08 bilhão, o que representou um aumento de 16% em relação a 2006 e 61% maior do que o total importado em 2002. Os principais países fornecedores para os Países Baixos foram a França, Alemanha, Itália e Espanha com participação de mercado de 37%, 10%, 9% e 8%, respectivamente. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) No último ano, as exportações brasileiras para os Países Baixos totalizaram US$ 365,9 mil, o que representou um aumento médio anual de 131%, no período de 2004 a 2007. Nos anos de 2002 e 2003, não foram registradas exportações desse setor para esse mercado. Matriz de Posicionamento de Vinhos para os Países Baixos Dez Principais Fornecedores 2002/2007 6,0 O Brasil ficou na 24º colocação no ranking de fornecedores, com uma taxa de crescimento médio 4,0 anual das exportações de 131%, no período em análise. Alemanha (2) Itália (3) França (1) Chile (5) 2,0 Argentina (10) Austrália (7) 0,0 -20% 0% -2,0 -4,0 -6,0 20% Portugal (8) 40% Espanha (4) África do Sul (6) Valor de Referência = US$ 250 mi EUA (9) -8,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 32 Assim como é característico em outros mercados europeus, as importações mundiais dos Países Baixos ficaram concentradas na categoria de produtos outros vinhos com capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421), 80% do total. Nesse último ano, as exportações brasileiras também ficaram concentradas nessa categoria de produtos, 99,6% do total. A taxa de crescimento das exportações brasileiras desses itens para o mercado exposta abaixo pode ser explicada devido à baixa penetração brasileira nos anos anteriores. Antes de 2006, o Brasil não exportava outros vinhos para o país. Naquele ano, o Brasil exportou apenas US$ 2.000 e em 2007, as exportações brasileiras totalizaram US$ 364,7 mil. Vale destacar, a baixíssima penetração de vinhos espumantes e espumosos brasileiros no mercado. Todavia, percebe-se o aumento significativo de 41% no total importado pelo país em 2007, quando foram comprados US$ 138,2 milhões (13% do total). SETOR: VINHOS E VERMUTES SH6 220421 220410 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Brasileiras Imp. Mundiais do Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. para o Mercado-alvo em Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo (US$) 2007/2006 Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade =< 2 litros Vinhos espumantes e espumosos 863.883.364 14% 364.751 138.271.869 41% 1.100 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 19118% 0% 12% 353% 0% 1% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. As tarifas aplicadas pelos Países Baixos estão destacadas no quadro ao lado. Os principais países fornecedores para o mercado são da União Européia, o que explica a inexistência de alíquota a ser aplicada nestes países. Destaca-se o crescimento das exportações chilenas para o mercado. Em 2002, o Tarifas Alfandegárias aplicadas pelos Países Baixos Chile exportou US$ 25,5 milhões de vinhos e vermutes. No último VINHOS E VERMUTES ano, o total exportado pelo Chile foi US$ 68,4 milhões, o que País 220410 220421 220429 Chile (5) 2,40% 2,30% 3,87% representou um aumento de 168% em relação a 2002. A principal África do Sul (6) 5,28% 5,27% 8,33% categoria de produtos exportada pelo Chile foi outros vinhos com Austrália (7) 11,17% 5,64% 10,16% capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421), 94% do total. As EUA (9) 11,17% 5,64% 10,16% Brasil (24) 11,17% 5,64% 10,16% tarifas aplicadas aos produtos chilenos são bem inferiores às aplicadas para os produtos brasileiros. Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Suíça Em 2007, as importações mundiais da Suíça totalizaram US$ 1,04 bilhão, o que representou um aumento de 23% em relação ao ano anterior e 60% superior a 2002. Os principais países fornecedores foram a França, Itália, Espanha e Estados Unidos. Apesar de a França continuar liderando o ranking para o mercado suíço em 2007, o país perdeu 6 pontos percentuais de participação quando comparado com o seu desempenho em 2002. Enquanto isso, a Itália aumentou a sua participação em 3 pontos percentuais no mercado suíço, totalizando 32% de market share. O crescimento das exportações italianas para o mercado foi superior a o total exportado pelo seu principal concorrente a França. Apesar, de estarem na 8ª e 10ª posição no ranking de países fornecedores para a Suíça, respectivamente, a Áustria e o Reino Unido aumentaram as suas exportações para a Suíça nos últimos anos. As exportações brasileiras para o mercado suíço cresceram 106% na média nos últimos cinco anos. No entanto, vale destacar que no ano de 2006, o total exportado pelo Brasil sofreu um aumento significativo e pontual que não se repetiu em toda a série de exportações coletadas. Nesse ano, o Brasil exportou US$ 306 mil para a Suíça. Já em 2007, o total exportado foi US$ 70,7 mil em vinhos e vermutes. Mesmo assim, o patamar atingido em 2007 foi bem superior aos anos anteriores, exceto 2006. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) 33 Matriz de Posicionamento de Vinhos para a Suíça Dez Principais Fornecedores 2002/2007 6,0 Itália (2) O Brasil ficou na 27º colocação no 4,0 ranking de fornecedores. 32% Áustria (8) Portugal (6) 0,0 -20% Austrália (7) Alemanha (4) Espanha (3) 2,0 Reino Unido (10) Chile (9) 0% 20% 40% EUA (5) -2,0 Valor de Referência = US$ 250 mi -4,0 38% -6,0 França (1) -8,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Em 2007, as importações mundiais da Suíça de vinhos e vermutes ficaram concentradas na categoria de produtos outros vinhos em recipientes com capacidade menor ou igual a 2 litros (SH6 220421), 69% do total, o que representou um aumento de 25% em relação ao ano anterior. Essa foi a única categoria exportada pelo Brasil em 2007. A variação negativa apresentada no quadro abaixo para as exportações brasileiras em relação a 2006 acontece pelo mesmo motivo explicado no tópico anterior. SETOR: VINHOS E VERMUTES SH6 220421 Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o MercadoMercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) 2007/2006 Descrição Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade =< 2 litros 725.326.126 25% 70.716 Partic. das Exp. Partic. Exp. Brasileiras em Brasileiras em relação às Imp. relação às Exp. Mundiais do Totais do Brasil Mercado-alvo 2007 2007 (em valor) (em valor) -77% 0% 2% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. As tarifas alfandegárias aplicadas pela Suíça estão listadas no quadro ao lado. Os principais países fornecedores para o mercado suíço estão na Europa e possuem preferências tarifárias (tarifa 0%). Para os Estados Unidos, 4º maior fornecedor, a tarifa aplicada é um pouco superior (5,23%) a aplicada ao Brasil (4,77%) para a principal categoria de produtos exportada pelos Estados Unidos para o mercado suíço, “Outros vinhos em recipientes com capacidade menor ou igual a 2 litros”. Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Suiça VINHOS E VERMUTES País EUA (5) Austrália (7) Chile (9) África do Sul (11) Brasil (27) 220421 5,23% 5,23% 5,23% 4,77% 4,77% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 34 • Rússia No último ano, as importações mundiais de vinhos e vermutes da Rússia totalizaram US$ 923,2 milhões, o que representou um aumento em termos de valor de 46% em relação a 2006 e 186% em relação a 2002, que representou uma variação positiva de 34% em volume, na comparação 2007/2006. Os principais países fornecedores para o mercado russo foram Itália, França, Espanha e Bulgária, que juntos foram responsáveis por 70% do total importado. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Em 2007, a Itália aumentou a sua participação de mercado em 18 pontos percentuais em relação a 2002, quando o país era o 3º maior fornecedor para Rússia e a França estava em 2º lugar no ranking. Naquele ano, o principal fornecedor de vinho para a Rússia era a Moldávia, que detinha 44% de market share e exportava para o país essencialmente “Outros vinhos em recipientes não superiores a 2 litros” (SH6 220421). O país permaneceu líder no ranking até 2005. Em 2006, estava entre os 5 principais fornecedores e em 2007 caiu para 24ª colocação. Com isso, o mercado ficou aberto para uma maior penetração da Itália, França e Espanha. O Brasil só começou a exportar vinhos e vermutes a partir de 2005 e obteve um crescimento médio anual de 55% de 2005 a 2007. No último ano, as exportações brasileiras para a Rússia atingiram US$ 173 mil. Matriz de Posicionamento de Vinhos para a Rússia Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 18,0 O Brasil ficou na 35ª colocação no ranking de fornecedores, com um crescimento médio anual das exportações para Rússia de 55%, no período em análise. 15,0 12,0 Itália (1) 27% 13% França (2) 9,0 Bulgária (4) 21% 6,0 Espanha (3) Argentina (5) Brasil (35) 3,0 Chile (6) Ucrânia (8) Portugal (9) Alemanha (7) 0,0 0% 20% 40% 60% Uzbequistão (10) -3,0 80% 100% Valor de Referência = US$ 100 mi -6,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Ainda nesse ano, 48% das importações mundiais russas de vinhos e vermutes ficaram concentradas em “Outros vinhos em recipientes com capacidade inferior a 2 litros” (SH6 220421), cujo crescimento foi 40% no último ano. Já as exportações brasileiras, também concentradas nesses produtos, cresceram 32%. SETOR: VINHOS E VERMUTES SH6 220421 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade =< 2 litros 439.445.323 40% 173.160 32% 0% Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 6% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 35 Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Rússia VINHOS E VERMUTES País 220421 Itália França Espanha Bulgária Argentina Brasil 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil De acordo com o quadro acima, para o único produto exportado pelo Brasil, “Outros vinhos em recipientes com capacidade inferior a 2 litros” (SH6 220421), as tarifas aplicadas pela Rússia são as mesmas para os 5 principais países fornecedores, bem como para o Brasil (tarifa 20%). 5.2. Café O consumo mundial de café totalizou 3,9 milhões de toneladas em 2007. A Europa Ocidental, América Latina e América do Norte se destacam como as principais regiões consumidoras desse produto no mundo, com participação de 30%, 23% e 19%, respectivamente. O continente europeu consumiu 1,6 milhões de toneladas, ou seja, 42% do consumo mundial. O gráfico abaixo apresenta a evolução do consumo mundial de café que totalizou 3,5 milhões, em 2002. No ano seguinte, o consumo permaneceu estável em relação a 2006. As regiões que obtiveram maior crescimento no consumo de café foram a Ásia, o Leste Europeu e a América Latina, 33%, 22% e 15%, respectivamente, em relação a 2002. A Europa Ocidental permaneceu estável em relação à demanda de café, em termos de volume. Em 2002, o consumo dos países dessa região foi de 1,15 milhão de toneladas e em 2007 totalizou 1,16 milhão. Todavia, no período ocorreu uma valorização consistente no preço médio do café na região. Em 2002, o preço médio de consumo do café na região foi US$ 8,10, enquanto que em 2007, o preço médio foi US$ 11,50, representando um aumento de 42%. Essa tendência pode ser explicada devido a valorização desse produto no mercado mundial, além do aumento do consumo da linha de produtos premium. Total em toneladas Evolução do consumo de café por região 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 2002 Europa Ocidental Leste Europeu Oceania 2003 2004 2005 América Latina África e Oriente Médio 2006 2007 América do Norte Ásia Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil Na Europa, os países que mais se destacaram no consumo de café em 2007 foram Alemanha, França, Itália e Países Baixos. No entanto, o consumo na Alemanha, França e Espanha foram 5%, 3% e 14% inferiores ao total consumido em 2002, Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 36 respectivamente. O gráfico abaixo apresenta a comparação do consumo desse produto entre os principais países da Europa Ocidental. Em 2007, a Alemanha consumiu 326,3 mil de toneladas de café, sendo 82% café fresco e 18% café instantâneo. Os países que apresentaram maior crescimento no consumo em volume foram a Turquia (149%), Portugal (20%) e Irlanda (19%), mas não estão presentes no gráfico, pois os seus consumos não foram superiores a 18 mil toneladas em 2007. Consumo de café dos principais países da Europa Ocidental Consumo de café dos principais países do Leste Europeu 360.000 270.000 2002 180.000 2007 90.000 - Total em toneladas Total em toneladas Conforme mencionado, o Leste Europeu está entre as regiões que apresentaram grande crescimento médio de consumo de café no período. A Polônia e a Rússia merecem atenção especial, uma vez que foram os países que mais consumiram o produto em 2007. Além disso, o preço médio desse produto foi acrescido em 78 % na Rússia, influenciado pelo aumento do consumo. A Ucrânia foi o país que apresentou o maior crescimento, 116% em relação a 2002. 120.000 80.000 2002 40.000 2007 - Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil O quadro abaixo apresenta os quinze maiores importadores europeus de café. Alemanha, França e Itália representam 27% do total importado pelo mundo. O crescimento médio anual das importações mundiais por estes países foi bem homogêneo, com variação média anual de 18% a 24%. Já com relação às exportações brasileiras de café para a região, os destinos com maior crescimento médio no fornecimento foram Rússia (33%), Países Baixos (31%) e Polônia (30%). SETOR - Café País Alemanha França Itália Reino Unido Bélgica Espanha Países Baixos Rússia Áustria Polônia Suécia Suíça República Tcheca Finlândia Dinamarca Importações Totais 2007 (US$ milhões) 3.097,77 1.331,88 1.147,96 731,96 706,87 696,13 668,20 603,69 449,29 392,07 366,42 350,63 223,39 207,15 200,22 Exportações Brasileiras 2007 (US$ milhões) 713,30 107,99 379,84 76,15 191,86 108,61 101,36 108,23 7,53 16,33 92,86 11,89 2,92 71,11 28,78 Taxa de Crescimento Médio Anual das Imp Mundiais 2002/2007 22% 18% 22% 19% 18% 24% 19% 22% 28% 19% 18% 23% 23% 19% 18% Taxa de Crescimento Médio Anual das Exp Brasileiras 2002/2007 20% 18% 26% 25% 27% 16% 31% 33% 8% 30% 22% 9% -20% 23% 6% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Em 2007, os oito principais importadores europeus de café foram Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Bélgica, Espanha, Países Baixos e Rússia, que movimentaram US$ 8.9 bilhões no ano. Esse montante representou 44% do total importado pelo mundo de café. A Alemanha importou do mundo US$ 3 bilhões em 2007 e suas importações mundiais cresceram 18% em relação a 2006 e 168% em relação a 2002. Apesar de a Rússia aparecer na 8ª posição do ranking de importadores da Europa em 2007 (US$ 603,6 milhões), o crescimento das importações mundiais atingiram 42% em relação ao ano anterior e 167% em relação a 2002. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 37 Com relação aos destinos das exportações brasileiras para o continente europeu, o país de maior destaque foi a Alemanha que adquiriu do Brasil US$ 713,3 milhões em 2007 deste produto. Esse valor representou um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Nota-se que em 2003, a demanda alemã pelo produto brasileiro apresentou um pequeno declínio, com retomada do crescimento ao longo dos últimos quatro anos. Em 2007, a demanda pelo café brasileiro aumentou significativamente no Leste Europeu, especialmente na Rússia, onde teve crescimento de 36% na comparação com o ano anterior, e na Eslovênia, 38%. Todavia, o Brasil exportou mais para a Eslovênia do que para a Rússia em 2007. 800 US$ Milhões US$ Milhões Principais Importadores de Café na Europa 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 2002 Alemanha Bélgica 2003 2004 França Espanha 2005 2006 Itália Países Baixos Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil 2007 Reino Unido Rússia Principais destinos das exportações brasileiras de café para Europa 600 400 200 2002 Alemanha Espanha 2003 2004 Itália Rússia 2005 Bélgica França 2006 2007 Eslovênia Países Baixos Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil 11 De acordo com dados da ABIC , o Brasil é o maior produtor e exportador desses produtos no mundo. No passado, o país era reconhecido apenas como exportador de commodities. A partir de 2002, no entanto, o Brasil vem aumentando a sua participação no mercado com os cafés industrializados, onde os seus principais concorrentes são a Alemanha e Itália. O Brasil aprendeu com os seus concorrentes a agregar valor ao café brasileiro e hoje exporta para os principais países consumidores na Europa, Ásia, África, América do Norte e América Latina. A expectativa de crescimento das exportações brasileiras de café torrado e moído em 2008 é bem alta. Segundo levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as exportações brasileiras desses produtos atingiram 76,4 mil sacas, no valor de US$ 20,4 milhões no primeiro semestre de 2008. As exportações do segundo trimestre de 2008 foram maiores 26% no volume exportado e 20% na receita em relação ao primeiro trimestre de 2008. Os principais destinos desses produtos brasileiros no mercado internacional foram Estados Unidos, Itália, Argentina, Japão e Ucrânia. Vale destacar que as análises, a seguir, contemplam o setor de café como um todo, ou seja, o “Café não torrado, não descafeinado” (café verde) e também os processados, com maior agregação de valor e onde o Brasil espera aumentar cada vez mais a sua participação no cenário internacional. Por isso, os mercados que atualmente importam grande quantidade o café verde brasileiro não foram desprezados nas análises. Para seleção dos mercados mais atrativos para a exportação de café, algumas variáveis foram consideradas como o total importado em US$, o total exportado em US$ pelo Brasil para os mercados e a evolução do consumo de café nos países. Com isso, os cinco mercados mais atraentes foram Alemanha, França, Reino Unido, Bélgica e Polônia. • Alemanha 12 Hábitos de consumo O consumo do café clássico de filtro na Alemanha vem diminuindo ao longo dos anos. Nota-se um aumento da demanda de café pelo público jovem alemão que prefere os cafés expressos cremosos produzidos nas lojas especializadas de café. Essas lojas especializadas foram importadas da cultura americana de beber café. Outra preferência observada é o consumo de café com menos cafeína, seguindo tendência mundial de preocupação com saúde, por isso, o público jovem alemão prefere o café mais leve e cremoso. Atualmente, as vendas de café expresso tradicional correspondem a um terço do consumo desse tipo de café na Alemanha. Já o café expresso leve e cremoso corresponde a mais da metade das vendas. 11 12 ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café Fonte: Euromonitor Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 38 13 Em 2006, segundo Deutscher Kaffeeverband existiam no país 1.200 lojas especializadas de café na Alemanha (coffeeshops). Em 2007, o McDonald’s dobrou o número de lojas no país, totalizando 400 até o final daquele ano. A Tchibo opera com 500 lojas no país. A Starbucks fechou o ano de 2007 com aproximadamente 120 estabelecimentos no mercado alemão. E a loja de café pioneira na Alemanha, Balzac Coffee, aumentou de 26 para 40 lojas no final de 2007. Mesmo com a valorização do preço do café verde arábico e robusto no cenário mundial, o preço do café para o consumidor final permaneceu estável até a metade de 2007. Essa estabilidade pode ser explicada, em parte pela concorrência entre os fabricantes de café com as marcas próprias dos principais varejistas na Alemanha, especialmente, o da rede Aldi. Em 2007, as marcas próprias corresponderam a 23% das vendas em valor de café no país. O principal fabricante é a Kraft que possui também 23% de participação de mercado, a Tchibo possui 17% e, Melitta, 12%. Outra tendência observada no país é o consumo de café em casa, onde os alemães vivem a experiência de beber café em máquinas modernas de preparo doméstico, que simulam o café expresso em porções individuais, o que atrai, principalmente, o público jovem de até 40 anos. Estima-se que foram vendidas 5 milhões de máquinas de café na Alemanha até a metade de 2007. As vendas de café para esse segmento cresceram 300% em valor em 2004 e foram responsáveis por 10% das vendas no varejo em 2007. O principal fabricante das máquinas de café na Alemanha é a Phillips, que foi a pioneira ao lançar em 2002 a máquina de café expresso com a marca Senseo, com design moderno e prático. Os principais varejistas que vendem os acessórios necessários para as máquinas de café são o Saturn e o Media Market, eles expõem os produtos perto dos caixas para que o consumidor possa adquiri-los com maior facilidade. Importações alemãs vs Exportações brasileiras Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Apesar do crescimento das exportações brasileiras, de acordo com o gráfico abaixo, o Brasil vem perdendo market share para o Vietnã, que é o segundo maior fornecedor de café para este país. A Alemanha utiliza o café importado do Brasil e Vietnã para re-exportação do seu produto blended. Nas análises a seguir, a Alemanha estará presente como um dos principais países fornecedores para os vizinhos europeus. Em 2007, a participação brasileira no total importado deste produto pela Alemanha foi 23%, enquanto o Vietnã, que está na segunda posição, possui 13% do mercado. Em 2007, o Vietnã ganhou 8 pontos percentuais em relação a 2002. Matriz de Posicionamento de Café na Alemanha Dez Principais Fornecedores 2002/2007 10,0 13% 8,0 Vietnã (2) 6,0 4,0 Indonésia (10) Áustria (7) 2,0 Bélgica (8) Países Baixos (9) Honduras (5) Peru (4) Itália (6) 0,0 0% 10% -2,0 Colômbia (3) -4,0 20% 23% 30% 40% 50% 60% Brasil (1) Valor de Referência = US$ 100 mi -6,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 As exportações brasileiras para a Alemanha de café totalizaram US$ 713,3 milhões em 2007, o que representou um aumento médio anual de 20% no período de 2002 a 2007. O “Café não torrado, não descafeinado” (090111) é o item mais 13 Deutscher Kaffeeverband: Associação Alemã de Comércio de Café Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 39 importado pela Alemanha (76% do total) e também é o mais exportado pelo Brasil para o país (96% do total). Para este produto, as exportações brasileiras representam 29% do total importado pelo país e a Alemanha é o principal destino das exportações brasileiras (20% do total). Todavia, não foi identificado como oportunidade no quadro abaixo, pois o produto apresenta baixo valor agregado. Conforme já mencionado anteriormente, nota-se o elevado crescimento das exportações brasileiras do “Café torrado, não descafeinado”, As exportações brasileiras cresceram 201% em relação ao ano anterior, quando o Brasil exportou apenas US$ 32,9 mil. SETOR: CAFÉ SH6 Var. Imp. Var. Exp. Partic. das Exp. Imp. Mundiais Exp. Brasileiras Mundiais do Brasileiras Brasileiras em relação para o do Mercadopara o às Imp. Mundiais do Mercadoalvo em 2007 Mercado-alvo alvo Mercado-alvo Mercado-alvo 2007 (em em 2007 (US$) (US$) 2007/2006 2007/2006 valor) Descrição 090121 Café torrado, não descafeinado 346.461.059 29% 99.004 210111 Extratos, essências e concentrados de café 275.522.853 13% 26.149.040 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 201% 0,03% 0,37% -9% 9% 5% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil. O preço médio praticado para o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121), pelo Brasil ficou no mesmo patamar do preço médio dos fornecedores desse produto para o mercado alemão. Em 2007, o Brasil ficou na 13ª posição entre os principais fornecedores desses produtos para a Alemanha. Até 2006, o principal fornecedor deste produto para o país era a Itália. Em 2007, a Áustria que estava em segundo lugar passou a ser o principal país fornecedor de café torrado para o mercado alemão. Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 090121 - Café torrado, não descafeinado Principais fornecedores para Alemanha 20.000,00 16.000,00 US$/T 12.000,00 8.000,00 4.000,00 0,00 2002 2003 1. Áustria 5. Bélgica 8. França 2004 2. Itália Média Geral 9. Polônia 2005 3. Países Baixos 6. Reino Unido 10. Espanha 2006 2007 4. República Tcheca 7. Suíça 13.Brasil Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX- Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 40 Para o segundo principal produto exportado pelo Brasil (SH6 210111 – extratos, essências e concentrados de café), a tarifa aplicada ao Brasil é maior do que os demais concorrentes, exceto Vietnã, que possui a mesma tarifação que o Brasil. Em 2007, nessa categoria de produtos, os principais países fornecedores foram a Bélgica, Países Baixos e Reino Unido que possuem preferências tarifárias por serem países membros da União Européia. Para o “Café torrado, não descafeinado”, ocorre a mesma situação, os principais países fornecedores para o mercado alemão são da União Européia (Áustria, Itália, Países Baixos, República Tcheca e Bélgica), que não sofrem tarifação (alíquota zero). Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Alemanha CAFÉ País 090121 210111 Brasil (1) 2,60% 9,00% Vietnã (2) 2,60% 9,00% Colômbia (3) 0,00% 0,00% Peru (4) 0,00% 0,00% Honduras (5) 0,00% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • França 14 Hábitos de consumo Os fabricantes de café estão cada vez mais divulgando os benefícios do consumo de café, pois o consumidor francês 15 acredita que o consumo excessivo de café poderá prejudicar a sua saúde. Com isso, a ASIC e os fabricantes estão trabalhando em conjunto para fortalecer a imagem do café no mercado francês com enfoque especial no efeito antioxidante que o produto possui. Ao contrário do que acontece na Alemanha, a utilização de máquinas de café está mais voltada aos escritórios, restaurantes e lojas de café. O público francês não enxerga a qualidade do café de máquina individual para uso doméstico e prefere consumi-lo nas lojas especializadas. As vendas de café instantâneo foram as que mais cresceram no varejo, todavia, o total movimentado em volume ainda é muito baixo, cerca de 7% do total consumido pela França (181,6 milhões de toneladas) corresponde ao café instantâneo. O consumidor francês percebe o café torrado arábico de melhor qualidade e com um sabor mais agradável do que as outras variedades. Por isso, verificou-se aumento das vendas em valor de 5% e em volume de 1%. Essa foi a única categoria de café torrado que apresentou algum crescimento em volume, em 2007. Nesse mesmo ano, o consumo de café nas lojas especializadas como Starbucks e McCafé aumentou, especialmente pela tendência do francês de criar ocasiões de consumo de café na rua, enquanto lê um livro ou espera por algum compromisso. Os principais fabricantes de café na França são Kraft Foods, líder com 37% de participação no território francês, e com portfólio diversificado nas principais categorias de café. O seu principal produto é o Carte Noire, que possui 17% de market share. Douwe Egberts é o segundo competidor que vem aumentando a sua participação de mercado. Em 2007 obteve 22% de market share. As marcas próprias foram responsáveis por 14% das vendas em 2007. De acordo com os dados expostos, o setor de café na França é dominado por empresas multinacionais. Para que um pequeno fornecedor se destaque é necessário que o mesmo invista em nichos de mercados diferenciados, especialmente voltados para produtos orgânicos. Para o mercado francês, é preciso oferecer produtos de alta qualidade em termos de sabor além de inovar nas embalagens, bem como informar os atributos para a saúde do produto, como por exemplo, o efeito antioxidante. Duas marcas italianas que tinham uma posição de destaque na França, Lavazza e Segafredo, perderam participação de mercado em 2007. Isso ocorreu, porque essas marcas italianas não estavam atingindo as expectativas do público francês em relação à embalagem, inovação e sabor. 14 15 Fonte: Euromonitor ASIC - Association for Science and Information on Coffee Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 41 Importações francesas vs Exportações brasileiras Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) O principal país fornecedor de café para a França é a Alemanha. Em 2007, a participação alemã no total importado deste setor pela França foi 19%. Neste mesmo ano, o Brasil foi o 4º maior fornecedor com 10% de participação no total das importações francesas desse produto. O gráfico a seguir, apresenta os dez maiores fornecedores de café para a França. Matriz de Posicionamento de Café na França Dez Principais Fornecedores 2002/2007 10,0 8,0 Suíça (3) 6,0 Alemanha (1) 4,0 Espanha (7) 2,0 Vietnã (6) Itália (5) 0,0 Colômbia (9) 0% Países Baixos (8) 10% 20% -2,0 30% Reino Unido (10) 40% 50% 60% Bélgica (2) -4,0 Brasil (4) Valor de Referência = US$ 100 mi -6,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Em 2007, a França foi o segundo maior importador de café na região européia (US$ 1,3 bilhão) e o 7º maior destino das exportações brasileiras. No ano em questão, o Brasil exportou para o país US$ 107,9 milhões, o que representou uma queda de 4% em relação a 2006, apesar das importações mundiais francesas destes produtos crescerem 19%. No caso de “Café não torrado, não descafeinado" (SH6 090111), as exportações brasileiras representaram 19% do total importado pela França em 2007. Nota-se que o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121) representou 40% do total importado pela França em 2007. Apesar das exportações brasileiras para o mercado francês crescerem na média anual 18%, essa categoria de produtos sofreu queda de 92% no último ano, pois o Brasil atendeu uma demanda muito alta no mercado francês em 2006, o que distorceu a tendência de vendas. SETOR: CAFÉ SH6 Descrição 090121 Café torrado, não descafeinado Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) 519.661.686 16% 12.886 -92% 0,00% Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 0,05% Extratos, essências e concentrados de 210111 142.699.034 -1% 541.879 -81% 0% 0% café Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Para o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121), os principais países fornecedores foram Suíça, Bélgica, Itália e Alemanha e para os “Extratos essenciais e concentrados de café” (SH6 210111), os principais fornecedores foram Alemanha, Espanha, Reino Unido e Bélgica. A Alemanha está presente como um dos principais fornecedores para a maioria dos produtos importados pela França, fato que explica a sua posição de liderança no ranking apresentado no gráfico da Matriz de Posicionamento. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 42 A tabela a seguir apresenta as tarifas alfandegárias aplicadas pela França para os principais produtos dessa categoria exportada pelo Brasil. Os países listados concorrentes do Brasil foram selecionados de acordo com a Matriz supracitada. Apenas o Brasil possui tarifa para exportações de café para a região, exceto para o “Café não torrado, não descafeinado” (SH6 090111), principal produto da pauta exportadora para o mercado francês. Tarifas Alfandegárias aplicadas pela França CAFÉ País 090121 210111 Brasil (4) 2,60% 9,00% Vietnã (6) 0,00% 0,00% Colômbia (9) 0,00% 0,00% Etiópia (11) 0,00% 0,00% Peru (12) 0,00% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Reino Unido No último ano, as importações mundiais de café totalizaram US$ 731,9 milhões, o que representou um aumento de 17% em relação a 2006. Embora o país seja o 4º maior importador de café da região, o Reino Unido é o 13º destino das exportações brasileiras. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos percentuais) O gráfico abaixo apresenta a Matriz de Posicionamento do setor de café no Reino Unido. Apesar de a Alemanha ser o principal fornecedor de café para o país, em 2007 obteve 21% de participação de mercado, a mesma perdeu 8 pontos percentuais no período de 2007 vs. 2002. Este fato explica o aumento da participação de mercado de seus concorrentes, o que inclui o Brasil, que aumentou o seu market share em 2 pontos percentuais em comparação com 2002. Em 2007, a participação brasileira no fornecimento para o Reino Unido foi de 12%. Os Países Baixos e Colômbia também aumentaram o seu market share em 2,1 e 1,6 pontos percentuais, respectivamente. Matriz de Posicionamento de Café no Reino Unido Dez Principais Fornecedores 2002/2007 6,0 Vietnã (5) Países Baixos (3) 4,0 Brasil (2) Bélgica (7) 2,0 Colômbia (4) Itália (6) Suíça (10) 0,0 0% -2,0 França (8) 12% 20% 40% 60% 80% 100% Irlanda (9) -4,0 Valor de Referência = US$ 100 mi -6,0 Alemanha (1) -8,0 21% -10,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008 Em 2007, o Brasil exportou para o país US$ 76,1 milhões, concentrados especialmente nas categorias de produtos “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) e “Café não torrado e não descafeinado” (SH6 090111). Nota-se Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 43 que os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) representaram 52% do total importado pelo país. Vale destacar, que dos países listados, o Reino Unido foi o único país em que a principal categoria de produtos exportada pelo Brasil foi os “Extratos de café’ e não o “Café não torrado e não descafeinado” (produto básico). A participação das exportações brasileiras no total importado pelo país para esses 2 produtos foi de 17% e 13%, respectivamente SETOR: CAFÉ SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) Extratos, essências e concentrados de café 231.187.474 21% 39.857.421 46% 17% 8% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. 210111 Para a análise dos preços médios praticados pelos principais países fornecedores para o Reino Unido, foi selecionado o produto mais significativo da pauta exportadora brasileira dessa categoria de produtos para o mercado inglês. Neste caso, o Brasil aparece como o 3º maior fornecedor para o país. O preço médio praticado pelo Brasil para os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111), foi US$ 5.384 por tonelada e os principais concorrentes do Brasil foram a Alemanha e Países Baixos, com preços médios praticados de US$ 12.043 a tonelada e US$ 11.144 a tonelada, respectivamente. Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 210111 - Extratos, essências e concentrados de café Principais fornecedores para o Reino Unido 45.000 40.000 35.000 US$/Ton 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2002 1. Alemanha 5. França 8. Colômbia 2003 2004 2. Países Baixos Média Geral 9. Polônia 2005 3. Brasil 6. Equador 10. Irlanda 2006 2007 4. Espanha 7. Suíça Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. • Bélgica Em 2007, a Bélgica foi o 3º maior destino das exportações brasileiras que totalizaram US$ 191,8 milhões no ano em questão. Esse valor representou um aumento de 24% em relação ao ano anterior e 233% em relação a 2002. As importações mundiais de café somaram US$ 706,8 milhões, o que representou um aumento de 7% em relação ao ano anterior e de 27% em relação a 2002. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 44 A Bélgica atua como distribuidor para os principais países da Europa. Mesmo assim, esse país foi considerado para a análise mais aprofundada, pois mesmo atuando como distribuidor, o consumo no mercado belga aumentou 10% em relação a 2002. Na função de distribuidor para a Europa, a Bélgica busca atender as demandas européias e com isso, os produtos brasileiros precisam estar disponíveis nesse mercado. Em 2007, os principais compradores de café da Bélgica foram França (37%), Países Baixos (21%), Alemanha (19%) e Reino Unido (6%). O gráfico a seguir apresenta a Matriz de Posicionamento de café na Bélgica. Mais uma vez, o Brasil aparece como o principal país fornecedor para o mercado belga. Em 2007, a participação brasileira foi de 16%. Esse valor representou um aumento de 2 pontos percentuais com relação ao ano de 2002. Os principais concorrentes do Brasil no mercado belga foram a Alemanha (15% de market share), Colômbia (8%) e Países Baixos (7%). Vale destacar, que destes, apenas os Países Baixos apresentaram crescimento de participação de mercado (1,1 ponto percentual). Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Em 2002, a Alemanha era o principal país fornecedor de café para o mercado belga. Na época, o país tinha 16% de participação de mercado. Nesse mesmo ano, a França era o 2º maior país fornecedor para o mercado belga (14% de market share). Em 2007, a França tinha apenas 6% de participação de mercado, tornando-se o 5º principal exportador para o país. Assim, o Brasil se consolidou como o principal fornecedor de café para o mercado belga. Matriz de Posicionamento de Café na Bélgica Dez Principais Fornecedores 2002/2007 4,0 Brasil (1) Vietnã (6) Peru (7) Suíça (10) 16% 2,0 Etiópia (9) Honduras (8) 0,0 -20% 0% Colômbia (3) -2,0 20% 15% -4,0 40% Países Baixos (4) 60% 80% Alemanha (2) Valor de Referência = US$ 100 mi -6,0 França (5) -8,0 -10,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil O produto da pauta importadora belga com maior representatividade é o “Café não torrado, não descafeinado” (SH6 090111) que correspondeu a 64% do total importado pelo país e 93% do total exportado pelo Brasil. Em 2007, a participação brasileira na demanda belga por esse produto foi 39%. O segundo produto mais importante da pauta importada foi o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121). Nesse caso, a participação brasileira foi muito pequena, 0,1% do total importado pelo país. Os principais países fornecedores para o mercado belga do “Café torrado, não descafeinado” foram Países Baixos, Alemanha, França, Suíça e Itália. Por fim, os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) representaram 11% do total importado pela Bélgica e o Brasil forneceu 18% do total importado pelo país. Apesar da pequena redução no fornecimento desse produto pelo Brasil em 2007 (queda de 7% em relação a 2006), na média, essa categoria de produtos cresceu 217% no período de 2002 a 2007. Em 2002, o Brasil era o 10º principal país fornecedor para a Bélgica de “Extratos e essências e concentrados de café’. Já em 2007, passou a ser o 4º principal país fornecedor. Os concorrentes do Brasil nesses produtos foram Alemanha, França e Países Baixos. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 45 SETOR: CAFÉ SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do Mercado-alvo 2007 (US$) 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição 090121 Café torrado, não descafeinado 115.460.846 13% 62.463 57% 0,1% Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 0,2% Extratos, essências e concentrados de 74.923.818 2% 13.239.573 -7% 18% 3% café Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. 210111 Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 210111 - Extratos, essências e concentrados de café Principais fornecedores para a Bélgica 18.000 15.000 US$/Kg 12.000 9.000 6.000 3.000 0 2002 1. Alemanha Média Geral 2003 2. França 2004 2005 3. Países Baixos 4. Brasil 6. Espanha 7. Equador 2006 2007 5. Colômbia 8. Reino Unido 10. Suíça Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX- Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. O gráfico acima apresenta a evolução dos preços médios praticados pelos principais fornecedores de “Extratos, essências e concentrados” (SH6 210111), o Brasil foi 4º maior fornecedor para o mercado belga. No entanto, o preço médio praticado pelo Brasil na Bélgica para esse produto foi bastante inferior aos preços médios praticados pela Alemanha, França e Países Baixos. Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Bélgica CAFÉ País 090121 210111 Brasil (1) 2,60% 9,00% Colômbia (3) 0,00% 0,00% Vietnã (6) 2,60% 3,10% Peru (7) 0,00% 0,00% Honduras (8) 0,00% 0,00% As tarifas alfandegárias aplicadas pela Bélgica para os principais produtos importados do setor de café estão listadas na tabela ao lado. Para o produto “Café não torrado, não descafeinado” (SH6 090111), principal produto exportado para o mercado belga, o Brasil possui a mesma tarifa dos seus principais concorrentes (tarifa zero). O mesmo não ocorre para o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121), tarifa 2,6% e “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) com tarifa de 9% aplicada ao Brasil. Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 46 • Polônia Em 2007, as importações mundiais de café da Polônia totalizaram US$ 392 milhões, o que representou um aumento de 5% em relação a 2006 e 141% em relação a 2002. No último ano, os principais países fornecedores para o mercado polonês foram a Alemanha (35% do total), Hungria (12%) e Vietnã (7%). Tanto a Alemanha quanto a Hungria aumentaram a sua participação no mercado polonês em 12 e 10 pontos percentuais, respectivamente. Já o Vietnã perdeu oito pontos percentuais. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) No mesmo ano o Brasil exportou US$ 16,3 milhões de café para o mercado polonês, o que representou um aumento médio de 30% no período de 2002 a 2007. O Brasil manteve a sua posição no ranking como 6º principal fornecedor para a Polônia, todavia, aumentou em 1 ponto percentual a sua participação nesse mercado. Como a demanda por este produto na Polônia vem aumentando nos últimos anos, esta é uma excelente oportunidade para o exportador oferecer o café brasileiro. Matriz de Posicionamento de Café na Polônia Dez Principais Fornecedores 2002/2007 Alemanha (1) 14,0 Hungria (2) 35% 24% 10,0 6,0 Colômbia (7) 2,0 -20% Itália (8) -2,0 0% Equador (5) Reino Unido (4) Laos (10) 20% Brasil (6) 40% 60% 80% República Tcheca (9) -6,0 Vietnã (3) Valor de Referência = US$ 50 mi -10,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Os principais produtos importados no último ano pelo mercado polonês estão listados na tabela abaixo. Apesar de apresentar queda de 30% em relação a 2006, os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111) foram mantidos, pois as importações mundiais deste produto cresceram 8%, além de ter maior valor agregado. O mesmo ocorreu com o “Café torrado, não descafeinado”, caso em que as exportações brasileiras para o mercado polonês caíram 27% e as importações mundiais cresceram 4%. SETOR: CAFÉ SH6 210111 Descrição Extratos, essências e concentrados de café 090121 Café torrado, não descafeinado Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 159.672.604 8% 7.342.292 -30% 5% 2% 90.576.691 4% 31.034 -27% 0% 0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Vale destacar que as exportações brasileiras para o mercado polonês totalizaram US$ 6 milhões de janeiro a junho de 2008, o que representou um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isto reforça que este mercado é Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 47 muito interessante devido ao aumento da demanda do polonês por café e o Brasil deveria aumentar a oferta do café torrado ou processado de maior valor agregado. Os gráficos a seguir apresentam o desempenho dos preços praticados pelos principais países fornecedores para o mercado polonês. Nota-se que para os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111), os preços médios praticados pelo Brasil foram os mais baixos do período desde 2004. Os principais concorrentes para este produto são Alemanha, França e Países Baixos. Conforme mencionado anteriormente, o total exportado pelo Brasil para o mercado polonês do “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121) foi muito baixo, o que pode distorcer a análise do preço médio praticado. Os principais concorrentes do Brasil para este produto foram: Alemanha, Itália e República Tcheca. Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 210111 - Extratos, essências e concentrados de café Principais fornecedores para a Polônia 18.000 15.000 US$/Ton 12.000 9.000 6.000 3.000 0 2002 2003 2004 2005 2006 1. Alemanha 2. Hungria 3. Reino Unido 4. Equador Média Geral 6. Brasil 7. Israel 8. França 2007 5. Colômbia 10. Espanha Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 090121 - Café torrado, não descafeinado Principais fornecedores para a Bélgica 40.000,00 30.000,00 US$/Ton 20.000,00 10.000,00 0,00 2002 2003 1. Alemanha 5. Hungria 8. Áustria 2004 2. Itália Média Geral 9. Países Baixos 2005 3. República Tcheca 6. Bélgica 10. Reino Unido 2006 2007 4. Suíça 7. Dinamarca 18. Brasil Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 48 Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Polônia CAFÉ País 090121 210111 Vietnã (3) 2,60% 3,10% Equador (5) 0,00% 0,00% Brasil (6) 2,00% 9,00% Colômbia (7) 0,00% 0,00% Laos (10) 0,00% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Com relação às tarifas alfandegárias aplicadas pela Polônia para o setor de café, o único produto que o Brasil possui igualdade de condições tarifárias perante os concorrentes é o “Café não torrado e não descafeinado” (SH6 090111), pois é aplicada alíquota zero. O Brasil possui vantagem perante o Vietnã para o “Café torrado, não descafeinado” (SH6 090121), mas possui desvantagem perante os demais (Países da União Européia, Equador, Colômbia e Laos). Já para os “Extratos, essências e concentrados de café” (SH6 210111), o Brasil possui desvantagem perante os seus concorrentes (Países da União Européia, Vietnã, Equador, Colômbia e Laos). 5.3. Carnes A região da Ásia e Pacífico se destaca pelo consumo de carnes em geral, que em 2007 alcançou 112,12 milhões de toneladas, correspondendo a 48% do consumo mundial de carnes. A China é o país que mais consome carnes no mundo. Em 2007, seu consumo alcançou 84,9 milhões de toneladas, mais do que o dobro consumido na América Latina. Mesmo com uma participação bem menos significativa que a da região asiática, a América Latina ficou em segundo lugar, com 31,53 milhões de toneladas consumidas no mesmo ano (gráfico que segue). Essa Região conseguiu registrar um aumento do consumo de aproximadamente 15% de 2002 a 2007, fechando o último ano com participação de 14% no consumo mundial total de carnes, em volume. Todavia, no último ano, 2007, o crescimento foi de 2%. Evolução do Consumo de Carne por Região por Volume (1000 ton) 250000 Europa Ocidental 200000 América do Norte África e Oriente Médio América Latina 150000 100000 Leste Europeu 50000 Australásia 0 Ásia e Pacífico 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Em parte pela menor densidade demográfica, com 24,8 milhões de habitantes, a Australásia (Nova Zelândia e Austrália) apresenta o menor consumo entre as regiões, 2,6 milhões de toneladas em 2007, com um crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior. As Regiões da América do Norte e Europa Ocidental apresentam quantidade consumida semelhante em 2002: 26,6 milhões de toneladas e 26,0 milhões, e em 2007 alcançaram 28,9 e 26,9 milhões de toneladas, respectivamente. Na Europa Ocidental, a Alemanha, França e Itália se destacam como os maiores consumidores de carnes. No entanto, apresentam relativa estabilidade em relação ao consumo, com uma pequena queda no consumo francês e italiano entre 2007 e 2006 de 0,4% e 3,0%, respectivamente. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 49 Portugal, Grécia e Reino Unido apresentaram o maior aumento de consumo na comparação 2007/2002, 17,53 %, 15,04 % e 16 14,68 %. As importações dos três países de “Carnes e miudezas comestíveis ”, em 2007, foram de: US$ 992,3 milhões; US$ 1,3 bilhões; e, US$ 5,9 bilhões, respectivamente. Consumo de Carne na Europa Ocidental 5 4 3 2 2002 1 2007 Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. 2002 2007 Outros Suíça Dinamarca Bélgica Áustria Países Baixos Grécia Portugal Turquia Espanha Itália Reino Unido França 0 Alemanha Milhares de Toneladas 6 Milhares de toneladas Consumo de Carne no Leste Europeu 7 6 5 4 3 2 1 0 Fonte: Euromonitor. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. Em relação ao Leste Europeu, como se pode observar no gráfico acima, destaca-se crescimento de 16,1% do consumo na região na comparação entre 2007/2002, que se deve, em especial, pelo maior consumo russo. A Rússia foi o quinto maior importador mundial de carnes em 2007, posição assumida em 2006, abaixo do Japão, Reino Unido, Alemanha e Itália. As importações totais de “Carnes e miudezas comestíveis” do país alcançaram US$ 5,1 bilhões no último ano, com crescimento de 13% em relação ao ano anterior. No entanto, a variação é mais expressiva na comparação 2007/2004, quando se observa um crescimento de 127% das importações. A Romênia e Ucrânia também apresentaram um forte aumento do consumo. As importações, entretanto, apesar de experimentarem taxa média anual de crescimento de 39% e 24% entre 2002 e 2007, alcançaram US$ 741,5 milhões e US$ 163,8 milhões, nessa ordem, no último ano. Um aspecto a ser destacado é a preocupação crescente do mercado com o uso correto do meio-ambiente e com os surtos de doenças, aumentando a exigência de certificações. Por isso, a implantação por parte dos produtores brasileiros de medidas de controle e erradicação de doenças como a febre aftosa e a brucelose, e a apresentação de certificações sanitárias, bem como de certificados de origem, tornam-se ferramentas decisivas quando da comercialização do produto. 5.3.1. Carne Bovina 17 O quadro abaixo demonstra os quinze principais importadores europeus de carne bovina. A Itália lidera o ranking, com importações mundiais que totalizaram US$ 2,7 bilhões, em 2007, seguida pela Rússia e França, com US$ 1,9 bilhões, cada. Em relação à taxa de crescimento médio anual das importações mundiais entre 2002 e 2007, destaca-se a situação de economias em rápido desenvolvimento como a Rússia e a Polônia, que apresentaram expressivo crescimento médio no período. A Rússia registrou uma taxa de crescimento médio anual de 24% em valor, nesse período, enquanto a Polônia alcançou 98%, apesar de suas importações serem bem menos significativas que as russas. 16 17 Referente aos produtos compreendidos no Capítulo 02 da codificação de produtos adotada pela SECEX/MDIC. Nesse caso está sendo considerada tanto a carne bovina “in natura”, bem como miúdos e processados de carne bovina. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 50 SETOR - Carne Bovina País Itália Rússia França Reino Unido Alemanha Países Baixos Espanha Grécia Dinamarca Portugal Suécia Bélgica Áustria Suíça Irlanda Taxa Anual de Taxa Anual de Exportações Crescimento das Importações Totais 2007 Crescimento Médio das Brasileiras 2007 (US$ (US$ Milhões) Importações Mundiais Exportações Brasileiras Milhões) 2002/2007 2002/2007 2.743,1 282,6 16% 30% 1.899,8 975,3 24% 84% 1.894,6 37,4 19% 23% 1.634,6 282,0 12% 13% 1.537,8 141,3 23% 25% 1.445,1 352,9 19% 24% 931,5 48,2 20% 4% 570,2 7,4 15% 26% 539,1 17,8 19% 47% 491,5 30,0 19% 28% 408,3 64,5 23% 39% 324,5 12,2 22% 17% 152,7 0,0 24% -34% 143,6 45,6 25% 24% 119,6 20,6 30% 21% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil No gráfico que segue, podemos observar as linhas de evolução das importações mundiais de carne bovina dos oito principais importadores europeus em 2007: Itália, Rússia, França, Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, Espanha e Grécia, nessa ordem. Juntos, esses oito países corresponderam a 47% das importações mundiais do produto. A Rússia se destaca dos demais pelo ritmo de crescimento de suas importações. Em 2002, o país detinha 4% de participação nas importações mundiais de carne bovina, alcançando 7% em 2007. A Itália tem crescido em um ritmo mais lento, sua participação passou de 9% a 10%, no último ano. Paralelamente, países como o Japão têm perdido mercado. Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Carne Bovina na Europa 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - 2.500 US$ Milhões US$ Milhões Principais Importadores de Carne Bovina da Europa 2.000 1.500 1.000 500 - 2002 Itália Alemanha 2003 2004 França Países Baixos 2005 2006 Rússia Espanha 2007 Reino Unido Grécia 2002 2003 2004 2005 2006 Rússia Países Baixos Itália Reino Unido Alemanha Suécia 2007 Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil No que tange as exportações brasileiras de carne bovina, o Brasil apresentou crescimento de 11,9% em 2007, similar ao aumento das importações mundiais do produto que foram de 12,4%. Em países como a Rússia, por exemplo, as exportações brasileiras apresentaram uma taxa de crescimento médio anual de 84% no período de 2002 a 2007, acima da taxa de crescimento médio anual das importações do país que foi de 24%. O percentual referente à média de crescimento das exportações brasileiras foi de 275% para a Polônia, 47% para a Dinamarca e 40% para a Noruega. De acordo com o gráfico acima, pode-se perceber alguns pontos em que a curva das exportações brasileiras com inclinação mais brusca, em especial, 2003 e 2006. Em 2003, a gripe do frango impulsionou as importações de carne. Dentre os Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 51 maiores problemas relacionados à tentativa de suspensão da compra de carne bovina pela União Européia, a falta de certificação e informações sobre rastreamento de origem do gado brasileiro, são os fatores que mais preocupam os importadores europeus. Paralelamente, tem se que atentar para o intuito da Irlanda de expandir suas vendas de carne no mercado europeu, que pode impactar no rechaço ao produto brasileiro. 18 Em setembro de 2008 , as fazendas habilitadas à exportação de carne bovina totalizavam 250 propriedades. A liderança é do Estado de Minas Gerais com 148 propriedades. Em segundo lugar está o Mato Grosso com 36 fazendas habilitadas, acompanhado por Goiás, terceiro Estado com mais fazendas, somando 33 propriedades. O Rio Grande do Sul habilitou duas novas fazendas e agora soma 18 propriedades, enquanto o Espírito Santo manteve as mesmas 15 fazendas. Em São Paulo foi aprovada uma fazenda. O crescimento da economia mundial associado à recente “suspensão” das importações européias de carne brasileira, implicou em conseqüente menor oferta do produto no mercado europeu, que associada à maior demanda, fez com que a Europa recorresse a outros mercados para abastecer seu mercado interno. Nesse contexto, o preço da carne bovina no mercado internacional foi inflacionado, o que acabou por beneficiar o Brasil indiretamente. O setor enfrenta, nacionalmente, dificuldades em função da escassez de gado e seus altos preços. Graças a estratégias comerciais de consolidação de novos mercados de exportação e posicionamento em mercados crescentes, com exportações para países africanos, árabes, para a China (via Hong Kong) e Rússia, empresas têm aumentado suas exportações. O preço da tonelada de carne bovina exportada pelo Brasil subiu cerca de 7% sobre o valor negociado em 2006, na comparação com 2007. O valor da carne bovina “in natura”, por exemplo, passou da média de US$ 2.558,00 a tonelada para US$ 2.711,00. Em virtude da inviabilidade de analisar todos os países da Europa Ocidental e do Leste Europeu, foram escolhidos alguns países a serem alvo de uma análise mais aprofundada. A seleção se pautou na análise do consumo, importações mundiais e exportações brasileiras para a região. A seguir, serão estudados os seguintes países: Itália, Rússia, Reino Unido, Alemanha e Países Baixos. • Itália Em 2007, a Itália foi responsável por 11% das importações de carne bovina no mundo, em termos de valor. Essa participação no mercado global de carne bovina tem se mostrado estável desde 2004, demonstrando que o crescimento das importações italianas desse produto acompanhou o crescimento das importações mundiais do produto. No ano de 2002, as importações italianas foram acrescidas em 44% em valor, seguida por um aumento de 36% em 2003, quando passa a crescer a um ritmo mais ameno (média de 15% de 2004-2006). No último ano, 2007, o valor das exportações aumentou 3%, enquanto o volume importado caiu 6%, em razão da valorização do preço da carne bovina no mercado internacional, como mencionado anteriormente. As exportações brasileiras apresentaram desempenho positivo, crescendo 5% em 2007, acima das importações italianas do produto. Apesar de ter caído em relação ao ano anterior, quando um aumento expressivo foi obtido 46%. Na quarta colocação, atrás dos Países Baixos, França e Alemanha, classificou-se o Brasil. No entanto, a taxa de crescimento médio anual das exportações brasileiras de carne bovina para a Itália foi bem maior que a desses três países, 31,9%, como é possível notar por meio da Matriz de Posicionamento abaixo, além do ganho de 5,2 pontos percentuais em relação ao seu market share no mercado de carne bovina. É importante observar o posicionamento de concorrentes como a Argentina e a Irlanda, com crescimentos semelhantes ao brasileiro, apesar das exportações serem inferiores. 18 No dia 08 de setembro de 2008 foi divulgada a inclusão de novas propriedades dentre as fazendas habilitadas para exportar carne bovina, totalizando 250 propriedades. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) 52 Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para a Itália Dez Principais Fornecedores 2002/2007 9,0 Brasil (4) O Brasil ficou na 4º colocação no ranking de fornecedores, com exportações de US$ 282,5 mi, no período em análise. 6,0 Polônia (7) Irlanda (5) 3,0 Países Baixos (1) Bélgica (9) Argentina (8) 22,5% Áustria (6) 0,0 0% 10% 20% Dinamarca (10) -3,0 30% 40% 50% França (3) 60% Valor de Referência = US$ 250 mi -6,0 16,1% Alemanha (2) -9,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. Para fins do estudo, foram destacados a seguir alguns produtos considerados prioritários na pauta de exportação brasileira, bem como na de importação do país em estudo. SETOR: CARNE BOVINA SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas Outras peças de bovino, não desossadas, 020220 congeladas Carnes de bovino, desossadas, 020230 congeladas Preparações alimentícias e conservas, de 160250 bovinos 020130 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 593.387.486 14% 88.865.560 14% 15% 11% 7.692.191 12% 79.307 0% 1% 1% 236.706.465 14% 150.757.147 -3% 64% 6% 68.330.347 6% 41.932.826 16% 61% 6% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. 14.000 12.000 10.000 8.000 US$/Ton O produto “Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas”, correspondente ao SH6 020130, teve suas importações acrescidas em 14% no último ano, alcançando US$ 593,4 milhões. As exportações brasileiras no período foram de US$ 88,9 milhões, o que garantiu ao Brasil uma participação de 15% em relação às importações mundiais do produto pela Itália e de 11% em relação às exportações brasileiras totais desse produto. Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6 - 020130 - Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas Principais fornecedores para Itália 6.000 4.000 O gráfico ao lado revela a evolução dos preços médios anuais dos principais fornecedores de carne bovina à Itália. Como se pode observar, a Argentina fecha o ano de 2007 com o maior valor para a tonelada dentre os fornecedores analisados, US$ 11.740,07, aumento de 28% em 2.000 0 2002 2003 1. Irlanda 5. Países Baixos 8. França 2004 2. Argentina Média Geral 9. Polônia 2005 3. Brasil 6. Dinamarca 10. Reino Unido 2006 2007 4. Alemanha 7. Áustria Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 53 relação ao preço registrado no ano anterior. A tonelada brasileira foi vendida a US$ 7.684,60 em 2007, 9% mais cara do que o valor de 2006, abaixo do preço médio mundial, US$ 9.058,66, com variação positiva de 15%, no período. Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6 - 020230 - Carnes de bovino, desossadas, congeladas Principais fornecedores para Itália Em relação ao SH6 020230, “Carnes de bovino, desossadas, congeladas”, produto mais exportado pelo Brasil em 2007, US$ 150,7 milhões, a taxa de crescimento médio anual de 2002 a 2007 das importações italianas mundiais do produto alcançou 18%. Nesse caso, a participação brasileira nas importações italianas mundiais do produto foi de 64%, mas de apenas 6% em relação às exportações totais do Brasil. 14.000,00 12.000,00 10.000,00 US$/Ton 8.000,00 6.000,00 4.000,00 2.000,00 0,00 2002 2003 1. Brasil 5. França 8. Irlanda 2004 2005 2. Países Baixos Média Geral 9. Espanha 2006 3. Alemanha 6. Argentina 10. Nova Zelândia 2007 4. Uruguai 7. Áustria Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Em 2007, o preço médio da tonelada brasileira desse produto caiu 1,2%, alcançando US$ 4.303,90, próximo ao valor médio comercializado no mundo, US$ 4.769,81. A Nova Zelândia, por sua vez, apresentou o maior valor para o produto dentre os países expostos no gráfico, US$ 11.629,52/tonelada, 16% maior que o valor do ano anterior. Com relação às tarifas alfandegárias médias aplicadas pela Itália aos seus cinco principais fornecedores, os países membros da União Européia se beneficiam de tarifa zero. No caso Brasileiro as tarifas são altas, mas ainda assim alguns produtos brasileiros conseguem ter forte penetração no país, o que deve estar ligado à sua qualidade. O exame dos dados acima revela que Países como a Argentina, Uruguai e Estados Unidos recebem tarifação semelhante à aplicada ao Brasil. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Itália CARNE BOVINA País Brasil (4) Argentina (8) Uruguai (15) EUA (19) Azerbaijão (22) 020130 93,70% 93,70% 93,70% 93,70% 93,70% 020220 98,27% 98,27% 98,27% 98,27% 98,27% 020230 143,27% 143,27% 143,27% 143,27% 143,27% 160250 51,95% 51,95% 51,95% 51,95% 51,95% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Rússia Diferentemente das tradicionais economias européias de crescimento relativamente estável, a Rússia se configura como um país oportuno para o setor de carnes bovinas, por ser uma economia em crescimento, o que torna mais fácil a expansão das vendas e ganho de participação. A Rússia, no ano de 2007, classificou-se como o quarto maior importador de carne bovina do mundo, atrás dos Estados Unidos, Itália e Japão. As importações totais desses produtos totalizaram US$ 1,9 bi, em 2007, das quais 51% advêm de produtores brasileiros, o que classifica a Rússia como o maior comprador de carne bovina do Brasil, seguida pelos Países Baixos e pelo Egito. Na matriz a seguir pode ser observado o expressivo desempenho brasileiro, com taxa média anual de crescimento das exportações para o mercado de 84%, de 2002 a 2007, paralelamente a um ganho de 53,4 pontos percentuais no período. Em segundo lugar está a Argentina, apesar de sua participação ser muito inferior à brasileira, 15,9%, no último ano. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) 54 Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para a Rússia Dez Principais Fornecedores 2002/2007 70,0 A Lituânia ficou na 7º colocação no ranking de fornecedores, com exportações de US$ 40,7 mi, no período em análise, 50,0 e valores dos eixos (X; Y) iguais a 260,9%; 2,1. Brasil (1) 30,0 51% Argentina (2) Paraguai (3) 16% 10,0 Irlanda (9) Itália (10) -30% Austrália (8) Uruguai (5) -10% -10,0 10% 30% 50% 70% Alemanha (6) 90% 110% 130% Valor de Referência = US$ 300 mi Ucrânia (4) -30,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. O produto mais exportado pelo Brasil para o mercado russo são as carnes bovinas congeladas, de codificação 020230. As exportações brasileiras alcançaram US$ 966,4 milhões em 2007, correspondendo a 61% das importações totais russas do produto. SH6 020230 020622 Descrição Carnes de bovino, desossadas, congeladas Fígados de bovino, congelados Preparações alimentícias e conservas, de 160250 bovinos Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do Mercado-alvo 2007 (US$) 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 1.597.058.016 5% 966.459.324 30% 61% 36% 68.952.206 40% 3.671.538 67% 5% 50% 4.079.505 114% 429.813 3898% 11% 0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Outro produto em que o Brasil apresentou um aumento significativo das exportações no último ano, 67%, foi o SH6 020622, referente a “Fígados de bovino, congelados”, cujo valor total exportado em 2007 foi de US$ 3,6 milhões. O alto crescimento das exportações brasileiras do SH6 160250, “Preparações alimentícias e conservas, de bovinos”, deve-se a não exportação em 2002 e 2003 e ao baixo valor exportado em 2006, US$ 10.750,00, o que acabou por distorcer o crescimento e elevar a média da variação. No gráfico que segue, apresenta-se a variação do preço médio para o principal produto importado pela Rússia, SH6 020230. Em 2006, alguns aspectos contribuíram para a valorização do produto, como a menor oferta internacional, explicando o aumento do preço do produto. Destaca-se a valorização do produto italiano, espanhol e belga, dos quais os dois primeiros fecharam o ano de 2007 com um valor bem maior que o praticado no mercado internacional. Por outro lado, foi registrada a queda de preço em vários países, como Austrália, Alemanha, Uruguai, dentre outros, seguindo a evolução da média geral de preços do produto (linha tracejada). O produto brasileiro ficou em US$ 2,36/kg, similar ao preço médio internacional. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 55 Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6 - 020230 - Carnes de bovino, desossadas, congeladas Principais fornecedores para Rússia 3,50 3,00 2,50 US$/Kg 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 2002 2003 2004 2005 2006 2007 1. Brasil 2. Argentina 3. Paraguai 4. Uruguai 5. Alemanha Média Geral 6. Irlanda 7. Austrália 8. Itália 9. Espanha 10. Bélgica Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Com relação às tarifas alfandegárias médias aplicadas aos fornecedores de carne à Rússia, apenas a Ucrânia, por fazer parte da Comunidade de Estados Independentes, beneficia-se de tarifa de 0,00%. Os outros países analisados concorrem com o Brasil em condição de igualdade com relação a essa barreira, como se pode perceber pela tabela abaixo. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Rússia CARNE BOVINA País Brasil Argentina Paraguai Ucrânia Uruguai 020230 020622 160250 15,32% 14,60% 25,54% 15,32% 14,60% 25,54% 15,32% 14,60% 25,54% 0,00% 0,00% 0,00% 15,32% 14,60% 25,54% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Reino Unido Os principais fornecedores de carne bovina para o Reino Unido são a Irlanda, o Brasil, os Países Baixos e o Uruguai. Em 2007, as exportações apenas da Irlanda corresponderam a uma participação de 53%, enquanto o Brasil ficou com 18,1%, com exportações que totalizaram US$ 296,7 milhões. É importante observar que o crescimento médio anual das exportações dos três principais fornecedores é muito semelhante, mas a Irlanda registrou variação média do market share de 4,27 pontos percentuais no período de 2002 a 2007, enquanto o Brasil variou quase 2 pontos, como se pode ver na Matriz de Posicionamento que segue. Argentina e Namíbia perderam participação no período analisado. As restrições da União Européia à carne bovina impactaram o mercado internacional de tal forma que países cujas exportações eram pouco expressivas, aumentaram seus embarques. No caso do Uruguai, além de usufruir das restrições à carne brasileira, o país contou com a limitação das vendas externas de carne da Argentina e segundo o INAC, Instituto Nacional de Carne, cortes nobres, como filé mignon chegaram a valorizar três vezes mais que o produto brasileiro, alcançando US$ 33 mil/tonelada, enquanto o máximo conseguido no produto brasileiro foi de US$ 20 mil. Nesse contexto, frigoríficos brasileiros instalados no Uruguai tem se beneficiado, como é o caso do Bertin e Marfrig19. 19 Dados divulgados pela INAC e Valor Econômico, http://www.aveworld.com.br/index.php/documento/4351. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) 56 Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para o Reino Unido Dez Principais Fornecedores 2002/2007 8,0 O Brasil ficou na 2º colocação no ranking de fornecedores, com exportações de US$ 296,7 mi, em 6,0 2007. Irlanda (1) 53% Brasil (2) 4,0 18,1% 2,0 Alemanha (5) Uruguai (4) -8% -4% Namíbia (8) 0,0Botsuana (9) 0% Austrália (7) 4% 8% 12% Bélgica (10) -2,0 Argentina (6) 16% 20% Países Baixos (3) Valor de Referência = US$ 250 mi -4,0 -6,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. Os principais SH6´s importados pelo Reino Unido são “Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas” – 020130 e “Preparações alimentícias e conservas de bovinos” – 160250. O primeiro produto movimentou US$ 844,8 milhões de dólares em 2007, valor 7% maior que no ano anterior, enquanto o segundo foi de US$ 383,4 milhões, com variação positiva de 10 %. Para o primeiro produto o Brasil forneceu 8% das importações totais pelo Reino Unido, no entanto, vem perdendo mercado; as exportações caíram 12% no último ano, em termos de valor. Já para o produto 160250 as exportações brasileiras em 2007 corresponderam a 42%, da importações mundiais do país, registrando crescimento de 16% em 2007. SETOR: CARNE BOVINA SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas Carnes de bovino, desossadas, 020230 congeladas Outras miudezas comestíveis de bovino, 020629 congeladas Preparações alimentícias e conservas, de 160250 bovinos 020130 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 844.832.507 7% 65.185.801 -12% 8% 8% 204.965.305 1% 54.191.272 -53% 26% 2% 6.322.461 1% 84.919 -24% 1% 0% 383.368.527 10% 162.455.275 16% 42% 23% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. O gráfico demonstra que os preços de “Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas” vêm subindo. No ano de 2007, o Uruguai e a Argentina obtiveram o maior preço por tonelada, US$ 8.810,00 e US$ 8.795,00, respectivamente. O preço do produto brasileiro valorizou 52% de 2005 a 2006, a maior valorização dos produtos analisados, seguido pelo produto argentino que valorizou 23%. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 57 Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6- 020130 - Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas Principais fornecedores para Reino Unido Na passagem de 2007 a situação mudou um pouco, as exportações brasileiras caíram 13% em volume, mas quando o produto estava valorizado e por isso correspondeu a uma que da de apenas 2% nas exportações totais para o Reino Unido. 10.000,00 9.000,00 8.000,00 7.000,00 6.000,00 US$/Kg 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 2002 2003 2004 1. Irlanda 5. Austrália 8. Argentina 2005 2. Brasil Média Geral 9. Alemanha 2006 3. Países Baixos 6. Namíbia 10. Dinamarca 2007 4. Uruguai 7. Botsuana Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-160250 - Preparações alimentícias e conservas, de bovinos Principais fornecedores para Reino Unido 7.000,00 6.000,00 5.000,00 US$/Ton 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 2002 1. Brasil 5. Uruguai 8. Países Baixos 2003 2004 2005 2. Irlanda Média Geral 9. Alemanha 2006 3. Argentina 6. França 10. Polônia 2007 4. Bélgica 7. Dinamarca Com relação ao produto 160250 – “Preparações alimentícias e conservas, de bovinos” a Bélgica e a Polônia fecharam o ano de 2007 com o maior preço médio por tonelada, US$ 5.053,11 e US$ 5.238,97. O preço médio do produto exportado pelo Brasil para o Reino Unido foi US$ 2.797,58 a tonelada, abaixo do preço médio mundial. O Brasil obteve 43% de participação em 2007 em relação ao valor total importado pelo Reino Unido. As tarifas médias aplicadas pelo Reino Unido aos seus principais fornecedores não variam muito e beneficiam os países membros da União Européia, aos quais a tarifa aplicada é de 0,00%. Os produtos brasileiros são taxados com tarifas altas, como se pode observar no quadro abaixo. Tarifas de igual valor são aplicadas a países como o Uruguai, a Argentina, dentre outros. A Namíbia, como signatária do Acordo de Economic Cooperação Econômica, Partnership Agreement (EPA), firmado entre Países Africanos e a União Européia, usufrui de tarifa zero. Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX- Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelo Reino Unido CARNE BOVINA País Brasil (2) Uruguai (4) Argentina (6) Austrália (7) Namíbia (8) 020130 020230 020629 160250 93,70% 143,27% 225,16% 51,95% 93,70% 143,27% 225,16% 51,95% 93,70% 143,27% 225,16% 51,95% 93,70% 143,27% 225,16% 51,95% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 58 • Alemanha Os principais fornecedores de carne bovina para Alemanha foram os Países Baixos, a Argentina, a França e o Brasil. Juntos, os dois primeiros fornecedores correspondem a 48,3% das importações totais do produto pela Alemanha. O Brasil, na quarta colocação, exportou US$ 141,3 milhões em 2007, correspondendo a uma participação de 9%. No entanto, de acordo com a Matriz de Posicionamento exposta abaixo, é possível perceber que houve uma variação negativa de um ponto percentual na participação brasileira no mercado alemão, na comparação 2007/2002, enquanto a Itália, Polônia e Áustria vêm ganhando market share nesse período. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para a Alemanha Dez Principais Fornecedores 2002/2007 10,0 O Brasil ficou na 4º colocação no ranking de fornecedores, com exportações de US$ 141,3 mi, em 2007. 8,0 6,0 Argentina (2) Polônia (5) 4,0 Itália (6) 22,2% 2,0 Áustria (8) Uruguai (9) Dinamarca (10) Bélgica (7) 0,0 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% -2,0 Brasil (4) -4,0 Valor de Referência = US$ 250 mi França (3) -6,0 26,1% -8,0 Países Baixos (1) -10,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. Os produtos mais importados pela Alemanha são: “Carnes de bovinos, desossadas, frescas ou refrigeradas” e “Carnes de bovinos, desossadas, congelas”, que coincidem com os produtos mais exportados pelo Brasil para o mercado. O primeiro registrou crescimento das exportações brasileiras de 36% em 2007, bem acima do crescimento das importações mundiais do produto pela Alemanha, que foi de 18%, impactando na maior participação brasileira no fornecimento deste. Em relação ao segundo produto, SH6 020230, as exportações brasileiras foram acrescidas em 10%, enquanto as importações mundiais aumentaram 3%, demonstrando, novamente, um bom desempenho do produto brasileiro. SETOR: CARNE BOVINA SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas Carnes de bovino, desossadas, 020230 congeladas Preparações alimentícias e conservas, de 160250 bovinos 020130 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 892.796.455 18% 104.195.384 36% 12% 13% 167.279.815 3% 21.332.521 10% 13% 1% 86.541.559 13% 15.704.800 10% 18% 2% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. A partir do gráfico apresentado em seguida, podemos observar a evolução dos preços médios nos principais mercados importadores de carne “in natura”. Os produtos de codificação 020130 que mais valorizaram preço/tonelada, na passagem de 2007, foram os advindos da Argentina e Uruguai, com valorização no último ano de 21% e 18%, e preços médios anuais Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 59 de US$ 11.238,68 e US$ 10.844,69. A tonelada do produto brasileiro tem um preço médio inferior, fechando 2007 a US$ 7.982,77/ tonelada, e valorizou 8% no mesmo período. Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020130 - Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas Principais fornecedores para Alemanha 12.000,00 10.000,00 US$/Ton 8.000,00 6.000,00 4.000,00 2.000,00 0,00 2002 2003 1. Argentina 5. Itália 8. Áustria 2004 2. Países Baixos Média Geral 9. Polônia 2005 3. Brasil 6. Bélgica 10. Dinamarca 2006 2007 4. França 7. Uruguai Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil As tarifas médias aplicadas pela Alemanha aos países membros da União Européia são de 0,00%, bem como a tarifa 20 aplicada a alguns países africanos que possuem acordos comerciais com o bloco, como é o caso de Namíbia e Botsuana . De acordo com a tabela ao lado, os concorrentes latino-americanos do Brasil no mercado alemão, sofreram a aplicação de tarifas alfandegárias iguais às aplicadas ao Brasil para os produtos do setor de carne bovina apresentados: SH6 020130, 020230 e 160250. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Alemanha CARNE BOVINA País Argentina (2) Brasil (4) Uruguai (9) Botsuana (12) Namíbia (15) 020130 93,70% 93,70% 93,70% 0,00% 0,00% 020230 143,27% 143,27% 143,27% 0,00% 0,00% 160250 51,95% 51,95% 51,95% 0,00% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Países Baixos Como pode ser observado ao longo desse estudo, os Países Baixos estão entre os maiores importadores europeus de carnes em geral, o que se deve ao fato de o país funcionar como um distribuidor, comprando de outros países e redistribuindo na região. As exportações de carne bovina para o mercado movimentaram, em 2007, US$ 352,9 milhões, correspondendo a 24% das importações mundiais desse país neste período, que alcançaram US$ 1,44 bilhão. O segundo maior fornecedor é a Alemanha, com uma participação de 18,4% em 2007, cujo produto mais fornecido é SH6 020120 - “Outras peças de bovino, não desossadas, frescas ou refrigeradas”, o qual correspondeu em 2007 a 56% das importações. A participação alemã, no entanto, vem caindo, como pode ser observado na Matriz de Posicionamento. A boa performance da Polônia deve ser ressaltada. Apesar do valor das exportações representarem um valor mais baixo, essas cresceram 111% de 2005-2006 e 5% no período seguinte (2006-2007), registrando exportações para os Países Baixos de US$ 120,1 milhões, em 2007. 20 Muitos países africanos são beneficiados pro regimes tarifários ou acordos comerciais específicos para comercialização de seus produtos com a Europa. As tarifas e regimes podem ser consultados por meio do site da União Européia: http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds/cgi-bin/tarchap?Lang=PT. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) 60 Matriz de Posicionamento de Carne Bovina para os Países Baixos Dez Principais Fornecedores 2002/2007 7,0 Brasil (1) 5,0 A Polônia está em 5º lugar no ranking de fornecedores de carne bovina para os Países Baixos, com exportações de US$ 120,1 milhões e uma taxa de crescimento médio anual de exportações de 249,5%, no período de 2002 a 2007. 24,6 % Áustria (7) 3,0 1,0 Irlanda (3) Uruguai (9) França (10) -1,0 0% 10% 20% 30% Argentina (6) -3,0 40% 50% 60% Reino Unido (8) Bélgica (4) -5,0 Valor de Referência = US$ 250 mi -7,0 18,4 % Alemanha (2) -9,0 -11,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. Foram selecionados alguns produtos do setor de carnes bovinas, levando-se em consideração as exportações brasileiras, importações mundiais e evolução das duas variáveis nos últimos cinco anos, para serem apresentados em seguida: SETOR: CARNE BOVINA SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas Carnes de bovino, desossadas, 020230 congeladas Preparações alimentícias e conservas, de 160250 bovinos 020130 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 606.516.340 23% 199.158.115 19% 33% 26% 200.882.103 21% 110.125.802 27% 55% 4% 91.936.696 3% 43.168.935 1% 47% 6% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Em relação ao SH6 020130 – “Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas”, as importações mundiais dos Países Baixos aumentaram 23% no último ano, enquanto as exportações brasileiras do produto para o mercado-alvo cresceram 19%, alcançando US$ 199,16 milhões. Já em relação ao SH6 020230 – “Carnes de bovinos, desossadas, congeladas”, as exportações brasileiras foram acrescidas em 27%, ultrapassando o crescimento das importações mundiais dos Países Baixos do produto, 21%, e demonstrando ganho de mercado por parte dos produtos brasileiros, que nesse caso corresponderam a quase 55% das importações. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 61 Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020130 - Carnes de bovino, desossadas, congeladas Principais fornecedores para os Países Baixos 16.000,00 Para o produto brasileiro de codificação SH6 020130, descrito ao lado, o preço médio alcançado em 2007 foi de US$ 7.986,35/tonelada, acima do preço médio mundial, US$ 6.087,08/tonelada. 14.000,00 12.000,00 O produto australiano fechou o ano com o maior valor por tonelada, após dois anos sem registro de exportações (2005 e 2006). Já o produto alemão mantém preço médio relativamente estável e muito baixo, US$ 2.602,53/tonelada em 2007, ou seja, mais competitivos. O país vem aumentando suas exportações desde 2003, mas perde participação a cada ano. US$/Ton 10.000,00 8.000,00 6.000,00 4.000,00 2.000,00 0,00 2002 2003 2004 1. Brasil 5. Bélgica 8. Reino Unido 2. Irlanda Média Geral 9. EUA 2005 2006 3. Argentina 6. Polônia 10. Austrália 2007 4. Alemanha 7. Uruguai Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020230 - Carnes de bovino, desossadas, congeladas Principais fornecedores para os Países Baixos Com relação ao SH6 020230 – “Carnes de bovino, desossadas, congeladas”, os preços médios por tonelada no último ano variaram de US$ 3.244,39 a US$ 7.497,22. 12.000,00 10.000,00 Destaca-se o produto uruguaio que, conforme anteriormente mencionado, têm ganhado mais espaço entre os países europeus. O preço médio por tonelada foi de US$ 7.497,22, o mais alto entre aqueles países analisados. O preço médio do produto brasileiro ficou pouco acima do preço médio mundial, US$ 5.789,37. US$/Ton 8.000,00 6.000,00 4.000,00 2.000,00 0,00 2002 1. Brasil 5. Bélgica 8. Áustria 2003 2004 2. Alemanha Média Geral 9. Espanha 2005 2006 3. Irlanda 6. Argentina 10. França 2007 4. Uruguai 7. Reino Unido Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Para a análise das barreiras tarifárias foram considerados apenas os principais países fornecedores para o Reino Unido, exceto os países da União Européia que se beneficiam de tarifa zero. No quadro abaixo é possível verificar as tarifas médias aplicadas ao Brasil, iguais às tarifas alfandegárias aplicadas à Argentina (sexto maior fornecedor), ao Uruguai (nono fornecedor), aos Estados Unidos (décimo segundo fornecedor) e Austrália (décimo quarto fornecedor). Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelos Países Baixos CARNE BOVINA País Brasil (1) Argentina (6) Uruguai (9) EUA (12) Austrália (14) 020130 93,70% 93,70% 93,70% 93,70% 93,70% 020230 143,27% 143,27% 143,27% 143,27% 143,27% 160250 51,95% 51,95% 51,95% 51,95% 51,95% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 62 5.3.2. Carne Suína A carne suína é a carne mais consumida no mundo, segundo a FAO. Entre os quinze principais importadores de carne suína na Europa, destaca-se o Reino Unido, a Alemanha, a Itália, a Rússia e a França nos primeiras posições. Em países como a Espanha, o consumo atinge 66 kg por habitante/ano, enquanto no Brasil a realidade de consumo anual é bem diferente, 1213kg por habitante, dos quais apenas 3 kg equivalem à carne fresca, pois o restante corresponde a enlatados e conservas. Já o consumo brasileiro de carne de frango e de carne bovina per capita varia entre 35-40 kg/ ano para cada tipo. Assim como nas importações de carne bovina, os oito principais importadores europeus de carne suína somam 47% das importações mundiais do produto, participação expressiva. As exportações brasileiras para esses países, contudo, não são significativas, com exceção da Rússia, onde corresponderam a 35% das importações totais do produto, em 2007, apesar do impacto causado pelo fato do Estado de Santa Catarina, maior produtor do país, não ter fornecido para a Rússia, em virtude de restrições sanitárias. Registrou-se, também, significativa expansão das vendas para países do mercado asiático. Após o recorde de exportações em 2005, a crise desencadeada pela redescoberta de febre aftosa no Brasil, em 2006, impactou a comercialização do produto no mercado internacional, inclusive em parte do ano de 2007. Alguns estados onde foram encontrados os focos da enfermidade continuaram com a expansão de suas vendas dificultada nesse último ano. Ademais, o Brasil continuou como um dos maiores exportadores de carne suína do mundo e apresentou um crescimento de 18,3% na comparação com o ano 2006. Além disso, o Estado de Santa Catarina foi reconhecido como área livre de febre aftosa, o que deve facilitar o ganho e abertura de novos mercados, e a valorização do produto. A desvalorização do dólar em relação ao real e o aumento do preço dos grãos diminuem a rentabilidade das exportações. Outro aspecto a ser informado é que a preocupação com a origem, qualidade e sanidade dos produtos, é, muitas vezes, decisiva nas negociações. Logo, a falta de certificação sanitária é um empecilho na expansão das exportações brasileiras. SETOR - Carne Suína País Importações Totais 2007 (US$ Mil) Reino Unido Alemanha Itália Rússia França Países Baixos Polônia Grécia Romênia Suécia Bélgica Portugal Áustria República Tcheca Dinamarca 2.869.041 2.540.986 2.427.866 1.892.940 1.418.668 669.040 599.359 508.249 465.125 437.651 415.780 395.294 387.111 367.878 363.325 Taxa Anual de Taxa Anual de Exportações Crescimento das Crescimento das Brasileiras 2007 (US$ Importações Mundiais Exportações Brasileiras Mil) 2002/2007 2002/2007 0 13% 0% 147 8% -52% 0 11% 13% 665.838 21% 12% 159 12% -62% 155 19% -57% 0 52% -22% 0 12% 10% 0 32% -3% 0 19% 0% 0 11% -9% 0 13% 0% 0 19% 0% 0 49% 0% 43 22% -7% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 63 Já os países europeus que apresentaram os maiores valores importados no último ano, registraram variação das importações de carne suína mais amena, como Itália (1%), França (7%) e Reino Unido (9%). A Alemanha e a Grécia vivenciaram declínio das importações no último ano da ordem de 25 e 16%, respectivamente. A evolução das importações de carne suína dos principais compradores europeus pode ser acompanhada pelo gráfico que segue. Economias como a Rússia, com crescimento médio anual das importações de carne suína de 21%, Polônia (52%), República Tcheca (49%) e Romênia (32%), apresentaram as variações mais expressivas no período de 2002 a 2007. Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Carne Suína na Europa US$ Milhões US$ Milhões Principais Importadores de Carne Suína na Europa 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 2002 Reino Unido França 2003 2004 Alemanha Países Baixos Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil 2005 Itália Polônia 2006 2007 Rússia Grécia 1.000 800 600 400 200 2002 Rússia Georgia 2003 2004 Ucrânia Sérvia 2005 Albânia 2006 2007 Moldova Turquia Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Pode-se observar uma evolução semelhante das exportações brasileiras para os países europeus pelas linhas de tendência expostas acima. Observa-se, no entanto, crescimento expressivo com ápice em 2005 das exportações brasileiras para Rússia, quando se inicia uma queda do fornecimento brasileiro até 2006 e retomada do crescimento em ritmo mais lento. Em 2007, dos quinze principais importadores europeus o Brasil exportou apenas para cinco deles, cujas exportações, em termos de valores, foram pouco significativas, com exceção das exportações para a Rússia. Em virtude da inviabilidade de analisar todos os países da Europa Ocidental e do Leste Europeu, foram escolhidos alguns países a serem estudados com maior detalhe: Rússia e Ucrânia. A seleção se pautou na análise do consumo, importações mundiais e exportações brasileiras para a região. Outros grandes importadores de carnes suínas poderiam ser estudados com profundidade, no entanto, verificou-se grande disparidade entre os dados quantitativos disponibilizados por esses países em comparação aos dados publicados pelo Brasil. Por esse motivo, apenas a Rússia e a Ucrânia foram escolhidos para maior detalhamento. • Rússia O Brasil é o maior fornecedor de carnes suínas para a Rússia. Em 2007, suas exportações caracterizaram 35,2% do total importado pela Rússia, somando US$ 665,8 milhões. No ano de 2005 as exportações brasileiras do produto registraram aumento de 75%, com queda de 23% no ano seguinte e retomada de crescimento de 8%, em 2007. A queda das exportações brasileiras no ano de 2006 se deu em outros países e teve como principal motivo os surtos de febre aftosa, fato mencionado anteriormente. A partir da Matriz de Posicionamento exposta a baixo é possível perceber que a participação das exportações brasileiras nas importações de carnes suínas da Rússia caiu quase dezoito pontos percentuais na comparação entre 2007 e 2002. Situação semelhante aconteceu com a China, cujas exportações para o mercado-alvo caíram onze pontos percentuais. Por outro lado, países como os Estados Unidos, Dinamarca, Canadá e Espanha têm aumentado suas participações. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) 64 Matriz de Posicionamento de Carne Suína para a Rússia Dez Principais Fornecedores 2002/2007 15,0 EUA (3) Dinamarca (2) 10,0 Alemanha (5) 5,0 Canadá (4) Espanha (6) 13,1% França (9) Bélgica (7) 0,0 -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% -5,0 Finlândia (10) Países Baixos (8) -10,0 Valor de Referência = US$ 250 mi -15,0 35,2% Brasil (1) -20,0 -25,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. Os produtos que o Brasil mais fornece para o mercado russo são o SH6 020321 – “Carcaças e meias-carcaças de suínos, congeladas” e o SH6 020329 – “Outras carnes de suíno congeladas”. As exportações do primeiro produto somaram US$ 102,9 milhões em 2007, representando 15,6% do total exportado para Rússia. Registrou-se, no entanto, queda de 17% nas exportações brasileiras nesse ano. A Polônia e a Noruega também perderam espaço em relação ao fornecimento, enquanto a República Tcheca e a Espanha ganharam mercado. Além do produto acima mencionado, o Brasil se destaca como principal exportador do produto de SH6 020329, que teve 44% das importações russas supridas por produtos brasileiros, movimentando US$ 531,5 milhões, mais de metade do valor exportado pelo Brasil no ano de 2007. Países como Dinamarca, Canadá, EUA e Espanha, apresentam-se como fornecedores importantes, após o Brasil. Todavia, no último ano, as exportações do Canadá mantiveram-se praticamente estáveis e o fornecimento dinamarquês caiu 7,62%, enquanto a Espanha e os Estados Unidos registraram variações positivas expressivas de 124,3% e 18,2%. SETOR: CARNE SUÍNA Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) SH6 Descrição 020319 Outras carnes de suíno, frescas ou refrigeradas 48.178.677 51% 554.026 0% 1% 83% 020322 Pernas, pás e pedaços de suínos, não desossados, congelados 159.716.418 19% 27.362.447 30% 17% 59% 020329 Outras carnes de suíno, congeladas 1.219.331.577 16% 531.544.868 13% 44% 55% 020641 Fígados de suíno, congelados 35.027.544 38% 1.564.910 51% 4% 79% 021019 Outras carnes de suíno, salgadas ou em salmoura, secas, defumadas 1.837.916 16% 438.152 0% 24% 17% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 65 A análise detalhada de preços se dará com base em dois produtos chaves exportados pelo Brasil para o mercado russo, a saber: o SH6 020321 – “Carcaças e meiascarcaças de suínos, congeladas” e o SH6 020329 – “Outras carnes de suíno congeladas”. No primeiro caso, o produto cujo preço médio anual por quilograma teve maior valorização em 2007, dentre os países analisados no gráfico que segue, foi o espanhol, alcançando US$ 2,83/kg, seguido pelo produto belga a US$ 2,76/kg. O produto mais econômico foi o de origem alemã, comercializado a US$ 2,29/kg. Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020329 - Outras carnes de suíno, congeladas Principais fornecedores para Rússia 3,00 2,50 US$/Ton 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 2002 2003 1. Brasil 5. Espanha 8. Países Baixos 2004 2. Dinamarca Média Geral 9. Bélgica 2005 3. Canadá 6. Alemanha 10. Irlanda 2006 2007 4. EUA 7. França Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil O produto brasileiro fechou o ano de 2007 com um preço médio de US$2,66/kg, valorizando 5,9% em relação ao ano anterior. Os produtos espanhóis e belgas experimentaram maior valorização: 9,9 % e 16,3 %, respectivamente. Entre os países informados no gráfico abaixo, o preço médio anual por quilograma do produto de classificação 020321 variou entre US$ 1,30 (Bélgica) e US$ 2,18 (França). O produto brasileiro teve preço médio anual de US$ 1,97/kg, valorizando 16% em relação ao ano de 2006. Países como a Austrália, Dinamarca e Países Baixos deixaram de exportar, enquanto os Estados Unidos, a República Tcheca e a Espanha vêm aumentando o fornecimento para a Rússia, por isso a instabilidade de suas exportações, conforme gráfico abaixo. Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020321 - Carcaças e meias-carcaças de suíno, congeladas Principais fornecedores para Rússia 2,50 2,00 US$/KG 1,50 1,00 0,50 0,00 2002 2003 1. Brasil 4. Finlândia 6. Bélgica 9. Uruguai 2004 2. Alemanha 5. Espanha 7. Paraguai 10. EUA País Brasil (1) EUA (3) Canadá (4) Uruguai (18) Chile (24) 2005 2006 2007 3. França Média Geral 8. República Tcheca Abaixo, foram listadas as tarifas alfandegárias médias aplicadas aos principais fornecedores de carne suína para Rússia. Com exceção dos países latino-americanos, em condições de igualdade com o Brasil por receberem mesma tarifação, estão os Estados Unidos (terceiro maior fornecedor para o mercado russo de carne suína) e o Canadá (quarto maior fornecedor) com tarifas médias mais altas. Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Rússia CARNE SUINA 020319 020322 020329 020641 35,24% 42,07% 40,64% 16,62% 46,98% 56,10% 54,18% 22,16% 46,98% 56,10% 54,18% 22,16% 35,24% 42,07% 40,64% 16,62% 35,24% 42,07% 40,64% 16,62% 021019 11,25% 15,00% 15,00% 11,25% 11,25% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 66 • Ucrânia Variação do market-share no mercado-alvo 2005/2007 (pontos percentuais) O Brasil é o maior exportador de carne suína para Ucrânia, responsável por 96,2% de seu fornecimento no ano de 2007. Por meio da Matriz de Posicionamento abaixo, pode-se facilmente perceber o bom desempenho brasileiro no período de 2005 a 2007, com ganho de 44 pontos percentuais. O segundo maior fornecedor é a frança, com exportações de US$ 907,1 mil. Enquanto o produto brasileiro continuou a ganhar espaço, os produtos da China, Polônia e Bielorússia perderam parcelas do mercado ucraniano. Matriz de Posicionamento de Carne Suína para a Ucrânia Dez Principais Fornecedores 2002/2007 70,0 As exportações brasileiras de carne suína para Ucrânia somaram US$ 93,9 milhões, em 2007. 50,0 96,2% Brasil (1) 30,0 Seychelles (7) Dinamarca (10) Hungria (9) Países Baixos (4) Rússia (3) 10,0 Espanha (5) França (2) -100% -80% -60% -40% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 140% -10,0 Belarus (8) Alemanha (6) -30,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2005/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. O produto de classificação SH6 020329 – “Outras carnes de suíno congeladas” fornecido pelo Brasil corresponde a 99,6% das importações ucranianas. As exportações brasileiras cresceram 42% no último ano ganhando o mercado ocupado pelos produtos da China, entre outros países. Por sua vez, as importações mundiais do produto pela Ucrânia aumentaram 256%. SETOR: CARNE SUÍNA SH6 Descrição 020329 Outras carnes de suíno, congeladas Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras relação às Imp. Mundiais do para o MercadoMercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) 50.639.330 256% 50.416.450 42% 99,6% Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 5% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Em relação ao preço médio anual de comercialização do produto SH6 020329, o produto mais valorizado e o menos valorizado são fornecidos pela Europa. O menor preço médio anual do produto por quilograma foi do produto alemão, US$ 2,29/kg, enquanto o espanhol foi o mais caro, comercializado a US$ 2,83/kg. O produto brasileiro registrou preço médio anual de US$ 2,66/kg, acima do preço médio internacional (US$ 2,54/kg), com valorização de 5,8% no último ano. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 67 1,50 Na tabela exposta em seguida podem ser observadas as tarifas alfandegárias médias aplicadas pela Ucrânia aos seus principais fornecedores de carne suína, especificamente o produto SH6 020329. É importante ressaltar que apesar do produto brasileiro estar em desvantagem em relação aos produtos da Rússia e Bielorússia que se beneficiam de menores tarifas, o Brasil detém 96% de participação no mercado. 1,00 Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Ucrânia Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020329 - Outras carnes de suíno, congeladas Principais fornecedores para Ucrânia 3,00 2,50 US$/KG 2,00 País Brasil (1) França (2) Rússia (3) Bielorússia (8) Hungria (9) 0,50 0,00 2002 2003 1. Brasil 5. Espanha 8. Países Baixos 2004 2. Dinamarca Média Geral 9. Bélgica 2005 3. Canadá 6. Alemanha 10. Irlanda 2006 2007 4. EUA 7. França Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil CARNE SUINA 020329 71,48% 71,48% 0,00% 0,00% 71,48% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil 5.3.3. Carne de Aves A procura por hábitos alimentares mais saudáveis elevam o consumo de carnes brancas, como as carnes de aves. As exportações mundiais brasileiras de carnes de aves caíram cerca de 8% em 2006, mas aumentaram 45% em 2007, fechando esse último ano em US$5 bilhões, ultrapassando o valor exportado em 2005 em 33%. Dentre as quinze principais economias européias importadoras de carne de aves, destaca-se a Irlanda, Áustria, Romênia, Suíça e Grécia, com crescimento médio anual das exportações brasileiras de carnes de aves superiores a 40%, de 2002 a 2007. SETOR - Carne de Aves País Importações Totais 2007 (US$ milhões) Reino Unido 2.477,53 Alemanha 1.890,96 Rússia 1.093,23 Países Baixos 1.049,17 França 898,24 Bélgica 552,63 Espanha 446,23 Irlanda 356,54 Áustria 346,57 Dinamarca 260,27 Suécia 233,75 Romênia 217,28 Suíça 211,66 Grécia 191,79 Itália 183,60 Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Exportações Brasileiras 2007 (US$ milhões) 109,96 309,79 312,82 547,21 46,84 6,58 95,09 21,00 0,28 5,32 0,51 50,29 39,09 9,61 27,85 Taxa de Crescimento Taxa de Crescimento Médio Anual das Imp Médio Anual das Exp Mundiais 2002/2007 Brasileiras 2002/2007 15% 11% 6% 16% 22% 13% 20% 16% 12% 21% 19% 30% 8% 14% 16% -3% 16% 12% 29% 24% 22% 26% 49% 42% 30% -2% 57% 63% 41% 11% Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 68 No que concerne às importações mundiais do produto, identificou-se aumento médio anual de 30% na Romênia, 22% na França, 20% na Espanha e 21% na Dinamarca. Em alguns casos, a variação das exportações brasileiras é superior ao crescimento mundial das importações dos países, com o Brasil aumentando sua participação nessas economias, como é o caso da França, Espanha e Países Baixos, por exemplo. Por meio do gráfico que segue, pode-se notar o bom desempenho do Reino Unido, Alemanha, França e Espanha. As importações desses três países entre 2007 e 2006 foram acrescidas, em valor, de 17%, 21%, 47% e 31%, nessa ordem. Todavia, em 2007 os maiores importadores europeus de carnes de aves foram Reino Unido (US$ 2,5 bi), Alemanha (US$ 1,9 bi), Rússia (US$ 1,0 bi) e os Países Baixos (US$ 1,0 bi), conforme tabela acima. Principais Importadores de Carne de Aves na Europa 2.500 US$ Milhões US$ Milhões 3.000 2.000 1.500 1.000 500 2002 2003 2004 Reino Unido Alemanha França Bélgica Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil 2005 2006 2007 Rússia Países Baixos Espanha Irlanda 600 500 400 300 200 100 - Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Carne de Aves na Europa 2002 2003 2004 Países Baixos Rússia Espanha Romênia 2005 2006 Alemanha França 2007 Reino Unido Suiça Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil No gráfico anterior, pode-se perceber a evolução dos principais compradores de carne de aves do Brasil. Como anteriormente mencionado, o ano de 2006 é marcado por uma queda de 8% no valor das exportações totais do Brasil, que em volume correspondeu a uma variação negativa de 4,5%. O comprometimento do desempenho exportador brasileiro esteve diretamente ligado a dois fatores: aos focos de gripe aviárias em países europeus e asiáticos, como Japão, Hungria, Coréia do Sul, entre outros, e à conjuntura cambial desfavorável. A descoberta de novos surtos do vírus impactou em ações de empresas brasileiras, diminuindo a receita de algumas empresas. O ano de 2007 representa uma guinada, com excelente desempenho das exportações brasileiras de carne de aves, que cresceram 45% em valor e de 16% em volume. Nesse ano, países como a Itália, a França e a Espanha registram aumentos expressivos no valor de suas importações advindas do Brasil: 248%, 121% e 111%, respectivamente. É possível observar o crescimento por meio das linhas das importações dos principais compradores, anteriormente expostas. As carnes de frango industrializadas e salgadas são as mais vendidas em termos de volume, e por serem produtos mais desvalorizados não correspondem à maior receita das exportações do segmento de carnes de aves. Segundo dados da ABEF (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos), a comercialização do frango inteiro aumentou 23% em volume, em relação a 2006, com concentração das exportações brasileiras no Oriente Médio, Venezuela, Rússia e Angola. Já as exportações de cortes de frango cresceram 12% em termos de volume e foram destinados a mercados asiáticos, como Japão e Hong Kong, e à União Européia, principalmente para os Países Baixos e a Alemanha. As exportações brasileiras para os Países Baixos e para a Rússia corresponderam, em 2007, a 52% e 29% do total importado, respectivamente. • Reino Unido As importações do Reino Unido de Carnes de Aves aumentaram em valor 17%, no ano de 2007. Na análise do período de 2002 a 2007, a taxa de crescimento médio anual das importações do país foi de 15%. Na Matriz de Posicionamento abaixo, estão expostos os dez principais fornecedores de carnes de aves para o país. No último ano, os Países Baixos foram os maiores fornecedores, com uma participação de 36,5% equivalente a US$ 911,2 mi, seguidos pela Tailândia, com 14,9% (US$ 371,9 mi). No entanto, que os Países Baixos vêm perdendo market share, enquanto a Tailândia, Hungria, Irlanda e Polônia vêm ganhando mais mercado, no período analisado. O Brasil ocupou a Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 69 Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) oitava posição, com exportações que alcançaram US$110 mi, segundo estatísticas brasileiras, mas os produtos brasileiros têm perdido espaço no Reino Unido. Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para o Reino Unido Dez Principais Fornecedores 2002/2007 10,0 Tailândia (2) 14,9% Polônia (6) 5,0 Alemanha (5) Irlanda (3) Itália (10) Hungria (9) 0,0 -20% -10% 0% 10% 20% Brasil (8) 30% 40% Bélgica (7) 50% 60% 70% 80% 90% 100% 110% 120% 130% 36,5% -5,0 Países Baixos (1) França (4) Valor de Referência = US$ 250 mi -10,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. Os produtos de SH6 020714 - “Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados” e SH6 160232 - “Preparações alimentícias e conservas de galos e galinhas” são os mais importados pelo Reino Unido do mundo e também os mais fornecidos pelo Brasil para o país, apesar das exportações brasileiras do SH6 020714 registrarem queda de 26% em 2007, enquanto o Reino Unido aumentou em 9% as importações desse item. Com o segundo produto a situação foi diferente, houve um crescimento das exportações brasileiras da ordem de 113%, conforme indicado na tabela abaixo, bem acima do aumento das importações totais do Reino Unido, que foi de 21%, totalizando US$ 695,4 milhões, em 2007. SETOR: CARNE DE AVES SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Brasileiras para Imp. Mundiais do Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em o MercadoMercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) alvo Mercado-alvo 2007 2007/2006 (US$) 2007/2006 (em valor) Descrição Carnes de galos e galinhas da espécie 020712 doméstica não cortadas em pedaços, congeladas Pedaços e miudezas comestíveis de 020714 galos e galinhas da espécie doméstica, congelados Carnes de peruas e de perus, da espécie 020727 doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas 160232 Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 33.899.748 42% 5.480.468 125% 16% 0% 524.732.877 9% 43.188.903 -26% 8% 2% 36.654.965 24% 3.545.388 0% 10% 3% 695.373.867 21% 52.932.224 113% 8% 13% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 70 Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020714 - Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados Principais fornecedores para Reino Unido Nos quadros ao lado é possível acompanhar a evolução dos preços médios de comercialização do produto referente a “Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados”. O preço médio anual da tonelada variou entre US$ 3.133,16 (produto brasileiro) e US$ 5.349.75 (produto dinamarquês), no ano de 2007. O produto brasileiro registrou o menor preço médio entre os analisados, fechando esse ano a US$ 3.133,16/tonelada, bem abaixo do preço médio internacional que foi de US$ 4.114,20/tonelada, apesar de apresentar aumento de 21% na comparação com o ano anterior. 6.000,00 5.000,00 US$/Ton 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 2002 2003 1. Países Baixos 5. França 8. Polônia 2004 2005 2. Dinamarca Média Geral 9. Itália 2006 3. Chile 6. Alemanha 10. Bélgica 2007 4. Irlanda 7. Brasil Fo n te: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-160232 - Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas Principais fornecedores para Reino Unido 7.000,00 6.000,00 Em relação ao produto de classificação SH6 160232, o produto brasileiro foi vendido ao preço médio de US$ 2.992,66/tonelada. O produto húngaro foi comercializado pelo maior valor, como é possível notar pelas linhas de evolução do quadro seguinte: US$ 6.038,71/tonelada. 5.000,00 US$/Ton 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 2002 2003 1. Tailândia 5. Brasil 8. Hungria 2004 2005 2. Países Baixos Média Geral 9. Bélgica 2006 3. Irlanda 6. Alemanha 10. Portugal 2007 4. França 7. Polônia Para análise das tarifas alfandegárias, foram selecionados os principais fornecedores de Carnes de Aves para o Reino Unido, expostos na tabela que segue. Os países da União Européia não estão apresentados por se beneficiarem da tarifa intra-bloco de zero (0,00%). Como se pode notar, o Brasil encontra-se em condição de igualdade com os fornecedores não membros da União Européia, sendo aplicadas tarifas de mesmo valor. Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelo Reino Unido CARNE DE AVES País Tailândia (2) Brasil (8) Chile (12) Argentina (15) Israel (22) 020712 020714 020727 160231 160232 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Alemanha As importações de carne de aves da Alemanha alcançaram US$ 1,9 bi em 2007, dos quais 6,4% foram supridos com produtos brasileiros, o que garantiu ao Brasil a terceira posição como fornecedor, atrás da Polônia e dos Países Baixos. Mais Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 71 Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) uma vez os Países Baixos têm perdido participação, assim como a França, enquanto o Brasil, a Polônia, a Áustria e Portugal ganharam mercado no período de 2002 a 2007 (vide Matriz de Posicionamento). Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para a Alemanha Dez Principais Fornecedores 2002/2007 20,0 15,0 Polônia (2) 17,0% 10,0 Portugal registrou uma taxa de crescimento médio anual de suas exportações para o país de 204,2%, de 2002 a 2007, e variação do market share de 4,4 pontos percentuais. Suas exportações foram US$ 83,3 mi, em 2007. Brasil (3) 16,4% Reino Unido (10) 5,0 Áustria (6) Itália (7) Tailândia (9) 0,0 -30% -20% -10% 0% Hungria (5) -5,0 França (4) 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% -10,0 100% 110% 120% 130% Valor de Referência = US$ 250 mi 21,5% Países Baixos (1) -15,0 -20,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Os produtos mais importados pelos alemães são os mesmos apresentados na análise do Reino Unido: 020714 - “Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados” e SH6 160232 - “Preparações alimentícias e conservas de galos e galinhas”, conforme tabela a seguir. Já os produtos de maior fornecimento brasileiro foram os de codificação SH6 020714 e o SH6 160231 – “Preparações alimentícias e conservas de peru”, que juntos corresponderam a 71% das exportações brasileiras para esse mercado. As exportações brasileiras do primeiro produto se mantiveram estáveis, enquanto para o último produto houve crescimento significativo das exportações brasileiras de 38%, correspondendo a 47% de participação em relação as exportações totais do Brasil do produto em valor. SETOR: CARNE DE AVES SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços, congeladas Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas 24.740.698 11% 2.528.847 229.400.090 15% 100.257.144 160231 Preparações alimentícias e conservas de peru 160232 Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas 020712 020714 020727 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 168% 10% 0% 101.495.887 0% 44% 4% 58% 15.894.405 -6% 16% 12% 199.746.678 17% 117.607.207 38% 59% 47% 354.357.866 10% 71.897.505 8% 20% 18% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Em relação à Alemanha, foi analisado o comportamento do preço médio de dois produtos: SH6 – 160231 “Preparações alimentícias e conservas de peru” e SH6 – 020714 “Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados”. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 72 Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-160231 - Preparações alimentícias e conservas de peru Principais fornecedores para Alemanha 8.000,00 7.000,00 6.000,00 5.000,00 US$/Ton Para o primeiro deles, observou-se que o produto brasileiro fechou o ano de 2007 com o preço médio de comercialização da tonelada de US$ 2.696,23, configurando-se como o produto menos valorizado, como se pode observar no gráfico abaixo. No entanto, a quantidade exportada pelo Brasil é muito maior que o volume exportado pelo outros países. Apenas em 2007, foram fornecidas 52 mil toneladas do produto pelo Brasil, enquanto o segundo maior fornecedor para Alemanha, Israel, exportou apenas 03 mil toneladas. O produto belga apresentou a tonelada de maior valor, US$5.898.59/tonelada. 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020714 - Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados Principais fornecedores para Alemanha 0,00 2002 4.500,00 2003 1. Brasil 5. Chile 8. Itália 4.000,00 2004 2. Israel Média Geral 9. Hungria 2005 3. França 6. Polônia 10. Bélgica 2006 2007 4. Países Baixos 7. Áustria Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil 3.500,00 US$/Ton 3.000,00 2.500,00 2.000,00 1.500,00 1.000,00 500,00 0,00 2002 2003 1. Países Baixos 5. Dinamarca 8. Áustria 2004 2. Brasil Média Geral 9. Espanha 2005 2006 3. Portugal 6. Polônia 10. Chile 2007 Para o segundo produto em análise a situação brasileira é um pouco diferente, o preço do produto nacional ficou acima do preço médio internacional, em 2007, fechando o ano a US$ 2.788,54 a tonelada, valorizando 20% em relação ao preço médio comercializado no ano anterior. O produto chileno é o mais valorizado, comercializado a US$ 4.221,55/tonelada. 4. Argentina 7. França Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Na tabela apresentada abaixo, podem ser observadas as tarifas alfandegárias aplicadas aos principais fornecedores de carnes de aves pela Alemanha. Os países da União Européia se beneficiam de tarifa zero. No caso do Brasil a situação é semelhante a da Tailândia, Israel e Argentina, com tarifas de mesmo valor, como pode ser notado pela tabela que segue. Apesar de se posicionar na décima quinta colocação no ranking de fornecedores de carnes de aves para o mercado alemão, o Chile sofre aplicação de tarifas mais competitivas que o Brasil. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Alemanha CARNE DE AVES País Brasil (3) Tailândia (9) Israel (13) Argentina (14) Chile (15) 020712 020714 160231 160232 31,44% 44,88% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 0,04% 13,97% 31,44% 44,56% 0,00% 9,87% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Rússia O caso russo é diferente dos países anteriores, pois o maior exportador não se trata de um país europeu e sim dos Estados Unidos, com um fornecimento de carnes de aves equivalente a 53,2% do total importado pelo país (Rússia). Em 2007, as exportações norte-americanas de carnes de aves destinadas à Rússia somaram US$ 636,2 milhões, com um ganho de sete pontos percentuais de market share no período de 2002 a 2007, conforme Matriz de Posicionamento exposta em seguida. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 73 Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) O Brasil exportou US$ 312,8 milhões no mesmo ano, garantindo a segunda posição como fornecedor, apesar de ter registrado leve queda de meio ponto percentual em sua participação. A Alemanha e a Argentina, em terceiro e décimo lugar no ranking de fornecedores, respectivamente, ganharam mercado no período. Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para a Rússia Dez Principais Fornecedores 2002/2007 15,0 EUA (1) 10,0 53,2% 5,0 França (4) Brasil (2) Bélgica (5) 0,0 Canadá (6) Reino Unido (9) -30% -20% Países Baixos (7) -10% Argentina (10) 0% -5,0 Alemanha (3) 28,6% 10% 20% 30% 40% Finlândia (8) Valor de Referência = US$ 250 mi -10,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil O Brasil é um importante fornecedor par o mercado russo, fato que pode ser facilmente percebido quando analisadas as participações do fornecimento brasileiro em relação às importações totais da Rússia na tabela abaixo. Como se pode observar, o Brasil é responsável pelo fornecimento de 73% do SH6 020712, 25% do SH6 020714 e 44% do SH6 160232. Além disso, as exportações brasileiras dos dois primeiros itens cresceram acima das importações mundiais. Em relação ao SH6 020714, os EUA, o Brasil, a Alemanha e a Bélgica são grandes fornecedores. Com o SH6 020712 a situação é diversa, os Estados Unidos caem para a 14º colocação entre os fornecedores e o Brasil é o maior fornecedor para o mercado russo, seguido pela França, Alemanha, Argentina e Lituânia. Já o SH6 160232, quarto produto mais importado pela Rússia, tem como fornecedores a França, o Brasil, o Reino Unido, a Dinamarca e os Países Baixos, em ordem decrescente, e os Estados Unidos caem para a oitava posição. SETOR: CARNE DE AVES SH6 020712 020714 160232 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços, congeladas Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados 89.213.065 22% 65.175.953 64% 73% 5% 867.625.636 16% 217.240.821 45% 25% 8% Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas 36.146.604 113% 15.936.532 73% 44% 4% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Ao contrário das situações encontradas nos países da Europa Ocidental, o Brasil se destaca na comparação com os principais fornecedores russos por apresentar o produto mais valorizado. É a partir de 2006 que a tonelada do produto brasileiro começa a valorizar significativamente, com aumento do preço médio da tonelada de 48%, em 2006, e de 9%, em Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 74 2007. Apesar da valorização do produto, o país conseguiu expandir sua participação nas vendas para o mercado russo. O preço médio anual da tonelada brasileira do SH6 – Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020714 - Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie 020714 foi de US$ 1.284,43, enquanto o menor preço doméstica, congelados Principais fornecedores para Rússia comercializado foi de US$551,33/ tonelada, referente ao produto do Reino Unido. 1,40 1,20 Em relação às tarifas alfandegárias aplicadas pela Rússia aos seus principais fornecedores de carnes de aves, é possível perceber que o Brasil se encontra em situação vantajosa, uma vez que se beneficia de menores tarifas para os três produtos analisados no quadro abaixo. US$/KG 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Rússia 0,00 2002 2003 1. EUA 5. França 8. Finlândia 2004 2005 2. Brasil Média Geral 9. Argentina 2006 3. Alemanha 6. Países Baixos 10. Reino Unido CARNE DE AVES 2007 País 4. Bélgica 7. Canadá Fo nte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil 020712 020714 160232 49,69% 74,26% 46,52% 37,27% 55,70% 34,89% 49,69% 74,26% 46,52% 49,69% 74,26% 46,52% 49,69% 74,26% 46,52% EUA Brasil Alemanha França Bélgica Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Espanha A Espanha é o sétimo maior importador europeu de carnes de aves e o quinto maior destino das exportações brasileiras do produto. Em 2007, foi responsável pela importação de US$ 446,2 milhões, dos quais 21,3% advieram do Brasil, segundo maior fornecedor para o país, após a França que obteve uma participação de 35,3%. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) A Alemanha, Portugal e Polônia apresentaram variação positiva de market share na comparação 2007/2002, enquanto a França perdeu participação apesar de seu alto valor de exportações. O Brasil ganhou quase um ponto percentual de participação no período, como é possível perceber na Matriz de Posicionamento abaixo. Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para a Espanha Dez Principais Fornecedores 2002/2007 15,0 Alemanha (3) 10,0 Portugal (5) 5,0 Reino Unido (6) Brasil (2) Polônia (9) 20,8% 0,0 0% -5,0 -10,0 Itália (7) 10% 20% 30% Bélgica (8) Países Baixos (4) 35,3% França (1) 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Valor de Referência = US$ 250 mi -15,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Os principais produtos exportados pelo Brasil para o mercado espanhol foram o SH6 020714 - “Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados” e o SH6 160231 - “Preparações alimentícias e conservas Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 75 de peru”. O Brasil apresentou aumento expressivo das exportações dos produtos elencados na tabela abaixo, no ano de 2007. SETOR: CARNE DE AVES SH6 020712 020714 020727 160231 160232 Partic. das Exp. Var. Exp. Brasileiras em Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras Imp. Mundiais do relação às Imp. Mundiais do para o Mercadopara o Mercado-alvo em Mundiais do Mercado-alvo alvo em 2007 2007 (US$) Mercado-alvo (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 2007/2006 (em valor) Descrição Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços, congeladas Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 23.812.502 48% 5.665.796 122% 24% 0% 113.068.499 61% 63.647.909 119% 56% 2% 25.349.938 14% 6.185.554 189% 24% 5% Preparações alimentícias e conservas de peru 27.506.224 66% 11.410.386 55% 41% 5% Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas 36.469.932 15% 8.110.450 121% 22% 2% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Com exceção dos países pertencentes à União Européia, que se beneficiam de tarifa de 0,00% para exportação de carnes de aves, as tarifas aplicadas aos principais fornecedores do produto para o mercado espanhol são iguais para Brasil, Argentina, Israel, Chile, entre outros países, como se nota pela tabela ao lado. Como as exigências de certificações diferem para cada país, é importante consultar o site da União Européia com informações sobre as barreiras tarifárias e não tarifárias exigidas pelos países membros, para maior 21 detalhamento . • Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Espanha CARNE DE AVES País Brasil (2) Argentina (10) Israel (11) Chile (14) Tailândia (19) 020712 020714 020727 160231 160232 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 0,04% 13,97% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Países Baixos Os Países Baixos ocupam posição estratégica na Europa, funcionando como porta de entrada e centro de distribuição de inúmeras mercadorias, incluindo os produtos brasileiros. Por esse motivo, pode-se incorrer em divergências com relação às informações estatísticas que o país importador e o país exportador divulgam, já que muitas vezes os produtos que entram pelos portos dos Países Baixos e são contabilizados como exportações para esse local, ainda estão a caminho de centros consumidores em outros mercados. No caso das carnes de aves é possível perceber certa disparidade entre os dados disponibilizados pelo Brasil e pelos Países Baixos. Por esse motivo, para elaboração das tabelas e gráficos apresentados e para efeito comparativo entre os países, serão analisados os dados de importação divulgados pelos Países Baixos. De acordo com os Países Baixos, as exportações brasileiras representaram 28,3% do total importado de carnes de aves, seguido pela Bélgica, Alemanha e Tailândia. O Brasil, no entanto, ganhou onze pontos percentuais de market share, de 2002 a 2007, seguido pela Polônia que ganhou dois pontos percentuais e aumentou sua participação. As taxas de 21 Referido site: http://ec.europa.eu/taxation_customs/common/databases/index_en.htm Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 76 Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) crescimento anual médio das exportações da Polônia e de Portugal no mesmo período ficaram acima dos 50%. Já a Bélgica, Alemanha, Reino Unido França e Itália apresentaram menor participação em 2007 na comparação com 2002, como se pode notar através da matriz. Matriz de Posicionamento de Carne de Aves para os Países Baixos Dez Principais Fornecedores 2002/2007 20,0 Brasil (1) 15,0 28,3% 10,0 Reino Unido (5) 5,0 Itália (10) Polônia (7) Tailândia (4) Portugal (8) Argentina (9) 0,0 -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 20,4% Bélgica (2) França (6) -5,0 Alemanha (3) Valor de Referência = US$ 150 mi -10,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Na tabela que segue, elencaram-se produtos considerados importantes quando analisado o fornecimento brasileiro para os Países Baixos e o crescimento das importações pelo mercado-alvo. O produto de código SH6 020712 registrou um crescimento expressivo das exportações brasileiras para o país, em virtude do valor exportado no ano de 2006 ter sido muito baixo. Já o produto SH6 020727 - “Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas” registrou um aumento das exportações brasileiras de 146% em resposta às importações mundiais dos Países Baixos que cresceram 180% no mesmo ano, e garantindo ao Brasil 10% desse mercado. O fornecimento brasileiro é ainda mais significativo para o SH6 020714, quando corresponde a 41% do total importado pelos Países Baixos, e de 38% para o produto SH6 160232. SETOR: CARNE DE AVES SH6 020712 020714 020727 160232 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços, congeladas Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 18.645.130 44% 2.314.911 628% 12% 0% 268.722.352 1% 110.452.946 -25% 41% 4% 52.753.272 180% 13.963.757 146% 26% 10% 365.186.442 23% 138.700.895 6% 38% 34% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 77 O gráfico ao lado apresenta a evolução dos preços médios anuais de dois produtos pertencentes ao setor de carnes de aves. A tonelada do produto de classificação SH6 020714 variou de US$ 1.110,84 (produto belga) a US$ 4.588,35 (produto chileno). O produto brasileiro de mesma codificação fechou o ano de 2007 com preço médio de US$ 2.901,46/tonelada e seu fornecimento correspondeu a 41% do total importado pelos Países Baixos, o que garantiu ao Brasil o primeiro lugar no ranking de fornecedores. Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-020714 - Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados Principais fornecedores para Países Baixos 5.000,00 4.500,00 4.000,00 3.000,00 2.500,00 2.000,00 1.500,00 1.000,00 500,00 0,00 2002 2003 1. Brasil 5. Polônia 8. Chile 2004 2. Reino Unido Média Geral 9. Itália 2005 2006 3. Bélgica 6. Argentina 10. Portugal Evolução dos Preços Médios 2002 - 2007 SH6-160232 - Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas Principais fornecedores para Países Baixos 2007 4. Alemanha 7. França 7.000,00 Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil 6.000,00 Em relação ao produto - SH6 160232, o Brasil também se destaca como principal fornecedor para os Países Baixos, com preço médio anual de US$ 2.864,54 por tonelada e participação de 38% em relação às importações totais desse produto. A Polônia apresentou o produto mais caro dentre os países analisados no gráfico, com o preço da tonelada de US$ 6.027,74, no mesmo ano. 5.000,00 US$/Ton US$/Ton 3.500,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0,00 2002 2003 2004 A exceção dos países beneficiados com aplicação de tarifa 1. Brasil 2. Tailândia 5. Alemanha Média Geral de 0,00% em virtude de pertencerem a União Européia, 8. Polônia 9. Grécia grandes fornecedores como Brasil, Tailândia e Argentina, estão em condição de igualdade por sofrerem aplicação de tarifas de igual valor (tabela seguinte). 2005 3. Bélgica 6. Argentina 10. Bulgária 2006 2007 4. França 7. Reino Unido Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelos Países Baixos CARNE DE AVES País Brasil (1) Tailândia (4) Argentina (9) Chile (12) Israel(24) 020712 020714 020727 160232 31,44% 44,88% 44,54% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 13,97% 31,44% 44,88% 44,54% 13,97% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil 5.4. Chocolates, Balas e Confeitos 22 O gráfico abaixo demonstra a evolução do consumo mundial de produtos de confeitaria . Em primeiro lugar, está a Europa Ocidental com consumo de 3,8 milhões de toneladas desses produtos, ou seja, 28% do total consumido no mundo. Tal consumo representou aumento de apenas 1% em relação a 2006 e 7% em relação a 2002. Em seguida estão a América do Norte (3 milhões de toneladas) e a Ásia (2,5 milhões). O Leste Europeu, que está em 4º lugar no ranking, consumiu 1,9 milhões de toneladas em 2007, o que representou um aumento de 26% em relação a 2002. 22 Para elaboração dos gráficos foram considerados os seguintes produtos de confeitaria: chocolate e açúcar confeitado e gomas de mascar. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Total '000 toneladas 78 15.000 Evolução do consumo de produtos de confeitaria* por região 12.000 9.000 6.000 3.000 2002 Europa Ocidental Leste Europeu Oceania 2003 2004 2005 América do Norte América Latina 2006 2007 Ásia África e Oriente Médio Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil Em 2007, a Alemanha e o Reino Unido foram os dois países que mais consumiram esses produtos na Europa, 1,05 milhão de toneladas e 966 mil toneladas, respectivamente. Esses dois países foram responsáveis por 53% do total consumido na região. Todavia, a demanda por esses produtos sofreu pequena queda no consumo se comparada a 2002, quando foi consumido 1,06 milhão de toneladas na Alemanha. Já no Reino Unido, o consumo em 2007 foi 12% superior ao do ano de 2002. A França, Itália e Espanha também aumentaram o consumo nos últimos anos, 2%, 9% e 25%, respectivamente, em relação a 2002. No Leste Europeu, a Rússia é responsável por 57% do total consumido pela região. O crescimento desse consumo foi bastante acelerado. Em 2002, o país consumiu 888 mil toneladas, enquanto que em 2007, o país atingiu a marca de 1,1 milhão de toneladas de consumo, o que representou um aumento de 24%. A Ucrânia e a Polônia são também importantes na região. Os dois países tiveram um aumento no consumo de 38% e 34%, respectivamente. Consumo de produtos de confeitaria * dos principais países da Europa Ocidental 900 600 300 0 Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil 2002 2007 '000 toneladas '000 toneladas 1200 1200 Consumo de produtos de confeitaria * dos principais países do Leste Europeu 900 600 300 2002 2007 0 Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil A seguir, são apresentados os quinze maiores importadores europeus do setor de chocolates, balas e confeitos, bem como dados da exportação brasileira para esses mercados, taxas de crescimento médio anual das importações mundiais do mercado e taxas de crescimento médio anual das exportações do Brasil para cada país analisado. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 79 SETOR - Chocolates, Balas e Confeitos País Reino Unido Alemanha França Países Baixos Bélgica Rússia Espanha Áustria Suécia Polônia Irlanda Dinamarca República Tcheca Portugal Noruega Importações Totais 2007 (US$ mil) 1.884.463 1.875.584 1.841.134 931.205 794.910 594.292 557.195 504.581 467.390 396.818 386.374 369.881 364.305 272.587 251.633 Taxa de Crescimento Exportações Brasileiras Médio Anual das Imp 2007 (US$ mil) Mundiais 2002/2007 678,83 652,90 67,16 606,34 1.220,55 769,91 1.752,67 42,72 186,74 1.330,58 41,15 2,93 239,44 1.470,37 0,00 16% 10% 12% 15% 13% 22% 16% 14% 10% 28% 13% 13% 25% 13% 13% Taxa de Crescimento Médio Anual das Exp Brasileiras 2002/2007 12% 8% -4% 16% -9% -9% 54% 0% 65% 37% -28% -36% 16% 15% 0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Por meio do gráfico abaixo, nota-se que em 2002, o Reino Unido era o 3º maior importador dos produtos contemplados no setor “Chocolates, balas e confeitos”. Ao longo dos últimos anos, o país foi aumentando a sua participação nas importações mundiais e em 2007, foi quem mais importou. A Alemanha foi o segundo maior importador, com um crescimento médio anual de 10% no período de 2002 a 2007. Em 2007, os principais destinos das exportações brasileiras foram Espanha, Portugal, Polônia e Rússia. No entanto, as exportações para o mercado russo tiveram um excelente desempenho em 2005, mas nos anos seguintes sofreram uma queda média de 49%. Em 2005, a Rússia importou do mundo US$ 372,8 milhões e o Brasil exportou para esse mercado US$ 2,5 milhões. Naquele ano, os principais fornecedores para o mercado russo foram Ucrânia, Alemanha, Polônia e Países Baixos, sendo o Brasil o 17º fornecedor. Em 2007, as importações mundiais da Rússia totalizaram US$ 594,2 milhões, o que representou um aumento de 59% em relação a 2005. Nesse ano, os principais fornecedores foram a Polônia, a Ucrânia, a Alemanha e a Itália. O Brasil foi o 25º fornecedor para o mercado russo. A perda de participação de mercado dos produtos brasileiros pode ser explicada, em parte, pelo melhor desempenho da China. Em 2005, o país foi o 21º fornecedor para a Rússia e em 2007, já estava em 10º lugar no ranking dos fornecedores para o mercado russo. As exportações chinesas para esse mercado estão concentradas na categoria “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490), que é o principal produto exportado pelo Brasil para a Rússia nos últimos anos. Após análise das importações mundiais, exportações brasileiras e aumento no consumo, os mercados que serão analisados a seguir serão: Reino Unido, Alemanha, Espanha, Portugal e Polônia. Vale destacar, que para esse setor, apesar da Ucrânia não estar entre os principais importadores mundiais e não estar presente nos principais destinos das exportações brasileiras, o país apresentou aumento de 38% no consumo em relação a 2002. Além disso, as barreiras existentes no mercado europeu são muito altas o que motiva o empresário buscar mercados emergentes do Leste Europeu como a Polônia e Rússia, para aumentar a participação brasileira no cenário internacional. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 80 Principais Importadores de chocolates, balas e confeitos na Europa Principais destinos das exportações brasileiras de chocolates, balas e confeitos para Europa 1.500 US$ Milhares US$ Milhões 2.000 1.000 500 2002 Alemanha Bélgica 2003 França Itália 2004 2002 2003 2004 Espanha Portugal Reino Unido Alemanha 2005 2006 2007 Reino Unido Países Baixos Espanha Áustria Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil • 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 2005 2006 2007 Polônia Rússia Países Baixos Bulgária Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Reino Unido No último ano, o Reino Unido importou US$ 1,9 bilhão de chocolates, balas e confeitos, o que representou um aumento médio de 16% no período. Os principais fornecedores foram Alemanha, Bélgica, França e Irlanda, responsáveis por 57% do total fornecido para o mercado. Em 2002, a Irlanda era o principal fornecedor para o Reino Unido, mas perdeu 8 pontos percentuais no último ano, absorvidos pelos concorrentes. A Itália também aumentou a sua participação em 2 pontos percentuais e obteve um crescimento médio anual de 30% no período. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos percentuais) Em 2007, as exportações brasileiras totalizaram US$ 678,8 mil, o que representou uma queda de 12% em relação ao ano anterior, mas também um aumento de 78% em relação a 2002. No último ano, o Brasil foi o 39º colocado no ranking dos fornecedores para o mercado inglês e as exportações brasileiras cresceram na média do período 12%. Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos no Reino Unido Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 6,0 França (3) Bélgica (2) 4,0 Polônia (8) Alemanha (1) Itália (6) 14% 2,0 18% 0,0 República Tcheca (10) 0% -2,0 10% 20% 30% 40% Espanha (9) Suíça (7) -4,0 Países Baixos (5) O Brasil ficou na 39ª colocação no ranking de fornecedores, com um crescimento médio anual das exportações para o país de 12%, no período em análise. -6,0 Irlanda (4) -8,0 Valor de Referência = US$ 100 mi -10,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008 Na tabela abaixo estão apresentadas as importações mundiais do Reino Unido e as exportações brasileiras para o mercado em SH6. As principais oportunidades para os empresários brasileiros são “Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690). No último ano, as exportações brasileiras dessa categoria de produtos cresceram 37% em relação a 2006 e totalizaram US$ 345,2 mil, e foi responsável por mais da metade das exportações brasileiras para o mercado inglês. Outra categoria que cresceu muito no último ano foi “Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus” (SH6 180631), 42%, quando o Brasil exportou US$ 18.032. Já para os “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490), as exportações brasileiras totalizaram US$ 187,1 mil, no mesmo patamar do ano anterior. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 81 Vale destacar, a inversão do fornecimento pelo Brasil no que tange os produtos desse setor. Em 2002, “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490) corresponderam a 75% das exportações brasileiras totais desse setor para o Reino Unido. Em 2007, a participação dessa categoria de produtos caiu para 28%. Em contrapartida, a categoria “Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690) teve sua participação elevada de 13%, em 2002, para 51%, em 2007. SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição 170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau 485.437.063 21% 187.178 0% 0,04% Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 0,14% Outros chocolates e preparações alimentícias 622.913.166 19% 345.256 37% 0,06% 0,40% 180690 contendo cacau Chocolate e outras preparações alimentícias com 180631 249.079.278 11% 18.032 42% 0,01% 0,14% cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 180690 - Outros chocolates e preparações alimentícias, contendo cacau Principais fornecedores para o Reino Unido O gráfico abaixo apresenta a evolução dos preços médios praticados pelos principais fornecedores do produto SH6 180690. Conforme já mencionado, as exportações brasileiras ficaram concentradas no item “Outros chocolates e preparações alimentícias, contendo cacau”. Os preços médios praticados pelo Brasil foram superiores aos praticados pela Alemanha (1º ranking) e Países Baixos (3º ranking), mas inferiores aos preços praticados pela Bélgica (2º ranking). 12.000 10.000 US$/Ton 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2002 2003 1. Alemanha 5. Itália 8. Irlanda 2004 2. Bélgica Média Geral 9. EUA 2005 2006 3. Países Baixos 6. Suíça 10. Eslováquia 2007 4. França 7. Polônia 35. Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelo Reino Unido CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS País EUA Turquia China Canadá Brasil 170490 19,19% 1,51% 15,77% 19,19% 19,19% 180690 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil 180631 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% No gráfico ao lado, expõe-se as tarifas alfandegárias aplicadas aos principais fornecedores de Chocolates, balas e confeitos para o Reino Unido, afora os países membros da União Européia que são beneficiados com tarifação de 0,0%. A condição do Brasil é semelhante a do Canadá e a dos Estados Unidos, com aplicação de tarifa de 19,19% para o produto SH6-170490 e de 0,00% para os demais produtos. À China é aplicada tarifa um pouco inferior, 15,77% para o produto SH6-170490. Já a Turquia encontrase em situação privilegiada, em virtude de ser taxada em 1,51% para esse mesmo item. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 82 • Alemanha No último ano, as importações mundiais da Alemanha desse setor foram US$ 1,8 bi e os principais países fornecedores de chocolates, balas e confeitos para o país foram Bélgica (24% do total), Países Baixos (19%) e França (10%). Nota-se que, enquanto a Bélgica aumentou em 7 pontos percentuais sua participação em relação a 2002, seus principais concorrentes perderam participação neste mercado. A França, no que tange as exportações francesas desse setor para o mercado alemão, além de perder 14 pontos percentuais, caiu em média 10% ao ano de 2002 a 2007. A principal categoria responsável pelo decréscimo das exportações francesas para o mercado alemão foi “Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus” (SH6 180632). Em 2002, a França era praticamente a única fornecedora desses produtos para a Alemanha. Já em 2007, caiu para 4ª posição no ranking, com Suíça, Áustria e Bélgica elevando suas participações. Em 2007, as exportações brasileiras totalizaram US$ 652 mil, com crescimento médio anual de 8% no período de 2002 a 2007. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos percentuais) Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos na Alemanha Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 12,0 Bélgica (1) 8,0 24% Suíça (4) Polônia (7) 4,0 Espanha (8) Reino Unido (9) 0,0 -10% 0% 10% Itália (6) 30% Brasil (47) República Tcheca (10) -4,0 -8,0 20% Áustria (5) Países Baixos (2) França (3) -12,0 Valor de Referência = US$ 100 mi 10% -16,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008 As principais oportunidades para os produtos brasileiros desse setor estão listadas na tabela abaixo. Vale destacar que a categoria mais exportada pelo Brasil para o mercado alemão foi “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490), 92% do total. Apesar da queda no último ano do fornecimento brasileiro para a Alemanha de “Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690), o produto foi selecionado no quadro abaixo, pois é o principal item importado pelo país (35% do total), além de ter apresentado crescimento de 22% em relação a 2006 e de 65% em relação a 2002. Os principais países fornecedores desse produto para o mercado alemão foram Bélgica, França e Países Baixos. SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição 170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau Chocolate e outras preparações alimentícias com 180631 cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus 180690 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 491.515.488 7% 602.431 40% 0,12% 0,44% 663.515.463 22% 15.164 -53% 0,00% 0,02% 208.365.369 19% 4.893 183% 0,00% 0,04% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 83 Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 170490 - Outros produtos de confeitaria, sem cacau Principais fornecedores para a Alemanha O gráfico abaixo apresenta os preços médios praticados para o principal produto exportado pelo Brasil para a Alemanha (SH6 170490). Os maiores fornecedores foram Bélgica, Países Baixos e Espanha. Os preços médios do produto brasileiro estão bem abaixo da concorrência. 8.000 7.000 6.000 US$/Ton 5.000 4.000 Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. 3.000 2.000 1.000 0 2002 2003 1. Bélgica 5. Suíça 8. Irlanda 2004 2. Países Baixos Média Geral 9. Dinamarca 2005 3. Espanha 6. Polônia 10. Áustria 2006 2007 4. Reino Unido 7. República Tcheca 46. Brasil Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Alemanha CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS País Turquia (13) Rússia (16) China (19) Tailândia (20) Brasil (47) 170490 180690 170410 180632 180631 1,51% 0,00% 6,23% 0,00% 0,00% 15,77% 0,00% 2,73% 0,00% 0,00% 15,77% 0,00% 2,73% 0,00% 0,00% 15,77% 0,00% 2,73% 0,00% 0,00% 19,19% 0,00% 6,23% 0,00% 0,00% Em relação às barreiras tarifárias, o Brasil é o país que se encontra em situação de maior dificuldade dentre os países analisados no quadro ao lado. Afora os itens em que sofre tarifação de 0,00%, em condição de igualdade com os outros países, o produto brasileiro é taxado em 19,19% para o SH6-170490 e 6,23% para o SH6-180631, as maiores tarifas aplicadas para os países em estudo. Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Espanha Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos na Espanha Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 12,0 Itália (4) 8,0 Alemanha (2) França (1) 4,0 20% 0,0 -10% 5% Suíça (8) 16% -4,0 Reino Unido (5) Brasil (15) Portugal (10) 20% 35% Áustria (7) Países Baixos (6) Bélgica (3) -8,0 Valor de Referência = US$ 50 mi 50% Em 2007, as importações mundiais espanholas de chocolates, balas e confeitos totalizaram US$ 557,1 milhões, o que representou um aumento de 12% em relação ao ano anterior. Os principais fornecedores desses produtos para o mercado espanhol foram França, Alemanha, Bélgica e Itália. O país que mais ganhou participação de mercado, 07 pontos percentuais em relação a 2002, foi a Itália. Naquele ano, a participação italiana no mercado espanhol foi 8%. Já em 2007 atingiu 15%. No último ano, as exportações brasileiras desse setor atingiram US$ 1,75 milhão. Esse valor -16,0 representou um aumento de 42% em relação a Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 2006 e 763% em relação a 2002, o que tornou o Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Brasil o 15º país fornecedor para o mercado espanhol, com crescimento médio anual de 54% no período de 2002 a 2007. Em 2002, o Brasil era o 26º fornecedor para o -12,0 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 84 mercado espanhol de chocolates, balas e biscoitos. Apesar, da pequena participação no mercado espanhol (0,3%), os produtos brasileiros desse setor estão ganhando cada vez mais mercado na Espanha. A tabela abaixo apresenta as principais oportunidades para os produtos brasileiros no mercado espanhol. Os “Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690) e “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490) foram os que apresentaram maior crescimento médio no período, 89% e 39%, respectivamente. Em 2002, as exportações brasileiras para o mercado espanhol dos “Outros chocolates contendo cacau” (SH6 180690) totalizaram US$ 15.000,00, enquanto em 2007 totalizaram US$ 361.352,00. As importações totais da Espanha desse produto cresceram 25% em relação a 2006 e representaram 37% do total importado da categoria. Já as importações espanholas totais de “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490) sofreram redução de 4% em relação a 2006, mas houve crescimento das exportações brasileiras de 13%. Esse produto foi responsável por 56% do total exportado pelo Brasil desse setor para a Espanha. SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo (US$) 2007/2006 Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 180690 Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau 207.943.157 25% 361.352 459% 0,17% 0,42% 180632 Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus 141.065.103 17% 23.756 355% 0,02% 0,10% 97.581.877 -4% 975.653 13% 1,00% 0,72% 170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau Chocolate e outras preparações alimentícias com 180631 32.318.389 12% 4.276 0% 0,01% 0,03% cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de 170410 8.957.088 -27% 387.331 30% 4,32% 1,09% açúcar Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Os gráficos acima apresentam a evolução dos preços médios praticados pelo Brasil, bem como os dez principais países fornecedores para a Espanha para os produtos “Outros chocolates e preparações alimentícias, contendo cacau” (SH6 180690), “Outros produtos de confeitaria, com cacau” (SH6 170490) e “Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de açúcar” (SH6 170410). No caso do primeiro produto (SH6 180690), o Brasil foi o 23º país fornecedor e apresentou o menor preço médio para esse produto, em linha com os preços praticados por Portugal. No caso do segundo produto (SH6 170490), o Brasil foi o 12º país fornecedor para o mercado espanhol e apresentou o menor preço praticado no período. Com relação ao terceiro produto (SH6 170410), os produtos brasileiros ficaram na 9ª posição no ranking e apresentaram o menor preço médio praticado no período. Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 180690 - Outros chocolates e prep. alimentícias, contendo cacau Principais fornecedores para a Espanha Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 170490 - Outros produtos de confeitaria, sem cacau Principais fornecedores para a Espanha 40.000 10.000 8.000 30.000 20.000 US$/Ton US$/Ton 6.000 4.000 10.000 2.000 0 2002 2003 1. Itália 5. Países Baixos 8. Reino Unido Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil 2004 2. França Média Geral 9. Suécia 2005 2006 3. Bélgica 6. Portugal 10. Dinamarca 2007 4. Alemanha 7. Suíça 23. Brasil 0 2002 2003 1. Alemanha 5. Bélgica 8. Suécia 2004 2. França Média Geral 9. Áustria 2005 3. Itália 6. China 10. Irlanda 2006 2007 4. Países Baixos 7. Reino Unido 12. Brasil Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 85 Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 170410 - Gomas de mascar, sem cacau, mesmo sem revest. de cacau Principais fornecedores para a Espanha O Brasil sofre aplicação das maiores tarifas alfandegárias pela Espanha para os produtos SH6-170490 e SH6-170410, ficando em situação de desvantagem. Em relação aos produtos SH6-180690, SH6-180632, SH6-180631, o Brasil encontra-se me situação de igualdade com os outros países, uma vez que os produtos brasileiros são taxados em 0,00%, assim como os demais. 15.000 12.000 US$/T 9.000 6.000 3.000 0 2002 2003 1. Reino Unido 5. China 8. Países Baixos 2004 2. Colômbia Média Geral 9. Brasil 2005 3. Rússia 6. Portugal 10. Dinamarca 2006 2007 4. França 7. Alemanha Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Espanha CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS País China Colômbia Rússia México Brasil 170490 15,77% 8,32% 15,77% 3,04% 19,19% 180690 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 170410 2,73% 0,00% 2,73% 2,73% 6,23% 180632 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 180631 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Polônia Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2008 (pontos percentuais) No último ano, as importações mundiais de chocolates, balas e confeitos da Polônia totalizaram US$ 396,8 milhões, o que representou um aumento de 21% em relação a 2006 e 238% em relação a 2002. Isto reflete o aumento de consumo dessa categoria de produtos no país, devido à maior abertura do mercado polonês para produtos estrangeiros nos últimos anos. Os principais países fornecedores para a Polônia em 2007 foram Alemanha, República Tcheca, Itália e Países Baixos. A Alemanha forneceu 48% do total importado pelo país desse setor. Dos 10 principais países fornecedores, destaca-se a Lituânia que praticamente não exportava em 2002 e em 2007 exportou US$ 11 Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos na Polônia Dez Principais Fornecedores + Brasil milhões, o que representou um 2002/2007 crescimento médio anual de 317% no 8,0 período. Alemanha (1) 6,0 48% República Tcheca (2) 4,0 2,0 Lituânia (8) Itália (3) França (5) Áustria (10) 0,0 -5% Bélgica (6) Brasil (24) 45% Espanha (9) 16% 95% 145% 195% 245% 295% -2,0 Países Baixos (4) -4,0 Eslováquia (7) Valor de Referência = US$ 50 mi -6,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2008 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Em 2002, o Brasil não fornecia nenhum produto deste setor para o mercado polonês. A partir do ano seguinte, as exportações brasileiras totalizaram US$ 276 mil. No último ano, as exportações brasileiras atingiram US$ 1,3 milhão, o que representou um aumento de 19% em relação a 2006 e 381% em relação a 2003, quando o Brasil passou a exportar esses produtos para a Polônia. Em 2007, o Brasil foi o 24º principal exportador para a Polônia. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 86 O principal produto importado pela Polônia, e de maior valor agregado, foi “Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690). Este representa 32% do total importado pela Polônia desse setor e obteve um aumento de 28% em relação a 2006. A participação brasileira ainda é muito baixa e as exportações brasileiras desses produtos ficaram no mesmo nível que em 2006. O segundo produto mais importado pela Polônia foi “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490), que correspondeu a 26% do total importado e apresentou um crescimento de 32%. Todavia, as exportações brasileiras caíram 23% em relação a 2006. As “Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de açúcar” (SH6 170410) foram os produtos mais exportados pelo Brasil no período e apresentaram um crescimento de 73% em relação ao ano anterior. O aumento das exportações brasileiras no período de 2003 a 2007 pode ser explicado pelo desempenho das vendas brasileiras desse produto. No entanto, as importações mundiais da Polônia tiveram uma pequena queda em relação a 2006 (-6%). SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS SH6 180690 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau 170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 128.377.477 28% 14.250 0% 0,01% 0,02% 103.272.263 32% 501.214 -23% 0,49% 0,37% Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de 170410 5.364.518 -6% 815.115 73% 15,19% 2,30% açúcar Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Os gráficos abaixo apresentam os preços médios praticados pelos principais países fornecedores de chocolates, balas e confeitos para o mercado polonês. No caso dos “Outros produtos de confeitaria, sem cacau” (SH6 170490), os preços praticados pelo Brasil ficaram bem abaixo dos demais concorrentes. Todavia, o volume exportado pelo Brasil para a Polônia foi muito baixo. Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 170490 - Outros produtos de confeitaria, sem cacau Principais fornecedores para a Polônia 6.000 US$/Ton 4.500 3.000 1.500 0 2002 2003 1. Alemanha 5. Espanha 8. Hungria 2004 2. Itália Média Geral 9. Equador 2005 2006 3. República Tcheca 6. Bélgica 10. Turquia 2007 4. Países Baixos 7. Irlanda 24. Brasil Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Já para as “Gomas de mascar, sem cacau, sem revestimento de cacau” (SH6 170410), o Brasil foi o segundo principal país fornecedor para a Polônia e o preço médio praticado pelo Brasil foi US$ 2.782 a tonelada. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 87 Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 170410 - Gomas de mascar, sem cacau, mesmo sem revest. de cacau Principais fornecedores para a Polônia 12.000 US$/T 9.000 6.000 3.000 0 2002 2003 1. Reino Unido 5. Hungria 8. Países Baixos 2004 2. Brasil Média Geral 9. República Tcheca 2005 3. Espanha 6. França 10. Eslovênia 2006 4. Turquia 7. Alemanha 2007 Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Com relação aos concorrentes do Brasil, os preços desse produto brasileiro foram 62% inferiores aos preços praticados pelo Reino Unido, principal fornecedor de gomas de mascar para o mercado polonês, mas 14% e 12% maiores do que os da Turquia e Hungria, 4º e 5º maiores fornecedores do produto para a Polônia. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Polônia CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS País Turquia Equador Colômbia Costa do Marfim Brasil 180690 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 170410 6,23% 0,00% 0,00% 0,00% 6,23% 170490 1,51% 8,32% 8,32% 0,00% 19,19% No caso da Polônia, a Costa do Marfim se beneficia com as menores tarifas, 0,00%, bem como os países membros da União Européia. Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Portugal Em 2007, os principais países fornecedores para Portugal foram Espanha, Alemanha, França e Países Baixos. Juntos foram responsáveis por 81% do total importado pelo mercado português, que totalizou US$ 273,7 milhões. Vale destacar que a Espanha ganhou 6 pontos percentuais de participação no mercado com relação a 2002. O aumento dessa participação ocorreu devido à perda de participação da França. Em 2002, o país tinha 13% de market share e em 2007 a participação da França caiu para 9%. No último ano, as importações portuguesas totais desse setor representaram um aumento de 25% em relação a 2006. No último ano, o Brasil foi o 14º fornecedor para Portugal, quando o país exportou US$ 1,4 milhão. As exportações brasileiras cresceram 26% em relação a 2006 e 102% em relação a 2002. Embora, com um volume baixo de exportação para o país, a Áustria foi o fornecedor que apresentou o maior crescimento médio no período analisado (2002-2007), 39%. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 88 Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Matriz de Posicionamento de Chocolates, balas e confeitos em Portugal Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 9,0 Espanha (1) 7,0 49% 5,0 3,0 Alemanha (2) Bélgica (5) 1,0 Suíça (9) Países Baixos (4) Áustria (10) 17% Grécia (7) -1,0 0% 10% Itália (6) Brasil (14) 20% 30% -3,0 40% Valor de Referência = US$ 50 mi França (3) -5,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 O quadro abaixo apresenta as principais oportunidades para os produtos brasileiros em Portugal. Em 2007, as exportações brasileiras ficaram concentradas em “Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau” (SH6 180690), 81% do total, que possui maior valor agregado. As exportações brasileiras desse produto cresceram no mesmo patamar das importações totais portuguesas para esse produto, 20%. Todavia, a participação brasileira no total importado foi de aproximadamente 1%. O crescimento das exportações brasileiras para os demais produtos (SH6 180652 e SH6 170410) no último ano foi bastante agressiva, 117% e 123%, respectivamente. Para o último produto (SH6 170410), o Brasil passou de 12º principal fornecedor em 2002 para o mercado português para 5ª colocação no ranking desse produto em 2007. Os principais concorrentes brasileiros dessa categoria de produtos são Grécia, Portugal, Colômbia e Alemanha. SETOR: CHOCOLATES, BALAS E CONFEITOS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Brasileiras Imp. Mundiais do Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo (US$) 2007/2006 Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 180690 Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau 146.201.446 24% 1.131.823 20% 0,77% 1,32% 180632 Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus 42.502.192 21% 86.270 117% 0,20% 0,36% Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de 8.993.442 13% 127.305 123% 1,42% 0,36% açúcar Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercadoalvo e naqueles divulgados pelo Brasil. 170410 Os preços médios praticados pelo Brasil nas categorias com maior valor agregado (SH6 180690 e 180632) estão apresentados nos gráficos abaixo. Para “Outros chocolates e preparações alimentícias, contendo cacau” o Brasil foi o 7º principal fornecedor em 2007 com preços praticados bem abaixo dos demais concorrentes, exceto Alemanha. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 89 Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 180690 - Outros chocolates e prep. alimentícias, contendo cacau Principais fornecedores para Portugal Evolução dos preços médios 2002 - 2007 SH6 - 180632 - chocolates e outras prep. alimentícias com cacau não recheadas em tabletes, barras e paus Principais fornecedores para Portugal 12.000 10.000 9.000 8.000 6.000 US$/Ton US$/Ton 6.000 4.000 3.000 2.000 0 2002 2003 1. Espanha 5. Bélgica 8. Reino Unido 2004 2. Alemanha Média Geral 9. Suíça 2005 2006 3. França 6. Países Baixos 10. Dinamarca 2007 4. Itália 7. Brasil 0 2002 2003 1. Espanha 5. Suíça 8. Áustria 2004 2. Alemanha Média Geral 9. Eslováquia Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil 2005 3. França 6. Reino Unido 10. Itália 2006 2007 4. Bélgica 7. Países Baixos 19. Brasil Fonte: GTA. Elaboração: UIC APEX-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Já para os chocolates e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas em tabletes, barras e paus o Brasil foi o 19º principal fornecedor, e os preços médios brasileiros também ficaram bem abaixo dos demais concorrentes. Tarifas Alfandegárias Aplicadas por Portugal CHOCOLATE, BALAS E CONFEITOS País Colômbia Brasil Argentina Turquia Canadá 180690 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 170410 0,00% 6,23% 2,73% 6,23% 6,23% 180632 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil 5.5. Frutas e Sucos de Frutas Para identificar o perfil de consumo de frutas por região, seja in natura ou processadas, foram criados gráficos separados, pois a unidade informada no Euromonitor difere nos dois casos. Em relação às frutas o consumo foi analisado em ‘000 toneladas e para os sucos em milhões de litros. Em 2007, o consumo mundial de frutas totalizou 318 milhões de toneladas. De acordo com o gráfico abaixo, a Ásia foi a região que mais consumiu frutas frescas no mundo, 54% do total. A China e a Índia foram os países que mais consumiram esses produtos no ano em questão, 23% e 12%, respectivamente, do total mundial. Este fato pode ser explicado devido ao elevado número de habitantes nos dois países e dependendo da fruta, torna-se um item extremamente barato e básico para consumo nas refeições da população. Em segundo lugar, encontra-se a América Latina (15% do total). Em 2007, a população brasileira foi responsável por 7% do total de frutas consumidas mundialmente. Esse valor representa quase metade de todo o consumo da América Latina. Quando os dados de frutas processadas (sucos de frutas) são analisados, o cenário fica um pouco diferente. Em 2007, o consumo mundial de sucos de frutas atingiu 50 bilhões de litros. A Ásia permanece como a região mundial que mais consumiu esse produto em 2007, 30% do total. Em seguida, aparece a Europa Ocidental, América do Norte, Leste Europeu e por fim a América Latina, que no caso de frutas foi o 2º maior mercado consumidor. Nota-se um aumento do consumo Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 90 dos sucos industrializados nos últimos anos, principalmente pela entrada de novos produtos e pela conveniência, no caso do público que não quer perder tempo para fazer o suco caseiro. Evolução do consumo de suco de frutas por região consumo em milhões de litros consumo em '000 toneladas Evolução do consumo de frutas por região 320.000 280.000 240.000 200.000 160.000 120.000 80.000 40.000 2002 2003 2004 2005 Ásia América Latina África e Oriente Médio América do Norte Oceania 2006 2007 Europa Ocidental Leste Europeu 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 2002 Ásia Leste Europeu Oceania 2003 2004 2005 Europa Ocidental América Latina 2006 2007 América do Norte África e Oriente Médio Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil Consumo de frutas dos principais países da Europa Ocidental '000 toneladas 9.000 6.000 2002 3.000 2007 - Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil consumo em milhões de litros No último ano, o consumo de frutas e sucos de frutas na Europa Ocidental totalizou 39,3 milhões de toneladas e 10,5 bilhões de litros, respectivamente. Da mesma maneira que ocorreu no consumo mundial, alguns países que apresentaram um elevado consumo de frutas in natura ficaram em posição inferior no que tange o consumo dos processados, em 2007 (Ex.: Turquia). Os países que mais consomem sucos de frutas são a Alemanha, Reino Unido e França, sendo que a Alemanha consumiu 5% menos do que o ano de 2002 e o Reino Unido teve um aumento no consumo de sucos de frutas de 40%. Outro destaque é o caso da Turquia, que em 2002 consumiu 293 milhões de litros e em 2007 totalizou 592 milhões de litros. Consumo de suco de frutas dos principais países da Europa Ocidental 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - 2002 2007 Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 - Consumo de frutas dos principais países do Leste Europeu Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil 2002 2007 consumo em milhões de litros '000 toneladas Em 2007, o consumo no Leste Europeu foi de 11,9 milhões de toneladas de frutas e de 6 bilhões de litros de sucos de frutas. A Rússia foi o principal país consumidor de frutas e também de sucos de frutas. Em 2007, o consumo de frutas foi 51% maior que em 2002 e no caso de sucos de frutas o aumento foi de 74%. A Polônia foi o segundo maior consumidor nos dois segmentos e a Ucrânia ficou em terceiro lugar. Em 2002, a população ucraniana consumiu 213 milhões de litros e em 2007 passou para 575 milhões de litros. 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - Consumo de sucos de frutas dos principais países do Leste Europeu 2002 2007 Fonte: Euromonitor - Elaboração UIC - Apex-Brasil Para a análise dos dados estatísticos em valor (US$), listados abaixo, foram considerados as frutas e sucos de frutas conjuntamente. Os principais países importadores da região para estes setores foram Alemanha, Reino Unido, Países Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 91 Baixos e França. Juntos, foram responsáveis por 39% das importações mundiais desses produtos que totalizaram no último ano US$ 77,2 bilhões. Nota-se que a maioria dos quinze maiores importadores europeus apresentou crescimento médio anual na faixa de 11% a 17% no período de 2002 a 2007, com exceção da Rússia e a Polônia que registraram 34% e 21%, respectivamente. Em 2007, as exportações brasileiras totais de frutas e sucos de frutas totalizaram US$ 3,3 bilhões em 2007. Deste total, 28% foram frutas e 72% sucos de frutas. Para esses quinze principais mercados europeus o Brasil exportou 2,1 bilhões desses produtos, ou seja, 64% do total das exportações brasileiras destes setores. As exportações brasileiras para esses quinze mercados também obtiveram um excelente desempenho no período de 2002 a 2007 com taxas médias de crescimento entre 11% e 68%. Da mesma forma que ocorreu com as importações mundiais, os mercados que o apresentaram maiores taxas de crescimento médio das exportações brasileiras no período foram a Rússia e Polônia, 81% e 185%, respectivamente. O Brasil é o maior exportador de sucos de frutas do mundo. Em 2007, as exportações brasileiras corresponderam a 17% do total exportado de sucos, o que totalizou US$ 2,4 bilhões. O suco de laranja foi principal item comercializado pelo Brasil, 93% do total exportado pelo país. SETOR - Frutas e Sucos de Frutas País Alemanha Reino Unido Países Baixos França Bélgica Rússia Itália Espanha Polônia Áustria Suécia Suiça Dinamarca Noruega Portugal Importações Totais Exportações Brasileiras 2007 (US$ mil) 2007 (US$ mil) 9.169.413 6.338.893 5.496.052 5.149.460 4.662.393 4.094.642 2.778.063 2.134.819 1.464.967 1.401.916 1.154.701 1.011.806 806.559 692.322 646.735 37.947 226.360 793.796 18.485 808.707 8.216 34.590 55.326 1.695 167 5.877 74.306 4.485 6.151 25.366 Taxa de Crescimento Médio Anual das Imp Mundiais 2002/2007 11% 14% 15% 12% 15% 34% 12% 17% 21% 17% 14% 10% 14% 17% 11% Taxa de Crescimento Médio Anual das Exp Brasileiras 2002/2007 22% 31% 11% 31% 18% 81% 27% 37% 185% 68% 25% 42% 47% 35% 17% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Os gráficos abaixo apresentam a evolução das importações dos principais mercados europeus e também dos principais destinos das exportações brasileiras para a região. A Alemanha se destaca como o principal país comprador de frutas e sucos de frutas da Europa. Em 2007, o país importou US$ 9,1 bilhões desses produtos, sendo 81% frutas in natura e 19% sucos de frutas, pois utiliza as frutas importadas para comercialização e também para produção dos sucos voltados ao consumo interno e externo. Os principais mercados importadores dos sucos e frutas brasileiros foram Bélgica, Países Baixos e Reino Unido. Em 2007, esses países foram responsáveis por 56% do total exportado pelo Brasil. No entanto, na seleção e análise dos principais mercados para o exportador brasileiro na região, os Países Baixos não foram considerados por atuarem como redistribuidores dos produtos na região, ou seja, importam grande quantidade desses produtos não só do Brasil como do mundo e re-exportam para os principais compradores europeus. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 92 Principais Importadores de frutas e sucos de frutas na Europa Principais destinos das exportações brasileiras de frutas e sucos de frutas para Europa 10.000 800.000 US$ Milhares US$ Milhões 8.000 6.000 4.000 2.000 600.000 400.000 200.000 - 2002 Alemanha Bélgica 2003 2004 Reino Unido Rússia 2002 Bélgica Espanha 2005 2006 2007 Países Baixos França Itália Espanha 2003 2004 Países Baixos Alemanha 2005 2006 2007 Reino Unido Suiça Itália Portugal Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Em 2007, os Países Baixos importaram do mundo US$ 5,5 bilhões destes produtos (80% frutas e 20% processados). Nesse mesmo ano, os Países Baixos exportaram para o mundo US$ 5 bilhões (72% frutas e 28% processados). O gráfico a seguir apresenta os principais países compradores dos Países Baixos destes produtos em 2007. Vale destacar que os itens mais importantes da pauta importadora de frutas e sucos de frutas dos Países Baixos são os mesmos da pauta exportadora deste setor para os mercados europeus (uvas, laranjas, maçãs e sucos de laranja). Exportações de frutas e sucos de frutas dos Países Baixos 2007 - US$ 5 bilhões Outros Itália Espanha Suécia Rússia Bélgica Reino Unido França Alemanha Frutas Sucos de frutas - 500 1.000 1.500 2.000 US$ Milhões Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil De acordo com dados do IBRAF – Instituto Brasileiro de Frutas, aproximadamente 70% das exportações brasileiras ocorrem por meio marítimo. Cada vez mais a tecnologia vem sendo usada em benefício da manutenção do frescor das frutas, especialmente durante a logística de distribuição, o que permite um maior aproveitamento dos produtos e a garantia da qualidade para o cliente final. O transporte aéreo é utilizado, na maioria das vezes, para movimentar frutas mais sensíveis como figos, morangos e caquis. No último ano, as exportações brasileiras totais de frutas e sucos de frutas somaram US$ 3,3 bilhões, o que representou um aumento de 45% em relação a 2006 e 125% em relação a 2002. Quando analisados separadamente, as exportações brasileiras totais cresceram 32% (frutas frescas) e 51% (frutas processadas) em relação a 2006. Vale destacar que esse aumento só foi possível devido ao maior investimento na produção local para oferecer produtos diversificados e atender a demanda externa. Exemplos bem sucedidos foram as variações dos tipos de melões ofertados e também das uvas sem caroço. Além das frutas processadas, o Brasil oferece também a fruta minimamente processada, que permite aos países importadores que as utilizem para a fabricação dos sucos no mercado local. Atualmente, o consumidor moderno demanda praticidade e evita gastar muito tempo no processamento dos alimentos. Os principais concorrentes do Brasil no setor de frutas e sucos de frutas são os países localizados no Hemisfério Sul, que apresentam o mesmo período de safra e por isso concorrem diretamente com a produção brasileira. Vale destacar que esta ampla concorrência não ocorre de forma integral. Alguns países ou blocos oferecem preferências tarifárias em determinados períodos do ano. É justamente nesta época que os países aproveitam para aumentar a sua participação de mercado. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 93 Concorrentes do Brasil nas Exportações de Frutas frescas Maçãs África do Sul, Nova Zelândia, Chile, Argentina Melão Espanha, Costa Rica, México, Guatemala, Honduras, Peru Banana Equador, Costa Rica, Colômbia, Guatemala, Jamaica, Honduras, Panamá, Filipinas Uva Lima Ácida Manga Papaia Abacaxi Chile, África do Sul, México, Itália, USA México México, Peru, Equador, Costa Rica, África do Sul, Venezuela México, Belize, Costa Rica, Equador, República Dominicana, Havaí Costa Rica, Honduras, México, África do Sul, Costa do Marfim, Equador, Gana Fonte: IBRAF – Elaboração UIC, Apex-Brasil É importante ressaltar que o Brasil é o 3º maior produtor de frutas, atrás da China e Índia, que não são concorrentes diretos do produto brasileiro. Em 2007, o Brasil foi o 6º maior exportador de frutas e sucos de frutas para o mundo. Os mercados dos Países Baixos e Bélgica não foram aprofundados e sim os seus principais mercados compradores na Europa. A seguir, seguem as análises para o Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e Polônia. • Reino Unido Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Em 2007, os principais fornecedores de frutas e sucos de frutas para o Reino Unido foram a Espanha, Países Baixos, África do Sul e França. Esses quatro países foram responsáveis por 36% do total importado pelo país. O país que perdeu maior participação foi a França (4 pontos percentuais), absorvida por outros mercados. No último ano, o Brasil aumentou em 1 ponto percentual a sua participação, na comparação com o ano de 2002, quando o país exportou US$ 58 milhões. Em 2007, as exportações brasileiras de frutas e sucos de frutas para o Reino Unido somaram US$ 226 milhões, o que significou um aumento de 289% em relação a 2002. Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para o Reino Unido Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 3,0 O Brasil ficou na 8º colocação no ranking de fornecedores, com exportações de US$ 226 mi, em 2007. 2,0 1,0 Brasil (8) Bélgica (7) Países Baixos (2) Costa Rica (10) Alemanha (6) Itália (5) 0,0 0% 5% EUA (9) 10% 15% 20% 25% 30% -1,0 Espanha (1) -2,0 África do Sul (3) -3,0 -4,0 França (4) Valor de Referência = US$ 250 mi -5,0 -6,0 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Na tabela abaixo, estão apresentadas as principais oportunidades para os produtos brasileiros do setor de frutas e sucos de frutas no Reino Unido. O principal produto brasileiro exportado foi “Outros sucos de laranjas, não fermentados” (SH6 200919), 36% do total. Vale destacar que no último ano o crescimento das exportações foi de 44%, e se comparado com o ano de 2002, o crescimento foi de 990%. Conforme já mencionado, os Países Baixos atuam como distribuidores na região, e são os maiores compradores do produto brasileiro (69% do total). Para que o Brasil possa aumentar ainda mais a sua participação no mercado do Reino Unido, é preciso descentralizar as exportações e aumentar a exportação direta para o mercado. Nota-se também as oportunidades para os melões frescos (SH6 080719), uvas frescas (SH6 080610) e maçãs frescas (SH6 080810), que obtiveram crescimento de 41%, 87% e 79%, respectivamente. Embora, com pequena Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 94 participação nas importações mundiais de sucos de frutas, as exportações brasileiras de sucos de laranjas, congelados e não fermentados (SH6 200911) cresceram 597% no último ano. SETOR: FRUTAS E SUCOS SH6 200919 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Brasileiras Imp. Mundiais do Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. para o Mercado-alvo em Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo (US$) 2007/2006 Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Outros sucos de laranjas, não fermentados Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 369.424.949 23% 81.878.812 44% 22% 17% 080719 Melões frescos 189.018.589 13% 41.498.610 41% 22% 32% 080610 Uvas frescas 613.041.438 9% 41.153.226 87% 6,7% 24,3% 080810 Maçãs frescas 637.255.500 11% 11.184.293 79% 2% 16% 080550 Limões e limas, frescos ou secos 95.610.096 13% 6.117.604 3% 6% 15% 101.845.610 19% 6.052.085 15% 6% 3% 39.611.794 29% 4.285.293 18% 11% 34% 254.036.672 17% 3.834.361 48% 2% 20% 105.456.960 31% 2.041.421 597% 2% 0% 10.713.409 13% 695.383 23% 6% 87% 080420 Figos frescos ou secos 19.518.853 15% 544.528 1164% 3% 8% 081090 Outras frutas frescas 65.828.184 29% 414.194 175% 1% 20% Sucos de outras frutas ou de produtos 200980 hortícolas, não fermentados 96.496.735 14% 200.864 67% 0% 0% 1.859.814 -20% 177.989 44% 10% 20% 40.593.776 28% 155.127 112% 0% 6% 080132 Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca 080711 Melancias frescas 080510 Laranjas frescas ou secas Sucos de laranjas, congelados, não 200911 fermentados Outras frutas conservadas 081290 transitoriamente, mas impróprias para 080590 Outros cítricos frescos ou secos 080232 Nozes frescas ou secas, sem casca Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Para a análise das barreiras tarifárias foram considerados apenas os principais países fornecedores para o Reino Unido, exceto os países da União Européia que são isentos de tarifação (tarifa zero). Produtos brasileiros com vantagem perante os concorrentes • 080232: Nozes frescas ou secas, sem casca: Estados Unidos. • 080420: Figos frescos ou secos: Estados Unidos. • 080550: Limões e limas, frescos ou secos: Estados Unidos. • 080590: Outros cítricos frescos ou secos: Estados Unidos. • 080610: Uvas frescas: Estados Unidos. • 080711: Melancias frescas: Estados Unidos. • 080719: Melões frescos: Estados Unidos. • 081090: Outras frutas frescas: Estados Unidos. • 081290: Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado: Estados Unidos. Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes • • • • 080810: Maçãs frescas: África do Sul, Estados Unidos e Costa Rica. 200911: Sucos de laranjas, congelados, não fermentados: Estados Unidos. 200919: Outros sucos de laranjas, não fermentados: Estados Unidos. 200980: Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados: Estados Unidos. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 95 Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes • 080232: Nozes frescas ou secas, sem casca: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile. • 080420: Figos frescos ou secos: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile. • 080510: Laranjas frescas ou secas: Países da União Européia, África do Sul, Estados Unidos, Costa Rica e Chile. • 080550: Limões e limas, frescos ou secos: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile. • 080590: Outros cítricos frescos ou secos: Países da União Européia, Costa Rica, África do Sul e Chile. • 080610: Uvas frescas: Países da União Européia, Costa Rica, África do Sul e Chile. • 080711: Melancias frescas: Países da União Européia, Costa Rica, Chile e África do Sul. • 080719: Melões frescos: Países da União Européia, Costa Rica, Chile e África do Sul. • 080810: Maçãs frescas: Países da União Européia e Chile. • 081090: Outras frutas frescas: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile. • 081290: Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile. • 200911: Sucos de laranjas, congelados, não fermentados: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile. • 200919: Outros sucos de laranjas, não fermentados: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile. • 200980: Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados: Países da União Européia, África do Sul, Costa Rica e Chile. Tarifas Alfandegárias aplicadas pelo Reino Unido FRUTAS E SUCOS África do Costa Brasil (8) EUA (9) Chile (11) Produtos Sul (3) Rica (10) 80232 0,00% 1,60% 5,10% 0,00% 0,00% 80420 1,20% 3,30% 6,80% 0,00% 0,00% 80510 20,92% 21,65% 21,15% 21,15% 13,45% 80550 14,11% 15,65% 16,63% 13,43% 8,63% 80590 3,20% 9,30% 12,80% 0,00% 3,20% 80610 2,63% 8,97% 12,47% 0,00% 1,20% 80711 1,40% 5,30% 8,80% 0,00% 0,00% 80719 1,40% 5,30% 8,80% 0,00% 0,00% 80810 14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 11,00% 81090 1,25% 4,85% 8,00% 0,00% 0,00% 81290 1,31% 5,32% 8,78% 0,00% 0,74% 200911 11,91% 29,69% 29,69% 8,35% 20,15% 200919 11,98% 41,55% 41,55% 17,90% 32,15% 200980 5,41% 24,25% 24,25% 3,83% 10,90% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • França No último ano, as importações mundiais francesas de frutas e sucos de frutas totalizaram US$ 5,1 bilhões. Os principais países fornecedores foram Espanha, Países Baixos, Bélgica e Itália que participaram com 64% do total importado pelo mercado francês. Todavia, a Espanha e a Itália perderam 2 e 1 ponto percentual em relação a 2002. Em 2007, o Brasil foi o 21º principal fornecedor para a França com crescimento médio anual no período de 31%. O Brasil pode aumentar a participação neste mercado, principalmente se conseguir atingir diretamente o mercado francês que tem como seus principais fornecedores os Países Baixos e a Bélgica. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) 96 Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para a França Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 4,0 O Brasil ficou na 21º colocação no ranking de fornecedores, com exportações de US$ 18 mi, em 2007. 3,0 2,0 Bélgica (3) Países Baixos (2) 12% Alemanha (5) 1,0 EUA (8) 0,0 Turquia (9) 0% Itália (4) 5% Brasil (21) Israel (6) Camarões (10) 10% 15% 20% 25% 30% -1,0 Marrocos (7) 33% -2,0 35% Vale destacar que a Espanha não é um concorrente direto do Brasil no mercado francês. O principal produto espanhol exportado para a França são as tangerinas, mandarinas e outros (SH6 080520), que representaram em 2007, 21% do total exportado para o país no setor de frutas e processados. Esse produto não é muito representativo no total exportado pelo Brasil para o mundo, apenas 0,12% do total do setor de frutas e processados. Valor de Referência = US$ 250 mi Espanha (1) As principais oportunidades para os produtos brasileiros para o mercado -4,0 francês estão listadas abaixo. O maior Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS, Elaboração UIC Apex-Brasil volume exportado para o país de produtos brasileiros está concentrado nas frutas frescas (maçãs, goiabas, figos e mamões). -3,0 SETOR: FRUTAS E SUCOS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Brasileiras Imp. Mundiais do Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. para o Mercado-alvo em Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 080810 Maçãs frescas 166.846.041 35% 5.474.408 216% 3% 8% Goiabas, mangas e mangostões, frescos 080450 ou secos 102.489.980 35% 3.519.073 29% 3,4% 3,9% 080420 Figos frescos ou secos 42.889.531 13% 2.229.651 146% 5% 34% 080720 Mamões (papaias) frescos 8.535.719 25% 2.180.317 168% 26% 6% 080550 Limões e limas, frescos ou secos 124.691.342 29% 681.338 224% 1% 2% 080440 Abacates frescos ou secos 203.378.452 15% 356.456 24% 0% 20% 3.618.201 35% 236.942 23% 7% 27% 130.253.611 17% 220.652 155% 0% 2% 6.476.594 5% 148.243 20% 2% 12% 081090 Outras frutas frescas 102.769.581 39% 111.404 630% 0% 5% 081010 Morangos frescos 251.156.238 15% 85.732 53% 0% 74% 080590 Outros cítricos frescos ou secos Outras frutas congeladas, não cozidas ou 081190 cozidas em água ou vapor, mesmo Cascas de cítricos, de melões ou de 081400 melancias, frescas, secas, congeladas ou Tangerinas, mandarinas, satsumas; 407.318.428 23% 3.828 308% 0% 0% clementinas "wilkings" e outros cítricos Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. 080520 Vale destacar a baixa penetração das exportações de sucos de frutas para o mercado francês, as mesmas são atendidas pelos Países Baixos, Espanha, Alemanha e Bélgica e que poderia ser suprida pelos sucos de frutas brasileiros. Em 2007, a França importou do mundo US$ 1 bilhão, o que representou 20% do total importado pelo mercado francês de frutas e sucos de frutas. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 97 Para a análise das barreiras tarifárias aplicadas pela França estão destacados a seguir os produtos brasileiros com vantagem, condições de igualdade e desvantagem perante os principais fornecedores destes produtos para o mercado francês. Produtos brasileiros com vantagem perante os concorrentes • 080420: Figos frescos ou secos: Israel e Estados Unidos. • 080440: Abacates frescos ou secos: Estados Unidos. • 080520: Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos: Estados Unidos. • 080550: Limões e limas, frescos ou secos: Estados Unidos. • 080590: Outros cítricos frescos ou secos: Estados Unidos. • 081010: Morangos frescos: Estados Unidos e Israel. • 081090: Outras frutas frescas: Estados Unidos e Israel. • 081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes: Israel e Estados Unidos. • 081400: Cascas de cítricos, de melões ou de melancias, frescas, secas, congeladas ou conservadas temporariamente: Israel e Estados Unidos. Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes • 080440: Abacates frescos ou secos: Países da União Européia, Israel, Marrocos, Camarões. • 080450: Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos: Países da União Européia, Israel, Marrocos, Estados Unidos e Camarões. • 080550: Limões e limas, frescos ou secos: Israel. • 080590: Outros cítricos frescos ou secos: Marrocos. • 080720: Mamões (papaias) frescos: Países da União Européia, Israel, Estados Unidos, Marrocos e Camarões. • 080810: Maçãs frescas: Israel, Marrocos e Estados Unidos. • 081010: Morangos frescos: Marrocos. • 081400: Cascas de cítricos, de melões ou de melancias, frescas, secas, congeladas ou conservadas temporariamente: Países da União Européia, Marrocos e Camarões. Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes • 080420: Figos frescos ou secos: Países da União Européia, Marrocos e Camarões. • 080520: Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos: Países da União Européia, Israel, Marrocos e Camarões. • 080550: Limões e limas, frescos ou secos: Marrocos e Camarões. • 080590: Outros cítricos frescos ou secos: Países da União Européia, Israel e Camarões. • 080810: Maçãs frescas: Países da União Européia e Camarões. • 081010: Morangos frescos: Países da União Européia e Camarões. • 081090: Outras frutas frescas: Países da União Européia, Marrocos e Camarões. • 081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes: Países da União Européia, Marrocos e Camarões. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 98 País 80420 80440 80450 80520 80550 80590 80720 80810 81010 81090 81190 81400 Tarifas Alfandegárias aplicadas pela França FRUTAS E SUCOS Israel (6) Marrocos (7) EUA (8) Camarões (10) 0,00% 6,80% 0,00% 6,80% 0,00% 0,00% 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 11,20% 6,25% 16,00% 0,00% 15,65% 9,74% 16,63% 0,00% 6,40% 9,30% 12,80% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 14,28% 14,28% 14,28% 0,00% 11,20% 7,70% 11,20% 0,00% 6,24% 3,26% 8,00% 0,00% 13,85% 5,87% 17,13% 0,00% 1,60% 0,00% 1,60% 0,00% Brasil (21) 3,30% 0,00% 0,00% 12,50% 15,65% 9,30% 0,00% 14,28% 7,70% 4,85% 9,15% 0,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Alemanha As importações mundiais alemãs totalizaram US$ 9,1 bilhões em 2007. Os principais países fornecedores para o mercado alemão foram os Países Baixos, Espanha, Itália e Bélgica, que representaram 56% do total importado destes setores no último ano. Da mesma forma que informado para o mercado francês, a Espanha também perdeu participação no mercado alemão, 3 pontos percentuais em relação a 2002. A Itália e a França também perderam participação na Alemanha, 3 pontos percentuais cada um desses mercados. Parte desta perda foi absorvida pelos Países Baixos, que aumentaram a participação de mercado em 3 pontos percentuais. Vale destacar que a Espanha não é um concorrente direto do Brasil no mercado alemão. O principal produto espanhol exportado para a Alemanha são as tangerinas, mandarinas e outros (SH6 080520), que representaram em 2007, 24% do total exportado para o país no setor de frutas e processados. . Este produto não é muito representativo no total exportado pelo Brasil para o mundo, apenas 0,12% do total do setor de frutas e processados. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) O Brasil manteve a sua participação no mercado alemão e obteve um crescimento médio anual de 22% no período de 2002 a 2007. No último ano, as exportações brasileiras destes setores para a Alemanha totalizaram US$ 37,9 milhões e o país foi o 18º principal fornecedor para este mercado. Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para a Alemanha Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 5,0 Países Baixos (1) 4,0 18% 3,0 2,0 Bélgica (4) Turquia (5) Áustria (9) EUA (7) 1,0 Polônia (6) 0,0 0% 5% 10% 15% Colômbia (10) 20% Brasil (18) 25% -1,0 França (8) -2,0 -3,0 -4,0 Itália (3) Valor de Referência = US$ 250 mi 14% Espanha (2) -5,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 99 Da mesma maneira que ocorreram com as importações francesas de produtos brasileiros do setor de frutas e sucos de frutas, os principais produtos brasileiros exportados para o mercado alemão ficaram concentrados nas frutas frescas (melões, uvas frescas, abacaxis frescos ou secos e maçãs frescas). Para o produto bananas frescas ou secas, principal produto importado pela Alemanha (11% do total), as exportações brasileiras aumentaram 32% em relação a 2006. Vale destacar, que em 2002 o Brasil exportava muito pouco deste produto para o mercado alemão: US$ 19 mil. Os mamões (papaia) frescos apresentaram um aumento de 68% em relação às exportações brasileiras no ano anterior, com participação de 14% no total importado pelo mercado alemão deste produto. Os limões também apresentaram um crescimento de 80% em relação a 2006, e quando comparado com 2002, o Brasil praticamente não exportava limões para o mercado alemão. As principais oportunidades do setor de frutas para os produtos brasileiros estão listadas na tabela abaixo. SETOR: FRUTAS E SUCOS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do Mercado-alvo 2007 (US$) 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 080719 Melões frescos 115.959.859 0% 5.207.118 87% 4% 4% 080610 Uvas frescas 612.104.851 12% 5.191.457 324% 1% 3% 080430 Abacaxis frescos ou secos 176.740.183 15% 4.647.400 216% 3% 26% 080810 Maçãs frescas 622.048.434 3% 4.359.703 24% 1% 6% 080300 Bananas frescas ou secas 1.034.433.597 19% 3.633.951 32% 0% 8% 080720 Mamões (papaias) frescos 16.901.208 22% 2.414.537 68% 14% 7% 080550 Limões e limas, frescos ou secos 155.754.737 22% 1.674.368 80% 1% 4% 73.303.036 28% 1.417.260 47% 2% 2% 080420 Figos frescos ou secos 48.098.080 29% 1.242.316 244% 3% 19% Outras frutas congeladas, não cozidas ou 081190 cozidas em água ou vapor, mesmo 253.825.245 10% 971.248 112% 0% 7% 080711 Melancias frescas 106.497.005 -21% 668.304 20% 1% 5% 080450 Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos Sucos de laranja não congelados, com 29.094.558 18% 341.335 146% 1% 0% 200912 valor brix =< 20 Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Vale destacar que o produto sucos de laranjas congelados, não fermentados (SH6 200911) não foi destacado como oportunidade, pois as exportações brasileiras deste produto para o mercado alemão totalizaram US$ 2,3 milhões, o que representou uma queda de 30% em relação a 2006. No entanto, as exportações deste produto nos últimos cinco anos aumentaram em média 22%. Em 2002, o Brasil exportou apenas US$ 852 mil deste produto para a Alemanha. Em 2007, os principais países fornecedores de sucos de laranjas congelados para o mercado alemão foram Países Baixos (59% do total) e Bélgica (37% do total). A vantagem, igualdade e desvantagem dos produtos brasileiros para o mercado alemão em relação à questão tarifária estão listadas abaixo. Foram considerados os principais concorrentes do Brasil, afora os países da União Européia, quando a tarifa aplicada é igual a zero. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 100 Produtos brasileiros com vantagem perante os concorrentes 080300: Bananas frescas ou secas: Estados Unidos. • 080420: Figos frescos ou secos: Estados Unidos. • 080430: Abacaxis frescos ou secos: Estados Unidos. • 080550: Limões e limas, frescos ou secos: Estados Unidos. • 080610: Uvas frescas: Estados Unidos. • 080711: Melancias frescas: Estados Unidos. • 080719: Melões frescos: Estados Unidos. • 081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes: Estados Unidos. Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes • 080300: Bananas frescas ou secas: China e Irã. • 080420: Figos frescos ou secos: China e Irã. • 080430: Abacaxis frescos ou secos: China e Irã. • 080450: Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos: Países da União Européia, Estados Unidos, Colômbia, China e Irã. • 080550: Limões e limas, frescos ou secos: China e Irã. • 080610: Uvas frescas: China e Irã. • 080711: Melancias frescas: China e Irã. • 080719: Melões frescos: China e Irã. • 080720: Mamões (papaias) frescos: Países da União Européia, Estados Unidos, Colômbia, China e Irã. • 080810: Maçãs frescas: Estados Unidos, Colômbia, China e Irã. • 081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes: China e Irã. • 200912: Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20: Estados Unidos. Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes • 080300: Bananas frescas ou secas: Países da União Européia e Colômbia. • 080420: Figos frescos ou secos: Países da União Européia e Colômbia. • 080430: Abacaxis frescos ou secos: Países da União Européia e Colômbia. • 080550: Limões e limas, frescos ou secos: Países da União Européia e Colômbia. • 080610: Uvas frescas: Países da União Européia e Colômbia. • 080711: Melancias frescas: Países da União Européia e Colômbia. • 080719: Melões frescos: Países da União Européia e Colômbia. • 080810: Maçãs frescas: Países da União Européia • 081190: Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes: Países da União Européia e Colômbia. • 200912: Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20: Países da União Européia, Colômbia, China e Irã. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 101 Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Alemanha FRUTAS E SUCOS País 080300 080420 080430 080450 080550 080610 080711 080719 080720 080810 081190 200912 EUA (7) 23,26% 6,80% 5,80% 0,00% 16,63% 12,47% 8,80% 8,80% 0,00% 14,28% 17,13% 12,20% Colômbia (10) 12,59% 0,00% 0,00% 0,00% 13,43% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 14,28% 1,26% 0,00% China (11) Irã (13) 20,92% 3,30% 2,30% 0,00% 15,65% 8,97% 5,30% 5,30% 0,00% 14,28% 9,15% 8,50% 20,92% 3,30% 2,30% 0,00% 15,65% 8,97% 5,30% 5,30% 0,00% 14,28% 9,15% 8,50% Brasil (18) 20,92% 3,30% 2,30% 0,00% 15,65% 8,97% 5,30% 5,30% 0,00% 14,28% 9,15% 12,20% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Rússia Em 2007, as importações russas de frutas e sucos de frutas totalizaram US$ 4 bilhões, o que representou um aumento de 25% em relação a 2006. Os principais países fornecedores para o mercado russo foram o Equador, Turquia, China e Argentina. O Equador permaneceu como principal país fornecedor. Todavia, o país perdeu aproximadamente 6 pontos percentuais em relação a 2002. O principal produto exportado pelo Equador para o mercado russo foi banana (99% do total). A perda da participação do Equador pode ser explicada pelo fornecimento exclusivo de bananas para a Rússia. Com o passar dos anos, o mercado russo diversificou as suas importações, quando passou a comprar mais maçãs, laranjas, uvas e peras de outros países. Conforme já mencionado anteriormente, a população russa aumentou o consumo de frutas em mais de 50% em relação a 2002. Isto explica o aumento das importações destes produtos, pois o país não é capaz de suprir a demanda interna com a produção local. Além disso, as condições climáticas do país não favorecem a agricultura que responde por apenas 5% do PIB. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) No último ano, as exportações brasileiras destes setores totalizaram US$ 8,2 milhões, o que representou um aumento médio no período de 2002 a 2007 de 81%. Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar as importações e exportações, no caso da Rússia, ocorreram muitas divergências nos dados de importação reportados pelo país em comparação com os Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para a Rússia dados de exportação do Brasil. Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 Esta divergência pode ser explicada em parte, pela a 4,0 China (3) compra de produtos brasileiros Turquia (2) O Brasil ficou na 20º Bélgica (9) colocação no ranking 10% dos principais países re2,0 de fornecedores. Irã (7) distribuidores da região. A Argentina (4) Uzbequistão (5) categoria de produtos que Polônia (8) 0,0 reflete esta distorção é sucos 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Brasil (20) de laranjas, congelados, não Marrocos (6) Espanha (10) -2,0 fermentados (SH6 200911). Em 2007, a Rússia informa que -4,0 importou US$ 53 milhões deste produto brasileiro (76% do Valor de Referência = US$ 250 13% mi total), enquanto o Brasil -6,0 Equador (1) informa que exportou apenas US$ 849 mil. -8,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 102 De acordo com os dados de exportação brasileira para o mercado russo, as principais oportunidades estão destacadas no quadro a seguir. As “Castanhas de caju, fresca ou seca, sem casca“ (SH6 080132) representaram 50% do total exportado pelo Brasil em 2007, bem como 20% do total importado destes produtos pela Rússia. Para este produto, as exportações brasileiras podem crescer ainda mais, uma vez que, as importações totais russas cresceram 32%. As categorias que apresentaram maior crescimento foram uvas frescas e laranjas frescas. Os produtos listados abaixo representam 27% do total importado pela Rússia dos setores de frutas e sucos de frutas. SETOR: FRUTAS E SUCOS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição 080132 Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 21.033.218 32% 4.149.729 5% 20% 2% 080610 Uvas frescas 412.810.229 20% 1.045.637 402% 0% 1% 080510 Laranjas frescas ou secas 298.997.881 6% 805.408 5363% 0% 4% Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas 080520 "wilkings" e outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos 340.988.256 27% 637.345 211% 0% 15% 080122 Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca 3.265.421 116% 507.100 291% 16% 5% 080450 Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos 5.109.069 58% 28.274 55% 0,6% 0,0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Os “Sucos de laranja congelados, não fermentados” (SH6 200911) não foram selecionados como oportunidade, pois de acordo com os dados de exportação brasileira, este item apresentou queda de 69% em relação a 2006. Todavia, os dados reportados pela Rússia informam um crescimento de 11% em relação a 2006. Os produtos listados abaixo foram importados pelo mercado russo e não foram destacados no quadro acima, ou porque o Brasil não exportou ou porque as exportações brasileiras apresentaram um decréscimo em relação a 2006. Vale destacar que embora seja baixa a participação brasileira existe uma grande oportunidade nestes produtos para o Brasil, uma vez que o país já exporta para a região. SETOR: FRUTAS E SUCOS Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) SH6 Descrição 080300 Bananas frescas ou secas 586.503.777 22% - - - - 080810 Maçãs frescas 452.994.096 29% 28.224 0% 0% 0% 080550 Limões e limas, frescos ou secos 134.262.404 11% - - - - 081090 Outras frutas frescas 131.768.014 6% - - - - 200911 Sucos de laranjas, congelados, não fermentados 90.259.420 5% 849.553 -69% 1% 0% 200979 Outros sucos de maçã, não fermentados 72.766.697 30% - - - - 22.288.528 78% - - - - 5.224.793 56% - - - - 200919 200912 Outros sucos de laranjas, não fermentados Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20 Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 103 Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes • 080122: Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca: China, Argentina e Marrocos. • 080132: Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca: Países da União Européia, China, Argentina, Uzbequistão e Marrocos. • 080450: Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos: China, Argentina e Marrocos. • 080510: Laranjas frescas ou secas: China, Argentina e Marrocos. • 080520: Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos: China, Argentina e Marrocos. • 080610: Uvas frescas: China, Argentina e Marrocos. Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes • 080122: Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca: Países da União Européia e Uzbequistão. • 080450: Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos: Países da União Européia e Uzbequistão. • 080510: Laranjas frescas ou secas: Países da União Européia e Uzbequistão. • 080520: Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos: Países da União Européia e Uzbequistão. • 080610: Uvas frescas: Países da União Européia e Uzbequistão. País 080122 080132 080450 080510 080520 080610 Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Rússia FRUTAS E SUCOS China (3) Argentina (4) Uzbequistão (5) Marrocos (6) 3,75% 3,75% 0,00% 3,75% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 5,62% 5,62% 0,00% 5,62% 4,11% 4,11% 0,00% 4,11% 6,67% 6,67% 0,00% 6,67% 3,75% 3,75% 0,00% 3,75% Brasil (30) 3,75% 0,00% 5,62% 4,11% 6,67% 3,75% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Polônia Em 2007, as importações mundiais de sucos e frutas da Polônia totalizaram US$ 1,5 bilhão, o que representou um aumento de 33% em relação a 2006 e 161% em relação a 2002. Os principais países fornecedores para o mercado polonês foram a Espanha, Países Baixos, Alemanha e Itália, que supriram 63% do total importado por esse mercado. Da mesma forma que ocorreu com a Alemanha e França, a Espanha perdeu participação também na Polônia. Essa perda foi absorvida pelos Países Baixos e Alemanha, que praticamente não exportaram para o mercado polonês em 2002. No último ano, as exportações brasileiras somaram US$ 1,7 milhão para a Polônia. Vale destacar que as exportações brasileiras desses produtos para o mercado polonês eram pouco significativas em 2002, o que explica o aumento médio de 185% das exportações brasileiras de frutas e sucos para o mercado. Após o fim do comunismo e abertura do mercado para os produtos estrangeiros, os hábitos de consumo dos poloneses modificaram-se, influenciados pelos mercados ocidentais. O país consome muita fruta, especialmente nas refeições. O jantar é a principal refeição do polonês que inclui carnes, frutas e verduras. Apesar de a Polônia produzir frutas e verduras, a produtividade do setor é baixa, sendo necessária a importação de outros mercados. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 104 Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Matriz de Posicionamento de Sucos e Frutas para a Polônia Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 20,0 O Brasil ficou na 36º colocação no ranking de fornecedores, 15,0 com crescimento médio de 185% no perído Países Baixos (2) Alemanha (3) 9,9% 10,0 Bélgica (5) Itália (4) 5,0 Turquia (6) Ucrânia (7) República Tcheca (9) 0,0 -50% França (10) 50% 0% -5,0 Grécia (8) 23,3% 100% 150% Espanha (1) 200% 250% Valor de Referência = US$ 250 mi -10,0 -15,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Atualmente, a pauta exportadora de sucos e frutas brasileiras para o mercado polonês ainda não é muito diversificada. Os principais produtos exportados pelo Brasil foram “Melões frescos e sucos de laranja, congelados não fermentados”. Os produtos listados abaixo representam 90% do total exportado pelo Brasil para a Polônia e apenas 4% do total importado destes setores pelo país. SETOR: FRUTAS E SUCOS SH6 Descrição Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 080711 Melancias frescas 31.209.789 0% 137.946 37% 0% 1% 080719 Melões frescos 6.342.252 35% 997.487 72% 16% 1% Sucos de laranjas, congelados, não 200911 6.167.356 62% 402.103 599% 6,5% 0,0% fermentados Sucos de outras frutas ou de produtos 200980 18.211.511 92% 1.139 0% 0% 0% hortícolas, não fermentados Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Conforme mencionado, a Polônia é um mercado potencial para frutas e sucos e deveria ser melhor explorado pelos exportadores brasileiros destes setores. Apesar de ainda não exportar os produtos listados abaixo para a Polônia, foram identificados produtos relevantes na pauta importadora desse país, nos quais o Brasil poderá obter vantagem competitiva, uma vez que, já os exporta para a região européia. O produto “Outros sucos de laranja não fermentados” (SH6 200919) foi selecionado, pois, apesar da pequena redução nas importações totais deste produto em relação a 2006 (-3%), obteve um crescimento médio anual no período de 2002 a 2007 de 62%. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 105 SETOR: FRUTAS E SUCOS SH6 080300 080610 080510 080550 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) Bananas frescas ou secas 195.490.084 15% - - - - Uvas frescas 165.122.855 40% - - - - Laranjas frescas ou secas 80.227.378 31% - - - - Limões e limas, frescos ou secos 86.545.622 34% - - - - Outros sucos de laranjas, não 65.324.327 -3% fermentados 200919 Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências nos dados publicados pelo mercado-alvo e naqueles divulgados pelo Brasil. Com relação aos produtos atualmente comercializados pelo Brasil para o mercado polonês do setor de frutas e sucos, o Brasil não possui condições de vantagem perante os principais países fornecedores para a Polônia. Abaixo, segue a análise para estes produtos. Produtos brasileiros em condições de igualdade perante os concorrentes • • 080711: Melancias frescas: China e Argentina. 080719: Melões frescos: China e Argentina Produtos brasileiros com desvantagem perante os concorrentes • 080711: Países da União Européia, Chile e Equador. • 080719: Melões frescos: Países da União Européia, Chile e Equador. • 200911: Sucos de laranjas congelados, não fermentados: Países da União Européia, China, Chile, Equador e Argentina. • 200980: Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados: Países da União Européia, China, Chile, Equador e Argentina. Tarifas Alfandegárias aplicadas pela Polônia FRUTAS E SUCOS País 080711 080719 200911 200980 China (11) Chile (12) Equador (14) Argentina (15) Brasil (36) 5,30% 5,30% 25,92% 17,40% 0,00% 0,00% 20,15% 10,90% 0,00% 0,00% 8,35% 3,83% 5,30% 5,30% 25,92% 17,40% 5,30% 5,30% 29,69% 24,25% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil 5.6. Massas e Preparações Alimentícias O consumo mundial de massas e preparações alimentícias aumentou 1% em 2007, em termos de volume, mesmo percentual atingido em 2006. Nesse contexto, a Europa Ocidental se destaca por representar 26% do consumo total, apesar de ter registrado um decréscimo de 0,3% no consumo de 2006. Em seguida vem a África e Oriente Médio, com consumo de 25%. No caso da região da Ásia e Pacífico, apesar do consumo haver variado positivamente 14%, quase metade do Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 106 consumo da Europa Ocidental, a região vem apresentando o maior crescimento anual. Nos últimos três anos o crescimento do consumo esteve acima dos 5,0%, superior ao das outras regiões. Atrás da Ásia, têm-se a África e Oriente Médio, a Oceania e a América Latina, com crescimentos de 2,8%, 2,1% e 1,2%, respectivamente. A América do Norte registrou queda no consumo de 4,5%, no mesmo período. Evolução do consumo de Massas e preparações alimentícias*- (´000 ton) 160.000 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Europa Ocidental África e Oriente Médio América Latina Ásia e Pacífico Leste Europeu América do Norte Oceania Fonte: Euromonitor- Elaboração: UIC- Apex- Brasil Nos gráficos que seguem é possível observar o consumo, em volume, de massas e preparações alimentícias nos principais mercados da Europa Ocidental e no Leste Europeu. Na Europa Ocidental, por exemplo, fica claro o potencial da Turquia, maior consumidor (11,2 milhões de toneladas), com um crescimento acumulado expressivo de 8%, em 2007, perdendo apenas para a Suíça que apresentou 9% no mesmo ano. O consumo da Alemanha foi o segundo maior em 2007, 6,4 milhões de toneladas. No caso do Leste Europeu, a Rússia está bem à frente dos outros países, com um consumo de 7,8 milhões de toneladas em 2007, enquanto o segundo lugar no ranking dos consumidores, a Romênia, registrou um consumo bem menor: 1,9 milhões de toneladas. No último ano, o crescimento do consumo foi muito suave, com pequena queda para a maioria dos países europeus. Os países que apresentaram maior crescimento do consumo foram a Macedônia (5%), Eslováquia (3%), Suíça (2%), Áustria (2%), Ucrânia (1%) e Turquia (1%). Consumo de Massas e Preparações Alimentícias na Europa Ocidental* (´000 ton) 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Consumo de Massas e Preparações Alimentícias no Leste Europeu* (´000 ton) 2002 2007 10000 8000 6000 4000 2000 0 2002 2007 Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Nos quadros abaixo, expõe-se as linhas de evolução dos principais importadores dos produtos do setor de massas e preparações alimentícias da Europa, assim como os principais destinos das exportações brasileiras para a Região. Os principais importadores europeus de massas e preparações alimentícias são: Alemanha, Reino Unido, França, Países Baixos, Espanha, Bélgica, Itália e Áustria. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 107 A Alemanha é o maior importador da Europa, com importações que totalizaram US$ 8,2 bilhões em 2007. Logo atrás ficam o Reino Unido e a França, que a partir de 2006 aumentam o ritmo das importações, alcançando, no último ano da análise, 7,6 bilhões e 7,0 bilhões e crescimentos de 24% e 19% em 2007, respectivamente. Dentre os principais destinos europeus das exportações brasileiras, destacam-se os Países Baixos, cujo crescimento das exportações foi de 209% no último ano, seguindo tendência constatada nos anos anteriores. As exportações totalizaram US$ 43,6 bilhões em 2007. A Alemanha também apresentou um expressivo crescimento das importações do Brasil desse setor, 19%. Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Massas e Preparações Alimentícias na Europa 10.000 50.000 8.000 40.000 US$ Milhares US$ Milhões Principais Importadores de Massas e Preparações Alimentícias da Europa 6.000 4.000 2.000 30.000 20.000 10.000 - 2002 2003 Alemanha Espanha Itália 2004 2005 Reino Unido Países Baixos Rússia 2006 2002 2007 França Bélgica 2003 2004 2005 2006 2007 Países Baixos Alemanha Rússia França Espanha Itália Suíça Reino Unido Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil Fonte: GTIS - Elaboração: UIC- Apex- Brasil De acordo com os dados expostos na tabela abaixo, dos quinze maiores importadores europeus de massas e preparações alimentícias do Brasil, apenas a Áustria apresentou uma queda nas importações brasileiras desses produtos. A Dinamarca, que por não estar entre os oito maiores importadores da Europa não apareceu nos gráficos com as linhas de tendência acima, aumentou em 48% suas importações do Brasil, percentual que foi de 238% no ano anterior, bem acima do crescimento das importações mundiais do país. SETOR - Massas e Prep. Alimentícias País Alemanha Reino Unido França Países Baixos Espanha Bélgica Itália Áustria Suécia Rússia Suíça Dinamarca Irlanda Portugal Grécia Importações Totais 2007 (US$ Mil) Exportações Brasileiras 2007 (US$) 8.183.373.269 7.566.808.658 6.959.060.595 3.308.071.993 3.399.026.652 3.146.434.233 3.140.758.621 2.047.678.705 1.705.693.173 1.919.747.731 1.392.035.583 1.307.659.704 1.457.817.942 1.047.993.540 916.604.635 16.774.085 4.643.428 7.783.312 43.561.525 6.789.350 3.664.152 5.414.110 116.063 190.824 11.338.681 4.955.334 1.355.139 176.648 3.910.537 768.102 Taxa Anual de Taxa Anual de Crescimento das Crescimento das Importações Mundiais Exportações Brasileiras 2002/2007 2002/2007 11% 45% 15% 28% 13% 42% 13% 83% 16% 47% 12% 27% 16% 14% 19% -8% 16% 40% 24% 43% 14% 78% 17% 148% 15% 12% 15% 7% 18% 67% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Considerando o consumo, as importações mundiais e as exportações brasileiras para a região, foram destacadas cinco mercados para serem analisados com mais detalhe, são eles: Alemanha, Reino Unido, Espanha, Países Baixos, Rússia e Bélgica. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 108 • Reino Unido A partir da leitura da Matriz de Posicionamento é possível perceber o significativo crescimento das exportações brasileiras para esse mercado, bem acima dos dez principais fornecedores do Reino Unido dos produtos que compõem o setor de massas e preparações alimentícias. O Brasil fechou o ano de 2007 com exportações desse setor para o Reino Unido que totalizaram US$ 4,6 milhões de dólares, 49% superior ao ano de 2006. Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Os Países Baixos são os principais fornecedores para o Reino Unido, com participação de 15,2% nas importações totais no ano passado, seguidos pela Alemanha (13,4%) e Itália (12,2%). Vale destacar o bom desempenho dinamarquês, com acréscimo de 2,94 pontos percentuais de market share no período de 2002-2007. O Brasil, apesar de ter registrado taxa média de crescimento anual das exportações para o Reino Unido de 37%, no período de 2002-2007, não registrou significativa variação do market share no mercado-alvo. Além disso, países como a Bulgária, Chile, Ucrânia e Lituânia vêm aumentando bastante as suas exportações para o Reino Unido, mas o valor total exportado ainda é pouco expressivo, de modo que não os confere aumento substancial na participação no mercado. Dentre os produtos contemplados no setor de massas e preparações alimentícias exportados pelo Brasil para esse país, abaixo estão relacionados cinco que se configuram como oportunidades, o que não exclui a viabilidade de outros produtos. O produto de codificação SH-200899, “Outras frutas e partes de plantas, preparadas ou conservadas” apresentou crescimento das exportações brasileiras de 216%, correspondendo a US$ 377,1 mil exportados pelo Brasil para o Reino Unido no ano de 2007, contra US$ 119,2 exportados no ano anterior. Para o item “Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorantes” o Brasil também teve bom desempenho, com crescimento do valor comercializado de 105%, apesar da participação brasileira ainda ser pouco significativa. Já para o produto SH6- 210220 – “Leveduras mortas e outros microorganismos monocelulares mortos”, as exportações brasileiras equivaleram a 12% do total importado pelo Reino Unido, mas o Brasil não acompanhou o crescimento das importações desse produto, apesar de ter crescido a uma taxa de 45%. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 109 SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição 210690 Outras preparações alimentícias 210220 Leveduras mortas e outros microorganismos monocelulares mortos 200899 200799 190531 1.194.525.168 55% 176.390 30.318.185 61% 113.513.241 82.903.086 367.134.555 32% Outras frutas e partes de plantas, preparadas ou conservadas Geleias, doces, purês e "marmelades", de outras frutas Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorantes Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 9678% 0% 0% 3.669.278 45% 12% 9% 34% 377.119 216% 0% 2% 17% 75.233 56% 0% 1% 45.248 105% 0% 0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pelo Reino Unido MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS País Brasil China (12) EUA (9) Tailândia (13) Turquia (14) 200799 29,29% 25,79% 25,79% 25,79% 0,00% 200899 16,32% 12,03% 12,03% 12,03% 7,11% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • 210220 5,36% 1,92% 1,92% 1,92% 0,28% 210690 4,46% 3,81% 3,81% 3,81% 0,00% Em relação às barreiras tarifárias, a exceção dos países membros da União Européia que se beneficiam de tarifa zero, foram analisados quatro países não-membros do bloco que mais fornecem produtos do setor massas e preparações alimentícias para o Reino Unido mais o Brasil. Dentro desse grupo, o Brasil apresenta a maior desvantagem, pois as tarifas aplicadas ao país são as maiores em todos os quatro produtos estudados, conforme tabela ao lado. Espanha Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Destaca-se o papel da França e Irlanda como maiores fornecedores de produtos do setor de massas e preparações alimentícias para Espanha, com participações de 19,3% e 17,1% em 2007, respectivamente. A França, no entanto, ganhou dois pontos percentuais de market share no período de 2002-2007, enquanto a Irlanda perdeu dois pontos percentuais no mesmo período, como se pode Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias para a Espanha perceber por meio da matriz Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 exposta abaixo. É interessante 6,0 observar o ganho de participação O Brasil ficou na 27º colocação entre os França (1) da China, que em 2007 fornecedores de 4,0 Massas e Preparações aumentou suas exportações para Alimentícias para o 19,3% China (9) país, em 2007. Portugal (7) 2,0 o mercado espanhol em 81%. O Países Baixos (5) Brasil (27) produto brasileiro tem 0,0 desempenho semelhante ao 0% 10% Peru (10) 20% 30% 40% Bélgica (6) encontrado no Reino Unido, com -2,0 Reino Unido (8) Alemanha (3) taxa de crescimento médio anual Itália (4) 17,1% -4,0 Valor de Referência = US$ 300 das exportações de 35%, apesar Irlanda (2) mi de sua participação ter -6,0 continuado estável. -8,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 110 Na tabela que segue, observam-se os principais produtos exportados pelo Brasil. O item de SH6-210690, “Outras preparações alimentícias”, é o mais exportado, movimentando US$ 4,9 milhões em 2007. Já o produto SH6-200799, “Geléias, doces, purês e ‘marmelades’, de outras frutas”, conta com participação brasileira em relação às importações mundiais do mercado-alvo de 2%, equivalente a exportações totais de US$ 289,4 mil em 2007, valor 155% maior do que o exportado no ano anterior. Esse produto, apesar de ter sofrido pequena queda das importações mundiais da Espanha no último ano, apresentou taxa de crescimento médio anual das importações de 38%, no período de 2002 a 2007. Para o produto “Palmitos preparados ou conservados”, SH6-200891, cujas exportações brasileiras caíram em 2007, houve crescimento das importações mundiais da ordem de 35%. O Brasil perdeu um pouco de espaço, enquanto a Costa Rica, Equador e Peru aumentaram seu fornecimento para Espanha. SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS SH6 200799 210610 200891 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Geleias, doces, purês e "marmelades", de outras frutas Concentrados de proteínas e substâncias protéicas texturizadas Palmitos preparados ou conservados 210220 Leveduras mortas e outros microorganismos monocelulares mortos 210690 Outras preparações alimentícias Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 17.835.817 -4% 289.419 155% 2% 3% 61.855.815 22% 250.738 112% 0% 0% 10.319.188 35% 245.087 -8% 2% 2% 6.813.766 8% 397.171 -20% 6% 1% 978.657.755 7% 4.934.555 20% 1% 2% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Espanha MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS País Brasil (44) China (9) Peru (10) Tailândia (15) Turquia (13) 200799 200891 210220 210610 210690 29,29% 10,00% 5,36% 12,80% 4,46% 25,79% 3,50% 1,92% 12,80% 3,81% 6,18% 0,00% 0,00% 12,80% 2,32% 25,79% 3,50% 1,92% 12,80% 3,81% 7,11% 0,00% 0,00% 0,00% 2,32% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • As tarifas aplicadas ao Brasil pelo Espanha são semelhantes àquelas cobradas pelo Reino Unido, como anteriormente mencionado, em virtude de serem ambos membros da União Européia. No caso do Brasil, dentre os países e produtos analisados na tabela ao lado, sofre aplicação das maiores tarifas. O Peru e a Turquia recebem aplicação de tarifas bem inferiores. Rússia Com relação à Rússia, a China é atualmente o maior fornecedor de massas e preparações alimentícias com participação de 9,4% em 2007, e ganho de cinco pontos percentuais de market share entre 2002-2007, acima dos outros países presentes na matriz. A Alemanha e a Ucrânia vêm em seguida com participações de 8,3% e 7,4%, respectivamente. No caso da Alemanha, no entanto, apesar de ter aumentado suas exportações desses produtos, acompanhando o crescimento das importações do mercado russo, apresenta participação estável nos últimos cinco anos. O Brasil ficou na 34º posição, com exportações desse setor para o mercado russo no valor de US$ 11,3 milhões em 2007 e uma taxa de crescimento médio anual dessas exportações de quase 30%, para o período de 2002 a 2007. No entanto, o acréscimo nas exportações brasileiras não configurou diferença expressiva na sua participação. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) 111 Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias para a Rússia Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 8,0 China (1) O Brasil ficou na 34º colocação entre os fornecedores de Massas e Preparações Alimentícias para o país, com exportações de US$ 11,3 mi, em 2007. 6,0 4,0 9,4 % Ucrânia (3) 7,4 % Alemanha (2) 8,3 % 2,0 Países Baixos (5) 0,0 -2,0 Itália (7) Espanha (10) 5% 10% 15% 20% 25% Hungria (6) 30% 35% 40% 45% 50% Brasil (34) EUA (9) França (8) -4,0 Polônia (4) -6,0 Valor de Referência = US$ 100 mi -8,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Para os produtos apresentados abaixo, o Brasil tem melhor representatividade no fornecimento de dois itens: SH6-190220, “Massas alimentícias recheadas, mesmo cozidas ou preparadas de outro modo”, e SH6-200819, “Outras frutas de casca rija e outras sementes, preparadas ou conservadas’, cujas participações no mercado russo foram de 89% e 11%, respectivamente, em 2007. No caso do primeiro produto descrito, o Brasil compete com o Cazaquistão, Itália e Alemanha, já com relação ao segundo produto a Turquia, a Lituânia, a Itália e o Vietnã são competidores fortes. SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS SH6 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição 190220 Massas alimentícias recheadas, mesmo cozidas ou preparadas de outro modo 190590 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 4.630.221 82% 4.121.621 73% 89% 82% Outros produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de biscoitos, mesmo com adição de cacau 89.086.720 64% 1.625.113 80% 2% 10% 200799 Geleias, doces, purês e "marmelades", de outras frutas 85.617.000 34% 439.243 399% 1% 4% 200819 Outras frutas de casca rija e outras sementes, preparadas ou conservadas 28.898.678 31% 3.196.491 50% 11% 32% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Quanto ao produto SH6-200799, a variação das exportações brasileiras para o mercado alvo em 2007 foi de 399% por que o valor exportado no ano de 2006 foi relativamente baixo, US$ 88 mil, se comparado aos US$ 440 mil exportados no ano posterior. Os principais fornecedores desse produto para o mercado russo são a China, o Chile e a África do Sul. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Rússia MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS Em relação ao mercado russo, apenas os países membros da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) beneficiam-se da alíquota zero, como a Ucrânia. Aos outros países são impostas barreiras tarifárias mais altas, conforme quadro ao lado. País Brasil (34) Alemanha (2) China (1) Ucrânia (3) EUA (9) 190220 190590 200799 200819 15,00% 19,27% 11,25% 11,25% 15,00% 19,00% 15,00% 15,00% 15,00% 19,27% 11,25% 11,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 15,00% 19,27% 15,00% 15,00% Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 112 • Bélgica Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) Diferentemente dos países já analisados no que concerne o setor de massas e preparações alimentícias, o mercado belga têm permanecido relativamente estável, em termos de fornecimento, o que pode ser observado na Matriz de Posicionamento exposta em seguida. Os seis principais fornecedores desses produtos para a Bélgica praticamente não ganharam ou perderam participação nos cinco anos analisados, além de haver acompanhado o crescimento das importações mundiais belgas do setor, crescendo a taxas muito semelhantes à taxa mundial de importações do mercadoalvo. Os Países Baixos são uma exceção, pois perderam três pontos percentuais de market share. Outro ponto a ser destacado é o bom desempenho exportador da Polônia, Suécia e Brasil, que apresentaram taxa de crescimento médio anual das exportações no período de 2002 a 2007 de 103%, 29% e 47%, respectivamente, acima da média de crescimento anual das importações belgas. No entanto, como o valor exportado é relativamente menor que o dos grandes fornecedores, o acréscimo exportado em valor implicou em ganho suave de participação no mercado. Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias para a Bélgica Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 8,0 6,0 O Brasil ficou na 30º colocação entre os fornecedores de Massas e Preparações Alimentícias para o país, com exportações de US$ 3,7 milhões, em 2007. França (1) 28,1 % Reino Unido (5) 4,0 2,0 0,0 -10% Turquia (7) Suécia (9) Brasil (30) EUA (10) 0% 10% 20% -2,0 30% 40% Alemanha (3) 50% Polônia (8) 60% 70% 80% 90% 100% 110% Espanha (6) -4,0 -6,0 Itália (4) Valor de Referência = US$ 150 mi Países Baixos (2) 24,9 % -8,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Dentre os produtos que compõem o setor de massas e preparações alimentícias, foram selecionados três itens considerados como oportunidades em virtude da análise quantitativa. O primeiro deles, SH6-200799, “Geléias, doces, purês e ‘marmelades’, de outras frutas”, cujo valor exportado pelo Brasil em 2006 foi US$ 11,9 mil passou para US$ 106,7 mil no ano seguinte, o que significou aumento de 795%. SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. Mercado-alvo em para o Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) SH6 Descrição 200799 Geleias, doces, purês e "marmelades", de outras frutas 49.628.061 25% 106.694 795% 0% 1% 210220 Leveduras mortas e outros microorganismos monocelulares mortos 13.288.669 13% 2.872.458 49% 22% 7% 210690 Outras preparações alimentícias 413.675.652 17% 85.914 -16% 0% 0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 113 No que tange o produto SH6-210220, as exportações brasileiras corresponderam a uma participação de 22% no mercado belga, com crescimento em valor de 49% no último ano. Para o SH6-210690, “Outras preparações alimentícias”, a situação foi diferente, pois as exportações do Brasil caíram 16%, movimentando US$ 85,9 mil em 2007. Mercados como Alemanha e Reino Unido, vêm ganhando participação. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Bélgica MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS País Brasil (34) Turquia (7) EUA (10) Suíça (11) China (17) 200799 210220 210690 29,29% 5,36% 4,46% 7,11% 0,00% 2,32% 29,29% 5,36% 4,46% 0,00% 2,68% 0,00% 25,79% 1,92% 3,81% Como país membro da União Européia, assim como o Reino Unido, Espanha e Alemanha, a Bélgica dá preferência aos países membros desse bloco, com barreiras tarifárias de ordem 0,00%. Como pode ser notado na tabela abaixo, a Suíça se beneficia com tarifas bem inferiores às aplicadas aos outros países na maioria dos produtos. O Brasil fica prejudicado pela aplicação de tarifas mais altas, que impacta na competitividade de seus produtos. Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil • Alemanha Variação do market-share no mercado-alvo 2002/2007 (pontos percentuais) O fornecimento de massas e produtos alimentícios para Alemanha foi mais dinâmico do que na Bélgica. O principal fornecedor do setor, os Países Baixos, aumentaram suas exportações no ano de 2007 em 7%, abaixo do crescimento das importações mundiais alemãs desses produtos, caindo três pontos percentuais de market share na comparação entre 2002-2007 e fechando esse ano com participação de 17,1%. Já a Polônia registrou uma taxa de crescimento médio anual das exportações no período de 2002 a 2007 de 32%, bem acima da média mundial, com ganho de dois pontos percentuais de participação. Áustria, Irlanda, Suíça e Turquia também ganharam market share, mas em menor proporção que a Polônia, como pode ser visto na Matriz de Posicionamento que segue. A Alemanha aumentou suas importações do Brasil em quase 20%, mas o volume exportado é ainda pequeno em comparação aos principais fornecedores, por esse motivo não representou ganho expressivo de market share. Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias para Alemanha Dez Principais Fornecedores + Brasil 2002/2007 6,0 O Brasil exportou US$ 16,7 milhões de massas e preparações alimentícias para Alemanha, em 2007. Irlanda (4) 4,0 Polônia (9) Espanha (10) Suíça (7) 2,0 Turquia (8) Itália (2) 14,8% 0,0 -20% 0% Bélgica (5) 20% Áustria (6) Brasil 40% -2,0 Países Baixos (1) -4,0 17,1% França (3) Valor de Referência = US$ 500 mi -6,0 -8,0 Taxa de crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Entre os produtos mais exportados pelo Brasil para o mercado alemão contemplados no setor de alimentos e bebidas, destacam-se o SH6-210610 “Concentrados de proteínas e substâncias protéicas texturizadas” e o SH6-210390 “Maionese e outros condimentos e temperos compostos”. Em ambos os casos as exportações do Brasil cresceram acima de 130% no último ano, conforme dados divulgados na tabela a seguir. Para o primeiro produto, as exportações representaram uma participação de 34% no mercado, enquanto foi de 1% para o SH6-210390. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 114 SETOR: MASSAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS SH6 200899 210390 210610 210690 Partic. das Exp. Var. Exp. Var. Imp. Exp. Brasileiras Brasileiras em Imp. Mundiais do Brasileiras Mundiais do para o Mercadorelação às Imp. para o Mercado-alvo em Mercado-alvo alvo em 2007 Mundiais do 2007 (US$) Mercado-alvo 2007/2006 (US$) Mercado-alvo 2007 2007/2006 (em valor) Descrição Outras frutas e partes de plantas, preparadas ou conservadas Maionese e outros condimentos e temperos compostos Concentrados de proteínas e substâncias protéicas texturizadas Outras preparações alimentícias 158.573.827 21% 295.494 233.990.987 18% 30.745.301 1.657.688.667 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais do Brasil 2007 (em valor) 9% 0% 2% 2.923.493 133% 1% 24% 19% 10.498.014 185% 34% 13% 9% 657.623 17% 0% 0% Fonte: GTIS Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Tarifas Alfandegárias Aplicadas pela Alemanha MASSAS E PREP. ALIMENTíCIAS País Brasil (46) Turquia (8) Suíça (7) China (11) Tailândia (17) 200899 16,32% 0,28% 11,55% 12,03% 12,03% 210390 3,85% 0,00% 0,00% 2,10% 2,10% 210610 12,80% 0,00% 4,27% 12,80% 12,80% 210690 4,46% 2,32% 0,00% 3,81% 3,81% Mais uma vez o Brasil fica em situação desvantajosa, pois sofre aplicação de tarifas superiores às demais expostas na tabela. A Turquia, como pode ser visto no quadro ao lado, beneficia-se com tarifas inferiores. Já a China e a Tailândia estão em situação semelhante, sofrendo aplicação de tarifas de mesmo valor percentual. Fonte: MacMap, ITC - Elaboração UIC Apex-Brasil 5.7. Produtos Orgânicos A busca por uma vida mais saudável é uma tendência crescente no mundo atual, principalmente nos países desenvolvidos e nas classes de renda média a superior. É justo nesse contexto que produtos relacionados ao bem-estar e à saúde humana se constituem como uma forte alternativa, principalmente, por ser um mercado bastante competitivo. Nos últimos anos, a procura por produtos orgânicos cresceu de tal forma que a demanda acima da oferta chegou a provocar crises de abastecimento em algumas regiões, como na América do Norte e em países europeus. As vendas 23 mundiais de alimentos e bebidas orgânicos alcançaram US$ 38,6 bilhões de dólares em 2006 . Categorias de produtos 24 como os alimentos fortificados, funcionais e orgânicos tiveram um excelente desempenho, com taxas de crescimento que alcançaram 50-70%, em termos globais, em 2005. Nos quadros expostos em seguida, é possível notar a distribuição de terras destinadas à agricultura orgânica e a quantidade de fazendas por continente. É interessante observar que, em 2006, a Oceania correspondeu a 42% das terras destinadas ao cultivo orgânico no mundo e apresentou apenas 1% das fazendas denominadas orgânicas. A Europa vem em segundo lugar com 24% das terras cultivadas voltadas aos produtos orgânicos e 28% das fazendas. Já a América Latina apresenta o maior número de fazendas orgânicas, 32%, que representaram 16% das terras destinadas a esse objetivo em âmbito internacional. 23 Segundo dados do Organic Monitor. 24 Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na década de 80 e sua definição pode variar entre os países. No entanto, segundo definição bastante aceita, para ser considerado como produto funcional, o alimento ou bebida deve ser benéfico a uma ou mais funções alvo no corpo humano, de modo que seja importante tanto para o bem-estar e a saúde, como para redução do risco de doenças. Além disso, deve se apresentar na forma de alimento comum e poder ser consumido na alimentação cotidiana. No Brasil, a regulamentação é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que em 1999 publicou resoluções relacionadas aos alimentos funcionais: Resolução ANVISA/MS n.17/99, n. 18/99 e n. 19/99, obtidas através do site: http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno.htm. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 115 Fazendas orgânicas por continente (2006) Distribuição global das terras destinadas à agricultura orgânica por continente (2006) 16% 1% 24% África 32% África Oceania 10% 42% Oceania 1% Europa América do Norte América do Norte 7% Europa Ásia Ásia 13% América Latina 24% América Latina 28% 2% Fonte: FiBL Survey 2008. Elaboração:UIC, Apex-Brasil Fonte: FiBL Survey 2008. Elaboração:UIC, Apex-Brasil O apelo a hábitos alimentares saudáveis impacta inclusive no funcionamento de importantes multinacionais que não necessariamente tem seus produtos associados a alimentos saudáveis. Assim, grandes empresas, como a Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé, por exemplo, reformularam suas estratégias para atingir o novo mercado em expansão, lançando produtos adicionados com vitaminas, produtos diet, light e outros. As transformações corporativas se deram por diversos motivos, dentre eles pela alta competitividade do mercado de alimentos e bebidas, pela epidemia da obesidade, pela forte atuação da media e possibilidade de diferenciar o produto em um mercado estagnado. O fornecimento de carnes orgânicas e de produtos de consumo diário é o mais afetado pelas crises de abastecimento, com importações provenientes, em sua maioria, da Austrália, Nova Zelândia e América Latina. No quadro baixo estão os dez países que apresentam mais terras destinadas à agricultura orgânica do mundo, em 2006, quando foram registrados 12,3 milhões de hectares com essa finalidade na Austrália. O Brasil estava na oitava posição, com 0,9 milhões de hectares voltados ao cultivo orgânico. Dez países com mais terras destinadas ao cultivo orgânico (2006) Reino Unido Milhões de Hectares 0,6 0,8 0,9 0,9 0,9 1,1 1,6 2,2 2,3 Alemanha Brasil Espanha Uruguai Itália USA (2005) 12,3 0 5 10 Argentina 15 Fonte: FiBL Survey 2008. Elaboração:UIC, Apex-Brasil China Austrália No gráfico abaixo, pode-se observar as exportações mensais de produtos orgânicos do Brasil, de agosto de 2006 a maio de 2008, que somaram US$ 22,4 milhões em todo o período. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 116 Exportação Brasileira de Produtos Orgânicos (Ago/2006 a Maio/2008) 2.500 3.000 US$ Milhares 2.000 1.500 1.500 1.000 Kg Milhares 2.500 2.000 1.000 500 500 0 0 Fonte: MDIC/SECEX. Elaboração: UIC, Apex-Brasil US$ FOB Volume (Kg) Em maio de 2008, as exportações alçaram o valor mensal mais alto, US$ 2,13 milhões de dólares, 132% maior que o mês anterior (abril) e 254% maior que o mês de maio de 2007. Ademais, na comparação de jan/maio 2007 com o mesmo período do ano posterior, 2008, houve um crescimento de 18%. Ao contrário do que se pode pensar, no entanto, o mês em que houve maior venda em termos de volume, foi setembro de 2006, quando foram exportadas 2,6 mil toneladas, demonstrando a valorização dos produtos orgânicos. Entre os principais compradores de produtos orgânicos brasileiros na Europa, destacam-se a Holanda, Suécia, Reino Unido e França, para os quais o Brasil exportou no período de ago/2006 a maio/2008 US$ 7,5 mi, US$ 2,6 mi, US$ 1,8 mi e US$ 1,7 mi, respectivamente. Juntos, os países são destino de 61,8% das exportações brasileiras de orgânicos. Principais Destinos das Exportações Brasileiras de Prod. Orgânicos (Ago/2006 a Maio/2008) Holanda 28% 34% Suécia Reino Unido 1% Franca 3% Dinamarca Alemanha 3% 3% Noruega 12% 8% 8% Itália Outros Fonte: MDIC/SECEX. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Abaixo foram listados os quinze principais produtos exportados pelo Brasil, que correspondem a 98% da nossa pauta exportadora. Os produtos com soja em sua composição (farinha, óleo, etc) são os mais exportados. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 117 SETOR: PRODUTOS ORGÂNICOS NCM Descrição Volume exportado (Kg) Valor exportado (US$) Ago/2006 a Maio/2008 Partic. Exp. Brasileiras em relação às Exp. Totais de Orgânicos do Brasil 2007 (em valor) 1 Outs.Açucs.ñ Citad.Ant.e Sacarina 17019900 Quim./Pura 9.827.525 4.658.839,00 21% 2 12010090 Outras Especies De Soja Mesmo Triturada 5.949.135 3.857.404,00 17% 3 23040090 5.674.040 3.689.365,00 16% 3.567.760 2.204.411,00 10% 3.975.869 1.940.299,00 9% 1.317.140 1.329.430,00 6% 143.950 1.029.760,00 5% 209.377 977.919,00 4% 760.000 686.998,00 3% 768.152 664.164,00 3% 174.000 370.640,00 2% 4 12081000 5 17011100 6 15071000 7 18040000 8 09011110 9 23040010 10 08045020 Outros Residuos Da Extracao Do Oleo D/Soja Farinha De Soja Acucar D/Cana Bruto S/Aromatiz.Ou Corante Oleo De Soja Em Bruto, Mesmo Degomado Manteiga, Gordura E Oleo, De Cacau Cafe Nao Torrado,Nao Descafeinado,Em Grao Farinhas E "Pellets" Da Ext.Do Oleo De Soja Mangas Frescas Ou Refrigeradas 11 18050000 Cacau Po,S/Acucar Ou Outro Edulcorante 12 18031000 Pasta De Cacau Nao Desengordurada Cogumelos "Agaricus" Secs, 13 07123100 Mmo.Cortad.Etc. Outs.Prod.D/Origem 14 05119999 Animal,Improp.P/Alim.Hum. 15 11081400 Fecula De Mandioca TOTAL 56.100 258.675,00 1% 1.665 148.355,00 1% 240.000 141.600,00 1% 189.000 110.841,00 0% 32.853.713 22.068.700,00 98% Fonte: MDIC/SECEX Elaboração: UIC, Apex-Brasil Nota: Em virtude das diferentes metodologias utilizadas pelos países para mensurar suas exportações e importações, podem existir divergências entre os dados publicados pelo mercado-alvo e aqueles divulgados pelo Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 118 6. Conclusão A Europa Ocidental é um mercado exigente, seja pelos inúmeros requisitos a serem cumpridos, seja pelo número crescente de regulamentos impostos aos países exportadores não membros da União Européia. Existe uma forte preocupação com a segurança alimentar, e as ações na área de sanidade e rastreabilidade têm enorme importância para os países do bloco, como se vivencia em relação à cadeia da carne bovina e suína. Para o sucesso na comercialização dos produtos na região é muito importante acompanhar as principais tendências de demanda do setor alimentício, como: a preocupação com a saúde, a procura por produtos de conveniência e que economizem tempo, com embalagens reutilizáveis, e a busca por novas experiências sensoriais. Dessa forma, o empresário brasileiro pode se beneficiar da grande variedade de produtos nacionais naturais e exóticos, atentando sempre para os requisitos sanitários, normas de embalagens e rotulagem nos mercados europeus. O consumo de produtos orgânicos, por exemplo, cresce a um ritmo acelerado na maioria dos países desenvolvidos. Um segundo ponto importante é o investimento em marketing e promoção desses produtos, muitas vezes desconhecidos nos mercados estrangeiros. Na Alemanha, por exemplo, os produtos brasileiros são normalmente encontrados em pequenas vendas especializadas, ou em compra on-line, voltados para atender a demanda de brasileiros que vivem no exterior. Supermercados comuns ou gourmets normalmente disponibilizam apenas produtos como: cachaça, frutas tropicais e carnes bovinas ou de aves. Um caso atual é o da cachaça brasileira, pouco conhecida na Alemanha, mercado que mais importa cachaça da Europa. O produto conhecido é a caipirinha, vendida na maioria dos bares e festas, principalmente no verão. Ademais, devido à forte competitividade no mercado europeu ocidental, torna-se relevante apostar na inovação e na demanda de nichos específicos, levando em consideração os hábitos culturais. Um exemplo é o setor de chocolates e produtos de confeitaria. Apesar de ser um setor de entrada mais complicada, devido à alta qualidade e relativo baixo custo de produtos oriundos da Itália (massas), Bélgica, Suíça, França (chocolates, biscoitos, produtos de panificação), a confeitaria brasileira pode adotar uma postura diferenciada, desenvolvendo produtos específicos, baseado no paladar e tendência em curso nesses países, como pensar na adoção de pedaços de frutas exóticas aos chocolates. No Leste Europeu a realidade é bem diferente da Europa Ocidental. Parte dos países, como a Polônia (hoje membro da U.E.), Ucrânia, Turquia e Rússia, encontram-se em fase de crescimento e transformação econômica, com aumentos significativos do Produto Interno Bruto e da renda per capita. Logo, configuram-se como países oportunos para exportação de produtos pela menor competitividade a ser encontrada, o que facilita a entrada de mercadorias brasileiras. Todavia, a tendência é que os mercados do Leste Europeu sigam as exigências da Europa Ocidental, tornando-se importante para o exportador brasileiro atentar para os mesmos fatores listados acima e basear-se nessas tendências ao definir suas estratégias de posicionamento e inserção de seus produtos, para, assim, obter sucesso nas negociações com esse mercado. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 119 Anexo 125 Setor - Bebidas Destiladas SH6 220820 220830 220840 220850 220860 220870 220890 Descrição Aguardentes de vinho ou de bagaço de uvas Uísques Cachaça e caninha (rum e tafiá) Gim e genebra Vodca Licores Outras bebidas alcóolicas Setor - Café SH6 090111 210111 090121 210112 090112 090122 090190 Descrição Café não torrado, não descafeinado Extratos, essências e concentrados de café Café torrado, não descafeinado Preparações à base de extratos, essências e concentrados de café Café não torrado, descafeinado Café torrado, descafeinado Cascas, películas de café e sucedâneos do café Setor - Carnes de Aves SH6 020711 Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigerada 020712 Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não cortadas em pedaços, congeladas 020713 Pedaços e miudezas comestíveis, de galos e galinhas da espécie doméstica, frescos ou refrigerados 020714 Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas da espécie doméstica, congelados 020724 Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas 020725 Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, não cortadas em pedaços, congeladas Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, frescas ou refrigeradas 020726 020727 020732 020733 020734 020735 020736 160210 160231 160232 160239 25 Descrição Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica, em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas Carnes de patos, gansos e galinhas d'angola, das espécies domésticas, não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas Carnes de patos, gansos e galinhas d'angola, das espécies domésticas cortadas em pedaços, congeladas Fígados gordos comestíveis, de patos ou gansos, da espécie doméstica, frescos ou refrigerados Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos ou galinhas d'angola, das espécies domésticas, frescas ou refrigeradas Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos e galinhas d'angola, das espécies domésticas, congeladas Preparações alimentícias homogeneizadas de carnes, miudezas ou sangue Preparações alimentícias e conservas de peru Preparações alimentícias e conservas de galos e de galinhas Preparações alimentícias e conservas de patos, gansos e galinhas d'angola Fonte: MDIC/Secex. Elaboração: UIC, Apex-Brasil. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 120 Setor - Carne Bovina SH6 020110 020120 020130 020210 020220 020230 020610 020621 020622 020629 021020 160250 Descrição Carcaças e meias carcaças de bovino, frescas ou refrigeradas Outras peças de bovino, não desossadas, frescas ou refrigeradas Carnes de bovino, desossadas, frescas ou refrigeradas Carcaças e meias-carcaças de bovino, congeladas Outras peças de bovino, não desossadas, congeladas Carnes de bovino, desossadas, congeladas Miudezas comestíveis de bovino, frescas ou refrigeradas Línguas de bovino, congeladas Fígados de bovino, congelados Outras miudezas comestíveis de bovino, congeladas Carnes de bovinos, salgadas ou em salmoura, secas ou defumadas Preparações alimentícias e conservas, de bovinos Setor - Carne Suína SH6 020311 020312 020319 020321 020322 020329 020630 020641 020649 Descrição Carcaças e meias-carcaças de suíno, frescas ou refrigeradas Pernas, pás e pedaços de suíno, não desossados, frescos ou refrigerados Outras carnes de suíno, frescas ou refrigeradas Carcaças e meias-carcaças de suíno, congeladas Pernas, pás e pedaços de suínos, não desossados, congelados Outras carnes de suíno, congeladas Miudezas comestíveis de suíno, frescas ou refrigeradas Fígados de suíno, congelados Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas 021011 Pernas, pás e pedaços de suíno, não desossados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados 021012 021019 160241 160242 160249 Barrigas e peitos, entremeados, de suíno, salgados ou em salmoura, secos ou defumados Outras carnes de suíno, salgadas ou em salmoura, secas, defumadas Preparações alimentícias e conservas de pernas e respectivos pedaços, de suínos Preparações alimentícias e conservas de pás e respectivos pedaços, de suínos Outras preparações alimentícias e conservas de suínos, incluídas as misturas Setor - Chocolates, Balas e Confeitos SH6 170490 180690 170410 Descrição Outros produtos de confeitaria, sem cacau Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas de açúcar 180632 Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus 180631 Chocolate e outras preparações alimentícias com cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus 180620 180610 Outras preparações alimentícias com cacau, em blocos ou barras, com peso > 2kg Cacau em pó, com adição de açúcar ou outros edulcorantes Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 121 Setor - Frutas SH6 200919 080719 080610 080300 080810 080450 080510 080720 080550 080132 200911 080711 080122 080520 Descrição Outros sucos de laranjas, não fermentados Melões frescos Uvas frescas Bananas frescas ou secas Maçãs frescas Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos Laranjas frescas ou secas Mamões (papaias) frescos Limões e limas, frescos ou secos Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca Sucos de laranjas, congelados, não fermentados Melancias frescas Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos 081290 Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias para alimentação neste estado 080232 080590 080420 080430 Nozes frescas ou secas, sem casca Outros cítricos frescos ou secos Figos frescos ou secos Abacaxis frescos ou secos Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes Outras frutas frescas Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não fermentados Ameixas e abrunhos, frescos Abacates frescos ou secos Uvas secas Suco de abacaxi (ananás) com valor brix =< 20 Framboesas, amoras e amoras-framboesas, frescas Cocos frescos, mesmo sem casca ou pelados Pêras e marmelos frescos Outros sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas), não fermentados Airelas, mirtilos e outras frutas gênero vaccinium, frescos Pêras e outras frutas secas Outros sucos de maçã, não fermentados Suco de uvas (inclusive os mostos de uvas) com valor brix =< 30 Cocos secos, mesmo sem casca ou ralados Castanha-do-pará, fresca ou seca, com casca Outras frutas de casca rija, frescas ou secas, mesmo sem casca ou peladas Tâmaras frescas ou secas 081190 081090 200980 080940 080440 080620 200941 081020 080119 080820 200969 081040 081340 200979 200961 080111 080121 080290 080410 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 122 Setor - Frutas SH6 080530 081110 080930 081010 200912 200939 200990 Descrição Limões e limas, frescos ou secos Morangos congelados, não cozidos ou cozidos em água ou vapor, mesmo adicionados de açúcar ou de outros edulcorantes Pêssegos, incluídos os "brugnons" e as nectarinas, frescos Morangos frescos Sucos de laranja não congelados, com valor brix =< 20 Outros sucos de outros cítricos, não fermentados Misturas de sucos, não fermentados Setor - Massas e Preparações Alimentícias SH6 190110 190120 190190 190211 190219 190220 190230 190240 190300 Descrição Preparações para alimentação de crianças acondicionadas para venda a retalho Misturas e pastas, para preparação de produtos de padaria, pastelaria Outras preparações alimentícias de farinhas, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos de malte sem cacau ou contendo menos de 40% de cacau en peso Massas alimentícias, não cozidas nem recheadas, contendo ovos Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas, nem preparadas de outro modo Massas alimentícias recheadas, mesmo cozidas ou preparadas de outro modo Outras massas alimentícias "Couscous" Tapioca e seus sucedâneos preparados a partir de féculas, em flocos, grumos, grãos, pérolas ou formas semelhantes 190410 Produtos à base de cereais, obtidos por expansão ou por torrefação (por exemplo: flocos de milho) 190420 190430 190490 190510 190520 190530 190531 190532 190540 Preparações alimentícias obtidas de flocos de cereais e misturas Trigo burgol ("bulgur") Outros cereais em grãos, pré-cozidos ou preparados de outro modo Pão denominado "knackebrot" Pão de especiarias Bolachas e biscoitos, adicionados de edulcorantes, "waffles" Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorantes "waffles" e "wafers" Torradas, pão torrado e produtos semelhantes torrados 190590 Outros produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de biscoitos, mesmo com adição de cacau 200110 200120 Pepinos e pepininhos, preparados ou conservados em vinagre ou em ácido acético Cebolas preparadas ou conservadas em vinagre ou em ácido acético Outros produtos hortícolas, frutas e outras partes comestíveis de plantas, preparados ou conservados em vinagre ou em ácido acético 200190 200210 200290 200310 200320 200390 200410 Tomates inteiros ou em pedaços, preparados ou conservados em vinagre ou em ácido acético Sucos de tomates e outros tomates preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético Cogumelos preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético Trufas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou em ácido acético Outros cogumelos, preparados ou conservados, exceto em vinagre ou ácido acético Batatas preparadas ou conservadas, congeladas, exceto em vinagre ou ácido acético Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 123 Setor - Massas e Preparações Alimentícias SH6 200510 200520 200540 Descrição Outros produtos hortícolas preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético, congelados Produtos hortícolas homogeneizados, preparados ou conservados, não congelados Batatas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou ácido acético, não congeladas Ervilhas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou ácido acético, não congeladas 200551 Feijão em grão, preparado ou conservado, exceto em vinagre ou ácido acético, não congelado 200559 Outros feijões preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético, não congelados 200560 200570 200580 Aspargos preparados ou conservados, exceto em vinagre ou ácido acético, não congelados Azeitonas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou ácido acético, não congeladas Milho doce, preparado ou conservado, exceto em vinagre ou ácido acético, não congelado Outros produtos hortícolas preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético, não congelados Produtos hortícolas, frutas e cascas, conservados em açúcar Preparações homogeneizadas de frutas, obtidas por cozimento Doces, geleias, "marmelades", purês e pastas de cítricos Geleias, doces, purês e "marmelades", de outras frutas Amendoins preparados ou conservados Outras frutas de casca rija e outras sementes, preparadas ou conservadas Abacaxis preparados ou conservados Cítricos preparados ou conservados Pêras preparadas ou conservadas Damascos preparados ou conservados Cerejas preparadas ou conservadas Pêssegos preparados ou conservados Morangos preparados ou conservados Palmitos preparados ou conservados Misturas de frutas preparadas ou conservadas Outras frutas e partes de plantas, preparadas ou conservadas Extratos, essências, concentrados de chá ou mate e preparações à base destes produtos Chicória torrada e outros sucedâneos torrados do café e respectivos extratos, essências e concentrados Leveduras vivas Leveduras mortas e outros microorganismos monocelulares mortos Pós para levedar, preparados Molho de soja "Ketchup" e outros molhos de tomate Farinha de mostarda e mostarda preparada Maionese e outros condimentos e temperos compostos Preparações para caldos e sopas; caldos e sopas preparados Preparações alimentícias compostas, homogeneizadas Sorvetes, mesmo contendo cacau Concentrados de proteínas e substâncias protéicas texturizadas Outras preparações alimentícias Brotos de Bambu não congelados/conservados vin. Ácid. acético Outros produtos hort. não congelados/conservados vin./ác.acético 200490 200590 200600 200710 200791 200799 200811 200819 200820 200830 200840 200850 200860 200870 200880 200891 200892 200899 210120 210130 210210 210220 210230 210310 210320 210330 210390 210410 210420 210500 210610 210690 200591 200599 Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº. 9.610, de 19/2/1998. Venda proibida. Distribuição gratuita pela Apex-Brasil. 124 Setor - Vinhos e Vermutes SH6 220410 220430 Descrição Vinhos espumantes e espumosos Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade =< 2 litros Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido impedida por adição de álcool, em recipientes com capacidade > 2 litros Outros mostos de uvas 220510 Vermutes e outros vinhos de uvas frescas, aromatizados, em recipientes com capacidade =< 2 litros 220590 220600 220900 Outros vermutes e vinhos de uvas frescas, aromatizados Sidra e outras bebidas fermentadas e misturas de bebidas fermentadas Vinagres e sucedâneos obtidos a partir do ácido acético, para uso alimentar 220421 220429 Setor - Produtos Orgâncios Os Produtos Orgânicos não possuem codificação específica de acordo com o Sistema Harmonizado. Copyright © 2008 Apex-Brasil • Todos os direitos reservados. 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